PÓS-VENDA 12

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ISSN 2183-6647

N.º 12 SETEMBRO 2016 2€

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ESCOVAS DOSSIER

O negócio de escovas limpa vidros vai ter o seu auge no mercado durante os próximos meses. Fomos conhecer a oferta de algumas marcas e de alguns grossistas.

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EM DESTAQUE

ESPECIAL

EURO REPAR CAR SERVICE É A MAIS RECENTE REDE OFICINAL EM PORTUGAL. APRESENTAMOS TODOS OS DETALHES SOBRE ESTA REDE PERTENCENTE AO GRUPO PSA

COM O APROXIMAR DAS CHUVAS É FUNDAMENTAL UMA BOA ILUMINAÇÃO, UMA ÁREA QUE TEM APRESENTADO CADA VEZ MAIS NOVIDADES TECNOLÓGICAS

PERSONALIDADE DO MÊS MANUEL FÉLIX É A FIGURA QUE TODOS QUEREM OUVIR NO AFTERMARKET, LIDERA A EURO TYRE, UM BEM SUCEDIDO GROSSISTA DE PNEUS QUE AGORA SE QUER IMPOR NAS PEÇAS



SUMÁRIO

N.º 12 SETEMBRO 2016

EM DESTAQUE Euro Repar Car Service_____________________________ P.06 PROPRIETÁRIA E EDITORA ORMP Pós-Venda Media, Lda Miraflores Office Center - R. Santa Teresa do

NOTÍCIAS Salão Auto de Braga_________________________________ P.10

Menino Jesus Nº 4 Esc. 7º - E Miraflores 1495 - 048 Algés Nº Contribuinte: 513 634 398 CONTACTOS Telefone: +351 218 068 949 Telemóvel: +351 939 995 128 E.mail: geral@posvenda.pt Website: www.posvenda.pt Facebook: www.facebook.com/revistaposvenda Linkedin: w ww.linkedin.com/company/ revista-pós-venda DIRETOR Paulo Homem paulo.homem@posvenda.pt REDAÇÃO Cláudio Delicado

MERCADO MAE_________________________________________________ P.18 Vianalube__________________________________________ P.20 GTS________________________________________________ P.22 SALÃO Automechanika____________________________________ P.24 ENTREVISTA Domingos Antunes, Inspector ASAE________________ P.28 OFICINA

claudio.delicado@posvenda.pt

Car Repairs_________________________________________ P.32

DIRETORA COMERCIAL

PERSONALIDADE DO MÊS

Anabela Machado anabela.machado@posvenda.pt

Manuel Félix, Euro Tyre_____________________________ P.34

PAGINAÇÃO

DOSSIER

Ricardo Santos geral@posvenda.pt SEDE DE REDAÇÃO Miraflores Office Center - R. Santa Teresa do Menino Jesus Nº 4 Esc. 7º - E

Escovas____________________________________________ P.40 ESPECIAL

Miraflores 1495 - 048 Algés

Iluminação_________________________________________ P.48

TIRAGEM

VISÃO

10.000 Exemplares

Impressão de peças 3D no aftermarket_____________ P.52

ISSN 2183-6647

COMERCIAL LIGEIRO

Nº REGISTO ERC

Novo furgão MAN TGE______________________________ P.56

126724 DEPÓSITO LEGAL

TÉCNICA

399246/15

Pneus (CEPRA)_____________________________________ P.58

PERIODICIDADE

Dados técnicos Mecatrónica Online________________ P.62

Mensal IMPRESSÃO DPS – Digital Printing Solutions MLP, Quinta do Grajal – Venda Seca, 2739-511 Agualva Cacém – Tel: 214337000

PNEUS BRG Tyre___________________________________________ P.64 Notícias____________________________________________ P.66


EDITORIAL

Boas perspetivas

PAULO HOMEM DIRETOR paulo.homem@posvenda.pt

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unca em tantos anos de jornalismo dedicado ao Pós-Venda tive a oportunidade de visitar e conhecer tantas novas oficinas e tanto novo empresário envolvido neste sector. Obviamente que as novas tecnologias dão hoje um contributo muito importante para sabermos o que se vai passando de norte a sul em matéria de inaugurações oficinais, mas continua a ser no contacto direto com o mercado que se vai ficando a saber muitas das novidades que por aí vão aparecendo. A constatação inicial é que o sector oficinal está a mudar, felizmente para melhor, com muitos novos empresários (a maioria são simultaneamente mecânicos) a perceberem claramente que não se podem manter agarrados aos velhos hábitos do passado. Não é que alguns desses velhos hábitos não sejam bons e não se devam manter, a questão é que toda a envolvência está a mudar, nomeadamente os clientes e o automóvel que conduzem. Muitos responsáveis oficinais estão a perceber que os clientes já não entram com a mesma frequência pela porta da oficina, sendo necessário “captá-los” no mercado e depois fideliza-los, proporcionando-lhes, acima de tudo, um excelente serviço técnico e um atendimento realmente profissional. Mas para que seja possível isso é necessá-

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rio investir (que nada tem a ver com gastar dinheiro) em algo que nem devia ser obrigatório, mas entendido como se de “pão para a boca” se tratasse. Estou obviamente a falar em formação técnica, mas também em formação de gestão, comportamental, ambiental, etc, sem esquecer o investimento em tecnologia e dados técnicos, sem os quais dificilmente se conseguirá prestar um serviço. Com um cliente mais exigente e conhecedor, a oficina tem que estar mais preparada e disponível, e com um carro cada vez mais tecnológico é necessário ter capacidade de resposta técnica à altura, sem a qual o cliente não verá o problema do seu carro resolvido. O que mais tenho ouvido, nomeadamente nestas novas oficinas, é a aposta dos seus responsáveis na formação, como forma de acompanhar ou antecipar as necessidades do mercado. São portanto bons sinais aqueles que o mercado nos vai dando para o futuro, sendo certo que as mudanças nunca serão radicais mas também não serão ao ritmo de há 30 anos atrás. No próximo ciclo de renovação do parque automóvel, estou certo que as oficinas, nomeadamente as independentes, já serão melhores que as atuais, mais informadas e formadas, mais tecnológicas e melhor geridas, mas também irão ter ainda mais concorrência de qualidade.

Muitos responsáveis oficinais estão a perceber que os clientes já não entram com a mesma frequência pela porta da oficina, sendo necessário “captá-los” no mercado e depois fidelizá-los, proporcionando-lhes, acima de tudo, um excelente serviço técnico e um atendimento realmente profissional.



DESTAQUE EURO REPAR CAR SERVICE

Conceito oficinal de proximidade

Seguindo uma nova estratégia do Grupo PSA a nível mundial, a Euro Repar Car Service é um novo conceito de rede oficinal que foi recentemente lançado em Portugal. Para já são oito oficinas mas até final de 2016 serão meia centena.

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rede de oficinas Eurorepar, que durante vários anos foi dinamizada pela Citroën em Portugal acabou. Uma estratégia completamente nova do Grupo PSA levou a que as redes de reparação multimarca Eurorepar e a Motaquip Car Service (ligada à Peugeot mas que nunca foi dinamizada em Portugal) se fundissem na nova Euro Repar Car Service. “O conceito desta nova rede é completamente novo e é totalmente oposto ao conceito que

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{ TEXTO PAULO HOMEM }

CONTACTOS EURO REPAR CAR SERVICE Nuno Gregório 214 166 538 www.eurorepar.pt

existia até 2015. A diferença é tão grande que não tem sequer comparação”, começa por referir Nuno Gregório, responsável pelo desenvolvimento da rede em Portugal, explicando que “dentro deste novo conceito nasceram duas novas marcas. Uma é a própria Euro Repar Car Service e a outra é a Eurorepar, como marca de peças que, no fundo, não altera a sua designação face ao que já existia, mas que irá ter um outro desenvolvimento, sendo que ambas possuem uma imagem nova e distintiva com base nas


