Mercado Brasil 82

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abril 2011 ano VIII nº 82

Fora do convencional Apoiar iniciativas como uso de transportes alternativos é essencial para melhorar a qualidade de vida em cidades de todos os portes Logística

CNT aponta principais projetos de infraestrutura para desatar o nó logístico no País. Só em SC, são R$ 11,5 bilhões R$12,00

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NEGÓCIOS - GESTÃO - ASSOCIATIVISMO - DESTAQUE EMPRESARIAL - EMPREENDEDORISMO- LOGÍSTICA - MERCADO ECONÔMICO




expediente

editorial

Novidades no ar Novidades. Se tivéssemos que escolher uma palavra para descrever a Mercado Brasil de abril seria esta, sem qualquer dúvida. Para marcar o lançamento de nosso portal – www.portalmercadobrasil.com.br – realizamos diversas mudanças na edição impressa.

Acesse www.revistamercadobrasil.com.br

e veja a edição na íntegra

Teremos duas páginas assinadas por Débora Kellner, a editora de conteúdo online, sobre novidades no portal e notícias mais comentadas. Além disso, ela é também a responsável por manter atualizado nosso Facebook e Twitter.

5 fale conosco redação Mande cartas para a editora, sugestões de temas, opiniões ou dúvidas: jornalismo@editoramercadobrasil.com.br

Também, teremos, a partir desta edição, uma página para opinião anos dos leitores sobre o conteúdo da revista. Esta página foi criada para dar maior visibilidade aos e-mails recebidos pela redação e aproveitar da melhor forma possível a opinião dos leitores. Sobre o conteúdo editorial desta edição, nossa capa trata de transportes alternativos. A repórter Kamila Schneider ouviu especialistas e buscou bons exemplos sobre como o uso de transportes alternativos – que não são necessariamente ecologicamente corretos – pode ajudar a melhorar a vida em nossas cidades.

publicidade Quer anunciar na Mercado Brasil? Não perca tempo: comercial@editoramercadobrasil.com.br

administração

Para completar a reportagem de Kamila, a repórter Fernanda Dellagiustina detalhou o estudo da Confederação Nacional do Transporte - CNT - para a logística no País. O resultado é uma edição da Mercado Brasil que desnuda as necessidades de o Brasil mudar sua forma de encarar o futuro.

Para falar com nossa administração: adm@editoramercadobrasil.com.br Os artigos assinados não refletem, necessariamente, a opinião desta revista.

parceiros CACB – Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil FFM – Fundação Fritz Müller

Primeiro, investimentos pesados em infraestrutura são essenciais para sustentar o crescimento. E, depois, é preciso repensar o que queremos. Ou ainda, como queremos viver em nossas cidades. Ficar uma hora parado em um congestionamento no fim de tarde para ir para casa, após um dia de trabalho, é realmente o melhor dos mundos? Isso é tentar ser um país de primeiro mundo? Logicamente que não, mas para mudar, ficou claro em nossa reportagem, é preciso que essa vontade, esse desejo de algo novo, brote na sociedade civil. Aí, teremos um futuro promissor.

FUNDABRINQ – Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança e do Adolescente

Boa leitura, Cristiano Escobar Maia

FACISC - Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina

Errata Impresso em papel certificado Suzano. Uma garantia de que este é um produto de base florestal que resultou de um processo de produção economicamente viável, socialmente justo e ambientalmente correto.

Ao contrário do que informamos na edição anterior em nosso Especial Tecnologias em Gestão, a empresa Lippel não procurou uma ferramenta de BI com a Senior, e sim de ERP. A Lippel implantou a solução Sapiens® Gestão Empresarial, que é a solução de ERP da Senior.



índice

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Qual futuro que queremos?

Problemas com mobilidade urbana atingem cidades de todos os portes. As perspectivas de melhoras em curto prazo são pífias. Falta planejamento e falta a percepção da sociedade de que o modelo atual é insustentável.

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Pesquisas indicam caminhos para encontrar a satisfação profissional.

Quando assunto é estresse, seu chefe está na sua lista negra?

gestão de pessoas

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Juliana Rodermel Joaquim escreve sobre endomarketing

Como elevar as receitas melhorando o desempenho dos distribuidores.

Carlos Peres, sócio da PwC, escreve sobre “O Mundo em 2050” e as perspectivas para o Brasil.

artigo

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gestão de pessoas

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let’s go to market

artigo


índice

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logística

entrevista

CNT aponta principais projetos de infraestrutura para desatar o nó logístico no País. Só em SC, são R$ 11,5 bilhões.

Fabio Mestriner, do Núcleo de Estudos da Embalagem ESPM, diz que as empresas têm investindo, cada vez mais, na produção e inovação das embalagens.

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Pecuaristas recebem aulas sobre derivados lácteos

Diretor-técnico do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos, fala sobre as perspectivas para as MPEs

micro e pequenas

60 abrh

Confirmados os palestrantes para o CONCARH 2011

entrevista

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lazer e consumo

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estante

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agenda 07

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MBonline

www.portalmercado NOVO PORTAL MERCADO BRASIL NO AR! O endereço www.portalmercadobrasil.com.br é mais um resultado de muito estudo e dedicação da equipe da Mercado Brasil. Tanto esforço foi para criar, para vocês leitores, uma página na internet com as notícias que estão acostumados a lerem aqui e muitas novidades. Agora, além de receber a revista impressa uma vez por mês, acompanhe as principais notícias do mercado 24 horas por dia.

O painel com as novidades traz as mais recentes notícias publicadas no portal. Nesse espaço também há matérias exclusivas produzidas pela equipe da Mercado Brasil para o site.

As Revistas Mercado Brasil, Mercado Joinville e Mercado Blumenau, além de estarem nas bancas, agora também estão disponídisponí veis na versão on-line. É só clicar e folhear virtualmente.

O espaço “Artigos e Opiniões” é uma das novidades no novo portal da MB. Aqui os leitores vão encontrar textos sobre diversos assuntos, escritos por empresários, professores, escritores...

Os internautas também poderão ler e interagir com as notícias publicadas. Em cada matéria das seções Negócios, Economia, Marketing, Tecnologia, Sustentabilidade e Gestão há o link de compartilhamento nas redes sociais.

FACEBOOK Além de ser uma ampla rede de relacionamentos, o Facebook também traz conteúdo inteligente para os usuários. Novidades sobre economia, gestão, sustentabilidade, negócios e tecnologia estão na página da Mercado Brasil. Curtir o perfil é garantia de conhecimento e informações de primeira mão sobre o novo portal.

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TWITTER Os seguidores do Twitter da Mercado Brasil, além de receberem informações sobre as revistas, vão ser os primeiros a saber quais foram as mais recentes postagens no portal e notícias do mercado. E o melhor: você ainda pode repassar todas as informações aos seus seguidores através do Retweet. Siga @mercado_brasil.

ASSINATURA Para aqueles que não dispensam uma boa revista impressa, ainda podem solicitar a assinatura da Mercado Brasil pelo novo portal. Na página inicial, é só clicar na seção “Assine” e preencher o formulário. O pagamento pode ser feito no cartão de crédito. E pronto! É só esperar a sua edição chegar pelos Correios.


MBonline

brasil.com.br débora kellner

MENSAGENS DO LEITOR A Internet já é um meio de comunicação indispensável na vida da maioria da população mundial. E com ela muitas ferramentas surgiram. Como as redes sociais, que já conquistaram milhares de fãs. A rede social criada por Mark Zuckerberg, o Facebook, é o tema de um artigo de George Matias de Oliveira, coordenador da ACIB Jovem e Diretor de Tecnologia Cejesc – Conselho Estadual do Jovem Empreendedor de Santa Catarina. No texto, George também fala da importância dessa rede para as empresas. Quer saber mais sobre o assunto? Leia o texto completo na seção de artigos do Portal Mercado Brasil.

Gostaríamos de parabenizar a Editora Mercado Brasil pela reformulação do portal. Sem dúvida, ficou mais atual e mais harmônico sem deixar de lado a principal característica da publicação: ser uma das principais fontes de informação Kroeger, analista sobre a economia de Santa Catarina Janaínade Andrea Marketing da Wanke S.A. Sou leitor assíduo da revista Mercado Brasil e considero-a de leitura obrigatória para quem busca informação de qualidade e objetiva. Quero parabenizar a equipe da revista, em especial pela edição no 81, pela excelente matéria “Negócios à parte...” que abordou com eficiência e clareza um tema delicado e pouco explorado na mídia como o da escolha de um sócio. Não há como deixar de enaltecer o capricho na diagramação e o acabamento gráfico esmerado que deixam mais prazerosa a sua leitura a cada edição. A todos, mais uma vez, os meus parabéns!

Dimas Lima Junior, diretor executivo da Kryohunter Comunicação.

Diferente! Leio mensalmente a revista Mercado Brasil e em cada edição percebo a preocupação em buscar temas relevantes para o contexto empresarial. São iniciativas diferenciadas, exemplos de casos de sucesso, entre outros assuntos. Parabenizo pela excelente iniciativa de lançar a Mercado Joinville, demonstração de atenção com os leitores. Além do conteúdo a revista tem uma diagramação leve sem deixar de ser marcante. Sucesso! Aline Ev, coordenadora de Marketing da Rôgga S.A. A sustentabilidade

Ao abordar o tema Sustentabilidade em sua edição de março, a revista Mercado Brasil mostrou a preocupação da sociedade catarinense com o tema e a necessidade imediata de mudanças em nosso modo de vida. Parabéns a publicação por abordar o assunto. Wilmar Cidral, gestor educacional da Sustentare Escola de Negócios.

Você tem alguma opinião, sugestão, elogio ou crítica sobre a revista ou o portal da Mercado Brasil? Mande para a gente! Envie e-mail com o nome completo e profissão para redacao02@editoramercadobrasil.com.br

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mercado

Novo shopping em Blumenau O segundo shopping do Grupo Almeida Júnior em Blumenau, SC, será inaugurado no fim de abril. Com construção horizontal, o empreendimento tem 68 mil metros quadrados de área construída, e 1.900 vagas de estacionamento cobertas e descobertas em um terreno de 115 mil metros quadrados. O shopping terá 238 lojas, sendo nove lojas âncoras. Grandes empresas, como: Renner, Centauro, Havan, Americanas, Marisa, McDonald’s e Burger King estarão presentes no local. O Blumenau Norte Shopping também irá inaugurar sete salas de cinemas, sendo uma em terceira dimensão. O empreendimento terá um hipermercado com 6.500 m2 e um hotel da rede Íbis.

Cai o índice de confiança O índice de confiança da Indústria de Santa Catarina teve uma pequena queda em fevereiro. O número, calculado pela Federação das Indústrias – FIESC com base na opinião de 130 empresários sobre as condições atuais da economia registrou 58,2 pontos, ante 59,8 pontos em janeiro. O índice também está abaixo da média nacional, que em fevereiro foi de 61,8 pontos. A queda da confiança na economia em fevereiro, segundo os empresários, se deu em função de o real continuar supervalorizado, pelo aumento expressivo de alguns insumos e matérias-primas, dificuldade para obtenção e custos da mão de obra, pela concorrência internacional e juros elevados.

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Climatizador ecológico A Cativa Têxtil, de Pomerode, SC, implantou em sua unidade de Rio dos Cedros um sistema ecológico de redução de temperatura do parque fabril. O Climatizador Evaporativo é 90% mais econômico do que os aparelhos de ar-condicionado comuns, já que registra baixo consumo de água e energia. O equipamento transforma a água em vapor para reduzir a sensação térmica, trocando o ar de 20 a 30 vezes por dia. A Cativa investiu R$ 45 mil no novo sistema e estuda a possibilidade de instalar o climatizador nas demais unidades da empresa.


