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N.º14

FEVEREIRO / MARÇO 2018 - 2€

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Baterias DOSSIER

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PERSONALIDADE A ENTREVISTA DE PAULO TABORDA SOBRE O TRABALHO DE PROFISSIONALIZAÇÃO CONSTANTE NO PÓS-VENDA E PEÇAS DA VOLVO TRUCKS PUB

Componente cada vez mais essencial no funcionamento do camião

DESTAQUE DEPOIS DE TRANSFORMAR A SUA REDE DE DISTRIBUIÇÃO EM 2017, QUE PLANOS TEM A SCHAEFFLER PARA O AFTERMARKET DE PESADOS EM PORTUGAL?

ATUALIDADE NA REUNIÃO ANUAL DA REDE DE SERVIÇOS OFICIAIS VDO, A KRAUTLI FEZ O BALANÇO DE 2017 E APONTOU OBJECTIVOS PARA ESTE ANO



PROPRIETÁRIA E EDITORA ORMP Pós-Venda Media, Lda Rua do Sol N.º 8A Vila Fria 2740-166 Porto Salvo Nº Contribuinte: 513 634 398 CONTACTOS Telefone: +351 218 068 949 Telemóvel: +351 939 995 128 E.mail: geral@posvenda.pt www.posvenda.pt f facebook.com/revistaposvenda i linkedin.com/company/ revista-pós-venda DIRETOR Paulo Homem paulo.homem@posvenda.pt REDAÇÃO Nádia Conceição nadia.conceicao@posvenda.pt DIRETORA COMERCIAL Anabela Machado anabela.machado@posvenda.pt ADMINISTRATIVA Anabela Rodrigues anabela.rodrigues@posvenda.pt PAGINAÇÃO Ricardo Santos geral@posvenda.pt SEDE DE REDAÇÃO Rua do Sol N.º 8A Vila Fria 2740-166 Porto Salvo TIRAGEM 5.000 Exemplares Nº REGISTO ERC 126723 DEPÓSITO LEGAL 403162/15 PERIODICIDADE Bimestral IMPRESSÃO DPS – Digital Printing Solutions MLP, Quinta do Grajal – Venda Seca, 2739511 Agualva Cacém – Tel: 214337000 ESTATUTO EDITORIAL Disponível em www.posvenda.pt

Sumário

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Destaque Schaeffler.............................................................................................................................................................P.06

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Notícias.............................................................................................................................................................P.08

Atualidade Reunião VDO.....................................................................................................................................................P.16

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Mercado Projetiva................................................................................................................................................................P.18 Globalfiltros........................................................................................................................................................P.20 Equipevi.................................................................................................................................................................P.22 Invepe.....................................................................................................................................................................P.24 Wabco....................................................................................................................................................................P.26

28 Oficina

C.M. Oeiras.........................................................................................................................................................P.28

PÓS-VENDA PESADOS

N.º14

FEVEREIRO/MARÇO 2018

www.posvenda.pt

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Personalidade do mês Paulo Taborda (Volvo Trucks)..................................................................................................................P.32

38 Dossier

Baterias.................................................................................................................................................................P.38

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Camiões / Autocarros Novidades............................................................................................................................................................P.56

52 Técnica

Termoterapia......................................................................................................................................................P.52 Informação Técnica........................................................................................................................................P.56

57 Opinião

APVGN..................................................................................................................................................................P.57

58 Pneus

BF Goodrich........................................................................................................................................................P.58


Editorial

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E PAULO HOMEM DIRETOR

paulo.homem@posvenda.pt

Aftermarket em crescimento

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al como acontece no setor do aftermarket para ligeiros, também existem indicadores seguros que nos dão a ideia, para não dizer a certeza, que o aftermarket no setor dos pesados também está em crescimento e com boas perspetivas de evolução. Nem o constante aumento do valor do combustível, que se tem verificado nos últimos meses, parece ter retirado o sono aos transportadores, o que evidencia que se está a fazer cada vez mais serviço e isso compensa de alguma forma o aumento dos custos operacionais. Se os camiões estão a fazer cada vez mais quilómetros na estrada, quer isso dizer que irão necessitar de manutenção mais rapidamente e, por inerência, quem vende peças em aftermarket neste setor pode sonhar com melhores dias. Um dado importante é a ainda elevada idade média dos veículos pesados em circulação (camiões e autocarros), o que só por si é gerador de muitos oportunidades para o aftermarket. Também é evidente que as oficinas de marca estão, na sua maioria, sobrelotadas de serviço (pelo menos a julgar pelas informações recolhidas), o que faz com que as frotas e as oficinas tenham também mais serviço e isso é bom também para o setor. Do lado das empresas do setor do aftermarket de pesados também temos visto que se está a investir cada vez mais em diferentes frentes. Por um lado, é o investimento em novos armazéns, com diversos operadores de peças a ocuparem novas posições geográficas, mesmo em zonas de menor fluxo de pesados, mas onde a questão de serviço pode ser crucial para atender os clientes. Por outro, é o reforço continuo das marcas e gamas de peças, de modo a disponibilizarem um portfólio cada vez mais completo. Alguns tradicionais operadores de peças, na tentativa de diversificar mesmo a sua gama de produtos, já começam também

a ter oferta em pneus, seguindo cada vez mais o conceito de “one stop shop”. O momento é de reforçar stocks, aumentar as equipas comerciais e de potenciar vendas, com o setor a mostrar na sua generalidade um grande dinamismo. As tradicionais marcas de aftermarket, muitas delas também presentes no primeiro equipamento, continuam a reforçar a sua presença no setor independente. Alguns novos acordos são bem o exemplo disso. Tal como falamos na edição passada, o crescimento do número de redes oficinais (serão pelo menos quatro em 2018), revela que se estão a criar a e a desenvolver novas oportunidades dentro do setor da manutenção e reparação e reparação de pesados. Por tudo isto, fica evidente que existe confiança no setor do aftermarket ao nível dos veículos pesados, que esperamos se mantenha por muitos e bons anos.

Alguns tradicionais operadores de peças, na tentativa de diversificar mesmo a sua gama de produtos, já começam também a ter oferta em pneus, seguindo cada vez mais o conceito de “one stop shop”.



Destaque

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D AFTERMARKET

Ignacio Naranjo Presidente Automotive da Schaeffler Iberia

SCHAEFFLER

2017 foi um ano de transformação na rede de distribuição Fornecedor premium do setor automóvel, há mais de 20 anos que a Schaeffler desenvolve produtos para o setor dos veículos pesados. Em 2017, transformou a sua rede de distribuição no setor dos pesados. Por isso, fomos saber os planos da Schaeffler para este setor TEXTO PAULO HOMEM

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Schaeffler trabalha em Portugal com todas as gamas de produto que tem disponíveis para o setor do aftermarket de pesados. O investimento em novos produtos tem sido enorme e vão ter reflexos no aftermarket. Estas e outras questões foram abordadas com Ignacio Naranjo, Presidente Automotive da Schaeffler Iberia, em entrevista exclusiva para a PÓS-VENDA PESADOS. Qual é o envolvimento da Schaeffler no aftermarket para veículos pesados? A Schaeffler leva quase 20 anos a desen-

volver uma gama de produtos exclusivos para o setor industrial (pesados) dirigida especificamente para o aftermarket. Atualmente, a nossa estratégia passa por oferecer ao mercado componentes de qualidade que contribuam para aumentar os intervalos de manutenção. Outro aspeto muito importante é a nossa visão das necessidades particulares do profissional que nos leva a desenvolver o conceito de soluções de manutenção, um produto que inclui tudo o que é necessário para realizar uma intervenção com total garantia. A Schaefller vai investir mais no futuro


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nutenção de veículos pesados? No portal REPXPERT, o mecânico poderá encontrar a oferta do Grupo nas soluções de reparação para pesados, bem como informações de reparação, documentos e vídeos explicativos para uma correta substituição dos componentes que comercializamos. Também temos um catálogo de peças eletrónico e bases de dados com informações de reparação genéricas. Que trabalho tem sido desenvolvido pela Schaeffler em Portugal ao nível das peças de pesados? A Schaeffler está presente em Portugal desde o primeiro momento que teve oferta para o aftermarket. Desde então, introduzimos toda a gama para pesados, acompanhando a distribuição com formações de produto. A rede comercial que comercializa os produtos da Schaeffler para pesados está estável? Procuram mais distribuidores? 2017 foi um ano de transformação na rede de distribuição de peças para pesados em Portugal. Acreditamos que agora encontrámos um ponto de equilíbrio para os próximos anos. das peças para veículos pesados? O investimento do Grupo Schaeffler no sector automóvel é evidente e o sector de pesados é bastante específico. Apenas sete construtores dominam o mercado e a quantidade de fabricantes de componentes é limitada, pelo que os projetos para este sector são a longo prazo. Ainda há a considerar as especificações ambientais e as novas tendências de mobilidade. Aumentando a penetração no primeiro equipamento, aumentamos o potencial de venda no aftermarket. Quais são os tipos de peças de pesados em que a Schaeffler vai investir? A família de transmissão é a prioridade. Os projetos para equipamento original estão a sair e no aftermarket lançámos melhorias na oferta LuK, melhorando o material de fricção (HD30) e aumentámos a oferta, incluindo prensas autoajustáveis e discos com sistema de amortecimento melhorado. Das quatro marcas que representam, todas elas têm peças para pesados? Que gamas de peças trabalham nos pesados em cada uma das marcas? Neste momento a oferta está limitada à LuK em transmissão (Embraiagem) e FAG, tanto na oferta para rolamentos de roda como soluções exclusivas, nomeada-

mente o RIU ou SmartSet, ofertas para o Aftermaket que permitem uma reparação correta com a máxima qualidade. A oferta na INA limita-se aos tensores para os sistemas auxiliares, onde somos primeiro equipamento e neste momento não temos oferta em Ruville. Todas as marcas onde têm oferta para o Aftermarket têm o mesmo peso nas peças para pesados? Qual a mais representativa? LuK e FAG são, sem dúvida nenhuma, as marcas da Schaeffler que oferecem uma maior oferta para os veículos pesados, que estão posicionadas como líderes em componentes de transmissão e rolamentos. Trata-se de um posicionamento que estamos a reforçar, ampliando a nossa gama e desenvolvendo novas soluções de manutenção exclusivamente pensadas para o aftermarket. Os mecânicos de veículos pesados também podem usar a plataforma REPXPERT? Claro que sim. A REPXPERT é a nossa marca de serviços para o mecânico, e o portal REPXPERT também foi desenhado para o sector de pesados. Em que medida a plataforma REPXPERT é importante para quem trabalha na ma-

Têm sido dinamizadas formações técnicos para os mecânicos no setor dos pesados em Portugal? Há 15 anos que realizamos formações técnicas tanto em transmissão como em chassis, e com níveis de avaliação bastante elevados. Como se irá desenvolver a tecnologia dos camiões? Qual será o contributo de Schaeffler nas peças no futuro? A tecnologia para ligeiros e pesados cada vez se torna mais uniforme, fruto dos requisitos ambientais e das novas tendências de mobilidade. Sendo especialista em transmissão, motor e chassis, a Schaeffer está a trabalhar em projetos que nos asseguram a continuidade como líderes tecnológicos. Qual é a sua opinião sobre o mercado português de aftermarket ao nível dos pesados? Tem havido evolução? O sector de reparação de pesados é muito profissional, pois trata-se de um negócio entre empresas. Foi um sector penalizado em 2009 com a crise e depois com a redução drástica do negócio de exportação para Angola. As empresas em Portugal souberam ultrapassar estas situações e as novas políticas de pagamento sobretudo das empresas públicas permitiram fazer crescer o sector. A evolução dos últimos anos tem sido positiva.


Notícias

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N ROMAFE

Romafe presente em Lisboa

A Romafe entrou em 2018 com uma importante novidade, que foi a abertura de um novo armazém para o mercado de Lisboa. Esta não foi nem será a única novidade desta empresa para este ano

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mpresa com mais de 72 anos de história, a Romafe é uma empresa com largo historial no setor industrial e automóvel, que é “apenas” o maior distribuidor da SKF em Portugal, o que só por si diz bem do significado e da importância desta empresa no setor. Tendo já uma forte presença no norte de Portugal, onde tem diversas filiais, a Romafe tinha também uma loja no Barreiro (entretanto encerrada), tendo inaugurado recentemente um novo armazém em Lisboa. “Há muito tempo que sentimos a necessidade que os nossos clientes revelavam que tivéssemos uma presença física em Lisboa. Temos cada vez mais clientes nes-

ta região, quer no setor automóvel quer na indústria, a quererem trabalhar com a Romafe, pelo que a decisão acabou por ser natural”, começa por dizer José Vaz, administrador da Romafe, reforçando que “tendo em conta as marcas que temos e o facto de sermos muito forte naquilo em que nos especializamos, os nossos clientes pediam que estivéssemos mais presentes em Lisboa”. A zona escolhida para o novo armazém foi Sacavém, numa das zonas de maior concentração logística da região, sendo essa precisamente uma das razões que permite à Romafe apostar, para o setor automóvel, num serviço aos clientes com quatro entregas diárias (duas de manhã e duas à tarde), recorrendo sobretudo a


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TIPS 4Y disponibiliza pesquisa por matrícula

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TIPS 4Y continua a assegurar o serviço na solução de pesquisa por matrícula, uma ferramenta que é hoje indispensável a todos os profissionais do pós-venda automóvel e que agora chga também aos veículos pesados. Após diversas solicitações do mercado a TIPS 4Y acaba de lançar o serviço de pesquisa por matrícula para veículos pesados, disponível apenas em webservice

operadores especializados na distribuição. Logicamente que na área dos pesados, alguns clientes serão abastecidos diretamente, por força do seu volume e expressão no mercado. Cerca de 30% do negócio Romafe está concentrado no setor auto (ligeiros e pesados), porém a abertura deste novo armazém em Lisboa abre novas perspetivas de desenvolvimento desta área. “Temos uma política comercial bem definida e que iremos manter em Lisboa, trabalhando unicamente com a revenda no setor dos ligeiros, embora nos pesados possamos fonnecer diretamente alguns clientes. Essa é uma mais-valia que a Romafe tem e que vamos manter, pois os nossos clientes valorizam muito isso”, refere José Vaz. Sendo o maior distribuidor nacional das marcas SKF, SNR (disponibilizando toda a gama de A a Z nestas duas marcas) e Corteco (neste caso apenas os retentores), possuindo a Romafe uma enorme especialização no setor automóvel (mas também no industrial), o administrador diz também que os produtos Liqui Moly, apenas para o setor dos pesados, serão dinamizados nesta nova plataforma, estando também para breve outra novidade nesta área. “Vamos manter a nossa política de trabalhar poucas marcas, mas apostando sempre em trabalhá-las de A a Z. Queremos manter a nossa especialização em rolamentos, tal como o fazemos há 72 anos”, afirma José Vaz. Dos 50 profissionais que trabalham na Romafe nas suas diferentes estruturas (Porto, Guimarães, Viseu, Mirandela e Sacavém), cinco estão no armazém de Lisboa (mais uma que será contratada em breve), sendo que dois estão especificamente orientados para trabalhar o setor auto.

próprio para ser integrado em solução cliente. São mais de 170 mil registos uniformizados das principais marcas de pesados e pesados de passageiros: MercedesBenz, Volvo, Scania, DAF, MAN, Iveco, Renault Trucks e Mitsubishi. Refira-se que a pesquisa por matrícula é um serviço comercializado por pacotes de quantidades de consultas.

Fuchs disponibiliza óleo para engrenagens

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Titan Cytrac TD SAE 75W-90 é um óleo para engrenagens “Total Driveline” de performance premium, adequado para eixos hipóide altamente solicitados, bem como para transmissões manuais de veículos comerciais. Oferece uma performance extraordinária, mesmo em condições de operação muito severas. A combinação de óleos selecionados de base completamente sintética com aditivos de moderna tecnologia resultam num perfil de performance excecional, fazendo do Titan Cytrac TD SAE 75W-90 um ótimo produto para a racionalização. Graças a uma vasta gama de aprovações OEM, o Titan Cytrac TD SAE 75W-90 é perfeito para oficinas de marca, assim

como para frotas mistas. O Titan Cytrac TD SAE 75W-90 pode ser utilizado para eixos hipóides de veículos comerciais, como por exemplo: Daimler (MBAPPROVAL 235.8), Volvo (VOLVO 97312), Scania (SCANIA STO 2:0 FS) ou MAN (MAN 342 TYPE S1), permitindo intervalos de mudança máximos. Devido à sua ótima compatibilidade com os materiais dos sincronizadores, o Titan Cytrac TD SAE 75W-90 também oferece uma melhor performance quando utilizado em transmissões manuais da Scania (SCANIA STO 1:0), MAN (MAN 341 TYPE Z2), ZF (ZF 02B) e muitos outros fabricantes (API GL-4/GL-5).

