PÓS-VENDA 13

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N.º 13 OUTUBRO 2016 2€

WWW.POSVENDA.PT

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REPORTAG

EM

AUTOMEC HANIKA ESTIVEMOS EM FRANKFUR T

PERSONALIDADE DO MÊS

JOAQUIM CANDEIAS (BILSTEIN GROUP)

MADEIRA ESPECIAL PÓS-VENDA

Fomos à Região Autónoma da Madeira ver o que se faz na ilha em matéria de Pós-Venda automóvel, depois de ouvir os responsáveis de algumas das principais empresas PUBLICIDADE

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SUMÁRIO

PROPRIETÁRIA E EDITORA ORMP Pós-Venda Media, Lda Miraflores Office Center R. Santa Teresa do Menino Jesus Nº 4 Esc. 7º - E Miraflores 1495 - 048 Algés Nº Contribuinte: 513 634 398 CONTACTOS Telefone: +351 218 068 949 Telemóvel: +351 939 995 128 geral@posvenda.pt www.posvenda.pt facebook.com/revistaposvenda linkedin.com/company/revista-pós-venda DIRETOR Paulo Homem paulo.homem@posvenda.pt REDAÇÃO Cláudio Delicado claudio.delicado@posvenda.pt DIRETORA COMERCIAL Anabela Machado anabela.machado@posvenda.pt PAGINAÇÃO Ricardo Santos ricardo.santos@posvenda.pt SEDE DE REDAÇÃO Miraflores Office Center R. Santa Teresa do Menino Jesus Nº 4 Esc. 7º - E Miraflores 1495 - 048 Algés

N.º 13 OUTUBRO 2016

FOTOLEGENDA Um dos momentos mais marcantes do 1º ano de Revista PÓS-VENDA: Conferência com cerca de 200 oficinas na Expomecânica

EM DESTAQUE

Dropstock________________________________________________ P.06

NOTÍCIAS__________________________________________ P.08 MERCADO

Feiramaq__________________________________________________P.16 No limite - Sika/Glassdrive________________________________P.18 Gonçalteam______________________________________________ P.20

OFICINA

Fernandes Motorsport____________________________________ P.22

PERSONALIDADE DO MÊS

Joaquim Candeias (bilstein group)________________________ P.26

SALÃO

TIRAGEM 10.000 Exemplares

Salão Auto de Braga______________________________________ P.34 Automechanika__________________________________________ P.64

ISSN 2183-6647

ESPECIAL MADEIRA________________________________ P.39

Nº REGISTO ERC 126724

COMERCIAL LIGEIRO

DEPÓSITO LEGAL 399246/15 PERIODICIDADE Mensal IMPRESSÃO DPS – Digital Printing Solutions MLP, Quinta do Grajal – Venda Seca, 2739-511 Agualva Cacém – Tel: 214337000

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Mercedes Vision Van_____________________________________ P.78

TÉCNICA

Estofos em pele (CEPRA)_________________________________ P.80 Dados técnicos Mecatrónica Online______________________ P.84

PNEUS

Notícias__________________________________________________ P.86


EDITORIAL

Carta aberta aos leitores

PAULO HOMEM DIRETOR paulo.homem@posvenda.pt

Q

uase nem percebi que passou um ano desde que lançamos o nº1 da revista Pós-Venda. Foi, de facto, tudo muito rápido, aliás, demasiado rápido e, por vezes, nem deu para desfrutar de algumas das conquistas que fomos alcançando ao longo deste ano. Quando revejo tudo aquilo que fizemos com uma pequena equipa, que já cresceu um pouco, fico felizmente assustado pois, de facto, tudo é possível quando acreditamos muito naquilo que fazemos e, acima de tudo, quando deixamos tudo em campo (como se diz na gíria futebolística). O segredo é exatamente esse: muito trabalho e foco total no projeto Pós-Venda, sem esquecer uma grande proximidade com o mercado. Foram muitos os momentos de um ano que poderia aqui destacar, mas alguns assumem um relevo especial porque fomos pioneiros. Por exemplo, editamos neste número de aniversário um deles, o Especial Madeira, que nunca tinha sido feito por nenhum outro meio de comunicação especializado no Pós-Venda. Nunca uma conferência de Pós-Venda reuniu em Portugal 200 mecânicos, como a que a tivemos orgulho em realizar no âmbito da Expomecânica. Nenhuma publicação desta área foi tantas vezes, num ano, Media Partner de eventos nacionais do setor. Dinamizamos também parcerias exclusivas no domínio da informação técnica, provando que se pode fazer mais e melhor. Oferecemos ainda um equipamento de eleva-

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do valor a uma oficina, o que nunca ninguém tinha feito até hoje. Isto revela tudo sobre nós e sobre a forma como queremos estar presentes perante o mercado. Vamos continuar a querer que todos os players do pós-venda tenham espaço nas nossas edições e que entendam que temos os meios privilegiados para comunicar com todo o mercado. Tudo isto só faz sentido se estivermos, de facto, abertos a todos os players do setor. Consideramos que o “papel” ainda hoje é a âncora de tudo, mas também percebemos o quanto o digital nos poderia ajudar em fazer crescer rapidamente o nome Pós-Venda neste meio, como é fundamental para quem quer comunicar de uma forma abrangente. Daí termos feito uma aposta muito vigorosa no site www.posvenda.pt, bem como nas redes sociais e na newsletter (tudo arrancou ao mesmo tempo). Os números que facultamos a todos os que nos pedem essa informação, são demasiado evidentes para se perceber o que conquistamos em apenas um ano e a forma como nos diferenciamos no mercado. Já estamos a planear 2017 e o que vos posso dizer é que vamos fazer ainda mais do que fizemos este ano, lançando novos projetos e visando estabelecer mais parcerias que sejam boas para nós como para os nossos parceiros. Nestas coisas dos balanços deve-se agradecer aos nossos anunciantes. Mas no nosso caso isso não é uma formalidade pois todos eles foram, de facto, especiais, pois acredita-

ram desde a primeira hora que éramos capazes de levar por diante o projeto Pós-Venda. Por último, mas deveria ser em primeiro, devo dizer que isto não era mesmo possível sem o empenho total de toda a equipa, já com muitos anos de conhecimento e de experiência no Pós-Venda: Cláudio Delicado, Ana Bela Machado, Anabela Rodrigues, Hugo Jorge e Ricardo Santos. Para terminar, OBRIGADO A TODOS, por este fantástico primeiro ano da Revista PÓS-VENDA.

Vamos continuar a querer que todos os players do Pós-Venda tenham espaço nas nossas edições e que entendam que temos os meios privilegiados para comunicar com todo o mercado. Tudo isto só faz sentido se estivermos, de facto, abertos a todos os players do setor.



DESTAQUE DROPSTOCK

Recuperar os monos

As novas tecnologias vieram potenciar uma série de novos negócios na área automóvel, neste caso em concreto, na área das peças de origem. Por certo não conhece o Dropstock, mas fique sabendo que se poderá agora livrar mais facilmente dos monos. { TEXTO PAULO HOMEM }

O

s monos, também conhecidos por stock morto, são um problema para quem está no negócio das peças de automóveis. O excesso de compras para atingir os objetivos, uma aquisição mais otimista de uma referência ou a descontinuação de um determinado modelo automóvel pode levar a que o stock acabe por ficar na prateleira por mais tempo do que o esperado e, por vezes, até por tempo indeterminado. Esta situação representa custos (empate de capital) para o operador, espaço ocupado em

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stock que poderia ser rentabilizado de outra forma e nem sempre existe uma solução que permita reduzir ou terminar com os monos. Quantas vezes já precisou de uma determinada peça que não encontra em lado nenhum mas que afinal determinado operador possui mas já tinha dado como stock morto? SOLUÇÃO Digamos que o Dropstock surgiu com a ideia de dar um encaminhamento ao stock morto, tornando-o mais visível a todos aqueles que

procuram uma peça original para determinado veículo, mas que nunca tinham encontrado até agora. Guilherme Abreu, responsável pelo projeto Dropstock, é um profissional da área automóvel, com um longo percurso ao nível dos concessionários que sempre lidou de perto com esse problema do stock morto. “Em toda a minha vida profissional sempre ouvi os responsáveis de peças queixarem-se dos monos e do problema que era tê-los dentro de portas, com os inerentes custos associados”,


começa por afirmar Guilherme Abreu, explicando que “comecei a pensar nessa situação dos monos e de que forma poderia encontrar uma solução. Foi assim que surgiu a ideia de avançar com o Dropstock”. A primeira caraterística é que o stock que está disponível nesta plataforma é de apenas peças de origem. O responsável por esta plataforma, que é muito recente, tem vindo a fazer um trabalho de angariação junto dos concessionários automóveis, pelo que ainda existe muito trabalho a explorar. Neste momento, a plataforma tem disponíveis peças de cerca de 13 marcas de automóveis, algumas ainda com poucas referências mas outras, como é o caso da Renault, com um stock já bastante considerável. “Temos pouco menos de 32.000 referências, o que ainda não é suficiente mas, lentamente, à medida que vamos sendo conhecidos, temos vindo a introduzir cada vez mais referências de peças”, afirma o mesmo responsável, dizendo que “não há limite para o número de referências que possam vir a estar na plataforma. O ideal era que tivesse já um ou dois milhões de referências”. Qualquer concessionário poderá carregar os seus monos nesta plataforma, mas o primeiro carregamento de dados é sempre feito pela Dropstock, por um questão processual e como forma de controlar o acesso dos operadores a este mesma plataforma. Para aderir basta a qualquer operador preen-

cher os seus dados diretamente na plataforma, seguindo depois algumas formalidades simples para que possa ser fornecedor de stock morto. “Para o concessionário as vantagens desta plataforma são enormes, pois permite-lhes aumentar vendas com o stock morto, disponibilizar artigos que não têm saída e oferecer um serviço a outros clientes que não tinham”, refere Guilherme Abreu. COMPRAR Qualquer pessoa poderá adquirir peças no Dropstock. Logo na página inicial da plataforma qualquer utilizador pode colocar a referência original da peça que deseja e, se a mesma estiver disponível, poderá adquiri-la. Obviamente que a Dropstock não tem qual-

CONTACTOS DROPSTOCK Guilherme Abreu 968 807 444 geral@dropstock.com dropstock.pt

quer stock físico, pois ele está disponível no concessionário que lá colocou a informação, intermediando apenas a transação, pela qual cobrará um percentagem. “O site está aberto a todo o tipo de clientes que pretendam comprar uma peça que não encontram noutro lado mas que encontraram no Dropstock”, refere Guilherme Abreu, explicando que, “obviamente, que o cliente profissional e as oficinas em particular são o alvo preferencial desta plataforma, pois aqui podem encontrar peças difíceis de encontrar”. Logicamente que tendo esta plataforma stock morto dos concessionários, existem alguns problemas mais complicados de contornar. “Nem sempre a listagem de peças obsoletas que recebemos está atualizada, o que leva a que a informação que esteja na página indique que a peça está disponível quando na realidade pode nem existir”, reconhece Guilherme Abreu. O desenvolvimento futuro desta plataforma passa muito pelo que vier a ser a adesão de mais concessionários e, por sua vez, mais marcas de peças, que assim permitirão que a mesma possa evoluir e potenciar mais negócio. “Todos têm a ganhar com esta plataforma, pois quanto mais peças tiver mais compradores terá e mais visível se tornará, o que ajudará os concessionários a aumentarem vendas e reduzirem os seus monos”, conclui Guilherme Abreu. OUTUBRO 2016

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NOTÍCIAS

Relações fortes A Sociedade Comercial C.Santos e a Petronas têm uma relação comercial recente, desde 2015, mas rapidamente deu frutos, devido também aos laços estratégicos que unem as duas empresas.

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relação ente a Petronas e a Mercedes é conhecida a nível mundial, por causa da ligação que as empresas têm ao nível da Fórmula 1. A Sociedade Comercial C.Santos comercializa automóveis Mercedes mas tem também, ao nível das peças e componentes originais, uma forte presença no mercado, sendo um dos três maiores distribuidores nacionais de lubrificantes Petronas. Recentemente a Sociedade Comercial C.Santos organizou um evento (uma corrida de karts), onde estiveram presentes os seus clientes oficinais, tendo para o efeito o apoio da Petronas, numa lógica de proximidade entre empresas e as oficinas que utilizam os produtos da marca malaia. Com mais de 70 anos de atividade, a Sociedade Comercial C.Santos é o maior concessionário Mercedes em Portugal (o que mais vende em ligeiros e pesados), tendo a responsabilidade de comercializar peças originais Mercedes em ligeiros e pesados “onde temos o melhor

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PÓS-VENDA

stock do país em termos de rácio, avaliado em 2,5 milhões de euros, o que se traduz em cerca de 200.000 referências”, começa por revelar Manuel Machado da Silva, Diretor de Peças e Lubrificantes da Sociedade Comercial C.Santos. Todo o negócio de peças e lubrificantes desta empresa está estruturado e bastante desenvolvido, através de atendimento telefónico, meios informáticos e balcão, dispondo a empresa de uma equipa de cinco comerciais no terreno exclusivamente dedicada ao negócio das peças e lubrificantes. Do total do negócio de peças, 60% é para consumo interno das oficinas, enquanto 40% são vendas feitas externamente. A Petronas e outra marca de lubrificante são as únicas que a Sociedade Comercial C.Santos comercializa que não são “peças” originais Mercedes e Smart. “A Petronas é a marca de lubrificantes que usamos também nas nossas oficinas em todos os veículos que assistimos, até por recomendação da marca. Ao todo, te-

mos cerca de 130 clientes oficinais em média por dia”, refere Manuel Machado da Silva, o que revela bem a dimensão deste operador. Sobre a ação que juntou cerca de 50 clientes oficinas no Kartódromo Cabo do Mundo para um dia de corridas, diz o Diretor de Peças e Lubrificantes da Sociedade Comercial C.Santos que “este tipo de ações estreita as ligações entre empresas, pois existem clientes que, por vezes, não têm a noção da nossa estrutura nem da nossa dimensão. Por outro lado, é um momento importante para reforçar a nossa ligação com a Petronas”. Para além desta ação, a Sociedade Comercial C.Santos e a Petronas pretendem continuar a apostar cada vez mais na formação, explicando Manuel Machado da Silva que “ela é cada vez mais importante para os nossos clientes. A Petronas, através do seu responsável técnico que tem muita experiência em lubrificantes, tem feito connosco um excelente trabalho ao nível da formação. Sentimos que é uma mais-valia na qual queremos continuar a apostar”. Para manter também são as campanhas regulares que a Sociedade Comercial C.Santos e a Petronas realizam para as oficinas, numa relação “que tem dado os seus frutos e que, quando duas empresas trabalham no mesmo sentido, acabam por se fortalecer mutuamente”, conclui Manuel Machado da Silva.


DICA DE LUBRIFICANTES BY Sparkes & Sparkes tem nova loja online www.sparkes.pt Iberequipe distribuidor Delphi nos equipamentos de diagnóstico

Nova plataforma técnica da NGK denominada Tekniwiki

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Iberequipe passou a ser o novo distribuidor da Delphi em Portugal, não só para os equipamentos de diagnóstico Diesel, como também para os equipamentos de diagnóstico automóvel (DS150E). Com esta nova representação Delphi, os clientes passam a contar com os produtos de diagnóstico do fabricante líder dos sistemas de injeção de combustível diesel. O destaque vai para o equipamento de diagnóstico automóvel com o software do DS150E da Delphi (Car ou Truck), que é um diagnóstico de nível OE, permitindo realizar diagnósticos em profundidade dos sistemas principais do veículo numa gama extensa de marcas e modelos.

NGK lançou recentemente uma nova plataforma online com muitos conteúdos técnicos à disposição da oficina, bem como a todos os interessados em conteúdos sobre tecnologia de ignição e sensores, denominada “Tekniwiki”. O Tekniwiki pode agora ser utilizado para ter acesso direto às populares aplicações de e-learning da NGK, aos vídeos técnicos e/ou descarregar informação técnica. Este portal reúne informação de diversas fontes dentro dos produtos com as marcas NGK e NTK, existindo quatro áreas de informação: conhecimentos técnicos, que acolhe a aplicação de e-learning da NGK que inclui cursos interativos sobre velas de ignição, sensores, velas de incandescência, sondas lambda, jogos de cabas, etc; Descarga, que permite fazer o download de catálogos e folhetos; Videos, onde é possível ter acesso a imensos videos técnicos através do canal do youtube da NGK; e Notícias, com diversas informações sobre o mais recentes produtos nas marcas NGK e NTN. Através do site www.tekniwiki.com, que pode ser acedido através de computadores, smartphones e tablets em 15 idiomas, terá acesso a todas as estas informações.

Ampliação de gama GKN inclui tecnologia Face Spline

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GKN lançou uma nova ampliação da sua gama de transmissões (com nova tecnologia Face Spline), Kits de junta e Kits de foles. Com esta ampliação da gama - ao todo são 61 novas referências - a GKN incorpora transmissões para BMW as quais possuem a nova tecnologia Face Spline, que foi desenvolvida e fornecida aos construtores de automóveis nos últimos anos. O Face Spline é um inovador sistema de conexão para transmissões CV que foi patenteado pela GKN. É uma nova tecnologia que oferece aos fabricantes dos veículos uma alternativa mais eficiente face ao desenho tradicional de eixo utilizado habitualmente para fixar as transmissões de juntas homecinéticas (CVJ) com os cubos de roda.

Filourém amplia gama Maurice Lecoy

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Filourém acaba de ampliar a sua oferta na linha de cabos do setor da caixa de velocidades, neste caso com a marca Maurice Lecoy. Representando uma das mais conceituadas marcas deste tipo de componentes, a Maurice Lecoy, a Filourém conta já com mais de 90 referências disponíveis para os mais diversos modelos de automóveis e furgões, tanto europeus como japoneses.

OS ANTICONGELANTES NÃO SERVEM SÓ PARA EVITAR A CONGELAÇÃO DO LÍQUIDO REFRIGERANTE Existe uma tendência para entender o anticongelante exclusivamente como um componente que evita a congelação do líquido refrigerante. O que, de facto, está muito longe de ser a exclusiva função do composto. O líquido refrigerante de qualquer motor ou equipamento deve ter na sua base uma série de componentes que, para além de evitar a congelação do mesmo, devem garantir o bom funcionamento de todos os componentes com o qual contacta, tal como vitalizar os retentores, juntas e falanges de diferentes compostos, que desenvolvem comportamentos díspares em função das temperaturas a que estão sujeitos ao longo do funcionamento normal do equipamento. A percentagem de diluição é igualmente muito importante e decisiva para o bom desempenho do mesmo. A complexidade dos anticongelantes não é, atualmente, muito diferente da dos lubrificantes, com os quais partilham vários objetivos comuns, como possam ser a lubrificação e revitalização das condutas, canais e respetivas bombas de água. Para algumas viaturas mais recentes e tecnologicamente mais evoluídas o anticongelante tem funções que passam por amortecer os impactos da combustão, diminuído assim a cavitação e garantirem maior rapidez no aumento da temperatura do líquido refrigerante, decisiva para diminuir os desgastes associados aos arranques a frio. As mentalidades devem mudar sempre que a tecnologia assim o exige e os anticongelantes são componentes muito mais complexos e tecnologicamente mais evoluídos do que possam parecer.


NOTÍCIAS

Dica Ambiental by

menos exigentes em termos de matérias primas?

Eco­‑Partner

Papel e cartão são submetidos a processos de tratamento (solubilização, descontaminação e branqueamento), sendo transformados em pasta de papel reciclada?

Contribuição do sector automóvel para as metas de reciclagem. Promoção de boas práticas e maximização de proveitos resultantes da reciclagem A actividade de reparação automóvel origina produção de resíduos perigosos e não perigosos que terão de ser correctamente geridos, desde a sua produção até ao seu fim de vida. A cada tipologia de resíduo é atribuído um código LER, devendo a gestão (caracterização, separação por tipo e acondicionamento, recolha e encaminhamento para destino final) contemplar sempre que possível a promoção da reciclagem e/ou valorização dos resíduos. Sabia que os: Resíduos metálicos são reciclados em fundições ou siderurgias? Resíduos plásticos são classificados por tipo, triturados e granulados e incorporados como matérias primas em processos de fabrico PAPEL/CARTÃO E PLÁSTICOS LIMPOS

RSU'S

PLÁSTICO LIMPO

Se a segregação for feita de forma correcta, as oficinas podem reduzir custos (evitam encaminhar para tratamento – custos) e aumentar proveitos, desde que encaminhem / vendam estes resíduos a operadores licenciados. A recolha destes resíduos tem de ser sempre acompanhada pela emissão de guias de acompanhamento de resíduos (GAR) e guias da AT (Autoridade Tributária) para garantir a conformidade legal. Se implementar boas práticas que promovam a reciclagem está a contribuir para a sustentabilidade da sua empresa, do sector e do país.

Não arrisque! Se necessitar de ajuda contacte a Eco-Partner www.eco-partner.pt SUCATA

PALETES

EMBALAGENS DE ALIMENTOS

METÁLICA

NÃO METÁLICA

BORRACHAS

RESTOS DE ALIMENTOS

CHAPA METÁLICA

FILTROS DE AR

CORREIAS

LIXO COMUM

PEÇAS DE FERRO OU ALUMÍNIO

PEÇAS DE PLÁSTICO

ESPUMAS

RECICLÁVEIS

OUTRAS PEÇAS METÁLICAS

Fuchs dinamiza anticongelantes Maintain Fricofin

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ara fazer frente às exigências cada vez maiores dos motores modernos e de modo a evitar o aparecimento de avarias por sobreaquecimento, congelação ou desgaste, a Fuchs oferece uma vasta gama de anticongelantes de elevado rendimento, designada por Maintain Fricofin. Os fluídos Maintain Fricofin favorecem o arrefecimento dos motores e protegem o circuito de refrigeração, mantendo-o limpo e em perfeito funcionamento. Só os anticonge-

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PÓS-VENDA

PNEUS

MADEIRAS

PAPEL DE ESCRITÓRIO CARTÃO DE EMBALAGENS

Concretamente podemos definir as seguintes famílias de resíduos recicláveis (a verde) produzidos em oficinas (VER QUADRO)

Nova gama Dayco PV

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Dayco disponibiliza para o mercado do pós-venda uma nova gama de correias PV, que vão ao encontro das exigência dos motores modernos. Esta gama diversa e atualizada de correias PV assegura que se proporcione a melhor aplicação técnica para cada aplicação particular, isto é, existe sempre um produto para cada tipo de transmissão específica com a finalidade de cumprir com as necessidades de rendimento e de carácter técnico-funcional de cada aplicação. A nova gama Dayco PV inclui: – Correia EPDM com cobertura branca das pistas; – Correia EPDM para exigentes condições de utilização; – Correia EPDM com a parte posterior em borracha texturizada; – Correia EPDM elástica; – Correia EPDM normal. Refira-se que esta nova correia (que inclui 67 referências com a parte posterior em borracha textutizada) não precisa de sistema de tensão externa (tensores). A instalação requer ferramentas especiais que permitem esticar a correia e colocá-la de modo eficaz na polie.

lantes da gama Maintain Fricofin são capazes de oferecer uma segurança e fiabilidade certificadas, à altura das exigências dos motores mais avançados, como: 1. Manter-se líquido e ser capaz de fluir; 2. Ser compatível com os materiais; 3. Evitar a formação de depósitos; 4. Proteger contra a corrosão e cavitação. Alguns dos fluídos refrigerantes mais relevantes da gama, são o Maintain Fricofin DP, que possui aprovações oficiais da BMW e Mercedes Benz, o Maintain Fricofin LL, com aprovações oficiais da MAN e Mercedes Benz, e o avançado Maintain Fricofin HDD, com recomendações Fuchs para a Iveco e MAN, entre outras.


Krautli introduz inovadora correia Optibelt

Meyle aposta em kits de distribuição com bombas de água

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SecuRed é a primeira correia do mundo com indicador de desgaste. A Krautli Portugal considera ser a correia de transmissão mais inovadora do mundo. Todas as correias Optibelt são concebidas na Alemanha com a qualidade OE e têm o mais elevado nível de durabilidade. O “Secured Change Control” de correias de transmissão está um passo à frente da concorrência e tem sido otimizado para obter as melhores performances permitindo também que a manutenção seja mais fácil e mais simples. Foi feito um investimento de stock desta nova gama para garantir uma excelente taxa de serviço aos parceiros da Krautli, garantindo disponibilidade imediata de todas as medidas existentes.

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A Mais cores disponíveis no Paint It

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MaxMeyer acaba de atualizar a sua plataforma online de identificação de cores, Color Paint It, oferecendo um maior números de cores aos pintores que usam esta ferramenta. O objetivo da MaxMeyer foi proporcionar ao pintor o aceso a uma base de dados mais extensa, com destaque para as cores que os automóveis trazem de série desde o ano de 2008. O Paint It tinha uma base de dados que incluia as cores de 2012 até à atualidade, mas agora foi alargado o leque de cores para automóveis construídos a partir de 2008.

Meyle aumentou a sua gama de kits de distribuição com bombas de água Meyle-Orginal para VW, Audi, Renault, Peugeot e Citroën. Os kits completos do fabricante de Hamburgo incluem todas as peças necessárias para a substituição da correia distribuição. Além disso, os kits incluem a respetiva bomba de água, em qualidade Meyle-Original ou Meyle-HD. As bombas de água dos kits – além do respetivo tempo de garantia – possuem uma garantia de quilometragem mínima de 160 934 quilómetros (100 000 milhas).


NOTÍCIAS

NUM MINUTO... Pelo terceiro ano a Lousã vai receber o Lousãmotores, entre os dias 7 e 9 de outubro, um evento que visa a promoção do setor automóvel na região. A revista Pós-Venda é parceira da Lousã Motores, atendendo a que diversas empresas da área do pós-venda vão marcar presença neste evento. Armando Lima assumiu recentemente as funções de General Manager Portugal na Tiresur, empresa espanhola que opera na distribuição de pneus. A Metelli acaba de apresentar o seu novo website (www.metelligroup.it.), que tem a particularidade de agrupar nesta plataforma todas as marcas que comercializa (Metelli, Graf, Cifam, Kwp, Trusting e Fri.Tech), disponibilizando mais de 13.000 referências. A Leatronic tem disponível para o mercado de pós-venda as escovas limpa pára-brisas da marca Qeep-Wiper. Estão disponíveis medidas desde os 30 aos 70cm, estando a Leatronic a desenvolver uma campanha com condições especiais para revendedores até ao dia 30 de novembro. A BMW AG renovou a sua aprovação anual para 2016 para a Spies Hecker e Standox – duas das marcas globais de repintura premium da Axalta Coating Systems, fabricante líder global de tintas líquidas e em pó.

Blue Print tem uma nova imagem

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Blue Print é uma marca com mais de 25 anos de história, sendo que a imagem que agora está a ser substituída existia há já 5 anos e, tal como tudo o resto, também a história das marcas se pode contar através de imagens. Tudo começou pela especialização em peças para veículos asiáticos, evoluindo para os veículos de marcas britânicas e americanas, ao mesmo tempo que construía todo um conjunto de informação e ferramentas técnicas, catálogos, não esquecendo o quão inovadora foi quando disponibilizou a pesquisa por matrícula. Na nova imagem os principais elementos são as peças. Mas as peças apesar de centrais na nova comunicação precisam de um enquadramento e é através de uma moldura azul e branca que o mesmo é feito. Porém, o imaginário asiático, britânico e americano não desaparecerão sendo que existem versões com este imaginário, mas que não acarretam os constrangimentos atrás referidos. Transversal a todos os materiais é a introdução de ícones identificativos das diferentes famílias de produto. Contudo, é importante referir que a Blue Print, na sua essência, nos seus valores e modus operandi continua a mesma. Há um património que não se perderá e, por isso, o seu logótipo não foi alterado e a assinatura da marca “Right First Time” foi resgatada. Mas não só a assinatura é representativa dos valores da marca. O logótipo, a impressão digital azul é icástica na representação da exatidão com que tudo é feito na Blue Print.

A Federal-Mogul Motorparts anunciou a renovação do acordo de comercialização com a BorgWarner emissions Systems. Assim, durante os próximos cinco anos mantém a distribuição global no mercado de pós-venda dos produtos de ignição da Beru. A Brembo renovou por completo o seu portal bremboparts (www.bremboparts.com), tornando-o mais completo, mais moderno e com mais informação disponibilizada em vários patamares de exigência, consoante a necessidade do utilizador.

