Revista da Suinocultura 26ª edição

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revista da

suinocultura PUBLICAÇÃO QUADRIMESTRAL DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS CRIADORES DE SUÍNOS

LÍDERES DA SUINOCULTURA DISCUTEM DESAFIOS DO SETOR Presidentes e gestores do sistema ABCS se reuniram em Brasília para encontro estratégico

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ABCS DEBATE NECESSIDADE DE ADEQUAÇÕES DA IN 14 INTEGRASUI: SEBRAE RENOVA PARCERIA COM A ABCS


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Quem trabalha na suinocultura valoriza o que realmente importa.

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sumário capa

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LÍDERES DA SUINOCULTURA BRASILEIRA SE REÚNEM PARA DISCUTIR DESAFIOS E OPORTUNIDADES DO SETOR

fnds DISTRITO FEDERAL DF Suin destaca carne suína na AgroBrasília 2018

destaques 32

GOIÁS 33 AGS participa da 3ª edição da Expopec MINAS GERAIS 34 ASTAP reúne grandes nomes para o Seminário da Suinocultura Moderna em MG SÃO PAULO Itu (SP) recebe curso prático de cortes de carne suína e é sucesso de público

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ESPÍRITO SANTO ASES promove encontro para qualificação de suinocultores

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MATO GROSSO Suinocultura é destaque no Show Safra BR 163 em MT

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RIO GRANDE DO SUL Acsurs e ABCS promovem suinocultura na Expointer

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giro abcs 8 ABCS participa do 2º Fórum de Desenvolvimento da Suinocultura do MS 8 ABCS prestigia Conferência INFO 360º promovida pela Agriness

entre amigos 42 AGRINESS: foco na impulsão da produtividade e da prosperidade do produtor

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O que podemos aprender das crises da suinocultura? Mudança de hábitos dos brasileiros é motivo de otimismo para a carne suína ABCS renova parceria com Sebrae em prol da suinocultura brasileira Pork’n Roll traz carne suína como atração principal em Brasília (DF) Entre em campo com carne suína: ABCS lança campanha nacional para Copa do Mundo ABCS debate necessidade de adequações da IN 14 A pedido da ABCS, Banco do Brasil autoriza suinocultor a prorrogar custeio e investimento ABCS debate melhorias para produtores integrados Atuação da ABCS junto ao MAPA trouxe benefícios para o setor suinícola no Plano Agrícola e Pecuário 2018/2019 Valmir se despede da ABCS, mas sua dedicação deixa marcas na suinocultura brasileira

42 DB Genética Suína renova parceria com Cooperativa Cooperitaipu 43 MSD Saúde Animal atinge a marca de 34 milhões de leitões vacinados em 2017

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empresa amiga 44 Bayer 44 DB Genética Suína

45 Elanco 45 MSD

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editorial UM ANO DE DESAFIOS PARA A SUINOCULTURA BRASILEIRA

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sustentabilidade da suinocultura vem sendo posta à prova nos últimos meses, em que fatores como a alta do preço dos grãos, o embargo de importantes países importadores da nossa proteína e momentos de manifestação civil que prejudicaram a atividade. A dificuldade vivida pelos produtores mostra a importância de se manter informado, entender a dinâmica do mercado e se preparar para que a produtividade não seja tão afetada em períodos de instabilidade. A Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) e suas afiliadas sentiram a necessidade de apresentar aos suinocultores alternativas em tempos de crise e ajuda-los a ter maior planejamento, controle de custos, com foco na evolução e sucesso do negócio. Nesta edição, trazemos um artigo com foco em mercado abordando o que podemos aprender com as adversidades do setor. Além disso, apresentamos a intensa atuação política da entidade frente aos desafios apresentados, se reunindo com órgãos do governo em busca de soluções para o difícil momento pelo qual passa a suinocultura brasileira. Destacamos o encontro estratégico realizado junto aos presidentes e gestores da ABCS em junho e também a campanha para a Copa desenvolvida pela Associação para engajar todo o setor e também consumidores da carne suína com promoções, dicas de receitas e brindes. Convidamos a todos os leitores a conhecer a nova identidade da Revista da Suinocultura, que foi repaginada para ter um layout mais limpo e proporcionar uma experiência ainda mais prazerosa.

Informações e contatos Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - Sebrae Unidade de Atendimento Setorial Agronegócios SGAS 605 - Conjunto A - CEP: 70200-904 - Brasília/DF Telefone: (61) 3348-7799 www.sebrae.com.br

Presidente do Conselho Deliberativo Nacional ROBSON BRAGA DE ANDRADE Diretora Técnica no exercício da Presidência HELOISA REGINA GUIMARÃES DE MENEZES Diretor de Administração e Finanças VINICIUS LAGE UNIDADE DE ATENDIMENTO SETORIAL AGRONEGÓCIOS Gerente AUGUSTO TOGNI DE ALMEIDA ABREU Gerente-Adjunto GUSTAVO REIS MELO EQUIPE TÉCNICA Gestor Nacional JOÃO FERNANDO NUNES DE ALMEIDA Gestora Técnica CLÁUDIA ALVES DO VALLE STEHLING UNIDADE DE COMUNICAÇÃO Gerente FERNANDO BANDEIRA SACENCO KORNIJEZUK

www.abcs.com.br comunicacao@abcsagro.com.br Sede Brasília / Setor de Indústrias Gráficas Quadra 01 | Lote 495 | Ed. Barão do Rio Branco - Sala 118 CEP: 70610-410

Diretora de Projeto e Marketing LÍVIA MACHADO

Boa leitura!

Conselheiro Presidente MARCELO LOPES/DF Conselheiro Financeiro PAULO LUCION/ MT Conselheiro Técnico OLINTO ARRUDA/ SP Conselheiro de Relações de Mercado VALDECIR FOLADOR/RS Conselheiro Administrativo JOÃO LEITE/MG

MARCELO LOPES Presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos

© 2018. Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - Sebrae. Todos os direitos reservados. A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610/1998).

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Jornalista Responsável DANIELLE SOUSA Assessora de imprensa SUSANNE MELO Colaboradora desta edição LUCIANA LACERDA Projeto Gráfico e Diagramação DUO DESIGN

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artigo

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O QUE PODEMOS APRENDER DAS CRISES DA SUINOCULTURA?

periodicidade cada vez mais frequente das crises da suinocultura coloca em xeque a sustentabilidade da atividade. Entender a dinâmica do mercado de grãos é tão importante quanto obter produtividade na granja. Profissionalização, controle de custos e planejamento estratégico são a chave para se manter na atividade com margens financeiras que permitam acompanhar a evolução da suinocultura e a perpetuação do negócio.

POR IURI PINHEIRO MACHADO

O farelo de soja, em algumas regiões, recentemente, chegou a se aproximar de R$ 1.500,00 por tonelada. Mas é o milho que mais tem preocupado o suinocultor, pois há uma alteração clara na dinâmica do mercado deste grão que sofreu uma reviravolta enorme nos últimos anos. Produtores de milho capitalizados, com maior facilidade de armazenagem (uso frequente de silos bolsa), mercado de exportação favorável (dólar e demanda externa em alta), implantação de usinas de etanol de milho e migração cada vez maior do plantio desse cereal da primeira para a segunda safra, de maior risco climático, determinam uma tendência da redução da oferta doméstica de milho para alimentação animal, com a consequente alta de preço.

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artigo dos insumos. Comprar estrategicamente exige, além da atenção ao mercado e à sazonalidade, o capital de giro disponível para efetivar a aquisição pelo melhor preço e o armazenamento de volumes que permitam suportar os períodos de alta destes insumos. Com o Brasil inserido como protagonista no mercado mundial de exportação de milho e soja e a ausência de instrumentos governamentais de política agrícola eficazes, ao suinocultor não basta ser competente e produtivo da porteira para dentro. Além desta atenção ao mercado de grãos, o suinocultor precisa conhecer e gerenciar o seu custo, estabelecendo limites ao preço de aquisição dos insumos e agir proativamente a fim de garantir a segurança alimentar do seu plantel a um custo que permita margens, mesmo nas crises do mercado de carnes. Não se sobrevive na suinocultura sem visão e ações de longo prazo e sem capital de giro que permita a antecipação da aquisição de insumos como milho e farelo de soja por preços que a atividade suporte ao longo de todo ciclo produtivo. Na prática o suinocultor quase não tem margem de manobra para definir o preço de venda do seu produto. Ao contrário do bovino a pasto que pode ser retido no campo por algum tempo, até que o mercado se recupere, ou do frango, cujo ciclo produtivo é relativamente curto e, portanto, de mais fácil controle de oferta, o suinocultor normalmente produz volumes estáveis e é obrigado a destinar sua produção regularmente, submetendo-se a toda sorte de oscilações de preço. Desta forma, considerando que em torno de 75% do custo de produção relaciona-se à alimentação dos animais, não existe possibilidade de sobreviver na atividade sem que se trabalhe com estratégias na compra de insumos, especialmente o milho e o farelo de soja. O suinocultor é na verdade um transformador de grãos em carne e, se comprar mal os insumos, não terá rentabilidade para se manter na atividade a longo prazo. A prática de esperar a colheita para negociar o grão está cada vez mais restrita e a compra antecipada ganha mais relevância neste contexto. O produtor tem de estar atento ao movimento do mercado de milho e soja, expectativas de safra e mesmo o custo de produção destes grãos para saber até onde pode chegar numa negociação de contrato futuro ou compra antecipada. Mas acima de tudo, é preciso eliminar a prática da compra “da mão para a boca”, ou seja, comprar pelo preço do dia, sem levar em conta as variações sazonais do preço

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Paralelo a estas estratégias que dependem diretamente das decisões e da gestão do produtor, há outros desafios que se apresentam à cadeia de produção e que devem ser debatidos e conduzidos pelas entidades que representam os suinocultores. É o caso do bem-estar animal, a restrição ao uso de antimicrobianos e, mais recentemente, a provável oneração do frete (tabela de valores mínimos). Se não houver uma discussão ampla que leve em conta, além da aplicabilidade de medidas e normas, prazos de implantação e adequação e linhas de crédito subsidiado, poderemos caminhar para um cenário de redução da competitividade da suinocultura nacional. Em suma, o produtor precisa se preparar individual e coletivamente para as rápidas mudanças que estão ocorrendo no mercado.

IURI PINHEIRO MACHADO CONSULTOR DA INTEGRALL E PRESIDENTE DA COMISSÃO NACIONAL DE AVES E SUÍNOS DA CNA iuri@integrall.org

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giro abcs EVENTO

EVENTO

ABCS PARTICIPA DO 2º FÓRUM DE DESENVOLVIMENTO DA SUINOCULTURA DO MS

ABCS PRESTIGIA CONFERÊNCIA INFO 360º PROMOVIDA PELA AGRINESS

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presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), Marcelo Lopes, e a diretora de projetos e marketing da entidade, Lívia Machado, participaram da Conferência INFO 360º promovida pela Agriness, do dia 11 a 13 de abril, em Florianópolis (SC). O objetivo do evento, que contou com cerca de 500 participantes, é realçar o potencial tecnológico da suinocultura e identificar as oportunidades no campo das informações para o desenvolvimento da cadeia produtiva. No primeiro dia, aconteceu a Cerimônia de premiação do Melhores da Suinocultura 2017 – Especial 10 anos. Lopes entregou o prêmio aos produtores de vários países da América Latina. No Brasil, o destaque foi para a Fazenda Várzea do Pau D’Alho, em Lima Duarte (MG), do produtor Joaquim Pereira, que bateu o recorde de 36,17 desmamados/fêmea/ano (DFA). CELSO PHILLIPI JUNIOR, PRESIDENTE DA ASUMAS, ALESSANDRO BOIGUES, VICEPRESIDENTE, E NILTON HILLESHEIM, DIRETOR EXECUTIVO, AGRADECERAM A PARTICIPAÇÃO E O APOIO DA ABCS.

