Notícias do Mar n.º 445

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Notícias Grow Iberia

Embarcações Semi-Rígidas 3D Tender

Semi-rígido 3D Tender, Patrol 860 As embarcações semi-rígidas 3D Tender, marca francesa de elevada qualidade reconhecida no mercado europeu, fabrica os cascos em fibra ou alumínio, barcos para todos os fins, agora são distribuidas em exclusivo para Portugal e Espanha pela Grow Iberia.

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Patrol 860 2

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o seu estaleiro, a 3D Tender, presta grande atenção ao ambiente na produção dos barcos. Certifica sempre o uso de processos não poluentes e mais eficientes, protegendo a saúde dos trabalhadores e com menos consumo de energia. A escolha das matérias-primas é crucial, pois permite construir barcos que são muito resistentes e mais ecológicos. A produção da 3D Tender é embarcações semi rígidas com pavimentos desmontáveis e embarcações ultraleves com fundos insufláveis de alta pressão. A 3D Tender fabrica também semi-rígidos com cascos em fibra de vi-


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dro e cascos de alumínio. Quanto aos tubos, são fabricados em tecido PVC Valmex®. É um tecido de qualidade fabricado na Alemanha pela marca Mehler. Os tubos podem ser também fabricados num tecido Hypalon Orca que é um tecido de qualidade que resiste a temperaturas extremas, aconselhado para as zonas tropicais onde é essencial a escolha deste tecido. Desde 2007 que foi o início da da marca, a 3D Tender já construiu mais de 100.000 barcos, entregues em todo o mundo. As características dos barcos 3D Tender são desempenho, conforto, durabilidade e preço imbatível. Estes são os valores centrais da marca 3D Tender. Para serem embarcações robustas e navegadoras a 3D Tender desenvolveu um design marinheiro e a construção do interior do casco muito reforçada. Isto dá aos proprietários recreativos e comerciais a máxima confiança para navegarem no mar milhas para fora, em segurança e conforto, enfrentando condições de mar que muitos outros evitam. Com uma relação qualidade/preço excepcional, as gamas da 3D Tender oferecem uma escolha incomparável de modelos desenhados e desenvolvidos para servirem para um enorme número de actividades desportivas, profissionais e recriativas. A 3D Tender constrói embarcações para um leque muito variado, como para busca e salvamento, apoio a regatas, escolas de vela, pesca desportiva, mergulho, lazer, passeios familiares e para observação de baleias e golfinhos. Semi-rígidos Os semi-rígidos 3D Tender são embarcações totalmente modulares, com a grande vantagem de terem um

3D Tender, Patrol 650 grande número de modelos com um enorme número de acessórios standard e opcionais que permite adaptar cada embarcação de acordo com os desejos e as necessidades do cliente. Os semi-rígidos da 3D Tender compõem-se nas seguintes gamas: Patrol, Dream, XPRO, Rescue, Nividic e XPRO RIB ALU. Gama Patrol A gama Patrol inclui 8 modelos desde o Patrol 530 de 5,30 metros de comprimento ao Patrol 860 de 8,60 metros

Patrol 670

Semi-rígido 3D Tender, Dream 850 FO 2024 Janeiro 445

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3D Tender, Dream 635 de comprimento. A gama Patrol é totalmente modular, são semi-rígidos poderosos, com consola Patrol de condução central, compartimentos de grande arrumação, depósito de combustível integrado, tem o convés antiderrapante, muitos acessórios e o casco em V profundo, muito vocacionados para as

actividades desportivas, como a pesca embarcada, a pesca submarina ou mergulho com garrafas. Gama Dream A gama Dream foi estudada para oferecer o máximo de conforto em barcos familiares, elegantes e desportivos. Comporta 9 modelos dos 4,40 metros de comprimento aos 8,45

metros de comprimento. A consola tem um grande compartimento de arrumação e assento á frente da consola, que se converte num solário com os assentos à proa, têm depósito de combustível integrado e tem o convés antiderrapante. O casco em V profundo é construído em fibra de vidro

reforçada, o Dream 850 FO é o modelo topo de gama da marca 3D Tender. Gama XPRO A Gama XPRO é constituída por 4 modelos do XD Pro 445, de 4,45 metros de comprimento ao Xpro 589, 5,89 metros de comprimento. A gama XPRO é a gama emblemática da marca 3D Tender, com barcos semi-rígidos equipados com a consola XPRO, tem o convés totalmente auto-escoante, Rollbar e grandes porões, foram concebidos para apoio às escolas de vela, pesca lúdica e passeios de família. Gama Rescue A Gama Rescue tem 2 modelos, o Rescue Boat 370, com 3,70 metros de comprimento e o Rescue Boat 430, com 4,30 metros de comprimento. Nesta gama os semi-rígidos foram especialmente concebidos para uso intensivo, equipados com um casco de alumínio ultra-reforçado, tem o convés totalmente auto-escoante, painél de popa refoprçado e anéis de reboque. São embarcações que

3D Tender, XPro 589 4

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Rescue Boat 430

Nividic 550

XPRO Alu 420 6

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servem muito bem no apoio às marinas e clubes náuticos. Gama Nividic A gama Nividic tem 5 modelos desde o Nividic 360 de 3,60 metros de comprimento, ao Nividic 550, de 5,50 metros de comprimento. São semi-rígidos construídos em alumínio, embarcações robustas e leves, com o casco em V profundo e o design especial do fundo, para garantir um excelente comportamento a navegar no mar e dar confiança nas condições mais difíceis. Quanto ao equipameno, têm um depósito de combustível integrado, revestimento de convés EVA anti-derrapante e muitos acessórios para segurança e conforto. O Nividic 550 tem uma consola de comando com grande arrumação e assento adjacente, um assento Bolster com vários compartimentos estanques, um banco traseiro triplo, um Mastro de ski,, uma direção hidráulica e uma caixa para arrumação de âncora. Gama XPRO RIB ALU A Gama XPRO RIB ALU comporta 3 modelos, o XPRO RIB ALU 360, de 3,60 metros de comprimento ao XPRO RIB ALU 420, de 4,20 metros de comprimento. Têm um design desportivo e elegante e são semirígidos ideais para quem quer uma embarcação confortável, leve e manobrável e uma solução para múltiplos usos, desde o apoio a clubes de vela, a pesca e a diversão nas praias. O casco é de alumínio e robusto, piso duplo, um compartimento frontal para armazenar o tanque de combustível, e têm revestimento de convés EVA antiderrapante. Estes semi rígidos, em velocidade de cruzeiro com motores de pequena potência, proporcionam uma excelente economia de combustível.


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Da Gama Profissional, o Military Patrol 860 Gama Profissional A Gama Profissional apresenta a Military Patrol com 2 modelos o Patrol 670 e o Patrol 860 e a Linha Rescue Boat, Search and Rescue, também com 2 modelos, o Rescue Boat 370 e o Rescue Boat 430, barcos especialmente concebido para uso intensivo, equipados com um casco de alumínio ultra-reforçado e um convés totalmente auto-escoante. A Gama Profisional também inclui o Surf Rescue 400. Barcos Dobráveis Os Barcos Dobráveis têm 3 linhas, Heavy Duty, Surf Rescue e Polar. Linha Heavy Duty A linha Heavy Duty está disponível em 7 modelos, desde o Heavy Duty 320, de 3,20 metros de comprimento ao Heavy Duty 550, de 5,50 metros de comprimento. Na linha Heavy Duty todos os modelos são construídos em PVC termo-soldado ou

colado a quente, e oferece casco inflável em forma de V, com o piso removível de alumínio. Esta gama oferece um excelente compromisso entre conforto, segurança e um manuseamento rápido e eficiente. Um barco confortável e versátil, para passeios relaxantes no mar, viagens

de pesca ou mergulhos no mar. São embarcações desmontáveis e dobráveis, que não dão incómodos, apesar do seu tamanho. Oferecem um excelente equilíbrio entre conforto, segurança e um manuseamento rápido e eficaz.

Linha Surf Rescue A Linha Surf Rescue tem um modelo, o Surf Rescue 400 que tem 4,00 metros de comprimento. É uma embarcação desmontável, insuflável, leve e com painel de popa, para operações de resgate e salvamento que obrigue à mon-

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Gama Profissional, Search and Rescue, o Rescue Boat 430

O Surf Rescue 400 também faz parte da gama profissional

Barcos dobráveis, o Heavy Duty 550 8

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tagem e operações rápidas. Possui excelente estabilidade e pode aguentar às correntes fortes. Linha Polar A Linha Polar tem dois modelos o Polar 470, de 4,70 metros de comprimento e o Polar 580, de 5,80 metros de comprimento. São embarcações desmontáveis, fáceis de transportar, que se guardam em duas bolsas distintas. Estes barcos são muito resistentes e são também usados nas frotas policiais, bombeiros e uso profissional. Esta embarcação foi projetada para transportar cargas pesadas, mantendo sua velocidade. O Polar é o barco mais rápido na categoria de barcos desmontáveis. A navegar o casco assenta apenas em duas quilhas insufláveis, aumentando a sustentação, para um conforto de navegação excepcional. É um barco estável, com a popa reforçada, tornando os modelos Polar embarcações muito seguras e adequadas para explorações, especialmente em climas polares. Anexos Semi-Rígidos de Alumínio Os Anexos Semi-rígidos de Alumínio têm 3 linhas, Linha Ultimate, Federlight e a Linha Dream 340 AL Linha Ultimate A Linha Ultimate conta com 9

