Edição 79

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Marco Aurélio Ferreira Vianna fala dos valores fundamentais das instituições de ensino .&.¶3*"

Colégio São José, de Pelotas, comemora 100 anos

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MATERIAL DIDÁTICO

ASSESSORIA PEDAGÓGICA

ASSESSORIA NA GESTÃO ESCOLAR

PORTAL POSITIVO



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&%*503*"Como inovar sem perder tradição É possĂ­vel, mesmo, inovar e manter a tradição? Num primeiro momento, pode-se pensar que essas duas definiçþes – tradição e inovação – sĂŁo contraditĂłrias. No entanto, ainda que representem o oposto uma da outra, podem ter, ambas, seus benefĂ­cios. A tradição, pelos bons hĂĄbitos que fixaram raĂ­zes e sĂŁo transmitidos de geração para geração. A inovação, pela necessidade de reciclagem e adaptação aos novos tempos, cada vez mais presentes na vida de todos nĂłs. Como sabermos, entĂŁo, que caminho seguir? HĂĄ uma via segura, com a qual estamos acostumados, a da fĂłrmula que vem dando certo hĂĄ muitos anos. Quem nunca ouviu falar que nĂŁo se mexe em time que estĂĄ ganhando? Por outro lado, o entorno desta via estĂĄ, pouco a pouco, mudando de cara, ganhando novos contornos, conquistando novos adeptos que, de uma hora para outra, vĂŁo preferir andar pelo acostamento se aquela “viaâ€? tĂŁo segura nĂŁo ganhar um novo pavimento, mais moderno. EstĂĄ formado o cabo de guerra. A Reportagem da Educação em Revista aborda, nesta edição, como ĂŠ possĂ­vel para as instituiçþes de ensino inovar sem perder suas raĂ­zes. Diante das exigĂŞncias do mercado, das famĂ­lias, da mudança do perfil dos estudantes, a mudança ĂŠ necessĂĄria. Mas isso nĂŁo significa abrir mĂŁo de valores que sempre regeram a escola. O economista e consultor de empresas Marco AurĂŠlio Ferreira Vianna fala um pouco mais sobre esse tema na seção Entrevista, mostrando que a tradição pode, sim, ser mantida, mas quando ela ĂŠ positiva, e forte, e nĂŁo for oposta Ă inovação. Na seção Premiadas, os cases vencedores do 7Âş PrĂŞmio Destaque em Comunicação do SINEPE/RS Feevale (categoria MĂ­dia Digital), com o desenvolvimento do Blog Vestibular Feevale, e Rede Marista (categoria MĂŠdia EletrĂ´nica), com o projeto “A educação marista nas rĂĄdios da capital: estratĂŠgia de captação e relacionamentoâ€?, e do 4Âş PrĂŞmio SINEPE/RS de Responsabilidade Social (categoria Preservação Ambiental), ColĂŠgio La Salle NiterĂłi, com o projeto “Patrulha do Verdeâ€?. Ainda nesta edição, uma matĂŠria especial sobre a busca das Instituiçþes ComunitĂĄrias pelo reconhecimento na legislação e o trabalho desenvolvido pelo ColĂŠgio Franciscano Sant’Anna, de Santa Maria, na seção Projeto, que mostra Ă comunidade uma pesquisa sobre plantas da regiĂŁo e suas possĂ­veis aplicaçþes terapĂŞuticas. Na seção MemĂłria, a histĂłria dos 100 anos do ColĂŠgio SĂŁo JosĂŠ de Pelotas. E Adriana Kurtz fala sobre os resultados do Oscar 2010. Ă“tima leitura a todos. VĂ­vian Gamba

divulgação do Sindicato do Ensino Privado do Rio Grande do Sul - SINEPE/RS, com circulação bimestral ISSN 1806 – 7123 Presidente: Prof. Osvino Toillier; 1Âş Vice-presidente: Prof. HilĂĄrio Bassotto; 2Âş Vice-presidente: Prof FlĂĄvio Romeu D’Almeida Reis; 1Âş SecretĂĄrio: Prof Ardy Storck; 2Âş SecretĂĄrio: ProfÂŞ Maria Helena Lobato; 1Âş Tesoureiro: ProfÂş Ir. JoĂŁo Olide Costenaro; 2Âş Tesoureiro: Prof Wilson Ademar Griesang. Suplentes: ProfÂŞ MĂ´nica Timm de Carvalho, Prof Oswaldo Dalpiaz, Prof Roberto Py Gomes da Silveira, ProfÂŞ Ir. AdĂŠlia Dannus, Prof. Ir. Olavo JosĂŠ Dalvit, Prof Elio LuĂ­s Liesenfeld, ProfÂŞ Ir MĂ´nica de Azevedo; Conselho Fiscal Efetivo: Prof. Ruben Werner Goldmeyer, Prof. Bruno Eizerik, Prof Ilmo JosĂŠ Junges; Suplentes: ProfÂŞ Ir. Isaura Paviani, ProfÂŞ Valderesa Moro, Prof LuĂ­s Fernando Felicetti; Conselho Editorial: Prof. Osvino Toillier, Prof. HilĂĄrio Bassotto, Prof FlĂĄvio D’Almeida Reis, Prof Luiz Antonio de Assis Brasil, Prof. Ruy Carlos Ostermann, Prof Adayr Tesche, Prof Pedro Luiz da Silveira OsĂłrio e Moises Mendes. Coordenador da Assessoria de Comunicação e Marketing: Prof. Osvino Toillier; Edição: VĂ­vian Gamba (MTB 9383); Assistente de Comunicação: Carine Fernandes; Ilustração da capa: Vit NuĂąez; BistrĂ´; RevisĂŁo: www.postexto.com.br e Milton Gehrke; ImpressĂŁo:

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Feevale abre um novo canal de relacionamento com o público

LEONARDO ROSA/FEEVALE

O desenvolvimento do Blog Vestibular Feevale – www.feevale.br/blogvestibular –, com o objetivo de manter um canal de relacionamento com os públicos de interesse da instituição, rendeu ao Centro Universitário Feevale, de Novo Hamburgo, o Ouro no 7º Prêmio Destaque em Comunicação do SINEPE/RS, categoria Mídia Digital – Ensino Superior. Criado em 19 de maio de 2008, a ferramenta conta com mais de 53 mil acessos. O público do blog são os futuros alunos da Feevale, que estão na fase de escolha da profissão. Como vestibulandos, têm dúvidas sobre inscrição, dia do vestibular e cursos escolhidos, e desejam também ter acesso a dicas sobre as provas e conferir as visitas realizadas na Feevale. O blog reúne informações dos demais serviços oferecidos pela instituição, como ingressos extravestibular, cursos de pós-graduação, cursos e eventos de extensão, notícias institucionais e links dos cursos oferecidos. A ferramenta é interativa e dinâmica, com acesso direto às principais ações desenvolvidas pela Feevale, vídeos institucionais, campanhas de Vestibular, entrevistas, galeria de fotos, bem como uma relação de sites e blogs vinculados ao centro universitário. A fim de cultivar e estabelecer um relacionamento constante com os internautas, o site explica como agendar visitas e disponibiliza o registro do interesse do usuário em receber informações sobre cursos ou serviços oferecidos pela Feevale. É possível, ainda, acompanhar as postagens do perfil oficial do Vestibular Feevale na rede social Twitter, com notícias da instituição e promoções culturais. Em períodos de vestibular mais de 3 mil acessos mensais. Todos os contatos com o blog são respondidos, seja para o esclarecimento de dúvidas ou informações. Por meio dessa prática é possível manter o registro do histórico de relacionamento e divulgar os demais serviços oferecidos pela instituição. O blog é desenvolvido pelo Núcleo de Relacionamento/Marketing Feevale e a atualização é feita pela assistente de Marketing Jerusa Pereira, sob a supervisão de Simone Carvalho.

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Rรกdios para informar e educar

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ENTREVISTA A inovação é um dos atributos da cultura positiva de uma instituição tradicional

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difícil mudar, criar uma nova cultura e derrubar os mitos do passado. Mas quando se enxergam os pontos positivos de processo de inovação, tem-se um líder e há envolvimento de todos que fazem parte desta mudança, o caminho fica mais curto. Economista e consultor de empresas desde 1965, e Administrador Emérito pelo Conselho Regional de Administração do RJ, Marco Aurélio Ferreira Vianna fala de como a tradição é importante para as instituições e de que forma ela está ligada à inovação, necessidade constante das escolas. Ferreira Vianna é diretor da Academia Brasileira de Ciência da Administração (ABCA), realiza palestras em diversas universidades brasileiras e estrangeiras e é autor de 39 livros.

Educação em Revista – A tradição se contrapõe à inovação? Qual a diferença entre esses dois conceitos? Marco Aurélio Ferreira Vianna – Pelo contrário. A tradição é importante para o sucesso das organizações, e isso vale muito para as instituições de ensino privado. Mas você tem duas condições pra isso. Primeiro, que a tradição seja formada por valores virtuosos, os valores maiores da vida – a justiça, a ética, a honestidade, o progresso, o desenvolvimento, a própria inovação, o amor pelo trabalho, o amor pelo conhecimento. Valores que são a base fundamental do nosso pensamento, a escala mais alta daquilo que a gente pensa, acredita, e que deslancha todo o processo de fazer acontecer. A outra coisa, de uma maneira mais ampla, é que a tradição tem que ser antiga, tradicional, mas não pode ser velha. É claro que os valores virtuosos puros tendem a ser eternos. Eles vêm desde o homem de Neanderthal. O homo sapiens tinha já valores virtuosos e também o que eu chamo de vícios entorpecedores, o contraponto desses valores: o culpado é sempre o outro, trabalhar é para otário, quem sabe faz, quem não sabe ensina, que existem muito na nossa antropologia. Eu defendo o ensino, de uma maneira inteligente, evidentemente

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– e raríssimas escolas fazem isso –, do desenvolvimento desses talentos, desses valores virtuosos. Então a tradição é fundamental. Inclusive o ensino desses valores tradicionais, se uma escola não tiver isso. Uma escola que abre suas portas hoje já deveria defender esse conjunto de valores. O que acontece é que estamos num país em que a maior parte da população, infelizmente, recebeu um conjunto de valores negativos – corrupção, farsa, ganância. Em relação à inovação, vou dar um exemplo perigoso: rígida disciplina. Se isso é tradição em uma escola e se for mesmo uma disciplina rígida, eu não sei como a geração de hoje – com liberdade em casa e computadores – reagiria. Eles prefeririam uma forma de diálogo, de convencimento, de persuasão. A inovação, então, é fundamental, porque estamos na época de maior mudança. Temos que adaptar, com muita criatividade, o conjunto das metodologias da instituição, ou da pedagogia, a este mundo moderno. Temos que fazer uma avaliação da tradição, saber onde ela é positiva e forte, e onde ela é antiga, e promover um sério processo de inovação. A massa de conhecimento no mundo dobra a cada ano. Se eu não atualizar devidamente, eu fico 50% defasado em um ano, e as escolas têm que acompanhar isso.

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Educação em Revista – E o que as escolas estão fazendo para crescer? O senhor acredita que a maioria delas está atenta à rapidez desse processo? Ferreira Vianna – Absolutamente. A maioria absoluta das escolas está preparando os jovens para o século XIX quando é necessário prepará-los para o século XXI. E a tradição positiva é um fator positivo nas escolas, não se contrapõe a nada. Isso também as faz crescer. Se tomarmos como exemplo uma escola com tradição, valores, amor ao ensino, ao aprendizado e ao despertar da curiosidade, isso tudo é positivo. Temos casos de instituições que há muito tempo formam os melhores profissionais do mercado. Instituições antigas, mas não velhas. Mas a maioria não está atenta a isso. Estamos falando, nesse caso, da tradição “velha”, alheia à inovação. As escolas vivem um paradoxo muito grande. Elas, na realidade, formam um “produto” que a gente saberá se foi bem formado ou não dez anos depois que ele saiu da instituição. O jovem sai da escola com 18 anos e eu só vou saber se a base foi boa depois deste período. Esse é um erro crasso das escolas: elas não acompanham, não têm a visão da ligação entre a performance do seu aluno aos 28 anos, quando ele está no mercado de trabalho, adulto, e aquilo que ela ensinou. E o pior é que o jovem que ela está formando hoje, a gente só vai ver daqui a dez anos, quando o mundo será completamente diferente daquilo que é hoje. Não há, para mim, então, esta avaliação. Educação em Revista – Qual é a preocupação das escolas hoje, com relação à formação dos seus alunos? E a avaliação desta formação? Ferreira Vianna – Na verdade, a maioria absoluta das escolas prepara o jovem para passar de ano. O objetivo do jovem é esse. Não há um desenvolvimento, uma paixão pelo conhecimento. Isso vale também para a universidade. Hoje o jovem tem como objetivo – o de classe mais alta, principalmente – entrar numa faculdade para ter um diploma e para ter um emprego. No caso brasileiro é gravíssimo, porque não há retenção de conhecimento. O objetivo vem se perdendo muito, e há muito tempo. O sistema que existe para provas, hoje, é um exemplo. A maioria dos jovens se prepara na véspera. O que acontece, então? Ela memoriza algumas coisas que uma semana depois vai esquecer completamente. O amor pelo conhecimento é fundamental de ser feito. Educação em Revista – Como mudar? Ferreira Vianna – Existem métodos, meio duros, que as pessoas vão detestar, como fazer prova sem avisar. Os alunos têm de saber de qualquer maneira um determinado conjunto de assuntos – deveria haver uma seleção de assuntos específicos, de conceitos específicos – que deveriam ser introjetados na cabeça dos jovens, e esses conceitos eles teriam que saber a qualquer momento. Esse conhecimento seria cumulativo. Outra que as escolas já fazem, que é fundamental no momento atual, é despertar a paixão pela pesquisa, mas com um cuidado mais sério. Hoje sabemos como funciona: um faz a pesquisa e cinco assinam. Os métodos existem... Qualquer mestrado, doutoramento de uma escola séria, oferece muito conhecimento ao aluno, porque ele tem que estudar oito capítulos para a aula seguinte e tem que defender a ideia desses oito capítulos, porque se não o fizer o professor sabe que ele não estudou nada.