Nuno Gregório responsável pelo desenvolvimento da rede em Portugal

cores laranja, branco e preto”. A anterior rede de quase três dezenas de oficinas Eurorepar que existiam em Portugal acabou por ser descontinuada, sendo que ao iniciar-se este novo projeto algumas optaram por integrar a nova rede Euro Repar Car Service, sendo atualmente (em finais de agosto) oito oficinas. PROJETO O projeto Euro Repar Car Service começou em França em 2015, onde já tem 1700 oficinas a funcionar, desenvolveu-se também em Espanha (conta já com 700 oficinas), tendo sido estendido o conceito a outros países como a Alemanha, Bélgica e Portugal. “Para já é um projeto europeu, mas num futuro muito próximo é um conceito mundial, pois a perspetiva é desenvolver 10.500 oficinas em todo o mundo até 2020, incluindo a América do Sul, a Ásia e, por exemplo, a Rússia”, refere Nuno Gregório, explicando que “só faz

sentido para uma empresa como o Grupo PSA este projeto numa lógica global, com impactos reais na definição da gama de peças e na competitividade que quer ter no mercado. É um negócio que quer ter escala e por isso está a ser pensado a nível mundial até porque alguns fornecedores de peças, por exemplo, encontram-se precisamente noutros continentes”. CONCEITO O desenvolvimento da Euro Repar Car Service assenta fundamentalmente na capacidade de resposta ao um mercado que nada tem a ver com a reparação autorizada. 85% do mercado de reparação automóvel está a ser trabalhada pelo canal independente, pelo que o objetivo do Grupo PSA é, precisamente, entrar na reparação multimarca e, para isso, “nada melhor que desenvolver uma rede, que é a Euro Repar Car Service, que esteja dentro da tendência de evo-

lução do mercado ao nível do pós-venda”, refere Nuno Gregório, explicando “que o objetivo não é criar uma rede de segundo nível para as marcas do Grupo PSA, mas sim uma rede multimarca e abrangente em termos de mercado em que o seu conceito seja o de proximidade ao cliente”. Preservar o nome do reparador (conhecido localmente) é uma das premissas deste conceito, para o qual é importante a proximidade que existe com o cliente. Por outro lado, o conceito assenta em dotar as oficinas aderentes com um conjunto de ferramentas que lhes tragam mais capacidade técnica de modo a dar resposta a qualquer tipo de automóvel. “Temos um projeto pensado de A a Z para as oficinas aderentes que inclui tudo: imagem, suporte técnico para todas as marcas, formação, presença na web, apoio de marketing, sistema de faturação próprio, peças, etc”, refere o mesmo responsável, adiantando que “as oficinas têm SETEMBRO 2016

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DESTAQUE EURO REPAR CAR SERVICE

ADERIR À EURO REPAR CAR SERVICE Para a Euro Repar Car Service a ideia de proximidade ao cliente é muito importante. Não está em causa a dimensão da oficina, nem propriamente a tipologia de serviço que faz, mas sim ter parceiros de negócio que queiram evoluir nesta atividade de reparação multimarca. “Para além de qualquer standard para integrar a rede, o que para nós conta verdadeiramente é a opinião do cliente. É em função disto que nós vamos medir a nossa rede, criando para isso uma ferramenta no nosso website para que o cliente possa classificar a oficina, estando dependente disso a sua evolução dentro da rede”, revela Nuno Gregório, dizendo que “é um conceito de simplicidade, em que a oficina seja valorizada localmente, aos quais associamos a nossa imagem e os nossos serviços, para que ele se desenvolva como oficina multimarca”. Um dos serviços que a rede irá potenciar para os aderentes é a formação, através de um plano definido em função das necessidades da rede, estando também em desenvolvimento um linha técnica de apoio.

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que possuir capacidade técnica para responder ao cliente, caso contrário rapidamente ficam ultrapassadas e, logicamente, perdem clientes”. Sendo um projeto transversal a uma oficina, serão também disponibilizadas modernas ferramentas que permitem, por exemplo, adquirir peças Eurorepar através da plataforma disponível (o Euro Repar Doc, que agrega também a parte técnica). “Queremos que os nossos distribuidores de peças do Grupo PSA possam ter capacidade de fornecer, se for caso disso, 3 a 4 vezes uma oficina Euro Repar Car Service”, realça Nuno Gregório dizendo que “este é um projeto triangular, que envolve a Euro Repar Car Service, as oficinas da rede e os distribuidores de peças do Grupo PSA”. PEÇAS A Euro Repar Car Service vai trabalhar com três níveis de peças. Por um lado as peças de origem PSA, num segundo nível as peças de aftermarket (estando ainda a ser desenvolvidos acordos específicos a nível central para fornecimento das oficinas em todo o mundo) e no terceiro nível estão as peças Eurorepar. “Queremos ter, como objetivo, uma resposta de 90% para as viaturas PSA em termos de peças, e no multimarca queremos estar entre os 70 e os 80%, o que, no fundo, representa o parque automóvel circulante”, revela Nuno Gregório. O posicionamento em termos de preço das peças Eurorepar é abaixo das tradicionais peças de aftermarket, justificando o responsável pela rede “o nosso propósito em sermos muito agressivos

no mercado, dotando a nossa rede de reparadores com as melhores condições possíveis para serem competitivos no mercado”. A amplitude e cobertura de gama na marca Eurorepar já está a sofrer um forte incremento, num trabalho que está a ser feito há algum tempo, assegurando Nuno Gregório que, de momento, a gama já é mais extensa do que era num passado recente. Logicamente que as peças Eurorepar estão disponíveis também para o mercado independente, sendo a comercialização feita através dos distribuidores de peças do Grupo PSA. DESENVOLVIMENTO Ambiciosos são os projetos de desenvolvimento da Euro Repar Car Service, já que até final de 2016 o objetivo é ter entre 45 a 60 oficinas. “Este é um projeto que não se esgota em um ou dois anos. Refira-se que os nossos objetivos até 2020, em Portugal, é ter cerca de 150 oficinas a trabalhar connosco”, explica Nuno Gregório, dizendo que “temos um conceito modular de oficina, em que algumas só fazem mudanças de óleo, outras serviços rápidos ou mecânica mais pesada, outras fazem chapa e pintura, vidros, etc. No fundo, posso adaptar qualquer oficina a este conceito Euro Repar Car Service, o que permite ter também uma rede muito complementar”. Refira-se que a Euro Repar Car Service é uma empresa independente, que tem a sua sucursal portuguesa nas instalações do Grupo PSA em Lisboa.



NOTÍCIAS

Pós-Venda marca presença no Salão Auto de Braga Nos próximos dias 23, 24 e 25 de setembro, o Parque de Exposições de Braga recebe a 3ª edição do Salão Auto de Braga, com a presença de empresas de Pós-Venda bem como de associações do sector auto.

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Salão Auto de Braga tem vindo a ganhar o seu espaço de ano para ano, sendo que nesta 3ª edição volta a contar com um conjunto de empresas da área do Pós-Venda. Por isso, e porque entendemos que devemos estar sempre próximo das empresas deste sector, é que a revista PÓS-VENDA se associou a este evento como Media Partner exclusivo. Sobre este evento, Hu m berto Ca rlos, Administrador Executivo/CEO da Invest Braga, entidade responsável pela organização deste salão, refere que para além da exposição de viaturas novas dos diversos concessionários da região “em 2015 o Salão Auto passou a contar com uma zona destinada à Mecânica Auto (Equipamentos, Serviços e Peças Auto) dirigida sobretudo a profissionais do sector. Este ano o número de marcas e empresas da mecânica auto (Equipamentos, Serviços e Peças Auto) presentes irá aumentar em relação a 2015”.

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Refere o mesmo responsável pelo Salão Auto de Braga que “este ano a mecânica auto crescerá para cerca de 30 Stands e por isso terá uma zona específica a ela dedicada, que antecede a zona de entrada na grande nave do Parque de Exposições, mas também ela interior”. O evento tem como entidades parceiras duas das mais importantes associações do setor: ANECRA – Associação Nacional das Empresas do Comércio e da Reparação Automóvel e ARAN – Associação Nacional do Ramo Automóvel. Cada uma das associações vai organizar uma conferência e outras iniciativas que farão parte do programa do Salão Auto de Braga 2016. “Estão reunidas as condições para ultrapassarmos os 12.000 visitantes de 2015, e por certo isso vai acontecer”, refere Humberto Carlos. No site da revista PÓS-VENDA (www.posvenda.pt) poderá saber mais informações sobre este salão, que serão constantemente atualizadas antes, durante e depois deste evento.

Empresas confirmadas (A 31 DE AGOSTO)

CDC PORTUGAL, LDA CHIP-FUSE UNIPESSOAL, LDA COBOLEO - DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTIVEIS E LUBRIFICANTES, LDA DOCTORGLASS LDA. ESCAPCAR ESCAPES E ACESSORIOS PARA AUTOMÓVEIS, LDA INFORTRÓNICA - SOCIEDADE UNIPESSOAL, LDA JCM CONSULT - SOCIEDADE UNIPESSOAL, LDA JR DIESEL REPARAÇÃO E ACESSÓRIOS AUTO, LDA PAULO & DANIELA, LDA (PDAuto) SILVA DOMINGUES, S.A. GRUPO VALENTE & LOPES / TECWASH ARAN ANECRA SC AUTOMÓVEIS E COMPONENTES S.A. (STOCK CAR) AML SPORT, S.A. FILINTO MOTA SUCRS S.A. CONFIAUTO INDUSTRIA E COMÉRCIO AUTOMÓVEL, S.A. M & COSTAS S.A. CARCLASSE - COMÉRCIO DE AUTOMÓVEIS, S.A. AML SPORT, S.A. SANTOS DA CUNHA 2 - COMÉRCIO DE AUTOMÓVEIS, LDA GAMOBAR SOCIEDADE DE REPRESENTAÇÕES, S.A. IGNITION BALANCE S.A. SSDA - SOCIEDADE DE DISTRIBUIÇÃO AUTOMÓVEL, S.A. ZEEV, LDA. CAETANO AUTO, S.A. AUTO-SUECO AUTOMÓVEIS, S.A.


