Revista Conexão Bahia 206

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edição 206

Empresa de Ourolândia é vencedora do MPE Brasil

POLÍTICAS PÚBLICAS

INOVAÇÃO

Prepare sua empresa para ser fornecedora do governo

Complexo de lazer economiza mais R$ 400 mil por ano com ações sustentáveis


Prêmio

Sebrae Mulher de Negócios Há 10 anos, a gente faz histórias de sucesso como a sua inspirarem ainda mais mulheres a serem donas do seu próprio negócio. O Sebrae quer contar a sua história para todo mundo. Participe! Faça a sua inscrição de 8 de março a 31 de julho.

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Publicação do Sebrae Bahia nº 206, Abril de 2014 Filiada à Aberje Presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Bahia João Martins da Silva Júnior Diretor-superintendente Edival Passos Souza Diretores Lauro Alberto Chaves Ramos Luiz Henrique Mendonça Barreto Unidade de Marketing e Comunicação Coordenação Cássia Montenegro (DRT 1052) Equipe Alice Vargas, Mauro Viana, Pedro Soledade, Rafael Pastori, Rodrigo Rangel, Vanessa Câmera. Estagiários: Daiane Santiago, Daniela Santos, Isabel Santos e Thais Almeida. Agência Sebrae de Notícias (Varjão & Associados Comunicação) Anaísa Freitas, Carla Fonseca, Carlos Baumgarten, Cristhiane Castro, Cristina Laura, Laiana Menezes, Maria Clara Lima, Gustavo Rozario, Fernanda Barros, Nara Zaneli, Tamara Leal, Silvia Torres, Maiane Matos, Renata Smith e Silvia Araújo. Revisão Anaísa Freitas e Carlos Baumgarten Edição Carla Fonseca Edição de Fotografia Mateus Pereira

Empresa baiana vence o Prêmio MPE Brasil A empresa Ourocar Autocenter, de Ourolândia (BA), foi a vencedora da etapa nacional no Prêmio MPE Brasil, na categoria Responsabilidade Social. O projeto “Aprendendo a Reciclar Reciclando” foi construído com o envolvimento dos colaboradores da empresa, que fechou uma parceria com a Escola Municipal de Ourolândia e levou a ideia de arte e reciclagem aos alunos. Detalhes desta prática de sucesso você confere na reportagem especial da Revista Conexão, edição nº 206. Após quatro anos de atuação na venda e assistência do setor automotivo, os empresários João Jacson Soares e Osvaldo Freire Júnior resolveram investir na área socioambiental, para trabalhar com a reciclagem do lixo produzido pela própria em-

presa. A ideia envolveu não só a escola e a empresa, mas a família e, aos poucos, a população foi enxergando os resultados. Em 2013, foram treinadas 66 crianças e este ano o número vai dobrar. O que a empresa precisa para se tornar fornecedora do governo? Qual o momento em que isso pode acontecer? O governo é bom pagador? As respostas para estas perguntas você confere na entrevista feita com o gerente da Unidade de Políticas Públicas do Sebrae Nacional, Bruno Quick. Ele avalia o segmento de compras públicas no Brasil e ressalta a atividade como uma oportunidade de mercado para as micro e pequenas empresas e para os microempreendedores individuais. Boa leitura! Foto: Marcos Santiago

Expediente

Capa Marcos Santiago Projeto Gráfico Solisluna Editora Editoração Objectiva Impressão Qualigraf Serviços Gráficos e Editora Ltda Tiragem 15.000 exemplares Cartas Sebrae – Unidade de Marketing e Comunicação Rua Horácio César, 64, Dois de Julho Salvador, Bahia. CEP: 40060-350. marketing@ba.sebrae.com.br Telefones 71 3320.4558/4367 Agência Sebrae de Notícias www.ba.agenciasebrae.com.br

Crianças da Escola Municipal de Ourolândia aprendem que o lixo pode se transformar em brinquedo A utilização da marca Sebrae é de uso exclusivo do titular da mesma. Seu uso por terceiros, sem autorização prévia, expressa e formal da Unidade de Marketing e Comunicação do Sebrae Bahia, é passível de punição, conforme previsto pela Lei da Propriedade Industrial nº 9279/96.


Sumário 30

6 Agronegócio Beleza natural é cenário para bons negócios

10 Políticas públicas Compras Governamentais

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Inovação e tecnologia Descartando desperdícios

ENTREVISTA Marcelo Toledo O desafio das startups

16 COMÉRCIO E SERVIÇOS Reciclagem + Educação = Arte e Prêmio Escola Cisne na linha do sucesso MPE Brasil está com inscrições abertas

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21

32

37

Economia criativa A base do som

Mercado Quer franquear seu negócio? Açaí & Saúde

indústria Gestão eficiente

24

MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL Quem quer dinheiro?

35

educação empreendedora Iniciação ao pequeno negócio

37 26

Empreendedorismo Culinária artesanal

38 SEBRAE PERTO DE VOCÊ


Fotos: Maurício Maron

Agronegócio

O Orquidário Comercial do empresário Marcos Fraga foi destaque no evento

Beleza natural é cenário para bons negócios Feira de Flores e Chocolate do Sul da Bahia oferece a oportunidade de realizar negócios e promoções de produtos em um ambiente com valor paisagístico e cultural agregado Durante 25 anos, o empresário Mar-

de grande porte, em Ilhéus. Tam-

questionada. “Precisava criar condi-

cos Fraga se dedicou à complexa ta-

bém acumulava o atendimento a

ções para ter um negócio onde pu-

refa de contabilizar o movimento

mais 20 clientes em um escritório

desse unir uma paixão à uma maior

fiscal e tocar os setores de recursos

particular. A vida agitada, apesar

qualidade de vida e que desse para

humanos e financeiro de empresas

de lucrativa, era permanentemente

ganhar um dinheirinho”, lembra.

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Revista Conexão


Há um ano, após planejar o caminho e mudar radicalmente de vida, Marcola – como é mais conhecido – resolveu montar um Orquidário Comercial legalizado, atendendo a todas as exigências do mercado. Em parceria com os proprietários da Fazenda Yrerê, de cacau e turismo rural, localizada na rodovia Ilhéus/Itabuna – montou uma estufa de 300 metros quadrados e iniciou a comercialização de espécies orgânicas (sem cruzamento) e híbridas (cruzadas com espécies próximas). Foi nesse cenário natural exuberante que aconteceu em março a I Feira de Flores e Chocolate do Sul da Bahia, com a proposta de oferecer aos empreendedores a oportunidade de realizar negócios e promoções de seus produtos em um ambiente de valor paisagístico e cultural inestimável. Marcaram presença 15 expositores apresentando produtos que começam a ser inseridos no mercado baiano. Segundo os organizadores, durante dois dias, o evento movimentou, em negócios, mais de R$ 80 mil.

Marcola e as orquídeas foram destaque. A empresa comercializou 169 unidades. Um recorde. “Foi bastante positivo”, contabiliza o dono da fazenda Yrerê, Gerson Marques. “O evento reuniu as principais tendências do novo modelo de desenvolvimento rural da região, com a presença do Chocolate, da Agrofloresta, do Turismo Rural e da Floricultura”, completa. Quem visitou o local encontrou uma série de opções de lazer. Os turistas puderam andar por trilhas, colher e degustar um cacau “tirado do pé,” e fizeram compras em uma lojinha com diversas marcas de chocolates finos regionais, feitos com amêndoas orgânicas. Gerson Marques também destaca a parceria com o Sebrae. “A entidade viabilizou a infraestrutura e os cursos. Neste sentido, as próximas edições vão se aprofundar na realização de capacitação para pequenos produtores rurais”, adianta. A II Feira de Flores e Chocolate do Sul da Bahia já está confirmada para acontecer de 1º a 3 de maio de 2015.

Fazenda Yrerê O orquidário passou a ser um dos pontos mais visitados da Fazenda Yrerê. O que começou de forma tímida ganhou arrojo. Hoje são mais de 2,5 mil plantas à disposição do mercado, com preços que variam de R$ 25 a R$ 130. Além das orquídeas, o local oferece substratos, adubos, vasos e até produtos para controle fitossanitário. Por mês, Marcola já consegue negociar cerca de 300 unidades, a maior parte para o próprio mercado regional. “Apenas 25% dos meus clientes são turistas”, revela. O empresário enxerga no Sebrae a ajuda que precisa para ampliar o negócio. A ideia é desenvolver, em parceria com a instituição, uma marca do produto, conseguir novos financiamentos e promover um estudo de mercado a fim de expandir a distribuição. “Descobri que posso ir muito além depois de ter participado de algumas atividades fora daqui da fazenda. Levei as flores para Serra Grande, em Itacaré, e Belmonte, na Costa do Descobrimento, no

A próxima feira acontece de 1º a 3 de maio de 2015. Visitantes convivem com a rotina dos trabalhadores de cacau

Sebrae Bahia

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extremo-sul, e, nos finais de semana, monto um estande à margem da rodovia Ilhéus/Una/Canavieiras onde também consigo fazer bons negócios”, revela Marcola. O empresário acaba de adquirir um

veículo que será usado para transportar as orquídeas. A ideia é instalar, durante a semana, roteiros itinerantes em bairros de Ilhéus e Itabuna. “Quero popularizar as orquídeas na região”, projeta. “O

veículo será uma espécie de balcão de negócio, mas na fazenda continuaremos com a estrutura de venda. Você acredita que vem gente também de ônibus comprar minhas orquídeas?”, revela.

