Revista Automotive Business - edição 22

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ARREFECIMENTO E CLIMATIZAÇÃO

OS MOTORES DE

Diante disso, as empresas se empenham para incorporar tecnologias que permitam ampla utilização do sistema com o menor consumo possível. A resposta da Delphi a este desafio é a redução de peso dos componentes do sistema e a utilização de compressores de deslocamento variável, que trabalham de forma contínua na reposição da temperatura, o que demanda menor carga no eixo do motor. “A economia é de 8% a 10% em relação a um compressor fixo”, afirma Noro. A companhia investiu aproximadamente US$ 40 milhões na atualização do parque tecnológico de Jaguariúna (SP), responsável pelos produtos de climatização. A planta trabalha em três turnos na produção de compressores variáveis, caixas de ar e trocadores de calor. “Já estudamos a expansão desta unidade para 2015”, revela. Outra empresa atuante no setor é a Bosch, que aposta em sistemas de climatização mais eficientes em até 2%, com motores eletrônicos. “Estes 2% representam mais de 10% da necessidade da maioria das montadoras para atingir as metas do Inovar-Auto”, calcula Américo Garcia Salmazi, responsável pelo departa-

ARREFECIMENTO E CLIMATIZAÇÃO ELETRÔNICOS SÃO SOLUÇÕES TECNOLOGICAMENTE DISPONÍVEIS AMÉRICO GARCIA SALMAZI, da Bosch

DIVULGAÇÃO / BORGWARNER

mento de engenharia de aplicação para produtos Thermal Systems da divisão Electrical Drives da Bosch. “Os motores de arrefecimento e climatização eletrônicos incorporam soluções tecnologicamente disponíveis, que poderão substituir os atuais motores com escovas”, afirma o executivo. Nos últimos sete anos, o Grupo Bosch investiu mais de R$ 550 milhões em ativos fixos em suas operações na América Latina. Para 2013, a empresa planeja aplicar cerca de R$ 35 milhões nas suas divisões na

RICARDO PINTO, da BorgWarner, aposta no aumento da procura pela tecnologia Visctronic

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região para instalar de novas linhas de produtos com foco na expansão da capacidade produtiva atual. “No caso de sistemas de climatização e arrefecimento, nossa capacidade é suficiente para atender a demanda atual. Já as novas tecnologias que poderão ser utilizadas para atingir as metas do Inovar-Auto poderão exigir adequações em nossa cadeia produtiva”, revela. ARREFECIMENTO O mercado de sistemas de arrefecimento deverá crescer na mesma proporção da produção de veículos, uma vez que todo automóvel dispõe desses componentes de série. Assim, as estimativas dos fabricantes são de incremento de 4% a 5% no segmento de carros de passeio. Em termos de tecnologia, no entanto, deve haver evolução considerável. A primeira mudança será no sistema empregado. Atualmente, predominam os radiadores mecânicos (70%) ante os brasados (30%). “Em três ou quatro anos haverá uma inversão dessa participação”, acredita Noro. “Os radiadores brasados conseguem ser 20% a 30% mais leves com a mesma eficiência de troca de calor.”

VEÍCULOS COMERCIAIS

S

e, por um lado, o mercado de sistemas de arrefecimento de automóveis de passeio tende a crescer pouco, a história é diferente quando o assunto são veículos comerciais. A BorgWarner, que detém em torno de 60% de market share de embreagens viscosas com controle mecânico ou eletrônico e ventiladores para veículos comerciais, espera expansão significativa este ano, superior a 25% na comparação com 2012. Ricardo Pinto, gerente de engenharia de aplicações da divisão Thermal System da companhia, comenta que a tendência é de maior penetração da tecnologia Visctronic no mercado, além da introdução de ventiladores de última geração, mais eficientes. “Com a entrada do Euro 5, passamos a produzir localmente a embreagem viscosa com controle eletrônico, que garante 1% a 1,5% de economia de combustível se comparada com a de controle mecânico”, diz o executivo.


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