JP Tools disponibiliza diagnóstico Auto Master Pro

NÃO FALTE À

Axalta e SGS certificam oficinas

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Axalta e a SGS assinaram uma parceria com o objetivo de apoiar oficinas de reparação a evidenciarem junto dos seus clientes os bons desempenhos alcançados e o nível da qualidade do serviço prestado. Para que isto seja atingido torna-se fator essencial a otimização de procedimentos e processos inerentes à sua atividade. O objetivo é as oficinas obterem uma certificação, que garante uma resposta às necessidades e exigências dos clientes, quer sejam particulares ou empresas, entre elas seguradoras e gestoras de frotas. Neste sentido, estão a ser implementadas ações conjuntas para a qualificação e certificação, numa primeira fase segundo um referencial conhecido e reconhecido pelo mercado português cujos requisitos avaliam

as componentes da gestão e da técnica. "Estamos a auditar e certificar as oficinas parceiras da Axalta e a contribuir para potenciar negócios e implementar soluções e serviços inovadores para todas as entidades envolvidas, que não se esgota, antes potencia, quando falamos em certificação", declara Jorge Marchante, Business Developer / Gestor Comercial da SGS Portugal. Fidelização e satisfação dos clientes, fortalecimento da rede de oficinas, excelência no serviço e reforço da imagem de líder de mercado são mais-valias para a Axalta a médio prazo, provenientes deste processo. O acordo foi assinado por João Marques, Presidente do Conselho de Administração da SGS Portugal, e Rodrigo Serrano, Country Manager da Axalta Coating Systems Portugal.

12 DE NOVEMBRO 15H-19H (C/ COFFEE BREAK)

CENTRO DE CONGRESSOS DA EXPOSALÃO BATALHA SALÃO MECÂNICA

10 anos Gadiluso

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m dos mais ativos retalhistas de peças auto da região de Elvas, a Guadiluso, comemorou 10 anos de existência, entre parceiros e “amigos”, no passado dia 30 de julho.

Foi a 31 de julho de 2006 que a Guadiluso abriu as suas portas em Elvas, estando atualmente na Zona Industrial, num espaço com cerca de 350 m2, onde dispõe de armazém, balcão e um espaço de formação, tendo ainda uma frota para entrega de peças. Destaque para a presença de muitos responsáveis de oficinas da região, bem como os representantes de algumas das mais importantes marcas de peças que a Guadiluso representa (Dayco, SKF, Mann Filter, Monroe, Swag, Blue Print e Valeo). Na ocasião, Bruno Germano, gerente da Guadiluso, falou sobre os 10 anos da empresa, realçando como “grande amigos” todos aqueles que estiveram neste evento e que colaboram habitualmente com esta empresa.

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www.posvenda.pt/conferenciaretalho

Patrocínios: anabela.machado@posvenda.pt Tel. 218 068 949


NOTÍCIAS

Dica Ambiental by

Eco­‑Partner

Está preparado para uma inspeção ambiental? Saiba como dar os primeiros passos para que a sua oficina possa ser inspecionada sem grandes sobressaltos Dependendo de um conjunto de circunstâncias e do tipo de serviços que a oficina presta, há um conjunto de requisitos ambientais base que devem ser cumpridos para que uma inspeção possa ser realizada sem dela decorrerem coimas pesadas. Mesmo que alguns dos requisitos legais possam ainda não estar a ser cumpridos, vale sempre a pena começar a resolver as questões que estão pendentes neste campo. Só para que tenha uma ideia, uma oficina de mecânica e colisão que faça lavagens, descarregue o efluente num coletor municipal e carregue equipamentos de ar condicionado de clientes, terá de cumprir cerca de 50 a 60 requisitos legais distribuídos pelos vários descritores (licenciamentos, descarga de águas, emissões gasosas, gases fluorados, responsabilidade ambiental, resíduos, comunicação de dados a entidades oficiais). Sabendo que muitas vezes é difícil resolver tudo num período curto aqui vão alguns conselhos para que comece já hoje a tratar deste tema. 1. Comece por separar os resíduos que produz, colocá-los em contentores apropriados (muito cuidado com as baterias no chão) e identifique-os de forma clara. Só assim a separação por tipo pode ser implementada, para que cada resíduo tenha o destino

Activex apresenta o ROTA+ para gestão das entregas das peças

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o seguimento da estratégia definida pela Activex para 2016, acaba de ser lançado o ROTA+, que está integrado no conhecido ERP Gestoc. Trata-se de um módulo que tem como principal objetivo colmatar uma necessidade na área da organização da distribuição e entrega de material – existente nas casas de distribuição de peças e acessórios auto. Este novo produto integra duas aplicações: uma

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adequado. Não se esqueça de os entregar a operadores licenciados e solicitar as Guias de Acompanhamento de Resíduos devidamente assinadas. É recomendável fazer pelo menos 1 recolha por ano de cada tipo de resíduo. 2. Certifique-se que o oleão que utiliza é aéreo, tem parede dupla ou está sobre uma bacia de retenção. Inative eventuais depósitos enterrados, sobretudo as “heranças do passado” para evitar surpresas. 3. Caso faça algum tipo de lavagens e produza águas contaminadas com óleo, confine a água através de um sistema de drenagem, instale um separador e licencie a descarga, dando preferência à descarga em coletor municipal sempre que possível. 4. Solicite a um especialista uma análise de risco para quantificar os eventuais os riscos de ocorrência de danos ambientais resultantes da atividade (derrames, descargas de águas contaminadas, contaminação de solos). Tome medidas para os reduzir e constitua uma garantia financeira (depósito ou seguro) que permita, em caso de dano, repará-lo. 5. Organize toda a informação de forma a que possa cumprir com a obrigação de envio periódico de dados à Agencia Portuguesa do Ambiente (GAR´s, MIRR, mapa dos gases fluorados, outras). Não deixe para amanhã o que pode começar a fazer hoje. Mesmo que não consiga cumprir integralmente tudo de uma vez, vá evoluindo passo a passo para tornar a sua oficina mais conforme com a legislação ambiental em vigor. O ambiente agradece, os clientes apreciam e os riscos que corre como proprietário ou como gestor são menores. Não arrisque! Se necessitar de ajuda contacte a Eco-Partner www.eco-partner.pt

do lado do armazenista, onde através de um dashboard, os operadores de call center têm uma visão geral da frota de viaturas e do estado atual das encomendas destinadas a entrega. Além do programado para entregar é também possível adicionar uma tarefa nova, recebendo o estafeta de imediato na aplicação móvel existente no seu dispositivo telefone/tablet o alerta da tal alteração. Do lado do estafeta, a aplicação que está a correr no seu dispositivo, além de permitir visualizar as tarefas/entregas a realizar, possibilita também registar os km iniciais e finais do percurso, bem como as horas de entrega da mercadoria,

Lubrificante SWAG para caixa automática Mercedes de 9 velocidades

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Bilstein Group é a primeira empresa no aftermarket a disponibilizar lubrificante para a caixa automática de 9 velocidades Mercedes Benz, com a marca SWAG. A caixa automática de 9 velocidades, 9G-TRONIC, que equipa os veículos Mercedes Benz é o exemplo perfeito das atuais exigências a que os construtores de automóveis estão sujeitos. Esta caixa foi desenvolvida com o intuito de reduzir o consumo de combustível, aumentar o período de manutenção e garantir o máximo conforto na mudança de velocidade. O lubrificante é o elemento vital da complexa equação que gere todo o sistema. A SWAG recomenda a utilização do óleo 10 94 7716 para as caixas de velocidades automáticas com a referência Mercedes Benz 725.0XX cuja especificação do lubrificante é MB 236.16/7.

bastando para tal, premir apenas um botão. O estafeta terá igualmente a possibilidade de consultar as linhas dos documentos a entregar caso seja necessário rastrear alguma “peça” que esteja extraviada na viatura de entrega. De salientar que se trata de mais um módulo web, 100% desenvolvido e suportado pela Activex, completamente integrado no já reconhecido ERP Gestoc. Com este módulo, a Activex atinge mais um dos grandes objetivos para 2016: permitir uma melhor organização dos seus clientes numa área que é tão critica para o negócio onde estão inseridos: a gestão das entregas.