Turistas franceses se encantam com o orquidário ao visitarem a fazenda

Cheiro de cravo e cor de canela Reconhecida este ano pelo Ministério do Turismo e pela Empresa Brasileira do Turismo (Embratur) como uma das fazendas de referência para turismo rural no Brasil, a Fazenda Yrerê tem como marca oferecer aos visitantes uma experiência única, “provocando e estimulando seus sentidos através da visão, paladar, olfato e audição em uma viagem diferente, uma experiência que vale para a vida”, revela Dada Galdino. Suas belas paisagens, flores e plantas, aliadas a uma tradicional culinária tipicamente rural e regional, ao som dos sabiás e canários da terra, formam um cenário perfeito de harmonia nas terras do cacau. As histórias dos coronéis podem ser mais que contadas. Podem ser vistas. Trabalhadores da fazenda simulam a rotina da lavoura cacaueira e revelam o cotidiano do homem do campo. A Fazenda Yrerê já consta em material promocional da Embratur e vem sendo divulgada em feiras no exterior. Além disso, vai servir, nos próximos meses, para indicações de turistas que estejam visitando o Brasil durante a Copa do Mundo. A propriedade tem convênio com três dos principais operadores de receptivos de navios em Ilhéus. Parte de uma antiga sesmaria doada pela coroa portuguesa à família Wanse, de alemães em 1828 de 100 hectares de terra, foram adquiridos pelo casal Gérson e Dadá, em 1998.

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Foto: REPRODUÇÃO

POLÍTICAS PÚBLICAS

Compras governamentais Empresas investem em planejamento e gestão e se preparam para fornecer ao governo

Gerente da Unidade de Políticas Públicas do Sebrae Nacional, Bruno Quick, fala sobre vantagens e planejamento para fornecer ao governo

A Lei Complementar 123/2006, que institui o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, provocou um grande avanço no segmento, como uma aliada do empreendedor. Em relação às compras públicas, ela prevê um tratamento diferenciado a este segmento. Isto significa que as MPE, agricultores e empreendimentos familiares rurais e empreendedores individuais têm tratamento diferenciado ao participarem dos processos licitatórios das administrações municipais, estaduais e federais e empresas estatais. O gerente da Unidade de Políticas Públicas do Sebrae Nacional, Bruno Quick, é um entusiasta quando o assunto é compras públicas. Ele define o Estado brasileiro como um grande comprador, porque “adquire seus pro-

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Revista Conexão

dutos de forma recorrente e previsível, pois faz planejamento” e ressalta esse aspecto como uma oportunidade de mercado para as MPE e para os microempreendedores individuais. Entretanto, ele defende a teoria de que tudo deve ser feito de forma gradativa, ou seja, “as MPE comecem participando de pequenas licitações”. Ao vislumbrar a possibilidade de o empreendedor participar de várias licitações ao mesmo tempo, ele defende a busca em cada órgão público. Na entrevista a seguir, Bruno Quick traz dicas para entrar neste negócio chamado Compras Governamentais, fala sobre as características deste segmento, além de ressaltar as vantagens e dificuldades do processo.


O que a empresa precisa para se tornar fornecedora do governo e como ela deve se preparar? Primeiro, elas precisam se capacitar e aprender a dimensionar e controlar os riscos de participar de um processo licitatório. Uma boa sugestão para quem quer começar é fazer os cursos de Capacitação em Compras Governamentais oferecidos pelo Sebrae. Outra sugestão é navegar no site Comprasnet (www.comprasnet.gov.br) para conhecer um pouco mais do mercado de aquisições públicas.

Qual o momento que isso pode acontecer? A recomendação é que as micro e pequenas empresas comecem participando de pequenas licitações. Quando a MPE estiver conseguindo atuar de maneira recorrente e lucrativa com pequenos contratos, aí sim, será o momento de expandir suas operações e atuar com contratos maiores. Elas podem participar de várias licitações simultaneamente ou começar a fornecer para outros compradores públicos, como a prefeitura, o Governo do Estado, o Governo Federal etc. Não esquecendo que é importante aprender o processo de contratação aplicado em cada órgão público.

Como você avalia as gestões públicas neste processo? Têm avançado na implementação da Lei Geral? Nos estados e municípios, também temos tidos avanços, entretanto a lei está implementada em apenas 1.656 municípios, e os casos de sucesso de compras governamentais são isolados. O Sebrae lançou, no final de 2012, o 1º Edital de Chamada Interna de Projetos de Compras Governamentais para os Sebrae estaduais trabalharem justamente o Uso do Poder de Compras nos estados e municípios. Um dos objetivos é mapear as compras dos estados e, posteriormente, dos municípios.

Como está o mercado de compras públicas no Brasil? O governo é bom pagador? O Estado brasileiro é um grande comprador. Adquire seus produtos de forma recorrente e previsível, pois faz planejamento. Este aspecto deve ser encarado como uma oportunidade de mercado para as micro e pequenas empresas e para os microempreendedores individuais. A participação dos pequenos negócios nas compras

do Governo Federal vem aumentando ano a ano. Entre janeiro e dezembro de 2013, as compras governamentais movimentaram R$ 68,4bilhões na aquisição de bens e serviços, dos quais R$ 20,5 bilhões (30%) referem-se às contratações junto as MPE. Na comparação com o mesmo período de 2012, as MPE aumentaram sua participação nas compras públicas em 33%. Além disso, o Governo já não é mais considerado um mau pagador.

De que forma as compras públicas podem alavancar o desenvolvimento local? A maioria das empresas brasileiras é enquadrada como micro e pequenas. Além disso, os pequenos negócios são os que mais geram empregos no Brasil e ajudam a movimentar a economia local e promover o desenvolvimento sustentável. De acordo com o Ministério do Planejamento, os governos federal, estaduais e municipais gastam em compras públicas, por ano, aproximadamente R$ 400 bilhões. Se cada prefeitura comprar dos pequenos negócios de sua localidade, significará mais dinheiro e desenvolvimento para o município. Para cada R$ 1 bilhão gasto em compras governamentais, são gerados entre sete mil a oito mil empregos diretos.

O que você poderia aconselhar aos poderes públicos para incentivar a participação dos pequenos nas compras públicas? Primeiramente, que existe um comando constitucional, Artº 179 da Constituição Federal, que estabelece que a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios dispensarão às microempresas e às empresas de pequeno porte, assim definidas em lei, tratamento jurídico diferenciado, visando a incentivá-las pela simplificação de suas obrigações administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias, ou pela eliminação ou redução destas por meio de lei. Esse benefício foi regulamentado pela Lei Complementar 123/2006, que vem sendo implementada progressivamente nos estados e municípios e já foi implementada pelo Governo Federal, que, no ano de 2013, comprou 33% de seus produtos e serviços de micro e pequenas empresas. Portanto, comprar das MPE significa cumprir a lei. Os próprios Tribunais de Contas estão em uma ação de estímulo e fiscalização da aplicação da Lei Complementar 123/2006 por todos os compradores públicos.

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Fotos: Clio Luconi

Inovação e Tecnologia

O administrador da empresa Toa Toa, Paulo Cesar Onishi, diz que aproveitar oportunidades e participar de capacitações são segredos para o sucesso

Descartando desperdícios Complexo de lazer, em Porto Seguro, economiza mais R$ 400 mil por ano com ações sustentáveis Foi na condição de ponto de apoio de alguns hotéis e pousadas em Porto Seguro, no extremo-sul da Bahia, que teve início o Complexo de Lazer Toa Toa. Hoje, o espaço atende até cinco mil pessoas por dia, durante a alta temporada, com serviços de res-

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taurante, bar, pista de dança, casa de show, passeios de caiaque, voos panorâmicos, banana boat, para-seio e stand-ups. Para o administrador da empresa, Paulo Cesar Onishi, os segredos do sucesso foram aproveitamento

de oportunidades e capacitação. “O Toa Toa começou em 1996 e atendia pouco mais de 500 pessoas por dia. Tínhamos um pequeno restaurante e alguns quiosques. No ano de 2000, a cidade cresceu e o número de turistas aumentou muito. Ampliamos


a oferta de serviços e nos preparamos com mais equipamentos, melhor infraestrutura e treinamento de equipe”, conta. Outro fator decisivo para alcançar resultados positivos foi a tomada de decisão na hora certa. “Em 2001, o verão reunia milhares de visitantes que tinham poucas opções de entretenimento durante a noite. Foi quando implantamos shows musicais com artistas de grande porte no nosso espaço e começamos a manter a casa lotada durante todo o dia”, revela. Hoje, com uma equipe de 160 colaboradores, um dos desafios enfrentados pelo empresário é a diminuição dos desperdícios de tempo e produtos. A dificuldade está sendo

superada com orientações do programa do Sebrae 5 Menos que São Mais. A consultoria acontece na empresa desde julho do ano passado. “As orientações são muito práticas e com elas conseguimos economizar mais, pois identificamos os erros cometidos.” Ações simples, como cortar carne e legumes de forma correta, pesar as matérias-primas, reduzir o gasto com energia elétrica, aproveitar produtos e ainda diminuir os resíduos gerados nos processos da empresa, fizeram com que a Toa Toa obtivesse resultados significativos. “Alcançamos a diminuição de 60% de desperdício, o que representa um ganho de mais de R$ 14 mil por mês”, detalha.

