Edição 76

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Ano XI | nº76 | set/out 2009

ENEM propõe novas formas de transmitir conhecimento Horto comemora centenário em Uruguaiana Ensino privado é destaque na 3ª Fecitep

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07 instituições Ouro Mais cases vencedores em Comunicação e Responsabilidade Social

12 entrevista Maria Inês Fini: é prematuro fazer previsões sobre o Enem

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memória Horto comemora centenário em Uruguaiana

institucional SINEPE/RS se prepara para a Feira do Livro

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economia É preciso reinventar o ensino superior

reportagem Novas formas de transmitir conhecimento estão em pauta

42 painel Ensino privado é destaque na 3ª Fecitep

Prêmio ABERJE SUL 2008 MELHOR REVISTA DE ENTIDADES

Missão – Representar e congregar as instituições do ensino privado na promoção de sua qualificação permanente e diferenciação.

48 cinema O fascismo cotidiano de todos nós

Presidente: Prof. Osvino Toillier; 1° Vice-presidente: Prof. Hilário Bassotto; 2° Vice-presidente: Prof. Flávio Romeu D’Almeida Reis; 1° Secretário: Prof. Ardy Storck; 2° Secretário: Prof.ª Maria Helena Lobato; 1° Tesoureiro: Prof. Ir. João Olide Costenaro; 2° Tesoureiro: Prof. Wilson Ademar Griesang; a Suplentes: Prof. Mônica Timm de Carvalho, Prof. Oswaldo Dalpiaz, Prof. Roberto Py Gomes da Silveira, a Prof. Ir. Adélia Dannus, Prof. Ir. Olavo José Dalvit, Prof. Ir. Elio Luís Liesenfeld, Prof.ª Ir. Mônica de Azevedo; Conselho Fiscal Efetivo: Prof. Ruben Werner Goldmeyer, Prof. Bruno Eizerik, Prof. Ilmo José a Junges; Suplentes: Prof. Ir. Isaura Paviani, Prof.ª Valderesa Moro, Prof. Luís Fernando Felicetti; Conselho Editorial: Profº Osvino Toillier, Profº Ruy Carlos Ostermann, Profº Hilário Bassotto, profº Flávio Reis, profº Luiz Antonio Assis Brasil, profº Adayr Tesche, profº Pedro Luiz da Silveira Osório e Moises Mendes. Coordenador da Comunicação Integrada: Prof. Osvino Toillier; Edição: Vívian Gamba (MTb 9383); Assistente de Comunicação: Carine Fernandes; Foto da Capa: Elias Eberhardt/Colégio Anchieta; Projeto Gráfico / Diagramação: ESPAÇO Arquitetura & Design; Revisão: www.pos-texto.com.br e Milton Gehrke; Impressão: Gráfica Comunicação Impressa

Visão – Ser referência como instituição no cenário educacional brasileiro, reconhecida pela eficiência na representação sindical e promoção de serviços inovadores.

Valores – Compromisso com o Associado - Ética e Transparência Competência - Cultura da Inovação - Responsabilidade Social. Abr/Mai set/out 2008 2009 – www.sinepe-rs.org.br

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A nova fórmula Há 4 milhões de estudantes no Brasil preocupados com uma nova fórmula, que soma raciocínio à compreensão ampla de diversas áreas do conhecimento, e que será cobrada no novo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Não é preciso decorá-la, é necessário, sim, saber aplicar. Mas a maioria deles não aprendeu esta parte do conteúdo. O objetivo do Enem é esse: abolir as "partes", o estudo compartimentado, para dar lugar às competências, aos conhecimentos múltiplos. A mudança está em pauta desde 1998, quando o exame foi criado, mas é somente agora, com a reformulação da sua estrutura e a adesão das universidades ao Enem como forma de seleção de ingresso, que a pauta ressurge com mais força. E nesta pauta, os desdobramentos das novas exigências do Ministério da Educação. Como as escolas estão se adequando a esta nova realidade? É necessário mudar a sua estrutura de ensino? Os professores estão preparados para formar seus alunos? Os professores em formação já acompanham essas mudanças, já chegam às escolas com uma nova mentalidade de ensino-aprendizagem? Ainda não temos todas as respostas, mas estamos no caminho para solucionar essas questões. Enquanto isso, como ocorre na maioria das mudanças estruturais de uma sociedade, uma geração "paga" pela implementação de novos

processos. Ainda mais quando a ordem dos fatores é inversa: em vez de qualificar o ensino e propor a formação dessas competências desde os primeiros anos de estudo, a imposição começa no topo, na "linha de chegada". Acredita-se que há uma boa razão para tal tomada de decisão: tentativas frustradas de reformular o ensino pela base. Da forma como está sendo feito agora, não há estradas alternativas. É necessário repensar o ensino desde já, nas escolas e nas instituições formadoras de professores. A primeira guinada já está sendo dada. As escolas estão preocupadas em preparar seus alunos para uma nova realidade: instantânea para os que estão no 3º ano do ensino médio, mas em discussão nas demais áreas de ensino. A Reportagem da Educação em Revista aborda essas transformações, mostrando as implicações do novo Enem no processo de ensino-aprendizagem e o trabalho realizado pelas escolas para dar mais segurança aos alunos nesta etapa pré-Enem. Na seção Entrevista, a Doutora em Educação Maria Inês Fini, que integrou a equipe do Inep/MEC até 2002 como Diretora de Avaliação para Certificação de Competências, fala da necessidade de mudanças na formação dos professores e da retomada da interdisciplinaridade como característica essencial do ensino. A seção Instituições Ouro dos prêmios Destaque em Comunicação e de Responsabilidade Social, que mostra os cases vencedores de 2008, traz o Colégio Marista Conceição, a Rede La Salle – Província Lassalista de Porto Alegre, o Colégio Monteiro Lobato, a Rede Metodista de Educação do Sul e o Colégio Mauá. Na seção Memória, o centenário do Colégio Nossa Senhora do Horto, de Uruguaiana. Boa leitura a todos.

Vívian Gamba Editora da Educação em Revista

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Educação em Revista não se responsabiliza por idéias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressam apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da revista. Por motivos de espaço e clareza, as cartas e artigos poderão ser resumidos.

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Movida: transformação social em Santa Cruz

Integrar diferentes classes sociais e oportunizar a inclusão social e o aprendizado para a transformação do seu contexto é a meta do projeto social Movida, da Sociedade Escolar de Santa Cruz – Colégio Mauá, iniciativa premiada com Ouro na 3ª edição do Prêmio SINEPE/RS de Responsabilidade Social na categoria Participação Comunitária. Iniciado em março de 2005, o projeto tem como objetivo fortalecer os vínculos familiares e escolares de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social, construindo conhecimentos que auxiliem na formação de novas perspectivas de valorização da vida e favorecendo a convivência num ambiente saudável. Além disso, efetivar o ingresso, a permanência e o êxito escolar e proporcionar momentos de recreação e lazer que possibilitem descoberta, aprendizagem e ocupação do tempo ocioso. Entre as "ferramentas de trabalho", estão palestras sobre higiene, orientação familiar, culinária e aproveitamento de alimentos de

forma saudável, prevenção de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) e gravidez, e oficinas de capacitação profissional. Crianças, adolescentes, jovens e adultos participam das 15 oficinas de educação complementar, formação para o trabalho e geração de renda, que contam com 56 voluntários do Colégio Mauá para atender cerca de 200 pessoas por semana. As atividades são realizadas de segundas a sextas-feiras, em turno oposto ao da escola, nas dependências do Colégio Mauá, no centro da cidade. O Movida também encaminha os usuários do projeto a instituições de assistência social, assistência jurídica e assistência à saúde, se necessário. Estimula a integração, a criatividade, a autoestima e a comunicação por meio da leitura, jogos e brincadeiras dirigidas e possibilita aos alunos o acesso e o conhecimento da informática via parcerias junto a empresas que ofereçam a eles o primeiro emprego. A metodologia e a implementação do projeto foram baseadas no diagnóstico da re-

alidade socioeconômica da região, que apontou como principais problemas o desemprego, o emprego temporário junto ao setor do tabaco e um número significativo de pessoas no sistema carcerário. O desemprego e a atividade produtiva restrita a poucos meses do ano coloca em situação de exclusão um número significativo de famílias, cujo perfil é de baixa escolaridade e pouca ou nenhuma formação profissional. Além disso, há dificuldade em motivar crianças, adolescentes e jovens a permanecer na escola, e com isso diminuir a evasão escolar, resultado, na maioria das vezes, da falta de atendimento de necessidades básicas como alimentação, vestuário, material escolar e habitação. O projeto apresentou resultados significativos: diminuição da evasão escolar e melhora da concentração e rendimento escolar, redução no número de crianças ociosas que permaneciam na rua, geração de renda para mulheres por meio da confecção do artesanato e consequente melhoria da renda média familiar, melhora da autoestima do grupo de mulheres, que passa a participar em feiras para comercialização e divulgação dos produtos, integração entre os membros da comunidade escolar do Colégio Mauá e moradores da comunidade local, e acréscimo, em 2008, da adesão do público-alvo ao projeto Movida em 66,6% e da adesão dos voluntários em 76,9%.

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Interligando a Rede La Salle ao mundo digital O resultado do dinamismo conferido ao portal da Rede La Salle, reformulado em fevereiro de 2007, rendeu à Província Lassalista de Porto Alegre o Ouro no 6º Prêmio Destaque em Comunicação do SINEPE/ RS, categoria Mídia Digital – Mantenedora. A diretoria da província promovia, há algum tempo, diferentes iniciativas para integração e consolidação da Rede La Salle no Brasil. Uma das primeiras ações efetivas foi

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a criação do Portal La Salle, integrando os diferentes sites das instituições lassalistas em um único endereço na internet. Até então, cada colégio mantinha sua página eletrônica com diferentes endereços, logomarcas e informações. Em outubro de 2006, a primeira versão do Portal La Salle foi ao ar: www.lasalle.edu.br. Desde então, a estrutura conta com uma página inicial para acesso às escolas e informações gerais sobre a Rede La Salle. Instituições de educação superior, comunidades missionárias e comunidades religiosas também foram incluídas no endereço. A partir do acesso inicial, cada instituição mantém seu ambiente próprio, com informações, imagens e características da estrutura local da comunidade educativa. O portal também tem a função de repositório eletrônico de informações sobre a educação lassalista, com documentos, conteúdos institucionais e textos sobre São João Batista de La Salle.

A tarefa de implantar o portal contou com a união de todas as comunidades educativas lassalistas, envolvendo mais de 50 profissionais de norte a sul do Brasil. Depois de seu lançamento inicial e a partir de sugestões dos usuários, as assessorias de comunicação das escolas, juntamente com diretores e responsáveis de informática, analisaram detalhadamente o que poderia ser implantado para aperfeiçoar o Portal La Salle. Em fevereiro de 2007, iniciou-se a implantação das melhorias. A atualização instantânea foi uma das mudanças que geraram grande aceitação. O layout mais dinâmico, um sistema de atualização de notícias mais ágil e a utilização de conteúdos em flash atenderam às expectativas dos internautas, conferindo ao Portal La Salle um aumento de quase 50% no número de acessos diários Wallpapers, jingle, webcards e outras peças eletrônicas e gráficas das campanhas publicitárias da Rede La Salle também ganharam seu espaço no portal. Por meio do endereço eletrônico www.muitomaisqueumcolegio.com.br, alunos, professores, funcionários e famílias lassalistas passaram a interagir de forma mais constante com a Rede La Salle e copiar conteúdos da campanha para seus computadores. Pelas constantes mudanças no mundo digital e elevada capacidade dos jovens e crianças interagirem com a internet, novas ferramentas estão sendo desenvolvidas. O objetivo é fazer do Portal La Salle uma referência em interatividade educativa.

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Revista Ouro no Monteiro Lobato Um projeto inovador na comunicação do Colégio Monteiro Lobato levou a instituição ao Ouro no 6º Prêmio Destaque em Comunicação do SINEPE/RS, categoria Mídia Impressa – acima de 500 alunos. O antigo jornal, que nasceu na década de 90 para noticiar os acontecimentos importantes da escola para a comunidade escolar, foi reformulado e hoje é uma revista comprometida em valorizar a autoria dos profissionais da escola, expondo seus trabalhos em forma de artigos, para fundamentar a prática da educação frente à comunidade. A primeira versão do jornal do Monteiro Lobato era impressa em preto-ebranco, no formato tabloide. No ano 2000, o informativo passou a ser impresso em off-set colorido e papel jornal. A edição reformulada, que marcou os 29 anos da escola e o projeto 500 anos de Descobrimento do Brasil, trazia artigos de professores e colaboradores, e sinalizava que o conteúdo pedagógico e os temas de comportamento e cultura ganhavam espaço e proporcionavam uma leitura interessante também ao público externo. Em 2001, o planejamento estratégico em comunicação apontou um projeto inovador de publicações em instituições de ensino e a primeira publicação Monteiro em Revista foi editada. Diagramação, formato, design, revisão e concepção editorial foram reformulados. A tiragem aumentou. Registrar historicamente os acontecimentos, as conquis-

tas e as construções pedagógicas que alunos e professores protagonizaram ao longo de cada semestre passou a ser o objetivo da publica-

ção. Oito anos mais tarde, a revista se solidifica como um instrumento de divulgação das concepções e das práticas educativas desenvolvidas pela escola. A cada edição a revista sofre pequenas transformações, justificadas pela releitura permanente do projeto pedagógico. Hoje, a equipe editorial seleciona os textos a partir do tema eleito para constituir cada edição, e um dos desafios da equipe da Monteiro em Revista tem sido pautar assuntos que analisam e discutem a escola contemporânea e que desafiam os valores contidos nos paradigmas da escola moderna, registrados nas editorias Projetos do Monteiro e Artigos. A estratégia do projeto de comunicação da Monteiro em Revista é trabalhar a informação para um público-alvo exigente, formado por pais, professores, alunos e funcionários com acesso a diferentes meios de comunicação, que se posicionam de forma crítica perante a sociedade. Assuntos relacionados a tecnologia, viagens, livros, DVDs, assim como outras linguagens que ampliam o conhecimento, são editorias fixas da publicação, complementadas pelas notícias que divulgam acontecimentos da vida cotidiana do colégio. A Monteiro em Revista se propõe a ser uma publicação de vanguarda, extrapolando o modelo convencional, um instrumento de reflexão sobre a nova concepção de educação e de ensino contemporâneo. set/out 2009 – www.sinepe-rs.org.br

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Publicação que encurta distâncias Foto: Ana Paula Nogueira

Foto: Elke Bahi Pedroso

Superar a distância entre os colégios da rede e atender um público heterogêneo é o objetivo da Revista Trio, da Rede Metodista de Educação do Sul, que ganhou o Ouro no 6º Prêmio Destaque em Comunicação do SINEPE/RS, categoria Mídia Impressa – Mantenedora. Produzida pela assessoria de imprensa da rede em parceria com a equipe pedagógica e com a Pastoral, a publicação leva informações sobre os principais acontecimentos das unidades de ensino às comunidades do Colégio Metodista Americano, em Porto Alegre, do Colégio Metodista Centenário, em Santa Maria, e do Colégio Metodista União, em Ur uguaiana. O primeiro número foi lançado em outubro de 2007. Com periodicidade semestral, é direcionada a um público bastante heterogêneo, desde crianças da educação infantil até pais, docentes e colaboradores. As informações sobre as três unidades são distribuídas de forma equilibrada. Além das notícias, a revista aborda a prática pedagógica e a visão educacional das escolas metodistas da Região Sul.

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As reportagens passam por um processo de triagem que começa na reunião de pautas da assessoria de imprensa. Após selecionadas, as opções de matéria são apresentadas ao conselho editorial, que define os temas e sugere fontes para entrevistas. A revista é distribuída por envio postal para instituições metodistas, imprensa estadual e nacional, instituições de ensino superior nacionais e escolas de Porto Alegre. Os 1.690 alunos da Rede Metodista de Educação do Sul recebem um exemplar. Mais do que uma estratégia de comunicação, a Revista Trio tem o objetivo de desenvolver o pensamento reflexivo e promover uma educação que possibilite construir a consciência crítico-cidadã na busca de uma sociedade mais justa e igualitária. Ao divulgar a prática educativa das escolas, voltada à construção de conhecimentos significativos e contextualizados que proporcionam ao aluno aprender a viver com autonomia, ética e compromisso social, a publicação desempenha também o papel de incentivadora dessas ações. Baseada na filosofia da Rede Metodista de preocupação e preserva-

ção do meio ambiente, a Revista Trio é impressa em papel reciclado, assim como todos os materiais da instituição, e mantém uma seção sobre meio ambiente. A revista apresenta um resumo em inglês para todo o seu conteúdo, medida que vai ao encontro da proposta de educação dos três colégios da Rede, que oferecem o aprendizado da língua inglesa em tempo integral, com a inserção do idioma nas rotinas escolares. A Trio também está disponível no portal da Rede Metodista de Educação do Sul – www.metodistadosul.edu.br –, na guia Imprensa, em versão flip, que permite ao leitor "folhear" as páginas da revista, e em versão PDF, para download.

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Orkut como mídia alternativa Fortalecer e estreitar os vínculos com seu público é um dos objetivos do Colégio Marista Conceição, de Passo Fundo, que criou uma nova interface de relacionamento e conquistou o Ouro no 6º Prêmio Destaque em Comunicação do SINEPE/RS, categoria Mídia Digital – acima de 500 alunos. A meta de 2007 era Ampliação do número de alunos do ensino médio, com o desenvolvimento de campanhas de captação e fidelização que não destoassem dos valores maristas e fugissem da linguagem mercadológica utilizada por outras instituições. Mas não havia verba para concorrer em volume de mídia. Para isso, eram necessárias estratégias de mídia diferenciadas e direcionadas para a campanha de matrículas e alternativas economicamente viáveis. O desafio do Colégio Marista Conceição era inovar. Guiado por informações de uma pesquisa realizada na metade do ano letivo de 2007, o colégio pôde analisar o perfil de cada público atingido pela escola, diagnosticar problemas e elaborar estratégias convenientes. A pesquisa teve abrangência de 95% dos alunos da 4ª série do ensino fundamental ao ensino médio, 90% dos educadores

e 20% de pais. A utilização da internet como recurso de relacionamento, apontada como preferencial na pesquisa, mostrou-se o processo ideal para a ação. A tendência virtual estava bem cotada pelo público-alvo. A assessoria de comunicação percebeu, então, a necessidade de inserir o Colégio Marista Conceição em canais virtuais de relacionamento de grande alcance e aceitação entre os públicos definidos. Em razão da popularidade entre os jovens brasileiros, o Orkut foi o site escolhido. Antes da ação de inserção do colégio no canal, percebeu-se, por meio de pesquisa, a existência de dezenas de comunidades no Orkut relacionadas ao Colégio Marista Conceição, suas atividades e seus educadores. Em vez da utilização de uma comunidade no Orkut, procedimento tradicional, decidiu-se criar um perfil para o colégio. Desta forma, diferentemente de uma comunidade, o colégio não é apenas um espaço de interação, mas um "indivíduo" comunicante. Os usuários passaram a adicionar o colégio em sua lista como um "amigo virtual" e interagir com ele. O Orkut, nesta sistematização, passou a proporcionar ao colégio um espaço extra de publicação de informações de relevante visibilidade e atratividade, como vídeos, textos e imagens. A interatividade trouxe credibilidade e modernidade para a campanha. Após a apresentação, os alunos receberam a newsletter da escola com todos os links de referência, para conhecer a campanha e adicionar o perfil da escola em sua lista de amigos do Orkut. A exibição das atualizações para todos os amigos no perfil do colégio despertou o interesse dos amigos virtuais, e o número de visitas Colégio Marista Conceição

aumentou. Resultado: mais popularidade, mais amigos. Os alunos passaram a utilizar o recurso como uma ferramenta de comunicação com a escola. A média de acesso passou a ser de 1.100 por mês, equivalente ao número de acessos ao site da escola, e a marca "Colégio Marista Conceição" está exposta para milhares de usuários do Orkut. O número de novas matrículas para o ensino médio no ano de 2007/ 2008 foi quatro vezes maior que na campanha do ano anterior. E a utilização do Orkut como ferramenta de comunicação gratuita.

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entrevista Maria Inês Fini – Doutora em educação

É necessário retomar a visão de totalidade público do senhor Ministro da Educação comprometendo-se a ouvir as secretarias estaduais de educação, que são as responsáveis pela oferta de ensino médio, na possível reformulação das referências do novo Enem. Devido a esse caráter dinâmico da proposta é que considero prematuro fazer uma previsão.

