Revista da Suinocultura 29ª edição

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29 PUBLICAÇÃO QUADRIMESTRAL DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS CRIADORES DE SUÍNOS

ABCS E MAIORES INSTITUIÇÕES DO AGRO LANÇAM CARTILHAS COM FOCO NO CONSUMIDOR CONSCIENTE Mapa, CNA, Senar, Embrapa, Conab, Sebrae e GPA são apoiadoras do projeto

ANO 7 | 2019

SNDS: CONHEÇA A PROGRAMAÇÃO DO MAIOR EVENTO DE LIDERANÇAS DA SUINOCULTURA PSA: DOENÇA AVANÇA NA ÁSIA E IMPACTA MERCADO DA CARNE SUÍNA



sumário capa

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LANÇAMENTO DAS CARTILHAS TÉCNICAS DA ABCS REÚNE LIDERANÇAS DA SUINOCULTURA EM BRASÍLIA

fnds DISTRITO FEDERAL DF Suin capacita profissionais sobre Bem Estar Animal

destaques 34

GOIÁS 35 AGS realiza 34ª Exposição de Suínos do estado de Goiás MINAS GERAIS ABCS, ASTAP E SUINCO constroem plano de trabalho para 2019

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SÃO PAULO ABCS e APCS discutem as diretrizes de atuação da entidade no plano de trabalho 2019

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ESPÍRITO SANTO ABCS prestigia 5ª Favesu

40

MATO GROSSO ABCS e Acrismat se reúnem para construir plano de trabalho

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RIO GRANDE DO SUL Acsurs promove 45º Dia Estadual do Porco

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entre amigos 43 Safesui Circovírus é a única do mundo dedicada ao controle do genótipo PCV2b 44 DB Genética Suína e Copercampos fecham parceria de multiplicação visando antender clientes no sul 45 MSD Saúde Animal destaca tecnologia para vacinação de suínos sem uso de agulhas

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Sustentabilidade na suinocultura: uma realidade na produção brasileira

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Cenário de grãos e carnes e os impactos da crise da peste suína africana na China

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ABCS divulga palestrantes do maior encontro de líderes da suinocultura brasileira em 2019

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ABCS investe na otimização da atividade suinícola e capacita inspetores zootécnicos

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Estreia dos seminários técnicos da ABCS foi sucesso em ES e MG

23

GPA lança plano de desenvolvimento de suínos com o objetivo de dobrar a venda da proteína até 2021

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Peste Suína Africana avança na Ásia e impacta mercado da carne suína

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Frente Parlamentar Mista da Suinocultura tem novo presidente

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editorial SUINOCULTURA FOCADA NO CONSUMIDOR CONSCIENTE desafios do agronegócio e da suinocultura brasileira estão em consO stante mudança e no foco de consumidores cada vez mais conscientes e exigentes. Atenta à nova realidade, a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) investe, por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (SNDS) e apoio de instituições parceiras, em novos materiais para atender as demandas do setor e também da sociedade, como as cartilhas técnicas lançadas em maio e que darão origem a uma série de seminários a serem realizados em diversos estados brasileiros. Além disso, você confere nesta edição os novos vídeos, fotos e receitas com foco na produção brasileira e também na gastronomia. Trazemos ainda um artigo técnico voltado para a sustentabilidade da suinocultura e um panorama de mercado com um balanço de exportações, preço do suíno e dos grãos. Colocamos em destaque, também, a programação do XVIII Seminário Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (SNDS), a ser realizado nos dias 1 e 2 de agosto no Rio de Janeiro!

Informações e contatos Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - Sebrae Unidade de Competitividade SGAS 605 - Conjunto A - CEP: 70200-904 - Brasília/DF Telefone: (61) 3348-7240 www.sebrae.com.br

Presidente do Conselho Deliberativo Nacional JOSÉ ROBERTO TADROS Vice-Presidente do Conselho Deliberativo Nacional JOSÉ ZEFERINO PEDROZO Diretor-Presidente JOÃO HENRIQUE DE ALMEIDA SOUSA Diretor Técnico BRUNO QUICK Diretor de Administração e Finanças EDUARDO DIOGO UNIDADE DE COMPETITIVIDADE Gerente KELLY VALADARES Gerente-Adjunta ROBERTA AVIZ EQUIPE TÉCNICA Gestor Nacional GUSTAVO REIS MELO UNIDADE DE COMUNICAÇÃO Gerente MUSSOLINE MARQUES DE SOUSA GUEDES Gerente Adjunto GUILHERME KESSEL

www.abcs.com.br comunicacao@abcsagro.com.br Sede Brasília / Setor de Indústrias Gráficas Quadra 01 | Lote 495 | Ed. Barão do Rio Branco - Sala 118 CEP: 70610-410

Diretora de Projetos e Marketing LÍVIA MACHADO Diretora Técnica e Comercial CHARLI LUDTKE

MARCELO LOPES Presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos

Conselheiro Presidente MARCELO LOPES/DF Conselheiro Financeiro PAULO LUCION/ MT Conselheiro Técnico OLINTO ARRUDA/ SP Conselheiro de Relações de Mercado VALDECIR FOLADOR/RS Conselheiro Administrativo JOÃO LEITE/MG Jornalista Responsável DANIELLE SOUSA Assistente de Comunicação MYLENA TIODÓSIO Colaborador desta edição LUCIANA LACERDA

© 2019. Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - Sebrae. Todos os direitos reservados. A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610/1998).

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Projeto Gráfico e Diagramação DUO DESIGN

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artigo SUSTENTABILIDADE NA SUINOCULTURA: UMA REALIDADE NA PRODUÇÃO BRASILEIRA O

mercado consumidor está mudando, assim como a consciência da população e os valores das novas gerações. Preço e qualidade são fundamentais, mas muitas vezes já não são suficientes para satisfazer o consumidor ou determinar sua escolha. Cada vez mais as pessoas querem saber em que condições os alimentos são produzidos e quais impactos eles determinam no meio ambiente e nas comunidades de onde são oriundos. Sem dúvida, a suinocultura brasileira está sintonizada com estas mudanças e tem passado por uma grande transformação nos últimos anos, incorporando tecnologias que garantem não somente a competitividade em termos de custo, mas também a sustentabilidade ambiental e social. A importância social da suinocultura pode ser medida pela quantidade de profissionais envolvidos na atividade. Estima-se que em torno de 18 mil produtores sejam responsáveis por manter o quarto maior rebanho suíno do mundo, empregando diretamente e indiretamente mais de um milhão de pessoas. Alguns munícipios, especialmente na região sul do Brasil, têm nesta atividade a principal atividade econômica, gerando renda e impostos e viabilizando pequenas propriedades e mantendo as famílias dignamente no meio rural.

acabam contribuindo com a redução da emissão de gases de efeito estufa na atmosfera e menor uso de fertilizantes químicos nas lavouras e pastagens. Ou seja, a suinocultura além de ser uma atividade auto-sustentável, ainda ajuda a viabilizar outras atividades econômicas dentro das propriedades, sem agredir o meio ambiente. Por final, e não menos importante, o setor suinícola brasileiro tem trabalhado firmemente na melhoria do bem-estar dos animais durante todo processo produtivo. Existem várias definições para bem-estar animal, mas, mundialmente, se aceita o princípio das cinco liberdades:

A SUINOCULTURA BRASILEIRA ESTÁ SINTONIZADA COM ESTAS MUDANÇAS E TEM PASSADO POR UMA GRANDE TRANSFORMAÇÃO NOS ÚLTIMOS ANOS, INCORPORANDO TECNOLOGIAS QUE GARANTEM NÃO SOMENTE A COMPETITIVIDADE EM TERMOS DE CUSTO, MAS TAMBÉM A SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL E SOCIAL.

Com relação à sustentabilidade ambiental há uma consciência dos produtores da importância de otimizar recursos naturais e preservar o meio ambiente, dando o destino adequado aos resíduos gerados pela produção. Esta preocupação com o meio ambiente é garantida pela fiscalização dos órgãos oficiais que só liberam licenças de funcionamento desde que cumpridas as determinações legais. Sem estas licenças o produtor não consegue sequer comercializar seus animais. Porém, muito além deste cuidado com a legislação e a redução do impacto ambiental está o aproveitamento dos dejetos para geração de energia (biogás) e fertilização dos solos, procedimentos que

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Liberdade

Formas para atender

Livre de fome e sede

Acesso à água fresca e uma dieta para completa manutenção da saúde e vigor

Livre de desconforto

Fornecimento de um ambiente apropriado, incluindo abrigo e uma confortável área de descanso

Livre de dor, injúria e doenças

Prevenção ou diagnóstico rápido e tratamento

Livre para expressar o comportamento normal

Fornecimento de espaço suficiente, instalação adequada e companhia de animais da mesma espécie

Livre de medo e estresse (sofrimento físico e mental)

Garantia de condições e tratamento que evitem sofrimento mental

Para atender estas cinco liberdades as granjas adotam o que chamamos de boas práticas de produção pecuária. Estas práticas garantem o bem-estar e, consequentemente, permitem que o animal expresse seu potencial produtivo. Consiste em manter o suíno em ambiente limpo, com conforto térmico, alimentação balanceada, água à vontade, espaço físico suficiente para que possa expressar seu comportamento exploratório junto de outros suínos e com medidas que evitem todo tipo de sofrimento. Muito tem se investido também na melhoria das condições de carregamento e transporte dos animais para o abate, o que tem influência direta na qualidade da carne. A redução do estresse nesta fase e a insensibilização dos animais antes do abate são medidas já amplamente difundidas em nosso meio e que têm determinado uma melhoria contínua na qualidade do produto final.

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Adaptado de Farm Animal Welfare Council (1992)

artigo

A capacidade de adaptação às novas exigências do mercado consumidor tem determinado melhorias constantes na suinocultura brasileira, resultando não somente no crescimento sustentável desta atividade, como também na conquista de mais espaço no mercado mundial, com quase 20% da nossa produção sendo exportada para 96 países em 2018.

IURI PINHEIRO MACHADO É MÉDICO VETERINÁRIO, MESTRE EM CIÊNCIAS VETERINÁRIAS, PRESIDENTE DA COMISSÃO DE SUINOCULTURA DA FAEG E PRESIDENTE DA COMISSÃO NACIONAL DE AVES E SUÍNOS DA CNA.

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artigo CENÁRIO DE GRÃOS E CARNES E OS IMPACTOS DA CRISE DA PESTE SUÍNA AFRICANA NA CHINA POR MBAGRO MERCADO

CENÁRIO DE GRÃOS E CARNES E OS IMPACTOS DA CRISE DA PESTE SUÍNA AFRICANA NA CHINA

O

mercado brasileiro de soja segue aquecido com a finalização da colheita. As exportações apresentam bom ritmo e até abril foram embarcadas 27,4 milhões de toneladas ( 17% superior a 2018). As parciais de maio indicam que será mais um mês com elevados volumes. A previsão é que saiam 71/72 milhões de toneladas em um mercado bastante aquecido pela demanda chinesa. Essa elevada procura chinesa por produto nacional mexe com os prêmios nos portos. Nas últimas semanas os prêmios pagos para embarques futuros subiram significativamente. O que coloca certo freio na alta do prêmio é a elevada disponibilidade mundial. A relação estoque/uso deve ficar, pela segunda temporada consecutiva, acima dos 30% devido ao alto estoque americano. Além do prêmio, o câmbio também tem influenciado o preço no Brasil. As cotações bateram R$ 4,10/ US$ devido a discussão da Reforma da Previdência. Enquanto o assunto não for esgotado, o câmbio continuará oscilando. No momento, tanto o câmbio quanto o prêmio têm amortecido a queda do preço nacional da soja nesse período em que a Guerra Comercial faz as cotações em Chicago caírem fortemente refletindo o elevado estoque americano. Hoje a cotação está em US$ 8,20/bu. Há um ano o valor era de US$ 10,21/bu. A queda é de 20% no mercado internacional. No Brasil, as cotações estão em média -11% abaixo de maio/18 e a comercialização segue lenta na espera de preços melhores.

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Porém, enquanto é esperada manutenção do elevado estoque de soja nos EUA, no Brasil a realidade é outra. A exportação seguirá acima dos 70 milhões de toneladas e o consumo previsto para 2019 é de 43 milhões de toneladas. A demanda para esmagamento segue firme e no 2º semestre terá competição com a exportação. Devemos chegar no final do ano com estoques praticamente zerados do o volume de embarques e a demanda interna para produção de farelo e óleo. Para o milho, cenário de oferta no 2º semestre é diametralmente oposto ao da soja. A produção da 1ª safra veio dentro do esperado. Porém a 2ª safra deve mostrar na colheita números impressionantes de produtividade. O clima favoreceu não só a instalação, mas também o desenvolvimento da lavoura e a colheita esperada é acima dos 70 milhões de toneladas. Com isso, a oferta interna bate pelo menos os 96 milhões de toneladas. Haverá muito produto disponível no mercado interno, principalmente, no início do 2º semestre e os preços tendem a responder. No que tange os preços, a colheita da 1ª safra não foi suficiente para trazer queda e a cotação se manteve firme até março. Em abril, com a expectativa de boa colheita da 2ª safra, os preços começaram a ceder e a queda deve se acentuar com o aumento da disponibilidade. É um cenário de ampla oferta de produto para o setor de produção de carnes. Haverá milho de 2ª safra já no final de maio e os preços já refletem isso. Nos últimos dias os preços no porto mostraram reação frente a alta de preços em Chicago e o câmbio. Embora seja em menor grau que na soja, fatores alheios ao mercado interno também afetam o preço do milho no Brasil via paridade de exportação. Mesmo assim, a volatilidade em Chicago e no câmbio terá que ser acentuada para evitar queda de preço com a entrada da safrinha.