Anexos Semi-rígidos de Al


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modelos, do Ultimate 240 de 2 ,40 metros de comprimento até o Ultimate 420, com 4,20 metros de comprimento. Estas embarcações são anexos semi rígidos leves e robustos, construídos com um duplo piso em alumínio, uma caixa de arrumação à frente e o casco em alumínio, anti-corrosão. Como opção, para cada modelo Ultimate há uma consola de comando. Linha Federlight A Linha Federlight é composta por 6 modelos, do Federlight Alluminium 245, com 2,45 metros de comprimento ao Federlight Alluminium 365, com 3,65 metros de comprimento. A Linha Federlight oferece uma nova embarcação semirígida de alumínio ultra-leve. Distingue-se pelo design do casco e a qualidade da construção que permitem combinar leveza e desempenho. O design do casco de cada modelo foi estudado para um comportamento exemplar a navegar e a principal vantagem da Linha Federlight é o seu peso, que apesar de leve também consegue transportar grandes cargas. Linha Dream 340 AL Os semi-rígidos de alumínio contam ainda com o modelo Dream 340 AL, O Dream 340 é um barco para ser anexo, um semi-rígido com todo o conforto necessário para as suas viagens.

lumínio, o Federlight Aluminium 365

Barcos Dobráveis, o Surf Rescue 400

Barcos Dobráveis, Polar 580

Anexos Semi-rígidos de Alumínio, o Ultimate 420 2024 Janeiro 445

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Anexos Dobráveis, o Superlight Twin Air 290

Anexos Dobráveis, o Superlight Twin Round Air 250 A linha Twin V-Shape tem 7 modelos de 1,60 metros aos 2,90 metros. A linha Twin Hypalon tem 4 modelos de 2,30 metros aos 2,90 metros. A linha World Travel tem 2 modelos com 2,00 metros e 2,35 metros A linha Win Fastcat tem 6 modelos de 2,00 metros aos 3,30 metros

Anexos Dobráveis, o Twin V-Shape 290 Anexos Dobráveis A 3D Tender desenvolveu uma gama para atender as necessidades dos navegadores. Os anexos 3D Tender são Insufláveis, dobráveis e compactos, são os barcos auxiliares mais leves do mercado. O seu peso leve e tamanho reduzido facilitam a vida a bordo, alguns podem ser facilmente guardados na sua mochila.

Todos tem Piso de alta pressão com costura de alta resistência, Banco de alumínio ajustável em calha, 4 pontos de elevação em aço inoxidável, Remos, Bomba de enchimento, Kit de reparação, Mochila de transporte. Os Anexos Dobráveis oferecem 7 Linhas, a Superlight Twin Air, Superlight Twin Round Air, Superlight Twin VIB Air, Twin V-Shape, Twin Hypalon, World Travel e a linha Twin Fastcat.

Anexos Dobráveis, o Twin Hypalon 290 10

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A linha Superlight Twin Air tem 7 modelos, desde 1,60 metros aos 2,9 metros. A linha Superlight Twin Round Air tem 5 modelos dos 1,60 metros aos 2,50 metros. A linha Superlight Twin VIB Air, tem 5 modelos do 2,10 metros aos 3,30 metros.

Distribuição A Grow Iberia é o distribuidor oficial da 3D Tender em Portugal e Espanha. No caso de questões adicionais, por favor entre em contacto. 3dtender.pt Grow Iberia Distribuidor oficial 3D Tender Beloura Office Park, R. Centro Empresarial 3 Piso 1 Escritório 8, 2714-693 Sintra Tel : +351 21 130 3000 (Chamada para rede fixa nacional)

Anexos Dobráveis, o Twin Fastcat 300


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Notícias do Mar

Notícias da Universidade de Coimbra

9 Milhões € para Reduzir a Captura Acidental de Megafauna Marinha

Arrastão A Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) integra um projeto internacional que tem como principal objetivo reduzir a captura acidental de megafauna marinha. O “REDUCE - Reducing bycatch of threatened megafauna in the east central Atlantic” acaba de ser financiado pelo programa Horizonte Europa com aproximadamente 9 milhões de euros.

A investigadora, Catarina Silva 12

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Pesca de palangre de Peniche

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consórcio do projeto é liderado pela Universidade de Barcelona e o pacote de trabalhos relacionado com a temática “Bycatch monitoring” é coordenado por Catarina Silva, investigadora do Departamento de Ciências da Vida (DCV). Fazem ainda parte da equipa da FCTUC Zara Teixeira e Filipe Martinho, também investigadores do DCV. A captura acidental pode representar até 40% do total das capturas de pesca, atingindo globalmente até 38 milhões de toneladas descarta-

das por ano, perturbando a cadeia alimentar oceânica e podendo representar uma ameaça à sobrevivência de espécies já sob pressão de várias outras atividades humanas. Atualmente, já são vários os regulamentos nacionais, europeus e internacionais que partilham um objetivo, que também consta da Estratégia de Biodiversidade da União Europeia (UE): tornar a pesca compatível com medidas de proteção ambiental para conservar espécies marinhas ameaçadas. Catarina Silva, investigadora: «O REDUCE vai apos-

Barco na faina de pesca de cerco 2024 Janeiro 445

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Notícias do Mar

Arrastão francês tar no desenvolvimento e teste de novas tecnologias e estratégias de gestão para uma melhor avaliação, monitorização e redução das capturas acessórias de aves, tartarugas, cetáceos, tubarões e raias na frota europeia de pesca de longa distância composta por arrastões, cercadores e palangreiros que operam nas águas do Oceano Atlântico, desde as costas da Penín-

sula Ibérica até à Macaronésia e Golfo da Guiné». Assim, este projeto «pretende melhorar os programas de monitorização das pescas, incorporando a monitorização eletrónica, promover a compreensão das capturas acessórias e dos seus impactos nas dimensões científica, económica e social, e avaliar potenciais medidas de mitigação. O “Bycatch monitoring” irá

melhorar os programas tradicionais de observação e monitorização de capturas acessórias a bordo e combiná-los com a implementação de novos sistemas modernos de monitorização eletrónica (EMS – “Electronic monitoring systems”) a bordo, permitindo um teste rigoroso da sua função e eficácia», revela a investigadora do DCV. Os EMS são cada vez mais

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utilizados para aumentar a cobertura dos observadores, potencialmente até 100%, mas continuam a ser limitados à pesca de palangre e arrasto da UE que atuam na região ECAO. Uma barreira para uma maior utilização dos EMS são os recursos e o esforço significativos para recolher dados. «Este pacote de trabalhos promoverá a instalação e o teste de EMS na frota de palangre e de arrasto e o desenvolvimento de modelos inteligentes de identificação automática de espécies através de imagens (modelos de Machine Learning) que aumentarão drasticamente a eficiência da recuperação de dados de EMS baseados em câmaras», termina. O consórcio do projeto é composto por 13 parceiros de países como Espanha, França, Portugal, Reino Unido e Senegal.


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Náutica

Notícias Touron

Mercury Marine Recebeu o Prémio Inovação CES 2024 pelos Motores Fora de Borda Eléctricos

Avator 20E e 35E

A Brunswick Corporation anunciou que sua divisão Mercury Marine foi galardoada com o Prémio de Inovação CES 2024 na categoria de Sustentabilidade, Ecodesign e Energia Inteligente para os motores fora de borda elétricos Avator 20e e 35e.

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ste é o terceiro CES Innovation Award que a Mercury recebe desde 2022, quando o seu motor fora de borda V12 Verado de 600 HP ganhou o prémio na categoria Veículos e Transportes, sendo que, em 2021, o sistema de segurança 1st Mate triunfou em duas categorias, obtendo a distinção de Melhor Inovação na categoria Entretenimento e Segu16

rança de Veículos, e o Prémio Honorário de Inovação CES na área de Inteligência e Transporte de Veículos. A Mercury lançou os motores elétricos Avator 20e e 35e em Agosto passado, sendo que ambos farão parte da exposição Brunswick CES no Consumer Electronics Show 2024, em Las Vegas (EUA), para celebrar a sua tecnologia ACES e a sua liderança

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na eletrificação. Os dois modelos premiados juntam-se ao já galardoado motor fora de borda Avator 7.5e, que foi apresentado oficialmente na CES 2023. Mais dois produtos fora de borda serão anunciados nas próximas semanas, motores elétricos com os quais a Mercury Marine reforça o seu compromisso de se tornar líder em propulsão elétrica marítima.