Motorbus comercializa FAG, LUK e INA

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Motorbus continua a ampliar o seu já vasto portfólio de marcas de primeira qualidade, com o intuito de disponibilizar aos seus clientes uma maior variedade de produtos e soluções. Nesse sentido, a Motorbus é desde o iní-

cio deste mês de dezembro, distribuidor oficial do Grupo Schaeffler, fornecedor alemão que incorpora as marcas FAG, LUK e INA e que disponibiliza uma gama abrangente de produtos de alta qualidade, tecnologia de ponta e alto grau de inovação.


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Novo catálogo DT Spare Parts para MAN

NOTÍCIAS

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novo catálogo de peças DT Spare Parts contém cerca de 550 novos produtos e mais de 3200 peças da marca DT Spare Parts adequadas para MAN F/M/L 2000, F/M/G 90, F 7/8/9 e CLA. A DT Spare Parts oferece uma gama completa com mais de 35000 peças. Para os clientes oficinais, existem atualmente mais de 30 catálogos de produtos específicos para veículos pesados em formato digital no site http://dcat.dt-spareparts.com, disponíveis imediatamente.

ANTRAM promove Salão Nacional do Transporte em junho

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ANTRAM, Associação Nacional dos Transportes de Mercadorias, vai levar a efeito, pelo terceiro ano consecutivo, o Salão Nacional do Transporte, em Pombal, que se realiza no próximo mês de junho. A revista PÓS-VENDA PESADOS será mais uma vez Media Partner deste evento,

que decorrerá na Expocentro em Pombal nos dia 1, 2 e 3 de junho, sendo dedicado aos profissionais que se movimentam na área do transporte. Em consideração a todos os que se inscreverem no “III Salão Nacional do Transporte”, até 31 de março, a Direção da ANTRAM estabelece uma diferenciação positiva, pelo que, estas inscrições beneficiam de um desconto de 10% sobre os valores da Ficha de Inscrição para 2018. O pagamento integral da inscrição até 30 de abril, beneficia de um desconto de 5% sobre os valores da Ficha de Inscrição para 2018.

Veedol regressa a Portugal

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Barcenol é uma empresa que se dedica à importação e distribuição no sector petroquímico em Portugal, trabalhando com diversas marcas de lubrificantes especiais no setor industrial. A novidade é a reintrodução da marca de lubrificantes Veedol para o setor auto, ligeiros e pesados (entre outras aplicações). A empresa de Barcelos passa assim a ser responsável pela presença comercial da Veedol em Portugal, que irá expor na próxima edição do Expomecânica.

Num minuto... David Carlos é o novo Country Manager da MAN Truck & Bus Portugal, tendo inciado este novo percurso profissional nos pesados no passado dia 3 de janeiro.

A Scania obteve, pelo segundo ano consecutivo em Portugal, a certificação exclusiva Top Employer, que a acredita como uma das melhores empresas para trabalhar.

RPL Clima disponibiliza bomba de gasóleo para frio de transporte A empresa de ar condicionado automóvel algarvia tem disponível a bomba de gasóleo para os seus clientes na área de frio de transporte. A RPL Clima tem disponível, além de uma vasta gama de componentes para o frio de transporte, a bomba de gasóleo utilizada nesta área de negócio, com uma boa relação preço / qualidade, segundo a empresa. A mesma é aplicada em camiões de refrigeração, geradores marítimos, sistemas de filtragem de diesel, entre outros, sendo de fácil instalação e manutenção.

Panos de limpeza MEWA para todas aplicações oficinais

O sistema de panos de limpeza reutilizáveis MEWA permite que as oficinas tenham sempre disponíveis panos de limpeza limpos. A MEWA recolhe os panos sujos, depositados no SaCon, o contentor de segurança da MEWA, lava-os de forma ecológica e devolveos atempadamente. O sistema de reutilização é uma solução económica para fábricas e oficinas de todas as dimensões. Mesmo para microempresas o sistema é mais em conta do que uma solução com panos descartáveis. A empresa oferece o pano ideal para cada aplicação, desde o robusto pano universal MEWATEX até ao pano de superfícies sensíveis que praticamente não forma cotão.

Os responsáveis das oficinas da rede Vulco em Portugal e Espanha, juntaram-se em Valência para celebrar os 25 anos desta rede oficinal.

A empresa Transbranca – Transportes, S.A., escolheu o software aTrans para a gestão operacional da sua operação de transporte. A implementação do aTrans >>



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Grupo Wurth adquire Liqui Moly

Novo site AS-PL, também em português

NOTÍCIAS

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AS-PL, especialista em alternadores e motores de arranque, inicia o ano de 2018 com um website renovado, com melhorias ao nível do layout e funcionalidades. Está disponível um novo mecanismo avançado de pesquisa de produtos e novos e mais convenientes métodos de filtragem de produtos. Nesta parte, os clientes têm acesso gratuito às atuais promoções e ofertas especiais.

Este site é também responsivo, podendo ser consultado num PC, num smartphone ou tablet, e está disponível em www.as-pl.com.

ALEA com lâmpadas de ligeiros e pesados

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ALEA, marca própria do Aftermarket do Grupo Nors, reforçou a sua gama de produtos para veículos ligeiros e pesados, com a introdução de lâmpadas. A partir de agora, estão disponíveis nas lojas ASParts, ONEDRIVE e Civiparts, 14 referências de 12V para veículos Ligeiros e 16 referências de 24V para veículos pesados, a preços muito competitivos.

Novas instalações do bilstein group em Portugal

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m 2016, o bilstein group em Portugal tomou a decisão de dar início à construção das suas novas instalações, numa evidente necessidade de expansão e crescimento. Cerca de um ano depois, e após um período de mudanças de duas semanas, o momento da reabertura nas novas instalações chegou no dia 2 de janeiro. De realçar que estas novas instalações em Portugal dispõem de um terreno perto dos 100.000 m² e uma área de intervenção de 31.000 m². As novas instalações contam ainda com 12 cais

de carga para camiões para receção e expedição de mercadorias e, no limite máximo de ocupação, haverá espaço para 150 pessoas. Este projeto tem como principal objetivo conseguir g a r a n t i r, não só o crescimento contínuo de todas as marcas no mercado português, mas sobretudo olhar para o futuro e vislumbrar uma perspetiva de crescimento, em recursos humanos, e não só! O bilstein group encontra na Estrada do Jerumelo, nº 863, em Casais Carriços, na Venda do Pinheiro.

Num minuto... na Transbranca passará pela integração com o ERP PHC, ao nível da gestão administrativa e financeira da organização.

Desde 1 de janeiro a Dongfeng Auto Parts está a contribuir no setor dos compressores e controlo de ar comprimido para a joint venture entre a Dongfeng e a Knorr-Bremse.

A Visoparts acaba de estabelecer mais uma nova parceria, com a recente integração no Grupo Schaeffler passando a disponibilizar as marcas INA, FAG e LUK.

A Liqui Moly tem, desde 1 de janeiro de 2018, um novo proprietário, já que Ernst Prost, sócio-gerente desta reconhecida marca de lubrificantes, vendeu todas as suas ações ao Grupo Würth. A Liqui Moly está no melhor momento da sua história: alto índice de capital próprio e um novo recorde de vendas, ultrapassando os 500 milhões de euros em 2017. “O meu objetivo era dar este passo de forma calma e com a empresa saudável e não ter que decidir em condições adversas”, sublinhou Ernst Prost. Durante os últimos 20 anos o Grupo Würth tem sido um parceiro silencioso da Liqui Moly – até mesmo um apoio contra imponderáveis. Embora o Grupo Würth, com mais de 70 mil funcionários e um volume de negócios de 12,5 mil milhões de euros, seja consideravelmente maior do que a Liqui Moly, também é um negócio familiar. Ernst Prost acrescenta: “É por isso que sei que a Liqui Moly e a Méguin estão em boas mãos no Grupo Würth”. Muda a propriedade do Grupo Liqui Moly, mas, no fundo, tudo continua igual. A Liqui Moly continua a ser uma empresa independente dentro do Grupo Würth, Ernst Prost continua a ser CEO e nada muda também para os mais de 800 funcionários.

A Goodyear Dunlop Iberia anuncia a nomeação de Alberto Villarreal novo diretor da área de negócio de veículos industriais, que inclui os comerciais, camiões e OTR.


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Civiparts comercializa radidadores Nissens A Civiparts, empresa do Grupo Nors, acaba de anunciar o lançamento da gama de refrigeração da Nissens. A Nissens apresenta uma solução completa na gama de refrigeração de motor e conforto climático das frotas de pesados. Fabricante reconhecido e líder no mercado de componentes-chave para sistemas térmicos, a Nissens possui o know-how e experiência na construção de componentes térmicos, que lhe permite desenvolver fiáveis soluções de refrigeração de motores e climatização, cumprindo com as especificações de origem e as exigentes aplicações em veículos pesados.

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Novo Website Eni

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Eni acaba de anunciar o lançamento do novo website em Portugal. Com o objetivo de oferecer uma experiência com maior valor acrescentado, por meio de uma apresentação moderna, responsiva, intuitiva e profissional, o novo website pretende ser mais um passo na melhoria contínua da comunicação com os clientes, parceiros e

seguidores da marca. Consolidando a presença online, o novo website da Eni está totalmente integrado com as redes sociais Facebook, Youtube, Linkedin, Instagram e Twitter e permite informar os visitantes sobre as últimas novidades e promoções em vigor. Conheça o novo website em www. sintetica.enilubes.com


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WOLF TIP HEAVY DUTY

DICA WOLF DO DIA: Mude hoje de 15W40 para 5W30 e tenha uma economia de combustível de até 4%! O consumo de óleo está sempre presente quando há altas temperaturas em jogo. O maior consumo de óleo num 5W30 é insignificante em comparação com a vantajosa economia de combustível que este óleo pode proporcionar. Isto torna-se ainda mais interessante quando comparamos com o óleo para pesados 15W40. Testes rodoviários, realizados por um dos nossos principais clientes proprietários de frotas de pesados, revelaram uma economia de combustível de até 4%. A Wolf avalia continuamente essa perda de óleo com um teste de evaporação para monitorizar a qualidade desse parâmetro em particular. Os resultados mostram que a perda está bem abaixo dos valores máximos permitidos. Além disso, para um 5W30, a perda é ainda menor do que para um 15W40. Funciona mesmo! Jo Van Moer, presidente e fundador da Van Moer Logistics, e Dirk Meerschaert, Supervisor de Oficina, decidiram há algum tempo mudar do produto OFFICIALTECH 15W40 MS para o produto totalmente sintético WOLF OFFICIALTECH 5W30 UHPD. Este fornecedor de serviços de logística no porto de Antuérpia na Bélgica possui uma frota de mais de 200 veículos, constituída por camiões das marcas Volvo, Mercedes, MAN e DAF (motores Euro V). As economias de combustível registadas após 6 meses foram impressionantes: uma média de 0,75L a cada 100 quilómetros. Isto significa uma redução de custos média de cerca de 800 euros por trator ao ano. Dirk Meerschaert: “Estamos extremamente satisfeitos por termos feito esta transição. Mudamos o óleo a cada 75.000 quilómetros.”

NOTÍCIAS

Corcet é o novo distribuidor da Prema

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Corcet, empresa que opera na área dos equipamentos e consumíveis para o setor dos pneus, é

o novo distribuidor oficial da Prema para Portugal continental e ilhas. Esta marca caracteriza-se pela sua vasta gama de produtos para reparação de pneus (machão, remendos, colas, etc), com qualidade premium a preço competitivo. Refira-se que a gama Prema Softgum pode ser usada em câmaras de ar, pneus de ligeiros, camião e agrícolas.

Mais 200 novas referências Siegel Automitive

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marca Siegel Automotive está em continuo desenvolvimento, tendo sido adicionados no novo catálogo mais de 200 novas referências. Desta forma Siegel Automotive oferece

uma gama de cerca de 1 200 peças, que substituem cerca de 3 000 referências, com destaque para os produtos de carroçaria, iluminação e equipamentos elétricos para outros grupos de produtos. Com a Siegel Automotive, os clientes de oficinas se beneficiam de uma solução acessível com 12 meses de garantia. A marca do produto é uma oferta adicional fornecida pela Diesel Technic, fornecedora de peças de reposição para veículos comerciais em Kirchdorf, na Alemanha.

Maior capacidade de gestão de frotas

O

s novos Garmin fleet 700 são os dispositivos certificados para trabalhar com o Frotcom, que agora apresentam uma ainda maior capacidade de gestão de frotas. Combinando o poder da navegação Garmin para a gestão de frotas com a flexibilidade de um tablet e a aplicação da Gestão de Tarefas móvel do Frotcom, com os novos modelos da série 700, poderão ser enviadas tarefas / traba-

lhos aos condutores de forma simples e eficaz. Pode-se também monitorizar a progressão de cada trabalho em tempo real e à medida que avança, uma funcionalidade que os clientes apreciarão devido ao controlo que se tem sobre cada trabalho a ser realizado. Os inovadores dispositivos da série Fleet, estão disponíveis em 3 modelos: Garmin Fleet 770, 780 e 790.

Num minuto... Com a marca Disolac a Roberlo decidiu investir na pintura industrial, onde estão incluídos os veículos pesados e industriais, mas também todo o setor industrial. Trata-se de uma ação

importante englobada no plano de crescimento estratégico da empresa espanhola.



Atualidade

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16 REUNIÃO NACIONAL VDO - KRAUTLI

A caminho da telemática A Krautli realizou na Figueira da Foz a sua habitual reunião nacional de Serviços Oficiais VDO, onde foi feito o balanço das atividades desta rede de tacógrafos, mas também se lançou o futuro TEXTO PAULO HOMEM

A TACÓGRAFOS

O

ano de 2017 foi mais uma vez de intensa aproximação da Krautli aos seus parceiros da rede nacional de Serviços Oficiais VDO. Para além dos workshops de formação em telemática, realizados em Lisboa e Porto, foi dinamizada a VDO Tour, no qual foram feitos 10 ações com membros da rede de Serviços Oficiais VDO. Foi também um ano em que a Krautli começou a fornecer os WorkshopTab, apresentados em anteriores reuniões da VDO, aparelhos que começam a ser fundamentais para o desenvolvimento da atividade para quem opera nos tacógrafos. Atualmente 37% da rede de Serviços Oficiais VDO já possui esta importante ferramenta, mas mais de metade dos WorkshopTabs foram vendidos fora da rede (em outros operadores que também trabalham VDO mas que não integram a rede). Até finais de 2018 toda a rede terá que possuir o WorkshopTab, pois em março de 2019 vai ser lançado o novo tacógrafo (4.0),

com três sinais de velocidade, e “quem não tiver o WorkshopTab não poderá comunicar com esse novo tacógrafo”, afirma António Costa, Service Manager da Krautli para a marca VDO. Neste evento foi também apresentado o novo tacógrafo VDO (DTCO v 3.0), destinado acima de tudo ao mercado de reposição, que poderá substituir os tacógrafos existentes em veículos desde 1980 até final de 2018. “Este novo tacógrafo tem um longo ciclo de vida, sendo que duas referências irão cumprir 97% mercado”, explica o mesmo responsável. REDE

Para 2018 são diversos os objetivos que a Krautli tem para a rede de Serviços Oficiais VDO. Até final do ano, pretende a Krautli que todos os agentes da rede tenham o WorkshopTab. Outro investimento será feito ao nível do website da Krautli Portugal, que será totalmente renovado e que terá uma extranet dedicada para a rede, melhorando desta forma o fluxo de informação entre todos


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Telemática é a grande aposta os parceiros (Continental VDO, Krautli e Serviços Oficiais VDO). Para dar apoio à rede de Serviços Oficiais VDO ao nível da telemática, a Krautli contratou um técnico específico que a sua principal missão é precisamente apoiar no terreno toda a rede. “Desde que a rede de Serviços Oficiais VDO foi lançada, em 2014, podemos dizer que até este momento a mesma está perfeitamente alicerçada”, explica António Costa, reconhecendo que “neste momento o nosso objetivo não é fazer crescer a rede, embora admita que poderão entrar mais três ou quatro agentes, mas sim trabalhar com os atuais de uma forma estruturada, que sejam credíveis e com os quais se possa trabalhar de forma correta”. Geograficamente a rede irá crescer na Madeira (em 2018 passaram a ser obrigatórios os tacógrafos nesta região), onde passará a haver dois Serviços Oficiais VDO a curto prazo. No total, a rede de Serviços Oficiais VDO deverá chegar a 52 centros até final de 2018 ou início de 2019, com o distrito de Lisboa a ser coberto por 11 centros e o do Porto com 10. Com cada vez há mais tacógrafos digi-

tais a equiparem os veículos pesados, António Costa refere que esperava que neste momento já houvesse 10% mais de veículos com estes equipamentos, embora o ritmo de troca de tacógrafos analógicos por digitais seja muito maior agora que no passado. “A quota de substituição de tacógrafos analógicos por digitais em 2015 era de 3,5% na Europa e 1,2% em Portugal, quando atualmente já é de 6,5% que é a média da Europa, o que revela que o nosso mercado já está mais maduro”, afirma o responsável pela VDO em Portugal. Diga-se que dos atuais 49 centros da rede de Serviços Oficiais VDO, nove são DTCO+ (rede ainda mais especializada), estando previsto que a médio prazo possam ser mais quatro ou cinco, atendendo precisamente ao crescimento dos tacógrafos digitais. Para terminar, refira-se que o maior controlo da atividade, por via da selagem do gerador de impulsos, com um selo do IPQ, vai levar a um apertar do cerco nesta área de atividade, sendo este apenas mais um dos muitos desafios que este setor atravessa e vai atravessar num futuro próximo.

