Arq Urb UEG - Projeto 2 - Revista Denivaldo Ferreira Lemes Filho

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Escola de Ensino Fundamenta - primeira fase -

Escola CRC Escola Copacabana/ Reny Cury

Universidade Estadual de Goiås – UEG Arquitetura e Urbanismo Projeto II Discente: Denivaldo Ferreira Lemes Filho Orientadores: Fernando Camargo Chapadeiro Rodrigo Santana Alves




Sumário Escola CRC Introdução ao projeto ....................................................... 4 Lugar ..................................................................................... 5 O terreno .............................................................................. 7 Conceito e Partido .............................................................11 Quadro síntese.....................................................................13 Desenvolvimento da forma............................................... 15 Programa ............................................................................. 17 Projeto final...........................................................................19 Maquete de estrutura e programa...................................25 Plantas e corte......................................................................27


Introdução ao projeto O presente trabalho tem por finalidade a explicação passo a passo para o desenvolvimento do projeto de uma escola de ensino fundamental I. Assim, estudar o lugar e entender onde e para quem o projeto está sendo direcionado é fundamental. Como consequência de tais estudos, é que se começa a pensar no impacto que tal projeto provocará no lugar. A necessidade de educação e ensinamento de valores às pessoas desde a sua infância é de extrema necessidade, pois formar futuros profissionais com o auxilio da educação significa avançar no campo de pesquisa e garantir um futuro próspero para uma nação.

“Educação não transforma o mundo. Educação muda pessoas, pessoas transformam o mundo.”

Paulo Freire


Lugar N

Terreno proposto à realização do projeto Creche Residencial das Flores Avenida Pedro Ludovico

Rua RC-4

Centro de educação infantil Cristiane Alves Escola municipal Cora Coralina Escola Parque Mágico

Localizado na região sul do município de Anápolis, o terreno proposto à realização do projeto escolar é mais precisamente situado entre dois conjuntos de habitações de interesse social, construídos pelo programa do Governo Federal “Minha Casa Minha Vida”: Residencial Reny Cury e Residencial Copacabana. Assim, compreender a que família o projeto sustentará (o perfil econômico da família da região) tornase essencial, devido às necessidades das famílias terem um local mais próximo e de qualidade, em que possam confiar no processo de aprendizagem das crianças. Ao tomar a região como produto de análise, nota-se que a forma de se situar para acessar o local se dá pela via primária nomea-


da AV. Pedro Ludovico e em seguida pela via secundária nomeada Rua RC-4. É de suma importância a presença de centros de educação no local, pois as escolas mais próximas não são distantes dos residenciais Copacabana e Reny Cury, além de não terem porte o suficiente para sanar a necessidade de estudo de todas as crianças da região.a característica comum presente nessas escolas é a presença de muros altos que as isolam do entorno.

b

a

c

Imagens retirada do Google Maps registradas em 2012 das respectivas escolas: CMEI Cristiane Alves (a), Escola municipal Cora Coralina (b) e Escola Parque Mágico (c)

Fonte: gomide13.com.br/acredito-que-fizemos-a-diferenca-na-vida-das-pessoas-aposta-gomide/


A ausência de um local de convivência nos dois residenciais e no entorno imediato é marcante. Para tanto, uma proposta de escola infantil que, diferente das escolas existente na região, não se isole do entorno e mantenha-se aberta ao pedestre, cria um ambiente de convivência urbana.

O terreno Localizado na divisa entre dois residenciais, o terreno é circundado por três ruas: Rua RC-4, Rua RC-12 e Rua Copa-1. É evidente, ao visitar o local, a apropriação que se dá pelos moradores da região. Esses, criaram um fluxo em linha reta que se dá de forma transversal no

no terreno. Assim, uma trajetória bastante usual foi definida no local. Outra questão referente ao local é a presença de um ponto de ônibus logo na via secundária RC-4. Com isso, saber aproveitar de tais elementos e propor um respeito a eles no projeto, é uma possibilidade.

(a) Imagens de autoria própria, registrando em (a) o ponto de ônibus para noroeste;

(b) e em (b) a vista

Hachura referente ao percurso que os moradores do local se apropriaram


N

Imagem retirada do Google Maps, registrada em 2016 mostrando o terreno proposto ao projeto.

Limite do terreno


Conceito e partido Como já citado, as residências do entorno são projetadas pelo programa do Governo Federal “Minha Casa Minha Vida” que, como característica, têm as residências semelhantes entre si. A consequência disso é as pessoas que moram em tais habitações realizarem intervenções para melhor abarcarem as próprias necessidades. Assim, são feitos muros, extensões e dentre outras modificações. Baseando-se nesse contexto em que o terreno está inserido, surge a necessidade de uma construção que mostre aos habitantes (principalmente às crianças) que o diferente lhes é possível. Então, uma construção que demonstre ser diferente das casas do entorno – com seus telhados duas águas e semelhantes entre si – e que ao mesmo tempo sane as diferentes necessidades do lugar (a ausência de um ambiente de convívio, por exemplo) é uma boa proposta para tal região. frente a isso, o partido baseia-se na negação da forma vigente no local: as casas com telhados duas águas feitas puramente em alvenaria e telhas cerâmicas (casas comuns às ideias iniciais de uma criança):


A negação da forma vigente no local se dá com a utilização de planos horizontais paralelos e desnivelados, com propósito de contraste e proveito da topografia.


Quadro sĂ­ntese Dimensionamento prĂŠvio



Desenvolvimento da forma Foi feito os blocos definidores da escola e, com relação à insolação no lado oeste, foi necessário rotacionar o bloco maior. Incidência solar

Analisando o impacto que a escola causaria ao entorno, nota-se que a quadra teve um impacto negativo com relação a altura.

Em um terceiro momento foi investido a aplicação de um paisagismo ao terreno, algo que valorizasse o caminho já existente no terreno e que também criasse um ambiente de convivência à população local.


Foi aplicado um paisagismo menos “agressivo”. Também, com a premissa de contrastar ao entorno e sanar a necessidade de sustentação da quadra, foi aplicado planos verticais em vermelho.

Aplicando o programa à forma, nota-se a ausência de alguns espaços. Assim, um segundo pavimento é adicionado ao volume de acesso principal.


Programa

PROGRAMA APLICADO NA FACHADA NORDESTE

Setor pedagógico Setor administrativo Convivência Serviço

PERSPECTIVA EXPLODIDA DO PROGRAMA APLICADO À ESCOLA


Feito o pré-dimensionamento e o agenciamento dos setores à forma, a circulação se tornou a nova meta. Com isso, foi proposto uma circulação mais periférica pra reduzir mais o impacto da incidência solar sobre, especialmente no bloco pedagógico. ‘

Circulação


Projeto final


Imagem da perspectiva panorâmica da escola com o ambiente de convivência pública que valoriza a passagem já pré existente


Projeto final

Perspectivas internas

Perspectiva interna da quadra coberta


Perspectiva interna do pรกtio coberto e refeitรณrio


Imagens das fachadas

Fachada sudeste (frontal)

Fachada sudoeste (lateral esquerda)


Fachada nordeste(lateral direita)

Fachada noroeste (posterior)


Estrutura e programa Imagens da maquete


Previamente pensada para seguir em boa composição com a forma, a estrutura é realizada em concreto armado (na maquete representado em cinza). Vale dizer que somente a estrutura da cobertura da quadra é realizada sem o uso de vigas de concreto armado, mas com treliças planas de aço.

Circulação/Convivência Pedagógico Administrativo Serviço Representação da estrutura










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