“Estamos muito entusiasmados com o reconhecimento subjacente a um prémio Innovation CES, mais ainda, pela terceira vez”, disse Dave Foulkes, CEO da Brunswick Corporation. “Os motores fora de borda Avator são motores de propulsão elétrica mais inovadores e revolucionários do setor, pensados para oferecer uma experiência de


Náutica

navegação superior, pelo que este prémio é mais um reconhecimento para o nosso trabalho como líderes em tecnologia náutica. A nossa exposição na CES será uma oportunidade maravilhosa para celebrar o sucesso do nosso portfólio incomparável de tecnologia e para um público global ver como nossa estratégia ACES ganhou vida.” “É uma honra incrível para a Mercury Marine ganhar outro Prémio de Inovação CES, um dos principais prémios de inovação do mundo”, disse John Buelow, Presidente da Mercury Marine. “Os motores fora de borda 20e e 35e são uma nova referência em inovação, desempenho e conectividade. Estamos ansiosos para mostrar a nossa linha Avator no CES 2024

e dar aos participantes a oportunidade de ver como estamos a fazer para que a navegação seja acessível a mais pessoas, ao mesmo tempo que fortalecemos o nosso compromisso com a sustentabilidade.” O modelo 20e pode produzir aceleração semelhante à de um motor fora de borda de 5 cv FourStroke, enquanto o 35e é capaz de produzir aceleração semelhante ao de um motor fora de borda Mercury 9.9 cv FourStroke. Estes motores incorporam a primeira tecnologia de motor

de fluxo cruzado da indústria, um monitor colorido intuitivo e um punho ambidestro confortável. Além do mais, até quatro das novas baterias de íon de lítio podem ser ligadas e geridas. A bateria de lítio de 2300Wh da Mercury, desenvolvida em colaboração com a equipa da Mastervolt do Grupo Navico, através do exclusivo Power Center. Estes motores fora de borda oferecem acesso total ao aplicativo Mercury Marine com o módulo SmartCraft® Connect integrado. O 20e e o 35e são ideais para

propulsar pequenos barcos, como barcos de pesca de alumínio, pneumáticos, semi-rígidos, barcos auxiliares e pequenas jangadas. Para saber mais sobre os motores fora de borda elétricos Avator, visite o site mercurymarine.com/Avator.

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Pesca Desportiva

Pesca Lúdica Embarcada

Robalos

Quantos Anos Vivem?

Nem toda a gente tem a noção do tempo de vida médio do nosso robalo. Isso acaba por ter importância se quisermos saber, pelo menos grosso modo, a idade do peixe que pescamos.

Aqui temos algo com muitos milhões de anos, um substrato rochoso com inúmeras camadas, correspondentes a outros tantos períodos geológicos. Fiz esta foto no lado norte do Cabo Espichel, Reserva do Parque Natural da Arrábida. Recordo que não é sítio para pescar, é sítio para passar

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om uma longevidade de cerca de 30 anos, podemos considerar os nossos peixes verdadeiros “comandos” de operações especiais, pois não é fácil escapar a tanta armadilha, tanta rede, tanto anzol, durante tantos anos. A verdade é que alguns chegam mesmo a essa provecta idade, e aí terão provavelmente uma medida total não longe de 1 metro de comprimento. Não há, nem podia haver, rigor suficiente que determine factos não mensuráveis, para além daqueles que são objectivos: peso e comprimento. A idade de um peixe depende de inúmeros factores, 18

e não conseguimos afirmar com muitas certezas que um robalo com x tamanho tem x anos de vida. Mesmo robalos com o mesmo peso e idade podem ter comprimentos muito diferentes. Isso pode parecer estranho, mas há boas justificações para isso. Esse é o tema de hoje, aquilo que vamos analisar de seguida. Não existe um método exato de correlacionar tamanho, peso e idade. Um robalo nascido no sul de Portugal terá medidas e peso diferentes de outro nascido no mesmo dia, mas no norte do nosso país. Os peixes crescem mais

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em águas mais quentes e aqui já temos um factor geográfico a sobrepor-se a muitos outros factores. É tomada como boa a informação de que um robalo de 5 kgs terá cerca de 20 anos, para cerca de 72cm de comprimento. Mas isto é apenas um padrão médio, já que não tem em conta dados relevantes, pois pode acontecer que a idade seja mais curta, caso o exemplar tenha conseguido permanecer numa zona bem fornecida de comedia, e com isso, conseguir atingir tamanho e peso mais depressa. Não convém esquecer que a fórmula mais exacta para determinar a idade de um ro-

balo continua a ser, mediante a utilização de um microscópio, a análise de uma escama e do seu número de anéis anuais. Pela análise da escama, podemos ficar a saber pormenores sobre o peixe, as suas dificuldades a cada ano passado, (anéis mais espaçados significam um factor de crescimento mais rápido, anéis muito próximos querem dizer que houve menos crescimento, logo condições ambientais mais duras, frios, e menos alimentação disponível), e, somando os anéis encontrados, a idade do peixe. Por exemplo na Irlanda, onde o robalo não pode ser capturado pela frota pes-


Pesca Desportiva

Texto e Fotografia Vitor Ganchinho (Pescador conservacionista) https://peixepelobeicinho.blogspot.com

queira profissional, (apenas se faz pesca recreativa!!), encontram-se robalos com idades até aos 26 anos. Fixemos que as taxas de crescimento estão muito ligadas a questões ambientais, sobretudo temperatura das águas, e à quantidade de alimento disponível, o que potencia o processo de desenvolvimento do peixe. Por isso é possível que os robalos portugueses tenham níveis de crescimento diferenciados, consoante tenham nascido a norte, águas regularmente mais frias, ou no sul, águas normalmente mais quentes. Por outro lado, a esperança média de vida dos peixes nas regiões algarvias, mais a sul, pode ser mais curta, o metabolismo é muito elevado, pelo que não atingem necessariamente um tamanho maior.

Pesqueiros com muita pedra partida e recantos escuros são favoráveis à existência de robalos de bom porte. A caça de emboscada, às horas certas do dia, ou seja, com baixos níveis de luminosidade, é algo que convém ao predador A probabilidade de sairmos ao mar e encontrarmos um robalo muito grande, e velho, existe sempre. De referir porém que esses robalos saem sobretudo em situações muito específicas, com mar particularmente agi-

tado, com espuma, água não demasiado limpa, em suma, em condições que nos permitam enganá-lo. Não é impossível que aconteça um “acidente” a um desses peixes em improváveis momentos do dia, mas o padrão aponta

para a noite, a madrugada, o anoitecer. Condições de luz reduzida ajudam-nos a conseguir melhores resultados. Por isso mesmo os indefectíveis pescadores de robalo fazem as suas romarias

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Pesca Desportiva

às praias e falésias ao raiar do dia, ainda de noite, quando as corujas ainda não regressaram às suas tocas de repouso. Ou ao final do dia, depois de saírem do trabalho, a fazer aquela hora mágica do entardecer, quando os robalos começam a chegar-se à costa. E as corujas saem dos buracos para a sua procura de alimento... Sabemos fazê-lo, sabemos pescar robalos, mas a pesca do robalo não é um exclusivo do pescador português, bem longe disso. Por toda a Europa há gente que faz deste peixe a sua razão de pesca. Os especialistas em robalos saberão forçosamente mais sobre a espécie que os “generalistas”, pessoas que hoje lançam uma amostra e amanhã estão a tentar os besugos ao fundo, com lingueirão.

Posso falar-vos de um grupo muito curioso, gente do alto, que se preocupa com este peixe, e que quer acima de tudo garantir que amanhã haverá robalos a morder uma amostra de superfície. Trata-se do CBE, Collectif Bar Européen, constituído por pescadores recreativos de robalos, e mesmo profissionais que pescam com técnicas artesanais, preocupados com a crescente pressão da pesca comercial de arrasto, e a deterioração dos stocks pesqueiros, obviamente sempre com especial atenção para o robalo. Para tentar inverter esta tendência decrescente de efe-ctivos e proteger os recursos marinhos ainda existentes, pretende este grupo um diálogo construtivo com

os intervenientes no sector profissional das pescas, bem como com os órgãos políticos europeus. No sentido de atingir os seus objetivos, o CBE segue vários caminhos. Alguns exemplos das suas ações são informar o público sobre a necessidade de proteger os recursos marinhos naturais. No sentido de ficar a conhecer melhor o peixe, etiquetaram 700 robalos para fins de investigação. Mapearam também o impacto socioeconómico da pesca recreativa do robalo, que é estrondoso! Nós pescadores de linha valemos em conjunto muito mais que aquilo que pensa-

É obrigação de cada pescador fazer o seu melhor no sentido de garantir uma vida mais fácil a este incrível predador 20

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mos. O Collectif Bar Européen também apela aos pescadores para que pesquem de forma responsável e limitem o número de robalos não libertados, e sejam cuidadosos para com as medidas mínimas dos que capturam. O objectivo comum, e que deverá ser o de cada um de nós também, é o de não deixarmos acabar este peixe! Por todo o lado se levantam vozes no sentido de ajudar os robalos a aguentarem este período difícil da sua existência. Há mesmo quem vá mais longe, quem sugira uma campanha de abstinência de captura a nível europeu, ao momento da sua reprodução. Não se pescam robalos durante o seu tempo de desova, ponto final! E o princípio vale também para a pesca profissional, pois sim. Se as pessoas clientes de supermercados, mercados, não comprarem, ninguém terá interesse em montar aparelhos para os robalos....e eles escapam. Isso só funciona de facto se houver da parte do consumidor comum uma consciência das dificuldades que o robalo atravessa neste momento, e do quanto é importante dar a este nobre peixe uma “folga”, um espaço de tempo de alguns anos, para que respire. Todos podemos ajudar. Alguém decidiu colaborar elaborando um dístico a ser aplicado por todo o lado, apelando à não compra, durante o período de Janeiro a Março. Tudo ajuda, desde que se caminhe na direcção certa. Parece-me importante que, pelo menos, se libertem robalos muito próximos das medidas mínimas. Isso garante mais um peixe que irá reproduzir proximamente, logo mais peixe adulto para pescarmos a seguir.


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Pesca Desportiva

Pesca Lúdica Embarcada

Douradas

Com Jigs… Pois Sim!!...

Quando digo às pessoas que é possível pescar douradas com jigs, olhamme com um semblante estranho, fechado, entre o “acredito, mas com 99% de reservas”... e o “...nem pensar!”. Têm razão.

Linda dourada, Raúl!! Um abraço!

