PÓS-VENDA 17

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N.º 17 FEVEREIRO 2017 2€

WWW.POSVENDA.PT

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Escapes DOSSIER

Os sistemas de escape têm evoluído, mas os filtros de partículas são o componente que mais vai crescer. Nem tudo são vantagens porque algumas más práticas estão a confundir o mercado

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ESPECIAL COMO VAI EVOLUIR O NEGÓCIO DOS TURBOS EM PORTUGAL

PERSONALIDADE DO MÊS A ESTRATÉGIA DE CARLOS COSTA NA REPRESENTAÇÃO DE VÁRIOS FABRICANTES

EM DESTAQUE O PORTAL MISTER AUTO VAI TER UMA OFERTA DE PEÇAS DIRIGIDA ÀS OFICINAS EM PORTUGAL PUBLICIDADE



SUMÁRIO

N.º 17 FEVEREIRO 2017

PROPRIETÁRIA E EDITORA ORMP Pós-Venda Media, Lda Miraflores Office Center R. Santa Teresa do Menino Jesus Nº 4 Esc. 7º - E Miraflores 1495 - 048 Algés Nº Contribuinte: 513 634 398 CONTACTOS Telefone: +351 218 068 949 Telemóvel: +351 939 995 128 geral@posvenda.pt www.posvenda.pt facebook.com/revistaposvenda linkedin.com/company/revista-pós-venda DIRETOR Paulo Homem paulo.homem@posvenda.pt REDAÇÃO Cláudio Delicado claudio.delicado@posvenda.pt DIRETORA COMERCIAL Anabela Machado anabela.machado@posvenda.pt COMERCIAL Ana Almeida ana.almeida@posvenda.pt PAGINAÇÃO Ricardo Santos ricardo.santos@posvenda.pt

FOTOLEGENDA Uma comunicação, em outdoor, no mínimo original. De facto, chama a atenção de quem passa na Estrada Nacional 10, no Casal do Marco, na margem sul do Tejo. O “chef” preparou um menu especial...

EM DESTAQUE

Mister Auto______________________________________________ P.06

NOTÍCIAS___________________________________________ P.10 MERCADO

Guadiluso_________________________________________________P.18 Breda Lorett______________________________________________ P.20 Smartec__________________________________________________ P.22 SPR Auto_________________________________________________ P.24 EP3______________________________________________________ P.26 Impoeste / Certified First_________________________________ P.28 Motortec_________________________________________________ P.30

SEDE DE REDAÇÃO Miraflores Office Center R. Santa Teresa do Menino Jesus Nº 4 Esc. 7º - E Miraflores 1495 - 048 Algés

OFICINA

TIRAGEM 10.000 Exemplares

PERSONALIDADE DO MÊS

ISSN 2183-6647 Nº REGISTO ERC 126724 DEPÓSITO LEGAL 399246/15 PERIODICIDADE Mensal IMPRESSÃO DPS – Digital Printing Solutions MLP, Quinta do Grajal – Venda Seca, 2739-511 Agualva Cacém – Tel: 214337000 ESTATUTO EDITORIAL Disponível em www.posvenda.pt/ficha-tecnica/

Chave Inglesa____________________________________________ P.32 Carlos Costa (Res Aftermarket Solution)_________________ P.34

DOSSIER

Sistemas de escape______________________________________ P.42

ESPECIAL

Turbos___________________________________________________ P.52

TÉCNICA

Faróis de Xénon (CEPRA)_________________________________ P.58 Dados técnicos Mecatrónica Online______________________ P.62

PNEUS

VTS______________________________________________________ P.64 Notícias__________________________________________________ P.66 FEVEREIRO 2017

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EDITORIAL

As marcas de automóveis estão aí PAULO HOMEM DIRETOR paulo.homem@posvenda.pt

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ssim que um veículo automóvel termina a garantia o mais usual é que o seu cliente opte por uma oficina independente para efetuar a reparação ou manutenção do seu bem. Historicamente é assim que acontece há muitos anos e as marcas de automóveis, na sua generalidade, nunca se preocuparam muito com isso... até que, há meia dúzia de anos, tudo mudou. Numa sociedade cada vez mais atenta à redução de custos, ao mesmo tempo que as plataformas digitais ligadas às peças e à manutenção automóvel vão proliferando, acabou por despertar o interesse dos automobilistas pelo preço de um lubrificante, de um filtro, de umas pastilhas e, no fundo, de uma manutenção. Os preços elevados da mão-de-obra, o maior custo nas peças originais e o maior rigor na marcação das intervenções praticados no pós-venda oficial não se ajustam a carros usados, mas a verdade é que as marcas de automóveis, na sua genera l idade, estão atualmente muito mais atentas a isso do que estavam no passado. Atualmente, dizem muitos responsáveis de concessionários de automóveis, que onde se ganha dinheiro e se fideliza o cliente é no pós-venda. As marcas que representam muitos desses concessionários já perceberam que um dos caminhos a percorrer é apostar em novos argumentos no aftermarket. As recentes investidas de marcas como a Renault, PSA (Peugeot e Citroën) e Ford, em novas áreas de intervenção, como sejam as peças de aftermarket, os sites B2C de venda de peças e as redes oficinais, indicam claramente que estão interessadas em captar

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negócio, leia-se, clientes finais e clientes profissionais no aftermarket tradicional. De um modo geral, até agora, todas as marcas já vendem peças originais aos independentes, por via dos concessionários, mas já começam também a poder vender outro tipo de peças, alargando o leque de escolha e de preço aos clientes profissionais e até finais. Quer isto dizer que, no aftermarket, neste caso em Portugal, vão existir, seguramente, mais concorrentes e mais operadores a vender para um mercado oficinal independente que tem vindo a reduzir de dimensão de ano para ano. Se existem ameaças para quem vende peças de aftermarket, também existem novas oportunidades, pois as redes oficinais que estes construtores estão a querer dinamizar podem trazer mais operadores oficinais ao setor, como podem trazer mais clientes para as peças. O negócio das peças está cada vez mais evoluído, mais moderno, mais concorrencial e mais dinâmico. Por isso espera-se um 2017 muito ativo no Pós-Venda nacional.

As recentes investidas de marcas como a Renault, PSA (Peugeot e Citroën) e Ford, em novas áreas de intervenção, como sejam as peças de aftermarket, os sites B2C de venda de peças e as redes oficinais, indicam claramente que estão interessadas em captar negócio, leia-se, clientes finais e clientes profissionais no aftermarket tradicional.



DESTAQUE MISTER AUTO

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Vamos ter uma oferta dedicada aos profissionais em Portugal São cada vez mais, compram em maiores quantidade e são muito fiéis. É assim que Manuel Moreno caracteriza os clientes profissionais da Mister Auto em Portugal, atualmente o principal portal de venda de peças online.

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sta é uma entrevista exclusiva a Manuel Moreno, diretor-geral da Mister Auto Iberia e responsável pelo mercado português. Apesar de ter nascido virado para o consumidor final, as oficinas ganharam um peso enorme no negócio do portal de peças e são hoje clientes fiéis em Portugal, que é já um dos principais mercados para a Mister Auto. Em breve vai haver uma aposta diferenciada para os profissionais em Portugal e, inclusive, há fornecedores portugueses que alimentam a plataforma online. Por questões de confidencialidade as únicas informações que a Mister Auto não dá é quem são os seus fornecedores e os números do seu site. Tudo o resto foi respondido sem reservas à Revista PÓS-VENDA. Perceba nestas páginas o modelo de negócio do principal portal de venda de peças online, agora reforçado por pertencer ao Grupo PSA. Pneus e baterias são as mais recentes novidades à disposição do mercado português. Como apresenta a Mister Auto? A Mister Auto é líder na Europa na venda de peças de reposição para veículos e está presente em mais de 20 países. Temos platafor-

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{ TEXTO CLÁUDIO DELICADO }

Manuel Moreno, diretor-geral da Mister Auto Iberia (www.mister-auto.pt)

mas logísticas em Espanha, França, Inglaterra e Alemanha, o que nos permite ter um serviço muito rápido para cliente final. A nossa plataforma conta com mais de 300.000 referências para todo o tipo de veículo podendo poupar-se muito dinheiro no que diz respeito à reparação e manutenção de veículos. A empresa tem 150 milhões de euros de faturação a nível global, conta com uma equipa de 145 pessoas e está em 20 países, o último dos quais o Brasil.

Quais são as expectativas de negócio para o canal empresas? Sabemos que temos muitos clientes profissionais e em França, por exemplo, temos uma oferta dedicada ao cliente profissional, o que vai chegar aos poucos a outros mercados como o espanhol e o português. O cliente profissional está a crescer cada vez mais em todos os mercados graças á melhoria de serviço que estamos a garantir. Por exemplo, e para o mercado ibérico, os pedidos que se realizam até ás 18 horas são enviados nesse mesmo dia ao cliente que recebe os produtos no dia seguinte. Esta melhoria de serviço é muito importante para o cliente profissional porque permite-lhe encontrar a peça a um preço muito competitivo e recebê-la em 24 a 48 horas. Hoje somos os únicos do mercado online de peças de reposição que o fazemos. Já fazem campanhas dedicadas aos profissionais com uma oferta diferenciada face ao consumidor final? De momento ainda não, mas é certo que especificamente em Portugal em breve teremos novidades para o cliente profisisonal, que esperamos que seja um êxito. Estamos a trabalhar nisso.


Acredita que os portais como Mister Auto vão diminuir as vendas dos grossistas e retalhistas de peças? Não falo tanto do aumento ou diminuição, mas trata-se, neste momento, da digitalização do setor e a mudança nos hábitos de consumo. Por exemplo, se um cliente chega à oficina e quer substituir o escape e quer um da Veneporte e a oficina trabalha com a Bosal e a Walker esta oficina pode comprar à Mister Auto porque o distribuidor não propõe esta marca. No final, a penetração da internet é um facto e o cliente cada vez mais informa-se sobre as melhores marcas disponíveis para cada carro, muito graças também aos fóruns de discussão.

Qual é o peso do mercado português na Mister Auto, hoje? O mercado português tem sido surpreendente para a Mister Auto que, na verdade, não tinha ninguém responsável pelo país desde que foi lançado o Mister Auto Portugal, em 2011. Hoje olhamos para o mercado de forma muito mais próxima e temos um crescimento anual entre 20 a 30% em Portugal. De todos os países é um dos que mais cresce e está entre os 10 primeiros mercados da Mister Auto, sempre a subir posições. A quem compram as peças? Diretamente ao fabricante ou a distribuidores nacionais? Não revelamos quem está por trás das nossas peças, mas posso dizer que compramos tanto a fabricantes como a distribuidores locais e internacionais. A nossa rede de compras foi agora reforçada peça integração no Grupo PSA (Peugeot-Citroën-DS), o que nos dá mais força para comprar melhor e dar benefícios aos nossos clientes com preços imbatíveis. Pelas minhas contas são 81 os fabricantes que vendem. Nenhum distribuidor tem uma oferta tão vasta… O segredo do êxito está nos processos de compra, os diferentes tipos de compra e no local da compra. Por exemplo, em França os preços das peças para automóveis franceses serão mais baratos do que em Itália, mas neste país conseguimos preços mais em conta para veículos italianos. Se temos uma rede de compras internacional vamos comprar onde se encontram os

melhores preços de compra para poder ter uma melhor oferta ao mercado. O objetivo é ter todas as marcas e permitir que seja o cliente (profissional ou consumidor final) a escolher? O nosso objetivo é poder dar resposta ao que o cliente pretende e sermos como a enciclopédia das peças e que para qualquer modelo de automóvel se encontrem as peças. Essa é a nossa força para o profissional da oficina. Um fabricante pode ter em média, e de acordo com o tipo de produto, 40.000 referências. O distribuidor terá 4000 que são as mais vendidas para veículos mais comuns e nós vamos poder disponibilizar as 40.000 referências já que fazemos um mix de fornecedores. Quando é uma peça de menor rotação demoramos mais um dia a entregar porque vamos encontrar essa peça num dos nossos fornecedores. Só vendem marcas premium ou também marcas de segunda linhas? Temos primeiras marcas mas também temos uma segunda linha. Aliás, a Mister Auto tem a sua própria marca que é a Bolk, com uma relação preço/qualidade muito boa. Há carros que têm que ser reparados para durar apenas mais um ou dois anos e as pessoas não querem gastar muito dinheiro nessas operações. Para reparações de maior qualidade temos marcas de primeira linha. A marca Bolk cumpre todas as regulamentações de qualidade exigida pela União Europeia aos fabricantes de peças de reposição.

O futuro da venda de peças está na Internet? Fazem-me essa pergunta muitas vezes e respondo sempre o mesmo: sabemos onde estamos mas não sabemos onde vamos chegar. O que é verdade é, e já é uma realidade, cada vez chegam mais players ao mercado, empresas alemãs, francesas, portuguesas, por isso cada ator do setor tem que encontrar o seu lugar. Mas ao nível da relação com os profissionais não são um concorrente direto dos grossistas tradicionais? Isso é um mito. Reuni com a grande maioria dos grossistas e, inclusive, trabalhamos com eles, pelo que não somos uma ameaça, apenas um ator novo no mercado que terá o seu lugar. O que representa a compra da Mister Auto pelo Grupo PSA? Foi um acelerador logístico importante para a Mister Auto, já que uma parte fundamental do negócio na internet é o serviço. Muitas vezes focamos no preço, preço, preço, mas quanto custa ter um carro num elevador á espera que encontremos a peça e nos chegue à oficina? Graças à compra por parte do Grupo PSA e à abertura de diferentes armazéns em polos logísticos da PSA permitiu-nos ser mais rápidos nos envios. Por outro lado, graças a estes armazéns temos fornecedores locais que nos permitem conhecer melhor o consumo do país em causa. Por exemplo, temos fornecedores espanhóis mas também portugueses que nos fornecem. Vão vender também peças originais? Temos uma oferta tão vasta no IAM que, neste momento não pensamos em vender peças originais. E a marca Euro Repar, também do Grupo PSA? FEVEREIRO 2017

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DESTAQUE MISTER AUTO

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A Bolk é a marca própria da Mister Auto e tem várias linhas de produto entre elas filtros, óleos, escovas, kits de embraiagem e de distribuição, alternadores, radiadores, travagem, amortecedores ou baterias

A nossa marca própria é a Bolk e é essa que vendemos no nosso portal. O Grupo PSA anunciou recentemente que vai entrar nas peças multimarca. Será em cooperação com a Mister Auto? Quando esse negócio começar seguramente encontraremos vias de trabalho conjuntos que permitam que ambos os negócios possam crescer. Assistimos a uma mudança no paradigma da venda de peças? O mercado de peças de reposição foi muito estável e não sofreu grandes mudanças. Chegaram as redes de mecânica rápida, mas creio que nos próximos anos vamos assistir a uma revolução e a uma reestruturação no setor, que será benéfica para todos e creio que é necessária. Vão fazer cross selling e sugerir a que quem compra peças online as vá montar , por exemplo, à rede Euro Repar? Na nossa página temos tutoriais e tentamos trabalhar da melhor maneira possível para que as fichas de produto sejam o mais claras possível e que o cliente não se engane ao encomendar uma peça. No que diz respeito à Euro Repar, de momenta não está contemplada nenhuma parceria devido à grande carga de projetos que temos em mãos. Qual é o perfil de cliente da Mister Auto em Portugal? O cliente da Mister Auto Portugal é um cliente fiel, que costuma ser a primeira vez que compra pela internet e bastante fiel uma vez que recebe o pedido em boas condições. Costuma ser homem entre os 25 e os 45 anos, apaixonado por automóveis e não necessariamente um conhecedor de mecânica. Por outro lado, encontramos o cliente profisisonal que compra peças de montagem complexa, bastante recorrente nas suas compras e que quando compra, fá-lo em grande quantidade de cada vez. Quantas pessoas trabalham na Mister Auto Iberia (e especificamente para Portugal)?

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No total somos 20 pessoas a trabalhar para Portugal, incluíado as pessoas da logística que trabalham tanto para Espanha como para Portugal na plataforma logística que temos em Madrid e que serve o mercado português. O negócio da Mister Auto é muito logístico. São apenas um intermediárioio? Temos um modelo de negócio diversificado dependendo muito do produto, da marca e do fornecedor. Podemos ser um intermediário mas também compramos e armazenamos nas nossas plataformas logísticas. Quais os prazos de entrega? O nosso objetivo, que já estamos a conseguir para Portugal, é “compra hoje e recebe amanhã”. De onde vêm as peças para os clientes portugueses? Todas as peças vêm da Península Ibérica, tanto de fornecedores espanhóis como portugueses. Ao disponibilizarmos um grande número de referências não podemos ter só um local de proveniência. Como são acionadas as garantias quando é necessário? As garantias trabalhamo-las com os fabricantes, tal como acontece na relação entre uma oficina e um distribuidor clássico. O que faz uma oficina quando tem um problema com uma peça? Fala com o distribuidor e este fala com o fabricante. Connosco o processo é igual e tudo acontece de forma transparente. Há um problema grande que são as devoluções. Qual é a vossa política nesses casos? Falamos anteriormente da importância da logística, mas é igualmente importante, senão mais importante, as devoluções e serviço ao cliente. Recebemos numerosas chamadas telefónicas atendidas por portugueses nativos, tentamos perceber o motivo da devolução e facilitamos a devolução. Temos abertos todos os canais de comunicação com os nossos clientes: mails, telefone (conversas gravadas) e redes sociais.

A identificação das peças é, muitas vezes, um problema. Têm uma taxa de devoluções grande por erro de identificação? A nossa taxa de de devoluções é mais baixa do que no mercado profissional clássico. O motivo é simples: estudamos muito os produtos que nos são devolvidos e os motivos. Se, por exemplo, é devido a uma incompatibilidade da peça e esta devolução se repete mais vezes vamos colocar na ficha do produto e asseguramos que todos os dados estão bem introduzidos. Isso faz com que as nossas bases de dados estejam muito trabalhadas e a taxa de devoluções seja tão baixa. Além disso, Portugal é dos países que mais baixou a taxa de devoluções nos últimos meses, o que indica que estamos no bom caminho. Neste momento não vendem elementos de segurança como airbags. Por algum motivo? Temos um grande número de referências e a cada dia aumentamo-lo. Não temos airbags mas também não temos turbos e esta oferta já existe em França. Continuamos a acrescentar novos produtos, novas marcas para tentar responder continuamente à procura. Há algum tipo de produtos que vão começar a vender nos próximos tempos? Começamos há poucas semanas a vender baterias e há quatro meses começamos a vender pneus também em Portugal. O trabalho que tivemos que fazer para isso é enorme, para encontrar fornecedores que se adaptem às nossas necessidades, estabelecer uma ligação informática e garantir um transporte eficaz. No futuro certamente que vamos disponibilizar novos produtos mas será divulgado a seu tempo. Vão disponibilizar novas marcas? Garantidamente vamos trabalhar mais marcas, ou seja, propor aquelas marcas que o cliente compra mais e eliminar aquelas que têm um volume de venda mais baixo. Trata-se de de propor o que o cliente quer e não que ele se perca numa busca e se perca numa oferta demasiada ampla.



NOTÍCIAS

Novos rumos, novos desafios

A rede de Distribuidores Oficiais Valvoline reuniu-se para fazer o balanço da atividade, mas também lançar os novos rumos, numa altura em que a marca começa a ganhar muita visibilidade no mercado português.

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m 2016 a Valvoline comemorou 150 anos de existência. Foi por isso um ano de afirmação da marca que possui um imenso konw-how no setor da lubrificação. Em Portugal, nomeadamente com a Krautli, a Valvoline está há menos anos no mercado, mas tem vindo a ser desenvolvido um trabalho estruturado, que passou pela criação de uma rede de Distribuidores Oficinas Valvoline (DOV), que tem a responsabilidade de comercializar os lubrificantes da marca americana junto das oficinas e demais clientes. Foi precisamente os DOV´s (36 em Portugal) que estiveram reunidos no Entroncamento com o objetivo de fazer o balanço de 2016 e estudar a estratégia para 2017. Diga-se que até final de 2016, são 56 as oficinas que já aderiram ao conceito oficinal Valvoline Service Center, dinamizado precisamente pelos DOV´s em todo o país. Foi também um ano para potenciar o crescimento com clientes Premium através da unificação da gama de lubrificantes de ligeiros e do reposicionamento de preços das gamas de produtos SynPower e All Climat. Por outro lado foi feito um grande esforço na divulgação da marca a nível nacional, com o patrocínio a uma série de eventos, nomea-

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{ TEXTO PAULO HOMEM } damente na área do desporto automóvel de grande divulgação e impacto mediático, muitos dos quais irão continuar em 2017. Uma das estratégias da Krautli para a Valvoline em 2017, em parceria com os DOV´s, passa por crescer em canais de negócio até agora menos explorados, como é o caso dos pesados, onde a marca tem um enorme leque de produtos. Refira-se que neste momento a Valvoline possui três DOV´s exclusivamente dedicados aos pesados. Num mercado de lubrificantes que cresceu em 2016 cerca de 9% em tonelagem, a Valvoline teve um crescimento de 17%, o que representou também um crescimento de faturação na casa dos 14%. “Para 2017 existem boas perspetivas de crescimento”, diz Paulo Santos, responsável pelo desenvolvimento de negócio da Valvoline, que

explica que “temos vindo a trabalhar desde há três anos o setor dos lubrificantes de pesados e queremos que 2017 seja um ano de afirmação da Valvoline nesse setor, pois vamos ter uma estratégia comercial e de preços mais ajustada ao mercado dos pesados. Paralelamente vamos continuar a dinamizar com toda a rede de distribuidores ações de maior impacto local, que nos permitirão continuar a crescer”. Paulo Santos deixa uma mensagem aos seus clientes distribuidores, dizendo: “nós trabalhamos para eles. Temos desenvolvido uma série de ferramentas que os ajudam a vender mais. Queremos, por isso, que aproveitam ainda mais e melhor essas ferramentas, até porque vamos continuar à procura de novas formas de ajudar os distribuidores a implementarem ainda mais a marca Valvoline”.

PRÉMIOS DE EXCELÊNCIA VALVOLINE Maior volume de vendas Iniciativas de Marketing Revelação

2015 2016 Paulo & Daniela (Braga) ELPS (Funchal) Dingipeças (Leiria) Paulo & Daniela (Braga) Centralbat (C. Branco) Vianalube (V do castelo)


Euro Tyre abre em Pombal Ford entra nas peças multimarca com a Omnicraft loja para profissionais

ExpressGlass amplia rede de lojas

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Ford decidiu dar um passo importante para expandir o seu negócio de pós-venda, através da criação da marca Omnicraft, que vai disponibilizar peças de reposição para todas as marcas de automóveis, numa gama completa que vai crescer progressivamente. Esta é uma estratégia global da marca americana e implica também uma mudança importante nas oficinas da marca, através da rede Quick Lane, anunciada para 2016 em Portugal, mas ainda sem uma implementação concreta. Esta rede, ja existente em vários países, foca-se em serviços rápidos multimarca e não apenas veículos Ford. A Ford avança que num período de 10 anos o objetivo é que 10 a 15% das peças vendidas sejam da Omnicraft. A Omnicraft (veículos não-Ford) junta-se assim à Motorcraft, marca de peças de reposição para veículos Ford. Este é um passo natural que tem sido dado por outros construtores automóveis, como o Grupo PSA ou a Renault.

