Revista da Suinocultura 21ª Edição

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Suinocultura PUBLICAÇÃO BIMESTRAL DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS CRIADORES DE SUÍNOS • ANO 4 • Nº 21• Nov/Dez• 2016

FNDS traz inovações e se reafirma como caminho da suinocultura brasileira em 2016 Em um ano de crise para o setor, a ABCS realizou 431 ações em todos os elos para buscar a sustentabilidade da cadeia

Indústria

Produção

Marketing

política

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E

EDITORIAL

Marcelo Lopes Presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos

© 2016. Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - Sebrae Todos os direitos reservados. A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610/1998).

sta edição especial da Revista da Suinocultura traz o balanço de todas as ações da ABCS realizadas em 2016 por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (FNDS) e em parceria com o Sebrae Nacional. Nossa proposta é mostrar de forma clara a importância da união do setor para toda, visando o desenvolvimento e a sustentabilidade. Mesmo neste cenário de instabilidade econômica e política no país, a adesão de cada colaborador ao FNDS trouxe resultados inéditos: 431 ações realizadas pelo Brasil, mais de 21 mil capacitados e mais de 87 mil sensibilizados. Sim, temos muito o que celebrar. No decorrer das páginas, confira o resumo das ações, que foram divididas por segmentos. Destacamos as principais atividades desenvolvidas na produção, indústria, marketing e política-institucional. Foco de grande parte do recurso do FNDS, o marketing trouxe ações e resultados inéditos, como o Festival Suíno no Ponto e a série de vídeos e receitas com o chef e apresentador Carlos Bertolazzi. Na política, as conquistas também foram fundamentais, como por exemplo a sanção da Lei 13.288, que vinha sendo discutida desde 2011 e trata dos contratos de integração. A aprovação da norma é uma grande vitória para o setor, pois garante a segurança jurídica destes produtores, que correspondem a 39% da produção de suínos no país. Aproveite esta edição especial para conhecer um pouco do trabalho realizado com o aporte do FNDS. Boa leitura!

Informações e contatos Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - Sebrae Unidade de Atendimento Setorial Agronegócios SGAS 605 - Conjunto A - CEP: 70200-904 - Brasília/DF Telefone: (61) 3348-7799 www.sebrae.com.br Presidente do Conselho Deliberativo Nacional

Robson Braga de Andrade

DIRETOR EXECUTIVO

Sede Brasília / Setor de Indústrias Gráficas Quadra 01 | Lote 495 |Ed. Barão do Rio Branco Sala 118 | CEP: 70610-410 www.abcs.com.br escbrasilia@abcsagro.com.br

Diretor-Presidente

Gerente-Adjunto

Guilherme Afif Domingos

Gustavo Reis Melo

Diretora Técnica

Heloisa Regina Guimarães de Menezes Diretor de Administração e Finanças

Vinicius Lage

Equipe Técnica Gestor Nacional

João Fernando Nunes de Almeida Gestora Técnica

Cláudia Alves do Valle Stehling

Unidade de Atendimento Setorial Agronegócios Gerente

Augusto Togni de Almeida Abreu

Conselheiro Técnico

Unidade de Comunicação Gerente

Maria Cândida Bittencourt

JORNALISTA RESPONSÁVEL

Nilo Chaves de Sá

Paulo Lucion/MT

Danielle Sousa e Luciana Lacerda

CONSELHEIRO PRESIDENTE

Conselheiro de Relações de Mercado

Viviana Braga

Conselheiro Administrativo

Duo Design

Marcelo Lopes/DF

Conselheiro Financeiro

José Arnaldo Cardoso Penna/MG

Valdecir Folador/RS

Paulo Hélder Braga/CE

Repórter

PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO

Expediente


sumário

6

Indústria

Produção

Marketing

10

13

22 24

26

CAPA FNDS ajuda a amenizar as incertezas econômicas da cadeia suinícola brasileira

política

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Gastronomia é foco estratégico de ações de marketing da ABCS para conquistar consumidores

29

Oficinas gastronômicas levam sabor e informação sobre a carne suína para mais de 4 mil consumidores

38

20

ABCS inova com receitas de carne suína criadas pelo chef e apresentador Carlos Bertolazzi

Festival Suíno no Ponto destaca a proteína em ação inédita

31

Cursos de Cortes capacitam mais de 4 mil profissionais em 2016

ABCS em conjunto com o MAPA busca a sustentabilidade da suinocultura brasileira

40

32

Treinamentos de BEM-ESTAR ANIMAL capacitam quase 2 mil profissionais

Parceria da ABCS com instituições do agronegócio fortalecem atuação no Congresso Nacional

Entrevista Luciano Roppa

Disponibilidade interna x FNDS: como equilibrar a balança

4ª SNCS reafirma potencial da carne suína no varejo brasileiro

ABCS foca em saudabilidade da carne suína junto a profissionais da saúde

34

36

Mapeamento da Suinocultura Brasileira realiza levantamento inédito da cadeia

42

Departamento de Integração fortalece atividade em 2016

Atuação do ABCS junto ao Congresso Nacional é destaque em 2016

44

Qual a importância do FNDS para o trabalho da minha entidade?



capa

FNDS ajuda a amenizar as incertezas econômicas da cadeia suinícola brasileira

Produção 54 ações 3.818 produtores e colaboradores de granja capacitadoss 431 ações 21.819 capacitados 87.401 Sensibilizados

Indústria 134 ações 5.307 colaboradores de frigoríficos e açougues capacitados

Com 431 ações a ABCS, por meio do FNDS, atuou em todos os elos do setor e mostrou que é possível passar pela crise com eficiência

O

ano de 2016 foi repleto de desafios para a suinocultura brasileira: a alta do dólar e a escassez de milho no mercado interno trouxeram o aumento no custo de produção. Apesar da conjuntura econômica nacional desfavorável, o setor encerra o ano com um cenário mais animador. Segundo projeções da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), espera-se um crescimento 3% na produção, ou seja, uma oferta de quase 100 mil toneladas a mais no mercado nacional, comparado com o ano anterior. Em um ano em que a economia e a política passaram por momentos de instabilidade, a prioridade foi trabalhar para que soluções estratégicas trouxessem efetivamente resultados para o setor. Dentro deste contexto, destaca-se o trabalho desenvolvido pela Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (FNDS), em parceria com o Sebrae Nacional. Em

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Marketing

243 ações 12.694 consumidores, estudantes, profissionais de saúde e colaboradores capacitados

política Atuação no legislativo, executivo e institucional

seu segundo ano de atividade, o Fundo foi uma importante ferramenta para atuar em defesa da cadeia e alcançou em 2016 o marco de 579.210 matrizes, o que corresponde 36% do plantel de suínos do Brasil.

Quatro segmentos em uma atuação conjunta As ações realizadas ao longo do ano pela ABCS são resultado do trabalho integrado da produção, indústria e varejo, segmentos que compõem a cadeia da suinocultura nacional, além do departamento político-institucional da entidade. Ainda defendendo os interesses dos produtores, o FNDS permite desenvolver atividades para aumentar o consumo da carne suína. Ao todo foram 431 ações realizadas nos quatro segmentos, somando 21.819 capacitados e multiplicadores em prol do desenvolvimento do setor. Conheça as principais atuações da ABCS de acordo com a área de atuação.


capa

20

Produção Um dos destaques de 2016 no elo produção foi a realização de oito fóruns de Bem-Estar Animal e Suinocultura de Baixa Emissão de Carbono para mais de 800 suinocultores em diferentes estados brasileiros. A ação faz parte do protocolo de intenções celebrado entre a ABCS e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) em 2014. Atenta a tendência mundial de Bem-Estar Animal, a ABCS assumiu o papel de protagonista na discussão do tema no Brasil e desenvolveu em

parceria com o Sebrae Nacional e instituições uma série inédita de cartilhas de Bem-Estar Animal na Produção de Suínos, um marco no agronegócio brasileiro. O material originou cursos de capacitação, sendo o módulo I realizado em seis estados brasileiros e capacitando junto ao Sebrae 775 produtores com o objetivo de apresentar parâmetros de alojamento e manejo nas granjas dentro das normas de bem-estar.

Palestras técnicas

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Treinamentos de BEA Módulo I Toda Granja com 775 capacitados

Produção 54 ações 3.818 capacitados

8

Fóruns

"O MAPA está muito satisfeito com a série de cartilhas, porque atende justamente ao nosso interesse de buscar inovar e incentivar as boas práticas de produção. A ABCS é uma líder no setor e para nós ficou claro que esse trabalho em conjunto seria bem-sucedido".

16

Cursos de Qualificação Profissional da Suinocultura

Charli Ludtke, Coordenadora de agregação de valor da SMC do MAPA

16

Treinamentos de BEA Módulo II Transporte com 897 capacitados

Indústria A indústria tem grande influência na forma em que o produto chega ao consumidor. Ela está diretamente relacionada a três dos grandes fatores limitantes para o consumo da carne suína no Brasil: o preço, o formato e a conveniência, todos associados a quantidade e forma em que o produto é apresentado. As informações são da pesquisa feita em 2008 pela Francisco Rojo Marketing de alimentos. E, é por isso que a ABCS foca em ações para atender e acompanhar as dificuldades dos frigoríficos e auxilia no aprimoramento dos serviços, como é o caso dos cursos de cortes realizados com os colaboradores,

com o intuito de atualizar e aperfeiçoar o trabalho já realizado. Somando frigoríficos, casas de carne, açougues e supermercados, a ABCS realizou 109 capacitações em todo país com 4.164 participantes. Outra capacitação de destaque é a baseada no material de Bem-Estar Animal, que também abrange a indústria com os módulos de transporte e frigorífico. Os treinamentos foram realizados em sete estados e capacitaram 1.143 colaboradores de transporte e de frigorífico.

