Notícias do Mar n.º 345

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Pesca Desportiva

Paulo Assis: “O uso da sonda é fundamental” D ando aqui um pequeno contributo, vou fazer um resumo do planeamento que faço de uma pescaria que normalmente faço na companhia do meu amigo e companheiro João Miguel Costa. Tudo começa na análise do Windguru, onde prefiro dias com pequenos rácios de vento, pois preferencialmente pesco à deriva e assim sendo, caso o vento seja acentuado, torna-se difícil ou mesmo impossível pescar. Escolhido o dia, há que ter atenção à maré, pois dependendo desta (hora e amplitude) escolhe-se o melhor “spot”. Quanto à preparação do material, no caso em concreto das corvinas ou rabetas, normalmente preparo duas canas. Uma “light” dedicada às rabetas, com 0,15mm multifilar e baixada de 0,38mm de fluorocarbono, a qual preferencialmente uso zagaias (cores preferenciais: amarelos, vermelhos, verdes ou uma mistura das anteriores) entre os 35 e os 50g, que uso de acordo com a maré (perto do estofo, prefiro as zagaias mais leves). A meu ver a época da desova da corvina já acabou, tanto as corvinas como as rabetas estão mais ativas e

Paulo Assis e Rui Carvalho atentos ao que se passa debaixo de água. A informação dita muitas vezes a opção de pesca que se irá fazer. Só para evitar dissabores…

predispostas a comer, pelo que prefiro o trabalhar das zagaias, pois tornam-se muito mais apelativas. A outra cana mais “heavy”, com 0,20mm e baixada de 0,50mm, dedicada aos vinis (geralmente na cor rosa), não vão aparecer as corvinas, as grandes. Já no “spot”, como tinha referido, faço pesca à deriva. O uso da sonda é fundamental, pois para além de me dizer se estou em cima de algum cardume, também me diz se são rabetas ou corvinas e de acordo com essa informação faço a escolha da cana. Mas claro que na prática como todos sabemos nem sempre é assim, pois por vezes a sonda diz-nos que são rabetas e usamos material mais “light” e somos surpreendidos por uma bela corvina (pois algumas ainda por aí andam) e tendo o “drag” mais fechado para termos boas ferragens no caso das rabetas, acabamos por perder tudo! Mas a pesca é feita de apostas e de escolhas, umas vezes ganhamos nós, pescadores, outras vezes ganham os peixes, neste caso as corvinas e ainda bem que assim é!... o fundo e…nova ferrada! Pois é, também aqui há dias fáceis e dias difíceis e nestes, a cor é mesmo importante! Sugestões? Uma: vão experimentando até acertarem! Naturalmente que as condições podem não ser as ideais e a maré, por ser de alto coeficiente, corre sem descanso e sem nos dar descanso. Teremos então que adaptar as nossas opções e mentalizarnos que não é dia para grandes performances; mas como um mau dia de pesca é sempre melhor que um bom dia de trabalho, há que assumir o que estamos a fazer e esperar que a sorte proteja os insistentes; embora a “grade” paire no nosso horizonte, em todas as marés se tiram peixes!

Mais uma! Aligeirar o material beneficia as animações e produz mais ataques. 48

2015 Setembro 345

João Miguel Costa: curiosidades da pesca com vinis Com o decorrer dos anos, na pesca desportiva, as novas tecnologias aplicadas na fabricação de amostras artificiais levou-nos a constatar da existência das chamadas


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