RPL Clima renova representações oficiais

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RPL Clima continua, em 2017, a merecer a total confiança dos fabricantes de compressores de ar condicionado de primeiro equipamento: Delphi, Denso e Sanden. Com a confiança nas relações comerciais com os três líderes na área dos compressores AC, a RPL Clima continua a fazer a diferença neste setor, primando sempre pela qualidade do produto que comercializa. Esta confiança foi transmitida pelo reconhecimento das empresas Delphi, Denso e Sanden, que renovaram a parceria de distribuição oficial com a RPL Clima ao nível dos compressores de ar condicionado.

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o âmbito do seu plano de expansão a Euro Tyre alarga a sua presença com a abertura de uma nova loja de 600m2 em Pombal, exclusivamente para profissionais, na Zona Industrial da Formiga. A Euro Tyre irá disponibilizar, em estreia para os clientes desta zona, a sua nova gama exclusiva de lubrificantes, baterias e anticongelantes de marca Euro Tyre. Esta loja irá disponibilizar todas as marcas de aftermaket distribuídas em exclusivo pela Euro Tyre (Motaquip, Misfat, Euro Tyre, entre outros) além das já tradicionais marcas que fazem parte do portfólio da empresa como a Luk, Ina, Bosch, Ate, Sachs, Dayco ,Liqui Moly e Petronas, entre outras. O investimento em stock nesta loja superou o de outras lojas para assim poder colmatar as lacunas de stock existentes na zona. A Euro Tyre irá disponibilizar também um stock de pneus das suas marcas exclusivas (Infinity e Viking).

AD Portugal vai abrir novas instalações no Porto e em Portimão

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AD Portugal perspetiva para o primeiro trimestre de 2017 a abertura de novas instalações no norte e no Algarve. “Para 2017, perspetivamos um contínuo crescimento sustentado e consubstanciado no aumento de pontos de venda onde destacamos a abertura das novas instalações no Porto e em Portimão cujas inaugurações estão previstas durante o primeiro trimestre”, afirmou Filipe Ferreira, CEO da AD Portugal, que acrescenta ainda que “deste modo conseguimos melhor cobertura nacional do ponto de vista logístico e resposta às necessidades dos nossos clientes”.

ExpressGlass acaba de ampliar a sua rede de lojas próprias a nível nacional, com a abertura de sete novas lojas e a aquisição de nove lojas até agora pertencentes a aderentes da rede da marca. A empresa passou a contar, a partir do início do ano, com uma rede global de 38 lojas próprias e 43 lojas de aderentes de norte a sul do país, incluindo Madeira e Açores. As novas lojas estão sediadas em Viana do Castelo, Felgueiras, Penafiel, Santo Tirso, Maia, Faro e Portimão. Para além desta estrutura, a marca dispõe ainda de 60 viaturas, devidamente equipadas para a realização de serviços de substituição e reparação onde o cliente estiver. Apesar desta alteração na estrutura da rede, a ExpressGlass continua a defender uma rede híbrida, constituída tanto por lojas próprias como por lojas geridas diretamente por empresários aderentes à rede, valorizando o papel dos seus parceiros na expansão do negócio em Portugal.

Pedro Antão na Contitech

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português Pedro Antão já está em plenas funções na Contitech, depois de ter deixado a KYB no final do ano passado. O também membro da Divisão de Peças e Acessórios Independentes da ACAP é, desde dia 2 de janeiro, responsável da multinacional alemã pelo mercado português, reportando diretamente à estrutura ibérica e a Manel Real, que justifica esta aposta com a importância que o mercado nacional tem para a Contitech. Gerar confiança, transmitir as mais-valias da marca e apoiar os distribuidores são os três principais objetivos desta contratação. “Trabalhamos com o objetivo de ser a marca mais valiosa do mercado e acreditamos que o Pedro Antão pode colaborar muito para isso”, explica a marca.


NOTÍCIAS

Dica Ambiental by

Eco­‑Partner

Responsabilidade ambiental. Cumprir a lei é importante mas minimizar risco é um passo fundamental Este tema já é recorrente e já foi abordado em dicas anteriores. No entanto, a questão da minimização do risco de provocar danos ambientais por parte das oficinas deve ser o principal foco de quem presta serviços em Gestão de Resíduos e em Gestão Ambiental e a principal preocupação de quem detem este tipo de empresas. Sabia que, mesmo estando a cumprir a lei através de um seguro ou de outro tipo de garantia financeira, pode ter de cobrir danos ambientais que ocorram, caso o capital seguro seja

Novo óleo especial Liqui Moly para modelos Ford insuficiente para o efeito? É sempre aconselhável recorrer a especialistas para determinação do capital seguro, e esta determinação depende de uma avaliação sobre potenciais riscos para o meio ambiente resultantes da atividade da empresa. Os especialistas prestarão ainda apoio na minimização do risco que conduz à redução do capital seguro, redução esta fundamentada em ações concretas. Caso o capital seguro seja insuficiente para cobrir os danos e a empresa não tenha capacidade financeira para o fazer, será o património dos diretores, gerentes e administradores a responder pelo capital em falta. Mais vale minimizar os riscos e há medidas simples para o fazer. No quadro seguinte apresentam-se alguns exemplos mas caso a caso, cada empresa terá de identificar medidas concretas que lhe são aplicáveis: Não arrisque! Se necessitar de ajuda contacte a Eco-Partner www.eco-partner.pt

A ADOÇÃO DESTAS MEDIDAS PERMITE REDUZIR O RISCO AMBIENTAL PARA MUITO PRÓXIMO DO RISCO NULO. REDUZ CUSTOS E EVITA SURPRESAS MEDIDAS

RISCOS EVITADOS

Utilize um depósito para óleos usados adequado (aéreo com bacia de retenção ou parede dupla ou subterrâneo com parede dupla e sonda de nível)

Evita contaminações de solo e de águas subterrâneas

Utilize bacias de retenção na armazenagem de produtos / consumíveis líquidos

Evita contaminações de solo

Se fizer lavagens, instale um separador de hidrocarbonetos bem dimensionado e licencie a sua descarga

Evita contaminações de solo e de águas subterrâneas

Impermeabilize o solo nas zonas passíveis de sofrer derrames

Evita contaminações de solo

Stand Asla reuniu rede Checkstar

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Stand Asla vai reforçar, em 2017, a sua aposta na Rede Checkstar, para além de disponibilizar novas linhas de produto da marca Magneti Marelli. Tudo isto foi apresentado na reunião das oficinas Checkstar, numa sessão de trabalho com elevada adesão e na qual estavam presentes cerca de 100 participantes. Desta forma, analisando os desafios que o mercado do aftermarket encerra, foram apresentadas as ações estratégicas que o fabricante Magneti Marelli perspetiva desenvolver nesta rede de oficinas em 2017. Por seu lado, foi possível às oficinas aderentes debaterem tópicos chave da performance da rede, perante os quais o Stand Asla apresentou um programa de suporte ao negócio dos Checkstar, sendo

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o mesmo validado pelos participantes com todo o entusiasmo. A par destes temas, a equipa da Magneti Marelli apresentou toda a sua gama de produtos, os quais o Stand Asla tem disponível no seu stock: baterias, travagem, filtros, velas, equipamento oficinal, iluminação, elevadores de vidro, electrónica, motores de arranque, alternadores.

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Liqui Moly lançou no mercado o seu novo óleo Special Tec F0W30, especialmente desenvolvido para os modelos diesel atuais da Ford. O desenvolvimento de motores coloca ao óleo exigências cada vez maiores. Por isso, há muito que o lubrificante universal se tornou numa peça sobresselente líquida altamente especializada que já só se adapta a determinados motores. Para os veículos diesel TDCi atuais da Ford, o especialista alemão do óleo Liqui Moly lança agora um novo óleo no mercado: o Special Tec F 0W-30. O novo lubrificante cumpre a norma Ford WSSM2C 950-A e foi especialmente desenvolvimento para veículos diesel TDCi a partir do ano de modelos 2014. Com uma viscosidade de 0W a baixas temperaturas, trata-se de um óleo verdadeiramente fluido que reduz o consumo de combustível. Ao mesmo tempo, oferece uma elevada proteção contra o desgaste, mesmo para veículos com sistema Start-Stop automático. A gama Special Tec da Liqui Moly abrange óleos de motor que só são adequados a modelos de veículos muito especiais. O “F” no nome indica que se trata de um óleo para modelos Ford. Além do novo óleo Ford, já existe, com o Special Tec F 5W-30, um segundo óleo Ford para modelos mais antigos.

Krautli distribui Contitech

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Krautli Portugal celebrou um acordo com o grupo Continental para a distribuição da marca ContiTech nas categorias de correias, kits de distribuição, polias e tubos. A ContiTech é uma das marcas mais reconhecidas na gama de borracha no aftermarket mundial, e os produtos agora disponíveis na Krautli Portugal refletem toda essa qualidade. Com esta importante incorporação, a Krautli Portugal reforça a sua posição de fornecedor global de marcas Premium no setor aftermarket, garantindo dessa forma a entrega aos seus principais parceiros de negócio de um vasto portfólio de marcas de referência e com forte presença no equipamento original dos principais fabricantes de veículos. “Foi feito um importante investimento de stock em toda a gama ContiTech para garantir uma excelente taxa de serviço aos nossos parceiros, garantindo a imediata disponibilidade nos três armazéns da Krautli Portugal: Lisboa, Porto e Coimbra”, sublinha a empresa em comunicado.


DDS Auto comercializa lâmpadas Norma Lamp

Valeo reforça gama de polias de roda livre

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DDS Auto, empresa grossista de peças para automóvel, acaba de reforçar a sua gama de produtos com a introdução de uma nova marca de lâmpadas, designada por Norma Lamp. Com este novo produto a DDS alarga o seu portofólio de produtos mantendo o foco na qualidade e a fiabilidade, com preços competitivos, segundo informa a empresa. A Norma Lamp é uma marca líder de soluções de iluminação automóvel, dedicada à excelência, sendo fabricante de lâmpadas de alta qualidade, compatíveis com os mais rigorosos padrões da indústria automóvel, acreditada pelas principais marcas, explica a DDS Auto em comunicado. Refira-se que a marca Norma Lamp oferece um amplo portefólio de soluções de iluminação automóvel com certificação garantida E1 Germany. “A produção contemporânea e logística criada, combinada com a nossa rede comercial cuidadosamente selecionada, garantem o mais alto nível de satisfação do cliente”, refere o comunicado.

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Códigos QR em todos os produtos SKF

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Valeo reforçou a sua gama de polias de roda livre com 15 novas referências, totalizando 137 referências e uma cobertura do parque europeu de 94%, de acordo com dados divulgados pela marca. Graças ao aumento da gama deste componente, a Valeo passa a “cobrir mais quatro milhões de veículos na Europa”, entre eles modelos com vendas muito consideráveis no mercado português como os Opel Astra J, Nissan Qashqai J10, o Toyota Corolla X ou o Hyundai ix35. A Valeo explica que esta peça do alternador está “exposta a muito stress e pode girar até 12.000 vezes por minuto e deve ser substituída a cada 80 mil quilómetros”. A marca estima que a tecnologia usada em polias de roda livre dê resposta a uma forte procura do mercado, com cerca de 100 milhões de veículos na Europa, o que se espera que cresça até 80% do parque em 2030.

SKF anunciou a ampliação do projeto de códigos QR a toda a sua gama de produtos. Esta iniciativa foi desenvolvida para ajudar os técnicos de reparação a encontrar a informação técnica necessária onde quer que estejam e apoiá-los na realização das reparações de forma correta. A informação não só está acessível de forma rápida e fácil, como a tecnologia permite atualizá-la sempre que necessário. “Sabemos que ter a informação correta, no momento adequado, é fundamental para os nossos clientes”, sublinha Lars Rundgren, responsável de informação e dados de produto. Ao ler os códigos QR, os clientes obtêm acesso instantâneo a instruções de montagem, imagens de produto, diagramas do motor, vídeos, boletins técnicos, descrição do produto, conteúdo do kit e a lista completa de aplicações para esse kit.


NOTÍCIAS

NUM MINUTO... A Lenaparts – Comércio de Peças para Automóveis, S.A. foi integrada na LPM – Comércio Automóvel S.A., em Leiria, passando a ter a mesma denominação desta, desde o passado mês de outubro (LPM Peças e Acessórios). Mantendo-se nas mesmas instalações, o departamento de peças e acessórios da LPM tem agora uma nova imagem, mas continua a prestar os mesmos serviços de venda de peças das marcas Peugeot, Volvo, Kia, Ford e Isuzu. A TRW Aftermarket recebeu o Prémio Europeu de Excelência 2016 da revista “Communication Director”, na categoria de melhor website, pelo relançamento e novo design do website www.trwaftermarket.com. Distribuidor exclusivo da Bartec Auto ID em Portugal, a Iberequipe apresenta o Bartec Tech500, o equipamento mais avançado de TPMS (Sistema de controlo de pressão de pneus), levando o processo de reparação de TPMS a outro nível.

Campanha Interescape

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e modo a reforçar a confiança que tem no seu serviço, a Interescape desenvolveu uma nova campanha que visa oferecer a primeira Limpeza de Filtros de Partículas Diesel a novos clientes. A campanha permite ao novo cliente usufruir de um serviço de alta fiabilidade, com a certificação TUVRheiland, que garante a reposição da eficiência do filtro de partículas. No final do processo, terá acesso a um relatório detalhado com os parâmetros relativos ao filtro, antes e após a limpeza, que permite ao cliente verificar o grau de obstrução inicial e confirmar a reposição da eficiência do filtro. Para beneficiar desta campanha, o cliente deverá solicitar o serviço nas instalações da Interescape ou num dos parceiros existentes, apresentando o código promocional presente no voucher (ver foto), até ao final do mês de Fevereiro.

A JF Equipamentos lançou uma campanha para aquisição do equipamento de diagnóstico Miac (construído pela Autocom). A empresa compôs um pack mais apelativo, com uma renda mensal fixa. Alidata e Sendys são as duas software houses portuguesas mais antigas que, em janeiro, comemoram ambas 33 anos de atividade. Pertencentes ao Sendys Group, as marcas têm mais de 10 mil clientes diretos e implementações em cerca de 30 países, nos cinco continentes, com um volume global de negócios de 7,4 milhões de euros em 2016. A Sonne, marca de tintas da Hella, já tem online o seu novo site em português (www.sonneproducts.com). Para a multinacional alemã esta é uma marca estratégica para o mercado ibérico de repintura automóvel. A Carglass prosseguiu com o seu plano de expansão da rede Carglass em Portugal com a inauguração da 59ª agência, desta feita no Montijo. A Brembo certificou toda a sua gama de discos e tambores de travão que vende em aftermarket, cumprindo a norma europeia em vigor ECE-R90. A Coteq disponibiliza ao mercado a nova lâmpada de mão emissora de luz projetada para pintura, polimento e operações de preparação, a Scangrip Sunmatch 2. A Oficina da Nacional 203, em Vina do Castelo, renovou as suas instalações e reabriu no passado dia 8 de janeiro, mais moderna e com um conceito virado para o futuro e para os desafios do setor do pós-venda, tendo imagem Valvoline.

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PÓS-VENDA

ZF é o segundo maior nas peças

Meyle alarga gama de veios de transmissão

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Meyle reforçou a sua gama de veios de transmissão. Estes componentes estão sujeitos a cargas especiais durante a condução. Para que as oficinas possam satisfazer melhor as exigências de qualidade dos seus clientes, a Meyle adicionou agora à sua gama cerca de 100 veios de transmissão. Os veios de transmissão Meyle-Original são fabricados em aço especialmente forjado para essas aplicações e a massa utilizada foi adaptada com precisão de acordo com as exigências e cargas elevadas. Além disso, as braçadeiras de fixação com qualidade de equipamento original garantem uma fixação segura dos foles. Cada veio de transmissão da marca é controlado e testado de acordo com critérios previamente definidos.

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ZF demonstra a crescente importância do negócio de pós-venda atribuindo-lhe o estatuto de divisão. A ZF Aftermarket é agora o segundo maior fornecedor de peças, serviços e soluções no mercado pós-venda automóvel global. Graças à integração rápida da TRW, que durou apenas cerca de 14 meses, a ZF prossegue como um negócio coeso no mercado de pós-venda, fornecendo produtos com a qualidade do equipamento original e serviços do seu extenso portfólio de marcas: Sachs, Lemförder, TRW, Boge e Openmatics. Com 8.000 colaboradores em 120 localizações da empresa, a nível global e uma forte rede de 650 parceiros de serviços em todo o mundo, a ZF Aftermarket está perfeitamente equipada para ser o fornecedor único preferencial dos seus clientes. “O sucesso da ZF constrói-se com base tanto na sua capacidade de avançar tecnologicamente, como de fornecer as soluções certas”, explica Neil Fryer, Diretor Comercial da ZF Aftermarket.

Janeiro foi o melhor mês de sempre do site da Revista Pós-Venda

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ano arrancou de feição para o site da Revista PÓS-VEDA – www.posvenda.pt -, reforçando a liderança da informação online para o setor profissional de pós-venda em Portugal. Ao todo foram atingidos, durante o primeiro mês do ano, 63.707 pageviews, o que representa um crescimento de 44,91% face ao mês de dezembro e 276,45% face ao mesmo mês de 2016. O crescimento no número de visitantes únicos também foi exponencial. Em janeiro de 2017 passaram pela site da Revista PÓS-VENDA 31.899 utilizadores, num crescimento de 44,67% face ao mês anterior e uma subida de 395,94% face a janeiro de 2016. Apesar do forte aumento de visitas a duração de cada visita manteve-se estável e o site continua a atrair muitos novos utilizadores, além de um público fiel que acompanha as publicações do site, mas também do Facebook, Twitter, LinkedIn, Google+ e das newsletters (diária, semanal e de pesados). O mês de janeiro mostrou que é possível cativar mais profissionais para a leitura, seja das principais novidades de produto, mas também de reportagens, informação técnica e conteúdos desenvolvidos exclusivamente para o online.


Novas instalações Gamobar Peças no Porto

Cromax dá voz aos pintores

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Gamobar Peças abriu as novas e amplas instalações no Porto, estando apostada em garantir maior operacionalidade numa fase de crescimento que coincide com a sua nomeação para distribuidor oficial do Grupo PSA (Peugeot, Citroen, DS e Eurorepar). Ocupando uma área que ultrapassa os 5 mil metros quadrados entre área coberta e parque para clientes na Zona Industrial do Porto, o aumento significativo do espaço físico vai permitir não só melhorar um conjunto diversificado de serviços, mas também obter ganhos de eficácia na área do atendimento. O novo edifício da Gamobar Peças, no qual sobressai o armazém com áreas dedicadas para cada tipo de peças, engloba uma área de atendimento de clientes de 150 m2, além de um grande espaço para cargas de descargas. Face a esta nova dinâmica, está previsto o reforço do capital humano da empresa, de modo a dar resposta às novas exigências.

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Cromax está a lançar uma nova campanha online para a região da Europa, Médio Oriente e África (EMEA), designada “Diretamente do Coração”. O título sintetiza a ideia que se encontra por detrás da campanha online, centrada nas entrevistas em vídeo a pintores que utilizam Cromax. Desenvolvida para apoiar e reforçar o valor da marca cujo foco é fornecer o aumento de produtividade em toda a oficina, a nova campanha apresenta testemunhos em vídeo sinceros, pessoais e improvisados de pintores em todas as etapas das suas carreiras. Inclui os pintores que já utilizam os produtos da Cromax há muito tempo e àqueles que estão agora a começar. Para além do seu vídeo, cada cliente terá ainda a sua própria página com a sua história, onde é recolhida a sua experiência com a Cromax. A campanha vai dispor ainda de elementos offline, tais como bases de secretária com a marca Cromax, calendários de parede e calendários de secretária que serão apresentados aos clientes. Os códigos QR conduzirão os usuários ao site da campanha, que estará presente em 13 sites da Cromax de diferentes países e em 11 línguas (incluindo o português).

5 anos de garantia nas reparações do filtros de particulas

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Grupo Escape Forte, pioneiro na reparação de filtros de partículas, afirma, mais uma vez, a confiança que tem no seu serviço ao alargar a sua garantia para 5 anos nas reparações de filtros de partículas de viaturas ligeiras de passageiros. A nova garantia de 5 anos no serviço de reparação de filtros de partículas cobre todos os problemas que possam surgir na peça, exceto destruição ou danos físicos provocados pelo mau funcionamento do motor. Além de apresentar uma garantia inédita no mercado português, o Grupo Escape Forte providencia aos seus clientes e parceiros um acompanhamento técnico gratuito.


NOTÍCIAS

Disponível nova actualização de software AUTOCOM CDP+

Würth apresenta kit limpeza de injetores diesel

OPINIÃO

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Iberequipe acaba de apresentar a mais recente atualização do AUTOCOM CDP+ com a nova versão de 2017. Esta versão de software é denominada 2017.00 e será descarregado como um ISO diretamente no pc do utilizador. O primeiro lançamento de 2017 vem com uma ampla gama de melhorias e benefícios para os usuários. A Autocom fez tudo para tornar o Autocom CARS e TRUCKS ainda melhor. Estas novas melhorias associadas ao crescimento da já extensa base de dados de veículos novos e antigos, traduz-se num brilhante resultado para iniciar o ano de 2017. Refira-se que a Iberequipe é distribuidor exclusivo do Equipamento de Diagnóstico Automóvel AUTOCOM CDP+ para Portugal, Angola, Brasil e Moçambique.

BlackTire em expansão em Portugal

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á um ano o site da revista Pós-Venda anunciava o lançamento da rede BlackTire em Espanha e Portugal. Atualmente a rede é uma realidade em Portugal. Esta rede recorre a oficinas especializadas em mecânica, que pretendam diversificar a sua oferta na á rea dos pneus, em bora inclua também casas de pneus que fazem serviços. Pneus, amortecedores, iluminação, lubrificantes, motor, eletricidade, mecânica e baterias são alguns dos principais serviços proporcionados por este rede. A rede promovida pelo Grupo Soledad já ultrapassa as 500 lojas em Portugal e Espanha, sendo que neste momento são quase 40 em Portugal. A Nexen e Event, são a principais marcas comercializadas por este rede.

Ecologic Detail representa Eco Touch A Eco Touch é uma marca americana de produtos de cuidado para o automóvel que é representada em Portugal pela Ecologic Detail ,Lda. A marca Eco Touch dispõe de produtos em dois formatos distintos: RTU – Ready to Use (pronto a usar) e em concentrado. Os produtos concentrados estão apenas disponíveis para profissionais da área automóvel.A linha de produtos que a Ecologic Detail disponibiliza é bastante vasta, destacando-se o Eco Touch Quick Wax (cera de carnaúba em spray), o produto de interiores Eco Touch Dashboard Protect e o produto de limpeza de estofos e tapetes Eco Touch Carpet & Upholstery, este último merecedor de um prémio internacional.

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PÓS-VENDA

O CONCEITO DE GARANTIA DE UM BEM

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Würth lançou recentemente no mercado o novo kit limpeza de injetores diesel, que é composto por 14 peças e é de aplicação universal. O novo kit de limpeza de injetores diesel da Würth é composto, não só por três escovas de aço revestidas em latão, permitindo assim uma limpeza dos depósitos de carbono nas paredes interiores do porta injetores, bem como de duas escovas de silicone/nylon para limpar a base/sede do injetor. “Tivemos em conta outra particularidade que consideramos diferenciadora: este novo kit de limpeza de injetores é de aplicação Universal, permitindo assim que os nossos clientes possam aplicar na maioria dos sistemas de injeção Diesel." Este kit, "tem tudo o que os clientes precisam para garantir uma limpeza cuidadosa e adequada dos injetores Diesel”, explica a Würth à Revista PÓS-VENDA.

