AUTODISRUPÇÃO: HÁ VIDA DEPOIS DA CRISE

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autodisrupção: há vida depois da crise ANNA HEUSELER


antes de tudo... Não espere e não busque por respostas prontas. Respostas podem mudar a qualquer momento. Ao contrário do que a gente aprendeu, mesmo que as perguntas sejam iguais, as respostas nem sempre são as mesmas. Apenas leia e esteja consciente do que acontece no seu corpo e na sua cabecinha ao longo desse pequeno livro. Pegue papel, caneta e anote/desenhe tudo o que vier.

Tudo mesmo, sem filtros.



mas... AUTO O QUE?

disrupção,

Muita gente tem falado sobre já percebeu? Normalmente dentro de um contexto de empreendedorismo. Mas vou pegar emprestado aqui pra falar de processos internos de transformação. Afinal, antes de mais nada, cada um é empreendedor de si mesmo… ou deveria ser.

autodisrupção de si mesmo

interrupção do curso normal de um processo

Autodisrupção tem o significado, aqui, de parar de fazer as coisas no automático pra conseguir gerar uma

transformação interior de verdade.


Você provavelmente deve ter se perguntado quem sou eu e porque estou escrevendo sobre esse assunto, adivinhei? Então vou contar rapidamente como parei aqui, sendo lida por você. Me chamo Anna Heuseler — muito prazer! — e sou, acima de tudo, uma buscadora:

uma buscadora de perguntas.

Percebi que as perguntas me movem muito mais que as respostas. Sempre fui uma pessoa dita “normal”. Daquelas que nasce, cresce, vivencia suas experiências com conforto na casa dos pais e passa numa faculdade que dá boas chances de ganhar dinheiro. Acontece que, no meio disso...


Ano de 2012. Eu estava no ônibus, voltando de uma viagem, e tive a sensação terrível de que ia morrer, absolutamente do nada. Desesperei. Entrei numa ambulância e todos meus sinais vitais estavam absolutamente normais. Dias depois fui descobrir que chamavam isso de pânico. E, assim, fui diagnosticada por uma amiga e depois por um médico: — Você teve uma crise de pânico. Ao longo desse ano vieram outras crises e não tive outra alternativa senão parar com tudo o que estava fazendo. Eu nem conseguia sair de casa direito. Paralisei por meses e fiquei completamente perdida, sem chão. E sabe o que me moveu, enfim? As

perguntas que comecei a me fazer.



Esse ainda não é o espaço para eu te contar como tudo se desenrolou de 2012 até aqui, mas o que posso dizer é que essas crises me deram a de me transformar profundamente.

oportunidade

Eu precisava saber quem eu era nessa história toda e o que realmente fazia sentido pra mim.


Se encontrei todas as respostas?

movimento

Não exatamente. Quando tomei gosto pelo que as perguntas me davam, as respostas nem eram mais tão importantes. O fato é que nesse momento entrei em contato comigo como nunca

questionar

tinha feito. Comecei a tudo à minha volta e percebi quanta besteira eu tinha ouvido e aceito como verdade. A partir daí nunca fui a mesma. E, a cada dia, sigo me transformando.


crise

Os momentos de são bastante oportunos para uma grande transformação. Você leu, eu sou prova disso. Posso seguramente dizer que esses momentos são perfeitos para a tal Esses momentos tem uma grande contradição entre tudo o que se tem feito e o que se acredita de verdade. Ou seja, eles te obrigam a se mexer, quer você queira ou não.

autodisrupção.

vamos lá, então...


Quando consegui respirar no meio da crise, surgiu uma baita Eu não estava mais anestesiada e senti que precisava nascer de novo, que precisava ver o mundo como uma criança, onde tudo é uma grande novidade. Como toda criança, comecei a fazer mil perguntas. Como ninguém vai ler mil perguntas, deixo aqui as que mais me

inquietação.

cinco

moveram.


O que me faz acordar todos os dias com vontade de viver?


Se eu morresse amanhĂŁ, o que gostaria de fazer hoje?


Meu trabalho tem algo a ver com essas duas perguntas anteriores?


Tirando tudo o que falaram sobre mim, como eu me reconheรงo hoje?


Eu consigo ficar a sรณs numa boa, desfrutando a minha companhia?


Antes de continuar a ler, fique um pouco em

silêncio. Feche os olhos, se possível. O silêncio é tão potente quanto as perguntas.


Não sei se você já se deu conta, mas essas 5 perguntinhas foram só o começo de uma jornada que ainda não terminou.

ufa! to viva! lugares

Essas perguntas me levaram a que eu nunca tinha ido e me conectaram à que eu nunca tinha conversado.

pessoas

Acredite, estar com gente cada vez mais consciente de si é um dos maiores impulsionadores dessa jornada. Assim, conectar pessoas disruptivas virou um

grande propósito.


Tem uma perguntinha que eu não escrevi ali em cima. Ela me ocupou durante um bom tempo. E eu não escrevi porque faço questão de te falar. Lembra que eu disse que respostas não tem tanta importância? Tem uma exceção. E, caso você tenha essa dúvida em algum momento, pode confiar:

você não está só. Anna

Arte: César Pires @grausolucoes


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