Textos da XI Assembleia Nacional da AMI

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CONTEXTO NACIONAL

quais o poder veicula as suas ofertas de assimilaçom e de morte. Quem sabe a mistura de frustraçom e incomprensom que devem experimentar os mercaderes do CNI, da polícia ou de Instituiçons Penitenciárias ante cada negativa dum militante galego a aceitar algo que “objetivamente nos beneficia”. Os únicos caminhos transitáveis ante o colaboracionismo é a discreçom e o bom trato com todo o movimento, a precauçom e estudo de pessoas sospeitosas, mas sempre desde a apertura e atençom. Tendo a informaçom adequadamente compartimentada os riscos som mínimos, e é muito mais contraproducente excluir pessoas com boa intençom do que preventivamente excluir possíveis companheiras.

II. Contra cálculos de “rendibilidade”

Os apelos à “rendibilidade” lançados por amigos e inimigos, os chamados bem-intencionados e mal-intencionados a que as e os militantes independentistas apliquemos “a lógica”, abandonemos a desobediência e nos beneficiemos dos favores do Estado, nom Os apelos à fam mais que debilitar a Galiza que resiste. “rendibilidade” lançados por amigos e Dum e outro lado chegam-nos vozes dizendo que passar anos em prisom inimigos, os chamados por reconhecermos e defendermos dignamente a nossa condiçom de bem-intencionados e independentistas galegos nom compensa. E tenhem razom. Mas quem nos mal-intencionados a orgulhamos de identificar-nos coa nobre tradiçom de luita e afirmaçom do que as e os militantes povo galego, nom esquecemos que, ao contrário que a maioria dos prisioneiros independentistas de Auschwitz, a naçom galega continua viva e o nosso povo conserva a apliquemos “a lógica”, semente da dignidade graças a pequenos gestos que raras vezes “compensam”. abandonemos a Na Galiza de hoje, dificilmente “compensa” perder um posto de trabalho por desobediência e nos ser galego-falante e nom renegar do idioma, ou por participar numha dessas beneficiemos dos greves gerais com as que há tempo que “nom se consegue nada”: o “inteligente”, favores do Estado, para nom sofrer de forma desnecessária e inútil, seria dirigir-se ao patrom nom fam mais que em perfeito castelhano, declarando o arrependimento ante qualquer atividade debilitar a Galiza que sindical passada e o firme propósito de colaborar coa empresa no que esta resiste. estime necessário. Que dizer no caso de mulheres com filhos que manter e hipotecas que pagar: parece pouco rendível -alguns mesmo diriam “fanático”- arriscar-se a rematar no desemprego por nom tolerar as apalpadelas de um chefe baboso. Mas as independentistas galegas sempre fomos assim, algo “absurdas”, pouco “lógicas”. Começamos a militar esquivando as acusaçons de estarmos equivocados de época, e medramos de costas à “lógica política” do nosso tempo. As nossas análises valoram outras cousas, a dignidade, a lealdade, a razom, a inteireza, a convinçom de que venceremos nós, e a necessidade da luita como única forma de rabunhar algumha liberdade durante as nossas vidas graças a fugir da cumplicidade institucionalizada.

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