Tubos STC na Filourém

Euro Tyre disponibiliza Sachs

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Filourém acaba de incorporar a nova linha de tubos de combustível da marca STC, continuando desta forma a trazer para o mercado novos produtos e soluções que correspondem às necessidades dos seus clientes. Face à elevada procura deste tipo de componentes, inexistentes até ao momento no mercado aftermarket, a Filourém optou por garantir esta nova opção aos seus clientes, contando com uma gama dirigida ás motorizações HDI, TDI e DCI.

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Euro Tyre alarga a sua gama de produtos disponibilizando mais uma linha de produto de uma marca premuim, a Sachs, através da compra através de distribuidores nacionais e estrangeiros. Esta novidade permite à empresa disponibilizar aos seus clientes mais uma linha de produto (embraiagens) aumentando assim a sua oferta ao nível do material de embraiagem. A Euro Tyre continua assim a alargar a sua oferta de produtos e marcas para poder oferecer um serviço completo aos seus clientes. Brevemente mais marcas serão adicionadas ao stock disponível nos três armazéns que a empresa possui em Portugal.

Rebarbadoras Eisenblatter na Rodribench

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Rodribench, fazendo jus à qualidade dos equipamentos que comercializa, acaba de lançar no mercado mais uma novidade, de origem alemã. Dessa forma, a Rodribench passa a disponibilizar um novo produto (rebarbadoras) para a área de lixagem de painéis, da marca alemã Eisenblatter. Estão disponíveis os modelos VARILEX WSF 1800, um produto ideal para trabalhar com discos de rebarbar, corte, limpeza, polir, a várias velocidades e o VARILEX-FSM-905_W01 Profissional, uma máquina compacta e de velocidade variável para muitas aplicações diferentes. Estão também disponíveis os discos de limpeza, rebarbar e de corte.

Mercedes entra no partslink24 portal online de venda de peças de origem para as oficinas – partslink24 – passou a incorporar importantes novidades. Nomeadamente quatro marcas da Daimler: a Mercedes, mas também a Mercedes Vans, Mercedes Trucks e da Smart. Ao todo, é possível trabalhar 36 marcas diferentes neste portal, disponível em português e com assistência aos utilizadores. A plataforma partslink24 foi desenvolvida há 10 anos pela LexCom, uma empresa alemã que tem já 50 anos de mercado. Trata-se de um portal que junta o pós-venda dos vários fabricantes de automóveis. Os clientes deste portal são as oficinas independentes que podem, assim, ter acesso a catálogos, preços e encomendas.

Autozitânia renova Certificado de Qualidade

Catálogo TecDoc Online com imagem real da viatura

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esde 2007 a ostentar o símbolo da certificação ISO 9001, a Autozitânia renovou no passado mês de julho o seu certificado, dando garantias aos seus clientes que continua a cumprir requisitos normativos, legais e sobretudo os requisitos definidos pelos seus Clientes. Nos dias 11 e 12 de julho de 2016, a entidade certificadora TÜV realizou mais uma auditoria de renovação nas instalações da Autozitânia. Esta foi uma auditoria global, uma vez que todos os processos da Autozitânia foram auditados. “O resultado não podia ser melhor, pois não foi registada qualquer não conformidade entre requisitos exigíveis, procedimentos definidos e práticas verificadas. Este resultado premeia o esforço que a Autozitânia tem dedicado na melhoria do serviço aos seus clientes, procurando sempre inovar mesmo quando os resultados já correspondem às expectativas. Este resultado premeia também a dedicação que os clientes têm manifestado ao longo dos anos, dando cada vez mais motivação a todos os colaboradores da Autozitânia para procurarem fazer sempre melhor. A melhoria contínua é de facto um dos pilares da Qualidade e está na génese da estratégia da Autozitânia”, pode ler-se em comunicado da empresa.

s utilizadores do Catálogo TecDoc Online passam a visualizar a imagem real da viatura selecionada. Esta nova funcionalidade torna a experiência de utilização do catálogo ainda mais apelativa e corresponde às atuais tendências de pesquisa. De facto, o perfil dos atuais utilizadores é cada vez mais digital, pelo que a imagem assume uma preferência incontornável. Ao visualizar a imagem da viatura, o resultado da pesquisa torna-se mais imediato e assume maior realismo. A constante aposta na inovação tecnológica tem permitido ao TecDoc alcançar uma notoriedade reconhecida mundialmente, distinguindo-se como fornecedor preferencial no âmbito da informação técnica eletrónica para o pós-venda automóvel.

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NOTÍCIAS

NUM MINUTO... A Iberequipe informa que a nova versão de software AUTOCOM CDP+ CARS, para veículos ligeiros e comerciais ligeiros está disponível. Trata-se da versão 2016.12. Esta versão comporta melhorias na base de dados do software muitas delas contributos dos clientes AUTOCOM. Marisa Moreira assumiu a Direção Executiva da Car Academy – Formação e Consultoria, Lda. no passado dia 1 de Agosto. Refira-se que a Car Academy é uma empresa de formação técnica na área automóvel, que tem as suas instalações em Agualva-Cacém (São Marcos). A rede Glassdrive prossegue a sua política de expansão a nível europeu e o seu mais recente pilar é a inauguração da Glassdrive Holanda, que na sua fase de lançamento apresenta uma rede de 77 centros, assegurando assim a total cobertura do país. A RPL Clima apresentou como novidades o compressor de A/C do Hyundai I20 1.2 e 1.4 (primeira geração), e o condensador para Citroën Picasso e Peugeot 308 (a partir de 2013). Numa iniciativa da Valorcar estão a ser distribuídas pelos novos centros desta rede contentores estanques para acondicionar as baterias usadas. Com a marca Toptul foi lançada no mercado a nova chave de impacto pneumática 1/2 Super Duty, na qual se destacam o mecanismo de impacto de martelo duplo, a manga de escape de punho com silenciador, a força e o seu peso reduzido. A Contitech tem disponível online cerca de 220 instruções de montagem abrangentes “Technical Instructions”, tendo recentemente lançado mais 30 novos manuais. É já no próximo mês de Setembro (27 a 29 de setembro) que pintores de todo o mundo se irão reunir em Clermont, França, para disputar pelo título de melhor Pintor R-M do Mundo. Pode acompanhar tudo em bestpainter.rmpaint.com. A Clínica do Automóvel, na Venda do Pinheiro (Mafra) é a mais recente oficina automóvel da rede Rino. Integrado no Parque de Industrial da Venda do Pinheiro – Armazém 73, esta oficina possui uma alargada oferta de serviços técnicos, nomeadamente: serviços rápidos, mecânica, eletricidade, ar condicionado, diagnóstico, préinspeção e travões.

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Dois novos Selenia nos 25 anos da Petronas / Selenia

F SKF aumenta gama de ferramentas universais

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SKF lançou uma nova extensão de gama ao seu portfólio de ferramentas universais, desta vez para montagem e desmontagem de rolamentos de roda. Estes inovadores conjuntos de ferramentas permitem uma fácil montagem (VKN 600), desmontagem (VKN 601) de rolamentos de roda compactos geração HBU 2.1 de todas as dimensões. Desta forma, os mecânicos podem poupar espaço e tempo, pois precisam apenas de uma única ferramenta em vez de vários kits de ferramentas para diâmetros diferentes. Com uma pequena extensão futura, a ferramenta de desmontagem irá também cobrir vários diâmetros de rolamentos de roda geração HBU 3. Desmontar um rolamento compacto HBU 2.1, mas ainda mais importante, montar o rolamento de roda no veículo requer o uso de ferramentas específicas.

az 25 anos que a Petronas Lubricants Italy SpA celebra o aniversário da marca Petronas Selenia, a gama de óleos para motores de veículos ligeiros especialmente formulada para motores do Grupo FCA. Com a chegada do novo Alfa Romeo Giulia, a Petronas lançou dois novos lubrificantes para uso exclusivo nos motores 2.9 V6 e 2.2 JTD: os novos Petronas Selenia Digitek 0W-40 e Petronas Selenia FORWARD WR-20. O Petronas Selenia Digitek 0W-40 é um novo lubrificante para o motor 2.9 V6 de 510 CV do novo Giulia Quadrifoglio Verde. É um óleo de motor de alta qualidade que consegue suportar viaturas de competição específicas e responder às necessidades de motores de alta potência. O novo Petronas Selenia Digitek 0W-40 é resistente em quaisquer condições de baixa viscosidade e melhora a resistência à oxidação. Para o motor 2.2 JTD, a Petronas Lubricants International desenvolveu um óleo de motor específico: Petronas Selenia WR Forward 0W20. Concebido para motores Euro 6, este novo lubrificante oferece funcionalidades de proteção e economia de combustível.