Educação em Revista – Há diferença entre os valores das tradicionais instituições de ensino e as novas redes? Ferreira Vianna – Podemos dar o exemplo de organizações como Rotary e o Lions, redes sociais muito anteriores às redes eletrônicas, mas que têm seus valores, suas ações disseminadas pelo mundo inteiro. E o que acontece? Os valores estão intrínsecos. Assim como as empresas de venda porta a porta. Elas têm uma cultura disseminada, portanto uma tradição. Eu não vejo incompatibilidade. Temos que avaliar se a tradição já existente nas “antigas” instituições é positiva ou negativa, e temos que ver se dentro dessas novas redes há um conjunto de tradições positivas. Eu acho que, eventualmente, uma rede nova pode trazer um conjunto de valores positivo. Mas se for uma rede que tem simplesmente o objetivo de ganhar dinheiro e de formar pessoas para dar um diploma, seria prejudicial ao sistema. Eu não posso generalizar. Acredito que há a tradicional boa e ruim, e a nova boa e ruim. Tirando as grandes exceções, as grandes escolas tradicionais, os topos de linha, na média o ensino está longe do desejado, mesmo nas escolas tradicionais, por não oferecer aquilo que o jovem, hoje, está precisando. Se eu ensinar a um jovem de maneira tradicional determinado conhecimento, é preciso ter consciência de que esse conhecimento vai estar ultrapassado em cinco anos. Então não posso deixar de ensinar também para esse jovem o desejo pela pesquisa, pela a inovação, pela flexibilidade. Tenho que despertar nele este hábito e acredito que poucas instituições fazem isso. É claro que o teorema de Arquimedes continuará a existir daqui a 200 anos, a geometria analítica também. Mas o jovem tem, hoje, uma outra linguagem, o “internetês”, que faz parte desse conjunto, e eu não posso deixar isso de lado. Outro ponto: acabou o emprego tradicional. Noventa por cento das pessoas que se formam numa universidade não têm emprego garantido na carreira para a qual se prepararam. Neste contexto, o despertar do empreendedorismo é fundamental. Se você fizer uma pesquisa com as crianças hoje, elas continuam a querer ser engenheiro, administrador, economista, contador e advogado. Esta é uma inovação necessária. Não é cadeira, nem prova, é sensibilização.


Educação em Revista – Como ĂŠ possĂ­vel para essas escolas que ainda estĂŁo no sĂŠculo XIX acompanhar as novas tendĂŞncias? Em que medida e de que forma a instituição pode ser remodelada sem perder suas raĂ­zes? Ferreira Vianna – Ela nĂŁo perderia a tradição, as raĂ­zes. Esse ĂŠ um erro de entendimento muito grande. As empresas, as instituiçþes que existem hĂĄ 200 anos normalmente mantĂŞm os seus valores durante esses 200 anos. E um dos seus valores ĂŠ a flexibilidade. Falamos de um ponto importante, a disciplina. Uma das 30 caracterĂ­sticas dos lĂ­deres ĂŠ a disciplina. As pessoas criticam os militares, mas uma coisa que eles ganham ĂŠ disciplina. Evidente que a disciplina de 2010 nĂŁo pode ser a mesma de 1960. Mas ter disciplina continua a ser um diferencial, atĂŠ porque a maioria hoje nĂŁo tem disciplina nenhuma. Eu tenho que ter, sim, flexibilidade, senĂŁo a disciplina fica velha. Um exemplo concreto dessa flexibilidade ĂŠ o time do Santos, que estĂĄ deslumbrando o mundo com seu futebol. NĂŁo tem razĂŁo de proibir os jogadores de dançar depois do gol. Se fizer isso, vocĂŞ acaba com os garotos. É uma garotada de 18, 19 anos, que ganham de goleada, e tem uma maneira irreverente de ser, mas tĂŞm disciplina, sĂŁo sĂŠrios. A irreverĂŞncia nĂŁo prejudica os resultados, ou seja, hĂĄ uma disciplina. Educação em Revista – A divisĂŁo entre escola tradicional e escola ‘moderna’ realmente existe? Como os profissionais de gestĂŁo a definem? Ferreira Vianna – Se elas estĂŁo diferentes em função do conteĂşdo ou de desempenho de sua missĂŁo, depende de cada uma. O antigo nĂŁo ĂŠ ruim e o moderno pode ser bom. HĂĄ grupos em franco desenvolvimento, com franquias, que conseguem a melhor performance de entrada nas universidades mais difĂ­ceis do Brasil. Os resultados podem ser fantĂĄsticos. Mas aĂ­ vem a pergunta: ĂŠ uma escola? NĂŁo. É uma instituição preparadora... O mundo e o Brasil precisam de uma escola, de uma academia. O perigo ĂŠ confundir o sucesso com instituição que prepara para passar no vestibular. O Brasil precisa de seres humanos integrais, nĂŁo de gente que vai bem em prova, o que ĂŠ relativamente fĂĄcil de fazer. É muito diferente. Por exemplo, os valores de responsabilidade socioambiental, de cidadania, de integração, de inteligĂŞncia emocional e de ĂŠtica muitas vezes nĂŁo sĂŁo ensinados porque nĂŁo caem em prova.

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Educação em Revista – HĂĄ instituiçþes de ensino preocupadas, de fato, com a inovação, ou a transformação do conhecimento em um novo produto ou serviço. No entanto, ĂŠ preciso estar ciente do limite entre a real inovação e o invencionismo, o “modismoâ€?, que muitas vezes deixa a instituição vulnerĂĄvel diante de tudo o que jĂĄ foi construĂ­do. Como estabelecer esta diferença? Ferreira Vianna – Teoricamente eu concordo. O moderno nĂŁo ĂŠ necessariamente bom. A inovação ĂŠ a mudança para o novo com uma consistĂŞncia de aplicação positiva. A invencionice ĂŠ o mudar pelo mudar, cujo resultado ĂŠ negativo, sem utilidade. A inovação tem utilidade, a invencionice nĂŁo. Vamos pintar cada parede de uma cor... isso nĂŁo tem utilidade, sĂł traz movimento. Educação em Revista – Qual o principal desafio do gestor Ă frente de uma escola que tem realmente a necessidade de reciclar seus processos e serviços? O que ĂŠ priorizado? A parte administrativa, pedagĂłgica? Ferreira Vianna – Acho que o principal desafio ĂŠ quebrar os paradigmas e conseguir instituir a inovação apesar das amarras burocrĂĄticas e legais. Uma escola nĂŁo pode dizer que nĂŁo pode fazer isso porque o MEC nĂŁo deixa. Eu tenho que perguntar o que eu posso fazer respeitando o MEC mas introduzindo a inovação. Eu dei exemplo do empreendedorismo porque algumas escolas jĂĄ fazem isso. O segundo passo seria a persuasĂŁo de todo o corpo docente e direção para implantar e desenvolver essa inovação. O importante ĂŠ que haja uma mentalidade global. Quando eu falo no sĂŠculo XIX, ĂŠ porque as escolas estĂŁo preparando as pessoas para um emprego quando deveriam preparar para alternativas de ocupação profissional. Eu teria um meio: uma cadeira de empreendedorismo. Mas nĂŁo acredito que esse seja o caminho. O caminho ĂŠ cooptar professores e diretores e desenvolver essa mentalidade, com diĂĄlogo e exemplos dados em aula, uma feira de empreendedorismo, fazer com que os alunos sejam empreendedores, criar miniempresas na escola, trazer palestrantes, enfim, criar oportunidade de eles desenvolverem esse pensamento. Isso ĂŠ uma forma de ensino que o MEC nĂŁo vai poder proibir, porque as escolas estĂŁo cumprindo com todas as cadeiras tradicionais. Educação em Revista – É possĂ­vel que uma instituição de ensino dĂŞ uma grande guinada, quando necessĂĄrio, sem perder a identidade. Como fazer? Quais os princĂ­pios a preservar na escola? Ferreira Vianna – É possĂ­vel. Mas a instituição de ensino tradicional, quando tem que dar a guinada, ĂŠ porque jĂĄ passou pelo fundo do poço. Conheço instituiçþes no Rio de Janeiro que eram absolutamente tradicionais, de sucesso absoluto, e passaram por momentos terrĂ­veis, e fizeram uma adaptação. ColĂŠgios que antigamente sĂł permitiam homens e deram uma guinada enorme com a entrada de meninas. VocĂŞ imagina as horas de discussĂŁo para que essa mudança fosse feita? Essa ĂŠ uma modificação, uma inovação positiva, que melhorou a performance dessas instituiçþes.


Educação em Revista – O que fazer para não deixar que tradição se confunda com algo obsoleto, em desuso? Ferreira Vianna – Quando o valor, crença ou diretriz da organização se tornam obsoletos, como no exemplo da disciplina, do masculino, ou do uniforme de um colégio que tinha paletó, que hoje em dia não tem sentido algum, é preciso ter sensibilidade para inovar de acordo com os novos tempos. Por mais tradição que se tenha, não é possível ser contra o computador. Você precisa ser uma empresa informatizada.

Educação em Revista – Como a comunidade encara essa repaginação? Ferreira Vianna – A comunidade vê muito positivamente. Não tenho dúvida de que se você cria uma escola realmente padrão, em que os pais vejam o nível da modernidade, isso desperta o interesse. No entanto, é preciso que seja levada em conta a capacidade de se pagar por isso. Mas a inovação, tirando a parte tecnológica, é um investimento extremamente baixo.

Educação em Revista – É possível implantar globalmente a inovação numa instituição de ensino ou em pequenos processos? Por quê? Ferreira Vianna – Acredito que uma escola que faça uma autoavaliação e diga “precisamos de um processo de inovação” deveria fazer um plano estratégico, uma avaliação completa pra criar um corpo completo, porque a inovação pode ser de valores, antropológica, de instalação, tecnológica, metodológica, de conhecimento. São as várias dimensões de qualquer organização.

Educação em Revista – É possível termos uma escola tradicionalmente inovadora? Ferreira Vianna – Claro que sim. A inovação é um dos atributos da cultura positiva de uma instituição tradicional. As grandes organizações no mundo que duram mais de cem anos têm como características a inovação. É um processo natural, em busca do constante aperfeiçoamento e de novas oportunidades.

Educação em Revista – É difícil mudar? Há barreiras à inovação dentro das escolas tradicionais? Como suplantá-las? Quem são os principais agentes desse processo? Ferreira Vianna – É difícil mudar. O processo não é difícil. Achar o que tem que ser feito não é difícil. Mas a criação da cultura, derrubar os mitos do passado, verificar os eventuais interesses feridos, convencer os mais conservadores, aí é complicado. E outra coisa: infelizmente, no mundo pragmático, é preciso olhar isso tudo em via ótica e econômica. Acho fundamental ter um projeto bem feito, com alvos a serem atingidos. Uma mudança dá certo quando as pessoas enxergam os pontos positivos desse processo. Enxergar de fato, o que a gente chama tecnicamente de enxergar os índices de atratividade da mudança. Mais importante que isso é ter um líder que queira a mudança, que diga “eu vou lá, eu vou conseguir”. A Olimpíada veio para o Rio de Janeiro porque um cara chamado Nuzman há 25 anos colocou isso na cabeça e não tirou isso da cabeça por 25 anos. O líder deve ter também a capacidade de criar alguns outros líderes, os guardiões da mudança. É preciso também criar um projeto de mobilização, envolvendo todo mundo que possa participar da mudança, como professores e empregados, e promover um acompanhamento intenso. Acho importante também ter premiação, seja em dinheiro, função ou reconhecimento, e um projeto de comunicação interna e externa para divulgar esses diferenciais.


Projetos inovadores merecem reconhecimento.

1º PRÊMIO INOVAÇÃO EM EDUCAÇÃO


LEONARDO ROSA / FEEVALE

IES Feevale é a mais nova universidade do Brasil

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Centro Universitário Feevale, de Novo Hamburgo, foi credenciado como universidade no dia 5 de abril, conforme portaria do Ministério da Educação publicada no Diário Oficial da União. A notícia era aguardada pela comunidade acadêmica e pelo município – que no mesmo dia comemorou 83 anos de emancipação política – há cinco anos. O processo de transformação da Feevale em universidade foi protocolado em 18 de março de 2005. Em 9 de dezembro do ano passado, após o cumprimento de diversas etapas, a Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação aprovou o credenciamento por unanimidade. Os conselheiros afirmaram, em seu relatório, que “a instituição tem forte inserção comunitária em função de sua origem e da sua atuação efetiva, comprometida com o desenvolvimento regional tanto por meio da formação de recursos humanos quanto pelas atividades relacionadas à extensão, à pesquisa, à prestação de serviços aos setores público e privado e ao fomento à inovação tecnológica”. Eles acrescentaram, ainda, que a Feevale constitui referência real para o desenvolvimento de inovações baseadas em conhecimento científico e tecnológico, respondendo às demandas do setor produtivo. Conforme a portaria, assinada pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, a Feevale deverá, durante o seu primeiro prazo de credenciamento, manter os programas de mestrado e doutorado atualmente em funcionamento, ampliar a oferta da pós-graduação stricto sensu por meio de mais um curso de mestrado e outro de doutorado, fortalecer os grupos de pesquisa cadastrados no CNPq e favorecer a inclusão de docentes pesquisadores vinculados a agências de fomento, e expandir o número de programas de extensão universitária, vinculados ao ensino de graduação e de pós-graduação.