O Enem pode ser um bom indutor de mudanças no ensino médio e contribuir para a compreensão da identidade principal deste nível de ensino: a sólida formação geral que completa a escolaridade básica dos jovens. A Doutora em Educação Maria Inês Fini, que integrou a equipe do Inep/MEC até 2002 como Diretora de Avaliação para Certificação de Competências, responsável pela criação e coordenação do Enem, Encceja e diretora do Pisa no Brasil, aborda questões como a necessidade de mudanças na formação dos professores e da retomada da interdisciplinaridade como característica essencial do ensino. Maria Inês foi fundadora da Faculdade de Educação da Unicamp, onde exerceu cargos acadêmicos e administrativos. Atualmente é assessora de Currículo e Avaliação da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo.

ER – Por muitos anos o ensino médio foi visto como o tempo de preparação para o vestibular. A senhora acredita que isto pode mudar com a nova proposta do Enem? Maria Inês – Se houver mesmo a centralidade no currículo do ensino médio e as necessárias adaptações dela decorrentes nas referências do exame, ele será um bom indutor de mudanças no ensino médio e contribuirá para a compreensão da identidade principal deste nível de ensino, que é a sólida formação geral que completa a escolaridade básica dos jovens e que deverá servir também como perfil de entrada no ensino superior. Educação em Revista – A nova proposta do Enem acena para uma reestruturação do currículo do ensino médio. Isto é possível? Maria Inês Fini – É muito prematuro fazer previsões, pois faltam documentos mais esclarecedores acerca das referências do novo Enem. Sabemos que as referências foram elaboradas por uma Comissão de Governança a partir das matrizes do Enem original (as competências agora chamadas de eixos cognitivos) e algumas das habilidades extraídas das matrizes originais do Encceja das quatro áreas do conhecimento. Ao mesmo tempo o MEC enviou ao Conselho Nacional documentos de diretrizes curriculares que deverão orientar a oferta dos diferentes níveis de ensino na educação básica, se aprovados. Há também um anúncio

É muito prematuro fazer previsões, pois faltam documentos mais esclarecedores acerca das referências do novo Enem

ER – Na sua opinião, qual a verdadeira identidade do ensino médio? E como ele deveria ser formatado? Maria Inês – Gosto muito das diretrizes curriculares de 98, principalmente a ênfase no protagonismo juvenil; organização curricular por áreas de conhecimento; currículo referido a competências; resolução de problemas como modelo de aprendizagem, interdisciplinaridade e contextualização de conhecimentos. Como aparato legal e estrutural, não precisamos de mais nada. O difícil até hoje foi implementar essas mudanças, pois nossos formadores de professores ainda insistem em modelos ultrapassados de formação. ER – Qual o papel das instituições de ensino para reconstruir a identidade do ensino médio? Como mudar os moldes do ensino fragmentado para o chamado ensino inteligente? Maria Inês – Partir das diretrizes de 98 citadas anteriormente e reorganizar os aparatos complementares a elas, como, por exemplo, a formação de professores por área, o privilégio

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a metodologias que visem ao desenvolvimento de estruturas de inteligência do aluno e não da memória, metodologia de projetos, sistema de atribuição de aulas por área e não por disciplina, ênfase em formação continuada de professores com foco em trabalho na sala de aula, entre outros. ER – Como a interdisciplinaridade é trabalhada, hoje? Quais os pontos críticos? O que é o ensino interdisciplinar ideal e o que deve ser feito para chegar lá? Maria Inês – Lamentavelmente tratamos a interdisciplinaridade como adjetivo da ciência, quando, na verdade, é característica essencial, substantiva. Nossa tradição escolar dividiu para aprofundar, disciplinar e então perdemos o foco da totalidade. O necessário é retomar a visão de totalidade da ciência da vida e do universo já na formação dos professores. A formação por área de conhecimento, por exemplo, ajudaria muito. Mas acima de tudo organizar diferentemente nossos currículos e atribuição de aulas aos professores. A interdisciplinaridade não é uma novidade. Está presente na vida, na ciência, na filosofia, nesta perspectiva de totalidade. Trata-se, então, de um resgate, de assumir um novo paradigma.

Lamentavelmente tratamos a interdisciplinaridade como adjetivo da ciência, quando, na verdade, é característica essencial, substantiva ER – Como deve atuar o professor diante destas mudanças? Ele é o principal agente para instituí-las. Professor e instituições estão preparados para este novo desafio? Maria Inês – Nem as instituições nem os professores, em sua grande maioria, estão prontos. Eles foram formados para ser disciplinares, e não interdisciplinares. Mas isso não significa que não sejam capazes ou que são culpados por não mudar. Precisam de apoio, de capacitação continuada, de incentivos na carreira, de valorização social, de incrementos à autoestima, pois são instituições e profissionais valorosos que querem e são capazes de mudar. ER – A senhora acredita que na academia ainda não há essa formação interdisciplinar? Há uma perspectiva de mudança nessa formação? Maria Inês – Não, não há. Nós formamos professores para disciplinas específicas e

saber qual é a cara do novo Enem. Por enquanto são conjecturas.

não para áreas mais abrangentes de conhecimento. Mas, como disse anteriormente, todos eles são capazes de avançar num patamar maior em busca da integração desse conhecimento. Mas é preciso que as universidades acordem não só para essa questão, mas para outras questões que o ensino médio está exigindo e que a universidade ignora solenemente. É preciso ajudá-los a desenvolver metodologias mais atraentes para os alunos, a trabalhar com resolução de problemas, com ênfase nas estruturas mentais. Estas são questões importantes. As agências formadoras, sejam privadas ou públicas, se tiverem o foco na aprendizagem e no desenvolvimento dos alunos também são capazes de formar. ER – Pais e alunos encaravam o Enem de outra forma, num caminho paralelo ao vestibular. Agora, com este critério novo de seleção, os "olhos se voltaram" para o Enem, que se tornou razão de preocupação. Maria Inês – É preciso minorar essa questão. A rigor o Enem não tem novidades. A única novidade é as universidades federais serem obrigadas a adotar o Enem como vestibular único. Em 2002, 550 instituições já usavam o Enem. Hoje, dez anos depois, o número quase dobrou, são 1.038. Então ele já era um poderoso sinalizador, tanto para os jovens quanto para as boas escolas, do que o ensino médio deveria ser. Eu acho que afirmar de maneira categórica essa mudança é muito prematuro. Acho que é fundamental termos cautela. Vamos ver a prova, primeiro. Não sabemos como ela vai ser. Se fosse parecida com o Enem original, teria sido divulgada apenas uma lista de habilidades. Por influência das comissões de vestibulares, nas mãos de quem está o novo Enem, além das habilidades, divulgaram uma lista de conteúdos, por disciplina. As habilidades são por área, e os conteúdos, por disciplina. Então você percebe que há uma indefinição. Por isso eu recomendo: cautela. Não façam muitas inferências. Nós não vimos a prova. Só quando virmos a prova vamos

ER – Na palestra que a senhora proferiu no Congresso Internacional de Educação - 16º Educador, dia 14 de maio, em São Paulo, citou uma pesquisa da Fundação Getulio Vargas sobre o desencanto da escola. Quais os resultados que ele mostra? Qual sua análise a respeito de tais conclusões? Maria Inês - O desencanto é dos jovens com a escola, que está muito longe de apresentar-se como significativa em sua vida. Ele não enxerga atrativos no cotidiano da escola, que insiste na oralidade do professor em detrimento de metodologias que privilegiam formas mais interativas de construção de conhecimentos pelos alunos. Não há debates, só monólogo, e os jovens querem participar, querem discutir ideias, realizar projetos, contrapor, sugerir. Imagine se conseguíssemos fazer tudo isso com as leis, teorias e proposições das ciências, da arte e da filosofia. Talvez alcançássemos o significado que os jovens querem para suas escolas. ER – Assim como o ensino está mudando de "direção", a forma de aprender também. Há um tempo de "maturação" dos estudantes diante do novo método de ensino? Qual é a melhor forma de estudar, a partir de agora? Maria Inês – Os jovens já estão prontíssimos para o envolvimento em uma proposta renovadora. Cabe a nós, adultos, e aos profissionais da educação transformar o trabalho escolar em verdadeira "aventura do espírito humano". ER – A informação extraclasse sempre deu suporte ao aprendizado. Mas hoje os estudantes contam com inúmeras fontes de informação. Como filtrá-las e aproveitálas da melhor maneira? Qual a orientação aos professores para auxiliá-los nesse processo? Maria Inês – Acesso a bens culturais oferecido de múltiplas formas sempre irá enriquecer o universo juvenil. Quando trazidos para o universo escolar, o professor deve utilizá-los a serviço da ampliação dos conhecimentos que, pretende, sejam construídos pelos seus alunos. Apelar para formas complementares de informação sempre dará à escola a oportunidade de aproximar-se do mundo real dos alunos, mostrando-lhes que o conhecimento está articulado à vida cotidiana e que uma vez integrado à nossa estrutura de inteligência, ilumina nossa interpretação da vida. set/out 2009 – www.sinepe-rs.org.br 13

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Escola Nossa Senhora do Horto, de Uruguaiana 100 anos: mais do que tradição

A INSTITUIÇÃO funcionou durante dez anos na esquina das ruas Domingos de Almeida e Monte Caseros. No dia 4 de maio de 1919 foi inaugurado o atual edifício

ANIVERSÁRIO centenário foi comemorado com a reunião de mais de 1.000 pessoas

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A Escola Nossa Senhora do Horto, de Uruguaiana, foi fundada em 17 de fevereiro de 1909 pela Congregação das Irmãs Filhas de Maria Santíssima do Horto a pedido de inúmeras famílias uruguaianenses que desejavam um educandário feminino para confiar a formação de suas filhas. Sob a direção de Irmã Ildefonsa Raggi, cinco irmãs iniciaram o trabalho histórico de acompanhar a educação de milhares de uruguaianenses. A instituição funcionou durante dez anos na esquina das ruas Domingos de Almeida e Monte Caseros. No dia 4 de maio de 1919 foi inaugurado o atual edifício. Em maio de 1931, transformou-se em Escola Complementar, sob fiscalização do Estado, até dezembro de 1941, quando se tornou Ginásio, de acordo com lei federal. Por meio de convênio, passou a ser administrada pela Prefeitura Municipal e recebeu o nome de Ginásio Municipal Feminino Nossa Senhora do Horto. Em 1943, teve início o Curso de Formação de Professoras Primárias e o nome mudou novamente: Escola Normal Nossa Senhora do Horto. Mais de 20 anos depois, em 1965, a instituição abre as portas ao sexo masculino, para os primeiros anos do curso primário, tornando-se uma escola mista e adequando-se às exigências educativas da segunda metade do século XX. Em 1971, pela primeira vez assume a direção uma professora leiga, Antoninha de Oliveira Balsemão, que juntamente com a Irmã Isaura Telli formou uma gestão coparticipativa. Hoje, de acordo com a Lei Federal 9394/96, a instituição recebeu o nome de Escola de Ensino Fundamental Nossa Senhora do Horto e é mantida pela Associação, Instrução e Caridade. Conta com 450 alunos na educação infantil e no ensino funda-

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O Horto faz parte da minha história Sempre que conto minha história de vida percebo que ela está colada à querida Escola Nossa Senhora do Horto. Cheguei como interna, aos 9 anos, pequenina e muito insegura, pois pela primeira vez me separava dos meus pais, que residiam no interior do município. Inicialmente, não compreendia que a atitude deles era necessária para a qualificação de meus estudos. Ingressei na 3ª série do antigo Primário no ano de 1961. Permaneci no internato por 3 anos. Cursei o Primário, o Ginasial e concluí a Escola Normal em 1973. Naquele tempo a escola atendia apenas meninas. Vivenciei experiências inesquecíveis, aprendizagens basilares, que até hoje me constituem. Construí meus princípios religiosos e devoção à Nossa Senhora do Horto. Aprendi o valor da disciplina, da organização, do respeito, do estudo. Entre tantas lembranças, estão os

piqueniques, as gincanas, as colegas de quem sou amiga até hoje. No entanto, uma das aprendizagens do Horto que se diferencia dos tempos de hoje foi a oportunidade de formar lideranças. A escola formava líderes para atuar social e politicamente nos espaços externos à instituição. Lembro de um episódio de eleição do grêmio, que se constituía, na época, da união de representantes da nossa escola e da escola irmã, Marista Sant´Ana. Naquele dia, as internas mais velhas acordaram alvorotadas, tomaram o café da manhã e saíram para votar. Como eu pertencia ao grupo das pequenas, não tive o direito da sair. Fiquei chorando assistindo ao "exibicionismo das "grandotas". Alguns anos mais tarde fui presidente do GEHU, o Grêmio estudantil Horto Uruguaiana. Hoje considero que o fato de não esquecer o episódio é marcado pelo valor que dispenso às atitudes de iniciativa, liderança e autonomia. No Horto, fui professora de 4ª e 5ª série nos anos de 1973 a 1975. Recente-

mente conclui o Mestrado em Educação pela PUCRS, onde exerço a função de professor assistente no Curso de Pedagogia e de Direito, no Campus de Uruguaiana. Os laços construídos no ambiente do Colégio do Horto me mantiveram sempre em contato com a amada escola, e as irmãs representaram, ao longo desses anos, o paradigma educativo, aquele que fomenta a educação dentro do espírito evangélico, que acredita que a pessoa é educável se lhe oferecem oportunidades saudáveis de educabilidade. Há um ano voltei para a escola como supervisora pedagógica. Se a Escola Centenária velejava por águas mais tranquilas em tempos passados, e se as formas educativas eram mais tradicionais, é porque as mudanças aconteciam em prazos mais largos. Hoje somos uma escola dos tempos líquidos, e por isso as propostas são sempre sujeitas à incansável reflexão e são passíveis de revisão e adequação. Maria da Graça Queiroz Bermudez

mental, 25 docentes, 2 especialistas em educação, 7 apoiadores pedagógicos, 9 funcionários de serviços gerais e 5 irmãs. Como escola católica, o Horto desenvolve seu trabalho alicerçado numa proposta de educação evangélico-libertadora, que tem como centro do processo um projeto social que visa à construção de uma nova sociedade fundamentada nos valores e princípios cristãos. Seus segmentos são representados pelas associações de Pais e Mestres, Ex-Alunos e Professores, que atuam em parceria com a set/out 2009 – www.sinepe-rs.org.br

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INTENSA programação dá continuidade à comemoração dos 100 anos ao longo do ano letivo

instituição e desenvolvem um importante trabalho de apoio e preservação dos interesses da instituição. O Horto procura integrar-se às outras escolas da cidade, mantendo um relacionamento de troca e ajuda mútua, pois acredita que esta prática fortalece a educação no município de Uruguaiana. A instituição realiza, também, um projeto solidário junto à Escola Estadual de Ensino Fundamental Íris Valls. O aniversário da escola foi comemorado no dia 3 de maio, com a reunião de

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mais de mil pessoas no parque Agrícola e Pastoril. Uma intensa programação ao longo do ano letivo deu continuidade a essa festa. Em junho, a Festa Junina "No arraial do Horto, 100% de alegria e festa" e a novena à sua protetora, Nossa Senhora do Horto, reuniu alunos, professores, famílias e ex-alunos. O projeto "Horto, escola centenária, aprendendo a conviver", que trata de reflexões e ações que estimulam a convivência saudável, é outro marco do centenário. Baseada nos alicerces de 100 anos de história, a Escola Nossa Senhora do

Horto tem a meta de instaurar um processo que a identifique como escola de referência em gestão escolar e formação educativa, fiel à sua missão.

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Peter Pan inspira projeto na Escola Constructor Estabelecer estratégias que diminuam as diferenças entre os indivíduos e oportunizar o crescimento no processo de aprendizagem individual e coletivo está entre as metas da Escola Constructor, de Porto Alegre, que elaborou um programa para a realização de projetos de pesquisa, observações ativas e releitura de trabalhos realizados no dia a dia. Foi planejado, então, um projeto para os alunos do 1º e 2os os anos do ensino fundamental inspirado em Peter Pan. A idéia surgiu de um convite para assistir ao espetáculo "Peter Pan e a Terra do Nunca", e as atividades foram desenvolvidas de acordo com os objetivos de cada série. A professora Carine Rech iniciou seu trabalho no 1º ano com leitura da história "Peter Pan" – de James Barrie, recontada por Pedro Bandeira –, despertando a imaginação e o interesse dos alunos. Para cada parte da história, a turma realizou uma atividade específica como a confecção de fantoches, dramatizações, releitura das partes preferidas da história, pintura de desenhos dos personagens, organização de museu com objetos que os alunos trouxeram de casa (fitas de vídeo, DVDs, fantasia, objetos miniaturas dos personagens) e organização de murais na sala. Na turma do 2º ano, a professora Wanda Queiros montou uma "mala de contação de histórias", com o livro do Peter Pan, fantasias e cenários que a cada encontro se renovavam. A atividade foi realizada em seis encontros. No primeiro, a transformação: a profes-

Projetos

sora se transformou em pirata, utilizando o figurino da mala, e a turma procurou um lugar diferente, na escola, para iniciar a leitura do livro. No segundo encontro, o Pirata reaparece: os marujos foram chamados para outra aventura. A bordo de uma embarcação, enfrentaram tempestades terríveis, chegaram à terra firme e encontraram uma caverna segura para leitura, feita de tecidos, na sala de aula. A leitura foi realizada com o auxílio de uma lanterna. Na terceira etapa, o cenário mudou: os pequenos, vestidos com pijamas e com seus bichos de pelúcia, ouviram a continuação da história, já nas camas arrumadas na sala de aula. Então, tomados pela imaginação, partiram para a fase seguinte: a professora, agora vestida de Peter Pan, convida os alunos a se transformarem em “meninos perdidos da Terra do Nunca”. Depois da luta dos piratas, do resgate das crianças, da morte do Capitão Gancho, da volta das crianças para casa e da adoção dos meninos perdidos, Peter Pan volta para a Terra do Nunca. Encerra-se a história no quinto encontro, com a confeccção de um enorme crocodilo, o Tic Tac, com material de sucata. No encerramento do projeto, os alunos se uniram aos do 1º ano para assistir à peça "Peter Pan e a Terra do Nunca", com direção de Ronald Radde, no Teatro Novo DC.

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Desvendando o Enem Foto: Elias Eberhardt

Novas formas de transmitir e avaliar o conhecimento estĂŁo na pauta das escolas

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Raciocínio e compreensão ampla. Esta é a nova fórmula que 4 milhões de estudantes se esforçam para não decorar. Não é mais preciso. O novo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) agora é formulado para avaliar competências. O ler, o escrever e o calcular devem ser reinventados num novo e único verbo, que englobe e relacione as diversas áreas do conhecimento. É assim que deve ser, já que o aprendizado compartimentado e a sua aplicação deixam de existir fora da sala de aula. A "vida" cobra conhecimentos múltiplos, impõe desafios que exigem mais do que a memória pode oferecer. É preciso pensar, elaborar soluções que dificilmente se originam de um só conteúdo. O novo exame é, então, um balizador do preparo dos estudantes ao longo de toda a sua vida escolar, a avaliação ideal, que não deveria ser motivo de preocupação. Mas não é esta a realidade das escolas às vésperas do Enem. O que há de errado? A ordem dos fatores. Os estudantes estão num outro molde de aprendizado, na sua maioria. Não estão acostumados a pensar, a usar disciplinas distintas para formular uma solução. E agora tentam recuperar o tempo "perdido". A reformulação que deveria ser implantada na base do ensino vem de cima para baixo, somada à necessidade de um bom desempenho para ingressar na universidade. Por esta razão a atenção desses 4 milhões de alunos e de suas famílias indiscutivelmente está voltada para o Enem. As transformações vêm a galope. E a pauta do dia nas escolas são as novas formas de transmitir e avaliar o conhecimento e como se adequar a esses novos padrões. Para a professora orientadora do Programa de Pós-Graduação da UFRGS, Elizabeth Diefenthaeler Krahe, o novo Enem vai mudar o ensino-aprendizagem em sala de aula. "Analisando a história dos exames de entrada no ensino superior vemos claramente uma influência dessas avalia-

As 63 questões do Enem, lançado em 1998, eram organizadas por disciplina e sem relação entre si. Serão substituídas, nesta nova proposta, por 180 questões de múltipla escolha, com divisão por área, que relacionam múltiplos conteúdos, além da redação.