Adilub comercializa Retech Filler 4:1

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Adilub Unipessoal Lda passou a disponibilizar um novo produto da sua representada Retech. Trata-se do Filler 4:1, um produto de 2K utilizado para um enchimento acrílico em trabalhos de carroçaria (incluindo plásticos). Com 3 cores disponíveis (preto, cinzento e branco) este produto permite através da sua aplicação uma escolha mais adequada para a compatibilidade com a cor opaca final. O tempo de secagem pode ser controlado com o Retech Hardener que apresenta uma velocidade de secagem padrão ou o Retech Hardener Fast para uma secagem mais rápida. O Filler 4:1 é compatível com todos os tipos comuns de tintas e vernizes. Refira-se que a Adilub Unipessoal, Lda. comercializa/distribui produtos na área de manutenção e reparação automóvel, não produzindo ou vendendo quaisquer produtos de marca própria.

O conceito de garantia está, desde há longos anos, ligado ao conceito de qualidade. A garantia, tal e qual, como é hoje só existe porque toda a evolução, implantação e legislação sobre a qualidade assim o obriga. Os primeiros relatos sobre o exercício da garantia vêm desde a antiguidade, através dos Sumérios (6500 AC e 1900 AC). Os sumérios regiam-se, em termos legislativos, pelo código de Hamurábi, e as penas eram aplicadas segundo a lei de Talião (olho por olho, dente por dente). Parece, no entanto, ser unanime que houve dois períodos da história que foram fulcrais para o desenvolvimento destes dois conceitos: a revolução industrial e a segunda guerra mundial. A invenção da máquina a vapor por James Watt em 1776, transformou o trabalho, que até aí era manual, em trabalho mecânico e por consequência surgiram as primeiras fábricas. Foi, no entanto, com Walter Shewhart, na década de 20 do século passado, que foi dado o passo de gigante destes dois conceitos. Shewhart, colaborador dos laboratórios Bell, desenvolveu os conceitos referentes à engenharia da qualidade, tendoos publicado na década seguinte na obra Economic Control of Quality of Manufactured Products. O controlo estatístico de processos e o ciclo de melhoria contínua, foram conceitos desenvolvidos há época por Shewhart e ainda hoje válidos. Foram estes conceitos de Shewhart que que os americanos exigiram aos seus fornecedores de guerra aquando da segunda guerra mundial. Também os Japoneses foram fundamentais na implementação e normalização destes conceitos, pois para pagarem as dívidas de guerra foram obrigados a desenvolverem as suas industrias e a diferenciarem-se pela qualidade dos seus produtos. Assim, foi surgindo a “garantia da qualidade” tal e qual a temos hoje! Paulo Quaresma GTAVA.PT ESTE É O PRIMEIRO DE 12 TEMAS QUE IRÃO SER ABORDADOS NA REVISTA PÓS-VENDA SOBRE GARANTIAS, ANALISADAS DE UM PONTO DE VISTA MAIS TÉCNICO.



MERCADO GUADILUSO

Ao lado dos clientes A Guadiluso tem apostado tudo na proximidade com as oficinas e na relação de confiança que quer estabelecer com estas, através também das marcas que comercializa. Tem sido isso que lhe permite continuar a crescer.

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pesar de estar localizada no distrito com o menor parque automóvel circulante de Portugal, a Guadiluso, retalhista de peças em Elvas, tem ainda, para além da concorrência local, a presença do aftermarket de “nuestros hermanos”, devido à proximidade a Badajoz. Agora com 10 anos de idade, a Guadiluso, foi uma empresa que sempre cresceu com os pés assentes na terra, tendo em conta que Bruno Germano, sócio-gerente, já possui 16 anos de experiência neste setor, apesar da sua juventude. A Guadiluso resulta muito das ideias que o seu sócio-gerente tem para este negócio e que se adequam à interioridade de uma cidade como Elvas. “Quando criei a Guadiluso os parceiros sempre me incentivaram a avançar com as minhas ideias, mas nunca dei um passo sem ter a

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PÓS-VENDA

{ TEXTO PAULO HOMEM } certeza de que o passo anterior foi seguro”, começa por referir Bruno Germano. A verdade é que dos 120 m 2 iniciais, a Guadiluso passou para os 150 m 2 e agora já vai nos 280 m 2, onde se inclui não só o espaço de armazém, mas também uma nova sala de formação, enquanto ao nível dos recursos humanos

CONTACTOS GUADILUSO Elvas Bruno Germano 268 626 608 geral@guadiluso.com www.guadiluso.com

passou de duas para cinco pessoas. “Tudo profissionais que me acompanham bastante nas minhas ideias e que querem fazer andar para a frente este negócio”, afirma o mesmo responsável, explicando que “tentamos ser sempre muito sérios e muito responsáveis naquilo que fazemos. Aqui não há lugar para inventar. Por outro lado, uma das minhas ideias para a Guadiluso é que devemos estar sempre muito próximo do nosso cliente, pois sentimos que é isso que falta às oficinas”. Para Bruno Germano, esta ideia de proximidade traduz-se numa relação de confiança duradoura com as oficinas, que demora o seu tempo a obter, mas que dá os seus frutos quando se alcança. “Os clientes confiam em nós sempre que nos pedem alguma coisa e isto faz a empresa evoluir”, refere o sócio-gerente da empresa de Elvas, realçando que parte desta


confiança é obtida também quando dinamiza com os seus parceiros ações de formação e divulgação de marca / produto para as oficinas. Aliás, a criação de um sala de formação nas instalações da Guadiluso teve o objetivo de aproximar mais os clientes com a empresa, mas ao mesmo tempo gerar maiores níveis de confiança (por parte dos clientes) com os produtos e marcas que comercializa. Outra das ideias de Bruno Germano para o seu negócio de peças, foi apostar sempre em marcas de reconhecida qualidade. Este profissional considera que “essa aposta acabou por marcar claramente a diferença para a concorrência local. Ainda hoje essa política se mantém e tenho a certeza que conseguimos ganhar a confiança dos clientes por via dessa aposta em marcas de qualidade, até porque são reduzidas as garantias e as situações de reclamação. Por outro lado, o cliente sabe que temos parceiros que estão connosco que estão sempre disponíveis para qualquer situação”.

Tendo uma pessoa dedicada às entregas nas oficinas, na Guadiluso a componente de balcão ainda é bastante representativa, embora tenha vindo a diminuir, por via também da diminuição do mecânico que trabalha fora de horas. Considera Bruno Germano que “temos focado muito a nossa ação no profissional. É para ele que nos dirigimos. Cada vez mais temos que nos concentrar na oficina. Iremos sempre vender ao balcão mas a chave do nosso trabalho será sempre a oficina até por uma questão de respeito pelo seu trabalho”. CONCORRÊNCIA Atendendo à enorme concorrência que existe na região, Bruno Germano considera que tem sido muito importante ter o foco no profissional, como forma de se diferenciar no mercado. A proximidade com Espanha (Badajoz) traz também concorrência adicional, mas no entender do sócio-gerente da Guadiluso atualmente a oficina independente vai a Espanha

“apenas para ir buscar o que não temos aqui, nomeadamente alguns acessórios e algum material mais específico, como aditivos, anti-congelantes, etc. Sabemos que existe muita casa de peças em Badajoz a tentar entrar nas oficinas portuguesas. Nós também temos clientes em Espanha, mas continua a ser mais difícil vender lá do que eles venderem aqui. É uma questão de mentalidade”. Pelo que foi escrito antes e admitindo que esta é a melhor forma de estar no mercado no momento, Bruno Germano nunca fecha a porta aquilo que o futuro lhe trará em termos de oportunidades. “Teremos sempre que avaliar as condições que nos são propostas, até porque já vi o mercado dar muitas voltas”, refere o sócio-gerente da Guadiluso acrescentando ainda: “vemos que as redes de retalho estão a crescer e isso é uma realidade mesmo na região onde nos inserimos. Para nós o importante é mantermos sempre a proximidade ao nosso cliente”. FEVEREIRO 2017

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MERCADO PERFIL BREDA LORETT

Qualidade e serviço para crescer em Portugal A marca de origem italiana quer reforçar a sua presença e imagem no mercado português, onde vai apostar este ano, trabalhando em novos distribuidores e em aumentar o negócio com os existentes. { TEXTO CLÁUDIO DELICADO } Data de fundação da empresa? 1972 Responsável pelo mercado português? Rosanna Abriola (rosanna.abriola@lorett.com). Carlos Costa, da Res Aftermarket Solution é o representante em Portugal. Principiais linhas de produto do portfólio? Kits de distribuição com e sem bomba de água, Kits de rolamento de roda, tensores de correias para distribuição primária e auxiliar. Como se posiciona a marca face à concorrência? A Breda é uma marca de qualidade comparável às marcas premium. A nossa força é, acima de tudo, a preocupação com a qualidade, seguida

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PÓS-VENDA

pelo serviço (entregas rápidas, flexibilidade, gama alargada e apoio técnico e comercial no pós-venda) e o preço que é, em muitos casos, mais competitivo do que na concorrência. Quem são os distribuidores da marca em Portugal? Autozitânia e Auto Silva. Estão à procura de mais distribuidores em Portugal? Sim. Estão contentes com a rede de distribuição atual em Portugal? Estamos muito satisfeitos por trabalhar com os nossos atuais clientes mas, atendendo à nossa vasta gama de produtos e ao constante

desenvolvimento do nosso catálogo, achamos que temos espaço para melhorar a distribuição da nossa marca Breda. A questão logística é sempre mais demorada entre o fabricante e o distribuidor. Como melhorar este processo? A estratégia passa por garantir serviço aos distribuidores nacionais, que são o elo de distribuição mais forte. Atualmente fazemos envios numa base mensal e conseguimos garantir a resposta à procura por parte dos nossos distribuidores, tendo sempre em atenção que a nossa quota de mercado pode ser substancialmente aumentada. O facto de Portugal estar na ponta da Europa


Quais são os aspetos-chave do mercado português para a sua marca? Os aspetos-chave são em tudo semelhantes aos que analisamos noutros mercados. A Breda Lorett representa uma real alternativa às marcas premium mais conhecidas já que oferece, em primeiro lugar, uma qualidade demonstrável, um preço competitivo e uma forte orientação para o serviço, além de um catálogo completo, entregas rápidas, possibilidade de customização e um foco muito forte no cliente. Há espaço para a marca crescer no mercado português? De que forma? Temos muito para crescer através da expansão do negócio com os nossos atuais clientes, possivelmente abrindo caminho para novas soluções e tornando a nossa marca mais conhecida para toda a cadeia de distribuição.

é uma desvantagem pesada na questão de custos logísticos? Garantidamente que o custo de transporte tem impacto. No entanto, não é assim tão elevado comparado com outros pontos da Europa e, por isso, não vemos essa questão como uma desvantagem. Como analisa a presença da sua marca no mercado português? Em Portugal, a nossa marca Breda, em comparação com outros países, não é particularmente conhecida. A estratégia de imagem de marca vai começar nos próximos meses porque se trata de um mercado em que temos muito interesse.

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Como apoia os seus distribuidores em Portugal? Colocamos recentemente à disposição dos nossos clientes diferentes ferramentas: é possível descarregar boletins técnicos e instruções de montagem através do nosso catálogo disponível no TecDoc e também no site www.bredalorett. com . No nosso canal de YouTube temos uma secção de área técnica que inclui variados vídeos gravados no nosso laboratório de metrologia e tutoriais de como montar um dos nossos tensores automáticos. Divulgamos também todas as noticias da marca, disponíveis no nosso site e difundidas através da newsletter. Além disso, disponibilizamos um serviço pós-venda e os nossos departamentos de vendas e técnico estão sempre disponíveis para os nossos clientes. Como ajudam as oficinas a ser mais rentáveis no seu negócio? É exatamente nesse ponto que estamos a trabalhar neste momento e será o objeto da nossa estratégia no futuro. O que diferencia a vossa marca num mercado tão competitivo?

Serviço. Sermos uma empresa pequena faz de nós mais flexíveis para responder às necessidades dos clientes e sermos fabricantes garante o conhecimento necessário para perceber e resolver qualquer problema. O tempo de reação da nossa equipa é muito rápido. O que nos caracteriza também em todos os mercados são as parcerias de longa data com os nossos clientes, porque não são um em muitos mas são únicos para nós. Na empresa não existe a standardização mas, graças ao facto de sermos uma empresa pequena, há uma relação direta e próxima. Quais são os principais desenvolvimentos técnicos na vossa principal linha de produto nos próximos tempos? Desenvolver e produzir cada vez mais produtos internamente, com a marca Breda, especialmente a nova geração de tensores automáticos que começamos a produzir em 2016, e que será precisamente o nosso principal foco na estratégia para 2017/2018. Como vai evoluir o negócio nas vossas linhas de produto? Não temos, neste momento, intenção de acrescentar novas linhas de produto às que já temos. O nosso foco está em desenvolver as atuais linhas de produto para termos a maior cobertura do parque automóvel. O aftermarket tem futuro atendendo ao facto dos construtores automóveis estarem a fechar cada vez mais o acesso aos dados? É normal pensar que os construtores automóveis que nunca se interessaram muito pelas peças, agora já o fazem porque estas são uma fonte adicional de lucro. Hoje percebe-se que estejam a tentar defender a singularidade do seu produto. O resultado é maior competitividade e certamente que isto cria maiores dificuldades. Por outro lado, cabe-nos a nós encontrar o caminho certo para operar para manter a competitividade da nossa marca tão alta quanto possível.


MERCADO SMARTEC

Da necessidade à prática

O software de gestão oficinal Smartec foi desenvolvido com base num caso real, fruto da necessidade de gerir uma oficina no seu dia-a-dia. Agora está disponível para todas as oficinas.

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epois de ter ficado a gerir uma oficina familiar, Sérgio Pinto decidiu desenvolver um software de gestão oficinal, tendo por base as necessidades que foi sentindo do ponto de vista da gestão e os conhecimentos académicos adquiridos. A empresa tinha clientes mas, considerava Sérgio Pinto, o seu modelo de gestão não era o ideal, até porque opera num setor que gera pouca confiança nos clientes e que é muito concorrencial. No fundo, a ideia passou por

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PÓS-VENDA

{ TEXTO PAULO HOMEM }

CONTACTOS SMARTEC Vila Nova de Gaia Sérgio Pinto sergiopinto@smartec.pt www.smartec.pt

desenvolver um modelo de negócio distinto, que pudesse potenciar a relação com o cliente ao mesmo tempo que permitia a este ter mais confiança na sua oficina. Foram avaliados diversos pormenores e um deles passava por fornecer ao cliente um orçamento que estivesse de acordo com a reparação que iria ser efetuada e, posteriormente, acompanhar esse orçamento por parte da gestão, avaliando o impacto (a diferentes níveis) de eventuais desvios. Em qualquer alteração ao


e enviado o orçamento para o cliente. “O nosso objetivo é facilitar o contacto com os fornecedores, simplificando todo o processo, quer no orçamento quer depois na entrega do material por parte do fornecedor”, explica Sérgio Pinto, realçando que “a componente mais importante de uma oficina é a gestão. Com uma gestão eficaz, pode-se controlar melhor toda a parte laboral, permitindo que os mecânicos se concentrem naquilo que realmente têm que fazer, bem como a relação com os fornecedores”.

orçamento o cliente é notificado, via SMS, podendo então decidir sobre a aceitação do novo orçamento. Assim que o serviço esteja terminado o cliente é de novo avisado, podendo de pronto vir buscar o seu automóvel. “O software foi desenvolvido para que o trabalho seja feito estruturadamente em cada uma das suas fases, notificando o cliente sempre que seja necessário ou assim que a obra esteja concluída”, explica Sérgio Pinto, dizendo que “outra vantagem deste software é que pode ser utilizado por qualquer pessoa que esteja a gerir um negócio oficinal”. Depois de avaliar outros softwares que existiam no mercado, mas que não iam ao encontro ao seu modelo de gestão do negócio, Sérgio Pinto levou três anos a desenvolver o Smartec, ao ponto de agora o querer comercializar pre-

cisamente com esse nome. “Sei que o mercado oficinal é muito renitente a investir em tecnologia, mas o nosso software ajuda realmente a oficina na sua gestão”, refere o responsável da empresa, explicando que “este software ajuda a oficina a vender os seus serviços. É para isso que ele foi desenhado, permitindo saber se a oficina teve rentabilidade nos serviços que vendeu”. FORNECEDORES O desenvolvimento feito com este software permite outra importante funcionalidade do Smartec, que passa pela ligação do mesmo aos fornecedores. Sempre que é feito o orçamento para o cliente é efetuado um pedido aos fornecedores de todos os consumíveis utilizados na reparação, sendo depois gerada uma margem

VERSÕES O Smartec está disponível em quatro versões, sendo que três delas (Standard, Business e Professional) se destinam à oficina e um deles aos fornecedores. Em função da dimensão da oficina e do seu volume de serviço, pode-se optar por uma das soluções, sendo que Sérgio Pinto recomenda, para a tipologia de oficinas que temos em Portugal a versão “Business”, pois é a partir desta se pode de uma forma simples, via SMS, entrar em contacto com o cliente. Porém, se for usada a versão “Professional”, a oficina terá ainda acesso a uma série de relatórios, onde é possível ter uma “fotografia” exata da oficina do ponto de vista da gestão. “Nesta fase o mais importante é dar a conhecer às oficinas as mais valias de trabalhar com o nosso software”, refere Sérgio Pinto, que considera que “o mais difícil será preparar as oficinas para o ambiente deste software, pois exige até alguma mudança de mentalidade”. O software pode ser descarregado através da página de internet, tendo depois todo o acompanhamento da Smartec, sendo que a assistência técnica e formação é feita pela própria empresa. Contudo, “temos que fazer previamente uma análise à oficina, das suas necessidades e que caminho quer percorrer ao nível da gestão”, revela Sérgio Pinto, justificando que só está abordagem garante a máxima rentabilização da utilização deste software. O horizonte de desenvolvimento deste software é grande, segundo o responsável da Smartec, podendo ser adicionadas uma série de outras funcionalidades que estão a ser estudadas. Refira-se que a oficina que serviu de cobaia ao desenvolvimento deste software faz serviços de mecânica, de chapa e de pintura, sendo que a utilização do Smartec permite uma maior rentabilização do negócio, mesmo que no decorrer de 2016 o número de recursos humanos tenha diminuído. FEVEREIRO 2017

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MERCADO SPR AUTO ACESSÓRIOS

Muito mais que novas instalações O novo balcão e armazém da SPR Auto, no Porto, não é apenas consequência do crescimento da empresa. Representa muito mais que isso, já que este retalhista se irá lançar em novos e importantes projetos.

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m dia depois de ter feito 12 anos de idade, a SPR Auto Acessórios inaugurou, no Porto, as suas novas instalações, localizadas no parque empresarial Hipercentro (Rua Dr. Eduardo Santos Silva). Este era um projeto que a SPR Auto tinha para 2016, que foi inaugurado em finais de janeiro, depois de uma série de obras, que permitiram a este retalhista finalmente estar apto para os novos desafios. “O espaço onde estávamos era muito pequeno e limitado para aquilo que já estávamos a desenvolver e como queríamos preparar o presente e, acima de tudo, o nosso futuro. Acaba por ser um passo muito importante do ponto de vista operacional e estratégico na nossa atividade”, refere Paulo Dário, gerente da SPR Auto. Apesar de estar a pouco mais de um quilómetro das instalações de Rio Tinto, a verdade é que o gerente da empresa considera que “esta nova localização, situada num parque empresarial mas próximo de uma zona habitacional muito grande, permite-nos explorar novos mercados, melhorar o serviço para o cliente e ainda criar melhores condições de trabalho para os nossos empregados”. As novas instalações possuem 400 m 2 (mais uma plataforma de 160 m2), estão divididas em balcão, armazém, centro de formação e serviços, permitindo uma abordagem completa-

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PÓS-VENDA

{ TEXTO PAULO HOMEM } mente nova ao cliente. “O nosso caixeiro antes atendia o cliente presencialmente, por telefone / telemóvel, por e-mail ou por skype. Agora teremos pessoas distintas no atendimento, com um call center dedicado, podendo dessa forma melhorar o serviço para o cliente”, refere Paulo Dário, que explica que “agora termos muito melhores condições para reforçar as parcerias com fornecedores”. Para preparar convenientemente a entrada nas novas instalações, a SPR Auto já tinha contratado mais cinco pessoas, sendo que em março mais duas deverão integrar a equipa, que assim passa a ser de 23 profissionais. As instalações de Rio Tinto, que Paulo Dário considera um ponto de venda muito forte, vão manter-se ativas (apenas agora com duas lojas), embora a SPR Auto as vá transformar num gé-

CONTACTOS SPR AUTO Porto Paulo Dário 224 882 337 comercial@sprauto.pt www.sprauto.pt

nero de boutique de peças, com o objetivo de “nos diferenciamos dos outros, propondo um serviço de venda de peças com algum glamour”, refere o responsável máximo da empresa. Em termos logísticos a SPR Auto passou a ter quatro carrinhas, para efetuar a distribuição de peças com duas rotas definidas de manhã e de tarde, sendo que todo o stock (entre lojas e para o cliente) será sempre gerido nas novas instalações. Com as novas instalações aumentou-se o stock para novas famílias de produto (radiadores, iluminação, espelhos, motores de arranque, alternadores e compressores de ar condicionado) e novas marcas (LUK, INA e FAG, Pagid e Victor Reinz). Um dos projetos mais importantes para 2017 é a importação. “Estamos a estudar o tipo de produto em que vamos apostar. Poderá ser baterias, lubrificantes ou filtros, ou mesmo outro, mas a aposta é num produto de rotação, com boa qualidade e bom preço”, refere Paulo Dário. Associado ao negócio da SPR Auto funciona a Movon Parts, um site de vendas online, que passará a estar integrado apenas nas novas instalações. Também em 2017, no segundo semestre, a empresa irá investir na renovação do site da Movon Parts. Projetos não faltam a este dinâmico retalhista.



MERCADO EP3

JOÃO PAULO SOUSA, DIRETOR COMERCIAL EP3

Pastilha faz toda a diferença A EP3 lançou no mercado em 2016 uma nova gama de aditivos, destinados ao automobilista e às oficinas, da marca Dyno-Tab. A diferença é que alguns destes produtos são vendidos em pastilhas. { TEXTO PAULO HOMEM }

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Dyno-Tab é de origem norte americana e este ano de 2017 celebra 25 anos. Assume-se como o maior fabricante mundial de aditivos para combustíveis, radiadores e água do limpa vidros, possuindo uma vasta experiência neste campo. Acompanhando os tempos, nomeadamente do ponto de vista ambiental, os produtos Dyno-Tab apresentam diversas caraterísticas, destacando precisamente o respeito pelo meio ambiente. A gama é composta por diversos produtos, mas a EP3, empresa que representa e distribuiu estes produtos, destaca o Fuel Treatment, o Injector Cleaner e o Ultra, que são aditivos para combustível, como o Windshield Cleaner, pastilhas que transformam a água em detergente para limpa vidros e, por último o, Coolant Replacement, também em pastilhas, que tem a particularidade de transformar água em líquido de radiadores, sendo este um produto exclusivo. WINDSHIELD CLEANER O Windshield Cleaner ou Pára-brisas Green é uma pastilha que transforma a água comum num agente de limpeza poderoso para o pára-brisa. É muito eficaz na remoção de insetos, sujidade de pássaros, seiva das árvores e suji-

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dade da estrada que afeta o pára-brisa. Segundo João Paulo Sousa, diretor comercial da EP3, este produto é chamado de pára-brisas Green porque “ao contrário dos outros produtos pré-misturados que utilizam metanol tóxico, este é biodegradável, não tem fosfato e não tem cheiro”. Esta pastilha dissolve rapidamente na água sem derrames /num recipiente à parte, porém pode ser aplicada diretamente ao reservatório do automóvel. “Este produto transforma a água comum numa solução de limpeza poderosa e muito eficaz e com custos muitos baixos, não tendo quaisquer efeitos no contacto com a chapa do automóvel ou com qualquer outro componente”, refere João Paulo Sousa.