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Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) participou do 2º Fórum de Desenvolvimento da Suinocultura de Mato Grosso do Sul. Produtores, pesquisadores e autoridades do setor se reuniram durante a 54ª edição da Expoagro, em Dourados (MS). Na ocasião, Associação Sul-Matogrossense de Suinocultores (ASUMAS) aproveitou para celebrar seu aniversário de 25 anos.

O presidente da ABCS elogiou o sucesso do evento, que trouxe conteúdo inovador no intuito de enriquecer e aprimorar a cadeia suinícola. “Um evento desse porte merece ser prestigiado. A estrutura preparada para receber o público e os debates realizados junto a todos os elos do setor são fundamentais para o êxito da nossa missão de alavancar a suinocultura brasileira”. A Agriness é uma empresa Amiga da Suinocultura, que valoriza e investe no setor suinícola por meio da contribuição com o Fundo Nacional do Desenvolvimento da Suinocultura (FNDS).

O presidente da ABCS, Marcelo Lopes, apresentou a palestra “A sustentabilidade da suinocultura brasileira em um mundo em transformação”, onde abordou o mercado de suínos, os desafios atuais e futuros da cadeia, bem como oportunidades para os produtores do centro-oeste.

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MUDANÇA DE HÁBITOS DOS BRASILEIROS É MOTIVO DE OTIMISMO PARA A CARNE SUÍNA PESQUISA REALIZADA PELA FIESP APRESENTA DADOS RELATIVOS AO CONSUMIDOR E SEU COMPORTAMENTO QUANTO À ALIMENTAÇÃO

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crise econômica tem impactado diretamente diversos setores do nosso país e seus reflexos podem ser vistos por toda parte. A pesquisa “A Mesa dos Brasileiros: Transformações, confirmações e contradições”, realizada pelo Departamento do Agronegócio da Fiesp (Deagro) e divulgada em maio, mostrou que não são só as empresas que sentem as consequências do atual momento de retração, mas os consumidores brasileiros também sentem no bolso e são obrigados a rever muitos dos seus hábitos, inclusive aqueles relacionados à alimentação. Realizada em 12 regiões metropolitanas com uma amostra de 3 mil participantes, a pesquisa trouxe uma atualização de como o brasileiro se comporta na hora de escolher os alimentos e mostrou que essas mudanças serão duradouras. O preço baixo ganhou importância no processo de compra de alimentos, se tornando um dos principais influenciadores na hora do consumidor decidir o que vai no carrinho.

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pesquisa O presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), Marcelo Lopes, ressalta que o consumidor está atento na hora de escolher, levando em consideração qualidade e bom preço, duas coisas que hoje são a marca da carne suína brasileira. “Precisamos enxergar essas mudanças de comportamento oriundas da crise como uma oportunidade para destacar ainda mais a nossa proteína, que tem ganhado espaço pela sua saudabilidade, qualidade, excelente custo-benefício, sabor e versatilidade. Temos um produto que se encaixa naquilo que o consumidor tem buscado com cada vez mais frequência e sabemos que fazemos com excelência”.

A “carne” é citada de forma espontânea como a quarta comida favorita do brasileiro juntamente com o “churrasco”, totalizando dez por cento da preferência dos entrevistados. Outro ponto relevante é que consumidor encontrou na internet um canal de aproximação com a indústria e com os produtos que leva para casa, o que revela a forte influência dessa ferramenta.

De acordo com a pesquisa, a TV tem perdido espaço progressivamente. Em 2010, a relevância da TV aparecia entre 40% dos entrevistados, e hoje esse porcentual é dedicado à internet, que naquele ano detinha apenas 19% da amostra. Hoje, ela é a principal fonte para receitas, por exemplo, uma forte tendência que veio para ficar, já que o brasileiro está preparando mais refeições em casa: outro reflexo da crise e mais uma oportunidade para a promoção da carne suína.

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“Temos investido, com o aporte do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (FNDS), em conteúdo voltado para o portal Mais Carne Suína e para as mídias sociais Instagram, Facebook e Youtube, sempre inovando com novos materiais com nossa proteína voltados para gastronomia, um dos principais tópicos buscados na internet”, destaca Lopes.

O gerente do Deagro da Fiesp, Antonio Carlos Costa, comenta a pertinência de desenvolver uma pesquisa com essa temática para tanto indústrias quanto varejo potencializarem suas estratégias. “Há uma carência de informação pública e aberta nesse sentido, então a gente fez uma escolha de apresentar todo o conteúdo e não restringir a uma ou outra área, de forma a informar todo o mercado a respeito das referências de consumo. Mesmo

com uma avaliação macro, percebe-se claramente que a preferência pelas carnes está no cardápio e na cabeça do consumidor brasileiro”.

obstáculos enfrentados pelo setor nos últimos meses. “Temos muito trabalho e desafios pela frente, mas também temos oportunidades e sabedoria para saber aproveitá-las e crescer. Somos protagonistas dessa história e vamos trilhar juntos uma trajetória de sucesso como uma cadeia unida e batalhadora”, conclui.

O Brasil hoje é um dos grandes responsáveis pela produção mundial de alimentos e a visão dos consumidores brasileiros sobre a cadeia produtiva também é motivo de esperança no setor. Dos entrevistados, 72% afirmam ter uma imagem positiva de produtores rurais, 62% veem com bons olhos o agronegócio e 58% apresentam postura favorável quanto a empresas de alimentos. Marcelo Lopes acredita que essas informações trazem ânimo à suinocultura, depois de tantos

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sebrae ABCS RENOVA PARCERIA COM SEBRAE EM PROL DA SUINOCULTURA BRASILEIRA PROJETO EM CONJUNTO COM A ENTIDADE VIABILIZARÁ A REALIZAÇÃO DE AÇÕES VOLTADAS PARA O FORTALECIMENTO DA CADEIA SUINÍCOLA POR MAIS DOIS ANOS

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suinocultura brasileira segue com o desafio de ampliar seus canais de consumo e dar continuidade ao avanço de todos os elos da cadeia no país. Pensando nisso, a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) desenvolveu o projeto INTEGRASUI – Aprimoramento da gestão da Cadeia Produtiva de Suínos do Brasil – junto ao Sebrae Nacional, a fim de possibilitar o desenvolvimento de ações que visam a integração e o fortalecimento do setor com o suporte do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (FNDS). A aprovação permite que a entidade invista mais e melhor na atividade que emprega diretamente cerca de 126 mil pessoas. A iniciativa apresenta uma oportunidade de aperfeiçoamento da gestão da cadeia suinícola, através da integração entre a granja, consumidor final, frigorifico, varejo, governo e parceiros institucionais. O objetivo é apresentar soluções nos âmbitos econômico, ambiental e mercadológico que dificultam o fomento de pequenos negócios da cadeia. A proposta é que o projeto seja executado até abril de 2020, totalizando uma parceria de dois anos. Por meio do projeto INTEGRASUI, a ABCS potencializará a oferta de ações, materiais e informações de qualidade para as instituições estaduais que colaboram com FNDS, capacitando profissionais da área, investindo no marketing, trabalhos e acompanhamentos dos assuntos políticos pertinentes ao setor, aumentando a competitividade dos produtores de suínos do Brasil. O gerente da Unidade de Atendimento Setorial Agronegócios do Sebrae Nacional, Augusto Togni, afirma que a expectativa com o novo convênio é trabalhar a cadeia produtiva com uma maior integração entre os elos, além de continuar implementando ações que fortalecerão o setor produtivo da suinocultura brasileira. “O propósito é consolidar um modelo de autossuficiência para a continuidade do trabalho sistêmico a partir

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da geração de dados, de informações e de inteligência setorial, que serão compartilhados entre o Sebrae e a ABCS, visando as apropriações e disponibilizações para os pequenos negócios do segmento, de forma a prepará-los para atuar em um mercado cada vez mais dinâmico, exigente e competitivo”, explica Togni.

PARCERIA DE SUCESSO Apesar dos desafios inerentes a todas as áreas de produção, a suinocultura tem se mostrado um negócio promissor em todo o mundo, com crescimento acentuado nas últimas décadas graças aos investimentos em tecnologia, melhoria do produto final e aumento do consumo – este ainda sendo um desafio a ser enfrentado no mercado brasileiro. Pensando em melhorar o cenário, a ABCS e o Sebrae Nacional iniciaram a parceria em 2009, com a assinatura do Projeto Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (PNDS). Entre os frutos desse trabalho em conjunto, está a criação do conceito “Escolha Mais Carne Suína” e da Semana Nacional da Carne Suína (SNCS), maior vitrine da proteína no varejo brasileiro, a qual iniciou inéditas capacitações de açougueiros, promotores e gerentes de vendas nas redes de varejo, oferecendo ao consumidor final maior variedade de cortes suínos nas gôndolas, mais informações sobre qualidade e praticidade da proteína. O presidente da ABCS, Marcelo Lopes, destaca a importância da parceria para alavancar o consumo da proteína no Brasil, dar suporte e ofertar instrumentos de gestão e empreendedorismo a todos os componentes da cadeia. “A suinocultura tem um potencial enorme de crescimento no nosso país. Nós ficamos felizes de poder contar com o apoio de uma instituição como o Sebrae, que acredita no trabalho dos produtores e investe para que possamos alcançar patamares mais elevados. Com certeza, isso é um diferencial que nos ajuda a seguir mais confiantes”.

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pork’n roll PORK’N ROLL TRAZ CARNE SUÍNA COMO ATRAÇÃO PRINCIPAL EM BRASÍLIA (DF) O EVENTO CONTOU COM A PARCERIA DA ABCS, QUE LEVOU O CONCEITO “ESCOLHA MAIS CARNE SUÍNA” A FIM DE PROMOVER AS VANTAGENS DA PROTEÍNA E DESENVOLVER A SUINOCULTURA REGIONAL

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2ª edição do Pork’n Roll ofereceu aos brasilienses o melhor da combinação de carne suína e rock nacional. No dia 31 de maio, o restaurante Oliver promoveu mais de 12 horas de festividade, reunindo música ao vivo com cardápio variado de renomados restaurantes da cidade feitos à base da proteína e servido à vontade. A Associação Brasileira dos Criadores de Suínos, com o apoio da Associação dos Criadores de Suínos do Distrito Federal (DFSuin), foi um dos parceiros desse evento, levando o conceito “Escolha Mais Carne Suína” com o intuito de promover a proteína na capital do país. Rodrigo Freire, chef-proprietário do restaurante Oliver, estabelecido em Brasília há 13 anos, e um dos idealizadores do evento, explicou que a ideia inicial era reunir os principais chefs da cidade e oferecer para o público um verdadeiro banquete, com muita variedade. “Isso é resultado da união de pessoas que estão trabalhando com excelência a carne suína aqui no Distrito Federal, que sentaram para combinar algo diferente e não tinha como sair outra coisa, senão cardápio todo à base de porco, que é a paixão de todos eles. Então, a gente conseguiu combinar isso com o rock’n roll e as cervejas especiais que também estão em um momento muito bom”. De acordo com Freire, o evento é a cara da cultura brasiliense, mas o projeto tem potencial para ser um sucesso no Brasil inteiro. “É uma carne super

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saborosa, que já sofreu, sim, preconceito no passado, mas que, pelo resultado dessa festa, a gente vê que isso tá ficando pra trás e as pessoas estão investindo na proteína suína”. O chef-proprietário do Le Birosque, Luiz Trigo, está há três anos em Brasília, tendo como foco a carne suína, e se orgulha da proposta oferecida. “Aqui tem pessoas fantásticas com o mesmo pensamento, trabalhando com o mesmo propósito de trazer o rock regional junto com as melhores receitas de carne suína”. O chef comenta também o novo momento pelo qual a carne suína está passando. “E eu acredito que é uma tendência mundial, resultado de um processo de melhoramento feito pelos suinocultores, que trouxe para as pessoas mais confiança na proteína. Devido ao trabalho dos criadores de suínos e ao que nós também fazemos nos restaurantes, a resposta vem sendo muito positiva por parte do público”. O Pork’n Roll reuniu os restaurantes Oliver, Baco Pizzaria, Parrilla Burger, 400quatrocentos, Le Birosque e Toca do Chopp, com as melhores receitas de porco da cidade. As atrações musicais ficaram por conta de representantes do rock nacional: Cazuza In Concert, Haroldinho Matos – HM Blues, Rubinho Gabba, com Tributo ao U2, Vital com rock nacional, e o De La Rosa, que trouxe clássicos do rock dos anos 1950 a 2000. A contadora Maristela Alves, 32 anos, é uma admiradora da carne suína e do rock nacional e elogiou o ambiente agradável e organizado. “Achei genial essa ideia que tiveram de um open food com pratos diferenciados u sando a carne suína, pois nos dá a chance de experimentar coisas diferentes e desgustar um pouco de tudo. E com esse estilo musical que tem tudo a ver com o cardápio que é oferecido, ficou melhor ainda! ”.