Saiba mais sobre a Feevale – Foi fundada há 40 anos e está localizada em Novo Hamburgo, cerca de 40 km de Porto Alegre. – É uma instituição comunitária, cuja mantenedora é a Associação PróEnsino Superior em Novo Hamburgo (Aspeur). – Possui cerca de 16 mil alunos em todos os níveis de ensino. – Integra o ranking das Campeãs da Inovação, que aponta as organizações do Sul mais eficientes na arte de transformar ideias em resultados. – Está entre as 100 maiores organizações do Rio Grande do Sul – Integra uma rede internacional que contribui para a formação dos alunos e professores com parcerias em todos os continentes – cerca de 60 instituições de 17 países – Atua em todas as áreas do conhecimento, com mais de 40 cursos de graduação, cerca de 40 cursos de especialização, quatro mestrados e um doutorado. – Tem treze grupos de pesquisa em diversas áreas do conhecimento, com mais de 80 pesquisadores e 27 linhas de pesquisa credenciadas pelo CNPq, em 81 diferentes projetos de pesquisa.


PUCRS lança Instituto do Cérebro IESA lança novo site O Instituto Cenecista de Ensino Superior de Santo Ângelo (IESA) lançou no início de março o seu novo portal eletrônico. Totalmente reformulado e com o objetivo de atender às demandas dos acadêmicos, o novo site foi desenvolvido com tecnologias de última geração, usadas em gigantes como adobe.com e apple.com. O site www.iesanet.com.br disponibiliza todas as informações sobre a proposta de cada um dos cursos de graduação e pós-graduação da instituição, além de vídeos e fotos por meio dos quais é possível conhecer todas as instalações e laboratórios do Instituto.

GILSON OLIVEIRA / PUCRS

No dia 2 de março a PUCRS lançou a pedra fundamental para a construção do Instituto do Cérebro do RS (InsCer-RS), futuro centro de referência no tratamento e investigação de doenças neurológicas, de pesquisas multidisciplinares em neurociências e terapia celular, que atenderá pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Com a inauguração prevista para meados de 2011, o InsCer será dotado de um Cíclotron – único em uma universidade privada no Brasil –, aparelho para Tomografia por Emissão de Pósitrons (PET) acoplado a um tomógrafo computadorizado, denominado PET/CT, e de laboratórios de radiofarmácia. O InsCer realizará pesquisas experimentais, clínicas e préclínicas para gerar e difundir conhecimento para toda a população. O diferencial será a assistência e a pesquisa direcionada ao paciente neurológico, com prioridade ao atendimento pelo SUS. Entre os casos preferenciais, doenças que requerem investigação especializada, atualmente sem recursos suficientes, como Parkinson, Alzheimer e Esclerose Lateral Amiotrófica, além de Acidente Vascular Cerebral, sequelas neurológicas e Epilepsia. O Diretor do InsCer, Jaderson Costa da Costa, explica que pesquisas realizadas por diversos países a partir de células tronco são animadoras e bem vistas no tratamento de doenças neurológicas. Em paralelo, novas tecnologias para obtenção de imagens médicas têm fomentado estudos cada vez mais detalhados do funcionamento do cérebro humano. “A criação do Instituto no RS terá um impacto expressivo sobre as inúmeras áreas do conhecimento científico, do biomédico ao humanístico e sociocultural”, declara. As obras estão previstas para começar em julho. O prédio será construído numa área de 1,6mil m2.

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MEMÓRIA

São José de Pelotas comemora 100 anos E

m 1910, as famílias de Pelotas e região ansiavam pela vinda das Irmãs de São José para a cidade, para elevar o nível educacional das meninas. Tanto que o então intendente municipal, Barbosa Gonçalves, recorreu ao bispo de Porto Alegre, dom Cláudio Ponce de Leon, a fim de que a Congregação implantasse o Colégio São José na cidade, conhecida na época como Princesa do Sul. Assim, no início do século XX, vieram da França a madre Saint Maurice e as irmãs Marie Alix e Saint Jean, as quais, auxiliadas pelas irmãs Lydia e Albina, deram início às atividades da Escola. Desde que chegaram, as Irmãs de São José foram construindo vínculos cada vez mais fortes com as comunidades da Região Sul do Estado, e se tornaram merecedoras da confiança de inúmeras famílias que mandavam suas filhas estudar e, não em poucos casos, residir sob a orientação das religiosas – havia alunas matriculadas no internato, no semi-internato ou no externato. Com um trabalho humilde, às vezes anônimo, mas sempre dedicado dessas mulheres, o Colégio foi crescendo e fixando profundas raízes na região. Aos poucos, a presença da Congregação passou a ser sentida além dos muros do Educandário, pois as Irmãs e suas alunas levavam sua contribuição às paróquias e às comunidades carentes da cidade com atividades educativas, distribuição de donativos e educação de adultos.

A atual diretora do Colégio São José, Irmã Anita Maria Pastore, destaca o trabalho desenvolvido pelas religiosas. “Sem elas a Escola não teria crescido e se tornado o que é hoje”, afirma Irmã Anita. “Os cem anos do São José de Pelotas são duas festividades: a da Escola e a da atuação das Irmãs na Diocese de Pelotas. A resposta para a dedicação e o trabalho delas é a acolhida da cidade.” Além da Irmã Anita Pastore, atuam no Colégio as irmãs Ana Celeste, Cacilda, Eliete, Enedina, Marilene e Simone, todas praticando nos seus trabalhos diários a missão evangelizadora da Congregação. Com o decorrer do tempo, o Educandário cresceu, incluiu a educação de meninos, ampliou e reestruturou seus espaços físicos, acompanhou as inovações tecnológicas e passou a contar com o auxílio de leigos, mantendo sempre os propósitos e o carisma das Irmãs de São José. Hoje, o Colégio São José conta com 85 professores e 50 funcionários que, diariamente, trabalham com os quase 1.500 alunos de educação infantil, ensino fundamental e ensino médio. Estes, somados às suas famílias, formam uma comunidade viva e pulsante na construção de experiências afetivas e intelectuais, partilhadas de forma marcante. À frente da instituição estão a diretora, Ir. Anita Maria Pastore, e o vice-diretor, Prof. Luiz Gustavo Araújo, que têm como foco de trabalho preservar o imenso patrimônio acumulado ao longo de um século – composto de afeto,

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histĂłria e relaçþes – e, paralelamente a isso, fazer com que a escola esteja completamente inserida no sĂŠculo XXI. Nesta linha de ação, o ColĂŠgio SĂŁo JosĂŠ conta, em 2010, com lousas digitais em todas as salas de aula, sinal de internet sem fio em todos os ambientes e um portal educacional. Os recursos tecnolĂłgicos, no entanto, nĂŁo se opĂľem Ă valorização da simplicidade e da natureza. Uma prova disso estĂĄ no constante uso do SĂ­tio SĂŁo JosĂŠ como ambiente pedagĂłgico. SĂŁo 27 hectares localizados no distrito da Cascata. A propriedade rural permite aos alunos, suas famĂ­lias e professores da escola fazer trilhas na mata nativa, vivenciar o trabalho rural com gado de leite e apreciar uma bela cachoeira, onde ĂŠ possĂ­vel tomar banho. Assim, a data de seu padroeiro, 19 de março de 2010, ĂŠ o dia da comunidade do ColĂŠgio SĂŁo JosĂŠ festejar um sĂŠculo de vida e agradecer a Deus pelos 100 anos de uma obra coletiva, construĂ­da sempre sob o modelo de SĂŁo JosĂŠ – homem bom, justo, disponĂ­vel e operĂĄrio confiante.

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PROJETO Os mitos e as verdades sobre as plantas medicinais

É

cada vez maior o interesse sobre plantas e suas possíveis aplicações terapêuticas. A medicina popular e o conhecimento específico sobre o uso delas são o resultado de uma série de influências culturais, como as dos colonizadores europeus e dos africanos, e da própria tradição de indígenas brasileiros. Tal conjunto de conhecimentos forma a “fitoterapia popular”, adotada por milhares de pessoas que não têm acesso às práticas médicas oficiais – em grande parte devido aos altos custos de consultas e medicamentos. Estudos comprovam cientificamente as propriedades terapêuticas atribuídas às plantas. Sabe-se hoje que 119 substâncias (princípio ativo) extraídas dessas plantas têm efeito curativo comprovado. Pesquisa de opinião realizada por alunos de ensino médio e fundamental do Colégio Franciscano Sant’Anna, de Santa Maria, junto à comunidade escolar mostra que o tema é do interesse de jovens e adultos. Professores de Ciências Físicas e Biológicas do ensino fundamental e professores de Biologia do ensino médio, com seus alunos, optaram, então, por aprofundar o tema de forma interdisciplinar. A pesquisa se iniciou em 2008, com a união do estudo dos sistemas do corpo humano e da alimentação saudável. Componentes curriculares como História, Geografia, Matemática, Educação Artística e Línguas também fizeram parte do projeto. Foram realizadas diferentes ações, adaptadas à realidade de cada série. Na 5ª série, os alunos pesquisaram sobre o uso das plantas mais utilizadas na região, plantaram mudas, acompanharam o desenvolvimento das plantas no sítio da escola e distribuíram mudas de camomila, manjerona, alfazema e funcho no “Dia Mundial do Meio Ambiente”. Nas turmas 6ª e 7ª série, o projeto focou alimentos funcionais, fitoterápicos e o estudo dos sistemas do corpo humano, juntamente com a origem de algumas plantas e de povos que trouxeram seus costumes para a região. Os alunos realizaram uma exposição no Sítio Franciscano, com a degustação dos alimentos preparados pelos alunos.

As turmas de 8ª série e do 1º ano socializaram histórias em quadrinhos e fôlderes num encontro no Sítio Franciscano. Dentre as ações mais “gostosas”, teve destaque a degustação de alimentos funcionais e de chás preparados pelas equipes. Os alunos do 2º e 3º ano pesquisaram a história dos fitoterápicos, a distribuição geográfica, a origem das plantas, suas propriedades, os óleos essenciais, as diferentes formas de preparo de fitoterápicos e alimentos funcionais que melhores efeitos trazem ao nosso organismo. Divulgaram o resultado do estudo com sachês de diversas ervas aromáticas – com efeitos antisséptico e calmante –, chás, sucos, alimentos para degustação e regras para cultivar alguns fitoterápicos em casa. A ação final do projeto foi uma grata surpresa: uma rica mostra dos fitoterápicos e outros projetos de Ciências, realizada em novembro de 2009, no Ginásio Francisquinho. A alegria das crianças e dos jovens em trocar informações, em experimentar, degustar e compartilhar foi cativante e comoveu todos os visitantes. Neste ano o projeto terá avanços na área da pesquisa, utilizando os laboratórios e outros meios para buscar essas informações e construir o conhecimento.


VIT NUÑEZ

CAPA

É possível inovar sem perder a tradição? I

novação é uma questão de sobrevivência para qualquer organização. O setor educacional não foge à regra. Ainda que com bases sólidas, fundamentadas em princípios rígidos e seculares, as instituições de ensino fazem parte de uma realidade em constante mudança e é necessário adaptar-se a elas. As transformações do mercado e a exigência das famílias, cada vez maiores, somam-se e esta busca pelo novo. Mas é possível realizar e concretizar essa busca sem colocar em risco a tradição que muitas vezes responde pelo nome e pela reputação dessas escolas? Para o doutor em Sociologia e professor do Instituto Gino Germani, da Universidade de Buenos Aires, Eduardo Andrés Vizer, frequentemente a tradição se contrapõe à inovação. “Quando os métodos e as crenças tradicionais deixam de responder de forma adequada aos problemas e às circunstâncias, as pessoas tendem a buscar nas próprias crenças e práticas tradicionais novos approaches, novos enfoques e formas de alcançar seus objetivos. O capitalismo, em especial o dos Estados Unidos, é um exemplo desses processos de introdução da inovação e do método de ensaio/erro como dispositivo internalizado pela própria cultura para produzir as mudanças que permitam a subsistência de um sistema ante as novas condições impostas pelo ambiente.” Ele explica que a busca da inovação se internaliza paulatinamente como parte da tradição cultural.

