Revista Projeto 2 2017/1 - Arq Urb UEG - Giovana Machado de Sousa

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Giovana Machado de Sousa


UEG Universidade Estadual de Goiás Arquitetura e Urbanismo Projeto de Arquitetura 2 3º Período 2017/1


Orientadores

Fernando Camargo Chapadeiro Rodrigo Santana Alves





prólogo Foi proposto um Museu de Ciências para a UEG - Universidade Estadual de Goiás, com cunho educativo, o qual irá abarcar cursos de Licenciatura e Bacharelado da Universidade. Dessa forma, o edifício terá exposições fixas e temporárias, que se integram e possuem o objetivo de apresentarem parte de alguns cursos aos alunos do Ensino Fundamental e Ensino Médio das escolas locais, demonstrando o valor de cada matéria e alguns de seus fundamentos.



argumento De acordo com o Dicionário Aurélio Museu é um «1. estabelecimento público onde estão reunidas e expostas coleções de objetos de arte ou de qualquer ciência.» E ciência é um «4. conjunto de experiências ou de conhecimentos aprofundados sobre determinada matéria; saber.» Segundo o Instituto Brasileiro de Museus, o museu é o lugar em que sensações, ideias e imagens de pronto irradiadas por objetos e referenciais ali reunidos iluminam valores essenciais para o ser humano. Espaço fascinante onde se descobre e se aprende, nele se amplia o conhecimento e se aprofunda a consciência da identidade, da solidariedade e da partilha. No Museu de Ciências proposto serão abordados diversos campos do ensino que incluem matérias como, Matemática, Letras, Química, Biologia, Física, Geografia, onde cada uma terá

uma exposição específica. Além de que vão haver exposições temporárias que trarão diversos temas.



entorno O terreno escolhido foi a Praça Augusto César Miranda e está localizado no bairro JK Nova Capital na cidade de Anápolis, Goiás.

Há no terreno uma queda de 5 metros no sentido nordeste, sendo que a pré-existência, um Planetário, é bastante marcante por sua topografia, a qual traz uma interrupção visual para a Praça.

Para o acesso à praça há caminhos de pedestres voltados para as ruas, porém um dos mais utilizados é o caminho próximo ao oeste, o qual permite o acesso mais fácil para o Planetário. No lado leste, há outro estacionamento de veículos. E ao nordeste, há um outro acesso e estacionamento de veículos voltados para a avenida geradora de fluxo.

A s r u a s a o r e d o r d a p r aça/rotatória possuem um traçado radial, convergindo para a mesma, fazendo com que o fluxo de veículos seja intenso ao redor do terreno.

A ocupação dos lotes ao redor da praça de uma maneira geral é feita por edifícios comerciais e posteriormente a ocupação predominante é residencial.

O maior fluxo portanto, provém da principal avenida que corta a praça, a Av. Jamel Cecílio. Sendo que essa avenida é a geradora do fluxo, o qual é passado para a rua coletora que circunda o terreno e é distribuído para as demais ruas locais.

A tipologia das construções em sua maioria são simples, térreas e há somente um prédio residencial de 8 pavimentos, portanto a malha urbana ao redor da praça é bastante similar.



a p a rno m to n e



abordagem A princípio foi pensado o museu sendo um lugar em que todo conhecimento e aprendizagem se volta para o mesmo, e que desse modo há uma circulação pré estabelecida, a qual guia o usuário ao longo desse aprendizado. Portanto, o edifício proposto tem como intenção dar continuidade a essas características, porém ao se instalar em uma praça, o mesmo não a ignora, se voltando tanto para si, como para o espaço público. Entretanto, em vista dessas questões, a circulação proposta é um percurso linear, remetendo a um aprendizado também linear e ao mesmo tempo contínuo, mas que não se limita somente ao seu interior, sendo dessa forma mais dinâmica, integrando o interior ao exterior. Acredita-se dessa maneira, que o Museu possa vir a trazer uma maior valorização para a Praça, proporcio-

nando assim, não apenas lugares para transição, como também espaços para convivência, sejam para os usuários do Museu ou mesmo da Praça.



maquetes do processo



programa Os usuários são crianças que estão no Ensino Fundamental e Ensino Médio, o programa tem como objetivo proporcionar às mesmas um aprendizado que se distingue do usual oferecido pela escola, trazendo à elas a teoria e a prática em conjunto, através das exposições específicas e as temporárias. Para o funcionamento por completo do Museu, o mesmo conta com uma parte administrativa; de serviço; convivência, com um hall de espera, livraria e cafeteria; o setor educacional que são das exposições em si. Há ainda um estacionamento para apoio do Museu, com 20 vagas e duas PCD’

Educacional (exposições) Administração Convivência Serviço Estacionamento


ADM. SERV.

CONV.

EDUC.


Educacional 1578m²

Administração 112m² WC misto 31m² Sala de reuniões 28m² Almoxarifado 14,7m² Curadoria 14,7m² Diretoria 12m² Secretaria 12m²

Exposição permanente 900m²

Serviço 127m² WC/Vestiário Masculino 40m² WC/Vestiário Feminino 40m² Copa/Sala de Funcionários 32m² Sala de manutenção 5,7m² Área de Serviço 4,7m² DML 3,8m²

Exposição temporária 300m²

Auditório 162m²

Convivência 272m² Hall 162m²

Acervo 144m² WC Masculino 36m² WC Feminino 36m²

Cafeteria/livraria 70m²

Estacionamento 850m²


ESPAÇOS QUE FAZEM A RELAÇÃO MUSEU - PRAÇA

ACESSO SERV.

o t fo e t e u q a m om o c ã ç n e v r e t in

ACESSO PRINCIPAL

CARGA/ DESGARGA

ACESSO ADM

OU M O

C EU

S MU

M

SO

P

UR ERC


diagramas de conceito Museu como um espaço voltado para seu interior, sem nenhuma relação direta com o seu exterior. Possuindo ainda uma circulação pré estabelecida. Há ainda uma organização linear que remete a um aprendizado também linear e ao mesmo tempo contínuo por parte das crianças.


Fragmentação da forma trabalhando com cheios e vazios, para permitir desse modo uma integração com os espaços da praça. Percurso pré estabelecido linear, porém não há ligação entre os blocos.

Edifício que em alguns ponto se fecha para seu interior e em outros se abre para o espaço público. A forma direciona o percurso, o qual ainda permanece linear, entretanto mais dinâmico, criando espaços na praça e focos de abertura no museu.


O edifício se instala no terreno da praça, mas a mesma não perde o seu aspecto de espaço para convívio (Praça enquanto praça).

Há também diferença de pé direito na conexão entre os blocos, o que traz um movimento para a forma e diferentes sensações em seu interior a medida que o usuário vai seguindo o percurso.








CORTE BB

CORTE AA








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