António Costa Service Manager da Krautli para a marca VDO “A grande preocupação hoje são os dados. Porém, apenas 2% do mercado de tacógrafos digitais faz descarga remota (ou trabalho em base de dados) o que é muito pouco. Temos a noção de que existe ainda muito mercado para explorar nesta área da telemática e que a rede de Serviços Oficiais VDO é muito ativa em tacógrafos, embora só alguns sejam proactivos em telemática. A Krautli investiu em recursos humanos para esta área dos tacógrafos, existindo um responsável especificamente para a área da telemática, que nos levou a crescer para o dobro em faturação, o ano passado, o que representa que é um trabalho que está a dar os seus frutos. Para nós é muito importante este acompanhamento que estamos a fazer ao cliente do nosso cliente, que é algo que iremos reforçar muito, pois entendemos que se os transportadores estiverem bem informados irão potenciar o uso da telemática”.

Tendências do setor dos transportes até 2020 1 - Registo e gravação dos tempos de condução e de descanso; 2 - (Tracking) Localização dos veículos; 3 – Possível sistema eletrónico de pagamento de portagens; 4 – Possível monitorização da carga dos semirreboques; 5 - Cerca de 40% do parque circulante dos camiões e autocarros, equipados com conectividade; 6 - Condutores com uso regular de SmartPhones e Tablet’s.


Mercado

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PROJECTIVA

Importância relevante no pós-venda

A Projectiva tem uma atividade muito diversa e particular que passa pelos serviços e assistência técnica, mas também por um conjunto de representações de equipamentos e acessórios para o setor dos transportes, sempre com o foco no cliente TEXTO PAULO HOMEM

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epois da privatização da Rodoviária Nacional, Carlos Tavares e José Tomé decidiram que estava na altura de abraçar um projeto próprio, onde pudessem colocar em prática todo o know-how que tinham no domínio dos equipamentos destinados aos transportes rodoviários de passageiros. Foi assim que em 1992 surge na Zona Industrial de Torres Novas (desde 1998 numas novas instalações) a Projectiva, empresa que tem por objeto a representação, importação, comercialização e assistência de equipamentos e acessórios para transportes, quer nos pesados como nos ligeiros e até nos transportes ferroviários. “Iniciamos a nossa atividade a comercializar, montar e assistir equipamentos para fábricas de carroçarias, onde sobressaiam os sistemas de ar condicionado, mas tam-

bém fornecíamos quase tudo o que era necessário para um autocarro, como bancos, indicadores de destino, portas, etc”, começa por explicar José Tomé, sócio-gerente da Projectiva. Com o apoio de todos os fornecedores, a Projectiva começou a trabalhar logo com diversos e importantes clientes, que tinham não só melhores condições e, acima de tudo, um melhor serviço. “Foi nesta altura que começamos a pensar na assistência, considerando desde logo que o pós-venda era muito importante para os nossos clientes”, revela José Tomé. A partir daí a Projectiva começou a criar uma rede de agentes em todo o país, que permitiria que os clientes pudessem ter assistência em quase todas as áreas geográficas de Portugal. Como já existia uma grande especialização em ar condicionado no serviço aos autocarros, a Projectiva começou a trabalhar tam-


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Projectiva Torres Novas José Tomé / Paula Tavares 249 819 240 geral@projectiva.pt www.Projectiva.pt

bém com camiões e até os veículos ligeiros. “Para além do ar condicionado, nos camiões começamos a trabalhar os tacógrafos e os limitadores de velocidade, como instalamos ar condicionado em muitos automóveis que era um luxo na altura. Atualmente já estamos também a trabalhar nos comboios e até no metro”, refere o sócio gerente da Projectiva, reconhecendo que “quando se é profissional e se faz um bom serviço, com foco principal no pós-venda, o cliente acaba por reconhecer quando verifica que o seu problema é resolvido rapidamente”. Atualmente a Projectiva continua na área do primeiro equipamento, sendo que o grande crescimento da empresa foi precisamente na área do serviço pós-venda. “Temos que garantir que o cliente monta no primeiro equipamento os nossos produtos para consolidar a nossa posição, mas o nosso maior crescimento tem sido no pós-venda”, assegura Paula Tavares, gerente da Projectiva. MANUTENÇÃO PREVENTIVA Por via disso, a empresa cresceu em cinco anos de 12 para 25 pessoas, acima de tudo para reforçar os serviços técnicos, tendo sido desenvolvidos, por exemplo, contratos de manutenção preventiva com as empresas de autocarros de modo a garantir o correto funcionamento dos equipamentos comercializados. “Antes os clientes não queriam sequer estes contratos, mas o custo de imobilização era bem maior que o custo da manutenção preventiva e hoje fazemos muita manutenção preventiva, sobretudo nas instalações do cliente”, explica José Tomé. Este serviço exigiu um forte investimento

da Projectiva, não só em meios humanos como se disse, mas também em meios técnicos (carrinhas oficina) e em stock de peças, até porque as solicitações têm sido muitas e a gestão deste processo nem sempre é fácil. Paula Tavares diz a este respeito que “estamo-nos a preparar para ter quatro equipas técnicas, mais uma equipa técnica permanente no Porto, mobilizando a Projectiva 16 pessoas em exclusivo para esta área da assistência aos clientes quer no primeiro equipamento quer no pós-venda”. Diga-se que todos os técnicos possuem certificação de atestação que lhes permi-

Marcas representadas Hispacold – Ar condicionado para autocarros Masats – Conjunto pneumático / elétrico e portas em alumínio Fainsa – Bancos para autocarros Clayton – Aquecimento e desembaciadores AA Airbus - Frio para transportes Hanover – Indicadores eletrónicos de destino Doga – Escovas Vental – Jantes em alumínio para autocarros Stroco – Equipamento de parque Fisa – Bancos pneumático e mecânicos para motorista VDO - Tacógrafos Autoclima – Frio de transporte

te trabalhar em gases fluorados instalados em veículos a motor, tendo recentemente obtido o certificado em manuseamento desses gases na Categoria 1, o que permite à Projectiva atuar nas unidades de refrigeração de camiões e reboques frigoríficos ao abrigo do Regulamento EU 2015/2067 (inspeção e deteções de fugas). Desde 1993 que a Projectiva é também reparador e instalador de tacógrafos analógicos, tendo em 1996 chegado os limitadores de velocidade e em 2008 os tacógrafos digitais. A empresa investiu muito em infra-estruturas técnicas nas suas atuais oficinas (software, elevadores, bancos de ensaio, etc), onde realiza todo o tipo de reparações elétricas e em sistemas de ar condicionado em veículos pesados (autocarros e camiões), mas também em automóveis ligeiros. “Há três anos a esta parte temos investido muito em software de diagnóstico, o que nos permite desenvolver outros serviços para os pesados e para os ligeiros ao nível da parte elétrica e dos diagnósticos”, explica Paula Tavares, dizendo que “estamos também a desenvolver a área de frio de transporte nos pesados”. Perfeitamente apta para os desafios que estão para vir, a Projectiva tem vindo a “projectar” a sua empresa para o futuro, apostando muito na componente técnica e no serviço de assistência ao cliente, mesmo que grande parte da faturação seja a venda dos equipamentos (cerca de 70%), sendo o restante realizado precisamente em serviços de assistência e em peças, muitas delas comercializadas através de alguns dos operadores de peças presentes no aftermarket português.


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PEÇAS

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GLOBALFILTROS

Especialização e complementaridade Depois de quase uma década dedicada aos filtros para camiões, autocarros, tratores agrícolas, empilhadores ou máquinas industriais, a Globalfiltros decidiu apostar na diversificação de produtos, comercializando agora baterias e lubrificantes para o negócio “pesado” TEXTO PAULO HOMEM

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uando há quase dois anos a revista PÓS-VENDA PESADOS esteve na Globalfiltros para uma primeira reportagem, ficámos logo com a certeza que voltaríamos. Já nessa altura, os gerentes Sérgio Vieira e Gualter Vieira tinham novos projetos para a empresa no que diz respeito a novos produtos e representações. De facto, a Globalfiltros já em 2017 tinha apostado nas baterias, representando a conceituada marca Tudor e entrando em

2018 com mais uma representação, neste caso os lubrificantes da Oleoblitz (apenas para aplicações em veículos pesados), marca pertencente ao universo Petronas. A especialização de dez anos em filtros, para aplicações em todo o tipo de veículos pesados (camiões, autocarros, tratores agrícolas, empilhadores, máquinas industriais, etc), permitiu à Globalfiltros granjear um enorme conhecimento deste setor, com uma grande especificidade fruto da multiplicidade de aplicações. Também sempre foi apanágio da

Globalfiltros trabalhar com produtos de qualidade. Desde a sua fundação, que a WIX (segundo maior fabricante mundial de filtros) assumiu protagonismo na empresa. Mas como forma de complementar a gama de produtos e de atender a necessidades muito especificas de determinados clientes, foram também introduzidas na gama as marcas Parker Racor (especializada em filtros separadores de combustíveis com uma forte presença na componente hidráulica) e FleetGuard (que possui a mais completa gama em termos de filtração para maquinaria pesada). NOVAS MARCAS Seguindo a política que a Globalfiltros tem tido desde a sua fundação, a aposta em novas representações teria que se centrar na qualidade. É assim que aparece a marca Tudor, que segundo Sérgio Vieira é “a melhor parceria de negócios que poderíamos ter. É não só uma marca com uma história muito grande para contar e que fala por si própria, mas também é uma marca que oferece todo o tipo de garantias”. Para além do preço e da qualidade, o serviço e a logística foram fatores conside-


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rados como importantes para a empresa avançar com a Tudor no mercado, ao qual se junta todo o conhecimento que a Globalfiltros tem do setor dos “pesados” e que poucos operadores em Portugal têm. “Vejo muito mais vantagens que desvantagens em trabalhar com uma marca como a Tudor”, refere Sérgio Vieira. “O negócio dos filtros é indissociável do negócio das baterias. Aliás, também isso é válido para os lubrificantes, pois o caminho que leva um filtro, uma bateria e um lubrificante para o cliente é exatamente o mesmo, que é a logística”. LUBRIFICANTES A Oleoblitz é a aposta mais recente da Globalfiltros. Tal como nas baterias, também a Oleoblitz é uma marca com muita história (130 anos de vida) com “muita qualidade e com uma enorme margem de progressão no nosso mercado”, explica Sérgio Vieira. O negócio Oleoblitz surge nesta empresa de Maia como uma parceria efetiva entre três empresas: a própria Globalfiltros, a Petronas (marca a que pertence a Oleoblitz) e a Sofrapa (representante oficial da Oleoblitz, que opera sobretudo no setor dos ligeiros). “Existe um respeito mútuo entre os três parceiros, ficando a Globalfiltros com a

Globalfiltros Maia Sérgio Vieira / Gualter Vieira 224 108 120 geral@globalfiltros.pt www.globalfiltros.pt

responsabilidade de desenvolver o negócio da Oleoblitz nos setores em que opera ao nível dos veículos pesados, isto é, para aplicações Heavy Duty”, refere Sérgio Vieira. A gama Oleoblitz HD é concebida para utilização em camiões, máquinas agrícolas, máquinas de terraplanagem e obras publicas. A sua gama especializada inclui lubrificantes de motor, lubrificantes de transmissão, fluídos de travões, anticongelantes e fluídos de proteção. A tecnologia usada para os produzir é o resultado direto de constante investigação e conformidade com as normas de qualidade mais exigentes (ISO 9001-ISO TS 16949), num processo totalmente gerido pela Petronas nas suas diferentes fábricas. Tal como aconteceu nos filtros e nas

baterias, também nos lubrificantes a Globalfiltros atravessou um processo de formação, onde foram aprofundados os conhecimentos técnicos deste produto. “Em todos os produtos que comercializamos é nossa política termos conhecimento profundo daquilo que estamos a propor aos nossos clientes. Com os lubrificantes isso também acontece, até porque estamos a vender lubrificantes para máquinas e equipamentos onde nos é exigido esse conhecimento técnico”, refere Sérgio Vieira. E acrescenta: “apesar de ainda estarmos numa fase precoce em termos de comercialização da Oleoblitz, é nossa intenção intensificar a informação e a formação para os nossos clientes”. Dada a grande complementariedade entre estes três produtos que agora comercializa, Sérgio Vieira diz que existem excelentes condições para potenciar o “cross selling” nas vendas, tendo a Globalfiltros apostado num aumento da sua equipa comercial e técnica, como vai continuar a apostar na logística e no call center, como formas de servir rapidamente os seus clientes. Refira-se que muito recentemente a Globalfiltros apostou na reformulação do seu website (www.globalfiltros.pt), onde já está retratada a nova fase da vida da empresa com estas novas representações.


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EQUIPEVI / CENTRONOR

Especialistas em sistemas de travagem Representante para Portugal da Knorr-Bremse, a Equipevi/ Centronor especializou-se nos serviços técnicos em sistemas de travagem para reboque e semirreboques. Novos serviços estão a ser estudados TEXTO PAULO HOMEM

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m 1996 foi fundada a Centronor, uma empresa que desde a sua fundação se dedicou à reparação e manutenção de sistemas de travagem, pneumática e eletrónica em reboques e semirreboques. Curiosamente, os primeiros passos até foram nos tratores (reparação de moto-

res), mas o profissionalismo que foi empregue neste serviço levou a empresa a estender a sua atividade para os pesados, neste caso para os sistemas de travagem. “Não temos receio em assumir, sem qualquer problema, que a nossa especialização e aquilo em que somos realmente bons é em sistemas de travagem a ar”, afirma

Eduardo Silva, engenheiro mecânico e responsável pelo negócio operacional desta empresa da Zona Industrial da Carriça na Trofa. Um pouco mais tarde, aparece a Equipevi, que é o fornecedor de primeiro equipamento para os fabricantes de semirreboques em Portugal e agente oficial da Knorr-Bremse, que representa no nosso país. “A Equipevi faz a importação da Alemanha dos sistemas da Knorr-Bremse e fornecemos aos nossos clientes este produto diretamente às linhas de montagem no primeiro equipamento ao nível dos semirreboques”, explica Eduardo Silva. É por isso que a Invepe, Galucho, Galtrailer, Cimar, entre outras, são empresas clientes da Equipevi, às quais a empresa da Trofa fornece também todo o apoio de assistência técnica. APOIO AO CLIENTE A Equipevi trabalha também numa vertente de “casa de peças” ao nível de componentes para pneumática através de


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Equipevi / Centronor Trofa Eduardo Silva 229 829 600 info@equipevi.com www.equipevi.com

outras representações, como a Wira e Dyresel, entre outras. “Temos todo o tipo de componentes e peças para sistemas de travagem que comercializamos diretamente para os nossos clientes ou para a revenda”, refere o mesmo responsável da Equipevi. “Damos também todo o apoio técnico necessário aos nossos clientes, mesmo que seja presencialmente por via informática, assim que o cliente o solicite, pois a rapidez na resolução dos problemas conta muito para os nossos clientes”, explica. Para os clientes da Equipevi é também prestada toda a informação e formação necessária, embora Eduardo Silva reconheça que o programa da Knorr-Bremse é muito intuitivo ao nível do software. Quanto à Centronor, que acaba por ser mais um cliente da Equipevi, é uma empresa que se dedica acima de tudo à reparação e manutenção de sistemas de travagem de reboques e semirreboques. A Centronor presta também todos os serviços de serralharia (possui máqui-

na de decapar, guilhotina, quinadeira, etc), o que permite a esta empresa ser autónoma nos serviços que disponibiliza ao mercado. CERTIFICAÇÕES DE MARCA Outra mais valia desta empresa são as diversas certificações que possui (KnorrBremse, BPW, etc), estando apta para realizar qualquer serviço para todas as marca e tipo de semirreboque, assim como qualquer que seja o tipo de sistema de travagem que esse semirreboque tenha. “Dispomos das máquinas de diagnóstico da Haldex e da Wabco, além da máquina da Knoor-Bremse, o que nos permite servir todos os clientes”, afirma o responsável técnico da Equipevi/Centronor. “Também reparamos eixos, pois nem sempre a substituição dos componentes é a melhor solução para o cliente”, reforça. A Centronor realiza também serviços técnicos ao nível da travagem, compressores de ar e componentes elétricos dos camiões, dadas as diversas máquinas de

diagnóstico das marcas de pesados e multimarca. “Só não fazemos a parte da reparação dos motores e caixas de velocidades, pois sabemos que existem muito profissionais a fazerem bem esse serviço, e nós queremos apostar sobretudo na nossa especialização”, refere Eduardo Silva. Não estando previstas novas representações, o responsável técnico da Equipevi/ Centronor, assume que consolidar as atuais representações e focar nos serviços técnicos serão as apostas da empresa, embora existam novos objetivos. FUTURO Assumindo a sua total especialização em sistema de travagem, na Equipevi/ Centronor já se olha para o futuro, estando em perspectiva o investimento na área dos sistemas de frio. “É uma área também ela muito exigente do ponto de vista técnico e ao nível das certificações, que exige um forte investimento em formação e equipamentos”, reconhece Eduardo Silva. “Estamos a criar condições para desenvolver essa área no futuro e assim disponibilizar mais um serviço para os nossos clientes, tendo em conta que alguns deles até já o solicitam”, adianta. Para breve está o lançamento da nova página de internet da Equipevi/Centronor, onde constam todos os produtos e serviços que a empresa disponibiliza em Portugal, tendo em conta que o “social media” já começou a ser dinamizado.