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artigo

Para exportação, a previsão é que os embarques passem da casa dos 30 milhões de toneladas e é necessário para que o mercado interno esteja equilibrado na virada do ano e da safra. O ritmo está mais acelerado frente outros anos. Além de ter produto no mercado interno, também haverá antecipadamente mais espaço nos portos uma vez que os embarques de soja serão menores. No mercado internacional há 3 pontos que precisam de atenção: o consumo da soja na China em frente ao elevado abate do rebanho suíno; o desenrolar da Guerra Comercial; e a evolução do plantio da safra americana. É difícil prever o tamanho da redução do rebanho suíno que ocorrerá na China, mas sabe-se que é grande e que a maior parte do abate está concentrada na produção tradicional, com pouco ou nenhum uso de ração, e não na industrial. Logo, o consumo de farelo deve cair, mas não na mesma proporção do abate. Além do mais, a contração do rebanho suíno chinês induz o aumento de produção interna de aves, ovos e aquacultura que consomem muito mais farelo de soja por quilo de produto quando comparado ao suíno. Quanto à Guerra Comercial entre EUA e China, o mês de maio trouxe forte acirramento do conflito e, portanto, não há horizonte de resolução no curto prazo. Com isso, a expectativa de aquecimento da demanda da soja americana não se confirma e o alto estoque segue sendo fator de pressão negativa nas cotações internacionais. Sobre o plantio americano, o clima muito úmido tem prejudicado o avanço da semeadura. Até agora 19% da área prevista de soja foi semeada, enquanto o valor esperado era em torno dos 50%. No milho o plantio deveria estar ao redor de 80% e está em 49%. A maior preocupação no momento é com o milho que tem a janela de plantio fechada no final de maio enquanto a da soja se estende até meados de junho. Quanto maior o atraso no milho, maior o viés para soja, mas é difícil afirmar que haverá plantio de toda a área esperada. A Guerra Comercial vem desde a safra passada machucando os produtores americanos que, mesmo recebendo ajuda direta do Governo, se encontram em uma situação complicada de rentabilidade dados os preços em Chicago. É possível que o produtor

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opte por não plantar e recorra ao seguro. Por esse fato Chicago apresenta volatilidade, reagindo a especulações sobre o tamanho real da área plantada. Mas, até o momento, o assunto área parece ser insuficiente para provocar uma significativa reversão de tendência de preços internacionais. Ademais, vale ficar atento ao fato de que o mundo estará mais estimulado a produzir carne devido à alta do preço internacional de proteínas e com o possível aumento de exportação para China. Se o mercado brasileiro começar a ser demandado para atender parte do déficit do país asiático, o consumo interno tanto de farelo de soja como de milho será elevado. No mercado de carnes, a propagação da peste suína africana por praticamente todo o território chinês e países vizinhos juntamente das estimativas preocupantes de queda do rebanho e da produção futura de carne suína da China que circularam nos últimos dois meses, fortaleceram o entendimento de que haverá um processo inflacionário global em proteínas, dado que a quebra da produção chinesa não poderá ser compensada via importações de outros países produtores de carne suína, o que significa que, possivelmente os volumes de importação de todas as carnes evoluirão. E como não há oferta suficiente, os preços deverão reagir, o que já está acontecendo. Acredita-se que a redução da produção de carne suína na China em 2019 será superior ao tamanho de todo o trade mundial do produto, que é da ordem de8,8 milhões de toneladas. Algumas estimativas apontam para o dobro disso. Com isto em perspectiva, o preço futuro do suíno (2º vencimento) nos EUA subiu 70% desde o início de fevereiro enquanto no Brasil a carne e o animal também começaram a reagir. Apesar disso, para o curto prazo o país asiático dispõe de estoques formados a partir do abate maciço de animais não doentes, mas que também foram retirados do inventário. Acreditamos que a partir do segundo semestre, a China

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artigo deverá fortalecer as compras de carne suína naqueles países que são seus tradicionais fornecedores, caso da Europa, EUA, e do Brasil. Os números de exportação da Europa, maior fornecedor chinês de carne suína importada, referente ao primeiro trimestre apontam alta de 31% em relação ao mesmo período do ano passado. No caso do produto americano, mesmo com sobretaxa de 62% em função da guerra comercial, foram reportadas compras fortes no início de abril, embora até março as vendas para a China tenham sido 10% menores. Já a partir do Brasil, as vendas até abril foram 1% maiores sobre o jan-abr/18 mas com 61% de aumento no comparativo abr 19/18, sugerindo melhora do fluxo. Em função da ausência de estatísticas confiáveis sobre a situação da doença na China, do nível de estoques e mesmo do tamanho do inventário de suínos, há um certo ceticismo dos analistas em geral com a dimensão da quebra, mas mesmo nos cenários mais conservadores o problema parece sem precedente. Ainda não há um sinal de controle da situação por parte da China em que pese a redução do número de notificações de novos focos no último mês. No Brasil, o IBGE divulgou que os abates de suínos cresceram 5,2% no primeiro trimestre, com 11,272 milhões de cabeças, enquanto a produção de carcaças (992 mil tec) evoluiu 3,6%, o que significa que o peso médio das carcaças foi 1,5% menor. Descontadas as exportações do primeiro trimestre (137,7 mil tec), que evoluíram 3,9%, restaria ao consumo doméstico 854,7 mil tec, um aumento de 3,6% sobre o 1T 18. Ou seja, até o primeiro trimestre de 2019 o aumento de produção foi semelhante ao avanço das exportações, com o consumo doméstico avançando em proporções semelhantes.

associada ao razoável fluxo de exportação, enquanto que os cortes de traseiro cederam já que o consumo doméstico segue contido. A média de preços no atacado paulista em maio quando comparada à de jan/19 indica altas de 8% na ave abatida, 26% no dianteiro bovino e 13,5% na meia carcaça suína. Já o ovo subiu 29% no mesmo comparativo. Finalmente, com a reação do preço do suíno vivo e também favorecida pela acomodação dos custos, as margens na suinocultura estão voltando ao campo positivo, após mais de um ano no vermelho. A boa safrinha de milho em desenvolvimento desenha um panorama de custos muito interessante para as rações no segundo semestre, o que deve coincidir com um cenário ainda melhor para as exportações de carnes, devendo ser muito favorável para o suíno. Apesar deste panorama, a limitação para o Brasil aproveitar a enorme oportunidade na China, que não se resolverá neste ano, está no número de plantas frigoríficas habilitadas para exportação. Há expectativa de que o número aumente após a visita do presidente Jair Bolsonaro à China prevista para agosto, mas no momento são apenas nove plantas de suínos habilitadas para o país asiático. O cenário que deriva da doença na China juntamente das relações em atrito com os EUA é uma oportunidade sem precedente para a suinocultura brasileira, mas um avanço consistente do Brasil neste comércio vai exigir muita habilidade política e negociação por parte do Governo Brasileiro, assunto em que os chineses são experts milenares.

Já os preços do suíno e da carne reagiram a partir de fevereiro, em uma época do ano em que as carnes em geral cedem, com consumo doméstico e exportações mais fracas e maior oferta de gado. Entretanto, tanto a ave quanto o dianteiro bovino evoluíram bastante desde o início do ano de modo que suíno, barato relativamente, acabou acompanhando o movimento. No caso da ave, temos observado um ritmo de produção equilibrado, muito semelhante ao de um ano atrás, possivelmente pela conjuntura adversa do ano que se passou, aliás muito difícil para todos os setores intensivos em ração. Já a reação dos preços do dianteiro bovino está

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snds ABCS DIVULGA PALESTRANTES DO MAIOR ENCONTRO DE LÍDERES DA SUINOCULTURA BRASILEIRA EM 2019 ABCS REALIZA A 18ª EDIÇÃO DO SEMINÁRIO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA SUINOCULTURA (SNDS) NOS DIAS 01 E 02 DE AGOSTO, NO LEBLON -RJ Quinta-feira - 1 de agosto

WILLIAM WAACK JORNALISTA E SOCIÓLOGO O Brasil Vai dar Certo? – Cenário

FERNANDO KIMURA

LUIS RASQUILHA

ESPECIALISTA EM

CEO DA INOVA CONSULTING

NEUROMARKETING

Político Brasileiro e implicações

Consumidor: Decifra-me

para o agronegócio

ou devoro-te

Agro Business Inteligente: as Agro Trends e a Industria 4.0

Sexta-feira - 2 de agosto

MAURÍCIO DUTRA

NÉLIO BILATE

DOUTOR EM MEDICINA VETERINÁRIA

ESPECIALISTA EM

ALEXANDRE MENDONÇA DE BARROS

CULTURA ORGANIZACIONAL

SÓCIO-CONSULTOR DA MB

Resistência antimicrobiana: o papel

DA NBHEART

AGRO CONSULTORIA

das entidades representativas e dos

Felicidade e propósito:

Perspectivas e impactos da

produtores no uso responsável de

A nova era da gestão

macroeconomia sob a ótica do

antimicrobianos em suínos

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mercado agro

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snds A

18ª edição do Seminário Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (SNDS), o encontro mais tradicional e representativo da suinocultura brasileira, acontecerá dias 01 e 02 de agosto, no Sheraton Grand Rio Hotel & Resort, localizado no bairro Leblon, no Rio de Janeiro. Por mais um ano, o evento contará com programação diferenciada que discutirá temas relacionados à inovação, transformação digital e marketing, abordando as mais recentes tendências mundiais e nacionais para o agronegócio.

COM O TEMA “O PODER DA EVOLUÇÃO ESTÁ NAS NOVAS MANEIRAS DE VER O MUNDO”, O SNDS REAFIRMA SEU PAPEL ESTRATÉGICO NAS DISCUSSÕES DO SETOR E TRAZ UMA SELEÇÃO DE PALESTRANTES DIVERSIFICADA EM SINTONIA COM O MOMENTO VIVIDO PELA CADEIA, AMPLIANDO O DEBATE COM QUATRO PAINÉIS, DISCUTINDO TAMBÉM COMPETITIVIDADE, CONSUMO E GESTÃO DE NEGÓCIO.

No Painel 1 – “Futuro, tendências e inovações: as oportunidades de uma evolução que está em curso”, serão discutidas as principais transformações para o agro nos próximos anos. O colunista da Rádio CBN, autor e co-autor de 18 livros técnicos sobre marketing, comunicação, futuro, tendências e inovação, Luis Rasquilha falará sobre “Agro Business Inteligente: as Agro Trends e a Industria 4.0”. Rasquilha é formado em

Disruptive Strategy (Harvard Business School), Criatividade e Design Thinking (Stanford University), Gestão (Inova Business School, ISG e ISCTE), Empreendedorismo e Gestão da Inovação (UCP), Marketing (UCP) e Comunicação (INP) e falará sobre os desafios para inovar nas organizações na era digital. A atual situação do país também será abordada no Painel 1, com a palestra “O Brasil Vai dar Certo? – Cenário Político Brasileiro e implicações para o agronegócio”, com o jornalista e mestre em Ciências Políticas, ex-âncora do Jornal da Globo e do GloboNews, William Waack. Atualmente, o jornalista possui um canal no Youtube, Painel wW, que alcançou 558 mil inscritos e continua crescendo a passos largos com muitas análises de pontos críticos da política no Brasil e entrevistas em grupo com nomes conceituados no país. Waack também tem uma coluna no jornal “O Estado de S. Paulo” e está sendo sondado para integrar o time de jornalistas da CNN Brasil, com previsão de ir ao ar no segundo semestre de 2019. Ainda no primeiro dia de encontro, o SNDS segue com conteúdo voltado para o consumidor atual, com foco no que tem realmente valor para o cliente nos dias de hoje. O Painel 2 – “Valor e significado: o que o consumidor realmente quer?”, buscará apresentar informações e direcionamento para atender o consumidor e às suas dores com foco em solução e atendimento. A palestra “Consumidor: Decifra-me ou devoro-te” é do especialista em neuromarketing Fernando Kimura, professor da ESPM em cursos de marketing, empreendedorismo digital e branding digital. Kimura é formado em administração em empresas com ênfase em Marketing pela Anhembi Morumbi, possui especialização em marketing digital pela ESPM e Neuromarketing pela UBA (Universidad de Buenos Aires), e Qualidade em Serviços pelo Disney Institute - Orlando - USA. No dia 02 de agosto, o encontro tem início com foco no agronegócio e nas tendências de mercado para suinocultura nacional. O Painel 3 – “Agronegócio, a vocação do Brasil vive novos tempos” contará com conteúdo atualizado e discutirá o desafio de transformar a produção tradicional em um setor dinâmico e competitivo, sustentado na antecipação de cenários e tendências. O engenheiro agrônomo e Doutor em economia aplicada Alexandre Mendonça de Barros falará sobre