A partir da consultoria, foi possível reduzir diariamente o desperdício de alimentos antes da sua preparação para o buffet dos clientes. O resultado foi conquistado através da reavaliação do fornecedor para melhoria da qualidade dos vegetais, com o armazenamento apropriado da matéria-prima, além da revisão dos procedimentos para preparação. Outra ação proposta que surtiu um efeito positivo foi a redução da sobra da comida preparada para clientes. Diante da impossibilidade de reaproveitamento dos alimentos, o empresário passou a adotar mais controle na quantidade de preparo de refeições, trabalhando com estimativas prévias de consumo.

O Complexo de Lazer Toa Toa está localizado em uma das mais belas praias da Bahia e já se preparou para aumentar o faturamento com a Copa do Mundo 2014

Sebrae Bahia

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Copa o Mundo

hospedar jornalistas, torcedores e

R$ 160 mil em um telão de alta re-

jogadores da Seleção da Suíça, e sua

solução para exibição dos jogos, ao

Com os resultados alcançados por meio da consultoria, o Complexo de Lazer Toa Toa já se prepara para aumentar o faturamento com a Copa do Mundo 2014. Porto Seguro vai

cidade vizinha, Santa Cruz Cabrália,

mesmo tempo em que vamos perso-

a seleção da Alemanha.

nalizar o ambiente e os funcionários

Para Paulo, a lição de economia

com o tema da Copa e agregar atra-

em pequenos gestos abriu um leque

ções para o público presente”, finali-

para novas aquisições. “Investimos

za o empresário.

Programa 5 Menos que São Mais Durante as ações do Programa 5 Menos que São Mais, a empresa recebeu a visita de um consultor, que analisou as instalações e identificou possibilidades de melhorar o uso de matérias-primas, insumos, água e energia. O trabalho é desenvolvido em três fases. A primeira é o diagnóstico e envolve a caracterização do empreendimento, avaliação dos principais processos produtivos, consumos de matéria-prima, insumos, água e energia, bem como os resíduos gerados. Na 2ª fase, as fontes de desperdício são avaliadas isoladamente e elaborado um plano de ações. Já na última fase é realizado o acompanhamento para avaliação e ajustes, quando necessários. O gerente da Unidade Regional do Sebrae Teixeira de Freitas, Alex Brito, destaca a importância da orientação para a economia da empresa. “A consultoria é fundamental para que o empresário perceba os prejuízos que pode evitar através da orientação. Com a supervisão de consultores, é possível identificar os desperdícios nos processos e propor ações corretivas, visando diminuir custos de produção, aumentar a produtividade e minimizar os impactos ambientais”, explica. Empresários interessados em participar do Programa 5 Menos que São Mais devem procurar o Ponto de Atendimento do Sebrae em sua cidade ou buscar informações por meio da Central de Relacionamento (0800 570 0800).

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Fotos: Marcos Santiago

Comércio e Serviços

O empresário João Jacson Soares, junto com seu irmão e sócio Osvaldo Freire Júnior, implantou o projeto “Aprendendo a Reciclar Reciclando” em uma escola pública da cidade

Reciclagem + Educação = Arte e Prêmio Empresa Ourocar Autocenter, de Ourolândia (BA), vence a etapa nacional do Prêmio MPE Brasil, na categoria Responsabilidade Social Com o título “Aprendendo a Reciclar Reciclando”, o projeto criado pelos donos da empresa Ourocar Autocenter, na cidade de Ourolândia, foi vencedor nacional no Prêmio MPE Brasil na categoria Responsabilidade Social. Com envolvimento de seus colaboradores, a empresa construiu uma parceria com a Escola Municipal de

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Revista Conexão

Ourolândia, e levou a ideia de arte e reciclagem aos alunos do Ensino Fundamental I. Após quatro anos de atuação na venda e assistência do setor automotivo, os empresários, João Jacson Soares e Osvaldo Freire Júnior, resolveram investir na área socioambiental, para trabalhar com a

reciclagem do lixo produzido pela própria empresa. “Esse pensamento surgiu depois da nossa participação no programa do Sebrae D-Olho na Qualidade, que atiçou nossa atenção em projetar algo que unisse a preocupação com o meio ambiente e o social”, conta João Jacson Soares.


O projeto “Aprendendo a Reciclar Reciclando” foi pensado para estimular ações referentes ao desenvolvimento sustentável com o objetivo de amenizar os impactos ambientais utilizando o lixo da loja para reaproveitamento lúdico, através do qual as crianças confeccionam seus próprios brinquedos. “Treinamos nossos colaboradores que foram às salas de aula ensinar aos alunos como fazer os brinquedos. Criamos uma premiação para o mais criativo, e os vencedores receberam prêmios que iam de material escolar a celulares”, ressalta João Jacson. De acordo com João Jacson, a realização dessa ideia acabou envolvendo não só a escola e a empresa, mas a família, e aos poucos a população foi enxergando os resultados. “Treinamos 66 crianças no ano passado e este ano pretendemos dobrar o número. Iniciamos nossa ação no dia 2 de maio e vamos finalizar no dia 5 de junho – Dia do Meio Ambiente”, explica o empresário. Os brinquedos, produzidos ano passado, foram levados como portfólio para apresentar o projeto às crianças que farão parte da segunda edição da iniciativa. Na sala de aula, a euforia era grande na apresentação do projeto, o que deu a certeza de uma sequência garantida aos criadores. Animada com a parceria, a diretora da escola, Normélia Freire Pereira, assegura que “o projeto foi bem aceito, pois incentiva a reciclagem através do reaproveitamento do lixo”. Segundo João Jacson, a Ourocar Autocenter já funciona pensando em cuidados com o meio ambiente, que começa com ações, como instalação de sensores de energia; vidra-

ças nos depósitos para iluminação natural durante o dia; torneiras automáticas; e criação de mobiliário feito do reaproveitamento dos tambores de resina, que armazenavam componentes químicos. Para o gerente da Unidade Regional do Sebrae em Jacobina, Geronilson Ferreira Pereira, a 11ª edição do Prêmio MPE Brasil foi especial, pois,

desde 2008, as empresas vêm investindo em soluções inovadoras e buscando capacitações, que atraem cada vez mais premiações. “Nós temos a cultura da educação continuada entre os empresários, e todos os anos disponibilizamos consultorias e cursos a partir das necessidades do que precisa ser melhorado”, afirma Geronilson.

O projeto envolveu 66 crianças na primeira edição e está beneficiando 132 este ano

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Foto: Marcos Santiago

Comércio e Serviços

Maria Conceição Aguiar foi a vencedora na categoria Serviço de Educação, da etapa estadual do Prêmio MPE Brasil 2013

Escola Cisne na linha do sucesso Empresária de Juazeiro mostra com simplicidade que compromisso e competência rendem conquistas 18

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Com uma trajetória que já conta com mais de 30 anos, a empresária Maria Conceição Aguiar foi a vencedora, na categoria Serviço de Educação, da etapa estadual do Prêmio MPE Brasil 2013 – Prêmio de Competitividade para Micro e Pequenas Empresas promovido pelo Sebrae. Este ano, mais de 93 mil organizações brasileiras se inscreveram no MPE Brasil e 42,6 mil candidatas completaram o processo de avaliação, volume 10% superior ao registrado no ano anterior. E a empresa de Conceição figura entre os destaques provando que, com dom, determinação e uma história que acumula superação, dedicação e muita força de vontade, conseguiu fazer a diferença. Criada na década de 80, a Escola Cisne ultrapassa os anos, mostrando que daquela época em que Conceição dava aulas para um pequeno número de crianças na mesa da sala de sua residência até hoje, vale a pena sustentar uma ideia quando se tem vontade de vencer. De acordo com Maria Conceição Aguiar, foi primordial a busca por uma gestão participativa de qualidade, sustentável no seu processo, que respeitasse o cliente, colaboradores, fornecedores e sociedade. “Sempre pensamos em atender às necessidades de todos, identificando oportunidades de inovação, incluindo as fontes externas. Nossos colaboradores são incentivados a apresentarem ideias que podem ser convertidas em inovações e que, consequentemente, tragam benefícios a cada um deles”, afirma. E os ingredientes usados nessa

receita de sucesso vêm trazendo bons frutos. A Escola Cisne funciona com 175 alunos de educação infantil e ensino fundamental I com inclusão de crianças especiais, possui 18 funcionários trabalhando em dois turnos e está envolvida em ações sociais e culturais conhecidas pela população. “Nossos principais clientes são filhos de funcionários públicos, filhos de empregadas domésticas, comerciários e profissionais da educação. Assumimos o compromisso de trabalhar com base nos pilares da educação mundial: aprender a conhecer, a fazer, a conviver e a ser”, ressalta com orgulho a diretora da escola. No ano de 2013, a Escola Cisne acumulou melhorias, a exemplo da implementação do Sistema Caixa Cobrança para controlar os custos, controle de caixa, controle na inadimplência, fluxo de caixa e reestruturar a parte física da escola. Além disso, a escola promoveu a capacitação de colaboradores investindo e valorizando suas competências nas Formações Continuadas e investiu em recursos didáticos. Maria Conceição é firme ao defender que “a Escola Cisne desenvolve práticas bem-sucedidas baseadas na sua missão de promover uma educação de qualidade, buscando a formação de cidadãos autônomos, conscientes, criativos, críticos, informados, participativos e solidários, capazes de compreender, refletir e agir, transformando a sua história e a história da humanidade”.