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SEMIRREBOQUES

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GRUPO JOLUSO/INVEPE

Serviço à medida No Grupo Joluso/Invepe não existe necessidade que não possa ser satisfeita no domínio dos reboques, semi-reboques ou das estruturas para camião, com a particularidade de que cada caso é um caso TEXTO PAULO HOMEM

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undada em 1986, por José Luís dos Santos Soveral, do qual deriva o nome Joluso, esta empresa de Rio Maior tornou-se por direito próprio uma reconhecida marca, especializada no desenvolvimento de soluções para todo o tipo de transportes. Com uma longa história, também em África, em 2009 a Joluso adquire a Invepe, obtendo três anos mais tarde a certificação do sistema de gestão de qualidade (ISO9001:2008), que no fundo vem confirmar toda a aposta que a em-

presa tinha vindo a fazer na qualidade dos produtos que vinha oferecendo ao mercado. Atualmente designada por Grupo Joluso/ Invepe, a empresa comercializa os seus produtos sob as marcas Joluso e Invepe, em função dos mercados a que se destinam e de outros fatores, embora o processo de construção e a qualidade dos produtos seja a mesma para qualquer das marcas. “Do ponto de vista da produção e da qualidade dos produtos não existe nenhuma diferença entre as duas marcas.

Trata-se apenas de uma questão estratégica da empresa atendendo à importância das duas marcas em função dos clientes e dos mercados em que estamos inseridos”, começa por dizer José Calhandro, responsável de produção do Grupo Joluso/Invepe. PRODUÇÃO É na Zona Industrial de Rio Maior que o Grupo Joluso/Invepe possui os seus serviços, mas também a enorme unidade de produção, assim como os gabinetes técnicos de desenvolvimento e ainda uma oficina de manutenção e reparação das mais diversas estruturas para camiões comercializadas ou não por si. A unidade de produção mais não é do que uma imensa unidade metalomecânica, fazendo o Grupo Joluso/Invepe todo o processo de produção de uma estrutura, que vai desde a aquisição dos materiais ao corte e à montagem, passando pela decapagem e pintura, e terminando nos testes, sendo por fim entregue ao cliente.


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Grupo Joluso / Invepe Rio Maior José Calhandro 243 909 600 geral@joluso.com www.invepe.pt

Logicamente que a produção obedece a um desenho prévio da estrutura, elaborado pelo departamento de engenharia e projeto do Grupo Joluso/Invepe, desenvolvido em função das necessidades dos clientes, das quotas definidas pelos fabricantes dos camiões e dos eixos, mas também das regras e normas do mercado a que se destina. Dos diversos fornecedores recebem os eixos que são montados nas estruturas que produzem, tendo o Grupo homologações para mais que uma marca. “Em muitas situações é o cliente que escolhe a marca dos eixos, ficando isso definido logo na fase de adjudicação do projeto”, refere José Calhandro, admitindo que “atualmente a maioria da produção sai

com eixos BPW, mas também recorremos a outra marcas”. Obedecendo a criteriosas regras de produção, tendo em conta que a empresa está certificada, no Grupo Joluso/Invepe não existe qualquer tipo de produção em série. Isto é, a empresa não produz para stock mas sim em função de cada projeto. Quer isto dizer que que dificilmente existem dois projetos iguais e que por isso cada estrutura tem a sua particularidade. Como curiosidade, refira-se que o Grupo Joluso/Invepe é também um forte consumidor de pneus para as estruturas que produz. Também neste aspeto existem acordos de fornecimento de pneus, normalmente feitos com as marcas premium, embora mais uma vez o cliente possa escolher outras opções. A diversidade de produção é muito condicionada por questões de mercado, pelo que “neste momento o que mais temos produzido são basculantes, florestais e porta-máquinas, mas outra das nossas mais valias é a nossa capacidade de adaptação às necessidades do mercado”, explica José Calhandro, que diz que “o tempo de produção poderá demorar entre um a dois meses, dependendo da estrutura em questão, mas existe sempre um compromisso com o prazo de entrega que é cumprido”. Diga-se que a produção média anda na casa das duas estruturas por dia (cerca de 40 por mês). No que diz respeito à atualização técnica, nomeadamente ao nível dos sistemas ABS

(entre outros) que são introduzidos nas estruturas que fabrica, o Grupo Joluso/ Invepe recebe periodicamente toda a formação por parte dos fornecedores desses sistemas, revelando José Calhandro que “introduzimos sempre nos nossos produtos as mais recentes tecnologias que existem”. ASSISTÊNCIA TÉCNICA Com índices de fiabilidade muito altos, raramente as estruturas que esta empresa produz são alvo de intervenções técnicas. Porém, o Grupo Joluso/Invepe possui nas suas instalações uma unidade de assistência e manutenção técnica que tem como finalidade proporcionar aos clientes todo o tipo de assistência, bem como a manutenção e recondicionamento de algumas estruturas produzidas ou não pela própria empresa. “Queremos dar ao cliente essa segurança mas poderemos também proporcionar-lhe todo o acompanhamento técnico, que poderemos efetuar nas nossas instalações ou nas instalações do cliente sempre que necessário”, afirma o mesmo responsável. Dando uma vista de olhos no extenso catálogo de produtos do Grupo Joluso / Invepe, fica-se bem com a noção da variedade de produção de estruturas que inclui as plataformas, basculantes, porta-máquinas e porta-contentores, florestais, reboques, carroçamentos e ainda outros trabalhos especiais.


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PEÇAS

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WABCO

Soluções de qualidade no pós-venda A Wabco disponibiliza três gamas de produto com diferentes especificações, assim como soluções retrofit, para atender aos requisitos exigentes das frotas TEXTO NÁDIA CONCEIÇÃO

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Wabco, um dos principais fornecedores mundiais de tecnologia e serviços que visam melhorar a segurança e conectividade dos veículos comerciais, oferece um amplo portfólio de produtos e soluções para as frotas de todo o mundo. “Na Wabco, queremos garantir que nos colocamos no lugar dos operadores, para que possamos trabalhar em estratégias para os ajudar. Entendemos que os clientes querem sempre ter uma alternativa”, explica Philippe Colpron, Vice President da Wabco Aftermarket. Por este motivo, a marca expande continuamente a sua

gama de soluções para o aftermarket, de acordo com uma estratégia baseada nas necessidades do cliente, através de uma equipa especializada de engenharia de produto de pós-venda e da sua rede de distribuição. GAMAS DE PRODUTO A Wabco oferece três gamas de produto, que visam responder às diversas necessidades das frotas: as peças de equipamento original Wabco, as peças ProVia e os componentes remanufaturados. Estes três tipos de produto adequam-se a diferentes tipos de utilização. “Depende sempre de quanto tempo de vida se pretende para

o veículo: pretende-se utilizar o veículo por um ou 10 anos? Se uma frota pretende usar um veículo durante toda a sua vida útil, deve optar pela peça original”, indica Philippe Colpron. WABCO REMAN SOLUTIONS A Wabco Reman Solutions oferece, por sua vez, um serviço que transforma componentes eletrónicos, hidráulicos, mecatrónicos e produtos mecânicos convencionais usados em produtos com garantia e como novos. “As peças remanufaturadas são uma boa solução para quem pretende um produto com qualidade muito semelhante ao produto original.


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Evolução tecnológica

Philippe Colpron, Vice President da Wabco

Se é possível remanufurar a peça, então é isso que recomendamos. E também é benéfico para o ambiente”. PROVIA Pelo facto de nem todos os produtos poderem ser remanufaturados, a gama low cost ProVia surgiu para complementar a oferta de componentes a preços mais acessíveis, com mais de 100 produtos, especificamente projetados para as necessidades do aftermarket, tais como: pastilhas de travão, cabeças de engate, válvulas relé, válvulas de limitação da pressão e sensores de velocidade das rodas, entre outros. “As peças ProVia representam uma opção atrativa para as operadoras, ajudando a aumentar o lucro, o desempenho e a segurança dos veículos mais antigos. “Esta solução vem colmatar o fosso entre as peças de baixo preço, e fraca qualidade, e o grande investimento necessário para peças de alta qualidade para camiões, autocarros e reboques. É uma boa escolha para os clientes que não podem ou não querem pagar por peças de especificação OE, mas sem comprometer a fiabilidade e

a segurança”. RETROFITS A empresa está constantemente a desenvolver soluções de retrofits. Estes são componentes que os frotistas podem colocar nos seus veículos, melhorando a eficiência, performance e gestão de carga. “Os retrofits ajudam os veículos antigos a serem mais produtivos, mais seguros e ecológicos. A Wabco pretende fazer a diferença, garantindo a segurança, protegendo o meio ambiente e proporcionando valor adicional aos seus clientes”. Por exemplo, o sistema de monitorização da pressão dos pneus da Wabco - o OptiTire, pode ser adaptado aos pneus do veículo e, ligado a uma solução de gestão de frota (FMS), comunica a informação ao backoffice. Assim, os gestores de frota podem monitorizar constantemente a pressão dos pneus. Quanto à protecção do meio ambiente, outro exemplo são os painéis laterais aerodinâmicos da gama OptiFlow, que ajudam a aumentar a eficiência geral do veículo e a reduzir o consumo de combustível até 5%.

A Wabco tem acompanhado as inovações tecnológicas mais recentes e, nesse sentido, realizou recentemente um investimento na Nikola Motor Company, empresa de referência em projetos e fabrico de veículos híbrido elétricos, componentes, sistemas de armazenamento de energia e transmissões de veículos elétricos. “Investir na Nikola Motor Company mantémnos na vanguarda da inovação tecnológica, num momento em que os veículos são cada vez mais autónomos, elétricos e conectados”. Quanto à influência desta crescente conectividade de sistemas e soluções no aftermarket, Philippe Colpron é da opinião que “ter um mercado de pós-venda forte é um prérequisito para capacitar as frotas do futuro. Queremos acompanhar a evolução tecnológica para permitir que os nossos parceiros permaneçam competitivos. Isto é conseguido através da Advanced Remote Diagnostics Solution”. Este Sistema de diagnóstico remoto monitora o desempenho técnico dos veículos comerciais, aproveitando as sinergias entre a Wabco, a WABCOWÜRTH Workshop Services e o sistema Fleet Management Solution. O sistema liga os dados dos sistemas de controlo de travagem, estabilidade e dinâmica de veículos com a plataforma da Wabco e a tecnologia de diagnóstico multimarca da WABCOWÜRTH. “Com esta conectividade, as oficinas poderão atender melhor os frotistas, trabalhando com eles para garantir o máximo de tempo de atividade e mantêlos competitivos. Esta é uma estratégia que irá impulsionar ainda mais soluções digitais no futuro”, afirma Philippe Colpron.


Oficina

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OFICINAS MUNICIPAIS DA CM DE OEIRAS

Processo eficiente

As novas instalações das oficinas da Câmara Municipal de Oeiras estão dotadas de tecnologia e de um espaço moderno e preparado para atender às reparações mais urgentes da frota de viaturas ao serviço do Concelho TEXTO NÁDIA CONCEIÇÃO

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as novas instalações em Vila Fria, Porto Salvo, desde junho de 2017, as oficinas da Câmara Municipal de Oeiras estão agora completamente equipadas e organizadas para receber os vários tipos de veículos da sua frota, com 350 viaturas e máquinas de grande porte e 500 máquinas de pequeno porte, assistidas por uma equipa de 28 funcionários, entre mecânicos, pintores, bate chapas, torneiros, hidráulicos e eletricistas. “As antigas instalações, no Espargal, eram provisórias. E já era uma ambição antiga criar uma oficina própria e com melhores condições”, explica Pedro Assis Nunes, Chefe da Divisão de Viaturas e Máquinas da Câmara Municipal de Oeiras. MANUTENÇÃO

Cerca de metade da frota de ligeiros da Câmara Municipal de Oeiras foi adquirida em regime de aluguer operacional.

“Temos cerca de 140 viaturas em regime de aluguer operacional, mas os veículos

pesados são viaturas próprias da CMO”. Por forma a manter o foco nos pesados, Pedro Assis Nunes optou por estes contratos, que contemplam todos os serviços de manutenção corretiva e preventiva para os ligeiros. “A razão para termos uma parte das viaturas em aluguer operacional é exatamente para conseguirmos dedicar uma parte do tempo de manutenção e reparação às viaturas mais críticas, que são as viaturas pesadas”. A manutenção da frota de pesados é feita nas oficinas da CMO, ou recorrendo a serviços externos, quando necessário. “Temos contrato de fornecimento contínuo com diversas marcas e fornecedores, preferencialmente representantes oficiais das marcas. Recorremos a eles quando não conseguimos resolver o problema, por questões técnicas, ou porque as viaturas estão em garantia, ou por vezes quando


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temos um grande número de veículos em oficina e não conseguimos dar resposta, e

aí enviamos para os nossos fornecedores. O nosso objetivo é partilhar, mesmo com as oficinas novas; não temos capacidade para fazer a manutenção de todas as viaturas”, explica o responsável. Nas oficinas da CMO são feitas todo o tipo de intervenções nas viaturas pesadas mais antigas, inclusive a pintura. No caso das viaturas mais recentes, pelo facto de estarem em período de garantia e serem tecnologicamente mais avançadas, há alguns tipos de serviço que Pedro Assis Nunes prefere que sejam realizadas pelos representantes oficiais. “Aqui fazemos intervenção corretiva e preventiva. Mas por vezes há algumas coisas que não temos know-how suficiente para fazer e optamos por não o fazer. O que mandamos fazer fora basicamente são as inspeções de segurança aos equipamentos, enviamos para os representantes oficiais. Ou então manutenção preventiva desses equipamentos”. PROCESSO

As reparações mais pequenas e mais rápidas, feitas nas oficinas da CMO, passam por um sistema eficiente de receção das viaturas, criação da ordem de trabalhos e todo o processo até à entrega do veículo ao colaborador. As intervenções

em oficina própria permitem uma maior rapidez, redução de custos e do tempo de imobilização da viatura. “Estas viaturas trabalham 21 horas por dia, só temos três horas por dia para fazer intervenções, ou então quando avariam. E nessa altura aproveitamos para reparar outros problemas que possam existir. Neste curto espaço de tempo temos de fazer este trabalho todo, se fossemos enviar para fora, não conseguiríamos ter esta capacidade de resposta e rapidez de reparar as pequenas avarias”. Para além das intervenções ao nível de motor e chassis, uma grande parte das reparações feitas nas oficinas da CMO são nos sistemas de compactação ou nas gruas das viaturas de recolha de resíduos. “Por exemplo, algo que acontece muito é partirem-se as correntes nas gruas dos camiões de lixo. Se enviarmos para o exterior, nunca vamos ter a viatura pronta no próprio dia. Aqui conseguimos arranjar em menos de duas horas. E outros serviços rápidos, como mudança de lâmpadas, pastilhas, discos, ou outras reparações pequenas - há coisas que se justifica fazermos aqui”. ASSISTÊNCIA

A frota da CMO não possui, atualmente, viaturas de assistência. “Temos viaturas que vão à rua fazer desempanagem. Mas não temos um carro-oficina equipado e

Ambiente A frota da CMO já contempla veículos elétricos ligeiros. Quanto aos pesados, Pedro Assis Nunes indica que ainda não está para breve a aquisição destes veículos, devido aos elevados custos de compra e pela idade recente de uma parte da frota de pesados. Estas novas viaturas, que têm um consumo de combustível muito inferior e necessidades de manutençao mais reduzidas, a CMO conseguiu uma redução de custos e da ocupação das suas oficinas, assim como uma maior sustentabilidade ambiental. “O nosso próximo objetivo é restruturar a frota de pesados, vamos continuar neste processo de aquisição”, afirma.