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snds “Perspectivas e impactos da macroeconomia sob a ótica do mercado agro”. Mendonça de Barros é professor associado da Fundação Dom Cabral e sócio-consultor da MB Agro Consultoria, membro do Comitê de Assessoria Externa da EMBRAPA Pecuária Sudeste e do Conselho Superior do Agronegócio da FIESP. No painel também será discutido o uso dos antimicrobianos, principalmente os antibióticos na palestra “Resistência antimicrobiana: o papel das entidades representativas e dos produtores no uso responsável de antimicrobianos em suínos”. A ABCS trabalha em prol do uso correto desses medicamentos nos animais junto do Mapa e contará com o médico veterinário Maurício Dutra, para abordar o tema de forma didática para os diferentes públicos presentes no evento. Dutra possui PhD em epidemiologia experimental e suas aplicações em doenças infecciosas pela Universidade de São Paulo (USP) e atua como responsável por status sanitários de granjas por meio de avaliação clínica, exame laboratorial, execução e acompanhamento de programas sanitários com temas relacionados a

O PODER DA EVOLUÇÃO ESTÁ NAS NOVAS MANEIRAS DE VER O MUNDO Reconhecido pelo sucesso de público, o SNDS é direcionado a líderes da produção, indústria, empresas do setor e também do varejo. O seminário é realizado há mais de 35 anos pela ABCS e aborda as mais recentes tendências mundiais e nacionais no agronegócio. Ao longo de quatro edições, o encontro nacional propôs discussões acerca do futuro da atividade para “além

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biossegurança, vacina e uso de medicamentos. Para encerrar o encontro, o Painel 4 – “Convergência de propósitos: uma nova estratégia de gestão” será responsável por apresentar as ideias e as novas perspectivas sobre o aprendizado contínuo de modo a preparar líderes e executivos em um futuro cada vez mais conectado na auto responsabilidade. A palestra “Felicidade e propósito: A nova era da gestão” será do especialista em cultura organizacional, Nélio Bilate. Com mais de 30 anos de experiência nas áreas de Marketing, Comunicação, Vendas e Pós-Vendas, Relacionamento com Clientes, Qualidade de Serviços e Pesquisa, atua no desenvolvimento humano e organizacional. Ocupou posições de CEO, Diretor de Marketing, Vendas, Pós-Vendas, Comunicação e Planejamento de Produtos na Nissan Mercosul, Renault do Brasil, Allied Domecq, Coca-Cola, Chocolates Garoto, A.C. Nielsen Serviços de Marketing e agências de propaganda. Até o encontro será desenvolvida uma série especial sobre cada Painel, discutindo de forma ampla cada tema e palestra. Esse material poderá ser conferido no site www.snds.com.br. Fique atento!

da porteira”, ou seja, levando questões socioeconômicas, comportamentais e oportunidades que refletissem o sucesso da atividade. Para garantir sua vaga, entre em contato com a sede da ABCS, em Brasília, pelo telefone (61) 30303200. Todas as informações sobre o evento, como programação, localização, inscrições, valores de investimento e patrocinadores podem ser encontradas no site www.snds.com.br

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cartilhas técnicas

REPRESENTANTES DAS INSTITUIÇÕES PARCEIRAS E AUTORES NO LANÇAMENTO DAS CARTILHAS

LANÇAMENTO DAS CARTILHAS TÉCNICAS DA ABCS REÚNE LIDERANÇAS DA SUINOCULTURA EM BRASÍLIA COM FOCO EM SUSTENTABILIDADE E BOAS PRÁTICAS NAS FÁBRICAS DE RAÇÃO DAS GRANJAS, OS MATERIAIS ESTÃO DISPONÍVEIS PARA DOWNLOAD NO SITE DA ABCS

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s novas cartilhas técnicas da ABCS, “Novos Caminhos da Suinocultura” e “Boas Práticas Agropecuárias para Fábricas de Rações Próprias” já estão disponíveis para todo o setor. No dia 14 de maio, em Brasília, aconteceu o evento de lançamento das publicações.

A

Estiveram reunidas diversas lideranças do setor suinícola, representantes das associações estaduais e das instituições parceiras nesse projeto, como a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a Embrapa, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e o Sebrae, além do Grupo Pão de Açúcar (GPA). O evento teve início com as boas vindas do presidente da entidade, Marcelo Lopes. Ele reforçou o compromisso da associação com o aprimoramento da atividade suinícola e destacou a relevância do material para toda a cadeia. “Esse é só o início de um trabalho forte em busca de uma suinocultura cada vez melhor. E a ABCS está preparada para isso. Agora cabe a nós divulgar esse trabalho, transmitir esse conhecimento, dar continuidade à missão que nós temos”, afirmou.

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cartilhas técnicas A diretora de marketing e projetos da ABCS, Lívia Machado, aproveitou a oportunidade para falar sobre o atual cenário global de negócios e sobre a necessidade da suinocultura se reinventar frente às novas tecnologias e possibilidades, evidenciando também as mudanças no consumo. Para ela, a produção das cartilhas faz parte desse contexto, pela iniciativa de difundir informações atuais e qualificadas para os suinocultores.

O CONSUMIDOR É O GRANDE MOTIVADOR DO NOSSO TRABALHO E POR ISSO, BUSCAMOS A EVOLUÇÃO DA CADEIA E O APRIMORAMENTO DA QUALIDADE DO NOSSO PRODUTO. MUDAR É TRANSFORMAR E COM A NOVA CONJUNTURA DE UM MUNDO TODO CONECTADO, PRECISAMOS CADA VEZ MAIS COMUNICAR COM O CONSUMIDOR E TAMBÉM TORNAR O AGRONEGÓCIO CONECTADO ENTRE SI LÍVIA MACHADO DIRETORA DE MARKETING E PROJETOS ABC

Logo em seguida, Iuri Machado, presidente da Comissão Nacional de Aves e Suínos da CNA e coordenador técnico do projeto, apresentou as cartilhas, destacando os temas que se sobressaem em cada uma das publicações. Biosseguridade, sustentabilidade econômica, social e ambiental foram alguns dos mais destacados. “Temos que estar preparados e o conteúdo das cartilhas vem para trazer essa segurança e conhecimentos que são fundamentais para fornecer aos diversos agentes da cadeia os instrumentos necessários para um trabalho eficiente”, apontou. Ainda segundo o coordenador do projeto, a cartilha “Novos Caminhos da Suinocultura” inclui uma visão ampla das oportunidades de gestão nas granjas, com temas como a otimização do uso de recursos, e a gestão de custos. Foram autores dessa publicação, o administrador de empresas Augusto Fischer, o engenheiro agrônomo da Embrapa Suínos e Aves, Evandro Barros, o economista também da Embrapa, Marcelo Miele, os médicos veterinários da empresa Integrall Soluções em Produção Animal, Roniê Pinheiro e Iuri Pinheiro Machado, o engenheiro agrônomo do Mapa, Sidney Medeiros e o engenheiro agrônomo da Conab, Thomé Guth.

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Já a cartilha “Boas Práticas Agropecuárias para Fábricas de Rações Próprias”, desenvolvida pelo médico veterinário da Neo Consulting, Stefan Rohr, com revisão técnica do engenheiro de alimentos da LAP Gestão Empresarial, Leonardo Alves Pinto, contém reflexões sobre a qualificação de fornecedores e controle de matérias-primas e métodos para assegurar o fornecimento de uma alimentação adequada aos suínos. Os autores das cartilhas estiveram presentes no evento, assim como os representantes das instituições apoiadoras Daniel Carrara, diretor geral do Senar, Rafael Monezi gerente comercial do GPA, Victor Rodrigues Ferreira, analista da unidade de Competitividade do Sebrae Nacional, Fernando Campos, representante da Embrapa Suínos e Aves na Câmara setorial do Mapa, Eduardo Sampaio, secretário de política agrícola do Mapa e Fernando Mendes, Secretário adjunto de defesa agropecuária do Mapa. Antes da entrega dos materiais aos presentes no encontro, a diretora técnica da ABCS, Charli Ludtke, comentou sobre o processo de produção e informou sobre como o conteúdo será aproveitado. “Vamos realizar seminários técnicos por todo o Brasil, em parceria com as afiliadas, detalhando mais esse conteúdo,

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cartilhas técnicas para promover as transformações que precisamos. Precisamos sempre nos reinventar, colocando como prioridade tanto o bem-estar e a saúde das pessoas, quanto dos animais”.

TEMOS QUE ESTAR PREPARADOS E O CONTEÚDO DAS CARTILHAS VEM PARA TRAZER ESSA SEGURANÇA E CONHECIMENTOS QUE SÃO FUNDAMENTAIS PARA FORNECER AOS DIVERSOS AGENTES DA CADEIA OS INSTRUMENTOS NECESSÁRIOS PARA UM TRABALHO EFICIENTE APONTOU IURI PINHEIRO MACHADO

O PRESIDENTE DA ABCS FALA SOBRE A IMPORTÂNCIA DOS NOVOS MATERIAIS PARA O SETOR.

AS CARTILHAS JÁ ESTÃO DISPONÍVEIS PARA DOWNLOAD NO SITE DA ABCS.

Confira no site ou através de QR Code

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curso de inspetores

PARTICIPANTES CONHECEM TRABALHO DA ABCS NO CURSO DE CAPACITAÇÃO DE INSPETORES ZOOTÉCNICOS

ABCS INVESTE NA OTIMIZAÇÃO DA ATIVIDADE SUINÍCOLA E CAPACITA INSPETORES ZOOTÉCNICOS CURSO REALIZADO PELA ENTIDADE PROMOVEU ATUALIZAÇÃO DE PROFISSIONAIS COM TEMAS COMO BIOSEGURIDADE NAS GRANJAS E REGULAMENTO DE REGISTRO GENEALÓGICO

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m mais uma iniciativa, a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) teve a oportunidade de mostrar a tradição de seu trabalho em gerar e transmitir conhecimento para o desenvolvimento da cadeia como um todo. Nos dias 28 e 29 de maio, a ABCS realizou o curso para capacitação de inspetores zootécnicos em Concórdia, Santa Catarina, com o objetivo de capacitar profissionais que atuam nas granjas que emitem registro genealógico. A iniciativa é uma realização da entidade nacional, em conjunto com a Embrapa Suínos e Aves, contou com o apoio da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa), do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos (Sips) e da Empresa Amiga MigPlus. Participaram da capacitação cerca de 40 profissionais de diversos estados brasileiros, como Minas Gerais, Paraná, Goiás, Santa Catarina, São Paulo e Distrito Federal. Entre inscritos e convidados, estiveram médicos veterinários, técnicos agrícolas, zootecnistas e técnicos em agropecuária, representantes de empresas como Topigs, Agroceres, Topgen, Pamplona, DB, Schoeler e Embrapa.

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curso de inspetores Na ocasião, a equipe da ABCS preparou uma recepção calorosa dos participantes e a gerente administrativa e financeira, Cássia Campanaro, apresentou o trabalho da associação em prol da suinocultura, abordando todas as ações realizadas ao longo do ano, os apoios e as instituições patrocinadoras que viabilizam o desenvolvimento do trabalho e seus resultados. Ela comentou sobre a realização do curso, que faz parte das atribuições do Serviço de Registros Genealógicos de Suínos da ABCS (SRGS), trabalho executado pela entidade por delegação do MAPA. “Esse serviço faz parte do dia a dia das granjas e esta iniciativa permite que diversos profissionais se mantenham atualizados. Nesta edição, contamos com a parceria da Embrapa que gentilmente cedeu sua estrutura física para realizarmos os 2 dias de curso divididos entre parte teórica e prática”. Fernando Gimenez, Superintendente do SRGS da ABCS, também estava presente e considera como uma iniciativa de sucesso. “Os temas abordados são muito oportunos para a capacitação desses profissionais em suas rotinas na seleção de material genético e também para o entendimento do regulamento do SRGS. Com a complementação prática na seleção de animais para a reprodução e também com a palestra sobre biossegurança das granjas de genética, temos certeza que os profissionais sairão capacitados para desenvolverem suas atividades nas granjas de melhoramento genético com mais conteúdo, comprometimento e profissionalismo”, destacou.