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PÓS-VENDA

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Liqui Moly melhorou os seus produtos e renovou toda a imagem da linha de car care, numa clara aposta nesta gama, com destaque para os produtos de polimento. Assim, toda a gama de produtos de manutenção foi alvo de um relançamento em que o ponto forte da nova oferta são os produtos de polimento. As novas fórmulas são mais fáceis de utilizar, mais resistentes às condições meteorológicas e especialmente adequadas às pinturas mais modernas. Comuns a todos os produtos de manutenção são as etiquetas totalmente novas com sistema indicativo de cores, que está subdividido em oito cores: vermelho para produto de manutenção para pintura, laranja para panos e esponjas, amarelo para produtos de manutenção para plásticos, verde para produtos para o habitáculo, azul para manutenção de vidros, roxo para limpeza de capota. Os produtos para as jantes e os componentes cromados estão providos de etiquetas cinzentas e os produtos de manutenção para borrachas, de etiquetas pretas.

Novo catálogo Mobil 1 e Mobil Super 3000

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A MF Pinto, SA dispõe agora de um novo site mais intuitivo, mais funcional e com mais informação. O novo site (www.mfpinto.com ) permite agora o acesso direto à plataforma digital para clientes profissionais, com acesso a preços, stocks e documentos contabilísticos. Mario Recio foi nomeado para o cargo de diretor da rede de oficinas Vulco, divisão de Retail da empresa, com início a 1 de setembro de 2016.

Liqui Moly renova imagem dos produtos Car Care

Grupo da Norauto e Midas adquire gigante alemão da reparação

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Mobivia Groupe, líder europeu em serviços de reparação e manutenção multimarca, chegou a acordo para a aquisição da A.T.U Auto-Teile-Unger, gigante dos auto-centros na Alemanha. Depois de concluída, esta operação vai reforçar a posição de liderança do Mobivia Groupe como um gigante das redes de oficinas de reparação e manutenção na Europa, com cerca de 2000 postos, mais de 20 mil funcionários e uma previsão de vendas combinada de cerca de 2,7 mil milhões de euros. O negócio está sujeito ao escrutínio das autoridades de concorrência.

Lubrigrupo e seus distribuidores autorizados apresentam o novo catálogo PVL 2016 da linha Mobil 1 e Mobil Super 3000. São lubrificantes sintéticos, destinados ao setor dos automóveis ligeiros, que incluem as mais avançadas tecnologias de ponta, oferecendo não só a qualidade para manter o desempenho do motor como novo, mas também, ganhos de eficiência no que diz respeito à economia de combustível, prolongamento da vida útil do óleo e redução da emissão de gases de escape. Este catálogo conta com as mais recentes aprovações e lubrificantes disponíveis no mercado. Contudo, devido às constantes e crescentes exigências dos construtores, prevê-se o lançamento de, pelo menos, duas novas referências Mobil 1 até ao final do ano. As novidades estarão para breve.


Ferodo apresenta nova linha de tambores de travão

Catalgaia lança Verniz CP2015 X-Speed da Profix

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Federal-Mogul Motorparts ampliou a oferta da Ferodo para incluir uma extensa gama de tambores de travão para ligeiros e comerciais ligeiros. Esta última incorporação garante uma melhoria adicional na ampla gama de materiais de fricção e acessórios da Ferodo, sublinha a marca. Esta gama cobre as necessidades tanto dos novos modelos como dos que já deixaram de se fabricar, assegurando a reposição de peças para todos os veículos que usam travões de tambor.

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Mann+Hummel apresenta filtro de combustível inovador

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Grupo Mann+Hummel lançou a nova referência PU 11 001 z, um filtro inovador de combustível com um rendimento de filtragem significativamente melhorado. Com um meio filtrante de tripla camada, este filtro cumpre os requisitos de pureza do combustível dos sistemas de injeção de alta pressão mais recentes. Além disso, conta com sete vezes mais eficiência de filtragem face ao anterior meu filtrante premium da Mann-Filter e praticamente o dobro da capacidade de retenção sujidade. Como elemento filtrante sem metal, também é completamente incinerável.

Verniz CP2015 X-Speed da Profix é a mais recente que a Catalgaia acaba de lançar no mercado, disponibilizando um produto com características que vão de acordo com as necessidades das oficinas de repintura. Trata-se de um verniz de secagem muito rápida, indicado para pequenas reparações e para pinturas completas. Usa um só catalisador, não necessita de diluente, com VOC <420 g/l. Os tempos de secagem são os seguintes: – Secagem a 60⁰C em 5 minutos; – Secagem a 40⁰C em 15 minutos; – Secagem a 20⁰C em <60 minutos. Refira-se que os produtos Profix têm a certificação de qualidade – norma EN ISO 9001:2000, sendo certificados pela TUV- NORD CERT GmbH.


NOTÍCIAS

Gasin distribui gás para A/C R-1234 yf da Honeywell em Portugal

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Honeywell, líder global na produção de gases refrigerantes, chegou a acordo com a Carburos Metálicos, companhia líder em Espanha no setor de gases industriais e medicinais, para a filial da multinacional Air Products ser o distribuidor preferencial do novo gás refrigerante Solstice yf no mercado espanhol. O mesmo acordo aplica-se ainda a Portugal sendo a Gasin, a filial portuguesa da Air Products, o distribuidor preferencial no território nacional. Na sequência deste acordo, e desde o passado dia 1 de Agosto, a unidade fabril de Carburos Metálicos em La Pobla de Mafumet (Tarragona) está preparada para a distribuição deste tipo de gás refrigerante. A unidade irá fornecer o produto, inicialmente, em garrafas de 5, 10 e 50 kg, mas dispõe de condições para encher outros formatos de maior capacidade, como contentores de 1 tonelada.

Facilidade de utilização para o novo HS 8034

Novas instalações GTA Solution

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Permasolid Verniz HS 8034 é um novo verniz Altos Sólidos com elevado brilho, em conformidade com a legislação COV, que se carateriza pela facilidade de utilização. Este verniz faz parte do Sistema Performance da Spies Hecker, no entanto a sua facilidade de utilização e a sua versatilidade fazem deste verniz o produto certo para quem procura mais lucro e satisfação do cliente final. É possível acelerar o tempo de reparação do veículo devido a tempos de aplicação curtos, a uma rápida secagem e a uma lixagem simples dos materiais. As oficinas que usam o Permasolid Verniz HS 8034 beneficiam de um bom acabamento com muito bom corpo e brilho. O novo verniz proporciona boa estabilidade vertical e boas propriedades de polimento. Para um acabamento perfeito a Spies Hecker recomenda-se aplicar Permasolid Verniz HS 8034 em 2 demãos, mas também é possível aplicá-lo em 1.5 demãos. O Permasolid Verniz HS 8034 é adequado para o Sistema Bicamada Permahyd Hi-TEC 480, conhecida pela formação de um efeito extremamente uniforme e pela elevada precisão de cor.

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presença da GTA Solution no mercado automóvel português tem sido crescente. A face visível desse crescimento são as novas instalações em Santarám. A GTA Solution, software house de origem portuguesa e dedicada ao setor automóvel, disponibiliza aos seus clientes e parceiros de negócios um software de orçamentação para consulta de preços, dados técnicos e valorização de veículos. Devido precisamente à expansão e consolidação no mercado, houve necessidade, por parte da GTA Solution, de adquirir novas infra-estruturas para dar resposta às atuais exigências, um espaço que fosse equilibrado e orientado para o crescimento. Assim, as novas instalações estrategicamente localizadas em Santarém, possuem uma área de mais de 4.000m2 localizado na Estrada Nacional 3, nº144, Portela das Padeiras.

Novos blocos de válvulas para suspensão pneumática na Pro4Matic

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eguindo a estratégia de diversificação de produto dentro da sua área de negócio, a Pro4matic passou a disponibilizar novos blocos de válvulas para suspensão pneumática. A segunda novidade é que também apresentou mais de 110 novas referências para carros Americanos. O componente responsável pela distribuição de ar no sistema pneumático (unidade de válvulas), é agora disponibilizado pela Pro4matic. Construidos a partir de materiais de alta qualidade, asseguram os mesmos parâmetros dos diferentes fabricantes. A Pro4matic conta agora com unidades de válvulas para a BMW, versões X5, X6 e série 5. Na Mercedes-Benz está disponível para as carroçarias w164, x164, w166, x166, w251, w221, ML63 AMG, e outras marcas, tais como Renault, Volkswagen, Audi e Porsche. O mercado de Sistemas Pneumáticos em carros Americanos é agora uma nova aposta da empresa, com a implementação de mais de 110 novas referências na sua gama de produtos. Marcas como Buick, Cadillac, Chevrolet, Ford, Gmc, Hummer, Jeep, Lexus, Lincoln, Mercury, Oldsmobile e Pontiac.

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PÓS-VENDA

Dinginess entra na consultoria digital B2B

A Eni galardoada

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Eni recebeu, pelo segundo ano consecutivo, o prémio de melhor empresa de exploração atribuído pela Petroleum Economist pela sua abordagem inovadora às atividades de exploração e à sua forte capacidade de gerar valor. Este prémio, atribuído desde 2006, pretende identificar e reconhecer os exemplos de inovação e excelência representados por pessoas, empresas e projetos que destacam o melhor do setor da energia. O prémio reconhece o compromisso da Eni com o crescimento sustentável graças ao foco na pesquisa, inovação e eficiência. “Estamos muito contentes com este prémio”, referiu Claudio Descalzi, CEO da Eni.

Diginess SAS, empresa francesa de desenvolvimento e consultoria digital B2B apresentou, em Bordéus, a sua nova plataforma B2B. No lançamento desta nova plataforma, foi apresentada em paralelo a criação do seu departamento Europeu especializado na área automóvel, com sucursal em Portugal liderada por José Cardoso. Este novo departamento visa o auxílio das empresas de aftermarket na implementação estratégica de soluções de informação técnica para a reparação, peças, identificação de veículos (VIN, matrículas), bem como comparativos de mercado “benchmarking” e estudos sobre as novas tecnologias, a nível Europeu. A escolha de Portugal para este departamento prende-se sobretudo pela maior facilidade em encontrar recursos humanos qualificados aliada a uma capacidade de trabalho e polivalência já reconhecidas, segundo Franck Roger, CEO da Diginess SAS, profissional com profundos conhecimentos nesta área de negócio.



MERCADO FEIRAMAQ

Dedicação ao retalho Nos dois últimos anos a Feirmaq operou uma profunda mudança na sua estratégia de negócio. As novas instalações e a nova imagem marcam a consolidação dessa visão.

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s novas instalações da Feiramaq, na Zona Industrial de Ovar, são um novo e importante passo na consolidação da estratégia que a empresa operou nos dois últimos anos. Não só mudou a forma da empresa se relacionar com os seus clientes, como trouxe outras mais-valias à atividade. “Nestas instalações temos excelentes condições para distribuir para todo o país os nossos produtos, pois necessitávamos também de um espaço maior que acompanhasse o crescimento da empresa em termos comerciais”, começa por explicar Rui de Castro, diretor comercial da Feiramaq, acrescentando que, “como temos muitas importações, era importante ter um espaço mais adequado à nossa atividade”. Nas anteriores instalações (a cinco quilómetros das atuais), o projeto Feiramaq estava mais vocacionado para o cliente final. Como há dois anos

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PÓS-VENDA

{ TEXTO PAULO HOMEM } a esta parte deixou de trabalhar diretamente para este cliente, concentrando esforços na revenda, a localização das instalações passou a ter uma importância relativa, embora a empresa necessitasse de mais espaço. “A nossa intenção era crescer para dar melhores condições aos nossos colaboradores mas também aos nossos clientes”, refere o mesmo responsável, explicando que, “nestas novas instalações, vamos ter, por exemplo, um espaço dedicado exclusivamente à formação, algo que é muito importante na nossa atividade, como iremos ter um showroom que possibilita aos nossos clientes terem contacto direto com os nossos produtos”. REVENDA A estratégia seguida há dois anos a esta parte pela Feiramaq visa exclusivamente a revenda

dos seus produtos passando, dessa forma, a ter como objetivo vender em todo o país através de um rede de revendedores. É este trabalho que a empresa tem vindo a fazer que “nos obrigou a uma reestruturação da empresa”, diz Ricardo de Castro, diretor geral da Feiramaq, acrescentando que “deixamos de ser distribuidores de marcas para a nossa região, acima de tudo, para passarmos a ser importadores de diversas marcas, algumas delas em regime de exclusividade para Portugal”. A aposta da Feirmaq está agora muito focada no aftermarket, nomeadamente no crescimento junto dos retalhistas de peças, “propondo-lhes um novo tipo de produto com qualidade, numa área de negócio que muitas casas de peças não estão a explorar”, revela Rui de Castro, assumindo que “estamos numa fase de procura ativa de novos retalhistas de peças, fazendo


crescer a nossa rede de distribuição para algumas zonas de Portugal onde não estamos tão bem representados”. O projeto contempla ainda o conceito de parceiro e de cliente, explicando Ricardo de Castro que “o parceiro é aquele que quer estabelecer uma outra relação connosco e tem uma determinada área geográfica com capacidade para crescer, enquanto o cliente será aquele que nos compra de forma ocasional. O nosso objetivo é trabalhar claramente com parceiros”. PRODUTO Dedicando grande parte da sua atividade ao setor automóvel (cerca de 75% auto, 25% indústria), são muitas as representações que a Feiramaq disponibiliza para o mercado, nomeadamente ao nível das ferramentas, consumíveis e tratamento, iluminação, adesivos e vedantes, entre outros. “Algumas das marcas que representamos são líderes de mercado nos seus países de origem, como é o caso da Aircat em ferramentas pneumáticas dos Estados Unidos, Universal Tools, ferramentas pneumáticas em Inglaterra, Ecotec nos consumíveis, líder em

França, Mityvac e AST em ferramenta especial para automóvel, CAT Lights em iluminação, entre muitas outras”, explica Rui de Castro, dizendo que “a nossa preocupação foi, acima de tudo, a qualidade dos produtos, alguns deles de grandes empresas mundiais”. FORMAÇÃO Tal como foi dito nas novas instalações, a Feirmaq irá reforçar a aposta na formação, tendo para o efeito um espaço dedicado. “Temos que proporcionar formação técnica sobre alguns dos

CONTACTOS FEIRAMAQ Rui de Castro e Ricardo de Castro 256 181 942 geral@feiramaq.pt www.feiramaq.pt

nossos produtos, essencialmente como forma de demostrar a qualidade dos mesmos e facilitar a venda que os nossos distribuidores fazem para os seus clientes”, refere Ricardo de Castro, explicando que “se não o fizermos estaremos no mercado a vender os nossos produtos apenas pelo preço e muitos deles não se podem vender pelo preço. É necessário perceber a diferença que os nossos produtos têm e isso só pode ser feito pela via da formação. Só explicando a diferença dos nossos produtos para os da concorrência é que podemos ajudar o nosso distribuidor a fazer uma melhor venda dos nossos produtos”. A Feirmaq dispõe de uma equipa de três comerciais que estão a trabalhar todo o mercado nacional visitando a revenda, tendo ainda um novo responsável pelo desenvolvimento da marca Ecotec. Sobre o futuro, Ricardo de Castro diz que a Feiramaq não tem como ambição uma crescimento desmesurado, explicando que “vamos apostar em parcerias sólidas e consistentes e tentar atingir um patamar que nos permita efetuar um serviço de qualidade, respeitando sempre o nosso parceiro”. OUTUBRO 2016

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MERCADO GLASSDRIVE / SIKA

Para lá do limite

Não bastou à Glassdrive e a Sika dizerem que têm dos melhores produtos para a substituição do vidro automóvel. Quiserem mostrar isso na prática e ao mesmo tempo demonstrar a importância do vidro e da sua colagem na segurança automóvel.

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Glassdrive e a Sika, com o apoio da MCoutinho, dinamizaram, no âmbito do Leiria Sobre Rodas, um outro evento, para o qual investiram muitos meios e recursos, denominado “No Limite”. Pretendiam (e conseguiram) os responsáveis da Glassdrive e da Sika provar a importância que uma correta substituição de um vidro no automóvel tem na segurança passiva de um automóvel, utilizando para o efeito vidro de qualidade original e os mais recentes produtos Sika, em matéria de colagem. Em primeiro lugar, devemos relembrar a importância do papel desempenhado pelos vidros num automóvel. Os vidros fixos incrementam a rigidez estrutural do automóvel, funcionam como painéis de suporte ao esforço a que a estrutura do carro é submetida em andamento. Em caso de acidente o para-brisas é um elemento participativo no processo de segurança passiva e a retenção dos passageiros dentro do veículo é também garantida pelos vidros em caso de

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{ TEXTO PAULO HOMEM } do automóvel (a resistência original está muito acima do que esta norma preconiza). Foi precisamente este um dos testes (efetuado por duas vezes) que a Glassdrive e a Sika realizaram ao vivo em Leiria, mas com uma importante novidade, que passou pela utilização de um novo produto de colagem (da Sika), num para-brisas colocado num automóvel apenas 30 minutos antes do crash-test.

acidente, isto é, o correto funcionamento dos airbags frontais depende muito do para-brisas. Existem normas internacionais que os construtores devem cumprir nos crash-tests para que se garanta que os passageiros fiquem retidos dentro do habitáculo (após acidente). A norma FMVSS nº212/208 verifica a capacidade de retenção dos passageiros em caso de colisão frontal, sendo este teste realizado a 48 Km/h em colisão frontal numa barreira fixa, atingindo 100% de largura

SIKA A evolução dos produtos de colagem de vidros tem sido enorme, não tanto pela qualidade da cola (que também evoluiu) mas, acima de tudo, pela redução do tempo de imobilização necessária até ao veículo poder voltar a circular. Atualmente, a Sika disponibiliza um produto que necessita apenas que o veículo tenha uma imobilização de 30 minutos (tecnologia PoweCure), após o qual é restituída a rigidez estrutural do veículo, que cumpre ainda outros requisitos como seja a facilidade de utilização e de aplicação.


Pela primeira vez a Sika criou um equipamento de aplicação de adesivo, o dispensador PowerCure, uma tecnologia que através da aplicação da cola Sikatack Elite permite que em 30 minutos (após a colagem do para-brisas) o veículo fique pronto a ser usado segundo os requisitos da norma FMVSS nº212/208 (a resistência original será obtida em apenas um hora e a cura do adesivo ficará completa em apenas algumas horas, o que é um enorme avanço face à tecnologia adesivo de 1 componente com o Sikatack Pro, que poderia demorar vários dias até estar curado completamente). Com esta tecnologia a Sika diz que o para-brisas recupera as condições originais do veículo em uma hora (a cura do adesivo não está dependente das condições atmosféricas), o veículo pode ser usado sem restrições após esse período, os sensores colocados nos vidros podem ser calibrados mais rapidamente e dessa forma o carro fica pronto a circular mais cedo. GLASSDRIVE A rede Glassdrive vai passar a usar também esta nova tecnologia, com tudo o que ela traduz em termos de qualidade da substituição do vidro como em termos da rapidez com que o cliente pode voltar a ter o seu carro a circular nas condições iguais às que tinha originalmente. Obviamente que todos estes importantes desenvolvimento ao nível do adesivo terão o seu máximo efeito quando o vidro é de qualidade (original ou semelhante ao original) e o processo de substituição do vidro é feito com qualidade e cumprindo todos os procedimentos técnicos requeridos. TESTES Depois da teoria veio a prática com dois crash-test (seguindo a norma FMVSS nº212/208), monitorizados pelo Instituto Politécnico de Leiria (Curso de Engenharia Automóvel) que, no fundo, comprovaram a importância do para-brisas na segurança passiva, como a função inovadora do adeviso Sikatack Elite utilizado meia-hora antes para colar o vidro. Não menos demonstrativo da qualidade deste adesivo (utilizado uma hora antes para colocar o vidro no veículo) e do vidro em si, foi a realização de um Car-Lift, que consistiu na suspensão de um veículo no ar unicamente suportado através do para-brisas. Em ambos os casos ficou bem patente a enorme evolução tecnológica que os adesivos de colagem de vidros atingiram atualmente, com todas as vantagens que isso acarreta para aplicadores e para os automobilistas em matéria de segurança. OUTUBRO 2016

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MERCADO GONÇALTEAM

Forte investimento no norte

A Gonçalteam acaba de realizar no norte de Portugal um forte investimento, através da abertura de uma moderna delegação, onde já dinamiza todo o tipo de serviços para os seus clientes, tal como acontece na sede no Seixal. { TEXTO PAULO HOMEM }

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crescimento da Gonçalteam também no norte do país obrigou a empresa do Seixal a investir em instalações próprias nesta região do país. Depois de analisados diversos fatores, como custo e localização, a opção recaiu numas modernas instalações na Zona Industrial do Soeiro, em São Mamede do Coronado, próximo da Trofa, numa das zonas mais tráfego do país. Desde a data da fundação, em 2005, que a Gonçalteam está presente no Seixal, sendo que onze anos depois abre a sua primeira filial no norte. O que representa esta filial para a Gonçalteam? António Gonçalves, gerente da empresa, responde: “Este é um objetivo que tínhamos desde que começamos a representar

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a HPA-FAIP, em 2013, marca que se tornou exclusiva da nossa empresa em janeiro de 2016. A partir desse momento sabia que tínhamos que dinamizar um espaço próprio como forma de apoio aos clientes do norte do país. Por outro lado, sabemos que cerca de 60% do mercado que utiliza esta marca de equipamentos se encontra de Aveiro para norte, fruto de um excelente trabalho ao nível das vendas de anteriores importadores”. Consciente de que existe um enorme parque de máquinas na HPA-FAIP na região norte, algumas com mais de 10 anos a trabalhar, o gerente da Gonçalteam decidiu investir nestas novas instalações, como forma “de lhes dar todo o apoio quer na manutenção quer na renovação desse

parque de máquinas. Tínhamos uma enorme vontade de abrir estas instalações, pois entendemos que é um passo muito importante para os nossos clientes”, refere António Gonçalves. Estas modernas instalações não são apenas um mero armazém, mas sim algo muito mais estruturado, tendo em vista o desenvolvimento de uma série de valências comerciais e técnicas. “Para além da área comercial, na qual temos o objetivo de responder muito mais rapidamente ao cliente do norte dentro do nosso vasto leque de produto, pois estamos mais próximo dele, outra grande vantagem é do ponto de vista técnico”, afirma António Gonçalves, explicando que “temos agora condições para poder reparar os equipamentos aqui no norte, como temos


técnicos que poderão também acudir mais rapidamente a casa do cliente”. Nestas instalações está disponível um showroom técnico, onde cada cliente poderá ver qualquer máquina a funcionar (sem ter que se deslocar a casa de outro cliente) como ter a oportunidade de testar esses equipamentos. “Considero que é muito importante este showroom, pois damos a possibilidade aos clientes de testarem previamente o equipamento. Dessa forma, conseguimos demonstrar mais facilmente a qualidade dos equipamentos que vendem”, realça o responsável da Gonçalteam. Para além deste espaço, existem outros espaços onde a empresa tem disponível quase toda a sua gama de produtos (pistolas de impacto, manómetros, ferramentas, outros pequenos equipamentos, etc). FORMAÇÃO Não menos importante, na opinião de António Gonçalves, é a aposta na formação técnica, sendo este um dos aspetos que mais condicionou a escolha destas instalações. “A formação é

uma das principais bandeiras da Gonçalteam atualmente. Não basta ter bons equipamentos, bons técnicos e bons serviços, é necessário apostar muito na qualificação dos profissionais que trabalham com os nossos equipamentos”, revela o gerente da Gonçalteam, explicando que “temos a nossa formação certificada, como desenvolvemos a Academia GTeam, que permite levar a formação a todo o tipo de profissionais, mesmo aqueles que não usem equipamentos das marcas que representamos”. Alinhamento de

CONTACTOS GONÇALTEAM António Gonçalves 914 595 801 geral@goncalteam.pt pt.gteam.com.pt

direção, equilíbrio de rodas e técnicas de vendas, entre outros cursos, fazem parte do alinhamento da Academia GTeam que, refira-se, também funciona nas instalações do Seixal, num espaço recentemente renovado para o efeito. A equipa da Gonçalteam no norte vai ser reforçada com estas novas instalações, quer com um técnico residente, quer com uma pessoa para atendimento ao cliente. Dispondo de uma vasta gama de produtos e de representações, que estarão também disponíveis nestas instalações da Trofa, António Gonçalves reforça a importância desta filial no crescimento futuro da empresa, embora reconheça que “temos apenas 10 anos no mercado e o que fizemos neste período de tempo revela que estamos no caminho certo, mas ainda queremos fazer mais e melhor e daí todas estas apostas que fizemos na nossa atividade”. O Estatuto PME Líder 2015 (espera pela renovação em 2016) é uma realidade na Gonçalteam, empresa que agora tem em vista o processo de certificação como forma de se destacar na sua área de negócio.

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OFICINA FERNANDES MOTORSPORT

No topo do serviço

É provavelmente uma das oficinas de automóveis que mais investimento fez em tecnologia, o que se explica pelo seu posicionamento de servir os clientes de carros de médias e altas prestações. Conheça a nova Fernandes Motorsport.

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nome Fernandes Motorsport já é conhecido no pós-venda, ao nível das oficinas, em Portugal. A empresa já tem 25 anos de experiência no setor e um dos seus proprietários (Carlos Fernandes) muito mais, tendo passado por importantes empresas alemãs no domínio da manutenção, reparação e preparação automóvel. Esta oficina teve muitos anos sediada em Viseu, mas após alguns anos de interregno, a Fernandes Motorsport regressa com novas instalações em... Setúbal. Apesar da nova localização ser em Setúbal (no Parque Industrial Sado Internacional), onde a Fernandes Motorsport não tem histórico, Carlos Fernandes desvaloriza essa situação, relatando que quando a empresa estava em

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{ TEXTO PAULO HOMEM } Viseu, cerca de 80% dos meus clientes eram da região de Lisboa. “A oficina mantém a mesma filosofia que tinha antes, isto é, está vocacionada para a reparação e manutenção de viaturas de gama média e

CONTACTOS FERNANDES MOTORSPORT Carlos Fernandes 265 706 095 fernandesmotorsport@gmail.com www.fernandesmotorsport.com

gama alta, sem esquecer uma forte especialização em análise de problemas eletrónicos e em caixas de velocidades automáticas, nomeadamente as mais recentes, que é uma área que está a evoluir muito, existindo poucas oficinas a trabalhar este componente”, começa por explicar Carlos Fernandes, acrescentando que “algo que vamos continuar a apostar muito é na alteração profunda dos carros, nomeadamente no plano técnico”. A especialização técnica da Fernandes Motorsport é bem visível na aposta feita em máquinas e equipamentos. Um dos exemplos é precisamente a máquina para efetuar a mudança de óleo nas modernas caixas automáticas (é a primeira da Liqui Moly que existe em Portugal para este fim), pois como explica


Carlos Fernandes “esta caixas, ao contrário do que muitos pensam, têm manutenção e o lubrificante deve ser mudado a cada 60.000 quilómetros, dependendo dos casos”. Tendo feito toda a sua formação técnica ao longo de mais de 20 anos na Alemanha, Carlos Fernandes praticamente só usa equipamentos e produtos de origem alemã. É caso dos produtos da Liqui Moly, “que tem uma gama muito completa e com todas as aprovações”, segundo o responsável da oficina, dos equipamentos da Twin Busch e Mavec, das ferramentas especializadas de diversas marcas ou do diagnóstico da Autel. “Nós temos aqui equipamentos que muitos mecânicos nunca sequer viram ou têm conhecimento, não existindo mesmo representantes em Portugal”, refere Carlos Fernandes, sendo por isso fruto da sua ligação ao mercado alemão - muito dos equipamentos que dispõe têm essa origem. A Fernandes Motorsport desenvolveu um projeto de revenda, para outras oficinas, que pretendam adquirir alguns destes equipamentos. Para além disso, está também disponível para iniciar a comercialização de um piso específico para o chão das oficinas (que também já está montado na Fernandes Motorsport). “É um piso muito confortável, de fácil lavagem e que dá logo um outro aspeto à oficina”, assegura o mesmo responsável. Sobre o equipamento de diagnóstico da Autel, Carlos Fernandes refere “que é praticamente único em Portugal. Utilizamos um modelo de diagnóstico que não se vende em Portugal, que

nos permite trabalhar todas as marcas de topo e desportivas, para além dos outros carros”. Outra área em que a Fernandes Motorsport aposta é na limpeza das instalações. “É muito importante o cliente entrar na oficina e verificar que deixa o seu carro num local limpo, agradável e de confiança e não é apenas por trabalhar com carros do segmento médio e alto. É uma questão de qualidade de serviço”, afirma o responsável da oficina. Posicionando-se como uma oficina de alta tecnologia, também nas peças a Fernandes Motorsport não se compromete. “Utilizamos as melhores peças que existem no mercado que podem ser de qualidade original ou mesmo originais. Em alguns trabalhos só usamos peças originais porque temos que dar garantia dos trabalhos que fazemos e assim o cliente o exige”, explica Carlos Fernandes. Nesta nova fase, a empresa conta com três técnicos, incluindo o próprio responsável da Fernandes Motorsport, que ocupam um espaço de 540 m 2 , divido pela oficina de mecânica, um espaço técnico e ainda um laboratório de motores, caixas de velocidades e eletrónica, num piso superior. Nesta nova fase da Fernandes Motorsport, o responsável da oficina sabe que “nos dedicamos a um cliente que é muito exigente, que não quer deixar o seu carro numa oficina qualquer. Sabemos que a fasquia é muito alta, mas estamos apetrechados com os melhores meios para responder a essa exigência”, conclui Carlos Fernandes. OUTUBRO 2016

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12 de Novembro das 15 às 19 horas Centro de Congressos Exposalão – Batalha (No decorrer da Mecânica 2016)

Inscreva-se

www.posvenda.pt/conferenciaretalho Data limite para as inscrições( limite de 200 pessoas) 7 de Novembro 2016 PREÇO PARA INSCRIÇÃO (inclui coffee break) Grupo de 5 ou mais pessoas 20€/cada Participante individual 30€


Organizado pela Revista PÓS-VENDA, sob o tema "O presente e futuro do retalho de peças", é dirigida a retalhistas, mas aberto a todo o setor Garanta já o seu lugar e participe numa conferência onde serão discutidos temas importantes para quem está no retalho de peças em Portugal. Tal como aconteceu na primeira conferência organizada pela Revista PÓS-VENDA, que teve o foco nas oficinas, incentivamos a que os participantes coloquem as suas questões e discutam ideias com os oradores.