Não seria possível dizer, então, que a inovação pode, por vezes, estar inserida na tradição, se estiverem contidos nessa última princípios de atualização e adequação ao novo? A pedagoga e mestre em educação pela Unicamp Ivanilde Moreira acredita que tradição e inovação são duas faces da mesma moeda. “Tradição no sentido amplo pode ser definida como tudo aquilo que uma geração herda das suas precedentes e lega às seguintes, e inovação como o ato de fazer o que sempre fizemos, porém de forma diferente. O velho é a manjedoura do novo, ou seja, este não pode existir sem aquele. A inovação assimila a tradição, dando-lhe vida revigorada, fazendo o conhecimento avançar e a sociedade caminhar com outros referentes”, alega. O que muitos entendem como conceitos (ou práticas) superados, ultrapassados, Ivanilde descreve como renovados, revigorados. A doutora em Ciências Humanas e professora da Ulbra e Ufrgs Marisa Vorraber Costa aponta que as análises históricas e filosóficas postulam que o mundo moderno foi edificado em oposição ao mundo da tradição. “Podemos entender a Modernidade como uma invenção do Ocidente, cujos contornos teriam se iniciado por volta do século XVI, começando a revelar alguma nitidez ao longo do século XVII. Grosso modo, pode-se dizer que se edifica sobre a concepção de que o espírito humano estaria atingindo agora sua maioridade”, analisa. Marisa destaca


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direcionadas por um presente supostamente mais avançado”, alerta. Ivanilde concorda. “O primeiro e grave erro que uma escola deve evitar é o de abandonar as suas raízes. Quem sabe para onde vai não precisa abandonar a raiz, o seu ponto de partida, pois este constitui a sua referência. O reconhecimento da comunidade vem quando a escola se mantém firme, com sólida base axiológica.” A tradição, para muitas escolas, faz parte do reconhecimento do seu trabalho perante a comunidade, e pode se tornar um freio à inovação. É preciso ter claro, no entanto, o que esta comunidade – pais, alunos, demais profissionais do segmento de ensino – leva em conta quando falam da “tradição” de determinada escola. A tradição são as práticas antigas? Ou são valores que independentemente das inovações são preservados por esta instituição? Há, ainda, outro ponto a ser considerado. Muitas instituições estão preocupadas, de fato, com a inovação – a transformação de conhecimento em um novo produto ou serviço. Mas é necessário estar ciente do limite entre a real inovação e o “invencionismo”. “Inovar é diferente de seguir modismos; quando uma escola resolve inovar, ela precisa ter as seguintes questões muito claras: por que inovar? Isso faz sentido para a instituição? O que significa inovar?” Para inovar, segundo Ivanilde, é preciso ter conhecimento de causa. “Se a instituição tem alguma ideia nova que queira implementar, esta precisa estar ancorada, antes de qualquer coisa, numa base sólida de conhecimentos científicos, epistemológicos, filosóficos. A inovação se diferencia do modismo porque este é efêmero, enquanto aquela é perene. Uma instituição vulnerável aos modismos é uma instituição que não sabe para onde caminha, está sem norte”, diz ela, citando o filósofo romano Sêneca: “Não há ventos favoráveis para aqueles que não sabem a que porto se dirigem”. Para Vizer, deve-se ter muito cuidado com uma visão empresarial que se instalou em relação ao papel da escola. “A escola não é uma prestadora de serviços nem deve gerar produtos para ‘clientes’ reais ou potenciais. O valor da escola está no resgate da capacidade

MIRO DE SOUZA/JORNAL ZERO HORA

que a palavra “moderno”, popularizada por Rousseau, expressa exatamente esta “moda”, ou uma constante busca do novo, num movimento infinito em direção ao futuro, que seria sempre melhor, mais perfeito do que o passado. “Paradoxalmente, estaria nascendo aí, no berço da racionalidade ocidental, o mito do progresso e, como nos ensinou o filósofo Martin Heidegger, aí se constitui, também, uma das características do homem moderno – a obsessão pela novidade. O novo seria, por princípio, sempre desejável e sempre melhor do que o velho. As concepções de educação e de pedagogia que nos orientam ainda hoje estão vinculadas ao projeto moderno, sustentado por esta convicção.” O responsável pelo Programa Internacional de Avaliação Comparada, Andreas Schleicher, acredita que as escolas podem se atualizar sem dar as costas às suas raízes, pois não vê inovação e a manutenção das raízes como objetivos políticos opostos. “Na verdade, considero a inovação naquilo que ensinamos e na maneira pela qual ensinamos como fundamental para o fortalecimento das raízes dos sistemas de ensino. Estas raízes não se referem às esculturas e às formas dos sistemas de ensino, mas aos seus valores subjacentes”, considera. Para ele, os “desafios-chave” enfrentados atualmente pela sociedade, quer seja crise financeira ou ambiental, são, em última instância, de valores. “Atuamos à base de valores situacionais – farei qualquer coisa que a situação me permite fazer – e nossas crises são reflexo disso, e não de valores sustentáveis – agirei de forma a deixar para nossos filhos não apenas um mundo cheio de técnica, mas a riqueza do mundo que nós encontramos. Isso não será alcançado se os sistemas de ensino continuarem fazendo o que têm feito até agora.” É impossível dar fim às raízes de uma escola e de sua proposta educativa, assegura Marisa. “As marcas de uma trajetória histórica estão sempre lá, produzindo efeitos, mesmo que estes não estejam na superfície, visíveis. Há riscos imensos em projetos educativos que preconizam o esquecimento do passado para investir em propostas

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humana de aprender, no desenvolvimento de cidadĂŁos livres e plenos, porque aprenderam a pensar e a tomar decisĂľes.â€? Ele explica que enquanto a inovação e a construção de conhecimento sĂŁo recursos que os cidadĂŁos deverĂŁo aprender a utilizar para seus prĂłprios fins e para a construção de uma sociedade melhor e mais justa, o “invencionismoâ€? estĂĄ mais para um produto que se oferece ao mercado para “vender’’ a escola. Como saber a diferença? “Penso que nĂŁo ĂŠ tĂŁo difĂ­cil assim distinguir as propostas sĂŠrias e bem informadas daquelas superficiais e oportunistas. SĂł prioriza o ‘modismo’ e incide em ‘invencionismos’ a instituição que assenta seu projeto educativo sobre pressupostos filosoficamente frĂĄgeisâ€?, assegura Marisa. O apelo para que sejam oferecidos “produtos e serviçosâ€? educacionais encaixados nas “ofertasâ€? de oportunidades do mercado ĂŠ muito forte, conforme a professora. “A lĂłgica mercantil que invade a educação, reverberando as faces do novo capitalismo, ĂŠ um enorme desafio nĂŁo apenas para as instituiçþes, mas tambĂŠm aos professores, pais e mĂŁes das crianças e jovens que as frequentam. ConvĂŠm mencionar anĂĄlises muito interessantes e atuais sobre o assunto realizadas por sociĂłlogos como Zygmunt Bauman (Vida para consumo, Vida LĂ­quida,

Globalização) e Richard Sennet (A corrosĂŁo do carĂĄter, A cultura do novo capitalismo), obras que expĂľem anĂĄlises sensĂ­veis, instigantes e Ăşteis que ajudam nĂŁo apenas professores e gestores, mas todos nĂłs, na decifração desse mundo curioso que se ergue a nossa volta, com seus desafios, mazelas, injustiças, promessas e sonhos de felicidade.â€? Os agentes deste processo Eduardo Vizer acredita que a inovação nĂŁo começa pelas diretrizes nem pelos professores ou alunos. “Começa por uma tomada de consciĂŞncia geral e por uma discussĂŁo aberta de que as coisas tal como estĂŁo nĂŁo podem seguir, que toda a comunidade educacional se encontra em uma encruzilhada e que todos devem participar – dentro de suas possibilidades e atribuiçþes – para ajudar a redefinir modos e prĂĄticas no sentido de construir um novo modelo de ensino aprendizagem que leve em conta a complexidade das necessidades dos estudantes e da sociedade de maneira geral.â€? Para o sociĂłlogo, ĂŠ fundamental que todos se sintam “partĂ­cipes e responsĂĄveisâ€? da necessidade de produzir mudanças, as quais devem estar baseadas em prĂĄticas inovadoras de ensino/aprendizagem. A Escola Carlitos, de SĂŁo Paulo, apostou num projeto inovador, que auxilia os estudantes a desenvolver competĂŞncias que lhe permitem ter um olhar diferenciado ao assistir a um filme. O Cine Carlitos foi lançado em 2008 como atividade extracurricular e, ao lado de outros projetos inovadores, tinha como objetivo fortalecer a imagem da instituição. A diretora pedagĂłgica e filosĂłfica do Ensino Fundamental II e coordenadora do projeto, Luciana Zaterka, comemora os resultados. “Sempre acreditei no vĂ­nculo entre cinema e filosofia. Hoje o Cine Carlitos faz parte da grade curricular de Artes Visuais da escola, na disciplina Escola e Cinema.â€? Filosofia, ĂŠtica, polĂ­tica, intolerância, sonho e criatividade sĂŁo alguns dos temas trabalhados com os alunos nas sessĂľes de cinema, realizadas em mĂłdulos temĂĄticos, com discussĂľes de 20 minutos apĂłs cada sessĂŁo. “O debate tem duas perspectivas: a ficha tĂŠcnica do filme e questĂľes interpretativas. Depois de quatro sessĂľes, analisamos as semelhanças entre os filmes e trazemos o debate para a contemporaneidadeâ€?, explica Luciana. Por meio de uma parceria com uma grande rede, o trabalho ĂŠ desenvolvido fora da escola, numa sala de cinema, lugar prĂłprio para essa atividade, conforme especialistas. Contempla alunos de 3 a 14 anos. â€œĂ‰ a ampliação de uma rede conceitual, que propicia, de fato, a reflexĂŁo sobre determinadas imagens. O jovem hoje ĂŠ bombardeado e nĂŁo consegue estabelecer a diferença entre o comercial e a obra de arte. Nesta atividade o aluno sĂł tem a ganhar. Aprende a ser um espectador ativoâ€?, afirma. ObstĂĄculos linguĂ­sticos e culturais que surgem ao longo do processo – ela cita o exemplo de alunos mais novos que desconheciam o Holocausto ou nĂŁo sabiam o porquĂŞ de um soldado pedir para um menino baixar a calça, no filme, para saber se ele era judeu – nĂŁo se constituem barreira, mas um estĂ­mulo ao aprendizado, que desperta o interesse dos alunos por algo alĂŠm do entretenimento. Para os futuros empreendedores da inovação no meio escolar, a filĂłsofa conta a sua receita. â€œĂ‰ preciso se aproximar da linguagem dos jovens, mas de maneira sĂŠria,


estĂŁo preparados para a prova. AlĂŠm de recursos para desenvolver conteĂşdos de maneira diversificada, hĂĄ investimento em trabalho de pesquisa. “JĂĄ lançamos a primeira publicação em Mandarim voltada para o pĂşblico infantil e no final do ano teremos um novo material didĂĄticoâ€?, comemora Mendoza. As tendĂŞncias com relação Ă inovação podem variar de acordo com a localidade, mas os estudantes sĂŁo, invariavelmente, uma importante peça desta engrenagem. “Geralmente, as tendĂŞncias nĂŁo sĂŁo detectadas a nĂŁo ser quando jĂĄ estamos imersos nelas pela prĂłpria dinâmica das mudanças tecnolĂłgicas, econĂ´micas e polĂ­ticas. Por isso, se a informação e os ‘conteĂşdos’ perdem vigĂŞncia, torna-se fundamental promover nos estudantes a capacidade de observação, de responder a problemas, de aprender a pensarem por si prĂłprios em contextos de incerteza e mudança permanente. É preciso voltar Ă filosofia dialĂłgica, Ă discussĂŁo aberta, Ă necessidade de compartilhar experiĂŞncias e ideias. É preciso instalar um espĂ­rito de curiosidade permanente no ambiente escolarâ€?, aponta Vizer. GaĂşchos sĂŁo adeptos Ă inovação O ColĂŠgio Israelita, de Porto Alegre, busca a inovação a partir da capacitação do seu corpo docente. Desde o dia 20 de abril, os professores inverteram seus papĂŠis com os alunos e passaram a ocupar as carteiras da instituição com o lançamento da Universidade Corporativa do ColĂŠgio Israelita Brasileiro (UniCCIB). AlĂŠm de promover a atualização dos conteĂşdos desenvolvidos na instituição, o objetivo ĂŠ aprimorar os mĂŠtodos pedagĂłgicos aplicados. “A UniCCIB foi pensada para qualificar ainda mais a formação dos alunos do Israelita atravĂŠs do investimento nos professores. Tudo serĂĄ voltado para instrumentalizar os docentes nas melhores prĂĄticas educativas que existem na atualidadeâ€?, afirma a diretora-geral do colĂŠgio e da UniCCIB, MĂ´nica Timm de Carvalho. Em 2009, o Israelita jĂĄ foi reconhecidamente inovador em razĂŁo da inauguração da Ir KtanĂĄ, cidade-laboratĂłrio de 500m² localizada dentro do ambiente escolar. Projeto Ăşnico no Rio Grande do Sul e no PaĂ­s, a cidade ĂŠ destinada ao exercĂ­cio dos alunos para temas relacionados a gestĂŁo, empreendedorismo e diversos outros conteĂşdos pedagĂłgicos. “Com a Ir KtanĂĄ, o Israelita alcançou um novo patamar em sua proposta de ensino. Oferecer uma capacitação ainda maior para os nossos professores foi o passo natural neste processoâ€?, afirma MĂ´nica. No ColĂŠgio Sinodal, a inovação fica por conta da matemĂĄtica. “Desde 2003 surgiu a ideia de utilizar inequaçþes para representar regiĂľes de figuras planas. Em 2005, quando ingressei no Mestrado

MARCELO AMARAL

cuidadosa, e voltada para os clĂĄssicos – cinema, escultura, literatura. Os alunos sĂł tĂŞm entretenimento, temos que fazer eles se voltarem para as obras de arte. O cinema, neste projeto, ĂŠ utilizado como linguagem de formação.â€? Vizer acredita que as crianças e os jovens respondem mais rapidamente Ă s mudanças, enquanto os docentes e o sistema escolar acreditam que devem seguir o “programaâ€?, as regras, a tradição, “muito em razĂŁo da insegurança que as mudanças trazem consigoâ€?. De maneira geral, segundo ele, a escola ainda carrega a sĂ­ndrome reprodutivista: se supĂľe que a escola deve perpetuar e reproduzir determinados valores sociais. “Muitos pais creem que seus filhos devem aprender esses valores da reprodução (aprender memorizando, acumular o maior nĂşmero de informação, etc.). De modo que tende a produzir-se uma espĂŠcie de cĂ­rculo vicioso da reprodução e um temor de “romper o cĂ­rculoâ€? e mais tarde ser acusado de uma ou outra forma de subversĂŁo aos valores tradicionais.â€? A ideia de inovação geralmente vincula-se ao aspecto econĂ´mico, Ă competitividade, Ă ideia de “invençãoâ€?, dando ao conjunto a impressĂŁo da necessidade competitiva, acredita Ivanilde. “Sem inovar nĂŁo dĂĄ para competir. Isso ĂŠ o que prega o senso comum. Por isto, educadores, pais e comunidade precisam ter claro qual ĂŠ o conceito e como ele serĂĄ definido no projeto da escola, como forma de nĂŁo se cair ingenuamente nas ‘armadilhas inovadoras’â€?, alerta a pedagoga. A invenção, porĂŠm, pode estar intimamente ligada Ă tradição, ou ao tradicional. É o caso do Instituto Sidarta, tambĂŠm de SĂŁo Paulo, que tem o Mandarim como lĂ­ngua estrangeira obrigatĂłria no currĂ­culo desde a Educação Infantil. “O ensino da lĂ­ngua surgiu junto com o colĂŠgio, hĂĄ 12 anos, pela tradição dos mantenedores e a forma como a instituição se formou, com um ideal visionĂĄrio e de preservação da histĂłria e da cultura chinesaâ€?, explica o coordenador do Departamento de Mandarim do colĂŠgio, Inty Mendoza. Hoje ele estima que os alunos de origem chinesa nĂŁo chegam a 10%, mas a procura pelo instituto em função da lĂ­ngua aumenta a cada ano. “Os pais tĂŞm interesse que seus filhos aprendam Mandarimâ€?, alega o coordenador. “O ensino do Mandarim no Ocidente começou na colĂ´nia chinesa, que jĂĄ tinha contato com a lĂ­ngua em casa. Hoje hĂĄ uma alteração na forma de ensinar. Estamos criando uma cultura hĂ­brida, agregando a percepção do Ocidente em relação Ă China e o impacto da China no mundo.â€? ApĂłs uma profunda reestruturação do currĂ­culo, segundo o coordenador, os alunos estĂŁo aptos, mais cedo, a fazerem o exame de proficiĂŞncia na lĂ­ngua – a previsĂŁo anterior era o 2Âş ano do Ensino MĂŠdio, mas os alunos da 8ÂŞ sĂŠrie do ensino Fundamental jĂĄ