Jaraguá do Sul sediará Convenção de Lojistas de 2012 Jaraguá do Sul foi escolhida como a cidade sede da Convenção Estadual dos Lojistas em 2012. A escolha da Federação Catarinense de Câmaras de Dirigentes Lojistas - FCDL, foi motivo de comemoração para a Câmara de Dirigentes Lojistas – CDL de Jaraguá do Sul, já que a cidade não recebia o evento há dez anos. Para a entidade, o resultado demonstra a representatividade da entidade no movimento lojista catarinense. O objetivo é que o evento seja preparado para receber pelo menos 1.500 participantes.

Unoesc Chapecó cresce A universidade Unoesc, de Chapecó, SC, começou o ano comemorando o resultado de crescimento. Desde o fim de 2008, quando o grupo adquiriu a antiga Faculdade Exponencial - FIE, o número de alunos nos cursos de graduação e pós-graduação cresceu cerca de 70%. Na graduação, a projeção é de que passou de 1.243 acadêmicos para 1.940 e, na pós-graduação, de 159 para 440 estudantes, em apenas dois anos. Para o diretor da Unoesc Chapecó, professor Eliandro Gustavo Bortoluzzi, o resultado se deve especialmente ao compromisso da instituição com a garantia da qualidade do ensino, qualificação de professores, benefícios aos estudantes e projetos que contribuem com o desenvolvimento regional.


mercado

Água de Cheiro adquire Akakia Uma negociação iniciada ainda no final de janeiro terminou com a aquisição da empesa catarinense de cosméticos Akakia, de Palhoça, SC, pela rede Água de Cheiro, de Lagoa Santa, MG. A marca e a rede de lojas da Akakia – que hoje possui cerca de 140 franqueados em todo o País - foram o foco da negociação. A Água de Cheiro faz parte do conglomerado Globalbras e forma uma rede com mais de 500 lojas em todo o Brasil. A meta da empresa é atingir as mil lojas até o fim deste ano.

Havan inaugura mais lojas A rede de varejo Havan irá inaugurar duas novas filiais até o fim deste ano. As lojas serão instaladas em Joinville, na Avenida Santos Dumont, e Chapecó, no Shopping Pátio Chapecó. Em Joinville, a loja terá nove mil metros quadrados, dois pisos e estacionamento coberto com 300 vagas, gerando 200 novos empregos. A previsão é que sejam investidos R$ 15 milhões na unidade. Em Chapecó, a loja terá cinco mil metros quadrados e receberá investimentos de R$ 10 milhões, com geração de 200 novos empregos. Recentemente, a rede inaugurou uma filial em Florianópolis, onde foram investidos R$ 15 milhões. A previsão é que a rede atinja as 50 lojas até o final de 2012.

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Hering inaugura museu Em agosto de 2010, a empresa Hering comemorou 130 anos de história e, para celebrar esta data, inaugurou o Museu Hering junto com a exposição “Tempo ao Tempo”, onde os visitantes poderão ter contato com a história tanto da empresa quanto da indústria têxtil em geral. O museu é a concretização de um desejo expressado em 1980 pelo então presidente da companhia, Ingo Hering. Montado no casarão enxaimel, próximo à fábrica no bairro Bom Retiro, em Blumenau, SC, o Museu Hering traz ao público os equipamentos e tecidos utilizados ao longo dos anos, além de peças de roupa e documentos, publicidade e muitas fotografias.

Porto de Itajaí ampliará Píer O Porto de Itajaí lançou, no fim de março, o edital para as obras do projeto de ampliação do Píer de Passageiros Guilherme Asseburg, no Centro Histórico de Itajaí. Essa fase prevê a ampliação em mais de mil metros quadrados com a consolidação de sala de espera com 564 lugares, mais sala de embarque e desembarque, área destinada à alfândega, check-in, check-out e salas de apoio. Ainda serão feitos investimentos em equipamentos, como os detectores de metais e aparelhos de raio-x para bagagens. Os investimentos projetados inicialmente devem chegar a R$ 2 milhões.


mercado

Itaú lança campanha internacional

Para aumentar o reconhecimento da marca Itaú em países onde o banco não tem pontos de venda, a nova campanha internacional realizada pelo Itaú contará com a atriz Alice Braga, o artista Vik Muniz e o jogador de polo Nacho Figueras como garotos propaganda. A ideia é tentar impactar investidores com interesse na América Latina. Além dos anúncios impressos, a estratégia inclui também o lançamento do endereço www.itau.com, site em inglês com conteúdo voltado ao público investidor. Criado pela agência Gringo, é o primeiro endereço “.com” de um banco.

Meninos & Meninas investe

Empresa Cidadã Estão abertas as inscrições para a 13a edição do prêmio Empresa Cidadã ADVB/SC 2011. Essa edição vai homenagear as empresas catarinenses que trabalham com a responsabilidade social. Para participar da premiação, as empresas podem inscrever cases de sucesso que estejam relacionados a projetos nas áreas de preservação ambiental, participação comunitária e desenvolvimento cultural. Todos os projetos inscritos serão examinados, entre os dias 15 e 29 de abril, por uma comissão julgadora. O resultado será divulgado no dia 2 de maio e a entrega da premiação será no dia 2 de junho, em Joinville, SC. As empresas interessadas em participar devem se inscrever pelo site www. advbsc.com.br.

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O grupo Meninos & Meninas inaugurou, em março, a ampliação da loja localizada no Shopping Beiramar, em Florianópolis, SC. A unidade, que tinha 110 metros quadrados, agora conta com 150 metros quadrados. Com a ampliação, a loja aumentou o mix de produtos e oferece mais conforto aos clientes. Atualmente, a empresa conta com mais de dois mil itens à venda. A unidade do Shopping Beiramar foi inaugurada em 2008 e está prestes a completar três anos de existência. Com a ampliação, o quadro de funcionários, atualmente de nove colaboradores, também vai ser ampliado.


Albert Fishlow na Incentivo para Expogestão 2011 produtos de SC A nona edição da Expogestão - Congresso Nacional de Atualização em Gestão e Feira de Produtos e Serviços da Gestão, que acontece no Centreventos Cau Hansen, em Joinville, SC, de 7 a 10 de junho, já definiu alguns participantes do evento. Um dos palestrantes internacionais já confirmados é o economista americano Albert Fishlow. Professor emérito da Universidade de Columbia, falará do livro que está lançando “O novo Brasil: as conquistas políticas, econômicas, sociais e nas relações internacionais” (Saint Paul Editora).

Os supermercados Breithaupt estão promovendo uma campanha em prol dos produtos produzidos no Estado. A campanha “Produtos Catarinenses” é uma maneira de introduzir os itens da região na lista de compras dos clientes, visto que os preços estão abaixo de mercado. Este tipo de ação faz parte da cultura da empresa, que desde sua fundação investe em parcerias e na divulgação dos produtos regionais. Com mais de mil itens em promoção, estima-se um crescimento de aproximadamente 10% na venda dos produtos Catarinenses nesse mês.

Prêmio de qualidade A Drogaria Catarinense foi contemplada, pelo terceiro ano consecutivo, com o Prêmio de Qualidade do Conselho na Farmácia. No concurso promovido pela L’Oréal – Divisão Cosmética Ativa, a Drogaria Catarinense se destacou mais uma vez pelo atendimento, aconselhamento e relacionamento com os clientes. As 14 principais redes do Brasil foram avaliadas. A análise foi feita com base em relatórios de visitas de clientes. Cada rede recebeu cerca de 20 visitas, em média.


mercado

Malwee é premiada A Malwee, empresa têxtil de Jaraguá do Sul, SC, conquistou o Prêmio Mérito Lojista Nacional, na categoria Moda, segmento “Confecção Feminina”. A estatueta Deusa da Fortuna destaca as ações promovidas pela empresa para o desenvolvimento do varejo no País e é resultado de uma pesquisa realizada durante a 51a Convenção Nacional do Comércio Lojista, que aconteceu em Florianópolis, SC. Na ocasião, as 27 federações estaduais, 1.375 Câmaras de Dirigentes Lojistas e 1.700 SPC que estavam no evento votaram nos parceiros de maior destaque, baseando-se em aspectos como qualidade do produto, preço e atendimento. É 15a vez que a Malwee é eleita para receber o prêmio.

Amanco cresce A Amanco Brasil agora se chama Mexichem Brasil. A mudança da denominação incorporará as outras empresas da Mexichem no País: Bidim, Plastubos e Doutores da Construção. A Amanco Brasil foi comprada pelo grupo mexicano de empresas químicas e petroquímicas. A Mexichem Brasil pretende investir R$ 148 milhões em 2011. O valor inclui aumento de 20% na capacidade de produção das fábricas, desenvolvimento de novos produtos, comunicação e nos pontos de venda do varejo da construção e capacitação profissional. As vendas líquidas da Mexichem Brasil no ano passado somaram R$ 946 milhões, um crescimento de 18% em comparação a 2009.

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Especialista nacional A SBA Associados, empresa catarinense que atua nas áreas de gestão de pessoas, processos, comercial e estratégica, faz parte de uma seleção de consultorias e consultores de todo o Brasil convidados para falar sobre coaching no livro Ser + com Coaching. Na obra, Sidney Bohrer de Aguiar, diretor da empresa, detalha a metodologia Coaching Ativo, que foi desenvolvida para levar alguns conceitos de mudança de postura na área de processos para dentro de indústrias. Entre os diferenciais da metodologia está o acompanhamento do consultor de forma constante no dia-a-dia dos profissionais participantes.



varejo

Evento reconhece empresas que tiveram mais representatividade e sucesso entre o seu público

T

odos os anos, o Prêmio Academia do Varejo Marisol homenageia as empresas que tiveram mais representatividade e sucesso entre o seu público, durante o ano anterior. Este ano, em sua 8a edição, o prêmio reconheceu a importância de 25 empreendimentos de diferentes regiões do Brasil, em um evento realizado no Auditório da Academia do Varejo, em Jaraguá do Sul, SC. O prêmio é dividido em cinco modalidades. A categoria “Personalidades de Vendas” deu destaque às empresas de representação comercial que trabalham com as marcas do grupo Marisol. Na modalidade “Credenciados do Ano”, foram reconhecidos os profissionais de ênfase dentro da Rede de Valor One Store Marisol. Os lojistas que se destacaram em sua atuação e busca pelo crescimento foram destaque na categoria “Lojistas do Ano”, enquanto a modalidade “Franqueados do Ano” premiou os franqueados com melhor desempenho em 2010. Por fim, a categoria “Consultor de Campo” elegeu o consultor que se destacou em função de resultados obtidos com os serviços prestados. “Esta premiação laureia o empenho de todos os envolvidos nas missões e premissas da Marisol, como uma gestora de marcas e canais de distribuição”, afirma o gerente de RH da Marisol, Sérgio Conrad. Segundo ele, com isso a empresa almeja contribuir cada vez mais com o amadurecimento do segmento de varejo nacional.

PERSONALIDADES DE VENDAS

LOJISTAS DO ANO

Vlamir Elias P. de Oliveira -

Beverli Modas Ltda.

Oceânica Representações Ltda.

Ivo Henrique Matavelli

Osmar Sundstron -

Junior - Matavelli Xavier

Sundstron Repres. Ltda-ME

Confecções Ltda. Daniel Siqueira Ferreira –

CONSULTOR DE CAMPO

Grupo Pequena de Ouro

Uilson da Silva Revel -

da Silva - Planeta Kids

Leão Revel Consultoria e

de Itaguaí Roupas Ltda.