PROGRAMA 15:00 Receção dos participantes 15:30 Caracterização do setor do Retalho de Peças em Portugal Pedro Barros – DPAI/ACAP 16:00 As Garantias no setor das peças Sara Mendes / CASA 16:30 PATROCINADOR GOLD 16:45 Coffee Break 17:15 Rácios e indicadores de gestão no Retalho de Peças Paulo Luz / TCA Gest 17:45 Novos modelos de negócio no Retalho de Peças com: Carlos Nascimento e Pedro Proença / CREATE BUSINESS 18:15 Caso prático: o que é ser uma Casa de Peças moderna? Paulo Dário / SPR Auto

* SEJA UM DOS PATROCINADORES DESTA 2ª CONFERÊNCIA E PROMOVA A SUA MARCA/SERVIÇO JUNTO DOS PARTICIPANTES DESTE EVENTO

MAIS INFORMAÇÕES Anabela Machado anabela.machado@posvenda.pt Tel. 96 538 09 09


PERSONALIDADE DO MÊS JOAQUIM CANDEIAS (BILSTEIN GROUP)

Esta é uma foto histórica, tirada poucos dias antes do início dos trabalhos de terraplanagem. Na mão, Joaquim Candeias segura o projeto da nova sede da Ferdinand Bilstein Portugal. O terreno, na Malveira, tem 10 hectares e foi todo pensado de raiz, com ajuda do diretor de logística do grupo. Para já, serão utilizados apenas 30.000 m2, ficando em aberto várias hipóteses de crescimento, tanto para operações relacionadas com o mercado nacional, como para operações internacionais do grupo.

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Queremos arrancar nas novas instalações em 2018

As obras já começaram e são o início de uma nova fase no bilstein group, que tem muitos projetos para continuar a sua história de sucesso em Portugal. Joaquim Candeias, 58 anos, managing director da empresa, está entusiasmado com o futuro. { ENTREVISTA CLÁUDIO DELICADO FOTOS MICAELA NETO }

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um projeto que já passou do papel para o terreno e começam, lentamente, a ganhar forma as novas instalações do bilstein group em Portugal, a cerca de dois quilómetros das instalações atuais,na Malveira, Mafra. São fundamentais para manter, e até acelerar, o crescimento dos últimos anos em Portugal e dar condições a que a subsidiária portuguesa ganhe ainda mais relevo dentro do grupo. Joaquim Candeias é um homem orgulhoso com o trabalho feito, um profundo defensor da ética comercial e do associativismo, através da presidência da Divisão de Peças e Acessórios Independentes (DPAI) da ACAP e da presença no board da FIGIEFA. É um autêntico estratega do setor, com uma visão de futuro muito nítida e assume-se como um homem 100% aftermarket. A temática é um dos assuntos que o preocupa e não se cansa de alertar para esta realidade a que o mercado ainda dá pouca importância. O setor vai mudar radicalmente nos próximos cinco anos. Disso não há dúvidas. Uma conversa longa com a PÓS-VENDA, difícil de resumir. OUTUBRO 2016

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PERSONALIDADE DO MÊS JOAQUIM CANDEIAS (BILSTEIN GROUP)

Têm três marcas, Blue Print, febi e SWAG, todas com origens diferentes. Como se cria uma identidade forte para marcas tão diferentes e que seja coerente no Grupo? A Blue Print diferencia-se totalmente por se destinar a carros asiáticos, apesar de hoje já ter uma linha completa de filtros para todos os veículos, incluíndo europeus, mas isso também é fruto do desenvolvimento de estar debaixo deste guarda-chuva que é o bilstein group. A tendência é que cada marca se especialize cada vez mais numa área. A febi muito mais na suspensão e direção, a SWAG na área de gestão de motor e a Blue Print nos asiáticos e filtragem. Acima de tudo, é essencial haver muita disciplina na distribuição. Por exemplo, temos referências que são coincidentes nas três marcas porque há plataformas partilhadas nos veículos. No entanto, não vendemos a mesma referência nas três marcas ao mesmo cliente. Temos distribuidores específicos que podem ter uma ou duas das nossas marcas mas isso é definido e, por vezes, sacrificamos negócio, tendo em stock uma marca distinta mas que tem aplicação para aquela necessidade. Não o fazemos porque não abdicamos

corporação do stock nacional da febi car, que desenvolvemos desde o início do ano e que concretizamos em julho. Estivemos muito focados nesse projeto. Que balanço faz destes primeiros meses? Vamos com dois meses e meio de comercialização febi com stock nacional e o negócio vai bem acima do que tínhamos projetado. Os distribuidores estão satisfeitos mas internamente ainda não estamos satisfeitos com o que estamos a oferecer, porque ainda estamos aquém das performances que temos nas outras duas marcas. Acredito que chegamos ao final de setembro já num patamar de order fill dos 94 a 96% como temos nas outras marcas. É a partir daí que pensam na KM ligeiros? No final de setembro, quando já estivermos numa situação normalizada com a febi car, teremos então a capacidade de analisar a questão KM e o espaço disponível para introduzir a marca no início de 2017. Vamos analisar o timing porque não podemos comprometer as outras marcas não tendo o espaço necessário para servir adequadamente o mercado.

A partir de setembro vamos analisar a nossa capacidade logística, mas contamos integrar a KM ligeiros no início de 2017 da nossa ética comercial e de resguardar os nossos distribuidores. A nova imagem da Blue Print e o projeto dos filtros era importante para o futuro da marca? Era essencial a nova imagem, que estava muito desgastada pelos tempo e era necessário dar um novo ar, mais fresco à marca. A Blue Print continua a evoluir consideravelmente. Se falarmos no mercado nacional é líder há muitos anos mas continuamos com a preocupação que esta marca se mantenha no topo e que mantenha a boa rentabilidade para quem a trabalha. Gostaríamos de ter mais distribuidores mas temos muito receio que isso possa comprometer a nossa estratégia. INTEGRAÇÃO DA KM LIGEIROS Nos pesados além da febi truck incorporaram também a KM este ano. Quando é que vão trazer as linhas de ligeiros para Portugal? Neste momento não está totalmente definido. Temos intenção de incorporar a KM nos ligeiros, sem qualquer dúvida. Só que tivemos a trabalhar este ano afincadamente na in-

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Mas acredita que em 2017 conseguirão incorporar a KM ligeiros? A ideia é essa, logo no início do ano, mas vamos ver a nossa capacidade logística para isso. O que vos pode trazer a KM? A KM pode ser um complemento ao nível de embraiagens para veículos europeus porque não temos essa linha de produto nas SWAG e febi. Temos apenas para asiáticos na Blue Print. Apesar da marca não pertencer ao Grupo temos uma forte parceria. A incorporação da febi car implicou uma grande reformulação do vosso armazém. Quantas referências têm atualmente? Perto de 40 mil referências entre todas as marcas. O nosso objetivo atual são 6800 peças por dia, o que significa 15 peças por minuto. Todos os dias sai esse número de peças, e consequentemente, temos que compensar o stock no mesmo número. NOVAS INSTALAÇÕES O vosso armazém, mesmo com a otimização

começa a ficar apertado... Foi isso que nos levou a avançar para umas novas instalações, pensadas de raiz. Temos o terreno comprado, contratos assinados e estamos a entrar numa fase de terraplanagem. A nível de projeto estamos numa fase muito adiantada e pensamos que a construção se possa iniciar no início de 2017. Se tudo correr bem, com todas as questões que sempre existem nas obras desta dimensão, em setembro de 2017 estaremos em condições de começar a mudar de um modo progressivo para arrancarmos em pleno no início de 2018 nas novas instalações. O que vos vão permitir essas novas instalações? Tudo é feito por antecipação no grupo. Não gostamos de reagir. Por isso criamos planos a cinco anos e gostamos sempre de olhar a médio/longo prazo. Hoje temos capacidade de negócio, uma qualidade de serviço de excelência e temos margem para continuar nesta toada de evolução. Daqui a algum tempo essa capacidade começava a estar em causa porque


Em Setembro vamos contactar os potenciais aderentes da nossa rede de oficinas e estamos à procura de parceiros para a rede de lojas Motaquip

dados precisos mas, por exemplo, em relação à área de pesquisa vamos introduzir mais gente e vamos passar a ter aqui a área de pesados. Neste momento, a ideia é crescer pelo menos em 50% o número de elementos da equipa nessa área. Penso que a vontade do grupo é investir cada vez mais em Portugal porque é uma unidade de referência e somos uma das maiores subsidiárias e trabalhamos muito próximos da sede e estamos no nível dos standards que o grupo quer.

começamos a não ter estrutura e espaço para poder suportar esse crescimento. Trabalhamos muito os índices de confiança de quem trabalha o nosso produto e esses têm que estar sempre no topo. Quem trabalha connosco tem que ter sempre a garantia que tem continuidade, que todo o investimento que faz é seguro. Estas novas instalações são exatamente um sinal dessa vontade de crescer? O que estas novas instalações nos vão permitir é garantir a continuidade do negócio para a unidade do Ferdinand Bilstein Portugal e não só, porque estamos a investir em muito terreno e essa unidade pode crescer não só para as necessidades do mercado português mas também para algumas necessidades que o grupo tenha. Já trabalha aqui uma parte do centro de pesquisa de produto do Grupo e a direção de vendas da América Latina. A posição de Portugal pode sair reforçada no grupo? Garantidamente. É evidente que ainda não há

"Não é fácil. Não tenho grande imaginação para fazer bonecos. Dentro do grupo, destaco as três marcas e os três princípios que procuro que todos os funcionários da empresa sigam: continuidade, evolução e sucesso. E os resutlados têm mostrado que a estratégia tem resultado."

O novo armazém vai também permitir que Portugal seja uma plataforma de exportação? Possivelmente, mas ainda é cedo para responder a essa pergunta. As condições ficam criadas. Quem vai investir é uma empresa do grupo que fica com as instalações, que depois poderá querer desenvolver negócio. As novas instalações permitem que tipo de crescimento? Se falarmos a nível de escritórios vamos quadruplicar o espaço, para já. A nível de capaciOUTUBRO 2016

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PERSONALIDADE DO MÊS JOAQUIM CANDEIAS (BILSTEIN GROUP)

PERGUNTAS RÁPIDAS Há quantos anos está no setor? (pausa) Há 36 anos. Vi muita coisa acontecer. Quantas viagens faz por mês? Posso dizer-lhe que tenho neste momento 203.193 milhas, o que representa muitas horas em aviões. E quantos quilómetros anuais faz de carro? Cerca de 36 mil. Gosta de visitar os clientes? Gosto muito e nem consigo estar muitos dias fechado aqui no escritório. O relacionamento para mim é fundamental. Quais são os seus hobbies? Tenho vindo a perder os meus hobbies e o que mantenho ainda hoje é jogar ténis e andar de moto. Como tem tempo para tantas atividades? É fundamental saber gerir o tempo. O que mais gosta neste setor? Neste momento o que mais me motiva é ver que tenho o meu filho, Ricardo, a trabalhar comigo e ver a enorme evolução dele. Pensa muitas vezes na sucessão? Não, e isso para mim não é tema. Se hoje deixasse de estar aqui estou perfeitamente tranquilo porque ele já tem um posicionamento de poder dar continuidade ao negócio, com uma visão muito abrangente, com relações internacionais muito fortes. Consegue imaginar-se reformado? Não. Quando chegar a essa altura tenho que arranjar qualquer coisa para fazer. O que menos gosta no setor? A falta de honestidade, as práticas menos boas que continuam a existir e o uso de métodos menos lícitos.

dade de armazenagem vamos duplicar a nossa capacidade nesta primeira fase, mas podemos, e já está até em pré-projeto, chegar, em algumas fases, cinco vezes mais do que temos hoje. Neste momento aqui temos 5000 m2. Passamos a ter 10.000 m2 mas de uma forma totalmente diferente, num espaço pensado de raiz. Se não tivesse tomado esta decisão de avançar para novas instalações quando se esgotava a capacidade de crescer do grupo? Penso que no final de 2018 estaríamos numa situação complicada, em que estaríamos no fim da linha de crescimento e começaríamos a não ter capacidade de crescimento. O que demonstrei ao board é que não podemos chegar a um patamar e não poder crescer, pondo em causa os índices de confiança por parte dos nossos distribuidores. O ciclo começava a ser negativo e era um grande risco. TELEMÁTICA É uma das principais vozes em Portugal em relação à telemática e à digitalização do automóvel. Mas há uma fatia grande do mercado não valoriza a questão. Porquê? Por desconhecimento... e mesmo alguém com

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PÓS-VENDA

algum conhecimento deixa sempre para o fim. É uma mentalidade muito portuguesa e eu também sofro desse mal em alguns assuntos. Mas o tempo vai passado e, apesar de alguns pessoas me dizerem que o mercado se arruma sozinho, o que resulta daí é que depois as empresas vão ter que reagir e não se preparam para as alterações, não há planos nem estratégia. Temos muitos comerciantes no setor e poucos empresários e isso, hoje, já não chega. São bons comerciantes, fazem bons negócios, alguns ganham dinheiro e outros pensam que ganham, mas têm pouco de empresários porque, para isso, é preciso olhar a 360º e ver por antecipação, analisar o seu negócio devidamente. O que vejo é que o comerciante vê dentro da sua estrutura até à porta da rua e um empresário consegue ver para o outro lado da rua e tem uma perspetiva de mercado, as tendências. Ainda temos pouco disso. Os comerciantes vão ter cada vez menos espaço no mercado. De facto, a partir de 2018, com a telemática, muitas empresas vão deixar de conseguir trabalhar? É um facto, mas as pessoas ainda não se aper-


as peças, não será muito diferente. Daqui a uns tempos o consumidor vai muito mais pela informação online, pela referência de amigos que montaram peças de uma determinada marca, pelas opiniões na internet e depois pesquisam preço e querem aquela peça específica. Isso leva-nos á questão das vendas online, nos portais B2C. Hoje a maioria dos reparadores não está preparado, por exemplo, para que um consumidor chegue com as peças à oficina para montar... Tenho estado a preparar um trabalho na ACAP para tentar acabar com as vendas indiferenciadas, sem número de contribuinte. Para mim, como fabricante, é um risco vender um triângulo de suspensão, por exemplo. Faturo ao distribuidor, ele fatura a um retalhista e este vai faturar também, mas pode fazê-lo sem número de contribuinte. Mesmo partindo do pressuposto que há sempre faturação, isso pode ser feito sem número de contribuinte no último elo da cadeia e é um risco para os

Mas é possível obrigar o retalhista a passar fatura com número de contribuinte? Fiz várias reuniões com a confederação de comércio, com fiscalistas e advogados. Quem tinha CAE de peças só tinha duas hipóteses: ou tinha no seu ERP cadastrado o cliente e vendia com as condições que quisesse ou então o cliente aparecia e ele tinha um aparelho para ler o cartão de cidadão e emitia a fatura. Mas isso levanta questões de proteção de dados e está fora de questão. Como se resolve então a questão? Tal como vamos a uma farmácia e temos dois tipos de medicamentos, uns que se podem comprar sem receita médica e outros que obrigam a receita médica. As peças podemos classificá-las de forma semelhante: um filtro de ar tem bricolage portanto qualquer pessoa compra um, substitui e deita para o lixo. Não necessita de “receita”. Já o filtro de óleo já não é bricolage, porque tem o óleo lá dentro e tem que ser reciclado. Já tem que ser alguém com

Se não avançássemos para as novas instalações não podíamos crescer mais a partir do final de 2018 ceberam que de um modo isolado começam a ter muitas dificuldades. Temo que só quando os carros começarem a entrar nas oficinas e os reparadores não conseguir fazer qualquer intervenção e começarem a perder negócio é que vão ter noção do que está já a mudar. Até lá, há muitas oportunidades que se perdem. Por exemplo, o marketing digital vai revolucionar o nosso setor e o próprio consumidor final vai ter um posicionamento face ao nosso negócio que hoje não tem. Vai ter cada vez mais informação e quando chega à oficina sabe que um amigo montou febi, por exemplo. e vai querer também. As marcas muito ligadas ao profissional vão estar cada vez mais próximas também do consumidor final? Sem dúvida. Cada vez a informação é mais global. Há uns anos, para comprar um telemóvel íamos à loja para comprar e era a pessoa que lá estava que nos aconselhava para aquilo que eram as nossas necessidades. Hoje um consumidor, para comprar um telemóvel, vê numa loja, mas chega a casa e vai ver os blogs, os testes, os preços e depois compra online e recebe em casa. Se transpusermos isto para

fabricantes. Hoje quem vende peças, regra geral, fatura. Depois o reparador vai comprar por 100 euros mais IVA e diz ao cliente que não é preciso fatura e não paga IVA, mas o IVA está lá incluído e é margem de lucro para ele. O problema é que monta o triângulo de suspensão e o automobilista vai com o carro, a peça cedeu, provoca um acidente grave e mata alguém, num exemplo exagerado. Chega-se à conclusão que é um triângulo de suspensão febi, vêm-me aqui bater à porta porque o responsável sou eu que sou o fabricante. Vou ver por quem foi montado, porque se prova por perícia que o problema não era da peça mas da montagem e não há registo. Eu como fabricante tenho que tentar acabar com isso. Por isso, quero que o retalhista fature com número de contribuinte, seja profisisonal ou consumidor final. Mesmo que seja o mecânico que faz uns trabalhos para os amigos. Fica tudo registado no e-fatura, sabemos quem comprou. Vamos imaginar o produto pastilhas de travão: no final do ano a Autoridade Tributária vê que um contribuinte comprou 100 jogos de pastilhas e tem apenas um carro. A Autoridade pode atuar, porque esse contribuinte vai ter que explicar o que fez a essas pastilhas de travão se não há faturas de saída. Isso vai disciplinar o mercado.

capacidade técnica e condições para fazer a reciclagem. Quem vende não tem que ver se a pessoa tem capacidade de reciclar o filtro de óleo, mas tem obrigatoriedade de colocar o número de contribuinte e identificá-lo. A ideia é não se poder vender peças a ninguém que implique um trabalho técnico e lidar com resíduos ou com peças de segurança sem colocar um número de contribuinte. Depois, as autoridades farão o seu trabalho. Isto trazia aqui também outra vertente que é o B2C, alguma disciplina, posicionamento de preços, quem pode comprar e o quê. Estamos a estudar isto, também em reuniões com o Ministério da Economia e das Finanças porque isto vai criar muita riqueza para o Estado porque há muita gente a fugir aos impostos e é desleal para quem cumpre tudo. Estamos inclusive a trabalhar com a Autoridade Tributária e querem discutir o tema connosco e ir para a frente com isto. Acha que finalmente se vão conseguir implementar regras claras e combater a economia paralela? Acho que sim. É impossível erradicar todas as ilegalidades mas pelo menos consegue-se disciplinar a atividade porque com isto vamos fortalecer os reparadores com boas práticas, OUTUBRO 2016

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PERSONALIDADE DO MÊS JOAQUIM CANDEIAS (BILSTEIN GROUP)

PERFIL

Joaquim Candeias tem 58 anos, dois filhos e uma história de 36 anos no aftermarket. Começou a trabalhar com o pai, na Jotapeças, empresa especialista na importação de peças para Nissan. Mais tarde, acabou por tomar a decisão de vender todas as empresas que tinha, mudou de vida e começou a investir numa multinacional, a ADL, dona da Blue Print. Passou a ser acionista, entrou no conselho de administração em Inglaterra e foi construíndo o seu caminho, trazendo a Blue Print para Portugal. Orgulha-se que o filho, Ricardo Candeias, lhe tenha seguido os passos e hoje é um dos principais quadros do bilstein group em Portugal. “Ter o meu filho a trabalhar comigo dá-me um incentivo grande e quando olho para ele vejo que, na idade que tem, vai muito mais à frente do que eu quando tinha essa idade. Por isso, acho que pode conseguir muito mais do que eu consegui fazer e isso dá-me muito gozo.

fortalecemos o setor e estamos a criar as condições de continuidade para todos no futuro. O papel associativo que tem na ACAP tem sido muito importante para este setor. Conseguiu por o aftermarket numa associação que era muito virada para a origem. Foi uma vitória? Hoje já temos muita coisa feita. Estamos numa associação que tem uma perspetiva de federação, mas a DPAI é uma das cinco divisões com assento no board. Hoje é a mais organizada, com mais peso e mais dinâmica dentro da ACAP. Isso tem sido fruto não só do meu trabalho mas de toda a gente que está na DPAI e que quer dinamizar o aftermarket independente. É um trabalho de anos e temos muito para fazer. Já somos hoje mais respeitados dentro da ACAP do que éramos no início. Sempre trabalhamos nos nossos projetos e nunca contra ninguém. Conseguiu também levar os reparadores para dentro da ACAP. Foi um passo importante? Não foi difícil levá-los para a DPAI. Os reparadores mostraram-se extremamente abertos. Fiz uma primeira reunião com uma apresentação e todos eles se mostraram recetivos. A primeira reunião oficinal foi no dia 30 de setembro, eu já não estive porque não faz sentido por ser fabricante. É a Raquel Marinho, da Bosch Car Service, a assumir a coordenação dessa comissão especializada que tem muito para discutir sobre o seu setor. Sente-se com vontade de manter o seu papel

associativo por mais anos? Para já tenho mais três anos como presidente da DPAI, fui desafiado a isso e é um trabalho que me dá muito prazer e gosto muito da dinâmica. A sua presença no board da FIGIEFA acaba por ser também uma mais-valia no papel que tem na ACAP? Sim, porque acabo por ser privilegiado em termos de informação porque estou próximo dos temas. É por isso que me preocupo tanto em trazer para Portugal essa informação e preparar o mercado para o que vai acontecer no futuro. Quais são os seus desafios ao nível associativo? Gostava muito de por em prática o projeto da faturação e fuga ao fisco e as questões ambientais associadas, dignificando o setor. Além disso, luto por trabalharmos mais as estatísticas de modo a que o setor comece a ter informação adequada a qualquer gestor do nosso setor ter informação precisa e indicadores que ajudem a ter benchmark para gerir o negócio. Finalmente, a área da reparação, a certificação dessa área para que em Portugal, no futuro, possa, por exemplo, só existir reparação multimarca. Um desafio passa também por conseguir ter na DPAI uma comissão de retalhistas, para fechar o elo todo, mas acho que são, neste momento, e infelizmente, os que estão menos unidos. Mas acredito que será possível até porque é extremamente importante defendê-los porque são um elo da cadeia muito importante e precisa, cada vez mais, de se unir.

Ao fim de um ano de grandes entrevistas na "Personalidade do Mês" e pela importância que têm ganho, este espaço passará, a partir desta edição, a ter sete páginas.

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PÓS-VENDA

E SE… O PÓS-VENDA ACABASSE NAS ORIGENS? São muitos os cenários futuros sobre o setor da reparação automóvel. Joaquim Candeias lança uma ideia: “Hoje, um reparador multimarca, para cobrar uma intervenção de 300 euros, quanto é que paga pela informação necessária para essa reparação? O que ele gastou em diagnóstico e softwares ou plataformas, dividido pelas reparações que faz, imaginemos que totaliza cerca de 5 euros. No futuro, para faturar 300 euros vai ter que gastar 150 euros em informação. Este é provável que seja o caminho da origem. Para quê reparar automóveis e terem essas estruturas pesadas, sendo que já não fabricam peças? O que têm é o know-how, os direitos do veículo, softwares e pouco mais. No futuro, vão vender informação porque metade do valor de toda a reparação provavelmente será informação. Assim, as origens passam a dar formação, vender informação e põem toda uma cadeia fora das suas portas, e até podem vender a imagem deles com alguns requisitos. O aftermarket multimarca passa a estar de alguma forma ligado às origens e há standards que têm que cumprir. O negócio das origens no futuro vai ser vender informação, garantindo muito mais rentabilidade do que conseguem com as pesadas estruturas do pósvenda".


www.filourem.com geral@filourem.com


SALÃO BRAGA

Forte dinâmica do Pós-Venda Foram muitos os profissionais da área do Pós-Venda automóvel que se deslocaram ao Salão Auto de Braga, num evento que contou com um série de iniciativas paralelas e que tem tudo para crescer no futuro.

R

ealizou-se no final do mês de setembro a 3ª edição do Salão Auto de Braga, numa organização da InvestBraga - Agência para a Dinamização Económica, que contou com a revista PÓS-VENDA como Media Partner exclusivo. Algumas das empresas da área do Pós-Venda marcaram presença contando com a visita de muitos parceiros que não quiseram deixar de acompanhar este evento. Para além disso foram dinamizados dois grandes eventos, um pela ANECRA e outro pela ARAN, bem como um conjunto de workshops, que trouxeram ainda mais pessoas ao Parque de Exposições de Braga. Damos-lhe conta de tudo isto nestas páginas.

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PÓS-VENDA

{ TEXTO PAULO HOMEM }

JR DIESEL A empresa das Caldas Taipas voltou a este certame para mostrar algumas novidades. Em termos de produto destaque para o lançamento dos lubrificantes Pador para veículos ligeiros no

norte de Portugal. A JR Diesel vai continuar a investir nos turbos recondicionados dinamizando cada vez mais esta área de negócio através do lançamento de uma outra novidade absoluta: o site de vendas online B2B. Acabada de lançar, a página de vendas Online B2B da JR Diesel é destinada a profissionais da mecânica, que assim podem aceder a esta plataforma verificando o stock e efetuar diretamente a compra. Disponível 24 horas por dia, esta plataforma online é muito simples de usar, correspondendo a uma necessidade que os clientes tinham, segundo informação dos responsáveis da JR Diesel. Para os interessados


basta irem ao site da JR Diesel (www.jrdiesel.pt), efetuarem o registo e assim terem acesso a esta nova plataforma online. Fruto do crescimento da empresa, muito brevemente, a JR Diesel irá mudar de instalações embora a seu tempo sejam divulgados pormenores sobre isso.

presença no setor automóvel, nomeadamente a nível oficinal.

CÓBOLEO

GRUPO VALENTE&LOPES O Grupo Valente & Lopes tem vindo a apostar na área das lavagens de automóveis, através das suas estruturas (Tecwash) e de equipamentos (representa os pórticos de lavagem da Ceccato), mas também da comercialização de produtos químicos de lavagem. Em Braga a empresa expunha os produtos de lavagem da marca Flowey, tanto para o setor dos veículos ligeiros como pesados, apostando num misto de apresentação da empresa e prospeção de mercado.

Igualmente na área dos lubrificantes, a Cóboleo, do Grupo Santos da Cunha, dinamizava os lubrificantes Galp, tanto para ligeiros como para pesados, dos quais é distribuidora no Minho. Refira-se que a Cóboleo é o segundo maior distribuidor nacional de lubrificantes Galp, tendo um enorme mercado oficinal.