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Juntas, apoiando a suinocultura brasileira.

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Campanha para Copa

ENTRE EM CAMPO COM CARNE SUÍNA: ABCS LANÇA CAMPANHA NACIONAL PARA COPA DO MUNDO CAMPANHA COM FOCO NO MAIOR FENÔMENO ESPORTIVO DA ATUALIDADE INCENTIVA CONSUMIDORES E INTEGRANTES DO SETOR A AUMENTAR O CONSUMO DA PROTEÍNA NOS DIAS DE JOGOS

LÍDERES, PRESIDENTES E GESTORES DAS ASSOCIAÇÕES AFILIADAS A ABCS SE REUNIRAM PARA O GRITO DA CAMPANHA “ENTRE EM CAMPO COM CARNE SUÍNA: JUNTOS COM O BRASIL”.

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Campanha para Copa O

futebol é sem dúvidas uma das maiores paixões brasileiras da atualidade e, este ano, o país inteiro se uniu na torcida pelo bom desempenho do Brasil na Copa do Mundo, eliminado nas quartas de final no campeonato na Rússia. Para entrar no espírito esportivo, a

Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) lançou uma campanha nacional no intuito de engajar toda a suinocultura e os consumidores na torcida pela seleção. Com o slogan “Entre em campo com mais carne suína: Juntos com o Brasil”, a campanha foi lançada no dia 8 de junho com os colaboradores da entidade, em Brasília (DF), em um momento de confraternização. No dia 21 de junho, as principais peças foram apresentadas aos presidentes e gestores do Sistema ABCS, que deram o grito com todos vestindo a camisa. Durante o campeonato, a ABCS promoveu via redes sociais tanto da instituição quanto do Mais Carne Suína ações com o intuito de aproximar todo o setor em um momento de celebração nacional e incentivar os consumidores a aumentar o consumo da proteína em suas festividades junto a amigos e familiares, unindo duas paixões mundiais: futebol e carne suína.

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Campanha para Copa Uma das ações, voltada para o público externo, envolveu outra grande preferência do brasileiro: o churrasco. O Escolha Mais realizou um sorteio no Instagram, a fim de envolver seus seguidores e engajar o público a ter maior envolvimento com o conceito. A promoção engajou mais de mil novos seguidores para o perfil do Instagram e contemplou duas vencedoras, Patrícia Azevedo

POST DA CAMPANHA DE CHURRASCO DIVULGADO NO INSTAGRAM DO MAIS CARNE SUÍNA: MAIS DE MIL NOVOS SEGUIDORES.

A SUINOCULTURA BRASILEIRA TORCENDO JUNTOS PELO HEXA Pensando em unir a cadeia suinícola na torcida pela seleção brasileira, a ABCS promoveu também junto aos produtores, associações afiliadas, empresas amigas, indústria e varejo um encontro de toda a suinocultura para o evento nacional. Durante todo o período de jogos, a página do Facebook da ABCS contou com peças da campanha exaltando a importância da união da cadeia suinícola e do agronegócio na torcida pelo hexacampeonato. Além da comunicação em redes sociais, a ABCS desenvolveu um folder de receitas de petiscos para a Copa do Mundo e enviou exemplares para

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(MG) e Alessandra de Andrade (CE), que ganharam, cada uma, 10 kg de carne suína em cortes diversos, camisetas temáticas e um kit exclusivo com avental, tábua de corte, faca, squeezes e materiais informativos sobre a proteína. Outras novidades das redes sociais foram os bolões, realizados com base em resultados dos jogos do Brasil, das fases semi-finais e final da competição, onde os três primeiros comentários com o palpite vencedor ganharam um kit exclusivo do Mais Carne Suína; a série de postagem com receitas e sugestões de petiscos preparados com proteína, ideais para serem feitos em dias de jogos; e a disputa de pratos típicos de países que disputaram as partidas e que têm a carne suína como ingrediente principal. A diretora de projetos e marketing da ABCS, Lívia Machado, explica que a campanha foi elaborada para ampliar as oportunidades da carne suína em um momento em que o Brasil se une na torcida pela seleção. “Elaboramos uma estratégia de envolvimento e promoção da proteína que atingirá consumidores e também os integrantes da cadeia. É um momento para os frigoríficos e produtores atacarem as oportunidades de ampliação das vendas e a ABCS está sempre atenta para entrar em campo em busca da promoção da nossa carne suína”, afirma.

associações afiliadas, produtores contribuintes do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (FNDS) e Empresas Amigas da Suinocultura que distribuíram entre seus colaboradores e divulgaram a carne suína. O presidente da ABCS, Marcelo Lopes, enfatiza a importância de unir tanto as instituições parceiras quanto os consumidores em um momento tão significante para o país. “É uma festividade muito marcante para todos os brasileiros, hora de juntarmos nossa energia como setor pulsante e mostrarmos o nosso apoio à seleção nacional. E a melhor forma de comemorarmos é levando ainda mais sabor para a mesa dos brasileiros através da carne suína”.

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capa LÍDERES DA SUINOCULTURA BRASILEIRA SE REÚNEM PARA DISCUTIR DESAFIOS E OPORTUNIDADES DO SETOR PRESIDENTES E GESTORES DO SISTEMA ABCS DEBATERAM ESTRATÉGIAS E AÇÕES PARA APOIO E FORTALECIMENTO DA CADEIA SUINÍCOLA suinocultura vem enfrentando momentos desafiadores nos últimos meses. Pensando nisso, a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) convocou os presidentes e gestores das associações estaduais e regionais ligadas à entidade para um encontro, nos dias 20 e 21 de junho, em Brasília (DF), com o intuito de interação e fortalecimento das lideranças. O evento também contou com homenagens para importantes personalidades do setor.

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O encontro teve início com uma palestra motivacional de tema “Você líder da sua vida e de seus resultados” com o psicólogo, master coach e consultor de empresas, Jairo Martiniano. Em seguida, o presidente da ABCS conduziu a Assembleia de prestação de contas da entidade de 2017 e foram abordados temas relevantes para a cadeia suinícola. Iuri Pinheiro Machado, consultor da entidade e presidente da Comissão Nacional de Aves e Suínos

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da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), ministrou a palestra “Mercado de Suínos e de Grãos: Tendências e Perspectivas”; e a consultora de Relações Governamentais, Ana Paula Cenci, apontou as intervenções políticas da Associação em prol do setor e os principais desdobramentos do workshop de gestores realizado em 2017. As consultoras de comunicação e marketing da ABCS, Danielle Sousa e Tayara Beraldi, apresentaram os dados da pesquisa feita pela FIESP “A mesa dos brasileiros: Transformações, Confirmações e Contradições”, com informações sobre os principais aspectos que influenciam o consumidor na hora de comprar e escolher com o que se alimentar. Logo após, a diretora de projetos e marketing da ABCS, Lívia Machado, expôs aos presentes os principais pontos do Integrasui – Aprimoramento da gestão da Cadeia Produtiva de Suínos do Brasil, projeto desenvolvido em parceria com o Sebrae Nacional que viabiliza ações que visam a integração e o fortalecimento da suinocultura brasileira e as ações de marketing da ABCS. O supervisor de marketing do frigorífico Saudali, César Godoi, elogiou os temas propostos. “Os pontos apresentados a partir dessa pesquisa são interessantes para a gente, enquanto indústria, para definição de estratégias de marketing, ações, definição de canal, de cliente. Com certeza, esta é uma oportunidade de promover a união entre setor produtivo e indústria”, ressaltou. Participaram do evento representantes de três frigoríficos, três associações regionais e onze estaduais, sendo eles Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo e o Distrito Federal. As lideranças tiveram espaço para expor o

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capa posicionamento de cada estado, de acordo com os assuntos debatidos durante o dia. Aline Nitz, gestora executiva da Associação dos Suinocultores do Espírito Santo (ASES), considerou o encontro relevante e realçou os conteúdos abordados. “É um momento muito apropriado para a discussão de todos esses assuntos sobre expectativas com relação a grãos e ao nosso mercado e, mais importante ainda, em função do momento que a gente está vivendo, foi a palestra motivacional. Ela foi fundamental para gente ter fé e coragem, como foi ensinado, e tentar ver as coisas com uma outra perspectiva, saindo daqui com ânimo renovado”. O presidente da Associação dos Suinocultores do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba (ASTAP), Valder Caixeta, acredita que é um bom período para reunir todas as associações e discutir a situação difícil que a suinocultura passa desde o início do ano. “É importante pra gente trocar ideias, mover ações estratégicas e atuar no marketing da carne suína, para que possamos aumentar e garantir nossa colocação no mercado e ver a melhoria de preços. Isso motiva o setor e garante a sustentabilidade da nossa cadeia”. Marcelo Lopes, presidente da ABCS, enfatiza a relevância de conseguir juntar os principais representantes do setor e realizar essa aproximação para buscar as soluções adequadas. “A junção das ideias trazidas por cada uma das lideranças é muito importante porque eles trazem as suas demandas e propõem novas ações, e nós conseguimos convergir num ponto que seja melhor para a suinocultura do país”. O evento também contou com um momento de descontração com o lançamento da campanha para a Copa “Entre em campo com mais carne suína: Juntos com o Brasil”, iniciativa da ABCS por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (FNDS). Na

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O EX-PRESIDENTE DA ABCS RUBENS VALENTINI FOI UM DOS HOMENAGEADOS.

oportunidade, foram apresentadas a estratégia da ação voltada para consumidores e setor e as principais peças. Para engajar o setor, o presidente Marcelo Lopes convocou todos os presentes para participarem de um grito com todos vestindo a camisa.