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escar douradas com peças metálicas não é para todos e muito menos para quem, sendo menos dotado de mãos e mesmo com caranguejo vivo, sente dificuldades em as ferrar. Galileu Galilei, nascido a 22

15 de Fevereiro de 1564 sentiu a mesma dificuldade em explicar aos seus pares que a Terra não era o centro do Universo. Quando ele proferiu a célebre frase rebelde “E pur si muove”, ou seja, “E no en-

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tanto ela move-se”, estava a referir-se ao facto de a Terra girar em torno do sol e não o contrário. Poderia ter sido queimado por isso, mas nunca deixou de acreditar que a sua teoria estava certa. O futuro veio a

confirmá-lo. Neste caso, nem é isso, não é nada teórico pescar douradas com jigs. Vejam abaixo o meu amigo Raúl Gil a dar-lhe com força. Pescar douradas a partir de um kayak abre possibi-


Pesca Desportiva

Texto e Fotografia Vitor Ganchinho (Pescador conservacionista) https://peixepelobeicinho.blogspot.com

lidades que nunca estarão disponíveis a quem pesca de barco. Pesqueiros baixos, na ordem dos 12 a 20 metros, têm peixes disponíveis que, por força do ruído dos motores, tendem a fechar a boca. As douradas, animais normalmente reservados, exigem um sigilo extra. E o kayak permite isso. A abordagem é feita lentamente, sem pressas, e uma vez que o banco seja detectado na sonda, entram em acção jigs que oscilam entre os 5 e os 15 gramas, a escolher em função da corrente. Pesca-se com canas ultra sensíveis, com acções de 1-7 gramas, ou menos, se possível. O carreto, nestes casos é uma acessório que não exige qualidade extra, apenas serve de enrolador de fio, deve permitir a saída de

Aqui está ela, em estilo, seduzida por um jig

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Pesca Desportiva

Pescador feliz. Como não com estas douradas bonitas, feitas a jig? Reparem que mesmo com enormes limitações de espaço, o Raúl não abdica de levar quatro canas, preparadas para diversas circunstâncias 24

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linha rapidamente se for o caso, e pouco mais. Isso consegue-se com uma lubrificação cuidada, atenta, para que um simples detalhe não venha a pôr em causa todo o trabalho. Linhas finas, pois sim, as douradas nem são dos peixes mais combativos. Movem-se de forma arritmada nos primeiros instantes e a seguir entregam-se, após duas ou três corridas francas. Uma linha PE 1 sobra, com um leader que pode oscilar entre 0.23 e 0.28mm. Desde que a cana tenha a acção certa, leia-se não seja demasiado dura, as possibilidades de rotura reduzem bastante. Friso este facto: é virtualmente impossível conseguir resultados destes com material improvisado, algo que é comum nas pessoas que tentam. Aquilo que é normal é que se adquira um jig de 5 gramas, e a seguir vai-se

ao sítio e experimenta-se. Em rigor, o jig não faz nada só por si, precisa de todo o balanço certo do resto do equipamento. Recorrendo a estes materiais ligeiros teremos muito mais toques, e se alguma dourada escapar, que nos deixe um sorriso nos lábios. Bem pior é tentar fazer isto com linhas grossas, zero grosso, das que aguentam tudo, e… não ter um único toque. Onde procurar? Em todos os sítios onde se pescam com o tradicional caranguejo, e todos os outros onde nunca ninguém se lembrou de ir pescar com isco orgânico. O difícil não é descobrir cardumes de douradas, é saber o que fazer ao jig quando se está em cima delas. Movimentos mais bruscos quando o cardume está muito activo, para estimular a concorrência dos peixes alvorados que sobem a partir do fundo para serem os primeiros a chegar à comida que chega de cima, ou uma agitação mais suave, bem mais pausada, quando o cardume está fora do ciclo de alimentação. Ter em atenção o momento da maré, e mais que isso, a temperatura previsível da água no fundo onde decidimos pescar. Quanto mais frias as águas mais pausados teremos de ser com a nossa pesca. Há que dar tempo… Por defeito, este meu amigo pesca sempre com artificiais. Nunca o vi utilizar iscos orgânicos. E todavia, faz pescas muito interessantes, peixes muito simpáticos. Ele e o grande guru da pesca António Pradillo continuam a sair de casa com os seus sets de canas e no bolso levam apenas uma pequena caixa de jigs. E é tudo.


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Notícias do Mar

O Voo Guarda Rios

Os Rios Transnacionais Luso-Espanhóis A barragem de Alqueva O Governo de Espanha e os responsáveis pelas suas autonomias não podem deixar de compreender que devido ao facto dos dois países ibéricos que são atravessados pelos rios transfronteiriços, encontram-se atualmente confrontados com uma escassez crescente dos seus recursos hídricos!

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erante esta evidência, a razão pela qual aqueles governantes espanhóis, bem assim como os nossos, não podem deixar de estar mais atentos na avaliação das iniciativas dos agricultores espanhóis que andam a criar explorações que consomem excessiva quantidade de água dos rios transfronteiriços para o seu regadio, como por exemplo na chamada “Horta da Europa”, ou melhor dizendo, os governantes da Espanha não podem deixar de saber, e os nossos de estar ao corrente, que para regar 3,8 milhões de hectares de regadio e sustentar o modelo pecuário desta Horta da Europa, com dezenas de

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Notícias do Mar

O rio Guadiana tem a sua nascente em Campo Montiel, Espanha, e a sua foz em Vila Real de Santo António, Portugal milhões de bovinos, porcos e aves, concentrados nesta mega exploração, como se a água transfronteiriça do rio Guadiana, que nasce lá, fosse exclusivamente sua, e como é que nós portugueses podemos deixar de reagir perante esta realidade? Porque em boa verdade, como é sabido a água da bacia do rio Guadiana, do Alqueva, que tem estado a ser usada para ir regar, numa quantidade excessiva, a grande Horta da Europa em Espanha, o que é mais um exemplo de uma partilha desigual dessa água pelos dois países, o que nos leva a crer que os tais Acordos de

A grande Horta da Europa em Espanha

Disponibilidades hídricas na bacia do Guadiana, Portugal e Espanha

A água do Guadiana é essencial para as explorações portuguesas 2024 Janeiro 445

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Notícias do Mar

Albufeira estão hoje a deixar de ser cumpridos com prejuízo para o nosso país, e tardam em ser revistos à luz da realidade do que tem vindo a acontecer já há algum tempo, diga quem disser o contrário! Portanto, como é evidente, não podemos deixar de repetir que a água dos rios transfronteiriços nunca pode deixar de ser partilhada equitativamente

O rio Guadiana no Alentejo, Portugal 28

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pelos países que atravessam, como é óbvio, pelo que a nossa vizinha Espanha não devia estar a criar explorações cujo consumo desmedido da água dos rios partilhados, que também deve ser nossa por direito, na realidade não tem vindo a acontecer nos rios Tejo e Guadiana. Continua no próximo jornal

Com a escassez de água, Espanha está a reduzir os caudais dos rios que entram em Portugal


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Náutica

Notícias Grow Iberia

Lançamento Tohatsu MFS8 e MFS9.9 de Injeção Eletrónica A Tohatsu, anunciou que irá adicionar uma nova geração de modelos de 8/9.9 HP de potência, com injeção eletrónica de combustível, à sua linha de produtos.

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sami Hyuga, Presidente da Tohatsu Corporation diz “Estamos extremamente entusiasmados em apresentar nossos novos modelos de 8/9.9 cavalos de potência com injeção eletrónica de combustível e 4 tempos.” O MFS8C/9.9CY da Tohatsu é o motor fora-de-borda de injeção eletrónica mais leve da sua gama, tendo apenas 38.5kg. A evolução mais significativa em relação ao modelo anterior é a implementação do sistema de injeção eletrónica de combustível (EFI), enquanto o modelo an-

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Náutica

terior utilizava um carburador. A tecnologia EFI oferece um arranque mais fácil em todas as condições, um ralenti mais suave e uma economia otimizada de combustível. O sistema EFI proporciona um arranque consistente e sem esforço, eliminando a necessidade de um choke manual em condições de clima frio. Utilizando um sensor TMAP e válvula ISC, as informações são transmitidas para a ECU, que melhora a relação ar-combustível em ambientes tanto quentes como frios. Esta tecnologia também elimina a necessidade de ajustar o motor para operar em altitudes mais elevadas. Todo esse sistema também permite que o motor mantenha uma marcha lenta muito estável. Além disso, o sistema EFI elimina as dificuldades encontradas nos modelos de carburadores, como obstruções e revisões do carburador devido a problemas relacionados com o combustível. Devido a isto, o sistema EFI proporciona uma eficiência de combustível melhor em toda a faixa de rotações e consegue reduzir o consumo de combustível em até 35%. A Tohatsu redesenhou o punho destes novos modelos para incluir uma alavanca de mudanças frontal para frente-neutro-ré, botão de paragem, botão do trim e fixador do acelerador para facilitar o

acesso e a manobrabilidade para os navegadores. O punho está conectado a uma pega de transporte redesenhada que incorpora um canal de roteamento para fios, cabos de embraiagem e acelerador. A nova pega de transporte apresenta um aumento de 40% na área de superfície e uma forma para reduzir o esforço ao transportar o motor manualmente. Os modelos MFS8C/9.9CY são desenhados para uma ampla variedade de tipos de barcos, como insufláveis, em alumínio, fibra de vidro e jangadas. Estão disponíveis nas cores Aqua Marine Blue e Beluga White, com vários com-

primentos de veio eopções de punho ou caixa de comandos, os modelos MFS8/9.9C irão de encontro a qualquer configuração necessária para

o seu barco. O novo modelo MFS8/9.9 será apresentado na feira de Dusseldorf 2024, estando disponível no verão de 2024.