JCM CONSULT

SILVA DOMINGUES A Silva Domingues SA esteve presente neste salão dando a conhecer os mais recentes lubrificantes Shell (derivados do gás natural), quer para ligeiros para pesados. Esta empresa comercializa estes lubrificantes no Minho e Trás-os-Montes, dispondo de uma forte

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Estão para breve algumas importante novidades na JCM Consult. Enquanto não podem ser divulgadas, a empresa de Braga dinamizava o seu serviço de reparação / recondicionamento de caixas de velocidades e blocos de válvulas, como também o mais recente serviço de reparação / recondicionamento de conversores de binário.

A PDAUTO Um dos mais dinâmicos retalhistas de peças de Braga, a Pdauto, que integra a Redeinnov, mostrava um pouco da sua extensa gama de

ARAN PREOCUPADA COM LEGALIDADE OFICINAL Numa conferência onde reuniu cerca de 100 associados e um conjunto de convidados ligados a organismos de fiscalização ambiental e económica, defesa do consumidor e seguradoras, António Teixeira Lopes voltou a tocar no tema das oficinas ilegais. O Presidente da ARAN referiu que continua a ser um problema enorme de concorrência desleal face às oficinais legais, dando inclusivamente o número de mil milhões de euros que as oficinas ilegais acabam por cobrar em serviços na área da reparação automóvel que “fogem” aos Estado, já que essas mesmas oficinas não pagam impostos, nem segurança social, nem qualquer tipo de serviços ambientais. Segundo o mesmo responsável a competitividade destas oficinas, na questão preço, chega a ser 50% inferior a qualquer outra oficina, o que altera completa as regras do jogo ao nível da reparação oficinal. Ficou também patente, nesta conferência, que os efetivos dos organismos de fiscalização são manifestamente insuficientes para que se consiga fiscalizar de um modo permanente as atividades das oficinas no domínio fiscal, legal, ambiental, etc.


SALÃO BRAGA

produtos com destaque para a Monroe, FTE, Nipparts, Denso, Exedy, Valeo e Ecotec. Destaque também para o anúncio das novas instalações que a empresa irá ocupar em outubro ainda e sempre em Braga.

CHIP&FUSE A empresa de Aveiro veio a Braga para apresentar os seus serviços técnicos na otimização da potência em viaturas diesel e gasolina desde automóveis, barcos, motos, tractores agrícolas e pesados com recurso às melhores ferramentas de trabalho disponíveis do mercado e do banco de potência MAHA.

ANECRA CARACTERIZAÇÃO DO SETOR OFICINAL No encontro empresarial do setor automóvel do Minho, promovido pela ANECRA foram debatidos e apresentados diversos temas sobre o cumprimentos das obrigações ambientais, tendo sido dito, no âmbito do trabalho, saúde e segurança, que a ACT (Autoridade para as Condições de Trabalho) vai levar a efeito uma ação de fiscalização junto das oficinas de manutenção e reparação automóvel, na área do grande Porto, no início do mês de novembro. Outro dos diversos temas apresentados, foi a caracterização do negócio oficinal em Portugal, decorrente do inquérito de conjuntura recentemente realizado pela ANECRA. Destaque para o facto de o número de reparadores continuar a diminuir, havendo uma estabilização do número de oficinas ligadas a redes. Mais de 58% das oficinas independentes têm até 5 trabalhadores, sendo que apenas 19% das oficinas têm mais de 10 trabalhadores. Sobre o preço da mão-de-obra/hora, continua a registar-se uma subida do valor médio que era de 27,49 Euros em 2007, sendo em 2015 de 32,08%. Refira-se que a ANECRA irá divulgar este estudo, que possui interessantes dados sobre a caracterização das oficinas em Portugal, que poderá ser consultado também em www.posvenda.pt.

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PÓS-VENDA

DOCTORGLASS / NEWCAR A Doctorglass, mais virada para o consumidor final, promoveu os seus serviços na área da substituição e reparação de vidro automóvel. O mesmo espaço foi aproveitado para promover a rede de serviços de vidro Newcar, que neste momento já conta com 47 instalações em Portugal.

INFORTRÓNICA / GTA SOLUTION A Infortrónica e GTA Solution apareceram pela primeira vez juntas num certame (o que vai acontecer oportunamente em outros salões), com vista a potenciar as mais valias de ambas as soluções ao nível dos dados técnicos (Autodata) e da Orçamentação (GTA Solution). No futuro vão ser desenvolvidas soluções que permitam potenciar a operação conjunta destas plataformas.

CDC PORTUGAL Especialista em consumíveis para o setor automóvel, a CDC Portugal é a distribuidora para Portugal dos lubrificantes Lucas e dos Sprays técnicos da TecTane. A empresa, que se dedica apenas à revenda, dinamizava sobretudo esta marca alemã, que possui uma extensa gama de consumíveis para utilização profissional para múltiplas aplicações.

ESCAPCAR / IMPORFASE A Escapcar, do grupo Imporfase, levou ao Salão Auto de Braga uma diversificada gama de produtos ao nível do sistema de escape. Filtros de partículas, catalisadores, ponteiras de escape de marca própria Imporspeed e a limpeza de filtros de partículas foram alguns dos produtos / serviços que a empresa dinamizou.



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ESPECIAL

PÓS-VENDA

MADEIRA Sumário Caracterização do mercado Autopop Brava Peças CAEA Importações CRMA

COM O APOIO

P40 P44 P45 P46 P47

C.Santos VP Madeira ELPS Impoeste Madeira Auto-Car Menapeças Nazaré Peças Nex Tyres

P48 P49 P50 P51 P52 P53 P54

PeçasRam Pneu Express Pneuimpex Serpeças Sodicor Madeira Unipeças Vulcanizadora 25 de Abril

P55 P56 P58 P59 P60 P61 P62

ESPECIAL

AÇORES EDIÇÃO DE DEZEM

BRO

NÃO PERCA


ESPECIAL MADEIRA

Negócio sobrelotado

O Pós-Venda automóvel na Madeira tem, de facto, características muito particulares, não apenas relacionadas com a geografia ou com o dinâmico turismo da ilha. Só em peças, haverá stock para o triplo do parque circulante.

A

Revista PÓS-VENDA, de forma absolutamente inédita no sector editorial especializado, leva até si este “Especial Pós-Venda Madeira”. Visitamos cerca de 20 empresas, não só as mais representativas do sector na Madeira, falamos com muitos profissionais do sector, alguns deles com um longo historial no Pós-Venda na Madeira e outros com experiência no continente e na Madeira, como outras pessoas e entidades foram contactadas para darem o seu contributo a este trabalho. Empresas de peças, pneus e tintas, bem como oficinas, associações setoriais e grupos de retalho automóvel foram o nosso alvo nesta primeira grande abordagem ao negócio Pós-Venda da Madeira, até porque eram estes que nos permitiam mais facilmente a caracterização mais apurada, conhecedora e fundamentada sobre este negócio naquela importante região de Portugal. CARACTERIZAÇÃO Depois de ouvidos os profissionais, a primeira grande nota de destaque é que o sector do Pós-Venda na Madeira está saturado. Daí não vem

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PÓS-VENDA

{ TEXTO PAULO HOMEM } nenhuma diferenciação face ao continente, a não ser pela questão de que o parque circulante de automóvel na Madeira na região não tem tido grandes oscilações, embora nos anos de crise muitos veículos tenham circulado muito menos do que acontecia no início da década. É consensual que existem demasiados operadores ao nível das peças, geograficamente estão muito concentrados e apesar de todos estes operadores se conheceram muito bem uns aos outros, associativismo é uma palavra que não existe (mas já voltamos a este assunto). Um dos operadores que entrou no mercado na Madeira há cerca de seis anos, veio revolucionar um pouco a entrega de peças nas oficinas (utilizando motas). Atualmente, quase todos os operadores fazem a distribuição de peças nas oficinas com frota própria, embora alguns coloquem em causa a rentabilidade dessa operação, o que nem é de estranhar se pensarmos que muito as vendas em balcão são superiores a 60% e em alguns operadores chega aos 80%. Todas as marcas de automóveis (concessionários) na Madeira vendem peças, tendo

ba lcões espec ia l i zados pa ra o fa zerem, abastecendo quer as próprias oficinas quer os clientes profissionais. Porém, nem todos têm uma atitude dinâmica no mercado com vendedores e entregas, por considerarem que geograficamente não é necessário, tal a concentração das oficinas na grande região do Funchal. À excepção dos mais pequenos e recentes, atualmente quase todos os retalhistas de peças com alguma dimensão têm uma oficina (ou mais) ou um outro negócio relacionada na área automóvel. Curiosamente, ter retalho de peças e oficina é algo que o mercado aceita com naturalidade e acaba também por ser uma necessidade, face ao incremento de venda de peças em balcão ao consumidor final, sejam eles particulares ou não. As maiores empresas associam diversas valências no sector automóvel, isto é, têm negócios nas peças, rent-a-car, vendas de usados, seguros, oficinas de mecânica e chapa / pintura e, por exemplo, renting. Esta concentração de negócios numa empresa (ou num conjunto de empresas do mesmo grupo) deve-se à total ausência de associativismo


COM O APOIO

NOTAS SOBRE O PÓS-VENDA NA MADEIRA > Mercado saturado > Parque circulante deverá rondar os 135.000 veículos > 70% do Pós-Venda feito no sul da ilha > 80% do negócio num raio de 25 quilómetros do Funchal > Parque industrial da Cancela reúne um grande número de operadores > Vendas de peças em balcão representam (em média) 70% das vendas totais dos operadores > No geral os retalhistas de peças apostam em marcas de qualidade > Consumidor final tem uma grande representatividade na compra de peças > Muitos retalhistas de peças têm oficinas associadas ou outros negócios auto (rent-a-car, venda de usados, etc) > Os rent-a-car têm um peso significativo no consumo de peças

> Pastilhas, discos, filtros, turbos, filtros de partículas, radiadores e embraiagens, estão entre as peças mais consumidas > Maioria das oficinas são de pequenas dimensão, com 1 a 3 funcionários > As maiores oficinas são sobretudo as que estão associadas aos grupos de retalho automóvel > Negócio de pneus é dominado por três ou quatro empresas > A maior concentração de clássicos de Portugal realiza-se na Madeira > Forte especialização no restauro de clássicos na Madeira > Insularidade obriga a volumes de stocks de peças muito elevados > O mercado paralelo, tem uma enorme representatividade > O IVA a 22% já não representa uma vantagem para o sector automóvel

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que existe. O volume de stock de peças poderia ser muito mais reduzido se as empresas partilhem-se compras ou se realizam vendas entre elas (o que segundo alguns profissionais acontece muito pouco). É também interessante verificar que um retalhista de peças na Madeira têm um volume de stock (em termos médios) muito mais elevado que um retalhista de peças semelhante no continente. Tal deve-se acima de tudo a razões logísticas, isto é, uma peça para ir do continente para a Madeira demora cerca de uma a três semanas. Dependente se se trata de uma

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ESPECIAL MADEIRA

Algumas empresas fecharam e outras dividiram-se, muitos desses profissionais foram criar novas casas de peças João Correia, Autopop

Nota-se que é um setor (repintura) que não evolui tanto quanto os outros e que está a demorar a acompanhar essa tendência Roberto Baptista, Impoeste

Às vezes quando sabem que compramos peças à concorrência alguns ainda dificultam mais Duarte Reis, Bravapeças

Aqui as pessoas gostam muito de manter o nome das suas oficinas, não é fácil introduzir um conceito oficinal Luís Gonçalves, Peças Ram

As entidades estão a fazer um bom trabalho, têm fiscalizado muito e por isso o mercado paralelo tem diminuído Patrícia Silva, ELPS

A ilha está a ficar pequena para tanto carro Énio Andrade, Nazaré Peças

Na questão dos preços se nos sentarmos a uma mesa, todos tínhamos a ganhar Egídio Ferraz, Unipeças.

Existem muitas oficinas de porta fechada, o Governo Regional anda muito em cima das oficinas de vão de escada e das que não oferecem condições Sérgio Pinto, Serpeças

Cada vez que passo na rua descubro uma nova oficina Egídio Ferraz, Unipeças

Já existe muita gente a perguntar o preço da peça e não o desconto da peça Nuno Berenguer, Vulcanizadora 25 de Abril

Não existe associativismo Duarte Reis, Bravapeças

O flagelo do pneu usado continua em grande na Madeira, o segundo problema é o esmagamento das margens

peça, de uma bateria ou de um lubrificante, pois alguns não podem ser transportados por avião, mas apenas por barco, o tempo de transporte é elevado. Normalmente os urgentes, podem estar disponíveis de um dia para o outro, mas sempre com custos mais elevados. Tirando algumas exemplos, interessante é também a aposta feita pelos retalhistas de peças na qualidade das mesmas. Existem poucas importações diretas, sendo a maioria abastecido pelos grossistas nacionais, optando-se na maioria das vezes por peças de fabricantes de relevo (que normalmente estão no primeiro equipamento). São as peças de desgaste que têm um elevada rotação, o que também acontece no continente, mas na Madeira isso assume especial significado devido à morfologia da ilha, com subidas e descidas muito acentuadas a castigarem muito a travagem. Um problema que tem vindo a aparecer cada vez mais no parque automóvel madeirenses tem a ver como os filtros de partículas. Os trajetos curtos que caracterizam as viagens na Madeira, fazem com que os filtros de partículas fiquem “entupidos” mais rapidamente.

Paulo Pereira, Pneu Express

Aqui, na Madeira, o cliente é mais exigente do que no continente Pedro Nascimento, Pneuimpex

Cada vez mais o cliente particular compra no balcão Luís Gonçalves, Peças Ram

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PÓS-VENDA

MERCADO PARALELO Realçado por todos os operadores, é que existe muito serviço oficinal feito por mecânicos fora das oficinas com porta aberta. O facto de haver muitas vendas ao balcão por consumidores finais deixa logo a entender precisamente que muita da manutenção e/ou reparação é feita paralelamente às oficinas.

Apesar deste ser um problema nacional, ficou evidente que o mesmo assume grandes proporções na Madeira, embora seja um assunto que poucos pretendam abordar. Um dos assuntos mais focados por quase todos os operadores contactados é o da falta de formação, nomeadamente técnica, nas oficinas independentes. Tirando alguma formação dada pelos representantes das marcas de peças, por uma associação ou por alguma entidade privada, não existe uma oferta formativa de relevo na Madeira no plano técnico. Não é fácil captar profissionais para as formações quando elas existem, como é difícil contratar jovens mecânicos para as oficinas, que é apontado por muitos operadores como um recurso escasso na Madeira. Um dos sectores que mais influência tem no negócio de peças e oficinal é o do turismo, através das rent-a-car e de todos os serviços que utilizam transportes para turistas. As maiores frotas são destes operadores que muito contribuem para a faturação das oficinas em geral e das casas de peças. PNEUS Provavelmente o volume de pneus em stock na Madeira permitiria que todos os veículos em circulação pudessem trocar de pneus todos os anos. Também neste sector se coloca o problema dos elevados stocks, mas em 2015 passou a haver na ilha um grossista de pneus, embora outras estruturas, não se assumindo como tal também funcionem como grossista tal o volume de stock que possuem. Curiosa-


COM O APOIO

mente já se fala que mais uma grossista de pneus (e outro nas peças) deverá ainda este ano começar a operar na Madeira. Ao nível das tintas e consumíveis para oficinas de chapa e pintura, o número de empresas que opera neste ramo é considerado elevada para as necessidades da ilha. As grandes oficinas estão ligadas ao retalho automóvel, existindo depois alguns operadores independentes com dimensão, mas a grande maioria são pequenas oficinas, muitas delas sem estufa (apesar de ter vindo a aumentar o número de estufas na Madeira). Neste mercado existe também pouca formação disponível, cabendo aos revendedores essa responsabilidade ao nível do aconselhamento técnico. No geral, todos os grandes operadores nacionais de peças, pneus e tintas, operam através dos seus parceiros na Madeira (alguns fazem-no diretamente com estruturas próprias), sendo um mercado que não é elástico e muito suscetível à entrada de novos operadores.

O que se passa é que a oficina perdeu importância, o consumidor final compra bastante, o que trás alguns problemas João Correia, Autopop

Não se arranja mecânicos na Madeira Duarte Reis, Bravapeças.

Muitos continuam a fazer o que faziam há 15 anos, sem mudar ou a mudar lentamente Roberto Baptista, Impoeste.

Os conceitos oficinas não funcionam aqui, uma coisa é o continente e outra coisa é cá Nuno Berenguer, Vulcanizadora 25 de Abril

As oficinas vão de escada estão a diminuir mas é ainda uma realidade Luís Gonçalves, gerente da Peças Ram

A insularidade é um problema do ponto de vista logístico Patrícia Silva, ELPS

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ESPECIAL MADEIRA

AUTOPOP

Tradição em peças

É

A Autopop é o mais antigo retalhista de peças da Madeira em operação. Os seus 43 anos de mercado, permitem que esta empresa seja uma referência no sector não só nas peças, mas também na repintura, ferramentas e nos equipamentos.

longa a história da Autopop na Ilha da Madeira. Negócio de origem familiar, foi-se sempre adaptando e, por vezes, até antecipando as tendências de mercado. “Fomos a primeira empresa na Madeira a ter entregas aos clientes com frota própria. Fomos também percursores em ter um responsável no Continente que facilita muito a logística entre o Continente e a Madeira”, diz Carlos Correia, gerente da Autopop. Atualmente, a empresa fundada em 1973, possui uma extensa carteira de clientes, a maioria oficinas, mais também empresas e até particulares. Tem como principais parceiros e fornecedores algumas das empresas de referência do aftermarket, apostando numa política de produto onde a qualidade assume destaque, daí a aposta em marcas que estão no primeiro equipamento, mas também em marcas que, não estando no primeiro equipamento, são hoje referenciais. “Estamos num novo paradigma. O consumidor

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PÓS-VENDA

final também já compra muitas peças e, muitas vezes, não valoriza a qualidade da peça mas apenas o preço. Felizmente que ainda continua a ser a oficina o nosso principal cliente, pois é ele que pode dar valor às peças que nós vendemos”, diz Carlos Correia, assegurando que “temos preços distintos para a oficina e para o consumidor final, embora este cliente pensa que compra mais barato as peças vindo ao balcão. Agora, compete também às oficinas aceitar ou não as peças do cliente”.

CONTACTOS AUTOPOP Carlos Correia 291 203 331 autopop@autopop.com.pt www.facebook.com/autopopmadeira/

Com três balcões abertos ao público, um historicamente posicionado no Funchal, outro em Câmara de Lobos e um terceiro no Parque Industrial da Cancela (Santa Cruz), aberto há dois anos e com forte vocação em material para carros alemães (apesar de ser uma loja generalista), a Autopop dispõe ainda de dois tarefeiros que entregam peças em toda a Ilha da Madeira, como ainda dois vendedores, um para as peças e outro para o setor de pintura. “Não temos previsto abrir mais lojas. O balcão na Cancela era um objetivo que alcançamos há dois anos, mas agora entendemos que não se justifica investir mais nesta área”, refere Carlos Correia, dizendo que “temos as entregas de peças aos clientes sempre que eles necessitarem. Atualmente não existe outra forma de estar no mercado”. O negócio das tintas, pouco comum de ver no retalho de peças em Portugal, é para a Autopop um negócio importante, através do parceiro Carsistema, pois “muitos dos nossos clientes oficinas têm também a componente de chapa e pintura”, refere João Correia, acrescentando que “temos uma grande complementaridade no nosso negócio para as oficinas, pois podemos fornecer-lhes, para além das peças, as ferramentas, equipamentos e outros produtos”. A Autopop está a trabalhar numa plataforma de vendas de peças online B2B, através da AD Logistics, um parceiro de negócio que o retalhista madeirense pretende continuar a privilegiar.


COM O APOIO

BRAVA PEÇAS

Serviço global

T

A Bravapeças, localizada na Ribeira Brava, no Sudoeste da Madeira, é apenas um dos negócios de um grupo de empresas que está ligado ao ramo oficinal. É uma das referências nas peças e no setor automóvel da região.

udo começou com a Auto Crescente, um stand de automóveis, que depois deu origem a uma oficina de automóveis com o mesmo nome, na Ribeira Brava, com serviços de mecânica e chapa / pintura. Seguiu-se uma segunda oficina, no Funchal. “Como comprava muitas peças na Bravapeças, acabei por adquirir esta empresa há 10 anos”, começa por referir Duarte Reis, gerente da empresa, garantindo que “como o negócio está a correr bem, vamos abrir uma filial no Funchal, como forma de satisfazer a procura que existe nessa zona da Madeira, mas também para abastecer a nossa atividade oficinal”. Diga-se que do negócio faz também parte uma rent-a-car, que também ela consome peças, embora “o objetivo é vender peças ao consumidor final e profissional”, refere o mesmo responsável. A Bravapeças dispõe de três carrinhas para entregar peças na Madeira, apesar de 40% do negócio ser feito com vendas diretas ao balcão. “Nota-se que, com a crise, o cliente final vem

cada vez mais comprar peças ao balcão”, explica Duarte Reis. Mas os negócios na área auto não ficam por aqui, a empresa tem dois postos de abastecimento de combustível da Repsol e uma unidade “renting” que é a Centrolíder. “Como não existe associativismo na Madeira, acabamos por integrar mais áreas de negócio dentro da empresa, de modo a abarcar o máximo de serviços possíveis”, refere o mesmo responsável, explicando que “é um mal necessário,

CONTACTOS BRAVA PEÇAS Duarte Reis 291 963 991 bravapecas@live.com www.facebook.com/bravapecas

mas agora compete-nos a nós fazer um bom serviço”. Apostando em marcas de relevo na área das peças, Duarte Reis diz que não é muito por aí que se faz a diferenciação no mercado nem propriamente pelo preço, mas sim “no serviço e no relacionamento comercial que temos com o cliente, sem esquecer a aposta no volume de stock. Sempre que é preciso, na chapa e no material elétrico, compramos aos nossos concorrentes, já que o nosso forte é o material de mecânica”. Afirmando que existe falta de formação técnica na Madeira, a Bravapeças tenta, sempre que possível, incentivar a isso para os seus clientes oficinais, através dos seus parceiros e também do CEPRA, mas “não é fácil encontrar mecânicos que queiram ter formação e que se incentivem para vir às formações”, diz o responsável da Bravapeças, explicando que está a ser feito um protocolo com a ARAN para dinamizar diversos cursos de formações. Outro investimento vai ser feito na renovação da oficina da Ribeira Brava, que irá ocupar um novo espaço contiguo, que permitirá à empresa melhorar ainda mais a prestação de serviços. “O grande problema é arranjar mecânicos. Temos serviço para crescer mas existem poucos recursos humanos especializados para trabalhar”, concluiu Duarte Reis. OUTUBRO 2016

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ESPECIAL MADEIRA

CAEA IMPORTAÇÃO, LDA

Quatro pilares de negócio

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Se o objetivo inicial foi a comercialização de automóveis novos, atualmente o negócio desta empresa é outro e está bastante diversificado, passando também pelas peças de automóveis.

CAEA Importação foi criada no dia 2 de junho de 1997 com um único objetivo: comercializar automóveis novos de uma determinada marca e prestar a respetiva assistência na área do pós-venda. Tendo essa marca deixado de operar no mercado nacional, a empresa teve que repensar o negócio nunca esquecendo, porém, o projeto que existia para a construção das atuais instalações cuja área coberta é de cerca de 4.000 m2 dividida por três pisos onde estão instalados agora todos os serviços. Atualmente o negócio da CAEA está assente em quatro pilares, como explica Crisólogo Miguel, dizendo que, “tendo em conta que estamos localizados na Ribeira Brava, um concelho que nem tem 15.000 habitantes, tivemos que encontrar uma fórmula para tornar o negócio rentável. Se temos stand, porque não ter a rent-a-car, que por sua vez implica criar serviços oficinais para preparar e assistir as viaturas vendidas e alugadas. Para abastecer a oficina é necessário as peças e, como se pode verificar, as instalações foram criadas de raiz

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PÓS-VENDA

precisamente para abrigar tudo isto”. Ao nível das peças, a CAEA tem como política “não vender a qualquer preço já que procuramos trabalhar com importadores e distribuidores nacionais cujas marcas são líderes de mercado”, refere o mesmo responsável, explicando que “temos algumas representações exclusivas para a Madeira nas peças e não só”. Primeiro foi a Q8Oils, “que já trabalhamos há muitos anos”, seguiu-se a Jonnesway ferramentas profissionais, “que é um produto de

CONTACTOS CAEA Crisólogo Miguel 291 950 290 caea@netmadeira.com www.caea.pt

excelente qualidade e preço”, refere Grisólogo Miguel. Pelo meio vieram as motos até 125 cc, e, mais recentemente, os aditivos anti-fricção Faher, cuja linha de produtos são importados pela Mundialub, tendo a CAEA a exclusividade para a Madeira. Na CAEA as peças são vendidas essencialmente ao balcão, embora esporadicamente faça entregas. “Para nós não faz sentido as entregas dado que temos a colaboração de outros dois operadores no ramo com os seus balcões próprios em outros tantos concelhos”, explica o gerente da CAEA, dizendo que “como complemento temos diariamente o nosso vendedor a visitar as oficinas mostrando os produtos que representamos, nomeadamente as ferramentas, lubrificantes e os aditivos”. No entender do gerente da CAEA, o negócio das peças na Madeira está em ponto de saturação, referindo a este respeito que “gostaria de estar errado mas dificilmente continuará a haver mercado para todos. Quanto a oportunidades de negócio parece-me ser o de equipamentos oficinais, já que após um sem número de insolvências deixará de haver material usado levando à procura do novo”. No entender de Crisólogo Miguel, o negócio oficinal é um problema a par dos balcões de peças, pois “são muitos e alguns terão cada vez mais dificuldades para investir de modo a terem condições mínimas de operacionalidade. Mesmo os que querem investir e têm condições para tal, existem cada vez mais dificuldades no licenciamento, pois as Câmaras Municipais estão a querer empurrar estas empresas para os parque industriais o que, segundo os entendidos, não é a melhor localização”.


COM O APOIO

CRMA

Parceiro na formação

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Para além de ser uma oficina de automóveis, a CRMA é parceira de negócio na área da Formação da CAR Academy, promovendo diversos cursos essencialmente destinados a mecânicos.

CRMA Madeira, Centro de Reparação e Manutenção Auto é uma oficina multimarca com dois anos de existência, situada na Ponta do Sol. Dedica-se à manutenção e reparação automóvel podendo, contudo, fornecer outros serviços, como a pintura, bate-chapa, vidros, pneus, dados técnicos e seguros através de algumas parcerias estabelecidas. Porém, um dos projetos mais interessantes e diferenciadores da CRMA foi o desenvolvimento de uma parceria na área da formação profissional com a Car Academy, empresa com sede no Cacém, especializada em formação técnica e não técnica na área automóvel. Esta parceria não tinha em vista unicamente a formação dos próprios funcionários da CRMA, mas sim a possibilidade de desenvolver formação para todos os mecânicos interessados. “Não existia praticamente formação na área automóvel e os que a tinham, muitas vezes tinham que se deslocar ao continente, o que acarretava custos acrescidos”, explica Nilza Gonçalves, responsável da CRMA, dizendo

que “o acordo com a Car Academy acabou por ser natural, pois é necessário apostar muito em formação, sendo também uma forma de divulgar a nossa oficina”. O protocolo que a CRMA tem com a Car Academy permite que outros mecânicos tenham acesso à formação, como aliás já aconteceu em todas as ações de formação já realizadas até ao momento. “Existe um projeto com a Car Academy para nos permitir ser mais abrangentes em termos de cursos e ao mesmo tempo ter cursos mais frequentes”, refere a responsável da CRMA.