PROGRAMAÇÃO Durante os dois dias de evento os participantes conferiram palestras realizadas por profissionais renomados na área. Conheceram detalhadamente o regulamento do registro genealógico, as exigências relacionadas às auditorias e inspeções zootécnicas, os procedimentos de biosseguridade nas granjas de suínos, as características e critérios de desclassificação das raças suínas registradas na ABCS e os programas de melhoramento genético. A capacitação contou com especialistas em áreas diversas, trazendo uma visão ampliada sobre as temáticas. Dentre os palestrantes estiveram os pesquisadores da Embrapa, Elsio Figueiredo e Nelson Morés, também da Embrapa, o técnico Nilson Woloszyn, o médico veterinário, Mauro Antônio Serafim, o inspetor zootécnico, Gilberto Moacir da Silva e a secretária do Sistema de Registro Genealógico de Suínos (SRGS/ ABCS), Paula Althaus. Na opinião da zootecnista Amanda Silva, o curso foi uma grande experiência profissional. “As palestras foram muito bem ministradas e os assuntos abordados se aproximaram bastante da realidade vivida nas granjas. Outro ponto positivo para mim, foi o pequeno número de participantes, o que permite mais debates e depoimentos pessoais sobre o trabalho de cada participante. A parte prática do curso foi extremamente proveitosa em termos de conhecimento, principalmente no meu caso, que trabalho diretamente com a seleção. Portanto, o curso superou bastante as minhas expectativas”.

Para Janice Zanella, médica veterinária e chefe geral da Embrapa Suínos e Aves, é fundamental integrar as instituições para trabalhar em defesa dos interesses dos produtores. “A nossa missão é trabalhar para o produtor. A participação de nossos pesquisadores e técnicos na programação técnica, tanto teórica como prática é uma forma de compartilhar conhecimento gerado das nossas pesquisas. Por isso, a Embrapa é parceira da ABCS e de suas associações como a ACSURS e ACCS que também participaram e organizaram o treinamento”.

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novos materiais

ESTREIA DOS SEMINÁRIOS TÉCNICOS DA ABCS FOI SUCESSO EM ES E MG V

isando proporcionar aos suinocultores o aprimoramento de resultados na produção por meio do conhecimento das novas tecnologias e práticas no setor, a ABCS deu início às capacitações dos seminários técnicos. Mais de 100 pessoas entre produtores, gerentes de granja, técnicos, veterinários, estudantes universitários e demais profissionais do setor de suínos, aproveitaram para conhecer à fundo as oportunidades na suinocultura em relação a sustentabilidade, bem-estar animal e qualidade da ração em fábricas próprias. Com o tema “Mercado globalizado, a qualificação dos produtores teve sua estreia na 5ª Feira de Avicultura e Suinocultura Capixaba (Favesu), no dia 5 de junho, em Venda Nova do Imigrante (ES), em parceria com a Associação de Suinocultores do Espírito Santo (Ases), e também no dia 6 de junho, na sede da Associação dos Suinocultores do Vale do Piranga (Assuvap), em Ponte Nova. A elaboração dos seminários teve como base o conteúdo das cartilhas técnicas da ABCS, que foram lançadas no último mês de maio. Além das palestras, foi exibida uma videoaula do médico veterinário Stefan Rohr, autor da cartilha focada nas boas práticas nas fábricas de rações próprias. No vídeo ele detalha processos e ferramentas para orientar o produtor sobre o tema.

EVENTO REALIZADO NA FAVESU, EM VENDA NOVA DO IMIGRANTE (ES).

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PÚBLICO DA ASSUVAP, EM PONTE NOVA (MG).

Para a diretora técnica da ABCS, o feedback da iniciativa é positivo. “Esse início está sendo um sucesso. A gente vê o quanto o setor carece de conhecimento aplicado. Por isso, tem sido muito oportuno trabalhar esses temas e fazer com que eles estejam mais próximos dos produtores”. Segundo Iuri Machado, os participantes demonstraram interesse e confirmaram a relevância dos temas apresentados. “Acredito que atingimos o objetivo justamente por essa questão divulgar e distribuir o material para algumas lideranças, produtores, profissionais ligados à suinocultura e ao mesmo tempo interagir com esses profissionais no sentido de difundir esses pontos que são importantes na sustentabilidade da suinocultura e na qualidade e segurança na fabricação de rações”, comentou Iuri Machado. O médico veterinário e produtor de suínos Marcelo Faitanin participou do seminário e destacou a valorização da atividade suinícola por meio do conteúdo que a capacitação abrange. “Os temas abordados no seminário são temas que estão em evidência, atuais e foram transmitidos de maneira bem objetiva, atingindo desde colaboradores, produtores, até o meio técnico acadêmico. Também foi entregue um material didático com muita informação que auxilia na tomada de decisão e no caso de dúvidas. Isso tudo dá ânimo ao produtor para que ele produza mais, garantindo uma carne de boa qualidade ao seu consumidor”.

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NOVOS MATERIAIS DA ABCS VALORIZAM SABOR DA CARNE SUÍNA RECEITAS, FOTOS E VÍDEOS COM CARNE SUÍNA SÃO MAIS UMA ENTREGA DO FNDS PARA COLABORADORES E SITE DO MAIS CARNE SUÍNA s conteúdos da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) acabam de ficar ainda mais irresistíveis. Fotos e vídeos com receitas especiais foram produzidos com o apoio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (FNDS) para compor informativos, posts para as redes sociais e para o portal Mais Carne Suína. Com os materiais, a ideia é valorizar a diversidade de cortes e apresentação de pratos.

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As receitas prometem combinar sabor, saúde, praticidade e versatilidade da carne suína e têm o churrasco como novidade. Para deixar um gostinho do que vem por aí, entre as receitas escolhidas estão a costelinha com molho barbecue, a copa lombo e a picanha, que inauguram a série de vídeos “Churrasco com mais carne suína”.

CHURRASCO DE COPA-LOMBO

PICANHA NA GRELHA

Além disso, a ABCS buscou propor receitas que podem ser preparadas para diversas ocasiões, como happy hour com os amigos, refeições do dia a dia e também mais elaboradas como medalhão de filé mignon suíno e chilli e almondegas de pernil. O conteúdo está disponível aos contribuintes do FNDS e também no site Mais Carne Suína. ALMÔNDEGAS DE PERNIL

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novos materiais CARTILHA DE RECEITAS DE CHURRASCO Ainda para 2019, a ABCS desenvolve uma nova cartilha de receitas de churrasco com o ex-participante do reality show Masterchef e também especialista em churrasco, Aluísio Nahime. E uma série de receitas de natal com os principais cortes da carne suína. Estes conteúdos estão em processo de produção e devem ser lançados no segundo semestre. Segundo a diretora de marketing e projetos, Lívia Machado, o material é bastante atrativo e traz o melhor do sabor da carne suína, sempre de acordo com as tendências de consumo do brasileiro. Segundo a diretora de marketing e projetos, Lívia Machado, o material é bastante atrativo e traz o melhor do sabor da carne suína, sempre de acordo com as tendências de consumo do brasileiro.

O EX-PARTICIPANTE DO MASTERCHEF ESPECIALISTA EM CHURRASCO, ALUÍSIO NAHIME, É RESPONSÁVEL PELA NOVA CARTILHA DE RECEITAS DA ABCS.

OS VÍDEOS E FOTOS FORAM PRODUZIDOS COM O INTUITO DE MOSTRAR A QUALIDADE DA PROTEÍNA E AS POSSIBILIDADES QUE ELA OFERECE, TUDO DE ACORDO COM OS INSIGHTS DE TENDÊNCIAS VOLTADAS PARA O CONSUMIDOR QUE QUER SEMPRE SURPREENDER COM NOVAS RECEITAS E FORMAS DE PREPARO COM A CARNE SUÍNA. TEMOS CERTEZA QUE TODO O MATERIAL PRODUZIDO SERÁ UTILIZADO PELOS CONTRIBUINTES DO FNDS PARA PROMOVER ESTA PROTEÍNA VERSÁTIL E SABOROSA QUE É A CARNE SUÍNA LÍVIA MACHADO DIRETORA DE MARKETING E PROJETOS ABC

TORRESMO

COSTELINHA COM MOLHO BARBECUE

Para mais receitas e vídeos, acesse www.maiscarnesuina.com.br

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varejo

GPA LANÇA PLANO DE DESENVOLVIMENTO DE SUÍNOS COM O OBJETIVO DE DOBRAR A VENDA DA PROTEÍNA ATÉ 2021 DESENVOLVIDA EM PARCERIA COM A ABCS E COM ATUAÇÃO EM VÁRIOS SEGMENTOS DA CADEIA DE PRODUÇÃO, A INICIATIVA TEM COMO OBJETIVO FAZER COM QUE AS LOJAS EXTRA E PÃO DE AÇÚCAR SEJAM AS MELHORES OPÇÕES DE COMPRA DE SUÍNOS, OFERECENDO QUALIDADE, VARIEDADE, ATENDIMENTO E INFORMAÇÃO

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Brasil é o quarto maior produtor e o quarto maior exportador de carne suína, mas essa relevância de mercado não é refletida nos hábitos de consumo dos brasileiros. Embora a carne seja a mais consumida no mundo, o País ocupa apenas a 23ª posição, o que evidencia o grande potencial de crescimento que os suínos possuem para que passe a fazer parte da rotina

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dos brasileiros. Diante desse cenário, o GPA lança um plano de desenvolvimento que tem como principal objetivo dobrar as vendas de carne suína até 2021, além de aumentar o share e gerar melhor rentabilidade e diferenciação para o açougue. O projeto conta com o apoio da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) e foi pensado para ser 360º, garantindo

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varejo A ABCS FOI CONVIDADA PARA FAZER PARTE DESTA INICIATIVA INOVADORA QUE TAMBÉM TEM MUITO QUE COLABORAR COM NOSSA PRODUÇÃO E FRIGORÍFICOS. TEMOS CERTEZA QUE AS AÇÕES E MUDANÇAS A SEREM PROPOSTAS NOS PRÓXIMOS ANOS PELO GPA SERÃO PROVOCADORAS E IMPORTANTES PARA A NOSSA EVOLUÇÃO COMO CADEIA. MARCELO LOPES, PRESIDENTE DA ABCS.

a qualidade desde a produção até a divulgação e chegada do produto nas gôndolas das lojas das bandeiras Extra e Pão de Açúcar e seus formatos (Mini Extra e Minuto Pão de Açúcar, além do e-commerce alimentar das duas marcas). A ABCS é responsável pelo Serviço de Registro Genealógico de Suínos (SRGS) de todo o país e por meio dele faz o controle genético do rebanho, garantindo que a carne suína que chega à mesa do consumidor atenda aos padrões de qualidade determinados pela indústria brasileira. Esse controle é complementado pelos cuidados das granjas e frigoríficos com a biosseguridade das instalações e dos processos adotados por colaboradores. Por isso, o GPA buscou com ineditismo uma parceria com a associação. Uma das frentes de atuação do plano de desenvolvimento de suínos é na produção e envolve treinamentos e capacitação nas granjas fornecedoras e consiste no alinhamento de temas como o bem-estar animal. Além disso, esse pilar também prevê a produção de conteúdos técnicos e científicos relacionados a temas de segurança alimentar e normativas para as fábricas de ração, por exemplo. Por fim, contempla, também, visitas técnicas da equipe do GPA em granjas para alinhar o conhecimento sobre a produção, bem como a origem da matéria-prima e adequação de processos. “Do outro lado, o projeto também vai atuar no frigorífico, com a capacitação dos fornecedores para aprimoramento dos conhecimentos sobre a suinocultura brasileira. Essa iniciativa envolve visitas técnicas aos frigoríficos para alinhamento de processos em relação à normativa

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do bem-estar animal e às ações dos produtores nas buscas pela redução do uso de antibióticos nas granjas”, explica Rafael Monezi, Gerente Comercial do GPA. Efetivamente nas gôndolas e açougues das lojas, o plano tem o objetivo de aumentar a exposição de carne suína nos balcões expositores e disponibilizar uma maior variedade de cortes para que os consumidores possam comparar as formas de preparo e perceber as vantagens de se consumir a proteína, seja para a saúde, seja pela economia, já que os suínos têm preços mais competitivos na comparação com a carne bovina, por exemplo. Na última frente de trabalho está a atuação na formação dos colaboradores, o que prevê desenvolvimento de treinamentos e metodologias sobre cortes suínos, saudabilidade, segurança alimentar, treinamentos de vendas e atualizações para aprimorar o atendimento ao cliente. Para o presidente da ABCS, Marcelo Lopes, a iniciativa significa um novo passo para o varejo e também para a suinocultura brasileira, que precisa a todo momento se atualizar para atender o mercado nacional. “A ABCS foi convidada para fazer parte desta iniciativa inovadora que também tem muito que colaborar com nossa produção e frigoríficos. Temos certeza que as ações e mudanças a serem propostas nos próximos anos pelo GPA serão provocadoras e importantes para a nossa evolução como cadeia”, explica.