Parceria A história da Escola Cisne tem a colaboração da Unidade Regional do Sebrae em Juazeiro, que é colocada pela proprietária como fundamental para as conquistas ao longo dos anos. Os profissionais envolvidos na construção da Escola Cisne participaram de projetos e capacitações, como Sebrae Mais (Estratégias Empresariais e Gestão Financeira do Controle a Decisão), Na Medida (Gestão de Pessoas e Equipe), Empretec, Análise e Planejamento Financeiro, D-Olho na Qualidade, Iniciando um Pequeno e Grande Negócio, Aprender a Empreender, Como Vender Mais e Melhor e FNQ (modelo de excelência da gestão). Maria Conceição garante: “Foi a partir desses cursos que pudemos implantar os processos das melhorias citadas”. De acordo com a gerente do Sebrae em Juazeiro, Jussara Oliveira, as empresas orientadas pela regional do Sebrae em Juazeiro têm procurado cada vez mais participar dos prêmios oferecidos ao longo do ano e não apenas enquanto concorrentes, mas em especial pelo uso fruto da autoavaliação. “Este ano, observamos que houve um olhar mais criterioso no mérito do prêmio MPE Brasil, fazendo com que aumentasse o interesse por parte das empresas, evoluindo ainda mais a participação da UR Juazeiro no prêmio”, coloca a gerente. Para ela, não é apenas um mero instrumento de participação em si, “mas um primeiro benefício que a empresa tem quando participa que é a estratégia de autoavaliação”.

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CoMÉRCIo E SERVIçoS

MPE Brasil está com inscrições abertas Direcionada a micro e pequenas empresas, iniciativa reconhece boas práticas de gestão

Estão abertas as inscrições para a edição 2014 do Prêmio de Competitividade às Micro e Pequenas Empresas – MPE Brasil, com objetivo de reconhecer os modelos de gestão de excelência com adoção de boas práticas em diversos setores. A premiação é realizada pelo Sebrae Nacional em parceria com o Movimento Brasil Competitivo (MBC) e Gerdau. Os empresários podem se inscrever gratuitamente até o dia 1° de agosto, no site premiompe.sebrae.com.br ou presencialmente nos pontos de atendimento do Sebrae. O MPE Brasil é composto por oito categorias: Indústria, Comércio, Agronegócio, Turismo, Tecnologia da Informação, Saúde, Educação e Serviços, além dos destaques em Responsabilidade Social e Inovação. A avaliação estadual será realizada entre os meses de agosto e setembro, com premiações previstas para outubro a dezembro deste ano. As duas vencedoras vão disputar o MPE nacional em 2015. MPE Brasil presta consultoria gratuita para todas as empresas participantes.

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REVISTA CONExãO

Na primeira etapa do MPE Brasil, a empresa inscrita deve preencher um questionário de autoavaliação. A partir dele, a equipe de consultores do Sebrae dará a pontuação para, em seguida, realizar a visita in loco nas instalações da empresa, onde farão a checagem das informações, realizando nova avaliação. “As melhores empresas serão as finalistas estaduais, sendo submetidas a uma banca técnica de avaliadores, conquistando a condição de vencedoras aquelas que apresentarem o melhor desempenho”, explica gestora do Prêmio MPE Brasil no Sebrae Bahia, Simone Patrícia Oliveira. De acordo com ela, todas as etapas da premiação se constituem numa oportunidade de avaliar a administração do empreendimento, feita a partir do Modelo de Excelência de Gestão (MEG), da FNQ. “Mais do que premiação, o MPE Brasil é uma

chance que o empreendedor ganha de conhecer seu empreendimento. Ao preencher o questionário, ele recebe o retorno do Sebrae com as devidas recomendações sobre os pontos fortes e fracos e as necessidades de melhorias na gestão da empresa”, complementa Simone.


Foto: Mateus PEreira

Mercado

Antônio Ribeiro e Robson Nunes preparam a empresa Pãozinho Delícia para iniciar o processo de franquia

Quer franquear seu negócio? No final da década de 80, quando co-

dos anos, os empresários investiram

Com isso, já são mais de 50 opções

meçou a produzir a tradicional receita

em novos equipamentos e incorpo-

de produtos na loja, uma produção di-

baiana de pãezinhos delícia, Antônio

raram serviços que já estavam sendo

ária de, aproximadamente, 10 mil pães

Ribeiro não imaginou aonde chegaria.

solicitados, como o aumento do le-

e cerca de 200 pedidos por dia.

Ele e sua esposa, Margarita Gloesner,

que de produtos. Hoje, eles fornecem

Com tanto trabalho, o resultado não

começaram no ramo fabricando em

também salgados, tortas, doces e san-

podia ser outro. Em 2011, os sócios pro-

casa os quitutes para amigos de for-

duíches de metro.

curaram o Sebrae interessados em am-

ma artesanal, e fazendo as entregas

A empresa continuava crescendo no

pliar ainda mais a sua atuação no mer-

mercado e, para dar conta das deman-

cado. Após a realização de um laudo

Cativando cada vez mais seu públi-

das da clientela, Antônio decidiu apri-

de franqueabilidade, a análise apontou

co e com o aumento da procura, eles

morar a condução dos negócios. Como

que era viável a abertura de franquias

decidiram fundar, em 1992, a empresa

resultado, em 2010, ele convidou o em-

da Pãozinho Delícia em lojas de varejo.

Pãozinho Delícia. Além da qualidade

presário Robson Nunes para entrar na

Para isso, eles precisavam abrir a sua

do produto e atendimento, algumas

sociedade. “Robson é um empreende-

primeira loja própria, inaugurada no

inovações ajudaram a alavancar os

dor como eu”, destaca Antônio. Desde

início deste mês, na Pituba, em Salvador.

negócios. “Começamos a perceber as

então, a Pãozinho Delícia ganhou cada

Segundo Antônio, a nova loja da Pãozi-

necessidades dos clientes e implanta-

vez mais mercado. “Há quatro anos, o

nho Delícia é o pontapé inicial para todo

mos o delivery de produtos, sem taxa

faturamento do negócio era 40% do atu-

o processo de franquia. “Essa é a loja pi-

de entrega. Inovamos também no for-

al. Além disso, ele está crescendo numa

loto, para maturar a operação e, quando

mato dos pães”, conta Antônio, sócio-

taxa de cerca de 25% ao ano”, comemo-

partirmos para a franquia, será de uma

-diretor da empresa. Com o decorrer

ra Robson, também sócio-diretor.

forma bem segura”, explica Antônio.

pessoalmente.

Sebrae Bahia

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Fotos: Mateus PEreira

Mercado

Francisco Carvalho fundou o Açaí & Saúde em 1999 e teve sua primeira loja franqueada em Praia do Forte

Açaí & Saúde Outra empresa baiana que já iniciou esse processo de franquia é a Açaí & Saúde. Fundada em 1999 por Francisco Carvalho, tendo como sócia a sua mãe, Sônia Carvalho, no bairro do Itaigara, a empresa surgiu a partir de uma brecha de mercado. “Percebi a oportunidade no meio em que eu frequentava. Já consumia o açaí e vi uma chance de negócio oferecendo esse serviço em Salvador”, conta Francisco. Em 2005, sua irmã, Paula Carvalho, também ingressou na sociedade. Hoje, além da loja do Itaigara, os só-

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Revista Conexão

cios possuem mais quatro em Salvador e uma em Feira de Santana, aberta em abril. Um dos diferenciais da sua empresa é a máquina de “casquinha de açaí”, elaborada inicialmente para a loja do Salvador Shopping. “Agora, já oferecemos vários produtos, como torta, sucos e milk-shake, além do açaí na tigela e da casquinha”, comemora. A partir do interesse de outros empresários na marca, os sócios decidiram investir no ramo de franquias em 2010. A primeira loja franqueada surgiu um ano depois, em Praia do

Forte, no município de Mata de São João. “Por enquanto, essa é a única franquia. Estamos reformulando algumas questões para voltar a franquear ainda esse ano. Consigo administrar lojas próprias se forem perto, mas para fora de Salvador acredito que a melhor opção seja realmente a franquia”, explica.

O momento certo De acordo com a gerente da Unidade de Acesso a Mercado e Serviços Financeiros do Sebrae, Sueli de Paula,


os empresários estão seguindo o me-

esses dados”, explica Sueli. Para ela,

lhor caminho. “Antes de franquear é

o momento certo de franquear seu

preciso primeiro arrumar a casa, os

negócio é quando o empresário per-

processos operacionais, de suporte, e

cebe que pode crescer ainda mais. “O

manual de gestão, com o modelo de

mercado e a demanda estimulam o

negócios e os descritivos de resulta-

crescimento, obrigando-o a aumen-

dos. Essa é a ‘receita do bolo’. Com

tar a oferta. Essa expansão pode ser

a nova loja, eles podem conseguir

feita na forma de franquia ou loja

própria. Assim, é necessário avaliar as possibilidades e se qualificar para esse momento”, pondera. O brasileiro já percebeu essas vantagens, o que pode ser confirmado a partir dos dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF). De acordo com o órgão, em 2013, as franquias brasileiras faturaram mais de R$ 115 bilhões, o que corresponde a um aumento de 11,9% em relação à 2012. O setor de Alimentação está bem posicionado no ranking, com 637 redes franqueadoras, o maior número de todos os setores, e com um faturamento de cerca de R$ 24 bilhões, ficando atrás somente do setor de Negócios, Serviços e Outros Varejos, que faturou R$ 25 bilhões no ano passado.