CONTACTOS CRMA Nilza Gonçalves crma.madeira@gmail.com www.facebook.com/crmamadeira/

Atendendo a que existe vontade de incrementar a formação, Nilza Gonçalves refere que “temos sentido nos cursos já realizados diversas necessidades de formação, o que nos irá levar a alargar a formação a outras áreas. O feedback que temos tido das formações tem sido muito positivo e isso leva-nos a dinamizar ainda mais a formação”. Cursos técnicos e não técnicos serão alvo de novas formações com a Car Academy, até porque na ilha não existe qualquer tipo de possibilidade de realizar esse tipo de formações com outras entidades. “Tanto quanto sabemos não existem entidades na Madeira que realizem formação na área automóvel. A única exceção tem sido através de um organismo ligado ao Governo Regional, que tem promovido formação na área ambiental”, diz Nilza Gonçalves, acrescentando que “algumas casas de peças também tentam, por vezes, realizar formação através do seus parceiros”. Na opinião da responsável da CRMA, existem muitas necessidades de formação das oficinas e até alguma falta de visão dos empresários para apostar nessa área, considerando que “ainda existe muito a fazer ao nível da formação na área automóvel na Madeira”. A mais recente formação da Car Academy na Madeira realizou-se no final do setembro, podendo ainda voltar a haver mais formação este ano, embora o reforço e a intensificação da formação deva surgir em 2017. OUTUBRO 2016

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ESPECIAL MADEIRA

C.SANTOS VP MADEIRA

Forte presença na Madeira

M

A recente chegada à Madeira da C.Santos VP não foi indiferente a todos os que operam no negócio automóvel na região. Ao todo representa nove marcas, tendo apostado muito no pós-venda e peças, apresentado instalações modernas.

ercedes, Smart, Mitsubishi, Peugeot, Opel, Volkswagen, Audi, Skoda e Volkswagen Veículos Comerciais são as marcas representadas pela C.Santos VP Madeira. Uma unidade (Poço Barral 1) agrega as marcas Mercedes, Smart e Mitsubishi; a outra (Poço Barral 2) inclui todas as restantes marcas, excepto a Peugeot, que tem um espaço próprio (em São João). Na recente instalação de Poço Barral 2 convivem na mesma oficina a Opel, Volkswagen, Skoda e Audi, existindo um responsável de unidade de negócio pós-venda que agrega também as marcas que estão no Poço Barral 1. Para além da Mercedes e Smart, que já estão com a C.Santos na Madeira há mais de uma década, as restantes novas marcas têm “reports” locais sendo que Rui Gouveia é o diretor, nomeadamente nas marcas Siva. Com espaços comerciais distintos, ao nível do pós-venda existe uma racionalização da operação. “Temos, seguramente, a maior oficina na Madeira ao nível do pós-venda

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PÓS-VENDA

oficial no Poço Barral 2, o que demonstra bem o investimento que foi feito nesta operação pelo C.Santos”, começa por dizer Rui Gouveia, dizendo que atualmente todas as oficinas (da C.Santos na Madeira) recebem mais de 250 visitas semanais, mas que o negócio está estruturado para mais. É uma oficina integrada, com serviços de chapa e pintura, onde se encontra também grande parte dos stock de peças. Aliás, todas as unidades da C.Santos

CONTACTOS C.SANTOS VP Rui Gouveia 291 700 570 rui.gouveia@csantosvp.pt www.madeira.csantosvp.pt

na Madeira dinamizam o negócio de peças para as próprias oficinas, mas também para as oficinas independentes. “Falando da estrutura de Poço Barral 1, temos uma unidade de peças, que faz todo o fornecimento ao seu principal cliente, que é a nossa oficina, existindo depois um segundo canal que é o balcão de peças ao cliente externo”, explica Rui Gouveia, dizendo que “investimos muito em stock, para que os tempos de espera na nossa oficina sejam o mais reduzidos possíveis mas, por outro lado, estamos também indiretamente a fortalecer a nossa concorrência que passa a ter maior disponibilidade de peças para servir o seu cliente”. Com quase um ano de operação desta unidade da C.Santos na Madeira, cerca de 70% do consumo de peças é feito dentro da própria oficina, o que revela que o negócio externo de peças já assume uma grande importância. “Na Madeira não temos nenhuma estrutura que faça vendas de peças no terreno, é algo que está planeado e que sabemos como se deve fazer, mas que a seu tempo terá o desenvolvimento que acharmos conveniente”, assegura o mesmo responsável. Com um stock sobredimensionado, por via da insularidade e por não trabalhar a maioria destas marcas no Continente, Rui Gouveia considera que “ainda devia ser maior o stock de peças, mas o nosso plano de encomendas está cada vez mais afinado em função do parque circulante na Madeira e da tipologia de peças que aqui mais se consomem, já que é um mercado que tem as suas características muito particulares ao nível das peças”.


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ELPS

A dinâmica da experiência

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Apesar de ter pouco mais de 10 anos, a ELPS é dos retalhistas de peças com mais experiência e conhecimento do negócio das peças, tendo um modelo que aposta forte na distribuição.

nicialmente associada a uma das maiores redes de retalho a nível nacional, a verdade é que a ELPS caminha hoje de forma isolada no mercado. O constante crescimento da empresa nos últimos anos, segundo Patrícia Silva, responsável da ELPS, revela que a aposta foi certeira e o momento é até de pensar no futuro. “Temos planos futuros para mudar de instalações, até porque o espaço atual já se torna curto para a nossa atividade e temos o material dividido por outros armazéns”, começa por afirmar Patrícia Silva, realçando que será o próximo grande passo da ELPS. Sendo o movimento em balcão uma constante nesta empresa, a ELPS tem, contudo, na distribuição, uma das suas fortes apostas. Ao todo são seis as carrinhas que fazem a distribuição “em toda a ilha, sendo uma aposta nossa, atendendo a que temos apenas um balcão no Funchal. É uma forma de nos podermos diferenciar. Apesar disso, a maioria das vendas são feitas em balcão”. Com rotas definidas, que permitem duas entregas por dia

em qualquer ponto da Madeira, Patrícia Silva considera que os clientes valorizam muito esse serviço e que o reconhecem na ELPS. Tendo como fornecedoras as mais importantes empresas grossistas nacionais, a ELPS aposta muito na qualidade das peças e das suas representações, que “com o passar dos anos nos têm dado muitos frutos. Atualmente o cliente prefere pagar um pouco mais pela peça, mas sabe que ela tem uma maior duração”, explica a mesma responsável da ELPS, acrescentando que “outra nossa aposta tem sido, acima de tudo, na variedade do stock.

CONTACTOS ELPS Eduardo Silva 291 776 380 elpspecasauto@hotmail.com facebook.com/elps-270116063028733/

Satisfazer o cliente é uma prioridade para que ele nos continue a comprar, o que nos exige um esforço muito grande em matéria de stock”. A aposta tem sido nas peças de maior rotação na área da mecânica, tendo a ELPS como projeto de futuro a aposta nas peças de chapa. Através da Autozitânia, a ELPS representa a marca de lubrificantes Meguin, tendo desenvolvido com uma oficina independente local o conceito Meguin Service Center, existindo neste momento mais oficinas interessadas em desenvolver esse conceito. Apesar de considerar que a entrada de novos concorrentes nada traz de novo ao negócio das peças na Madeira, Patrícia Silva diz que o que importa à ELPS é o cliente, argumentando que “é para ele que trabalhamos e orientamos todos os nossos esforços no sentido de satisfazer as suas necessidades”. Para além das peças, faz parte do serviço da ELPS às oficinas o acesso à formação. “Sentimos muito essa necessidade do mercado e aproveitamos todas as oportunidades que temos para proporcionar formação às oficinas. Tentamos incentivar sempre que os nossos clientes obtenham formação” assegura Patrícia Silva, mesmo reconhecendo que muitos mecânicos não a aproveitam convenientemente. Atenta à evolução do negócio, a responsável da ELPS diz que a venda ao balcão ao consumidor final tem vindo a crescer cada vez mais, havendo oficinas recetivas a que o cliente já leve as peças. OUTUBRO 2016

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ESPECIAL MADEIRA

IMPOESTE

Fidelizar é a palavra de ordem

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A Impoeste já está na região da Madeira há alguns anos com uma estrutura própria, sendo um negócio operado por profissionais locais e com conhecimento do setor.

ara além da operação que tem no Continente, sendo atualmente representante da Nexa Autocolor e da MaxMeyer (em regime de não exclusividade), a Impoeste possui uma loja na Madeira que trabalha sobretudo o negócio automóvel. O clima madeirense, com níveis de humidade mais elevados, temperaturas médias mais altas e a proximidade do mar, leva este operador a ter cuidados redobrados na preparação das tintas. “Temos um cuidado especial com a preparação na área da repintura, isto é, temos investido em todo o processo pré-pintura para que o resultado final seja o desejado”, refere Roberto Batista, Chefe de Vendas da Impoeste na Madeira. Não sendo um mercado caraterizado por grandes oficinas, o responsável da Impoeste diz que “felizmente tem-se vindo a evoluir no sentido da qualidade, também por via da qualidade dos produtos que obriga às oficinas a estarem mais atentas. O número de estufas na região tem vindo a crescer, o que também se reflete na qualidade final da pintura”. Para além das tintas e de todos os consumíveis

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que uma oficina de repintura necessita para a sua atividade, a Impoeste tem investido muito na formação e informação técnica. “Diariamente damos todo o tipo de apoio técnico aos nossos clientes face aos problemas que vão surgindo. Temos a consciência que o serviço pós-venda tem um papel essencial na relação que queremos manter, e fortalecer, com os nossos clientes”, refere Roberto Batista, acrescentando que “em termos de produto, apostamos em ter todo o tipo de consumíveis que uma oficina de pintura necessita, de modo a que o nosso cliente se sinta confortável connosco”.

CONTACTOS IMPOESTE Roberto Batista 291 752 500 madeira@impoeste.com www.impoeste.com

Num mercado onde têm entrado cada vez mais operadores a vender tintas, Roberto Batista diz que se está muito acima do ideal e isso reflete-se numa grande pressão no preço em detrimento da qualidade. Por isso, diz este responsável, “temos apostado muito na fidelização dos clientes, pois é um mercado pequeno no qual não aparecem novas oficinas com frequência. Os clientes fidelizados sabem que o fator serviço é muito importante e é nesses que queremos continuar a apostar”. Para além das vendas em balcão, onde possui máquina de mistura, a Impoeste tem um modelo de distribuição direta às oficinas, dispondo de um comercial no terreno que visita regularmente os clientes. A aposta na fidelização permite à empresa ter uma atividade muito regular e muito estável ao longo do ano, que pontualmente é alterada pela menor atividade das frotas de rent-a-car que leva, nesse período, mais carros às oficinas. A melhoria da rede viária diminuiu o risco de acidentes, o que também teve reflexos na atividade. Mais complicada é a gestão de stocks, por via da insularidade, mas a aposta tem sido num stock muito rotativo e na disponibilidade dentro do que é consumido diariamente. “Normalmente um produto que não tenhamos em stock, pode demorar cerca de duas semanas a entregar ao cliente. Porém, todos temos que viver com isso neste mercado”, refere Roberto Batista. Refira-se que a Impoeste trabalha também para outros setores (construção civil, por exemplo), mas o setor automóvel representa mais de 90% da atividade da empresa.


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MADEIRA AUTO-CAR

Negócio com história e conhecimento Detentora de cinco marcas automóveis, a Madeira Auto-Car é um histórico na região madeirense, nomeadamente através da marca Ford. Os serviços de peças e pós-venda estão centralizados.

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Madeira Auto-Car, Lda é uma empresa do Grupo Leacock Investimentos, com sede no Funchal. Para além da Ford, é concessionário de mais três marcas (Citroën, KIA e Mazda), às quais junta a Jaguar como reparador autorizado, tendo instalações integradas de vendas, oficinas, peças e colisão / pintura. O negócio de distribuição de peças é para a Madeira Auto-Car importante, mas o mesmo é dinamizado apenas através do balcão que a empresa tem nas suas instalações, não tendo vendedores exteriores. “Este negócio de peças é muito condicionado pela geografia da ilha, pois o setor oficinal está concentrado no sul, num raio de 25 quilómetros. Por isso, colocar peças nas oficinas é um negócio que não justifica investir nele para o exterior, pois as compras são muito pequenas”, começa por referir Pedro Tavares da Silva, administrador, dizendo que “fazemos as entregas apenas para três ou quatro clientes de grande volume”. Cerca de 30% do consumo de peças é feito no exterior, dinamizando regularmente a Madeira

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Auto-Car campanhas, nomeadamente nas marcas Ford e Citroën, seguindo o alinhamento das campanhas estabelecidas pelas marcas. São também feitas campanhas para a dinamização das oficinas próprias, que permitem chamar clientes destas marcas às oficinas da Madeira Auto-Car. “Temos a nossa política de descontos nas peças para o cliente oficinal. Contudo, a nossa estratégia é ter um negócio equilibrado entre as peças originais e a nossa oficina, para que possamos atrair o cliente a vir às nossas instalações, mantendo-o aqui fideli-

CONTACTOS MADEIRA AUTO Pedro Tavares da Silva 291 702 670 geral@madeiraautocar.com www.madeiraautocar.com

zado o maior tempo possível”, refere o mesmo responsável, indicando que “aqui na Madeira, o cliente oficina mantém-se por mais tempo fidelizado à casa. Isto é o que acontece aqui connosco face ao que sabemos que acontece no Continente com outras concessões. O facto de ser um meio pequeno e de existir apenas um concessionário para cada marca na Madeira leva a que o cliente se mantenha mais tempo ligado às nossas oficinas”. Afirmando que se vive uma “guerra desenfreada” nas peças, com excesso de operadores e com stocks sobredimensionados, Pedro Tavares da Silva diz que “não existe mercado para todos, por isso vai ter que se assistir a um reajuste deste negócio. Por isso é que não queremos entrar de forma agressiva nas peças, nem o vamos fazer, até porque não queremos abdicar de mais margem”. Afirmando que o pós-Venda continua a ser o negócio de maior rentabilidade na Madeira Auto-Car, o responsável da empresa considera que “os próximos anos poderão ser de redução na área oficinal, devido à quebra de vendas dos últimos anos, mas o que temos que analisar a curto e médio prazo é a repercussão no pós-venda e peças da entrada dos veículos híbridos e elétricos. Que peças é que se irão vender?”. Refira-se ainda que uma das maiores unidade de chapa e pintura na Madeira situa-se nas instalações da Madeira Auto-Car, numa área em que a relação com as seguradoras é decisiva, assim como o rent-a-car, fruto dos recondicionamentos.


ESPECIAL MADEIRA

MENAPEÇAS

Seguir a política do continente

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A Menapeças está na Madeira desde 2007, numa altura em que a empresa abriu três filiais a nível nacional, sendo um dos primeiros grossistas continentais a chegar à ilha.

loja da Madeira da Menapeças é um projeto que surge porque o administrador da Menapeças, Orlando Mena, conhecia bem o mercado local, por força das suas muitas deslocações à ilha quando estava na Univex-Mitsubishi e nomeou um concessionário na Madeira. Depois da fundação da Menapeças, em 1984, sempre foi um dos objetivos estender a atividade a outras zonas do país, daí a entrada na Madeira, em 2007. No entender do responsável da empresa não existem propriamente grandes diferenças entre o modelo de negócio da casa mãe e da filial na Madeira. “A loja da Madeira segue a mesma política das Menapeças do continente. Tem mais alguns produtos que a Menapeças no continente não tem, acima de tudo pela especificidade do parque automóvel local”, começa por referir o administrador da Menapeças. O balcão de peças e armazém situados na zona

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da Cancela, têm uma localização estratégica na ilha, tendo a particularidade de “a maioria das vendas na Madeira serem feitas ao balcão, e quase na totalidade de material de desgaste”, explica Orlando Mena, que diz que outra das particularidades do balcão local face ao que acontece no continente é que 80% das vendas são a pronto pagamento. Num mercado com excesso de operadores,

CONTACTOS MENAPEÇAS Orlando Mena 291 938 005 madeira2@menapecas.com www.menapecas.com

com um parque circulante não muito grande, onde existem dificuldades logísticas por causa da insularidade, que obriga também a stocks um pouco mais reforçados, Orlando Mena considera que “o negócio da peças auto, na Madeira, tem atravessado um período difícil, aliás, como todas as áreas de negócio. De qualquer forma, o facto de estarmos a passar por uma fase menos produtiva dá-nos a esperança de que o futuro será de melhoria”. Tal como as outras filiais da Menapeças, em Serzedo (Vila Nova de Gaia) e em Famões (Odivelas), também a filial da Madeira é abastecida pelo armazém central na sede no Carregado, sendo que a política de produto / marcas é semelhante para todas as filiais. “Os stocks da loja da Madeira são enviados da Menapeças do Carregado, no entanto também são feitas compras a outros fornecedores”, refere Orlando Mena.Com uma aposta forte em material de desgaste, o historial da empresa na Madeira permite ter sempre em stock o material de maior rotação, até porque, segundo o responsável da Menapeças, “na Madeira, as viaturas têm um desgaste superior, mas pode considerar-se que a ilha tem um bom parque automóvel”. Refira-se que para além do balcão de peças que tem na Madeira, a Menapeças disponibiliza também a loja de peças B2B, através do qual os clientes poderão adquirir peças (mediante registo) na Menapeças.


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NAZARÉ PEÇAS

Um novo rumo

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Situada na zona da Nazaré (São Martinho), no Funchal, a Nazaré Peças nasce da vontade de três sócios em seguir um novo rumo nas peças, depois de muito anos ligados a este negócio na região.

Nazaré Peças existe há poucos meses, embora seja um projeto já com alguns anos. Fruto das circunstâncias, foi decidido avançar para um novo negócio de peças. Feitas as obras pelos próprios sócios, foi fácil restabelecer os contactos com os fornecedores, e começar “devagarinho” mas de forma muito objetiva, através de uma política de produto sustentada em marcas de qualidade. Textar, Japko e Sofima são apostas fortes desde a fase inicial da empresa, com “as quais nos temos dado muito bem e sabemos que têm uma grande aceitação junto dos clientes”, refere Énio Andrade. Outra importante aposta da Nazaré Peças é o balcão, mesmo quando este retalhista de peças tenha apostado na distribuição, utilizando um veículo comercial ou uma moto. “Obviamente que o grande volume de vendas é no balcão, embora já exista um hábito das ofi-

cinas receberem a peça nas suas instalações. Ou acompanhamos esse hábito ou ficamos para trás”, refere o responsável da empresa, acrescentando que a importância do balcão também se deve ao facto de que “o consumidor final também já começa a comprar cada vez mais nas casas de peças, até porque existem muitos retalhistas e torna-se fácil parar aqui

CONTACTOS NAZARÉ PEÇAS AUTO - SAR, LDA Énio Andrade 291 649 890 nazarepecas@gmail.com facebook.com/Nazaré-PeçasAuto-789488157840765/

ou ali para ir sabendo preços. Sabemos que as oficinas não gostam disso, mas muitas já aceitam que o cliente leve as peças”. Para os profissionais da oficina, a Nazaré Peças também apostou numa rigorosa política de crédito, “pois sabemos a quem vender”, reconhece Énio Andrade, dizendo ainda que cada vez mais se estão a praticar preços únicos no mercado, independentemente do tipo de cliente que as compre. A Nazaré Peças dinamizou já algumas parcerias, uma delas com a Universidade da Madeira, como forma de dinamizar também as vendas de balcão. Outra área que a empresa vai querer apostar, por via dos seus fornecedores, é na formação, reconhecendo o responsável da Nazaré Peças que existe muito trabalho a fazer nesta área com as oficinas independentes. Numa área completamente diferente, a Nazaré Peças dinamizou com a Auto Barbosa, empresa açoriana, uma parceria para o setor da competição automóvel. Dessa forma, a Nazaré Peças passou a ser a representante para a Ilha da Madeira das marcas Dmach Tyres (pneus) e Oreca Store (componentes e acessórios para a competição). Para além das peças, a Nazaré Peças dispõe ainda de lubrificantes (de diversas marcas), ferramentas oficinais e ainda uma gama completa de consumíveis. OUTUBRO 2016

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ESPECIAL MADEIRA

NEX TYRES

O primeiro grossista na Madeira

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Foi no passado mês de maio que a Nex lançou na Madeira a primeira plataforma grossista exclusivamente dedicada a pneus, permitindo uma resposta mais rápida aos clientes retalhistas de pneus na ilha.

ituada no Caminho da Cancela, a Nex entrou na Madeira como forma de reforçar a sua posição como uma das referências na distribuição grossista na península ibérica, tornando-se pioneira na criação de uma plataforma na ilha da Madeira e oferecendo aos clientes locais um serviço de entrega inovador nas gamas turismo, comerciais e 4×4/SUV. “As principais motivações que levaram a Nex a investir na Madeira centraram-se na proximidade e na prestação de um serviço diferenciado em toda a ilha”, começa por dizer Aldo Machado, Country Manager para Portugal da Nex. Atualmente a Nex tem cerca de 4000 unidades em stock, que muito em breve sofrerá um incremento significativo. Os clientes madeirenses estão a ser apoiados por dois gestores de conta (Pedro Abreu e Luís Visitação) e a distribuição de pneus, localizados na plataforma, é feita de forma bidiária, onde os pedidos matinais são entregues durante

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PÓS-VENDA

a tarde e os vespertinos na manhã seguinte. “Nestes dois fatores a Nex destaca-se de toda a concorrência e assume que os clientes da Madeira são uma grande aposta da empresa”, refere o mesmo responsável, dizendo, em jeito de balanço, que “esta aposta tem sido bastante positiva, tendo permitido à Nex um aumento da base de clientes na ilha e uma penetração assertiva dos produtos/marcas por nós comercializados na Madeira. Nas

CONTACTOS NEX Aldo Machado 21 9540500 geral@nextyres.pt www.nextyres.pt

nossas análises, é inequívoca a existência de dois períodos de análise, pré e pós abertura da plataforma da Madeira”. Estando ainda numa fase de divulgação da sua presença, dos seus serviços e das suas marcas e do quão diferenciador se torna estar presente na ilha, Aldo Machado refere que “há uma expressão que se enquadra perfeitamente na nossa presença na ilha: primeiro estranha-se, depois entranha-se. Acreditamos que ainda não ultrapassamos todas as barreiras iniciais, por isso ainda há muito trabalho pela frente para atingirmos os nossos objectivos”. Para este responsável da Nex faz todo o sentido operar como grossista na Madeira, explicando que “o modelo económico e a gestão dos clientes madeirenses passa(va) por estarem alicerçados em elevados stocks (e o inevitável investimento nos mesmos) para poderem servir os seus clientes de forma célere e atempada. A presença da Nex passa por apresentar um modelo altamente profissionalizado de apoio comercial ao cliente e permite que o paradigma dos elevados stocks e investimento possa ser ultrapassado, canalizando os esforços dos nossos clientes para outras vertentes do negócio, permitindo-lhes otimizar a sua operação, gestão e, inevitavelmente, melhorar a sua rentabilidade”. Refira-se que a Nex Tyres Portugal integra o grupo NeX Tyres, distribuidor grossista de pneus criado em Janeiro de 2015 com a fusão das atividades de distribuição da Rodi Motor Services e da Euromaster em Espanha.


COM O APOIO

PEÇASRAM

A grandeza de um grupo

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Beneficiando de todas as vantagens de integrar a Create Business, a verdade é que a PeçasRam tem a sua estratégia própria, inerente ao facto de operar na Ilha da Madeira.

um retalhista de peças incontornável na Madeira. A PeçasRam tem a sua sede em São Martinho (Funchal), está presente em Santo António e em Câmara de Lobos (com uma pequena loja) e possui ainda um enorme armazém, também com balcão, no Parque Empresarial da Cancela. “É um modelo de distribuição que assenta muito nas vendas de balcão, que representa cerca de 80% da nossa faturação, sendo o restante distribuição nas oficinas, onde temos uma frota de carrinhas a fazer duas entregas de manhã e duas à tarde”, começa por afirmar Luís Gonçalves, gerente da PeçasRam, dizendo que “o nosso objetivo é racionalizar a nossa estrutura, passando para três ou talvez apenas duas instalações”. Fiel a 100% à Create Business, a empresa aposta exatamente na mesma lógica de produto, isto é, marcas de qualidade original, até porque antes de integrar o Grupo Create Business a estratégia da PeçasRam já passava pela venda de peças de qualidade, mas com a integração melhorou muito as suas condições. “A nossa

diferenciação é feita também por termos todas as peças de A a Z na multimarca e isso acaba por dinamizar ainda mais o negócio e potenciar vendas, pois o cliente encontra sempre tudo o que necessita”, revela o gerente da PeçasRam, dizendo que “temos noção da concorrência que existe, o que nos obriga a estar atentos a todas as oportunidades de mercado, mas a nossa experiência faz com que tenhamos muito respeito por todos”. Importante na atividade da PeçasRam é a

CONTACTOS PEÇASRAM, LDA Luís Gonçalves 291 701 042 pecasram@createbusiness.pt facebook.com/pecasram/

aposta na formação para os seus clientes oficinais através do Grupo da Create Business, com uma adesão que é cada vez maior por parte das oficinas. “Damos também muito apoio às oficinas do ponto de vista técnico através dos nossos profissionais, bem como proporcionamos todas as ferramentas que estão ao nosso dispor às oficinas. Sentimos que ainda existe muito trabalho a fazer com as oficinas a este nível”, explica Luís Gonçalves. Argumentando que as vendas continuam a subir de forma consolidada, a PeçasRam pretende “continuar a crescer, apostando na formação, fornecendo peças de qualidade original, que é algo que nos carateriza, e um serviço rápido de entregas, sempre com disponibilidade de stock”, afirma o gerente da PeçasRam. Para além do negócio de peças, a PeçasRam possui também duas oficinas próprias “A Oficina”, gerindo ainda este conceito, bem como do Auto Check Center, na Madeira, tendo já dinamizado diversas oficinas. “Sempre tivemos oficina própria e temos uma política de preços muito clara e diferenciada para todos os intervenientes que nos compram peças. Isso para nós é muito claro”, diz o mesmo responsável. Olhando com expectativa para o negócio dos pneus, que a Create Business iniciou há um ano, Luís Gonçalves diz que a empresa vai também preparar-se para o automóvel elétrico como uma aposta de médio prazo, não sem antes pensar na sucessão familiar, algo que já está a acontecer dentro da PeçasRam. OUTUBRO 2016

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ESPECIAL MADEIRA

PNEU EXPRESS

Uma nova fase em rede

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A Pneu Express possui mais de 50 anos de história nos pneus na Madeira, com uma forte ligação à Continental. Recentemente deu mais um importante passo ao integrar a rede ContiService, que assim se estreia na região.

Pneu Express é a marca comercial da Madeira Supply Company, empresa que até à década de 80 operou como distribuidor independente de peças e de pneus. Com uma ligação histórica à Mabor e, por essa via, à Continental, desde 2004, a Pneu Express especializou-se no retalho e nos serviços de pneus, para recentemente ter passado a integrar a ContiService, sendo a primeira unidade desta rede na Madeira. No entender de Paulo Pereira, Diretor-Geral da Pneu Express, a opção por integrar a ContiService acaba por ser natural: “os especialistas de pneus têm que procurar mais negócio para dentro de portas, nomeadamente ao nível dos serviços rápidos. Isso não é um conhecimento que se adquira rapidamente para quem não tem essa experiência no mercado do pós-venda independente. A nossa visão é de serviço rápido e não de serviço técnico pesado e, por isso, com o suporte de uma rede como a ContiService conseguiremos avançar muito

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PÓS-VENDA

mais depressa”. Por outro lado, com o suporte de uma rede nacional, “vamos ter acesso a acordos que a ContiService vá fazer com frotas, empresas e com um cliente mais profissional, alguns até já são nossos clientes, mas que nos poderão trazer mais negócio, como é o caso das rent-a-car”, revela o mesmo responsável. A Pneu Express manterá a Mabor como marca bandeira, até por razões afetivas, mas logicamente que a empresa passará a ter acesso

CONTACTOS PNEU EXPRESS Paulo Pereira 291 934 071 pneuexpress@mandeirasuplly.com facebook.com/PneuEXPRESS/

a todo o portefólio de marcas, tendo o pneu Continental como símbolo de qualidade que está associada à imagem de rede ContiService. As instalações da Pneu Express vão ser remodeladas com a imagem da rede, dizendo Paulo Pereira que “vamos ter um cuidado maior com a parte de receção, até porque o cliente tem vindo a mudar e exige conforto”. Sendo a empresa responsável pelo desenvolvimento do conceito ContiService na Madeira, e tendo apenas uma unidade de retalho (no Parque Industrial da Cancela), existe a intenção de o desenvolver futuramente. Paulo Pereira reconhece que “a Madeira precisará de pelo menos mais uma unidade ContiService e faz todo o sentido que seja a Pneu Express a a fazê-lo”. Tirando o pneu de moto e o agrícola (que é residual na Madeira), a Pneu Express está presente em todos os segmentos de mercado, desde o pneu ligeiro, passando pelo industrial, até ao pesado (onde tem interesses nas frotas de pesados), dispondo atualmente de um stock médio entre as 2.500 e as 3.000 unidades. Apesar de considerar um chavão, Paulo Pereira assume que “continuaremos a diferenciar-nos pela qualidade de serviço. Relembre-se que a componente de equilibragem e as novas tecnologias incorporadas nos carros, como o TPMS, começam a exigir cada vez mais especialização e conhecimento técnico para uma casa de peças. E é aqui que pode haver muitas diferenças na qualidade do serviço. É por aí que o futuro passa e é nisso que queremos apostar ainda mais”.