CONTACTOS EP3 - ECONOMY & PERFORMANCE Ermesinde João Paulo Sousa 229 548 056 joao.paulo@ep3.com www.ep3.com

Quais são as vantagens principais dos produtos Dyno-Tab para as oficinas? Os produtos existentes no mercado são líquidos, pelo que numa garrafa de aditivo para o combustível, apenas 10% a 20% é produto ativo, o restante é uma base liquida para transportar, normalmente designado “carrier”. O Dyno-Tab pegou no principio ativo e transformou numa pastilha. Para a oficina, maior vantagem é a apresentação do produto “pastilhas” a baixo custo, apelativa, que desperta o interesse, desde que exposto. Normalmente este tipo de produtos estão guardados, demorando uma eternidade para se venderem. No caso do Dyno-tab a oficina pode explorar a compra por impulso, do cliente que vê e pergunta “o que é isto?” e do cliente que tem um problema e a oficina aconselha a utilização. É um produto fácil de transportar, não entorna e ainda por cima é mais barato. Como é feita a distribuição destes produtos? O sistema de distribuição assenta na venda direta através da loja online, e distribuidores com zonas definidas, com condições para vender a oficinas, bombas de gasolina, casas de pneus, centros auto etc. Neste momento algumas zonas já estão entregues, mas continuamos à procura de mais distribuidores para outras zonas, no continente e ilhas. Qual dos produtos Dyno-Tab é aquele que mais se destaca? O produto Dyno-Tab que mais se destaca é o aditivo para a água do limpa vidros ”windshield cleaner” pelas duas vertente: a do cliente final, que não precisa de andar com garrafões de líquido para o limpa vidros dentro do carro, e para a oficina, que tem um produto para utilizar nas revisões com o mais baixo custo do mercado.


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MERCADO IMPOESTE / CERTIFIED FIRST

Rede de oficinas de pintura arranca este ano Chama-se Certified First, pertence à Nexa Autocolor e vai arrancar com 10 oficinas nos principais centros urbanos do pais. Será uma rede com gestão ibérica e em Portugal é a Impoeste que a vai dinamizar.

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rede de oficinas Certified First, com a imagem Nexa Autocolor, vai arrancar este ano em Portugal, sendo a Impoeste a sua dinamizadora. A empresa portuguesa, responsável pela distribuição da marca do Grupo PPG, quer implementar uma rede de oficinas de pintura, mas com um conceito diferente e mais abrangente. Luís Santos, administrador da Impoeste, explicou à PÓS-VENDA, à margem da reunião anual de distribuidores, a estratégia para a rede. “A rede vai garantidamente arrancar este ano em Portugal. É um conceito Nexa Autocolor, gerido internacionalmente e com regras que terão que ser cumpridas pelas empresas portuguesas que queiram aderir. É uma rede que se quer ibérica e não apenas uma rede portuguesa”. Porquê? Luís Santos explica: “É uma vantagem relativamente a outras redes esta gestão ibérica, sendo que nós integraremos a comissão para gerir a rede”. E só faz sentido assim, sublinha o responsável. “Portugal não tem, pelo tamanho do país, mercado suficiente para que um grupo de oficinas independentes, mesmo que seja grande, tenha peso para negociar com os grandes operadores, sejam seguradoras, rent-a-car ou gestoras de frotas. Para ganhar peso negocial temos que nos associar. É a base do próprio conceito de rede. Faz

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PÓS-VENDA

{ TEXTO CLÁUDIO DELICADO }

todo o sentido ser ibérico, porque cada vez mais os negócios e as decisões são ibéricos”, conclui. A rede vai arrancar com 10 oficinas e o projeto está neste momento a ser apresentado. Luís Santos não se compromete com uma data até porque há trabalho a fazer, mesmo depois de escolhidas as oficinas. “É necessário adaptar e ajustar os conceitos, aplicar a imagem da rede e implementar uma forte componente de suporte à gestão oficinal, além de aplicar conceitos nos quais temos vindo a trabalhar ao longo de muitos anos como o conceito Lean ou 5Sigma. Temos os melhores pintores do mundo, mas falta alguma formação de gestão e é isso que vamos também garantir”.

O perfil que a Impoeste procura são “oficinas de média e grande dimensão, independentes, com outros serviços para além da pintura, como mecânica. Nesta primeira fase o objetivo é chegar aos centros urbanos e, para já, não está previsto que as oficinas possam conciliar este conceito de pintura com outro conceito de rede”. O lançamento oficial da rede foi feito na reunião anual de distribuidores Nexa Autocolor, promovida pela Impoeste, onde a empresa especialistas em pintura juntou 19 distribuidores nacionais. Foram definidos os traços gerais da atuação técnico¬comercial assentes principalmente em três vertentes: qualidade do produto Nexa Autocolor, competência da equipa técnico-comercial e preço justo. “Em 2016 os resultados de forte crescimento das vendas obrigam a uma estratégia de consolidação e de estruturação das vendas”, explicou Luís Santos aos distribuidores presentes. “São as palavras que melhor resumem a situação vivida em 2016 e as expectativas para 2017”, acrescentou. A Impoeste aproveitou para entregar os prémios anuais aos distribuidores que se destacaram em 2016: Portilaca, Lda. (Maior Volume de Negócios); Tintas Agostinho, Lda. (Maior Crescimento); e João Paulo Nunes, da Zimbracor (Personalidade do Ano).



MERCADO MOTORTEC AUTOMECHANIKA MADRID 2017

Número de expositores portugueses cresceu 6%

Miguel Aguilar garante que a edição deste ano da Motortec é imperdível para os profissionais portugueses. O objetivo é gerar negócio mas também ficar a par das principais tendências do setor.

M

{ TEXTO CLÁUDIO DELICADO }

iguel Aguilar, diretor da Motortec Automechanika Madrid, explica em entrevista à Revista PÓS-VENDA quais as expectativas para esta edição do salão, que terá lugar de 15 a 18 de março em Madrid. São mais os expositores portugueses e ocupam uma área maior face a 2015. Quais vão ser as grandes novidades da Motortec 2017 face à última edição? O objetivo é consolidar a inovadora proposta de salão que lançamos há dois anos. Nessa altura, a novidade era o nosso conceito de feira, a interpretação do pós-venda automóvel como um ecossistema da mobilidade. Cumprir com as necessidades específicas de determinados grupos de empresas e profissionais, de expositores e visitantes, mas ao mesmo tempo acrescentar uma visão integradora de todas as operações económicas que têm lugar depois da compra de um veículo. Em 2017 a ideia é aprofundar essa proposta, otimizando as ferramentas que lançamos em 2015. Vamos incluir peritos em inspeções periódicas obrigatórias, vamos potenciar a Galeria de Inovação e vamos reforçar novos setores como o dos pneus. De que forma mudou o setor nestes últimos dois anos? O pós-venda automóvel está mais otimista e mais eficiente. Mais otimista porque a recuperação económica que está a acontecer ao nível macro-económico também se nota na vertente micro. O valor de negócio do setor, depois do ponto de inflexão registado em 2015, manteve-se em crescimento durante 2016. Isso não significa que esteja a correr bem para todas as empresas que trabalham neste ecossistema da mobilidade que é o pós-venda, mas está a correr melhor às mais eficientes, com maior tamanho, com menores custos unitários e melhor planeamento estratégico. Essas empresas orientadas para o futuro e os profissionais que lhes dão vida estiveram na Motortec em 2015 e voltam em 2017.

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Estas mudanças influenciaram a forma como pensaram o salão para este ano? A Motortec 2017 é um reflexo do setor e a nossa obrigação é conhecer como este evolui. Temos também a obrigação de contribuir para fazê-lo de forma satisfatória tanto em termos de negócio como em visibilidade social. E na Motortec vamos aportar mais eficiência e retorno a este setor. No final, uma feira tem sempre o objetivo de gerar negócio. De que forma trabalharam para garantir esse valor acrescentado para ajudar a concretizar os negócios para as empresas expositoras? A Motortec 2017 terá a melhor e mais completa oferta de produtos e serviços a que os profissionais e empresários podem aceder nos dias de hoje. Mas terá também, do ponto de vista da procura, a maior quantidade de profissionais e empresários interessados em comprar produtos e serviços. É importante referir um dado: o programa de visitantes, dirigido fundamentalmente a oficinas de reparação, aumentou o número de beneficiários em 50%, para profissionais com vontade de investir na atualização dos seus negócios.Além disso,

MOTORTEC AUTOMECHANIKA MADRID 15 a 18 de Março de 2017 10 às 19 horas IFEMA, Madrid motortec-automechanika-madrid@ ifema.es www.ifema.es/motortec_01/

o programa de atividades é o mais completo de sempre na Motortec, com temas do máximo interesse que, sem dúvida, reforçarão a necessidade de vir à feira por parte dos profissionais do setor. Como está a digitalização do setor a mudar os próprios salões? A digitalização do setor não é uma opção. É a própria sociedade que está a digitalizar-se e o mesmo está a acontecer com a Motortec. A transformação digital é condição indispensável para manter ou melhorar o posicionamento de mercado das empresas. Desse ponto de vista, o salão acompanha e impulsiona o setor. Entre 15 e 18 de Março serão muitas as propostas de produto e serviço pensadas para ajudar as empresas na sua evolução digital. Também haverá espaço ao conhecimento para antecipar as tendências no que diz respeito às relações digitais com fornecedores e clientes. Na Motortec os profissionais vão também poder experienciar a forma como será o setor dentro de alguns anos? Sem dúvida. A Motortec é um salão de negócios, mas é também um salão que antecipa tendências e isso inclui não só produtos e serviços, como também processos e conhecimento das tecnologias e tipos de cliente que vão surgir. No salão os visitantes vão poder ver os mais recentes frutos da inovação setorial no seu conjunto.


passar no setor e o que está por vir. Eles sabem que a Motortec é o espaço onde encontram o que necessitam para continuar a ser competitivos e gerar contactos comerciais interessantes. Esta é a reunião do mercado ibérico por excelência. Caminhamos cada vez mais para um mercado ibérico único no setor? O mercado ibérico da pós-venda automóvel é uma realidade. Espanha e Portugal partilham muitas coisas, incluíndo um espaço económico comum pelo que são cada vez mais as empresas que operam em todo o território peninsular. No âmbito dos fabricantes é muito evidente, estamos acostumados a que o apelido de muitas empresas seja “ibéria” ou “ibérica”. Esta realidade vai afetando também os distribudires que operam de um lado e do outro da fronteira administrativa que delimita os dois países, mas geram propostas de valor, de produto e serviço, comuns, por exemplo, a

EXPOSITORES PORTUGUESES CONFIRMADOS A galeria de inovação é um marco importante do salão? É um escaparate muito especial dentro de um grande espaço que é a Motortec. É a zona do salão onde melhor se visualiza o dinamismo do setor em matéria de investigação e desenvolvimento. A Galeria de Inovação é a quinta essência dos valores do salão, daqueles que melhor mostram a extraordinária capacidade que tem este setor para projetar-se no futuro. A Galeria de Inovação da Motortec é o escaparate que nos mostra as linhas do horizonte da evolução tecnológica do setor. O perfil de visitante do salão mudou muito nos últimos anos? Os profissionais do setor mudaram muito nos últimos anos. E os nossos visitantes são esses profissionais, pessoas que se ocupam e preocupam em formar e informar-se para estar a par das últimas novidades de produto e serviços, das últimas tendências, do que se está a PUBLICIDADE

> BLUE CHEM - INDUSTRIA E COMERCIO, S.A. > BOSCH ELECTRONIC SERVICE > CATALGAIA LDA > CITERGAZ CALDEIRARIA E MANUTENÇAO, S.A. > CROFIL LDA (KROFTOOLS) > DUNIMEX-EQUIPAMENTOS INDUSTRIAIS, LDA > FEDIMA TYRES - RECAUCHUTAGEM31, S.A. > HISPANOR PRODUTOS INDUSTRIAIS, LDA > INTERESCAPE > MEMODERIVA MAQUINAS E EQUIPAMENTOS > MIKFIL > NASCIMENTO & FILHOS LDA > NIPOCAR - IMP. & COM., LDA > PPT DISTRIBUIÇÃO SA > RECAUCHUTAGEM NORTENHA S.A. > RPL CLIMA, LDA > SOUSA DOS RADIADORES > SPARKES & SPARKES > VALENTE & LOPES LDA

oficinas de reparação espanholas e portuguesas. A este respeito destaco a recente incorporação no Comité Organizador da Motortec Automechanika Madrid da Divisão de Peças e Acessórios Independentes (DPAI) da ACAP, que se junta ao já tradicional apoio da ANECRA. Que expectativa têm de visitantes de Portugal? Somos otimistas. Neste momento, já dispomos de dados nos quais apoio esta afirmação como é o incremento registado tanto no número de expositores portugueses como na área de exposição dos mesmos, de 6% e 12%, respetivamente. Sabemos, além disso, do esforço realizado, em colaboração com a equipa da Motortec, por parte de expositores com presença em todo o território peninsular por ativar a presença de clientes de um e do outro lado da fronteira. E como é tradição, volta a ser muito importante o trabalho de dinamização feito pela ANECRA. No total têm mais área vendida do que em 2015? A edição deste ano da Motortec vai conseguir resultados semelhantes aos obtidos no período antes da crise económica. Vamos passar dos 450 expositores para mais de 650, com uma área de exposição de algo mais de 40.000 m 2. Estamos a falar de um aumento no número de expositores e de metros quadrados de mais de 20% face a 2015. Mas, apesar de ser importante este crescimento nos números, o que mais destacamos é o êxito deste modelo. A nossa proposta de valor para gerar contactos comerciais e oportunidades de negócio funciona. Que convite faz aos visitantes portugueses? São muitas as razõess. A Motortec é um salão para fazer negócios, mas também para estar a par das últimas tendências e sentir-se parte de um setor dinâmico e fundamental, tanto para a economia como para cada um dos clientes finais que necessitam do seu veículo todos os dias. Toda a oferta de produtos e serviços ou de conhecimento que necessita um profissional e empresário do setor para ser competitivo hoje e amanhã estará à disposição dos nossos amigos portugueses, de 15 a 18 de março, na IFEMA. Não podem faltar.


OFICINA CHAVE INGLESA

Pormenores para fazer a diferença O que leva uma pessoa a investir numa oficina independente depois de 17 anos ligado ao pós-venda das marcas? As razões são bem evidentes na visita que fizemos à Chave Inglesa.

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epois de ter estudado engenharia mecânica em Inglaterra, Manuel Abreu Lopes, teve um longo percurso pelo pós-venda de diversos concessionários de automóveis na região da Grande Lisboa. Passou por diversos cargos de responsabilidade nos pós-venda, esteve nas peças, mas foi sempre como responsável oficinal que desenvolveu a sua atividade e é aquela que mais gosta de exercer e sobre a qual tem ideias muito próprias. “Ter uma oficina minha era uma ideia que vinha pensando há alguns anos, mas que só em finais de 2016 foi possível concretizar”, refere Manuel Abreu Lopes, explicando de pronto a razão pela qual optou por ser também uma oficina independente: “nem sempre nos

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PÓS-VENDA

{ TEXTO PAULO HOMEM } concessionários por onde passei foi possível concretizar muitas das ideias que tinha para a oficina, muitas vezes porque iam contra as diretivas das marcas. Por isso, ter uma ofi-

CONTACTOS CHAVE INGLESA Parede Manuel Abreu Lopes 967 934 335 geral.chaveinglesa@gmail.com facebook.com/chaveinglesaauto

cina independente permite-me aplicar todo o know-how que trago do pós-venda oficial, mas também algumas das ideias que sempre pretendi colocar em prática e que nunca foi possível”. Quando questionado sobre essas ideias (diferenciadoras) o responsável da Chave Inglesa destaca sobretudo os aspetos ligados à gestão do negócio e a qualidade do atendimento ao cliente. “Temos um serviço de ir buscar e levar o carro do cliente na região de Lisboa, nenhum carro é entregue sem ser feito um teste de estrada, é feito um acompanhamento ao cliente uma semana após o serviço, não se inicia nenhum serviço sem primeiro o cliente ser informado do orçamento, entre outros pormenores que achamos que podem fazer


toda a diferença”, refere Manuel Abreu Lopes. Logicamente que para este responsável é muito importante a qualidade do serviço técnico, tendo a empresa investido neste fase de arranque em dois técnicos muito especializados (com muitos anos de experiência), mas também em todo o tipo de equipamentos essenciais para o desenvolvimento da atividade. “Estamos aptos a fornecer todo o tipo de serviços técnicos de âmbito multimarca, pois investimos em ferramentas e equipamentos adequados e atualizados, bem como temos o acesso a informação técnica que nos permite ser muitos abrangentes em termos de serviços”, realça Manuel Abreu Lopes, dizendo que “não ficamos apenas pelos serviços rápidos, vamos mesmo até à mecânica mais pesada, como a reparação de motores e caixas de velocidades”. Para além dos serviços técnicos de mecânica, eletrónica, eletricidade, entre outros, na Chave Inglesa também se faz algum serviço

de pneus, como também o serviço técnico de chapa, recorrendo na parte da pintura a um parceiro na zona de Lisboa Todos os clientes da Chave Inglesa têm sempre a possibilidade de escolher entre dois orçamentos, um com peças de origem outro com peças de qualidade equivalente. Curiosamente, refere o mesmo responsável, em um mês (a oficina foi aberta em finais de novembro 2016), dos mais de 50 serviços efetuados nesta oficina, todos os clientes optaram por orçamentos com peças de qualidade equivalente. “Optamos sempre por peças onde não se corra o risco de haver problemas com as garantias no caso de haver algum problema”, assume o gerente da Chave Inglesa. Quando questionado sobre a razão de não ter integrado uma rede, Manuel Abreu Lopes assume que foi contactado para o efeito, mas “o meu objetivo é poder ter a liberdade de implementar as minhas ideias e não estar limitado pelas imposições de uma rede. Por

isso, desde a fase inicial, nunca foi colocada em questão a hipótese de pertencer a uma rede”. Localizado no centro da Parede (concelho de Cascais), a Chave Inglesa ocupou umas antigas instalações oficinais, com 600 m 2 e dois pisos. “Para nós também era importante a localização, dentro de um centro urbano, tendo em conta o tipo de serviço que prestados e o cliente a que nos dirigimos”, refere Manuel Abreu Lopes. O responsável desta nova oficina diz que olha para o futuro com muita confiança, tanto mais que “estamos numa região onde não existem muitas oficinas, mas o principal é que estamos confiantes que as nossas ideias irão ser bem aceites pelos nossos clientes, pois o nosso objetivo é desenvolver uma relação de proximidade e de confiança com ele. Não queremos ser mais uma oficina, mas sim ser a oficina que se irá distinguir pelo serviço, pela qualidade e pela relação que queremos estabelecer com o cliente”. FEVEREIRO 2017

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PERSONALIDADE DO MÊS CARLOS COSTA (RES AFTERMARKET SOLUTION)

A minha missão é defender os distribuidores com quem trabalho Carlos Costa conhece bem o mercado das peças e hoje, como representante de seis marcas no nosso mercado, está a construir uma relação de confiança entre fabricantes e distribuidores. A sua empresa, Res Aftermarket Solution, tem como principal objetivo ser facilitadora de negócios.

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{ ENTREVISTA CLÁUDIO DELICADO FOTOS MICAELA NETO }

arlos Costa é um histórico do setor, com 28 anos de carreira nas peças. A empresa onde trabalhou mais tempo, até junho de 2015, foi a AD Portugal. Desde então, criou a sua empresa, cumprindo um plano estratégico e um orçamento. Apesar de trabalhar, para já, sozinho como agente, representa seis marcas, todas elas com ligação ao primeiro equipamento: FTE, Breda Lorett, OCAP, LGK, Tubostugar e a Timken (Portugal e Espanha). Em todas é grande o potencial de crescimento. Carlos Costa trabalha ainda a Kavo, mas só em Espanha. É o vertice de um triângulo que une fabricantes a distribuidores nacionais. No seu escritório em Mafra, em frente ao Palácio Nacional, explica-nos, numa longa conversa, não só como está a correr esta nova fase da sua vida profissional, mas partilha também uma visão de mercado com muita experiência e com uma atitude própria de quem gosta de pensar e analisar a fundo o que o rodeia. Esta é uma das poucas entrevistas que deu ao longo de toda a sua carreira.