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Náutica

Notícias Grow Iberia

Lançamento Tohatsu MFS140A(W) Contra-rotação O modelo Tohatsu de contra-rotação do MFS140A(W) está agora a juntar-se à nossa gama que permitirá instalações duplas.

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stará disponível apenas com coluna ultra Longa (25 polegadas). O coletor de escape ajustado para o desempenho 4-2-1 foi projetado para maximizar o binário a baixa rotação e o desempenho de aceleração. A melhor relação binário-cilindrada da sua classe cria um excelente desempenho para todos os estilos de barcos, desde leves até aos mais pesados

Características Binário Excepcional Proporcionado pelo sistema de escape ajustado para o desempenho 4-2-1, uma tecnologia pioneira na indústria, o MFS140A oferece uma aceleração emocionante que só pode ser sentida com a Tohatsu. A combinação de modelos de padrão e contrarotação melhora a manobrabilidade e estabilidade em aplicações de parelhas no MFS140.

Especificações Gerais Especificações/Modelo

MFS140A(W) ETCUL

Tipo de motor

4 tempos 4-cilindros SOHC-16V

Potência máxima (hp)

103.0 kW (140 HP)

Faixa de Operação (rpm)

5,150 – 5,850

Número de cilindros

4

Cilindrada

1995 cc

Peso a seco UL

183.5 kg (404 lbs)

Diâmetro x Curso

84 x 90 mm (3.30 x 3.55 in.)

Comprimento da coluna UL

644 mm (25.35 in.)

Relação da caixa

2.08 (25:12)

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Notícias do Mar

Notícias da Marinha

Seis Novos Patrulhas Oceânicos

Texto e Fotografia Marinha Portuguesa

O Patrulha Oceânico, NRP Viana do Castelo Marinha assina contrato para a construção de 6 novos navios com à sociedade West Sea - Estaleiros Navais, do grupo Martifer, nos estaleiros de Viana do Castelo.

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O Chefe do Estado Maior da Armada, Almirante Gouveia e Melo, destacou a importância desta aquisição para a capacidade de proteger e promover os interesses de Portugal no e através do mar 34

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cerimónia de assinatura do contrato para a construção de seis novos navios patrulha oceânicos 3ª Série, classe Viana do Castelo, decorreu no dia 29 de dezembro, na Casa da Balança, localizada nas Instalações Centrais de Marinha, em Lisboa. Na assinatura do contrato estiveram presentes o Secretário de Estado da Defesa Nacional, Carlos Lopes Pires, do Chefe do EstadoMaior da Armada, Almirante Henrique Gouveia e Melo, do Presidente da Comissão de Defesa Nacional, Marcos Perestello, Diretor-Geral de Recursos da Defesa Nacional, Vasco Hilário, entre outras entidades.


Notícias do Mar

O Chefe do Estado Maior da Armada, Almirante Gouveia e Melo, no discurso, reconheceu que “hoje é mais um dia marcante para a Marinha Portuguesa” porque “materializa a visão de uma Marinha abrangente (…) com capacidade para proteger e promover os interesses de Portugal no e através do mar”. No seu discurso salientou ainda que os seis navios vão ser: “modulares e capazes de desempenhar com eficácia funções anti-submarinas, transporte de pessoal, base operativa para drones de superfície, submarinos e aéreos, e serão também navios auxiliares de combate à poluição marítima.” Para o Secretário de Estado da Defesa Nacional, Carlos Lopes Pires, este investimento financeiro: “reforça, expressivamente, as capacidades operacionais da Marinha nos desafios do presente e do futuro”. O grupo Martifer assinou o contrato com a Marinha Portuguesa para a construção de seis navios por quase 300 milhões de euros, segundo o

Assinatura do contrato para a construção de seis novos navios patrulha oceânicos 3ª Série comunicado divulgado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). A empresa afirmou ainda que: “a entrada em vigor do contrato celebrado entre o Estado português e a adjudicatária fica dependente do visto do Tribunal de Contas”. O primeiro dos novos patrulhas oceânicos só deverá ser entregue em 2027 e os últimos só devem chegar três anos depois.

O Secretário de Estado da Defesa Nacional, Carlos Lopes Pires

O Patrulha Oceânico, NRP Setúbal 2024 Janeiro 445

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Notícias do Mar

A cerimónia de assinatura do contrato, decorreu na Casa da Balança, em Lisboa

O Patrulha Oceânico, NRP Sines

Navios Patrulhas Oceânicos Navios com um deslocamento entre as 750 e as 2.000 toneladas utilizados, prioritariamente, em ações não combatentes. Desempenham, principalmente, missões no âmbito da segurança e autoridade do Estado no mar e missões de interesse público. Possuem uma autonomia considerável, o que lhes permite permanecer no mar, em missão, durante largos períodos sem necessidade de apoio logístico. É um navio particularmente vocacionado para atuar na zona económica exclusiva nacional desenvolvendo tarefas de busca e salvamento Marítimo, fiscalização da pesca, controlo dos esquemas de separação de tráfego, prevenção e combate à poluição marinha, prevenção e combate a atividades ilegais como o narcotráfico, imigração ilegal, tráfico de armas e outros ilícitos, em colaboração com outras autoridades nacionais.

O Patrulha Oceânico, NRP Figueira da Foz 36

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Electrónica

Notícias Nautel

Nova Sondas Chirp Verdadeiro, FCV-800 e FCV600

A nautel apresenta as novas sondas CHIRPTM verdadeiro, da Furuno FCV800 e FCV600, com tecnologias de identificação revolucionárias.

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FCV-800 combina o poder do TruEcho CHIRP™ com uma série de tecnologias de identificação revolucionárias para distinguir claramente

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os peixes de outras estruturas, como o fundo do mar ou os recifes. Isto ajuda o pescador a ter mais eficiência do que nunca. A unidade vem com um transdutor convencional de profundidade e temperatura Furuno (P66) 525TPWD 600W 50/200kHz com montagem em painel de popa. TruEcho CHIRP™: As sondas tradicionais transmitem um sinal composto por uma única frequência, enquanto as de CHIRP transmitem um sinal linear modulado em frequência, uma onda com uma frequência que aumenta com o tempo. As FCV-600 e o FCV-800 podem utilizar um transdutor de banda larga, AIRMAR, para transmitir através de um espectro de frequências, resultando em melhor resolução dos alvos. Com o TruEcho CHIRP™ da Furuno, irão ver-se maiores detalhes e separação de alvos para iscas, peixes de caça e


Electrónica

www.nautel.pt

Furuno FCV-800 estrutura. Combinação CW (tradicional) e TruEcho CHIRP™ para recursos adicionais : Ao combinar CHIRP e transdutores CW tradicionais*, ir-seão ver ecos CHIRP nítidos no ecrã enquanto as funções ACCU-FISH™ e Bottom Discrimination do transdutor CW funcionam em segundo plano, sobrepondo informações importantes sobre os ecos do CHIRP. Poder-seão ver os alvos dos peixes, a avaliação do seu tamanho, a profundidade dos peixes e a composição do fundo. Expansão de cores :Com

a expansão da faixa de cores, a gama de ecos identificáveis é ampliada para que se possa separar intuitivamente os peixes de fundo do fundo do mar. Recifes, estruturas e peixes próximos ao fundo do mar são mostrados em cores ligeiramente separadas, tornando fácil distinguir rapidamente a estrutura dos peixes. Conectividade sem fios WiFi :Um segundo monitor pode ser instalado para repetir os ecos e dados de navegação através de uma rede WiFi, para que se possa visualizar a mesma situação

subaquática, noutro local, enquanto pesca. Especificações Mostrar •Ecrã LCD a côres: FCV-800, TFT de 8,4”/FCV-600, TFT de 5,7” •Número de pixels: VGA 800 x 600 •Frequência da sonda: CW: 50 e 200 kHz / CHIRP: 40 a 225 kHz •Transdutor: 300 W/600 W •Escala de alcance: 2 - 1200 m •Comprimento do pulso e

PRR: 0,04 a 3,0 ms, máximo de 3.000 pulsos/min •Modo de apresentação: frequência única, frequência dupla, zoom, dados de navegação, A-SCOPE , zoom de marcador, bloqueio inferior, discriminação inferior, expansão de cores, ACCUFISH™, RezBoost™ •ACCU-FISH™ Estanquicidade: IP56. Alimentação: 12-24 VDC: 1.0 - 0.6 A Dimensões FCV-800: 290 (L) x 281 (A) x 136 (P) mm Peso: 2.4 kg

Furuno FCV-600 2024 Janeiro 445

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Notícias do Mar

Notícias do Instituto Português do Mar e da Atmosfera

Libertação de Peixe de Aquacultura

Estação Piloto de Piscicultura em Olhão EPPO A Estação Piloto de Piscicultura de Olhão (EPPO) do IPMA procedeu ao longo do ano de 2023 a várias ações de libertação ou doação de pescado produzido nas suas instalações, em regime de aquacultura.