Referência PIC nas novas embalagens Contitech

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m cada caixa de kits de correia de distribuição e de transmissões auxiliares da Contitech existe informação para os profissionais acederem à plataforma online da Contitech de uma forma direta e simples. Assim que se abre a caixa essa informação salta à vista do profissional com as várias opções de aceder ao PIC. O PIC está disponível em 18 idiomas – para PCs e dispositivos móveis. Os profissionais podem ir diretamente para o PIC, clicando no seguinte link: www.contitech.de/pic. Os dispositivos móveis podem aceder a uma versão móvel do PIC diretamente através do código QR na embalagem do produto. A operação com todas as opções de acesso não poderia ser mais fácil: Uma vez que a designação artigo, por exemplo, CT1028WP3, for inserida, toda a informação relevante e atualizada sobre o produto é exibida, de forma gratuita e sem a necessidade de se registar primeiro.

Centrauto abre loja em Sintra

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ma das empresas líder na distribuição de peças a nível nacional, a Centrauto, acaba de abrir mais uma loja na região da grande Lisboa. Esta nova loja situa-se em Alcabideche, na Estrada de Manique, ocupando um moderno armazém numa zona de larga concentração de oficinas e de muitos outros operadores na área dos Pós-Venda. Esta loja está aberta de segunda a sexta-feira, das 8h30m às 19h30m, abrindo também aos sábados entre as 9 e as 17 horas.


Dayco abre escritório em Portugal

Expomecânica já com um Nova oficina CA- Car Service terço do espaço ocupado

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ruto de uma política de expansão mundial e de presença mais próxima em diversos mercados, a Dayco abriu recentemente diversos escritórios, um deles em Portugal (Lisboa). Com enfoque no serviço ao cliente e no aumento da quota de mercado, a Dayco, um fornecedor líder de produtos para motores e sistemas de transmissão para a indústria automóvel, para o setor industrial e aftermarket, anunciou a abertura dos seus novos escritórios de vendas e suporte técnico em Belgrado, Sérvia, e em Lisboa, Portugal, as mais recentes novidades nas pegadas de crescimento da empresa. Durante os últimos 12 meses, a Dayco abriu também novos escritórios no Dubai, Emirados Árabes Unidos e em Buenos Aires, Argentina. Atualmente, a Dayco gere 50 locais em 20 países, todos estrategicamente localizadas para servir os clientes localmente.

32 anos de Servidiesel a servir e inovar

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Servidiesel, empresa sediada em Sintra e especialista em sistemas diesel e turbos, comemora o seu 32º aniversário, sempre no caminho do serviço e da inovação. “Neste 32º Aniversário a Servidiesel está num processo de reinvenção”, afirma Diogo Bordalo. Como tal, a Servidiesel desenvolveu um novo espaço para o seu Bosch Car Service, designado por Bordalos Car, continuando a investir em equipamentos para reparação dos sistemas diesel e turbos de última geração. A empresa ampliou e alterou por completo o espaço do Bosch Diesel Center, tornando-o muito mais funcional e otimizado. Ampliou o espaço de armazém, tendo criado uma estrutura moderna e funcional para melhor servir os seus clientes. Com estas alterações conseguiu atingir 2 objetivos: otimizar as operações produtivas (BCS e BDC), e, separou o atendimento dos clientes profissionais dos clientes finais.

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o passado sábado, dia 6 de agosto de 2016, a CA – Car Service Low Cost, iniciou a actividade de mecânica Multimarca em Caldas da Rainha. Depois de em 2014 a empresa integrada no Grupo Tecline ter inaugurado um novo Centro Automóvel nas áreas de carroçarias e pintura automóvel, inicia agora a actividade de mecânica multimarca. A data foi assinalada com forte presença de convidados e vários visitantes nas instalações, onde decorreu uma Feira Regional com expositores locais e onde a equipa da CA realizou a demonstração dos vários equipamentos exclusivos que foram adquiridos especificamente para esta nova oficina nas Caldas da Rainha, realizando um check-up gratuito a todas as viaturas de todas as marcas dos visitantes. O Grupo Tecline continua assim a sua estratégia de investimento nas Caldas da Rainha, procurando desta forma ser uma solução de confiança para toda a população das Caldas da Rainha ao nível da comercialização de viaturas novas e usadas, bem como na vertente da manutenção e reparação automóvel. O CA – Car Service Low Cost está em Caldas da Rainha, junto à Mercedes-Benz na antiga estrada da Foz.

Novos amplificadores Pioneer

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Pioneer Car Audio lança quatro novos amplificadores de potência da série GM-A. São dois amplificadores de 4 canais, GM-A6704 e GM-A4704, e dois amplificadores de 2 canais GM-A5702 e GM-A3702. Para maximizar a sua flexibilidade, os amplificadores GM-A6704 e GM-A4704 oferecem diferentes opções de filtros High Pass (HPF) e Low Pass (LPF) e função Bass Boost que aperfeiçoa o som em geral.

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cerca de oito meses do início da quarta edição do Expomecânica, que terá lugar de 7 a 9 de abril, no pavilhão 6 da Exponor, a Kikai Eventos, organizadora do salão, já conseguiu vender um terço do espaço de exposição, com cerca de 11.500 mil m2. “Todas as empresas que já garantiram a sua participação na próxima edição do Expomecânica estiveram nas edições anteriores. É política da Kikai nunca falar com clientes novos antes de ter contactado todos os clientes que já participaram em edições anteriores”, explica à PÓS-VENDA José Manuel Costa, da Kikai Eventos. Além das empresas que já confirmaram a sua participação, praticamente outro terço do espaço está já reservado, o que prova o interesse que os operadores do setor têm neste salão, segundo a Kikai. No ano passado, marcaram presença 168 expositores, com o número de visitantes a crescer 21% face à edição anterior, num total de 12.729 pessoas. As revistas PÓS-VENDA e PÓS-VENDA PESADOS são, mais uma vez, media partners do Expomecânica e, em breve, serão divulgadas algumas das atividades preparadas para este Salão.


NOTÍCIAS

TRW lança mais uma fase da campanha “Verdadeiros Originais”

Norauto lança solução de conetividade em aftermarket

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programa de discos de travão é o destaque de mais uma fase da já famosa campanha da TRW Aftermarket “Verdadeiros Originais”. Em linha com o que foi anteriormente divulgado no âmbito desta campanha, esta fase também apresenta um colaborador da TRW que é um “Verdadeiro Original”. A estrela do tema dedicado aos discos de travão é Kitty Zhu, gestora de produto da travagem na TRW Aftermarket China. Os novos materiais da campanha explicam como a Kitty aplica as mesmas capacidades, tanto quando trabalha nos discos de travão TRW, como quando realiza a cerimónia tradicional do chá; sempre com o mesmo objetivo de conseguir o equilíbrio perfeito dos elementos para obter um resultado excecional. Para além de incluir as mensagens de excelência na segurança, no fabrico e nos testes, esta fase da campanha destaca as características e os benefícios dos desenvolvimentos globais da TRW Aftermarket nesta área da travagem, ao mostrar como a TRW oferece a solução perfeita para os veículos de qualquer segmento. A TRW produz mais de 12 milhões de discos de travão anualmente, tanto para o equipamento original, como para o mercado independente de pós-venda global independente. Para saber mais sobre a história de Kitty, aceda a: www.trwaftermarket.com/pt/discostravao/

Arnott recebe selo de qualidade TÜV

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Arnott, especialista norte-americana em produtos de reposição de suspensões pneumáticas, recebeu a certificação de qualidade e segurança de produto da TÜV Rheinland para os seus produtos de suspensão pneumática tanto para automóveis como para motociclos. Com a inauguração de uma sede da Arnott na Europa, em 2014, a empresa pretendeu assegurar a todos os seus clientes e parceiros europeus que os seus produtos oferecem os mais altos standards de qualidade e segurança. Nos últimos meses a fábrica da Arnott foi submetida a uma profunda auditoria por parte da TÜV.

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PÓS-VENDA

Hella com nova gama “Carbonic Black Edition”

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Hella Pagid, a joint-venture entre a Hella e a TMD Friction, desenvolveu uma nova gama de discos de carbono com especificações de primeiro equipamento especialmente desenhada para veículos europeus premium e de gama alta, que designou por “Carbonic Black Edition”. Os discos de carbono Black Edition incorporam uma alta percentagem de carbono, pelo que são capazes de suportar elevadas cargas, em qualquer tipo de situação, proporcionando a mais alta potência de travagem, sem descuidar o conforto de condução.