Capacitação em Franquia O Sebrae oferece algumas capacitações em franquias para quem busca abrir uma empresa. • Palestra “Franquia – O que é e como funciona?”Carga horária: 2h • Oficina “Análise do Perfil do Potencial Franqueado”Carga horária: 4h • Curso “Como Analisar Ofertas de Franquia”Carga horária: 16h

Para os empresários que querem franquear seu negócio, a instituição atende por meio de consultorias. Os interessados podem entrar em contato com a Central de Relacionamento do Sebrae, no telefone 0800 570 0800, ou procurar o Ponto de Atendimento do Sebrae Além do açaí na tigela, a lanchonete traz em seu cardápio opções como torta, sucos, milk-shake e casquinha de açaí

mais próximo.

Sebrae Bahia

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Foto: Marcos Santiago

EDUCAÇÃO EMPREENDEDORA

Estudantes Eduardo Matos e Caio Santana têm experiência empreendedora a partir de participação em projeto do Sebrae

Iniciação ao pequeno negócio Dois meninos de sete anos criam Loja de Artes para vender desenhos e pinturas depois de orientações do projeto Jovens Empreendedores Primeiros Passos (JEPP) Eles são amigos inseparáveis, estu-

pois de entrarem em contato com o

treinou os professores e ainda ajudou

dam na mesma escola e sala, vizinhos

projeto do Sebrae Jovens Empreen-

a adaptá-lo para ser trabalhado com

e agora sócios na Lojinha de Artes,

dedores Primeiros Passos (JEPP), no

as crianças da educação infantil.

montada na porta da casa dos pais,

Colégio Dínamo, onde estudam.

O sucesso do projeto veio com a

no bairro Monte Castelo, em Juazeiro,

O colégio já desenvolvia um traba-

criação da Lojinha de Artes de Eduar-

no norte da Bahia. Eduardo Matos e

lho educativo e a diretora Íria Souza

do e Caio. Os dois absorveram tanto o

Caio Santana, ambos de sete anos,

entrou em contato com o JEPP, atra-

aprendizado que pensaram em colocar

são jovens empreendedores por da-

vés do técnico do Sebrae Carlos Coin-

um negócio em sociedade, onde pudes-

rem vida a uma ideia que nasceu de-

tero, que levou o projeto até à escola,

sem ganhar dinheiro e conscientizar

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Revista Conexão


as pessoas dos cuidados com o meio ambiente. Nasceu então a Lojinha de Artes – os dois confeccionam desenhos e pinturas em papel ofício usando lápis de cor, caneta e tinta. Os desenhos são colocados em duas mesas, de segunda a sexta-feira, depois das 17h, na porta da casa de Eduardo e, nos finais de semana, na casa do Caio. “Cada desenho custa R$ 1 e com o dinheiro nós compramos mais material”, explica o inquieto Eduardo, sempre sorridente e cheio de novas ideias. Uma delas tem a intenção de aumentar a venda dos desenhos. “Tem outro amigo nosso que ajuda e desenha. Eduardo recebe o desenho dele e olha para saber se pode vender também”, explica Caio sobre o processo de avaliação da qualidade dos trabalhos que recebem de outros colegas para vender na Lojinha. Os dois usam temas ligados à natureza nos desenhos como forma de conscientizar as pessoas sobre os cuidados que devem ter com a preservação de rios e matas. O JEPP trouxe o espírito empreendedor para a casa dos garotos e as mães não tiveram mais sossego. “Eles não param um segundo e tudo é motivo para novas criações. Quando abrem a lojinha deles, na porta da casa, atraem quem passa para com-

prar os desenhos”, comenta a mãe de Eduardo, a professora Luzineide Souza de Oliveira. As duas mães são peças fundamentais no andamento do projeto dos filhos e participam ativamente, ajudando na parte administrativa de compra dos produtos e até na avaliação dos desenhos. Elas aprovaram a adoção do projeto pela escola que ressaltou ainda mais o lado ativo dos filhos. “Temos uma loja de material de construção e Caio, nos horários livres, está lá disposto a ajudar, curioso e querendo sempre fazer alguma coisa”, conta Samara Santana, mãe do jovem. Eduardo não para de falar de novas ideias, de como pode ampliar o negócio, de parcerias que pode ter com o sucesso da Lojinha e de como é fã de programas de TV que mostram casos de sucesso de empreendedores pelo país. “Nós criamos a Lojinha de Artes para ganhar um dinheiro e também para ajudar a natureza porque falamos para as pessoas cuidarem do ambiente que vivem”, enfatiza. “A escola solicitou apoio para desenvolver trabalhos sobre empreendedorismo e aí nós apresentamos a solução JEPP. Realizamos uma sensibilização para o corpo docente e direção da escola e ficou claro o interesse em desenvolver esse trabalho, pois

fundamentava todos os professores para o desenvolvimento do empreendedorismo no ensino formal”, esclarece Cointero. Foram repassados livros a professores e alunos para serem trabalhados durante o ano letivo, bem como foram dadas orientações para implantação das atividades no currículo escolar através da visita de consultores e presença de analista para acompanhamento. “Observamos que houve, em alguns alunos, mudanças de postura e entendimento tanto na parte de cooperação quanto na parte da proatividade. E esse é um dos reflexos da implantação da metodologia do JEPP, que estimula desde cedo a cooperação, a criatividade, o entendimento das relações de práticas e comércio, além das atividades empreendedoras”, conclui o técnico. A diretora do Colégio Dínamo, Íria Souza, uniu forças com o Sebrae para implantação do projeto. “Tínhamos a ideia de trabalhar empreendedorismo, mas não sabíamos como. Foi aí que surgiu o Sebrae. Conversamos e mostramos o interesse de trazer esse trabalho para a escola. Fomos a Brasília apresentar o projeto, conhecemos a proposta de perto e o Sebrae trouxe o treinamento para nossos professores de forma intensiva”, explica.

Jovens Empreendedores Primeiros Passos (JEPP) O JEPP tem o objetivo de disseminar a cultura do empreendedorismo e estimular o comportamento empreendedor entre crianças e adolescentes, incentivando a prática e o protagonismo juvenil. Além disso, o programa também trabalha o tema plano de negócios. O JEPP, que favorece o desenvolvimento da coletividade,

trabalha os temas: cultura da cooperação; cultura da inovação; ecossustentabilidade; e ética e cidadania. Professores de escolas públicas e privadas passam por capacitação e repasse de metodologia, realizado pelo Sebrae, e são habilitados para multiplicar junto aos alunos a proposta do curso. O professor é

o facilitador do processo e estimula a autonomia do aluno em relação ao conhecimento empreendedor. As capacitações acontecem em turmas de 15 a 30 educadores, em seis dias, com carga horária que varia de 4 a 8 horas. As escolas interessadas em participar do JEPP devem entrar em contato com o Sebrae de sua cidade.

Sebrae Bahia

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Fotos: Filipe Redondo

ENTREVISTA

“Vejo muita similaridade entre uma startup e um cacto no deserto”

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Revista Conexão


Entrevista Marcelo Toledo

O desafio das startups Marcelo Toledo trabalha em startups de tecnologia há mais de 14 anos. Em sua bagagem se somam a direção da Vex até sua venda para Oi, quando a internet sem fio ainda era uma tecnologia recente e de pouco alcance. Depois de sete anos, a empresa havia multiplicado seus hotspots (lugar onde é possível ter acesso à internet) ativos de 180 para 600 mil, em 57 países, e ampliado seu número de escritórios de um para 12, espalhados pelo mundo. Toledo foi fundador e CEO de cinco startups de tecnologia, entre elas a Payleven, do grupo Rocket Internet. Hoje ele é CTO (Chief Technology Officer)

As startups, cada vez mais, vêm despertando o interesse de quem pretende abrir um negócio. Qual seria o grande desafio dessas empresas? O grande desafio é gerar receita. Ao responder isso, tenho certeza que você vai falar: “Grande novidade! Mas isso é obvio”. Você tem razão, mas nem por isso ela deixa de ser o mais importante, e eu te garanto não priorizar este tema é o erro mais cometido pelos empreendedores. Eu explico: a partir do momento que você decide abrir uma startup, serão tantos temas e atividades em que você se envolverá que a coisa mais fácil do mundo será esquecer que o principal objetivo será gerar o máximo de receita com o mínimo de esforço possível. A maioria dos empreendedores se perdem no processo de criação do produto, focam em construir o estado da arte, sendo que deveriam a cada hora investida calcular o ROI (retorno de investimento, sigla em inglês) e priorizar as que têm retorno mais rápido ou imediato.

da Oi Internet. O especialista participou do Painel Startup, realizado em outubro, durante a Feira do Empreendedor 2013, no Centro de Convenções da Bahia, em Salvador. A Revista Conexão entrevistou o autor do livro “Dono – Um caminho revolucionário para o sucesso da sua empresa”, que trouxe informações do mercado, deu dicas e instigou novos empreendedores a mergulharem no mercado de tecnologia. Marcelo mantém o blog http://marcelotoledo.com, onde escreve regularmente sobre startups, empreendedorismo e tecnologia.