ESPECIAL MADEIRA

PNEUIMPEX

O primeiro centro auto

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Há pouco mais de um ano a Pneuimpex entrou no mercado madeirense como sendo o primeiro autocentro no arquipélago. Pneus e serviços técnicos fazem parte da oferta da Pneuimpex.

er oficina de pneus e mecânica e uma loja de venda de artigos auto permite que Pedro Nascimento (gerente), considere que a Pneuimpex tenha sido o primeiro autocentro da Madeira. “Queriamos apostar em algo que fosse diferenciador na Madeira. Por outro lado, tive o forte apoio de alguns fornecedores para apostar neste conceito aqui na região”, começa por referir Pedro Nascimento, dizendo que “temos vindo a desenvolver o conceito que une uma casa de pneus a uma oficina”. Porém, esta empresa foi mais longe, dispondo de uma série de serviços adicionais, como um enorme stock de pneus, estação de serviço, retificação de jantes, assistência na estrada e, mais recentemente, venda de automóveis usados. “Diria que se trata de um conceito de autocentro alargado. Temos loja e oficina, mas dinamizamos outros serviços e vendemos outros produtos que um tradicional autocentro não comercializa. É um conceito que provou que

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PÓS-VENDA

pode vingar aqui na Madeira”, revela o mesmo responsável, que tem experiência na gestão de casas de pneus no continente e que reconhece que, na Madeira, era impossível ter um estabelecimento que fosse só dedicado ao pneus. Cerca de 60% dos serviços efetuados pela Pneuimpex vêm da área da mecânica, considerando Pedro Nascimento que “o negócio de peças na Madeira está muito desenvolvido e isso alivia muito os stocks que temos que fazer, pois entregam peças aqui várias vezes

CONTACTOS PNEUIMPEX Pedro Nascimento 291 223 199 cliente@pneuimpex.pt www.pneuimpex.pt

ao dia”. O mesmo já não se poderá dizer da distribuição de pneus, que obriga a que as casas de pneus tenham que investir muito em stock e a Pneuimpex não é exceção. São quase 5.000 pneus que esta empresa dispõe, o que está muito acima da média do que é tradicional em empresas semelhantes no continente. “Temos que ter o pneu que o cliente quer, caso contrário não vendemos”, refere Pedro Nascimento, dizendo que a logística de pneus do continente para a Madeira é cara e demora demasiado tempo. A Pneuimpex apostou em técnicos com formação e com muita experiência nas diferentes valências da empresa, que “nos permitiram oferecer um serviço de qualidade desde a primeira hora. Sabemos que o cliente é muito exigente”. Um dos projetos que a Pneuimpex tem em mente passa pela formação para profissionais. Trata-se de uma Academia de Formação Automóvel, que a empresa pretende criar para dar poder formação técnica a mecânicos, juntamente com um parceiro, em áreas como ar condicionado, sistema de injeção, caixas de velocidades, filtros de partículas, montagem GPL, entre outras. “Existem grande lacunas de formação na Madeira”, refere Pedro Nascimento. Outros projetos estão neste momento a ser desenvolvidos pela Pneuimpex, que poderão criar valor para os clientes finais e profissionais, em diferentes áreas da empresa.


COM O APOIO

SERPEÇAS

Diversificar conceitos

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Assim que se entra na Serpeças vemos, no mesmo espaço, uma oficina e uma casa de peças. Um conceito de negócio que, segundo o gerente da empresa, se adapta à realidade do mercado da Madeira.

epois de 24 anos ligado à Peugeot, tendo um longo percurso nas peças e pós-venda, Sérgio Pinto lançou recentemente (em fevereiro) a Serpeças, um nome que significa serviço e peças. Inicialmente era para ser um negócio apenas de peças e componentes usados, mas com a evolução da ideia o responsável da Serpeças apostou num conceito oficinal com a associação a apenas algumas linhas de peças. Assim, a Serpaças tem em stock diversas linhas de produto mais associadas à mecânica tradicional (pastilhas, discos, filtros, amortecedores, etc), impulsionada pela Alecarpeças tendo, por outro lado, uma pequena oficina, tudo a conviver no mesmo espaço. “No fundo, a Serpeças são três conceitos aqui reunidos, venda de peças ao exterior, oficina de mecânica e peças usadas, nomeadamente

motores e caixas de velocidades”, explica Sérgio Pinto, gerente da empresa, que trabalha também com empresas espanholas, que considera serem muito profissionais nos componentes usados. “Temos pedidos para o fornecimento das peças usadas, sendo essa uma aposta nossa, atendendo que só comer-

CONTACTOS SERPEÇAS Sérgio Pinto 291 636 091 geral@serpecas.com facebook.com/serpecas/

cializamos material que nos dê garantias”, refere o mesmo responsável. Com este conceito de negócio, que segundo Sérgio Pinto se adapta bastante ao mercado madeirense, o cliente pode optar se quer ou não montar a peça ou o componente na própria Serpeças. O profissional procura muito a peça para ser ele a montar, mas o cliente particular opta já por recorrer à Serpeças para efetuar o serviço completo. A empresa comercializa também peças de origem, devido às ligações que Sérgio Pinto dispõe com a MCoutinho Peças e com a Sofrapa, conseguindo disponibilizar esse material em apenas 24 horas no cliente, embora não tenha stock. A Serpeças, de momento, não tem nenhum comercial a vender peças no mercado, sendo essa uma possibilidade futura, mas os mais recentes investimentos foram em recursos humanos e em equipamentos para a oficina. Considerando que não veio para o mercado das peças e do pós-venda para entrar em guerra com a concorrência, Sérgio Pinto diz: “tenho este projeto para me diferenciar e trabalhar de uma forma profissional com o rigor que mais de 20 anos a trabalhar nas marcas me conferem”. Um dos pontos de honra da Serpeças é a imagem e o ambiente, áreas onde Sérgio Pinto aposta muito, como forma de transmitir ao cliente confiança. OUTUBRO 2016

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ESPECIAL MADEIRA

SODICOR MADEIRA

Especialistas em repintura A Sodicor, empresa com sede em Leiria, representa na Madeira uma das mais conceituadas marcas de tintas, a Spies Hecker, sendo uma das empresas com mais know-how da região no setor da repintura.

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primeira visita que os responsáveis da Sodicor fizeram ao mercado da Madeira data de Janeiro de 1990. Nesta altura, diz Joaquim Lavos, gerente da empresa, “a nossa representada em tintas (a Valentine, hoje, Spies Hecker), que tinha lojas próprias para venda ao cliente final, estava a lançar as tintas de dois componentes. Na Madeira, debatiam-se com grandes dificuldades na introdução desta “nova tecnologia”, devido à carência de equipamentos e acessórios de pintura naquele mercado. Reconhecendo o bom trabalho que desenvolvemos na nossa zona de Leiria, porque aliámos ao lançamento da nova tinta, as pistolas de pintura e outros acessórios adequados, a Valentine convidou-nos a fazer uma apresentação destes produtos na Madeira. Na sequência desta apresentação, criámos a nossa primeira carteira de clientes”. Dessa forma, até janeiro de 1997, a Sodicor fazia visitas periódicas aos seus clientes da Madeira e abastecia as encomendas a partir do seu armazém de Leiria. “Com a progressiva evolução do mercado na Madeira, começámos a sentir a necessidade de dar aos nossos clientes uma

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PÓS-VENDA

resposta de proximidade. Foi então que, em fevereiro de 1997, abrimos o nosso ponto de venda na Madeira, com a oferta completa de tintas, equipamentos e acessórios de pintura”, refere o mesmo responsável. A Madeira foi a primeira das sucursais da Sodicor, tendo servido de modelo para a criação das seguintes, tendo o modelo de funcionamento da sede sido replicado para as sucursais da empresa. “A abertura de instalações na Madeira permitiu-nos oferecer a disponibilidade imediata da nossa gama global de produtos e o acompanhamento presencial e permanente

CONTACTOS SODICOR MADEIRA Joaquim Lavos 291 934 455 cor.madeira@sodicor.pt www.sodicor.pt

de uma equipa comercial tecnicamente bem preparada”, refere Joaquim Lavos, explicando que “a forma como abordamos o mercado profissional faz com que as nossas vendas ao balcão não sejam muito significativas. O tempo é o principal dos fatores produtivos numa oficina de reparação automóvel. Por esta razão, temos os nossos serviços de visitas comerciais e de entregas organizados, de forma a que o cliente não necessite de se deslocar para abastecer a sua oficina. Este é um dado comum a todos os nossos pontos de venda”. Reconhecendo que todas as zonas ou mercados têm as suas especificidades, o responsável da Sodicor na Madeira diz que “das zonas em que operamos, o mercado da Madeira foi o que mais contraiu na sua dimensão, nos últimos anos. O número de oficinas reduziu consideravelmente, bem como o número de profissionais por oficina. Assistiu-se também ao aparecimento de mais profissionais trabalhando individualmente. De todas sa fontes de serviço para a repintura automóvel, que são semelhantes em todas as regiões em que operamos, as rent-a-car continuam a ter um peso muito significativo na Madeira e esta é uma característica específica desta região”. Tal como sucede na sede e nas sucursais no continente, a Sodicor desloca à Madeira, periodicamente, “os nossos técnicos e técnicos das nossas representadas”, refere Joaquim Lavos, para concluir que “desta forma, fazemos chegar também aos nossos clientes da Madeira o conhecimento, formação e treino”.


COM O APOIO

UNIPEÇAS

Especialização em material elétrico

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A Unipeças tem apenas nove meses no mercado, mas detém uma longa história no mercado pela ligação do gerente à Auto Ferraz. A aposta deste retalhista de peças foi na especialização em material elétrico.

om larga experiência no setor automóvel, Egídio Ferraz detém agora um recente negócio de peças de aftermarket, designado por Unipeças. Pela sua história no setor, a Unipeças especializou-se em peças elétricas, tendo também tentado entrar nas peças de mecânica. “Não é fácil, pois a concorrência aqui na ilha é muito agreste”, diz Egídio Ferraz, argumentando que, “dessa forma, apostamos claramente naquilo em que nos podemos diferenciar da concorrência e, por isso, somos especialistas em material elétrico, mas também em tudo o que é eletrónica, baterias e ainda lubrificantes, onde temos diversas marcas”. Por via dessa especialização, a Unipeças “tem como clientes também outros balcões de peças, inclusivamente até trabalhando com marcas próprias deles”, refere o mesmo responsável, explicando que, em algumas marcas (Petronas, Mannol, Pioneer, entre outros), a Unipeças tem condições para fazer revenda.

Uma das importantes apostas é nas vendas em balcão, onde tem três profissionais, com um foco no cliente oficina, embora Egídio Ferraz reconheça que o consumidor final começa a ganhar o seu terreno. “Ainda fazemos diferenciação no preço entre os dois tipos de cliente, mas é uma questão que temos que analisar no futuro”, refere o mesmo responsável, argumentando que desde que abriu a página do facebook da Unipeças, tem registado muitos

CONTACTOS UNIPEÇAS Egídio Ferraz 291 939 290 geral@unipecas.pt facebook.com/unipecas/

pedidos de consumidor final para peças de fácil substituição. A Unipeças também faz entregas com distribuição própria, “só entre Ribeira Brava e Machico, até porque os clientes não estão dispostos a pagar por isso”. Segundo o mesmo responsável, outra forma de se diferenciar no mercado, sobretudo ao nível das peças elétricas, está na aposta em marcas de qualidade. “Esta aposta também nos permite trabalhar de uma outra forma com as garantias, o que é sempre uma mais valia para nós e para o cliente”, refere Egídio Ferraz. Uma das novidades mais recentes da Unipeças foi o desenvolvimento da Unipower. Trata-se de uma nova oficina, fisicamente ao lado da Unipeças, que visa potenciar o conhecimento que Egídio Ferraz tem no setor. “Quase todos os balcões de peças na Madeira têm uma oficina e a verdade é que o mercado está a mudar e o consumidor final compra cada vez mais peças em balcão”, refere o responsável da Unipeças. Outra novidade, para breve, será a abertura de um centro de distribuição de baterias no Funchal para distribuição de todo o tipo de baterias, não apenas para veículos ligeiros. “Somos também muito conhecidos pelas baterias. Temos a possibilidade de disponibilizar baterias para automóveis mas não só, pois temos oferta para todo o tipo de veículos, sejam motos, barcos, empilhadores ou outros quaisquer”, assegura Egídio Ferraz, dizendo que “vamos representar uma nova marca, a juntar às outras marcas que já temos”.

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ESPECIAL MADEIRA

VULCANIZADORA 25 DE ABRIL

Estar em todas as frentes É um dos retalhistas de pneus de referência na Madeira, com quatro instalações, mas a atividade do grupo integra também oficinas de mecânica e de pintura e ainda uma casa de peças.

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ão existem em Portugal assim tantos operadores de retalho, ao nível dos pneus, que tenham a dimensão da Vulcanizadora 25 de abril. Porém, Nuno Berenguer, diretor da empresa, desvaloriza um pouco isso: “o que nos interessa é o nosso trabalho e poder fazer tudo para evoluir. Poderemos ser uma referência, nem que seja pela antiguidade, mas o que nos motiva é continuar a fazer mais e melhor para os nossos clientes”. Tudo começou há mais de 40 anos nos pneus e assim se manteve até 2001, ano no qual a empresa entrou na reparação automóvel (através da AMF - Auto Mecânica Funchalense) e mais tarde nas peças (com o mesmo nome). “Analisamos o que se passava no estrangeiro, com as casas de pneus a fazerem mecânica cada vez mais, e isso motivou-nos a iniciar também na mecânica”, explica Nuno Berenguer, dizendo que, “neste momento, fazemos um serviço global. Hoje em dia os próprios postos da Vulcanizadora 25 de Abril já fazem cada vez mais

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PÓS-VENDA

os serviços da mecânica. Para nós é algo muito natural fazer pneus e serviços de mecânica, pois é um trabalho que tem muitos anos na nossa estrutura. Investimos em técnicos de mecânica para fazer a mecânica, mantendo o técnico de pneus a fazer pneus. Para nós a mecânica não é um complemento”. Nas peças, a AMF representa diversas marcas de aftermarket, tendo uma forte ligação às peças originais da Peugeot / Citroën, pela ligação

CONTACTOS VULCANIZADORA 25 DE ABRIL Nuno Berenguer e Ricardo Berenguer 291 206 300 vulcanizadora25deabril@netmadeira.com vulcanizadora25deabril.com

que este operador já teve à Citroën. A maioria das vendas são feitas em balcão, a cliente final, existindo, porém, um consumo elevado dentro das próprias oficinas. Ao nível dos pneus, a Vulcanizadora 25 Abril sendo um retalhista, acaba também por configurar-se como um grossista, tendo em média um stock de 30.000 pneus, não só das marcas Premium, mas também de outras marcas, inclusivamente algumas representações exclusivas, como é o caso dos pneus de ligeiros da Petlas (e de outra que será divulgada brevemente). “A revenda é um nicho de mercado que nunca exploramos muito mas que, devido às circunstâncias de mercado, vamos apostar um pouco mais”, refere Ricardo Berenguer, também diretor da empresa, acrescentando que “temos que fazer um enorme trabalho de antecipação de stocks e de previsão de vendas, em função dos picos e dos consumos anuais. Um retalhista no continente não tem este trabalho, pois o grossista fornece-o as vezes que forem necessárias. Aqui não é assim.” Na Vulcanizadora 25 de Abril não existem apenas pneus de ligeiros, comerciais e 4x4. A empresa disponibiliza também pneus de pesados, empilhador, moto, industriais, etc, dispondo de meios para dar assistência no terreno. “Não nos podemos dedicar apenas a um segmento. Só faz sentido estar no negócio de pneus na Madeira trabalhando todo o tipo de pneus”, refere Nuno Barenguer, que resume: “nos pneus fazemos tudo”.


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SALÃO AUTOMECHANIKA FRANKFURT

Ano cheio de novidades

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{ TEXTO CLÁUDIO DELICADO EM FRANKFURT }

pós-venda mundial mudou-se para Frankfurt, Alemanha, durante cinco dias, entre 13 e 17 de setembro. Também a PÓS-VENDA acompanhou no terreno o maior salão de aftermarket do mundo. Dos mais de 136 mil visitantes profissionais presentes (um pouco menos do que na edição de 2014), cerca de 60% vieram de fora da Alemanha, de mais de 170 países, numa edição recorde no que diz respeito ao número de expositores: 4820

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PÓS-VENDA

de 76 países, incluíndo os principais atores da indústria, oficinas e distribuidores. De Portugal estiveram presentes quase 20 empresas como expositores. Uma vez que não é possível falar de todas as empresas e de todas as novidades nestas páginas, fazemos um resumo das presenças estrangeiras (fizemos um trabalho na edição anterior com as empresas portuguesas presentes), mas toda a informação e mais detalhada está disponível em www.posvenda.pt.


4CR A 4CR é um dos principais fornecedores de sistemas de repintura destinados ao mercado automóvel, tendo estado presente na Automechanika com uma gama de produtos que compreende mais de 1000 referências e com um novo catálogo.

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ABS A ABS foi a Frankfurt com a sua nova imagem, num stand onde os visitantes ficaram a conhecer a vasta oferta de produtos de travagem, bem como os métodos de trabalho da empresa, que está em franco crescimento em todas Europa. Destaque ainda para a nova loja online.

AIRTEX A Airtex apresentou uma nova linha de bombas de combustível para veículos europeus bem como um novo catálogo desta mesma linha de produto, que garante uma cobertura de 95% dos veículos a circular na Europa. Destaque ainda para o novo catalogo de kits de distribuição e para a nova imagem da Airtex.

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AL-KO A AL-KO esteve presente na edição 2016 da Automechanika, onde deu a conhecer, através de um novo catálogo, as mais recentes adições para ligeiros e comerciais pesados. Uma das novidades foi também a renovada imagem da AL-KO, mais atual e mais técnica, que demonstra que a empresa é fabricante, não sendo apenas embaladora.

ARNOTT EUROPE A Arnott, fabricante de peças de reposição para sistemas de suspensão pneumática, aproveitou a Automechanika para mostrar um pouco da sua vasta gama como ponteiras de ar, compressores ou kits de conversão. Entre as novidades destaque para as novas suspensões pneumáticas frontais para o Audi A6 C6, o protótipo de suspensão pneumática para o Citroën C4 Grand Picasso, além de apresentar, pela primeira vez, produtos para motociclos.

B

BARDAHL No segmento dos aditivos, a grande especialidade da Bardahl, que tem tido um enorme crescimento nos últimos anos, inclusive em Portugal, foi lançada uma nova linha para competição com a imagem de Sebastien Loeb. Mas a grande estrela foi o programa de limpeza ambiental, que inclui uma máquina e consumíveis que vão permitir às oficinas limpar sistemas de injeção, de admissão e filtros de partículas, aumentando consideravelmente a rentabildiade e melhorando a relação de confiança com os clientes. A Bardahl é distribuída em exclusivo em Portugal pela MBML.

BILSTEIN A Bilstein apresentou em Frankfurt os novos amortecedores OE, de reposição e soluções para o setor. A tecnologia dos sistemas de amortecimento eletrónico esteve em destaque, tal como os módulos de suspensão pneumática para os Porsche Cayenne, Audi A8 e Q7, Volkswagen Touareg e Phaeton, bem como para o Mercedes Classe M e Classe S.


SALÃO AUTOMECHANIKA FRANKFURT

BILSTEIN GROUP As marcas do bilstein group apresentaram as suas mais recentes novidades num espaço misto na Automechanika 2016 em Frankfurt. A experiência de produção ancorada num grupo com mais de 170 anos de história foi o tema central. Uma infinidade de peças para o IAM são fabricadas na sede alemã, em Ennepetal, incluindo as bombas de água eletromagnéticas para veículos pesados, obedecendo a rígidos padrões de qualidade, sendo que os mesmos parâmetros são aplicados aquando da escolha de fornecedores e parceiros para a produção. Mas outras novidades foram apresentadas como os discos flexíveis da febi, a ampliação da gama de filtros da Blue Print e também a nova imagem da marca. Destaque ainda para a gama de gestão de motor da SWAG.

BOSCH A Bosch apresentou muito do que vai ser o seu portfólio de novidades para os próximos tempos. Além de todas as interfaces comuns, a última geração de testes de diagnóstico Bosch KTS-line também suporta interfaces de futuros veículos baseados em Ethernet. Além disso, a nova geração KTS está equipada com um “PassThru Interface” que permite o uso de portais web dos fabricantes de veículos para programar as unidades de controlo, de acordo com o Euro 5/6. Já o dispositivo de teste de emissões BEA 750 substitui os dispositivos Bosch BEA 150/250/350 e completam a gama de dispositivos compatíveis com a norma-5. Especificamente concebido para análises de emissões de gases de escape, o BEA 750 pode ser usado de forma altamente económica. O novo BEA 750 está equipado com o módulo OBD KTS 515 e um aparelho de teste de quatro gases. Além disso, o já experimentado e testado opacímetro BEA 070 e o BEA 030 para velocidades de rotação e medição de temperatura estão também incluídos. Através dos novos carregadores de bateria BAT 645 e 690, a Bosch oferece às oficinas automóveis dois dispositivos profissionais universalmente aplicáveis de saída de corrente contínua com 45 e 90 amperes. Ambos os carregadores podem ser usados para baterias de 12 volts e 24 volts e detetam automaticamente a voltagem nominal necessária. No contexto da homologação do teste de produtos diesel VDO, a Bosch oferece também, a partir de 2017, uma opção de teste para bombas VDO CR para os bancos de testes EPS 815 e EPS 708. Está ainda a ser desenvolvida uma opção de testes para injetores VDO CR. Já o novo sistema TTM (Tire Tread Measurement) da Bosch inicia automaticamente a medição quando o pneu começa a rolar sobre o dispositivo de medição a uma velocidade máxima de 8 km/h. Apenas alguns segundos depois, a profundidade precisa do piso dos quatro pneus

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PÓS-VENDA

é exibida (novidades completas em www.posvenda.pt)

BREDA LORETT A Breda Lorett reforçou a sua imagem de marca na Autoemchanika e, sobretudo, a sua veia de fabricante. A mais recente novidade de produto também marcou presença, o novo tensor automático TDI3496, também disponível no kit de distribuição com e sem bomba de água, que conta com instruções de montagem completas além de vídeos tutoriais para a instalação das peças. Destaque ainda para uma série de vídeos da marca no canal de YouTube que mostram as mais recentes novidades da marca de uma forma muito moderna e eficaz. A marca quer reforçar também o seu posicionamento de fabricante em Portugal.

BREMBO A Brembo apresentou a sua nova jóia da coroa para o aftermarket, os discos de travão perfurados X-Tra destacam-se pelo seu look desportivo e também pela maior performance. A Brembo apostou forte também na garantia de autenticidade dos seus produtos e, além da reconhecida cor vermelha das caixas, tanto nos discos como nas pastilhas de travão, surge também um código e o logotipo da Brembo, assim como as indicações técnicas legais. Nas caixas é possível confirmar a autenticidade através de um holograma não falsificável impresso na etiqueta de cada produto e um código QR. A Brembo renovou ainda o portal bremboparts.com.

BORGWARNER A BorgWarner mostrou em Frankfurtt a sua vasta gama de turbos reconstruídos, com qualidade equivalemte ao original e com uma pegada ambiental muito inferior. A gama mostrada ficou completa com diferentes sistemas

de recirculação de gases de escape, termostatos, ventoinhas bem como peças de reposição para as embraiagens all-wheel-drive da marca.

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COMLINE A Comline, uma das empresas que mais rapidamente cresceu no aftermarket, levou a Frankfurt uma amostra da vasta gama que tem em catálogo, tanto para veículos europeus, como asiáticos. O destaque para as linhas de filtragem, direção, rolamentos de roda e lubrificantes. Leigh Davies, responsável de marketing e comunicação fez um abalanço muito positivo da presença no certame alemão, permitindo importantes contactos com atuais clientes e potenciais distribuidores.

CONTINENTAL A Continental apostou em mostrar uma ampla gama de soluções de serviços e produtos ligados à conectivdade e ao futuro do automóvel que ajudem as oficinas a estar preparadas para os desafios do futuro. Uma das grandes novidades do salão foi a apresentação da garantia de cinco anos para todos os produtos ContiTech. Foram várias as novidades de produto: discos de travão para vários modelos de gama média e alta, novos discos de travão para o novo Mercedes Classe C, bem como um dispositivo de teste de diagnóstico e bombas de água agora disponíveis como reposição individual permitindo aos veículos que não tenham correia de acionamento dentada estar equipados com bombas de água da Continental. A empresa mostrou também os videos tutorias “Watch and Work” e o Mini Belt Tension Tester (BTT Mini), um novo e compacto calibrador de frequência para configurar a tensão correta de uma correia de transmissão. Do lado dos pneus destaque para o WinterContact TS 850 P, criado com borracha natural de dente


de leão (Taraxagum). Mas a Continental mostrou ainda a ampliação de gama de sistemas de amortecimento de ar para veículos comerciais, a versão “demo” de um portal dirigido a oficinas para apões de marketing online relacionadas com os produtos e serviços VDO e a nova versão VDO WorkshopTab para a revisão do tacógrafo.

CORTECO A Corteco comemorou os seus 20 anos na Automechanika, além de ter apresentado novidades de produto como material para veículos equipados com start-stop, novidades na gama de polias e suportes e uma nova linha de filtros de habitáculo de alto rendimento.

D

DANA As novidades das marcas Victor Reinz e Glaser estiveram em destaque no stand da Dana. Desde a última edição este fabricante lançou mais de de 2200 novas referências, que era possível ver na zona digital do stand. Foram ainda apresentados os catálogos digitais atualizados.

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DAYCO A Dayco apresentou na Automechanika, em Frankfurt, a gama atualizada de componentes de motor e de kits aftermarket. A Dayco também apresentou o seu recém-atualizado catálogo online para veículos comerciais ligeiros, pensado para satisfazer a crescente procura de peças de substituição para este tipo de veículos. O catálogo, acessível através de daycoaftermarket.com, inclui 2.168 referências de peças que abrangem os veículos comerciais ligeiros europeus mais importantes, tais como os fabricados pela Fiat, Iveco, Ford, Renault, Citroën e Peugeot.

DELPHI Na Automechanika, a Delphi demonstrou como o seu portfólio de aftermarket fornece aos técnicos peças de reparação e serviço para cobrir todas as eventualidades: desde a travagem e direção, à gestão do motor e injeção de combustível; até ao diagnóstico e ensaios diesel. Em exposição esteve também o híbrido leve de 48V da Delphi conta com a vantagem da eletrificação para reduzir as emissões e aumentar a economia de combustível em até 15 por cento em motores de injeção direta. No stand

da Delphi destaque para demonstrações de diagnóstico, em particular, o lançamento do novo dispositivo da Delphi Diagnostic Solution Flash Pass-Thru.

DOGA A Doga apresentou em Frankfurt a ampliação do seu catálogo de elevadores de vidro, no qual foram incorporadas mais de 300 referências nos últimos três meses.

E

EXEDY A filial europeia da Exedy foi a Frankfurt mostrar as mais recentes tecnologias da marca no que diz respeito a embraiagens e como forma de mostrar a sua ligação ao primeiro equipamento, expôs o novo Subaru WRX STi.

EXIDE A Exide lançou novidades na Automechanika, nomeadamente nas baterias de lítio para motos, mas também a bateria HVR para pesados, que passa a chamar-se Strong Pro. Foi ainda incorporado o Carbon Boost já usado nas baterias


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AGM, EFB e High-Tech, que melhoram a rapidez de carga até 1,5 vezes, mas também o número de ciclos de descarga e carga.

EUROFREN A Eurofren Systems (que inclui as marcas Remsa, Road House e Woking) marcou presença com algumas novidades de produto (como as pastilhas de travão desenvolvidas com um novo material de fricção e suporte metálico de alta precisão), mas também o novo video corporativo da empresa.

F

FARE A Fare, especialista em produtos de borracha e metal, apresentou os seus novos catálogos na Automechanika, em especial nas linhas de mangas para turbos e tubos de combustível. A Fare é distribuída em Portugal pela Krautli e conta com mais de 13 mil referências na sua oferta.