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em Ensino de MatemĂĄtica, na UFRGS, tive contato com o software Graphequation, que atingia plenamente essa expectativa. No mesmo ano levei para as turmas da 3ÂŞ sĂŠrie do Ensino MĂŠdio do ColĂŠgio Sinodal a proposta de trabalho de reproduzir uma obra de arte atravĂŠs de sistemas de equaçþes e inequaçþesâ€?, conta o professor de matemĂĄtica Marcelio Diogo. Os alunos foram, entĂŁo, apresentados ao software no laboratĂłrio da escola e, com os conhecimentos jĂĄ desenvolvidos no tĂłpico de Geometria AnalĂ­tica, puderam elaborar formas de atingir os resultados com grau de perfeição invejĂĄvel. “De lĂĄ para cĂĄ, todo ano a proposta ĂŠ incrementada e os resultados produzidos pelos alunos tornam-se melhores. O crescimento em MatemĂĄtica nos conteĂşdos abordados no trabalho ĂŠ muito significativo. Alunos que participam do projeto tĂŞm melhor desempenho nas avaliaçþes.â€?

GILSON OLIVEIRA / PUCRS

É possĂ­vel termos uma escola tradicionalmente inovadora? Marisa crĂŞ que as escolas podem ser apontadas como lugares do inevitĂĄvel confronto entre tradição e inovação. “E nĂŁo penso aqui em confronto como luta, mas em algo que se coloca face a face, embora embates sempre ocorram quando o existente consagrado e o novo desconhecido e insurgente se encontrem.â€? Assim, parece que as escolas de hoje, por injunçþes histĂłricas e culturais, por imperativos que se colocam em vista da natureza radical das transformaçþes que experimentamos, constituemse como espaços em que a tradição precisa inevitavelmente ser revisada, debatida e atualizada.

“O que deve ser feito ĂŠ estimular os alunos a perguntar e a ensaiar novas respostas a velhas perguntas, isto ĂŠ, introduzir nas prĂĄticas pedagĂłgicas vigentes, que muitas vezes ainda sĂŁo tradicionais, espaço para a inovação. NĂŁo podemos deixar de considerar que quando se trata de aprendizagem, a inovação, em especial a tecnolĂłgica, ĂŠ apenas um meio, jamais um fim. Muitas vezes o progresso tĂŠcnico e tecnolĂłgico ĂŠ confundido com inovação. No que tange Ă inovação do sistema escolar, a atenção deveria estar mais direcionada Ă inovação dos processos de ensino/aprendizagemâ€?, afirma Vizer. Para Andreas, a chave estĂĄ no afastar-se dos modelos tradicionais de ensino, que, muitas vezes, continuam a operar como uma cadeia de produção industrial, em que ano apĂłs ano novas ideias sĂŁo empilhadas, “onde se acumulam, em meio a camadas de reformas inacabadas e incoerentes, e onde, no fundo, escolas e professores sĂŁo confrontados com um misto de regulamentaçþes e de receitas que nĂŁo tĂŞm sentido e para as quais nĂŁo se sentem responsĂĄveisâ€?. A educação, segundo ele, deve caminhar em direção ao “conhecimentoâ€? de um sistema de educação rico no qual professores e diretores de escolas possam agir como parceiros, com autoridade para atuar, com as necessĂĄrias informaçþes para fazĂŞ-lo e com acesso a sistemas de apoio eficazes para auxiliĂĄ-los na implementação da mudança.

Espaço aberto para inovar na PUCRS

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Por Eduardo Borba Homens e mulheres capazes de criar oportunidades, olhar alĂŠm do cotidiano, conectar diferentes ĂĄreas do conhecimento e com uma boa rede de relacionamentos. Esse ĂŠ o perfil das pessoas ligadas aos principais espaços dedicados Ă inovação na PUCRS. De graduandos a doutores, eles abrem caminhos motivados por novos desafios profissionais. Liangrid Lutiani da Silva, 30 anos, estudante de Engenharia de Automação e Controle, conquistou R$ 50 mil na edição 2008 dos PrĂŞmios Santander de Empreendedorismo e de CiĂŞncia e Inovação. Ele e os colegas Karion Guerra, de Engenharia da Computação, e Pamela Martins, de Nutrição, desenvolveram um software de monitoramento via internet para estaçþes de tratamento de efluentes industriais e agroindustriais. A etapa inicial para esse resultado foi o 1Âş Torneio Empreendedor, organizado pelo NĂşcleo Empreendedor da PUCRS, em 2007. Os professores do NĂşcleo forneceram todas as instruçþes necessĂĄrias Ă formação de uma empresa. “Nas reuniĂľes surgiu o tema do meio ambiente. Depois, o foco na ĂĄgua. Por fim, concretizamos a ideiaâ€?, lembra Liangrid. Naquele ano, o grupo obteve quarto lugar no concurso acadĂŞmico e venceu a etapa regional dos

PrĂŞmios Santander. Persistentes, voltaram Ă s concorrĂŞncias em 2008 e conquistaram o prĂŞmio nacional e o terceiro lugar no 2Âş Torneio Empreendedor, com patrocĂ­nio da Caixa RS. Se unir Engenharia e Nutrição parece inusitado, o projeto do grupo de pesquisa Linguagem, Comunicação e Cognição (Lincog) aproximou professores de Cinema, InformĂĄtica, Letras, Educação e Engenharia. O trabalho ĂŠ realizado no Ideia – Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento numa sala de prĂŠ-incubação e assessoria administrativa. Por meio do site www.inf.pucrs.br/~lincog, docentes da Universidade podem consultar um banco de dados com cem audiovisuais utilizados como recurso pedagĂłgico. A pesquisa explora todas as possibilidades de um determinado vĂ­deo para ilustrar e facilitar a assimilação do conteĂşdo das aulas. Para o professor da Faculdade de Comunicação Social e cineasta Carlos Gerbase, 50 anos, um dos idealizadores do Lincog, “a grande diferença estĂĄ na informação e na dinâmica proposta em sala de aulaâ€?. Para este ano ele projeta a ampliação do acervo e a aproximação de docentes adeptos deste mĂŠtodo, criando relaçþes com as disciplinas.


CIDADANIA

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Bexigas, ovos e água, que faziam parte das brincadeiras que marcavam a despedida dos formandos do 3º ano do ensino médio do Colégio Farroupilha, em Porto Alegre, ganharam uma nova conotação e foram transformados em ações sociais. Cerca de 150 alunos responderam por essa mudança. A proposta da direção e dos professores aos veteranos foi o planejamento e a execução de uma atividade que beneficiasse entidades assistenciais da Capital. No final de março, as turmas entregaram alimentos não perecíveis, brinquedos e ovos de Páscoa às crianças do Instituto Espírita Amigo Germano, no bairro Santana, mais de 50 litros de leite à Associação Beneficente Santa Zita de Luca, no Partenon, e alimentos não perecíveis à Liga Feminina de Combate ao Câncer e à Casa Lar Amor do Mestre Jesus, no bairro Tristeza. De acordo com a coordenadora do ensino médio, Mirtes Costa, ao realizarem essas ações, os alunos entram em contato com outras realidades sociais e podem refletir sobre as necessidades dessas instituições.

Centro de Ensino Superior Cenecista participa do Trote da Cidadania O Centro de Ensino Superior Cenecista de Farroupilha (Cesf) participou do projeto Trote da Cidadania, desenvolvido pela Fundação Educar Dpaschoal, iniciativa que estimula universitários de todo o país a se envolver em atividades de cunho social no início do ano letivo, no lugar do tradicional trote. Foram realizadas, no final de março, duas atividades relacionadas ao meio ambiente: o “Pedágio Inverso”, em que alunos da instituição localizados em pontos estratégicos na cidade entregavam sacos de lixo de TNT para carros que passavam no “pedágio”, e a “Conscientização Cidadã Semeando o Verde”, na qual os alunos plantaram algumas espécies de árvores frutíferas no Parque dos Pinheiros – área de lazer mais utilizada pelos farroupilhenses – com o acompanhamento da Prefeitura. Alunos dos cursos de Administração, Pedagogia, Direito e Cursos Sequenciais, além de professores e funcionários, participaram do projeto. O Trote da Cidadania foi criado em 1999, oferecendo metodologia para planejamento e prática de ações de voluntariado universitário. Confira o trabalho desenvolvido em universidades de todo o país no site www.trotedacidadania.com.br.

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Recorte e colecione.

Farroupilha transforma trotes em ações sociais

4"-7& 0 1-"/&5" Educação em Revista apresenta neste espaço exemplos de ações práticas na área socioambiental. Com o objetivo de facilitar o uso prático das ações relatadas, o leitor poderá recortar a seção.

Projeto Emissão Zero: exemplo de sustentabilidade

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Projeto Emissão Zero, do Colégio La Salle Santo Antônio de Porto Alegre, é um exemplo de consciência ambiental para a comunidade. Realizado desde 2000, o trabalho teve início após a leitura do livro “Emissão Zero: a busca de novos paradigmas”, de Günter Pauli, e incentiva os jovens a se engajar na causa do desenvolvimento sustentável. O projeto se destaca por colocar em prática trabalhos de pesquisa que trazem resultados positivos e envolver estudantes do ensino médio, ensino fundamental e educação infantil. No Laboratório de Campo, os alunos realizam atividades com baixo custo e sem agressão ao meio ambiente, voltadas para a sustentabilidade, como o cultivo de hortaliças e plantas medicinais em uma horta mantida por meio da produção de húmus – com detritos da cantina – e irrigada com água da chuva – captada por uma cisterna. O alimento produzido é utilizado em outro projeto – Culinária – desenvolvido por alunos e professores do 1º ano do ensino médio. O cultivo das plantas medicinais obedece à metodologia desenvolvida pela EMATER/RS – ASCAR de Putinga/RS, que realiza um trabalho de reconhecimento dos espécimes vegetais com valor medicinal. Os estudantes, orientados pelos professores, também confeccionam placas de aquecimento d’água com garrafas PET e embalagens tetra-pak, que contribuem para poupar energia. O Emissão Zero já atingiu diretamente 150 estudantes do ensino médio, nas ações de estudo, pesquisa e disseminação. A maior prova do sucesso do projeto é o seu uso como tema de um curso de capacitação oferecido para a comunidade do Morro da Cruz, com a formação de cinco agentes adultos, responsáveis pela multiplicação da iniciativa. Anualmente, cerca de 500 crianças da educação infantil e das séries iniciais do ensino fundamental interagem nos programas de Educação Ambiental do Colégio La Salle Santo Antônio.


Nota dez em cidadania Aprenda a fazer uma composteira A compostagem Ê a transformação da matÊria orgânica em composto. Este processo Ê realizado naturalmente por bactÊrias, fungos (organismos decompositores) e minhocas (consumidores), por exemplo, que transformam resíduos como cascas de batata, cascas de cenoura, chås, erva-mate, borra de cafÊ, restos de legumes e verduras em geral em adubo. Esta atividade då um destino final para 50% do lixo produzido em nossas casas e pode ser planejada de acordo com as necessidades de cada residência.

& W Y [ $W \ & Y – Escolha um recipiente para receber o lixo orgânico – nĂŁo colocar restos de comida com sal, para evitar a eliminação dos micro-organismos; – Pegue uma caixa plĂĄstica (modelo utilizado como organizadores) de 0,40m x 0,30m x 0,30m, coloque uma divisĂłria de plĂĄstico ou papelĂŁo e deixe a caixa em um canto da sacada ou ĂĄrea de serviço, abrigada do sol e da chuva. Em casas, a caixa plĂĄstica pode ser substituĂ­da por um espaço maior, construĂ­do com tijolos; – Em um dos lados coloque o lixo orgânico separado e cubra tudo com folhas de jardim, serragem ou terra (que evitam o mau cheiro); – Com um regador de jardim, umedeça um pouco a camada superficial da composteira e tape a caixa para evitar a entrada de sol sobre o composto; – De dois em dois dias, com uma pĂĄ de jardim, mude o composto de um compartimento para outro, a fim de arejar a mistura. Neste processo pode ser colocado mais lixo orgânico – atĂŠ completar a capacidade da caixa. Se o composto estiver seco, adicione mais ĂĄgua; – ApĂłs 60 dias, o composto deverĂĄ estar com uma coloração marrom-escura (cor de cafĂŠ), cheiro de terra e formando uma mistura homogĂŞnea; – O adubo orgânico estĂĄ pronto. Se desejar armazenar o composto, basta peneirar a mistura e acondicionar o pĂł escuro em sacos de papel. O que ficar retido na peneira deve ser devolvido para a caixa. O composto melhora a estrutura e a qualidade do solo, tornando-o mais arejado com uma retenção de ĂĄgua mais eficiente, e reduz, tambĂŠm, a utilização de agrotĂłxicos e outros produtos quĂ­micos, pois as plantas se tornam mais saudĂĄveis. O lixo que seria lançado em aterros sanitĂĄrios tem agora um destino natural, ou seja, o da reciclagem da matĂŠria orgânica.