HOMENAGENS O Encontro de Presidentes e Gestores da ABCS também foi palco de homenagens e agradecimentos. A entidade agradeceu o apoio de entidades parceiras, entre elas o Banco do Brasil, representado no evento pelo diretor de Agronegócio, Marco Túlio da Costa, e os gerentes executivos da Diretoria de Agronegócio da instituição, Antônio José Banhara e Álvaro Tosetto. O gerente da unidade de atendimento setorial agronegócios do Sebrae, Augusto Togni, também recebeu um agradecimento de todo Sistema ABCS pelo seu trabalho em prol da competitividade da suinocultura. A ABCS prestou uma homenagem especial ao ex-presidente Rubens Valentini, em virtude da notícia de sua aposentadoria. O suinocultor esteve à frente da associação de 2005 a 2009, com uma gestão marcada pela estruturação do escritório executivo que passou a atuar na capital do país, aumentando sua visibilidade, e pelo investimento no trabalho de marketing de promoção da carne suína. “O mais gostoso é ver que o espírito continua, porque tem inúmeras instituições em que um trabalho é construído e outras gerações vêm, destroem e começam por outro caminho. E nós não, nós continuamos, com a turma nova alargando e dando andamento aos projetos, e isso eu acho fantástico”, destacou Valentini.

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política

ABCS EM REUNIÃO COM O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO MAPA, LUIS RANGEL, PARA TRATAR DA IN 14.

ABCS DEBATE NECESSIDADE DE ADEQUAÇÕES DA IN 14 NO MAPA A ENTIDADE PONDEROU OS DESAFIOS DE IMPLEMENTAR A NORMA QUE REGULA A FABRICAÇÃO DE RAÇÃO COM MEDICAMENTOS

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B sidente da Associação Brasileira dos

uscando atender o setor suinícola, o pre-

Criadores de Suínos (ABCS), Marcelo Lopes, se reuniu com o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Luis Rangel. O encontro aconteceu na primeira quinzena de junho, em Brasília, e teve como objetivo discutir as dificuldades de implementação da Instrução Normativa (IN) 14 de 2016, que define normas para as fábricas de ração animal que produzem o alimento com medicamentos. O prazo estipulado para adequar os estabelecimentos que fabricam, importam e manipulam produtos veterinários é até o dia 18 de junho de 2019. Preocupada com as exigências da Instrução, a ABCS apresentou ao secretário algumas objeções relatadas pelos suinocultores. De acordo com dados da ABCS, os

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política produtores independentes representam atualmente 40% da cadeia de suínos do país, os quais possuem, em sua maioria, fábricas próprias de ração sem fins comercias. “Os produtores independes congregam aproximadamente 680 mil matrizes em diversos estados e muitos desses produtores já adotam alguns requisitos da IN 14 de 2016, mas não todas as exigências da norma, por isso a necessidade de revisá-la, para que o suinocultor possa se organizar financeiramente e tecnicamente”, destaca o presidente da ABCS. Iuri Machado, consultor da ABCS, considera que algumas adequações sugeridas pela IN 14 são essenciais para otimizar o uso de antimicrobianos na carne suína produzida no Brasil, mas é primordial ouvir o setor para construir normas tangíveis e aplicáveis. “As políticas públicas lançadas pelo MAPA devem ser atingidas. Dessa forma, acredito que se trabalharmos com fases e metas o suinocultor terá tempo hábil para aderir as exigências da IN”.

CRISE NA SUINOCULTURA DIFICULTA ADEQUAÇÃO À IN 14 Marcelo Lopes pontuou a necessidade de adequação de alguns requisitos da norma, devido a atual crise econômica em que a suinocultura brasileira se encontra. “O setor como um todo está enfrentando um momento de incerteza desencadeado pelo aumento excessivo do valor do milho, principal componente da ração, embargo russo à carne suína e, agora, as consequências da paralisação dos caminhoneiros”. O presidente afirmou ainda que os recursos adquiridos no último ano foram

O SETOR COMO UM TODO ESTÁ ENFRENTANDO UM MOMENTO DE INCERTEZA DESENCADEADO PELO AUMENTO EXCESSIVO DO VALOR DO MILHO, PRINCIPAL COMPONENTE DA RAÇÃO, EMBARGO RUSSO À CARNE SUÍNA E, AGORA, AS CONSEQUÊNCIAS DA PARALISAÇÃO DOS CAMINHONEIROS

utilizados para o produtor se manter na atividade, não havendo disponibilidade para contrair outros créditos para investimento oferecidos no mercado. O secretário de Defesa Agropecuária do MAPA, Luis Rangel, afirmou que pode sim haver uma discussão mais aprofundada sobre o assunto. “O Ministério quer trabalhar junto do setor produtivo e por isso vamos analisar os dados técnicos trazidos pela Associação”. Rangel explicou a necessidade de melhorar a conscientização e a compreensão a respeito da resistência antimicrobiana em toda a cadeia. Há exatamente um ano, atendendo à demanda do setor, a Secretaria de Defesa Agropecuária, prorrogou o prazo da adequação dos estabelecimentos que fabricam, importam e manipulam produtos veterinários até o dia 18 de junho de 2019. Desde então, a ABCS assumiu o compromisso de promover um ambiente de discussões entre o setor produtivo e o MAPA, buscando a evolução dos processos de fabricação de ração e o atendimento às preocupações inerentes ao controle de resíduos e prevenção a resistência bacteriana.

DEBATES SOBRE A IN 14 No final do mês do junho, após a reunião com o secretário Rangel, a ABCS organizou um Grupo de Trabalho (GT) com representantes de diversos elos do setor produtivo como a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), a Associação de Médicos Veterinários Especialistas em Suínos (Abraves), o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan), Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações) e a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O GT se comprometeu a apresentar um único relatório para avaliação e a possível adequação da norma pelo Ministério.

MARCELO LOPES PRESIDENTE DA ABCS

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política A PEDIDO DA ABCS, BANCO DO BRASIL AUTORIZA SUINOCULTOR A PRORROGAR CUSTEIO E INVESTIMENTO DEMANDA SOLICITADA GARANTE AO PRODUTOR A EXTENSÃO DO PRAZO POR ATÉ DOIS ANOS

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m abril, o Banco do Brasil anunciou a prorrogação de custeio e investimento para atender produtores rurais, cooperativas e agroindústrias que desenvolvam a atividade de suinocultura ou avicultura. De acordo com a norma, o interessado poderá prorrogar por dois anos o contrato de custeio e, no caso das operações de investimento ou de custeio já prorrogado, o produtor terá um ano adicional ao final da parcela adiada. A medida abrange prestações vencidas ou vincendas até o dia 31 de dezembro deste ano e as taxas de juros serão analisadas de acordo com cada contratação. A norma foi um pleito da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) e de suas afiliadas, que solicitaram à instituição financeira a prorrogação do vencimento dos custeios adquiridos nos dois últimos anos. “O Banco do Brasil sempre foi um grande parceiro e, para atender o produtor de forma mais rápida e eficiente, foi feita uma medida coletiva que não exige laudo técnico individualizado para aqueles que queiram postergar seus pagamentos”, disse o presidente da ABCS, Marcelo Lopes. Lopes explicou ainda que o anúncio pretende garantir a permanência de grande parte dos suinocultores na atividade. “O setor tem uma significativa importância econômica e social para o país, pois a cadeia produtiva de suínos movimenta mais de R$ 149 bilhões e tem um número

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EM REUNIÃO COM OS GERENTES DA DIRETORIA DE AGRONEGÓCIO DO BANCO DO BRASIL, ABCS E AFILIADAS APRESENTAM DADOS TÉCNICOS DA ATUAL CONJUNTURA DA SUINOCULTURA.

expressivo de pequenos e médios produtores que sustentam suas famílias no campo por meio da atividade”. As agências do Banco do Brasil já estão cientes e preparadas para receber o produtor. O gerente da Diretoria de Agronegócio da instituição, Álvaro Tosetto, explicou que a norma não é automática, ou seja, o produtor terá que solicitar. “Basta que o produtor interessado procure a sua agência para requerer o benefício”. Com intuito de justificar a demanda pleiteada, o setor apresentou ao Banco dados técnicos da atual conjuntura da produção suinícola. Segundo informações apontadas, o embargo russo à carne suína brasileira prejudicou o preço no mercado interno, por conta do excesso de oferta. Outro entrave exposto foi o alto custo de produção por conta do aumento excessivo do valor do milho, principal componente da ração.

O BANCO DO BRASIL SEMPRE FOI UM GRANDE PARCEIRO E, PARA ATENDER O PRODUTOR DE FORMA MAIS RÁPIDA E EFICIENTE, FOI FEITA UMA MEDIDA COLETIVA QUE NÃO EXIGE LAUDO TÉCNICO INDIVIDUALIZADO PARA AQUELES QUE QUEIRAM POSTERGAR SEUS PAGAMENTOS MARCELO LOPES PRESIDENTE DA ABCS

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política

ABCS DEBATE MELHORIAS PARA PRODUTORES INTEGRADOS REUNIÃO DISCUTIU A CRISE DO SETOR E SITUAÇÃO CONTRATUAL DOS PRODUTORES INTEGRADOS PERANTE AS INTEGRADORAS

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PRESIDENTE DA ABCS, MARCELO LOPES, PARTICIPA DA PRIMEIRA COMISSÃO NACIONAL DE AVES E SUÍNOS REALIZADA ESTE ANO.

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primeira reunião deste ano da Comissão Nacional de Aves e Suínos da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) aconteceu no mês de maio e contou com a presença da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS). O encontro teve como objetivo discutir a crise da suinocultura, além da situação contratual dos produtores integrados perante o momento de incerteza das integradoras. Para a ABCS, debater o sistema integrado é uma forma de atender uma grande parte dos seus produtores, visto que atualmente cerca de 40% dos suinocultores brasileiros são integrados. “A reunião da CNA é uma forma de pleitear melhorias para o setor por meio da união dos suinocultores integrados que, desta forma, procuram mitigar riscos e alinhar parâmetros produtivos”, ressaltou Marcelo Lopes, presidente da ABCS.

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política NA ATUAL CONJUNTURA, OS ENCONTROS SE TORNAM AINDA MAIS ESTRATÉGICOS, POIS OS PARTICIPANTES TROCAM EXPERIÊNCIAS E BUSCAM MANEIRAS MAIS SISTÊMICAS PARA LIDAR COM A AGROINDÚSTRIA PABLO ARTIFON CONSULTOR ADMINISTRATIVO FINANCEIRO DA ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES INTEGRADOS DE SUÍNOS DO MATO GROSSO (APRISMAT)

O Consultor Administrativo Financeiro da Associação de Produtores Integrados de Suínos do Mato Grosso (Aprismat), Pablo Artifon, explicou que participar da Comissão é sempre importante para buscar melhores negociações com as integradoras. “Na atual conjuntura, os encontros se tornam ainda mais estratégicos, pois os participantes trocam experiências e buscam maneiras mais sistêmicas para lidar com a agroindústria”. Ainda durante o encontro, foi apresentada uma pesquisa realizada pela CNA sobre a situação da implementação das Comissões para Acompanhamento, Desenvolvimento e Conciliação da Integração (CADEC) em diferentes estados. O estudo mostrou os principais gargalos que ainda existem para efetivar a instalação das CADECs e, de acordo com os dados, a grande maioria ainda não tem regimento interno definido, poucas possuem assessoria jurídica para auxiliar nos entraves contratuais e somente algumas estão operando com contratos novos firmados de acordo com a Lei da Integração. O presidente da Associação dos Produtores Integrados de Suínos do Estado de Minas Gerais (Aproimg), Thiago Silveira, afirmou que a pesquisa apresenta um retrato do campo. “Após o diagnóstico do estudo referente a instalação das CADECs é essencial a união do setor para traçar um plano estratégico com o objetivo de mitigar os problemas enfrentados nos contratos de integração”. Silveira pontuou que o levantamento deve ser feito mensalmente, para que se possa ter dados reais da implementação das CADECs.