Bilstein group apoia a construção de um carro monolugar

Norauto lançou no mercado, através das suas lojas, um novo produto que mais não é do que uma solução de conectividade em aftermarket, designada Norauto Connect. A box Norauto Connect permite controlar à distância, através de um telemóvel com tecnologia Android ou iOS, de forma continuada o automóvel, nomeadamente a localização GPS, o fecho das portas, o nível da combustível, alguma colisão, faróis ligados, etc. Esta solução é também um instrumento de proteção pessoal e de segurança, já que se tiver algum acidente, um problema, uma indisposição, a box da Norauto Connect envia um sms aos familiares ou amigos (posição GPS, tipo de problema, etc). Após esta fase de lançamento, em que esta box se encontra numa versão muito inicial, o objetivo é o desenvolvimento de uma série de APPs que permitem controlar a manutenção do veículo, registar dados de eco condução, entre outras informações. A box da Norauto Connect vem equipada com um cartão SIM Europa, sem qualquer custo adicional para além do preço de aquisição do produto e respectiva montagem.

JR Diesel dinamiza formação

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bilstein group está a apoiar a equipa de Formula Student, da Faculdade de Ciências e Tecnologia – Universidade Nova de Lisboa (FCT – UNL), com peças e fluídos da SWAG e ferramentas da Blue Print. A Formula Student é uma competição internacional que pretende promover e avaliar a concepção e construção de um veículo de corrida, monolugar, para competir com estudantes de outras universidades ao nível europeu. A FS é a mais consagrada competição de automobilismo educacional da Europa, tendo sido iniciada em 1998. As parcerias são uma parte vital do negócio para o bilstein group, vejamos que é desta forma que as marcas febi, SWAG e Blue Print estão no mercado. Apoiar estas iniciativas nas universidades é apoiar futuros colaboradores, futuros parceiros e até futuros concorrentes, quem sabe. Qualquer um dos estudantes que está na equipa da FS da FCT – UNL sabe construir um veículo, é fácil imaginar o excelente profissional que será no futuro, de acordo com o bilstein group.

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o âmbito da estratégia da JR Diesel para o ano de 2016, vai a Academia JR Diesel desenvolver dois cursos de formação no ultimo trimestre deste ano, essencialmente para oficinas. Gestão de Clientes e Controlo de Crédito serão os dois cursos que a empresa irá disponibiliza, o primeiro para todos os profissionais que têm contacto com clientes na oficina, o segundo mais virado para gerentes, responsáveis de crédito e directores financeiros. Estas formações terão uma duração de um dia com horário das 9h às 17h30m, sendo realizadas nas Caldas das Taipas. A formação Controlo de Crédito será no dia 4 de novembro de 2016, enquanto a formação Gestão de Clientes será no dia 8 de novembro de 2016.



MERCADO MAE

Alargar horizontes A MAE, um retalhista de peças de Ourém, aproveitou o verão para alargar horizontes, começando a operar agora também no concelho vizinho de Torres Novas. Fomos conhecer as novas instalações. { TEXTO PAULO HOMEM }

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á com 20 anos de mercado em Ourém, a MAE (nome original que remonta às iniciais dos primeiros sócios da empresa) esteve em tempos associada à Auto Delta. Edmundo Carvalho, sócio da empresa desde o seu nascimento, e Paulo Prino, com 17 anos de casa e cinco como sócio, são os dinamizadores deste retalhista de peças que leva muito a peito o conceito de proximidade aos seus clientes oficinais. Foi por isso, mas também pela necessidade de crescimento, que a empresa abriu recentemente uma nova loja em Torres Novas (na Rua da Várzea). “O nosso crescimento tem sido muito sustentado todos os anos. Chegamos ao ponto em que tínhamos que crescer ao nível das instalações, tendo como opção fazer um armazém maior em Ourém ou desenvolver uma primeira filial”,

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PÓS-VENDA

conta Paulo Prino, explicando que “optamos por abrir uma filial em Torres Novas onde já temos alguns clientes. Dessa forma, podemos servir melhor estes clientes, com rotas dedicadas, mas também aumentar o nosso leque de clientes, já que este é também um dos nossos objetivos com esta loja”. Mas as razões para esta abertura não ficam por aqui, como explica Paulo Prino: “alguns clientes e fornecedores alertaram-nos de que faltava em Torres Novas um serviço como aquele que temos em Ourém, o que nos motivou a investir”. Tendo como foco a oficina, a localização da nova loja em Torres Novas foi escolhida pela sua centralidade em relação a outras importantes povoações limítrofes (Golegã, Entroncamento, Alcanena, etc), mas também pelas excelentes acessibilidades. Desta forma, a MAE passa a

fornecer as oficinas dos concelhos de Ourém e de Torres Novas de uma forma como até há pouco tempo nunca tinha feito. “Destacamo-nos por um serviço diferente em Ourém, que também implantamos em Torres Vedras. Somos uma equipa jovem e muito dinâmica que está sempre disponível para apoiar o cliente da oficina”, refere Paulo Prino, evidenciando os 10 colaboradores da empresa e as cinco carrinhas para entrega de peças que permitem entregas bi-diárias e, em alguns clientes, quatro vezes ao dia. Na lógica de serviço ao cliente os responsáveis da MAE apostam muito em formação, mas também em programas e software de identificação de peças de modo a apoiar o cliente. Aliás, a formação para as oficinas é, para Paulo Prino, algo que não tem sido descurada pela empresa em Ourém, sendo que em Torres


Novas instalações em Torres Novas

Sede em Ourém Novas vai ser seguida uma estratégia idêntica: “Temos a noção da importância que a formação tem para os nossos clientes e também para nós. Ajuda-nos não só a vender o produto, como evita que mais tarde venham a existir problemas com certos produtos. A complexidade de alguns produtos obriga cada vez mais as oficinas a terem formação, pelo que queremos também dinamizar essa área em Torres Novas”. PRODUTO O que também não se altera é a política de produto que a MAE implementou na nova loja face à “casa-mãe” em Ourém. “Apostamos muito em marcas que estão no primeiro equipamento, olhando sempre ao preço do produto, mas nunca descurando a qualidade. Isto para nós é muito importante”, refere o mesmo respon-

sável, explicando que “também temos linhas de produtos mais económicas, mas que estão longe de serem as mais baratas do mercado. Não queremos produtos que tragam problemas aos nossos clientes que depois se poderiam refletir na nossa atividade”. Para além das peças de mecânica e lubrifi-

CONTACTOS MAE Paulo Prino 249 248 248 maetorresnovas@sapo.pt

cantes, a MAE disponibiliza também produtos de colisão. “O nosso foco é a mecânica, mas atualmente reforçamos a nossa presença nos lubrificantes, que antigamente era residual, e na chapa também. Curiosamente temos tido uma excelente aceitação na venda de chaparia aqui em Torres Novas”, comenta Paulo Prino. Tendo uma base alargada de fornecedores, a MAE concentra muito a sua atividade na relação com a Auto Delta, Fimag e Bragalis, estando de fora a ideia de fazer importações diretas, “já que a nossa estrutura está montada para sermos retalhistas”, explica o sócio desta empresa de Ourém. Refira-se que as novas instalações de Torres Novas da MAE possuem 300 m 2 em dois pisos (em Ourém são também 300m 2) que permitem a este retalhista alargar horizontes na sua atividade. SETEMBRO 2016

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MERCADO VIANALUBE

Especialização em lubrificantes O cliente quer, nós entregamos. Bem poderia ser este o lema da Vianalube, uma empresa que se dedica quase em exclusivo à revenda de lubrificantes na região de Viana do Castelo. { TEXTO PAULO HOMEM }

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esde 2002 que José Américo tem a Vianalube. Já antes dessa data, este mesmo profissional tinha uma forte ligação ao negócio dos lubrificantes, através de uma casa de peças. A Vianalube nasce, essencialmente, para trabalhar o negócio Valvoline (através do antigo importador), tendo sido feito “um excelente trabalho com esta marca na região, onde detínhamos uma enorme quota de mercado no setor auto”, começa por afirmar José Américo, gerente da Vianalube. Até ao aparecimento do atual importador (a Krautli), a Valvoline nunca foi trabalhada de forma a ter dimensão no mercado português, tendo a Vianalube chegado a comprar em Espanha, e mesmo quando não existia representação a empresa de Viana foi sempre tentando manter a relação com esta marca. “Fomos distribuidores de outras marcas, que