Quando pensamos nessas empresas, automaticamente associamos o tema à inovação e tecnologia, mas quais estratégias devem ser adotadas para consolidar o produto ou serviço no mercado? Inovar não é a coisa mais importante do mundo, principalmente no Brasil, que nem básico funciona direito. Nosso mercado ainda é muito carente de arroz e feijão e se você vier com caviar, pode ser que as pessoas não gostem. É muito comum elas passarem muito tempo desenvolvendo algo que ninguém quer comprar. Me recordo de uma entrevista com o Jordan Belfort, fonte de inspiração do filme “O Lobo de Wallstreet”, onde perguntaram para ele como vender bem uma caneta. Ele respondeu que a maioria das pessoas começam a vender as qualidades e vantagens da

Sebrae Bahia

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caneta, mas a primeira coisa que você tem que fazer é perguntar, perguntar, perguntar. Porque, se a pessoa não quiser uma caneta, você não vai insistir, você vai para o próximo, porque nem você nem a pessoa querem perder tempo. Os empreendedores ainda perdem muito tempo criando um produto que ninguém quer comprar. Ganha quem descobrir como adaptar o produto para conseguir efetuar mais vendas, o que parece simples, mas a maioria das startups não conseguem e quebram.

Muitas startups estão surgindo para aproveitar o potencial do mercado de compras. Existe a possibilidade de um inchaço? Quais outros nichos se apresentam como promissores? Olhando para o mercado de uma forma genérica, acredito que ainda estamos muito longe desse inchaço, ainda existe muito produto ruim fazendo sucesso, muitos produtos e serviços que sentimos falta e muitas coisas que podem melhorar. O nicho promissor é aquele que você conhece como ninguém e saberá fazer a diferença.

No contexto atual, de que forma as startups podem se desenvolver com competitividade e valor agregado? Eu vejo muita similaridade entre uma startup e um cacto no deserto. A gente olha para um monte de areia no meio do nada e acha que nada aconteceria por ali. Vem o cacto e desafia tudo que a gente acreditava, nasce e se desenvolve com muita força. Como isso é possível? A primeira barreira de uma startup é nascer em um ambiente extremamente hostil. Conseguir passar por isso é o primeiro desafio, depois sobreviver para conseguir crescer e se fortalecer com bases firmes. Eu estaria mentindo se tivesse uma fórmula mágica, ninguém tem, esse é o desafio para quem quiser empreender. Não será fácil, mas possivelmente será a coisa mais emocionante da sua vida.

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Revista Conexão

Como ser inovador com poucos recursos? As pessoas precisam parar de achar que para criar algo é necessário muitos recursos. Não é! E quanto mais você pensar assim, mais tempo estará perdendo e outras pessoas estarão passando na sua frente. Esse é o típico pensamento de que não sairá do lugar. As empresas da nova economia foram construídas em uma garagem, por poucas pessoas e poucos recursos, do Facebook, Instagram ao WhatsApp. Hoje eles são uns monstros de grande, porque como tudo na vida as coisas têm uma sequência natural para acontecerem. Às vezes, elas até evoluem rápido, vide o valor de venda do WhatsApp em tão pouco tempo. Mas tenha certeza, no primeiro passo dado não existiam recursos, depois das primeiras entregas os recursos naturalmente aparecem (se você estiver no caminho correto). Se a sua ideia só pode ser viabilizada com muitos recursos, sinto lhe dizer, ela não é boa.

As trajetórias de sucesso são como uma injeção de ânimo para quem quer adentrar nesse universo. Quais dicas você daria para quem quer se tornar um empresário de sucesso? A primeira dica é: pare de olhar os casos de sucesso. Isso é como ganhar na loteria e você não deve contar com isso. Olhe para quem deu errado e aprenda com eles para que você não tenha que passar por isso. A segunda é: pare de acreditar que existe um caminho mais curto ou uma fórmula mágica, não existe. A terceira é: o processo de empreender é tão longo e difícil, que pensará por diversas vezes em desistir. A maioria desiste. A única maneira de você conseguir manter a sua disciplina, persistência e espírito brasileiro de não desistir nunca é fazer o que se ama. Não cometa o erro de iniciar um empreendimento pensando em dinheiro. Pense em fazer algo que lhe fará acordar mais cedo do que todo mundo, porque a sua startup é emocionante demais para perder tempo dormindo.


A maioria dos empreendedores é tomada por ideias mirabolantes e não tem a dimensão do que é possível fazer. Como transformar sonhos em objetivos concretos? Essa mentalidade faz parte do processo de aprendizado dessas pessoas, pois nem todo mundo está pronto para tocar uma startup. A minha sugestão é que as pessoas se preparem de verdade, leiam livros, blogs e busquem conselheiros, pessoas mais experientes que possam contribuir com críticas construtivas. É papel do empreendedor encurtar esse tempo de aprendizado para o quanto antes estar preparado para enfrentar os problemas que uma startup traz.

Como você avalia o ambiente de negócios no Brasil hoje? Estamos em um momento propício para investimentos? Eu acho que é sempre um bom momento para abrir uma empresa, você precisa se diferenciar dos demais, e se você for realmente bom não sofrerá tanto em meio a uma crise. Infelizmente, os investidores que aportam capital em startups estão escondidos em algum lugar e estão tão escondidos, tão escondidos, que está difícil entrar. É uma pena, pois o investimento de risco é a coluna vertebral das startups, o mercado está ansioso pela melhora deste quesito.

Quais as vantagens de se trabalhar numa pequena empresa? E o que uma micro ou pequena pode oferecer para se tornar mais atraente? Quando surge um ponto de decisão, é lindo ver como a empresa pequena se comporta, rapidamente mobiliza as poucas pessoas necessárias, avalia-se prós e contras e rapidamente uma decisão é tomada. Numa empresa grande e burocrática são muitas pessoas, muitos níveis de aprovação, muitas regras sem

“As empresas da nova economia foram construídas em uma garagem, por poucas pessoas e poucos recursos, do Facebook, Instagram ao WhatsApp”

sentido. O pequeno é quem cria a nova economia e tem mudado o mundo, e é isto o que jovens têm procurado, digo os jovens, pois eles são o nosso futuro, eles não querem mais trabalhar em empresas que não têm a mente aberta e questionam os processos para sempre torná-los melhores. São coisas simples, como usar bermuda no trabalho ou extinguir a gravata, afinal a única coisa que importa é o resultado.

Sebrae Bahia

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Fotos: Mateus PEreira

ECONOMIA CRiativa

O empresário Eduardo Ayrosa, junto com seu sócio Beto Neves, adotou métodos de gerenciamento como estratégia para competir

A base do som Estúdio Base nasceu em 1996 e traz em sua lista de trabalhos edição sonora e mixagem em películas de filmes como “Capitães da Areia” e “Bahêa Minha Vida” Em meados dos anos 90, quando compu-

casa desse. “Em 1998, alugamos o pri-

novas tecnologias. “Não foi fácil, pensa-

tador com recursos multimídia ainda não

meiro espaço, que era uma sala dentro

mos em desistir algumas vezes, porque

era popular no Brasil e o mercado fonográ-

de uma casa, onde ficamos até 2005,

sempre mirávamos em um padrão de

fico nacional resistia à ideia de trocar seus

quando, então, viemos para esse espaço”,

qualidade que ainda não tinha sido fei-

obsoletos equipamentos analógicos por

relembra Eduardo, referindo-se ao ende-

to, uma visão mundial mesmo.”

aparelhos de gravação e mixagem digitais,

reço atual, no bairro da Federação.

Com excelente performance na par-

Eduardo Ayrosa já convencia o amigo Beto

“Largando na frente” da maioria dos

te técnica do trabalho, os sócios do Es-

Neves a apostar na novidade. O Estúdio

grandes estúdios, Eduardo e Beto utili-

túdio Base começaram a sentir falta de

Base nascia em 1996, da expertise de

zavam os aparatos digitais disponíveis

métodos de gerenciamento empresarial

Beto como músico (hoje engenheiro de

no período e produziam desde áudio

para continuar “respirando” no mercado.

som) e do Eduardo, um autodidata em

publicitário até sonoras de peças tea-

“Existia um CNPJ, um nome, uma mar-

música e tecnologia (formado em Direito

trais, trabalhos que renderam maturi-

ca, mas a estrutura empresarial era eu

e professor do curso de Comunicação),

dade e caixa aos jovens para continu-

na planilha de Excel. Percebi que se eu

em um pequeno quarto nos fundos da

arem investindo em equipamentos e

quisesse crescer ia precisar mudar isso.”

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Revista Conexão


Em 2011, Eduardo buscou o Sebrae e

No portfólio de atuações, a Estúdio

foi orientado a iniciar a solução Sebrae

Base tem ainda edição sonora e mixagem

Mais, começando por novos processos

em películas, como o curta-metragem “O

de planejamento estratégico e controle

Corneteiro Lopes”, dirigido por Lázaro

financeiro e criação de centro de custo.