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IMPACTOS DA PRODUÇÃO INTEGRADA NO BRASIL Com o intuito de relatar a dimensão do setor produtivo de integrados, o presidente da Comissão, Iuri Pinheiro Machado, propôs a criação de um Grupo de Trabalho (GT), o qual terá como objetivo reunir dados que mostrem o tamanho e o impacto da produção integrada no Brasil. “Pretendemos deixar claro que o integrado não é um mero fornecedor, ele coloca investimento significativo na produção, além de ter toda a responsabilidade passiva trabalhista e ambiental daquela atividade. Sendo assim, o levantamento é para mostrar que esse ativo do produtor é importante dentro de toda a cadeia de integração”, explicou. Machado ressaltou que a atual recessão no setor reduziu os abates em muitas unidades e esta situação gerou um cenário de insegurança para os produtores. “A integração deve garantir ao produtor que ele esteja imune as questões de mercado, custo de produção e venda do produto. Desta forma, se em momentos de crises econômicas o produtor integrado tiver que pagar a conta para integradora, então na oportunidade que se reverter essa conjuntura e ficar favorável, terá que ser mais rentável para o produtor – entretanto, sabemos que isso não acontece. Dentro do princípio da integração, esperamos que o produtor não tenha sua granja prejudicada por conta da atual circunstância”, frisou. A Comissão Nacional de Aves e Suínos da CNA se reúne, em média, três vezes ao ano.

APÓS O DIAGNÓSTICO DO ESTUDO REFERENTE A INSTALAÇÃO DAS CADECS, É ESSENCIAL A UNIÃO DO SETOR PARA TRAÇAR UM PLANO ESTRATÉGICO COM O OBJETIVO DE MITIGAR OS PROBLEMAS ENFRENTADOS NOS CONTRATOS DE INTEGRAÇÃO THIAGO SILVEIRA PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES INTEGRADOS DE SUÍNOS DO ESTADO DE MINAS GERAIS (APROIMG)

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política

A INTEGRAÇÃO DEVE GARANTIR AO PRODUTOR QUE ELE ESTEJA IMUNE AS QUESTÕES DE MERCADO, CUSTO DE PRODUÇÃO E VENDA DO PRODUTO. DESTA FORMA, SE EM MOMENTOS DE CRISES ECONÔMICAS O PRODUTOR INTEGRADO TIVER QUE PAGAR A CONTA PARA INTEGRADORA, ENTÃO NA OPORTUNIDADE QUE SE REVERTER ESSA CONJUNTURA E FICAR FAVORÁVEL, TERÁ QUE SER MAIS RENTÁVEL PARA O PRODUTOR – ENTRETANTO, SABEMOS QUE ISSO NÃO ACONTECE. DENTRO DO PRINCÍPIO DA INTEGRAÇÃO, ESPERAMOS QUE O PRODUTOR NÃO TENHA SUA GRANJA PREJUDICADA POR CONTA DA ATUAL CIRCUNSTÂNCIA IURI PINHEIRO MACHADO PRESIDENTE DA COMISSÃO NACIONAL DE AVES E SUÍNOS DA CONFEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO BRASIL (CNA)

ATUAÇÃO DA ABCS JUNTO AO MAPA TROUXE BENEFÍCIOS PARA O SETOR SUINÍCOLA NO PLANO AGRÍCOLA E PECUÁRIO 2018/2019 DEMANDA DA ABCS É ATENDIDA E GOVERNO ANUNCIA CRÉDITO DE CUSTEIO PARA A RETENÇÃO DE MATRIZES SUÍNAS

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ogo na primeira semana do mês de junho, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) junto ao Planto Central divulgaram os números do Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2018/2019. A suinocultura foi beneficiada com as medidas anunciadas pelo governo. O apoio contempla prazo de até dois anos no crédito de custeio para a retenção de matrizes bovinas de leite, suínas, caprinas e ovinas. “A linha de retenção de matrizes foi um pleito da ABCS, que desde março deste ano vem se reunindo com representantes do MAPA, do Ministério da Fazenda e de instituições financeiras para buscar melhores políticas públicas para os produtores de suínos. A retenção é mais uma forma para capitalizar o produtor e possibilitar a continuidade do seu negócio”, explicou o presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), Marcelo Lopes. Durante o lançamento do PAP, também foram anunciados R$ 194,37 bilhões para financiar e apoiar a comercialização da produção agropecuária brasileira. Do montante, são destinados R$ 151,1 bilhões para o crédito de custeio, sendo R$ 118,8 bilhões com juros controlados (taxas fixadas pelo governo) e R$ 32,3 bilhões com juros livres (livre negociação entre a instituição financeira e o produtor). O crédito para investi mentos ficou em R$ 40 bilhões.

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perfil VALMIR SE DESPEDE DA ABCS, MAS SUA DEDICAÇÃO DEIXA MARCAS NA SUINOCULTURA BRASILEIRA EM SUA TRAJETÓRIA DE 37 ANOS À FRENTE DO SERVIÇO DE REGISTRO GENEALÓGICO DE SUÍNOS (SRGS), ELE ACOMPANHOU DE PERTO OS AVANÇOS DO SETOR E RELEMBRA FATOS MARCANTES

“F tei do que fiz, e sei que foi importante para mim e oi uma questão de afinidade. Eu realmente gos-

para entidade. Foi bom para os dois lados, pois crescemos juntos”. É assim que o senhor Valmir Costa da Rosa, 71 anos, define seu tempo prestando serviços para a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), local no qual dedicou 37 anos da sua vida como superintendente do Serviço de Registro Genealógico de Suínos (SRGS)na unidade de Estrela (RS). Natural do Rio Grande do Sul, Valmir iniciou sua jornada profissional servindo no Exército Brasileiro e, após se formar em medicina veterinária na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), foi trabalhar em um frigorífico em Goiânia (GO). Nesse meio tempo, prestou concurso para o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e teve que voltar para seu estado natal, onde assumiu o cargo público. Esse foi um momento fundamental para direcionar sua carreira e dar início a sua atuação dentro da suinocultura. “Foi aí que comecei a trabalhar na área de fiscalização de registro genealógico. Enquanto prestava esse serviço, fiz a pós-graduação em reprodução de suínos na

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mesma universidade. E a minha tendência para o lado da suinocultura aconteceu por causa dessa especialização”, relembra. Em 1981, quando houve a necessidade de colocar alguém do MAPA para acompanhar o trabalho de inspeção na ABCS, ele se candidatou. “Foi uma opção minha ir para lá como interventor. Eu achei que seria uma coisa temporária e acabou durando 37 anos”. Enquanto trabalhava na superintendência do Ministério, Valmir foi designado a coordenar uma inspeção a fim de regularizar o serviço de registro genealógico feito em Estrela, durante quatro anos. “O meu papel, no início, era recolher os registros que foram emitidos indevidamente em alguns estados. Nós transferimos todos os documentos para a ABCS, que era a entidade apontada pelo MAPA como a responsável por esse serviço e, até 1986, eu coordenei essa intervenção”, explica. Valmir reconhece a importância do trabalho que é feito no SRGS, relativo à seleção dos suínos e ao melhoramento genético – um serviço que hoje é fundamental para a organização e sistematização da cadeia suinícola brasileira. “Os animais estarem registrados significa que estão livres de várias doenças, até mesmo pela certificação exigida

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perfil pelo MAPA, e têm que ter um desempenho reprodutivo e produtivo muito bom. E são todas essas garantias que vão para as granjas, seja para reproduzir o animal ou para a reprodução de seu material genético”. Gilberto da Silva, 72 anos, inspetor técnico da ABCS, esteve lado a lado de Valmir desde o início de sua trajetória e destacou sua capacidade de ouvir, antes de executar qualquer ação, o que agregava ainda mais para o bom relacionamento entre toda a equipe. Ele lembra que a atuação do colega foi fundamental para o avanço técnico da cadeia de suínos de todo o país. “O Valmir sempre atuava em cima do trabalho que se decidia a nível de conselho técnico. Ele providenciava para que as coisas fossem feitas sempre dentro das regras e das condições que se havia. Sempre foi um profissional muito organizado, com uma linha de trabalho muito tranquila, fazendo tudo muito bem organizado, e isso era importante”, destaca. Algum tempo depois de acabada a intervenção, o superintendente enviou comunicado para o MAPA avisando que havia cumprido sua função e poderia voltar à atividade normal na instituição. Nesse momento, o presidente da ABCS à época, Valdomiro Ferreira Júnior, solicitou ao Ministério sua permanência na entidade. “Ele me fez um convite para que eu, embora aposentado do MAPA, continuasse trabalhando no serviço de registro genealógico. Então, a partir de 1994, eu não era mais um funcionário do Ministério e sim um prestador de serviços da ABCS, onde continuei até o final de março desse ano”, recorda Valmir. Roberto Schroeder, 49 anos, trabalha na superintendência do MAPA no Rio Grande do Sul e, junto ao Valmir, atuava no controle de entidades que prestam serviço de registro genealógico no RS – entre elas, a ABCS. “Quando eu entrei no MAPA, ele já tinha dado início aos trabalhos na Associação, mas o conceito que todos os colegas do Ministério tinham dele era muito bom. E eu pude perceber que ele é muito dedicado, tranquilo”.

Rubens Valentini, 73 anos, presidente da ABCS de 2005 a 2009, afirma que trabalhar com o médico veterinário da entidade era tranquilo, devido ao seu jeito prestativo e cumpridor de suas responsabilidades. “Como pessoa e como profissional, o Valmir é muito competente, amável e prestativo. Além disso, é uma testemunha importantíssima da história da ABCS. Ele conhece aspectos da história da instituição que não estão registrados em lugar algum e isso é muito valioso”, salienta o suinocultor. Além de Valentini, o também ex-presidente da Associação, José Adão Braun, 77 anos, também comentou a relação cordial com Valmir. Ele acompanhou seu trabalho desde que assumiu as funções como Diretor do Serviço de Registro da ABCS. Na época, como presidente da ACSURS, Braun mantinha um contato constante com o superintendente. “Quando assumi a presidência da ABCS, passamos a trabalhar lado a lado, sempre em sintonia e muito esforço. Foi muito gratificante trabalhar com ele, sempre houve uma relação de confiança e lealdade mútua, buscando com competência a melhor condução dos trabalhos da entidade a favor da suinocultura e dos criadores”.

A EVOLUÇÃO DA SUINOCULTURA BRASILEIRA Em 63 anos de ABCS, Valmir foi o 4º a ocupar o cargo de superintendente do SRGS e teve a oportunidade de acompanhar de perto muitas mudanças significativas para o setor, inclusive a abertura do escritório administrativo da entidade na capital do país. Durante seu mandato, Rubens Valentini organizou para que a presidência, a equipe administrativa, de marketing e política VALMIR REPRESENTA A ABCS EM UM SEMINÁRIO EM FOZ DO IGUAÇU (PR).

A relação entre os dois se dava de forma harmoniosa durante as auditorias feitas na entidade. “O serviço prestado por ele era sempre de alto nível, os dados apresentavam índices de conformidade muito altos, durante as conferências. Era um conforto saber que ele estava à frente, se esforçando para atender às nossas solicitações sempre que necessário, sempre de prontidão para resolver”, ressalta.