Indústria 134 ações 5.307 capacitados

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Treinamentos de BEA Módulo III – Frigorífico com 246 capacitados

109

Cursos de cortes em 11 estados com 4.164 capacitados

“O treinamento do módulo III - Frigorífico, além de reforçar o que já praticávamos em relação ao bem-estar animal, nos trouxe novas ideias e nos deixou mais conscientes de todos os procedimentos que interferem diretamente na qualidade da carne que produzimos”, José Mauro dos Santos, líder da Recepção de Suínos do frigorífico Saudali

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capa

Marketing Principal cartão de visitas da atuação do FNDS, o marketing foi destaque em 2016. Ao todo, foram 243 ações com mais de 12 mil consumidores e multiplicadores capacitados. O objetivo foi incentivar e aumentar o consumo da carne suína no Brasil, que, atualmente, segundo dados do Rabobank, é de cerca de 15 kg per capita por ano. A missão desafiadora de aumentar este número é uma das premissas do trabalho da ABCS, com o aporte do Fundo, e conta com a parceria do Sebrae Nacional, entidades afiliadas e Empresas Amigas. A gastronomia conquistou um lugar estratégico neste ano, sendo uma das principais ações nacionais da ABCS. Atenta a influência dos chefs brasileiros junto aos consumidores, cada vez mais interessados no tema, a entidade contou com figuras importantes para chamar a atenção para o sabor, versatilidade e qualidade da carne suína: Carlos Bertolazzi, chef e apresentador do SBT, e Raquel Novais, finalista do 3º Masterchef da Band (leia mais na página 16). A parceria com o chef e apresentador Bertolazzi resultou em uma série de vídeos com cinco receitas de diferentes nichos utilizando cortes como filé-mignon, copa-lombo, ossobuco, pernil e lombo (leia mais na página 20). O sucesso refletiu no aumento de visitas de aproximadamente 350% no site www.maiscarnesuina.com.br. A entrega inédita do marketing ficou por conta do Festival Suíno no Ponto, realizado em setembro, em

40 restaurantes renoFestival mados do principal Suíno polo gastronômico no Ponto 4ª SNCS brasileiro, São Paulo (leia mais na página 22). Ao todo, foram 48 casas servindo carne suína, com Palestras com 20% de desconto durante dez dias. O formadores sucesso foi comprovado com a de opinião venda de mais de 3,2 mil pratos e a permanência de 15 novos pratos em cardápios de restaurantes que 243 ações antes não trabalhavam com 12.694 Presença em a proteína. Com a divulgação capacitados feiras do setor de revistas e jornais especializados, o festival sensibilizou mais de sete milhões de pessoas. Os resultados inspiraram a realização de treinamentos com colaboradores de 30 oficinas restaurantes no Distrito Federal para gastronômicas incentivar a indicação de pratos de Palestras carne suína para clientes. de saudabilidade e A Semana Nacional da Carne novos materiais Suína (SNCS), parceria de sucesso consolidada entre ABCS e GPA, ganhou sua quarta edição inovando com o treinamento de vendas e campanha educativa. Com 26% de consumidores, profissionais e estudanaumento de vendas, a carne suína protes. Para se aproximar ainda mais dos vou ser um bom negócio. nutricionistas e mostrar as vantagens Na área de saúde, o FNDS invesde se inserir a proteína em uma alimentiu no desenvolvimento de matetação saudável, a ABCS desenvolveu riais e realização de ações específilâmina de consultório, livro de receitas cas sobre a saudabilidade da carne leves e uma série de fascículos on-line suína para nutricionistas e profissioenviados para mais de 40 mil profissionais de educação física. Ao todo, foram nais. Os materiais foram distribuídos 49 palestras de saudabilidade com em visitas para 300 consultórios em profissionais capacitados para levar São Paulo (saiba mais na página 26). informações sobre a carne suína para

Marketing

“Nosso trabalho com a gastronomia faz parte de uma estratégia muito maior: quebrar mitos, se aproximar do consumidor e alavancar o consumo de carne suína no Brasil. Os resultados alcançados, sem dúvida, são resultado do esforço que toda cadeia produtiva vem fazendo para desenvolver nosso setor”, Lívia Machado, coordenadora de marketing da ABCS 8


capa

Política O departamento de político-institucional da ABCS também recebe aporte do FNDS para o desenvolvimento das suas ações junto ao poder Legislativo e Executivo, além de permitir a troca de experiências e desenvolvimento de projetos conjuntos com instituições parceiras, como a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Ao todo, o departamento monitorou e trabalhou com 34 Projetos de Lei e tem como uma das grandes conquistas do ano a aprovação da Lei de Integração (leia mais na página 36). Outra entrega de destaque foi a ampliação e reforma da Estação Quarentenária de Cananéia (EQC) em parceria com o MAPA e a Associação das Empresas Brasileiras de Genética de Suínos (ABEGS), considerada um marco na biosseguridade de suíno no Brasil. Além disso, com o apoio da Frente Parlamentar Mista da Suinocultura e do MAPA, a ABCS conseguiu estabelecer novas regras para a renegociação dos vencimentos dos custeios e investimentos pecuários para suínos junto ao Banco do Brasil. Para encerrar 2016 com mais uma entrega inédita, a ABCS lança em novembro o Mapeamento da Suinocultura Brasileira. O levantamento da cadeia é resultado de um trabalho de cinco meses e apresenta uma radiografia do setor suinícola, trazendo um entendimento maior deste negócio, as variáveis que o impactam, suas tendências e desafios.

Lei da Integração

Ampliação da Estação Quarentenária de Cananéia (EQC)

Política

Prorrogação de dívida dos s uinocultores

Acompanhamento de Projetos de Lei no legislativo

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Efetividade do FNDS O portfólio de ações realizadas ao longo do ano não deixa dúvidas quanto a efetividade do FNDS para suinocultura. Por meio da colaboração financeira ao Fundo por parte dos produtores e afiliadas da ABCS, além dos recursos arrecadados junto às Empresas Amigas e ao Sebrae Nacional, foram investidos R$ 7 milhões em ações distribuídas em toda a cadeia produtiva, atendendo às

necessidades políticas, de produção, indústria e marketing. Para o presidente da ABCS, Marcelo Lopes, a caminhada continua em 2017. “Para continuar atendendo à nossa cadeia, precisamos estar atentos às principais mudanças na nossa sociedade e no mundo. Isso nos ajuda a moldar nosso produto, inovar e aplicar novas medidas para oferecer um produto que o mercado consumidor exige cotidianamente”.

“Muito mais precisa ser feito diante da rápida transformação tecnológica que vivemos. Para isso precisamos estar unidos, ampliar nossos recursos financeiros e ter a colaboração de todo o setor, que será beneficiado e gerar crescimento e desenvolvimento a toda suinocultura brasileira”, Marcelo Lopes, presidente da ABCS.

9


Artigo

Disponibilidade interna x FNDS: como equilibrar a balança Nilo Chaves de Sá, Diretor Executivo da ABCS

O

ano de 2016 irá ficar marcado pela grave crise que atingiu o setor, causada pela forte alta no preço do seu principal insumo: o milho. Devido à forte desvalorização do real - iniciada em meados de 2015 - o Brasil exportou quantidades recordes do grão, reduzindo sua disponibilidade interna e consequentemente aumentando o preço de comercialização. Posteriormente, já neste ano, uma grave seca comprometeu a 2ª safra do centro-oeste causando uma quebra na produção de aproximadamente 14 milhões de toneladas, prologando assim o cenário de alta nos custos de produção e de prejuízos na atividade. Essa ascensão nos custos não se reflete obrigatoriamente em alta no preço de venda do suíno vivo, uma

vez que este segundo indicador é regido pela oferta e demanda da carne suína no mercado interno e (infelizmente) não pelos custos de produção. E neste aspecto, ignorando solenemente a crise, o setor continua apresentando crescimento. Ao contrário de 2011/2012, quando se estima que o Brasil perdeu cerca de 100 mil matrizes, neste ano até o momento a redução do plantel reprodutivo foi insignificante. Este fato, aliado ao início da produção de algumas unidades alojadas em 2015 e as constantes evoluções em produtividade e peso de carcaça, faz com que se espere um novo aumento da ordem de 5-6% na produção em 2016 (houve expressivo incremento de 5,7% no último ano). Desta maneira, o volume total de carne suína produzido

Gráfico 2 | Exportações de carne suína in natura em 2015 e 2016 70,00 60,00 50,00 40,00 30,00 20,00

2015

Dezembro

Novembro

Outubro

Setembro

Agosto

Julho

Junho

Maio

Abril

Março

Fevereiro

0,00

Janeiro

10,00

2016 Fonte: MDIC

10

em 2016 tende a pressionar o preço do suíno vivo para baixo, uma vez que aumenta a oferta. Do outro lado da balança é preciso analisar a demanda, interna e externa, pela carne suína. As exportações atingirão um valor recorde em 2016 e, dependendo dos volumes exportados em novembro e dezembro, poderão superar as 700 mil toneladas, dificilmente ficando abaixo das 680 mil ton. Destaca-se aqui o estabelecimento da China como importante importador, saindo de cerca de 5 mil ton em 2015 para aproximadamente 100 mil ton em 2016. Isto é de grande significância para o Brasil, pois reduz o percentual de participação da Rússia no total das exportações, que chegou a 45% no ano passado. Considerando que as exportações atinjam 680 mil ton em 2016 (125 mil ton acima de 2015) e um crescimento na produção de 6%, o que equivale a cerca de 220 mil ton, haverá uma oferta de quase 100 mil ton a mais no mercado interno neste ano quando comparado ao ano anterior. Quando se avalia o preço do suíno vivo (no caso MG, referência para o mercado independente) observase que o mercado interno absorveu bem esta produção extra, com o preço médio anual mantendo-se ligeiramente superior (+3%) ao praticado em 2015. Esse ponto torna-se mais relevante quando se pondera o cenário


Artigo

Gráfico 3 | Preço do suíno vivo em 2015 e 2016 - MG 5 4,5 4 3,5 3

2015

Dezembro

Novembro

Outubro

Setembro

Agosto

Julho

Junho

Maio

Abril

Março

Fevereiro

2

Janeiro

2,5

2016 Fonte: MDIC

macroeconômico do país, que passa por forte recessão, com queda de renda e aumento do desemprego. Esta estabilidade dos preços, mesmo com maior disponibilidade interna de carne suína, certamente tem relação com a maior demanda por parte dos consumidores. Há outro fator também relevante, que é a manutenção do preço da carne bovina num patamar mais elevado, porém isso só traz resultados efetivos se forem criadas condições para que o brasileiro reconheça a carne suína como opção natural de substituição e a inclua na sua rotina. Ressalta-se que a alta das exportações não é aqui apontada como fator para manutenção dos preços, pois mesmo com o melhor

desempenho no mercado externo há um aumento na disponibilidade interna. Assim, relembrando que o mercado interno historicamente consome pouco mais de 80% da produção nacional, destaca-se novamente o seu grande potencial para aumento da demanda e consequente aquecimento da comercialização de suínos. Em 2016 houve uma resposta positiva do consumidor brasileiro, porém é preciso aumentar as ações de conscientização e estímulo ao consumo para galgar resultados ainda melhores para o setor. E isso tende a ganhar ainda mais relevância nos próximos anos, já que todas as previsões indicam um contínuo crescimento da