A IDEIA É PREPARAR O TIME DE LOJA PARA OFERECER UMA DIFERENCIAÇÃO NO PONTO DE VENDA E NO ATENDIMENTO AOS CLIENTES E ESCLARECIMENTOS SOBRE OS PROCESSOS PRODUTIVOS E BENEFÍCIOS DA CARNE SUÍNA PARA A SAÚDE. ESSE PLANO DE DESENVOLVIMENTO CONTEMPLA, TAMBÉM, A CRIAÇÃO DO CARGO DE ESPECIALISTA EM SUÍNOS EM LOJA QUE TEM COMO OBJETIVO PRINCIPAL OFERECER UM ATENDIMENTO TOTALMENTE EXCLUSIVO E ESPECIALIZADO PARA OS CLIENTES RAFAEL MONEZI GERENTE COMERCIAL DO GPA

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peste suína africana PESTE SUÍNA AFRICANA AVANÇA NA ÁSIA E IMPACTA MERCADO DA CARNE SUÍNA ABCS CONVERSOU COM ESPECIALISTAS E TRAZ PANORAMA SOBRE OS EFEITOS DA DOENÇA NA SUINOCULTURA BRASILEIRA E MUNDIAL

M Peste Suína Africana (PSA) tem se disseminado otivo de preocupação para a cadeia suinícola, a

e despertado a atenção de suinocultores no mundo todo. A doença provocou na China uma redução drástica dos rebanhos de suínos. Por isso, a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), atenta às dinâmicas da suinocultura em nível nacional e internacional, traz um panorama sobre os principais efeitos da doença para a suinocultura. A China é o pais com maior produção de suínos no mundo. O país detém aproximadamente metade da produção mundial de suínos e também lidera os índices de consumo. Segundo o médico veterinário Dr. Maurício Dutra, a alimentação dos chineses é bastante variada, porém historicamente a carne suína é a principal fonte de proteína animal consumida no país chegando próximo dos 30 kg por habitante por ano. Essas informações ajudam a compreender a dimensão do surto de Peste Suína Africana na região. Para se ter uma ideia, segundo o especialista, estima-se que cerca de 30% do

COMO SUÍNOS SÃO INFECTADOS Carrapatos

rebanho chinês será sacrificado, afetando significativamente o setor no país e, consequentemente, no mundo. De acordo com a Dra. Masaio Mizuno, professora de Epidemiologia das doenças infecciosas dos animais domésticos na Universidade de São Paulo (USP), “a PSA é uma doença transmissível com elevada capacidade de disseminação que se reflete no grande número de animais acometidos em propriedades. Além disso, há registro de grande quantidade de granjas acometidas decorrente do contato entre propriedades”. Dentre os sinais clínicos mais comuns estão febre alta, hemorragias na pele, nas extremidades das orelhas, pés, abdômen e parte ventral do tórax, anorexia, apatia, aumento dos batimentos cardíacos e frequência respiratória, vômito, diarreia, podendo os suínos chegarem à morte. Porém, é importante frisar que o vírus não é transmissível para humanos. Segundo Mizuno, em 2018, a PSA foi notificada em 3 países da Europa (Estônia, Itália e Lituânia) e 22 países da África, África do Sul e Zâmbia.

COMO JAVALIS SÃO INFECTADOS Carrapatos contato com javalis infectados

contato com suínos infectados

restos de alimentos infectados

restos de alimentos infectados materiais infectados transportes infectados

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equipamentos de caça infectados carcaça ou sangue de javali infectado

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peste suína africana Um dos fatores que contribuem para a propagação do vírus na China, segundo Maurício Dutra, é que somente 25 a 30% do rebanho é tecnificado. “O restante é de subsistência, dificultando o controle sanitário, o que acaba afetando consideravelmente a produtividade, uma vez que o país é positivo para as 8 principais enfermidades suínas mundiais (PRRS, PED, PSC, PSA, PCV-2, Influenza, Febre Aftosa e Doença de Aujeszky)”, aponta, acrescentando que nos casos de enfermidade, não há qualquer recurso terapêutico e todo o rebanho acometido precisa ser sacrificado. Para a diretora técnica da ABCS, Charli Ludtke, além dos cuidados com a PSA, é preciso também dar atenção a Peste Suína Clássica (PSC), que é uma doença altamente transmissível, e apresenta grande poder de difusão e pode afetar diversas regiões, acarretando sérios prejuízos econômicos e sanitários. Como é de conhecimento geral, o Ceará e o Piauí estão passando por um surto de PSC, com diversos focos sendo notificados, ambos os estados estão dentro da Zona Não-Livre (ZNL) de PSC, “assim é de nossa responsabilidade, buscar evitar ao máximo o trânsito para a ZNL, e adotar medidas de biosseguridade nas granjas para reduzir as chances de introdução desse agente nas diversas granjas nas regiões acometidas, e também em outros estados. Já que, a PSC é uma doença infecciosa e altamente transmissível nos suídeos causada pelo vírus (gênero Pestivírus da famíla Flaviviridae), e classificada como uma doença de notificação obrigatória e sua ocorrência acarreta graves consequências para a saúde do rebanho, a produção suinícola e as exportações”.

animal. “Com o aumento da demanda, os suinocultores de algumas regiões já percebem aquecimento dos preços pagos pelo suíno vivo, aumentando sua receita. Em termos de custo de produção, o produtor deve se beneficiar da queda dos contratos futuros de soja, milho e farelo de soja na Bolsa de Chicago. Mesmo com a notícia de quebra na safra americana, os principais insumos da ração permanecem abaixo da média observada nos últimos anos”, explica. A assessora técnica ressalta que em primeiro momento, o Brasil se beneficia da crise de PSA na China. Mas, a longo prazo, acredita-se que a suinocultura chinesa se recuperará e voltará mais fortalecida, com o desenvolvimento e a tecnificação da suinocultura no país. “A suinocultura brasileira deve trabalhar para aproveitar ao máximo essa oportunidade de longo prazo, mas não deve perder o foco na diversificação de mercados e de agregação de valor aos produtos”, comenta. Diante deste cenário, o cuidado com a bioseguridade nas granjas é uma das medidas mais recomendadas pelos especialistas e na visão do Dr. Maurício Dutra, o aprimoramento do controle sanitário se mostra como uma consequência positiva para todo o setor. “Para a suinocultura como um todo, a lição sobre necessidade contínua de investimento em prevenção de doenças deve ser considerada, aproveitando inclusive a oportunidade para fazê-lo, revisá-lo, uma vez que nosso rebanho ainda se mantém livre desta e outras enfermidades tão agressivas; não podemos ficar de braços cruzados aguardando o problema bater à nossa porta, precisamos urgentemente investir em prevenção”.

IMPACTOS NO MERCADO A redução na cadeia de suínos da China já tem transformado o mercado mundial, principalmente com o aumento da demanda de carne suína. O Brasil já se prepara para o crescimento das exportações, uma vez que devido à guerra comercial entre China e Estados Unidos, principal fornecedor de carne suína para o país, o Brasil surge como uma das opções com maior potencial de fornecimento da proteína. Ana Lígia Lenat, assessora técnica da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), aponta os reflexos da PSA na produção brasileira de suínos e de ração

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A SUINOCULTURA BRASILEIRA DEVE TRABALHAR PARA APROVEITAR AO MÁXIMO ESSA OPORTUNIDADE DE LONGO PRAZO, MAS NÃO DEVE PERDER O FOCO NA DIVERSIFICAÇÃO DE MERCADOS E DE AGREGAÇÃO DE VALOR AOS PRODUTOS ANA LÍGIA LENAT ASSESSORA TÉCNICA DA CONFEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO BRASIL

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peste suína africana

COMO REDUZIR O RISCO DE ENTRADA DO VÍRUS DA PSA NO BRASIL, SEGUNDO O MÉDICO VETERINÁRIO MAURÍCIO DUTRA • Controle no acesso de pessoas às granjas com banho, troca de roupa obrigatórios e políticas bem definidas de vazio sanitário; • Proibir carne suína/produtos cárneos suínos que não sejam da própria granja; • Definir políticas restritas de transporte de animais em caminhões limpos, lavados, desinfetados e secos, respeitando práticas de biossegurança durante o carregamento dos animais evitando contaminação cruzada; • Minimizar a introdução de animais no rebanho utilizando rebanhos fechados, introdução de animais de reposição de idades diferentes, bem como outras formas disponíveis; sempre utilizar quarentena para a introdução de novos animais no rebanho; • Não receber suprimentos contaminados (sacarias ou outros) por matéria orgânica; • Adotar boas práticas de produção nas fábricas de rações.

O SISTEMA VETERINÁRIO OFICIAL PRECISA ADOTAR AS SEGUINTES PRÁTICAS: • Revisar as práticas de biossegurança na importação de matérias-primas (vitaminas, minerais, medicamentos e outros) utilizadas na produção animal, principalmente aquelas oriundas de países endêmicos à PSA; • Intensificar a vigilância em portos e aeroportos para a possível contaminação por matéria orgânica dos contêineres e sacarias oriundos de países endêmicos à PSA; • Proibir importação de produtos cárneos suínos de países nos quais a PSA seja endêmica; • Passar por raio-X todas as pessoas e bagagens nos principais portos e aeroportos do país, proibindo a entrada de produtos cárneos suínos de países nos quais a PSA seja endêmica.

PARA A SUINOCULTURA COMO UM TODO, A LIÇÃO SOBRE NECESSIDADE CONTÍNUA DE INVESTIMENTO EM PREVENÇÃO DE DOENÇAS DEVE SER CONSIDERADA, APROVEITANDO INCLUSIVE A OPORTUNIDADE PARA FAZÊ-LO, REVISÁ-LO, UMA VEZ QUE NOSSO REBANHO AINDA SE MANTÉM LIVRE DESTA E OUTRAS ENFERMIDADES TÃO AGRESSIVAS; NÃO PODEMOS FICAR DE BRAÇOS CRUZADOS AGUARDANDO O PROBLEMA BATER À NOSSA PORTA, PRECISAMOS URGENTEMENTE INVESTIR EM PREVENÇÃO. DR. MAURÍCIO DUTRA

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política

FRENTE PARLAMENTAR MISTA DA SUINOCULTURA TEM NOVO PRESIDENTE

O DEPUTADO SCHIAVINATO ASSUME A PRESIDÊNCIA DA FRENTE NO LUGAR DO COVATTI FILHO

N nocultura nacional presenciaram em Brasília a

a segunda quinzena de maio, lideranças da sui-

posse do novo presidente da Frente Parlamentar Mista da Suinocultura (FPMS), o deputado José Carlos Schiavinato (PP-PR), que assumiu a presidência da FPMS no lugar do Covatti Filho (PP -RS). Paranaense, o parlamentar assume pela primeira vez um cargo de deputada federal, porém tem mais de 30 anos de vida pública no estado do Paraná. O evento de posse contou com apoio da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), além da presença de diversos parlamentares. Durante a cerimônia, o presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), Marcelo Lopes, parabenizou Schiavinato e afirmou que a Frente da Suinocultura tem o apoio da ABCS. “Juntos vamos dar andamento e celeridade nas pautas que impactam diretamente a produção”.

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É IMPORTANTE DESTACAR QUE A FRENTE É UMA ORGANIZAÇÃO INDEPENDENTE DA ABCS, ENTRETANTO POR MEIO DA ORGANIZAÇÃO DOS PRODUTORES DE SUÍNOS É POSSÍVEL FORTALECER E TRABALHAR AS DEMANDAS DA SUINOCULTURA NO PODER LEGISLATIVO É POR ISSO QUE A ABCS ATUA JUNTO A FPMS - LEVANDO SUPORTE TÉCNICO E DANDO VOZ AOS PRODUTORES BRASILEIROS POR MEIO DO PARLAMENTO MARCELO LOPES PRESIDENTE DA ABCS

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Marcelo Lopes explicou que a formação da Frente é uma forma de fomentar a cadeia suinícola, na busca de melhorias para a produção nacional. “É importante destacar que a Frente é uma organização independente da ABCS, entretanto, por meio da organização dos produtores de suínos, é possível fortalecer e trabalhar as demandas da suinocultura no poder legislativo é por isso que a ABCS atua junto a FPMS levando suporte técnico e dando voz aos produtores brasileiros por meio do Parlamento”. A atual legislatura da Frente contou com mais de 230 adesões entre deputados e senadores e tem como objetivo atuar de forma proativa. No seu primeiro mandato no Congresso Nacional, Schiavinato garante que o seu trabalho à frente da bancada será alinhado e construído com as necessidades dos produtores de suínos. “No Parlamento, vamos debater as demandas da cadeia de forma assertiva e sempre buscando agregar valor na produção brasileira e consequentemente trazer melhorias para a economia nacional”.

VAMOS FOCAR NAS QUESTÕES SANITÁRIAS, PARA EVITAR A ENTRADA DE DOENÇAS QUE POSSAM AFETAR O MERCADO INTERNO E EXTERNO NA CADEIA, ALÉM DE TRABALHAR PARA ESTABELECER CONDIÇÕES SANITÁRIAS MÍNIMAS, VISANDO A ERRADICAÇÃO DA PESTE SUÍNA CLÁSSICA, UMA PREOCUPAÇÃO CONSTANTE NO MEIO PRODUTIVO DEPUTADO SCHIAVINATO.