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OFICINA

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específico para esse efeito. Ainda não se justifica o investimento. Quando os veículos avariam, a nossa preocupação é chamar a assistência em viagem e trazê-lo para as nossas oficinas, para resolvermos o problema nas nossas instalações”. PEÇAS

A escolha dos fornecedores de peças é feita através de concursos ou convites por parte da CMO, que tem preferência por representantes oficiais das marcas, mesmo para os veículos mais antigos, “por uma questão de qualidade, pelo serviço e pelo facto de termos veículos em garantia. A tendência é ter o mínimo stock possível, porque se queremos uma peça, conseguimos encomendar e tê-la cá em dois dias. O que não temos em stock, compramos à medida das nossas necessidades. Temos boas condições de aquisição de material, porque compramos em grandes quantidades e por isso escolhemos peças de origem”, explica. PNEUS

À semelhança das peças, a CMO realiza concursos para aquisição de pneus novos, recauchutados, e para alinhamento e calibragem de rodas. “Temos fornecimento contínuo. Quando precisamos,

a empresa vem colocar. E ao comprarmos o pneu, está incluída a montagem, o veículo vai lá e é feita a montagem. Com os concursos conseguimos aliviar o número de viaturas na oficina e dedicamo-nos só a ver pressões, apertos, procedimentos mais simples e rápidos. Se houver uma emergência, por exemplo um pneu furado, temos capacidade para fazer a substituição, com o stock que temos na oficina”. MARCAS

Nos concursos públicos para aquisição de veículos pesados, a CMO define as especificações que pretende, e aqui, Pedro Assis Nunes prefere tentar uniformizar a marca das frotas ao máximo, por forma a diminuir a quantidade de referências de peças necessárias. “Tínhamos uma grande frota Volvo. Na ultima aquisição, de oito camiões há três anos, ganhou a MAN. Este ano vamos comprar mais dois ou quatro, ainda não está decidido”. Com a compra de viaturas novas, a CMO vende ou entrega como retoma algumas das viaturas mais antigas da frota, e faz a reconversão de outras. “Por exemplo, um camião do lixo pode ser reconvertido para a recolha de verdes na rua. Os carros de recolha têm um

grande desgaste, então tiramos a caixa compactadora e colocamos uma caixa aberta para fazerem outras funções. E aí temos veículo para mais uns anos”. FORMAÇÃO

A CMO contempla, nos contratos de aquisição dos veículos, a formação aos seus motoristas e mecânicos. “Após isso, todos os anos damos formação para atualizações, aos nossos mecânicos e eletricistas, essencialmente”, explica Pedro Assis Nunes. TELEMÁTICA

No que respeita aos veículos mais recentes, com tecnologia telemática, Pedro Nunes Assis explica que este fator facilita o planeamento dos trabalhos: “Quando temos de fazer manutenções, falamos com a marca e eles já sabem o que o veículo precisa, eles próprios avisam-nos quando é necessária uma intervenção”. A CMO dispõe de software próprio das marcas com quem trabalha, assim como formação para trabalhar com estes sistemas, o que permite que o diagnóstico das viaturas seja feito nas oficinas de Vila Fria, quer a reparação seja depois efetuada nestas instalações, ou no representante da marca.


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O relacionamento com o cliente é fundamental

PAULO TABORDA AUTO SUECO

O serviço após-venda da Auto Sueco tem vindo a apostar na proximidade e adaptação às necessidades e características de cada cliente, com reflexos na qualidade do serviço e na fidelização das frotas à marca

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ENTREVISTA PAULO HOMEM

om a restruturação do serviço pós-venda, a Auto Sueco uniu os vários serviços numa estrutura que engloba todos os serviços, aos quais adicionou um conjunto de iniciativas que visam oferecer vantagens ao cliente e assim conseguir uma maior fidelização aos seus concessionários, tal como explicou Paulo Taborda, Diretor Após-Venda da Auto Sueco. Como está estruturado o serviço após-venda da Auto Sueco? Em 2016 fizemos a fusão entre a direção de peças e a direção de após-venda e

criámos a Direção Após-venda, com cinco áreas: gestão técnica, gestão de peças, gestão de rede, gestão comercial, a qual temos vindo a desenvolver e privilegiamos bastante, porque o relacionamento com o cliente é fundamental. E aqui pretendemos dar passos significativos: precisamos de fazer face às necessidades atuais dos clientes e às novas tecnologias. Estamos neste momento a rejuvenescer a equipa e a procurar perfis que se enquadrem nesta perspetiva integrada do cliente no após-venda. A última área são as oito unidades de após-venda da Auto Sueco. Todas estas áreas pertencem à estrutura central. A nossa responsabilidade assenta em dois vetores: responsabilidade de importador e de retalho. Elas cruzam-se em todas as áreas. A área comercial é essencialmente de retalho, por exemplo.


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Como funciona a rede de concessionários? No total temos 16 concessionários. Temos as oito unidades que referi acima, essencialmente de pós-venda: quatro na zona sul, em Lisboa, Santarém, Setúbal e Torres Vedras e quatro na zona norte, em Bragança, Maia, Braga e Guimarães. Estas oito unidades de pós-venda são concessionários da rede, essencialmente de pós-venda, porque a nível comercial está centralizado no importador, na direção comercial. E temos mais oito concessionários, quatro totalmente independentes, em Arouca, Faro, Funchal e São Miguel, e outros quatro, em Viseu, Leiria, Coimbra e Albergaria, que pertencem à Ascendum. Só não têm gestão direta em quatro delas…

Não temos autonomia direta nos independentes nem nos quatro da Ascendum. No entanto, toda a política comercial e todo o desenvolvimento em torno do após-venda é similar em todos os concessionários. Para além de termos responsabilidade de importação e retalho, representamos três produtos: trabalhamos os camiões, que representam quase 90% do negócio, nomeadamente no pós-venda, e depois a área de autocarros e a área de penta, de geradores e motores marítimos. Os restantes 10% estão repartidos nestas duas ultimas áreas.

a decrescer. Em 2016, apesar do parque continuar a descer, crescemos 7%. Em 2017 voltámos a crescer 3%. E o nosso objetivo é voltar a crescer este ano, mais do que 5%.

Em termos de volume de negócio, como tem evoluído a pós-venda da Auto Sueco? De 2011 a 2015, fruto da conjuntura económica e da erosão do parque circulante, o nosso pós-venda esteve sempre

O conceito Genuine Volvo foi uma das iniciativas levadas a cabo para fazerem uma maior ligação do pós-venda com os vossos clientes. Sim, fizemos alguns eventos nos próprios concessionários, onde evidenciámos a va-

A rede pós-venda está consolidada? Sim, neste momento a rede está perfeitamente consolidada. Tem havido, renovação de instalações e alguns investimentos em Lisboa e Braga, mas não está nos nossos planos, de momento, alargar a rede. Por outro lado, também não está planeado fechar qualquer operação.


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lorização da marca e a diferenciação em relação à concorrência em termos de serviço, de imagem, de produto e qualidade. Essas iniciativas também ajudaram ao crescimento? Sim. Associado a uma maior proximidade dos clientes, redefinimos a carteira de visitas a clientes, alargámos a abrangência: passámos, por exemplo, a fazer acompanhamento a viaturas importadas. Também foi importante o relacionamento que a partir de meados de 2016 começámos a ter com a nossa representada. Estávamos a ser apoiados por Madrid e passamos a ser apoiados por Gotemburgo. Passou a haver uma parceria mais próxima. Em que sentido? Tivemos acesso mais direto aos responsáveis diretos da fábrica, nomeadamente na área técnica, passámos a ter uma resposta mais atempada e mais presente. E em termos de peças há uma maior rapidez? Sim. A fábrica tem processos e sistemas próprios, o que nos permite ter um grau de serviço de 24 horas na ordem dos 97%. O que é muito importante para nós e para os nossos clientes. Em primeiro lugar está o serviço ao cliente, porque sabemos o que os clientes valorizam: não ter as viaturas paradas. Valorizamos isso perante o cliente e ele sente que essa é uma diferença em relação aos outros players. Em que consiste o projeto Connect? Trata-se de uma política comercial definida numa matriz, que assenta na segmentação dos clientes de acordo com o seu potencial e aí são enquadrados num determinado patamar. Este princípio foi desenvolvido em 2011 para as peças e em 2013 alargámos às áreas de serviço e vendas. A tipologia passa por ter um terço de representatividade na área das peças, um terço no serviço e um terço na área comercial. Existem cinco patamares: Platinum, Gold, Silver, Blue e White. Há critérios de avaliação. Por exemplo, na área comercial se o cliente tiver mais do que 50 unidades na sua frota, independentemente da marca, pode ser Volvo ou não, mas nesse segmento comercial está no segmento Platinum. Analisamos depois as peças, em função do potencial do parque Volvo do cliente, calculamos o potencial por unidade de viatura e vamos ver em

termos de após-venda o que representa. E depois o mesmo para a área de serviço nas nossas oficinas. Este conjunto dá, depois, o estatuto final de segmentação do cliente. Cada segmento tem uma política comercial diferente. Isso trouxe benefícios? Sim. É uma política que tem dado os seus frutos e trouxe algo fundamental: a total transparência. Vamos monitorizando o segmento do cliente e este é informado quando poderá subir ou descer de escalão. Permite-nos ter uma visão integrada da rentabilidade de cada cliente. O modelo está correto, mas este ano pretendemos fazer alguns ajustamentos, há critérios que têm de ser adaptados. Trabalham muito a área das campanhas? Sim. Trabalhamos muito a área das campanhas e outra área importante para nós: os contratos de assistência. Nos últimos três anos sentimos a necessidade de ter campanhas mais orientadas para viaturas com idade média de oito anos, porque atualmente, 40% das viaturas que vêm às nossas oficinas têm mais de 10 anos. E por isso criámos um conceito novo, uma campanha especifica, o Volvo Plus, para viaturas com mais de oito anos. Criámos os contratos de assistência Classic para estas viaturas. Não descurámos todas as outras, mas começou a haver uma atenção

Temos vindo a aumentar a nossa penetração do mercado, fruto das dinâmicas que temos implementado


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crescente a este tipo de parque. O aumento dos contratos de manutenção e reparação tem reflexos positivos? Traz a fidelização do cliente. É bom para o cliente porque sabe qual é o seu custo. E para nós é importante, porque permite-nos ajustar as nossas operações à dimensão dos três tipos de contrato que temos. E tem crescido muito. Estamos a crescer essencialmente nos contratos de manutenção Blue, que são exclusivamente manutenção: filtros, lubrificantes, etc. A taxa de fidelização dos clientes Volvo à oficina tem vindo a aumentar? Temos vindo a aumentar a nossa penetração do mercado, fruto das dinâmicas que temos implementado. Os contratos de assistência têm vindo a crescer e é nossa intenção continuar a crescer. No segundo trimestre deste ano vamos lançar um novo produto relativamente a contratos para as viaturas entre os qua-

tro e os oito anos, em que o parque tem vindo a aumentar. Que normalmente são os camiões que saem de contrato… Exatamente. E são clientes que queremos manter fidelizados à nossa rede. Têm uma série de serviços associados, como o Volvo Action Service e o Express Service. O Volvo Express Service permite efetuar pequenos serviços numa viatura no espaço máximo de uma hora, sem necessidade de marcação prévia. Em relação ao Action Service, o serviço de assistência, temos vindo a melhorar a nossa eficiência e a satisfazer as necessidades dos nossos clientes. E estamos a melhorar os indicadores, estamos com cerca de 80% de intervenções efetuadas na estrada, no período máximo de seis horas. Quantas carrinhas têm em Portugal

para este serviço? Temos no Algarve, Lisboa, Leiria, Albergaria, Maia e Braga. Cobrimos todo o território. A crescente telemática atual dos camiões é uma área que vai revolucionar o pós-venda… Sim. Permite-nos ter a oportunidade de ultrapassar as expectativas dos nossos clientes. A conectividade permite que saibamos tudo sobre a viatura. Por exemplo, se acender uma luz no painel de instrumentos, já sabemos qual é o problema e ligamos ao cliente a informar da intervenção que tem de fazer. A curto prazo vamos dar passos nesse sentido. É o futuro. Vai transformar completamente o após-venda a todos os níveis. A imobilização das viaturas será menor. A rede disponibiliza horários alargados? Nos concessionários de maior dimensão já temos dois turnos a funcionar, de


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segunda a sábado. Percebemos que o caminho é efetivamente na capacidade instalada que temos para os nossos clientes. O que estamos a pensar fazer, nomeadamente na Maia, é alargar os horários para os domingos.

Sim, são motores, caixas de velocidade, caixas de direção, turbos e radiadores, sempre Volvo. Por aí já temos preços mais competitivos para os veículos mais antigos. Neste tipo de peças temos mantido a percentagem de vendas.

Em 2013 referiu que 56% do volume de peças tinham sido comercializadas via oficina e que o restante tinha sido para venda externa… Atualmente já estamos muito próximos dos 70%, há muito mais consumo interno. De 2011 a 2015 vendemos menos peças, no geral. Mas a percentagem nos últimos três anos tem vindo a aumentar mais pela oficina, porque aumentámos os contratos de assistência, o que origina um maior consumo. Mas continua a ser importante o negócio externo, porque há clientes que ainda mantém as suas oficinas próprias. Isto também foi consequência de termos feito a fusão dos vendedores de peças com os de serviço.

Anunciaram recentemente os dois anos de garantia para peças consumidas dentro das oficinas Volvo… Sim. É atribuído pela própria Volvo, que instituiu que todas as peças aplicadas nas nossas oficinas da rede Volvo têm uma ga-

Continuam focados em peças originais Volvo. Não houve introdução de uma segunda linha? Não. As peças genuínas Volvo são o nosso foco e não queremos sair daí. Mesmo em relação às viaturas mais antigas? Sim. Daí termos a intenção de estabelecer um acordo com a nossa representada para as peças para esse tipo de viaturas. Porque temos de ser competitivos nesse tipo de peças. Têm também produtos recondicionados. Que tipo de componentes são?

Dynafleet “Há falta de quadros qualificados. O produto Dynafleet, que dá acesso às informações da frota, combustível e motoristas é, desde 2017, da responsabilidade do após-venda, e a formação dos motoristas na Auto Sueco também é responsabilidade do após-venda. E por isso este ano vamos apostar na formação de motoristas. É por aí que também nos queremos diferenciar. Interessa-nos porque muitos destes clientes têm contratos de assistência e, se houver cuidado na condução da viatura, a possibilidade de desgaste e avarias é muito menor. Traz vantagens para nós e para o cliente”.

rantia de dois anos para defeito de fabrico. Esta garantia é exclusiva para o serviço após-venda, para todo o tipo de peças e serviço. Como vê o aparecimento de redes oficinais independentes? São tendências de mercado. Na minha perspetiva, a concorrência é saudável, porque faz-nos sair da zona de conforto e andar permanentemente em análise e a ser criativos. Até hoje temos crescido em termos de vendas de peças e serviço por unidade de viatura circulante. É evidente que temos de estar atentos e ajustar-nos ao mercado, mas sempre dentro do princípio da valorização da nossa marca. Isto poderá passar por, em vez de alargarmos as instalações, fazer o investimento em carrinhas e irmos nós às instalações dos clientes. Já o fazemos atualmente, já temos técnicos permanentes em clientes. Para haver uma maior proximidade ao cliente? Sim, para arranjarmos novas formas e recursos para satisfazer o cliente. Neste sentido, fazemos inclusivamente inquéritos e um acompanhamento permanente aos clientes, para medirmos o grau de satisfação em relação aos serviços e peças e assim detetarmos eventuais oportunidades de melhoria. A tecnologia vai levar a uma maior aproximação às marcas e menos aos independentes… Sim, na minha opinião isso vai privilegiar a marca. Mas vão sempre existir alternativas, porque as marcas não conseguem ter capacidade de resposta para todo o parque circulante.



Dossier

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BATERIAS

Novos desafios tecnológicos Os veículos pesados dotados das útimas evoluções tecnológicas exigem baterias que integrem características específicas ao nível da resistência à vibração, tecnologia sem manutenção e capacidade cíclica TEXTO NÁDIA CONCEIÇÃO


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QUESTÕES

1-Qual ou quais são as marcas de baterias para veículos pesados que comercializam? 2-Quais são as referências dos dois ou três produtos mais vendidos da vossa gama de baterias para veículos pesados? 3-Qual foi a mais recente novidade de produto introduzida ao nível das baterias para veículos pesados? 4-A que novos desafios técnicos é que as modernas baterias de pesados têm que corresponder, face à sua utilização nos modernos camiões e autocarros (cada vez com mais tecnologia)?

POLIBATERIAS

A

s baterias para veículos pesados, sejam para camiões ou pesados de passageiros, são cada vez mais concebidas para um desempenho superior. Os operadores de frotas procuram baterias com uma vida útil longa, resistência à vibração, corrosão e impacto, com durabilidade e que permitam a instalação rápida. Os fabricantes focam-se em novas tecnologias como o reforço anti-vibração, devido à localização, nos veículos mais modernos, das baterias no final do chassis, e também em baterias com uma capacidade de arranque superior e uma

maior capacidade cíclica, para responder à crescente necessidade energéticas dos atuais veículos pesados, pela diversidade de equipamentos elétricos e eletrónicos a bordo. Os operadores procuram também, atualmente, baterias dotadas de tecnologia sem manutenção, com um tempo de vida útil prolongado, o que reduz a necessidade de substituição. Com estas novas exigências por parte dos veículos e das empresas, este mercado, apesar de ainda muito concorrencial, tem vindo a observar um desaparecimento dos produtos de menor qualidade, tal como indicam os especialistas em baterias, entrevistados pela Pós-Venda Pesados para este trabalho.