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PÓS-VENDA

Depois de 15 anos na distribuição voltou a estar mais perto dos fabricantes… A partir da saída da AD achei que era preferível voltar a estar do lado dos fornecedores e foi isso que fiz. A minha atual situação permite-me ter uma visão transversal do que é o negócio porque, mais do que tudo, hoje a questão é que valor consigo aportar ao mercado. Hoje apresenta-se como agente? Isso é algo que não me faz a mínima confusão. Existem alguns preconceitos e eu também os tive quando me apareciam algumas marcas com agentes. A dúvida que ficava era sempre sobre o que essa pessoa aportava ao negócio e se fazia parte do custo ou se ajudava realmente a criar valor e a desenvolver o negócio. Depois de ter iniciado este processo cheguei rapidamente à conclusão de que o agente não se faz a ele próprio. É consequência do que as marcas querem que ele faça. Para mim é pouco relevante a nomenclatura, entendo-me como facilitador de negócios. Alguém que, tendo uma relação direta com os fabricantes, que são os meus clientes, se preocupa sobretudo com quem compra o produto. Equaciono qual a melhor forma de aportar soluções, que facilitem o trabalho de quem faz a distribuição e como posicionar as marcas por forma a que o negócio desenvolvido pela distribuição possa ser lucrativo e sustentável. Procuro sempre marcas que sejam premium, que tenham uma ligação ao primeiro equipamento e, de preferência, com uma visão clara das necessidades do aftermarket. Essa figura do agente em Portugal está em desuso ou é uma tendência que está a voltar? Não nos enganemos. A maioria das entidades que estão presentes no mercado português são agentes, podem ser é exclusivos e, consequen-

temente, só trabalharem para uma marca. A maioria das empresas não tem sede fiscal em Portugal. Eu prefiro trabalhar numa lógica de não exclusividade, porque dá-me mais liberdade e um contacto transversal com o mercado. Que balanço faz de pouco mais de um ano nestas funções? Tem sido uma experiência muito positiva. Permite-me atuar transversalmente no mercado. Tenho um contacto mais próximo com uma série de intervenientes presentes no mercado e que antigamente me viam como concorrente, e a quem hoje procuro aportar valor através das marcas que trabalho. Permite-me também constatar a evolução do mercado. Existem bastantes empresas com estruturas muito profis-


sionais, onde a segunda geração se integrou e aportou muita qualidade. Esta geração que está agora a assumir os negócios dos pais é a geração mais bem preparada e isso nota-se de uma forma clara. Independentemente do tipo de projeto, nota-se a existência clara de uma visão e de um plano para a concretização dos seus objetivos. O negócio casuístico é passado. A renovação geracional, quando empreendida de forma profissional, fortalece as organizações, e isso já hoje se vê de forma evidente. Temos cada vez mais retalhistas a importar diretamente das fábricas, sem que esses produtos cumpram a cadeia clássica de distribuição. Será cada vez mais assim? A cadeia clássica é isso mesmo: clássica. É pas-

sado. Há cada vez mais fabricantes e cada um da sua forma procura ocupar um espaço no mercado. A evolução da distribuição é consequência dos tempos. Existem empresas com menor dimensão e com projetos próprios muito interessantes. Não vale a pena pensar em mercados regulados. Hoje a diferença faz-se pelo desempenho profissional diário que cada organização é capaz de promover. Não vale a pena discutir o modelo. Vale a pena, sim, perceber como podemos obter o melhor resultado utilizando o que está ao nosso alcance, criando uma marca forte no mercado e, como tal, reconhecida pelos clientes. Já não temos elos da cadeia bem definidos? O elo da cadeia em que se está hoje é definido

pela dimensão que temos. A questão é as pessoas perceberem qual é o seu projeto, como querem atuar no mercado e a partir daí usar as inúmeras ferramentas que existem e que estão à disposição de todos. As empresas hoje não são melhores porque têm melhores softwares ou armazéns, são melhores porque têm estruturas bem orientadas e focadas com o negócio. Porque souberam desenvolver uma cultura de organização e todos atuam diariamente para que os seus objetivos se concretizem. A estratégia clara, aglutina, motiva faz com que as pessoas se movimentem todas no mesmo sentido. As marcas com que trabalho têm um total respeito pela distribuição, sabendo que são determinantes no sucesso que a marca pode ter. A estes fabricantes não lhes passa pela caFEVEREIRO 2017

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PERSONALIDADE DO MÊS CARLOS COSTA (RES AFTERMARKET SOLUTION)

beça virem para Portugal vender diretamente às oficinas. Quando os desenvolvimentos não forem os adequados, seguramente a minha liberdade de defender aquilo em que acredito, condicionará os passos futuros. Só assim um projeto como o meu pode ganhar consistência. É fundamental para uma marca ter alguém diretamente no mercado? Diria que muitas marcas continuam a atuar no mercado numa lógica de exportação, mas que essa lógica passa por vender aquilo que nos querem comprar à hora que nos querem comprar e a um preço que nos dizem que é o preço necessário. E mais nada. Pode ser entendido como um excelente negócio. No entanto, ter alguém no mercado permite à marca evoluir para outro patamar. Trabalhar o seu posicionamento de acordo com os seus competidores, trabalhar a visibilidade da marca junto de quem a distribui e de quem a instala nas viaturas, desenvolver as ações promocionais e de formação que o mercado possa necessitar, etc. Isto são desenvolvimentos que não estão ao alcance de quem trabalha num departamento de exportação seja em que país for. O representante garante o conhecimento do mercado, a relação de proximidade com esse mercado e a capacidade de desenvolver as ferramentas que permitam ao fabricante fazer um melhor trabalho. É uma clara vantagem ter um representante diretamente no mercado? Para as marcas que querem ter futuro sim. As marcas que, hoje, vendem quatro peças em cada mercado e essas quatro peças no total lhes dá um volume que os satisfaz, nem pensam no que poderiam vender se tivessem um representante a trabalhar o mercado nacional. E aí em vez de vender 4 venderiam 4000, mas como não entendem que poderiam vender 4000 nunca vão colocar essa questão. Basta olhar para o mercado, para as marcas que anunciam nas revistas e ver as que eram trabalhadas à distância e que passaram a ser trabalhadas localmente. Passaram a ter uma presença forte e uma visibilidade que não tinham, cresceram no mercado e ganharam uma dimensão muito diferente. Existem variados exemplos que mostram a diferença entre estar e não estar. SEIS REPRESENTAÇÕES Atualmente são seis as marcas que representa no mercado. Vamos ver novidades este ano? Sim, vamos ter algumas novidades em breve, mas estes são processos que levam o seu tempo e as marcas têm de amadurecer as ideias.

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PÓS-VENDA

As empresas de aftermarket em Portugal fizeram um excelente trabalho nos últimos anos. E vão continuar a fazê-lo mesmo com desafios como a telemática Há um número máximo de marcas representadas que esteja na sua cabeça para a sua empresa? Não é uma questão de número, até porque, se o número aumentar muito, terei também mais gente a trabalhar comigo, porque as oportunidades têm de ser aproveitadas. A questão fundamental é que tipo de fornecedor está em causa. Procuro fornecedores que tenham relação com primeiro equipamento e, de preferência, que tenham uma visão clara do aftermarket. O que ofereço em troca é criar valor para as próprias marcas, resolvendo os problemas normais que surgem entre distribuição e fabricante, garantindo, ao mesmo tempo, mais volume para a marca. Quando se atinge esse ponto, o meu trabalho está a ter resultados. Quem é, na verdade, o seu cliente? Do ponto de vista formal, o meu cliente é o fabricante que é a entidade que me paga. Mas onde está a minha preocupação é no mercado e nos clientes dos meus fabricantes. E é nas necessidades deles que me foco. Isso ajuda a construir e reforçar este triângulo entre distribuição, fabricante e agente. Se eu me focar em quem vende o produto no dia-a-dia, no final, o fabricante não se vai queixar porque vai ter bons resultados. O que vieram trazer para o mercado as novas formas e redes de distribuição? Não considero que sejam redes. São conceitos de grupo, uma identidade própria, uma filosofia de trabalho, um foco e uma fidelização. O importante é a dimensão que se tem. Quando os retalhistas são de pequena dimensão, estes grupos dão-lhes a possibilidade de se poderem dimensionar para atuar no mercado. Existem grupos internacionais e nacionais, todos eles válidos, e isso foi um elemento de mudança do mercado.

Em 1999 existia a Atlantic Parts e a AD, depois apareceram vários, internacionais e nacionais. É uma realidade e as empresas portuguesas já perceberam que têm de viver e adaptar-se a esta nova realidade. Mas isto leva-nos a uma realidade em que os players obrigatoriamente têm que se associar para ganhar dimensão? Se queremos ter capacidade num mercado que deixou de ser analógico e está cada vez mais digital, onde é tudo mais rápido, ou entendemos quais os desafios que temos ou vamos ficando mais pequenos e ao perder escala vai ser cada vez mais difícil pagar as contas. Continua, naturalmente, a ser possível ter um projeto autónomo e independente. Basta olhar para o mercado e constatar esta realidade. Mas as dificuldades que se vão acumulando obrigam-nos a ter


Muitos distribuidores e retalhistas estão a fazer grandes investimentos em instalações. É um sinal de dinamismo? Mostra que o mercado está vivo e consciente das necessidades que tem e dos desafios que o futuro coloca. A questão logística é determinante. Mostra que são organizações com capacidade, com visão e que, independentemente de poder ser uma nova geração que está a liderar, estas decisões mais pesadas são da geração inicial. O que também é particularmente significativo. As decisões de investimento são tomadas porque existe confiança no mercado e, implicitamente, no futuro das organizações. A distribuição está a dar os passos que lhe compete, porque não lhe compete definir tendências de mercado. Compete-lhe encontrar soluções para as novas tendências, sejam estas a telemática, as viaturas elétricas ou as híbridas. No entanto, não deve a distribuição perder o foco da realidade, sobretudo porque todas estas tendências, de uma forma ou outra, acabam por estar condicionadas pela vontade política e essa muda, como se está a ver, e com uma velocidade também vertiginosa. Não nos devemos esquecer do que aconteceu na Califórnia, por questões ambientais, nos anos 80 do século passado, e que foi, em poucos anos, um parque muito eletrificado desmantelado pelos lobbies do petróleo. A capacidade de adaptabilidade aos novos desafios será cada vez mais importante. Um dos grandes desafios atuais é a questão da internet e as empresas estão a adaptar-se a esta nova realidade.

de nos reinventar quando somos pequenos. A encontrar parcerias, por exemplo. No fundo, a ganhar músculo para continuar de forma sustentável no mercado. O que não é sustentável não terá futuro. Como olha para os fabricantes automóveis que estão a entrar nas peças multimarca, como a Renault, PSA e também a Ford? O conhecimento que existe nas entidades que operam no aftermarket em Portugal é muito grande. Como tal estão suficientemente preparadas para os novos tempos da distribuição. Não acredito em fatalismos anunciados e há sempre caminhos para novas abordagens. Os fabricantes automóveis estão a uma grande distância deste conhecimento real do aftermarket. Historicamente nunca sentiram essa necessidade e as coisas funcionavam. Agora os construtores viram essa necessidade. Existem novos desenvolvimentos que, se analisarmos com atenção, se constata que já existiram com outro nome, não tendo nessa altura tido sucesso e como tal sido abandonados. São modas cíclicas movidas pela necessidade. A grande vantagem das marcas é que têm recursos e uma forte capacidade de investimento. A sensação que me dá é que querem fazer um pouco mais. Criar uma linha global e querem estar no mercado, mas falta-lhes muito conhecimento.

“Como vê a sua empresa?” Esta é sempre uma pergunta que deixa os entrevistados a pensar. Especialmente porque têm de responder com um desenho. “Não é nenhum caractere de uma língua estranha, mas o que a minha organização faz é criar pontes entre entidades e, consequentemente, atuar no mercado suportado por vários braços, em que, de um lado, temos fabricantes e, do outro, distribuidores, unidos pelo interesse no produto/marca, mas a que é preciso juntar muitas coisas, tais como formação técnica, informação, posicionamento do produto e promoção de produto. Esta é a forma como entendo o que é a minha organização, um ponto no meio de todo este mundo do Aftermarket.

O sistema ecall e a comunicação dos carros diretamente com as oficinas da marca são uma ameaça? Todas as oficinas que se preocupam com o seu negócio tentam perceber qual a tecnologia que está a aparecer e como pode condicionar o seu dia-a-dia. Acredito que há desenvolvimentos interessantes na evolução da rede independente de oficinas de uma forma geral, quer estejam agrupadas ou não, e as mesmas vão ter de continuar a investir em três níveis: formação/ informação, estrutura de equipamentos para prestar serviço, e na relação com o cliente. Se nos últimos anos, ser bom técnico já não era suficiente para que no final houvesse um negócio de sucesso, daqui para a frente a comunicação com o cliente é fator crítico. A capacidade de comunicar com o cliente e explicar-lhe o que deve fazer, como e porquê - sendo ele cada vez mais informado - é um desafio grande. O eCall é uma ferramenta fantástica se permitir salvar vidas em caso de acidente. Tudo o que ultrapasse essa situação e condicione o consumidor, na FEVEREIRO 2017

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PERSONALIDADE DO MÊS CARLOS COSTA (RES AFTERMARKET SOLUTION)

Os fabricantes que percebem que é importante ter alguém diretamente no mercado têm tido resultados comprovados em Portugal minha opinião, é inaceitável. Mas não devemos esquecer que continua a ser o consumidor que tem que decidir quando e onde irá fazer a revisão da sua viatura. E essa é uma questão que tem sido muito esquecida. O poder está do lado do consumidor e é por isso que a relação que as oficinas independentes estabelecem com esse consumidor tem de ser uma clara aposta. Quando se fala destas questões parece que falamos do fim do mundo. O que está em causa é como é que eu ,enquanto reparador independente, sou capaz de criar sistemas ou utilizar sistemas dos meus fornecedores que me permitam continuar a ter uma relação com os clientes da minha área de influência. Esquecemo-nos muito rapidamente das coisas, mas a evolução do automóvel foi sempre feita de desafios. O que aconteceu sempre? As empresas bem preparadas adaptaram-se e continuaram, as outras foram desaparecendo. Que radiografia faz ao setor neste momento e que mensagem passa aos fabricantes com quem trabalha? É um mercado que evoluiu e está mais maduro e consciente dos desafios que tem pela frente, onde continua a existir a necessidade de apoio dos fabricantes, nomeadamente ao nível da informação técnica e formação, porque é um trabalho que nunca está concluído. É um mercado onde as empresas estão cada vez mais organizadas, profissionais e com uma visão para o futuro, garantindo aos diversos fabricantes a possibilidade de crescimento no mercado. LOGÍSTICA, GARANTIAS E DEVOLUÇÕES O peso da logística inversa está a crescer. A distribuição está a saber geri-lo? Essa situação apresenta alguma complexidade. Não é algo de que a distribuição goste muito. Muitas vezes, existem produtos em que a

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ção, que é quem sofre neste processo, porque fica entre uma entidade que tem o poder discriminatório de dizer "não me resolves a garantia, não te pago" e sofre as ações do fabricante que diz que não há garantia nenhuma, porque a peça não tem qualquer problema. E isto custa dinheiro ao distribuidor. É um problema de difícil resolução e, na minha perspetiva, só se resolve atacando o problema na base, ao nível da formação da oficina. Mas vai demorar o seu tempo, porque a oficina vai ter de perceber que já não pode fazer alguns erros que originam as garantias por má montagem da peça.

distribuição ainda hoje toca menos, ou não toca de todo, porque tem muito medo do custo de gerir esse processo. O tempo vai-se encarregar de mostrar que ao ser um mercado em crescimento isso pode trazer muito negócio e será a única forma das empresas se tornarem one-stop-shop. Quem já faz este trabalho tem vantagem porque a única forma que existe de melhorar um processo é tendo o controlo sobre o mesmo. Como é que a distribuição está a trabalhar com a questão das garantias e devoluções? Podemos estar a falar, nas devoluções, em valores entre 8 a 18% da faturação, o que é um custo brutal e uma grande ineficiência. Mas é também uma oportunidade enorme de tornar o negócio mais eficiente e mais rentável, se houver vontade de olhar para esta questão com profissionalismo. Esta é uma questão que está sempre presente entre a oficina e o retalhista e é algo que não tem soluções mágicas. Não é porque a associação fez as regras da garantia ou da devolução que isso deixa de existir. A questão é ir praticando e ir fazendo evoluir o mercado. A própria oficina tem de se profissionalizar e isto vem de baixo e não da distribui-

Mas isso normalmente dá origem às garantias comerciais... Dá origem a um problema, porque eu empurro o meu não saber fazer para alguém e esse alguém vai tentar empurrar para o fabricante e depois surge a solução salomónica de fazer uma garantia comercial. Esse é o processo fácil, rápido, mas não ataca o problema na base, que é dizer à oficina o que realmente aconteceu, explicar porquê e como não voltar a repetir esse erro. Esse é que tem de ser o caminho. Há alguma distorção do processo, pelo facto de a oficina, muitas vezes, dizer que não paga, se não for feita uma garantia. A oficina tem de investir cada vez mais na sua formação, com o apoio de quem lhes vende as peças. Tem de ter cada vez mais ferramentas e equipamentos para fazer logo de início o seu trabalho bem. Se assim for, nunca chegaremos à necessidade desta garantia comercial. Quando se trata de uma garantia é porque a peça tem mesmo um problema e isso está contemplado. Havendo constantemente uma oficina que lhe é atribuída uma garantia comercial isso não faz com que essa oficina se desvalorize do processo? Sem dúvida. Ao fazer a garantia comercial o fabricante resolve o problema do distribuidor que, naturalmente, não quer perder um cliente. Mas aquilo que dá origem ao problema, a oficina acaba por dizer que "já passou". Mas as garantias são um custo também para as oficinas na relação com os seus clientes e essa é uma realidade pouco analisada. Como tem sido a evolução dos preços nas peças? Julgo que na definição estratégia de preço de cada interveniente no mercado, muitas vezes algumas das questões já faladas não são devidamente ponderadas. Pelas diversos inquéritos existentes, verifica-se que o preço não é o fator determinante da escolha de um cliente.

PERGUNTAS RÁPIDAS Qual foi o seu primeiro carro? Um Renault 4. Em média quantos quilómetros faz por ano? O ano passado fiz 62 mil entre viagens em Portugal e Espanha. Gosta de visitar as oficinas? Se quisermos continuar a entender o que vai acontecendo, quais as dificuldades existentes e que soluções podem ser aportadas é fundamental ter contacto com a oficina independente. Consegue facilmente mudar o chip entre as marcas que representa? Não tenho nenhum problema com isso. Tem a ver com a minha grande capacidade de adaptação. O que mais gosta neste setor? Da relação com as pessoas. É a parte mais interessante porque os negócios são pessoas. No reverso da medalha, o que menos gosta? Tenho tendência a não valorizar isso, mas claro que há coisas de que não gosto. Uma das coisas de que menos gosto é a inconsistência humana. O que gosta de fazer nos tempos livres? Aquilo que mais prazer me dá é viajar.

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PERSONALIDADE DO MÊS CARLOS COSTA (RES AFTERMARKET SOLUTION)

PERFIL

Carlos Costa começou a trabalhar no setor das peças há 28 anos, depois de quatro anos numa companhia de navegação, fruto da sua formação em Engenharia de Máquinas Marítimas. Começou na Sonicel, em 1989, como responsável comercial da zona norte, tendo ficado, mais tarde, com a responsabilidade comercial a nível nacional. Passou por uma marca de automóveis, depois trabalhou na Bendix (AlliedSignal) como responsável de Marketing e Formação, passando depois para a AD Portugal, onde esteve 15 anos como diretorgeral, e de onde saiu em Junho de 2015. Desde então deu início à sua empresa, a Res Aftermarket Solution, que teve em 2016 o seu primeiro ano completo de trabalho. Carlos Costa tem 52 anos, é casado e tem uma filha.

6 MARCAS REPRESENTADAS Outros fatores são mais importantes. A disponibilidade e o serviço são chave. No entanto, no mercado continuam a existir práticas que, salvo melhor opinião, não creio que possam ser sustentáveis. Sobretudo que permitam às empresas pensar nos desafios do futuro, investindo em soluções que, efetivamente, possam gerar valor aos seus clientes. O dinheiro está caro e os investimentos devem ser amortizados, o que só é possível com modelos de negócio sustentáveis. O que tem trazido o B2C ao setor? Que influência tem na distribuição de peças? Há aqui duas questões diferentes: o impacto ao nível da oficina independente e o da distribuição. Do ponto de vista da oficina, esta vê-se obrigada a definir uma estratégia no seu modelo de negócio, tendo de enquadrar esse tipo de cliente. Ninguém vai ao restaurante e leva a garrafa de vinho no bolso, mas, no caso da oficina, em que a maioria é pequena e com um número reduzido de clientes, não me parece que tenha grandes resultados em mandar todos estes clientes embora. Se a oficina entendesse que aquilo que tem de fazer é cobrar a sua mão-de-obra de acordo com a qualidade de serviço que disponibiliza e equipamentos que possuí, e, no que diz respeito ao valor da peça, criar mecanismos comerciais de fidelização do cliente, originando uma segmentação dos mesmos, talvez fosse possível minimizar esta tendência. Por outro lado, ao nível da distribuição vejo esse impacto com mais preocupação, porque aqui entra a questão da escala, do pricing a nível europeu, das dificuldades de controlo introduzidas pela utilização de ferramentas digitais, e, em consequência, as dificuldades a que muitos mercados ficam sujeitos. Não existem respostas fáceis para este tipo de problema.

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FTE “A FTE é líder mundial ao nível da hidráulica de travagem e embraiagem. Tem desenvolvido vários projetos na área das caixas automáticas, e ganhou diversos prémios mundiais. A sua capacidade constante de encontrar soluções para os desafios colocados pelos construtores automóveis é uma das suas claras mais valias. A aportação desse conhecimento ao aftermarket é um elemento determinante na sua estratégia de atuação. Com uma gama completa, quer ao nível da travagem quer da hidráulica de embraiagem, oferece ao Aftermarket qualidade OE.”

Breda Lorett "É um fabricante italiano com enorme potencial de crescimento na área dos componentes de distribuição, polies livre de alternador, rolamentos de roda, tensores, dumpers. É um fabricante com um envolvimento importante com o OE, tendo por essa consequência passado a fornecer também ao Aftermarket uma gama de tensores automáticos. A sua cultura de atenção ao detalhe, origina uma constante busca de soluções para os seus clientes. Os produtos Breda são concebidos, desenvolvidos e produzidos na fábrica de Pianezza. O Sistema de Qualidade Breda Lorett é certificado ISO / TS 16949 e ISO 9001.

OCAP "A sua relação privilegiada com os construtores automóveis, a flexibilidade introduzida na produção pelas suas três fábricas localizadas na Itália, Índia e China, o facto dos produtos independente da sua origem apresentar certificação OE, fazem da OCAP uma marca de referência no mercado da suspensão e direção. Tem gama para ligeiros, comerciais ligeiros,

pesados e agrícolas. O Sistema de Qualidade OCAP é certificado pela TUV com a norma ISO / TS 16949 e ISO 9001 e ISO 14001"

LGK “É um especialista em alternadores e motores de arranque. Oferece ao mercado uma gama de produto novo, sem casco, com dois anos de garantia. A sua gama cobre as viaturas ligeiras, comerciais ligeiros, pesados e agrícola. Desenvolveu uma aplicação específica para identificação e encomenda de motores de Arranque e Alternadores. Minimizar os erros de identificação e a logística inversa é determinante para a distribuição. Eliminar o problema que os cascos introduzem na venda deste tipo de produto é o que faz a LGK, com uma gama de mais de 1900 referências."

Tubostugar "É um fabricante de tubos, sobretudo de tubos de poliamida. Os sistemas de combustível com tubos rígidos de poliamida são hoje um problema crescente nas oficinas independentes. A Tubostugar apresenta ao mercado independente da reparação uma ferramenta patenteada, que resolve de forma rápida e económica a solução para tubos partidos ou entradas de ar no sistema de combustível."

Timken (pesados)

"A Timken é um dos 3 fabricantes premium mundiais nos rolamentos para pesados. Empresa americana, possui um alto padrão de qualidade e fiabilidade. A Timken tem uma gama de produtos muito abrangente, composta por rolamentos de esferas, agulhas, cónicos. Tem sistema de e-commerce próprio e auxilio técnico integrado. Tem uma gama de mais de 6.000 referência para Aftermarket."



DOSSIER SISTEMAS DE ESCAPE

Oportunidades de negócio

O sistema de escape é um elemento cada vez mais importante do negócio de pós-venda, em especial quando falamos dos filtros de partículas, com um crescimento forte nos últimos anos. Essa curva ascendente vai manter-se fruto da sua implementação também nos carros com motor a gasolina. O ambiente é quem mais ordena.