Estudantes que desenvolvem atividades de voluntariado em suas escolas podem atingir as mĂĄximas notas em cooperação, cidadania e solidariedade. A necessidade de interação com os problemas da comunidade contribui para marcar nas agendas desses jovens a ideia de compromisso com o prĂłximo. Ao oferecer aos estudantes a oportunidade de aprender – por meio de atividades voluntĂĄrias bem planejadas e bem conduzidas – os conceitos apresentados nas disciplinas do currĂ­culo escolar, a instituição de ensino exerce o papel de destrancar a porta da sala de aula e permitir aos alunos que conheçam o que existe de diferente entre sua comunidade e aquela que estĂĄ prĂłxima a ele. A diversidade preenche a vida deles com respeito e tolerância, conceitos fundamentais em tempos, infelizmente, de violĂŞncia, inclusive entre o pĂşblico em questĂŁo. É fundamental que a escola prepare bem este caminho – daĂ­ a importância de institutos como o Faça Parte – para que a atividade voluntĂĄria nĂŁo se perca no meio da mochila de desejos de quem hoje ĂŠ atacado por milhares de possibilidades de ocupação, mesmo aquelas que se desenvolvem na tumultuada solidĂŁo de um quarto cheio de amigos ligados por comunicadores instantâneos. Ainda bem que o voluntariado e, mais do que isso, as atividades voluntĂĄrias tambĂŠm podem ser twittados! O aluno voluntĂĄrio tem liberdade de ação e escolha. Ao se entregar ao voluntariado, carrega consigo noçþes de compromisso com seus colegas de turma e seus mestres. Durante os trabalhos do PrĂŞmio Escola VoluntĂĄria, que completa uma dĂŠcada em 2010, conhecemos diferentes perfis de estudantes, professores e ambientes escolares. Viajamos da lousa mais ĂĄspera e cheia de pĂł de giz ao quadro branco cheio de tecnologia. Mas para os jovens que estavam em cada um desses cenĂĄrios, a vontade de ajudar o prĂłximo nĂŁo ĂŠ movida por ambientes escolares avançados e de Primeiro Mundo, muito menos desestimulada por uma realidade mais simples em termos de equipamento escolar. Todos querem ajudar, gostam de realizar atividades de solidariedade, sĂŁo ansiosos – como todos nessa idade – por resultados e ficam alegres a cada passo dado pelo grupo do qual fazem parte. Professores e pais ficam de olho... Mas, na verdade, nem precisa. Nenhum deles cabula o voluntariado. AndrĂŠ Russo Jornalista da RĂĄdio Bandeirantes de SĂŁo Paulo e integrante da comissĂŁo organizadora do PrĂŞmio Escola VoluntĂĄria


CULTURA Americano abre as portas para interatividade O ColÊgio Metodista Americano de Porto Alegre criou uma ferramenta para aproximar ainda mais os alunos e a instituição, o Blog do Festival de Cinema Oscarito. Lançado em 2009, serå mantido oficialmente para as próximas ediçþes do evento em razão do sucesso de interação com o público. O Festival Oscarito Ê um projeto desenvolvido desde 1992 com o objetivo de incentivar a criatividade e a produção audiovisual dos estudantes por meio da construção de curtas-metragens. A criação do blog modernizou o evento e deu mais visibilidade ao trabalho desenvolvido no ColÊgio, jå que os alunos podem assistir, antes do evento, aos vídeos que concorrem aos prêmios. A ferramenta tambÊm facilitou o acesso da comunidade ao festival, que pôde votar de maneira mais fåcil na categoria Júri Popular. A escola se prepara para realizar o 12ª Festival de Cinema Oscarito. Jå estão confirmadas as presenças do colunista Juremir Machado da Silva e do cineasta Carlos Gerbase no corpo de jurados. Para conhecer o evento, acesse o blog http://www. metodistadosul.edu.br/redessociais/festivaloscarito.

Alunos do IENH comemoram ] \ ^_Y ` Os alunos do currĂ­culo bilĂ­ngue da IENH comemoraram, nas unidades Pindorama e Oswaldo Cruz, no dia 17 de março, o Saint Patrick’s Day, ou dia de SĂŁo PatrĂ­cio, como parte do estudo e da vivĂŞncia da cultura dos povos que falam a lĂ­ngua inglesa. Na Irlanda, este dia santo ĂŠ feriado nacional. Saint Patrick ĂŠ o padroeiro do paĂ­s e por isso pessoas com origem irlandesa relembram a Irlanda vestindo verde e participando das festividades e desfiles neste dia. Entre os dias 3 e 17 de março, os professores de LĂ­ngua Inglesa trabalharam com os estudantes a histĂłria, os sĂ­mbolos e os costumes que envolvem o Saint Patrick’s Day. Na Unidade Pindorama foi organizada uma festa temĂĄtica em que todos se vestiram de verde, participaram de brincadeiras folclĂłricas, distribuĂ­ram trevos aos colegas e participaram de uma caça aos doces. Na Unidade Oswaldo Cruz, como proposta de fechamento das comemoraçþes e vivĂŞncias, foi montada uma faixa de sete metros de comprimento com mensagens de boa sorte e desejos para a comunidade hamburguense escritos em 200 trevos, um dos principais sĂ­mbolos do Saint Patrick´s Day.

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Alunos do IEI conhecem campo de concentração na Alemanha “A sensação de entrar num lugar no qual a tristeza e o sofrimento deixaram sua marca na histĂłria ĂŠ arrepiante, chocante e deixa um vazio no coração.â€? A afirmação da estudante de ensino mĂŠdio Raquel Langer do Instituto de Educação de Ivoti (IEI) sintetiza o sentimento do grupo de alunos, pais e professores que visitaram o campo de concentração de Dachau, na regiĂŁo sul da Alemanha, onde foram executados cerca de 30 mil prisioneiros. A atividade fez parte do cronograma de atividades do intercâmbio realizado pelo IEI e pelo ColĂŠgio Cenecista Frederico Michaelsen, de Nova PetrĂłpolis, nos meses de janeiro e fevereiro de 2010. ConstruĂ­do em 1933, seis anos antes do inĂ­cio da Segunda Guerra Mundial, o campo de Dachau foi o primeiro a ser projetado pelos nazistas e serviu de modelo para outros criados a mando do ditador alemĂŁo Adolf Hitler. O local estĂĄ em perfeito estado de conservação. O prĂŠdio dos alojamentos possui camas, instalaçþes sanitĂĄrias, refeitĂłrio e mesas em bom estado. Segundo a professora do IEI Dirce Hoch SchĂśninger, Dachau foi um palco de horrores. “Os registros apontam que judeus, poloneses, presos de guerra soviĂŠticos e homens ‘desempregados’ ficaram presos neste campo de concentração. Visitamos um amplo acervo histĂłrico com registro de trabalho exaustivo, experiĂŞncias quĂ­micas testando a resistĂŞncia do corpo humano, mortos amontoados, execuçþes em câmaras de gĂĄs. Vimos tambĂŠm os fornos para cremação.â€? A maioria dos alunos ficou impressionada com o local, nĂŁo pelo seu aspecto, mas pelo que ele representa. “Tantas histĂłrias de sofrimento, de angĂşstia e de luta pela liberdade. Foi muito impressionanteâ€?, disse a aluna Iara Sofia Gerhrke. “A sensação de estar ali ĂŠ muito diferente. É como entrar na cena de um crime terrĂ­vel, que nunca poderĂĄ ser esquecido pelo mundo,â€? reflete Carina Maurer. Durante a visita a Dachau, o grupo assistiu a um filme de aproximadamente 30 minutos com imagens da ĂŠpoca e depoimentos de sobreviventes. Um pequeno monumento, localizado prĂłximo Ă câmara de gĂĄs, chamou a atenção de todos. “Nele estava escrito Den toten zur ehr den lebenden zur mahnung, que em portuguĂŞs significa: Para homenagear os mortos e alertar os vivosâ€?, falou Dirce.


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Nossa Senhora de Lourdes revela escultores

Alunos brasileiros e portugueses trocam experiências O Colégio La Salle Dores de Porto Alegre está desenvolvendo um projeto que proporciona um intercâmbio cultural inteiramente virtual entre alunos brasileiros e portugueses. Idealizado pela professora Letícia Luconi a partir de experiências e contatos com educadores europeus, o Intercâmbio Brasil/Portugal é um blog em que alunos da 3ª série do ensino fundamental do La Salle Dores e do curso equivalente na Escola Valsassina, de Portugal, constroem uma história juntos. Cada país escreve um capítulo, ficando a cargo do outro complementar a partir do gancho deixado no capítulo recém acabado. A iniciativa de construir uma história de ficção foi iniciativa dos alunos. Anteriormente o blog funcionava apenas com perguntas e respostas. “Os alunos dialogam resgatando a história de seus países e ainda criam a sua história a partir desta busca”, afirma Letícia. “É um trabalho interdisciplinar que relaciona algumas áreas do conhecimento formal, tais como história, filosofia, geografia, língua portuguesa, informática e literatura.” O trabalho conta com o auxílio da professora regente Eliane Santos Ramos e o apoio da diretora Ana Rita Gurski Sniadower. “Ela é coautora do projeto. Estamos juntas. O blog só é realidade por que ela acreditou e permitiu”, declara Letícia. A história já está no quarto capítulo e pode ser conferida pelo endereço http://brasilportugal.wordpress.com/

As aulas de História da Arte do Colégio Nossa Senhora de Lourdes, de Farroupilha, foram o ponto de partida para a descoberta de novos escultores na turma do 1º ano do ensino médio. Os alunos estudaram a arte egípcia – sua arquitetura, pintura, escultura e manifestações aliadas às crenças religiosas – e reproduziram seu aprendizado no gesso. Após a modelagem de uma placa, fizeram a aplicação da técnica baixo relevo. As obras de arte que expressaram a cultura egípcia foram expostas no dia 19 de março.

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DIVULGAÇÃO / ASSECOM

Estudantes revivem a magia do Circo em sala de aula Faixas de tecidos coloridos, gargalhadas e brincadeiras com balão marcaram o “Dia do Circo” da Escola Notre Dame Menino Jesus de Passo Fundo, no dia 27 de março. A comemoração reuniu os estudantes da educação infantil e da 2ª série do ensino fundamental, que se vestiram de personagens que fazem no Circo e recriaram este ambiente mágico de alegria e descontração. Palhaços e ilusionistas encheram o pátio da escola de diversão e boas surpresas.

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Com fantasias coloridas, confeccionadas em material reciclável por elas próprias, as crianças assistiam à contação de histórias preparada pelas educadoras. Para os alunos da educação infantil foram distribuídos pipoca e lembranças. Os estudantes da 2ª série receberam a visita do humorista mais popular da cidade de Passo Fundo, o Palhaço Uhul, que entregou a eles lápis enfeitados com carinhas de palhaço. Nas demais salas de aula, Uhul distribuiu aos alunos pirulitos e diversão.


Viajar para aprender

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Muito mais do que uma sala de música O Santa Cecília de Porto Alegre se adaptou bem às novas exigências do MEC, de que todos os colégios públicos e particulares do Brasil terão que ensinar música até 2011. Todos os dias os estudantes promovem apresentações musicais a partir das aulas que recebem semanalmente nas dependências do Colégio. E a disciplina não é confundida com lazer: no Colégio Vicentino Santa Cecília música é uma matéria tão importante para os estudantes como qualquer outra. O ensino da música é uma tradição muito forte na instituição – em meados da década de 40 a escola era um reservatório musical. Atualmente, existem várias bandas de alunos que tocam nos recreios, com os ensinamentos aprendidos na sala de aula. De acordo com a Diretora do Colégio, Irmã Maria José de Souza, a música, na escola, possui uma linguagem específica, que melhora a percepção cognitiva dos alunos. “Temos turmas com mais de 50 alunos aprendendo durante uma tarde inteira a tocar um instrumento. É bonito ver crianças de todas as idades participando deste grande projeto musical”, declara.

Morar longe dos pais, aguentar a saudade, aprender a lidar com as diferenças culturais, conhecer outros costumes e aprofundar um segundo idioma são algumas das lições que um intercâmbio proporciona a quem se aventura por terras estrangeiras. Uma pesquisa mundial realizada no ano passado pela Association of Language Travel Organizations mostrou que o Brasil está entre os quatro países que mais enviam alunos para o exterior. Reino Unido, Canadá e Espanha são os destinos mais procurados. Alunos do ensino médio do Colégio Sinodal do São Leopoldo são atraídos pela chance de se tornarem fluentes em determinado idioma e pelas vantagens que a experiência traz para o currículo pessoal e profissional. Em janeiro, um grupo de nove estudantes do colégio ficou um mês na escola Geos Language Academy, em Otawa, no Canadá. “O intercâmbio é completo, reúne turismo e aprendizagem em uma única viagem. Ajuda a aumentar os conhecimentos no idioma e permite conhecer a cultura e as maravilhas de um país diferente e bonito. Viajar sozinho é uma forma de desenvolvermos mais autonomia. O dia a dia de um intercâmbio mostra que somos capazes de superar as dificuldades e aprender com isso”, afirma o aluno Günther Haas, de 17 anos. A psicóloga do Colégio Sinodal, Eliane Barth Souza, orienta, num primeiro momento, avaliar a maturidade do jovem. Uma temporada longe de casa e da família sempre irá propiciar crescimento, mas sem o mínimo de preparo para enfrentar eventuais dificuldades não adianta embarcar na aventura. “A idade é relativa. É preciso que ele tenha alcançado um nível de maturidade, autonomia e segurança que lhe permita tolerar a distância de casa e dos pais e possa se movimentar com responsabilidade”, avalia.