Vendas Ltda.

Ana Lucia Barbosa da

CREDENCIADOS DO ANO

da Fonseca-ME

Maria das Dores Nazário

Cavalcanti Ciríaco-ME

Knabben - Knabben & Nazario

Solange da Silveira Follador -

Confecções Ltda-ME

Denquinho O Universo da Criança

Raphael Mitunari

Claudio S. Obata - Yoshiharu

Matsuyama - Mimatsu

Obata & Cia. Ltda.

Confecções Ltda - EPP

Imane Salim Elmasri Chehab -

Roneudia Albuquerque M.

Shopping Show Modas Ltda.

Cavalcante - R. Leorde

Tânia Maria Vieira Reis –

Confecções Ltda.

Grupo Vestuário

FRANQUEADOS

Pintos Ltda.

Alexandre Signori - Lavini Co-

Claudia Barreto

mércio de Confecções Ltda.

Lima Revoredo – TDM

Marcione de Oliveira Pimenta -

Comércio de Confecções Ltda.

Priscilla Pina Siqueira Campos - Priscila Pina Siqueira Campos Sonia S. G. Vegini - Gui & Gabi Com. do Vestuário Ltda. Erenilda Martins Bortolin R. Bortolin Confecções Roberta Lima Rueda - Mar Comércio de Vestuário Infantil Ltda. Vambersom Fabri - Baby Studio Confecções Ltda - ME

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Lucia Ciríaco - Lucia

Delfim Pinto de Sá Quintela -

Infantis e Acessórios Ltda.

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Sandra Abrahão Oliveira

Fonseca - Ana Lucia Barbosa

Querubim Com. Varejista de Conf.

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Ani Mika Obara Takayama -



capa

Problemas com mobilidade urbana atingem cidades de prazo são pífias. Falta planejamento e falta a percepção da

Qual futuro 20

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capa

todos os portes. As perspectivas de melhoras em curto sociedade de que o modelo atual é insustentável kamila schneider

queremos? Q

uando o assunto é transporte, a palavra que melhor descreve Santa Catarina é “possibilidades”. Mas, apesar de ser detentor de três aeroportos nacionais, seis grandes portos e 17 rodovias federais, o Estado vive uma ambiguidade: ao mesmo tempo em que possui sistemas de transportes modernos e eficientes, a mobilidade urbana se torna cada vez mais caótica - impulsionada principalmente pela frota de quase 3,5 milhões de veículos. Neste cenário típico do século 21, a solução mais apropriada está justamente aquém daquilo que estamos acostumados no dia a dia. Já não basta mais criar novas estradas ou readequar vias para os antigos sistemas de locomoção. O foco começa a se voltar para outras possibilidades: os chamados transportes alternativos. Antes, é importante compreender o que significa, transporte alternativo. Ao contrário do que se costuma pensar, esse termo não tem nenhuma ligação com a sustentabilidade, explica o doutor em engenharia de produção da Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC, João Carlos Souza. Basicamente, se encaixa nessa definição todo o transporte que está fora do convencional, do uso cotidiano. “Quando uma cidade tem preponderância de determinado transporte e cria outra opção para

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sustentabilidade atender a demanda, este é alternativo”. Ser ou não um transporte convencional irá depender exclusivamente do desenvolvimento e da cultura de cada local – em algumas cidades, por exemplo, o metrô é convencional, enquanto outras sequer possuem esse sistema. O fato é que, mesmo não havendo relação entre “alternativo” e “ecológico”, os termos se tornaram praticamente uma coisa só. Com o tão presente conceito de desenvolvimento sustentável, não há como fugir dessa ligação: além de ser alternativo, o transporte precisa ser ecologicamente correto, senão o benefício é incompleto. Como diz o velho ditado, “unir o útil ao agradável”.

O segredo é planejar “Todo o sistema de transporte necessita de muito planejamento. Às vezes, mudar uma rua resolve, mas às vezes causa um transtorno ainda maior”. Não é a toa que Souza, doutor em engenharia de produção da UFSC, insiste em frisar a importância do planejamento: sem ele, as estradas podem se tornar um verdadeiro caos no futuro. Basta olharmos para alguns municípios brasileiros, que hoje enfrentam problemas sérios de mobilidade social devido a vias mal projetadas, regiões montanhosas que dificultam a abertura de estradas e até pontes que afunilam o trânsito. Ainda assim é fato que, nada disso seria um grande problema se não houvesse tantos carros pelas ruas do País. “Todos gostam do conforto, então dificilmente alguém se dispõe a deixar o seu carro e ir com transporte coletivo. Eu mesmo, quase sempre, prefiro pegar meu carro e enfrentar um congestionamento. Se as pessoas utilizassem mais o transporte público, a situação melhoraria”, afirma.

Transporte público de qualidade É claro que também existem outros motivos que desestimulam essa prática. A falta de um transporte público de qualidade, por exemplo, é o principal deles. Segundo o presidente da Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina – Fatma, Murilo Flores, mesmo o ônibus sendo um veículo automotivo e poluente, sua utilização reduz o número de veículos na estrada, desobstruindo vias, reduzindo a pressão sobre o meio ambiente e a emissão de CO2 na atmosfera. “Infelizmente aqui não possuímos alternativas mais ambientalmente saudáveis, que são os transportes públicos movidos a energia alternativa, principalmente elétrica”, afirma Flores. Ele explica que, nos principais centros da Europa, por exemplo, metrôs,

Metrô de Londres, o mais antigo e extenso do mundo

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trens e bondes elétricos demonstram ser uma ótima solução para a melhoria do transporte público sem danos graves ao meio ambiente. Porque, então, é tão difícil utilizar tecnologias como essas no Brasil? Novamente, a resposta é planejamento. De acordo com Flores, hoje os urbanistas modernos pensam as cidades de forma que as pessoas precisem se deslocar pouco no cotidiano. Ao invés de projetar estradas para grandes quantidades de veículos, pensa-se em alternativas para mantê-los em casa. Esse novo modelo de urbanismo é muito diferente do modelo estipulado no século passado, em que as empresas são afastadas e os trabalhadores se deslocam por grandes distâncias.



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DECISÕES ESSENCIAIS PARA O FUTURO Há muitos casos de países e centros urbanos que passaram por grandes modificações para se adequarem ao novo modelo. Mas, sem dúvida, isso representa um desafio. Por agora, aponta Flores, as decisões precisam estar voltadas para a melhoria do transporte público para que, no futuro, o replanejamento das cidades se torne mais palpável. Conforme Souza, não existe um modelo de transporte que possa resolver todos os problemas - cada sistema tem suas vantagens e desvantagens. “Mas uma coisa é certa”, complementa o especialista, “as pessoas só trocam de transporte se o custo generalizado for menor, oferecendo conforto, segurança e tempo”.

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Alternativos e viáveis Imagine a cena: um homem bem arrumado, com roupas sociais, capacete e tornozeleira, andando de bicicleta em plena manhã de um dia de semana qualquer. Parece impossível, mas essa cena existe, pelo menos na vida do empresário Eldon Egon Jung. E nesse caso, é ele mesmo o homem de quem estamos falando. O empresário blumenauense adotou a bicicleta como seu transporte “oficial” quase inconscientemente, quando resolveu deixar o carro em casa para sentir o prazer de pedalar até o trabalho. Tamanha paixão o levou para caminhos inesperados. Percebendo a dificuldade que os funcionários de sua empresa sentiam para se deslocar no trânsito movimentado de Blumenau, SC, Jung se juntou a outros empresários para criar a Associação Blumenauense pró-Ciclovias – ABC Ciclovias. A entidade tem como objetivo desenvolver projetos e ações para melhorar o trânsito da cidade e instigar o uso de meios de transporte alternativos. Mas segundo Jung, para que as pessoas tenham vontade de modificar seus hábitos é preciso atuar em dois eixos, oferecendo infraestrutura e conhecimento. Uma coisa depende da outra. “Primeiro, é preciso criar condições - não necessariamente ciclovias, mas rotas seguras, nas quais se tem garantia de que os veículos irão andar devagar. Para isso, a comunidade precisa estar consciente, mas se ela não está, cabe aos responsáveis se atualizarem e passarem essa informação”. O primeiro projeto desenvolvido pela entidade prevê uma ciclovia de 150 quilômetros em Blumenau. Já se passaram 14 anos desde a sua elaboração e um terço da ciclovia está finalizado. Parece pouco, mas é o bastante para incentivar a criação de novos projetos. De acordo com Jung, existem centros urbanos na Europa que iniciaram a reestruturação de seus sistemas de transportes há mais de 40 anos e só agora estão concluindo as obras. “Um dia é preciso começar”, salienta.

Empresário Eldon Jung adotou a bicicleta como transporte oficial quando resolveu deixar o carro em casa para sentir o prazer de pedalar até o trabalho



capa

Trilhos ao invés de estradas Em Santa Catarina, o dia escolhido para começar esse movimento foi 24 de maio do ano passado. Não chega a ser o início de uma revolução no sistema de transporte, mas é uma opção que promete melhorar em muito esse setor. Trata-se da ampliação e aperfeiçoamento do sistema ferroviário catarinense, projeto que contou com o apoio de diversas associações do Vale do Itajaí, Blumenau e região. Jung explica que, entre as sugestões feitas pelas entidades, está a possibilidade de transportar cargas e passageiros pela linha ferroviária. Para ele, dessa forma seria possível desafogar o trânsitos de algumas rodovias, diminuir o custo do transporte para os trabalhadores e ainda criar uma nova opção de turismo no Estado, tendo em vista que o projeto inclui uma ferrovia litorânea. No total, está prevista a construção de cerca de 1.200 quilômetros de ferrovias, indo de Imbituba a Araquari (litorânea) e Itajaí a Chapecó (leste-oeste), sendo que uma das solicitações foi

Dionísio Cerqueira

ampliar o traçado da ferrovia leste-oeste até Dionísio Cerqueira. Agora, o projeto está em processo de captação de recursos para execução, explica Jung. “Pedimos também que seja oferecido o transporte da bicicleta [pela ferrovia]. Paralela à ferrovia, queremos construir uma ciclovia, com uma proteção de árvores entre elas”, descreve o empresário, destacando que, se implantado, esse será um sistema pioneiro no País. A princípio, Jung explica que a ciclovia não foi inclusa no projeto, sendo responsabilidade de cada município. “Em maio acontece um seminário com todos os municípios em que a ferrovia vai passar para conversar sobre o projeto”. Na ocasião, será discutida a viabilidade da ciclovia, com o objetivo de mobilizar os municípios a realizarem a obra, e detalhes sobre o projeto ferroviário. “Vai custar caro, mas talvez não tanto quanto custa para o País cada morte nas rodovias”, afirma Jung.

