Revista Automotive Business - edição 22

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INTERIORES

AVANÇO DO SEGMENTO FABRICANTES SE ANTECIPAM E AUMENTAM CAPACIDADE PARA ATENDER ALTA DA DEMANDA

FAURECIA ampliou fĂĄbrica de Porto Real (RJ) para atender a demanda da Peugeot e da Nissan

SUELI REIS

A

e decoração de superfĂ­cies. Contudo, apesar da capacidade atual da empresa em desenvolvimento e produção, ainda hĂĄ certa dificuldade na base da cadeia: “Percebemos um movimento para que o desenvolvimento e a construção de ferramentais sejam feitos localmente, mas esbarramos em dois grandes problemas: a falta de capacidade instalada dos fornecedores e sua falta de competitividade em termos de preço versus prazoâ€?, alerta Maciel. No caso da Chris Cintos, a ideia ĂŠ internalizar tudo quanto possĂ­vel. O diretor comercial, Edson Spirim, explica as saĂ­das encontradas para as necessidades locais: “No momento, trabalhamos com algumas montadoras no processo de substituição FOTOS: DIVULGAĂ‡ĂƒO / FAURECIA

ntes mesmo da definição do novo regime automotivo, as fabricantes de autopeças prepararam os bolsos e tomaram fĂ´lego para atender a exigente demanda da indĂşstria automotiva, agora guiada pelas determinaçþes do Inovar-Auto, com foco em produtividade e em nĂ­veis cada vez maiores de nacionalização. É neste cenĂĄrio que as fornecedoras se pautam para reestruturar suas operaçþes no Brasil. Esse ĂŠ o caso da Faurecia que, por meio de novos contratos com a Ford, ampliou pela segunda vez sua fĂĄbrica localizada em Dias D’à vila (BA) para fornecer partes do interior de modelos fabricados em Camaçari, alĂŠm de inaugurar em janeiro deste ano uma nova fĂĄbrica em Porto Real (RJ) com objetivo de atender os volumes da Peugeot e da Nissan. A Chris Cintos, fabricante do sistema de cintos de segurança, trilha o mesmo caminho. Nos Ăşltimos anos, a empresa passou a produzir retratores com limitadores de carga e pretensionadores. Embora esses produtos nĂŁo sejam novidade no mercado mundial, no Brasil a organização ĂŠ a primeira a desenvolver e fabricar com Ă­ndice de nacionalização acima de 90%. Para o diretor da divisĂŁo de sistemas de interiores da Faurecia para a AmĂŠrica do Sul, Francisco Maciel, as grandes novidades para o mercado da regiĂŁo sĂŁo peças de aparĂŞncia e acabamento com novas tecnologias de pintura

de produtos importados. Realizamos investimentos na aquisição de equipamentos de produção de componentes plĂĄsticos e metĂĄlicos e pesadamente na ferramentaria: 100% dos nossos ferramentais e moldes sĂŁo projetados e construĂ­dos internamenteâ€?, conta. Os executivos concordam que incentivos Ă cadeia de produção sĂŁo muito bem-vindos, com medidas que contribuam para a melhora da competitividade brasileira, como a reforma tributĂĄria, visando simplificação e redução da carga; investimentos reais em infraestrutura e educação, alĂŠm de definiçþes mais claras sobre aumento dos preços nos insumos e da mĂŁo de obra, que, por ora, nĂŁo sĂŁo repassados aos preços das autopeças. „

ESBARRAMOS NA FALTA DE CAPACIDADE INSTALADA DOS FORNECEDORES FRANCISCO MACIEL, diretor da divisĂŁo de sistemas de interiores da Faurecia para a AmĂŠrica do Sul

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