Faria e com o relato de um episódio da

“Lembro que, depois dos cursos, eu co-

Batalha de Pirajá, pela independência do

mecei a, finalmente, entender os itens

Brasil; o documentário “Filhos do João”,

que vinham no balanço que o contador

do Henrique Dantas, que conta a história

enviava periodicamente”, conta Eduardo rindo. As planilhas deram lugar a um software que garantia maior controle so-

O produtor de áudio Alex Reis e o técnico de áudio Eduardo Roman são funcionários que integram a equipe do Estúdio Base

bre o caixa da empresa. O aprimoramento da equipe e o melhor aproveitamento do espaço interno da casa foram outras consequências positivas listadas pelo empresário. “No Estúdio D, passamos a realizar os trabalhos de pós-produção de áudio para cinema e também o e-mix, que é a mixagem de música a distância, enviada e acompanhada pelo artista via internet. No Estú-

do grupo Novos Baianos; e os filmes “Capitães da Areia” e “Bahêa Minha Vida”. “Esse ano, fizemos a pós-produção do fil-

Diante de resultados, em 2013, os

me “Revoada”, de José Umberto Dias, as

sócios contrataram a Consultoria In

dublagens para “Faroeste Caboclo” (René

Company do Sebrae para acompanhar

Sampaio), “O Último Cine Drive-In” (Iberê

os processos e realizar um diagnóstico direcionado sobre a gestão do empreendimento. As orientações recebidas nas capacitações vieram a somar para que a empresa gerenciasse melhor os projetos e, até mesmo, compreendessem o

Carvalho) e para o comercial da Coca-cola com a Seleção Brasileira de Futebol de Cegos, acrescenta. Eduardo garante que continua contando com o Sebrae para realizar projetos ainda mais audaciosos, como a nova Unidade Móvel, um sistema de

dio A fica a nossa nova sala analógica”,

que seria necessário para alcançar uma

diz ele, ressaltando que, esse ano, no es-

nova fatia do mercado nacional. “Esta-

gem e transmissão ao vivo de shows e

paço, foram elaboradas as mixagens dos

mos, cada vez mais, atendendo a mer-

eventos, que está em implantação e é

DVDs “Axemusic”, de Cláudia Leitte, e o

cado que não é mais Salvador, o que é

fruto de parcerias recentes, que deram

“Saulo ao Vivo”, de Saulo Fernandes.

bom, mas demanda investimento.”

origem a uma segunda empresa.

alta tecnologia para gravação, mixa-

Sebrae Mais

Consultoria In Company

A solução é voltada para pequenas empresas em estágio avançado de crescimento e que precisam de orientações para aplicação imediata. O programa é composto por conjunto de soluções que são aplicadas conforme as necessidades da empresa, com diversas modalidades (consultoria individualizada por empresa, workshops, capacitação, palestras e encontros) em temas como Plano de Marketing Avançado, Gestão Financeira e Empretec. Além da oportunidade de implantar modelos avançados de gestão empresarial, o participante pode ampliar a rede de contatos, implantar estratégias para estimular a inovação na sua empresa, analisar os aspectos fundamentais da gestão financeira e melhorar o processo de tomada de decisões gerenciais. Para outras informações, basta procurar um dos pontos de atendimento do Sebrae, ligar para a Central de Relacionamento (0800 570 0800) ou, ainda, acessar o site www.sebraemais.com.br

Ministrada dentro da empresa contratante, a solução visa criar um programa de gestão qualificada na empresa. “Normalmente, o empresário busca uma consultoria customizada para um problema específico do seu negócio”, explica a coordenadora da Regional Metropolitana do Sebrae Bahia, Madalena Seixas. Após um atendimento especializado, para compreensão acerca do modelo gerencial aplicado na empresa, um consultor é designado a visitar o negócio e, a partir daí, aprofundar o diagnóstico e construir o plano de atuação, apontando as soluções recomendadas para a situação in loco. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (71) 3320-4468/4469 ou pela Central de Relacionamento (0800 570 0800) ou, ainda, em um dos pontos de atendimento do Sebrae.

Sebrae Bahia

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Fotos: Mateus PEreira

Indústria

Maria Luiza Cerqueira e Eduardo de Sá estão à frente da empresa fundada pelo pai, Sudário Martins, há 44 anos

Gestão eficiente Com quatro décadas de história, a indústria Belgo Cercas & Cia Aramita tem em sua cartela de clientes empresas como a Petrobras, Odebrecht, OAS, Braskem e Arena Fonte Nova Equipe especializada na fabricação e instalação de telas, cercas e alambrados, soluções personalizadas e eficiente pós-venda são algumas das qualidades empresariais que contribuem para a indústria Belgo Cercas & Cia Aramita permanecer no mercado baiano há 44 anos. Fundada por Sudário Martins da Costa, a empresa tem hoje a

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Revista Conexão

participação de dois dos seus quatro filhos: Maria Luiza Cerqueira, na administração financeira, e Eduardo de Sá, na área comercial e de expansão. Com unidade industrial estabelecida no bairro de Campinas de Pirajá, em Salvador, a empresa conta ainda com showroom em Lauro de Freitas e Feira de Santana.

Desde o ingresso na primeira edição do Projeto de Adensamento da Cadeia Produtiva de Petróleo, Gás e Energia, Convênio Petrobras-Sebrae, em 2004, e na RedePetro Bahia, criada dois anos depois, a empresa pôde amadurecer a gestão eficiente e melhorar os processos internos por meio de soluções ligadas a planeja-


mento e finanças. “Não éramos tão profissionais antes do Projeto, não tínhamos um programa de qualidade, nem processos padronizados. Hoje, temos certificação dentro do nosso setor, como também a licença ambiental”, afirma Maria Luiza. O Projeto de Adensamento foi fundamental para a Aramita conquistar o mercado exterior em 2007. A empresária lembra que, um ano antes, recebeu o contato de uma empresa de Angola, no ramo de construção civil, interessada em adquirir telas e cercas. “Nós nunca tínhamos feito exportação. Um consultor do Sebrae, especializado em negócio exterior, nos orientou para viabilizar uma proposta vantajosa

para ambas as empresas”, conta Maria Luiza. Uma segunda remessa de itens foi enviada novamente em 2013, por demanda da mesma empresa. Apesar das exigências legais para todo trâmite, incluindo certificações, formulários e inspeções, o sócio Eduardo de Sá garante que a transação foi vantajosa. O sucesso, inclusive, animou os demais empresários do Projeto, que conversavam com os sócios durante as edições do Café com Energia, iniciativa integrante do Projeto, e viam a exportação como uma nova oportunidade. Somado ao network entre participantes, o Café cria também o conhecimento acerca das deman-

das de empresas âncoras do setor, o que, para a sócia, “abre portas ao empreendimento. No caso do nosso produto, que envolve um mix de clientes, isso é positivo e, às vezes, os próprios participantes do Projeto viraram nossos clientes”. Os sócios da Aramita estiveram em eventos de médio e grande portes do setor de gás e petróleo, em cidades como Recife, Aracaju e Rio de Janeiro. “Na Feira Rio Oil & Gas, um dos mais importantes eventos do setor, lembro que o Sebrae fazia o trabalho de rodada de negócios e alinhava o que as empresas baianas tinham para ofertar”, conta Maria Luiza sobre a presença em três edições da feira.

A empresa, que hoje conta com 100 colaboradores, faz parte do Projeto de Adensamento da Cadeia Produtiva de Petróleo, Gás e Energia, Convênio Petrobras-Sebrae, e da RedePetro Bahia

Sebrae Bahia

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Grandes clientes A Aramita tem, em sua extensa cartela de clientes, gigantes de diferentes segmentos, como a Petrobras, Odebrecht, OAS e Braskem, e responde por todo o fornecimento e instalação dos cercamentos externos, internos e portões da Arena Fonte Nova (projeto vencido no pregão eletrônico). O êxito nesse trabalho colaborou para que fosse fechada uma negociação direta entre a empresa e o Consórcio CCR do Metrô de Salvador para fornecimento e instalação do cercamento e portões de todas as estações metroviárias, com início de montagem previsto para abril. “Esses feitos contam com a parceria do Sebrae, que tem trazido muitos frutos, negócios e novas oportunidades de contato com o mercado”, conclui Maria Luiza. A empresa conta com a consultoria do Programa Sebrae Mais, na fase de diagnóstico da gestão financeira, para garantir mais décadas de sucesso nos negócios. A equipe reúne 100 colaboradores, que passam por processos de reciclagem voltados para área de atuação. Eduardo explica que, todo mês, a equipe de vendas recebe treinamentos e abordagens voltadas para o setor, com intenção de qualificar a atuação. “Normalmente, são dinâmicas feitas fora da empresa que motivam e dão confiança aos colaboradores, que percebem, de fato, o investimento que fazemos neles”, explica o sócio Eduardo. Já os operários, da área de produção, recebem palestras a cada dois meses sobre temas como uso de EPI, segurança no trabalho, ginástica laboral e motivação.

