Revista Projeto 2 2017/2 - Arq Urb UEG - Guilherme Vieira Carmo

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Guilherme Vieira Carmo

novo ensino mĂŠdio


Universidade Estadual de Goiás Arquitetura e Urbanismo Projeto de Arquitetura 2 3º Período 2017/2


orientadores

Fernando Camargo Chapadeiro Rodrigo Santana Alves


o h l e m a m a d


o t o f r o e t e u q a



Este volume faz parte da terceira coleção da revista prjt2 disciplina de projeto de arquitetura do 3º período do curso de Arquitetura e Urbanismo da UEG que investiga temas básicos de reflexão e metodologia do projeto contemporâneo na escala do estudo preliminar e tem como meta a elaboração de projeto arquitetônico para uso educacional ou saúde com a capacidade de ordenação de espaços de complexidade moderada. Investiga a escala das relações entre arquitetura e espaço urbano: arquitetura, lugar e cidade e dá ênfase no estudo do programa de necessidades, na topografia e na preocupação com a acessibilidade. Neste semestre tratamos do tema Novo Ensino Médio Brasileiro e CRAS Centro de Referência de Assistência Social em um bairro e seu entorno com demanda reprimida para estes temas. Por isso temos dois volumes um tratado dês de o inicio do semestre Novo Ensino Médio Brasileiro e o outro a partir da metade do processo como meio de recuperar um processo mal sucedido o CRAS. Este ultimo através de uma metodologia criada pelo professor Ricardo Frageli e adaptado

ao projeto de arquitetura e urbanismo pelos professores Fernando Chapadeiro e Rodrigo Santana denominado 300 que visa a inversão da sala de aula e o aprendizado colaborativo entre os estudantes LUGAR, PROGRAMA, VOLUME, CIRCULAÇÃO e MATERIALIDADE. São os elementos trabalhados durante o processo e foram abordados como camadas durante as orientações permitido o entendimento do processo de projetação utilizando como apoio, dez do inicio, a maquete de estudo em duas escalas (a do bairro e a do entorno imediato) como meio de entendimento do objeto proposto. E para a exteriorização de ideias foi exaustivamente trabalhado os diagramas de conceito como resumo da proposta e evidencia os elementos citados. A interdisciplinaridade do Projeto foi sincronizada com a disciplina de Maquete que serviu como apoio e permitiu alcançarmos os objetivos propostos. Fernando Camargo Chapadeiro Rodrigo Santana Alves



É direito de todo cidadão ter uma educação, o que vale ressaltar que uma ins tuição de ensino pela qual se deve ter acesso ao conhecimento, bem como a formação de crianças e jovens não deve ser negada. O desenvolvimento da educação no Brasil nunca foi algo a qual se pode gabar por ter, pois ainda se apresenta obsoleta e cabe melhorias tanto educacionais, quanto estruturais. No entanto, com uma maior preocupação do jovem atual em adquirir uma boa educação e até mesmo de se ingressar em uma universidade vem se mostrando crescente, o ensino médio vem sofrendo alterações, o que pode se chamar de “Novo Ensino Médio”. Estas alterações consistem em um maior aprendizado do aluno, lhe ofertando conhecimento especifico nas áreas a qual ele deseja estudar, mas não menosprezando as outras. Além disso, o aluno passa a ter um maior tempo na escola, devido ao tempo integral, mas que este tempo sirva para aprender e até mesmo se descontrair por meio de outras a vidades dentro da escola. Pensando nestas futuras mudanças, cabe a realização de um lugar a qual atenda todas estas necessidades, não apenas dos alunos, mas também dos funcionários e das pessoas ao redor dessa escola.



Localizado em Anápolis – Goiás, o terreno se encontra em um bairro chamado Summerville onde foi escolhido para a implantação do projeto escolar. É um bairro relevante por ser acessível tanto para as pessoas de Anápolis como para as de outras regiões, pois se encontra nas proximidades da BR – 060 junto com a BR – 153. Além disso, é um bairro rela vamente novo, ainda não possui uma densidade tão elevada. Assim, se apresenta como um local predominantemente residencial e de baixa densidade, salvo algumas áreas onde há comércio, afim de atender a comunidade, pois também se mostra uma região meio isolada, fato este comprovado pela dificuldade de locomoção dos moradores para se acessar outras regiões Atualmente, o bairro ainda necessita de locais abrangendo o convívio social, ou até mesmo escolas e equipamentos que atendam a área de saúde. Com relação a área des nada para o projeto da escola, é um terreno com grande desnível e vasto em área. As vias que se encontram nesta área de estudo são de transito baixo e com velocidade reduzida.