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perfil fosse transferida para Brasília, enquanto em Estrela permanecia o setor de registro genealógico de suínos. O médico veterinário enfatiza também os avanços do associativismo dos suinocultores, com alta concentração das granjas; as exigências sanitárias que aumentaram consideravelmente, trazendo mais segurança alimentar; aumento do controle de qualidade feito nas importações, a partir da década de 1990, permitindo que o material genético seja compatível com o nível de qualidade alcançado no Brasil; e também as mudanças estruturais, com os avanços tecnológicos. “O próprio registro genealógico, que era feito com máquina de escrever, foi modernizado e hoje é emitido online nas próprias granjas, com fiscalização da instituição”, pontua. Em 1976, as centrais de inseminação surgiram no Brasil, contribuindo para a evolução da genética suína brasileira. Ele conta que a ABCS capitaneava esse trabalho, exigindo testes de desempenho dos animais, que duraram até meados de 2004. Isso permitiu que o país deixasse de ser apenas importador do material genético e passasse a exportar, desde 2003, para países como Argentina, Paraguai, Uruguai, Bolívia, Costa do Marfim e Equador. Além de testemunhar o crescimento técnico do setor, Valmir foi um dos idealizadores do evento que hoje reúne líderes da indústria de insumos, produtores, representantes de entidades estaduais, gestores da agroindústria e executivos do varejo a fim de fortalecer

a união do setor na busca por objetivos comuns. O Seminário Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (SNDS), que teve sua primeira edição em 1987, em Curitiba (PR), foi pensado para levar informações relevantes para os suinocultores, bem como discutir os desafios da cadeia – tanto problema de comercialização, como sanitário, de melhoramento, até o que é debatido hoje, relacionado à política, questões de mercado e grãos. O atual presidente da entidade, Marcelo Lopes, reconhece a importância do serviço prestado pelo profissional, com tamanha dedicação e cuidado, para o desenvolvimento da suinocultura brasileira. “Se hoje somos referência em matéria de registro genealógico e somos valorizados pelas diretorias estaduais e empresas parceiras do setor, é graças ao envolvimento de profissionais como o Sr. Valmir, que dedicou 37 anos para o desenvolvimento técnico da suinocultura brasileira. Ele, com certeza, é um exemplo a ser seguido”. Em meio a tantas lembranças, Valmir se diz realizado pela carreira sólida que construiu até aqui. “Só tenho a agradecer por ter trabalhado todo esse tempo e ver de perto que o nosso trabalho foi frutificado, com a evolução do setor em todos os sentidos. Não é mérito só meu, é de toda a equipe, da diretoria, que oferece o apoio necessário para que esse trabalho seja feito e que, tenho certeza, vai continuar da mesma forma com os próximos a assumir essa função”. VALMIR FOI UM DOS HOMENAGEADOS NA COMEMORAÇÃO DE 50 ANOS DA ABCS, EM 2005.

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fnds FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA SUINOCULTURA

O FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA SUINOCULTURA (FNDS) É UMA INICIATIVA DA ABCS EM PARCERIA COM AS ENTIDADES ESTADUAIS E REGIONAIS E CONTA COM O APOIO DO SEBRAE PARA PERENIZAR SUA ATUAÇÃO NO AGRONEGÓCIO EM PROL DOS SUINOCULTORES BRASILEIROS.

APOIO:

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fnds DF SUIN DESTACA CARNE SUÍNA NA AGROBRASÍLIA 2018 A

DISTRITO FEDERAL

Associação dos Criadores de Suínos do Distrito Federal (DF Suin) marcou presença na 11ª edição da AgroBrasília 2018 – Feira Internacional dos Cerrados, levando o melhor da carne suína para os participantes no Espaço Sebrae e no Espaço da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (EMATER/DF). Além da realização de uma palestra de imunocastração de suínos e um circuito com fotos e vídeos da evolução da suinocultura, a DF Suin surpreendeu o público com a realização de oficina gastronômica ministrada pelo Chef André Rabelo. A apresentação na Cozinha AgroShow contou com cerca de 40 participantes e uniu o setor através da culinária. O presidente da DF Suin, Ivo Jacó, considerou a participação da entidade muito positiva. “Houve uma boa

DFSUIN PROMOVE CONSUMO DE CARNE SUÍNA NO EIXÃO AGRO

integração de todos os elos da cadeia, frigoríficos, produtores, consumidores, pessoas que têm curiosidade e estão querendo mais conhecimento sobre a suinocultura e sobre a carne suína. Foi bacana e muito gratificante a nossa presença no evento”, destacou. A participação da DF Suin contou também com a parceria do Sindicato dos Suinocultores do Distrito Federal (Sindisuínos) e com o apoio da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS).

2ª edição do Eixão Agro animou os brasilienses, em junho, com 50 expositores preenchidos com uma variedade de frutas, legumes, hortaliças, flores, produtos agroindustriais, orgânicos e artesanais, na altura das quadras 208/209 do Eixão Norte, levando aos moradores da região a opção de aliar lazer e atividade física com informação e alimentação saudável. A Associação dos Criadores de Suínos do Distrito Federal (DFSuin), em parceria com o Sebrae, participou do evento promovendo a carne suína entre o público.

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Representando a agroindústria da proteína suína produzida no DF, o gerente de vendas do frigorífico SuínoBom, Kledson Rezende, apostou no sucesso do evento e levou 400 Kg em produto para degustação e comercialização. “Agradeço à DFSuin e ao Sebrae pelo espaço, nosso segmento precisa muito de uma exposição assim, bem localizada e organizada, para podermos distribuir materiais que ajudam a desmistificar informações sobre a carne suína e incentivar os brasilienses a consumir mais a proteína”.

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fnds AGS PROMOVE VERSATILIDADE DA CARNE SUÍNA NO III VIVÊNCIA DE COZINHA RAIZ E SUAS TRADIÇÕES A

Um dos convidados foi o Chef André Rabelo, consultor da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), que apresentou a versatilidade da proteína

suína, bem como dicas de preparo e informações sobre saudabilidade, qualidade e aspectos nutricionais da carne mais consumida no mundo. Materiais informativos sobre a proteína e o conceito Escolha + Carne Suína foram distribuídos aos participantes.

AGS APRESENTA O MELHOR DA CARNE SUÍNA PARA O PÚBLICO INFANTIL NO ESPAÇO SUINOCULTURA KIDS

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Associação Goiana de Suinocultores (AGS) participou da 73ª Exposição Agropecuária do Estado de Goiás e 33ª Exposição Agropecuária de Suínos do Estado de Goiás, que aconteceram no Parque Agropecuário Dr. Pedro Ludovico Teixeira, em Goiânia (GO). O espaço dedicado à suinocultura funcionou durante os dias 21 a 25 de maio e ofereceu às crianças a oportunidade de

participar do Projeto Escola “Espaço Suinocultura Kids”, evento com ações desenvolvidas com o apoio do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Suinocultura (FNDS). O projeto, que acontece desde 2010, visa trabalhar exclusivamente o público infantil – principalmente alunos das escolas públicas e particulares Goiânia e região metropolitana, entre 04 e 15 anos – apresentando de forma didática informações sobre a carne suína, a fim de incentivar o seu consumo, desconstruir paradigmas e preconceitos e destacar a importância do setor para o desenvolvimento do estado de Goiás. Foram oferecidas oficinas de leitura, escrita e interpretação, com a entrega do gibi educativo sobre a carne suína, “Uma aventura pelo mundo dos alimentos”, desenvolvido pela Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS). Houve ainda exposição de animais na mini granja modelo, para mostrar ao público os avanços da produção suinícola.

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GOIÁS

Associação Goiana de Suinocultores (AGS) levou o melhor da carne suína ao III Vivência de Cozinha Raiz e Suas Tradições, realizado em abril, em Pirenópolis (GO). O evento, idealizado e coordenado pelo Chef Gilmar Borges, especialista em cozinha de raiz, tem como objetivo resgatar e valorizar as receitas de tradição do Brasil Colônia com destaque para as receitas de raiz goianas e mineiras, sempre buscando manter a originalidade dos ingredientes e produtos antigos, e contou com a presença de grandes nomes da culinária brasileira que levaram suas receitas, técnicas e vivências nas aulas show.


fnds ASTAP REÚNE GRANDES NOMES PARA O SEMINÁRIO DA SUINOCULTURA MODERNA EM MG A

MINAS GERAIS

Associação dos Suinocultores do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba (ASTAP), em parceria com a Suinco, preparou um encontro com grandes nomes da suinocultura para falar sobre temas relevantes e atuais relacionados à realidade da cadeia suinícola brasileira. O XIX Seminário de Desenvolvimento e Tecnologia para Suinocultura Moderna aconteceu no dia 19 de junho, em Patos de Minas (MG). O presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), Marcelo Lopes, foi um dos convidados e apresentou a palestra “A sustentabilidade da suinocultura brasileira em um mundo em transformação”, abordando os desafios e oportunidades dos produtores no cenário atual do setor. “A ASTAP e a Suinco são entidades muito representativas e atuantes no Estado de Minas Gerais, que vem mostrando excelentes resultados e colaborando para sustentabilidade da cadeia na região. E, mais uma vez, estão de parabéns pela realização desse importante evento, que veio para agregar ainda mais conhecimento aos suinocultores mineiros”, ressalta Lopes. Além de Lopes, participaram do evento Jairo Martiniano, coach e especialista em Liderança e Motivação, com a palestra “Você é o líder da sua vida e dos seus

resultados”; Eduardo Raele, pesquisador e médico veterinário, com o tema “O aporte nutricional como elemento fundamental para a promoção da saúde intestinal”; o professor Vinicius Cantarelli, pós-doutor em Nutrição e Saúde de Suínos pela Purdue University (EUA), e Willian Costa, médico veterinário e especialista em Diagnóstico de Doenças Suínas, que discutiram sobre o uso prudente de antimicrobianos.

ASTAP E SUINCO A Alto Paranaíba (Astap) e a Cooperativa Suinco renovaa parceria com a Associação Brasileira dos Criadores de FORTALECEM ram Suínos (ABCS), por meio do Fundo Nacional de DesenvolviPARCERIA COM mento da Suinocultura (FNDS). As entidades planejam para ações de marketing, capacitação profissional e suporte ABCS EM PROL DA 2018 relativo à política, entre outras formas de apoio e incentivo ao SUINOCULTURA consumo de carne suína na região. Associação dos Suinocultores do Triângulo Mineiro e

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fnds ASSUVAP E COOSUIPONTE REALIZAM 10ª EDIÇÃO DA SUINFEST

N Suinocultores do Vale do Piranga (Assuvap) chega o ano em que completa 18 anos, a Associação dos

também a sua 10ª edição à frente da Suinfest – a maior feira da suinocultura mineira. Com a parceria da Cooperativa dos Suinocultores de Ponte Nova e Região (Coosuiponte) e o apoio da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), o evento acontecerá nos dias 24 e 25 de julho, em Ponte Nova (MG). “Mais que uma feira de negócios, a Suinfest traz uma programação qualificada, com palestras de renomados profissionais e debates sobre as transformações que a suinocultura tem passado nesta era da informação”, explica Paula Gomides, gestora executiva da Assuvap.

10ª

Entre os destaques da programação, estão os caminhos da produção animal após a Instrução Normativa 14, os desafios da suinocultura na era da informação, dados de mercado, alternativas para minimizar impactos da crise na cadeia suinícola e as tendências mundiais do setor. Além dos seminários, a Suinfest oferece aos participantes dois dias de feira com as novidades tecnológicas e de mercado. O evento contribui para a sustentabilidade da produção no Vale do Piranga, região que abriga mais de 80 mil matrizes, representando o maior polo de suinocultura independente do país. A atividade na região gera, anualmente, 300 mil toneladas de carne, cerca de 5 mil empregos diretos e 25 mil indiretos.

24 e 25

julho

2018 Ponte Nova Minas Gerais

Programação Seminário Painel 1: Cenários de um futuro que já chegou.