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Revista Conexão

A indústria Belgo Cercas & Cia Aramita conta com a consultoria do Programa Sebrae Mais

RedePetro Bahia A RedePetro Bahia foi criada em maio de 2006, através de uma consultoria de suporte para formação de redes de cooperação do Sebrae, e conta hoje com 50 empresas da cadeia produtiva de petróleo e gás. Dentre as principais vantagens em fazer parte da Rede, estão a visibilidade no cadastro online, acessado pelos setores de compras das principais empresas âncoras; custo reduzido para participar do Programa de Certificação em Sistema de Gestão Integrada; participação em

missões empresariais e feiras com menor valor de investimento; acesso exclusivo a banco de currículos e participação gratuita no Café em Rede; e encontro mensal com líderes do setor petroleiro nacional. Os interessados em participar da RedePetro Bahia podem preencher o formulário de cadastramento no site (www.redepetrobahia.org.br), que será analisado e, após aprovação, será enviado um comunicado para apresentação de documentos e pagamento da taxa de adesão.

Cadeia Produtiva de Petróleo, Gás e Energia Em sua segunda fase, o Convênio Petrobras-Sebrae 2012-2014 permanece com o propósito de inserir as micro e pequenas empresas baianas como fornecedoras diretas e indiretas de empresas âncoras do setor. Para isso, são desenvolvidas ações de qualificação gerencial,

técnica, de pessoas, inovação, aumento de visibilidade e implementação de ferramentas de acesso a mercado. Para outras informações, os interessados podem entrar em contato por e-mail (projeto.petroleo@ba.sebrae.com.br) ou telefone: (71) 3320-4376.


Foto: Maurício Maron

MICROEmpreendedor individual

Emerson Marques se formalizou como MEI em 2013

Quem quer dinheiro? Microempreendedor individual é cover de Silvio Santos em shows de humor no sul da Bahia Qualquer semelhança não é mera coincidência. É estratégia de marketing de um negócio bem-sucedido. Quando o microempreendedor individual (MEI) Emerson Marques, de Ilhéus, no sul da Bahia, assume o papel de Sílvio Santos cover, torna-se uma sensação para quem o assiste pelo seu talento e qualidade da imitação. No histórico de suas apresentações estão shows em diversas partes do Brasil, participações em convenções

de grandes grupos empresariais, aniversários, festas de despedida de solteiros e comerciais de televisão em São Paulo. Emerson chega a fazer 15 shows por mês, agenda de pop star da televisão brasileira. Recentemente ficou emocionado ao retornar a um luxuoso resort da região, onde já trabalhou como auxiliar de lavanderia, para subir ao palco como atração principal da convenção nacional de um grande

banco. Após o show, foi levado ao presidente da instituição financeira para um cumprimento e, claro, receber elogios pela performance. Mais uma vez não perdeu a oportunidade de encarnar o personagem. “Elogiei o banco dele e perguntei onde errei no meu (o Panamericano)”, brincou. O reconhecimento dos contratantes já chegou ao ponto extremo de o Sílvio Santos cover fazer, de verdade, o que o Sílvio Santos original já tornou

Sebrae Bahia

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marca em seus programas de televisão. O fato aconteceu em Salvador. Contratado pelo dono de uma loja de confecções, ele achou a performance tão genial que chamou Emerson no escritório, separou 5 mil reais de verdade e disse: “Hoje você vai fazer aviõezinhos e jogar dinheiro de hora em hora para os clientes”. “A loja bombou nas vendas”, disse Emerson. Sempre em busca de novidades para o personagem que já lhe rendeu uma casa, carro, moto e até um terreno, Emerson Marques não para de ter novas ideias. O novo desafio é fazer com que SS cover faça também algumas coisas que o SS original não faz. “Quero colocar o personagem para fazer um programa de receitas. Imagina Sílvio ensinando a cozinhar?”. Para estar atualizado sobre as notícias do “patrão”, assiste programas e lê revistas diariamente. “Agora mesmo, o assunto é o fato de que vou ser avô. Meu neto foi feito em Miami. É filho de um deputado. Essa minha filha é danada”, brinca o cover com a gravidez de Patrícia Abravanel, filha do original Sílvio Santos. Ao lembrar do começo da carreira, o empreendedor destaca que “não foi assim, como num passe de mágica, que tudo começou”. Há sete anos, quando deixou o sul da Bahia e foi tentar a sorte em São Paulo, fazia locuções em porta de lojas populares e chegou a uma conclusão: ganhava pouco e trabalhava muito mais que os colegas, principalmente aqueles que apostavam na imitação de pessoas conhecidas para chamar mais a atenção do consumidor. Resultado: foi para casa e começou a zapear o aparelho de televisão em busca de alguém para imitar.

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“Tinha que encontrar um caminho e melhorar o meu ganho. Quando passei pelo canal do SBT e vi Sílvio, pensei: é esse. É popular, atinge a todas as classes. Crianças, jovens, adultos e idosos o adoram”, lembra. Foi apostando no carisma do “Homem do Baú” que o empreendedor garante, hoje, ter encontrado o caminho para o sucesso. Em busca da perfeição na imitação, Emerson não perdia tempo. Aproveitava as longas viagens de ônibus e metrô entre sua casa e o local de trabalho para ir ouvindo gravações do apresentador. Em casa, nas horas de descanso, insistia em assistir gravações do Sílvio Santos original para memorizar trejeitos e comportamento no palco. Um dia, depois de muito treino no espelho de casa, ele tomou coragem e se apresentou em público pela primeira vez. “Foi numa feira de carros. Na semana seguinte o contratante me disse que queria que eu mantivesse o personagem e deixasse de lado a locução comum.” O Sílvio Santos cover viu, com o passar do tempo, a procura por seu trabalho ir aumentando. Primeiro em feiras de carros e em porta de lojas de confecção populares. Mas logo vieram grandes marcas e importantes empresas e ele começou a sentir a necessidade de regularizar sua atividade. Ano passado, procurou o Balcão do Empreendedor em Ilhéus e se tornou um microempreendedor individual. Foi a partir daí que Emerson profissionalizou o seu trabalho. “A orientação do Balcão do Empreendedor foi importante para que eu assegurasse alguns direitos trabalhistas como INSS, seguro saúde, aposentadoria por invalidez, além de facilidade de obtenção

de crédito”, pontua. “Essa é a grande contribuição que a Lei Geral pode dar às pessoas: oportunidade com direitos adquiridos”, destaca o gestor do projeto Território da Cidadania Litoral Sul, José Carlos Oliveira, um dos responsáveis pela implementação da Lei Geral no sul da Bahia. O sonho de Emerson é conhecer pessoalmente o homem que lhe inspirou – e que mudou a sua vida. Enquanto isso não acontece, ele trabalha para não perder o rumo do personagem e, quem sabe, ampliar ainda mais o leque de opções das suas imitações.

Soluções SEI Para aprender mais e melhorar seu negócio em oficinas gratuitas, com três horas de duração, presenciais ou pela internet, é só escolher o pacote de soluções Sebrae Empreendedor Individual (SEI). Na oficina SEI Vender, entenda como é composto de marketing (produto, preço, promoção e ponto de venda); em SEI Controlar meu dinheiro, desenvolva habilidades de gerenciamento e controle financeiro; SEI Comprar ajuda a adquirir o que precisa com menor preço e melhor prazo de pagamento; a oficina SEI Empreender torna seu negócio mais competitivo e atuante no mercado; SEI Unir forças para melhorar ensina como empreender coletivamente e a importância da cooperação; e em SEI Planejar o empreendedor conhece as ferramentas de planejamento para aumentar competitividade de modo sustentável


Empreendedorismo

Culinária artesanal o empreendimento passou a ser comandado pela filha Edely Souza e as netas Ana Vitória e Ana Carolina. Iguarias típicas, como moquecas de peixe, camarão e lagosta, e mariscadas, acompanhadas de bebidas autênticas, vão descritas no cardápio. As empreendedoras seguem à frente do negócio até hoje, contando com “a forte ajuda do Sebrae”, como Ana Vitória faz questão de frisar. Ela contabiliza uma lista extensa de capacitações feitas na entidade, como Em-

pretec, Treinamento Gerencial Básico e curso de qualidade no atendimento. “Nosso pensamento é incrementar o restaurante para deixá-lo bonito o ano todo e oferecer o melhor atendimento para nossos clientes”, justifica Ana a razão de tanto investimento em soluções empresariais. Em períodos de alta estação, como durante o Carnaval, o percentual de faturamento do restaurante chega a aumentar em mais de 50% e, praticamente, dobra-se o número de colaboradores.

Edely e sua filha, Ana Vitória, apresentam o principal prato da casa

Foto: Gustavo Rozario

O ritual do pescador de Arembepe, Erotildes Souza, apelidado de “Violão”, em meados dos anos 60, era levar o peixe fresco para a esposa Claldemira Souza, a “Coló”, transformar na moqueca que, segundo os degustadores, “satisfaz até o desejo da alma”. Assim nascia o Restaurante da Coló, incentivado por clientes como Carlos Petrovich, ex-diretor do Teatro Castro Alves, oferecendo pratos da autêntica culinária baiana, com vista para o mar. Em 1975,

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Foto: Paulo Cardoso

Sebrae perto de você O Sebrae Bahia possui 31 Pontos de Atendimento, distribuídos em 10 Unidades Regionais, oferecendo aos empresários das micro e pequenas empresas informação, orientação, capacitação, apoio e soluções através de consultoria em gestão, acesso ao crédito e ao mercado, tecnologia e inovação.

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