O

mercado dos sistemas de escape, em especial no que diz respeito ao filtro de partículas, revelou uma dinâmica muito interessante para os players deste segmento durante os últimos anos, o que é confirmado pelos números de 2016. Para a Veneporte, no ano passado, o mercado nacional cresceu acima de 15%. “Não obstante, a parte fria ter crescido nos últimos anos, as maiores percentagens de crescimento verificaram-se na parte quente do sistema, destancando-se o crescimento da gama de filtro de partículas”, explica José Gameiro. Esta realidade tem algumas explicações, como avança a Escape Forte: “O mercado de sistemas de escape cresceu nos últimos anos, sendo que as novas normas obrigaram a consumos de com-

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{ TEXTOS CLÁUDIO DELICADO } ponentes que, até então, não eram comercializados ou eram de baixo consumo.” A área que tem crescido mais é, sem dúvida, a dos catalisadores e dos filtros de partículas.” Em 2017 “o negócio continuará, naturalmente, a crescer. Com o envelhecimento do parque automóvel, é normal que o consumo aumente.” Marcos Oliveira, da Bosal, acrescenta que “a venda de escapes cresceu devido ao envelhecimento do parque automóvel. Quanto à venda de catalisadores cresceu devido à rigidez das normativas Euro, ao mesmo tempo que a venda de filtros de partículas cresceu a passos largos.” Aliás, acrescenta,foi neste último componente o maior crescimento. A Interescape, ainda que não tenha registado grandes alterações no mercado em 2016, avan-

ça com boas perspetivas para este ano de 2017: “esperamos a manutenção das vendas no mercado interno e um possível aumento da exportação.” A empresa reforça ainda os seus argumentos por ser criadora e produtora da marca de escapes desportivos e de competição iepower, que se destaca como uma alternativa diferente ao escape de série, para quem procura mais potência, som, visual e durabilidade. “Para além disso, disponibilizamos um conjunto de serviços especializados, representados pela marca ieservice, entre os quais a limpeza e reparação de filtros de partículas diesel e catalisadores, em que o serviço de limpeza de filtros de partículas Diesel é o único em Portugal com a certificação TÜVRheinland.” As perspetivas da Veneporte para este ano


passam por “um crescimento novamente acima dos 2 digitos em Portugal, devido à continuidade do reconhecimento da qualidade dos nossos produtos e à crescente visibilidade da nossa marca. Acreditamos também que poderá e deverá haver maior fiscalização relativamente à comercialização e instalação de produtos não homologados, que não respeitam as euro normas e que nos fazem uma concorrência desleal.” Para a Bosal as perspetivas são boas, num mercado de 2.000.000 de euros em filtros de partículas. “Pela primeira vez a Bosal oferece uma real alternativa ao primeiro equipamento, enquanto nos catalisadores de redução seletiva garante melhores desempenhos para cumprimento das novas Normativas Euro. Apenas os grandes fabricantes, como a Bosal, dispõem da PUBLICIDADE

tecnologia necessária para o seu cumprimento ao ser fabricante OE.” FILTROS DE PARTÍCULAS EM MOTORES A GASOLINA A já anunciada introdução de filtros de partículas nos veículos com motor movido a gasolina vai trazer mais negócio para quem trabalha este componente, ainda que isso só afete o pós-venda dentro de alguns anos, como confirma a Veneporte. “Com esta tendência de generalização dos filtros de partículas, estamos perante uma área de negócio nova que irá potenciar a venda destes produtos no mercado. Não acreditamos que seja em 2017, devido à décalage natural entre a aplicação em OEM e a necessidade/procura oriunda do IAM.”

Para a Bosal esta realidade vai duplicar a venda deste tipo de filtros e os carros a gasolina têm uma particularidade “pouco amiga” dos filtros de partículas. “O uso do veiculo a gasolina corresponde mais a usuários de cidade, o que levará a uma maior obstrução dos filtro de partículas, maiores e mais regenerações do veiculo. Isso significa mais substituições. O negócio será, por isso, ainda maior”, refere Marcos Oliveira. Inês Paiva, da Interescape, acrescenta que “a introdução de filtros de partículas nos veículos a gasolina vai provocar o desenvolvimento desta nova área de negócio, antes inexistente, e impulsionar a criação de mais oportunidades de negócio.” Ainda assim, Rui Miguel, da Escape Forte, vaticina que “a influência será a mesma que teve


DOSSIER SISTEMAS DE ESCAPE

nas viaturas Diesel, levando a um período de adaptação, aprendizagem e desenvolvimento de técnicas de reparação.” CUIDADOS NA UTILIZAÇÃO DOS SISTEMA DE ESCAPE No que diz respeito aos cuidados que é necessário ter durante a utilização de um sistema de escape, há argumentos que a oficina poderá passar aos seus clientes para que lhes transmitam confiança. José Gameiro, da Veneporte, explica que “é importante, logo à partida, verificar que o produto instalado é o apropriado para a viatura em causa e que a instalação foi bem efetuada. Na perspetiva de fabricante e fornecedor o importante é garantir que os produtos têm qualidade e desempenho à semelhança da origem garantindo, dessa forma, um correto funcionamento do motor respeitando as normas ambientais em vigor. No caso particular dos filtros de partículas, convém estar atento às necessidades de regeneração que terão de ocorrer corretamente.” Até porque, acrescenta a Escape Forte, “todo o escape dura em função da sua utilização, sendo que as viagens curtas antecipam o seu desgaste. Este é provocado pela condensação e resulta no apodrecimento da peça nas viaturas a gasolina, e no entupimento ou excesso de regenerações nas viaturas Diesel.” Já para a Interescape “para uma máxima preservação do sistema de escape é aconselhável fazer uma verificação periódica deste sistema e dos seus acessórios, para evitar a ocorrência de danos precoces. Por outro lado, uma correta manutenção do motor é essencial, se considerarmos que alguns dos danos do sistema de escape (principalmente em catalisadores ou

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filtros de partículas) são causadas por problemas existentes no mesmo.” Marcos Oliveira, da Bosal, alerta ainda para a importância da “utilização do lubrificante multigrado com a viscosidade indicada pelo fabricante, além de ser fundamental ter sempre o veiculo com as revisões em dia. O excesso de combustível (HC sem queimar) danificará e destruirá também o catalisador e o filtro de partículas, o que levará à obstrução e destruição do escape. Quando se substitui um catalisador deve-se substituir também a sonda lambda. É um custo mínimo que evitará danificar o novo catalisador. Se um condutor realiza trajetos curtos ou de cidade deve, a cada 300 km aproximadamente, uma vez por semana durante 20 minutos fazer um trajeto em que o veículo circule a 2000 rpm para que o filtro consiga atingir temperatura e assim evitar o elevado número de regenerações, alargando assim a vida do veiculo.” LIMPEZA DO FILTRO DE PARTÍCULAS É EFICAZ? No que diz respeito aos vários produtos disponíveis no mercado para limpeza do filtro de partículas as opiniões são sempre menos consensuais. Cada empresa tem a sua perceção sobre a questão, muito ligada ao tipo de produtos que disponibilizam. Mas todas têm os seus argumentos válidos e são soluções que ficam sempre à consideração, em última análise, das oficinas. A Interescape garante que estes produtos de limpeza não são eficazes. “Temos inúmeros casos de clientes que procuraram os nossos serviços, após uma tentativa de efetuar a limpeza com alguns dos produtos disponíveis no mercado. Para além dos resultados não serem

satisfatórios, em alguns casos provocou um entupimento mais forte do filtro de partículas. Com o processo de limpeza da Interescape, os filtros ficaram completamente desobstruídos e com uma eficiência muito próxima do original.” Para a Escape Forte, “todos os produtos que existem no mercado podem ser eficazes, dependendo da altura em que são utilizados. Usar este tipo de produtos em caso de prevenção poderá ter uma probabilidade de sucesso maior do que em caso de reparação, que por vezes leva a danos fatais e irreparáveis nas peças”. José Gameiro, da Veneporte, explica que “sendo a limpeza de filtros de partículas apenas parcialmente eficaz, o que recomendamos a todos os nossos clientes é a sua substituição.” Marcos Ferreira, da Bosal, vai mais longe: “a limpeza de um filtro de partículas não soluciona nada, apenas remedeia para que o veiculo possa funcionar durante um breve período de tempo, mas não repara o dano. Inclusive, existem métodos de limpeza que danificam os poros internos do monólito do filtro de partículas. Limpar um filtro pode custar entre 120€ e 150€. Uma vez eliminada a foligem, num curto período de tempo voltará a ser necessário nova limpeza e pagar novamente 120€ ou 150€. O filtro de partículas tem um custo médio de 220€. O cliente da oficina irá agradecer por ter instalado uma peça nova com a qual funcionará na perfeição sem ter que gastar o dobro. Além da margem que uma limpeza não deixa à oficina, algo que a substituição por um novo lhe dará. Se a isso lhe acrescenta o liquido EOLY’s original que a Bosal dispõem acaba por realizar o trabalho a 100%. Limpar um filtro de partículas não é negócio e não soluciona o problema, apenas o prolonga.


Principais erros cometidos pelas oficinas nos sistemas de escape

P

edimos às empresas contactadas que identificassem os principais erros ou falhas que identificam nas oficinas no que diz respeito ao sistema de escape. O objetivo é alertar para eles por forma a que as oficinas possam refletir sobre isso e (re)pensar a sua abordagem para garantir mais negócio e menos problemas com componentes caros.

> A oficina está acostumada a substituir um

escape por outro. Se isto é aplicado também aos catalisadores ou filtros de partículas é um grande erro. Isto porque antes de se substituir estes elementos devem ser realizados vários testes ao veiculo e às peças que podem afetar o sistema de emissões de gases (válvulas EGR, turbocompressor, nível de liquido naqueles veículos que necessitam, sensores de pressão e temperatura, injetores,etc…) - Bosal

> Existe ainda alguma falta de formação e informação. Quando se seleciona uma peça para um veiculo é necessário analisar certos dados que por vezes não se tem em conta e que os fabricantes incluem no catálogo. Isto leva a erros de seleção e montagem com a consequência de perda de tempo adicional e insatisfação do cliente final. - Bosal

> Existem ain-

da muitas oficinas que não se preocupam com questões legais, com a comercialização e instalação de produtos não homologados e respeito pelas Euro normas, fazendo com que muitas vezes disponibilizem aos seus clientes produtos não legais. Estas atitudes provocam um aumento cumulativo do nível das emissões de gases e partículas nocivos, com contributos e consequências negativas para o meio amPUBLICIDADE

A chegada dos filtros de partículas aos carros movidos a gasolina vai demorar alguns anos a ter efeitos no pós-venda devido à idade do parque biente e saúde pública, mas também ao nível do funcionamento do próprio veículo – nomeadamente aumento potencial de consumo e degradação acelerada de componentes do motor.” - Veneporte

> No âmbito da limpeza dos filtros de partículas,

verifica-se cada vez mais a execução deste processo com recurso a métodos ineficazes, que por vezes danificam as peças de forma permanente.” - Interescape

> “Os principais erros são a eliminação de > O erro mais comum era a remoção do filtro peças fulcrais do sistema de escape, tais como os catalisadores e filtros de partículas e a dificuldade de diagnóstico de algumas avarias. - Interescape

de partículas, mas as oficinas, felizmente, cometem cada vez menos esse erro, sendo que a formação tem sido essencial nesse sentido. - Escape Forte


DOSSIER SISTEMAS DE ESCAPE

Três novidades Tenneco

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A Walker introduziu no mercado de pós-venda um novo conversor catalítico compatível com a norma Euro 6, numa novidade importante no mercado. Esta é, de acordo com a marca, “a primeira alternativa de alta qualidade e original disponível para o mercado de reposição”. O Euro 6, que entrou em vigor em Setembro de 2015 para todos os novos veículos de passageiros, apresenta novos limites restritos na emissão de óxido de azoto (NOx), monóxido de carbono (CO), hidrocarbonetos (THC e NMHC) e partículas (PM). "Este primeiro lançamento no mercado mantém a nossa tradição de fornecer acesso rápido a produtos de classe mundial que respondam a cada novo padrão de emissões", explica a marca. "Como principal fornecedor global de fabrican-

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tes de veículos, a Tenneco tem os recursos e a visão técnica necessários para ajudar os distribuidores e oficinas a aumentar o seu negócio com produtos de controlo de emissões de alta qualidade”. Este conversor catalítico (28569) é adequado para uma ampla gama de modelos populares do Grupo Volkswagen, incluindo o Audi A3 e A3 Sportback, Skoda Octavia e Volkswagen Golf, Golf Variant e Golf Plus.

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A Tenneco anunciou que está a capitalizar a sua experiência em tecnologia de filtro específico diesel para desenvolver filtros de partículas para motores a gasolina em veículos ligeiros previstos para 2017.

Estes filtros são desenhados para motores a gasolina de injeção direta (GDI) para reduzir as emissões de partículas em conformidade com o regulamento de emissões Euro 6c, que entra em vigor a 1 de setembro de 2017. Volkswagen e Mercedesjá anunciaram a utilização de filtros de partículas nos motores a gasolina.

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A Tenneco alargou a garantia dos produtos de controlo de emissões da Walker de dois para três anos na Europa. Esta garantia mais abrangente reforça a confiança da marca nos materiais de elevada qualidade usados, na construção e fiabilidade dos produtos da Walker, explicou Bruce Ronning, vice-presidente e diretor-geral da Tenneco Aftermarket na Europa. A garantia de três anos aplica-se aos silenciosos, tubos, catalisadores e filtros de partículas diesel vendidos e instalados na Europa, para o proprietário do veículo a partir do momento da instalação. Além disso, a Tenneco assegura aos proprietários das oficinas, mecânicos e seus clientes que cada produto tem todas as homologações de acordo com as normas mais restritas para ajudar a recuperar ou manter a performance do motor e proteger o ambiente das emissões nocivas.


Empresa a empresa Bosal > Marcas que vende Bosal > Que componentes do sistema de escape vendem Temos a linha completa de sistema de escape: Escapes, Tubos de escape, Acessórios de montagem, Catalisadores, Sondas Lambda, Filtros de Particulas, Liquido aditivo EOLY’s para diesel (Grupo PSA). > Quais as principais evoluções nos sistemas de escape em 2016 Caixas reflexivas sem elementos de enchimento que eliminam condensados e reduzem o peso. > Filtros de partículas diesel de silício e corderite. > Catalisadores com certificação “Blue Angel”. O “Blue Angel” (Blauer Engel em Alemán) é uma certificação alemã para produtos e serviços que respeitam o meio ambiente que não contaminam nem o prejudicam. > Qual o produto que mais destacam Os filtros de partículas para veículos diesel para o cumprimento desde o EURO 5. Ampliação constante da nossa gama e máxima qualidade. A maior gama de escapes e catalisadores do mercado europeu. > O que diferencia a vossa marca no mercado? A Bosal é o principal fabricante europeu de sistemas de escape para primeiro equipamento (OE). A mesma qualidade, sistemas de produção e tecnologia utilizada em primeiro equipamento é utilizada para a produção de sistemas de escape para o Aftermarket. > Nem todos os fabricantes dispõem da tecnologia suficiente para o cumprimento das Normativas Euro 4-5-6...a Bosal tem. > A Bosal está homologada em todos os grandes grupos de compra europeus. > Ampla gama. Líderes em lançamento de referências para veículos novos e aqueles que começam a necessitar de substituição dos sistemas de escape. PUBLICIDADE

> Dispomos do liquido EOLY’s de OE para veículos diesel com motorização PSA que até agora apenas estava disponível nos Serviços oficiais. > Disponibilizamos à oficina o mesmo serviço que era feito apenas pelas marcas mas a um preço muito competitivo, até um 70% por baixo dos preços OE. > Programas de formação gratuitos para distribuidores e oficinas. Formação técnica, comercial e estudos de mercado. > Serviço técnico e especializado disponível ao cliente. > Envio periódico de folhetos de informação técnica do produto. > Pagina de catálogo web de fácil manuseamento e prático. Web de pedidos online e consultas de stock em tempo real. > TecDoc e TecCom. > Como dividem atualmente a procura do mercado em pós-venda (em percentagem) entre escape, catalisador e filtro de partículas? 60% Escapes 30% Filtros de Partículas 10% Catalisadores Contacto do responsável Marcos Oliveira marcos.oliveira@bosal.com 911 704 448

Escape Forte > Marcas que vende Todas as marcas de escape, dando preferência à FABRIESCAPE e WALKER. > Que componentes do sistema de escape vendem Comercializamos todos os componentes: desde sondas, sensores, catalisadores e flexíveis a escapes, filtros de partículas, tubos e ponteiras. > Quais as principais evoluções nos sistemas de escape em 2016 O ano de 2016 não foi o melhor na questão de evolução nos sistemas de escape. Contudo, o Grupo Escape Forte equipou as suas oficinas para acompanhar

as mais recentes tecnologias, catalisadores SCR e a norma Euro 6 para viaturas ligeiras e pesadas. Continuamos, como sempre o fizemos, a acompanhar a evolução na tecnologia de reparação e reconstrução de filtros de partículas e catalisadores. > Qual o produto que mais destacam Somos pioneiros e líderes de mercado na reparação e reconstrução de filtros de partículas e catalisadores. É esse o caminho que continuamos a percorrer, acompanhado pela venda de aditivos, Eolix e AD Blue, bem como de todos os componentes eletrónicos associados ao sistema. > O que diferencia a vossa marca no mercado? A enorme rede que clientes que está associada ao nosso serviço – oficinas multimarca e concessionários – permitiunos aperfeiçoar o acompanhamento técnico a todos os sistemas de emissões. Criámos, também, uma linha de apoio técnico gratuito. O sucesso do nosso serviço levou à nova garantia de 5 anos para os nossos serviços – única na Europa. > Como divide a procura do mercado em pósvenda entre escape, catalisador e filtro de partículas? Na nossa área, visto sermos especialistas na reconstrução e reparação de filtros de partículas, o grosso do nosso mercado vai para filtros de partículas e catalisadores. Contacto do responsável Rui Lopes info@escapeforte.com 220 909 955

Imporfase

> Marcas que vende Walker, Veneporte, Fabriscape, Klarius, Bosal, BM Catalysts e MTS, e de fabrico Próprio a marca Escapcar que é uma empresa do nosso grupo. > Que componentes do sistema de escape vendem Vendemos todos os componentes


DOSSIER SISTEMAS DE ESCAPE

do sistema de escape, desde o coletor até à ponteira de escape, tais como, Coletores, Catalisadores, Silenciosos de escape, Sensores de pressão e de Temperatura p/ Filtro de partículas, Sondas Lambda e Ponteiras e Panelas em inox. Adicionamos também à nossa oferta de produtos os ganchos de reboque específicos. > Qual o produto que mais destacam O produto que se destaca na nossa oferta são os filtros de partículas, porque é um produto com algum desgaste e que podemos efetuar limpezas, vender novos e reconstruídos. > O que diferencia a vossa marca no mercado? Temos por trás de nós a Escapcar, que é uma empresa do nosso grupo que efetua escapes por medida. Quando não há no mercado, nós fazemos. Existem certos produtos e serviços que desconhecemos na nossa concorrência, por isso torna-se mais difícil avaliar realmente o que nos diferencia, mas o que podemos dizer é que nós temos muita qualidade no nosso produto e serviço, temos excelentes preços e uma vasta gama de produtos em stock. Contacto do responsável Filipe Carvalho 939 410 781 Imporfase@gmail.com

Interescape

> Marcas que vende Walker, Eberspächer, Imasaf, AS, Venescape, Veneporte – como também as marcas próprias – Iepower e Ieparts - de forma a dar resposta a várias necessidades do mercado. > Que componentes do sistema de escape vendem A Interescape disponibiliza para venda todos os componentes do sistema de escape - coletores, catalisadores, filtros de partículas, silenciosos, acessórios e ponteiras de escapes – produtos de fabrico próprio, de marcas nacionais ou importadas de aftermarket. > Quais as principais evoluções nos sistemas de escape em 2016 Durante o ano de 2016, verificamos alterações significativas nos sistemas de escape diesel, com a constante evolução dos filtros de partículas e a introdução do sistema de Adblue/ SCR. > Qual o produto que mais destacam No campo dos filtros de partículas, produto que tem sofrido algumas transformações, é de salientar o serviço de limpeza de filtro de partículas da Interescape.

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PÓS-VENDA

Este é um serviço de alta fiabilidade, que se baseia na utilização de equipamentos especialmente testados e desenvolvidos para a limpeza dos filtros de partículas, não danificando o filtro e evitando a sua substituição. Assim, diferencia-se de outras alternativas existentes no mercado, cujos processos de limpeza são ineficazes (ultra-sons ou produtos químicos), repondo a eficiência do filtro a 98% e sendo a única no mercado nacional com a certificação TÜVRheinland. No final do processo, a empresa disponibiliza ao cliente um relatório detalhado com os parâmetros relativos ao filtro, antes e após a limpeza, que permite verificar o grau de obstrução inicial e confirmar a reposição da eficiência do filtro. Para além do processo de entrega e recolha ser simples e efectuado em 24h/48h, o cliente estará a usufruir de um serviço com garantia, económico e ecológico. > O que diferencia a vossa marca no mercado? A Interescape, empresa criada em 1985, é especializada na produção, reparação e importação de sistemas de escapes, catalisadores e filtros de partículas, para qualquer tipo de veículo, seja ele ligeiro, comercial ou industrial. Oferecemos uma gama completa de produtos, que se diferenciam pela sua qualidade baseada em tecnologia avançada e pelo seu preço competitivo, disponibilizando o maior stock de catalisadores e filtros de partículas existente em Portugal. Valorizamos soluções com qualidade, fiabilidade e garantia de satisfação, e por isso somos a única empresa no mercado português que apresenta um serviço de limpeza de filtros de partículas certificado pela TÜVRheinland. Os nossos serviços adequam-se a vários tipos de clientes, como concessionários, redes de oficinas, oficinas independentes e consumidores finais, que acompanhamos com dedicação, respondendo às suas necessidades rápida e eficazmente, com serviços de entrega de 28/48 horas. > Como dividem atualmente a procura do mercado em pós-venda entre escape, catalisador e filtro de partículas? Atualmente é possível verificar que os escapes têm uma procura de cerca de 60%, enquanto os catalisadores têm uma procura de 25% e os filtros de partículas de 15%.