01

Palestra

02

Palestra

24 | Julho Terça, 13h às 18h

03

Palestra

Caminhos da produção animal após a IN14: antibióticos e outros desafios. Palestrante: Geraldo Alberton Como minimizar os impactos da crise na Suinocultura. Palestrante: Jandir Pilotto Tendências da suinocultura mundial e suas relações com a brasileira. Palestrante: José Henrique Piva

Patrocinadores Ouro:

Patrocinadores Prata:

Painel 2: Desafios da Suinocultura em um mundo conectado. 25 | Julho Quarta, 13h às 18h

Palestra

Desafios da suinocultura na era da informação: gestão baseada em fatos ou opiniões e mitos?

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Modelos de negócios da suinocultura brasileira, suas características, mercados, objetivos e dinâmica.

01

Palestra

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Palestra

Apoio:

Palestrante: Alvimar Lana S. Jalles

Palestrante: Jurandi Soares Machado Um ciclo que se encerra a luz da mudança. Palestrante: Demétrio Magnoli Comentarista da Globonews e Folha de São Paulo.

Realização:


fnds ASEMG PROMOVE DISCUSSÃO SOBRE MERCADO DE SUÍNOS EM 2018

ASEMG E SAUDALI PROMOVEM CARNE SUÍNA EM EVENTO DO CRUZEIRO ESPORTE CLUBE

MINAS GERAIS

A

A

Associação de Suinocultores do Estado de Minas Gerais (ASEMG) realizou, em abril, mais uma edição do projeto 5ª Especial, que leva aos participantes a situação atual e as perspectivas mercadológicas do setor. Cerca de 150 suinocultores e representantes da cadeia marcaram presença no evento que aconteceu na sede da entidade, em Belo Horizonte (MG). “Estamos passando por um cenário bastante conturbado e para que consigamos romper este momento com menos perda possível é preciso muita informação e união entre nós produtores”, comentou Dr. Antônio Ferraz, presidente da ASEMG.

Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (ASEMG) e o frigorífico Saudali marcaram presença na feijoada anual realizada em abril pelo Cruzeiro Esporte Clube, que reuniu sócios mais antigos, diretores e jogadores do clube. O evento contou com o melhor da carne suína, que também foi servida em um churrasco preparado pelo mestre churrasqueiro Vanderlei Ferreira. Antônio Ferraz, presidente da ASEMG, comentou o sucesso da proteína junto aos convidados. “O público, composto por formadores de opinião, pode degustar a nossa proteína e se encantar com ela. Tenho certeza de que teremos novos multiplicadores do sabor da carne suína”. O suinocultor Mário Lúcio Assis, mais conhecido como Lula, também esteve presente no evento e elogiou a participação da associação ao colocar a proteína em evidência. “É para este tipo de público que precisamos mostrar que a carne suína atende a todos os seus desejos: sabor e saúde. Foi um evento bem positivo” disse.

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fnds APCS CAPACITA PROFISSIONAIS DA SUINOCULTURA ATRAVÉS DE WORKSHOP EM SP om o objetivo de capacitar e atualizar os profissionais da suinocultura do estado de São Paulo, a Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS) realizou, em maio, o Workshop Suíno Paulista, com informações técnicas e mercadológicas relativas ao setor. O evento contou com a participação de um público diverso e atuante na cadeia suinícola da região, e de palestra com representantes de órgãos e empresas parceiras.

O próximo workshop está previsto para 23 de julho e abordará temas como qualidade intestinal, biosseguridade, influência da prolificidade no custo de produção e conversão alimentar, e o impacto da qualidade de mistura de rações no desempenho dos animais.

APCS REALIZA BATE PAPO COM PRODUTORES E TÉCNICOS DO SETOR

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Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS) promoveu, em junho, um bate-papo com profissionais da suinocultura, entre produtores, gerentes e veterinários, sobre o manejo de suínos e as práticas dentro da granja, desde a fase de gestação e maternidade até a terminação. A palestra da Dra. Juliana Guerra Pinheiro, médica veterinária da Universidade de São Paulo (USP), levou informações relevantes para o melhor retorno produtivo aos suinocultores. O objetivo do evento, que contou com a participação de aproximadamente 70 pessoas, é promover e incentivar o compartilhamento de informações relativas à suinocultura regional. O presidente da APCS, Valdomiro

revista da suinocultura

Ferreira Junior, acredita que essa troca de experiências é fundamental para o desenvolvimento da cadeia suinícola paulista.

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SÃO PAULO

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fnds ASES PROMOVE ENCONTRO PARA QUALIFICAÇÃO DE SUINOCULTORES

ASES REALIZA PALESTRAS SOBRE CARNE SUÍNA PARA ALUNOS DO SENAC

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ESPÍRITO SANTO

Associação de Suinocultores do Espírito Santo (ASES) realizou, com o apoio da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), o primeiro módulo do Programa Anual de Capacitação de Suinocultores – Qualificases, em abril, em Conceição do Castelo (ES), abordando a importância da eficiência na produção de carne suína diante de um mercado cada vez mais exigente. Na ocasião, o médico veterinário especialista em melhoramento genético animal e consultor da Zoetis, Dr. José Vicente Peloso, apresentou uma palestra sobre a importância da imunocastração de suínos para uma carcaça de alto nível que atende às exigências da indústria. “A carcaça do imunocastrado é um pouco mais leve, porém com mais carne, o que gera maior valor agregado nos mercados nacional e internacional”, esclareceu. Entre os benefícios da nova técnica, de acordo com Dr. Peloso, estão a melhora no ganho de peso e na conversão alimentar, a redução do consumo de ração em torno de 6 a 10% e, principalmente, o ganho de quantidade de carne e diminuição expressiva de toucinho na carcaça do animal, características cada vez mais procuradas pelos frigoríficos.

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Associação de Suinocultores do Espírito Santo (ASES) realizou uma série de palestras voltadas aos alunos dos cursos de Auxiliar de Cozinha e Confeitaria do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) de Venda Nova do Imigrante (ES), a fim de conhecerem melhor a carne suína e seus aspectos nutricionais e de produção. A ação aconteceu em abril e contou com o apoio da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS). A coordenadora técnica Aline Nitz ficou responsável pela palestra “Produção Brasileira e Capixaba de Carne Suína”, em que destacou produção brasileira e relevância do trabalho realizado pelas associações na disseminação de informações a respeito da saudabilidade da proteína por meio de ações de capacitação e marketing. Com o tema “Produção de Proteína Animal: Módulo Suinocultura”, a médica veterinária da ASES, Carolina Covre, mostrou os procedimentos na granja, transporte e abate, com foco na importância da aquisição de produtos com selo de inspeção dos órgãos oficiais para a manutenção da confiabilidade do produto. E ainda a nutricionista Gleiciane Cavati abordou a versatilidade e praticidade no preparo da proteína suína, bem como seus valores nutricionais, na palestra “O consumo da carne suína e seus benefícios para a saúde”.

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fnds SUINOCULTURA É DESTAQUE NO SHOW SAFRA BR 163 EM MT A

A Fundação Rio Verde organizou mais um Show Safra BR 163, evento voltado para a suinocultura, bovinocultura e avicultura, em Lucas do Rio Verde (MT), no final do mês de março. A Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat) foi um dos parceiros, levando ao público conteúdo importante para a cadeia suinícola. Com palestras sobre tendências no mercado da carne suína, gestão ambiental na suinocultura, sanidade suídea e gestão na Embrapa, a entidade levou informações relevantes do setor aos participantes. Um dos assuntos destaques foi o momento delicado no cenário produtivo devido ao alto custo de produção e baixo preço da carne.

MATO GROSSO

ACRISMAT MARCA PRESENÇA NA 4ª EDIÇÃO DO FARM SHOW EM PRIMAVERA DO LESTE (MT)

“O Show Safra nos permitiu discutir mais amplamente todas as questões ligadas ao segmento, inclusive as de mercado, a qual, no atual momento, exige um olhar mais atencioso”, disse Custódio Rodrigues, diretor executivo da Acrismat.

A

Associação dos Criadores de Suínos do Mato Grosso (Acrismat) participou da 4ª edição do Farm Show Feira de Negócios, que aconteceu em abril, em Primavera do Leste (MT). Além de oferecer aos participantes uma boa possibilidade de fechar negócios, o evento realizou ainda palestras de capacitação voltadas para o agronegócio. A entidade montou stand de degustação com pratos feitos à base de carne suína. O chef Celso de Castro preparou um cardápio especial e versátil, que incluiu de lanches rápidos, como o pão australiano com lombo suíno desfiado com catupiry e rúcula, até pratos mais elaborados, como o penne com lascas de filé mignon suíno. Custódio Rodrigues, diretor executivo da Acrismat, destacou que este tipo de evento serve como oportunidade de divulgação da proteína suína e incentivo ao consumo. “A associação sempre tem o interesse de participar de feiras voltadas para os produtores rurais. Com isso temos a chance de divulgar a carne suína e levar ao público os benefícios da proteína”.

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fnds ACSURS APRESENTA CENÁRIO SUINÍCOLA NO IV SEMINÁRIO REGIONAL DE PINHEIRINHO DO VALE A

RIO GRANDE DO SUL

Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (ACSURS) participou do IV Seminário Regional de Pinheirinho do Vale, ocasião em que seu presidente, Valdecir Folador, fez algumas observações sobre o cenário da suinocultura na região. “Não há necessidade de crescimento da produção sem a devida capacidade de absorção desta carne. Não adianta produzir mais do que você vende, é importante que o setor como um todo consiga equilibrar a produção com a demanda para ter mais lucro”. Para o dirigente da ACSURS, nos últimos anos, o setor suinícola tem demonstrado, cada vez mais, a profissionalização da atividade. Embora o consumo interno de carne suína esteja bem abaixo da média de outros países, amadurecer e trabalhar o ajuste da produção

com a demanda, tanto da exportação quanto do consumo interno, é um dos pontos a serem melhorados pelo segmento. O encontro, realizado na Comunidade de Linha Peixe Assado, aconteceu em março e reuniu dezenas de produtores, lideranças políticas e do agronegócio, que discutiram alternativas para impulsionar o crescimento da suinocultura e medidas para garantir sustentabilidade no setor.

SUINOCULTORES CELEBRAM DIA ESTADUAL DO PORCO NO RS

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Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (ACSURS), em parceria com a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) e a Administração Municipal de Rodeio Bonito (RS), realizará, no dia 10 de agosto, a 44ª edição do Dia Estadual do Porco – evento considerado o mais tradicional entre os suinocultores gaúchos. O evento ocorre a cada ano em um município diferente do estado e reúne cerca de 800 pessoas entre suinocultores independentes e integrados, representantes de cooperativas e

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agroindústrias, técnicos, veterinários, autoridades ligadas ao setor, estudantes e outros profissionais. O presidente da ACSURS, Valdecir Folador, destaca a preocupação que a entidade tem em levar assuntos que são de relevância para o produtor “tanto da porteira para dentro da produção” quanto na questão mercadológica, “da porteira para fora”. “Queremos que o produtor tenha noção do que está acontecendo em nível de mercado, sobre como a carne suína está se colocando nos mercados interno e externo”, explica.