JOÃO XXIII: propósito de desafiar os alunos a participar das diferentes possibilidades de avaliações oferecidas pelo MEC

ções nos rumos dos currículos do nível médio. Assim, acredito que não vai ser diferente com o Enem", avalia. Elizabeth afirma que o tipo de questões que o Enem propõe está de acordo com as proposições do Ministério da Educação debatidas e sugeridas por meio dos parâmetros curriculares para a educação básica e com as diretrizes de cursos de licenciaturas: um ensino voltado para a reflexividade e não mais memorístico. Mas esta mudança é lenta. "A transição já está sendo feita nos cursos de formação inicial dos professores, ainda que de forma muito tímida. As diretrizes das licenciaturas indicam a necessidade de desenvolvimento de habilidades e capacidades analíticas e reflexivas além do simples domínio descontextualizado de conteúdos", afirma. Conforme a professora, esta proposta terá profundas implicações na cultura dos professores, pois para que esta nova visão de educação se concretize será necessário maior diálogo entre os colegas nas escolas, com trocas de experiências, planejamento comum, atenção às necessidades específicas dos alunos. "Para que isto ocorra, nós, formadores de formadores, precisamos igualmente repensar nossas aulas no ensino superior, pois a tão propagada simetria invertida é condição essencial: o professor servindo de modelo ao futuro docente", observa Elizabeth. Para o presidente do SINEPE/RS, Osvino Toillier, os métodos podem mudar, mas a concepção do ensino médio não. "O processo ensino-aprendizagem acontece a partir da definição do projeto pedagógico de cada escola, resultado de estudo e reflexão, tendo

em vista o ser humano que se quer formar. Uma avaliação externa como o Enem não pode ter a pretensão de mudar esta concepção, embora possa trazer contribuições importantes para o processo e reflexos na metodologia usada na sala de aula", afirma. Ele prefere falar em ajuste em vez de transição, "porque esta implicaria abandonar o atual esquema para assimilar um novo". Ele cita o exemplo da reforma do ensino de 1971, quando todos os professores participaram de uma reciclagem para compreender o que seria a "redenção do ensino brasileiro". "Em lugar de Língua Portuguesa, veio a Comunicação e Expressão, e quem falava em 'gramática' era tachado de 'cafona'. Bem cedo, deram-se conta de que os alunos não sabiam mais nada, e começaram a correr atrás do prejuízo", lembra Toillier, que teme a cultura de deletar o passado, "como se tudo estivesse errado e só valesse a nova proposta". Mas as escolas estão mudando. Algumas há algum tempo, com o preparo paulatino dos professores para a cultura interdisciplinar, vista como fundamental para o ensino de qualidade. Outras, com a velocidade que a novidade exige, a fim de preparar o aluno para esta nova realidade. A Rede Marista do Rio Grande do Sul desenvolveu um projeto específico para valorizar a participação dos estudantes e professores no Enem. Educadores do ensino médio, coordenadores pedagógicos, alunos e famílias participam. Entre as iniciativas do projeto, o hotsite do Enem, espaço dedicado especialmente ao conteúdo referente ao exame, com dicas e notícias de nível local, regioset/out 2009 – www.sinepe-rs.org.br

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nal e nacional, além de material para download e um painel de contagem regressiva para a prova. A capacitação dos educadores em razão da nova formatação do exame está novamente em discussão. A rede faz parte de encontros de coordenadoras pedagógicas para capacitação e criação de estratégias, palestras sobre o cenário da educação para as direções e equipes de planejamento estratégico dos colégios e capacitação para os professores da 3ª série do ensino médio. A editora FTD, parceira do projeto, prepara materiais específicos com os conteúdos do exame, como o "Caderno Enem", com cerca de 700 questões dos 11 anos de realização da prova. A lista de mudanças é grande. Mas a causa é justa, conforme a comissão de educação da Rede Marista, que aprova o Enem pelo fato de ele não medir a capacidade do estudante de assimilar e acumular informações, e sim incentivá-lo a aprender a pensar, a refletir. "A autonomia do jovem na hora de fazer escolhas e tomar decisões é que está sob avaliação." No Colégio Marista Rosário, de Porto Alegre, os alunos da 3ª série do ensino médio participaram de um simulado elaborado nos moldes das provas do Enem. Além disso, os professores readequaram seus conteúdos e suas metodologias em sala de aula. O Colégio Marista São Pedro, também da Capital, segue a mesma regra: os professores trabalham em sala de aula as questões comentadas do Enem, e os alunos fizeram simulado e se programam para aulas de reforço no turno inverso ao das aulas

na semana que antecede o Enem. Enem ou vestibular? O fato de mais de mil universidades adotarem esta avaliação como forma de ingresso faz com que os jovens encarem o Enem como vestibular. Mas é possível medir o conhecimento do aluno da mesma forma que o vestibular se propõe? "A prova vai avaliar a capacidade de resolução de problemas, a maioria cotidianos, utilizando conteúdos aprendidos durante a educação básica. Mas esta avaliação sé dá em um momento de grande tensão do aluno", alerta Elizabeth. O sistema de avaliação parece conferir mais justiça às reais capacidades dos alunos, que tomam o lugar da decoreba. No entanto, a preocupação dos estudantes é a mesma do vestibular, num novo endereço. E esta tensão também pode interferir no resultado da prova. "Antes de ser lançado o novo Enem, já vínhamos analisando o exame e existe uma tendência da PUCRS em aderir de alguma forma", explica o coordenador de Controle Acadêmico e do Concurso Vestibular da PUCRS, Antônio Carlos Jardim. A posição da universidade é aguardar esta primeira versão do novo exame e seus desdobramentos para discutir de que forma será formatado o ingresso dos novos alunos. "A tendência é estimular a entrada via Enem ou via vestibular tradicional, sem que um interfira no outro, e sem prejuízo para quem opta pelo vestibular tradicional." A falta da língua estrangeira, para Jardim, é questionável.

O Centro Universitário Metodista, do IPA, já utiliza a nota de Enem para avaliar o candidato. O reitor, Norberto da Cunha Garin, afirma que a instituição aprova as mudanças. "O novo Enem vem atender a uma aspiração antiga da educação, que é a prova voltada para a reflexão", afirma Garin. Além das diferenças estruturais de prova, o novo sistema de avaliação não contempla as questões regionais previstas nos atuais currículos. "Com certeza o jovem do Rio Grande do Sul traz em sua bagagem cultural informações diferentes de um estudante da Paraíba, por exemplo. Mas, deve-se observar que os PCNEM (parâmetros) são pensados de maneira ampla, englobando as ideias progressistas que se tem de formação de um jovem cidadão brasileiro para o Séc. XXI. Assim, o Enem está enquadrado nesta proposta", explica Elizabeth. Os aspectos positivos, segundo ela, estão ligados aos questionamentos que este tipo de avaliação traz à berlinda. "Até agora, em poucos momentos se esteve debatendo os objetivos e fins do ensino médio no Brasil com tal amplitude." Pena que este debate se dá de forma impositiva pelo governo, por meio de uma prova, quando deveria ser uma resposta às necessidades da sociedade em processo de mudanças. A supervisora pedagógica geral do Colégio João XXIII, Mirian Zambonato, afirma que o plano da instituição articula o currículo escolar aos eixos conceituais das diversas disciplinas, com o desenvolvimento de competênFoto: Elias Eberhardt

NO ANCHIETA, provas objetivas no mesmo formato do Enem, mas com respostas justificadas de forma disserativa

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AULAS do João XXIII estão focadas na construção de conhecimentos não fragmentados, em especial no ensino médio

cias e habilidades alicerçado na organização do tempo, na qualificação do espaço e na metodologia diferenciada. Está alinhado, portanto, à proposta do novo exame. "O desenvolvimento de competências pressupõe uso de operações mentais simples e complexas, capacidades para usar as habilidades, emprego de atitudes adequadas à realização de tarefas e conhecimentos. Desta forma, as habilidades estão relacionadas ao saber fazer", observa. "Identificar variáveis, compreender fenômenos, relacionar informações, analisar situações-problema, sintetizar, julgar e correlacionar já são exemplos de habilidades nas práticas dos nossos professores." Com base nos estudos desenvolvidos pela equipe técnica e professores do João XXIII, as aulas, especialmente as do ensino médio, estão focadas na construção de conhecimentos não fragmentados, que possibilita aos estudantes correlacionar as disciplinas e saberes, sem ignorar a multiplicidade e a diversidade. "Temos o propósito de desafiar os alunos a participar das diferentes possibilidades de avaliações oferecidas pelo MEC, bem como pelas universidades públicas e privadas, com o intuito de diagnosticar desempenhos e possibilitar aos alunos a vivência de avaliações externas, em especial as que favorecem a contínua construção de conhecimentos. Esta prática possibilita à escola a análise desses resultados", afirma Mirian. No entanto, ela assegura que o objetivo não é a classificação da escola em um ranking mercadológico. Para Toillier, o ranking é a face perversa do Enem. "Esta avaliação tem como ponto positivo a contribuição para o aprimoramento do processo de avaliação, para ver se a escola é tão boa quanto ela acha que é. Negativo é tomar o resultado como absoluto na instância

avaliativa da escola. E perverso é fazer ranking, desconstituindo a escola naquilo que ela tem de mais sublime: ser mediadora de plurais, ajudando o ser humano a desenvolver o que ele tem de mais belo e rico." Novos caminhos para o ensino básico O Enem é realizado há dez anos e passou, ao longo desse período, a ser pauta obrigatória e definitiva nas reuniões pedagógicas. Mais um desafio a ser enfrentado pelos professores da educação básica. A professora e doutora em Linguística Aplicada do Colégio Notre Dame Passo Fundo Cláudia Toldo acredita que além de avaliar o desempenho do estudante ao fim da escolaridade básica, o Enem tem o objetivo de democratizar as oportunidades de acesso às vagas federais de ensino superior, possibilitar a mobilidade acadêmica e induzir à reestruturação dos currículos do ensino médio. Mas com relação à reestruturação, ela concorda com Toillier. "Deve ser vista com cautela, uma vez que essa mudança implica um novo olhar aos processos de ensino e de aprendizagem dos estudantes na sala de aula." Difícil estabelecer o limite desta readequação. Se o objetivo dos alunos é entrar na universidade, e o Enem é uma nova porta, as escolas têm a preocupação de prepará-los. Na rede Notre Dame Passo Fundo, por exemplo, é o Enem que responde pelo novo direcionamento do ensino, voltado para a solução de problemas, e não mais preso a um mero acúmulo de conteúdos. Cláudia tem feito um estudo aprofundado sobre o exame e orientado os educadores a incentivar os alunos a pensar, a refletir e a "saber como fazer" por meio do desenvolvimento de competências. A mudança de atitude, segundo ela, desenha um

novo ensino, uma nova postura do professor diante do preparo de suas aulas e um novo perfil de estudante. "O conteúdo ensinado em sala de aula passa a ser um objeto a ser estudado e por sua vez apropriado pelo educando, construindo conhecimentos para finalidades específicas e contextualizadas no quadro social em que o sujeito está inserido." E questiona: "Que professor queremos/necessitamos em nossas escolas para que esse trabalho educacional aconteça?". A Rede de Educação Notre Dame promove sessões de estudo com seus professores com leitura e análise de textos, discussão de situações-problemas e, principalmente, o estudo das provas do Enem, da metodologia empregada e da interdisciplinaridade e a contextualização de conteúdos inseridos nessas avaliações. Postura que busca um professor com um outro olhar para o seu fazer pedagógico. Professores da educação infantil, do ensino fundamental e do ensino médio recebem orientação sob as mesmas condições, já que a escola deve estar adequada à nova modalidade de ensino que exige o exame. O Colégio Anchieta organizou projetos que permitirão aos alunos da 3ª série do ensino médio preparação mais qualificada para a prova. "O bom desempenho exige boa organização e bom aproveitamento do tempo. O aluno com boa competência leitora, habilidade em solucionar problemas e pensamento lógico terá os elementos fundamentais e diferenciadores para o sucesso", destaca a coordenadora pedagógica Tatiana Furlanetto. A partir de agora, em todas as matérias curriculares os alunos do Anchieta terão atividades alinhadas às habilidades previstas para cada competência, conforme documento do MEC. Será realizada a revisão dos conteúdos trabalhados e as adequações às exigências do Enem. Os professores, desde a 3ª série do ensino fundamental, passaram por um curso de capacitação sobre a metodologia do Enem, para compreender como é elaborada a prova. "Queremos que os professores incorporem estes conceitos no trabalho diário com seus alunos. Usaremos provas objetivas, seguindo o mesmo formato Enem, mas os alunos terão que justificar de forma dissertativa suas escolhas", explica Tatiana. O La Salle Dores também procurou se adaptar à nova realidade de avaliação com a criação do Programa de Preparação para o Enem, por meio do qual professores e alunos participam de cursos dirigidos a esta prova. A formação continuada dos docentes, para a set/out 2009 – www.sinepe-rs.org.br

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escola, é fundamental neste processo de mudança. As provas também foram reformuladas, adequando-se aos conteúdos do Enem. O objetivo é que os jovens estejam aptos a realizar as provas com as novas exigências do Ministério da Educação, sem surpresas. O Colégio Sinodal, de São Leopoldo, já está adaptado. E comemora os resultados obtidos até agora como desdobramentos do trabalho desenvolvido na escola. "As habilidades e as competências exigidas no Enem se resumem na compreensão ampla sobre o cotidiano, na capacidade de pensar, no refletir e na capacidade de resolução de problemas, além da capacidade crítica e do raciocínio lógico. Essas sempre foram e continuarão sendo as ênfases do Sinodal", afirma o diretor geral do colégio, Ivan Renner. Mas admite que, embora não exista a necessidade de grandes mudanças, já que as "exigências" do Enem já estão incorporadas no fazer pedagógico do Sinodal, os ajustes são permanentes. "A visão da escola deve sempre ser holística e abrangente, pois não podemos preparar somente o cidadão de agora. Precisamos, sobretudo, preparar o cidadão de amanhã. Que tipo de cidadão? E para que tipo de mundo? Essa é a pergunta mais pedagógica que um educador e uma escola podem fazer", afirma o diretor, apostando que é também este o questionamento dos integrantes do Inep, MEC, Conselhos Federais e Estaduais de Educação ao propor o novo exame. Para a coordenadora pedagógica do Colégio Cenecista Nossa Senhora dos Anjos, de Gravataí (Gensa), Susana Mombach Fonseca, o ensino aos poucos vem se apresentando com uma nova cara. Embora a esco-

SUZANA, do Gensa, acredita que o ensino vem se apresentando com uma nova casa

la desenvolva também a parte formativa, ela acredita que agora o fantasma da preparação para o vestibular, que abalava muitos jovens, não está tão presente. "A ênfase na aprendizagem com significado deixa nossos jovens mais seguros, a aplicabilidade dos conhecimentos fica mais interessante. Com as exigências atuais de um mundo competente, faz-se necessário ter habilidades para destacar-se. Não basta decorar fórmulas, é preciso saber aplicá-las. Não basta estar por dentro das notícias, é preciso compreender o contexto histórico." O Gensa também realiza reuniões pedagógicas a fim de trocar ideias no desenvolvimento de aulas com resoluções de problemas, momentos de pesquisa e práticas que motivem os alunos para os estudos. Outra prática adotada em todos os níveis de ensino é a de, semanalmente, escrever redações com assun-

tos da atualidade. Segundo os professores de Língua Portuguesa, já se observa o crescente desenvolvimento de habilidades nesta tarefa. "O novo formato do Enem está contribuindo para que o ensino modifique sua prática. Acreditamos que desta forma os adolescentes terão a oportunidade de desenvolver cada vez mais habilidades necessárias para sua atuação na continuidade de seus estudos e como futuros profissionais competentes", observa Susana. A proposta do novo Enem reforçou também o propósito de formação do Colégio Santa Dorotéia de Porto Alegre, que "defende um currículo escolar integrado por competências e habilidades dos estudantes, e norteado por objetivos de ensino e aprendizagem em que os conteúdos escolares são plurais", explica a supervisora escolar do Ensino Médio, Luciane dos Reis Campana. "No primeiro semestre os serviços pedagógicos redimensionaram seu planejamento de reuniões, propondo reflexões para a reorganização dos conteúdos, interações entre as diferentes áreas de conhecimento e compreensão da mobilidade de saberes." Elizabeth Diefenthaeler Krahe aposta em modificações bastante expressivas no desenvolvimento do processo educacional do ensino médio brasileiro nos próximos anos, "não apenas pela imposição deste exame nacional, mas pelas circunstâncias da própria sociedade brasileira em transformação". Se os desdobramentos desta "imposição" chegarem ao ensino fundamental, o que todos almejam, será possível dizer, um dia, que o Enem foi um dos "pais" da qualificação do ensino no País.

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“Quando o homem aprender a respeitar até o menor ser da criação, seja animal ou vegetal, ninguém precisará ensiná-lo a amar seu semelhante” Albert Schwweitzer

Casa ecológica para a manutenção da vida sustentável Consumir menos energia não é mais questão de economia, mas necessidade para a manutenção de uma vida sustentável no planeta. Ao estudar este problema na aula de Ciências, os estudantes da 8ª série do Colégio La Salle Medianeira, de Cerro Largo, construíram a maquete de uma casa ecológica para demonstrar como é possível reduzir o desperdício de energia usando materiais alternativos. O projeto orientado pela professora Marisa Both foi desenvolvido com a ajuda de um engenheiro e um marceneiro. No telhado da casa, maneiras diferentes de racionalizar a energia por meio da arquitetura, já amplamente usadas na Europa, foram apresentadas pelos alunos Alexandre Giovelli, Eduarda Inticher, Eliana Swidzikiewicz e Kathlen Hoff. O plantio de grama em placas especiais e a utilização de forração com reciclagem de tetrapak (o mesmo material das caixas de leite) ajudam a manter agradável a temperatura da casa. “Funcionam como isolante térmico, ajudando a evitar o aquecimento excessivo”, explica Alexandre. O uso do vidro é outra dica: o material garante o aproveitamento da luz natural, e investir em coletores de energia solar é uma medida ecologicamente correta para o aquecimento da água. Os alunos demonstraram também preocupação com os recursos hídricos, prevendo um sistema de recolhimento da água da chuva. A mudança de hábitos de consumo

no cotidiano pode ser tão ou mais importante quanto a escolha dos materiais. “É o meio mais rápido e barato de conter o aquecimento global. Com pouco esforço, a maioria de nós poderia cortar os gastos energéticos em 25% ou mais”, destaca Eliana. Os estudantes montaram uma cartilha com dicas para evitar o desperdício de energia, como tomar banhos mais rápidos e evitar abrir a porta da geladeira sem necessidade ou por tempo prolongado. “Pude entender melhor o uso da energia e procurar meios de poupá-la”, afirma Alexandre, que defende a adoção do modelo ecológico nas construções novas. A maquete da casa ecológica começou a ser idealizada em fevereiro deste ano. O estudo do uso da energia na 8ª série terá ainda a apresentação de outros trabalhos da turma.

Dicas para evitar o desperdício de energia – não tomar banhos demorados – evitar o uso de aparelhos elétricos nos horários críticos de consumo, entre 17h e 22h – usar lâmpadas econômicas – investir em telhados ecológicos, com uso de materiais alternativos e coletores de água e energia solar – ligar o ferro elétrico para passar a maior quantidade de roupas possível, de uma vez só – regular e limpar frequentemente os aparelhos de ar condicionado – desligar lâmpadas e aparelhos quando não estiver no ambiente – evitar abrir a geladeira várias vezes em um curto intervalo de tempo e verifique regularmente as borrachas de vedação – ao comprar eletrodomésticos, procure aqueles com o selo Procel de eficiência energética

MUDANÇA de hábitos deve estar aliada aos materiais alternativos

Estudantes do Santo Antônio desenvolvem projeto de voluntariado A fim de fortalecer o espírito de solidariedade de seus estudantes, o Colégio La Salle Santo Antônio, de Porto Alegre, passou a desenvolver, neste ano, o Projeto do Voluntariado. Cerca de 25 alunos da 7ª série participam de oficinas recreativas e educativas junto a crianças e adolescentes do Instituto de Assistência e Proteção à Infância, o Iapi. Situado no bairro Santo Antônio, o Iapi atende 70 crianças em situação social de risco. A cada quinze dias, no turno inverso ao de estudos, os estudantes do La Salle Santo Antônio visitam a instituição e promovem jogos e brincadeiras. O projeto nasceu nas aulas de Ensino Religioso da professora Marlise Hoeltgebaun e também envolve o professor Ricardo Backes, da Pastoral Educacional. Ao entrar em contato com a realidade de outros jovens, também cheios de sonhos e esperanças, mas em condição de vulnerabilidade social, os estudantes vivenciam situações RESPEITO às diferenças sociais e que oportunizam o respeito às diferenças sociais e a prática do exercício da cidadania. exercício da cidadania

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Desafios e descobertas em Caxias

CERTIFICADO de qualidade é destinado a quem faz a diferença

Selo Escola Solidária No dia 2 de setembro, a Creche São Francisco e a Escola Menino Deus, de Porto Alegre, receberam o Selo Escola Solidária 2009, conferido pelo Instituto Faça Parte, de São Paulo, como um certificado de qualidade destinado a quem faz a diferença nas redes de ensino do Brasil. Criado em 2003, o Faça Parte busca incentivar e incrementar programas de voluntariado educativo, que estimulem a cultura da cidadania juvenil. Com o case "Fórum Vida Urgente", o Colégio Maria Imaculada recebeu pela terceira vez seguida esse reconhecimento. As premiações, que são bienais, ocorreram em 2005, 2007 e 2009. As escolas integram a Rede Franciscana Bernardina e desenvolvem programas de cidadania comunitária em 11 instituições.