Contacto do responsável Nuno Oliveira interescape@interescape.com 252 248 810

Tenneco

(Informações recolhidas em documentação da marca) > Marcas que vende Walker, Fonos > Que componentes do sistema de escape vendem A oferta da Walker é global (Panelas, Tubos, Catalisadores, DPF, Acessórios, Eolys,…) > Quais as principais evoluções nos sistemas de escape em 2016 As principais evoluções são na qualidade dos materiais, redução de presos e volumes com controlo de contrapressões eletrónico e sistemas de engenharia de som. Obviamente que a reduções de consumos e emissões é o principal objetivo com todas estas inovações. > Qual o produto que mais destacam Todos, uma vez que nos sistemas modernos o controlo de emissões obriga a que todas as peças funcionem como um todo. Por exemplo, não trocar uma borracha de sustentação que custa €1 pode implicar a quebra de um DPF por vibração excessiva (reparação com um custo médio acima dos €500) > O que diferencia a vossa marca no mercado? A Tenneco é o maior fabricante de sistemas de ar limpo a nível global para o equipamento original e para o aftermarket. A Walker só fabrica e vende produtos homologados conforme exigido por lei. Contacto do responsável Pedro Santos psantos@tenneco.com 234 543 403

Veneporte

> Marcas que vende Produzimos e comercializamos a marca Veneporte para o mercado da reposição indepente (IAM) independente, ao mesmo tempo que produzimos para diversos construtores automóvei, quer para OES, quer para OEM. > Que componentes do sistema de escape vendem A Veneporte produz todos os componentes do sistema de escape,


assumindo-se como um “Global Range Supplier”. Como tal, focamo-nos em produzir e disponibilizar ao mercado coletores, catalisadores, filtros de partículas, silenciosos, tubos, bem como todos os acessórios destinados à correta instalação dos componentes do sistema. > Quais as principais evoluções nos sistemas de escape em 2016 A evolução tem-se verificado ao longo dos últimos anos, não só em 2016, ao nível das euro normas e do aumento das restrições em termos da emissão dos gases nocivos e das partículas originadas no processo de combustão. As características técnicas dos componentes do sistemas de escapes têm evoluído no sentido de fazer face a essas exigências. Logo, a oferta é composta por produtos cada vez tecnicamente mais avançados. A Veneporte, nos últimos anos, focos suas atenções no sentido de alargar a sua oferta na parte quente do sistema – catalisadores e filtros de partículas. PUBLICIDADE

> Qual o produto que mais destacam Não destacamos nenhum em particular, a Veneporte disponibiliza todos os componentes. Não podemos, no entanto, deixar de referir os nosso catalisadores e filtros de partículas, em particular devido a uma procura crescente deste tipo de produto. > O que diferencia a vossa marca no mercado? Sem dúvida o facto de nos apresentarmos ao mercado como um “Global Range Supplier”, sendo um dos poucos players a nível mundial que produz todos os componentes do sistema. Além disso, somos um fabricante que nos preocupamos em assegurar a competitividade, nunca descurando qualidade dos mesmos. De realçar ainda a facilidade na montabilidade/ instalação dos nossos produtos, bem como a sua durabilidade, que é claramente superior a muitas ofertas concorrentes. > Como divide a procura do mercado em pósvenda entre escape, catalisador e filtro de

partículas? 65% parte fria (silenciosos e tubos) – 35% parte quente (catalisadores e filtros de partículas) Contacto do responsável A Veneporte não vende diretamente às oficinas. No entanto, poderão contactar os nossos comerciais que darão o melhor seguimento a cada contacto: ZONA NORTE Horácio Neves horacio.neves@veneporte.pt 939 464 013 ZONA SUL José Santos jose.santos@veneporte.pt 939 464 014


DOSSIER SISTEMAS DE ESCAPE

Remoção de filtros de partículas é ilegal

É

uma prática mais comum do que seria desejável e com pouca intervenção por parte das autoridades. Mas é uma realidade, como todos os operadores do setor admitem. Basta fazer uma pesquisa rápida no Google para se perceber a quantidade de empresas que oferecem um serviço de desligar o filtro de partículas ou mesmo removê-lo. José Gameiro, da Veneporte, é contundente na avaliação desta questão: “Consideramos uma irresponsabilidade e um crime ambiental. Quem o faz é obviamente irresponsável, estando a cometer um crime ambiental. As consequências são a alteração dos valores da contrapressão do veículo, possível alteração dos consumos mas, sobretudo, emissão de partículas altamente prejudiciais à saúde pública.” No mesmo sentido vai a opinião de Marcos Oliveira, sublinhando que “a eliminação ou desconexão de um filtro de partículas constitui crime contra o meio ambiente e é um delito de falsidade documental. O veiculo está homologado para poder emitir um determinado nível de emissões de gases”. O responsável da Bosal em Portugal acrescenta ainda que “a fiscalização do meio ambiente está atenta a este tipo de ações e a oficina que a realize será responsável pelas mesmas, com multas e penalizações que podem levar ao encerramento e à perda do seu negócio.” A Escape Forte diz desconhecer a evolução desta prática, até porque não há, no mercado, uma real radiografia deste problema, mas tem uma certeza: “Sendo algo que se apresenta como barato acaba mais caro do que uma reparação ou manutenção normal.” Por não concordarem com esta prática, a empresa decidiu, numa primeira fase, assumir uma garantia de dois anos para os seus produtos e recentemente foi a primeira empresa a oferecer cinco anos de garantia nos filtros de partículas. Tudo para evitar que, “com a alteração das características originais do veículo, este passa a comportar-se como uma viatura de norma 2 ou 3.” A Interescape também não aconselha esta prática, até porque “este tipo de alterações pode colocar em causa o motor da viatura e

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PÓS-VENDA

A remoção de filtros de partículas e de catalisadores, praticada por alguns operadores menos sérios, é também um crime ambiental não cumpre as normas ambientais designadas pelas marcas.” A empresa disponibiliza, por isso, uma alternativa que passa pela “limpeza do filtro de partículas que evita a remoção do filtro de partículas e permite a reposição do estado original do mesmo, sem danificar qualquer tipo de estrutura, por um valor bastante mais económico, em comparação com o valor da sua total substituição.” E NOS CATALISADORES, TAMBÉM HÁ “TRUQUES”? São cada vez mais referidos alguns “truques” também nos catalisadores com o argumento de

poupar na manutenção ou substituição deste componente. A Bosal alerta para o facto de existirem empresas “que se dedicam à pirataria e manipulação de peças homologadas retirando os monólitos e reconstruindo, utilizando a homologação do fabricante. Ao reconstruir o monólito, o seu funcionamento não será o correto além de utilizar ilegalmente a homologação que se realizou com o correto monólito e quantidade de metais preciosos necessários para a limpeza e transformação de gases tóxicos. Isto danificará também outras peças do motor. Os fabricantes estão vigilantes em relação a este tipo de manipulações.” A Veneporte concorda que existem alguns “truques”, e explica que é “também frequente a remoção de catalisadores e/ou a substituição por catalisadores não homologados, com quantidade de metais nobres (responsáveis pelo processo de catálise) inferiores aos adequados aos veículos e motores em causa, cuja consequência é a emissão de gases nocivos acima do legalmente estabelecido.” A Interescape refere que “infelizmente este tipo de alterações também são detetadas em carros equipados com catalisadores. Para além de afetar a estrutura da viatura, a remoção desta peça provoca um aumento das emissões poluentes, contribuindo para a poluição ambiental.” A Escape Forte sublinha que “na mecânica existem truques para tudo. É claro que neste segmento também existem manobras ilegais, mesmo nas normas mais recentes.”



ESPECIAL TURBOS

Negócio em aceleração

As perspetivas são animadoras para quem trabalha turbos, pelo crescimento que se espera nos próximos anos. Mas isso também fez com que a oferta aumentasse, nem sempre com a melhor qualidade. Os turbos reconstruídos continuam a ganhar terreno aos novos, mas os turbos usados são desaconselhadas por todas as empresas contactadas pela Revista PÓS-VENDA.

A

Honeywell, líder no segmento dos turbocompressores, fez uma previsão acerca da procura futura de turbos e chegou à conclusão que os construtores automóveis vão aumentar a necessidade de turbos em 47% até 2020. Além disso, vai crescer significativamente a procura

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PÓS-VENDA

{ TEXTO CLÁUDIO DELICADO } por novas tecnologias ligadas aos turbos com vista a melhorar o grupo motopropulsor dos veículos, reduzindo também a sua complexidade e adaptando-os às necessidades dos mercados locais. A Honeywell anuncia que as próximas evoluções dos turbos podem ser vistas em mo-

tores diesel, mas também nos motores a gasolina e híbridos, cada vez mais a partir dos segmentos mais baixos e em combinação de dois ou mais turbos em modelos de maior cilindrada. A previsão da Honeywell mostra a clara tendência de crescimento da introdução de turbos nos motores de três cilindros a ga-


construídos. Ainda assim, estes últimos denotam um forte crescimento, graças à maior procura e a regras cada vez mais apertadas na reconstrução, o que tem trazido confiança ao mercado. O preço mais baixo é também um forte argumento, mas há riscos: um trabalho mal feito faz facilmente com que o barato saia… muito caro!

solina e diesel, com o objetivo de uma maior eficiência nos segmentos mais baixos. Neste segmento, a Honeywell espera um aumento de 30% na procura de turbos até 2020. Ainda assim, os motores de quatro cilindros com turbo vão continuar a representar 75% do mercado dentro de cinco anos, com um crescimento de 7% até essa data. Tecnologias da Honeywell como a geometria variável (VNT), Twin Scroll ou DualBoost vão ajudar os construtores a melhorar a potência do motor. Isto mostra que o negócio dos turbos tem boas perspetivas de futuro. Atualmente, segundo dados recolhidos junto de operadores de turbos em Portugal, o negócio está repartido entre 30% para turbos novos e 70% para re-

INOVAÇÕES RECENTES Os turbos têm recebido várias inovações ao longo dos tempos para se adaptarem às cada vez maiores exigências por parte dos construtores automóveis. Para a Iberoturbo, empresa do Grupo Bombóleo especialista em turbos que vende as marcas Honeywell Garrett, Borgwarner KKK e Schwitzer, Mitsubishi, Clover Turbo e Holset, uma das maiores inovações mais recentes passa pela “adição de 2 turbos para 2 estágios de desenvolvimento do motor: um pequeno turbo para os estágios de baixa rotação e um outro maior que se junta a este pequeno quando pedimos mais rotação aos motores.” Mas a evolução não vai ficar por aqui: “O triturbo e o quadriturbo estão já dentro dos projetos de engenharia. A gestão eletrónica do mesmo será denominador comum.” Para a Servidiesel, que comercializa turbos novos OE, novos IAM e reconstruídos IAM, as mais recentes tecnologias passam pelos “turbos controlados eletronicamente, pelo aumento da rotação dos turbos, bi-turbos ou turbos em ‘cascata’”. Olhando para a frente, o futuro a curto prazo vai trazer “aumento do controlo eletrónico, aumento dos bi-turbos ou tri-turbos, evolução tecnológica dos materiais e turbos de geometria variável para motores a gasolina.” Para a LD Auto - que vende em Portugal as marcas Garrett, BorgWarner (KKK), Mitsubishi, Toyota, IHI e turbos reconstruídos da marca própria PEQ - o destaque nas mais recentes inovações passam pela aplicação de bi-turbo e tri-turbo em alguns motores topo de gama e o futuro passa pela “introdução de turbos movidos através de um motor elétrico de alta velocidade” A Leirilis, que comercializa turnos novos e reconstruídos da marca própria Sacorge, explica que “a diminuição do tamanho dos motores é uma tendência atual em todos os construtores, pela necessidade de cumprir normas antipoluição cada vez mais exigentes. Para não

CUIDADOS A TER COM OS TURBOS IBEROTURBO Deixar o veículo em ralenti antes de iniciar a marcha, além de não desligar de imediato o veículo quando chega ao destino, permitindo que o óleo arrefecido chegue a todas as partes do circuito de lubrificação. Revisões dentro ou antes do recomendado pelo fabricante do veículo - um turbo de um veículo que faz pára-arranca nas cidades, faz menos kms que um que percorre diariamente auto-estradas sem paragens. No entanto, as horas de trabalho poderão ser superiores.

SERVIDIESEL Mudanças de lubrificante e filtros, quando recomendadas; Utilização do lubrificante recomendado pelo fabricante da viatura; ter em atenção as regenerações dos filtros de partículas.

LD AUTO Efetuar as manutenções dentro do prazo estabelecido pelo fabricante do veiculo; Utilização de lubrificantes indicados cumprindo as especificações do fabricante; Evitar acelerar o motor a frio; Depois de circular na estrada, ao parar, não devemos desligar o motor de imediato.

LEIRILIS O condutor poderá ter diversos comportamentos que ajudam na longevidade do turbo: utilizar um óleo de motor sintético ou semi-sintético, de forma a permitir lubrificar com maior eficiência os pequenos orifícios do motor; quando o carro está frio não fazer acelerações (não passar as 2.500 rpm) em alto regime quando este se encontra frio; após grandes viagens, deixar o carro 1 a 2 minutos ao ralenti, para que a turbina do turbo receba a lubrificação necessária; carros com uma utilização mais citadina é aconselhável de vez em quando andar em regimes entre as 2000rpm e as 3000rpm para descarbonizar turbo e outros componentes.

FEVEREIRO 2017

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ESPECIAL TURBOS

TURBO ORIGINAL VS. TURBO NÃO ORIGINAL Em termos de emissões de NOx, os turbos copiados de segunda linha apresentam uma taxa 28% maior que o turbo original. Além da performance dos turbos copiados ser pior, eles também emitem cerca de 3% a mais de CO2, comparado com as peças genuínas. A Honeywell mostrou, num estudo independente recente, que os turbos de reposição produzidos com as especificações originais das peças instaladas no primeiro equipamento, apresentam desempenho significativamente melhor, e maior redução de CO2 e NOx que os turbos não originais copiados. Este estudo foi encomendado pela Honeywell e realizado por um laboratório independente. Muitos turbos foram instalados durante o teste que foi realizado em Inglaterra pelo Millbrook Group. O estudo utilizou em média dois turbos de reposição com as especificações e homologação de um equipamento original, que foram desenvolvidos pela Honeywell com a marca Garrett, contra um produto de um concorrente disponível para venda na Europa, uma cópia de turbo, fabricado por engenharia reversa ou recondicionamento sem o apoio da fábrica de turbos qualificados para o primeiro equipamento. Os resultados indicam: • O torque do motor que utiliza um turbo de segunda

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PÓS-VENDA

linha não especificado pelo equipamento original foi reduzido de 15 a 40% comparado com um motor que usa um turbo original homologado. • As emissões de NOx a partir de turbos de segunda linha, não especificadospelo equipamento original foram entre 8% a 28% superiores aos turbos homologados. • As emissões de CO2 a partir de turbos de segunda linha, não especificados pelo equipamento original, foram entre 2,0 g/km e 4,5 g/ km superiores aos turbos homologados ou uma quantidade de emissões equivalente ao uso de aproximadamente um litro adicional de combustível para cada tanque utilizado. “Os resultados deste estudo independente são uma indicação clara do motivo pelo qual os turbocompressores de reposição originais são as melhores propostas de valor para os distribuidores, instaladores e para o cliente final”, disse Eric Fraysse, vice-presidente e diretor geral da divisão Aftermarket da Honeywell Transportation Systems.

“Embora este teste tenha sido realizado com o Novo Ciclo Europeu de Direção (NEDC New European Driving Cycle), esperamos que a lacuna no desempenho e nas emissões seja ainda maior quando for utilizado o Ciclo Mundial de Teste de Duração (WLTC Worldwide Light Duty Test Cycle), que é mais sofisticado.” Homologações na Europa Durante os últimos meses, as agências reguladoras na Alemanha, Espanha e Itália fizeram declarações de apoio à inclusão de turbocompressores entre os componentes automóveis que são relevantes para homologação. Como tal, o papel do turbocompressor é significativo ao ser considerada uma peça de reposição, uma vez que contribui para atingir os objetivos ambientais estabelecidos pelos órgãos reguladores, que podem ser comprometidos por peças não originais. Millbrook Group A Millbrook Group presta serviços de testes, validação e engenharia de veículos aos clientes nas indústrias automóvel, de transporte, pneus, petroquímicas, de defesa e segurança. É uma empresa independente e imparcial.


VANTAGENS E DESVANTAGENS DE CADA TIPO DE TURBO EMPRESA

NOVOS

RECONSTRUÍDOS

VANTAGENS

DESVANTAGENS

VANTAGENS

Leirilis

Transmite maior segurança e confiança

Preço mais elevado

Preço mais acessível ; Controlo rigoroso de qualidade

Servidiesel

Imagem de produto novo no mercado

Preço

Garantia; Preço

Iberoturbo

Turbos originais novos desenvolvidos como componente crítico para cada aplicação assegurando os mais elevados padrões de qualidade, segurança e desempenho superiores.

LD Auto

Produto semelhante ao original

Menor competitividade ao nível do preço

se perder em prestações, o recurso à sobrealimentação por turbocompressor é a solução adotada por todos.” COMO GARANTIR UMA CORRETA RECONSTRUÇÃO? Para a Iberoturbo, que só trabalha com a origem e com produtos originais (quer sejam novos ou reconstruídos), uma boa reconstrução de um turbo impõe “a aplicação do material original quando disponível e a correta calibração do mesmo são fatores importantes na obtenção da qualidade do produto acabado. Quanto mais delicada for a tecnologia reparada maior a probabilidade de haver comprometimentos no resultado final. Existem máquinas no mercado dispendiosas, que já ajudam o técnico de turbocompressores a testar e calibrar os produtos de remanufactura.” Para a Servidiesel uma boa reconstrução vê-

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USADOS DESVANTAGENS

VANTAGENS

DESVANTAGENS

Preço muito baixo

Falta de controlo na qualidade

Qualidade e Imagem de alguns produtos no mercado

Preço

Sem garantia de funcionamento em condições

Ao optar por reconstruido pelo fabricante original certifica-se de que os parâmetros do turbo aplicado são os mesmos do novo: em acordo com as especificações OEM.

No decorrer da vida do veículo e sua consequente desvalorização, o consumidor reavalia a necessidade de obter o máximo rendimento do mesmo. Ao enveredar pela escolha de um qualquer reconstruido, arrisca-se a comprometer o desempenho do motor.

O factor preço impele o consumidor a este tipo de solução a curto prazo Não vemos nenhuma

O cliente não avalia o risco, o funcionamento perfeito e a performance do veículo ficarão comprometidos.

Excelente relação qualidade/preço Aproveitamento de recursos, produto mais amigo do ambiente

Apenas o facto de não ser novo

-se “pelo cuidado da apresentação do exterior, pelas peças usadas na reconstrução (qualidade do core) e pelos equipamentos usados na calibração do turbo.” A LD Auto reforça que para garantir a boa reconstrução é fundamental “um controlo de qualidade apertado” A Leirilis sublinha que “todos os turbos reconstruídos comercializados pela Leirilis são turbos que são completamente desmontados e todos os componentes são verificados, descartando todas as partes que não cumprem os parâmetros e tolerâncias estabelecidas pelos OEMs, pelo que garantimos a satisfação a 100% do nosso cliente.” PRINCIPAIS CAUSAS DE AVARIAS NOS TURBOS As avarias nos turbos são sempre más notícias para os automobilistas mas são uma oportunidade de negócio. Ainda assim, po-

Elevado risco, não se sabe o que estamos a comprar; Peça sem garantia; Barato sai caro

dem tornar-se facilmente numa dor de cabeça e numa despesa para a oficina, quando esta não tem a formação adequada para trabalhar este tipo de produtos porque nem sempre o problema é do turbo. A Iberoturbo explica que entre as causas principais de falha dos turbos estão “o alongamento dos períodos entre revisões periódicas, que comprometem a qualidade dos lubrificantes e dos filtros, base ao bom funcionamento do sistema vascular do motor. Também a lubrificação deficiente, a obstrução dos circuitos de gases, o óleo contaminado com partículas vindas do motor são causas de avarias, tal como o excesso de rotação e a entrada de corpos estranhos ao turbo vindos dos circuitos de admissão e escape são fatores graves e que merecem diagnóstico atento feitos por profissionais de turbocompressores.” A Servidiesel reforça as causas mais comuns


ESPECIAL TURBOS

DIAGNÓSTICO E REPARAÇÃO DE TURBOS A TurboClinic é o único fabricante nacional e dos poucos a nível mundial de equipamentos de diagnóstico e de reparação de turbocompressores. Trabalha diariamente para disponibilizar no mercado uma vasta gama de equipamentos inovadores e únicos que permitem aos reparadores levar a cabo reconstruções de qualidade. No seu leque de equipamentos figuram: TC Workbench - o único equipamento no mundo que permite fazer uma reparação completa de turbos já que reúne as funções de calibrar, medir eficiência da compressora, verificar fugas de óleo em cores, afinar turbos de geometria variável, testar e programar atuadores elétricos e testar sensores de posição eletrónicos das válvulas pneumáticas; TCA Compact - o primeiro equipamento de bancada a nível mundial para calibrar turbos (mais vocacionado para veículos ligeiros); VNT v2 - o equipamento mais completo do mercado, e líder mundial, para o ajuste de turbos de geometria variável com a maior eficácia e precisão. Através dos seus add-nos, Actuator Programmer e Oil Leak Tester, permite ainda programar atuadores elétricos e testar fugas de óleo em cores; EAT v3 - o primeiro equipamento no mundo para testar e programar atuadores elétricos com interface em Android.

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PÓS-VENDA

para a avaria dos turbos: “Falta de lubrificação, contaminação do óleo, entrada de objetos estranhos na admissão, excesso de rotação e obstrução na linha de escape.” A LD Auto acrescenta que “normalmente os turbos avariam por causas externas ao próprio turbo. As causas mais comuns são a falta de lubrificação causada por problemas no motor ou tubagens de óleo entupidas/danificadas e que provocam avarias graves no turbo e a entrada de objetos estanhos pela admissão/escape que acabam por danificar o próprio turbo.” Para a Leirilis, os principais problemas que causam as avarias nos turbos passam por: “Penetração de corpos estranhos na turbina ou no Compressor (filtragem deficiente, falta estanqueidade condutas, erros em ações de manutenção); Impurezas no óleo (filtragem de óleo); Deficiente lubrificação (falta de pressão do óleo – obstruções, sistema de filtros, nível baixo); Acumulação de carvão (consumo de

óleo, deficiências no sistema de ignição/sistema de injeção); Temperaturas elevadas dos gases de escape (deficiências no sistema de ignição/sistema de injeção). MERCADO EM PORTUGAL Para a Iberoturbo, o mercado em Portugal é “crescente, com tendência para o aumento da procura de reconstruidos, o que está diretamente ligado a um envelhecimento do nosso parque automóvel. A proliferação de pseudo especialistas de turbocompressores disponibilizou ao mercado uma quantidade de produto reparado de má qualidade. No interesse do consumidor deverá sempre que possível verificar a idoneidade do reparador e do diagnóstico efetuado ao veiculo.” A análise que a Servidiesel faz atualmente do mercado identifica “uma dinâmica muito própria. Atualmente, todos os players do setor vendem turbos. O mercado está sujeito a uma oferta excessiva em quantidade e em qualida-


de que, em muitos casos não é suficientemente clara para o consumidor. O consumidor pode estar a comprar um turbo novo, mas sem ser OE. O consumidor pode estar a comprar um turbo reconstruído, sem que este o seja com peças e equipamentos indicados para o efeito. O consumidor pode estar a comprar um turbo reconstruído, que na verdade é um usado, que foi testado (ou nem isso). Seria importante que o consumidor soubesse o que está realmente a comprar.” A LD Auto acrescenta que “o mercado de turbos tem evoluído no sentido de um crescente aumento da reparação e reconstrução. A maior e melhor oferta em termos tecnológicos permite uma evolução positiva e muito sustentável do mesmo. A questão menos positiva que muitas vezes se coloca é a, também, crescente reparação sem os equipamentos adequados e que muitas vezes acaba por prejudicar a imagem do mercado da reparação e da reconstrução séria (de quem investe em tecnologia e formação).”


TÉCNICA FARÓIS DE XENON

FARÓIS DE XENON PARCERIA CEPRA / PÓS-VENDA

WWW.CEPRA.PT

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PÓS-VENDA

A

pesar de amplamente conhecidas como lâmpadas de Xénon, o seu nome oficial é lâmpadas de descarga de alta intensidade (ou do inglês HID – High Intensity Discharge). Habitualmente são definidas como mais eficientes tanto em consumo de energia como em capacidade de iluminação. Mas afinal como funciona a lâmpada de descarga? E qual a diferença para uma lâmpada tradicional? Enquanto numa lâmpada tradicional um filamento de tungsténio emite luz quando percorrido por uma corrente elétrica, os sistemas com lâmpadas de descarga funcionam de forma semelhante às luzes fluorescentes que se utilizam nas habitações. Existe uma cápsula fechada que contém o gás no seu interior, dois elétrodos, um em cada extremo que serão atravessados por uma cor-

rente elétrica. Nas aplicações em automóveis, uma solução comum é a capsula em quartzo transparente, elétrodos em tungsténio e uma mistura de gases inertes, entre eles o Xénon, que são estimulados com a passagem da corrente de alta tensão entre os dois elétrodos. O processo de iluminação destas lâmpadas acontece em três fases. A primeira fase é de ignição em que um pulso de alta tensão, de aproximadamente 20 kV e com capacidade de ionizar o gás de Xénon, cria um arco elétrico entre os dois elétrodos. Durante a fase de aquecimento a tensão é reduzida e o aumento de temperatura provoca a diminuição da resistência entre os dois elétrodos. Por último, o balastro comuta para o seu modo de funcionamento contínuo, com uma tensão substancialmente mais baixa, aproximadamente 85 V de corrente alternada, de modo a que o arco


dos restantes veículos que circulam na via, sempre que a regulação dos faróis não está correta. Outro motivo para o encandeamento está relacionado com a instalação de kit’s com lâmpadas de descarga sem que a ótica seja adaptada para o efeito, provocando um espalhamento da luz inadequado para o tipo de tecnologia.

elétrico não quebre. O balastro é um componente que cria e regula a alta tensão necessária para o funcionamento da lâmpada.