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OS MEMBROS DA BANCADA TENTAM MOSTRAR AOS OUTROS PARLAMENTARES A IMPORTÂNCIA DAQUILO QUE DEFENDEM, ALÉM DE SER UMA ORGANIZAÇÃO QUE REÚNE DIVERSOS PARLAMENTARES DE DIFERENTES PARTIDOS E QUE MESMO QUE TENHAM IDEAIS POLÍTICOS DISTINTOS, NA FPMS ELE TÊM EM COMUM O INTERESSE POR UMA MESMA CAUSA ANA PAULA CENCI CONSULTORA DE RELAÇÕES GOVERNAMENTAIS DA ABCS

Como prioridade o deputado destaca o tema sanidade animal. “Vamos focar nas questões sanitárias, para evitar a entrada de doenças que possam afetar o mercado interno e externo na cadeia, além de trabalhar para estabelecer condições sanitárias mínimas, visando a erradicação da peste suína clássica, uma preocupação constante no meio produtivo”, afirmou Schiavinato. Para a consultora de Relações Governamentais da ABCS, Ana Paula Cenci a FPMS é também uma vitrine de informação qualificada para os outros deputados e senadores entenderem mais sobre a produção de carne suína. “Os membros da Bancada mostram aos outros parlamentares a importância daquilo que defendem, além de ser uma organização que reúne diversos parlamentares de diferentes partidos e que mesmo que tenham ideais políticas distintas, na FPMS eles têm em comum o interesse por uma mesma causa”. Membro também da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) Schiavinato garante que são organizações que não podem estar dissociadas. “Levaremos as demandas da cadeia dos suinocultores à bancada ruralista, que a nosso ver é também entusiasta da causa dos suinocultores. E sou de uma região, o Oeste do Paraná, que depende do agronegócio e da suinocultura, por isso fiz questão de me envolver em ambas as Frentes”, destacou o presidente da FPMS.

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política ENTREVISTA

Deputado Schiavinato: O que mais nos preocupa na cadeia produtiva é aplicação da legislação de forma uniforme em um país de tamanho continental onde a cultura do povo muda de região para região. Nossa prioridade será o trato das questões sanitárias, para evitar a entrada de doenças que possam afetar o mercado interno e externo na cadeia. Outro foco será trabalhar para estabelecer condições sanitárias mínimas, visando a erradicação da peste suína clássica, uma preocupação constante no meio produtivo. ABCS:O senhor também é membro da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). Na sua opinião como a Bancada Ruralista pode fortalecer as pautas dasuinocultura no legislativo? DEPUTADO SCHIAVINATO: O NOVO PRESIDENTE DA FRENTE PARLAMENTAR MISTA DA SUINOCULTURA (FPMS).

Paranaense, José Carlos Schiavinato foi prefeito de Toledo (PR) por duas gestões, mas a carreira política estava só começando, pois em 2015 exerceu seu primeiro mandato como deputado estadual. Em outubro de 2018 foi eleito Deputado Federal pelo Partido Progressista (PP) com mais de 75.500 votos. Agora em 2019 assume mais um desafio, a presidência da Frente Parlamentar Mista da Suinocultura (FPMS). Em uma entrevista exclusiva para equipe de relações governamentais da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), o novo presidente da Frente Parlamentar Mista da Suinocultura (FPMS) falou sobre os desafios e as prioridades para serem trabalhadas em prol dos suinocultores brasileiros. Confira a entrevista! Revista ABCS: Quais são as suas prioridades para o setor suinícola nacional? E os maiores desafios que o senhor enfrentará sendo o presidente da Frente Parlamentar Mista da Suinocultura?

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Deputado Schiavinato: São frentes parlamentares que não podem estardissociadas. Ao que tiver a nosso alcance levaremos as demandas da cadeia dos suinocultores a bancada ruralista, que a nosso ver é também é entusiasta da causa dos suinocultores. E sou de uma região, o Oeste do Paraná, que depende da agropecuária e do agronegócio, por isso fiz questão de me envolver emambas as Frentes. ABCS: A Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) trabalha em conjunto/parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) – buscando melhorias para os suinocultores. Para o senhor o que é possível melhorar (aperfeiçoar) no trabalho do setor suinícola em conjunto com o Mapa? O que pode ser feito para as demandas da cadeia na Pasta serem resolvidas ou priorizadas? Deputado Schiavinato: Ainda quando Deputado Estadual levamos várias demandas do setor ao Ministério da Agricultura, sendo que o principal processo, o qual deve ser regulado nos próximos meses é a destinação adequada de animais mortos na propriedade, uma antiga reinvindicação do setor. Outra demanda que entendemos ser importante foi apresentação do Projeto de Lei nº 2925/2019 que

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política altera o conceito de agricultura familiar, para permitir que o pequeno produtor possa contratar até um empregado sem perder a qualidade de segurado especial no regime de economia familiar. Além disso, temos tido um excelente contato com a ministra Tereza Cristina, conhecedora do setor, e o que é muito importante, aberta ao diálogo. Ele recebe os deputados, vem até o parlamento, deixa tudo de modo muito transparente, desde a estrutura interna do Ministério até o planejamento macro. E tem realizado um trabalho internacional fundamental para o agronegócio nacional. ABCS: Hoje o Brasil (e até mesmo o mundo) estão passando por problemas de sanidade, como exemplo temos a Peste Suína Clássica em pontos isolados no Nordeste e atualmente os milhares de casos de Peste Suína Africana na China. Na sua opinião o que o legislativo pode fazer para melhorar a sanidade animal no Brasil? Tem alguma Projeto de Lei que trata sobre o tema (se sim qual)? Deputado Schiavinato: O tema é complexo, mas devemos trabalhar para que a legislação não venha tornar a atividade inviável. Muitos Estados através de seus órgãos reguladores estão implantando medidas de controle sanitário. No caso do Estado do Paraná a Agência de Defesa Agripecuária do Paraná – Adapar, foi a primeira agência a estabelecer a biosseguridade mínima para estabelecimentos que produzem suinos para fins comerciais, através da portaria nº 265/2018. Estas regulações por um lado trazem segurança sanitária e comercial, mas por outro lado elevam o custo ao produtor, que muitas vezes não possui condições financeiras de fazer estes investimentos neste momento, pois o setor passa por dificuldade econômica no custo da produção, mas é necessário atender às exigências com prioridade absoluta. ABCS: Ainda aproveitando o tema Sanidade Animal, qual é a sua opinião do sobre o Autocontrole (já que é um dos temas prioritários na gestão da ministra Tereza Cristina)?

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Deputado Schiavinato: Todo o autocontrole deve ser embasado cientificamente, não pode haver risco ao setor produtivo e deve de alguma forma apresentar garantias ao consumo. Autocontrole não pode ser confundida com desregulamentação ou ausência total de regras. O autocontrole pode ser muito bem-vindo ao demonstrar organização e desburocratizar o processo. Isto posto, todo autocontrole deve ser bem avaliado e baseado em estudos, discutido ampla e democraticamente. E é para isso que estão as Frente Parlamentares e as Comissões Temáticas do Congresso, pois se uma vez implantado venha acontecer algum revés o remédio será amargo. ABCS: Para fechar, para o senhor qual é o grande destaque da suinocultura nacional? (Ou seja, o que o produtor faz de melhor e deve ser ressaltado). E o que deve ser melhorado? Deputado Schiavinato: As melhorias devem ser implantadas de forma constante, sempre buscando a produção com qualidade. Podemos melhorar ainda as questões de agilidade nos licenciamentos ambientais, estabelecendo um padrão mínimo e informatizando estes licenciamentos. Ainda podemos melhorar as técnicas de produção, modernizando nossas granjas de forma automatizada. Podemos melhorar os processos de reaproveitamento dos resíduos, com a instalação de biodigestores e uso desta matéria prima em outras atividades, inclusive na geração de gás e energia para a própria propriedade. Também podemos criar em parceria com o Minstério da Agricultura e outros ministérios um projeto para criação de sistemas de mini e microgeração de energia para as propriedades rurais, pois o grande custo de produção está diretamente relacionado ao custo e a qualidade da energia entregue aos nossos produtores. E o mais importante, ouvir os suinocultores, os grandes personagens disso tudo. Inclusive montei um grupo de discussão com centenas de suinocultores. Quero ouvi-los, somos aqui apenas agentes que defendem as demandas do setor.

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posse abcs

SISTEMA ABCS REELEGE DIRETORIA E MARCELO LOPES SEGUE À FRENTE DA INSTITUIÇÃO D

urante o evento de lançamento das cartilhas técnicas da ABCS no dia 14/05, na Assembleia Geral Ordinária, as associações estaduais presentes elegeram o novo conselho que comandará a entidade nacional nos próximos três anos. Marcelo Lopes foi reeleito como presidente da entidade por unanimidade. “Agradeço pela confiança e acredito que nós avançamos muito. Hoje a associação é respeitada em todas as esferas. Tenho a segurança de que estamos trabalhando de uma forma correta, procurando atender os interesses dos produtores”, manifestou. O compromisso dos eleitos é, principalmente, dar continuidade aos projetos na área político-institucional e nas ações de marketing já desenvolvidas e realizadas pela Associação, além de dar sequência ao projeto que

AGRADEÇO PELA CONFIANÇA E ACREDITO QUE NÓS AVANÇAMOS MUITO. HOJE A ASSOCIAÇÃO É RESPEITADA EM TODAS AS ESFERAS. TENHO A SEGURANÇA DE QUE ESTAMOS TRABALHANDO DE UMA FORMA CORRETA, PROCURANDO ATENDER OS INTERESSES DOS PRODUTORES MARCELO LOPES PRESIDENTE DA ABCS

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a ABCS tem com o Sebrae Nacional, Fundo Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (FNDS) e às parcerias com as empresas amigas. Estiveram presentes na Assembleia os representantes das Associações dos estados: CE,DF,MG, MT,MS,ES, SC, PR, RS, SP.

CONHEÇA A DIRETORIA DA ABCS: CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Marcelo Lopes (DF) - conselheiro presidente Paulo Lucion (MT) - conselheiro financeiro Olinto Arruda (SP) - conselheiro técnico Valdecir Folador (RS) - conselheiro de relações de mercado João Leite (MG) - conselheiro administrativo. CONSELHO FISCAL Efetivos: Ivo Jacó (DF), Paulo Helder Braga (CE) e Alessandro Boigues (MS) SUPLENTES Mauro Antônio Gobbi (RS), José Puppin (ES) e Celso Phillipi Jr. (MS)

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fnds O FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA SUINOCULTURA (FNDS) É UMA INICIATIVA DA ABCS EM PARCERIA COM AS ENTIDADES ESTADUAIS E REGIONAIS E CONTA COM O APOIO DO SEBRAE PARA PERENIZAR SUA ATUAÇÃO NO AGRONEGÓCIO EM PROL DOS SUINOCULTORES BRASILEIROS.

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FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA SUINOCULTURA

APOIO:

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fnds DF SUIN CAPACITA PROFISSIONAIS SOBRE BEMESTAR ANIMAL

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Associação dos Criadores de Suínos do Distrito Federal (DFSUIN), com o apoio da Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS) realizou o Treinamento de Bem-Estar Animal na Produção de Suínos em 26 de abril, no auditório do Senar, em Brasília (DF). A capacitação foi voltada para colaboradores de granjas e frigoríficos parceiros da DFSUIN. Ao total, cerca de 80 pessoas participaram, entre produtores, técnicos, profissionais de frigoríficos e da fiscalização (Dipova), estudantes e professores de faculdades. A diretora técnica da ABCS, Charli Ludtke, realizou palestra e na ocasião, os participantes foram capacitados sobre as boas

ABCS E DFSUIN DISCUTEM AÇÕES DA SUINOCULTURA PARA 2019

práticas e o bem-estar dos suínos na granja, no transporte e nos procedimentos de rotina dos frigoríficos. Para o pesquisador e professor da área da suinocultura na UPIS, Frederico Lopes, a ação foi construtiva para os profissionais. “Acredito que, com essa iniciativa, essas organizações estão aumentando cada vez mais o senso de conhecimento crítico das pessoas. Além disso, motiva os produtores a entender que fornecer qualidade de vida aos animais até o abate se resulta em maior lucratividade e benefícios para todos os que consomem carne suína”.

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Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS) e a Associação dos Criadores de Suínos do Distrito Federal (DF SUIN) se reuniram no último dia 15 de abril, em Brasília, para planejar a atuação da entidade e da afiliada durante o ano de 2019. Foram debatidas as mudanças no mercado e as oportunidades para os produtores de proteína animal, visando realizar trabalho em conjunto com frigoríficos e produtores para atender às exigências do consumidor. A reunião contou com as presenças das representantes da ABCS, a diretora de marketing e projeto, Lívia Machado e da consultora estratégica de projetos, Rayza Machado e também da equipe da DF Suin, o presidente, Josemar Xavier, o vicepresidente, Alexandre Censi, a assessora de comunicação, Luciana Bessa e o assistente administrativo, Douglas Rocha. Para Josemar Xavier, o encontro foi uma oportunidade de ajustar a programação da DF Suin e fazer o alinhamento com o projeto nacional da ABCS. “A reunião foi bastante produtiva. Discutimos as ações já previstas para 2019 e aproveitamos para explorar novas ideias, novas possibilidades para curto e médio prazo. É sempre bom realizar reuniões como essa para fortalecer a atuação institucional da suinocultura do DF”, destacou.