Aumento de produção Aumento da disponibilidade interna

Crescimento das exportações Maior demanda pelo mercado interno

OFERTA

Demanda Preço

produção brasileira e de sua disponibilidade interna. Se por um lado a situação econômica é desafiadora, em contrapartida, a ABCS por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (FNDS) trouxe resultados impactantes. Visando garantir a sustentabilidade das ações de produção, indústria, comercialização e representação política, o FNDS, em 2016, mais do que nunca, atuou em diversos nichos, sempre com o foco no incentivo do consumo da carne suína. Nos últimos anos houve um aumento significativo do número de campanhas/ações de marketing realizadas pela ABCS. Em 2016, por exemplo, concretizamos parcerias com chefs renomados e começamos um trabalho intensivo com os profissionais da saúde, fruto do investimento feito com o FNDS. Os resultados do trabalho são visíveis quando analisamos os dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) sobre a ascensão da carne suína nos lares brasileiros. De acordo com o levantamento, o consumo da proteína aumentou de 65% em 2004 para 73% em 2015. Além disso, a frequência também evoluiu positivamente. Se em 2004 o brasileiro consumia carne suína a cada 11,5 dias, em 2015 o intervalo foi de 7,9 dias. Desta maneira, as ações realizadas pelo FNDS vão ao encontro do interesse dos suinocultores, uma vez que buscam aumentar a demanda interna através da produção e divulgação de informações a respeito da segurança, saudabilidade, versatilidade e sabor da carne suína. Por isso, mesmo com conjuntura econômica incerta, é importante o engajamento de toda a cadeia em torno desta causa, já que certamente este é o caminho mais curto em busca de uma maior rentabilidade que possa contribuir com a sustentabilidade e crescimento da cadeia. 11


12


Entrevista

Entrevista

Luciano Roppa Luciano Roppa, em seus 44 anos de trabalho com suinocultura, presenciou momentos de transformação no setor e no comportamento dos consumidores brasileiros. Médico Veterinário desde 1972, Roppa iniciou sua história no setor assim que saiu da faculdade e foi trabalhar na Fazenda Paineira, em São Paulo, na época uma das maiores reprodutoras de suínos no país. Carrega em seu currículo o cargo de primeiro presidente e sócio fundador da Associação Brasileira de Veterinários e Especialistas em Suínos (Abraves) e atualmente é presidente da Trouw Nutrition Brasil. Personalidade do setor e pioneiro na divulgação das qualidades da carne suína no Brasil e América Latina, Roppa aponta nesta entrevista os momentos mais marcantes da suinocultura brasileira, a importância da união da cadeia e avalia as ações do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (FNDS) na busca pelo aumento do consumo interno da carne suína.

Nestes 44 anos de trabalho com suinocultura, quais foram as principais mudanças da cadeia? LR|A primeira mudança que eu notei na minha vida profissional foi a forma em que os suínos eram criados. Quando eu comecei, eles viviam soltos e depois, ainda na década de 1970, as matrizes passaram a ser confinadas em gaiolas durante a gestação. Depois disso, uma mudança que veio muito forte e influenciou a suinocultura brasileira para sempre foi a Peste Suína Africana, em 1978, quando fomos chamados para melhorar a prevenção da enfermidade, o que foi um choque para o país e o consumo caiu praticamente para zero naquela época. As chegadas dos híbridos aconteceram entre 1975 e 1978 e alguns programas de genética híbrida foram implantados no país. Com isso, houve uma grande mudança, porque, até aquela ocasião, só se criavam animais de raças e os híbridos vieram para mudar o conceito. Hoje, praticamente só se comercializa híbridos. Esses animais trouxeram

um novo conceito de genética e de compra de reprodutor. Outro fator importante para mim foi a fundação da Associação Brasileira de Veterinários Especialistas em Suínos (Abraves), em 1984, onde um grupo de veterinários, ao criar a entidade, mostrou a importância que tínhamos que dar para as enfermidades que estavam assolando a nossa produção. Com isso, houve um grande progresso na formação de profissionais para melhor tratar as doenças que ameaçavam a suinocultura brasileira. Outro ponto importante foi o avanço na genética e na nutrição dos animais, quando começamos a produzir com maior eficiência. Em 1990 a 1995 houve também um trabalho sobre as vantagens da proteína em que passamos a divulgar bastante a carne suína. Foi um trabalho inédito que no fim acabou sendo enraizado em toda a América Latina. Nessa época não se falava muito das qualidades da carne suína, em termos de gordura, colesterol e esse trabalho abriu portas não só no Brasil, mas no mundo inteiro.

Qual foi a receptividade do consumidor quando se começou a falar sobre as vantagens da carne suína? LR|Foi muito positiva. Começamos um trabalho em todas as associações da América Latina para se divulgar esse tipo de informação e aumentar o consumo desses países, que sempre foi baixo. Algumas associações responderam mais rapidamente, como é o caso da associação da Colômbia, do Peru, do México. Eles utilizaram essas informações e começaram a intensificar as campanhas. Fui em muitos desses países para fazer palestras e dar entrevistas, sempre com o propósito de levar para o consumidor a saudabilidade da carne suína. Quais fatores foram determinantes para o trabalho de incentivo ao consumo da carne suína, no Brasil? LR|Um fator decisivo no Brasil para fortalecer esse discurso foi a mudança da Associação Brasileira de Criadores de Suinos (ABCS) para Brasília, por meio 13


Entrevista

do então presidente Rubens Valentini. Foi um momento importantíssimo e, a partir desse período, a associação ficou perto do centro político do país e passou a dar mais importância às ações focadas em divulgar os benefícios da carne suína, levando essas informações para todo o Brasil. Outra mudança foi quando o atual presidente, o Marcelo Lopes, assumiu e tornou esse projeto de intensificar o consumo da carne suína prioritário. O resultado do trabalho realizado pela ABCS durante esses anos é perceptível pelo sucesso que é hoje, no qual conseguimos atingir a marca de consumo de 15kg per capita, o que é muito positivo para a suinocultura brasileira. Atualmente, como o senhor vê a demanda da carne suína no mercado interno? LR|Infelizmente em 2016 a demanda foi prejudicada, por conta crise da econômica brasileira todas as carnes foram afetadas. Essa queda no poder aquisitivo da população brasileira teve a ver com 12% de desemprego, a crise política e a perda econômica do nosso país, fatores que prejudicaram o consumo de todas as carnes. A carne suína foi a que menos caiu. Talvez ela feche o ano com pouca coisa abaixo dos 15kg, mas eu atribuo essa menor perda no consumo justamente pelo trabalho que a ABCS está fazendo junto com os estados para divulgar a proteína. Mas todas as carnes perderam participação este ano e os beneficiados foram os consumos de ovos e de massas, que aumentaram bastante por ser um produto de menor custo e a população passou a consumir mais. Quais ações da ABCS realizadas este ano merecem destaque? LR|Eu acho que todo esse trabalho que está sendo feito, tanto da nacional quanto das regionais, de divulgação junto a nutricionistas, restaurantes, 14

"Não existe outra atividade pecuária que tenha uma união tão forte como a nossa suinocultura e isso é um patrimônio que não podemos perder." desenvolvimento de receitas com chefs de cozinha é espetacular. A Semana da Carne Suína também tem um grande destaque, esse ano tivemos a quarta edição, que, como sempre, foi um grande sucesso. O trabalho de divulgação constante da ABCS é sensacional. Pude acompanhar os materiais informativos e educativos para diferentes públicos e a construção do time de palestrantes, entre eles, grandes chefs e o educador físico Marcio Atalla, porta-vozes de alcance nacional que nos aproxima do consumidor. Tudo isso devido ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (FNDS), que atuou de forma intensiva e sempre com foco no aumento do consumo da carne suína. Esse trabalho inclui e agrega todos os produtores por meio da colaboração com o Fundo, no qual tem contribuído bastante para as campanhas de marketing e mostra a confiança que o suinocultor tem na ABCS. Antigamente, o suinocultor nem queria contribuir com isso, hoje ele faz questão de participar. Ao meu ver essas ações mudaram a percepção sobre a carne suína, o conceito do consumidor com relação ao nosso produto.

Qual a importância de ter um recurso do FNDS para desenvolver ações de marketing? LR|O FNDS é fundamental. Se não houver isso, não conseguimos desenvolver ações efetivas. Tudo que vamos fazer no nosso

setor, precisamos de apoio, não só dos produtores como também das empresas que participam do programa Empresa Amiga da Suinocultura, que colaboram diretamente para as ações de marketing. A ABCS tem capacidade, idoneidade e iniciativa para lidar com o nosso dinheiro. Fico satisfeito em colaborar, porque conseguimos ver os resultados deste investimento e é uma contribuição que realmente vale a pena.

Na sua visão, qual a importância da união do setor para aumentar o consumo da carne suína? LR|É uma preocupação de toda cadeia e por isso todos precisam colaborar. É por meio da união do setor que a gente consegue mudar a nossa realidade. A ABCS tem conversado com todos os elos da cadeia, com as associações, criadores, e isso faz com que o trabalho tenha mais resultado e todos são beneficiados. Apesar do momento de crise, somos um setor único, com todo mundo trabalhando por um mesmo ideal. Não existe outra atividade pecuária que tenha uma união tão forte como a nossa suinocultura e isso é um patrimônio que não podemos perder. Mesmo em momentos difíceis, o produtor trabalha junto da associação, que vai buscar os seus pleitos.

O FNDS tem possibilitado o desenvolvimento de materiais direcionados para diferentes público-alvo. Qual sua opinião sobre este tipo de material? LR|Eu acho importante. A ABCS já trabalha com o público geral há um tempo. As ações sempre começam de forma generalizada para conquistar um público maior. Mas à medida que você leva essas informações iniciais, você precisa desenvolver um foco em determinadas campanhas e públicos específicos. Isso é normal e é uma estratégia interessante de marketing, em que você trabalha com nichos e acaba tendo um resultado melhor e o FNDS tem possibilitado isso.



Gastronomia

Gastronomia é foco estratégico de ações de marketing da ABCS para conquistar consumidores

Sabor e versatilidade da carne suína sensibilizam consumidores e multiplicadores em ações inéditas de gastronomia

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Gastronomia

A

carne suína nunca esteve tão em alta no universo gastronômico como em 2016. Estrela principal nos pratos vencedores das três edições do reality show Masterchef da Band, a proteína tem conquistado cada vez mais espaço entre os chefs e os amantes da gastronomia, que adoram explorar sabores e ingredientes na cozinha de casa. O sucesso não é por acaso e pode ser visto como um resultado direto do trabalho de marketing realizado pela ABCS com o aporte do FNDS e apoio do Sebrae Nacional, que traz em seu portfólio a realização do Festival Suíno no Ponto. Com receitas versáteis, criação de novos vídeos e parcerias com personalidades da gastronomia, a carne suína conquistou novos consumidores. Hoje a gastronomia não diz respeito somente à culinária, mas também está envolvida em áreas que aparentemente não estão ligadas a ela, como a economia, a psicologia comportamental e o próprio estilo de vida das pessoas. Por meio de um time de multiplicadores a ABCS priorizou em 2016 desenvolver ações com destaques para o sabor da carne suína e o seu preparo. O objetivo foi conversar diretamente com o brasileiro para mostrar a diversidade de cortes e receitas, ou seja, tudo para incentivar a experimentação e consumo. É o caso do chef e apresentador do SBT Carlos Bertolazzi, principal atração da participação da entidade na

PorkExpo 2016, um dos maiores eventos da suinocultura brasileira (leia mais na página 20), e da finalista da 3ª edição do Masterchef, Raquel Novais, que falou sobre a versatilidade da carne suína na culinária durante o Sihra Rio, evento internacional para profissionais de alimentação e hotelaria. Juntos, eles influenciam mais de um milhão de consumidores nas redes sociais. Com os holofotes na carne suína, A Casa do Porco Bar, do chef Jefferson Rueda, ganhou espaço na culinária brasileira. Amante da proteína e criativo na cozinha, Rueda foi contratado pela ABCS para falar sobre a sua história e mostrar o preparo dos quitutes mais famosos do seu restaurante, como a

“Os estudantes e profissionais de gastronomia estão percebendo que os preparos da carne suína abre um espaço para se pensar além do óbvio e é um excelente negócio” Raquel Novais

pancetta com goiabada, durante a Avesui 2016. Realizada em maio em

“Ver a carne suína inserida em diversos cardápios e no trabalho dos futuros profissionais de gastronomia é uma conquista para a suinocultura brasileira, que tanto trabalha para inserir nosso produto na mesa do consumidor” Marcelo Lopes

Florianópolis, a aula show reuniu mais de 300 estudantes de gastronomia e personalidades da suinocultura e provou que a proteína é saborosa e pode ser preparada de diversas formas. O principal polo gastronômico brasileiro também se rendeu aos encantos da carne suína. São Paulo foi palco do Festival Suíno no Ponto, iniciativa inédita da ABCS, FNDS e Sebrae Nacional para inserir a proteína na gastronomia brasileira e impulsionar o consumo. O lançamento reuniu importantes personalidades do ramo, como o premiado chef Alex Atala, participantes do Masterchef e blogueiros. Saiba mais sobre o Festival na página 22.