FEDERAL-MOGUL A Federal-Mogul Motorparts levou muitas novidades, graças às muitas marcas que incorpora. Uma delas foi o anúncio da extensão do contrato com a BorgWarner para a distribuição da Beru, marca que apresentou a mais recente geração de velas (uma gama compacta com melhor comportamento e duração). Mas foi também apresentada a ampliação de gama da Champion, a apresentação de uma gama média de pastilhas de travão Wagner. Isto a juntar à nova linha de tambores de travão Ferodo, a nova gama de rolamentos de roda MOOG ou a tecnologia de selagem Corisium na marca Goetze. Os produtos de fricção da Jurid foram escolhidos pela Alfa Romeo como equipamento original para o Giulia. A Federal-Mogul apresentou também novos sites para as suas marcas e melhorou a plataforma F-M for Me de apoio ao negocio.

FIAMM A Fiamm mostrou as mais recentes novidades de produto, nomeadamente as baterias Ecoforce, disponível com tecnologias AGM e AFB e desenvolvidas a pensar especificamente em equipar os pequenos carros híbridos e elétricos. Mas esteve em exposição também a renovada gama Titanium para carros convencionais, sinónimo de alta performance. Para veículos comerciais a Fiamm mostrou as gamas powerCUBE e energyCUBE.

FTE AUTOMOTIVE A FTE mostrou a sua gama ligada à transmissão e sistemas de travagem, com aposta forte também nos produtos reconstruídos. O stand, muito vistoso, tinha uma área dedicada à gama de travão hidráulico e peças de reposição para embraiagens disponíveis com qualidade de primeiro equipamento. Mas havia também uma

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PÓS-VENDA

novidade: uma seleção de pinças de travão reconstruídas. A posição de liderança da marca nas pinças de travão reconstruídas foi um ponto-chave da presença da FTE em Frankfurt. A inovadora bomba de óleo da FTE teve também um papel de destaque no stand da empresa, servindo de ponto de partida para explicar como todo o conhecimento do Grupo FTE e da sua capacidade de inovação tecnológica é aplicado. Desenhada para reduzir o consumo de combustível e emissões de CO2 sem comprometer o prazer de condução e a dinâmica, esta bomba recebeu recentemente um Pace Award, atribuído como reconhecimento de inovação aos fornecedores do primeiro equipamento.

G

GATES A Gates trouxe um novo slogan a Frankfurt: “Revolution is Here” (A revolução está aqui) e que vai nortear toda a atividade da empresa. Destaque para o apoio aos mecânicos com a renovação do suporte digital online para oficinas Gates TechZone, apesar de ainda não estar disponível em português. A Gates apresentou também o novo produto Timing Belt Kit, assim como o novo catálogo para veículos pesados. A Gates destacou ainda na Automechanika a ferramenta espaçadora GAT0001, as caixas do kit Micro-V com bomba de água, o kit PowerGrip Plus com bomba de água e termóstato e os kits de correias de distribuição PowerGrip com bomba de água de sistema de transmissão por correia de acessórios.

GUARDIAN GLASS A Guardian Glass marcou presença na Automechanika para mostrar a sua forte aposta

no segmento automóvel. A Guardian Automotive integra as unidades de produção e armazenamento da companhia e serviços avançados de distribuição, dirigidos por uma única equipa, com capacidade para oferecer um serviço consistente, rápido e fiável. Todas as atividades da Guardian Automotive são inteiramente apoiadas pela extensa área de I&D e pelos serviços técnicos da Guardian Glass.

H

HELLA A Hella apresentou novas tecnologias de iluminação com o sistema de luz Matrix HD84. A empresa mostrou também o seu bom desempenho na eletrónica, nomeadamente na área dos sensores e câmaras. Além da vasta gama de iluminação que a marca disponibiliza, foi também apresentada a nova gama de escovas limpa para-brisas Cleantech e novidades na gama de luzes de trabalho para as oficinas. Também nas joint-ventures Behr Hella Service e Hella Pagid foram apresentadas novidades, que chegarão ao mercado nos próximos meses.

HENGST A partir de equipamento original para o mercado de reposição, foi essa mensagem que a Hengst levou a Frankfurt, com mais de 2500 filtros disponíveis. A marca procurou explicar os benefícios de usar filtros de qualidade, em comparação com soluções baratas disponíveis no mercado. A Hengst mostrou ainda como é possível melhora os seus produtos com a mais recente geração do sistema patenteado Energetic.

HEPU A HEPU apresentou o seu novo catálogo de bom-


bas de água, com uma vasta gama para veículos europeus e asiáticos. Conta ainda com uma extensa gama de kits de bombas de água e muitas referâncias novas de bombas de água elétricas e uma vasta gama de bombas de agua para pesados europeus.

HERTH+BUSS A Herth+Buss mostrou em Frankfurt as novidades das marcas Elparts e Jakoparts (dedicada a veículos asiáticos) com um conceito de stand que convidava os visitantes a experimentarem as novidades, com destaque para o ‘Inspector’, um equipamento de diagnóstico multimarca que foi desenvolvido especificamente para veículos asiáticos. Outro destaque em Frankfurt foi para o ‘AirGuard’, um equipamento desenvolvido para sistemas de controlo da pressão dos pneus (TPMS), que consegue ler os sensores externos e duplicá-los no sensor da roda da Herth+Buss. A gama é completada pela ferramenta SensoFix, que permite ajustar facilmente os sensores de pressão dos pneus.

HEYNER A empresa alemã Heyner, especialista em escovas limpa para-brisas e também em acessórios de segurança automóvel, foi a Frankfurt mostrar a sua vasta e inovadora gamam de escovas Heyner e também novidades para os para-brisas traseiros. Em Portugal, a Heyner é distribuída pela Mastersensor.

HONEYWELL/GARRET A Honeywell aproveitou a Automechanika para passar a mensagem de que um turbo não certificado está longe de satisfazer os requisitos cada vez mais exigentes das mecânicas automóveis. Por isso, mostrou o processo de fabrico e de reconstrução dos turbos da Garrett. Foram também apresentadas novas referências, assumindo-se a marca como tendo a gama mais completa de turbos para o aftermarket. Mais discreta foi a passagem do nome de Garrett by Honeywell para apenas Honeywell Garrett, além do lançamento da nova aplicação móvel.

HUTCHINSON A Hutchinson alargou a sua gama de transmissão com bombas de água vendidas individualmente, num total de 335 referências. A marca usou o seu vasto conhecimento de primeiro equipamento para produzir estas referencias para aftermarket. A nova gama tem uma cobertura de mais de 95% do parque europeu. Destaque ainda para 120 novos itens na linha anti-vibração que se vêm juntar às mais de 1500 referências deste catálogo. As correias em óleo começaram a surgir nos modelos mais recentes. Não se desgastam tão rapidamente mas começa a haver procura e Hutchinson quer ser uma


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MAGNETI MARELLI A Magneti Marelli dividiu o seu stand em várias áreas distintas, por família de produto: eletricidade e eletrónica (com apresentação de novas borboletas); na mecânica mostrou a suspensão traseira do Jeep Renegade; no diagnóstico mostrou o Hybrid Starter, um jump-starter de emergência e um novo software de diagnóstico Flexstar; nas baterias destaque para a gama RUN, topo de gama; e na área de serviços um novo software que deteta os movimentos mecânicos de um farol do veículo (Premium InDigital Headlight Tester).

MAHLE

alternativa à origem desde já. Já está disponível para o motor PSA 1.2 VTi. Mais kits se seguirão para largar esta gama.

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IADA A Iada, especialista em produtos químicos para automóvel, mostrou em Frankfurt a sua nova gama de produtos de limpeza Red Line e a sua nova gama de aditivos com um desenho renovado e um novo formato de embalagem.

ICER A Icer, especialista em sistemas de fricção, mostrou em Frankfurt o novo R-Brake e os novos líquidos de travão.

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JAPANPARTS A Japanparts mostrou um pouco da sua vasta gama para veículos asiáticos, ainda que tenha já alguma oferta importante também para carros europeus, uma vez que muitas plataformas são partilhadas. Em destaque esteve a nova gama de amortecedores lançada no ano passado, que tem sido um grande sucesso. O mercado em Portugal tem crescido para a marca, como nos explicou Davide Mancini, que garantiu: “há ainda muitas oportunidades para crescer no mercado português”. A aposta da Japapnparts passa por alargar a gama, garantir sempre a máxima qualidade dos produtos e dar um serviço cada vez melhor aos seus clientes.

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KYB A KYB apresentou algumas novidades em Frankfurt, onde as imagens 3D tiveram papel de destaque, uma importante ferramenta de apoio técnico. Estas imagens estarão disponíveis a partir de Outubro no TecDoc e vão ajudar

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os técnicos a identificar a referência correta e comprovar suportes e fixações se necessário. A KYB destacou ainda os mais de 120 videos técnicos do seu canal de YouTube.

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LIQUI MOLY A Liqui Moly apresentou várias novidades em Frankfurt, com destaque para o plano Car Performance Plan. O especialista alemão em óleos para motores e aditivos desenvolveu toda uma gama de pacotes de serviços estandardizados. Se, por um lado, estes serviços ajudam os automobilistas a manterem a fiabilidade e o valor do carro, por outro lado, garantem à oficina um negócio adicional. Concretamente, este plano faz com que os automobilistas se desloquem à oficina, por exemplo, para realizar uma inspeção. Logo à chegada, são-lhes oferecidos vários pacotes de serviço, adaptados às suas necessidades e à sua carteira. Pode tratar-se, por exemplo, de uma lavagem do motor ou de uma remoção de depósitos no sistema de injeção ou, ainda, de uma limpeza do filtro de partículas diesel – dependendo daquilo que faz sentido para o veículo e o orçamento disponível. Estes pacotes de serviço aumentam a fiabilidade do carro, reduzem o risco de problemas e avarias, e prolongam a vida útil do motor. E a oficina tira proveito de tudo isso porque, desta forma, consegue destacar-se dos concorrentes. Consegue facilmente gerar um volume de negócios adicional que, de outro modo, não teria. E o facto de não se venderem produtos separados, mas sim pacotes completos de serviços permite diminuir a pressão dos preços. Destaque ainda para o novo armário para guardar os lubrificantes nas oficionas e para uma aposta nos produtos de motociclos.

Com a aquisição do negócio de ar condicionado da Delphi, a Mahle tornou-se ainda mais especialista na área de ar condicionado e termocontrolo. Por isso mesmo, foi anunciada a incorporação da gama de compressores já em 2017, disponível no aftermarket. Destaque ainda para o novo filtro de habitáculo CareMetix, com uma capacidade extrema de filtragem das partículas, das impurezas e dos odores que entram no automóvel, um tema cada vez mais sensível devido às alergias.

MANN-FILTER A Mann-Filter apresentou, na Automechanika, os seus novos filtros de combustível diesel PU 9005 z e PU 10 011 z. “Os sistemas de injeção diesel requerem combustíveis da máxima pureza. A Mann-Filter cumpre estes requisitos e com os dois filtros de combustível diesel de alto rendimento PU 9005 z e PU 10 011 z responde de forma ainda mais efetiva às necessidades do mercado independente de pós-venda”, explica a empresa em comunicado. O Grupo apresentou aos visitantes da Automechanika a sua ampla carteira de filtros de ar, óleo, combustível e habitáculo, composta por mais de 4600 tipos de filtro, que cobrem mais de 98% do parque automóvel de ligeiros e comerciais da Europa. A nível mundial, a gama da Mann-Filter inclui 6200 tipos de filtros para mais de 225 mil aplicações. A alta qualidade dos produtos é o resultado dos esforços de 1000 funcionários de investigação e desenvolvimento do Grupo Mann+Hummel. O grupo é um dos mais ativos no que diz respeito às patentes, com mais de 3000 registos, entre patentes e desenhos registados. Destaque ainda para a ampliação de gama de filtros de habitáculo com o inovador filtro FreciousPlus.

MEYLE O grande destaque da presença da Meyle na Automechanika foi a renovação completa da imagem e do slogan da marca. mas foram também muitos os produtos novos lançado em Frankfurt, tanto em suspensão e direção (braços


de suspensão 3 em 1 Meyel-HD para a BMW das séries X5 e X6 a partir de 2007, com três versões diferentes da peça original por única única peça MEYLE-HD; Kit de braços Meyle-HD para eixo dianteiro BMW X5 e X6); como em refrigeração (kits de distribuição com bombas de água Meyle, em que os kits de distribuição com bombas de água da Meyle para a VW, Audi, Renault, Peugeot e Citroën incluem todas as peças necessárias à troca da correia dentada, inclusivamente a bomba adequada de qualidade Meyle ou Meyle-HD. Já nos produtos de travagem destaque para as pastilhas de travão Meyle-PD para inúmeros modelos de veículos como Mercedes Sprinter, VW Crafter ou Ford Transit. Nos pesados destaque para os tirantes do estabilizador MeyleHD para camiões Volvo FH e FM. Na filtragem, a Meyle apresentou o filtro de habitáculo Meyle para inúmeras aplicações VAG.

METELLI O grande destaque do Grupo Metelli na Automechanika foi a apresentação da tecnologia HybriX, usada nas pastilhas de travão de todas as marcas do grupo italiano, tornando este

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produto comparável ao das principais marcas OES. A tecnologia HybriX é uma mistura de materiais orgânicos, cerâmica e outros produtos especiais e inovadores. Junta ainda um novo suporte de metal e um material de substrato de travagem específico (underlayer). Em conjugação, oferecem um maior conforto e durabilidade, um melhor desempenho da travagem, o aumento da resistência mecânica, a redução da vibração / ruído e uma menor agressividade no disco, com ausência total de materiais tóxicos ou nocivos ao meio ambiente. A Metelli continua também a investir em produtos como a bomba de água, além kit de distribuição kit de distribuição, com novas gamas para veículos pesados, alcançando assim perto de 1.000 referências. Também no segmento de transmissões existem inovações importantes. A gama de juntas homocinéticas é alargada com a introdução das versões com 8 esferas.

MIRKA A Mirka apresentou uma nova gama de aspiradores. Além disso, a marca apresentou também novos produtos em abrasivos e soluções para

os profissionais de oficina, assim como a versão otimizada da sua lixadora elétrica DEROS.

MONROE A Tenneco guardou uma importante novidade para desvendar durante a Automechanika, em Frankfurt. A nova gama de amortecedores OESpectrum, que serão o topo de gama da marca e serão introduzidos progressivamente no mercado nacional a partir do próximo ano. Quando a transição dos amortecedores Reflex para esta nova gama estiver concluída. a cobertura será de cerca de 90% do parque circulante. “Os amortecedores Monroe OESpectrum permitem às oficinas e aos técnicos eliminarem o compromisso que era comum entre precisão de controlo do veículo e rigidez indesejada durante a condução”, explicou Bruce Ronning, vice presidente e diretor-geral da Tenneco Europe Aftermarket, acrescentando: “Ao escolherem esta tecnologia avançada, os nossos parceiros de aftermarket terão capacidade de oferecer uma superior experiência de condução.” Este tecnologia é combinada com uma nova válvula de controlo de impacto de alta velocidade


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que permite uma maior redução de ruídos, vibrações e rigidez. A tecnologia R-TECH Rebound Valving utiliza dois sets de discos separados por um disco helicoidal excêntrico para eliminar as mudanças abruptas e não desejadas na força de amortecimento, explicou a empresa durante a conferência de imprensa. Outras melhorias que a Monroe sublinha nos novos OESpectrum são o revestimento cromado da haste do piston, uma nova selagem de óleo, a redução do rebote da mola de compressão interna, uma nova e fechada banda de piston de PTFE anti-fricção e uma fórmula de óleo semi-sintético premium.

MS MOTORSERVICE A MS Motorservice apresentou a sua nova app, que permite fazer pesquisas de artigos por referência, tipo de motor ou tipo de veículo, pesquisas e download de documentos técnicos, consultar videos técnicos com indicações de montagem das peças. Permite ainda que os utilizadores estejam sempre atualizados sobre as novidades da KS, Pierburg; BF e TRW Engine Components.

MTE-THOMSON A empresa brasileira MTE-Thomson mostrou os seus produtos para ligeiros e pesados, englobando itens de injeção eletrónica, controlo de temperatura e emissão de gases. Entre eles estão os Sensores de Temperatura, Interruptores Térmicos, Termostatos, MAP, TPS, EGPS. O destaque vai para o novo Sensor EGTS (Exhaust Gas Temperature Sensor ou Sensor de Temperatura dos Gases do Escape), localizado antes e depois do turbo, catalisador e filtro de partículas em motores diesel. O mau funcionamento deste sensor pode acarretar maiores emissões de poluentes, aumento no consumo de combustível, além de reduzir a vida útil do catalisador e filtros. Esta linha, assim como o EGPS (sensor de pressão), foi desenvolvida exclusivamente para o mercado europeu.

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NGK A NGK apresentou várias novidades de produto no seu stand na Automechanika, entre elas a plataforma técnica Tekniwiki. Em termos de produto destaque para a gama de sensores de pressão de colector de admissão (MAP) e medidores de caudal de ar (MAF), bem como as novas sondas lambda para o mercado de reposição. A NGK cresce cada vez mais no mercado graças à gama completa de velas e sondas lambda.

NISSENS A Nissens mostrou a sua gama ligada aos radiadores, mas também os componentes de ar condicionado, que chegarão em breve ao mercado português, num alargar de gama importante, num mercado em que a climatização é

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um fator importante e que gera muito negócio. O fabricante dinamarquês destacou ainda a sua formação técnica aos clientes por forma a tirar a máxima rentabilidade dos produtos e a garantir sempre uma montagem correta.

NTN-SNR A empresa especialista em rolamentos levou duas importantes novidades a Frankfurt: uma nova gama de kits de juntas homocinéticas para veículos europeus e outra de rolamentos de transmissão. Além disso, a NTN-SNR ampliou também o seu catalogo atual de rolamentos de roda. A empresa apresentou ainda a nova versão do TechScaN´R, uma aplicação móvel com informação técnica sobre os produtos destinada a oficinas de reparação, dividida em três áreas: chassis, powertrain e transmissões.

O

OCAP A OCAP, especialista em direção, esteve presente em Frankfurt para reforçar o seu posicionamento e o seu papel de fabricante e para recuperar um papel de topo que já teve no mercado de pós-venda. A estratégia aponta nesse sentido, como nos confidenciou Armando Botta, Sales Area Manager do fabricante italiano. A empresa é especialista em desenho, produção e comercialização de uma ampla gama de peças mecânicas de chassis: rótulas de suspensão, braços de suspensão, sinoblocos, terminais e barras de direção e outros componentes sempre ligados ao sistema de direção. A OCAP tem oferta para ligeiros, camiões e também para máquinas agrícolas.

OPTIBELT A Optibelt aproveitou a Automechanika para apresentar as mais recentes novidades de produto, nomeadamente a nova correia Secured

Change Control, um desenvolvimento com qualidade de primeiro equipamento que conta com uma banda vermelha no interior da borracha da correia que indica o desgaste da mesma de forma simples. Disponível já para o aftermarket, facilita o trabalho dos mecânicos e dá-lhes um argumento sólido para mostrar aos seus clientes que é necessário substituir este componente.

OSRAM A Osram apresentou uma série de novidades ao nível da iluminação automóvel. Dando continuidade ao farol LEDriving Xenarc para o B7 Audi A4, que foi introduzido em 2014, a Osram lança agora um outro farol retrofit completo, o LEDriving Xenarc Golf VI Edition. Outro favorito dos fãs do tuning, o Golf VI, pode portanto ser melhorado de forma legal e com aprovação KBA (Autoridade de Transporte Motorizados da Alemanha Federal) a partir de halogéneo para uma luz xénon. Equipado com lâmpadas Original Xenarc D8S para médios e máximos, com luz LED de condução diurna e iluminação LED de sinalização. Para os proprietários individualistas do Golf VI, os designers de iluminação da Osram criaram três versões especiais do LEDriving Xenarc Golf VI Edition: GTI, preto e cromado. Destaque ainda para a iluminação automóvel interior e exterior, com as LEDambient Tuning Lights Connect, LEDambient Pulse Connect e LEDambient Hybrid Connect. A Osram apresentou a Night Breaker Laser, a Ultra Life e a Xenarc Ultra Life – três luzes para farol que oferecem ainda melhor desempenho e duração. Graças a uma combinação de design inovador e tecnologia state-of-the-art, a Night Breaker Laser oferece um elevado rendimento luminoso, vindo juntar-se à gama de lâmpadas de halogéneo de desempenho da Osram. Onde quer que esteja, seja no poço de inspeção a verificar



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o chassis ou a trabalhar sob o capot do veículo, a Slimline 280, a Bonnet 1400, a Pocket 280, a Penlight 150 e a Penlight 150 UV-A irão fornecer iluminação fiável para que possa realizar uma manutenção ou reparação. Estas cinco novas luzes LED para inspeção da série LEDinspect PRO para utilizadores profissionais podem ser fixadas ao veículo diretamente pelos imanes ou através de um gancho flexível. As luzes funcionam por bateria para que não haja fios onde tropeçar. Todas as luzes da gama LEDinspect PRO têm uma garantia de três anos. A Osram redesenhou ainda a sua embalagem para ser mais fácil para os clientes selecionarem as lâmpadas certas. As características das lâmpadas de farol agora são atribuídas a diferentes cores, por ex. branco e laranja significa lâmpadas originais, verde para Conforto, azul para o Design, vermelho para Desempenho e preto para Inovação.

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PHILIPS A Philips realizou uma importante revisão do seu catálogo auto, que inclui, por exemplo, uma nova geração de lâmpadas de Xenon HD, novas lâmpadas de halogéneo RacingVision e a lâmpadas de verificação de cor Matchline. O novo catálogo não dispõe apenas das novidades de produto como também ele foi alvo de uma série de importantes melhorias na aparên-

EMPRESAS PORTUGUESAS PRESENTES NA AUTOMECHANIKA (MAIS INFORMAÇÃO EM WWW.POSVENDA.PT)

Grupo Valente & Lopes / Tecwash Coberturas metalo-têxteis para lavagens auto Veneporte Escapes, catalisadores e filtros de partículas

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cia e funcionalidade face ao anterior. O objetivo foi ter um catálogo mais fácil de consultar, mas pequeno (apesar do aumento do número de referências) e a introdução de novas referências. O novo catálogo mostra todos os grupos de produtos da Philips para o setor auto, divididos por halogéneo, kits de luzes, HID Xenon, LED e lâmpadas para profissionais, como também por tipos de veículo, 12V (ligeiros) e 24V (pesados).

INA. O portal RepXpert continua a crescer com informações úteis para os mecânicos.

SKF

A Rupes levou à Automechanika as suas mais recentes novidades em ferramentas elétricas e pneumáticas, entre elas a lixadora Skorpio III e a gama BigFoot.

A SKF apresentou a sua nova campanha de comunicação “Da Ásia diretamente para a Europa”. O objetivo é dar a conhecer a extensa gama da marca para veículos asiáticos nas diferentes famílias de produto. Com mais de 10 mil referencias a SKF é um dos principais fabricantes para este tipo de veículos. Entre os produtos mais destacados estão os kits de roda, kits de suspensão, kits de distribuição, bombas de água, kits de distribuição com bombas de água, correias auxiliares, kit de transmissão e agora também kit de corrente de distribuição.

S

SOGEFI

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RUPES

SCHAEFFLER A Scheffler apresentou as soluções de reparação ligados aos seus produtos e mostrou os vários serviços que disponibiliza às oficinas. A empresa aproveitou para celebrar os 40 anos no mercado de pós-venda automóvel. A grande atração foi a realidade virtual, com um tour feito com óculos 3D. A Scheffler apresentou uma nova solução de reparação FAG SmartSet, desenvolvida em exclusivo para a pós-venda. Em destaque esteve também a solução de reparação LuK RepSet 2CT para caixas automáticas, além da marca ter mostrado a sua experiência em motores

JDeus Radiadores Indasa Abrasivos Wetor Ferramentas, consumíveis e tintas DGA Auto-paraventos MF Pinto Peças auto

A Sogefi sublinhou bem durante a sua presença em Frankfurt o facto de, segundo dados do IHS, ser a marca escolhida pelos OE em oito dos dez modelos mais vendidos na Europa. Além disso, a marca fornece também sistemas de filtragem para motores topo de gama e com exigências muito apertadas, como é o caso dos motores Porsche e Audi (V6 e V8 TFSI).

T

TRICO A Trico deu início às comemorações dos seus 100 anos na Automechanika. Entre as novida-

SWP Tintas Turboclinic Equipamentos para reparação de turbos Fabriescape Escapes SIM Iluminação automóvel Cortigon Tubos de travão


des presentes a marca de escovas limpa para-brisas destacou a gama Exact Fit, feitas com borracha natural de elevada qualidade e aço de elevada resistência. Fáceis de instalar, graças a um conector pré-montado, a gama conta com escovas flexíveis, híbridas, convencionais e traseiras. Interessante era também a timeline da história da empresa, presente no stand.

U

UFI FILTERS A UFI Filters foi à Automechanika mostrar a sua estreita ligação entre o primeiro equipamento e o aftermarket e apresentar novidades como a nova imagem da empresa, o novo slogan (Chosen by the best) e o inovador módulo diesel Gen II Plus. Com uma nova bomba e baixa pressão, desenvolvida para o grupo FCA, monta-se como Equipamento Original no novo Fiat Tipo e no futuro em outros veículos do Grupo. Combina num único elemento, uma série de soluções tecnológicas que garantem uma eficiência de filtração de 96% para partículas até 4μm, sem limitar o rendimento do motor. O filtro Gen 2 Plus de UFI Filters responde ás exigências cada vez mais restritas dos motores diesel Common Rail que se distinguem pela redução das emissões e seu maior rendimento, cumprindo e até superando a Normativa Euro 6. Para alcançar esses objetivos, a bomba de injeção gera pressões muito mais elevadas comparativamente ao passado e os injetores devem ser extremamente finos. Neste contexto, incluíndo as mais pequenas impurezas e as mais diminutas gotas de água podem causar sérios danos no sistema. Além disso, o módulo de filtração foi desenvolvido tendo em conta os diferentes tipos de combustível do mundo, inclusive os “sujos” ou que contenham alto nível de biodiesel que representam uma maior desafio par o sistema de filtração.

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VALEO We care for you (Cuidamos de si) é o novo slogan usado na estratégia da Valeo Service a partir do próximo ano. É uma nova filosofia que assentará em cinco pilares básicos: Product Care, com mui-

Artefita Fitas para utilização profissional Ivol Acessórios auto Kiyuauto Peças auto

tos novos lançamentos; Technical Care (apoio técnico aos profissionais do setor); Marketing Care (com reforço dos programas de fidelização e campanhas); Customer Care (com maior proximidade com os cliente em cada mercado); e Logistics Care (com a garantia de um elevado nível de serviço desde os 30 centros logísticos distribuídos por todo o mundo). Mas foram também apresentados novos produtos, como a gama de escovas limpa para-brisas Hydro Connect que, com apenas 47 referências cobre 96% do parque automóvel. Ou o Fullpack DMF, um novo sistema de embraiagem de roda livre que será comercializado com todoas as peças necessárias para a sua montagem. Uma nova gama de sensores ultra-sónicos foi também apresentada.

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WALKER A Tenneco alargou a garantia dos produtos de controlo de emissões da Walker de dois para três anos na Europa. Esta garantia mais abrangente, anunciada durante a Automechanika, em Frankfurt, reforça a confiança da marca nos materiais de elevada qualidade usados, na construção e fiabilidade dos produtos da Walker, explicou Bruce Ronning, vice-presidente e diretor-geral da Tenneco Aftermarket na Europa. A garantia de três anos aplica-se aos silenciosos, tubos, catalisadores e filtros de partículas diesel vendidos e instalados na Europa, para o proprietário do veículo a partir do momento da instalação.

WOLF/CHAMPION A marca belga de lubrificantes tem como objetivo ser líder no setor num prazo de cinco anos. É um plano ambicioso e para isso a marca apresentou uma nova estratégia comercial que passa pela ativação da marca, o reforço da distribuição, experiência, rentabilidade e desenvolvimento conjunto do negócio com os parceiros. Nesta estratégia cabe também o lançamento de novos produtos, como foi exemplo a nova gama de lubrificantes de alto rendimento Wolf OfficialTech 0W20 LL FE, o primeiro óleo de motor no mercado com um grau de viscosidade muito baixo desenvolvido especialmente para os novos motores 2.0 TFSi de 140 kW e 3.0 TDI CR de 160 kW do Grupo VAG. Além disso, a marca apresentou um líquido de transmissão com um intervalo maior de substituição para caixas de velocidades automáticas de veiculo pesados.