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fnds AGS REALIZA 34ª EXPOSIÇÃO DE SUÍNOS DO ESTADO DE GOIÁS

ABCS E AGS REALIZAM ENCONTRO DE PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DA SUINOCULTURA PARA 2019

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Associação Goiana de Suinocultores (AGS) realizou em maio a 34ª Exposição de Suínos do Estado de Goiás. O evento aconteceu no Parque Agropecuário Pedro Ludovico Teixeira, em Goiânia (GO). A programação incluiu demonstração de processamento de defumados de carne suína, oficina gastronômica com a proteína e o Primeiro Seminário Delícias Goianas, com o chef André Rabelo, que explicou sobre sofisticação, saúde, preço e praticidade da carne suína na gastronomia atual. Além disso, foram realizadas atividades do Projeto Escola Suinocultura Kids. Nele, crianças recebem de forma didática informações sobre a proteína, a fim de incentivar o consumo, desconstruir paradigmas e preconceitos e destacar a importância do setor para o desenvolvimento do estado de Goiás. Alunos de várias escolas públicas e particulares de Goiânia, acompanhados de monitores puderam visitar a exposição durante toda a semana e conhecer de perto toda estrutura montada no parque e a força do agronegócio.

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om o intuito de planejar ações de fomento à suinocultura a serem realizadas em 2019, a Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS) e a Associação Goiana de Suinocultores (AGS) realizaram encontro estratégico em abril, em Goiânia (GO). Na reunião, a diretora de marketing e projetos da ABCS, Lívia Machado, a consultora estratégica de projetos da ABCS, Rayza Machado, a Gestora Executiva da AGS, Crenilda Neves e o diretor financeiro da AGS, Fernando de Barros, discutiram sobre as atuais oportunidades e desafios no setor suinícola. Relembrando as ações realizadas no ano passado, os presentes concluíam que foi um trabalho bem executado, com bons resultados. Na opinião de Fernando, a reunião foi construtiva. “Sem essa parceria que temos não seria possível realizar esses trabalhos de fomento ao consumo da carne suína. Nesse momento, a ABCS trouxe novos desafios, com novos temas de trabalho, como o foco em gestão e emoção, as pesquisas de comportamento e consumo da carne suína e a otimização da agroindústria a partir da qualidade da carcaça. Nós abraçamos a ideia e, como sempre, buscamos fazer o nosso melhor para o trabalho em conjunto”.

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GOIÁS

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ABCS, ASTAP E SUINCO CONSTROEM PLANO DE TRABALHO PARA 2019

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isando alinhar estratégias e ações da atividade suinícola a serem executadas em 2019, a Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS) se reuniu com a afiliada Associação dos Suinocultores do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba (ASTAP) e com o frigorífico parceiro Suinco. O encontro aconteceu no dia 3 de abril, na sede do Suinco, em Patos de Minas (MG). Para Heliomar Ribeiro, gerente de negócios da Suinco, uma equipe integrada faz toda diferença no propósito de aperfeiçoamento da atividade suinícola. “É muito importante esse planejamento logo no início do ano. Renovamos o FNDS e para nós é um recurso fundamental por conta do compromisso de fomentar o consumo da carne suína. Vemos com bons olhos o desenvolvimento da parceria e a expectativa é de trazer um bom resultado durante este ano”.

ASTAP REÚNE ESPECIALISTAS EM SUÍNOS NO 38° ENCONTRO DE GERENTES EM AÇÃO EM MG

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Associação dos Suinocultores do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba (ASTAP) realizou, em Belo Horizonte, em março, o 38° Encontro Técnico Gerentes em Ação. O evento contou com a participação de mais de 200 pessoas, dentre eles gerentes de granjas e seus colaboradores e empresas parceiras. Na ocasião, foram discutidos temas como a gestão de fábrica de rações frente à nova legislação, a nutrição e a reprodução de fêmeas suínas.

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Dentre os palestrantes, estiveram Stefan Rohr, médico veterinário da Neo Consulting, Fernando Rocha, supervisor técnico na Cooperativa de Produção e Consumo em Concordia (Copérdia), Luiz Carlos Crestani, gerente da Granja Folhados e Eduardo Raele, gerente técnico na empresa Nutriquest Technofeed.

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fnds ABCS, ASSUVAP E SAUDALI PLANEJAM AÇÕES POR MEIO DO FNDS PARA 2019

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Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) esteve reunida com representantes da Associação dos Suinocultores do Vale do Piranga (Assuvap) e do Frigorífico Saudali para discutir as ações que serão desenvolvidas ao longo de 2019, por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (FNDS) e construir o plano de trabalho para o ano. O encontro aconteceu em março, em Ponte Nova, Minas Gerais.

BATE-PAPO COM ASSOCIADOS APROXIMA O TRABALHO DO CAMPO COM O POLÍTICO

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Bate-papo com Associados da Associação dos Suinocultores do Vale do Piranga (Assuvap), realizado em março, na sede da associação, em Ponte Nova/ MG, trouxe todas as novidades de Brasília para dentro da suinocultura da região. As consultoras de relações governamentais da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), Ana Paula Cenci e Luciana Lacerda, ministraram palestra sobre as atualizações políticas que envolvem o setor. O evento foi promovido pela Assuvap com apoio da ABCS.

Na sequência, Ana Paula relatou o dia a dia no Congresso Nacional, descrevendo o perfil dos deputados e avaliando as ações da Frente Parlamentar da Agropecuária, bem como os projetos de interesse da suinocultura que tramitam no Congresso. Ela explicou, também, as ações de produção, indústria, comercialização e política realizadas pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (FNDS), a qual a Assuvap, a Cooperativa dos Suinocultores de Ponte Nova e Região (Coosuiponte) e o Frigorífico Saudali contribuem anualmente.

Na primeira parte do evento, Luciana apresentou demandas relevantes, esclarecendo o Funrural e a reforma da previdência, passando também um panorama da política brasileira e as prioridades técnicas da ABCS junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

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MINAS GERAIS

De acordo com Paula Gomides, gestora executiva da Assuvap, a parceria com a ABCS traz desafios e com eles, avanços para a suinocultura. “Conseguimos construir uma agenda que irá trabalhar a produção, a indústria e a comercialização de forma efetiva que com certeza nos trará grandes resultados. A cada ano buscamos juntos desenvolver ações inovadoras e de relevância para a atividade suinícola”.


fnds ASEMG EMPOSSA NOVA DIRETORIA

MINAS GERAIS

dia 23 de maio a Associação dos SuiN onocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg) empossou, formalmente, sua diretoria para o triênio 2019/2021, que é formada por suinocultores dos mais diversos polos suinícolas do estado, sendo composta da seguinte forma: Presidente: João Carlos Bretas Leite (Vale do Piranga), Vice-presidente: Roberto Silveira Coelho (Sul de Minas), Diretor Financeiro: Fernando da Silva Araújo (Vale do Piranga), Vice-Diretor Financeiro: José Manoel Marcondes Souza (Zona da Mata), Diretor Administrativo: Donizetti Ferreira Couto (Centro-Oeste), Vice-Diretor Administrativo: João Paulo Gabriel (Centro-Oeste), Diretor Técnico do Registro Genealógico: Antônio Gonzaga (RMBH), Diretor de Mercado: Armando Barreto Carneiro (Vale do Piranga), Diretor de Meio Ambiente: Jair Cepera (Central), Diretor de Eventos: Mário Lúcio Assis (RMBH), Conselho Fiscal Efetivo: Juarez Rodrigues Sora (Triângulo e Alto Paranaíba); Fernando César Soares (Vale do Piranga); Manoel Teixeira Lopes (Zona da Mata) e Conselho Fiscal Suplentes: Ricardo dos Santos Bartholo (Triângulo e Alto Paranaíba); Flávio José Abreu (Centro-Oeste) e Geraldo Magela Silva (Oeste). Na data da posse a entidade recebeu suinocultores, autoridades e demais participantes da cadeia. “A Asemg é uma entidade primordial para a atividade suinícola em Minas, sempre foi imensamente parceira da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e tenho certeza que esta convergência de ideias permanecerá com esta nova diretoria, que aproveito o ensejo para saudar a manifestar o apoio da Seapa e do Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV-MG)” comentou João Ricardo Albanez, superintendente de abastecimento e economia agrícola da Seapa e vice-presidente do CRMV-MG.

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NOVA DIRETORIA DA ASEMG

O presidente da Asemg, João Carlos Bretas Leite, falou sobre os desafios desta nova empreitada. “É com muito orgulho e senso de responsabilidade, que aceitei o convite para gerir esta entidade. Desafio este que só aceitei por ter a convicção de que não estarei sozinho já que esta diretoria é composta por suinocultores de toda Minas Gerais, todos dispostos a darem o seu melhor pelo crescimento e melhoramento da atividade em Minas Gerais. Esta chapa nasceu em busca de união e renovação de gestão e com estes parâmetros seguiremos durante os próximos três anos de trabalho. Ao falarmos de renovação não estamos falando em rupturas ou queda de todo um trabalho já desenvolvido por colegas que ocuparam anteriormente estas cadeiras. Estamos falando em melhorias, em crescimento e manutenção de tudo aquilo que venha para beneficiar a cadeia, a entidade e seus associados” contou o presidente.

ASEMG CAPACITA SUINOCULTORES Com o objetivo de levar informação de qualidade até os suinocultores de Minas a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais recebeu em sua sede, no dia 11 de abril, cerca de 120 pessoas para discutir dois temas que impactam diretamente a atividade de suinocultura: Mercado de Grãos e IN14. O evento que contou com o patrocínio da Agroceres Multimix teve como facilitador o diretor superintendente da marca, Maurício Nacif, que mostrou aos presentes os pontos críticos e oportunidades do mercado de grãos em 2019 e as oportunidades e dificuldades frente a IN14. “O evento foi muito bom. O conteúdo das palestras foi ótimo, além de ser uma oportunidade de encontrarmos colegas suinocultores do estado inteiro e assim podemos trocar experiências e nos confraternizarmos“ disse o suinocultor Manoel Teixeira Lopes.

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m busca de fortalecer as relações entre as equipes nacional e estadual, a Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS) se reuniu com a Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), no dia 6 de maio, em Campinas (SP). No encontro, lideranças da suinocultura discutiram as estratégias de trabalho a serem realizadas em conjunto ao longo do ano de 2019. Na oportunidade, o presidente da ABCS, Marcelo Lopes, e a diretora de marketing e projetos, Lívia Machado, relembraram as principais conquistas de 2018, apresentaram os resultados alcançados por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento de Suínos (FNDS) e as novas metas para este ano. Os próximos passos para a atuação da entidade foram debatidos e planejados, visando realizar trabalho em conjunto para melhor atender às demandas dos diversos agentes do setor.

APCS REALIZA WORKSHOP DE MERCADO EM CAMPINAS (SP) A

Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS) realizou em 26 de abril, em Campinas (SP), o Workshop “O mercado da cadeia produtiva da carne suína”. A Associação Brasileiro de Criadores de Suínos (ABCS) acompanhou o encontro. O evento reuniu produtores e colaboradores de empresas e promoveu discussões em torno da sanidade da produção de suínos do Brasil. Foram abordados temas atuais e significativos para a

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cadeia produtiva, como sustentabilidade e produtividade, bem-estar animal e enriquecimento ambiental. Os especialistas levaram informações que serão base para auxiliar na tomada de decisão dos produtores, com números e contextos de interesse da cadeia, tanto pelo impacto na conjuntura atual, quanto para que seja possível antever outros cenários. Também foram abordadas estratégias para aumento de consumo, ressaltando a união do setor com o intuito de fortalecer o mercado interno e desenvolver estratégias tanto para o consumidor, quanto estratégias dentro da indústria para que o mercado possa avançar e o brasileiro consumir mais carne suína. Outro ponto tratado foi o mercado externo, com uma abordagem bastante aprofundada sobre a questão da Peste Suína Africana que a China enfrenta, compreendendo as repercussões do fato para o Brasil.

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SÃO PAULO

ABCS E APCS DISCUTEM AS DIRETRIZES DE ATUAÇÃO DA ENTIDADE NO PLANO DE TRABALHO 2019


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ABCS PRESTIGIA 5ª FAVESU A

5ª edição da Feira de Avicultura e Suinocultura Capixaba (Favesu) reuniu, nos dias 5 e 6 de junho, em Venda Nova do Imigrante, o que há de mais moderno e inovador nas cadeias de aves e suínos do país. Realizada pela Associação dos Avicultores do Estado do Espírito Santo (Aves) e pela Associação de Suinocultores do Espírito Santo (Ases), a feira superou a edição anterior e atraiu mais de 2.500 pessoas em dois dias de evento. A Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), que é apoiadora da Favesu, marcou presença no primeiro dia do evento, com palestra da diretora de marketing e projetos da ABCS, Lívia Machado, apresentando a

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Campanha de marketing da suinocultura nacional e Tendências de consumo de proteínas como um case de sucesso. Já o presidente da ABCS, Marcelo Lopes, realizou apresentação dos números e perspectivas da Suinocultura Brasileira na Reunião Conjuntural. “A Favesu é um evento estratégico no Espírito Santo e reúne os produtores e principais lideranças da suinocultura capixaba”, destacou Marcelo. A Favesu é o principal ponto de encontro de produtores, gestores, empresários, técnicos, acadêmicos, fornecedores e do público consumidor. Durante os dias de programação, aconteceram feira de negócios, palestras técnicas do Programa Anual de Capacitação de Suinocultores e de Avicultores (Qualificases e Qualificaves), espaços científico e gastronômico, concurso de qualidade de ovos, entre outras atrações.