“A ideia é plantar essa sementinha sobre o sabor e versatilidade desta proteína nos participantes. Espero que esse seja um dos trabalhos mais relevantes da minha carreira e que eu possa mostrar para os consumidores que a carne suína está presente desde os preparos mais tradicionais até as receitas mais sofisticadas”. Carlos Bertolazzi

17


Gastronomia

ABCS marca presença em feiras do setor com ações de marketing e eventos técnicos Atenta aos principais eventos da suinocultura que reúnem líderes, associações, parceiros e consumidores, a ABCS esteve presente em seis feiras em diferentes cidades do país para levar informações sobre o trabalho desenvolvido pela instituição e sobre o sabor, versatilidade e saudabilidade da carne suína. A participação da instituição nestes eventos sensibilizou 47 mil participantes. As principais feiras do setor, Avesui e PorkExpo, contaram com a realização de eventos técnicos, como o Fórum de Suinocultura de Baixa Emissão de Carbono e grandes ações com chefs renomados. Já nas tradicionais PecNordeste, no Ceará e Expointer, no Rio Grande do Sul, a ABCS levou cursos de cortes, palestras e materiais informativos sobre a carne suína. Em parceria com o Sebrae Nacional, a ABCS participou do Espaço Empreendedor Rural na Festa do Boi e levou informações sobre mercado, saudabilidade da carne suína e abriu espaço para discussão com os produtores do Rio Grande do Norte que, assim como na maioria dos estados do Nordeste, ainda não possuem uma suinocultura estabilizada e tecnificada. Com foco nos profissionais de gastronomia e hotelaria, a ABCS levou para o Sihra Rio junto ao Sebrae a palestra “Carne Suína: Sabores do Brasil” com a participante da 3ª temporada do masterchef Raquel Novais.

PorkExpo | Foz do Iguaçu (PR) PP 2 mil participantes sensibilizados PP Stand institucional PP Lançamento de receitas com Carlos Bertolazzi PP Eventos técnicos

Sihra | Rio de Janeiro (RJ)

Avesui | Florianópolis (SC)

PP Mais de mil participantes sensibilizados PP Parceria com o Sebrae Nacional PP Profissionais e estudantes de gastronomia e hotelaria PP Palestra com Raquel Novais

PP 500 participantes sensibilizados PP Stand institucional PP Aula Show com Jefferson Rueda para estudantes de gastronomia PP Fórum Suinocultura de Baixa Emissão de Carbono

Festa do Boi | Natal (RN) PP 2 mil participantes sensibilizados PP Parceria com o Sebrae Nacional PP Contato com suinocultores da região PP Palestra de Mercado PP Curso de corte PP Stand e distribuição de material informativo

PECNordeste | Fortaleza (CE) PP Mais de 6 mil participantes sensibilizados PP Oficina gastronômica PP Curso de corte PP Palestra Ideal para Você com Marcio Atalla para estudantes de educação física e nutrição

Expointer | Esteio (RS) PP Mais de 35 mil participantes sensibilizados PP Maior feira agropecuária da América Latina PP Fórum Suinocultura de Baixa Emissão de Carbono PP Vitrine da Carne Gaúcha PP Distribuição de materiais informativos

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PROGRAMAS


novas receitas

Escolha

Carne suína

ABCS inova com receitas de carne suína criadas pelo chef e apresentador Carlos Bertolazzi Série de vídeos é mais uma entrega inédita para aumentar o consumo da proteína no Brasil 20


novas receitas

V

Receitas irresistíveis

ersátil, saborosa, suculenta e prática. É assim que o chef e apresentador Carlos Bertolazzi retrata a carne suína em sua série de receitas desenvolvidas em parceria com a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) para conquistar os consumidores e mostrar as vantagens de incluir a proteína em diversas ocasiões. Intitulada “Escolha + Carne Suína por Carlos Bertolazzi”, a série é resultado de mais uma ação de marketing promovida pela ABCS, com o apoio do Sebrae Nacional e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (FNDS). Figura conhecida da televisão aberta, Bertolazzi é contratado do SBT e já apresentou três temporadas do reality gastronômico Hell’s Kitchen Cozinha Sob Pressão e se prepara para o novo reality show Fábrica de Casamentos em 2017. Além da carreira televisiva, o chef é proprietário do Zena Caffè e já trabalhou em restaurantes premiados com estrela Michelin. Com mais de 250 mil seguidores no Instagram e 390 mil no Facebook, Bertolazzi é um grande divulgador da gastronomia brasileira nas redes sociais. A ideia foi trazer opções com carne suína para inserir a proteína como uma opção saborosa e de fácil preparo para

diferentes ocasiões na vida do consumidor. Para o dia a dia, por exemplo, a receita escolhida foi o estrogonofe de mignon suíno, muito popular no Brasil. O ainda pouco conhecido, copa-lombo é explorado na receita de churrasco, que traz dicas sobre a suculência da carne suína e seu consumo ao ponto e o ossobuco vem como opção de um prato gourmet. Os cortes já conhecidos como pernil e lombo ganham destaque como opção de recheio de coxinha e de prato leve, respectivamente. Publicadas no site Mais Carne Suína e divulgadas nas redes sociais Instagram e Facebook, as receitas tiveram receptividade positiva entre os consumidores. De acordo com dados levantados pelo Google Analytics, desde o lançamento da série de receitas o site recebeu um aumento médio de visitas de 72%, com picos de 354% em dias específicos, como lançamento e divulgação das receitas no Instagram do Bertolazzi. Segundo Marcelo Lopes, presidente da ABCS, a parceria com o chef é mais uma importante entrega para o setor e também para o consumidor brasileiro. “Essa parceria faz parte de uma estratégia muito maior: quebrar mitos, se aproximar do consumidor e alavancar o consumo de carne suína

De acordo com dados levantados pelo Google Analytics, desde o lançamento da série de receitas o site recebeu um aumento médio de visitas de 72%, com picos de 354% em dias específicos. no Brasil. Ficamos extremamente satisfeitos por mais essa iniciativa que, sem dúvida, é resultado do esforço que toda cadeia produtiva vem fazendo para desenvolver ainda mais nosso setor”, disse.

As receitas foram desenvolvidas com base em cinco nichos da gastronomia: petisco, dia a dia, gourmet, leve e churrasco. Os vídeos, além de trazer o passo a passo das receitas, ainda contam com dicas de tempero, ponto da carne e truques de preparo do chef, destacando a versatilidade da carne suína. Utilizando cortes como o filé-mignon, ossobuco, copa-lombo e os já conhecidos pernil e lombo, Bertolazzi explorou o sabor e a suculência da proteína. Para conferir as receitas, acesse www.maiscarnesuina.com.br/videos ou utilize um leitor de QR Code

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Festival Suíno

Festival Suíno no Ponto

destaca a proteína em ação inédita o Festival Suíno no Ponto vendeu mais de 3,2 mil pratos de carne suína em 10 dias

P

or meio do Festival Suíno no Ponto, a carne suína foi o principal item do cardápio de diversos restaurantes de São Paulo. A inciativa foi da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) em parceria com as 40 casas mais renomadas da metrópole, distribuídas em 48 restaurantes. Durante dez dias do mês de setembro, o Festival comercializou mais de 3,2 mil pratos da carne suína, a ideia era mostrar a o saber e versatilidade da carne suína. O resultado surpreendeu a crítica especializada, chefs e consumidores. Outro fator que chamou a atenção foram os números de pratos criados à base de carne suína. Dos restaurantes participantes, 18 criaram novos pratos à base da proteína e 15 vão manter suas

inspirações no menu. No ranking dos restaurantes, os que mais venderam seus pratos durante o evento foram: o Due Cuochi, o Tanit e o ZenaCaffè. O presidente da ABCS, Marcelo Lopes, garantiu que o resultado do evento foi extremamente positivo. Lopes lembrou ainda a importância do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (FNDS), o qual visa impulsionar o consumo nacional da carne suína. “O trabalho é árduo da nossa cadeia, mas por meio do FNDS temos tido grandes conquistas, como o Festival Suíno no Ponto, em que a carne suína foi inserida em renomados restaurantes de São Paulo. A proteína suína vem superando as principais barreiras em torno do seu consumo e o resultado disso é esse expressivo

3,2 mil pratos vendidos 22

volume de vendas logo na primeira edição desse importante evento”, disse.

Treinamentos Ao todo, mais de 700 profissionais dos restaurantes participantes foram treinados na ação, que também teve seu viés educativo, capacitando e motivando os garçons e equipe das casas colaboradoras. A repercussão dos treinamentos ficou visível, por exemplo, no aumento das vendas dos pratos já existentes no cardápio do restaurante, como o Nou (454%), o Bistrô Charlô (300%) e o Frangó (285%). O resultado alcançado foi inspiração para expandir os treinamentos para 30 restaurantes no Distrito Federal, com o intuito de incentivar os pedidos de prato a base de carne suína.

48 casas

participantes


Festival Suíno

Prato: costeletas de porco com purê de batata-roxa defumada e cebolas

que faltava no meu menu e percebi o sucesso do festival, por isso a receita desenvolvida especialmente para o festival vai permanecer no cardápio, pois superou todas as nossas projeções de vendas”, avaliou. Realizado pela Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), que contratou a Revista Prazeres da Mesa e com o apoio do Sebrae Nacional, o Festival Suíno no Ponto surgiu da necessidade de demonstrar o potencial da carne suína como opção de proteína que pode se encaixar em um cardápio variado e que atende a todos os gostos. Na primeira quinzena de setembro, o evento levou ao conhecimento do grande público 16 cortes

de carne suína, com destaque para a barriga, carré, filé mignon, costelinha e picanha.