A proposta da escola do novo ensino médio, se baseia em valorizar o aluno e usar desse maior tempo que ele terá na escola. Visando não apenas isso, mas também a possibilidade de construir um lugar agradável foi posta em prá ca neste projeto. O obje vo central dessa proposta é unir a escola com o entorno, propiciando uma integração e um aproveitamento do projeto para alunos e para a comunidade da região, criando um espaço que dê con nuidade. Logo, relacionar a integração de um conhecimento ao outro, usando como suporte as matérias de conhecimento, bem como essa nova metodologia de ensino, serão apresentadas aos estudantes durante sua etapa escolar. Ao que se refere a forma da proposta para a aplicação desta ideia, a escola busca criar espaços que des nem a alunos e a qualquer um que ali passe, aproveitando ao máximo do terreno disponível.








PEDAGÓGICO SALAS DE AULA

LABORATÓRIOS

BANHEIROS SALA DOS PROFESSORES SALA DO GRÊMIO ESTUDANTIL

BIBLIOTECA

ADMINISTRAÇÃO

CONVIVÊNCIA

DIRETORIA SECRETARIA PÁTIO COBERTO

SALA DE REUNIÃO PÁTIO ABERTO

COORDENAÇÃO

ARQUIVO

BANHEIROS AUDITÓRIO GINÁSIO REFEITÓRIO

SERVIÇO DESPENSA

VESTIÁRIO

COZINHA

DEP. GÁS E LIXO ENFERMARIA D.M.L.


O programa de escola ocorrerá de maneira simples. O pá o aberto é o de maior destaque no projeto, logo, a circulação se dará em volta deste espaço. Por se tratar de uma escola, o aluno tem maior destaque para o projeto, consequentemente ao programa. Assim, as salas de aula estão man das no pavimento superior, sendo o único pavimento des nada aos alunos, bem como ao destaque para uma visão do exterior. No pavimento inferior, se encontra a biblioteca, auditório e laboratórios, que também são des nados em grande parte aos alunos, mas que não exerça uma quan dade de tempo, tanto quanto as salas de aula. Além disso, o ginásio por exigir uma grande área ocupa os dois pavimentos e o refeitório se encontra próximo à entrada e ao estacionamento, propiciando uma visão do exterior para quem ali es ver. A parte administra va encontra logo à entrada, dando controle da entrada e saída de alunos. Por fim, há no projeto uma área des nada a qualquer um que ali passar (terraço visitável), que serve como lugar de convivência e interação ao percorrer a forma da escola.


Passarela Terraço visitável

Acesso serviço

Acesso principal

Pedagógico Administração Convivência Serviço Circulação

Acesso veículos



Pensando em integrar a escola tanto para os alunos quanto para quem ali passar e analisando o desnível do terreno, foi posto em pra ca um terraço visitável.

terraço visitável

Com isso, o volume foi aterrado completamente o que proporcionou que o volume da escola não se sobressaia tanto para não chamar atenção, uma vez que o entorno é de casas baixas.

continuidade do volume

volume aterrado


Pensando na escola como um lugar fechado e que mantenha um lugar seguro sem a necessidade de muros, o volume se fecha e um grande pá o se abre no centro, diminuindo um peso no aspecto visual que este volume proporcionaria caso se man vesse apenas como um bloco.

inserção de um pátio central

fechamento das laterais

Quando pensado na forma que esse volume teria, foi analisada estudos de caso na qual possuíam um pá o central, porem sua forma era sempre baseada em formatos regulares ou curvos. Pensando em contrastar com estas ideias estudadas e observando que o terreno está inserido em uma região por residências, a proposta deste projeto cria um volume que rompe com essa fisionomia existente do entorno, fugindo dos blocos de ângulos retos. plasticidade na forma


Já tendo em mente o volume disposto em dois pavimentos, foi feita uma abertura em uma das partes para ampliar a visão para a área vegeta va a frente da escola, além de diminuir o peso visual da fachada frontal.

1º pavimento 2º pavimento

abertura frontal

Com a forma já resolvida, a circulação e os programas se encontram de maneira periférica, rodeando esse pá o central.

circulação programa


Por fim, foi anexada uma passarela, aumentando a circulação, além de criar uma área coberta no térreo.

Com isso, se obteve a forma final do projeto.



















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