O

objetivo principal da EPPO é promover a transferência de tecnologia para o setor produtivo, procurando desempenhar um papel cru-

cial na formação científica e técnica de recursos humanos, tanto em contexto profissional como académico. Nesta infraestrutura são realizados estudos abrangentes

abordando aspetos como fisiologia, nutrição, patologia, e ensaios de engorda de peixes em policultivo. A unidade tem associada uma jaula instalada em ambiente offshore

Na infraestrutura da EPPO são realizados estudos abrangentes abordando vários aspetos 40

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que permite a condução de testes de cultivo de peixes em águas abertas. Esta unidade ocupa uma área de cerca de 7ha do Parque Natural da Ria Formosa em Marim, sendo composta de uma zona de maternidade (dispondo de reprodutores de 9 espécies de peixes marinhos adaptadas a cativeiro), uma zona de pré-engorda e a área de engorda em tanques de terra, em sistema de monocultura, policultura ou multitrófico. Na EPPO realizam-se ensaios de reprodução, desenvolvimento larvar e engorda de diversas espécies com especial ênfase para a dourada, robalo bem como para novas espécies tais como o sargo, o mero, o linguado e a corvina. São ainda rea-


Notícias do Mar

Tanques para estudos variados lizados estudos ao nível da fisiologia, da nutrição, da patologia e ensaios de engorda de peixes em policultivo de várias espécies e em sistemas multitróficos (ex: peixes e ostras). “Todos os nossos projetos visam a segurança alimentar do país e o consumo humano. A aquacultura marinha usando água salgada é uma fonte promissora de alimentação, e devemos pensar nisso como uma alternativa viável”, destacou Pedro Pousão, director do EPPO. 7 de dezembro Libertação de milhares de peixes na Ria Formosa Realizou-se uma operação significativa de libertação de milhares de peixes ao largo da Armona e na Ria Formosa, tendo os peixes sido cuidadosamente transportados a bordo de uma embarcação de carga da empresa Tunipex. A carga incluía diversas espécies, como dourada (Sparus aurata), corvina (Argyrosomus regius), e robalo (Dicentrarchus labrax), todos criados em cativeiro na EPPO. Agosto de 2023 Libertação de juvenis de peixes marinhos produzidos em aquacultura No fim de agosto procedeu-

se à libertação de uns milhares de juvenis de dourada (Sparus aurata), corvina (Argyrosomus regius) e robalo (Dicentrarchus labrax) duas milhas a SE do Cabo de Santa Maria na costa do Sotavento algarvio. Esta libertação tem como objectivo contribuir para o aumento dos efectivos no recrutamento anual de espécies naturalmente existentes na nossa costa e, que devido ao seu elevado valor económico sofrem uma grande pressão piscatória, onde se acrescenta nos meses de veraneio a pesca amadora. Para esta operação a EPPO contou com a precio-

Tanques, da Estação Piloto de Piscicultura em Olhão, EPPO sa colaboração da Tunipex para apoio na logistica do transporte dos peixes, das instalações da EPPO para o Porto de Olhão e daí até ao local da libertação. O trans-

porte de peixe vivo é uma operação delicada, de elevada exigência e rigor, em que a perfeita coordenação dos vários passos é essencial, pelo que a associação do

Jaula instalada em ambiente offshore para testes de cultivo de peixes em águas abertas 2024 Janeiro 445

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Notícias do Mar

Dourada, Sparus aurata

Corvina, Argyrosomus regius conhecimento dos técnicos do IPMA com os meios disponibilizados pela Tunipex, a nível do equipamento pesa-

do, nomeadamente camião e navio com grua, assim como o elevado grau de profissionalismo da tripulação, poten-

Robalo, Dicentrarchus labrax ciam a taxa de sobrevivência dos peixes durante o transporte e no mar, permitindo assim melhor cumprir os objectivos de recrutamento de mais recursos marinhos. Peixes libertados: 3203 douradas de 85g; 1800 robalos de 77g com cerca de 8 meses de idade e 1800 corvinas de 77g com aproximadamente 5 meses de idade. Aceder ao vídeo: https:// youtu.be/uB3IidNF4po

não foram usadas em ensaios de investigação. Esta libertação teve como objetivo repovoar e aumentar os stocks para a pesca local na costa Algarvia. Nestas ações foram libertadas 3525 corvinas (Argyrosomus regius) de aproximadamente 8g no interior da Ria Formosa. Este tamanho de peixe garante um maior sucesso da sua sobrevivência na natureza.

Julho de 2023 Libertação de corvinas Também no passado mês de julho, a EPPO/IPMA libertou corvinas produzidas em aquacultura, excedentes que

1º Semestre de 2023 Doação de pescado a instituições de solidariedade social Nos últimos meses a Estação Piloto de Piscicultura em Olhão (EPPO/IPMA) doou cerca de 500 kg de peixe a várias instituições de solidariedade mais carenciadas do concelho de Olhão. Entre as instituições contam-se a Cruz Vermelha Portuguesa de Olhão e a de Moncarapacho/Fuzeta, o Grupo de Bem Fazer Celeiro de Amor, a Santa Casa da Misericórdia de Olhão e de Moncarapacho, o Centro de Bem Estar Nossa Senhora de Fátima e a ACASO. Desta forma foi possível a estas instituições proporcionar aos seus utentes menus que incluiram douradas e sargos de aquacultura, produzidos na EPPO.

A estação estende-se por uma área de cerca de 7ha do Parque Natural da Ria Formosa 42

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Notícias do Mar

Notícias do MARE

Cientistas do MARE Regressam de Timor-Leste com 30 Novas Espécies

Expedição a Timor Leste de Cientistas do MARE, debruçou-se sobre os nudibrânquios, as lesmas-do-mar e regressou com 30 novas espécies.

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ntre outras vantagens, os nudibrânquios, ou lesmasdo-mar, são um importante recurso: no caso da indústria farmacêutica, são usados com frequência na investiga-

ção de compostos que possam ser usados no desenvolvimento de novos fármacos. A biodiversidade de lesmas-do-mar (nudibrânquios) em Timor-Leste foi avaliada pela primeira vez numa

Cientistas do MARE descobriram 30 novas espécies 44

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expedição que contou, entre outros, com a colaboração de investigadores do MARE. A investigação focou-se na costa norte de Timor-Leste entre Liquiçá, Dili e Manatutu, com uma curta incursão na ilha de Atauro. Os investigadores identificaram mais de 130 espécies diferentes de nudibrânquios, pertencentes a 55 géneros. Destes, cerca de 30 espécies são novas para a ciência – aguardam, agora, o processo de descrição formal que será posteriormente publicado em artigos científicos. “A diversidade encontrada em Timor-Leste é superior à de outras regiões como Maldivas ou Moçambique, e muito superior à

encontrada nas Caraíbas (Cuba, Bermudas, Costa Rica). Compara-se, apenas, à das Filipinas ou da Indonésia”, começa por explicar Marta Pola, investigadora da Universidade Autónoma de Madrid que participou na expedição. “Tendo em conta que estivemos apenas 15 dias, e numa única franja da costa norte da ilha, temos muito ainda por explorar”, acrescenta Joaquim Reis, um dos investigadores do MARE. Timor-Leste encontra-se no chamado “triângulo de coral”, reconhecido como o centro global da biodiversidade marinha e prioridade global para a conservação. É aqui que a maior diversidade de organismos marinhos


Notícias do Mar

do mundo é encontrada. No entanto, os estudos sobre a biodiversidade marinha em Timor-Leste ainda são praticamente inexistentes. Esta expedição a Timor revelou uma enorme diversidade de espécies numa região pouco explorada, com a qual temos, em Portugal, uma enorme proximidade cultural. “Aprofundar o conhecimento destas espécies traz inúmeras vantagens: revela recursos biológicos muito diversos e ainda por descobrir que podem vir a ter utilidade para o ser humano, por exemplo no desenvolvimento de novos fármacos. Esta recolha de informação permite-nos ainda detalhar e tomar decisões estratégicas como a criação de zonas protegidas ou de parques nacionais, à semelhança do que se faz na vizinha Indonésia, com potenciais benefícios também para o turismo e desenvolvimento do país”, acrescenta o investigador. Os resultados da expedição demonstram a relevância de Timor-Leste para a biodiversidade marinha e

Os nudibrânquios são um importante recurso para a indústria farmacêutica reforçam a importância de priorizar a sua conservação. Revela também a urgência de se proceder a estudos mais generalizados sobre a biodiversidade no país, uma vez que o conhecimento do património natural da região é essencial para delinear estratégias de conservação eficazes. Para Ivan Loria Shelley e Kate Barker, proprietários da

A diversidade encontrada em Timor-Leste é superior à de outras regiões

Os nudibrânquios podem ser usados no desenvolvimento de novos fármacos 2024 Janeiro 445

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Notícias do Mar

Dreamers Dive Academy Timor Lda, a operadora local que acompanhou a expedição, “foi um enorme privilégio participar nesta expedição. A investigação científica e a conservação são extremamente interessantes, não só para nós, como para as organizações e instituições de ensino locais, como a Universidade Nacional de Timor. Infelizmente, o país apresenta alguns desafios a nível logístico, a par de uma burocracia que não facilita os processos, desafios que surgem por se

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Notícias do Mar

tratar de uma nação jovem, mas que são superados precisamente com este tipo de colaborações entre operadores locais, instituições de ensino e autoridades”. Para Ivan Loria, para além de uma oportunidade única para explorar e enriquecer conhecimento sobre a biodiversidade local, projetos como este colocam Timor-Leste no mapa, atraindo um tipo de turismo que oferece uma alternativa económica muito necessária no país. “Estou muito orgulhoso por ter participado nesta expedição. Fico feliz por saber que o mundo pode assistir à vida maravilhosa que cá temos e por podermos ensinar aos timorenses a importância de proteger os nossos recifes”,

continua Luis Melky Berehuno, primeiro instrutor de mergulho timorense. “Espero que este tipo de expedições continue e que no futuro possam ser construídas melhores parcerias entre universidades internacionais e locais, contando com a colaboração das nossas autoridades para ampliar o conhecimento dos nossos ecossistemas marinhos e educar a juventude timorense”, acrescenta Jake Lasi, Dive-master de Mergulho Local. Para Joaquim Reis e Marta Pola, não há dúvidas: “se com apenas 15 dias no terreno voltamos com estes resultados, imagine-se o que faríamos com mais. Aguardamos, com expectativa, apoios que nos per-

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Notícias do Mar

bientais da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e da Universidade Autónoma de Madrid, e contou também com a colaboração da Universidade de Timor-Leste, do Instituto Português de Malacologia, da Universidade de Cádiz e da Dreamers Dive Academy, um centro de mergulho e investigação em Timor-Leste.