Divulgação Além do destaque na edição de agosto da revista Prazeres da Mesa, que foi ainda acompanhada de um guia com restaurantes participantes, e um site exclusivo para o evento, o Suíno no Ponto também ganhou visibilidade em mídias especializadas e de grande repercussão no país. Foram 30 inserções em veículos impressos, rádio, sites e redes sociais. As publicações, juntas, alcançaram mais de 7 milhões de consumidores, trazendo visibilidade para o Festival.

Continuidade O Zena Caffè, do renomado chef Carlos Bertolazzi, é uma das casas que vai manter a carne suína no seu cardápio. Durante o festival, as costeletas de porco com purê de batata-roxa defumada e cebolas foram sucesso entre os clientes do restaurante. “Tínhamos apenas um aperitivo com carne suína no Zena, que é a coxinha de pernil. Sinto que realmente era uma carne

Inserção de

700 pessoas

capacitadas

15 novos pratos no cardápio

Aumento comprovado de

7demilhões consumidores sensibilizados

vendas

23


4ª SNCS

4

ª

SEMANA NACIONAL DA

carne suína 12 mais de 700

Aumento de

treinamentos com

26%

colaboradores capacitados

nas vendas

743

lojas Extra e Pão de Açúcar participaram da campanha

106

oficinas gastronômicas com mais de

2 mil clientes

4ª SNCS reafirma potencial da carne suína no varejo brasileiro

Em sua 4ª edição, campanha foi marcada por crescimento de 26% nas vendas Parceria de sucesso entre ABCS e GPA, a Semana Nacional da Carne Suína (SNCS) chegou a sua 4ª edição com inovações. Além de investir em uma campanha educativa, a SNCS tem como seu principal trunfo a capacitação dos colaboradores que lidam diretamente com os clientes na hora de comprar a carne suína. 24

Com o apoio do Sebrae, foram realizados 12 treinamentos e 11 palestras de saudabilidade em diferentes cidades do Brasil. Ao todo foram qualificados mais de 700 funcionários das bandeiras Extra e Pão de Açúcar sobre atendimento e vantagens nutricionais da proteína. O investimento com a equipe trouxe resultados: mais de 26%

de aumento nas vendas , quando comparado ao mesmo período em 2015.

4ª SNCS investe em oficinas gastronômicas Em um ano marcado pela crise econômica e a inflação nos preços dos alimentos, o potencial da carne suína ficou ainda mais evidente para os


4ª SNCS

consumidores brasileiros, que conheceram a versatilidade e sabor do produto. Prova disso foi o sucesso das oficinas gastronômicas realizadas durante da 4ª SNCS. Neste ano, a bandeira Pão de Açúcar inseriu a proteína no formato Pitadas ao Vivo e realizou 96 oficinas em mais de 20 lojas diferentes. A bandeira Extra somou seis oficinas. Juntas, as ações alcançaram mais de 2 mil consumidores em todo o Brasil.

Campanha de marketing A 4ª SNCS contou ainda com o reforço de uma campanha de marketing que levou às lojas participantes um layout exclusivo – com decoração temática, e em materiais informativos – tudo com base no conceito Escolha

+ Carne Suína. Cada bandeira desenvolveu sua própria campanha, focada no perfil dos consumidores. A personalização dessas ações foi fundamental para que a ABCS e GPA alcançassem os resultados positivos em mais uma edição da SNCS. Este ano, o engajamento da rede Pão de Açúcar com a campanha resultou na ampliação de ações em diferentes frentes. Na parte de decoração das lojas, por exemplo, os cortes foram evidenciados em bandejas que levaram a etiqueta “Especial Suínos”, além de wobblers, banners, folders e placas que destacaram as principais ofertas e apresentaram informações sobre a proteína. A bandeira preparou ainda a Revista Especial Suínos, que trouxe dicas e informações sobre a versatilidade de cortes e demais produtos derivados da proteína. Além disso, tanto o Facebook quanto o Instagram divulgaram a campanha, anunciando os produtos e informando os benefícios da carne. Na web, o site do Pão de Açúcar dedicou uma página exclusiva para a ação, tudo para que os clientes que buscam o delivery da rede tivessem ainda

mais facilidade e comodidade na hora das compras. E mais, os Clientes Mais receberam e-mails informativos sobre a campanha e descontos exclusivos. Na rede Extra, as ações buscaram valorizar ainda mais o conceito de qualidade, saúde e sabor da carne suína. Para a 4ª SNCS foi desenvolvido um folheto de hiperfeira específico para o Festival de Suínos que foram distribuídos em todas as regiões onde a rede possui lojas, destacando as principais ofertas de cortes suínos, bem como as principais características e benefícios do produto. O investimento na decoração das lojas foi outro ponto forte da campanha. Os PDVs receberam um layout com peças exclusivas da ação, que destacaram os cortes disponíveis nas gôndolas e apresentaram informações sobre a proteína. Todas as bandejas receberam o selo “Festival de Suínos”. Woblers, bandeirolas, cavaletes e adesivos de balcão também foram utilizados para a promoção da carne suína.

25


Saúde

ABCS foca em saudabilidade da carne suína junto a profissionais da saúde

45 palestras de saudabilidade da carne suína 5.334 consumidores e estudantes capacitados 10 estados brasileiros

300

visitas a consultórios a ABCS desenvolveu de nutrição materiais informativos 300 referentes ao nutricionistas capacitados consumo saudável da carne suína, que São Paulo foram entregues em visitas técnicas a consultórios de nutricionistas, fóruns universitários e palestras para consumidores

E

m 2016, a ABCS, por meio do FNDS e em parceria com o Sebrae Nacional, trabalhou com foco em multiplicadores da área de saúde. A iniciativa se deu por meio de palestras de saudabilidade com nutricionistas e o preparador físico Marcio Atalla, além do desenvolvimento de materiais educativos, visitas em consultórios de nutrição e fóruns em universidades para futuros profissionais. A proposta foi educar esses profissionais sobre as vantagens nutricionais da carne suína e divulgar a importância da proteína para uma alimentação saudável e balanceada. Com foco em inovação, a ABCS contratou, via FNDS, a empresa de

26

consultoria em saúde e nutrição Oraculum para desenvolver dois produtos visando auxiliar no trabalho de profissionais de saúde na prática clínica: a lâmina de consultório e o livro “Receitas Leves com Carne Suína”. A ideia do material é dar suporte aos profissionais na prática clínica, repassando informações cientificamente comprovadas sobre carne suína, bem como exemplificar de que forma a proteína pode fazer parte de uma dieta saudável e trazer benefícios para a saúde dos pacientes.

4 Fóruns para alunos de nutrição 800 estudantes capacitados Universidades de São Paulo

A lâmina de consultório traz informações importantes sobre a composição nutricional da carne suína e comparação de nutrientes com cortes de outras proteínas e foi criada para ser uma ferramenta educativa a ser utilizada pelos profissionais durante o atendimento.


Saúde

Os novos materiais foram desenvolvidos por uma equipe de especialistas qualificados e com embasamento científico que comprova as vantagens do consumo da carne suína. Dessa forma, acreditamos estar contribuindo não só com a divulgação da nossa proteína, como também no dia a dia desses profissionais e de seus pacientes”. Lívia Machado, coordenadora de marketing da ABCS A lâmina e o livro, junto com o jogo de artigos científicos sobre a carne suína na alimentação humana, foram distribuídos nas 300 visitas a consultórios de nutricionistas realizadas em São Paulo. Além de explicar os materiais e tirar dúvidas sobre a carne suína, a equipe da Oraculum aplica um questionário com perguntas diversas sobre

o conhecimento desses profissionais acerca da proteína e sobre os materiais que lhes foram apresentados durante as visitas. O intuito dessa pesquisa é identificar novas oportunidades de divulgação neste nicho, que vão proporcionar uma melhor compreensão sobre os mitos e preconceitos da carne suína e servir de orientação para novas e futuras ações.

E-mail marketing direcionados para nutricionistas Além dos materiais impressos, também foram enviados conteúdos por e-mails marketing nos últimos seis meses, totalizando um alcance de 21.688 profissionais de nutrição. Em 2017, estão previstos o envio de mais seis exemplares, e a expectativa é que mais de 40 mil profissionais tenham acesso ao material. Entre os assuntos abordados, a contribuição da carne suína para a nutrição de atletas de alto impacto, nutrientes encontrados na proteína, cortes suínos e sua utilização no dia a dia, a carne suína aliada ao combate contra a obesidade, benefícios da proteína para a saúde da mulher, além dos mitos e verdades sobre o consumo do produto. Os fascículos são disponibilizados no site www. maiscarnesuina.com.br/saude.

O livro de receitas foi pensado como um complemento para trazer opções de preparo de receitas leves, balanceadas e práticas a base de carne suína para ser indicada aos pacientes.

Artigos científicos foram elaborados e assinados por importantes profissionais da área de saúde, que esclarecem todos os benefícios da carne suína.

27


Saúde

Palestras de Saudabilidade da carne suína capacitam mais de 4500 pessoas Durante todo o ano, 10 estados brasileiros receberam 49 palestras de saudabilidade, totalizando 6.134 capacitados, entre eles estudantes de nutrição e educação física, além de consumidores. Ao todo foram três nutricionistas que trouxeram como tema das apresentações a saudabilidade da carne suína e como a proteína pode ser aliada na vida daqueles que buscam um estilo de vida saudável. Além das profissionais da saúde, a ABCS também contratou o educador físico e apresentador Marcio Atalla, que foi um dos destaques de 2016. Em cinco eventos, realizados nos estados MG, CE, SP, RJ, o profissional

5 palestras e 1.695 capacitados. Atalla é considerado referência em alimentação saudável e práticas esportivas.

alcançou 1.695 estudantes e consumidores. O educador físico em suas apresentações frisou a importância da prática de atividade física para a saúde e de como a boa alimentação é fundamental para obter melhores

resultados. Nesse contexto, a carne suína foi apresentada como uma opção saborosa e saudável, e que pode ser incluída em uma dieta rica em nutrientes importantes para o bom funcionamento do corpo.