COOPERAÇÃO: um dos valores “experimentados” pelos jovens cientistas

Desafiar e interpretar os resultados de uma experiência foi o objetivo do Projeto Cientista Maluco, desenvolvido pela professora Juliana Pavan Rubbo junto aos alunos das 4as e 5as séries do Colégio São Carlos, de Caxias do Sul. O trabalho foi realizado nas aulas de Ciências. Mais do que dedicação ao projeto, os alunos tiveram a oportunidade de vivenciar valores como partilha, humildade e cooperação, essenciais para a realização de qualquer experimento que envolva um grupo. Os trabalhos foram apresentados aos colegas das outras séries e aos pais.

Aula de Cidadania na SPAAN O Núcleo de Cidadania e Voluntariado da Escola Menino Deus, de Porto Alegre, vivenciou, no dia 9 de setembro, um momento rico de respeito às diferenças. Os jovens voluntários desenvolveram atividades na Sociedade Porto-Alegrense de Auxílio aos Necessitados (SPAAN), entidade que há 77 anos atende idosos em situação de abandono. Foi uma experiência gratificante sobre a importância do respeito ao ser humano. Mágicas, conversas, música e maquiagem nas vovós marcaram o encontro. A partir de trabalhos como este os voluntários constroem lições de autonomia, cooperação e generosidade. Os conceitos de responsabilidade pessoal e social vividos são experimentados numa etapa em que os projetos de vida dos alunos são construídos.

BRINCADEIRAS e maquiagem descontraem idosos

Almofada de valores mostra a verdadeira riqueza Os alunos da 1ª série do ensino fundamental do Colégio Santa Teresinha, de Taquara, desenvolveram um estudo sobre o corpo humano que explorou também as características de cada um e o respeito às qualidades, habilidades e diferenças. Foi criada uma “almofada de valores”, que concentrou os méritos individuais de cada criança e do grupo no qual elas estão inseridas, como a escola e a família. Desta forma, foi possível que os alunos percebessem eles mesmos como uma verdadeira riqueza, com capacidade de fazer a diferença na sociedade em que vivem. Houve participação dos pais nas atividades, que se destacaram, junto com seus filhos, na ornamentação dos símbolos representados na “almofada de valores” e no uso do caderno de registros para dialogar sobre os valores construídos pelas famílias para uma convivência melhor em sociedade. Entre os objetivos desta atividade, está o resgate do diálogo entre as famílias, a retomada das atribuições de cada um e o envolvimento da família nesta oportunidade de conversar sobre valores realmente importantes para a vida. 24

www.sinepe-rs.org.br – set/out 2009 CRIANÇAS aprendem a respeitar qualidades e diferenças

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Avaliação Institucional e projeto de cidadania: apontamentos sobre o Enem 2009 O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi instituído em 1998 e recolocou no cerne do debate educativo a questão da avaliação institucional, das escolas e seus alunos. Este texto pretende refletir sobre suas possíveis contribuições e os limites para a construção de uma educação crítica e emancipatória para os jovens que têm na escola brasileira suas esperanças formativas. É certo que necessitamos de criteriosos instrumentos avaliativos como forma de analisar a dinâmica do desempenho e de nossos objetivos político-pedagógicos, porém ter este método como única forma de retomar caminhos e restabelecer procedimentos guarda suas contradições. Trata-se de buscar analisar as práticas avaliativas tais como são: derivações de concepções pedagógicas politicamente delimitadas. No recorte de 2009, destaca-se a ideia de trazer para o centro da temática a ser avaliada a relação currículo do ensino médio e conteúdo das provas (objetivas), organizadas a partir de quatro áreas: linguagens, códigos e tecnologias (inserindo a redação); ciências humanas e tecnologias; ciências da natureza e tecnologias e matemáticas e tecnologias. As provas estarão organizadas em 45 itens de múltipla escolha, previstas para serem realizadas em dois dias. A questão que ousamos destacar é a de se este formato enfrenta, como se propõe, o mesmo traço e mito do vestibular e seus níveis de exclusão das camadas populares, por meio da intenção de unificar os exames, para supostamente possibilitar a mobilidade estudantil pelo país e supostamente criar a igualdade de oportunidades na escolha dos cursos. As Universidades Federais (mais de 50), por meio da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições de Educação Superior (Andifes), e os Institutos Federais de Educação (29) já aderiram ao Enem como forma de ingresso ao ensino superior. A entidade propôs a criação de um Comitê de Governança, que irá acompanhar as ações do Inep na formulação das provas e sua aplicação, buscando a garantia das relações curriculares com o ensino médio. A questão da unificação do exame é outro fator divergente, pautado pelo argumento do MEC de que devem ser garantidos direitos iguais aos jovens de todas as regiões, mas deixando de aprofundar o debate sobre as desigualdades regionais no apren-

dizado e as recomendações legais históricas da valorização de uma base comum nacional e a atenção às especificidades regionais. Se podemos admitir aspectos promissores, numa avaliação devidamente preliminar, poderíamos apontar para a tese da abordagem interdisciplinar dos conteúdos, através da perspectiva de, nas palavras do MEC, avaliar “... um conjunto de habilidades que o aluno deve ter ao final do ensino médio”, buscando passar ao largo dos estudos decorativos e do estímulo à indústria dos pré-vestibulares. Tais processos engessam a formação em nível médio, que especialmente no Brasil nunca desenvolveu ou consolidou um estatuto próprio, oscilando entre o viés propedêutico e o profissionalizante, distante dos debates realizados pelos educadores críticos que, nos anos 1980-1990, propuseram a relação estrutural entre os níveis de ensino e uma educação de base omnilateral, no caso do ensino médio, proposta como politécnica. A Associação Nacional de Docentes do Ensino Superior (Andes), em seus eventos deliberativos, em contraposição à Andifes, questiona o uso de exames nacionais únicos como forma de substituição dos exames vestibulares, por perceber a extrema necessidade de uma reformulação que tenha como cerne o acesso de todos à educação em todos os seus níveis, reforçando o que já apontamos: não há como negarmos as desigualdades socioeconômicas da população brasileira, por meio do estabelecimento de exames unificados. Acreditamos ainda que estamos vivendo um momento de profunda afirmação de novos sujeitos históricos e políticos, onde começam a se destacar os objetivos de uma educação contemporânea, pautada em ideais éticos e estéticos que proporcionem a construção de uma nova sociedade e cultura. Encaradas desse modo, as eventuais potencialidades de formação cidadã existentes nas frestas no novo Enem podem vir a contribuir para a estruturação de uma sociedade onde a educação básica não conduza à mera qualificação técnica, mas que seja a expressão da universalização do ideal educacional e escolar para todos, por meio de novas formas de equidade, autonomia e relações de solidariedade. Professor Dr. César Nunes (Unicamp) cesar.nunes@reitoria.unicamp.br

Curso de extensão para líderes escolares

ORIENTAÇÃO e motivação para as reais funções de um representante

60 líderes escolares de Igrejinha participaram do curso de extensão “Programa para líderes escolares: introdução ao coaching”, realizado pela Instituição Evangélica de Novo Hamburgo – IENH em parceria com a Secretaria Municipal de Educação de Igrejinha. Os encontros aconteceram no mês agosto, na Escola Cenecista de Ensino Médio 1º de junho. O curso, direcionado a representantes de turma, teve duração de oito horas e o objetivo de orientar e motivar os líderes para suas reais funções no contexto da comunidade escolar. Por meio da diferenciação de conceitos liderança x poder, foram trabalhados as diferenças na atuação comportamental de autoridade, o saber ouvir, a estruturação de projetos escolares e o envolvimento dos alunos e da comunidade. A formação envolveu alunos das redes municipal, estadual e privada do município. Segundo o Coordenador da Unidade Igrejinha da IENH, Leandro Sieben, o curso traz uma possibilidade de renovação, sensibilizando o surgimento de novas lideranças que estarão, num futuro próximo, desenvolvendo o tecido empresarial, a economia e, consequentemente, atuando em inúmeros projetos para o desenvolvimento da região. set/out 2009 – www.sinepe-rs.org.br

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Estudantes do Sinodal enviam carta a governantes As aulas de Língua Portuguesa levaram os alunos da 8ª série do Colégio Sinodal, de São Leopoldo, um pouco mais além da produção textual. A linguagem em toda a sua dimensão discursiva foi usada para apontar problemas regionais e nacionais aos governantes. Leitura, interpretação e produção textual são a base para a utilização adequada da linguagem nas modalidades oral e escrita. Ao trabalhar a carta na sua forma e conteúdo, o professor Ivo Reinhardt estimulou os alunos a, depois de estudarem textos sobre problemas enfrentados pela sociedade, escreverem uma carta aos governantes para falar sobre as suas preocupações. E resolveu ampliar o número de leitores. A fim de sair da rotina “aluno escreve, professor lê, avalia e devolve”, surgiu a ideia de enviar essas cartas ao presidente, à governadora e ao prefeito de São Leopoldo. Alguns escreveram uma carta aberta para ser publicada. A motivação de escrever foi somada ao exercício da cidadania. A felicidade em receber uma resposta, como no caso de uma carta enviada ao presidente Lula, é indescritível. Os alunos ainda aguardam resposta da governadora e do prefeito. Confira a carta do aluno Frederico Bet:

FREDERICO (ao centro, de verde) e seus colegas levam a sério o exercício da cidadania

Ilustríssimo Senhor Presidente Luiz Inácio Lula da Silva Venho, através desta, apontar alguns pontos negativos sobre o seu governo. Quero também, cobrar melhorias e dar sugestões, para formarmos um Brasil melhor. O primeiro ponto que gostaria de abordar é a atual corrupção no Senado. Os nossos representantes no Senado, equivocadamente, estão cometendo graves erros. Conforme a lei, é proibido o salário dos representantes ultrapassar os R$ 24.000,00 (vinte e quatro mil reais) e, mesmo assim, por conta da má fiscalização, há salários ultrapassando o limite e atingindo R$ 29.000,00 (vinte e nove mil reais). Reconheço que o Poder Legislativo não é de sua responsabilidade, mas proponho que o senhor, responsável pelo Poder Executivo da União, órgão máximo do Brasil, juntamente com o Ministro Gilmar Mendes, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), dê assistência ao representante do Poder Legislativo, ajudando a expurgar essa crise do Senado. O segundo fator que eu gostaria de abordar são os impostos. Estou consciente de que todos reclamam, mas muitos reclamam sem pensar, sem conhecer a real 26

situação do Brasil. No nosso país, tem de haver mais organização. A China e a Índia cobram muito menos impostos de seus habitantes e, mesmo assim, são países ricos, onde não é preciso serviços particulares, pois a área pública funciona muito bem. Isso acontece porque a verba não para no meio do caminho. Como o Senhor, representante do maior órgão do Brasil, diz não saber de nada? Se o senhor tem conhecimento dessa corrupção, por favor, acabe com ela, pois isso só está prejudicando o Brasil e atrasando o seu desenvolvimento. Toda a população brasileira e eu achamos um absurdo, uma falta de respeito, temos de pagar (e pagar caro!) para termos um bom serviço, um bom atendimento na saúde, pois o Sistema Único de Saúde (SUS) está uma bagunça. Também é superconstrangedor termos de pagar seguranças particulares, para vigiarem nossos bairros, casas e ruas. Outro fator horripilante é a educação. É muito triste ter de pagar altas quantias para termos acesso à educação de qualidade. Isso não tem desculpas, pois há milhares de professores se formando a cada ano. Creio que, se houvesse uma melhora nesses setores, o grande problema de desemprego acabaria. Tem de haver

uma mudança nesse sentido. Não adianta gastar bilhões de reais, em datas inapropriadas, para fazer propagandas e não haver melhoras. Estamos cansados de ouvir promessas e vê-lo viajando pela Europa com o nosso dinheiro. Desde o seu primeiro mandato, há promessas de envio de verbas para a região pobre do Brasil, a região Norte e Nordeste. Hoje em dia, crianças e adolescentes de todas as idades têm de caminhar, tempo bom ou ruim, sol ou chuva, dezenas de quilômetros nas estradas mal feitas, inacabadas e esburacadas do Nordeste para estudar. Quando chegam nas escolas, muitas estão em greve, fechadas, e quando abertas, estão mal pintadas, com paredes, janelas e assoalhos quebrados, sem um espaço adequado para a prática de atividades físicas, com má higiene, má cobertura, má estrutura e falta de segurança e policiamento nos arredores dos educandários. A população, principalmente os estudantes, não pode ser refém desses problemas citados (má condição de transporte público, más condições nas rodovias, má conservação das escolas, salários baixos para funcionários de escolas, o que gera greves, falta de segurança). Essa verba destinada ao Nordeste tem de chegar, pois, afinal de contas,

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Eco Gincana na escola Menino Deus Ao som de “We are the world”, alunos, professores, funcionários e pais encerraram a gincana escolar de 2009, momento de celebração da escola com a trilha do meio ambiente escolhida para integrar a ação Tribos

nas Trilhas da Cidadania, da ONG Parceiros Voluntários. Os alunos desenvolveram diversas atividades na gincana, como pesquisa sobre organizações ambientalistas, paródias musicais com

enfoques ecológicos e brincadeiras saudáveis que favoreceram o clima da confraternização e cooperação. A Eco Gincana foi coordenada pelos professores de Educação Física. Em abril de 2009 a escola criou seu Núcleo de Cidadania e Voluntariado, para oferecer um espaço concreto de prática de cidadania e inserção comunitária. Atualmente 37 alunos das 7ª e 8ª séries integram o núcleo. O lançamento de um marcador de livro com enfoque ecológico e a produção do Jornal Ambiental foram alguns dos trabalhos realizados pelos “tribeiros” do Menino Deus.

Monitores Ecológicos da Oswaldo Cruz em ação CONFRATERNIZAÇÃO: marca da atividade que reuniu alunos, pais, professores e funcionários

São Leopoldo, 1º de julho de 2009.

aquela é a sua terra, aquela é a sua gente, e é de lá que vem a maioria dos seus votos. Cuida da sua gente, cuida do nosso Brasil! Outro ponto do seu governo que quero citar são os programas beneficentes para a população que foram criados. Esses programas, em vez de acabar totalmente com a falta de saneamento básico que existe no Brasil, só abastecem mensalmente ou semanalmente os menos favorecidos, tornando-os dependentes desse tipo de ajuda. Por esse motivo o seu governo vai criando uma moeda de troca. Esses programas de ajuda populacional têm que ter outra finalidade, pois o Governo Lula vai abastecendo os habitantes aos poucos, escravizando-os e com isso, arrecadando votos. Esses programas têm que acabar de vez com a pobreza brasileira, em vez de arrecadar votos por debaixo dos panos. Depois de fazer várias pesquisas, cheguei à conclusão de que deve haver leis mais rígidas contra as ilegalidades cometidas na Amazônia. A nossa floresta é o pulmão do Brasil, das Américas, e considerada, por muitos, como o pulmão mundial. Há queimadas, desmatamentos, retirada ilegal de árvores, e o pior: há muitos países que entram ilegalmente na Amazônia, extraem sementes e outros pro-

dutos naturais encontrados nela e com eles, fabricam cremes, produtos higiênicos, cosméticos... O que vai acontecer é que daqui a alguns anos a população comprará produtos constituídos dos nossos recursos naturais. Iremos pagar por produtos que contêm ingredientes retirados do nosso território. Deve haver criação (e aprovação!) de leis que proíbam esse roubo, multando os infratores e até prendendo-os. Com isso, haverá mais justiça com a luta que milhares de pessoas estão travando e zelando pela preservação do “nosso pulmão”. Vamos salvar a nossa fonte de oxigênio. Como todo cidadão, estou ciente de que seu trabalho está sendo feito, mas como cidadão brasileiro tenho o dever de alertá-lo sobre os horrores cometidos em nossa pátria. Admiro o seu trabalho e sua gestão, e peço, na medida do possível, um autógrafo seu e da sua esposa. Daqui a alguns anos iremos nos encontrar na política, pois sonho, como o Senhor sonhou, em lutar legalmente pelo nosso país. Grato, Frederico Bet

O plantio de mudas de árvore no pátio da escola e a distribuição de mudas para a comunidade no Dia do Meio Ambiente, a visita de turmas à Companhia Municipal de Saneamento – Comusa, e a realização de uma peça de teatro que abordou temas como a valorização da natureza e os direitos e deveres dos cidadãos foram algumas das atividades realizadas pelos Monitores Ecológicos da IENH – Unidade Oswaldo Cruz. O grupo é formado por alunos de 3ª a 5ª série, que organizam estratégias relacionadas ao meio ambiente visando ao exercício da cidadania e à conscientização dos demais alunos na busca pela preservação e valorização da vida. Os estudantes fazem reuniões mensais para discutir as ações e produzir materiais de conscientização.

PLANTIO de mudas na escola: conscientização set/out 2009 – www.sinepe-rs.org.br

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Mudança de hábitos na Unisinos Lançado em março com o objetivo de estimular o uso racional de recursos, o projeto Energia Positiva, da Unisinos, mostra os primeiros resultados. Salas, corredores e banheiros vazios com luzes acesas após o horário de aula são cada vez menos comuns. Já é possível perceber uma mudança de comportamento da comunidade acadêmica em relação ao uso consciente de água, luz e papel. De janeiro a julho de 2009, houve uma diminuição de 5% no consumo de energia elétrica no horário das 18h às 21h e de 4% no restante do dia, em comparação com o mesmo período do ano anterior. “Quando os resultados aparecem, as pessoas percebem que mudar de hábito vale a pena”, acredita Vanderlei Langoni, diretor de Recursos Humanos da Unisinos. O consumo de água apresentou um aumento de 1% em relação ao mesmo período de 2008, parte devido a um vazamento não visível e de grande profundidade solucionado em maio. O resultado, portanto, não é

CRIANÇAS arrecadaram mais de 150 novelos de lã

Renata Stoduto

CONSUMO de energia elétrica caiu 5% entre 18h e 21h

necessariamente negativo. “Mais do que a redução, buscamos um equilíbrio de consumo com um uso consciente”, explica André Cavalheiro, gerente de Serviços de Manutenção e Infraestrutura da Unisinos. As variações climáticas também interferem, e muito, no consumo de energia, como comprovam os números relacionados à Biblioteca. O ambiente, projetado para a conservação do acervo, tem uma conta de energia em particular. “Lá, os sistemas de luz e arcondicionado são automatizados e dependem das condições externas, o que deve explicar o aumento de 9%”, afirma André. O Diretório Central dos Estudantes (DCE) também se engajou no combate ao uso excessivo de recursos e estuda formas de auxi-

Jacaré Legal ensina boas maneiras

Solidariedade que aquece Os alunos do ensino fundamental do Colégio São Carlos, de Caxias do Sul, participaram da “Campanha do Novelo de Lã”, arrecadando mais de 150 novelos que serão utilizados para a confecção de roupas infantis. A campanha foi promovida pelo Grupo de Jovens e Clube de Mães do Colégio São Carlos. As roupas serão doadas às comunidades carentes da cidade, que sofrem com a falta de agasalhos nos períodos de temperaturas mais baixas. 28

liar na divulgação do projeto. Vanderlei ressalta que o campus é um fator de educação ambiental. “Temos um ambiente privilegiado não só em termos de estrutura, mas de cuidado com o meio ambiente, e isso também educa.” A ideia é que, pouco a pouco, a conscientização não se restrinja apenas ao ambiente universitário. Sob o ponto de vista do consumo racional de energia, o ar-condicionado é o maior vilão. Para amenizar o problema, André sugere que as dicas publicadas no site do Energia Positiva (http://www.unisinos.br/energiapositiva) sejam postas em prática. Afinal, o consumo irresponsável de energia leva a um aumento de demanda e, consequentemente, a uma elevação dos impactos ambientais.