Nuno Guerra - Diretor Geral 212 722 022 geral@polibaterias.com www.polibaterias.com 1 – A Polibaterias, importador oficial da Fiamm para Portugal, comercializa as gamas de baterias para pesados da Fiamm, PowerCube e EnergyCube, em cinco versões distintas: RST, EHD, APC (2) e AGM. Dispomos igualmente de duas gamas de pesados na marca própria Eurocell, as HD Pro e as EMF (estas últimas seladas e sem manutenção) ao que se veio adicionar recentemente a gama EMF Multifit para aplicações especiais e/ou com maiores necessidades energéticas.


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BATERIAS PARA VEÍCULOS PESADOS

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2 - Sem dúvida os blocos B (180Ah), A (140Ah) e C (225Ah), sendo que cada vez mais os clientes optam pelas gamas premium da Fiamm (PowerCube APC) em detrimento de produtos de preço, em virtude de os pesados mais recentes terem necessidade de baterias com características específicas, nomeadamente ao nível da resistência à vibração, à capacidade cíclica/ reserva incrementadas e ao arranque em condições extremas. 3 - Foi apresentada ao mercado nacional, na recente edição da Mecânica em LisboaFIL, a gama AGM para pesados que está disponível desde o início do ano. São baterias totalmente estanques, sem eletrólito livre, com resistência elevada a condições de utilização extrema, maior capacidade de arranque e resistência aos ciclos de carga/ descarga, e que vão ao encontro às mais recentes necessidades dos fabricantes deste tipo de veículos. 4 - Fundamentalmente, existem duas áreas em que os fabricantes têm debruçado a sua tecnologia, a que a Fiamm não é alheia. Uma é o reforço anti-vibração, que nas baterias Fiamm é duplo e colocado no topo e na base dos elementos. Esta necessidade tem especial relevância para os veículos mais modernos com depósito AdBlue, onde o posicionamento das baterias foi deslocado para cima do rodado, estando estas sujeitas a uma vibração superior. Por outro lado, as necessidades energéticas dos veículos actuais obrigam os fabricantes a corresponder com baterias de capacidade de arranque elevadas, bem como uma excelente resistência a descargas profundas e à recuperação dessas descargas com eficácia. A capacidade cíclica deste tipo de gamas é fundamental para a alimentação dos diversos equipamentos existentes, quer sejam de longo curso ou os mais recentes pesados de passageiros. A Fiamm disponibiliza uma gama específica para cada utilização, ultrapassando as exigências dos fabricantes e da norma EN50342-1 (20h de vibração a 6G e 30Hz a +25ºC).

EXIDE

Amílcar Nascimento - Responsável comercial e de marketing 263 286 960 / 966 780 872 www.exide.com

1 - O Grupo Exide em Portugal comercializa as baterias para Veículos Pesados com as marcas Tudor, Exide, Fulmen e Deta. 2 - A nossa oferta em qualquer uma das marcas acima referidas, está desenhada de acordo com as necessidades dos veículos pesados. Ou seja, dispomos da Gama StrongPro, EndurancePro, PowerPro e StartPro. Em qualquer uma das gamas, as referências mais vendáveis são as baterias com a capacidade de 180Ah e 185Ah.

adicional do material ativo à placa. A resistência ao ciclo profundo é maior em comparação com as baterias convencionais e a bateria permanece funcional mesmo sob altas vibrações. 4 - Função Hotelling - Mais horas de atividade devido à nova norma internacional e consequentemente mais consumo elétrico por parte dos motoristas e todos os aparelhos (GPS, TV, AC, Calefação...).

3 - A mais recente novidade são as baterias StrongPro com o sistema HVR (Alta Resistência à Vibração), com aditivo de carbono, fórmula exclusiva do Grupo Exide. 4 - As baterias para os veículos mais modernos terão que ser capazes de resistir às fortes vibrações que estão sujeitas com a nova localização no final do chassis e também alimentar todos os equipamentos existentes a bordo, mais potência e mais resistência aos ciclos.

EUROBATERIAS BOSCH

Celso Marcos - Senior Product Specialist Europe Battery 808 100 202 http://pt.bosch-automotive.com 1 – Bosch, Femsa e APS. 2 – Os nossos modelos da Bosch são: T3 035 de 110 Ah e 680 A, T5 080 de 225 Ah e 1150 A, T5 077 de 180 Ah e 1000 A. 3 - A Bateria EFB: Tempo de vida muito longo e resistência ao ciclo duplo em comparação com as baterias convencionais; Cumpre o padrão de resistência ao ciclo profundo V3 ou superior; Muito baixo consumo de água devido à tecnologia da tampa com o circuito do labirinto; Filtro anti-chamas integrado; Sem qualquer manutenção; Boa aceitação de carga; Instalação segura no interior do veículo; Tecnologia EFB (Enhanced Flooded Battery) que usa uma placa positiva coberta com malha de poliéster. Isso adiciona uma retenção

José de Sousa – Sócio-gerente 224 153 405 comercial@eurobaterias.pt www.eurobaterias.pt 1 – A Eurobaterias comercializa duas marcas próprias: ASPower e Megabat. Somos ainda distribuidores da marca Fulmen. 2 - Na gama para pesados, os produtos mais vendidos são: a bateria de 180Ah e a bateria de 140Ah. Ambas com polaridade esquerda e por esta ordem de venda. 3 - A mais recente novidade de produto ocorreu na marca Fulmen. Estas baterias apresentam agora a característica de serem sem manutenção (em alguns modelos) e uma alta resistência à vibração, devido à localização das baterias no final do chassis, em que estas vão estar sujeitas a altas vibrações. 4 - Verifica-se que o cliente está a tornar-se mais exigente, solicitando baterias com tecnologia sem manutenção. Esta tecnologia já permite que os distribuidores, instaladores e profissionais, reduzam a necessidade de


substituir as baterias, já que estas apresentam um tempo de vida útil prolongado, protecção anti-faísca e anti-derrame no manuseamento.

VARTA AUTOMOTIVE

Rocio Fernandez Palomar - Diretora de Marketing Rocio.Palomar@jci.com www.varta-automotive.pt 1 – Varta Promotive EFB, Silver, Blue Y Black. 2 - Varta Promotive EFB C40 – 240 AH; Varta Promotive EFB B90 – 190 AH; Varta Promotive SILVER N9 – 225 AH; VARTA Promotive Silver M18 – 180 AH. 3 - Varta Promotive EFB C40 Y B90.

LUCAS

André Martinho - Gestor de produto 214 228 300 marketing.portugal@trw.com http://lucas.info/ 1 – A TRW Automotive Portugal comercializa exclusivamente as baterias Lucas que, para além da gama de veículos comerciais vocacionada para pesados, também conta com baterias para ligeiros e motos. 2 - As baterias mais vendidas são as de 180ah e 140ah bornes tipo 3, depois as 110ah esquerda e direita. 3 - A gama de baterias Lucas foi alvo de uma renovação completa de imagem. Paralelamente alargámos a quantidade de referências disponíveis, sendo que no caso dos pesados são 18 novas referências, totalizando 29 baterias, o que amplia fortemente a cobertura da gama, que conta com baterias apropriadas para frotas, camiões, carrinhas, autocarros de longo curso, camionetas, máquinas agrícolas e construção. As baterias para pesados Lucas são produzidas com as


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mais exigentes tecnologias OE, cumprem a norma EN3 e têm uma excecional resistência à vibração. 4 - Os desafios que se colocam exigem baterias cada vez mais potentes e resistentes aos ciclos para responder às necessidades cada vez maiores dos componentes e sistemas elétricos automóveis, necessidade agravada pela crescente utilização de aparelhos elétricos adicionais que os passageiros e condutores utilizam, principalmente de médio e longo curso.

esse tipo de material, como o transporte de matérias perigosas.

a baterias de 180AMP 225AMP, sendo que a 240AMp começa também a surgir.

4 - O desafio principal é manter a qualidade dos produtos, e é o que temos feito com o apoio da Stecopower: continuar a oferecer produtos de qualidade de origem com valores elétricos de acordo com as reais necessidades dos veículos pesados.

3 - A introdução de separadores de fibra de vidro com ciclabilidade até três vezes, e o sistema anti-vibração para as placas. 4 - A capacidade de arranque de uma bateria deixou de ser o mais importante. Hoje as baterias têm utilização constante nos camiões devido à tecnologia, que constantemente tem necessidade de ser alimentada. Nessa matéria, nem todas as marcas têm respondido tecnologicamente a esse desafio.

CIVIPARTS

Raquel Matos – Técnica de marketing 910 196 229 / 226 150 300 rmatos@civiparts.com www.civiparts.com 1 - Varta, Optima e Alea. 2 - Varta.

PBS

Daniel Monteiro – CEO 211 927 482 geral.pbs@net.vodafone.pt www.portugalbateriaservico.pt 1 - A PBS comercializa para veículos pesados as marcas Stecopower e Energia. 2 - Existem três modelos no topo do mix de vendas. A caixa B15G Heavy Duty em geral com 180Ah e 1100 A de poder de arranque é utilizada para camiões tradicionais. A caixa M16G Super Heavy Duty com 240 Ah e 1300 A de poder de arranque é mais para camiões com muitos equipamentos de origem e uso intensivo. A caixa C13D Heavy Dutycom 110Ah e 800 A de poder de arranque é para VUL tipo Iveco Daily, etc. 3 - Introduzimos no mercado português, depois de apresentação na Mecânica, a gama SMF da Stecopower, uma gama Super Heavy Duty com tampa selada, para mercados onde vai ser necessário e obrigatório

3 - Sim, Alea. As marcas próprias representam para as empresas que as desenvolvem de uma forma profissional, um meio de distinção do mercado e de fidelização dos clientes. O caso das baterias não foge a esta regra, ainda para mais considerando a qualidade que possuem a um ótimo preço. 4 - Trata-se de um mercado que ao nível da distribuição está muito saturado. Existe um grande número de distribuidores e uma grande diversidade de marcas. Esta diversidade comporta níveis distintos de qualidade de produto que, face aos desenvolvimentos tecnológicos, não se coadunam com as reais necessidades dos veículos. Nas baterias para pesados, a escolha da marca, características e a correta manutenção são fundamentais para evitar paragens inoportunas.

BPN

Ramiro Santos - Gerente 244 830 560 Geral@bpn.com.pt www.bpn.com.pt 1 - A nossa marca em baterias é a Hella. 2 - As principais referências correspondem

MOTORBUS

Pedro Lebre – Administrador 227 300 230 luis.pedroso@motorbus.pt www.motorbus.pt 1 - Hella e Bosch. 2 - Hella, visto ter uma relação preço/ qualidade mais competitiva. 3 - Não. A Motorbus não tem marca própria em nenhum produto. Num mercado tão exigente, entendemos que não devemos correr riscos. 4 - A concorrência no setor é grande, mas hoje em dia o cliente já sabe bem o que comprar. Os produtos de qualidade duvidosa estão cada vez mais fora deste mercado.



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e autocarros, desenvolvidas para oferecer potência máxima, arranques frequentes e alto nível de equipamentos com circulação em temperaturas extremas.

KRAUTLI

VICAUTO

Carlos Silva - Diretor de Vendas e Marketing 21 953 56 26 c.silva@krautli.pt www.krautli.pt

Ricardo Almeida - Gestor de compras 232 451 197 geral@vicauto.pt www.vicauto.pt 1 - Trabalhamos a Hella. Pretendemos ter uma marca de qualidade, que garanta aos nossos clientes fiabilidade e durabilidade.

ESA

2 - Hella.

Mário Esperança - Administrador 244 814 842 mario.esperanca@esabaterias.pt www.esabaterias.pt

3 - Não, pois é um produto muito sensível e pretendemos manter uma marca de qualidade e reconhecida.

1 - Continuamos a comercializar as baterias ESA, Varta e em 2017 iniciámos a distribuição da marca TAB.

4 - É um mercado muito concorrencial, onde os produtos de preço mais baixos e menor qualidade ainda prevalecem, mas há cada vez mais clientes a preferir marcas de primeiro equipamento e reconhecidas.

2 - Os modelos de maior venda neste segmento continuam a ser os modelos standard de 140, 180 e 225Ah, mas há cada vez mais procura de modelos de maior performance (Heavy-Duty e EFB). 3 - A mais recente novidade foi a introdução da gama completa do fabricante TAB.

VISOPARTS

232 471 427 geral@visoparts.com www.visoparts.com 1 - A Visoparts é distribuidor oficial das baterias Yuasa. 2 - A gama de produtos da Yuasa Europe inclui alguns dos produtos de baterias mais reconhecidos do mercado. São fiáveis e de alta qualidade. 3 - A Visoparts é distribuidor das novas baterias Cargo Deep Cycle Glass Mat da Yuasa, desenhadas para proporcionar uma maior vida útil com aplicação nos veículos mais exigentes e modernos do mercado. São adequadas para todos os tipos de camiões

4 - A gama de baterias de arranque tem evoluído bastante. Os fabricantes são forçados a elevados investimentos na produção, para garantir a qualidade que os veículos cada vez mais exigem. Existe um pequeno grupo de fabricantes que tem conseguido fazer este investimento e que está cada vez a ganhar maior relevo no mercado, enquanto os restantes estão a perder esta batalha. Outro dos fatores para o correto funcionamento das baterias neste tipo de veículos é a garantia de que estamos a fornecer o modelo com as características indicadas para aplicação em causa e neste campo a capacidade técnica do distribuidor é da maior importância. Não basta apenas colocar a matrícula num motor de busca, é fundamental saber ler o resultado e avaliar corretamente a informação obtida. A ESA tem grande experiencia na área industrial e trabalha este produto há cerca de 40 anos.

1 - Yuasa e Synkra. 2 - São as baterias de 180 e 220 Amperes, designadamente da gama Cargo Deep Cycle a 729GM e a 732GM e da gama Cargo Super Heavy Duty a 632 SHD. 3 - Destacamos na marca Yuasa a recente gama Cargo Deep Cycle (GM) para veículos pesados. Uma bateria de alto rendimento para veículos com os mais exigentes consumos de energia. Face às tradicionais gamas HD e SHD, apresenta um aumento da vida útil da bateria, aumento da resistência às vibrações e melhores capacidades de ciclo profundo. 4 - Os últimos modelos de veículos comerciais e pesados, para além de terem cada vez mais elementos elétricos e eletrónicos que requerem cada vez mais energia, dispõem dos mais avançados sistemas de gestão de carga e arranque para cumprir a norma Euro 6. Se a isto somarmos a utilização das baterias nos períodos de descanso necessários em rota, as vibrações e as altas temperaturas a que estão sujeitas, a bateria sofre um desgaste excessivo do eletrólito e um desgaste prematuro caso não seja revisto o seu nível. Com esta manutenção regular, conseguimos atingir o objetivo das baterias de veículos pesados, desempenhando o maior número de ciclos profundos possível e oferecendo o maior período de vida útil. A tecnologia da nova gama Cargo Deep Cycle (GM) da Yuasa permite descargas profundas com elevada capacidade cíclica. É comercializada em três versões 729GM, 732GM e 725GM.


A sua ferramenta de trabalho Produzido pela revista Pós-Venda

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Camiões e Autocarros

Mercado

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M MOBILIDADE

Man Card já chegou a Portugal

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M A N Card acaba de ser lançado em Portugal, pela MAN Financial Services. Este cartão, que pode ser utilizado em toda a Europa, facilita a gestão de frotas de camiões e autocarros, oferecendo descontos e vantagens. “Com o MAN Card damos mais mobilidade aos nossos clientes. A partir de agora, combustível, portagens e ofici-

nas oficiais da marca são acessíveis através de um único cartão, aceite por toda a Europa. O nosso objetivo é tornar as operações dos nossos clientes muito mais rápidas, permitindo uma redução de custos e uma maior velocidade de operação de toda a frota”, explica António Reis Pereira, Diretor de Truck & Bus do Volkswagen Financial Services. Sem taxas de subscrição ou custos mensais base, o MAN Card está disponível para frotas de camiões e autocarros, das marcas MAN e NEOPLAN, do Grupo Volkswagen, mas também de marcas de terceiros. Emitido pela Carmobility, empresa do Grupo Volkswagen Financial Services, o MAN Card tem entre os seus parceiros a LogPay, a Shell, a Aral/BP e a Total/AS24. A rede, com cerca de 55 mil estações de serviço por toda a Europa, inclui estações de abastecimento, assim como um grande número de oficinas de assistência técnica.