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PÓS-VENDA

tiveram um peso significativa na nossa faturação, o caso da Motul e da Gulf, mas sempre tentamos vender a Valvoline apesar das dificuldades em ter este produto”, revela o mesmo responsável. A relação da Vianalube com a Valvoline está totalmente restabelecida, há cerca de dois anos e meio, passando a empresa de Viana a trabalhar com a Krautli. “No ramo automóvel estamos a 100% com a Valvoline, com exclusividade para a região de Viana do Castelo”, afirma José Américo, explicando que a empresa detém uma segunda marca, com importação direta de Espanha, que é a Valpercan, também ela vocacionada para o setor automóvel mas com larga oferta no setor industrial, e com um posicionamento de produto e preço totalmente distinto (budget) da Valvoline. “A Valvoline e a Valpercan são produtos que trabalhamos em segmentos totalmente dis-

tintos. Cada marca tem o seu mercado e o seu cliente alvo”, refere José Américo, que revela que o setor auto representa 50% da faturação. DISTRIBUIÇÃO A Vianalube não tem uma loja aberta ao público como é tradicional neste negócio. Dispõe de um armazém em Argela, em Caminha, sendo a partir dele que abastece os seus clientes. José Arménio assegura toda a parte da distribuição, bem como a relação com alguns clientes históricos das casa, dispondo depois de uma equipa de comerciais (dois) que marcam presença no terreno junto dos clientes, estando um deles dedicado às oficinas e outro à industria. “Através dos nossos comerciais abastecemos os nossos clientes diretamente no próprio dia ou no dia seguinte ao pedido”, refere o responsável da Vianalube, argumentando que “as oficinas querem sempre tudo no dia, o que nos


obriga a ter um stock mínimo que nos permite dar resposta a 95% das solicitações dos nossos clientes. Aliás, o forte da Vianalube é precisamente o investimento que fazemos em stock”. Para além dos lubrificantes Valvoline, a Vianalube está também a dinamizar o conceito Valvoline Service Center. Para já, são duas oficinas que aderiram a este conceito, uma terceira está para breve, tendo sido desenvolvidas num espaço de 8 meses. Sendo uma empresa comercial, a Vianalube não descura a informação técnica. “Temos tudo o que o nosso cliente precisa em matéria de informação técnica. Temos capacidade para resolver na hora qualquer problema que o nosso cliente tenha”, diz José Arménio explicando que “atualmente não podemos estar no mercado apenas com a postura de vender, pois temos a responsabilidade de saber aconselhar ao cliente a melhor solução do ponto de vista técnico”.

Com periodicidade semestral a Vianalube proporciona a clientes e potenciais clientes formação em lubrificantes Valvoline, mas também um conjunto de outras formações (caixas automáticas, AdBlue, filtros de partículas, etc). COMPLEMENTARES Para além dos lubrificantes, onde a Vianalube

CONTACTOS VIANALUBE José Américo 258 922 801 vianalube@simplesnet.com www.vianalube.com

se assume claramente como especialista, a empresa de Caminha possui ainda mais alguns produtos complementares, nomeadamente ao nível das baterias, da ferramenta (com a Facom) e do ambiente (separadores de hidrocarbonetos, entre outros produtos). “São produtos complementares à nossa oferta. Nós vamos aos clientes para comercializar lubrificantes, mas por vezes são identificadas outras oportunidades para as quais podemos dar resposta”, revela José Arménio. Segundo o responsável da Vianalube, a empresa apresenta este ano um crescimento homólogo de faturação na ordem dos 55%, que se deve sobretudo ao “posicionamento da empresa e à estratégia que traçamos nos últimos dois anos e que está a dar os seus frutos, como também a aposta em comerciais dedicados para trabalhar as nossas marcas”, conclui José Américo. SETEMBRO 2016

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MERCADO GTS

Oportunidade de negócio para as oficinas

A GTS é uma empresa que comercializa garantias automóvel que opera no mercado dos veículos usados. Trata-se de um serviço que agora também pode ser comercializado pelas oficinas.

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onhece a GTS? É uma empresa que quer ter uma nova relação com as oficinas, através da comercialização de garantias automóvel. Com um método de trabalho diferenciador no mercado, Jorge Cascais, responsável comercial da GTS, começa logo por dizer que “verificamos todas as viaturas antes de emitir a garantia, essa é uma premissa da GTS que a distingue no mercado. Todos os carros antes da aquisição da garantia tem que ser vistos por uma oficina da nossa rede”. Este procedimento, de acordo com este responsável da GTS, faz com que se evite a fraude mas também as avarias pré-existentes. Para Jorge Cascais todas as empresas que comercializam garantias são iguais se, em momento algum, essa mesma garantia for acionada. A grande diferenciação, no entender deste responsável da GTS, pode ser vista quando a garantia é acionada por alguma avaria:

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PÓS-VENDA

{ TEXTO PAULO HOMEM } “apenas recusamos as avarias que são por negligência do cliente que, no fundo, são apenas duas ou três, tudo o resto é assumido pela GTS, não existindo avarias pré-existentes”. PRODUTO Desde o final de 2015 que a GTS lançou no mercado um novo produto (que no fundo veio substituir toda a oferta que tinha até então), com uma cobertura total, que não exclui nada, estando contudo limitada nos anos dos carros que a podem subscrever. Este produto, designado por Active, não exclui nenhuma peça, não tem qualquer limite por intervenção, não tem qualquer franquia, sendo para carros até 7 anos ou 120.000 km (sem histórico de manutenção, não tem quilometragem associada se tiver livro de revisões carimbado). “Este é um produto premium não pelo seu custo mas pelo seu conceito. Como verificamos

o carro antes da garantia, não trabalhamos numa lógica de probabilidades, o que faz com trabalhemos de forma limpa e transparente”, refere Jorge Cascais, reforçando que “a única filtragem que fazemos é saber se existe um excesso do cliente que leve à avaria ou ao agravamento da avaria, tudo o resto está coberto pela garantia”. Com esta garantia Ative, a GTS consegue dar resposta a mais de 80% das necessidades dos clientes (para carros até 7 anos), estando em estudo uma nova garantia para veículos com mais de 7 anos (as de maior risco), recorrendo a empresa à sua oferta tradicional. REDE DE OFICINAS A GTS, Lda possui uma rede de oficinas, já com mais de 80 estabelecimentos, totalmente identificada. Através do site da GTS ou do livro de garantia que acompanha o automóvel, o


Jorge cascais

beneficiário da garantia só poderá levar o seu carro às oficinas desta rede (no caso de ter um problema no carro e querer acionar a garantia). Todas estas oficinas estão preparadas para dar assistência a qualquer avaria, mas poderão existir exceções, casos em que o carro é levado para a marca, por decisão da GTS. “Temos confiança neste rede de oficinas. São eles que fazem o diagnóstico e depois o orçamento e a GTS manda reparar”, refere Jorge Cascais, sobre o procedimento que tem contratualizado com as oficinas, dizendo ainda que “o diagnóstico terá que ser compatível com aquilo que o cliente nos informa sobre o problema que tem com o carro”. A GTS visitou todas as oficinas que integram a sua rede, exigindo como condições mínimas ter mais que um posto de trabalho (um elevador) e pelo menos um aparelho de diagnóstico. A rede oficinal está longe de estar fechada,

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revelando Jorge Cascais que, neste momento, a GTS pretende integrar novas oficinas, nomeadamente nas regiões do interior, onde ainda não existe o acompanhamento desejado. COMERCIALIZAÇÃO Um dos passos que a GTS está a dar neste momento é permitir que as oficinas também possam fazer a comercialização da garantia

CONTACTOS GTS Jorge Cascais 210 920 624 comercial@gts.com.pt www.gts.com.pt

automóvel. “Estamos atualmente a converter as oficinas em pontos de venda”, revela Jorge Cascais, dizendo que “nesta altura, já existem oficinas a comercializar a garantia automóvel, já com resultados muitos interessantes”. As oficinas aderentes e que pretendam comercializar a garantia terão acesso a um conjunto de material que potencia a venda, sendo que as condições comerciais são, segundo o responsável da GTS, bastante atrativas. “Os clientes do nosso produto estão precisamente dentro da oficina”, argumenta o responsável da GTS, que assegura que este projeto que permite às oficinas comercializar a garantia automóvel tem tudo para ser bem sucedido. Ainda segundo Jorge Cascais, a GTS é a única empresa que faz garantias a carros com até 20 anos, mas “o nosso princípio baseia-se na total transparência, isto é, todos os carros são verificados, e isso faz toda a diferença”.


SALÃO AUTOMECHANIKA

O evento do Pós-Venda mundial

Entre os dias 13 e 17 de setembro, Frankfurt vai receber mais uma edição da famosa Automechanika. É o evento por excelência do Pós-Venda a nível mundial, que contará com a presença de quase duas dezenas de empresas portuguesas.