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ABCS E ACRISMAT SE REÚNEM PARA CONSTRUIR PLANO DE TRABALHO ara promover o desenvolvimento da suinocultura é necessário ter planejamento e estratégia. Com esse propósito, a Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS) se reuniu em abril com a Associação de Criadores de Suínos do Mato Grosso (Acrismat). No encontro, foram discutidas as principais ações para o ano, tendo em vista o atual cenário da suinocultura.

A EQUIPE DA ABCS APRESENTOU AS PROPOSTAS E OUVIU AS SUGESTÕES DOS REPRESENTANTES DA ESTADUAL. A diretora de marketing e projetos da ABCS, Lívia Machado, a diretora técnica da ABCS, Charli Ludtke, o diretor executivo da Acrismat, Custódio Castro, a coordenadora de eventos da Acrismat, Karina Neves e a secretária executiva da Acrismat, Michele Kawamo, discutiram questões organizacionais, técnicas, de marketing e definiram os próximos passos a serem seguidos conjuntamente.

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Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS), em parceria com a Associação de Criadores de Suínos do Mato Grosso (Acrismat), levou oficinas gastronômicas de carne suína para o estado no mês de março. No dia 21/03, professores, merendeiras e auxiliares do Centro de Trabalhos Voluntários (Casec) São Domingos, localizado em Sorriso (MT), aprenderam diversas receitas.

ACRISMAT PROMOVE OFICINAS GASTRONÔMICAS NO MATO GROSSO

Já no dia 23/03, foi a vez das merendeiras da Escola Municipal Ministro Marcos Freire (Emeb, localizada em Cuiabá (MT). As ações fazem parte do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (FNDS) e foram realizadas pelo chefe de cozinha e consultor da ABCS, André Rabelo, especialista em gastronomia à base de carne suína. Ao total, mais de 30 participantes tiveram a oportunidade de conhecer toda a versatilidade, sabor e nutrição da proteína mais consumida no mundo.

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Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs) promove em parceria com a Administração Municipal de Frederico Westphalen, no dia 9 de agosto, a 45ª edição do Dia Estadual do Porco. A programação deve atrair um público de até 1.000 pessoas, entre suinocultores independentes e integrados, representantes de cooperativas e agroindústrias, técnicos, veterinários, autoridades ligadas ao setor e estudantes da área.

RIO GRANDE DO SUL

ACSURS PROMOVE 45º DIA ESTADUAL DO PORCO

O evento é gratuito, acontece na Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), e tem como objetivo mostrar a força da suinocultura do estado e oportunizar um momento político e técnico para produtores e demais profissionais relacionadas da área. As palestras do evento vão tratar sobre o mercado da carne suína e grãos, como milho e soja. Para participar do 45º Dia Estadual do Porco não há necessidade de inscrições antecipadas.

SUINOCULTORES TÊM PROGRAMAÇÃO ESPECIAL DURANTE A FEICAP, EM TRÊS PASSOS (RS) m maio, o presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), Valdecir Luis Folador, apresentou palestra sobre as “Tendências, perspectivas e desafios da suinocultura” durante o momento denominado Dia do Suinocultor, que integra as programações da Feira de Exposição Industrial, Comercial e Agropecuária - Feicap, realizada em Três Passos (RS).

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Durante a palestra promovida pelo Setor Agropecuário e Associação de Suinocultores de Três Passos (Assuipassos), o presidente destacou que a atividade tem boas perspectivas de crescimento, salientando a importância da sanidade. Além disso, Folador apresentou números referentes a atividade e falou sobre a Lei da Integração e da normativa de bem-estar animal que deverá ser assinada pelo Ministério da

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Agricultura. “É de extrema importância os suinocultores terem este conhecimento”, frisou. O momento, realizado no Centro de Eventos do Parque Municipal de Exposições Egon Júlio Goelzer, contou com a participação de cerca de 100 pessoas entre representantes de entidades, empresas, estudantes e suinocultores. Também acompanharam a palestra o prefeito Municipal de Três Passos, José Carlos Amaral, o presidente da Feicap 2019, Alisson Müller, a deputada estadual Zilá Breitenbach, o presidente da Assuipassos, Márcio Kochenborger, e o vice-presidente, Elemar Hein. FEICAP A Feicap é o maior evento multissetorial da Região Celeiro. Neste ano, comemora 50 anos e tem como objetivo expor as potencialidades do comércio, indústria, serviços e agropecuária da região.

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entre amigos SAFESUI CIRCOVÍRUS É A ÚNICA DO MUNDO DEDICADA AO CONTROLE DO GENÓTIPO PCV2B A

circovirose, uma das doenças mais recorrentes nos plantéis de suínos ao redor do mundo, foi controlada desde que as primeiras vacinas comerciais surgiram, por volta de 2004, focadas no genótipo PCV2a. Desde então, a enfermidade evoluiu por causa de mutações no DNA do vírus e novos genótipos surgiram, sendo os mais recorrentes o PCV2d e o PCV2b, que agora desafiam a produção nacional. Para conter o avanço e impacto do Circovírus, a Ourofino Saúde Animal desenvolveu a primeira vacina recombinante do mundo contra a circovirose do tipo b: a Safesui Circovírus, que está à venda desde fevereiro em todo o Brasil e é também eficaz contra o tipo d. A solução, desenvolvida a partir de um isolado brasileiro segundo o propósito da empresa de reimaginar a saúde animal, traz como pilares a segurança, a inovação, a conveniência e a diferenciação. Mais informações sobre o primeiro antígeno produzido na planta dedicada à produção de novas biotecnologias da empresa podem ser consultadas no aplicativo gratuito Ourofino, pelo portal www.ourofinosaudeanimal.com ou pelo 0800 941 200.

SOBRE A OUROFINO SAÚDE ANIMAL A Ourofino Saúde Animal é composta por diferentes empresas, que atuam na fabricação e distribuição de produtos veterinários nos segmentos de animais de produção e pets. Em uma área de 180 mil m², em Cravinhos (SP), o complexo industrial está entre os mais modernos do setor e atende a rigorosas normas locais e internacionais para fabricação de soluções para bovinos, equinos, aves, suínos, cães e gatos.

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São mais de mil colaboradores, incluindo a maior equipe comercial no Brasil para atender revendas, cooperativas, distribuidoras, agroindústrias e produtores rurais. Fundada em 1º de junho de 1987 pelos empreendedores Norival Bonamichi e Jardel Massari, a companhia atua sob o propósito de reimaginar a saúde animal, instigando o desenvolvimento sustentável e consciente do setor.

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entre amigos

DB GENÉTICA SUÍNA E COPERCAMPOS FECHAM PARCERIA DE MULTIPLICAÇÃO VISANDO ATENDER CLIENTES NO SUL A

DB Genética Suína, parceira da dinamarquesa Danbred, e a Cooperativa Regional Agropecuária de Campos Novos - Copercampos, fecham parceria estratégica para multiplicação, focada na máxima sanidade e produtividade dos animais de alto valor genético DB. Com sede em Campos Novos, município conhecido como “celeiro catarinense”, a Copercampos tem suas principais atividades focadas na produção e comercialização de cereais, produção de sementes, venda de insumos e agroindústria. Destaca-se por ser uma das maiores cooperativas do país, com faturamento acima de um bilhão, e está sempre em constante crescimento e expansão, com ampliações nas áreas de atuação e negócios.

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Fortalecendo ainda mais a nova parceria, a DB recebeu em sua sede, localizada em Patos de Minas - MG, no dia 11 de abril de 2019, os representantes da Copercampos, sendo o Gerente Agroindustrial, Lúcio de Almeida, juntamente com o Gerente da Fábrica de Rações, Vinícius de Sá e o Consultor na área de Engenharia Civil, Simonir Lemos. Na oportunidade, eles conheceram as estruturas internas, produtivas e o programa de melhoramento genético da DB. “Formamos uma aliança estratégica com a Copercampos, que é reconhecida pela grande competência com que atua em todos os segmentos do seu negócio. Esta parceria de multiplicação reforça ainda mais o contínuo crescimento da DB no mercado nacional, favorecendo os produtores de suínos, que buscam a excelência em genética, com maior biossegurança e garantia de melhores resultados zootécnicos nas granjas, seguindo a tendência da melhor suinocultura mundial, a suinocultura da dinamarquesa DanBred”, afirma, o Gerente Comercial de Santa Catarina, Rafael de Martini. Legenda foto: Marcos Bruxel, Simonir Lemos, Consultor de Engenharia Civil da Copercampos, Geraldo Magela, Everaldo de Paula, Lúcio de Almeida, Gerente Agroindustrial da Copercampos, Vinicius de Sá, Gerente da Fábrica de Rações da Copercampos, Daniel Bruxel, Diego Alkmin e Luciana Freitas.

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entre amigos MSD SAÚDE ANIMAL DESTACA TECNOLOGIA PARA VACINAÇÃO DE SUÍNOS SEM USO DE AGULHAS C

onsiderado como um dos maiores avanços nos processos de imunização, a MSD Saúde Animal reforça ao mercado o IDAL® System, a vacinação intradérmica que permite aplicação em baixa dosagem e sem uso de agulhas.

ESSA INOVAÇÃO CHEGA AO MERCADO COMO OPÇÃO NO PROCESSO VACINAL E QUE CONTRIBUI PARA A MELHORIA DO BEM-ESTAR ANIMAL, TORNANDO A VACINAÇÃO SEGURA E MENOS ESTRESSANTE PARA OS SUÍNOS, ENQUANTO PROPORCIONAM AOS PRODUTORES MAIOR CONVENIÊNCIA E FACILITA A GESTÃO DO PROCESSO VACINAL ROBSON GOMES GERENTE DE PRODUTOS DA MSD SAÚDE ANIMAL

O IDAL® System está disponível para todos os suinocultores do Brasil, juntamente com a linha de vacinas especialmente desenvolvida com a tecnologia intradérmica. No Brasil, as vacinas contra Circovirose, Porcilis PCV ID e contra Mycoplasma, Porcilis M1ID estão disponíveis para uso pela via intradérmica. “A aplicação de vacina com o IDAL® System além de facilitar o manejo, proporciona segurança na dosagem e garante a aplicação correta em todos os animais”, diz Ana Paula Souza, médica-veterinária da Copacol (PR).

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INOVADOR O dispositivo IDAL® traz vários benefícios, dentre eles a vacinação sem o uso de agulha e auxilia na gestão do processo vacinal.

SOBRE A MSD SAÚDE ANIMAL Com foco em desenvolvimento de medicamentos e serviços inovadores para veterinários, produtores e proprietários de animais de estimação, a MSD Saúde Animal é uma companhia global com mais de um século de história, presente em mais de 50 países e com produtos disponíveis em 140 mercados. Conhecida nos Estados Unidos e no Canadá como Merck Animal Health, a empresa biofarmacêutica é uma das líderes de mercado no fornecimento de produtos voltados à saúde animal. Seu propósito é melhorar a vida das pessoas por meio do compromisso com a ciência, trazendo ao mercado produtos que entregam mais saúde e desempenho aos animais. Para mais informações, visite www.msd-saude-animal.com.br.

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receita

CHILLI COM PERNIL SUÍNO

RENDIMENTO 6 porções

TEMPO DE PREPARO 30 minutos

PREPARO INGREDIENTES • • • • • • • • • • •

200 g de carne moída suína (pernil) 5 colheres (sopa) de shoyu (75 ml) 100 g de feijão vermelho 1 colher (sopa) de manteiga sem sal (20 g) ½ cebola picada finamente (90 g) 2 unidades de alho picado finamente ¼ de pimentão pequeno cortado em cubos (25 g) 1 lata de tomate pelado (250 g) ½ colher (chá) de cominho 1 colher (chá) de pimenta caiena 1 colher (chá) de orégano

Acomode a carne moída em um recipiente e misture com o shoyu, deixe marinar por 10 minutos. Enquanto isso, coloque o feijão vermelho para cozinhar em uma panela de pressão com água o suficiente para cobri-lo, por 25 minutos. Em uma panela média, derreta a manteiga e adicione a carne moída, refogue até que ela comece a dourar, acrescente a cebola, o alho e o pimentão, deixe cozinhar por 5 minutos, até que amoleçam. Adicione o tomate pelado, amasse-os com um garfo até ficarem homogêneos, tempere com o cominho, a pimenta caiena e o orégano. Cozinhe até que o molho fique apurado. Escorra o feijão e misture-o bem à carne, sirva com os nachos.

DICA 1.

Outros temperos podem ser adicionados para agregar sabor, como ervas frescas e secas, vinho branco e temperos secos.

2.

Caso o feijão vermelho seja demolhado anteriormente, reduza o tempo de cocção para 10 minutos.

Para mais receitas e vídeos, acesse www.maiscarnesuina.com.br

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