São Francisco do Sul

Mafra

Porto União

Joinville

Araquari

Xanxerê

Blumenau Palmitos

Chapecó

Herval D´oeste

Itajaí

Ponte Alta

Florianópolis

Imbituba

FERROVIAS EXISTENTES Ferrovia ALL (América Latina Logística)

Laguna

Ferrovia Tereza Cristina Criciúma

FERROVIAS PLANEJADAS Ferrovia Leste-Oeste Ferrovia Leste-Oeste (trexo novo) Ferrovia Litorânea

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capa

SESI Como não é possível exigir que a população deixe seus carros na garagem, o jeito é estimular esse hábito. Foi pensando nisso que o Sesi/SC criou o projeto “Deslocamento ativo dos trabalhadores, com uso de bicicleta, na indústria”. Baseada nos dados de uma pesquisa própria, que indicou que 13,1% dos trabalhadores das indústrias catarinenses utilizam a bicicleta como forma de deslocamento ao trabalho, a entidade resolveu apostar na ideia para incentivar ainda mais o uso desse meio de transporte. Por meio da pesquisa, o Sesi/SC constatou que há um declínio desse hábito nos últimos anos no Estado, mesmo nas cidades com uma cultura mais enraizada em torno do uso da bicicleta. “Dessa forma, pensamos em resgatar essa atividade e unir ao uso da bicicleta como atividade física e à questão ambiental”, afirma a coordenadora do centro de tecnologia social do Sesi/SC, Angélia Berndt. Iniciada em outubro de 2010, a pesquisa trabalha com um processo de mudança de comportamento, baseando-se em atividades educativas para desenvolver o comportamento ativo em relação à bicicleta, descreve Angélia. O projeto está sendo desenvolvido e encubado dentro de uma empresa catarinense, onde os pesquisadores podem analisar as atividades e avaliar os resultados. A fase de elaboração do projeto – aprovado pelo edital Senai/Sesi de Inovação - segue até fevereiro de 2012, ano em que o Sesi/SC irá comercializar o produto para as empresas. Além de reduzir o impacto ambiental, a utilização da bicicleta encurta o tempo de deslocamento – sendo indicada para trajetos de até sete quilômetros -, diminui o risco de acidentes graves e representa economia para o trabalhador.

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logística

Pesquisa da CNT aponta a necessidade imediata de

Bilhões para N

oventa e nove. Esse é o número de projetos sugeridos para começar a existir uma melhora no setor de transporte no Estado de Santa Catarina. As ações estão no plano da Confederação Nacional de Transporte – CNT de Transporte e Logística 2011. O Plano foi desenvolvido para apoiar o potencial socioeconômico do País, usando como base a intermodalidade. Existem sugestões para rodovias, ferrovias, hidrovias e aerovias para o Brasil e para cada Estado brasileiro especificamente. O destaque da pesquisa são as medidas de melhorias para receber a Copa do Mundo de 2014 e às Olimpíadas de 2016. Nesse caso, o governo deve investir R$ 33 bilhões. Mas, para superar problemas que emperram um crescimento, em Santa Catarina, a CNT sugere valor mínimo de R$11,5 bilhões - dinheiro estimado para solucionar as 99 propostas de todas as modalidades de transporte,

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incluindo a construção e ampliação de terminais intermodais. Entre as principais sugestões para Santa Catarina estão a ampliação do Aeroporto Internacional Hercílio Luz, em Florianópolis, e a construção de contornos ferroviários nas cidades de Jaraguá do Sul, Joinville, São Francisco do Sul e Tubarão. Além disso, a ampliação das áreas portuárias e dragagens de aprofundamento dos portos catarinenses. Para o setor rodoviário, os investimentos seriam para a duplicação de 715 km de trechos das rodovias BR-116 – que vai da divisa com o Paraná até a divisa com o Rio Grande do Sul, – BR-153 – que liga o Estado as regiões Centro-Oeste e Norte do País – e BR-470 – rodovia de Navegantes a Campos Novos. Ainda entre os principais projetos, a construção de um terminal intermodal em Chapecó e outro em Dionísio Cerqueira.


logística

manutenção e expansão da malha logística do País fernanda dellagiustina

nossa logística Poucos investimentos Segundo estudo da Federação das Indústrias de Santa Catarina – Fiesc , a execução do Orçamento Geral da União – OGU, para transporte e logística, demonstra que foi investido pela União R$ 490 milhões, dos R$ 907 milhões previstos em 2009. No ano de 2010, o valor foi ainda menor, R$ 75 milhões de R$ 572 milhões estipulados. A CNT acredita que tem sido comum os governos estaduais e federal não completarem a execução orçamentária anual conforme estabelecido em seus planos. Vê, como algumas das razões: o licenciamento ambiental, pareceres contrários de órgãos de fiscalização, entre outros fatores governamentais. Acontecimentos, que acabam representando o prejuízo para a sociedade.

PREJUÍZOS NA COMPETITIVIDADE O presidente da Fiesc, Alcantaro Corrêa, lembra que a matriz de distribuição de carga no Brasil está mais concentrada no modal rodoviário. Os dados de 2009 mostram que em Santa Catarina não é diferente. Nele, o setor rodoviário no Estado conta com 76% de participação, o marítimo desempenha 13%, o hidroviário 5%, o ferroviário também 5% e o aéreo 6%. Para o presidente da Fiesc, as consequências dos problemas gerados pela falta de infraestrutura podem trazer prejuízos para a competitividade no exterior e para economia do Estado. “Não podemos vislumbrar a manutenção da competitividade da nossa indústria, conquistada com grande esforço, sem termos uma infraestrutura de transporte adequada. Dependemos praticamente só do modal rodoviário e os altos custos gerados pelo mau estado das rodovias com riscos de acidentes e alta na manutenção de frota são algumas das grandes dificuldades encontradas”, avalia.

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Falta manutenção nas estradas O gerente de Logística da Oxford, empresa de porcelanas de São Bento do Sul, SC, Jeferson José de Souza, vê como o maior vilão do transporte de cargas das empresas a falta de manutenção das estradas. “Eu falo de sinalização, acostamento, placas, asfaltamento e preencher buracos. A manutenção mesmo. Por exemplo, a serra da Ana Francisca foi iluminada há uma década e se for contar hoje, talvez apenas 50% das lâmpadas estejam funcionando”. Duas das estradas mais utilizadas para o transporte de cargas da empresa, são: BR-101 e BR-116. O gerente da empresa acredita no que aponta a pesquisa da CNT, que o fluxo de carga e veículos aumentou muito nos últimos anos e as estradas não foram feitas preparadas para o crescimento acelerado, por isso sugere: “Deveriam usar outros ‘modais’ como ferrovias, aerovias quem sabe. Usufruir da intermodalidade no Estado. Mas, não adianta apenas tirar os trilhos dos centros urbanos, se não oferecerem estações adequadas”. O diretor de transporte para rodovias da CNT e presidente da Federação das Empresas de Transportes de Cargas no Estado de Santa Catarina – Fetrancesc, Pedro José de Oliveira Lopes, também destaca a importância da intermodalidade no Estado, em relação à pesquisa. “Na verdade, o importante para Santa Catarina não se vincula a projetos isolados, temos hoje uma necessidade muito grande para rodovias, ferrovias e portos principalmente, a intermodalidade. Além disso, BR-470, BR-280, BR-282 – rodovias que ligam o litoral com outras regiões do Estado - são rodovias que merecem uma atenção especial. E, não podemos esquecer a questão do transporte para questão do turismo no Estado, que é de grande importância econômica”.

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ALTO CUSTO LOGÍSTICO Falta de infraestrutura para utilização do modal ferroviário e rodoviário, alto custo logístico, baixa oferta de navios para cabotagem, – transporte marítimo realizado entre dois portos de um mesmo país - são algumas das dificuldades apontadas no Estado, pelo gerente de Distribuição da Portobello Cerâmicas, da cidade de Tijucas, SC. “No nosso segmento, em algumas oportunidades, sofremos a concorrência de frete das safras, desbalanceamento no volume das cargas demandadas entre as regiões”, explica. O plano faz as sugestões, mas não possuí ligação formal com os estados. Os projetos são destinados ao governo, mas cabe ao poder público por em prática. O presidente da Fetrancesc, Pedro Lopes, acredita que a solução não vem só das prefeituras, Estado e País. “Todos os segmentos estão envolvidos, desde a empresa ao motorista. Temos que cobrar e acompanhar as receitas previstas para os projetos, se estão seguindo os cronogramas, o que é realmente aplicado para atender aos anseios e necessidades catarinense” acrescenta.



entrevista

Designer e professor Fabio Mestriner explica porque o design brasileiro ganha prêmios mundo afora por sua criatividade débora kellner

A importância de uma boa IMAGEM P

roduto e embalagem são dois itens que não se separam, revela uma pesquisa do Comitê de Estudos Estratégicos da Abre - Associação Brasileira de Embalagem. Já imaginou ir até o supermercado e comprar uma caixa de bombons sem a caixa, por exemplo? Tão essencial quanto comercializar uma boa mercadoria, é a qualidade da embalagem em que ela está. Para o professor coordenador do Núcleo de Estudos da Embalagem ESPM, Fabio Mestriner, a embalagem tem um grande impacto na hora do consumidor escolher o item que vai comprar. Por esse e muitos outros importantes motivos, as empresas têm investindo, cada vez mais, na produção e inovação das embalagens. No exterior, a embalagem se tornou uma ferramenta de competitividade no mercado. Isso faz com que os investimentos no setor cresçam. No País, a tendência é a mesma. Esse é um dos temas que Mestriner falou à Revista Mercado Brasil. O professor também é autor dos livros Design de Embalagem Curso Avançado e Gestão Estratégica de Embalagem. Confira a entrevista sobre a importância do design de embalagem no atual mercado.

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Revista Mercado Brasil Design de embalagem. Ele é importante para conquistar mercado lá fora? Fabio Mestriner A embalagem tem comprovadamente um grande impacto no desempenho dos produtos de consumo. Isto acontece por vários motivos, mas o principal, conforme revelou uma pesquisa do Comitê de Estudos Estratégicos da Abre - Associação Brasileira de Embalagem, é que o consumidor não separa a embalagem de seu conteúdo, para ele os dois constituem uma entidade indivisível. Isto significa que uma embalagem ruim, compromete a percepção que o consumidor tem do produto. O inverso também é verdadeiro. Esta afirmação vale tanto para o Brasil, como para os produtos de exportação. MB Como está o design de embalagem do Brasil em relação aos nossos principais concorrentes? FM O design de embalagem é um dos setores em que o Brasil não está defasado. Nosso design tem nível internacional e vem ganhando prêmios pelo mundo afora por sua criatividade.


entrevista

MB Qual foi a evolução, nos últimos 10 anos, do trabalho de design de embalagem? FM Hoje, uma boa parte das empresas brasileiras já tem consciência do impacto do design em seus negócios e têm investido neste recurso, o que acabou favorecendo o desenvolvimento do setor e o surgimento de novos cursos, escolas e entidades dedicadas ao tema. Tudo isto fez o design brasileiro se desenvolver bastante nos últimos anos. MB Afinal, como uma embalagem diferenciada pode conquistar o consumidor? FM A embalagem impõe o desempenho do produto porque o consumidor a percebe como parte indissociável de sua personalidade e um valor que se incorpora ao produto. Os principais valores que a embalagem incorpora ao produto são a beleza e o design. Eles fazem toda a diferença no ponto de venda onde 81% das decisões de compra são tomadas. MB Atualmente, no Brasil, quais os polos de inovação em design de embalagem? E como está SC? FM O Brasil tem agências espalhadas por todo território nacional. Em Santa Catarina tem algumas boas agências, eu gostaria de destacar o trabalho da Design Inverso de Joinville, SC, que tem conquistado muitos prêmios, inclusive vários prêmios internacionais.

porque o custo da embalagem já esta incluído no custo do produto, representando uma ferramenta de marketing eficiente a custo zero. Nesse caso, me pergunto: qual é a empresa que pode se dar ao luxo de dispensar uma ferramenta assim no novo cenário competitivo em que estamos vivendo?