“Eu realmente consumia pouca carne suína por achar que era uma carne gorda e que podia trazer riscos para a saúde. Fiquei bem entusiasmado com as informações da Palestra do Marcio Atalla de como ela pode auxiliar na dieta saudável e balanceada, e com certeza a partir de agora vou passar a indicar e consumir mais dessa proteína”. Alan Pedro de Lima, Educador físico

Fóruns para estudantes de nutrição Em mais um serviço da Oraculum contratado pela ABCS com o apoio do Sebrae, foram realizados quatro fóruns de nutrição em grandes instituições de ensino de São Paulo. Os eventos aconteceram em meados de outubro e alcançaram cerca de 800 estudantes, que conheceram os benefícios da proteína para a saúde. Durante as palestras, foram distribuídos folders informativos sobre a importância da carne suína e artigos científicos sobre os benefícios da proteína. Para Jamile Vieira, estudante do 4º semestre de Nutrição, o conteúdo apresentado durante a ação agregou conhecimentos importantes à sua formação. “Achei a palestra interessante para que os alunos possam incentivar a população brasileira a consumir mais carne suína, que é uma proteína muito importante para a saúde, sendo rica em nutrientes como a vitamina e capaz de ajudar na prevenção de doenças”, contou a universitária.

28


Oficinas Gastronômicas

67

oficinas gastronômicas

4.108

consumidores capacitados

Oficinas gastronômicas levam sabor e informação sobre a carne suína para mais de 4 mil consumidores

Durante o ano de 2016, dez estados brasileiros receberam 67 oficinas gastronômicas

P

ar te fundamental do trabalho de desmitificação da carne suína e promoção das qualidades da proteína, as oficinas gastronômicas foram sucesso de público e crítica por onde passaram. Este ano, 67 ações aconteceram em diferentes estados tendo como o público alvo o consumidor final. O saldo foi 4.108

consumidores sensibilizados e incentivados a preparar a proteína em casa por meio de parceria entre a ABCS, Sebrae Nacional, FNDS e entidades parceiras. Além das ações realizadas em supermercados, festivais gastronômicos e faculdades, as oficinas foram uma das frentes de trabalho da 4ª

Semana Nacional da Carne Suína (SNCS), na qual foram executadas 22 oficinas, capacitando 605 clientes. Em cada uma das oficinas, informações sobre a versatilidade e sabor da carne suína foram repassadas aos participantes, que também tiveram a oportunidade de aprender receitas à base do produto e conhecer mais

“Foi muito bom participar dessa oficina gastronômica, porque desconhecia totalmente as qualidades da carne. O chef desmitificou informações sobre a proteína e me deu dicas de preparo. Agora me sinto muito mais seguro e estimulado a consumir mais carne suína”. Edison Pessoa, consumidor 29


Oficinas Gastronômicas

penne integral com tiras de mignon suíno foi um dos pratos mais preparados nas oficinas gastronômicas deste ano

sobre sua utilização na gastronomia. Goiás foi o estado brasileiro que mais explorou o treinamento de contato direto com os consumidores, realizando 26 oficinas gastronômicas com 1.128 participantes. Um dos pratos destaque deste

30

ano foi o penne integral cremoso com tiras de filé-mignon suíno, receita prática e saborosa que conquistou muitos participantes. O objetivo das oficinas é preparar um prato rápido e ensinar dicas sobre o tempero e o preparo da carne, que não precisa ser

consumida apenas bem passada, por exemplo. O consultor e chef André Rabelo esclarece que a proteína é segura e vai bem com diversos tipos de cozimento, podendo ser cozida, grelhada e assada , mudando hábitos de preparo dos consumidores.


curso de cortes

Cursos de Cortes capacitam mais de 4 mil profissionais em 2016

Com o intuito de melhorar a oferta de carne suína para o consumidor, ABCS intensifica cursos de corte e realiza 109 treinamentos em 11 estados brasileiros

M

udar a forma como o consumidor enxerga a carne suína demanda um trabalho conjunto de toda a cadeia, mas a apresentação do produto nas gôndolas do mercado depende muito dos profissionais de frigorífico e açougue , pois são capazes de extrair os diferentes cortes da proteína. Dentro desse contexto, a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) mantém desde 2010 uma uma parceria de sucesso com o Sebrae Nacional e entidades afiliadas. Para fortalecer o trabalho, a ABCS conta com o aporte do FNDS, que possibilita a continuidade da realização do já tradicional curso de cortes. Considerado uma ferramenta de transformação tanto na indústria quanto no varejo, em 2016 o treinamento capacitou mais de 4 mil profissionais de frigorífico, açougue e gastronomia. Ao todo foram 109 cursos de cortes realizados em 11 estados brasileiros. Com o objetivo de apresentar as boas práticas de manipulação e ensinar os novos cortes de carne suína, os cursos, também, aperfeiçoam o trabalho dos profissionais de frigorífico e mostram a aplicabilidade na rotina do varejo.

Com a participação de instrutores que apresentam com detalhes as técnicas que permitem maior aproveitamento da carcaça suína, como por exemplo, a retirada 40 cortes, em média, com 100 variações para bandeja, incluindo opções regionais e habituais, além de cortes novos e nobres. O Distrito Federal e o estado de São Paulo concentraram a maior quantidade de cursos de cortes realizados este ano. Juntos, foram responsáveis pela realização de 49 treinamentos e mais de 670 capacitados, que passaram a conhecer diferentes cortes como o copa-lombo, patinho, coxão-duro, coxão-mole e picanha suína.

109 cursos de

cortes com

4.164

capacitados

“Com esse curso a gente pode ter bastante informação sobre os diversos cortes suínos, como maminha, alcatra e filé mignon, que geralmente são cortes que conhecemos da carne bovina. Então, com certeza está sendo muito importante para o meu aprendizado”Haliene Ribeiro, colaboradora de açougue 31


Cursos bea

Treinamentos de BEM-ESTAR ANIMAL capacitam quase 2 mil profissionais Ações foram realizadas por meio do FNDS e têm como base as Cartilhas de Bem-Estar Animal

U

m dos focos do trabalho da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) em 2016, o bem-estar animal foi tema de uma série de treinamentos realizados nas principais regiões produtoras de suínos do país. Ao todo, foram 35 cursos e mais de 1.918 capacitados nas ações que tiveram o objetivo de tratar sobre os procedimentos metodológicos das

principais rotinas da granja, desde o carregamento, passando pelo transporte e descarga, até o abate no frigorífico. Protagonista na discussão e atenta a tendência mundial, a ABCS desenvolveu em parceria com Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Embrapa, Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA) e Sebrae Nacional uma série inédita de cartilhas de Bem-Estar Animal na Produção de Suínos, um marco no agronegócio brasileiro. Dividido em três módulos, os treinamentos compreendem os temas “Toda Granja”, “Transporte” e “Frigorífico”. Cada uma das etapas tem como público alvo os diferentes agentes do processo produtivo, como profissionais envolvidos em todo a produção das granjas, no carregamento e transporte dos suínos para o frigorífico, e na recepção e abate dos animais.

Na avaliação de Glicério Leonildo, gerente de uma fazenda localizada no município de Jequiri-MG, o curso foi produtivo. “O treinamento foi importante para se atualizar sobre os modos produtivos da suinocultura, com foco na produtividade e bem-estar animal. É um tema relevante que requer vários cuidados, por isso temos que estar atentos às boas práticas de produção”, disse. Após passar por estados como São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Paraná, entre outros, os treinamentos de bem-estar animal seguem como uma das frentes de atuação da ABCS em 2017. Tanto os cursos quanto as Cartilhas de Bem-Estar Animal estão disponíveis para todas as associações estaduais e contribuintes do FNDS, e também podem ser adquiridos por outras empresas e entidades do setor.

"A ideia é que todos os agentes da cadeia produtiva, estejam conscientes da importância do bem-estar animal na produção de suínos.“Essa foi uma iniciativa inovadora, que demonstra o comprometimento do nosso setor com uma produção mais sustentável e eficiente. Certamente o resultado desses cursos é aprimoramento dos cuidados que já existem no processo produtivo em busca de uma maior qualidade do produto final”. Marcelo Lopes, presidente da ABCS 32


Cursos bea

10

775

produtores e treinamentos colaboradores de granjas capacitados

16

897

transportadores de treinamentos suínos e colaboradores da área capacitados

9

246

colaboradores treinamentos de frigoríficos capacitados

Total

Módulo I

Toda Granja

Módulo Ii

Transporte

Módulo Iii

Frigorífico

35 treinamentos 1918 capacitados 33


Mapeamento

Mapeamento da

Suinocultura Brasileira realiza levantamento inédito da cadeia Projeto encabeçado pela ABCS traz uma radiografia do setor suinícola do país e será uma importante ferramenta para pleitos da cadeia 34


Mapeamento

A

suinocultura brasileira vai ganhar o seu cartão de visitas em 2016. Idealizado pela Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (FNDS) e em parceria com o Sebrae Nacional, o Mapeamento da Suinocultura resultará em publicação inédita no Brasil. O material apresenta uma radiografia do setor suinícola, trazendo um entendimento maior deste negócio, as variáveis que o impactam, suas tendências e desafios. O projeto contou ainda com o apoio da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan) e do Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações). Também colaborou com o levantamento de dados a Associação Brasileira das Empresas de Genética de Suínos (ABEGS). Para a elaboração do projeto a ABCS contratou a Markestrat – empresa referência em projetos e pesquisa na área de agronegócio – que com uma equipe de cinco profissionais, entre mestres e doutores, coletou informações de todos os

polos produtores e se reuniu com suinocultores e profissionais do setor para conhecer a realidade de cada local. O livro, que será disponibilizado nas versões português e inglês, conta com os dados quantitativos e qualitativos da atividade, tamanho e distribuição dos planteis por região, modelos de negócio, empregos gerados, quantidade de impostos arrecadados, bem como o Produto Interno Bruto (PIB) gerado pela suinocultura na economia do país. Marcelo Lopes, presidente da ABCS, acredita que o mapeamento trará subsídios para que as entidades possam pleitear políticas públicas de auxílio, para que o setor continue crescendo. “Esse é um trabalho muito importante para o setor conhecer efetivamente as suas dimensões, como o número de produtores e pessoas envolvidas no negócio, quanto de renda é gerado. Outra grande utilidade desses dados é para que as entidades possam pleitear políticas públicas junto ao executivo e ao legislativo, pois com os números que representam a realidade da cadeia podemos afirmar o potencial da suinocultura e defender com bastante segurança as nossas principais demandas”, explicou. Segundo Marcos Fava Neves, que é pesquisador e professor da

Universidade de São Paulo (USP) e coordenou a equipe da Markestrat responsável pelo mapeamento, o profissionalismo dos produtores facilitou o levantamento de dados de campo e, mesmo com as limitações, todos fizeram o máximo para o bom resultado final do trabalho. “O esforço de mapear e quantificar uma cadeia é altamente relevante, pois ao consolidar informações que muitas vezes estão dispersas nos diferentes elos, mostra-se a importância do setor como promotor do desenvolvimento no país”, destacou. Augusto Togni, gerente da Unidade de Atendimento Setorial Agronegócios do Sebrae Nacional, destacou a importância do mapeamento para a continuidade das ações de apoio ao setor. “Apoiamos mais essa ação do projeto INNOVASUI, porque acreditamos que a elaboração desse material será fundamental para que nós do Sebrae Nacional, e também outros parceiros que atuam para o desenvolvimento de toda a cadeia suinícola, passem a ter um documento referencial que vai apresentar dados quantitativos para fortalecer os mecanismos de fomento e o direcionamento de políticas públicas que corroborem para o desenvolvimento da atividade e a conquista de novos mercados. ” .

