Angiologia para Clínicos

Page 26

8

ANGIOLOGIA PARA CLÍNICOS

A

B

Figura 2.5 (A e B) Ultrassom de aneurisma da aorta abdominal. Corte transverso sem Doppler (A). Corte longitudinal com Doppler (B). Observar grande trombo mural (A) e o fluxo turbilhonar detectado com o Doppler em (B) Fonte: cortesia do Dr. Ernesto Pantaleo.

A angiografia não tem muita importância diagnóstica, pois é método invasivo que utiliza contraste potencialmente nefrotóxico sem permitir a real avaliação do diâmetro do aneurisma, uma vez que visualiza a luz do vaso livre de trombos, o que não corresponde à luz verdadeira do aneurisma. Mesmo assim pode ser utilizada em algumas situações específicas para planejamento cirúrgico. Importante ressaltar que o paciente com patologia aneurismática costuma apresentar patologias ateroscleróticas associadas, como a coronariana e a carotídea, diminuição da função renal e alterações respiratórias (enfisema pulmonar), que devem ser consideradas nos planejamentos terapêuticos.

ilíacas finas ou tortuosas), a melhor indicação será a cirurgia convencional. ■■ Pacientes mais idosos, com pior risco cirúrgico e anatomia favorável (poucas angulações, colo proximal livre de trombos com pelo menos 1,5cm de distância da renal mais baixa, e ilíacas pérvias com diâmetros maiores que 6mm) a melhor opção será o implante de endoprótese por via endovascular (Figura 2.6).

Conduta As condutas terapêuticas devem levar em conta os riscos da evolução natural do aneurisma para a ruptura e os riscos das intervenções cirúrgicas, convencional ou via endovascular. Nesse sentido é importante ressaltar que o risco de ruptura acompanha o aumento do diâmetro do aneurisma. Embora pequenos aneurismas possam romper, inúmeros estudos evidenciam que os riscos da evolução natural da doença aneurismática abdominal ultrapassam os cirúrgicos quando o diâmetro do aneurisma é maior que 5,5cm em homens e 4,5cm em mulheres. A indicação cirúrgica e de correção endovascular é motivo de debate constante e pode ser abordada da seguinte maneira:5 ■■ Pacientes mais jovens, com melhor risco cirúrgico, ou nos casos de anatomia desfavorável do aneurisma (angulações acentuadas, colo proximal menor que 1,5cm,

Angiologia para Clinicos - cap-02.indd 8

Figura 2.6 AAA corrigido por endoprótese Fonte: arquivo do Dr. Abdo Farret Neto.

01/10/2012 14:18:44


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.