A embalagem se tornou uma ferramenta de competitividade (...) ela receberá cada vez mais atenção MB Design de embalagem: é apenas para produtos pequenos ou podemos usar a metodologia para grandes produtos, como máquinas de lavar, por exemplo? FM Não importa o tamanho do produto ou da empresa. Se ele utiliza embalagem, ela é um item de sua constituição que precisa ser bem trabalhado

MB Como é tratado, lá fora, o design de embalagem pelas empresas? FM Nos países mais desenvolvidos do mundo, a embalagem se tornou uma ferramenta de competitividade que tem recebido a atenção da alta administração das empresas e aqui não será diferente, ela receberá cada vez mais atenção. 33

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gestão de pessoas

Ninguém tem a fórmula certa para a satisfação profissional, porém pesquisas revelam que pequenas atitudes podem ajudar muito fernanda dellagiustina

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ixar o olhar no relógio, contar os dias para o próximo fim de semana sendo que o domingo ainda nem chegou ao fim, é o hábito de muitos profissionais. Já que acordar e sair da cama cheio de disposição para exercer mais um dia de trabalho, costuma ser realidade para poucos e tarefa árdua para muitos. Passamos grande parte de nossas vidas trabalhando, para isso é importante nos sentirmos bem com o que fazemos. O mestre em psicologia e coach que atua na área de desenvolvimento de pessoas da Eleva Consultoria de Blumenau, SC, Carlos Henrique Lemberger, mostra que podemos ser felizes na profissão. Mas, tudo depende de como avaliamos o termo felicidade. “Se definirmos como a capacidade de encontrar satisfação em viver, ter adequadas respostas para as dificuldades que se apresentam nas várias dimensões em que estamos inseridos ao longo do tempo, podemos dizer genericamente, que as pessoas podem se autodefinirem como pessoas felizes” explica.

Felicidade e compatíveis Fórmula Ninguém tem a fórmula certa para a satisfação profissional, porém pesquisas revelam que pequenas atitudes podem ajudar a facilitar esse processo. Lemberger analisa que umas das alternativas possíveis, é utilizar da “Inteligência Emocional”. O advogado e coordenador do curso de pós-graduação em Direito Administrativo na faculdade Cesusc, de Florianópolis, SC, Marcelo Harger, se considera uma pessoa bastante feliz e realizada profissionalmente. “Advocacia é uma profissão que exige estudo, paixão e coragem. Acho que sou feliz porque defendo em meus livros e em minha vida profissional as coisas pelas quais acredito”, esclarece Marcelo, que é também autor de artigos científicos e livros publicados sobre Direito. Prospectar novos locais e falar dos negócios para potenciais investidores, é a parte da rotina de trabalho que Bruno Linzmeyer, gerente de projetos da rede Hotel 10, mais gosta. Ele trabalha no empreendimento da família e é entusiasmado com a profissão: “Simplesmente por ser apaixonado pelo que faço, e por saber que estamos desenvolvendo algo novo, criado por nós. Algo que encanta hóspedes, colaboradores e investidores”, destaca Bruno. O hotel foi reconhecido no ano de 2010 pelo Guia Quatro Rodas, na categoria “Bom e barato”.

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gestão de pessoas

trabalho são sim senhor Inteligência Emocional Ter em mente que nenhuma profissão é perfeita e perceber que mesmo os mais satisfeitos profissionalmente passam por fases mais e outras menos felizes, é importante. Acontece com qualquer pessoa e em qualquer profissão. Todos temos momentos difíceis no trabalho. Nesse ponto, entra o conceito da Inteligência Emocional, que presa o pensamento positivo e a capacidade de lidar com as situações e a emoção. “Botar a razão na minha emoção. Poder fazer com que de alguma forma as emoções sejam filtradas pela razão, para lidar melhor com elas e assumir a responsabilidade delas. É não ficar se colocando no papel de vítima o tempo todo. As pessoas se chateiam e o que fazer com essa grande chateação é a questão”, afirma o coach e psicólogo, Carlos Henrique Lemberger. O advogado Marcelo Harger concorda com o conceito de que ninguém é feliz o tempo inteiro. Para ele o que conta é pesar a média desses momentos. “Por outro lado, é importante perceber que a felicidade não é algo exterior, é algo interno. Não podemos mudar as coisas que acontecem, mas podemos mudar a nossa maneira de reagir diante delas”, revela.

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gestão de pessoas

Componentes principais da Inteligência Emocional Segundo estudos realizados pelo psicólogo Daniel Goleman, autor do livro “A Inteligência Emocional”, existem cinco componentes principais que estabelecem essa inteligência. São: a autopercepção –, que é a capacidade das pessoas conhecerem a si mesmas - o autocontrole – é a capacidade de administrar as emoções –, a automotivação – capacidade de motivar-se para alcançar seus objetivos –, a empatia – habilidade de comunicação interpessoal e de harmonizar-se com as pessoas – e práticas sociais- capacidade de trabalho em equipe. Para aqueles que não gostam do que fazem, uma das sugestões é se perguntar: por que estou aqui? É o que explica o psicólogo Carlos Lemberger: “Se eu mudo a forma de pensar sobre a situação, eu mudo a forma com que eu me relaciono com ela. Se eu só conseguia ver o lado ruim, temos que tentar enxergar o lado bom. O pensar positivo é importante pra dar ânimo para encontrar alternativas. Acordar e pensar, o que vou fazer hoje e seguir atrás desses objetivos. Melhor do que pensar que saco, tenho que trabalhar, já amanhece com um bloqueio para o que tem a fazer pela frente”. No meio de tudo, algo que influencia e muito é a vida pessoal. Apesar de muitas pessoas saberem separar bem a vida profissional da vida particular, uma sempre acaba interferindo na outra. Conforme Lemberger, a pessoa pode ter êxito profissional, o que não significa que seja feliz profissionalmente. “A felicidade tem caráter integral. Vida pessoal influencia nisso. Ter um suporte de amizade, família, romance, é fundamental. Se estamos muito preocupados com as coisas que estão fora, nos afetamos. Somos integrados, somos um ser só”, destaca.

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Felicidade A felicidade de um funcionário impacta na produtividade e em sua motivação para desempenhar seu papel para com a empresa. Fatores como bom relacionamento de equipe, salário, bom ambiente de trabalho, facilitam a possibilidade de profissionais serem mais realizados profissionalmente. A valorização é fundamental. Segundo alguns estudos, os líderes são essenciais para melhorar a relação entre a empresa e o funcionário. Eles podem detectar mais facilmente quais são os principais problemas. O psicólogo Carlos Henrique destaca que a empresa só pode ajudar nesse processo, na medida em que consegue perceber seus funcionários como pessoas que têm necessidades e anseios, que merecem atenção e reconhecimento. “Bom relacionamento tem a ver com a habilidade no trato com as pessoas, independente do nível hierárquico, social ou profissional. Buscando interagir de forma colaborativa e demonstrando respeito à individualidade”.



carreira

Conheรงa os passos para criar um planejamento de carreira sustentรกvel ludimila castro

Planejar para 38

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carreira

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oi-se o tempo em que a maior realização de um funcionário era trabalhar por décadas na mesma empresa. Hoje, para quem deseja ser um profissional de sucesso, não basta apenas contar com o próprio esforço ou com a sorte, é preciso ter metas. Para a professora Maria Lúcia Simas Paulino, da Sustentare Escola de Negócios, planejar a carreira significa identificar e executar ações para alcançar os objetivos pessoais e profissionais. Como, em geral, isso não se aprende na escola, o jeito é aprender com a prática ou consultar especialistas no assunto. Malu, como também é conhecida, oferece palestras para pessoas de várias cidades brasileiras e esteve em Joinville no dia 21 de fevereiro para ministrar um seminário sobre o tema. Autoconhecimento, análise de mercado, eleição de objetivos e ações a serem empreendidas, implantação e avaliação de resultados são alguns pontos necessários para fazer um planejamento de carreira. Conhecer-se e descobrir os interesses e as vocações é o primeiro passo.

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carreira

Depois, é preciso entender como funciona a organização e o mercado em que está inserido (oportunidades, desafios, empresas e áreas emergentes). “Mas é preciso salientar que o planejamento de carreira não é um plano de gaveta, é uma prática contínua. Carreira não é linear, estável e ascendente e, sim, a construção de uma identidade profissional”, explica Maria. Dinâmico, o planejamento de carreira pode ser feito em todos os ciclos da jornada profissional, mas o recomendado é fazê-lo o quanto antes ou no início de alguma etapa. E também não há distinção entre as profissões, todos, de operários a gestores, podem programar suas profissões. Hoje, o grande desafio não é conseguir um grande emprego, mas não depender dele. O ideal é permanecer em uma mesma função na empresa enquanto o ambiente agregar conhecimento e auxiliar no crescimento pessoal e profissional. “A maior dificuldade que percebo hoje nas pessoas é justamente identificar o que se quer. Uma pesquisa empreendida pelo HLCA Human Learning revelou que 78% dos profissionais, entre 18 e 60 anos, não estão felizes no trabalho, o que indica que não souberam fazer escolhas condizentes com o que faz sentido”, conclui a especialista. Em Joinville, não é diferente. “Normalmente o que tenho visto nestes seis anos que atuo, em Joinville ou mesmo em outras cidades, é que os estudantes não são preparados para isso. A maior dificuldade é efetivamente saber o que quer, o que faz sentido, qual a missão pessoal, qual o trabalho da vida. Exige muito autoconhecimento e autopercepção”, constata Maria. Quando ocorrem imprevistos pelo caminho, é necessário repensar as atitudes e voltar ao caminho. “Deve-se ter flexibilidade e administrar os imprevistos sem perder o foco. Planejamento não é estático, ele precisa dar opções”, avisa. Segundo Maria, as escolhas profissionais costumam ser influenciadas de fora pra dentro e deveria ser o contrário. “Eu tenho um ditado que é ‘quem faz o que gosta, faz melhor, é mais feliz e tem como consequência o ganho financeiro’. O problema é sempre a pergunta: o que gosto e quero fazer?”. Com 20 anos de experiência na área de recursos humanos, Maria Lúcia também é psicóloga, mestranda em Administração pela PUCPR, especialista em Gestão de Pessoas e Treinamento de Recursos Humanos, com formação em Dinâmica dos Grupos e Análise Transacional. Nos workshops, Maria aborda temas como evolução histórica de carreira, carreira tradicional x carreira moderna, mudanças e tendências de mercado, pilares e processos vitais de carreira, empregabilidade, autoconhecimento, análise de mercado, estratégia e objetivos, aprendizagem, marketing pessoal e networking e implantação do Plano e Avaliação de Resultados.

Atuei em diversas empresas, posições e diferentes trabalhos, mas o fio condutor foram as pessoas nas organizações Maria Lúcia Simas Paulino

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carreira

É preciso salientar que o planejamento de carreira não é um plano de gaveta, é uma prática contínua

DICAS

Maria Lúcia Simas Paulino

1.

Questionar-se continuamente sobre a satisfação e identidade com o trabalho atual;

2.

Manter o foco naquilo que se quer e não se deixar seduzir por propostas que possam parecer ganho imediato;

3.

Sempre estar atento a percepção que os outros têm de você – às vezes a forma como os outros te percebem são mais importantes do que sua produtividade ou mesmo competência. Sempre você vai ser tratado da forma como te percebem e não como você pensa a seu respeito;

4.

Nunca alienar-se ao que ocorre na empresa e mercado (as pessoas entram no piloto automático do dia a dia e deixam de atentar-se ao que ocorre em seu entorno);

5.