Alunos do Romano São Mateus confeccionam livros A turma do nível B da educação infantil do Colégio Romano São Mateus, de Porto Alegre, iniciou o ano letivo confeccionando livros. As obras “Livro da Identidade”, “Livro das Cores” e “Livro das Combinações” foram criadas no período de adaptação com o objetivo de desenvolver a oralidade, a integração, a criatividade e também estreitar os vínculos com as famílias e organizar a rotina escolar e seus hábitos. Conforme a professora Andréa Pacheco Rosa, os alunos levaram para casa cada livro confeccionado e contaram para suas famílias como o trabalho foi realizado. “Foi muito agradável ver os alunos ansiosos para levarem os livros e conversarem com seus familiares. Chegavam à escola sempre sorrindo e dizendo que a família havia adorado”, relata. &456%"/5&4 %0 4*/0%"- $0/)&$&. " -±/(6" & " $6-563" %0 $"/"%¦


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PAINEL CEAP promove educação financeira

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Com o objetivo de fortalecer o raciocínio financeiro, a visão ética e de responsabilidade social, o CEAP promoveu, em março, o projeto de Educação Financeira, por meio do qual os alunos da 4ª e 5ª séries do ensino fundamental tiveram uma aula de escambo. Com auxílio das famílias, as crianças separaram brinquedos, livros ou gibis que não usavam mais para trocar com os colegas, obedecendo a três regras: não haveria devolução, estava proibida a circulação de dinheiro e os brinquedos e livros deveriam estar em bom estado de conservação e funcionamento. O comércio de escambo teve início tão logo foram passadas as orientações. “Quase todos fizeram trocas, e eles pediram que as trocas fossem livres”, conta a coordenadora do projeto, Mariluza da Silva Lucchese. “Tínhamos pensado inicialmente em trocar livros por livros e brinquedos por brinquedos, mas eles se posicionaram de forma diferente. E funcionou muito bem.” “Eu trouxe um ursinho de pelúcia, que troquei por um relógio. Depois percebi que era de guri, e então fiz outra troca, por um pônei, a Fiona”, conta a aluna do 5º ano Nicole Eberle. “O desprendimento das crianças com relação ao que haviam trazido chamou a atenção”, afirma Mariluza. Ao todo, circularam entre os alunos 91 brinquedos e 156 livros.

Novos alunos conhecem o São José Os alunos da educação infantil e séries iniciais do Colégio São José, de São Leopoldo, iniciaram o ano conhecendo os inúmeros ambientes educativos que a instituição oferece aos alunos. Depois de um passeio pelas dependências da escola, a atividade “Conhecendo nosso colégio” terminou com a construção de maquetes pelas crianças. A maquete é um recurso didático que permite a visualização tridimensional do relevo, apresenta de forma clara a noção de espaço e favorece o processo de estruturação do concreto a partir da abstração.

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Aula de “portunária” no Santa Marta

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Os alunos da 6ª série do Colégio Santa Marta, da Rede Romano de Educação, de Porto Alegre, descobriram que Português pode ser fácil, divertido e saboroso. Com a tarefa “Escolha sua receita preferida, convide sua mãe e vá para a cozinha”, as crianças aprenderam na prática a diferença entre substantivos contáveis e incontáveis. “Essa atividade mostrou que se pode aprender brincando. Fiz cuscuz de tapioca, o pessoal adorou”, relatou Marcela Ferreira, de 12 anos. “Tivemos uma aula de ‘portunária’, uma mistura de Português com Culinária. Foi tão divertido que nunca mais esqueceremos esta matéria”, afirmou Anna Carolina, de 11 anos. O encerramento da atividade foi o relato da experiência em aula, com a apresentação de como foi feita cada receita e o resultado “culinário” dessa prática: tortas, bolos, brigadeiros, entre outras agradáveis surpresas gastronômicas.


$|}\ Y [ ~ ] || Y estreiam Programação 2010 A RĂĄdio Faladores, do ColĂŠgio La Salle Dores, de Porto Alegre, deu inĂ­cio Ă programação de 2010 com uma novidade para os ouvintes: os programas da semana serĂŁo disponibilizados no blog da rĂĄdio – http://radiofaladores. blogspot.com/ – em arquivos MP3. Os programas sĂŁo exibidos todas as sextas-feiras, no intervalo das aulas, nos turnos da manhĂŁ e da tarde, veiculados de uma pequena sala para as caixas de som distribuĂ­das pelo pĂĄtio da escola, no esquema rĂĄdio-poste. O processo de difusĂŁo ĂŠ feito de modo bastante artesanal, com apenas uma mesa de som com quatro canais, onde sĂŁo ligados dois aparelhos de CD e dois microfones. O projeto ĂŠ um remake da RĂĄdio Dorense, que funcionava no colĂŠgio na dĂŠcada de 60. Graças Ă s novas tecnologias, cada vez mais acessĂ­veis por meio da internet, os alunos produzem trilhas e vinhetas, bem como cortinas e outros efeitos de rĂĄdio com uma qualidade bastante similar Ă dos programas que costumamos escutar.

Atletas do Sinodal sĂŁo contratadas para jogar em SĂŁo Paulo As atletas do ColĂŠgio Sinodal de SĂŁo Leopoldo Martha Bergmann e Claudiana Oliveira foram contratadas para defender a equipe juvenil de basquete profissional do Clube Divino/COC/JundiaĂ­, em SĂŁo Paulo, em 2010. O time ĂŠ bicampeĂŁo paulista juvenil e elas serĂŁo treinadas pelo atual tĂŠcnico da Seleção Brasileira Sub-18, LuĂ­s ClĂĄudio Tarallo. A equipe do Divino ĂŠ uma das mais tradicionais de SĂŁo Paulo, tendo revelado talentos como o da armadora “Magicâ€? Paula e da lateral Janeth Arcain, atualmente tĂŠcnica da Seleção Brasileira Sub-15 e assistente tĂŠcnica da seleção adulta. Martha e Claudiana terĂŁo oportunidade de treinar e jogar com a equipe adulta, que volta a participar do Campeonato Paulista Adulto este ano, depois de um longo perĂ­odo ausente das competiçþes da categoria. O treinador leopoldense Leonardo Peçanha acompanhou as meninas na realização dos testes, em dezembro de 2009.

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Educação para formar líderes no Sinodal O ColÊgio Sinodal Progresso de Montenegro realizou no dia 17 de março o primeiro Encontro de Lideranças, com os líderes de turma escolhidos em 2010. Os alunos trabalharam temas como a importância e a necessidade de lideranças, o comprometimento e a determinação de um líder, e suas características ideais, como humildade, Êtica e trabalho em equipe. A atividade contou com a participação da direção, Conselho de Pais e Mestres, Conselho Escolar, Associação de Educadores e Funcionårios, Grêmio Estudantil e equipe pedagógica. O projeto estå voltado para as lideranças de turmas e lideranças estudantis da escola, com a finalidade de preparå-los para trabalhar em prol da comunidade. Os encontros serão realizados mensalmente ao longo do ano letivo.

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O ColĂŠgio La Salle Dores, de Porto Alegre, deu inĂ­cio, em 2009, a um projeto que tem como objetivo introduzir o pensamento filosĂłfico em crianças da educação infantil. Segundo a professora LetĂ­cia Luconi, que elaborou o trabalho, foram estabelecidas regras para filosofar, como sentar-se em cĂ­rculo para que todos possam ver e ouvir uns aos outros, de forma cuidadosa. “Isso implica o exercĂ­cio da democracia: saber ouvir, falar e respeitar a opiniĂŁo do outro. Buscamos um tema norteador e filosĂłfico, como amor, respeito, amizade e cuidado, relevante aos alunos, e o contextualizamos atravĂŠs de uma histĂłria que os motive intelectualmenteâ€?, explica LetĂ­cia. Desta forma, segundo ela, surgem questinamentos que estimulam o diĂĄlogo, o momento central da atividade, quando sĂŁo feitas analogias, inferĂŞncias, deduçþes e possĂ­veis conclusĂľes. Logo depois do diĂĄlogo ĂŠ desenvolvida uma atividade criativa – desenho, pintura, massa de modelar ou argila – para que o aluno expresse seu pensamento de forma criativa e possa iniciar uma nova histĂłria, da sua prĂłpria vida ou do seu universo interior, que o faz amadurecer emocionalmente. O projeto de Filosofia para Crianças ĂŠ pioneiro no Brasil e serĂĄ apresentado na III OlimpĂ­ada de Filosofia do Rio Grande do Sul.

Sinodal sediarå discussão sobre os novos rumos da educação O ColÊgio Sinodal de São Leopoldo sediarå, nos dias 20, 21 e 22 de julho, o 28º Congresso da Rede Sinodal de Educação, no qual palestrantes renomados da årea de ensino estarão reunidos para debater os novos rumos da educação na pós-modernidade. Esta Ê a terceira vez que a instituição sedia o congresso, que nesta edição tem como tema (A)gente na Educação Urgente. São aguardados aproximadamente 800 professores do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paranå, São Paulo, Rio de Janeiro e Mato Grosso. Conforme os coordenadores do congresso, Ildemar Kanitz e Merlinde Piening-Kohl, as grandes palestras serão ministradas na Unisinos, e os minicursos e oficinas no próprio colÊgio. Entre os palestrantes estarão presentes o intelectual colombiano com estudos em Filosofia, Física e Matemåtica Bernardo Toro, o doutor em Direito pela Universidade de Paris e doutor em Comunicação pela Universidade de Navarra/Espanha e pela ECAUSP Clóvis de Barros Filho, o doutor em Filosofia e História da Educação CÊsar Nunes e o mestre em Educação Júlio Furtado.

LETICIA LUCONI

Crianças aprendem a filosofar

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Ex-aluno da IENH ĂŠ integrante do Grupo Tholl O ex-aluno da IENH Guillermo Alfonso Cavalcante Escajedo, atualmente com 19 anos, ingressou no Grupo Tholl hĂĄ oito meses e hĂĄ seis participa do espetĂĄculo Exotique. Ele estudou na IENH da 4ÂŞ atĂŠ a 8ÂŞ sĂŠrie. As melhores recordaçþes que tem ColĂŠgio sĂŁo dos professores e dos ensinamentos de malabarismo que recebeu de colega durante uma troca de perĂ­odos, que se tornou sua grande paixĂŁo. A oportunidade de integrar este grande projeto surgiu no inĂ­cio de 2009, quando se inscreveu para um “oficinĂŁo caça-talentosâ€? do Grupo Tholl. Depois de trĂŞs dias de atividades fĂ­sicas, ele foi escolhido. AlĂŠm do malabarismo, Guillermo treina acrobacia e faz aulas de ballet e yoga. O objetivo de Guillermo ĂŠ treinar muito e evoluir o seu nĂşmero e sua tĂŠcnica para, no futuro, fazer uma faculdade de circo em algum paĂ­s como França ou CanadĂĄ e fazer parte do Cirque Du Soleil.

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Sagrado Coração de Jesus faz tradicional passeio ciclístico

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CSCJ promove momento de avaliação No dia 24 de fevereiro, alunos que concluíram o ensino mÊdio em 2009 no ColÊgio Sagrado Coração de Jesus de Ijuí foram convidados a participar de uma reunião promovida pelos serviços de Orientação Educacional e de Coordenação Pedagógica da escola para uma avaliação e troca de experiências sobre o PEIES, ENEM e vestibular. Todos foram criteriosos em suas colocaçþes e contribuíram para melhorar a qualidade e a eficåcia do ensino mÊdio na escola, que tem por objetivo aprovar alunos nas universidades federais e particulares e orientå-los para que acompanhem de forma satisfatória os cursos a que se propþem.

ColÊgio Marista Champagnat celebra 90 anos de história O ColÊgio Marista Champagnat completa 90 anos no dia 17 de maio e serå realizada uma sÊrie de eventos ao longo do ano para relembrar a história da instituição. Para dar início à comemoração, o saguão do ColÊgio recebeu uma galeria de diretores, que contempla todos os que passaram pelo Marista Champagnat. A galeria obedece a uma linha cronológica ilustrada com fotos e objetos. O Instituto Marista, primeiro nome da escola, foi fundado em 1920 e funcionou primeiramente como um Juvenato. Em 1946, passou a se chamar ColÊgio Champagnat e a oferecer o Curso Ginasial, que tambÊm preparava os candidatos a Irmãos Maristas. Em 1956 foi aberto à comunidade. O ColÊgio estå localizado dentro do campus da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Foi criado antes da Universidade e faz parte da sua história. Hoje o ColÊgio Marista Champagnat tem mais de 1,3 mil alunos e Ê uma das escolas que mais crescem no Rio Grande do Sul. A retomada da história da instituição nesta data comemorativa mostra a valorização e o orgulho do ColÊgio pelos seus antecessores e sua trajetória.

Todo ano, prĂłximo ao inĂ­cio do outono, acontece no bairro Scharlau, de SĂŁo Leopoldo, o tradicional passeio ciclĂ­stico da Escola Sagrado Coração de Jesus. A atividade constitui uma das principais integraçþes da escola com a comunidade. Em 2010, quando a escola completa 49 anos, o sucesso da promoção foi ainda maior. Cerca de 400 pessoas, entre pais, alunos, professores, ex-alunos, funcionĂĄrios e amigos, desfilaram pelas ruas com suas bicicletas coloridas e toques de bom humor, valorizando a presença da escola no bairro. A atividade foi realizada no dia 5 de março. A mensagem levada pelos participantes, que estava presente nas faixas e cartazes, foi o tema da Campanha da Fraternidade de 2010: “Economia e Vidaâ€?. As bicicletas mais bem decoradas receberam pontos para a Gincana Escolar.