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YUASA A Yuasa apresentou as novas baterias de lítio e a atualização da imagem da sua página web para facilitar a navegação dos usuários.


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A TRW desenvolveu um programa de fidelização, o Automotive Diamonds, onde não estão as marcas da ZF. Como vão tratar essas questões mais práticas? Não conheço o programa de fidelização em detalhe, mas vamos analisar e tentar reforçá-lo, bem como aplicar à TRW também o nosso programa de formação ZF Protech, que vai ser alargada aos produtos TRW. Temos muitos produtos e muitos serviços para oferecer aos nossos clientes. Quando prevê que a integração da TRW esteja concluída? Estou convencido que nunca estará concluída, basta olhar para a Sachs, Boge e Lemforder para se perceber que é um processo longo e contínuo. Até porque nem sei o que é, de facto, uma integração completa. Vamos integrar serviços e estruturas, mas queremos que a identidade das marcas se mantenha forte.

ZF/TRW

“VAMOS REFORÇAR A TRW A ZF aproveitou a Automechanika para fazer a primeira aparição pública já com a TRW como marca do Grupo. Com um stand imponente, mostrou algumas novidades de cada uma das marcas, mas a reorganização do Grupo foi o tema em destaque. A Revista PÓS-VENDA fez uma entrevista a Helmut Ernst, líder do aftermarket do Grupo, que publicamos nesta edição por uma questão de atualidade: Como apresenta o novo Grupo ZF? O novo Grupo ZF é o grupo que já existia mas agora com a integração da TRW e foi isso que quisemos também mostrar aqui na Automechanika. Hoje somos um grupo coeso com a mais valia de integrarmos uma marca tão importante como a TRW. Temos uma forte ligação ao primeiro equipamento mas temos depois a nossa divisão de aftermarket, que traz esse know-how para o mercado de pós-venda. A ZF Aftermarket conta com 8000 pessoas, tem cerca de 3 mil milhões de euros de turnover e uma posição de segundo fornecedor global de aftermarket. É o início de mais uma etapa de sucesso no grupo.

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O facto de serem um grupo cada vez maior traz também alguns riscos… Sem dúvida que quando somos muito grandes é preciso acautelar que continuamos perto dos nosso clientes e que lhes prestamos o melhor serviço para as suas necessidades. Essa é uma grande preocupação nossa. Mas a dimensão do nosso grupo acaba por ser também uma garantia de futuro e de investimentos seguros e parcerias duradouras para o mercado. Até porque o desafio da digitalização está ai e os nossos clientes vão precisar de parceiros fortes ao lado deles. O que representa a TRW para a ZF? Primeiro que tudo tem um portfolio de produtos que nós não tínhamos. É algo novo no Grupo e trata-se de um importante complemento, também para o mercado dos Estados Unidos. A TRW é uma marca muito bem implantada no mercado e isso encaixa na nossa estratégia. O mercado acaba por ter algum receio acerca do futuro da TRW, uma marca muito reconhecida... Não há razões para isso. Vamos continuar a investir no desenvolvimento da marca e de novos produtos. Se olharmos para o Grupo ZF temos várias marcas diferentes, a Sachs, Lemforder, Boge e a OpenMatics. Temos um forte know-how na integração de marcas e a TRW será ainda mais forte do que no passado, porque agora há um grupo enorme e uma estrutura para trabalhar em conjunto. Para os clientes vai ser uma mudança importante, porque num único fornecedor vão ter uma oferta global de produtos.

Em Portugal existe uma estrutura da TRW maior do que a da ZF. Como vão proceder nestes casos? Não posso falar sobre um caso em particular, mas os meus colegas que trabalham o mercado português e espanhol estão a definir a estratégia que deverá passar por combinar as duas equipas até porque, apesar da proximidade, são mercados diferentes e têm que ser olhados com cautela. Teremos uma equipa em cada país que trabalha todas as marcas. As estruturas que temos são necessárias para continuar a prestar um bom serviço no aftermarket. Que gamas vão reforçar no Grupo ZF? O que vamos fazer é seguir as necessidades dos automóveis e o que se vê é eletrónica, sensores, radares, mas também a reconstrução de componentes. Este tipo de produtos vai crescer nos próximos anos. Quais são atualmente os desafios para as oficinas? Primeiro que tudo, a mobilidade cada vez mais elétrica e os diferentes modos de combustão, que vêm aumentar a complexidade das reparações. A grande questão é de know-how e nós temos que dar formação, preparar e guiar os nossos clientes para essas transformações. A vantagem é que estamos muitos anos à frente por fornecermos o primeiro equipamento e termos esse conhecimento dentro de casa. Os dados que o carro produz serão também um desafio e queremos ajudar a assegurar que o mercado é livre e que há uma concorrência saudável entre aftermarket e origem.



COMERCIAL LIGEIRO MERCEDES VISION VAN

OS PROJETOS DA MERCEDES-BENZ VANS B2B Connectivity Solutions Solução de gestão de frotas com dados em tempo real e comunicação viaturagestor-manutenção Mobile Material Service Sistema integrado de arrumação de material com tags para encomendas (com Sortimo e Fischerwerke) Cargo Sensor System CS2 Arrumação inteligente através de sensores no compartimento de carga Cargo Space Engineering Sistema inteligente e automatizado de prateleiras para picking Vans and Drones

O futuro dos furgões da Mercedes O paradigma vai mudar e a Mercedes, mais do que um construtor, quer ser um fornecedor de serviços e está a criar soluções inteligentes de transporte, carga e entrega de mercadorias.

R

obots, drones, algoritmos inteligentes para decidirem percursos de transporte e sistemas de arrumação automática da carga nos furgões. A Mercedes-Benz já está a pensar no futuro e esse futuro não são apenas veículos, são também sistemas e soluções de mobilidade. A ideia de futuro culminou com a apresentação de um protótipo – a Vision Van, mas antes disso a Mercedes-Benz Vans apresentou a sua visão para o futuro dos comerciais ligeiros. E, pelo caminho, mostrou também como encara a logística e distribuição e mesmo a gestão de frota do futuro. A urbanização, a preocupação por questões ambientais e a digitalização do negócio de retalho ao consumidor vão ter efeitos na forma com são distribuídos, hoje em dia, os produtos. O evento que a Mercedes-Benz preparou tinha dez pequenos espaços onde se podia ver o que a empresa estava a pre-

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PÓS-VENDA

parar (ver caixa). A Mercedes-Benz vai investir cinco milhões de euros no desenvolvimento de soluções que respondam a estes desafios. E, para isso, conta com a colaboração de start-ups especializadas em cada um dos assuntos. A aposta inevitável na mobilidade elétrica é um dos exemplos, mas a alteração do espaço de carga e a própria disposição nas viaturas são assuntos onde a empresa quer ter uma palavra a dizer. A ideia é estar presente em todo o ciclo da distribuição e do trabalho de um comercial ligeiro. “O van do futuro deve saber o que carrega, quando entrega e até gerir a expectativa do cliente”, disse o presidente da Mercedes Vans, Volker Mornhinweg. “Queremos fazer sistemas de transporte, aproximar os clientes dos seus fornecedores. E a resposta está nas plataformas”.

Adaptação do tejadilho do furgão para plataforma de estacionamento de drones (com Matternet) Vans and robots Furgão funciona como base para robots de entrega até 3 km totalmente autónomos (com Starship Technologies) Shared Mobility – Via Rede dinâmica de transporte de passageiros baseada em algoritmo em tempo real (com Via) Shared Mobility – MVMANT Sistema de transporte público com rotas definidas mas com pontos de paragem alteráveis (c/ MVMANT) New Mobility Concepts (CAR2SHARE)

Novos modelos de financiamento e locação, mas também soluções flexíveis como carsharing para furgões com ou sem condutor



TÉCNICA ESTOFOS EM PELE

Reparação de estofos em pele PARCERIA CEPRA / PÓS-VENDA

WWW.CEPRA.PT

A

tualmente, os condutores e as suas famílias passam muito tempo no interior do seu veículo automóvel, mais tempo do que muitas vezes se pensa. Desde a ida para a escola ou trabalho, pequena viagem ao centro comercial ou compras do dia-a-dia no supermercado, estarão sentados no veículo automóvel pelo menos 1 hora por dia. É por isso que é tão importante que os estofos dos bancos dos veículos estejam sempre limpos e em bom estado de conservação. Os estofos dos bancos podem ser de diferentes tipos de materiais, tais como pele (couro), tecido, napa, vinil e outros. Pequenos danos nos estofos, tais como riscos, furos, cortes e desgastes são sempre indesejáveis, penalizam a estética interior do veículo e reduzem o seu valor comercial. A substituição do estofo é sempre uma solução onerosa, mas atualmente é possível efetuar uma reparação localizada, sem fazer desmon-

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tagens, e com níveis de acabamento elevados. Este artigo foca a reparação localizada de pequenos riscos, cortes e furos em estofos de pele (couro), que quando surgem provocam mau aspeto ao interior do veículo. ESTOFOS EM PELE

A pele ou couro é muito utilizada como forro de bancos para automóveis. A sua utilização remonta aos primeiros veículos automóveis

fabricados. Como a maioria dos primeiros veículos não tinham capota, o couro constituía-se como um material de excelência, que resistia às variações climatéricas. O couro é pele de animal que sofre uma série de tratamentos (curtume) para entre outros fatores, aumentar a sua resistência ao desgaste e consequente durabilidade. Os estofos em couro num veículo novo promovem uma boa aparência ao veículo, que se prolonga no tempo, caso os estofos sejam bem mantidos. Em bom estado, os estofos em couro aumentam geralmente o valor de revenda de um veículo usado. Os estofos em couro são normalmente mais confortáveis e mais resistentes a manchas que os estofos em tecido. Também há que considerar o fator higiene, pois os estofos em couro impedem a infiltração de líquidos e alimentos para o interior do banco, e não acumulam tanto pó. Atualmente existem estofos em couro de muitas cores, sendo que, quanto mais claras forem, mais se sujam e mais delicada é a sua limpeza. A melhor maneira de evitar ou minimizar reparações nos estofos de couro, é apostar na prevenção e cuidado na sua utilização. Para manter os estofos em couro em bom estado de conservação, deverá ter-se atenção ao seguinte: > Evitar a exposição direta ao sol e aos raios UV (ultravioletas). Se o veículo tiver que estar estacionado ao sol, proteger o vidro para-brisas, os vidros laterais e o óculo traseiro, com painéis, cortinas ou películas. A exposição direta


CONDIÇÕES PARA A REPARAÇÃO A reparação deverá ser efetuada com o estofo limpo, num local protegido de poeiras, sempre que possível com luz natural. FERRAMENTAS E MATERIAIS Existem vários Kits de reparação no mercado, que contêm os materiais e ferramentas necessárias para a reparação.

PASTA DE ENCHIMENTO

Para preenchimento da zona danificada na reparação de riscos e furos que não atravessem totalmente a espessura do couro

TELA DE TEFLON

Para colocar sobre o couro na fase de aquecimento do polímero de cura por calor, para não queimar o couro. Para a reparação de um estofo em couro, utilizam-se fundamentalmente as seguintes ferramentas e materiais: e por longos períodos de tempo dos estofos à luz solar, provoca danos no couro e na sua cor. > Evitar colocar objetos afiados e volumosos por cima dos estofos. Não colocar ferramentas, animais ou objetos afiados sobre os bancos. Ter atenção aos objetos colocados nos bolsos, tais como chaves. Os objetos volumosos devem ser colocados na bagageira do veículo. > Limpar os estofos e manter o couro condicionado regularmente, com produtos adequados. Os estofos em couro têm também algumas desvantagens que devem ser consideradas: > Podem tornar-se muito quentes no verão e muito frios no inverno. > Devem ser condicionados regularmente para manterem uma boa aparência. > Há pessoas que se opõem à utilização de estofos de couro, por não concordarem com a matança de animais para a obtenção de peles. Os tipos de danos nos estofos de couro podem ser de diversos tipos: > Sujidades e riscos de tinta provocados inadvertidamente, nomeadamente nas brincadeiras das crianças dentro do veículo. > Desgastes mais ou menos profundos provocados pela utilização do estofo, por exemplo em consequência das constantes entradas e saídas do veículo que provocam desgaste por roçamento, no lado do banco em que se entra e sai. > Riscos, furos e cortes provocados por objetos cortantes ou afiados, com maior ou menor dimensão e profundidade. > As indesejáveis queimaduras de cigarro.

FERRO DE CALOR ELÉTRICO

Para aquecer o polímero de cura por calor. AMACIADOR DE COURO

Emulsão aquosa para amaciar, tratar e hidratar couro velho, duro e quebradiço. COLA DE BASE PARA COURO

Cola flexível para couro, para a reparação de cortes e furos que atravessam toda a espessura. ACABAMENTO PARA COURO

Emulsão aquosa para acabamento, cuidado, hidratação, proteção e limpeza do couro.

ESPÁTULA

Para aplicar pasta de enchimento e estender a tela de colagem entre a espuma e o couro do estofo, e segurar e limpar excessos de pasta de enchimento e de polímero de cura por calor. OUTRAS FERRAMENTAS E MATERIAIS: TELA DE COLAGEM

Tela de tecido para reforçar e fazer de base para os materiais que são depositados na zona do dano. POLÍMERO DE CURA PELO CALOR

X-ATO

Para preenchimento da zona danificada na reparação de cortes e furos.

Para remoção de materiais alterados ou soltos.

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TÉCNICA ESTOFOS EM PELE

BLOCO DE ALUMÍNIO

Para arrefecimento rápido do couro aquecido. Agente de limpeza de couro Para limpeza do couro na zona danificada. LIXA DE GRÃO FINO

Para lixar a zona reparada após a aplicação da pasta de enchimento. REPARAÇÃO O couro é um material natural, que se pode danificar com relativa facilidade. Danos superficiais no couro, de preenchimento de riscos e furos, com maior ou menor profundidade, podem ser reparados por processos simples, razoavelmente rápidos e que não exigem um elevado grau de exigência técnica. Reparações em grandes buracos ou cortes no couro, já se podem tornar complexas. Este tipo de reparações não é focado no presente artigo.

quena espátula, de forma a preencher completamente o dano no couro. Após o preenchimento, procede-se ao alisamento da pasta com a espátula e à secagem com uma pistola de ar quente. Se necessário, deve-se lixar levemente a zona reparada com uma lixa fina de grão P1500. A seguir, procede-se ao processo de pintura e de texturado da zona reparada, de acordo com a cor do couro do estofo. O processo de pintura do couro não é explicado no presente artigo. Por último, após o processo de pintura, aplica-se sobre toda a zona reparada um creme de acabamento para couro, que dará ao couro um aspeto renovado.

PREPARAÇÃO

Na reparação de riscos, furos e cortes, deve haver em primeiro lugar uma fase de preparação, começando com uma inspeção visual da zona danificada. Nesta fase, deverão ser cortados ou retirados da zona a reparar quaisquer impurezas ou materiais alterados ou soltos, com o auxílio de uma faca tipo x-ato. Ainda nesta fase de preparação, deverá proceder-se à limpeza da área danificada com um agente de limpeza adequado para couro e em seguida proceder-se à secagem. O couro quando envelhecido, tem tendência a ficar seco e muito poroso, não podendo ser reparado nesse estado. Por este motivo, deve-se proceder ao amaciamento do couro com um amaciador de couro. Esta operação deverá ser efetuada em 2 ou 3 demãos.

REPARAÇÃO DE RISCOS

Para a reparação de riscos e furos que não atravessem totalmente a espessura do couro, utilizam-se pastas de enchimento, para preencher a zona danificada. Existem pastas com diferentes capacidades de preenchimento, pelo que, a escolha da pasta a utilizar depende da profundidade do dano: superficial, médio ou profundo. A pasta é um líquido pastoso. Deve ser aplicada sobre a zona a reparar com o auxílio de uma pe-

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procedendo-se ao levantamento da tela de teflon e verificando se o polímero se agarra à tela. Considera-se a secagem terminada quando o polímero não se agarrar à tela de teflon. Após seco, o polímero apresenta uma textura em grão. Após o aquecimento com o ferro de calor elétrico, deve-se proceder ao arrefecimento com um bloco de alumínio, e em seguida com cuidado, à remoção da tela de teflon. A operação de aplicação do ferro de calor elétrico (aquecimento) e do bloco de alumínio (arrefecimento) poderá ser feita quantas vezes forem necessárias até à nivelação do furo ou corte. A seguir, procede-se ao processo de pintura e de texturado da zona reparada, de acordo com a cor do couro do estofo. O processo de pintura do couro não é explicado no presente artigo. Por último, após o processo de pintura, aplica-se sobre toda a zona reparada um creme de acabamento para couro, que dará ao couro um aspeto renovado.

REPARAÇÃO DE CORTES E FUROS

Para a reparação de cortes e furos no couro com alguma dimensão, existem procedimentos que devem ser aplicados. A parte interior da zona danificada deve ser reforçada com tela. Corta-se um pedaço de tela de colagem com uma dimensão ligeiramente superior ao corte ou furo, e introduz-se a mesma no interior do furo ou corte. Esta tela reforça e faz de base para os materiais que serão depositados de seguida. Coloca-se cola de base para couro entre a tela de colagem e a parte interior do couro, apenas num dos lados do dano. Antes de colar, pode-se recorrer a uma pequena espátula para estender a tela entre a espuma e o couro do estofo. A seguir deve-se pressionar e deixar secar a cola de base para couro. Repete-se a operação do outro lado do dano, tendo o cuidado de, no caso de se tratar de um corte, aproximar ou fazer coincidir, sem forçar, ambas as arestas do corte. De seguida, procede-se à aplicação de uma camada fina de um polímero de cura pelo calor, dentro do furo ou corte. Posteriormente procede-se à secagem aquecendo-se com um pequeno ferro de calor elétrico, próprio para o efeito, durante cerca de 60 segundos, sem esquecer de colocar uma tela de teflon entre eles. Caso não seja usada esta tela de teflon, muito provavelmente o estofo iria queimar. Durante este período deve-se ir inspecionando a evolução da reparação,

COURO COÇADO

Com muito tempo de utilização, o couro envelhece e pode começar a perder a sua cor original. Se muito envelhecido, o seu aspeto pode mesmo ficar semelhante a um vulgar cartão. Quando o couro se encontra nesta situação envelhecida, desprendem-se normalmente flocos que devem primeiro ser cortados. Em seguida, deve-se proceder ao amaciamento com um amaciador de couro. Esta operação deverá ser efetuada em 2 ou 3 demãos. Após o amaciamento, o couro deverá ser limpo com um agente de limpeza adequado para couro, secando-se depois. Proceder entretanto, à selagem da zona danificada com uma camada muito fina de cola de base para couro. A seguir, procede-se ao processo de pintura e de texturado da zona reparada, de acordo com a cor do couro do estofo. O processo de pintura do couro não é explicado no presente artigo. Por último, após o processo de pintura, aplica-se sobre toda a zona reparada um creme de acabamento para couro, que dará ao couro um aspeto renovado.


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TÉCNICA DICAS PARA AS OFICINAS

Como resolver os problemas mais comuns nos automóveis? by Mecatronicaonline Dados técnicos by

RENAULT CLIO III

Drene o óleo da caixa de velocidades Retire a carcaça da caixa de velocidades da quinta velocidade Verifique se existem quaisquer engrenagens engatadas Se necessário: Seleccione o ponto morto manualmente

(B85, C85, K85, S85) 1.5 DCI 90 FAP (K9K770 (67)) 2010 2013

Proceda do seguinte modo: Se a primeira velocidade for engatada

SINTOMA 1 Portas dianteiras: Ruído durante a actuação do vidro eléctrico

Volte a montar o painel interior da porta Tempo de reparação Retire o painel interior da porta (OE: 7005) Volte a montar o painel interior da porta (OE: 7005) 0.2 # Peças necessárias Anilhas: 77 03 053 951 Ajustes de binário Pernos: 6.5 Nm

CAUSA Folga excessiva Nos pontos mostrados

Insira a ferramenta especial no orifício 150 mm Rode a ferramenta especial 90° no sentido contrário dos ponteiros do relógio Desloque a barra selectora de velocidades para a posição neutra puxando o gancho

(#) A hora é apresentada em horas e centésimos de horas, por. ex 1 hora 30 minutos = 1.50 horas.

SOLUÇÕES Retire o painel da porta � Monte anilhas nos pernos mostrados

SINTOMA 2 Não é possível mudar as velocidades A caixa de velocidades está bloqueada CAUSA Duas velocidades são engatadas em simultâneo �

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SOLUÇÕES Verifique a caixa de velocidades para fugas

Se a segunda velocidade estiver engatada Empurre a barra selectora de velocidades para a posição neutral


Se a terceira velocidade estiver engatada

Insira a ferramenta especial no orifício 70 mm Desloque a barra selectora de velocidades para a posição neutra puxando o gancho

Se a primeira velocidade for engatada (OE: 7699) 1.0 # Se a segunda velocidade estiver engatada (OE: 7706) 0.8 # Se a terceira velocidade estiver engatada (OE: 7699) 1.0 # Se a quarta velocidade for engatada (OE: 7706) 0.8 # Se a quinta velocidade for engatada (OE: 7706) 0.8 # Se a marcha atrás estiver engatada (OE: 7706) 0.8 # Peças necessárias Bujão de drenagem do óleo: 77 03 075 347 Junta estanque: 77 03 062 062 Ø = 16 mm Vedante: 82 00 117 602 Ferramentas especiais Gancho: A = 10 Diâmetro 3 mm

A

Se a quarta velocidade for engatada Empurre a barra selectora de velocidades para a posição neutral

SINTOMA 3 Unidade de controlo do motor: Código de falha: DF063

Se a quinta velocidade for engatada Puxe a barra selectora de velocidades para a posição neutral

CAUSA Mangueira do sensor de pressão diferencial rachada Localização: No lado da antepara SOLUÇÕES Sensor de pressão diferencial: Verifique os mangueiras; substitua se necessário

Se a marcha atrás estiver engatada Empurre a barra selectora de velocidades para a posição neutral

Verifique o funcionamento da caixa de velocidades Volte a montar a carcaça da caixa de velocidades Reabasteça a caixa de velocidades Tempo de reparação

SINTOMA 4 Falha da direcção assistida A luz de aviso ‘STOP’ acendese Uma mensagem de aviso da direcção assistida aparece no visor Será emitido mais um sinal sonoro Unidade de controlo da direcção assistida: Códigos de falha: C1606 DF035 5606 C1608 DF002 5608

C1609 DF057 5609 C1610 DF019 5610 CAUSA Unidade de controlo da direcção assistida defeituosa SOLUÇÕES Ligue a ferramenta de diagnóstico Elimine todos os códigos de falha Se não for possível eliminar o código de falha: DF002 Conector branco de 6 pinos da unidade de controlo da direcção assistida: Verifique o sinal no pino 2 Verifique o sinal no pino 3 Verifique o sinal no pino 4 Verifique a alimentação eléctrica no pino 5 Verifique o sinal no pino 6 Conector preto de 1 pinos da unidade de controlo da direcção assistida: Verifique a alimentação eléctrica no pino 1 Conector branco de 1 pinos da unidade de controlo da direcção assistida: Verifique a ligação à massa no pino 1 Se não forem encontradas falhas Verifique o sinal do Bus CAN Nota: Utilize o osciloscópio Se o valor exibido for:

Desligue a unidade de controlo da direcção assistida da rede do bus CAN Verifique o sinal do Bus CAN Se o valor exibido for:

Substitua a unidade de controlo da direcção assistida Inicie a unidade de controlo da direcção assistida Calibre o sensor de ângulo de direcção

NOTA OS DADOS TÉCNICOS, DA RESPONSABILIDADE DA MECATRÓNICAONLINE (DIREITOS DE AUTOR HAYNESPRO B.V.), EMPRESA DE REFERÊNCIA AO NÍVEL DA INFORMAÇÃO TÉCNICA, SERÃO PUBLICADOS EM TODOS OS NÚMEROS DA REVISTA PÓS-VENDA. SE PRETENDER MAIS ESCLARECIMENTOS SOBRE ESTES DADOS TÉCNICOS, OU CASO TENHA UMA DÚVIDA TÉCNICA QUE PRETENDA VER ESCLARECIDA, ENVIE-NOS UM EMAIL PARA: GERAL@POSVENDA.PT

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PNEUS NOTÍCIAS

Novo centro logístico da Michelin

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Michelin investiu 32,5 milhões de euros num novo centro de distribuição em Castilla-La Mancha, que representa a conclusão do processo de reorganização da sua rede logística na península ibérica. Este armazém, que tem uma capacidade de 52.000 m 2, dará serviço aos clientes do Grupo de Espanha, Portugal e Andorra. O arranque deste centro de distribuição tem por fim melhorar o serviço para clientes da Michelin que passam a ter uma maior disponibilidade de produto, tanto em quantidade como nas referências da sua gama de pneus. Esta zona (Castilla-La Manch) foi eleita para acolher a nova plataforma logística pela sua excelente localização, que permite um ágil e rápido acesso à rede de infraestrutura rodoviária da península. O novo edifício de 52.000 m2 construiu-se num tempo record de sete meses num terreno de 140.000 m 2, com a possibilidade de ampliar a zona de armazenamento até aos 80.000 m 2 . As quase 200 pessoas que vão trabalhar diariamente neste centro vão tratar de manter as instalações operacionais de forma permanente. O centro de distribuição de Illescas está preparado para gerir de 100 a 120 camiões trailer diários, entre receção e expedição, capazes de entregar as encomendas em 24 horas em qual-

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PÓS-VENDA

quer ponto da península, graças a uma rede de 28 plataformas de redistribuição, situadas a nove horas de rota por estrada, no máximo, do novo armazém. Com esta rede, o armazém vai poder produzir o tráfego necessário para entregar uns sete milhões de pneus anuais de mais de 3.000 referências de pneus para ligeiros, furgonetas, 4X4, camião, autocarro, moto, scooter, agricultura e engenharia civil. Durante o ato de inauguração, José Rebollo, Presidente da Michelin Espanha-Portugal, mostrou a sua satisfação pela construção deste novo centro: “A missão da Michelin é contribuir para o progresso da mobilidade das pessoas e mercadorias de uma forma sustentável, e queremos conseguir isto respeitando os nossos valores. Uns valores dos quais nos sentimos orgulhosos. O primeiro deles é o respeito pelo cliente. Oferecer aos nossos clientes o melhor produto e o melhor serviço é o nosso primeiro objetivo. E para colaborar nos mesmos construímos este centro de distribuição”. Com a abertura das novas instalações de distribuição da Michelin em Illescas conclui o projeto de reorganização logística levado a cabo para otimizar a atenção aos clientes de Espanha, Portugal e Andorra, tanto em território peninsular como em Ceuta e Melilla e nas ilhas Baleares, Canárias, Açores e Madeira.

Nokian Tyres desenvolve centro técnico em Espanha

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Nokian Tyres está cada vez mais apostada em desenvolver e aperfeiçoar os seus pneus de verão, passando a ser, dessa forma, um especialista global de pneus e não apenas pneus de inverno. Através da abertura de um novo centro tecnológico (com 300 hectares) para o desenvolvimento de pneus de verão e de inverno, em Espanha, em Santa Cruz de la Zarza, próximo de Madrid, a Nokian Tyres vai ter a possibilidade de testar pneus de verão em condições de alta velocidades, tal como já acontece com os pneus de inverno. O centro tecnológico, que só estará definitivamente construído em meado de 2019, levou a Nokian Tyres a investir 16 milhões de euros, estando o início dos trabalhos de construção previstos para o início de 2017. Este centro vai incluir uma oval com 5 quilómetros e terá um enorme conjunto de pistas, que permitirão à empresa o desenvolvimento de melhores pneus.

Novo Nankang para competição

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novo AR-1 da marca Nankang é um pneu de competição, aprovado pela MSA, que a Dispnal passou a ter disponível para os seus clientes. O AR-1 estará disponível desde a jante 15” até à jante 18”, em três medidas, sendo que mais medidas serão adicionadas nos próximos meses. Com apenas um composto disponível, todos os pneus têm 5,5mm de piso. O “AR-1 posiciona-se entre os melhores pneus de competição”, pode ler-se em comunicado da Dispnal. Apesar de o AR-1 ser um pneu listado na lista 1C, poderá facilmente em 2017 atingir a classificação de 1B na lista da MSA .As med idas disponíveis são 1 9 5 / 5 0 R 1 5 8 2 V, 205/50R 15 86W e 215/45R17 87W.




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