Sempre ter um cartão de visitas pessoal e não somente aquele da empresa em que trabalha – as pessoas têm o hábito de se apresentar pelo que executam/posição que fazem na empresa e não por aquilo que realmente as diferenciam como, eu sou fulano e sou gerente da empresa tal. Na verdade a pessoa está gerente, mas o que efetivamente a identifica como profissional?

6.

Manter-se atualizado sobre oportunidades e tendências em sua área específica de atuação – muito embora a generalidade seja valorizada, as informações são muitas e a especialidade é a mais reconhecida.

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gest達o de pessoas

Pesquisa

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mostra

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que,

em

alguns

casos,


gestão de pessoas

comportamento mais rude pode ser positivo kamila schneider

O LÍDER,

essa criatura

RARA É

fim de tarde. Todos no escritório estão lotados de trabalho e o chefe continua a cobrar resultados incessantemente - e os quer para ontem. Mesmo desconfortáveis, situações como esta são muito comuns dentro das corporações e podem acontecer com os profissionais mais adversos. Mas, se seu chefe encabeça sua lista negra quando o assunto é estresse, talvez seja a hora de repensar suas percepções. Na realidade, o comportamento muitas vezes considerado inadequado e rude pode ser um grande colaborador do seu bom desempenho. E se você ocupa o lugar de líder, talvez não perceba, mas atitudes assim podem trazer benefícios em algumas situações.

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gestão de pessoas

Os extremos sempre são problemáticos porque não permitem que você acesse o seu oposto Paulo Sergio de Souza, Diretor executivo da Eleva Consultoria em RH

Personalidade As afirmações anteriores não são loucura e têm uma explicação lógica. De acordo com um estudo realizado pela Faculdade de Administração da Universidade de Nebraska, nos Estados Unidos, traços “sombrios” da personalidade – como arrogância, narcisismo, hesitação e inflexibilidade - podem ser vantajosos para a gestão de alguns setores e melhora da performance profissional. É claro que isso não significa que todo o comportamento rude deve ser aceito, ou que todos os líderes devem ser malvados com sua equipe. O segredo reside justamente em um velho conhecido do sucesso: o equilíbrio. O que é visto como um defeito pode sim ser uma qualidade, dependendo da dosagem utilizada em casa situação. “As características do ser humano podem ser tanto um defeito quanto uma qualidade, dependendo do nível de qualidade que ela apresenta. Ser comunicativo, por exemplo, é algo bom, mas em excesso pode tornar o profissional prolixo demais, criar uma falta de objetividade, torná-lo superficial ou mau ouvinte”, explica o diretor executivo da Eleva Consultoria em RH, Paulo Sergio de Souza. Quando se fala em liderança, aponta o especialista, o que vem à cabeça é um profissional capaz de movimentar a equipe de trabalho, tomar decisões, que seja visionário. “Porém muitas vezes isso vem agregado com algumas armadilhas”. Características como iniciativa e persuasão, por exemplo, podem levar à alto-confiança exagerada e ao desprezo do ponto de vista alheio. Está tudo interligado. Por isso, qualidades e defeitos podem ser muito relativos para profissionais que ocupam cargos de chefia. Tudo vai depender da forma como se lida com esses traços e da dosagem dedicada a cada um. “Os extremos sempre são problemáticos porque não permitem que você acesse o seu oposto”, afirma Souza.

Essencialmente um líder precisa gostar e entender de pessoas

Presidente da ABRH/SC, Luzia Fröhlich

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gestão de pessoas

Princípios de um líder Se ser ou não um bom líder depende mais de dosar a personalidade do que optar por um comportamento extremo – mesmo que aparentemente positivo -, a busca por algumas características deve ser feita com maior afinco. Não se trata de estipular regras de comportamento, mas sim criar hábitos que tendem a melhorar as relações dentro da empresa. Na realidade, não existem regras quando o assunto é gerenciamento de pessoas. É justamente esta a ideia que deve nortear o trabalho de um líder. “Uma pessoa nunca é igual à outra. A gestão de pessoas varia tanto do líder, como para cada subordinado, ou para cada equipe”, ressalta o diretor da Apex Executive Search, Celso Campos. Os parâmetros e objetivos podem ser os mesmos, mas a forma de tratar a situação deve ser “sob medida” para cada profissional. Segundo a presidente da ABRH/SC, Luzia Fröhlich, “essencialmente um líder precisa gostar e entender de pessoas, pois só pessoas conseguem satisfazer uma liderança”. Para isso, dar sentido a equipe, criar confiança no que precisa ser feito, ter valores bem sustentados pelas práticas e dar um feedback são atitudes muito esperadas em uma liderança eficaz e comprometida. “Conhecer comportamentos, fazer leitura de sentimentos, interpretar e fazer a gestão da relação entre líder e liderado – em palavras mais direcionadas, entender de relações interpessoais. A relação é um comportamento contínuo que deve ser monitorado a todo instante”, reforça a especialista.

Liderança: dom ou conhecimento? Esqueça a ideia de que liderança é somente um traço natural da personalidade. Não há dúvidas de que este é um conhecimento que pode ser aprendido, desenvolvido e aprimorado. Para Campos, a liderança pode ser definida como “um sentimento que a pessoa adquire e consegue transmitir a outros”. Antes de tudo, ser líder é ter predisposição para lidar com pessoas – e estar aberto a mudanças de comportamento, ressalta Luzia. “Desenvolver a percepção do comportamento humano é essencial para se tornar um bom líder. Ter convicção de valores claramente definidos e percebidos pelo seu comportamento traduz a credibilidade na equipe. Conhecer e manter a equipe na direção que deve ser seguida transmitem segurança.” Mesmo as pessoas que possuem uma “liderança nata” devem desenvolver técnicas para aprimorar sua capacidade de guiar um público. Liderar, explica Souza, é uma meta-competência, ou seja, agrega muitas competências numa só e cada uma delas precisa ser desenvolvida. “Se eu gosto de cantar, o treino irá fazer com que eu cante melhor do que canto hoje. É a mesma premissa”.

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OUVIR É ESSENCIAL Ouvir também é crucial: para Souza, evitar sobrepor a ideia dos demais possibilita um compartilhamento maior de ideias. “O chefe deve ouvir os outros e só emitir o parecer dele no final”. Por fim, é preciso saber lidar com a diversidade e extrair o melhor de cada perfil – por isso, é importante evitar se cercar de pessoas muito semelhantes, a fim de gerar um contraponto de visões e opiniões.



micro e pequenas

Pecuaristas recebem aulas sobre leite

O

s pecuaristas da região do Agreste, Brejo e Curimataú, na Paraíba, já podem se considerar mestres na arte de lidar com o leite. Isso porque um curso desenvolvido pelo Sebrae no Estado, em parceria com a Cooperativa de Produtores de Leite da região, ensinou aos cooperados as formas de fabricação de diversos tipos de derivados da bebida, como queijos e bebidas lácteas. Além das aulas práticas e teóricas, os participantes puderam trocar experiências com especialistas do setor, aprender como tornar comerciais produtos feitos em casa com os recursos de manejo disponíveis e ampliar seu olhar estratégico sobre o produto.

Contabilizando o Sucesso no Amapá As aulas do Programa Contabilizando o Sucesso já estão a todo o vapor em Macapá, capital do Amapá. Desenvolvido pelo Sebrae no Estado, em parceria com o Conselho Regional de Contabilidade - CRC, o curso capacita contabilistas para auxiliar os proprietários de micro e pequenas empresas - MPE no gerenciamento de seus negócios. O programa, que teve início no final de março, utiliza metodologia de módulos em 12 etapas e duração de oito meses, com carga de 243 horas/aula. O objetivo do treinamento é despertar no profissional de contabilidade ações voltadas à consultoria, valorizando ainda mais seu desempenho no mercado das MPE. FOTO: BELIZA ALFAIA

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micro e pequenas

Vestuário lidera formalização de emprego Um levantamento feito pelo Sebrae aponta que, desde julho de 2009, os vendedores de artigos e acessórios do vestuário lideram o número de formalizações de empreendedores individuais – 99.568 (10,2%) do total são profissionais do setor. Os salões de cabelereiros e afins vêm logo depois, com 72.587 (7,5%) das formalizações. Em terceiro lugar estão os estabelecimentos que comercializam alimentos, como lanchonetes e casas de suco, com 30.943 (3,2%) de profissionais formalizados, empatados tecnicamente com as mercearias, mini mercados e afins, com 30.875 (3,2%). O balanço incluiu o período entre julho de 2009 e fevereiro de 2011.

Nova ferramenta para avaliar competitividade O Sebrae e a Associação Brasileira das Agências de Viagem - Abav criaram uma ferramenta inovadora para avaliação dos níveis de competitividade das agências de viagem. A “Matriz de Competitividade do Setor de Agenciamento de Viagens” foi desenvolvida em parceria com a Fundação Getúlio Vargas - FGV e dispõe de um diagnóstico composto por perguntas, distribuídas em quatro níveis, baseados em aspectos como administração financeira, qualidade e atendimento e promoção e vendas. A partir das respostas, o gestor poderá verificar detalhadamente o nível de competitividade, além de ter um quadro comparativo com agências de todo o País. A ferramenta pode ser acessada no portal da Abav na internet - www.abav.com.br.

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Brasileiros fazem tratamento de água no Haiti

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micro e pequenas

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empresa gaúcha Lics Super Água desenvolveu uma tecnologia inédita que beneficiará milhares de pessoas no Haiti. Com o apoio do Sebrae Rio Grande do Sul e da Financiadora de Estudos e Projetos – Finep, por meio do Inova Pequena Empresas RS, a empresa criou a tecnologia Gutwasser, uma Estação Compacta para Tratamento da Água - ETA que promove a neutralização microbiótica da água, sem o uso de energia elétrica. A Lics doará ao Haiti seis dessas estações e insumos suficientes para despoluir 30 milhões de litros. Entre os locais que receberão a tecnologia estão duas indústrias de leite, o hospital da capital Porto Príncipe e a Organização Não-Governamental Viva Rio.

Codefat aprova investimentos Para fomentar a criação de novos empregos e a modernização de micro e pequenos negócios em setores produtivos, o Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador - Codefat aprovou um investimento de R$ 3,5 bilhões para programas relacionados à geração de emprego e renda. Desse recurso, R$ 2,6 bilhões serão destinados a programas como o Proger Urbano, FAT Fomentar e FAT Infraestrutura. A manutenção das linhas de crédito foi destaque com R$ 100 milhões para o FAT Taxista e R$ 100 milhões para o FAT Moto-Frete. Junto aos R$ 3,5 bilhões de financiamentos antigos, os programas do FAT irão receber um total de R$ 7,7 bilhões em investimentos em 2011. apoio www.sebrae.com.br

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entrevista

Diretor-tĂŠcnico do Sebrae, Carlos Alberto dos

Pequenas no tamanho,

FOTOS: DAVI ZOCOLI

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entrevista

Santos, fala sobre as perspectivas para as MPEs kamila schneider

gigantes na importância N

os últimos anos, as empresas de pequeno porte registraram uma evolução significativa em sua taxa de sobrevivência no Brasil. Enquanto em 2002, cerca de 51% dos pequenos negócios sobreviviam aos dois primeiros anos de vida, hoje, o índice alcança os 80% - chegando a superar os 85% em alguns Estados. Diante dessa perspectiva animadora, o diretor-técnico do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos, não tem dúvida de que a tendência é, cada vez mais, existirem pequenos empreendimentos bem-sucedidos no País. Em entrevista para a revista Mercado Brasil, o especialista – que também é vice-presidente da Associação Brasileira de Instituições Financeiras de Desenvolvimento – ABDE e doutor em economia pela Universidade Livre de Berlim, na Alemanha – fala um pouco sobre esse modelo de negócio que começa a ocupar espaço de destaque na economia brasileira.