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Robótica aproxima alunos do Americano de inovações tecnológicas Com o objetivo de desenvolver a criatividade na construção do conhecimento, o Colégio Metodista Americano de Porto Alegre oferece aos seus alunos o projeto Iniciação Científica e Robótica. O trabalho atende estudantes do ensino fundamental e médio, e qualifica a relação ensino-aprendizagem em conteúdos que são desenvolvidos em Física, Química, Biologia, Matemática e áreas afins. O projeto visa implementar e desenvolver métodos de educação que façam uso de novas tecnologias e aprimorem os programas de ensino e pesquisa do colégio, aproximando os alunos das constantes inovações tecnológicas. Com essas premissas, o grupo coordenado pelo professor José Ramiro Maciel inovou ao utilizar isopor em trabalhos de robótica, o que pode diminuir os gastos em projetos da área em até 97%. Segundo Maciel, essa iniciativa pioneira pode abrir as portas para que escolas com menos recursos realizem estudos científicos. “O projeto feito com isopor é mais econômico e não apresenta prejuízos na qualidade da aprendizagem”, explica.

Scalabriniano São José participa da 4ª ExpoRoca Alunos e professores do Colégio Scalabriniano São José de Roca Sales estiveram presentes na ExpoRoca, realizada de 5 a 7 de março, com dois projetos: “Semeie Vida – Doe Sangue” e “Semeie Esta Ideia – Vamos Tornar a Quaresmeira a Árvore símbolo de Roca Sales”. O projeto de doação de sangue tem como objetivo incentivar as pessoas a contribuir e doar – no evento foram cadastradas 80 que posteriormente serão informadas sobre a coleta – e o projeto da quaresma busca valorizar uma árvore já cultivada no município. Os alunos fizeram um abaixo-asssinado que será encaminhado ao Prefeito pedindo a institucionalização da espécie como árvore símbolo de Roca Sales. Segundo a diretora do colégio, Rosane Inês Volken, a ideia foi muito bem acolhida pela comunidade, dado o grande número de assinaturas aderindo ao projeto.

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Sagrado Coração de Jesus investe em tecnologia O Colégio Sagrado Coração de Jesus de Ijuí adquiriu duas lousas interativas para as salas multimídia. Professores e coordenadores participaram de um curso de capacitação para a utilização dos novos equipamentos. Além de conhecer as inúmeras possibilidades de trabalho oferecidas pela lousa e pelo portal educacional, eles realizaram experimentos simulados em várias áreas do conhecimento. Durante o ano letivo acontecerão outros momentos de capacitação para que todos os professores possam contar com o novo recurso multimídia como uma ferramenta a mais no processo de construção do conhecimento em todos os níveis de ensino. “A tecnologia na educação é um caminho sem volta. A lousa interativa, por exemplo, chama cinco vezes mais a atenção do aluno do que o quadro de giz, tornando as aulas mais dinâmicas”, aponta a orientadora educacional Shirley Pudell Bohn.

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ESPECIAL Instituições comunitárias buscam reconhecimento na legislação

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Rio Grande do Sul é o estado onde o ensino comunitário está mais presente no Brasil, com 37 instituições que reúnem 69,60% do total de estudantes universitários gaúchos. São organizações importantes nas regiões onde atuam por sua contribuição para o desenvolvimento social, econômico e cultural. Mas, hoje, estão limitadas a ampliar suas ações por falta de reconhecimento da essência da sua atividade na atual legislação. Pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), há apenas dois tipos de instituição: as públicas e as privadas. As comunitárias são consideradas um subtipo de instituição privada. Já a Constituição Federal, no artigo 213, reconhece as comunitárias e assegura a prerrogativa de elas receberem recursos públicos para pesquisa e extensão, no caso do ensino superior. As comunitárias, por seu caráter coletivo do ponto de vista da pertença, do patrimônio e da não apropriação individual dos resultados, deveriam ser consideradas públicas não estatais. No entanto, este terceiro tipo de classificação não existe para as atuais leis brasileiras. Para o pró-reitor de Planejamento da Unisc, de Santa Cruz do Sul, João Pedro Schmidt, a falta de clareza sobre o conceito das comunitárias não se justifica só pela legislação, mas também pela incapacidade de elas próprias explicarem à sociedade a sua especificidade. “Precisamos melhorar nossa comunicação. Um exemplo: para grande parte da sociedade, se uma instituição cobra mensalidade é privada, e se não cobra é pública. Essa ideia está apoiada no falso pressuposto de que existem serviços que são pagos e outros que ninguém paga. Na verdade, todos os serviços são pagos, alguns com impostos, outros com recursos do usuário.” Para Schmidt, é preciso mostrar melhor como funcionam as

instituições comunitárias. “Não há donos, ninguém se apropria de resultados financeiros, todos os resultados são reinvestidos na própria instituição, e por isso somos públicos, não estatais. Recebendo recursos públicos regularmente, poderemos oferecer serviços de qualidade a custo baixo ou gratuitamente”, explica. O começo de um novo marco legal No ano passado, entidades representativas das universidades comunitárias brasileiras apresentaram para a Frente Parlamentar de Apoio às Universidades Comunitárias na Câmara dos Deputados um projeto de lei que propõe a criação de um marco legal para as instituições comunitárias de educação superior. Pelo projeto, as instituições com características comunitárias e sem fins lucrativos terão a possibilidade de participação na prestação de serviços públicos, com estabelecimento de mecanismos jurídicos que irão permitir acesso a recursos estatais. Na prática, poderão oferecer educação de qualidade com preços acessíveis e até gratuitos, contribuindo para ampliação da educação pública no país. É o que prevê o Plano Nacional de Educação, cuja meta até 2011 é o acesso de 30% dos jovens brasileiros ao ensino superior. “O grande objetivo é a demarcação clara de novos mecanismos jurídicos e políticos que favoreçam a atuação das comunitárias em consonância com as demandas brasileiras em prol da educação, cultura, saúde, desenvolvimento da ciência e da tecnologia que, entre outras, são áreas de atuação de nossas instituições de ensino superior”, acredita o reitor da Unisc e presidente da Associação Brasileira das Universidades Comunitárias (Abruc), Vilmar Tomé. A expectativa é de que a aprovação do projeto de lei aconteça nos próximos dois anos. “É um processo demorado porque prevê


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ARTIGO

POR CINARA MOURA1 HELENICE CARVALHO2 MARIANA OLIVEIRA3

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CINEMA A Indústria dos “Reis do Mundo” POR ADRIANA KURTZ* James Cameron, ao arrebatar o Oscar com o melodramático “Titanic”, há mais de uma década, chegou ao ridículo de se declarar “O rei do mundo”. Mas um dia antes da comemoração do Dia Internacional da Mulher de 2010, ele viu a estatueta escorregar de suas mãos para premiar, pela primeira vez na história da Academia, uma mulher como a melhor diretora do ano. Kathryn Bigelow, 58 anos, ironicamente a ex-esposa do diretor de Avatar, quebrou um jejum de mais de oito décadas. Quem entregou o prêmio, significativamente, foi Barbra Streisand, cantora e diretora de cinema sistematicamente ignorada – se não injustiçada – pela Academia. Além de reconhecer Kathryn, que em seu discurso manifestou sua esperança de ter sido a primeira de muitas mulheres agraciadas com o Oscar de melhor direção, a Academia também fez seu lobby com outra categoria de oprimidos, a dos negros. Assim, igualmente pela primeira vez, um roteirista negro – Geoffrey Fletcher – ganhou o prêmio de Melhor Roteiro Adaptado com o independente “Preciosa”, que também garantiu à afrodescendente Mo’Nique o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante. Quem pensar, apressada ou euforicamente, que a mais importante premiação da indústria norte-americana de cinema aponta para uma virada política progressista deve considerar alguns dados menos performáticos. A primeira mulher a conquistar os prêmios máximos da Academia – melhor diretor e melhor filme – assina um filme intitulado “Guerra ao Terror”. De fato, essa premiação apenas reforça uma tradição que caracteriza as mais de oito décadas de existência do Oscar. A guerra sempre foi um tema clássico e privilegiado pelo cinema – eternamente ideológico – de Hollywood. Não esqueçamos que o cinema narrativo clássico hollywoodiano se inicia exatamente com “O Nascimento de uma Nação” (1915), de Griffith, que tem como tema a guerra civil norte-americana. Verdadeira paixão nacional, os conflitos bélicos sempre estiveram presentes nas telas do cinema estadunidense, bem como na sua festa máxima. A primeira guerra mundial foi retratada no premiado filme “Wings”. O clássico “A um Passo da Eternidade”, bem como “O resgate do Soldado Ryan”, abordaram distintos aspectos da II Guerra. O Vietnã rendeu filmes como “Amargo Regresso”, “Platoon”, “The Deer Hunter” e “Forrest Gump”, para não falar de versões revisionistas como “Rambo”. As (desastradas) intervenções dos EUA no Afeganistão e Iraque também seriam, aos poucos, representadas por Hollywood. “Guerra ao Terror”, no entanto, rompe com a tradição crítica dos melhores filmes. A narrativa dirigida por Kathryn Bigelow

*Doutora em Comunicação e Informação pela UFRGS e professora dos Cursos de ‘Publicidade e Propaganda’ e ‘Design’ da Escola Superior de Propaganda e Marketing – ESPM

– ao contrário da posição de um Michael Moore ou de uma Jane Fonda – não critica o envolvimento de sua nação no Iraque, não alimenta qualquer argumentação que possa efetivamente condenar as ações dos EUA e sequer julga ou discute os motivos (justos ou injustos) da guerra. “Guerra ao Terror” é simplesmente apolítico. Talvez isso explique ele ter sido o primeiro (e único) filme, em 82 anos de Academia, que concede um prêmio a uma representação da guerra enquanto ela está se desenrolando no assim chamado “mundo real”. Uma última observação: estudos feitos por universidades norte-americanas mostram que apenas 16% das funções mais relevantes nos filmes (diretor, produtor, roteirista) foram desempenhados por mulheres nas 250 produções mais vistas de 2009. Outra pesquisa constatou que num universo de 4.400 papéis com falas nos 100 filmes mais vistos de 2009, as mulheres protagonizaram somente 30% deste total. O número de profissionais do sexo “frágil” por trás das câmaras caiu nos últimos anos e há cada vez menos papéis femininos nas grandes produções. Finalmente, Bigelow assinou o que se chama de “filmes para rapazes”, produtos que dominam o mercado, com toda a ação e adrenalina que tal estilo pressupõe. “Guerra ao Terror” definitivamente não é um “filme de mulher”. O Oscar, que acenou com a vontade de mudar, continua, de fato, confirmando a sua (pior) tradição.


DICAS

LIVROS

As relações e a supervisão Iná Sanzi Souza O livro contribui para a dimensão pedagógica da escola, propondo algumas habilidades básicas e necessárias para a ação da Supervisão Escolar junto ao docente, na busca da qualificação da aprendizagem do aluno. Mostra como é importante e fundamental o trabalho deste profissional em todos os movimentos que acontecem na escola. Com 79 páginas, custa R$ 18. Editora: SVB Edição&Arte. Informações: inasanzi@bol.com.br

SITES http://www.jovemcientista.cnpq.br/ http://veja.abril.com.br/educacao/biblioteca http://e-educador.com

Infanto-juvenil Volta Ao Mundo Em 52 Historias Neil Philip Cia das Letrinhas 160 páginas R$ 41,00

Leitura nas séries iniciais – Uma proposta para formação de leitores de literatura Elizabeth Baldi A autora apresenta uma proposta baseada numa prática bemsucedida de 20 anos na Escola Projeto, de Porto Alegre, e explica como funcionam as diferentes modalidades de leitura aplicadas rotineiramente pelos professores: biblioteca todos os dias, leitura socializada, leitura individualizada e leitura mediada. Além de uma extensa lista de sugestões de livros por série, são apresentadas sequências didáticas para as atividades. Com 176 páginas, custa R$ 38. Editora Projeto. Informações: (51) 3346-1258.

A casa do meu avô Ricardo Azevedo Editora Ática 32 páginas R$ 26,90

As Imagens que Invadem as Salas de Aula: Reflexões sobre a Cultura Visual

Sei por ouvir dizer

Luciana Borre Nunes

Bartolomeu Campos de Queirós Editora Edelbra 32 páginas R$ 29,90

O livro é centrado na temática da cultura visual no ambiente escolar, destacando a contribuição das imagens (novelas, revistas, personagens e desenhos infantis, propagandas publicitárias...) na composição dos olhares sociais e da produção de subjetividades nos sujeitos envolvidos. Numa perspectiva pós-estruturalista, surgem inúmeras contribuições e questionamentos sobre as práticas educativas adotadas nas escolas e sobre os “novos” estudantes que encontramos no ambiente de aprendizagem. Com 184 páginas, custa R$ 20. Editora Idéias e Letras. Informações: 0800-160004.

DVD

O Patriota

Invictus

Benjamin Martin (Mel Gibson) é um exherói da guerra franco-indiana (a Guerra dos Sete Anos) que deixou a luta armada para viver em paz com a família na Carolina do Sul. Mas os ingleses levam a guerra da independência americana para dentro de sua casa, e Benjamin não vê outra saída: pega as armas novamente, desta vez acompanhado por seu filho idealista Gabriel (Heath Ledger), e lidera uma brava rebelião contra o implacável e equipado exército britânico. Ele descobre, em meio à batalha, que o único meio de proteger sua família é lutar pela liberdade da jovem nação. A aventura é dirigida por Gary Levinsohn. Duração: 164 min.

O filme conta a inspiradora história do presidente Nelson Mandela (Morgan Freeman), que se alia ao capitão da equipe de rúgbi da África do Sul, Francois Pienaar (Matt Damon), para unir uma nação dividida pelo racismo. Recém-eleito, Mandela sabe que seu país permanece separado racial e economicamente após o fim do apartheid. Acreditando ser capaz de unificar a população por meio da linguagem universal do esporte, Mandela apoia o desacreditado time da África do Sul na Copa Mundial de Rúgbi de 1995, que faz uma incrível campanha até as finais. O drama é dirigido por Clint Eastwood. Duração: 134 min.


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