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entre amigos AGRINESS: FOCO NA IMPULSÃO DA PRODUTIVIDADE E DA PROSPERIDADE DO PRODUTOR

A

AGRINESS, que desde 2001 ajuda a suinocultura com o Agriness S2, disponibilizando informações de qualidade para a gestão das granjas, comemora 4 anos do lançamento do seu método PENSAMENTO+1 com excelentes marcas para a suinocultura. O método já ajudou mais de 1.000 pessoas, entre técnicos de campo, gerentes de granjas e produtores que passaram pelo curso de Gestão para Suinocultura – Imersão no PENSAMENTO+1 e/ou que tiveram suas granjas apoiadas pela Aceleradora Agriness, uma mentoria que visa transferir conhecimentos, técnicas e ferramentas de gestão, uso de informação e liderança de pessoas. “A gestão e o foco no trabalho tornaram o dia a dia muito mais simples, e o legado da Agriness que ficou para a equipe foi querer fazer mais e melhor. Em um ano de trabalho passamos de 27,73 para 29,26 DFA”, comenta Juliana Spohr, gestora

da Granja Catarina, sobre o aumento de produtividade da sua granja com o Programa de Aceleração. As granjas apoiadas pelo PENSAMENTO+1 têm um aumento médio de 2 DFA e a Agriness comemora essa marca, pois suas soluções visam apoiar cada granja a extrair ao máximo o seu potencial produtivo com qualidade e profissionalismo.

CONHEÇA MAIS SOBRE O MÉTODO EM AGRINESS.COM/PENSAMENTO1

DB GENÉTICA SUÍNA RENOVA PARCERIA COM COOPERATIVA COOPERITAIPU uscando atender os mercados mais exigentes do mundo, os diretores da DB Genética Suína, Décio e Daniel Bruxel, o diretor comercial, Mário Pires, e o gerente comercial de Santa Catarina, Rafael De Martini, reforçaram uma parceria de mais de 15 anos no melhoramento genético com o presidente da Cooperativa Cooperitaipu, Arno Pandolfo.

B

O contrato, que foi firmado na presença do vice-presidente da Cooperitaipu, Serafin Thiesen, do gerente de agropecuária, Fernando Rohr, do coordenador de suinocultura, Daniel Simon, do gerente industrial e de logística, Sadi Link e do gerente da granja multiplicadora, Sandro Lucas, prevê mais 1.500 matrizes de alto valor genético para multiplicação e para auto reposição das granjas cooperadas, atendendo um plantel estimado de 15.000 matrizes. O objetivo da DB

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é manter-se junto aos primeiros colocados entre as filiadas, tanto na produção de leitão como também no sistema de recria e de terminação da Aurora, no qual já é destaque, principalmente no fator de conversão alimentar. A cooperativa, por sua vez, não para de buscar pela inovação e pela maior eficiência na produção, assim como pela redução de custos. Foi por isso, inclusive, que fechou a parceria com a DB, pois observou que a empresa estava totalmente alinhada com as suas necessidades e com os seus objetivos, estimulando o seu crescimento e atendendo aos mercados mais exigentes do mundo.

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entre amigos MSD SAÚDE ANIMAL ATINGE A MARCA DE 34 MILHÕES DE LEITÕES VACINADOS EM 2017

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om a característica de empresa inovadora, nos últimos três anos, a MSD Saúde Animal trouxe para o Brasil, sete novos produtos para a suinocultura e prepara outros lançamentos ainda este ano. Recentemente, a companhia anunciou ao mercado a marca de 34 milhões de leitões vacinados contra a circovirose em 2017. Os números representam uma liderança de mercado neste segmento e é fruto de um trabalho técnico com o suporte de conhecimento científico, o que proporcionou a MSD Saúde Animal ofertar programas personalizados para cada um dos modelos de produção.

“Temos programas que se adaptam as particularidades de cada granja ou empresa. Estamos extremamente orgulhosos em poder colaborar com o controle da Circovirose no Brasil”, diz gerente de produtos da MSD Saúde Animal, Robson Gomes. Ele lembra também que os suinocultores são desafiados a melhorar os próprios resultados e se superar sempre. “Por isso, a importância de prevenir e erradicar doenças para melhorar a sanidade e reduzir seus riscos”. S�n����mo� �

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UMA INICIATIVA:

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MARCIO ANDRÉ DAHMER

GERENTE DE PRODUTOS - SUÍNOS, AVES E AQUACULTURA 1. Por que investir no Programa Empresas Amigas? A sustentabilidade de um setor depende da união de todos envolvidos, principalmente em áreas com tantos desafios como é a Suinocultura. Por acreditar nesta união a Bayer faz parte deste programa inovador que é o “Empresa Amiga ABCS”. 2. Qual a novidade da Bayer para este semestre? A Bayer é conhecida como uma empresa inovadora, principalmente pelo lançamento de novos produtos que auxiliam o produtor no seu dia a dia. A alguns anos a empresa tem focado em trazer além de produtos, serviços e novas tecnologias aos seus clientes. E

neste semestre a inovação será no campo da Tecnologia, com o lançamento do BCS SowDition, um aplicativo que auxilia o produtor em uma tarefa extremamente importante que é a avaliação do Escore Corporal da Fêmea. 3. Por que o produtor deve escolher sua marca? A Bayer está presente no Brasil a mais de 120 anos, e durante todo este período conquistou a confiança de seus clientes pela qualidade de seus produtos. Além disso, a empresa tem investido constantemente em pesquisas e desenvolvimento de novas soluções para a Suinocultura.

VLADIMIR FORTES DIRETOR DE MARKETING

1. Por que investir no Programa Empresas Amigas? Toda empresa, além de estar comprometida com os próprios resultados, precisa contribuir para a sustentabilidade do setor. Nesse quesito, a ABCS vem desenvolvendo um trabalho sensacional que se tornou referência para outros segmentos. Ciente do seu compromisso com o desenvolvimento do mercado e dos resultados do suinocultor, a DB Genética Suína também não poderia agir de forma diferente. 2. Qual a novidade da DB para este semestre? A DB, juntamente com o seu parceiro dinamarquês, garante a evolução contínua dos seus produtos, assim como o melhor resultado produtivo do mercado ao suinocultor. Caminhando rumo aos 40 desmamados/fêmea/ano, a DB disponibiliza, além da melhor fêmea, agora, o melhor terminador. O LQ1250 é um terminador formatado por anos de melhoramento genético e de investimentos em tecnologias, como marcadores genéticos para chegar ao melhor equilíbrio entre ganho de peso diário e conversão alimentar. Com o LQ1250, os frigoríficos encontram a garantia de ganho financeiro em um produto com maior estabilidade em processamento e, ainda,

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seguindo a tendência mais recente do mercado, premium em qualidade de carne. Diante disso, a DB segue confiante de que os seus clientes estarão muito satisfeitos com tudo o que tem a apresentar no segundo semestre. 3. Por que o produtor deve escolher sua marca? Com o passar dos anos, as crises em nosso setor têm se tornado cada vez mais frequentes, cenário que vem exigindo dos suinocultores uma maior eficiência produtiva. Trabalhando com as fêmeas DB, o produtor comercializa o maior volume em quilos de suíno ao ano do mercado, garantindo, então, a diluição dos custos fixos. Afinal, estando o maior custo da produção concentrado nas fases de crescimento, uma melhor relação produtiva entre ganho de peso e conversão alimentar otimiza a utilização dos grãos, gerando eficiência total em todas as fases de produção. A associação da melhor produtividade em quilos de carne vendida ao ano por matriz com o menor custo de produção seguramente possibilitará os melhores resultados em rentabilidade para o produtor e, consequentemente, uma maior estabilidade em fases de crise.

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SHEILA GUEBARA

GERENTE DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS 1. Por que investir no Programa Empresas Amigas? Segundo a ONU, a população da Terra deve chegar a 9,7 bilhões de pessoas até o ano de 2050. Isso é um adicional de 2 bilhões de pessoas que impulsionarão o aumento da demanda por alimentos de origem animal, como carne, leite e ovos em 60%. Para Elanco, promover o consumo de proteína animal faz parte de sua causa. Elanco acredita que todos têm o direito a alimentos nutritivos, acessíveis e disponíveis, e estamos trabalhando para proteger esse direito. Devemos empregar as melhores práticas de gestão e soluções disponíveis para garantir que todos tenham acesso a proteínas nutritivas e acessíveis, hoje e nas próximas décadas. 2. Qual a novidade da Elanco para este semestre? Temos uma nova solução para o controle da Colibacilose pós-desmame. Trate-se do produto Surmax 100

a base de avilamicina, que possui um modo de ação único, no qual reduz as fímbrias de adesão da Escherichia coli impedindo que elas causem a doença no suíno. Além disso, é uma opção de terapêutico de uso exclusivo em animais. 3. Por que o produtor deve escolher sua marca? A Elanco capacita aqueles que criam e cuidam de animais com um portfolio abrangente de produtos para saúde animal e suporte técnico diferenciado para ajudá-los a avançar em seus negócios e enfrentar os desafios globais de um mundo diversificado e em mudança. Graças a décadas de alta qualidade e desempenho consistente, nossos produtos e tecnologias conquistaram a confiança de produtores e veterinários em todo o mundo. Além disso, novas tecnologias continuam sendo desenvolvidas em áreas não atendidas e carentes de saúde animal e segurança alimentar.

ROBSON GOMES

GERENTE DE PRODUTOS DA MSD SAÚDE ANIMAL 1. Por que investir no Programa Empresas Amigas? A MSD Saúde Animal participa do Programa Empresa Amiga da Suinocultura há muitos anos. Entendemos que participar deste programa significa apoiar o produtor de suínos e trabalhamos em conjunto com a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) para estimular a suinocultura brasileira.

Saúde Animal lançou sete novos produtos no mercado brasileiro, com destaque para a tecnologia de vacinação livre de agulhas, o Sistema IDAL. No segundo semestre de 2018, teremos mais um grande lançamento, uma nova vacina com tecnologia exclusiva e inovadora que será apresentada ao mercado no mês de agosto.

2. Qual a novidade da MSD para este semestre? Como empresa inovadora e líder em produtos biológicos para suinocultura no Brasil, a MSD Saúde Animal colabora para o controle de sanitário do rebanho suíno. No ano de 2017, comercializamos vacinas para imunização de mais de 34 milhões de leitões contra a Circovirose. De 2015 a 2018, a MSD

3. Por que o produtor deve escolher sua marca? A MSD Saúde Animal oferece ao mercado produtos e serviços que se adequam à necessidade de cada modelo de produção. Com apoio do time técnico da MSD Saúde Animal, o suinocultor receberá orientações de programas sanitários específicos para o seu sistema de produção.

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receita

PAILLARD DE COXÃO MOLE

RENDIMENTO 4 porções

TEMPO DE PREPARO 25 minutos

INGREDIENTES

• 4 colheres (sopa) de farinha de trigo

• 4 bifes grandes e finos de Coxão Mole Suíno (800 g) • 1 ½ colher (chá) de sal

• 16 folhas de sálvia fresca lavadas • 2 colheres (sopa) de manteiga

• Pimenta-do-reino recém-moída a gosto

• 1 colher (sopa) de azeite

PREPARO Coloque os bifes entre duas folhas de sacos plásticos próprios para alimentos e pressione o rolo de massas sobre cada um deles para que fiquem bem finos, na espessura clássica do paillard. Tempere-os com o sal e com pimenta-do-reino a gosto. Em seguida, passe-os rapidamente pela farinha de trigo, batendo com as palmas das mãos para remover o excesso. Em cada um dos lados dos bifes, coloque 2 folhas de sálvia e aperte bem, com as pontas dos dedos, para fixá-las. Deixe na geladeira por 15 minutos. Leve ao fogo alto uma grelha grande e nela derreta a manteiga e o azeite. Acomode um paillard por vez, deixando grelhar por 2 a 3 minutos de cada lado. Sirva em seguida, com massa longa.

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A CIÊNCIA PARA ANIMAIS MAIS SAUDÁVEIS

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