CONSCIENTIZAÇÃO é o primeiro passo

Os alunos do 1º ano do ensino fundamental do Colégio Nossa Senhora de Lourdes, de Farroupilha, estão entusiasmados com o projeto “Meu brinquedo reciclado”. Conscientização é a palavra de ordem do trabalho, que desperta a turma para atitudes de preservação ambiental e as brincadeiras saudáveis. O marco da atividade foi a confecção do Jacaré Legal, um fantoche muito esperto que mostra às crianças atitudes de cortesia, boas maneiras e estratégias para ampliar as amizades.

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Nos dias 13 e 15 de julho, os alunos da Escola Marista Medianeira, de Erechim, promoveram a “Maristarde Solidária”, projeto que alia arte, cultura e consciência social. Depois de um mês de trabalho, os alunos apresentaram peças teatrais no tradicional Festival de Inverno da escola, recolhendo um quilo de alimento não perecível como ingresso. Foram arrecadados 700 quilos de alimento. O festival é realizado desde 2001. As peças deste ano foram apresentadas aos alunos da Educação Infantil e Ensino Fundamental do Colégio Estadual Prof. Mantovani, da Escola Normal José Bonifácio e da Escola de Educação Infantil Ruther Von Muhlen. No dia 22 de julho, representantes da Pastoral da Catedral São José estiveram presentes na escola para receber, da direção e dos alunos, as doações realizadas pelos estudantes que prestigiaram os dois dias de cultura e solidariedade. Segundo a vice-diretora Idília Taglietti, idealizadora e coordenadora do projeto, é uma bela ação de criança para criança. “Com a colaboração dos alunos das escolas que prestigiaram as tardes artístico-culturais, e com as apresentações feitas pelos alunos da Escola Marista Medianeira, realizamos uma ação solidária que ficou marcada no coração das crianças. Acreditamos contribuir na formação de uma geração solidária e preocupada com o futuro do país.”

SUCESSO no festival: 700 quilos de alimento arrecadados

recorte e colecione

Show de cultura e solidariedade

Projeto Educação em Revista apresenta neste espaço exemplos de ações práticas na área socioambiental. Com o objetivo de facilitar o uso prático das ações relatadas, o leitor poderá recortar a seção.

Alunos desenvolvem consciência ecológica por meio da arte

Arte e cidadania podem ser boas parceiras quando o assunto é ensinar a preservar o meio ambiente. Foi o que mostrou o projeto realizado pela professora de Artes do Colégio Santa Teresinha, de Campo Bom, Hebe Cardoso, com a turma 71, da 7ª série. Para mostrar na prática os conceitos da arte efêmera, os alunos realizaram trabalho com lixo, envolvendo toda a comunidade escolar. “Na arte efêmera o que importa são os seus processos de constituição e o conceito que elabora, e não seu produto final. Ela é consumida de forma rápida, tem curta durabilidade”, explica a professora. Para entender melhor esta linguagem, o primeiro passo foi preencher os continentes do mapa-múndi com embalagens descartáveis.

Para desenvolver essa atividade, os alunos pesquisaram sobre o lixo no Planeta, avaliando continentes e oceanos. “Nas pesquisas, o lixo era dos ‘outros’, estava lá no Pacífico, longe. Assim, a responsabilidade também era dos outros, do governo, das ongs. Para mudar esta ideia, usamos o Google set/out 2009 – www.sinepe-rs.org.br

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Earth para aproximar o olhar para nossas casas, nosso entorno. E lá encontramos também muito lixo, principalmente sacolas plásticas”, relata Hebe. Durante uma semana os estudantes guardaram sacolas sem utilização em suas casas. Ao final da tarefa, trouxeram mais de cem sacolas para a sala de aula. “Eles ficaram surpresos com a quantidade de lixo que acumulamos nas nossas próprias casas.” A segunda etapa do projeto foi a conscientização da comunidade escolar para o problema. Usando novamente o conceito de arte efêmera, foram construídas três grandes teias, formadas por sacolas plásticas, colocadas nos corredores da escola. A ideia era mostrar que “a teia atrapalha o caminho?, e que a quantidade de sacolinhas que usamos, em algum momento, atrapalhará o caminho!”. ALUNOS trabalharam junto às sinaleiras e próximo ao shopping

Rede Franciscana Bernardina abraça causa do câncer infantil

Outra ação da turma foi a confecção de sacolas de pano para serem distribuídas na escola. O material recebeu um logotipo produzido pelos estudantes, simbolizando a luta pela utilização de sacolas retornáveis

Se a sua escola realizou alguma atividade diferente e inovadora como esta, mande para nós! Ela pode ser publicada nesta seção e servir de exemplo para outras instituições.

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As ruas ganharam um colorido solidário no McDia Feliz de 2009. O Colégio Maria Imaculada e a Escola Menino Deus se engajaram na tarefa de conscientizar as pessoas para um gesto de solidariedade. Oitenta alunos das duas escolas trabalharam ao longo do dia nas sinaleiras e nas calçadas perto do Shopping Praia de Belas, e revelaram uma liderança ativa no convencimento da população a se associar numa causa que deve ser de todos. Foram dez mil panfletos entregues com a marca do Instituto do Câncer Infantil. O McDia Feliz é um dos projetos sociais da instituição. A renda será destinada às obras da nova Casa de Apoio da entidade. Há sete anos o Maria Imaculada desenvolve um intenso trabalho de cidadania por meio do seu Centro de Voluntariado Juvenil. Em 2009, a Escola Menino Deus criou o seu Núcleo de Cidadania e Voluntariado. Atualmente, 250 jovens integram os dois projetos da Rede Franciscana Bernardina de Educação.

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Ensino privado estará presente na Feira do Livro de Porto Alegre

ORIENTAÇÕES e divulgação das atividades no estande do SINEPE/RS

Entre os dias 30 de outubro e 15 de novembro, o SINEPE/RS estará presente na 55ª Feira do Livro de Porto Alegre com estande na Área Infantil e Juvenil do Cais do Porto, em frente ao Território das Escolas. Há dez anos no evento, nesta edição o sindicato traz inovações para destacar a participação do ensino privado na Feira. O estande contará com um espaço para a divulgação das atividades das escolas, como sessões de autógrafos, lançamento de livros, apresentações artísticas, encontros com autores, contação de histórias e visitações. Para participar, as instituições devem enviar o material para o setor de comunicação do SINEPE/RS pelo e-mail

Concórdia apresenta case de gestão Os resultados obtidos com a implementação do planejamento estratégico serão apresentados pelo Colégio Luterano Concórdia, de Canoas, no Relato de Práticas de Gestão, dia 30 de outubro, na sede do SINEPE/RS. O evento chega à 61ª edição com o objetivo de mostrar as melhorias obtidas com as práticas de gestão educacionais e oferecer uma troca de experiências entre as instituições de ensino. O Relato ocorre das 9h às 12h e a inscrição é gratuita para sócios. Em 2007, o Colégio Luterano Concórdia iniciou o trabalho de consultoria em gestão sob orientação do SINEPE/RS com o objetivo de implementar o Planejamento Estratégico até 2012. "A busca de orienta-

ção especializada deu-se em função da consciência de que a qualificação e o aprimoramento do trabalho devem ser constantes em todas as áreas", justifica o diretor Celso Jancke. Entre os primeiros resultados do trabalho, a contratação de uma pessoa responsável pelo setor de cobrança, iniciativa que resultou num menor índice de inadimplência. A infraestrutura da escola também recebeu melhorias, como a cobertura da quadra de esportes no prédio da educação infantil e séries iniciais. O alto índice de satisfação da comunidade escolar mostrado em pesquisa realizada com pais e alunos demonstra a efetividade do planejamento estratégico. "Mais um ponto que agregou valor ao processo de gestão", afirma Jancke.

QUADRA de esportes recebe cobertura

comunicacao@sinepe-rs.org.br, com no mínimo três dias de antecedência à atividade realizada. Uma das atrações para os visitantes será o sorteio diário de livros infanto-juvenis. Para participar, basta preencher o cupom e depositar na urna do estande. Os vencedores serão divulgados no programa "Gaúcha Entrevista", da Rádio Gaúcha, apresentado pelo professor Ruy Carlos Ostermann das 16h às 17h. Também serão distribuídos brindes institucionais e exemplares da Educação em Revista. Orientações sobre a programação voltada às escolas e aos educadores durante a Feira estarão disponíveis no estande.

Identificação e mapeamento de processos em seminário O SINEPE/RS promoverá, nos dias 21 e 22 de outubro, o Seminário de Identificação e Medição de Desempenho de Processos, na sede da entidade. O gerenciamento por processos é, hoje, o modelo de gestão mais recomendado para garantir eficácia e eficiência nas organizações. A instrutora e especialista em Gestão pela Qualidade Irene Szyszka apresentará as metodologias para auxiliar na identificação dos processos, entender os conceitos de mapeamento e encontrar indicadores de medição desses processos nas instituições de ensino. "A identificação não é simples. É preciso olhar a organização de fora para dentro. No programa, iremos mostrar um conjunto de passos que vão auxiliar as organizações a construir um mapa de processos", afirma Irene. A capacitação é voltada a gestores e profissionais de instituições educacionais associadas ao sindicato. Mais informações pelo e-mail secretaria@sinepe-rs.org.br ou pelo telefone (51) 3213-9090.

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É necessário reinventar Instituições de ensino superior tradicionais revisam seus processos para enfrentar um novo modelo de concorrência A entrada de novas redes de ensino superior no mercado exige a readequação das instituições tradicionais, que passaram a enfrentar, nos últimos anos, um novo modelo de concorrência. Os diferenciais trabalhados até então frente às demais instituições perderam espaço para uma nova realidade, a de otimização de processos, que busca aliar a eficiência ao baixo custo. O diretor de marketing da Unisinos, Rogério Delanhesi, acredita que o foco das novas redes é bem estabelecido: levar um atendimento qualificado ao público de classe C que tenha condições de pagar uma mensalidade entre R$ 300 e R$ 400. Mercado que as instituições tradicionais passaram a al-

mejar nos últimos anos. “A universidade tradicional também necessita desse público. No caso da Unisinos, não só em relação à sustentabilidade, mas à missão da universidade”, alega. A vantagem das novas redes é a alta produtividade. Conforme o consultor em gestão estratégica Oscar Kronmeyer, elas trazem um “pacote de educação”, um processo muito elaborado de executar educação, particularmente a educação superior. “As grandes redes têm produtos padronizados, instrumentos de educação padronizados, inclusive o conteúdo de cada disciplina, aplicado de uma maneira idêntica em todo o País. Isso traz uma redução de custos significativa.” Além disso, ele aponta a ques-

tão logística, que influencia o público-alvo, na maioria pessoas que trabalham das 8h às 18h e procuram instituições próximas. “Estas instituições se distribuem em endereços onde há mais oferta de alunos em busca ensino superior.” O que devem fazer as instituições tradicionais para compensar esta produtividade elevada obtida pela padronização dos processos, muitas vezes somada à localização privilegiada das novas redes? Para Kronmeyer, os caminhos a seguir já estão definidos. “Ou a instituição tradicional baixa custos, e vai ter problemas, porque não tem uma estrutura multicampi da mesma dimensão dos grandes grupos, ou terá que fazer ofertas mais regionalizadas para poder manter a sua estruEvelise Morais/UniRitter

INVESTIMENTO constante em pesquisa e infraestrutura garante a qualidade das instituições tradicionais, que buscam produtos inovadores

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Renata Stoduto/Unisinos

tura de custo e preço mais elevada.” A competição entre custo e diferenciação não é novidade. E na disputa pela fatia do bolo ocorre a mudança. “Num primeiro momento, a gente entende esta entrada como concorrência, mas num segundo momento esta ameaça cria a oportunidade de desenvolvimento de produtos e serviços que possam reter nossos alunos e conquistar de forma mais competente o mesmo público que esses consolidadores estão buscando”, afirma Delanhesi. É neste diferencial que aposta Kronmeyer, já que as grandes cadeias têm abrangência nacional, e até mesmo internacional, e não se preocupam em adequar-se ao mercado local da mesma forma que as tradicionais. “As instituições tradicionais vão ter de oferecer produtos inovadores, com uma permanente adequação ao aluno, ao desejo das comunidades em que atuam, lançando permanentemente produtos sintonizados com esse ambiente”, alerta o consultor. Ele acredita que as grandes redes não são tão ágeis neste sentido. Lançam produtos nacionalmente e não têm sensibilidade nem interesse em fazer diferente. Não conseguem sustentar a estrutura de custos mais baixos e ofertar produtos diferenciados para cada uma das regiões. O pró-reitor de pesquisa e extensão da UniRitter, Sidnei Renato Silveira, aponta a qualidade das instituições tradicionais como arma para reverter esta ameaça, para ele temporária. “Acredito que num primeiro momento os alunos possam migrar, mas depois voltam, porque essas novas instituições vão cobrar menos e oferecer menos serviços agregados. Não tenho visto nenhuma dessas redes trazer algo além do preço baixo”, observa. Convênios com empresas, descontos e cursos tecnológicos, com duração de dois anos, são algumas das estratégias apontadas por Silveira para a captação de alunos. Mas nenhuma delas substitui a qualidade das instituições tradicionais, que investem constantemente em pesquisa e infraestrutura. “As tradicionais trabalham pela excelência em pesquisa, investem na qualificação docente para manter em seus quadros professores com mestrado e doutorado, esperando que o público que possa pagar opte pela qualidade em detrimento do preço.” A pró-reitora de graduação do Centro Universitário Metodista (IPA), Regina Magna Bonifácio de Araújo, afirma que os investimentos em pesquisa e cursos de extensão

A COMPETIÇÃO entre custo e diferenciação não é novidade. A disputa estimula a mudança

cresceram muito nos últimos anos para, além de atender à demanda regional, garantir a formação qualificada de profissionais. “Capital humano”, explica Kronmeyer. Pessoas que detêm competências, conhecimento e habilidades dos modernos processos de trabalho que as instituições exigem. “Hoje temos muitas pessoas com formação superior, mas que ainda têm deficiências em relação às competências”, observa. Delanhesi afirma que os grandes grupos não conseguem, pelo formato e tempo de atuação, colocar dentro de sala de aula o valor que as instituições mais antigas têm, em função dos seus investimentos em pesquisa. “Um dos desafios de uma universidade como a Unisinos é fazer com que as pessoas que estão na sala de aula percebam o valor que isso tem.” No entanto, acredita que as novas redes são competentes, à medida que entregam, por um menor preço, aquilo que prometem. Um exemplo de eficiência que deve ser seguido pelas instituições tradicionais. “As universidades têm que de alguma forma se readequar em termos de estrutura e até de proposta pedagógica para conseguir entregar com igual ou melhor qualidade um produto por este novo preço, ou por um preço parecido. Se ‘ela’ está conseguindo atender, por que eu não consigo? É uma grande ameaça, mas um estímulo a fazer diferente.” Kronmeyer concorda. Mas aponta

restrições. “Preço baixo também é uma qualidade. Não quero negar. As instituições tradicionais também podem fazer algum movimento nesse sentido. Ser mais eficiente é obrigação de toda a instituição. Mas não no sentido de competir por preço baixo, e sim de justificar o seu diferencial face a uma oferta de valor superior.” Para o consultor, a estratégia de reposicionamento das instituições tradicionais é insistir e fortalecer a inovação e a diferenciação. Silveira acredita na necessidade de reestruturação. Ele afirma que apesar de estarem se preparando para enfrentar a nova concorrência, com investimentos constantes, as universidades tradicionais precisam de mais velocidade para acompanhar as mudanças do mercado. “Com currículos mais curtos, inserções de novas tecnologias, EAD. Nesse aspecto, as mais novas chegaram mais bem preparadas, porque não têm preconceito. Estão mais abertas a coisas novas, enquanto as tradicionais continuam resistentes a essas mudanças.” Em 2004, a Unisinos redimensionou sua estrutura administrativa para se preparar para a nova situação de mercado que já vinha vislumbrando naquela época, e que está se concretizando agora. “Mas tem a discussão de um novo modelo em processo”, afirma Delanhesi. O que não se discute mais é a necessidade de reinvenção. Só assim será possível se manter neste novo mercado. set/out 2009 – www.sinepe-rs.org.br

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Ex-alunos da IENH vencem Festival de Teatro de Gravataí

OBRAS inéditas foram apresentadas aos colegas

Pequenos escritores em Sapucaia O projeto Leitura, desenvolvido na Escola Nossa Senhora de Fátima, de Sapucaia do Sul, convidou professores e alunos a saírem da rotina para explorar o tempo de leitura destinado às crianças dentro da sala de aula. Os alunos do 1º ano do ensino fundamental tiveram o seu repertório de textos ampliado e conheceram novos autores, ilustradores e editores. A partir das novas descobertas, as crianças passaram a fazer parte do processo de criação. Deixaram de ser ouvintes para se transformar em escritores. Cada um, dentro do seu nível de leitura e escrita, criou sua própria obra. As artes plásticas fizeram parte do projeto, pois os pequenos tornaram-se também ilustradores. Livros de literatura infantil, gibis, livros didáticos, minilivros, livros gigantes e histórias cantadas fizeram parte do trabalho. Todos os dias dois leitores tiveram a oportunidade de ler, reler ou recontar a seu modo a leitura que queriam partilhar com os colegas. Houve, então, um grande amadurecimento no desenvolvimento da aquisição da leitura e escrita, pois a atividade não ficou guardada na gaveta, mas instrumento de encantamento do grupo. 34

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O grupo de teatro "Não Temos Nome Ainda", formado por ex-alunos da Instituição Evangélica de Novo Hamburgo – IENH e dirigido pelo professor de teatro Fábio Ferraz, foi o grande premiado da nona edição do Festival Estadual de Esquetes Teatrais de Gravataí. O evento aconteceu no teatro do SESC, entre os dias 2 e 5 de setembro. A esquete "Andreuccio da Peruggia" foi escolhida como o melhor espetáculo do festival e levou os troféus de melhor ator, para Carlos Mateus de Souza, melhor atriz coadjuvante, para Fernanda Wheisseimer Snel, melhor cenário, melhor figurino e melhor direção, para Fábio Ferraz. O grupo recebeu ainda medalhas pela indicação para maquiagem, criada por Elário Kasper, iluminação, criada por Anderson Zang, e trilha sonora,

criada por Fábio Ferraz. Andreuccio da Perugia é uma adaptação para o teatro da obra Decameron, de Giovani Bocaccio, e traz para o palco as artimanhas dos habitantes de uma vila napolitana medieval e o alvoroço causado pela chegada de um rico herdeiro a esta cidade. O "Não Temos Nome Ainda" é um grupo amador criado na IENH. Sabendo da importância do teatro na sociedade, a instituição abriu as portas para que esses alunos se reúnam para estudos e ensaios teatrais nos finais de semana. Segundo o Professor Fábio Ferraz, este grupo representa os mais de cem alunos que cursam as oficinas de teatro da IENH desde a primeira série do ensino fundamental até a terceira série do ensino médio, e os prêmios são um reconhecimento pela seriedade com que o teatro é tratado na instituição.