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VOLVO TRUCKS

Projetos MAN no pós-venda para 2018

A MAN irá também incrementar, este ano, a utilização do RIO, plataforma que tem como objetivo simplificar e melhorar o funcionamento de toda a cadeia de logística e transportes. O RIO conjuga informações de tratores, reboques, pneus, carroçarias, plataformas logísticas, condições de trânsito e meteorológicas, gerando as melhores rotas, dando avisos em tempo real e recomendações, otimizando toda a operação. Foi lançado também, recentemente, o MAN ServiceCare 2.0, um serviço ativado de forma gratuita com o RIO, e que facilita às empresas a gestão da manutenção das frotas: as oficinas monitorizam o veículo e as datas das próximas manutenções e fazem o agendamento com o cliente. Foi também lançado o ComfortManaged, um contrato totalmente personalizável de acordo com as necessidades do cliente e que permite a emissão de uma fatura coletiva de toda a rede de serviço MAN. Há ainda a salientar a extensão de garantia para 2 anos e o recente MAN Genuine Oil.

Camiões elétricos à venda na Europa

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Volvo Trucks vai iniciar a venda de camiões elétricos na Europa em 2019, sendo que as primeiras unidades vão ser entregues ainda este ano para um grupo de operadores selecionados. “A mobilidade elétrica está em total sintonia com o compromisso a longo prazo da Volvo Trucks relativo ao desenvolvimento urbano sustentável e às zero emissões”, re-

Peças Volvo para pesados com garantia de dois anos Os clientes Volvo Trucks e Volvo Buses têm agora disponível uma garantia de 2 anos em peças genuínas Volvo fornecidas e instaladas na rede oficial da marca. Esta novidade abrange o mercado português e tem como objetivo reforçar a confiança dos clientes na qualidade dos serviços

feriu Claes Nilsson, Presidente da Volvo Trucks. “Utilizando camiões elétricos e mais silenciosos para transporte de mercadorias em áreas urbanas, respondemos a vários desafios ao mesmo tempo. Sem gases de escape e ruído perturbador, será possível trabalhar em centros urbanos mais sensíveis. O transporte também poderá ocorrer ao final da tarde e durante a noite”. E acrescentou: “A nossa tecnologia e conhecimentos na área da mobilidade elétrica baseia-se em soluções comerciais comprovadas e já utilizadas em autocarros elétricos da Volvo, bem como soluções introduzidas nos camiões híbridos em 2010. Os veículos são apenas uma parte do que é necessário para o sucesso da eletrificação em grande escala. Estamos a trabalhar em colaboração com clientes, cidades, fornecedores de infraestruturas e outros intervenientes para criar a estrutura essencial para os camiões elétricos”, afirmou Jonas Odermalm, responsável do departamento de estratégia de produtos para veículos da Gama Média na Volvo Trucks.

pós-venda prestados pela Auto Sueco Portugal e pela rede de concessionários. “O compromisso com o negócio dos nossos clientes está, e sempre estará, no foco da nossa atividade. Agora, duplicamos esse compromisso ao oferecer dois anos de garantia em peças genuínas fornecidas e instaladas na Rede Oficial Volvo Trucks e Volvo Buses”, explicou Paulo Taborda, Diretor de Após Venda da Auto Sueco Portugal,

acrescentando que “todos os nossos componentes são sujeitos aos testes mais exigentes para assegurar que os camiões e autocarros ficam o máximo tempo na estrada”. A garantia de 2 anos em peças genuínas fornecidas e instaladas pela rede de concessionários oficiais Volvo entrou em vigor no início de 2018 e abrange reparações, substituições e até possíveis danos colaterais.


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CAMIÕES E AUTOCARROS

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Scania e Northvolt em parceria na eletrificação de veículos pesados

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Scania e a Northvolt estabeleceram uma parceria para desenvolver e comercializar a tecnologia de células de bateria para veículos comerciais pesados. “Queremos facilitar aos clientes a seleção de soluções de transporte sustentáveis. A eletrificação terá um papel essencial na mudança para um sistema de transporte sem combustíveis fósseis. A atual tecnologia de células de bateria tem de ser desenvolvida para satisfazer as necessidades comerciais dos clientes. Com a Northvolt como parceiro, acreditamos que podemos dar um grande passo em frente”, afirmou Henrik Henriksson, Presidente e CEO da Scania. Foi também assinado entre as duas empresas um contrato de compra para o total da produção de células de baterias. “Estamos convencidos de que podemos

Transformer Trailer da Schmitz Cargobull

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Schmitz Cargobull, juntamente com 13 parceiros do setor dos veículos industriais, apresentou o Transformer Trailer, um semirreboque de alta eficiência energética, que reduz as emissões de CO2 até 15% e que ficou concluído em agosto de 2017.

produzir células de bateria económicas e ecológicas, da mais alta qualidade”, afirmou Peter Carlsson, co-fundador e CEO da Northvolt.

Grupo Barraqueiro adquire Neoplan Tourliner O Grupo Barraqueiro acaba de adquirir alguns dos primeiros Neoplan Tourliner a ser vendidos na Europa. Com 13 metros em 2 eixos, a lotação máxima é de 59 passageiros e o veículo traz novos sistemas de segurança: Programa Eletrónico de Estabilidade, Sistema de manutenção na faixa de rodagem, Sistema de assistência à travagem de emergência e Gestão da Pressão de Pneus. O Neoplan Tourliner inclui ainda de série aquecimento de parque, sistema multimédia composto por 3 câmaras, GPS com visualização do trajeto nos monitores, kit mãoslivres para dois telemóveis e préinstalação do router Wifi com as respectivas antenas.

O projeto Transformer é a nossa contribuição para uma redução sustentável do CO2”, afirmou o CEO de vendas da Schmitz Cargobull, Boris Billich. Este projeto foi premiado em 2017 com o Prémio Europeu de Sustentabilidade nos Transportes. Graças à bateria incorporada e ao motor elétrico, a energia é transferida através da caixa de velocidades e do eixo de transmissão, proporcionando propulsão elétrica para o modo híbrido.

Tiresur Portugal organiza viagem do Grupo Center’s Auto

Scania recebe certificação Top Employer 2018

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Scania foi certificada pelo Top Employers, pelo segundo ano consecutivo em Portugal, como uma das melhores empresas para trabalhar. “Vamos continuar a trabalhar no plano de recursos humanos para que todos nós possamos desenvolver-nos profissionalmente com as melhores condições e no melhor ambiente”, afirmou José António Mannucci, diretor-geral da Scania Ibérica.

A Tiresur Portugal organizou, no passado mês de janeiro, a 4ª Viagem do Grupo Center’s Auto Portugal. A viagem contou com a presença de 38 pessoas e teve como objetivo premiar os associados do grupo Center’s Auto Portugal, pelos objetivos cumpridos no que toca às compras realizadas na marca GT Radial durante o ano de 2017. Durante a viagem ao Dubai, os associados receberam também o já habitual troféu Center’s Auto, oferecido pela Tiresur Portugal e que tem como objetivo agradecer e reconhecer a dedicação e compromisso demonstrados pelos seus associados ao longo do ano 2017.


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MAN TGE já circula nos Açores Em janeiro foram entregues as primeiras duas unidades MAN TGE 3.140 à empresa Bico Doce, da ilha do Faial, nos Açores. Os veículos terão como função o transporte de bens alimentares, e segundo o sócio fundador, Humberto Goulart, a escolha da MAN deveu-se a esta ser “uma marca com referência nos Açores, e pelo concessionário prestar uma boa assistência em todas as ilhas”. Fundada em junho de 1992, a Bico Doce é uma das principais empresas na área da pastelaria e panificação no Faial, emprega 52 colaboradores e possui uma fábrica de produção própria.

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TJA adquire novos veículos a gás natural

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TJA acaba de adquirir mais cinco veículos movidos exclusivamente a Gás Natural. Esta compra reflete a política ambiental da TJA e a constante preocupação em minimizar o impacto da sua atividade no meio ambiente. Praticamente toda a frota da TJA incorpora motores Euro 5 e Euro 6, minimizando a emissão de gases poluentes. A empresa tem vindo a incrementar na sua frota veículos movidos a gás natural, tendo agora voltado

a investir em mais cinco viaturas a GNL. Em comparação com as viaturas a Diesel estas têm as seguintes vantagens: redução de TCO; até 20% de poupança de combustível comparativamente a diesel Euro VI e mais autonomia e menos emissões de ruído. Além disso, as viaturas adquiridas pela TJA oferecem mais conforto e segurança da cabina: segurança EBS+BAS, ESP, ACC, LDWS, AEBS, DRL, DAS, hill-holder e caixa automática de 12 velocidades.

Frota da Laso aumentou 35% desde 2016

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esde o início de 2016 até ao final do ano de 2017 a quantidade de equipamentos da frota da Laso aumentou em cerca de 35%. A empresa tem, hoje, mais de 1500 equipamentos em atividade. Apesar do foco da empresa ser o serviço internacional, estas aquisições mais recentes foram transversais a todos os departamentos e áreas de negócio da empresa. Em 2017 foram

investidos pela Laso mais de 5 milhões de Euros neste âmbito. Em 2018, a empresa prevê ultrapassar os 10 milhões de euros na aquisição de novos equipamentos. A aposta da Laso está em consonância com o crescimento constante que a marca tem obtido e com o objetivo da marca em oferecer todo o tipo de soluções aos seus clientes, superando as suas expectativas.


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Irizar ie tram volta a ser premiado

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autocarro elétrico Irizar ie tram foi galardoado com dois prémios, Autocarro do Ano 2018 e Veículo Industrial Ecológico 2018, em Espanha, através de um júri formado por empresários do setor de transporte de passageiros, associações, especialistas técnicos e especialistas do ramo automóvel, elétrico e ambiental. “Este duplo prémio é o reconhecimento do grande salto estratégico dado pelo Grupo Irizar nos últimos anos que nos posiciona como uma marca líder em soluções tecnológicas integradas voltadas para a

sustentabilidade e bem-estar da cidadãos“, afirmou José Manuel Orcasitas, CEO do Irizar Group. Hector Olabe, Diretor geral da Irizar e-mobility: “Estamos orgulhosos de que o Irizar ie tram receba estes dois prémios porque é um veículo que integra a tecnologia desenvolvida no Grupo, como o sistema de propulsão, armazenamento de energia, todo o desenvolvimento de Software e até comunicação entre veículos e/ou infraestrutura de veículos”. Esta é a segunda vez que o autocarro elétrico Irizar recebe os dois prémios.

Mercedes-Benz lidera mercado de autocarros em Portugal

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mercado nacional de veículos pesados de passageiros assinalou em 2017 um aumento de 4,9% relativamente ao ano de 2016, com um total de 235 novas matrículas. Com 39,15% do total das matrículas atribuídas, a MercedesBenz foi, pelo oitavo ano consecutivo, a marca líder nas vendas de autocarros em Portugal. Os modelos OC 500 RF e LE representaram uma parte importante das vendas da marca, destaca-se número

unidades entregues do modelo integral Tourismo. Comprovando a versatilidade e adequabilidade da gama de autocarros Mercedes-Benz às realidades nacionais, a marca registou, além do Tourismo e dos chassis OC 500, outros modelos da gama, como o Citaro (autocarro urbano) e o Intouro (autocarro interurbano), além de ter registado o primeiro Mercedes-Benz Conecto, recentemente disponibilizado para o mercado português.

Patinter assinala 50 anos com edição comemorativa de viaturas A Patinter, atualmente a maior transportadora portuguesa, desenvolveu uma edição para assinalar os seus 50 anos de história, com cinco viaturas alusivas à data. Estas viaturas são uma reedição dos modelos usados pela transportadora nas décadas de 70 e 80. Dois dos camiões desenvolvidos na parceria entre MAN, DAF e Patinter correspondem aos modelos da década de 70. Para além destes, foram criados mais dois veículos, inspirados na década de 80. Por sua vez, a Renault optou por assinalar a data de uma forma diferente, congratulando a Patinter com um dos seus modelos. Pedro Polónio, Diretor-geral da Patinter, considera que estes veículos são “a forma perfeita de assinalar os 50 anos da nossa empresa” e reforça ainda que “a aposta em políticas de sustentabilidade e de inovação, em que estes veículos comemorativos se enquadram devido às suas características, são a prova da nossa visão e postura para encarar o dia de amanhã”. Daniela Santos, Diretora de comunicação da Patinter, salientou a importância da história da empresa: “Ao olharmos para estas viaturas reconhecemos, com orgulho, uma marca cada vez mais sólida e consciente, que reflete a dedicação de milhares de pessoas que, ao longo destes 50 anos, contribuíram para que a empresa crescesse e ocupasse o lugar de liderança que assume”. Com cerca de 1300 colaboradores, a Patinter está presente em mais de 20 países e é um dos maiores grupos de transporte da Europa.


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Mercedes apresenta terceira geração do Sprinter A terceira geração do Sprinter, da Mercedes-Benz, já está disponível para encomendas e será entregue a partir de junho, enquanto o eSprinter irá chegar ao mercado em 2019. “O Sprinter continua a incorporar os atributos que o tornaram tão bem-sucedido – flexibilidade, robustez e economia. Ao mesmo tempo, impressiona com a sua modernidade, as possibilidades de conectividade e a versatilidade”, afirmou Volker Mornhinweg, Diretor da Mercedes-Benz Vans. Esta nova geração do Sprinter conta com um novo design, novas características de conforto, segurança e um baixo nível de ruído, assim como os novos serviços ligados em rede do Mercedes PRO connect, combinados com os igualmente novos sistemas multimédia MBUX (MercedesBenz User Experience). O novo modelo disponibiliza várias versões de carroçaria disponíveis como os modelos Furgão, Tourer, pickup, chassis, autocarro ou trator, três configurações de transmissão, várias cabinas, vários comprimentos da carroçaria, pesos brutos admissíveis, alturas do compartimento de carga e vários equipamentos. Os conceitos de transmissão com sistemas de tração traseira e tração integral são agora complementados com um novo sistema de tração dianteira. Quanto à segurança, os sistemas de assistência disponíveis incluem uma câmara de marcha-atrás com limpeza automática e que mostra as imagens captadas no espelho retrovisor interior, um moderno pack Parking com uma vista de 360 graus e um sensor de chuva com sistema Wet Wiper integrado.

Continental lança app para gestores de frota

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nova app da Continental permite agora aos gestores de frota configurar o novo tacógrafo DTCO 3.0 de forma mais rápida e fácil. O gestor de frota pode configurar diretamente alguns parâmetros dos novos veículos, como o registo, avisos e comportamento do tacógrafo, mesmo quando estiver desligado. “Com esta nova aplicação, os tacógrafos podem ser configurados em apenas alguns minutos”, explica Lutz Scholten, Diretor de Tacografia, Telemática e Serviços da Continental. Uma das características inovadoras para os gestores de frota é que pode ser determinado o comportamento do tacógrafo quando o condutor o liga ou desliga. Através desta aplicação, as empresas podem determinar que dados do veículo podem ser armazenados

no tacógrafo. Além disso, isso pode ser estendido ao consumo de combustível e ao peso do veículo, o que facilita a eficiência no dia-a-dia das frotas. Os operadores de frota podem utilizar este aplicativo de configuração de tacógrafos para agendar avisos e lembretes de acordo com as suas necessidades e requisitos, evitando assim o incumprimento da legislação e até possíveis sanções. As informações básicas que os gestores de frota podem inserir através do aplicativo incluem códigos de licença existentes para a ativação de funções adicionais no DTCO. Este novo aplicativo utiliza o cartão da empresa para autenticação, depois disso, conecta-se com o DTCO via SmartLink, um dispositivo de ligação entre o tacógrafo e o smartphone.

Galp constrói novos postos de gás natural

A

Galp vai construir quatro novos postos de gás natural veicular na Península Ibérica. Este é mais uma medida da empresa enquanto promotor da mobilidade sustentável, com gás natural comprimido e gás natural liquefeito. Financiada pelo projeto Eco-Gate, a Galp irá desenvolver novos pontos de gás natural veicular ao nível ibérico durante o ano de 2019. Este projeto é promovido por um consórcio que junta mais de 20 empresas de Espanha, Portugal, França e Alemanha, e tem como principal objetivo desenvolver a mobilidade com gás natural. A colaboração da Galp neste projeto contempla a abertura de dois pontos de abastecimento do combustível alternativo em Portugal e dois em Espanha. No seguimento da aposta na inovação e sustentabilidade, a Galp prevê abrir novos pontos de Gás Natural nos próximos anos.