Timor-Leste é reconhecido como centro global da biodiversidade marinha mitam regressar e expandir o âmbito, tanto a nível geográfico como de organismos e habitats”. O que são nudibrânquios? Moluscos sem concha exclusivamente marinhos vulgarmente conhecidos por “lesmas-do-mar”. Grupo muito diverso, conta com aproximadamente 4000 espécies descritas, e muitas mais por descrever. Inofensivos para os seres humanos, muitas contêm compostos químicos, que usam para se defender de predadores. Estes mesmos químicos levam a que

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sejam alvo frequente da indústria farmacêutica, uma vez que são uma fonte potencial para o desenvolvimento de novos fármacos. Apresentam, frequentemente padrões de cores vivas chamativos, pelo que são muito apreciados por fotógrafos subaquáticos. Sobre os exemplares encontrados Dos exemplares identificados destacam-se pela sua abundância espécies da familia Phyllidiidae (Phyllidia elegans, Phyllidia ocellata, Phyllidia picta, Phyllidiella nigra, Phyllidiella pustulosa, Phyllidiopsis annae,

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Reticulidia fungia), da familia Myrrhinidae (como Phyllodesmium briareum e Phyllodesmium longicirrum) e da família Nembrothinae (Nembrotha kubaryana, N. chamberlaini, N. lineolata, N. yonowae, Tambja affinis, etc.). Sobre a expedição A expedição deve a duração de 15 dias e focou-se na costa norte de Timor-Leste entre Liquiçá, Dili e Manatutu, com uma curta incursão na ilha de Atauro. Contou com a participação de investigadores do MARE-Centro de Ciências Marinhas e Am-

Sobre o MARE O MARE - Centro de Ciências do Mar e do Ambiente - é um centro de investigação científica, desenvolvimento tecnológico e inovação com competências para o estudo de todos os ecossistemas aquáticos, na vertente continental e no mar. Promove o uso sustentável de recursos e a literacia do oceano disseminando o conhecimento científico e apoiando políticas de desenvolvimento sustentável. Criado em 2015, integra 7 Unidades Regionais de Investigação associadas às seguintes instituições: Universidade de Coimbra (MARE-UCoimbra), Politécnico de Leiria (MARE-Politécnico de Leiria), Universidade de Lisboa (MARE-ULisboa), Universidade Nova de Lisboa (MARE-NOVA), ISPA - Instituto Universitário (MAREISPA), Universidade de Évora (MARE-UÉvora) e ARDITI (MARE-Madeira).


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Electrónica

Notícias nautiradar

Starlink

Navegação com Banda Larga

A Nautiradar, enquanto Agente Revendedor Oficial Starlink e com e xperiência em comunicações por satélite , apresenta s oluções personalizadas capazes de dar resposta às necessidades especificas das embarcações e empresas.

C

om o sistema Starlink, terá acesso a ligação à internet de ultraelevada velocidade! Concebido para qualquer tipo de mercado ou aplicação, este sistema surge como uma excelente opção para diferentes tipos de embarcações. Graças a uma enorme constelação de satélites em Baixa Órbita Terrestre (LEO – Low

Earth Orbit), o Starlink oferece uma cobertura excecional de rede, com velocidades até 220 Mbps. A antena, robusta e elegante, foi desenhada para suportar condições meteorológicas extremas. Permite uma navegação sem falhas na Internet, sendo ideal para atividades de maior intensidade de dados, como streaming de vídeo, monitorização remota e videochamadas. Além de tudo isso, a antena Starlink garante uma segurança melhorada, com encriptação “end-to-end, para uma gestão segura de frotas e confidencialidade dos dados de utilizador através de um portal. Experiência de navegação com banda larga Transforme a sua experiência no mar com acesso a Internet de alta velocidade. Desfrute de entretenimento digital, como streaming de filmes e jogo online, enquanto se mantém em

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Electrónica

contato com amigos e família. A segurança dos seus dados pessoais é garantida através de encriptação eficiente e fiável.

facilita a tomada de decisões rápidas e informadas, permitindo em simultâneo trabalho remoto eficiente, devido a uma baixa latência.

Ligação em mar alto para navios mercantes Beneficie de uma ligação rápida e fiável à Internet em navios mercantes, resistente às mais exigentes condições marítimas. Esta tecnologia permite à tripulação manter um contato forte e fácil com os seus familiares, através de videochamadas de alta qualidade, mesmo em longas travessias oceânicas.

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qualidade, para passageiros. Os passageiros poderão desfrutar de diversos serviços a bordo, como plataformas de streaming ou jogos online, tornando toda a sua viagem mais confortável.

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Surf

5ª Etapa Circuito Nacional de Bodyboard Crédito Agrícola 2023

Joel Rodrigues e Teresa Padrela Campeões Nacionais em Peniche

Joel Rodrigues Joel Rodrigues e Teresa Padrela sagraram-se campeões nacionais de bodyboard, no dia 26 de novembro, na derradeira tirada em Peniche do Circuito Nacional de Bodyboard Crédito Agrícola 2023.

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Joel Rodrigues e Teresa Padrela 52

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eresa Padrela bateu a concorrência de Joana Schenker e da campeã nacional Filipa Broeiro, enquanto o campeão em título, Joel, ultrapassou o conterrâneo da Póvoa de Varzim, Ricardo Rosmaninho. Teresa venceu ainda a etapa enquanto Joel foi quarto classificado nesta tirada do Circuito Nacional de Bodyboard Crédito Agrícola 2023 vencida por Miguel Ferreira. Depois de um primeiro dia completamente dedicado à competição open masculina, no Point Fabril (Praia das Azenhas), a organização mudou a estrutura do campeonato durante a noite para Supertubos e foi aí, no arranque do feminino, que as coisas se começaram a definir para Teresa Padrela, com a eliminação de Joana Schenker nos quartos-de-final da pro-

va, enquanto Teresa Padrela e Filipa Broeiro seguiam em frente para as meias, onde se encontrariam. Nas meias, Filipa superou Teresa e passaram à final, onde, desta vez, a bodyboarder de Carcavelos imperou, deixando Mariana Rosa em segundo e Filipa Broeiro em terceiro, arrecadando a licra verde que distingue a campeã nacional e que Teresa já havia vestido em 2021. Nos homens, a parada estava entre Joel Rodrigues, campeão e líder do “ranking”, e Ricardo Rosmaninho. Numa prova em que o nível de espetáculo foi, provavelmente, o mais alto da temporada, Ricardo Rosmaninho ficou pelo caminho nas meias-finais, deixando a coroa para Joel Rodrigues. Daniel Fonseca, antigo tricampeão nacional, dependia


Surf

da eliminação dos dois rivais e acabou por também ficar matematicamente de fora, apesar de ainda chegar à final. E que final. Miguel Ferreira, quarto do “ranking” deu uma aula de bodyboard progressivo, somando um total de 17.75 pontos, com um 9,5 e um 8,25, deixando Daniel Fonseca, Rodrigo Lopes e Joel Rodrigues em combinação durante a maior parte da bateria. A melhor reação chegou por parte de Fonseca que assinou uma onda de 10 pontos e uma de 7 pontos, enquanto Rodrigo Lopes também respondeu com um 8.60 e um 7.90. Notas que, por si só, seriam suficientes para vencer 90% das baterias. Joel Rodrigues, o quarto classificado somou “apenas” um 6.60 e um 5.50. Uma final incrível. Miguel Ferreira tornou-se assim, o único atleta a vencer duas etapas (também triunfou em Santa Cruz) mas foi traído pela inconsistência das outras três tiradas do ano. Joel Rodrigues, emocionado, promete começar uma dinastia de títulos: “É muito importante para mim ter sido campeão este ano. Esta foi uma das melhores finais que já tive e ser campeão com atletas deste nível é muito gratificante.

Daniel Fonseca Esta época senti-me quase na obrigação de ser campeão e agora espero continuar a sê-lo durante muito tempo.” No final, Teresa Padrela também celebrou a reconquista do título: “Não sei se este título sabe melhor que o primeiro, mas sabe bem coltar a conquistá-lo. Foi mesmo até à última o que é interessante pois mostra que o bodyboard feminino está bem. Não senti pressão, soube o que tinha de fazer graças a muito treino e dedicação e acho que chegar aqui em segundo do ‘ranking’ e vencer me ajudou a crescer como atleta.”

