Textos da XI Assembleia Nacional da AMI

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LINHA IDEOLÓGICA

Comunismo e decrescimento: “Os temas de Anders giram constantemente entorno ao problema de como a técnica ganha cada vez mais poder violência sobre o ser humano. Explica-no-lo nas suas três teses fundamentais, que som: que o homem nom está à altura da perfeiçom dos seus produtos; que produz mais do que pode imaginar e do que pode se responsabiliza, e que acha que todo o que é capaz de produzir pode faze-lo e nom apenas isso, mas que deve faze-lo”. Manfred Bissinger, biógrafo e interprete de Günther Anders Analisamos o capitalismo desde as ferramentas do marxismo. Interpretamos a história dumha ótica dialética e de luita de classes na que a maioria social é explorada por umha minoria exploradora. Entendemos que o neoliberalismo é umha volta de porca desta situaçom e que os avanços do capital nas últimas décadas ultrapassaram o aspeto económico analisado no marxismo. Muitas outras aportaçons -fundamentalmente de género e culturais- enriquecem esta análise, já que nom som exclusivas do capital as formas de poder e dominaçom. Mas a este nível defendemos que o único modelo justo é no que os bens sejam comuns; que os meios de produçom estejam em maos da conjunto da populaçom. Que se limite a propriedade privada para evitar qualquer possibilidade de processos acumulativos e especulativos. E que o sentido do trabalho e dos avanços tecnológicos esteja Nom queremos sempre supeditados a consensos sociais sobre a necessidade e idoneidade dos reproduzir um mesmos. Nom queremos reproduzir um sistema produtivista e desumanizado, sistema produtivista por muito que os “recursos” estivessem igualitariamente repartidos. Para isto a e desumanizado, lógica tem que ser outra, apoderar-se dos meios de produçom, mas nom para por muito que os seguir produzindo igual e acriticamente. Acreditamos na máxima marxista da “recursos” estivessem necessidade de aboliçom do trabalho assalariado, e na capacidade de realizaçom igualitariamente do ser humano livre, através da praxe, longe de relaçons de exploraçom. Aliás, repartidos. Para isto qualquer sistema económico baseado no trabalho assalariado e na propriedade a lógica tem que ser privada requer um aparelho coercitivo para pór em prática o “direito” à outra, apoderarpropriedade. se dos meios de produçom, mas Sobre a forma de desenvolver a luita socialista de libertaçom nom consideramos nom para seguir imprescindível hoje a forma clássica de ditadura do proletariado como única produzindo igual e forma de chegar ao comunismo. Achamos que formas de contra-poder e acriticamente. autonomia popular podem dar também resultado emancipatório. Nom acreditamos em que seja imprescindível organizar-se num marco estatal convencional de estrutura centralista e gerido por umha vanguarda revolucionária organizada num partido comunista clássico. As comunidades humanas organizarom-se durante séculos em outras fórmulas diferentes ao Estado moderno, criando para a conquista e a dominaçom; modelos conselhistas ou outras fórmulas podem achegar-se mais a outra lógica menos vertical, a mancomuniade galega tradicional é um bom exemplo.

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