O Mapeamento da Suinocultura Brasileira destaca-se como importante fonte de informações sobre o setor e será a grande referência para a construção de políticas públicas que venham ao encontro dos anseios dos suinocultores brasileiros

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Política

Atuação do ABCS junto

ao Congresso Nacional é destaque em 2016 Lei de Integração e Audiência Pública foram alguns dos resultados alcançados pela entidade junto a Frente Parlamentar Mista Suinocultura

C

riado com o objetivo de monitorar e acompanhar as demandas de interesse da suinocultura nacional, o Departamento de Relações Institucionais da ABCS realiza um trabalho de monitoramento das proposições existentes e das que venham a surgir no Congresso Nacional, e que possam de alguma forma afetar o setor suinícola. Ao todo, no ano de 2016, o

departamento monitorou e trabalhou em 34 Projetos de Lei. Dentre os projetos trabalhados por esta entidade, se faz necessário destacar a sanção da Lei 13.288, a qual trata dos contratos de Integração. De autoria da senadora Ana Amélia Lemos (PP/RS), o Projeto de Lei era discutido desde 2011 pelas entidades representativas de diversos elos das cadeias produtivas, entre

elas a ABCS. A aprovação do mesmo é considerada uma grande vitória para o setor pois garante segurança jurídica para os produtores integrados de suínos e aves em pontos importantes dos contratos de integração, como por exemplo a adoção de metodologia para cálculo de remuneração e o compartilhamento das responsabilidades ambientais.

No ano de 2016 o departamento monitorou e trabalhou em 34 Projetos de Lei

36

9

5

Bem-Estar Animal

Economia

7

Assuntos de interesse do setor

4

9

Meio ambiente

Questões trabalhistas


Política

Outra importante conquista diz respeito ao tema de bem-estar animal. No início deste ano a ABCS acompanhou os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito destinada a investigar os fatos determinados como maus-tratos de animais. Em uma ação articulada entre as entidades interessadas e os parlamentares, as páginas que tratavam de animais

de produção foram retiradas do relatório final, garantindo que estes temas sejam tratados com a seriedade necessária para que não se prejudique a indústria brasileira de produção e processamento de carnes. Também em 2016 vale destacar o trabalho da entidade na realização da Audiência Pública na Câmara dos Deputados, que teve como objetivo

apresentar as demandas do setor e buscar alternativas para a atual crise na suinocultura. A reunião contou com lideranças do setor e parlamentares da Frente Parlamentar Mista da Suinocultura, os quais puderam conhecer as dificuldades enfrentadas pela atividade e juntos propor soluções efetivas que permitam o desenvolvimento da cadeia produtiva.

Depoimentos da Frente Parlamentar da Suinocultura Covatti Filho Deputado Federal (PP-RS) Presidente da Frente Parlamentar Mista da Suinocultura “Como presidente da Frente Parlamentar da Suinocultura, tenho trabalhado incansavelmente para solucionar as demandas do setor, juntamente com a ABCS, numa parceria que resultou na Lei da Integração e em outros projetos em tramitação. Dentre as diversas ações, as mais recentes foram audiências no Ministério da Agricultura e na Diretoria de Agronegócios do Banco do Brasil, em busca de medidas emergenciais de apoio ao setor, como renegociação dos custeios e investimentos, e ainda a liberação da importação de milho dos EUA”.

Valdir Colatto Deputado Federal (PMDB-SC) Coordenador da Frente Parlamentar Mista da Suinocultura “O trabalho em defesa da suinocultura brasileira é enriquecido pela ação da Frente Parlamentar Mista da Suinocultura e da ABCS. Por meio da atuação dessas duas organizações, os temas relacionados à atividade são trazidos direto da fonte (o produtor rural) e tratados onde são resolvidos (nos Ministérios, na Conab, na Presidência da República) sempre prezando pela rápida resolução dos problemas. Um exemplo claro é o que aconteceu na Lei das Parcerias/Integração – 13.288/2016: a ABCS e os deputados da Frente Parlamentar se empenharam em buscar as sugestões dos produtores e das empresas integradoras para criação de uma lei que atendesse as reais necessidades do cotidiano, permitindo uma relação contratual segura entre o produtor integrado e a agroindústria integradora”.

37


Política

ABCS em conjunto com o MAPA busca a sustentabilidade da suinocultura brasileira

Questões sanitárias, como a ampliação da EQC, e política agrícola foram o foco de 2016

N

o poder executivo, a atuação da ABCS com o apoio do FNDS se dá junto às diversas Secretarias e Coordenações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Na pasta trabalha-se principalmente com questões sanitárias e de política agrícola voltadas para o setor de modo geral. Em 2016, uma das principais conquistas da ABCS junto ao MAPA foi a inauguração das novas instalações de suínos da Estação Quarentenária de Cananéia (EQC), em novembro, resultado de um trabalho conjunto com a Secretaria de Defesa Agropecuária e com a Associação Brasileira das Empresas de Genética de Suínos (ABEGS). A ampliação e reforma da EQC faz parte do cumprimento das propostas previstas no Protocolo de Intenções celebrados entre o Ministério e as entidades. Além disso, ao longo do ano, foram investidos esforços para que mais 14 estados brasileiros fossem declarados como livres da Peste Suína Clássica (PSC).

Conquistas da ABCS junto ao MAPA 38

Junto a Secretaria de Política Agrícola (SPA), a ABCS trabalhou pela prorrogação do prazo da linha de crédito para retenção de matrizes pelo o período de mais um ano. Essa medida deve auxiliar os suinocultores a formar um capital de giro necessário para se manter na atividade diante dos elevados custos de produção que vem enfrentando. Ainda, por meio da SPA, a entidade pleiteou o aumento do limite para venda de milho balcão, que passou de 6 toneladas por beneficiário/ mês, para 14 toneladas. Por último, com o apoio desta equipe do Ministério, foram divulgadas novas regras para a renegociação dos vencimentos dos custeios e investimentos pecuários para suínos junto ao Banco do Brasil. No que tange a Secretaria de Mobilidade Social, do Produtor Rural e Cooperativismo, a ABCS realizou em parceria com o MAPA um total de oito fóruns sobre Suinocultura de Baixa Emissão de Carbono. Estes eventos são uma ação gratuita, resultado de outro

Protocolo de Intenções celebrado com o Ministério e que visa trabalhar temas como bem-estar animal, tratamento de dejetos, reaproveitamento de água e cogeração de energia elétrica para beneficiar o suinocultor.

Sidney Medeiros

Fiscal Agropecuário do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

“O ano de 2016 foi significativo para a já consolidada parceria entre a ABCS e a Secretaria de Mobilidade Social, do Produtor Rural e do Cooperativismo do MAPA. Por meio do projeto Suinocultura de Baixa Emissão de Carbono levamos, juntos, informações sobre o aproveitamento econômico de resíduos na suinocultura para mais de 1.300 produtores de todo o país, culminando um aumento de 40% dos contratos de crédito rural para essa finalidade”

Biosseguridade Ampliação e reforma da Estação Quarentenária de Cananéia Retenção de matrizes Prorrogação do prazo da linha de crédito em 1 ano Aumento do limite para 6 ton por beneficiário/ mês para venda de milho balcão 14 ton por beneficiário/ mês Suinocultura de baixa 8 fóruns com 1300 produtores emissão de carbono



Política

Parceria da ABCS com instituições do agronegócio

fortalecem atuação no Congresso Nacional

D e p o i m e n t o

Trabalho conjunto com CNA, ABPA e IPA gera pareceres técnicos para matérias em tramitação

Victor Ayres Assessor Técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA)

“O ano de 2016 ficou marcado pela aprovação da lei dos contratos de integração (Lei nº 13.288/16), resultado da sinergia entre as duas entidades, CNA e ABCS, na defesa dos interesses do suinocultor brasileiro. Demonstramos que conseguimos medir forças e impor nossas vontades através da união e do associativismo. Nossa luta pelo equilibro e igualdade na relação contratual entre integrados e integradores continuará nos próximos anos, através da geração de informação e fortalecimento das ações conjugadas entre entidades nacionais, estaduais e regionais”.

40

P

ara melhor se posicionar diante das proposições que tramitam no Congresso Nacional e no Executivo, a ABCS, com o apoio do FNDS, sempre busca construir seus pareceres técnicos em parceria com outras instituições de importância no cenário do agronegócio nacional como a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e o Instituto Pensar Agropecuária (IPA). Um dos principais destaques é a nova proposta de legislação trabalhista formatada pelo IPA com o apoio de diversas entidades do agronegócio, e apresentada pelo Deputado Nilson Leitão (PSDB/MT) à Câmara dos Deputados na forma do Projeto de Lei nº 6442/2016. Neste Projeto, a ABCS conseguiu garantir um olhar especial sobre as horas interjornadas nas granjas que eventualmente precisam realizar atividades de carregamento ou recepção de animais durante a noite e não possuem um contingente de funcionários noturno, devendo assim interromper as onze horas de descanso entre os turnos para a realização da atividade. Com a alteração da proposta, estes

Horas interjornadas nas granjas e qualidade de vida no trabalho em frigoríficos

casos serão considerados exceções, e as horas utilizadas no período interjornada poderão ser compensadas no período subsequente. Ainda em relação às questões trabalhistas, a ABCS e a ABPA atuaram em conjunto para debater com os parlamentares o Projeto de Lei nº 5.708 de 2016 que pretende “considerar insalubres as atividades desempenhadas por trabalhadores que exerçam em suas atividades em frigoríficos” com o intuito de evitar uma legislação ainda mais onerosa para a cadeia. No que se refere ao bem-estar animal, destacam-se três Projetos do Senado que tratam do Estatuto dos Animais, das condutas lesivas ao meio-ambiente e do Sistema Nacional de Proteção e Defesa do Bem-estar dos animais (PLS 631/2015, PLS 677/2015 e PLS 650/2015 respectivamente). Em todos estes as entidades formularam propostas de textos substitutivos que chamavam a atenção para a necessidade de prazos longos para possíveis adequações no sistema produtivo, com o amparo de linhas de crédito específicas e compatibilidade com cada região produtora.