Mercado Brasil Como as Micro e Pequenas Empresas - MPEs são vistas hoje no País?

Carlos Alberto dos Santos Assim como o Brasil, as micro e pequenas empresas também estão evoluindo. Nos últimos anos, elas melhoraram suas posições de mercado, adotaram modelos de gestão profissional, têm missão definida e visão de futuro. Elas são maioria e, por isso, importantes na construção do desenvolvimento regional sustentado e sustentável. Por serem pequenas, são também organizações mais flexíveis, que reagem mais rapidamente a situações de crise. Isoladamente, elas não são exitosas, devido principalmente à falta de escala e poder de barganha. Há aquelas que escolhem estrategicamente participar da cadeia

de valor de grandes empresas, de projetos coletivos setoriais, de cooperativas, no caso do crédito, entre outros formatos de negócios em que atuam como fornecedoras de produtos e serviços. Há também pequenos negócios bem estruturados, com foco no mercado local e global e que evoluem para médias e grandes empresas bem-sucedidas, a exemplo das empresas “pontocom”.

MB Qual é o papel das MPEs na economia brasileira? CAS As micro e pequenas empresas brasileiras têm uma dimensão social e econômica importante para o País. Elas respondem por 99% das empresas formais e são responsáveis por mais de 53% dos empregos com carteira assinada. Então, elas são geradoras de emprego e renda com

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entrevista

Ser micro ou pequena empresa pode ser uma decisão estratégica. O ideal é que haja um plano de negócio e um processo de crescimento e aperfeiçoamento contínuo

melhor distribuição no País. O total de riquezas que produzem tem participação de 20% no PIB - Produto Interno Bruto do Brasil. Decididamente, elas promovem o desenvolvimento local e regional. Os maiores desafios na atualidade são reduzir a informalidade e dobrar a fatia de participação das empresas de pequeno porte no PIB nacional. São desafios bons para um País que cresce e se destaca no cenário mundial.

MB Quais as vantagens em ser uma MPE no Brasil?

CAS Ser micro ou pequena empresa pode ser uma decisão estratégica. O ideal é que haja um plano de negócio e um processo de crescimento e aperfeiçoamento contínuo. A empresa pode nascer micro e evoluir à medida que se torna mais competitiva e conquista mercados. Hoje, no Brasil, a MPE tem tratamento tributário diferenciado, simplificado e favorecido, por meio do Simples Nacional. Também é um diferencial brasileiro o programa governamental de formalização de trabalhadores autônomos. Formalizados, os pequenos negócios têm garantia de participação em compras governamentais e, conforme a Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, as MPE têm prioridade no fornecimento de bens, produtos e serviços até R$ 80 mil.

MB O que o Sebrae vem fazendo para tornar viável o parcelamento dos débitos das MPEs incluídas no Simples? CAS O Sebrae atua junto ao Congresso Nacional, em parceria com entidades representativas dos pequenos negócios, para tornar viável um ambiente legal mais favorável a essas empresas. Estamos empenhados na mobilização de lideranças e parlamentares, em parceria com a Frente Parlamentar Mista da Micro e Pequena Empresa. Entre as alterações previstas no projeto de lei PLP 591/10 (em tramitação no Congresso Nacional) está o aumento do limite da receita bruta anual das microempresas para inclusão no Simples Nacional de R$ 240 mil para R$ 360 mil, das pequenas empresas de R$ 2,4 milhões para R$ 3,6 milhões e do Empreendedor Individual de R$ 36 mil para R$ 48 mil. Outro ponto importante do PLP é o parcelamento especial para débitos do Simples Nacional, o que hoje não é permitido. A ideia do projeto é que o empresário tenha direito a três parcelamentos simultâneos. Elas recolheriam o valor a ser pago no sistema acrescido de um índice sobre a receita, fixado em 1% para a pequena empresa e em 0,5% para a microempresa.

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artigo

Juliana Rodermel Joaquim é diretora da Compreendo, agência especializada em Endomarketing

Endomarketing: a força que vem de dentro A

famosa premissa de que “santo de casa não faz milagres” está sendo contestada por milhares de empresas e gestores que acreditam na força do Endomarketing e que acreditam principalmente que pessoas motivadas por um ideal produzem mais e melhor. É isso mesmo. O Endomarketing nada mais é do que dar forma, conteúdo e o destino correto à informação para dentro da empresa, utilizando os canais adequados e fortalecendo o vínculo entre líderes e seus liderados. O uso correto da comunicação interna foi e continua sendo um grande desafio pois as empresas são feitas de gente, que tem opiniões, expectativas, medos e sonhos. É preciso lembrar que entre pessoas trabalhando em equipe há sempre a possibilidade de ruídos e que, desses ruídos, podem surgir conflitos que prejudicam a organização, extrapolando, por vezes, os limites do âmbito profissional para se tornarem problemas pessoais. Mas como resolver o famoso “problema de comunicação” da minha empresa? Aí vão duas dicas: 1. encare esse problema com seriedade e dedicação utilizando de profissionais e meios adequados para isso. 2. A mensagem tem uma grande força e quanto mais clara e direta, maior a credibilidade junto às equipes. O bom uso da comunicação interna aliada à prática do feedback, contribuem para o fortalecimento das relações interpessoais nas empresas e para a construção de um clima organizacional mais produtivo e feliz. Vamos tentar?

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let’s go to market

Eleve suas receitas melhorando o desempenho dos distribuidores Renato A. Machado

é diretor executivo da Market Growing, consultoria especializada no desenvolvimento e na otimização de estratégias para entrada ao mercado. www.marketgrowing.com.br renato.machado@marketgrowing.com.br

FOTOS: TIAGO AMADO

Através do projeto Go to Market desenvolvido em parceria com a Market Growing, a Delsoft busca a excelência de sua estratégia de canais, mirando os objetivos de crescimento em faturamento e aumento na participação do mercado em que atua.

Miguel Delonei Berres – Diretor Presidente Delsoft

N

a indústria, quando se fala em elevar as receitas, a primeira ação a ser tomada é a contratação de novos agentes de distribuição, sejam eles distribuidores, brokers, atacadistas ou varejistas. Na maioria das vezes, esta ação não é a mais efetiva ou a de menor custo. Infelizmente, com o passar dos tempos, a indústria acabou se distanciando ou gerando algumas rupturas no seu relacionamento com os canais de distribuição, tendo como consequência a redução do desempenho deste ecossistema. Entre as causas deste processo de deterioração das relações entre a indústria e seus canais, podemos citar a elevação da maturidade dos compradores consumidores, o fato de aceitar ou tornar seus produtos e serviços um commodity e a elevada atratividade das estratégias de distribuição de novos entrantes. Para testar se sua estratégia de entrada ao mercado está em desequilíbrio, basta apenas analisar qual o percentual de dis-

tribuidores que geram a maior fatia das receitas em vendas. Assim será possível observar que um menor grupo de distribuidores gera o maior volume de vendas. Outro indicador é o elevado esforço e/ou custo no processo de gestão destes distribuidores. Quando não há foco no cliente, indicadores de performance que promovam um melhor direcionamento e regras claras puxando e empurrando o processo comercial, o efeito gerado é o mesmo de um barco à deriva. Para obter elevação das receitas é necessário fazer com que o distribuidor atual seja mais envolvido e mais comprometido através de um programa de parceria que promova a longevidade e a sustentabilidade, explorando os diferenciais deste distribuidor na composição da proposta de valor. O desenvolvimento da confiança entre os distribuidores estimula o desenvolvimento do comprometimento entre duas organizações.

Será que a agregação de valor gerada pelo canal é uma verdadeira vantagem competitiva? Consulte a Market Growing e saiba como tornar sua estratégia uma verdadeira vantagem competitiva sustentável através do serviço de outsourcing na gestão de canais de vendas. Maior alinhamento dos canais às estratégias da indústria. contato@marketgrowing.com.br ou 047 3028-0509- www.marketgrowing.com.br Brasil – Argentina – Chile – Espanha - Portugal

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artigo

Carlos Peres sócio da PwC

O Mundo em 2050 A

ainda recente crise econômica mundial acelerou mudanças sensíveis na economia. São marcas que ficarão para a história e que demonstram o momento de ruptura entre as sete maiores economias do mundo (G7) : Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá; e os mais desenvolvidos países emergentes (E7): China, Índia, Brasil, Rússia, México, Indonésia e Turquia. A pesquisa “O Mundo em 2050”, realizada pela PwC, mensurando o produto interno bruto e o poder de compra demonstram que o E7 irá superar o G7 antes mesmo de 2020. E se levarmos em conta apenas o valor do PIB, a China irá se tornar a maior economia do mundo, ultrapassando os Estados Unidos, em 2032. O estudo mostra um mundo de contornos bem diferentes dos atuais. Austrália e Argentina, por exemplo, poderiam estar fora das 20 maiores economias do mundo em 2050. Em seu lugar teríamos Vietnã e Nigéria. A Indonésia, em 2050, seria a oitava economia, à frente de Itália, Reino Unido, França e Alemanha. Para muitos, a chegada de Índia e China ao topo do mundo é um retorno da normalidade, afinal, são os dois países com mais habitantes no planeta. A mudança seria apenas um retorno ao cenário pré-revolução industrial, ratificando a transformação do teatro econômico do mundo do Atlântico para o Pacífico. Com isso, mudarão também os centros de consumo para a classe média. Em 2025, por exemplo, São Paulo terá a maior população na classe média em todo o mundo. Para a análise, considera-se classe média e alta pessoas que ganham mais de 5 mil dólares por mês. Diante deste cenário,

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São Paulo terá uma classe média e alta maior que Londres ou Paris. Essas mudanças na economia mundial afetam o Brasil de duas maneiras. O País irá se tornar uma das locomotivas globais e isso atrairá investimentos e por consequência, mais empregos e o volume de dinheiro em circulação tende a aumentar, oxigenando a economia. A outra mão é que China e Índia serão as duas potências incontestáveis e é necessário pensar em ampliar a relação comercial com eles. O País já está começando a fazer isso. Ano passado exportou para China, Hong Kong e Macau 32 bilhões de dólares, valor bem superior ao conseguido com as vendas para os Estados Unidos (19,3 bilhões), porém abaixo do resultado para a União Europeia, que foi de 43 bilhões. O principal parceiro continua sendo América Latina e Caribe com 48 bilhões de dólares em exportações. Também no caso do Brasil é interessante avaliar a comparação das projeções de crescimento entre o País e o Reino Unido. Pela análise da PwC, a economia do Brasil ultrapassa a do Reino Unido em 2023. A mudança de perfil do mundo nas próximas quatro décadas ainda é subestimado, em especial nas startups e nas médias e pequenas empresas. É uma situação grave, em virtude da composição da economia brasileira e da importância das MPEs para a geração de renda, manutenção e criação de novos empregos. Mudar esse quadro é uma tarefa longa, para a qual, infelizmente, não temos tanto tempo assim. É necessária a integração entre as economias dos E7 porque, mais que competir entre si, nos próximos anos teremos crescimento do intercâmbio de profissionais entre esses países.



abrh

Palestrantes confirmados para o CONCARH 2011 O congressista poderá participar de três palestras magnas e 16 atividades simultâneas

A

ABRH-SC (Seccional Santa Catarina da Associação Brasileira de Recursos Humanos) divulga o nome dos palestrantes já confirmados para o CONCARH 2011 (Congresso Catarinense de Recursos Humanos), que acontece nos dias 12 e 13 de maio, no Centro de Eventos da FIESC, em Florianópolis/ SC. A promoção e organização é da ABRH-SC, em parceria com a ABRH Regional Florianópolis. Profissionais e respectivas palestras: - Fernando Sanchez Arias (fundador e diretor da Academia de Liderança MEJORAR) - Liderança para alta performance: qual o segredo? - Ursula L. Angeli (diretora de RH da Whirpool) RH sustentável e a sustentabilidade do negócio - Janete Ana Ribeiro Vaz (sócia-diretora Executiva do Laboratório Sabin) - Mensagem dos Presidentes: falando “do” e “para” o RH - Paulo Henrique (gerente de RH da Kimberly Clark) - Meritocracia: o reconhecimento muito além da remuneração - Paulo Storani (consultor do filme Tropa de Elite I e II - os princípios do BOPE no meio corporativo) - Gestão da saúde: equilíbrio entre a vida pessoal e organizacional - Milton Pereira (diretor de Desenvolvimento Humano da Serasa) - O melhor dos melhores: as diferentes gerações trazendo melhores resultados - Marcos Cavalcanti (coordenador do Centro de Referência em Inteligência Empresarial -CRIE da COPPE/UFRJ) e Jorge Cajazeira (gerente corporativo de Competitividade da Suzano Papel e Celulose) - Capital intelectual: você sabe o valor do capital intelectual da sua empresa? - Celso Ricardo Salezar Valentim (diretor-presidente da Humantech) - Mídias sociais: “in” ou “out”?