PRÊMIOS são um reconhecimento à seriedade do trabalho

CLAK presente em festivais nacionais Os filmes produzidos em 2008 pelos alunos do Ensino Médio do Colégio Luterano Arthur Konrath, de Estância Velha, participam de dois festivais nacionais de vídeo estudantil: o "8º Festival de Vídeo Estudantil: Mostra de Cinema de Guaíba" e o "Santa Maria Vídeo e Cinema". Anualmente o colégio realiza o projeto Cinemando, com a produção de filmes de até 20 minutos pelos alunos, que são apresentados à comunidade. A próxima sessão será realizada no dia 18 de novembro. No ano passado, o filme "MEIT", com direção da aluna Vitória Giacomolli, do 3º ano do ensino médio, recebeu o prêmio de segundo melhor filme na Categoria Ficção da 7ª Mostra de Cinema Estudantil de Guaíba. RELEITURAS mostram o talento dos jovens artistas

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Transformação social pela música A Unisinos lançou oficialmente, no dia 4 de setembro, uma iniciativa conjunta com a mantenedora Associação Antônio Vieira (Asav) e o Colégio Anchieta que visa à transformação social por meio da música. Inspirado no bem-sucedido projeto venezuelano El Sistema, o "Vida com Arte" simboliza o primeiro passo de uma longa caminhada de inclusão cultural e atenderá 180 crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. O objetivo é oportunizar a esses jovens o acesso ao aprendizado da música, como forma de convívio social e futura possibilidade de empregabilidade, por meio de oficinas de violino, viola, violoncelo, contrabaixo, percussão, canto e flauta. O projeto, que também contempla séries de Concertos Comunitários e Concertos Didáticos, executados pela

Orquestra Unisinos, atenderá três núcleos em São Leopoldo e um em Porto Alegre: Escola Municipal Santa Marta, Cruz Vermelha, Antiga Sede Unisinos e Osicom (Porto Alegre). O regente da Orquestra Unisinos, Evandro Matté, destaca que embora o projeto tenha a prática musical como eixo de sua ação socioeducativa, o mesmo tem um processo pedagógico permeado pela noção de coletividade e da multiplicidade de contextos. "Esse processo possui um sistema de trocas baseado em valores simbólicos e materiais ligados às práticas musicais, extrapolando-as, assim como oferece a possibilidade de constituir redes de sociabilidade, transformando hábitos e valores das crianças e jovens e apresentando perspectivas novas de desenvolvimento."

VIDA com Arte atenderá 180 crianças

A cerimônia que marcou o início do projeto Vida com Arte foi realizada no miniauditório da Biblioteca e teve a participação da Orquestra Unisinos, de representantes dos núcleos parceiros, patrocinadores, apoiadores e algumas das crianças beneficiadas, que tiveram a primeira aproximação com a música.

Aventura e fantasia na Feira do Livro da Rede Romano

URSO com Música na Barriga foi o mascote do evento

A Rede Romano de Educação promoveu a Feira do Livro nas três unidades. No Colégio Romano I – Unidade Senhor Bom Jesus, foi realizada a 3ª edição. A novidade ficou por conta dos Colégios Romano II e III – Unidades São Mateus e Santa Marta, que realizaram o evento pela primeira vez. Os alunos de 1ª a 4ª série do ensino fundamental escolheram, por votação, o mascote da biblioteca, a partir da Contação de Histórias das obras de Erico Verissimo. No São Mateus, o mascote escolhido foi o Avião Vermelho, e no Colégio Santa Marta, o Urso com Música na Barriga. O Urso com Música na Barriga, já mascote do Colégio Romano I, foi o mestre de cerimônias do evento. Paralelamente à feira, a Rede Romano promoveu o concurso Corredores Poéticos, com o tema "A Paz é fruto de...", que serviu de inspiração para a criação de poemas entre alunos, professores e funcionários. O projeto Pequeno Escritor, em parceria entre a Rede Romano e a editora Edelbra, foi uma das atrações do evento: alunos das 4as séries publicaram seu primeiro livro. Em cada um dos colégios foi realizada uma sessão de autógrafos com os pais, servindo de estímulo para novas criações literárias.

Glória promove leitura em família O Instituto de Educação Franciscana Nossa Senhora da Glória, de Carazinho, juntamente com a bibliotecária Liziane Gasparotto Pedrozo, lançou o projeto "Sacola Literária" para os alunos do ensino fundamental. O objetivo é resgatar a leitura em família, um importante incentivo aos estudantes. Além do exercício intelectual partilhado, a leitura entre pais, filhos, irmãos, tios e avós agrega o componente afetivo de maneira muito forte, fortalecendo o ato de ler. A Sacola Literária contém um livro de leitura infantil, um dicionário e um caderno para realização das atividades. As atividades a serem realizadas estão descritas na primeira página do caderno, sendo diferenciadas de acordo com a série. O contato com as histórias infantis proporciona às crianças a oportunidade de ampliar, transformar e enriquecer suas próprias experiências de vida. Degustar, saborear, inventar, viajar e visitar são caminhos que a "Sacola Literária" está trazendo a todos os alunos.

SACOLA Solidária: atividades diferenciadas de acordo com a série set/out 2009 – www.sinepe-rs.org.br

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A Locomotiva da Poesia Os alunos da 5ª série, turma 151, do Colégio Romano III - Unidade Santa Marta participaram do projeto de literatura "Locomotiva da poesia". Durante um trimestre os alunos tiveram contato com as obras de Mario Quintana, Vinicius de Moraes, Sérgio Caparelli e outros autores reconhecidos, e então produziram seus próprios poemas. A construção da locomotiva foi realizada em conjunto: cada aluno foi responsá-vel por seu próprio vagão (uma caixa de sapato revestida), que foi lacrado até a semana da Feira do Livro. Nas semanas seguintes, cada aluno foi responsável por produzir um poema e escolher outro de um autor, recomendado pelo professor, e distribuir para quatro colegas. Estes poemas foram colocados nas caixinhas sem que os colegas conheces-sem o conteúdo. A expectativa criou um cenário mágico em sala de aula. Todos contavam os dias para que os vagões estivessem juntinhos formando a Locomotiva, pois aí poderiam abrir suas caixinhas e saber o que havia lá dentro. E assim foi feito. A alegria da descoberta somou-se à emoção de ler uma a uma as poesias.

PEDRO e Rafael: grafiteiros e professores de “disciplina” inovadora no ensino médio

A arte do grafite no Sinodal Tiradentes Arte, língua portuguesa e história foram unidas por meio do grafite no Colégio Sinodal Tiradentes, em Campo Bom. Os alunos da 7ª série do ensino fundamental ao 1º ano do ensino médio tiveram a oportunidade de conhecer de perto esta arte pelo trabalho de Pedro Corrêa e Rafael Jung, da 5ª Galáxia Arts, de Novo Hamburgo. A dupla foi ao colégio para falar aos alunos sobre o grafite, explicou sua origem e seu objetivo, e fez um trabalho no muro da escola, dando sequência a uma série de atividades ligadas a esta arte que estão sendo desen-

volvidas nas turmas. Os alunos da 8ª série estão estudando o grafite, com trabalhos que compreenderam, inclusive, o registro fotográfico de grafite e pichações, com a respectiva comparação entre os dois. Os alunos da 7ª série, acompanhados pela professora de português Maria Inês, também participaram deste momento como complemento da leitura do livro "O Grito do Hip Hop", assim como os alunos do 1º ano do ensino médio, que enriqueceram seus estudos de sociologia a respeito das diferentes culturas urbanas sob a orientação do professor Ricardo.

Bate-papo com escritora em Farroupilha No dia 21 de agosto, a escritora paulista Telma Guimarães Castro Andrade visitou o Colégio Nossa Senhora de Lourdes, de Farroupilha, para um bate-papo com os alunos, que fizeram previamente uma análise das suas obras. Telma falou sobre o difícil início de sua carreira como escritora, sobre o tempo que passa escrevendo ou reescrevendo suas obras e também das leituras que faz diariamente a fim de buscar conhecimento e inspiração para novas histórias. As 3ª séries do ensino fundamental trabalharam a história "Achados e perdidos", as 4ª séries anali- SESSÃO de autógrafos para os saram "Toninho". Para as 5ª e 6ª séries, histórias de pequenos leitores suspense: "O sumiço do chantili" e "Mistério no sebo de livros", respectivamente. "Redações Perigosas" e "Redações Perigosas II - A fome", que abordam questões sociais como uso de drogas, violência, corrupção, educação e fome, foram as narrativas escolhidas para as 7ª e 8ª séries. Após o bate-papo, a escritora realizou uma sessão de autógrafos.

EMOÇÃO ao descobrir o conteúdo dos vagões

Das páginas dos livros para as telas do cinema O Colégio Nossa Senhora de Lourdes, de Farroupilha, realizou mais um Sarau Literário no dia 17 de julho. Com o tema "Das páginas dos livros para as telas do cinema", a atividade contou com a participação dos alunos de 5ª a 8ª séries do ensino fundamental e de 1ª a 3ª séries do ensino médio. Professores, coordenadores e a direção também responderam pelo sucesso do projeto. Alladin e Quatrilho foram algumas das obras contempladas. O objetivo de despertar e incentivar o gosto pela leitura foi alcançado. 36

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OBRAS para todos os gostos e idades

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Colégio Israelita inaugura cidade-laboratório Oferecer aos alunos a oportunidade de experimentar diariamente, e na prática, a organização política e social fora do ambiente educacional. Este é o objetivo do Colégio Israelita Brasileiro, de Porto Alegre, que construiu uma cidade real dentro do espaço escolar, a Ir Ktaná, cidade pequena em hebraico. O projeto, que compreende um conjunto urbano de 500 m² de área construída, foi apresentado ao público no dia 23 de setembro. A cidade-laboratório reproduz de maneira fiel os principais ambientes de uma sociedade urbana organizada. A construção tem prédios em tamanho real que chegam a 7 metros de altura. O "município" possui prefeitura, câmara de vereadores, moeda própria, carteira de identidade, ruas sinalizadas e 10 núcleos, entre eles, um banco, um supermercado, um centro cultural, uma empresa multimídia e uma loja para comercialização

de produtos tributados pela prefeitura da Ir Ktaná. A administração da cidade está nas mãos dos próprios estudantes, em sua maioria de 6 a 10 anos, supervisionados por educadores. "A Ir Ktaná será utilizada diariamente como uma extensão da sala de aula e, principalmente, como uma ferramenta poderosa na formação de cada aluno como cidadão ativo, empreendedor e consciente da vida em sociedade desde as séries iniciais", explica Mônica Timm de Carvalho, diretora geral da escola. Real em todas as suas dimensões, a Ir Ktaná também ganhou um site próprio: www.cidadelaboratorio.com.br, para que toda a comunidade escolar possa manter contato com a cidade, conhecer melhor as atividades promovidas e o projeto pedagógico

PRODUTOS desenvolvidos na incubadora da Ir Ktaná à venda no supermercado

por trás de sua criação. No site é possível acessar o blog do projeto, ver fotos e acompanhar o dia a dia dos alunos.

Arthur Konrath integra pesquisa, experimentação e conhecimento

ATIVIDADES diferenciadas de acordo com a faixa etária

VI Olimpíada de Matemática no Concórdia O Colégio Concórdia, de Porto Alegre, realizou, no dia 12 de setembro, a VI Olimpíada de Matemática, evento que promove integração e exercício da lógica por meio de brincadeiras. Jogos matemáticos como Lego e Tangram são usados para explorar o raciocínio dos participantes. Participam da Olimpíada de Matemática os alunos do ensino fundamental e do ensino médio, com atividades diferenciadas de acordo com a faixa etária. Segundo a professora Estela, coordenadora do Departamento de Matemática, os alunos a cada ano chegam mais motivados, trazendo também seus familiares para participarem da Olimpíada.

No dia 25 de setembro, foi realizada a III Mostratec no Colégio Arthur Konrath, com o tema "Sociedade e Meio Ambiente: Revitalizando o mundo". Paralelamente a este evento, o colégio criou a Mostraclak, com o objetivo de promover a integração entre a pesquisa, experimentação e transmissão de conhecimentos, fazendo com que os alunos vivenciem e compartilhem suas construções, e avaliem a importância do desenvolvimento tecnológico aliado à preservação ambiental. Os alunos assistiram à palestra dos biólogos Lucas K. de Oliveira – Impactos ambientais da ocupação humana – e Isabel Cristina Claas – Os impactos ambientais e o papel da sociedade. Em 2008, a Mostraclak passou a ser uma feira afiliada à Mostratec, feira de abrangência regional que conta com a participação de alunos de escolas públicas e particulares de Estância Velha, Novo Hamburgo, Ivoti e Portão. Neste ano a feira teve a participação de 28 trabalhos preparados pelos alunos do CLAK, do Colégio 8 de Setembro, de Estância Velha, do Colégio Cenecista de Novo Hamburgo e do Colégio Wolfram Metzler, de Novo Hamburgo, nas áreas de Física e Química, Tecnologia da Informação, Meio Ambiente e Conhecimentos Múltiplos. 28 TRABALHOS foram apresentados na feira

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Alimentação saudável na adolescência

ESTUDANTES preparam e degustam alimentos mais nutritivos

Os hábitos alimentares adquiridos na infância e na adolescência são fundamentais para que se mantenha uma alimentação saudável durante toda a vida. Para não descuidar desses costumes, o Colégio La Salle Santo Antônio de Porto Alegre desenvolve o projeto Culinária, com os estudantes do ensino médio. Os alunos desenvolvem estudos a fim de entender a necessidade de uma alimentação equilibrada. Sob a coordenação da professora Neidi de Oliveira, eles também preparam e degustam refeições mais nutritivas, que podem ser acrescentadas às rotinas alimentares de cada um. Os adolescentes envolvidos nas ativi-

dades descobrem um novo universo de conhecimento, cultura, economia e saúde. Eles compreendem os processos envolvidos na alimentação, desde a preparação das refeições até o significado da reunião das pessoas em torno da mesa, a fim de compartilharem o momento. O projeto Culinária envolve as disciplinas de Língua Portuguesa, Química, Biologia, Educação Física e Matemática, com ênfase na pesquisa e no trabalho cooperativo nos grupos de estudo. As descobertas e construções teóricas e práticas dos estudantes são registradas no ambiente de aprendizagem Sócrates, e podem ser acessadas no endereço http://www.vdl.ufc.br/socrates.

La Salle Dores inaugura novos espaços O Colégio La Salle Dores de Porto Alegre aproveitou o recesso prolongado das férias de inverno para fazer melhorias em suas dependências e construir novos espaços. A educação infantil e o turno integral ganharam um novo prédio. Com quatro andares, oferece mais quatro salas de aula, banheiros adaptados, playground e terraço com churrasqueira. Foi instalado, também, um elevador central, e as escadas foram adaptadas com rampas de acesso e corrimãos. Foram construídos novo refeitório e nova cozinha, mais amplos, para oferecer mais conforto aos alunos.

OBRAS são fonte de inspiração na tela do computador

Animações no La Salle Santo Antônio

AMBIENTES mais amplos e facilidade de acesso

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As turmas de 8ª série do Colégio La Salle Santo Antônio de Porto Alegre realizam desde 2006 o projeto Tela Plana, com a produção de vídeos de animação sobre conteúdos trabalhados em sala de aula. Envolvendo as disciplinas de Artes, Física, Química e Língua Portuguesa, o Tela Plana nasceu de uma parceria entre o Núcleo de Informática Educacional e os professores de Artes da escola. O projeto estimula a criatividade, a busca pelo conhecimento e o uso da tecnologia como ferramenta de aprendizagem. O desafio maior é fazer com que os estudantes criem a animação a partir do que trabalharam em aula, utilizando programas simples como o Paint – para fazer os desenhos – e o Movie Maker – para montar o vídeo. As temáticas desenvolvidas no Tela Plana passaram pela Campanha da Fraternidade e pelos Gênios da Ciência e, hoje, chegam ao universo da Arte. Em duplas, os alunos pesquisaram a vida e as obras de grandes pintores e escolheram uma dessas obras para, a partir dela, desenvolverem uma história.

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Matemática pelo Tangram Trabalhar identificação, comparação e classificação das formas geométricas planas é o objetivo do projeto desenvolvido pela professora de matemática do ensino fundamental Norma da Silveira com os alunos da 5ª série do Colégio Marista São Pedro, de Porto Alegre. Para integrar jogos educativos ao aprendizado foi utilizado o Tangram, quebracabeça chinês de origem milenar. O quebra-cabeça é formado apenas por sete peças com as quais é possível criar e montar cerca de 1.700 figuras entre animais, plantas, pessoas, objetos e outras formas. A regra do Tangram é usar as sete peças em qualquer montagem colocando-as lado a lado sem sobreposição. Por meio deste trabalho, é possível desenvolver no educando habilidades como a visualização, percepção espacial, análise, desenho e construção. Para Natália Rossoni, aluna da turma 151, a alternativa ajuda no aprendizado. "Desse jeito fica mais fácil. Dá mais vontade de aprender." SETE peças podem gerar mais de 1.700 figuras

Meninos "maluquinhos" em análise Atividade prática de Matemática Os alunos da 8ª série do Colégio Madre Júlia, de São Sepé, fizeram a medição dos brinquedos da pracinha, da fonte e de todos os objetos do pátio da escola que apresentam formas geométricas de figuras planas, para o cálculo de áreas de suas partes. A atividade foi orientada pela professora Luiza Figueiredo, com o objetivo de despertar o interesse pelo estudo das áreas e aplicar os conhecimentos aprendidos na sala de aula em situações concretas: aprender a medir e situar os objetos dentro do espaço disponível. Os alunos se empenharam no trabalho, encontrando várias formas geométricas: quadrados, triângulos, losangos, trapézios, hexágonos, círculos, semicírculos e figuras compostas. A próxima etapa é fazer uma maquete da pracinha.

MEDIÇÕES para aprender geometria

A obra O Menino Maluquinho, de Ziraldo, foi base para um projeto das professoras do 2º ano do ensino fundamental do Colégio Romano I – Unidade Senhor Bom Jesus, de Porto Alegre, que buscaram aproximar a realidade dos alunos à do "maluquinho" para que eles pudessem explorar mais a infância. Foram trabalhados nas atividades expressões, ditos populares, sentimentos, experiências, medos, brincadeiras, esportes e a convivência em turma. Os alunos analisaram as características de um menino que vive plenamente a sua infância, que "tudo pode" e "tudo sabe". As crianças puderam debater e explorar o senso crítico-reflexivo, discutir e interagir no grupo.

DEBATE e senso crítico com o "tudo pode"

Um supermercado na escola Os alunos da Escola Sagrado Coração de Jesus, de São Leopoldo, estão participando do projeto Hipermercado Sagradão, uma experiência em que o estudante tem uma prática real dos itens que orientam uma boa compra. O "hipermercado" é equipado com balanças, produtos etiquetados, cestas de compras, carrinhos, máquina registradora e cédulas monetárias, e "atende" crianças do maternal ao 5º ano do ensino fundamental. O objetivo é aproximar o aluno de experiências com economia, sistema monetário, as quatro operações matemáticas, impostos, marcas e logotipos, valores nutricionais, validade dos produtos, entre outras situações importantes ligadas à operação comercial num supermercado. Conforme a diretora da escola, Ires Samistraro, as professoras viam a necessidade de incluir na rotina escolar do estudante uma vivência mais objetiva, em que a teoria estivesse aliada à prática. "Por meio do projeto, nossos alunos estão se capacitando de uma forma divertida para um aprendizado mais PRÁTICA sobre o que orienta uma boa compra contextualizado." set/out 2009 – www.sinepe-rs.org.br

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Palavras em Rotação

DICIONÁRIOS ricos e criativos no Romano II

Caderno digital no São Carlos As alunas da 2ª série do Curso Normal do Colégio São Carlos, de Caxias do Sul, criaram um Blog Pedagógico para uso pessoal. O objetivo era trabalhar um componente curricular de informática na educação, mas a ideia deu tão certo que seus cadernos pas-saram a ser digitais. No "caderno digital da turma", a professora disponibiliza os projetos que serão desenvolvidos. Dessa forma, o histórico do componente curricular é preservado. A avaliação é realizada no decorrer do processo, por meio das produções e de comentários deixados nos blogs individuais. "Quando uma aluna visita o caderno da outra, exercitam o olhar crítico e, ao mesmo tempo, realizam a autoavaliação", afirma a professora Janete Soares. Para acessar os blogs das alunas e da turma, basta entrar no site do Colégio: www.colegiosaocarlos.com.br e clicar em links úteis.

BLOGS podem ser acessados pelo site do colégio

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Os alunos do 2° ano do ensino médio do Colégio Romano II – Unidade São Ma-teus, de Porto Alegre, produziram no 2º trimestre dicionários intitulados "Palavras em Rotação". Depois de lerem o Dicionário de Porto-Alegrês, de Luís Augusto Fischer, e con-versarem a respeito de assuntos pertinentes à obra e ao processo de criação da mesma nas aulas de Língua Portuguesa, os estudantes iniciaram uma pesquisa e coleta de palavras para produzirem os seus próprios dicionários. A experiência proporcionou o enriquecimento do vocabulário e o aprimoramento de técnicas de organização, necessárias para pesquisas como essa. O projeto, desenvolvido pela professora Daniela Almeida, propunha o entrelaçamento dos métodos criativo, receptivo e semiológico. A proposta de trabalho consistia no registro de palavras cujo significado fosse desconhecido, na busca do significado dessas palavras, na aplicação das mesmas em uma frase, bem como no registro das circunstâncias em que as palavras fossem coletadas.