Existem diversas vantagens na utilização de um sistema com lâmpada de descarga, quando comparado com o sistema com lâmpada de halogénio. Relativamente ao rendimento luminoso, é bastante mais eficiente, apresenta um feixe de luz com maior alcance e maior largura na zona de dispersão, conseguindo uma melhor iluminação da berma.

Outra vantagem é o tempo de vida da lâmpada que se afigura bastante mais longo, com uma duração de aproximadamente 1500 a 2000 horas de funcionamento, em condições normais, quando comparados com a lâmpada de halogénio. Uma última vantagem relaciona-se com o rendimento energético da lâmpada de descarga. Apesar de ser necessário um maior consumo de corrente durante o arranque e até atingir a sua correta temperatura de funcionamento, após este ponto o seu consumo é efetivamente mais baixo. Isto deve-se ao facto de existir um maior rendimento luminoso da lâmpada de descarga que permite que a sua potência seja de cerca de 35 W, enquanto nas lâmpadas de halogénio cerca de 55 W.

Mas, nem tudo são vantagens. Uma das desvantagens mais referidas é relacionada com a maior intensidade e maior espalhamento da luz produzida pela lâmpada de descarga, o que facilmente provoca o encandeamento

Há, claro, mais motivos a desincentivar os fabricantes em generalizarem esta tecnologia de iluminação, sendo o seu elevado custo um deles. Não diretamente relacionado com o funcionamento da lâmpada de descarga, mas sim por motivo do aumento da segurança rodoviária, e de forma a minimizar o encandeamento dos restantes utilizadores da via, para sistemas com mais de 2000 lumens de fluxo luminoso, é necessário que o veículo esteja equipado com sistema de lavagem de faróis e nivelamento automático de luzes. O sistema de lavagem de faróis é integrado no sistema de lava-vidros, sendo acionado em simultâneo com este, desde que as luzes de cruzamento estejam ligadas. Utiliza o mesmo líquido e reservatório, existindo no para-choques ou na própria ótica, um aspersor direcionado para a zona do projetor da ótica. O objetivo é manter as óticas, e em particular a zona de projeção de luz, com condições de limpeza adequadas para que a projeção e reflexão de luz não seja afetada de nenhuma forma.

O nivelamento automático da altura das luzes é conseguido através de um sensor de nível na suspensão traseira, ou dois sensores de nível, um na suspensão traseira e outro na suspensão dianteira. Através do sinal gerado pelos sensores de nível, a unidade eletrónica de comando atua o motor regulador de altura das luzes. Este motor é instalado no interior da ótica, acoplado a uma estrutura móvel que irá provocar a variação, de posição em altura, da luz. A regulação da altura pode ser realizada de FEVEREIRO 2017

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TÉCNICA FARÓIS DE XENON

forma independente em cada uma das óticas, sempre de acordo com as condições medidas pelos sensores de nível. Em particular durante acelerações, travagens e circulação com carga são efetuadas correções ao posicionamento e alcance da luz para que a zona a iluminar esteja perfeitamente adaptada às condições de circulação.

O servomotor, através de um parafuso sem-fim, aciona a engrenagem redutora que está engrenada no pinhão e move todo o conjunto do módulo orientável na lateral. De forma a cumprir a função controlo de altura e alcance de luzes, permitindo a implementação de bi-Xenon direcional, o módulo orientável está acoplado à estrutura móvel onde se integra o conjunto de regulação de alcance. Apesar da capacidade do sistema se adaptar a diferentes condições, quando um veículo descreve uma curva a profundidade de estrada iluminada reduz-se, por não haver um reposicionamento do feixe de luz face à curvatura da estrada. De forma a minimizar este efeito, o sistema pode ser complementado com um sistema de luz direcional. Trata-se de um sistema de faróis inteligente

A utilização destas lâmpadas como luzes de estrada separadas apresenta uma limitação relacionada com o tempo que estas demoram a atingir a sua luminosidade máxima. É portanto comum existirem lâmpadas de descarga para os faróis de cruzamento e lâmpadas tradicionais para os faróis de estrada. Apesar disso, em alguns modelos surgem soluções onde a mesma lâmpada de descarga é utilizada tanto para as luzes de cruzamento como para as luzes de estrada, habitualmente com a designação bi-xénon. Nestes casos a posição da lâmpada é modificada, por intermédio de um motor elétrico, e é utilizado um obturador mecânico no interior da ótica pa ra adequa r a reflecção de luz à posição da lâmpada. Evitase assim o problema do tempo de arranque da lâmpada, permitindo a sua utilização também em luzes de estrada.

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PÓS-VENDA

Apesar de todas as vantagens inerentes à utilização de sistemas de iluminação com lâmpadas de descarga, da sua implementação em veículos de produção no início da década de 90 e amplamente utilizada hoje em dia, os fabricantes nunca optaram por oferecer esta solução como equipamento de série em toda a sua gama. Com o passar do tempo foram surgindo outras inovações no campo da iluminação como o LED e mais recentemente o Laser, mantendo-se o halogéneo predominante nas ofertas de série dos fabricantes. que otimiza a iluminação da estrada em curva, graças a um controlo direcional do feixe luminoso dos faróis. Quando o veículo descreve uma curva, os faróis adaptam a sua orientação à trajetória do veículo permitindo que o feixe luminoso ilumine a estrada de forma mais abrangente. Para a implementação do sistema direcional é necessária a utilização de informação proveniente de outros sistemas do veículo, como por exemplo o sensor de posição da direção, bem como no interior da ótica tem que existir um módulo orientável, atuado por intermédio de um servomotor elétrico. Apesar da configuração interna da ótica ser bastante semelhante ao sistema não direcional, quer seja bi-xénon ou não, o módulo elíptico onde está instalada a lâmpada de descarga de gás está fixo a uma armação rotativa. A parte inferior da armação rotativa é acoplada a uma carcaça onde se localiza o servomotor de viragem e o sensor de posição. Este conjunto é denominado módulo orientável.


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TÉCNICA DICAS PARA AS OFICINAS

Como resolver os problemas mais comuns nos automóveis? by Mecatronicaonline Dados técnicos by

Retire o pedal do acelerador Substitua o pedal de travão Volte a montar todas as peças em ordem inversa da remoção Tempo de reparação Substitua o pedal de travão (OE: 7608) 0.8 # Peças necessárias Pino de bloqueio: 82 00 420 641 Interruptor do pedal de travão: 25 32 092 43R Contraporca: 77 03 033 169

SINTOMA 3 RENAULT MEGANE III

(B95, E95, D95, K95) 1.5 DCI 110 FAP (K9K837 (N8)) 2010 ...

SINTOMA 1

Chocalhada proveniente do eixo traseiro Rangido proveniente do eixo traseiro Condições em que o sintoma ocorre: Ao conduzir em estradas de má qualidade CAUSA Eixo traseiro defeituoso SOLUÇÕES Levante o veículo Retire a tampa inferior Abra dois furos tal como indicado C = 45 mm; D =30 mm Diâmetro 7 mm

Repita o procedimento para o outro lado Nota: Deixe a espuma secar durante 12 horas antes de baixar o veículo Volte a montar a tampa inferior Substitua a(s) braçadeira(s) Conduza o veículo por 20 minutos

‘Rear seat belt buckled’ [Cinto de segurança traseiro apertado] aparece no visor Não é exibido qualquer código de falha CAUSA Fechos dos cintos de segurança traseiros: Cablagem danificada

Tempo de reparação OE: A2T6 0.6 # Peças necessárias Bujão de enchimento: 77 01 422 024 Braçadeira: 77 03 077 435 Espuma: 77 11 430 497 2x

SINTOMA 2

O calço do pedal de travão está danificado SOLUÇÕES Pedal de travão: Verifique o estado

SOLUÇÕES Ligue a ferramenta de diagnóstico Unidade de controlo do airbag:

Insira espuma através de um orifício 200 ml Vede o orifício Aguarde 10 minutos

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PÓS-VENDA

Se necessário: Retire a parte inferior do painel de instrumentos Retire o pedal de travão

Fechos dos cintos de segurança traseiros: Verifique o estado Se o estado coincidir com a mensagem no ecrã, efectue as seguintes verificações: Fechos dos cintos de segurança traseiros:


1 7

8

6

4

3

CT1

1

AN 1

6 12

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3

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6 12

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6

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5

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CM CT2

7 1

12 6

7

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RENAULT MEGANE III

(B95, E95, D95, K95) 1.6 DCI 130 FAP (R9M402 (A4)) 2012 ...

SINTOMA 1

Anomalia do ar condicionado Unidade de controlo de protecção e comutação (UPC): Códigos de falha: B1237 B1213 CAUSA Unidade de controlo de protecção e comutação avariada (UPC) SOLUÇÕES Ligue a ferramenta de diagnóstico Unidade de climatização electrónica: Verifique a pressão do refrigerante (circuito de alta pressão) Ligue o ar condicionado Se o valor for demasiado baixo: Exemplo: 5 5.2 bar Unidade de controlo de protecção e comutação (UPC): Elimine todos os códigos de falha Se os códigos de falha não puderem ser eliminados: Compressor de ar condicionado: Verifique o estado Valores previstos: Ar condicionado LIGADO ‘Activo’ Ar condicionado DESLIGADO ‘Not active’ (não activo)

MM

4

2

Unidade de controlo ABS/ESP: Leia os códigos de falha Elimine todos os códigos de falha

CL

1

20

Se não estiver presente nenhum sinal Substitua a unidade de controlo de protecção e comutação (UPC) Reprograme a unidade de controlo de protecção e comutação (UPC)

SINTOMA 2

As luzes de travão permanecem ligadas Avaria da transmissão semiautomática A luz de aviso ABS acendese O visor apresenta uma mensagem de aviso Dentro de 10 minutos Avaria no velocímetro Anomalia do controlo da velocidade de cruzeiro Fraco desempenho ao arrancar O visor apresenta uma mensagem de aviso A transmissão muda para o modo “limp home” (mobilidade mínima) Códigos de falha: Unidade de controlo ABS: F00313 404064 407481 C42200 Unidade de controlo da carroçaria: 9564 CAUSA Caixa de fusíveis do habitáculo: Fusível queimado 15 (5A) 42

R3

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R4

Se não for possível eliminar o código de falha: 404064 Unidade de controlo do motor: Verifique os parâmetros do interruptor do pedal de travão Pressione e solte o pedal de travão Unidade de controlo da carroçaria: Verifique os parâmetros do interruptor do pedal de travão Pressione e solte o pedal de travão Se não houver correlação entre os valores: Interruptor do pedal de travão: Verifique a alimentação eléctrica no pino 4 Se não houver tensão: Caixa de fusíveis do habitáculo: Verifique o fusível 15 (5A)

13 12 11 10 9 8 7 6 5 4

R2

Se os valores estiverem correlacionados: Interruptor de pressão do ar condicionado: Verifique a alimentação eléctrica no pino 1 Verifique a massa controlada no pino 2 Nota: Utilize um multímetro Conector castanho da unidade de controlo de protecção e comutação (UPC): MT2 Verifique a massa controlada no pino 12

MT1

23 22 21

1

Verifique a continuidade eléctrica no chicote de cabos Verifique o isolamento à massa Repare os condutores eléctricos

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MN

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CN

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1

SOLUÇÕES Depois de desligar a ignição: Aguarde 10 minutos Ligue a ferramenta de diagnóstico

3A 5A 10 A 15 A 20 A 25 A 30 A 40 A

Substitua o fusível

(#) A hora é apresentada em horas e centésimos de horas, por. ex 1 hora 30 minutos = 1.50 horas.

NOTA OS DADOS TÉCNICOS, DA RESPONSABILIDADE DA MECATRÓNICAONLINE (DIREITOS DE AUTOR HAYNESPRO B.V.), EMPRESA DE REFERÊNCIA AO NÍVEL DA INFORMAÇÃO TÉCNICA, SERÃO PUBLICADOS EM TODOS OS NÚMEROS DA REVISTA PÓS-VENDA. SE PRETENDER MAIS ESCLARECIMENTOS SOBRE ESTES DADOS TÉCNICOS, OU CASO TENHA UMA DÚVIDA TÉCNICA QUE PRETENDA VER ESCLARECIDA, ENVIE-NOS UM EMAIL PARA: GERAL@POSVENDA.PT

FEVEREIRO 2017

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PNEUS VTS

De especialistas para especialistas Recém constituída, a VTS montou um modelo de negócio nos pneus e nas peças inovador em Portugal. Representa em exclusivo a marca Nokian e dinamizou uma parceria com a Europeças.

A

VTS, Pneus e Peças Auto, é uma empresa que foi constituída com o objetivo de representar em exclusivo para Portugal a marca de pneus Nokian, já presente no mercado português há vários anos, onde foi representada sucessivamente por alguns grossistas de pneus, que sempre a trabalharam como mais uma marca do seu portefólio. Porém, agora tudo vai mudar, como explica Augusto Taveira, responsável de pneus ligeiros, comerciais e 4x4 da VTS: “Surgiu a oportunidade de trabalharmos em exclusivo a Nokian em Portugal, através de um convite da própria

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PÓS-VENDA

{ TEXTO PAULO HOMEM }

CONTACTOS VTS-PNEUS E ACESSÓRIOS, LDA. São Mamede de Infesta Mário Simões, José Saraiva e Augusto Taveira 229 064 243 geral@vts.pt www.vts.pt

marca. Ao seu posicionamento premium a nível mundial e à muita notoriedade que tem em diversos segmentos de produto no mercado português, junta-se agora a vontade de trabalhar a marca Nokian tal como uma marca deve ser trabalhada. A VTS é a Nokian em Portugal”. Na VTS existe apenas uma marca de pneus, que é precisamente a Nokian, sendo que todo o desenvolvimento comercial e de marketing no mercado português será feito pela VTS em total colaboração com a própria Nokian Europe. Especialista em pneus de inverno, nos últimos anos a Nokian tem feito um forte investimento em tecnologia e desenvolvimento para alargar a


Não queremos que eles vendam pneus, queremos que vendam a marca Nokian e isso faz toda a diferença”. Um dos projetos que está previsto pela Nokian e que será dinamizado pela VTS em Portugal é o NAD (Nokian Authorized Dealer). Atualmente existem 1.385 NAD em toda a Europa, sendo que “em Portugal também vamos dinamizar este projeto, seguindo uma determinada estratégia com a marca, mas que a seu tempo daremos mais detalhes, pois queremos que sejam os agentes a conhecer os detalhes em primeiro lugar”, explica Augusto Taveira.

sua gama de pneus. Simultaneamente tem vindo a alargar a sua presença a outros mercados, como é o caso de Portugal, visto ter uma gama de produtos muito mais abrangente e adaptada aos mercados do sul da Europa. “A nossa estratégia é reimplementar a marca em Portugal, por intermédio de agentes locais. Vai haver um importador, vai haver produto, vai existir uma tabela de preços e vai ser dinamizado apoio a quem trabalhar a marca”, refere Augusto Taveira, dizendo que “vamos apostar nos especialistas de pneus e no mercado tradicional em Portugal e ilhas, dando-lhes alguma proteção local”. Os responsáveis da VTS consideram que o retalho especializado tem um forte conhecimento da marca Nokian, por isso “vamos dar especial relevo às casas de pneus que pretendam mesmo trabalhar a Nokian de uma forma idónea.

GAMA A todos os que aderirem a este novo projeto Nokian, a VTS propõe a comercialização de toda a gama: ligeiro, comerciais, 4x4, agro-florestal e camião. “Juntamente com a marca existe uma estratégia definida. Nesta fase começamos com os pneus de ligeiros, comerciais e 4x4, mas também estamos a começar com o pneu agro-florestal, para o qual temos o José Saraiva, responsável Pneus Heavy Tyres, um especialista neste setor e que integrou o projeto VTS desde o início. Numa segunda fase, provavelmente ainda em 2017, iremos também introduzir o pneu de camião”, explica Augusto Taveira. A empresa de São Mamede de Infesta, onde a VTS possui o seu armazém logístico, disponibiliza em stock cerca de 3.000 pneus (ligeiros, comerciais e 4x4). “No futuro, a médio prazo, a Nokian terá um centro logístico para a Península Ibérica. Para já, temos este stock através do qual abastecemos os nossos clientes, apostando em modelos de distribuição que estão implementados no negócio dos pneus. O importante é ter produto e garantir que em 24 horas o cliente é servido, trabalhando olhos nos olhos com o especialista do pneu”, refere Augusto Taveira. A VTS comunica para os seus clientes a qualidade premium dos pneus Nokian e os mesmos irão ter um posicionamento de preço logo abai-

xo das marcas premium tradicionais. TAMBÉM NAS PEÇAS Mário Simões, profissional com larga experiência no setor das peças, integrou o projeto VTS desde o seu início com o intuito de trabalhar o negócio de peças nesta empresa, segundo um novo modelo de negócio. Para o efeito, a VTS desenvolveu um acordo de parceria a nível nacional com a Europeças. “O cliente pode comprar peças à VTS e somos nós que nos responsabilizamos pela entrega das mesmas em 24 horas em todo o país, tendo o apoio da Europeças”, refere Mário Simões, responsável Aftermarket da VTS, que acrescenta que “trata-se do grossista que consegue englobar mais marcas premium de peças no seu portfólio. Tendo a Nokian como produto premium interessa-nos ter, em paralelo, marcas premium nas peças”. O projeto da VTS nas peças passa por servir os clientes na área dos pneus que também façam a mecânica. Segundo Mário Simões “é um projeto inovador, com uma abordagem diferenciadora em que vendemos Nokian e uma tipologia de peças de qualidade que estão disponíveis quando a oficina as pedir, sem que tenha problemas com as garantias”. Através de uma plataforma digital B2B (VTS / Europeças) os clientes poderão consultar stock e adquirir as peças. “A Europeças será o nosso único parceiro nas peças. Por isso é que falamos em projeto inovador, pois o que estamos a desenvolver com eles é uma parceria verdadeira, permitindo-lhes entrar numa área de negócio em que ele também não estão presentes, que são as casas de pneus”, refere Mário Simões. Augusto Taveira, José Saraiva, Mário Simões, Jorge Vivas e Manuel Vivas são os responsáveis pela gestão do negócio VTS que agora começou a dar os primeiros passos no mercado, mas com uma estratégia própria que, garantem, irá ser o futuro do negócio nos pneus e das peças. FEVEREIRO 2017

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PNEUS NOTÍCIAS

Falken lança UHP Azenis FK510 também para SUV

Vulco reuniu rede em convenção anual

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Firestone lança novo pneu Roadhawk

MGM apresenta novos equipamentos para pneus OMCN

Falken alargou o leque de utilização do seu pneu UHP Azenis FK510 aos SUV. Tal como acontece nos ligeiros conta com a tecnologia “Adaptive Constant Pressure” e tem uma banda de rodagem que “maximiza a distribuição da pressão constante na superfície de contacto”, assegura a marca. Além disso, esta banda de rodagem “aumenta o rendimento de travagem, a estabilidade direcional e a dinâmica geral na condução”. Graças também à tecnologia de desenho 4D Nano, os engenheiros do fabricante coreano foram capazes de desenvolver um composto de borracha inovador para o FK510, que proporciona uma vida útil melhorada além de uma melhor tração. “O Azenis FK510 SUV oferece tudo o que é necessário para o condutor deste tipo de veículos, com um alto nível de dinâmica de condução, distâncias de travagem muito curtas e muito boas características de aquaplanning”, assegura a marca em comunicado.

Vulco, a rede de oficinas apoiada pela Goodyear Dunlop, especializada em pneus e mecânica rápida, apresentou as suas novidades, planos e estratégias para 2017 durante a sua convenção anual, realizada no passado sábado, 28 de janeiro, em Madrid, que juntou os aderentes da rede de Portugal e Espanha. Durante a jornada, que juntou mais de 300 participantes, a equipa Vulco apresentou os planos para o ano de 2017, assentes em três pilares estratégicos: criação de negócio, focada na atração de novos clientes para a rede; profissionalização da rede, com a melhoria tanto dos seus processos internos como da oferta formativa adaptada às necessidades dos associados; e, por último, a consolidação da marca Vulco no mercado. Mario Recio, Diretor da rede de oficinas Vulco, declarou que “hoje, a Vulco é uma rede mais forte, mais comprometida e mais profissional, o que nos coloca numa posição privilegiada para alcançar e satisfazer um consumidor cada vez mais conhecedor e exigente.

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raças ao seu padrão de piso único e composto ú n ico, o Fi restone Roadhawk foi concebido para possibilitar o mais elevado nível de controlo em piso molhado. O pneu alcançou a marca UE “A” para aderência em piso molhado: o melhor desempenho do mercado. Este vence até múltiplas marcas no segmento de pneus de preço premium. Além da elevada capacidade de travagem em piso molhado, os testes independentes TÜV SÜD demonstraram que o novo Roadhawk também possibilita uma boa travagem em piso seco, com as distâncias de travagem a ati ngi rem os 3 metros a menos do que a concorrência. O Roadhawk será disponibilizado numa ampla gama que abrange medidas desde as 15 às 19 polegadas, estando disponível no mercado europeu desde o mês de janeiro.

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PÓS-VENDA

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Manuel Guedes Martins (MGM) através da sua representada OMCN apresenta as novas desmontadoras e equilibradoras de pneus. A nova gama de equipamentos OMCN apresenta as desmontadoras de pneus GripLine F20 (entrada de gama), GripLine R22, com aperto até 25˝ e com características que se ajustam a casas com maior volume de serviços, Grip Line R24 e R28, com aperto até 28˝ e 32˝ com disjuntor de cordão patenteado Soft Control. Estas duas últimas são máquinas topo de gama para maior rentabilidade e segurança no trabalho efetuado, sendo que todas elas se destinam ao serviço de veículos ligeiros e comerciais ligeiros, anuncia a empresa. No segmento pesado a empresa de Vila Nova de Gaian destaque para as desmontadoras GripLine Super 26, Super 52 e Super 56, todas elas desenhadas para diferentes tipologias e volumes de serviço.


8 de Abril de 2017 das 14h30 às 19h Exponor-Expomecânica TEMAS DA 3ª CONFERÊNCIA “COMO RENTABILIZAR A SUA OFICINA” 1º Desenvolver competências nos recursos humanos (mecânicos) através da formação 2º Como um software de gestão oficinal pode melhor a rentabilidade da oficina 3º A rentabilização do processo de pintura numa oficina 4º A relação com o cliente como forma de dinamizar o negócio da oficina? Influência das redes sociais e das plataformas tecnológicas na oficina? 5ª Caso prático: Como tornar a oficina mais rentável?

Inscreva-se

www.posvenda.pt/conferenciaoficinas2017 Data limite para as inscrições 4 de Abril 2017 PREÇO PARA INSCRIÇÃO (inclui coffee break) Participante individual 40€ Grupo de 5 ou mais pessoas 30€/cada

MAIS INFORMAÇÕES Anabela Machado anabela.machado@posvenda.pt Tel. 96 538 09 09 PA R C E I R O



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