Joel Rodrigues

A Bboardtv é uma marca nacional que exerce a sua atividade no domínio da comunicação, promoção e organização de eventos desportivos, nomeadamente da modalidade bodyboard. É, desde o início de 2021, e após acordo celebrado com a Federação Portuguesa de Surf, promotor do Circuito Nacional de Bodyboard, tendo a seu cargo a organização integral da prova, para além de efetuar a cobertura regular de outras provas nacionais, como o Circuito Nacional de Esperanças, e internacionais, como o European Tour of Bodyboard. Conta com o patrocínio

do Grupo Crédito Agrícola, naming sponsor do Circuito Nacional de Bodyboard e com os apoios da MEO, 360º Surf shop e Nazaré Jet, para além de todos os municípios envolvidos e associações desportivas locais. Comunicado A FPS informa que, por decisão unilateral da Linksource (empresa que gere a marca BBoardTV), foi terminado o protocolo que atribuía àquela entidade a organização e a exploração comercial do Circuito Nacional Bodyboard Open desde 2019. A FPS lamenta este desfecho, ao qual chegámos

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Surf

Filipa Broeiro

Joana Schenker

Miguel Ferreira após um processo negocial intenso e de um esforço da FPS para acomodar várias exigências apresentadas pela

empresa que tinha a seu cargo os direitos comerciais do circuito, no sentido de apoiar a continuidade do projeto da

Daniel Fonseca 54

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BboardTV. No entanto, este esforço financeiro, técnico, logístico e administrativo não foi reconhecido, levantandose a necessidade de apoio

financeiro direto ao circuito (algo sem equivalência em qualquer outro circuito da FPS) sem quaisquer contrapartidas ou condições para atletas. Agradecemos o trabalho realizado pela BboardTV nos últimos 4 anos, e o essencial apoio dos seus patrocinadores e parceiros na promoção do Bodyboard em Portugal. Anunciamos que, nos próximos dias, abriremos o processo relativo à organização do Circuito Nacional Bodyboard Open com o envio dos Cadernos de Encargos para este circuito e as provas que o possam constituir. Para qualquer esclarecimento adicional, poderão ser usados os contactos da Federação Portuguesa de Surf através do e-mail fps@surfingportugal.com.

Miguel Ferreira


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Vela

Notícias do Clube Naval de Cascais

Fotografia: Luis Fráguas

Regata de Natal Reuniu Mais de 200 Velejadores

Regata de Natal do Clube Naval de Cascais

Na Baía de Cascais, nos dias 1 a 3 de dezembro, mais de 200 velejadores competiram nos últimos dias na já tradicional Regata de Natal Lusitania do Clube Naval de Cascais.

Fotografia: Luis Fráguas

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ste evento é um campeonato que para além da sua competitividade, é também conhecido pelo seus momentos de convívio a saborear chocolate quente e pela sua intergeracionalidade: nesta edição houve participantes dos oito aos setenta anos. A prova reuniu seis classes, sendo que quatro delas disputaram regatas logo na sextafeira - Optimist, ILCA4, ILCA6 e 420 -, e duas juntaram-se ao campeonato no fim-de-semana - SB20 e Finn. Nos Optimist, entre mais de 65 velejadores, Leonor Lopes – do Clube Naútico de Tavira -, dominou todos os dias e terminou em primeiro lugar, escrevendo assim o seu nome no


Regata

Regata de SB20 2024 Janeiro 445

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Fotografia: Alfred Farre

Regata

Fotografia: João Saraiva Mendes

Troféu Barros Pereira. Manuel Sencio – da Associação Naval de Lisboa - foi segundo, André Caires – do Centro de Treino de Mar-, terceiro, e Guilherme Costa - do Clube Naval de Cascais - venceu entre os infantis. Nos ILCA 4, Jannis Tomáz, do Clube de Vela de Lagos, alcançou o primeiro lugar, seguido por Kuzey Karis e Carlijn Kam, ambos do clube anfitrião. Já nos ILCA6, o pódio foi composto inteiramente por velejadores do Clube Naval de Cascais: João Pontes, que venceu todas as regatas, Max de Groot e Boudie Van Dishoeck. Nos 420 a vitória foi renhida até à última regata, com Francisco Uva Sancho e José Vozone do Clube Naval de Cascais a vencerem, imediatamente seguidos de Teresa Quartim e Rita Borges, da Associação Naval de Lisboa, e com Tiago Santos e Salvador Fernandes, também eles do Clube Naval de Cascais, a fechar o pódio. Nos SB20 a luta pelos lugares cimeiros foi também intensamente disputada, vencendo Hotel Valverde - de Pedro Mendes Leal, António Pereira, Ricardo Schedel e Maria Tavares - seguido por Bravo - de António Barros, com Henrique Brites, João Bolina e Francisca Martins -, e AP Hotels - tripulado por Diogo Pereira, Luís Pinheiro, Gonçalo Ramos e Miguel Leal de Faria. Já nos Finns, Fernando Bello terminou em primeiro, Carlos Azevedo em segundo e Jorge Pinheiro de Melo em terceiro. O campeonato contou com o patrocínio da Lusitania Seguros e com o apoio da Câmara Municipal de Cascais, Visit Cascais, Marina de Cascais e Vista Alegre. Teve ainda atribuído o certificado silver no programa clean regattas da Sailors for the Sea - Portugal.

Fotografia: Luis Fráguas

Vela


Notícias do Mar

Última

Notícias do Porto de Lisboa

2023 foi Ano de Recordes da Atividade de Cruzeiros no Porto de Lisboa

O

Porto de Lisboa bateu vários recordes na atividade de cruzeiros em 2023, superando pela primeira vez a barreira dos 700 mil passageiros e a dos 200 mil passageiros de cruzeiro no segmento turnaround, ou seja, nos cruzeiros que têm embarque e/ ou desembarque no terminal de cruzeiros da capital portuguesa. No total, contabilizaram-se 758 328 de passageiros de cruzeiros, mais 54% do que em 2022, ultrapassando o anterior recorde que datava 2018, ano que registou 577 603 passageiros de cruzeiro. O número de passageiros em trânsito atingiu os 554 324, um crescimento de 37%, face a 2022. Já o segmento turnaround totalizou 204 004, um aumento de 131%, em comparação com o mesmo ano, com

a contabilização de 102 680 passageiros embarcados e 101 324 desembarcados. 83 milhões de euros de impacto económico direto De acordo com o Estudo de Impacto Económico da Atividade de Cruzeiros em Lisboa, promovido pela APL, em parceria com a LCP e realizado pela Netsonda e a Nova SBE, um passageiro embarcado gasta em média em Lisboa 367 euros e um passageiro em trânsito 82 euros. Considerando que em 2023 embarcaram no Porto de Lisboa 102 680 passageiros e estiveram em trânsito 554 324, isso significa que a atividade de cruzeiros gerou mais de 83 milhões de euros de impacto económico direto. A propósitos destes números, o Presidente do Conselho de Ad-

ministração do Porto de Lisboa (APL), Carlos Correia, destaca que: “o ano de 2023 foi, indiscutivelmente, o melhor de sempre da atividade de cruzeiros em Lisboa, o que reflete o sucesso da estratégia de valorização e qualificação da indústria de cruzeiros na capital portuguesa coordenada pela APL e pelo concessionário.” “Estamos perante excelentes notícias para o desenvolvimento económico-social de toda a região, com a boa notícia adicional que foram os resultados do estudo ambiental relativo aos cruzeiros em Lisboa, realizado para a APL pela CLIA - Associação Internacional de Linhas de Cruzeiros, em parceria com o Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade Rovira i Virgili (Tarragona, Espanha). Recor-

do que esse estudo revela que os níveis de concentração de poluição na capital portuguesa não são influenciados de forma significativa pela atividade de cruzeiros. A acrescer o facto do Porto de Lisboa continuar a trabalhar no processo de eletrificação do terminal de cruzeiros para mitigar tanto quanto possível os impactes ambientais da atividade de cruzeiros”, sublinha ainda Carlos Correia. O estudo atrás referido analisou os níveis de dióxido de nitrogénio (NO2), dióxido de enxofre (SO2), monóxido de carbono (CO) e material particulado (PM10). De acordo com os dados analisados, qualquer contribuição dos navios de cruzeiro para o aumento dos níveis locais de vários poluentes atmosféricos como o SO2 e o PM10, é muito limitada. Em termos de quantidade de monóxido de carbono e de ozono na qualidade do ar local, o impacto da atividade de cruzeiros revela-se mesmo insignificante. Mesmo com um tráfego de navios muito superior ao que o Terminal de Cruzeiros de Lisboa pode acomodar, os resultados para os níveis de NO2 teriam uma classificação “razoável” ou “moderada”, de acordo com o Índice de Qualidade do Ar (IQA) da Agência Europeia do Ambiente (AEA).

Director: Antero dos Santos - mar.antero@gmail.com Director Comercial: João Carlos Reis - noticiasdomar@media4u.pt Paginação e Redação: Tiago Bento - tiagoasben@gmail.com Editor de Motonáutica: Gustavo Bahia Colaboração: Carlos Salgado, Carlos Cupeto, Hugo Silva, José Tourais, José de Sousa, João Rocha, João Zamith, Federação Portuguesa de Actividades Subaquáticas, Federação Portuguesa de Motonáutica, Federação Portuguesa de Pesca Desportiva do Alto Mar, Federação Portuguesa Surf, Federação Portuguesa de Vela, Associação Nacional de Surfistas, Big Game Club de Portugal, Club Naval da Horta, Club Naval de Sesimbra, Jet Ski Clube de Portugal, Surf Clube de Viana, Associação Portuguesa de WindSurfing Administração, Redação: Tlm: 91 964 28 00

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