- José Carlos Muller (Muller Advogados) e Consuelo Coelho Taviaras (gerente Divisão Segurança Trabalho e Saúde Ocupacional da Eletrosul) -Distribuindo lucros e aumentando resultados - Ana Artigas (diretora de Projetos da Tekoare Vending e Entretenimento Corporativo) - Como alinhar competências individuais às organizacionais - Clemente Ganz Lucio (diretor técnico do DIEESE) e Luiz Edmundo Rosa (diretor de Educação da ABRH-Nacional) - A dinâmica do mercado de trabalho - Walter Minutti Santalucia Junior (Contadores de História) - Gestão do conhecimento: convertendo os ativos intangíveis em valor para a organização - Alexandre Garret (Jornalista e Editor e Publisher da Revista Gestão&RH Online) - Como usar o IDHO como ferramenta para alavancar resultados nas organizações - Dulce Magalhães (sócia da Work Educação Empresarial) - palestra magna de encerramento Gestão de Pessoas: o “in” tangível essencial aos resultados Com a grade temática estruturada a partir do tema central do Congresso - “Gestão de Pessoas: o ‘IN’tangível essencial aos resultados”, a programação vai priorizar três eixos: Liderança, Práticas e Resultados. O congresso é destinado a todos os profissionais que atuam com Gestão de Pessoas, empresários, líderes e gestores de Recursos Humanos. Para empresas e instituições interessadas em expor seus produtos e serviços na EXPOCARH 2011 (Exposição Catarinense de Produtos e Serviços de Recursos Humanos), que acontece paralelamente ao CONCARH, o contato é: (48) 3028-6778 / jesse@multfair.com.br.

Associação Brasileira de Recursos Humanos / Seccional Santa Catarina Rua Antônio Dib Mussi, 473 - Centro - Florianópolis / SC - CEP: 88015-110 (48) 3288-0052 - www.abrhsc.com.br - secretaria@abrhsc.com.br

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consumo e lazer

Assista, grave e armazene O novo Receptor de TV Digital da Multilaser une duas características essenciais para quem gosta de assistir a televisão pelo computador ou notebook. Além de funcionar como receptor de TV digital, o aparelho pode ser utilizado como um pendrive de 2GB para armazenamento de gravações de programas e vídeos. O receptor tem conexão USB e é plug and play, não necessitando de CD de instalação, tornando-se ideal para o uso em netbooks. Também é equipado com antena externa, possui função instant replay, que permite pausar a programação ao vivo, e software em português. O preço médio sugerido é de R$ 99,00.

Do tamanho de uma moeda A Verbatim, empresa desenvolvedora de produtos para armazenamento, transferência e utilização de conteúdo digital, lança no Brasil o pendrive ultracompacto Verbatim Netbook USB. Com o tamanho de um receptor nano – do tamanho de uma moeda -, o pendrive possui 4GB de memória e é compatível com Windows 7, Vista, XP, MAC OS 9X ou superior e Linux. As dimensões reduzidas são ideais para quem usa o pendrive para ouvir música no aparelho de som do carro. O preço de comercialização do Verbatin Netbook USB é de R$ 39,90. Até o fim deste semestre, estarão disponíveis também os modelos de 8GB e 16GB.

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consumo e lazer

Chega ao mercado brasileiro o novo tablete conversível da Dell, o Inspiron Duo. Com tela sensível ao toque de 10,1 polegadas, o aparelho pode passar do modo touchscreem para teclado com um pequeno toque – com a abertura da cobertura, é possível virar a tela para dentro e transformar o tablete em um netbook. O Inspiron Duo possui câmera integrada de 1.3 megapixels, microfone digital, duas portas USB, processador dual core Intel Atom e Windows 7 Home Premium. Além disso, o tablete possui caixa de som com tecnologias dos alto-falantes JBL e pode ser usado como despertador ou porta-retrato digital. Preço médio de R$ 1,9 mil.

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Em homenagem aos 150 anos da unificação da Itália, a Lamborghini lançou uma edição especial do superesportivo Gallardo. O modelo, batizado de Lamborghini Gallardo Tricolore 2011, mantém o motor 5.2 V10 de 570 cilindradas de potência, mas recebe uma carroceria quase inteiramente branca, com o detalhe da faixa verde e vermelha, que faz alusão à bandeira da Itália. A marca irá fabricar somente 150 unidades do modelo comemorativo.

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estante dica de leitura

O rei da vodca Em “O rei da vodca”, Linda Himelstein reúne elementos da história da Rússia e da economia mundial para narrar a saga de superação de Piotr Smirnov, ex-servo de uma pequena aldeia russa do século XIX que conseguiu a liberdade e se tornou dono de um império. A vida desse ambicioso e ousado empresário tem inspirado a trajetória do diretor da Multidrink do Brasil, José de Medeiros Nandi, que vê em Smirnov um modelo de empreendedorismo. Segundo Nandi, o livro apresenta “o sonho de um empresário visionário e obstinado, sua luta para se estabelecer no mercado, sua visão na criação de uma marca quando ainda não existia tal conceito, o nascimento da mais famosa marca do mundo no seu segmento”.

O Networking Eficaz

Grande Trabalho, Grande Carreira

O autor Orville Pierson leva aos leitores algumas prioridades que todo o profissional deve estipular diante do mercado de trabalho atual. Com uma leitura descontraída, Pierson revela como se relacionar com as pessoas certas para ter o emprego ideal e mostra que o networking eficaz é a chave não só para se manter em um bom emprego, mas também para não ficar desempregado. Além disso, ele aponta equívocos que muitos cometem ao utilizar o networking como ferramenta para obter o chamado emprego “dos sonhos”.

A obra “Grande Trabalho, Grande Carreira” revela os segredos para quem deseja se tornar indispensável no trabalho que escolher. Nele, os autores Stephen R. Covey e Jennifer Colismo dão dicas para os profissionais que estão procurando emprego ou querendo dar mais significado ao que já tem. Como conseguir criar uma grande carreira depois de um grande terremoto, como conseguir o emprego dos sonhos e o que fazer para se manter motivado em um mundo tão exigentes são alguns dos temas abordados no livro.

Autor Orville Pierson Editora Campus 256 páginas – R$ 59,90

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Autor Stephen R. Covey e Jennifer Colismo - Leap Editora 208 páginas – R$ 29,90

Autor Linda Himelstein Editora Jorge Zahar, 364 páginas – R$ 39,00

Relevância de Marca: Como Deixar seus Concorrentes para Trás O guru de branding David Aaker, autor de vários livros sobre marcas, traz no livro “Relevância de Marca: Como Deixar seus Concorrentes para Trás” uma série de estudos de caso para definir a relevância da marca. O autor apresenta os quatro itens fundamentais para atingir o sucesso e dar mais força à marca, além de trazer os conceitos de categorias e subcategorias e orientar empresários e gestores na concepção e avaliação desses conceitos. Tudo para fortalecer a marca e tornar a empresa mais competitiva no mercado. Autor David Aaker Editora Bookman 342 páginas – R$ 64,00



agenda

ABRIL

MAIO

12 a 16

27 e 28

Local Pavilhão de Exposições do Anhembi, São Paulo, SP Informações www.automecfeira.com.br

Local Parque Beto Carrero World, Penha, SC Informações www.bntmercosul.com.br

10a Feira Internacional de Autopeças, Equipamentos e Serviços – Automec 2011

10 a 12

14 a 16

46a Jornada Sul Brasileira de Anestesiologia - Josulbra Local Centreventos Cau Hansen, Joinville, SC Informações www.josulbra.com.br

26 a 28

4a Feira Internacional de Tecnologia Viária e Equipamentos para Rodovias – Traffic Local Centro de Exposições Imigrantes, São Paulo, SP Informações www.feiratraffic.com.br

25a Feira e Exposição de Produtos e Serviços da Indústria de TI e Logística para Empresas – Bits South America Local Centre de Eventos Fiergs, Porto Alegre, RS Informações www.bitsouthamerica.com.br

20 e 21

2a Feira e Congresso de Produtos e Serviços Voltados a Edificação Sustentáveis Ecopredial Local Centro Fecomércio de Eventos, São Paulo, SC Informações www.prosindico.com.br

Cursos e Oficinas

Cursos e Oficinas

Planejamento Estratégico de Marketing

Desenvolvimento de Produtos e Serviços Globais

Período 28 a 30 Local Sustentare Escola de Negócios, Joinville, SC Informações www.sustentare.net

Conflitos e Negociações Período 29 e 30 Local Sustentare Escola de Negócios, Joinville, SC Informações www.sustentare.net

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17a Feira de Negócios Turísticos do Mercosul – BNT Mercosul

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Período 13, 14, 27 e 28 Local Sustentare Escola de Negócios, Joinville, SC Informações www.sustentare.net

Metodologia da Produção Científica Período 27 e 28 Local Cremer, Blumenau, SC Informações www.sustentare.net

Manutenção 2011 A 3a Feira de Manutenção e Equipamentos Industriais – Manutenção 2011 traz à Blumenau, SC, entre os dias 12 e 15 de abril, os lançamentos de produtos e serviços do setor de manutenção e equipamentos industriais. Junto à feira também será realizado o Seminário de Manutenção Industrial, além de workshops e palestras gratuitas, com temas como reutilização da água, aproveitamento de energia, sistemas de monitoração, comportamento e conhecimento técnico e uso de inversores de frequência. Informações: www.eurofeiras.com.br

Concarh e Expocarh 2011 Acontece em Florianópolis, SC, nos dias 12 e 13 de maio, a 21a edição do Congresso Catarinense de Recursos Humanos – Concarh. Com o tema “O intangível essencial para os resultados”, o evento traz uma série de palestras voltada para o desempenho dos profissionais de recursos humanos nas organizações. Paralelo ao congresso acontece a 21a Exposição Catarinense de Produtos e Serviços de Recursos Humanos – Expocarh, que reúne inovações de produtos e serviços de empresas estaduais e nacionais especializadas em recursos humanos. Informações: www.abrhsc.com.br




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