Parceria entre ABCS, ABPA, CNA e IPA Defesa do bem-estar dos animais

Temas relacionados ao meio ambiente e aos animais



Política

Departamento de Integração

fortalece atividade em 2016 Trabalho da ABCS foi decisivo para a aprovação da Lei da Integração

O

Departamento de Integração, iniciativa do FNDS criada em 2015 para trabalhar melhor as demandas deste sistema produtivo, é um dos braços do trabalho político da ABCS e foi fundamental para a conquista do acordo sobre o texto do projeto que deu origem a Lei da Integração. A partir da sanção da Lei, o principal desfio do Departamento se tornou a implementação da norma em todas as regiões produtoras do Brasil, com destaque para a implantação das CADECS em cada unidade integradora, a fim de aperfeiçoar a remuneração dos integrados e garantir a formatação de contratos mais justos entre os produtores e as agroindústrias. Neste sentido, a ABCS esteve presente em reuniões com produtores nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Goiás, a fim de esclarecer os principais pontos da nova lei e instruir os produtores sobre o melhor caminho para começar a colocar em prática os benefícios por ela trazidos. Ainda no tocante a referida Lei, a ABCS e a CNA iniciaram em 2016 um projeto em pareceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) para formatar um Curso de Negociação nos contratos de integração vertical agroindustrial o qual deverá trazer noções de macroeconomia, remuneração, controle de insumos e investimentos, representatividade e associativismo, dentre outros. A intenção dos envolvidos é finalizar as cartilhas do curso em 2017 e iniciar as primeiras turmas. O Departamento de Integração, além de manter as ações já desempenhadas, planeja realizar no próximo ano dois workshops sobre integração a fim de reunir representantes de todas as regiões para troca de experiências e debate dos principais temas referentes a categoria.

42


Política

Comunicação direta com os produtores integrados

D e p o i m e n t o

Para retratar todas estas ações e ainda manter as unidades integradas conectadas entre si, a ABCS também desenvolveu dois Boletins direcionados a este público. O Boletim Sua Voz na Integração e o Boletim Departamento de Integração em Movimento. O primeiro traz mensalmente depoimento das associações de integrados associadas ao fundo sobre temas pertinentes ao sistema de integração. Já os Boletins sobre o movimento do Departamento são emitidos a cada nova reunião, viagem ou demanda que envolve a integração para informar o que está ocorrendo e quais ações estão sendo tomadas pela ABCS. Ao todo, em 2016 foram produzidos nove Boletins Sua Voz na Integração e sete Boletins do Departamento de Integração em Movimento.

“ Sem dúvida, a aprovação da lei da integração foi o principal fato deste ano para os produtores integrados. A ABCS foi peça fundamental na elaboração e viabilização desta lei que beneficia não somente os produtores, mas a própria relação deles com a indústria, determinando maior transparência e equilíbrio, fatores indispensáveis à sustentabilidade do sistema integrado de suínos e aves que tem se mostrado bem-sucedido há décadas, mas que até então carecia de uma base legal específica. Entendemos que esta evolução continuará através da crescente organização e filiação dos produtores em associações regionais e a criação das CADECs, como órgãos vitais para manter a relação profissional entre as partes, com o objetivo de cada vez mais evoluir nas discussões que determinem a constante melhoria técnica, econômica e social do sistema de integração.” Iuri Pinheiro Diretor técnico da Associação dos Granjeiros Integrados do Estado de Goiás (Agigo)

43


Depoimentos

Qual a importância do FNDS para o trabalho da minha entidade?

Confira o depoimento de algumas instituições que colaboraram financeiramente com o FNDS em 2016 e conheça os principais resultados alcançados pela iniciativa.

O FNDS é muito importante para nossa cadeia ao somar forças com iniciativas como o conceito “Escolha + Carne Suína”, que incentivam o consumo da proteína junto aos consumidores brasileiros. A parceria da AGS com a ABCS por meio do Fundo possibilitou a realização de dezenas de ações em todos elos da cadeia de produção, indústria e comércio. Apesar de 2016 ter sido um ano de dificuldades para os produtores, faço um balanço bastante positivo do nosso trabalho e acredito que conseguimos avançar ainda mais no desenvolvimento de iniciativas que incentivam a suinocultura como um todo.

Crenilda Neves

gestora executiva da Associação Goiana dos Suinocultores (AGS)

Este foi nosso segundo ano de contribuição ao FNDS e entendemos que a principal finalidade deste Fundo é manter a representatividade nacional dos criadores de suínos cada vez mais forte, além de auxiliar na iniciativa de ações que melhorem a eficiência de produção e a imagem da carne suína junto ao mercado consumidor. Por outro lado, a criação do Departamento de Integração também proporcionou que os produtores integrados ganhassem um espaço importante dentro da ABCS que tem feito com que nossas demandas sejam atendidas de forma eficaz. Entre as ações realizadas em 2016, o FNDS forneceu importante aporte na promoção do XVI Festival do Leitão de Rio Verde, bem como na capacitação das cozinheiras das granjas associadas à Agigo e nos treinamentos da “Série de Cartilhas Bem-Estar Animal na Produção de Suínos”.

44

Marcelo Cunha

Presidente da Associação dos Granjeiros Integrados do Estado de Goiás (AGIGO)


Depoimentos

Nélio Hand

O FNDS está dando suporte às ações que vêm sendo realizadas nos últimos anos através do PNDS. Essa sustentabilidade em nosso entendimento precisa ser cada vez mais fortalecida para que possam ser intensificadas as ações que desmistifiquem mitos e que mostrem os benefícios do consumo da carne suína. Portanto, podemos considerar o Fundo como peça chave para promover esse relacionamento na busca da valorização da nossa suinocultura nacional. Em 2016, trabalhamos as ações de qualificação do setor por meio do FNDS e do Programa de Qualificação dos Suinocultores (Qualificases), realizando importantes treinamentos de Bem-Estar Animal.

diretor executivo da Associação dos Suinocultores do Espírito Santo (Ases)

Em 2016, a parceria da ASCE com o FNDS permitiu a sensibilização de um grande público durante o PEC Nordeste com a palestra do educador físico Márcio Atalla. Além disso, contamos com a realização de palestras técnicas para produtores, estudantes e profissionais da área, consultorias nas granjas, treinamentos de bem-estar animal, cursos de cortes para açougueiros, estudantes e profissionais da área de gastronomia, oficinas gastronômicas, a participação na 4ª edição da Semana Nacional da Carne Suína. Acredito que todas essas ações foram de extrema importância para a conscientização do consumidor final e que as capacitações e treinamentos com todo os elos da cadeia proporcionam melhorias na produção, indústria e comercialização da carne suína no nosso estado.

Paulo Helder de Alencar Braga

Presidente da Associação dos Suinocultores do Ceará (ASCE)

Entendo que o FNDS é muito relevante para a suinocultura brasileira, porque busca dar condições para que ABCS crie estrutura técnica nos estados em que a produção é expressiva e crescente. Nós que estamos na cadeia de produtores integrados e somos grande parte da produção nacional vemos a ABCS como parceira, sobretudo agora com o Departamento de Integração que teve participação relevante na condução e aprovação da Lei da Integração.

Paulo Franz

Presidente da Associação de Produtores Integrados de Suínos do Mato Grosso (APRISMAT)

O FNDS é um marco coletivo, que projeta a suinocultura para o futuro. Por isso, a Assuvap acredita no Fundo e tem colhido resultados. Por meio desta iniciativa, fomos a primeira região do país a concluir os três módulos de treinamentos da “Série de Cartilhas Bem-Estar Animal na Produção de Suínos”. Outra grande ação foi a palestra Na Medida Certa com a Carne Suína, com o educador físico Márcio Atalla. O Fundo também nos possibilitou realizar o projeto Momento Saudável nas escolas de Ponte Nova, onde levamos para mais de 500 alunos informações de qualidade que desmistificaram a carne suína. Por essas e outras ações, podemos dizer que novas portas estão abertas para a suinocultura do Vale do Piranga.

Patrícia Morari

Presidente da Associação dos Suinocultores do Vale do Piranga (ASSUVAP) 45


Depoimentos

Raulino Teixeira

presidente da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (ACRISMAT)

O FNDS tem grande importância ao incentivar ações que contribuem para a elaboração de ferramentas e ideias que desmistifiquem os preconceitos existentes em torno da carne suína, além de conquistar consumidores desta proteína, melhorar a apresentação dos cortes suínos e capacitar a cadeia suinícola. Mais do que realizar ações de marketing e capacitação, o Fundo permite o intercâmbio de informações e conhecimentos, fortalecendo e gerando novas oportunidades para a cadeia. Em 2016, por meio desta iniciativa, realizamos palestras de saudabilidade durante a Exposição Agropecuária de Cuiabá e Festival Gastronômico – Chapada Original, além de um curso de cortes suínos. Também estivemos presentes no Festival Gastronômico de Chapada dos Guimarães e Festival Gastronômico “Pantanal Cozinha Brasil”, bem como realizamos oficinas gastronômicas na Casa Cor, a tradicional Gincana “O melhor da carne suína mato-grossense”, e apresentação do teatro de fantoches no Auto da Paixão de Cristo.

A ABCS, por meio do FNDS, tem desenvolvido um trabalho voltado tanto para os consumidores quanto para os produtores, que a meu ver atingem positivamente a suinocultura e tem surtido efeito no aumento do consumo e numa melhor eficiência em nossas granjas. Neste ano de 2016 realizamos treinamentos que atenderam todos esses âmbitos, como as capacitações de bem-estar animal, os cursos de cortes e saudabilidade da carne suína, além da palestra “Carne Suína Ideal Para Você”, apresentada pelo Márcio Atalla, e que reuniu cerca de 800 pessoas, tendo grande repercussão na nossa região. Certamente, as ações desenvolvidas por meio do FNDS colocaram a carne suína em destaque na mídia, gerando demanda e amenizando os problemas enfrentados pelos produtores neste no de 2016.

Ricardo Bartholo

presidente da Associação dos Suinocultores do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba (ASTAP)

Dentre as ações desenvolvidas pela DFSuin em 2016, destacam-se os cursos de cortes suínos, oferecidos às redes varejistas no Distrito Federal e entorno, e também as palestras de saudabilidade da carne suína ministradas em faculdades e escolas, além das oficinas gastronômicas e cursos de bem-estar animal. Este foi um ano em que as atividades foram comprometidas pela crise financeira, mas para 2017 nos colocamos de forma positiva e pretendemos estender e intensificar ainda mais nossas iniciativas, visando o crescimento do mercado da suinocultura.

Silvana Faria Vieira

gestora da Associação dos Criadores de Suínos do Distrito Federal (DFSuin)

“Por meio da parceria ABCS e APROIMG no ano de 2016 e com o aporte do FNDS, participamos de importantes discussões para o setor, tal como a da Lei da Integração, uma grande conquista para os produtores, que vem contribuir para o desenvolvimento da atividade suinícola integrada em Minas Gerais.”

Thiago Silveira

Presidente da Associação dos Produtores Integrados de Suínos do Estado de Minas Gerais (Aproimg)

Toda parceria com objetivos comuns é, em nossa opinião, bastante produtiva e traz resultados satisfatórios aos envolvidos. Este ano realizamos várias ações por meio da parceria com a ABCS e que serviram para fortalecer o nosso setor.

Valdomiro Ferreira

presidente da Associação Paulista dos Criadores de Suínos (APCS) 46


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