Crianças do Sinodal fazem homenagem ao Dia dos Pais As crianças do berçário e da educação infantil do Colégio Sinodal fizeram homenagem ao Dia dos Pais no dia 29 de agosto. Aproximadamente 130 pais participaram da atividade, com apresentação de música e distribuição de mudas de árvores nativas. Acompanhadas de seus pais, as crianças fizeram plaquinhas identificando o nome das árvores. As plantas foram oferecidas pela Rede de Pais pela Valorização da Vida, um grupo formado por pais de alunos que promovem atividades saudáveis no colégio. "Na escola, é o segundo ano que participo dessa homenagem, feita para reforçar os laços entre pais e filhos. As crianças cantaram, falaram das sementes, do crescimento das árvores. Plantamos a árvore juntos, no nosso sítio. Agora vamos acompanhar o crescimento da árvore e da minha filha!", afirmou o vice-diretor do Colégio Sinodal e técnico de atletismo Gerson Engster, HOMENAGEM reforça os pai da Anita. laços entre pais e filhos

Um jeito diferente de fazer aula O Grêmio Estudantil do Colégio São Carlos, de Caxias do Sul, em parceria com a Rádio Atlântida, promoveu, no dia 31 de agosto, no Ginásio de Esportes da escola, o "Intervalo Atlântida", programa que aborda temas atuais e promove a interação entre cultura e lazer. O encontro reuniu alunos do ensino médio e do curso Normal e teve como tema os aspectos positivos e negativos da internet. A apresentação da banda "Puracaso" e o sorteio de brindes completaram o momento de integração dos alunos.

INTERVALO Atlântida promoveu debate entre os alunos

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Aluna da Feevale é premiada no "Arte na Escola Cidadã" A aluna do curso de pós-graduação em Arte-educação: arte, ensino e linguagens contemporâneas Cecília Etzberger foi premiada no X Prêmio Arte na Escola Cidadã, uma ação anual do Instituto Arte na Escola de São Paulo, que visa identificar, reconhecer e divulgar projetos da área artística, valorizando o trabalho do professor. Na edição de 2009, participaram professores que desenvolveram projetos nos níveis de ensino citados entre 2007 e 2008. Artes visuais, teatro, dança ou música puderam concorrer, e os trabalhos foram julgados por nível de ensino. Cecília é graduada em Ensino da Arte na Diversidade e participa do projeto Pólo Feevale Arte na Escola, que faz parte

IENH recebe certificado da Universidade de Cambridge A Instituição Evangélica de Novo Hamburgo (IENH) recebeu, no mês de junho, o certificado da Universidade de Cambridge de reconhecimento pelo excelente trabalho desenvolvido durante a preparação dos alunos para os exames de proficiência na Língua Inglesa. Das 28 instituições que receberam o certificado, duas são gaúchas. Para a Assessora do Currículo Bilíngue na IENH, Luciana Brentano, estar na seleta lista de escolas certificadas foi uma conquista provinda do trabalho sério que é desenvolvido no Currículo Bilíngue e um reconhecimento pelo diferencial que é oferecido aos alunos da Instituição, na Língua Inglesa. O Currículo Bilíngue é oferecido nas Unidades Pindorama e Oswaldo Cruz.

da Rede Nacional do Instituto Arte na Escola. Seu trabalho, Visitando os Mundos da Arte, foi o vencedor nacional no nível fundamental. O projeto nasceu por meio do estudo da arte medieval, quando os alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental 25 de Julho, de Ivoti, manifestaram o interesse de conhecer mais sobre a arte presente na Igreja Matriz de São Pedro, na cidade. Segundo Cecília, foi uma surpresa ter sido reconhecida. "Como foi a primeira vez que me inscrevi, encarei como experiência. Me dediquei muito na elaboração do material, mas não tinha parâmetro para saber se estava bom", TRABALHO de Cecília foi o afirma. A entrega do prêmio ocorre em Recife, vencedor no dia 13 de outubro, onde a aluna, a escola nacional no nível fundamental em que trabalha e a Feevale serão premiados.

Ex-alunos do Sinodal conquistam título na Índia Os ex-alunos do Colégio Sinodal Thales Hoss e Thiago Wesz conquistaram com a Seleção Brasileira de Voleibol Juvenil o Campeonato Mundial em Pune, na Índia, no início de agosto. Foram oito vitórias e o título invicto. Thales e Tiago foram titulares da seleção junto com mais dois gaúchos, os atletas Murilo Radke e Franco Paese, todos campeões brasileiros em 2006 pela seleção infanto-juvenil do Rio Grande do Sul. Natural de São Leopoldo, Thales joga de líbero. Iniciou nas escolinhas do Sinodal e foi campeão estadual em todas as categorias. Thiago, de Ijuí, é atacante de ponta. Ingressou no Sinodal com 16 anos e foi campeão estadual infanto e da Copa RS infanto. Na temporada passada da Super Liga, os atletas jogaram pela Sada/Cruzeiro, de Belo Horizonte. "Eles são um exemplo a ser seguido pelos novos atletas das equipes e escolinhas da escola", afirma o técnico de voleibol do Sinodal Ivan Gallo. ATLETAS serão exemplo para alunos da escolinha

Caleidoscópio: alegria do Clubinho de Artes

CURRÍCULO bilíngue nas unidades Pindorama e Oswaldo Cruz

Os alunos do Clubinho de Artes do Colégio Sinodal Tiradentes, de Campo Bom, descobriram que confeccionar um caleidoscópio pode ser incrível e decidiram fazer seus próprios aparelhos. Sob a coordenação da professora Silvia Rangel, a turma explorou o caleidoscópio, inicialmente com três placas de espelhos. A ideia surgiu a partir de rolinhos de papel higiênico que uma das alunas levou para a aula. A nova ferramenta é como uma luneta mágica, com a qual os alunos puderam descobrir novas imagens no pátio da escola. Fazem parte do clubinho alunos da educação infantil à 4ª série do ensino fundamental. "LUNETA mágica": nova visão da escola

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Ensino privado é destaque na 3ª Fecitep Entre os dias 1º e 3 de outubro, a Instituição Evangélica de Novo Hamburgo (IENH) foi espaço para interação e troca de experiência entre as escolas de educação profissional do Rio Grande do Sul. A instituição sediou a 3ª Feira Estadual de Ciência e Tecnologia da Educação Profissional – Fecitep, organizada por Suepro, SINEPE/RS e Rede Sinodal, entre outras entidades. No total foram 101 projetos, que envolveram 71 escolas, 101 professores e 297 alunos. O vencedor da Feira foi o Centro Sinodal de Ensino Médio Dorothéa Schäfke, de Taquara, com o projeto "Pró-saúde: sistema de controle de vacinação". A Instituição Evangélica

de Novo Hamburgo foi destaque na categoria gestão e negócios, com o projeto "Conceito verde". Conheça todas as instituições particulares que participaram da Feira:

SETREM de Três de Maio

INSTITUTO de Educação Ivoti

INSTITUIÇÃO Evangélica de Novo Hamburgo

INSTITUTO de Educação Ivoti

COLÉGIO Teutônia

INSTITUIÇÃO Evangélica de Novo Hamburgo

COLÉGIO Martin Luther de Estrela

COLÉGIO Teutônia

CENTRO Sinodal Dorothea Schäfke de Taquara

COLÉGIO Teutônia

ESCOLA Técnica Cenecista de Estância Velha

COLÉGIO São Luis de São Leopoldo

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RESOLUÇÃO CEED Nº 303, de 09 de setembro de 2009. Regulamenta procedimentos relacionados à readequação dos Cursos Técnicos de Nível Médio Por Célia Silveira*

O Conselho Estadual de Educação exarou a referida resolução permitindo a readequação curricular e pedagógica dos Cursos Técnicos de Nível Médio. Qual é o entendimento de readequação curricular e pedagógica? Sabemos que a legislação que veio embasar o ensino técnico, após a nova LDBEN, foi o Parecer CNE/CEB nº 16/ 1999, juntamente com a Resolução CNE/ CBE nº 4/1999 que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional de Nível Técnico. Em 2002 o Conselho Estadual de Educação do RS, através da Resolução nº 266/2002, estabeleceu normas para o credenciamento de instituições e autorização para funcionamento de cursos, em todos os níveis e modalidades que compõem

a Educação Básica. As escolas hoje autorizadas a funcionar obedeceram ao exposto nas legislações supramencionadas. Esta nova Resolução (303/2009) veio permitir que as escolas de Educação Profissional de Nível Médio realizem mudanças que envolvam alterações nos Projeto Pedagógicas, nos Planos de Curso e nos Regimentos. Ela não está obrigando que se proceda a mudanças nestes documentos. A Resolução veio ao encontro da análise e avaliação que as escolas realizaram sobre a execução de suas propostas pedagógicas e o que realmente não funcionou, não foi viável, não foi exequível. Neste momento, importa que as escolas analisem o que propuseram em seus Projetos Pedagógicos, Planos de Curso e Regimentos e verifiquem se os conhecimentos que os alunos estão construindo, assim como as habilidades e competências, vão habilitá-los para enfrentar o mundo do trabalho. Falamos em mundo do trabalho e não mercado de trabalho, pois temos o entendimento de que preparar um aluno para o mercado de trabalho é prepará-lo para o imediato, onde logo ele estará "defasado" em suas aprendizagens, pois o mercado muda a cada instante, é volátil,

rápido, passageiro. Preparar para o mundo do trabalho é permitir que o egresso saiba transitar em diferentes campos do trabalho. Importa, neste momento, é que as escolas realizem, com profundidade, uma avaliação do trabalho que vêm desenvolvendo e verifiquem que mudanças devem ser necessariamente realizadas. Reúnam-se com seu corpo docente; ouçam os alunos que hoje estão frequentando seus cursos profissionalizantes e também os egressos que certamente devem ter excelentes contribuições para melhoria dos cursos. Este é o momento. Foi dada a oportunidade. Vamos aproveitá-la. Salientamos que caso as escolas venham proceder a alterações em seus Planos de Curso e Regimento, a Resolução exige que sejam justificadas tais alterações, bem como exige encaminhamento de cópias do Regimento Escolar vigente e da nova proposição, assim como dos Planos de Curso vigente e da nova proposição para aprovação pelo Egrégio Conselho Estadual de Educação. * Professora especialista em supervisão educacional

celta serviços

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Mudança de dentro para fora A rede Notre Dame precisava ser fortalecida. Alguns setores deveriam ser melhorados e outros, como o pedagógico e de marketing, criados. No ano passado, no início do planejamento estratégico, foi decidido que as metas deveriam ser traçadas para as nove escolas da Notre Dame, entre elas, a Escola de Ensino Fundamental Maria Rainha, de Júlio de Castilhos, e começaram a ser criados, então, projetos em rede. Num primeiro momento, as reações não foram as melhores. A mudança, apesar de necessária, traz desconfiança e insegurança. E todos sabiam que para melhorar os processos na escola era preciso começar por dentro: mudar a forma de pensar gestão, mudar conceitos, mudar sentimentos. Foram realizadas muitas reuniões, que renderam discussões, inquietações e a conclusão de que muita coisa era feita, mas os registros eram poucos. A escola não tinha a visão do todo: visão geral do ensino-aprendizagem, das famílias, do município de atuação. Diretores, professores, funcionários e irmãs precisaram tomar consciência desta realidade para começar a mudar. Quando todos compreenderam que o objetivo de aprimorar o atendimento e ampliar a atuação da escola junto aos alunos, pais e comunidade dependia de cada um, em particular, o processo começou a ser implantado, de fato. Os funcionários receberam treinamentos específicos, os professores participaram de

BLOG foi criado para divulgar o trabalho da escola. Site da mantenedora foi atualizado

encontros e palestras. Todos se envolveram e fizeram com que a nova forma de ver a realidade da escola, de trabalhar perseguindo metas e de divulgar resultados fosse parte do dia a dia. Na área pedagógica, os projetos que já estavam sendo realizados foram aprimorados com atividades envolvendo a família e a comunidade castilhense. Conteúdos e disciplina em sala de aula foram intensificados. A avaliação contínua e sistemática

foi retomada pelos professores. As escolas da Rede Notre Dame passaram a ter missão, visão, valores e propostas pedagógicas comuns e específicas. Foi criado o setor pedagógico da mantenedora, Cape – Centro de Atendimento Pedagógico, e um blog para que as atividades realizadas fossem vistas pela comunidade. O site da mantenedora foi atualizado. Além da maior satisfação em todos os setores da escola, os resultados da

MAIS atividades com a família e a comunidade

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GINCANAS integram alunos e pais nas escolas da Rede Notre Dame. Práticas de Gestão promoveram maior acesso ás atividades

implementação das práticas de gestão foram o crescimento do número de alunos e o acesso de mais pessoas às atividades desenvolvidas pela escola, por meio do blog e do site. O objetivo é atingir mais metas, como a baixa do nível de inadimplência, o

aumento da receita e a ampliação do nível de investimento em melhorias nas estruturas físicas e pedagógicas da escola. Hoje a Maria Rainha tem outra visão de gestão e planejamento estratégico: reconhece a importância de planejar,

mensurar, traças metas. A busca por crescimento e desenvolvimento passou a ser constante, para que os valores e a educação Notre Dame atinjam muitas famílias e sejam um diferencial na sociedade castilhense.

A constância é a mudança Certa vez, conversando com um colega sobre resistências à mudança, ele disse que o ser humano adora mudar. E acrescentou: o que ele não gosta é de ser obrigado a mudar. Efetivamente, quem diz não para conhecer um restaurante, um lugar diferente, praticar um novo esporte ou ainda fazer novos amigos? O que não gostamos é de sair de nossa zona de conforto, de ter que buscar novas estratégias quando as antigas já não conseguem resolver os problemas que se apresentam no dia a dia. Uma outra metáfora interessante é pensar que para mantermos nossa posição enquanto escola privada no mercado de hoje não podemos ficar parados, temos que nos mover como se estivéssemos subindo uma escada rolante que desce. Assim, enquanto subirmos à mesma velocidade que ela desce, ficamos no mesmo lugar; se pararmos de nos mover, descemos; e se quisermos subir, temos que andar muito mais rápido do que a escada. Podemos traçar um paralelo entre a escada e o contexto, o qual obriga que as organizações estejam em constante movimento para acompanhá-lo, caso contrário morrem como tantas instituições centenárias que fecharam suas portas nos últimos anos. Morin (2005) traz a ideia de equilíbrio dinâmico, em que cada organização, para se manter, comporta sistemas

em estado de desequilíbrio que produzem sem cessar o equilíbrio. Ele chama isto de estado estacionário de desequilíbrio, onde a dinâmica de um fluxo constante garante a constância da chama de uma vela, bem como a homeostase de uma célula ou organismo. Se o fluxo de energia parar de percorrer a chama da vela, esta se apaga imediatamente, assim como nas organizações: se pararem de mudar para manter seu equilíbrio, elas perdem sua capacidade de se adaptar e deixam de existir. Ou seja, a mudança está na base de toda forma de organização, seja ela física, biológica ou social. E como fica o profissional, que gosta de mudar, mas não de ser obrigado a isto? E o gestor, qual o seu papel? Existem duas formas básicas de lidar com a mudança: a reativa e a proativa. A rea-tiva é quando somos obrigados a mudar: o contexto muda, reagimos e conseguimos nos adaptar. Muitas vezes esta forma de mudar nos leva a chegar atrasados a uma nova prática, quando grande parte da sociedade já realizou a mudança. No modo proativo, existe uma antecipação do profissional, da organização, ou de ambos, que percebem sinais ou pequenas mudanças de contexto e olham para dentro de suas instituições procurando saber como estas mudanças vão afetar seu dia a dia e como devem lidar com elas de forma construtiva, aproveitando-as como uma forma de qualificar a sua práxis. Cabe ao gestor e também ao profissional, seja profes-

sor, orientador ou funcionário administrativo, lidar com a mudança de forma proativa, ativar sua organização para que mexa nos seus fluxos, alterando o seu equilíbrio estacionário antes que o ambiente lhe exija. Assim, a organização adquirirá um caráter pioneiro, angariando vantagens competitivas. Podemos apontar o exemplo do novo Enem. Sabe-se que a realidade de vestibulares universitários vem se alterando há anos, que hoje sobram vagas nas universidades particulares e vários colégios ainda preparam os alunos como se fossem disputar muitos vestibulares concorridos. A nova proposta é de uma prova que privilegie mais o raciocínio, que valerá para a inscrição em até cinco universidades diferentes. Como as escolas vão lidar com esta nova realidade? Elas podem olhar para si mesmas e perceber quais mudanças poderiam fazer para produzir melhorias ou esperar e reproduzir práticas de outras instituições que se adaptaram com sucesso, torcendo para que sua escola tenha uma realidade compatível com a modificação implementada. A escolha está nas mãos de cada organização, gestor e profissional. Claudia Jotz da Rocha Doutoranda em Psicologia e Mestre em Administração de Recursos Humanos Professora e pesquisadora abr/mai 2009 – www.sinepe-rs.org.br

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A aplicação de Objetos de Aprendizagem em projetos pedagógicos Por Bruna Figueiredo de Negreiros(1), Henrique dos Santos Moreira(2)

Este artigo pretende indicar como podem ser aplicados os Objetos de Aprendizagem junto ao trabalho realizado com projetos pedagógicos. De que forma se pode aliar a informática educativa e seu recurso tecnológico no trabalho interdisciplinar dos projetos escolares, e como o profissional da educação pode explorar este meio como recurso facilitador no processo de ensino e aprendizagem. Palavras-chave: Informática Educativa, Objetos de Aprendizagem, Projetos Pedagógicos.

Resumo

This article intends to demonstrate how Learning Objects can be applied together with the work done through project pedagogy. How we can relate educational information technology and its technological resource with the interdisciplinary work of school projects, and how the professional of education can explore this as a facilitating resource in the process of teaching and learning.

Abstract

Key words: Educational information technology, Learning Objects, Pedagogical Projects. 1. Introdução Atualmente estamos inseridos em um contexto onde as novas tecnologias provocam muitas mudanças na sociedade, inclusive na área educacional. Nas escolas surgiu a necessidade de aplicar todo o potencial oferecido pela tecnologia no sistema educacional até então dominado pelas técnicas tradicionais. A maneira de buscar a informação está diferenciada, pois a qualquer momento pode-se apropriar de um fato ou acontecimento em questão de segundos, através da rede, e com certeza isto também toma proporções significativas nas escolas. Analisando as tecnologias educacionais, necessário se faz discutir a respeito dos Objetos de Aprendizagem (OA), que tornam o processo de aquisição do conhecimento em momentos lúdicos para os alunos. Os Objetos de Aprendizagem, quando bem selecionados, têm o papel de motivar e contextualizar o conteúdo abordado pelo professor, utilizando técnicas de vídeo e áudio, desenhos e simulações, jogos e também gráficos demonstrativos, criando assim, uma situação propícia para uma aprendizagem mais significativa para os alunos. Para o professor que tem à sua disposição os Objetos de Aprendizagem de diversas áreas e tipos, existe a possibilidade de planejar suas aulas adequando os OA com a atividade a ser desenvolvida com este recurso, adaptando ao ritmo e andamento das aulas e dos alunos. 2. Os Objetos de Aprendizagem Segundo o Ministério da Educação/Secretaria de Educação a Distância (MEC/SEED, 2007), não existe uma definição de OA, um conceito que seja universalmente aceito, o que causa dificuldade de comunicação e de entendimento a respeito do que realmente é um Objeto de Aprendizagem. Alguns autores argumentam que OA é qualquer recurso digital ou não digital que possa ser usado, reutilizado ou referenciado. 46

A idéia principal dos OA é separar os conteúdos e atividades para que possam ser (re)utilizados em outros momentos, em outras situações de ensino, tornando-os assim transdisciplinares, utilizando o principio de programação orientada a objetos, visando um meio distinto de interação, ou seja, uma programação que corresponda ao máximo à realidade. Os OA são armazenados em bancos ou repositórios de objetos, seguindo as suas regras que permitirão ao usuário saber o conteúdo do OA antes mesmo de executá-lo. Os repositórios permitem uma pesquisa mais aprofundada, onde o usuário ao contrário do que acontece em ferramentas de busca na web consegue visualizar o conteúdo previamente seguindo os padrões da ferramenta. Um repositório não necessariamente deve ser uma ferramenta on-line, mas entende-se aqui por um recurso, no qual os OA serão armazenados e catalogados permitindo e facilitando o acesso aos usuários. Um exemplo de repositório é o RIVED (Rede Internacional Virtual de Educação), um programa da Secretaria de Educação a Distância - SEED, que tem por objetivo a produção de conteúdos pedagógicos digitais, na forma de Objetos de Aprendizagem. Neste ambiente encontram-se vários OA que contam com simuladores, objetos instrucionais e vídeos, que colaboram para a aprendizagem e que estão distribuídos por áreas de conhecimento como, por exemplo, biologia, matemática, entre outras. Apresentando simulações, animações, mapas lições, vídeos, áudios, sites, textos etc., os Objetos de Aprendizagem reforçam conteúdos da sala de aula, permitindo ao aluno interagir de forma dinâmica com o conteúdo, explorar seu potencial e testar seus conhecimentos junto a seus colegas. Os Objetos de Aprendizagem também contribuem para a aprendizagem, por trabalhar com elementos que estimulam a curiosidade, incentivam a descoberta e aguçam os sentidos.