Técnica

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T Termoterapia CESVIMAP

Aplicação de calor nas reparações de chassis de camiões TEXTO FRANCISCO JAVIER LÓPEZ GARCÍA

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chassis ou estrutura de um veículo industrial é fabricado com recurso a diferentes tipos de aço de alta resistência, com propriedades muito variadas, o que implica que existam diferenças entre os vários modelos e torna complexa a classificação dos mesmos. No âmbito da indústria automóvel, costumam ser considerados aços de alta resistência aqueles cujo limite elástico oscila entre 210 e 550 N/mm2. E de muito alta resistência os que ultrapassam esse limite. O limite elástico ou de elasticidade é a tensão máxima que um material elastoplástico pode suportar sem sofrer deformações. POR QUE MOTIVO É O AÇO AQUECIDO PARA ENDIREITAMENTO O endireitamento a frio de um aço implica que a deformação causada no material continuará presente após o endireitamento, provocando tensões. No entanto, ao

aplicar calor é possível contrair o aço onde houve estiramento de forma a eliminar a maior quantidade possível de tensões. Um aquecimento do material a 550 °C reduz o limite de elasticidade do aço para aproximadamente metade do limite apresentado a 20 °C. Desta forma há uma redução, em grau equivalente, na força de pressão necessária para o endireitamento.

Uma vez que o aço endurece quando trabalhado a frio (endurecimento a frio), o material na zona de deformação é mais duro que em redor da mesma. Aquecendo


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a zona de deformação o material é mais dúctil, facilitando o endireitamento da viga no local adequado. Além do mais, tal como referimos com calor é necessário fazer menos pressão.

Reparação de uma longarina com aplicação de calor TRATAMENTO TÉRMICO DO AÇO O trabalho a quente ou tratamento térmico do aço consiste em aplicar calor e, posteriormente, arrefecer a zona para recolher estiramentos pontuais ou provocar o tensionamento da chapa. Quando o metal aquece tende a dilatar. Uma vez que o aquecimento é muito localizado, o ponto aquecido está rodeado por metal frio e só admite como dilatação um aumento da sua espessura. Quando a parte aquecida arrefece, recupera a sua resistência e ao mesmo tempo contrai. Para a reparação de chassis com a utilização de calor é necessário seguir as instruções dadas pelos próprios fabricantes no que respeita a temperatura máxima de aquecimento, forma de aplicação do calor sobre as longarinas e/ou travessas do chassis e processo de arrefecimento. Nem todos os fabricantes autorizam a aplicação de calor nos chassis para endireitamento dos mesmos.

Danos apresentados pela estrutura do chassis de um veículo industrial

Visto que são estruturas complexas, fabricadas com diferentes materiais e geometrias, com inúmeros pontos a controlar, é indispensável dispor da informação do fabricante adequada sobre o tipo de aço, com vista a encontrar um sistema fiável que permita quantificar de forma exata a extensão dos danos e garantir a reparação correta dos mesmos. A evolução lógica das tecnologias de fabrico vai afetar os métodos de reparação. Por conseguinte, os reparadores qualificados devem trabalhar segundo o seguinte princípio: uma reparação requer uma pessoa especializada com a informação, as ferramentas e os equipamentos aprovados pelo fabricante e um método de reparação atualizado e completo.

é recomendável que o metal não ultrapasse uma temperatura de 600/680 °C. Para medir com precisão a temperatura é possível utilizar um medidor laser ou lápis térmicos. Em seguida, deixamos arrefecer lentamente os pontos sem utilizar água, ar comprimido, etc. Uma vez concluída, a operação de aquecimento não pode ser repetida no mesmo ponto.

Para endireitar a flexão do chassis para cima com cunhas térmicas, o calor deve ser aplicado na aba superior da longarina. Caso o processo tenha de ser realizado para baixo, a base da cunha térmica também se encontra para baixo (figura 1).

Aplicação de calor numa longarina através de um equipamento de indução Ao trabalhar com calor nas estruturas que compõem os chassis, é conveniente utilizar equipamentos de aquecimento por indução, visto que permitem aquecer de forma rápida e muito localizada. O aquecimento por indução é um processo utilizado para endurecer, unir ou amolecer metais ou outros materiais condutores. O funcionamento deste sistema tem por base os princípios físicos da geração de calor por indução, através de campos magnéticos de alta frequência. Uma corrente que circula por um condutor em forma de bobina (indutor) gera um campo magnético em seu redor que produz correntes denominadas parasitas que criam o calor devido ao efeito Joule. Este campo concentra-se na ponta do indutor; quando a ponta entra em contacto com o ferro ou outros materiais magnéticos gera calor. Durante a operação de reparação de um chassis com um equipamento de indução

Aquecimento da aba de uma longarina Se o objetivo é endireitar o chassis de forma lateral com cunhas térmicas, também é necessário aquecer as abas superior e inferior da parte respetiva do chassis, orientando a base da cunha térmica na direção da curvatura pretendida.

Aquecimento lateral de uma longarina


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CESVIMAP

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Se a base das duas cunhas térmicas for colocada na lateral da longarina é necessário aquecê-la em último lugar. Atualmente, o aquecedor por indução além de ser o equipamento mais adequado para trabalhar com calor no endireitamento de chassis, é um equipamento bastante útil dentro de uma oficina de reparação de veículos. O calor é aplicado diretamente sobre o material de trabalho sem implicar a necessidade de desmontar componentes próximos sensíveis ao calor. Além de ajudar a desmontar anagramas ou molduras ou ajudar na desmontagem de vidros colados, pode ser utilizado no tratamento térmico da chapa de aço. Elementos como chassis, eixos, reforços de articulações, pernos, juntas de união, porcas e peças de aço mais pesadas podem também ser facilmente aquecidos para aplicações de soldadura, ajustamento ou endireitamento.

Equipamento de indução A utilização destes equipamentos é simples e para um método de utilização correto é necessário colocar a ponta plana do indutor sobre a zona selecionada da peça a aquecer enquanto o indutor é movido em torno da dita área. É recomendável não deixar o indutor imóvel numa zona fixa sem mover o mesmo durante um longo período de tempo visto que ao aquecer excessivamente o tipo de aço existe o risco de alterar as propriedades do material.

Também é recomendável não pressionar o indutor contra a peça, caso contrário a vida útil do indutor poderá ser reduzida. As vantagens do aquecimento por indução comparativamente aos processos tradicionais que utilizam chama aberta são inúmeras, entre as quais podemos referir as seguintes. >> A utilização de gás na oficina aumenta os riscos e requer uma maior manutenção. >> Com um aquecedor por indução são reduzidos ao mínimo os riscos de lesões pessoais e danos em peças de maquinaria sensíveis nas proximidades durante um trabalho de reparação que requeira aquecimento. >> O uso da indução para o endireitamento consiste em obter o calor necessário exatamente no local adequado, visto que controla facilmente a temperatura atingida na zona a reparar. >> Ao reparar o chassis de aço de um camião, por exemplo, não é necessário desmontar componentes termossensíveis, tais como travões e cabos. A indução proporciona também segurança ao pessoal e ao ambiente. >> Não existe chama de gás que emita vapores perigosos. >> Não existe chama que possa produzir queimaduras na pele e além disso o aquecimento por indução é muito fácil de utilizar e seguro.

Reparação de uma longarina a frio

Portanto, os trabalhos de reparação de elementos de aço de muito alta resistência, quando o fabricante assim o permita, deverão ser realizados sempre a frio. Nos restantes casos, e uma vez mais, quando o fabricante o permita, é recomendável utilizar equipamentos de aquecimento por indução, que aqueçam de forma rápida e muito localizada. Para reparar deformações em chassis de camiões e para endireitá-los com ajuda de calor, a zona deformada da peça é aquecida de forma controlada para recolha do material estirado ou aliviar os esforços no momento do estiramento, relaxando também as tensões do material.

Aquecimento de uma longarina com indução

PARA SABER MAIS >> Área de veículos industriais vindustriales@cesvimap.com >>www.revistacesvimap.com >> @revistacesvimap



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MECATRONICA

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Informação técnica sobre veículos pesados e comerciais BY MECATRONICAONLINE

MERCEDES-BENZ

Verifique o estado Substitua conforme a necessidade Volte a montar todas as peças em ordem inversa da remoção

Sprinter II

(W906) 319 CDI / BlueTEC 2009 - ...

SINTOMA 1

Fugas de óleo do motor Localização: Motor de arranque: Não é exibido qualquer código de falha Causa Refrigerador de óleo: Vedação deficiente Soluções Retire os colectores de admissão Retire o turbocompressor Retire o refrigerador da EGR

Exclusão de Responsabilidade As informações incluídas no HaynesPro SmartCASE são fornecidas por profissionais qualificados da indústria automóvel. Não se baseia em informações técnicas de OEM. Manuais de reparação Todos os nomes de marcas comerciais aqui mencionados são exclusivamente usados como referência e não pretendem aludir a nenhuma ligação entre HaynesPro e estas companhias. Todas as marcas comerciais são propriedade dos seus respectivos donos.

Refrigerador de óleo: NOTA OS DADOS TÉCNICOS, DA RESPONSABILIDADE DA MECATRÓNICAONLINE (DIREITOS DE AUTOR HAYNESPRO B.V.), EMPRESA DE REFERÊNCIA AO NÍVEL DA INFORMAÇÃO TÉCNICA, SERÃO PUBLICADOS EM TODOS OS NÚMEROS DA REVISTA PÓS-VENDA. SE PRETENDER MAIS ESCLARECIMENTOS SOBRE ESTES DADOS TÉCNICOS, OU CASO TENHA UMA DÚVIDA TÉCNICA QUE PRETENDA VER ESCLARECIDA, ENVIE-NOS UM EMAIL PARA GERAL@POSVENDA.PT


Opinião

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O APVGN

Jorge Figueiredo Vice-Presidente da Associação Portuguesa do Veículo a Gás Natural (www.apvgn.pt) As opiniões expressas neste artigo não reflectem necessariamente as da APVGN.

A alta do petróleo e a solução inteligente

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Goldman Sachs é um dos maiores bancos de investimento do mundo, senão mesmo o maior. Em Fevereiro os seus analistas apontaram para uma “reequilibragem” do mercado do petróleo, prevendo que o preço do barril atinja os US$80 dentro de seis meses e US$75 dentro de três meses [1]. O JP Morgan, outro grande banco de investimento, prevê que o preço do Brent atinja um pico de US$78 “em algum ponto do primeiro semestre”. Notícias como esta deveriam disparar campainhas de alarme nos países consumidores de petróleo pois significam um problema grosso e a curto prazo. No caso português, as importações de combustíveis minerais em 2017 – quando o preço do barril estava mais baixo – montaram a cerca de US$8 mil milhões de euros, ou seja, mais de 10% do total das importações CIF. O que se passará após a alta agora anunciada? No ano passado Portugal importou 5732 veículos pesados (5372 de mercadorias + 360 de passageiros) [2]. A quase totalidade foi garantidamente a gasóleo e isto por duas razões: primeiro porque os motores eléctricos não se prestam para os veículos pesados e segundo, a mais importante, porque o Governo continua a discriminar fiscalmente a utilização do gás natural liquefeito (GNL) nos transportes. De facto, em Janeiro/2017 o Governo reduziu o ISP para o gasóleo rodoviário mas não fez o mesmo para o GNL enquanto combustível rodoviário. Perdeu assim uma excelente oportunidade de dar uma contribuição para 1) a melhoria da situação financeira das empresas transportadoras; 2) a melhoria da balança comercial portuguesa; 3) a melhoria do ambiente e a qualidade do ar em Portugal. A má consciência do governo (pelo menos de alguns dos seus técnicos) em relação a esta discriminação flagrante do GNL reflectiu-se na Resolução do Conselho de Ministros 88/2017, que diz: “a introdução do GNV como combustível profissional, inclusive do GNL para transporte pesado de passageiros e mercadorias, poderia ser positivamente influenciada pela extensão a esta tecnologia dos benefícios fiscais concedidos ao gasóleo profissional, nomeadamente a nível do ISP” (pg. 3222). Estas palavras excelentes e acer-

tadíssimas foram publicadas no DR de 26/ Junho, mas estamos em Fevereiro/2018 e ainda estamos para ver a sua concretização. Actualmente fala-se muito em “mobilidade inteligente”, é uma expressão que está na moda. Políticos ignorantes de energia e transportes repetem a frase a torto e a direito, interpretando-a como sinónimo de veículos eléctricos, quase sempre ligeiros. Consequentemente, subsidiam a mãos cheias os poucos milhares de VE existentes no país – através de isenções fiscais; do fornecimento de electricidade gratuita e de novos gastos do Orçamento do Estado com a rede pública de carregamento (ainda agora foi anunciado o aumento da potência de 3,7 kW para 22 kW em 100 dos postesinhos brancos, além da instalação de mais 200 novos de 22 kW em todas as sedes concelho). Mal sabem os ditos políticos que tais medidas são inócuas para a resolução dos problemas que afligem os transportes portugueses e ruinosas do ponto de vista do erário público. Oitenta por cento do consumo de combustíveis do país é da responsabilidade dos veículos pesados, os quais correspondem a 20 por cento do seu parque automóvel. Assim, se se quiser actuar seriamente no saneamento dos problemas de energia e transportes é no segmento dos pesados que é preciso intervir, apoiando a solução do GNL na camionagem de longo curso e do GNC nos veículos profissionais de circulação local. Aqueles que muito falam em mobilidade inteligente ainda não tiveram inteligência para perceber isso. Aproveito para informar que acaba de ser concluído com êxito no Porto o primeiro curso de mecânico de GN, promovido pela APVGN em parceria com a AMB nos termos da Deliberação 2062/2015 do IMT. Dentro em breve este curso será replicado em Lisboa e novamente no Porto. Os interessados poderão desde já contactar Susana Oliveira (susana.oliveira@apvgn.pt). [1] https://www.rt.com/business/417850-oil-price-rise-goldman/ [2] INE, Boletim Mensal de Estatística, Dezembro/2017, pg. 65


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PNEUS NOTÍCIAS

PÓS-VENDA PESADOS WWW.POSVENDA.PT FEVEREIRO/MARÇO 2018

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BF GOODRICH

Conquistar mercado A nova gama de pneus BF Goodrich, da Michelin, equipa os eixos de direção, tração e reboque de todos os tipos de camiões TEXTO NÁDIA CONCEIÇÃO

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Michelin apresentou, no passado mês de janeiro, os novos pneus de pesados, desenvolvidos a pensar nas transportadoras e condições de utilização europeias, sob a marca BF Goodrich. “A BF Goodrich tem um grande desafio, competir no segmento High Quality, que é muito exigente, porque chega às pequenas e médias frotas, que necessitam de ter uma boa relação entre prestações, qualidade e preço. Esta nova gama direciona-se para camiões de várias dimensões, de carga geral, frigorífica e construção”, explicou Joaquin Paralera, Diretor de marketing da divisão de camiões para Espanha e Portugal. “Com esta nova gama, queremos conquistar mercado, captar frotas, chegar onde ainda não estávamos presentes. Vemos um potencial importante neste tipo de empresas”. Com uma filosofia semelhante à Michelin quanto à investigação e desenvolvimento de produto, a nova gama utiliza também toda a tecnologia Michelin, com prestações adaptadas ao segmento em que se inclui. “Neste segmento, temos de ter um preço competitivo. Para isso chegamos com esta marca de grande qualidade, com a notoriedade do Grupo Michelin. Com esta gama, estamos cerca de 40% abaixo do preço atual Michelin”.

DISTRIBUIÇÃO “Para conquistar este segmento, vamos apoiar a distribuição que temos a nível Europeu. Vamos apoiar Portugal através da rede Euromaster e de um serviço pós-venda semelhante ao que é prestado pela Michelin, com uma assistência eficiente, 24 horas por dia”, afirmou Joaquin Paralera. GARANTIA Durante 2018, a BF Goodrich oferece uma garantia que consiste no reembolso total ou parcial do preço de aquisição dos pneus, caso o comprador não esteja satisfeito. A garantia cobre situações tais como reclamações por prestações de utilização insuficientes ou que não estão de acordo com as expetativas do cliente, danos acidentais não reparáveis, ou incidências fortuitas com uma manifestação prematura ou anormal na carcaça. OE A Michelin está atualmente em negociações para que a gama ser introduzida também ao nível dos construtores de veículos. “Ao lançar esta gama, quisemos que pudesse ser apresentada tanto a construtores de pneus como ao aftermarket. Estamos a negociar com os fabricantes espanhóis de OE”.

Características Disponível em quatro diâmetros de jante, para 15, 17.5, 19.5 e 22.5 polegadas. Todos os pneus são M+S e/ou 3PMSF e cobrem os principais segmentos de utilização. Utilização em estrada BF Goodrich Route Control 40 referências, com segurança e durabilidade, reesculturável e recauchutável. Com montagens largas para os eixos de direção e perfis baixos para as configurações de conjuntos mega-camião. Para a mobilidade invernal, toda a gama recebe a marcação M+S, complementada pela 3PMSF no caso dos pneus de tração. Utilização mista BF Goodrich Cross Control disponíveis em 13 referências, para atividades de obra e construção. Pneus robustos com uma estrutura reforçada e com um elevado nível de tração. Podem ser recauchutados até duas vezes. Utilização urbana BF Goodrich Urban Control Pneu silencioso e com grande segurança, para autocarros. Com uma proteção adicional nos flancos e um chip RFID para facilitar a gestão de stock, o acompanhamento e a manutenção.


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