3. Projetos Pedagógicos Pode-se definir o termo projetar como ato de se relacionar com o futuro, lançarmos uma idéia adiante, um ideal desejado e necessário que pretendemos colocar à prova. No contexto escolar, projetar algo a ser ensinado reflete no pensamento de uma escola ativa, na qual os alunos através da troca de experiências irão chegar a um objetivo de aprendizagem significativa, prevista anteriormente pelo educador. Neste ponto, a escola é o local onde o aluno irá entrar em contato com a pesquisa, da solução de problemas, da inter-relação com o outro, criando oportunidades para que haja o processo de ensino e aprendizagem. Integrar os assuntos entre si, preparar o aluno para a vida e lhe dar meios para que possa ter condições de adquirir seu próprio conhecimento são peças-chave para a construção de um projeto pedagógico. Podemos citar os princípios considerados fundamentais para a elaboração de um projeto escolar: a) princípio da intenção - toda ação, para ser significativa, precisa ser compreendida e desejada pelos sujeitos, deve ter um significado vital, isto é, deve corresponder a um fim, ser intencional, proposital; b) princípio da situação-problema - o pensamento surge de uma situação problemática que exige analisar a dificuldade, formular soluções e estabelecer conexões, constituindo um ato de pensamento completo; c) princípio da ação - a aprendizagem é realizada singularmente e implica a razão, a emoção e a sensibilidade, propondo transformações no perceber, sentir, agir, pensar; d) princípio da real experiência anterior as experiências passadas formam a base na qual se assentam as novas; e) princípio da investigação científica - a ciência se constrói a partir da pesquisa, e a aprendi-

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zagem escolar também deve ser assim; f) princípio da integração - apesar de a diferenciação ser uma constante nos projetos, é preciso partir de situações fragmentadas e construir relações, explicitar generalizações; g) princípio da prova final - verificar se, ao final do projeto, houve aprendizagem e se algo se modificou; h) princípio da eficácia social - a escola deve oportunizar experiências de aprendizagem que fortaleçam o comportamento solidário e democrático. (BARBOSA e HORN, 2008, p. 18) No contexto em que a escola de hoje está inserida, com este mundo complexo em que vivemos cada vez mais o inter e o transdisciplinar ganham espaço no currículo, pois as disciplinas passam a trabalhar em conexão, compartilhando os conhecimentos específicos de cada área, assim, abrindo as fronteiras e quebrando paradigmas, para então conduzir à aprendizagem fazendo relações entre as idéias. Uma proposta de trabalho com projetos possibilita que o educando tenha momentos de autonomia e cooperação com o grupo, espaços de individualidade e sociabilidade, trabalhos lúdicos, mas também com o caráter educacional expressando a complexidade do ato educativo, pois uma das grandes discussões educacionais é a falta de interesse e motivação dos alunos em realizar as atividades propostas pelos professores. Como estabelecer uma perfeita interação do aprendiz quando os conteúdos são trabalhados apenas de forma conceitual? Como interagir com alguém que ministra seus conteúdos apenas ditando e escrevendo no quadro-negro? Se não repensarmos primeiramente a forma de trabalhar com nossos conteúdos, nada ou muito pouco, podemos fazer quanto à interação do aluno em seu processo de construção do conhecimento. (NOGUEIRA, 2001, p. 29) Propiciar ao aluno múltiplas interações, entrar em contato com o real, integrar o conteúdo teórico à vida cotidiana de cada um, torna o aluno agente da sua produção do saber, e ele mesmo descobre e dá sentido ao que é estudado. Para que ocorra a aprendizagem é necessário um currículo significativo, no qual os conteúdos sejam apresentados de forma atrativa e estimulante para os alunos, pois no momento em que há a significação, o que será estudado irá se refletir na vida dos alunos. Construir um currículo a partir de pistas do cotidiano e de uma visão articulada de conhecimento e sociedade é fundamental. O currículo não pode ser definido previamente, precisando emergir e ser elaborado em ação, na relação entre o novo e a tradição. (BARBOSA e HORN, 2008, p 36) Na pedagogia de projetos há um momento de decisão inicial e de uma avaliação final. Cabe ao educador adequar a forma e organizar os conteúdos de acordo com o grupo de alunos com que será trabalhado, bem como a situação escolar apresentada. O papel da escola nos projetos pedagógicos inicia como construtora do ambiente favorável ao processo de aprendizagem. A organização do planejamento deve indicar o período em que será

realizado, ou uma previsão, qual o público alvo, incluindo professores e alunos, quais as disciplinas envolvidas, os materiais que utilizados e principalmente os objetivos que querem alcançar. Após a definição e organização, os professores têm a função de acompanhar o processo juntamente aos alunos. Isto é fundamental para a orientação, levantamento de hipóteses e investigação da pesquisa, pois o professor pode e deve interferir quando necessário, a fim de que o aluno se aperfeiçoe e aprofunde o seu conhecimento. Mesmo que durante o projeto o professor tenha feito suas interferências, é sempre bom que ao final ele "alinhave e costure" tudo, ou seja, que faça um fechamento, lembrando qual era o problema inicial, quais eram as dúvidas, os interesses, as propostas de ações, os resultados obtidos e a finalização das conclusões. (NOGUEIRA, 2008, p. 69-70) Em suma, os projetos pedagógicos são meios que os profissionais da educação encontram para facilitar as práticas educativas, indicando uma ação intencional e planejada por todos que compõem a escola, criando estratégias que visam obter os alvos almejados, incluindo alunos com capacidade crítica e pesquisadora, de refletirem coletivamente e aprenderem através de múltiplas linguagens e ângulos, ao mesmo tempo em que (re)constroem o conhecimento. 4. A articulação entre a informática educativa e a pedagogia de projetos A ausência e o desinteresse de alguns professores no uso das tecnologias no contexto educacional, ou até mesmo a má utilização tem sido destaque em discussões referentes à educação atual. A tarefa de introduzir novas tecnologias no cotidiano escolar são fatores de revisão no planejamento e no currículo das escolas. Todavia, não basta somente o acesso às tecnologias se não existir pessoal capacitado para lidar com todos os aparatos e linguagens. Novos ambientes de aprendizagem e novas dinâmicas na abordagem dos conteúdos escolares são fundamentais para a real utilização da informática educativa. Os currículos devem acolher as novas tecnologias, incorporando as necessidades educacionais de cada área, aproveitando as diferentes formas de abordagem dos assuntos escolares, através dos hipertextos, comunicação com várias culturas, além da utilização dos Objetos de Aprendizagem. Ao se trabalhar com projetos pedagógicos com o auxílio da informática, não quer dizer que os alunos irão receber as informações prontas e estruturadas, pois nesta sistemática o professor não é única e exclusiva fonte de conhecimento, pois outras formas de apreensão de informações serão utilizadas. Neste caso, o professor indicará aos alunos estas novas fontes de acesso ao conhecimento, instigando-os sobre a forma na qual a busca das informações será feita, mediando de forma personalizada de acordo com as necessidades encontradas ao longo do percurso. Ao desenvolver um projeto com os OA, os alunos são instigados a tomar decisão, criar hipóteses e discutir durante o andamento das atividades. Os professores podem acompanhar e analisar o progresso de cada aluno conforme o seu

ritmo e necessidade. Este tipo de atividade pode produzir a aprendizagem de acordo com o a experiência de cada um. Assim, segundo Nevado e Carvalho (2007): OA "... consiste em transformar cada possível especialidade em uma situação de aprendizagem pela ação". Os Objetos de Aprendizagem fazem uso de várias ferramentas midiáticas, permitindo a construção de um contexto a ser explorado e relacionando os conteúdos e suas aplicações práticas, e também percebendo a interdependência entre todas as disciplinas. Fórmulas químicas e físicas são facilmente abordadas com assuntos cotidianos, tornando a aprendizagem agradável e real. Os OA possuem flexibilidade e níveis de linguagens bem diversificados, tanto voltados para a educação básica como também para o ensino superior, permitindo combinações entre os Objetos e as várias disciplinas. O docente deve estar atento, como em qualquer projeto, ao uso adequado do recurso, sendo este escolhido de maneira correspondente à atividade proposta para os alunos. A necessidade de dar autonomia ao aluno para que ele planeje e execute suas ações é imprescindível, para que o trabalho com projetos seja realmente utilizado de forma adequada, senão muda-se a concepção de projeto para uma simples tarefa. Para que a escola aplique a dinâmica de projetos pedagógicos utilizando os Objetos de Aprendizagem como complemento no ensino, deve ter claramente a postura do educador como agente facilitador do processo, considerando todo o contexto, inclusive o auxílio do aparato tecnológico, além de conter propostas de diversas áreas de conhecimento visando à integração de conteúdos e a abordagem multidisciplinar das áreas, para que assim haja um real significado para o aluno em realizar tais tarefas propostas. Em suma, à educação atual que visa a integração da informática educativa junto a uma pedagogia de projetos, cabe discutir e analisar o que é de valia para a aprendizagem, não utilizando o OA como um mero jogo, mas sim um recurso auxiliar no processo de formação de conhecimento. Referências BARBOSA, Maria Carmen Silveira. HORN, Maria da Graça Souza. Projetos pedagógicos na educação infantil. Porto Alegre: Artmed, 2008. 128 p. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação a Distância. Objetos de aprendizagem: uma proposta de recurso pedagógico/Organização: Carmem Lúcia Prata, Anna Christina Aun de Azevedo Nascimento. Brasília: MEC, SEED. 2007. 154 p. NEVADO, Rosane Aragón de. CARVALHO, Marie Jane Soares. Menezes, Crediné Silva de. (Org). Aprendizagem em rede na educação a distância: estudos e recursos para formação de professores. Porto Alegre : Ricardo Lenz Editor. 2007. 263 p. NOGUEIRA, Nilbo Ribeiro. Pedagogia dos projetos: uma jornada interdisciplinar rumo ao desenvolvimento das múltiplas inteligências. São Paulo: Érica. 2001. 220 p. NOGUEIRA, Nilbo Ribeiro. Pedagogia dos projetos: etapas, papéis e atores. São Paulo: Érica. 2008. 104p. Autores: Bruna Figueiredo de Negreiros¹ - Graduanda do oitavo semestre do curso de Pedagogia Multimeios e Informática Educativa da Faculdade de Educação da PUCRS. CEP: 90619-900 - Porto Alegre, RS - Brasil e-mail: bruna.negreiros@acad.pucrs.br Henrique dos Santos Moreira² - Graduando do oitavo semestre do curso de Pedagogia Multimeios e Informática Educativa da Faculdade de Educação da PUCRS. CEP: 90619-900 - Porto Alegre, RS - Brasil e-mail: henrique.moreira@acad.pucrs.br

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O Fascismo cotidiano de todos nós Por Adriana Kurtz*

Num texto célebre de 1959 intitulado "O que significa elaborar o passado", o filósofo Theodor Adorno advertia a sociedade alemã acerca da sua incapacidade crônica de refletir e tirar as devidas lições da experiência do nazismo. "Não quero entrar na discussão a respeito das organizações neonazistas", diria Adorno. "Considero a sobrevivência do nacional-socialismo na democracia como potencialmente mais ameaçadora do que a sobrevivência de tendências fascistas contra a democracia." O acerto desta premissa assustadora seria mostrado, na prática, em pleno coração da democracia capitalista, nos Estados Unidos, oito anos depois. Na época, o professor de história Ron Jones protagonizou com seus alunos

uma experiência decididamente pedagógica na escola de ensino médio Cubberley High S-chool em Palo Alto, Califórnia. Para explicar como a sociedade alemã havia outorgado tamanho poder a Adolf Hitler e seu "movimento", Jones criou um movimento entre os próprios alunos com o mote: "força através da disciplina, força através da comunidade, força através do orgulho", no melhor estilo da propaganda nazi. A experiência que deveria durar um dia acabou ampliada em uma semana e escapou ao controle do professor, que demitido, relatou seu (in)sucesso no livro "The Third Wave". Como Adorno ressaltara no ensaio de 1959, "a sobrevivência do fascismo e o insucesso da tão falada elaboração do passado, hoje desvirtuada em sua caricatura como esquecimento vazio e frio, devem-se à persistência dos pressupostos sociais objetivos que geram o fascismo. Este não pode ser produzido meramente a partir de disposições subjetivas. A ordem econômica e, seguindo seu modelo, em grande parte, também a organização econômica, continuam obrigando a maioria das pessoas a depender de situações dadas, em relação às quais são impotentes, bem como a se manter numa situação de não-emancipação. Se querem viver, nada lhes resta senão se adaptar à situação existente, se conformar; precisam abrir mão daquela subjetividade autônoma a que remete a idéia de democracia; conseguem sobreviver apenas na medida em que abdicam seu próprio eu". É exatamente isso o que acontece com os alunos do carismático professor secundário Rainer Wenger (Jürgen Vogel), que para responder à questão "poderia a Alemanha dos dias de hoje voltar a um totalitarismo?" resolve simular um sistema autocrá-tico, colocando-se como líder dos seus alunos/cobaias. Incitando a máxima disciplina e apelando para os clichês da comunidade unida sob as bênçãos da igualdade, da justiça e da ordem, Wenger torna-se o "Führer" [líder] de um movimento intitulado "A Onda", que extrapola os limites da turma e se alastra de forma violenta e

incontrolável. "Die Welle" é uma espécie de remake melhorado do telefilme norte-americano "The Wave" (1981), embora seja mais sombrio e explore as inevitáveis semelhanças entre o experimento de Wenger e a própria história do hitlerismo. Isso, no entanto, não deveria criar a tentadora e reconfortante ideia de que o fascismo, afinal, é um "problema da Alemanha" contemporânea ou dos distantes anos 30. Como bem disse o personagem da versão norte-americana da história (endossando a análise de Adorno): "O fascismo não é uma coisa que outras pessoas fizeram. Ele está aqui mesmo em todos nós".

"Die Welle" - A Onda País: Alemanha - 2008 101 min, Color Diretor:

Dennis Gansel

Elenco:

Jürgen Vogel, Frederick Lau,

Max Riemelt, Jennifer Ulrich, Christiane Paul * Doutora em Comunicação e Informação pela UFRGS e professora dos Cursos de ‘Publicidade e Propaganda’ e ‘Design’ da Escola Superior de Propaganda e Marketing - ESPM

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Contando o hino nacional Marcos Vinícius Lúcio O hino pátrio é sempre tocado para homenagear a nossa pátria e as grandes vitórias e conquistas dos brasileiros. Mas em algumas situações não toca o coração das pessoas pela falta de compreensão e interpretação do seu verdadeiro significado. Nesta obra, o autor desenvolve o texto por meio de uma pesquisa escolar em família, onde são descobertas e interpretadas muitas coisas interessantes sobre a história e o significado das palavras do Hino Nacional. Da Editora Cortez, o livro tem 40 páginas e custa R$ 24,90.

Tentativa de Independência do Estado do Rio Grande do Sul Mário Rozano (Org.) Trazer ao conhecimento do público relatos desconhecidos no Brasil por mais de 140 anos é o compromisso deste livro. A publicação conta com textos dos mais importantes especialistas em História, como o brasilianista norte-americano Spencer Leitman; o ex-diretor do Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul, recentemente falecido, Luiz Carlos da Cunha Carneiro; Miguel Frederico do Espírito Santo e Gunter Axt. As 400 páginas trazem também mais de 100 imagens do período farroupilha. A obra está disponível nas principais livrarias do Estado por R$ 150,00.

A criança de 6 anos no Ensino Fundamental Andrea Rapoport, Dirléia Fanfa Sarmento, Marta Nörnberg, Suzana Moreira Pacheco (Org) O livro aborda a adaptação da criança do ponto de vista psicopedagógico, a educação matemática, a organização da prática pedagógica, o planejamento e a avaliação curricular. A obra é resultado de um trabalho de pesquisa sobre a transição do ensino fundamental para 9 anos, realizada pelas quatro professoras organizadoras. Da Editora Mediação, tem 109 páginas e custa R$ 32. Informações: www.editoramediacao.com.br

DVD Duelo de Titãs Nos anos 70, numa cidade da Virgínia, a justiça determinou que as escolas deveriam promover a integração entre brancos e negros. Cumprindo a norma, a escola T.C. Williams substituiu o treinador de futebol americano Bill Yoast, branco, por Herman Boone, negro. Além de não ser bem recebido, o novo treinador tem que lidar com jovens que estão juntos pela primeira vez e que, por preconceito racial, não se dão bem. Mais do que o esporte, o racismo é o maior desafio que Boone enfrenta para levar o time adiante. Drama. Direção: Michael Tronick.

Erin Brockovich, Uma Mulher de Talento Erin (Julia Roberts) é mãe de três filhos e trabalha num pequeno escritório de advocacia. Quando descobre que a água de uma cidade está contaminada e provoca doenças nos habitantes, convence seu chefe a deixá-la investigar o assunto. A partir de então, utiliza-se de todas as suas qualidades naturais, desde a fala macia e convincente até seus atributos físicos, para convencer os cidadãos a cooperarem. As denúncias resultam num processo de 333 milhões de dólares. Drama. Direção de Steven Soderbergh.

Infantis Agora sou o irmão mais velho Annette Sheldon Cortez Editora 36 páginas R$ 28,00 Um ano de histórias Marcia Kupstas Editora FTD 78 páginas R$ 29,80 Mundinho Ferruccio Verdolin Filho Editora FTD 56 páginas R$ 25,80

Sites www.zerohora.com/segundaguerra www.dominiopublico.gov.br http://planetasustentavel.abril.com.br/ planosdeaula/ Uma mente brilhante John Nash (Russell Crowe) é um gênio da matemática que aos 21 anos formulou um teorema que provou sua genialidade e o tornou aclamado no meio onde atuava. Mas, aos poucos, o belo e arrogante John Nash se transforma em um sofrido e atormentado homem, diagnosticado como esquizofrênico. Após anos de luta para se recuperar, ele consegue retornar à sociedade e é premiado com o Nobel. Drama. Direção de Ron Howard.

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O uso de ferramentas de comunicação, como jornais e revistas, é cada vez mais freqüente e eficaz para transmitir a atividade de escolas e instituições educacionais. “Educação em Revista” recebeu algumas dessas publicações, as quais reproduz no espaço abaixo:

Gostaria de registrar que a matéria sobre ensino bilíngue, edição 74, ficou muito bem elaborada! Parabéns! Obrigada pelo apoio, pelo trabalho bem feito e por divulgar o currículo bilíngue de uma forma tão especial. Gostaria de agradecer também ao sr. Osvino Toillier, por ser um grande incentivador das inovações na educação. Contem comigo quando precisarem! Luciana de Souza Brentano Assessora do Currículo Bilíngue – IENH Pesquisadora em Educação Bilíngue – UFRGS

Acabo de receber a Revista Educação Especial do Congresso. Parabéns! Revista completíssima. Vale a pena agora retomar os assuntos lá debatidos e aprofundá-los. Jornalista Erni da Rosa Coordenador da Assessoria de Comunicação da Rede de Educação Notre Dame Passo Fundo – RS

Queremos saber também a sua opinião sobre as reportagens e assuntos abordados nesta edição. Escreva para educacaoemrevista@sinepe-rs.org.br ou acesse o portal do SINE-PE/RS – www.sinepe-rs.org.br e participe da nossa pesquisa. 50

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