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través do site da revista PÓS-VENDA (www.posvenda.pt) temos vindo, durante os últimos meses, a antecipar notícias sobre muitas das novidades que irão ser lançadas na Automechanika. Escusado será falar da importância que este certame tem no âmbito do aftermarket a nível mundial, embora com clara incidência europeia, pois nele marcam presença todos os grandes construtores de peças. Também os pneus e jantes vão ter um espaço maior naquela que será uma antecipação da feira que será realiza em conjunto com a Messe Essen e que terá lugar em Frankfurt em 2018. Um dos eventos mais esperados será a apresentação da nova ZF, resultante da aquisição da TRW, que por certo marcará este evento. Não menos importante são os 1.000 expositores que estarão dedicados (parcialmente ou totalmente) às peças e componentes para veículos pesados, o que revela a importância que cada vez mais esta área tem no aftermarket. Como não podia deixar de ser, na edição deste ano da Automechanika, também algumas empresas portuguesas vão marcar presença, numa delegação lusa que não chegará a duas dezenas. De seguida poderá ficar a conhecer, em jeito de antevisão e na primeira pessoa, o que algumas destas empresas portuguesas terão

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PÓS-VENDA

{ TEXTO PAULO HOMEM } para apresentar aos milhares de visitante profissionais de todo o mundo que se vão deslocar a este evento.

GRUPO VALENTE&LOPES

Joana Costa, Marketing “Uma vez que o Grupo Valente & Lopes, líder no mercado ibérico no setor das coberturas metalo-têxteis, está agora a apostar, complementarmente, noutra área de negócio, designadamente, o setor das lavagens auto, através da marca Tecwash (com I&D, produção e venda de produtos e serviços), faz todo o sentido estarmos presentes na Automechanika. Agora iremos estar presentes com um stand exterior, desenvolvido integralmente por nós, com uma das nossas estruturas de lavagem auto mais inovadoras. Levantando apenas a ponta do véu, porque não queremos estragar o efeito surpresa que certamente o nosso stand irá causar – até mesmo para os padrões germânicos. Revelamos apenas que parte desta estrutura já nos garantiu prémios de inovação noutras ocasiões”.

VENEPORTE

José Gameiro, Marketing “Contribuir para o reforço da posição da Veneporte no mercado do aftermarket europeu;

continuar a construção da relação de proximidade com os nossos mais importantes clientes e parceiros; mostrar as novidades da empresa naquele que é o mais conceituado evento de aftermarket na Europa. Estes são os nossos objetivos para Frankfurt. O novo catálogo em versão física; nova plataforma B2B; novas referências na parte quente do sistema (catalisadores e filtros de partículas); massa de escapes, são as novidades que iramos ter neste evento”.

WETOR / HISPANOR

Luís Oliveira, Diretor Comercial “A Hispanor, através da sua marca global WETOR, marcará presença na Automechanika 2016 dado o seu compromisso com a internacionalização, cada vez com mais peso dentro da estratégia geral da empresa. Em 2016, apresentaremos como novidades a nível Europeu, em demonstrações contínuas, os seguintes produtos: - TITE-REACH, uma chave de extensão para porcas e pernos de difícil acesso, sem perda de capacidade de impacto e torque, essencial em todos os carrinhos de ferramenta em cada garagem. - WETOR LED UV LAMP, uma revolucionária lâmpada de leds de luz ultra-violeta destinada


à secagem em apenas 45 segundos das resinas de reparação de vidros automóvel. Como termo de comparação, as lâmpadas UV convencionais tardam aproximadamente 30 minutos a realizar a mesma operação. - WETOR DIP, tinta plástica de vinil líquido destinada ao car wrapping. As grandes vantagens em relação ao tradicional car wrapping em rolo autocolante são a facilidade e rapidez de aplicação e, consequentemente o preço do produto final aplicado, podendo mesmo ser utilizado por um não profissional em regime de DIY. Existindo numa ampla variedade de côres, desde os mates ao camaleão, pode ser removida em qualquer momento, sem afectar a pintura original do veículo. A sua comercialização em spray de 400 ml ou lata de 4 litros facilita a opção da pintura de apenas parte do veículo (retrovisores, jantes, etc). - WETOR 960, um novo spray de base solventada específico para acabamento e protecção de farois em policarbonato, como preventivo ou após a operação do respectivo polimento”.

MF PINTO

Paulo Rodrigues, Export Manager “A MF Pinto, com a sua presença na Automechanika 2016, pretende dar continuidade ao processo de internacionalização, consolidando as suas exportações a nível mundial. Frankfurt tem-nos possibilitado chegar a vários mercados mundiais, sendo a nossa presença de vital importância para o desenvolvimento do nosso negócio. Iremos apresentar a nova gama de produtos eléctricos “DTS Electric”, para motores de arranque e alternadores, ampliando a nossa gama de produtos”.

SWP

Pedro Ganilho, Diretor Comercial “A SWP chegou a acordo com a Sherwin Williams USA para distribuir a linha de produtos Automotive na Europa e África. Com este acordo, a internacionalização passou a ser um objectivo presente na nossa companhia e dai a nossa presença na Automechanika 2016. Com a nossa presença, vamos procurar divulgar a continuidade da marca Sherwin Williams na Europa e procurar parceiros que se enquadrem na nossa estratégia para incrementar as exportações da SWP e chegar a mercados nos quais ainda não estamos presentes. A grande novidade que vamos apresentar é a continuidade da marca Sherwin Williams na Europa. Ao contrário das espectativas existentes no mercado de que a Sherwin iria retirar-se do mercado Europeu. Para além disso vamos divulgar alguns novos produtos fabricados nos EUA que não constavam da linha de produtos europeia. Podemos destacar a nova linha indus-


SALÃO AUTOMECHANIKA

EMPRESAS PORTUGUESAS PRESENTES NA AUTOMECHANIKA Grupo Valente & Lopes / Tecwash F10.0 Stand C04

COBERTURAS METALO-TÊXTEIS PARA LAVAGENS

Veneporte

Hall 6 Piso 0 Stand D52

JDeus

Hall 6 Piso 3 Stand B29

Indasa

Hall 11 Piso 1 Stand A55

Wetor

Hall 11 Piso 0 Stand F05

DGA

Hall 3 Piso 1 Stand G22

MF Pinto

Hall 5 Piso 0 Stand E45

SWP

Hall 11 Piso 1 Stand F25

Turboclinic

Hall 9 Piso 1 Stand A82

Fabriscape

Hall 4 Piso 0 Stand C96

SIM

Hall 3 Piso 0 Stand D99

Cortigon

Hall 6 Piso 2 Stand F76

Artefita

Hall 3 Piso 1 Stand G26

Ivol

Hall 4 Piso 0 Stand B91

Kiyu auto

Hall 4 Piso 1 Stand D63

ESCAPES, CATALISADORES E FILTROS DE PARTÍCULAS RADIADORES ABRASIVOS

FERRAMENTAS, CONSUMÍVEIS E TINTAS AUTO-PARAVENTOS PEÇAS AUTO TINTAS

EQUIPAMENTOS PARA REPARAÇÃO DE TURBOS ESCAPES

ILUMINAÇÃO AUTOMÓVEL TUBOS DE TRAVÃO

FITAS PARA UTILIZAÇÃO PROFISSIONAL ACESSÓRIOS AUTO PEÇAS AUTO

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ACOMPANHE A AUTOMECHANIKA ONLINE Não será fácil para ninguém (presencialmente ou não) conseguir acompanhar tanto evento que irá suceder em simultâneo com a realização da Automechanika. Atualmente os meios digitais ajudamnos a acompanhar a par e passo todo o tipo de eventos e a Automechanika não é exceção. Por isso deixamos aqui alguns endereços através dos quais poderá ficar a conhecer as principais notícias decorrentes da Automechanika: www.automechanika.com www.driving-news.com www.facebook.com/automechanika www.twitter.com/automechanika www.automechanika.com/gplus www.posvenda.pt

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PÓS-VENDA

trial AIC e as novas formulações dos produtos de reparação rápida ( HPP ) que permitem á Sherwin ter uma oferta diferenciada da concorrência e que será uma mais valia em termos de produtividade para os consumidores finais”.

JDEUS

Anibal Ezquerra, AM Foreign Sales “A principal actividade da JDEUS é como fabricante OEM de produtos dos sistemas térmicos para os mais importantes fabricantes de automóveis europeus, fornecendo as suas fábricas a nível mundial. Mas também somos um fabricante consolidado no sector de Aftermarket. É precisamente a Automechanika Frankfurt a feira mais importante neste sector a nível europeu, mas também com um importante impacto a nível mundial. Embora a JDEUS já seja uma empresa com mais de 100 anos de experiância e conhecida no sector, é importante estar presente neste evento para alimentar o relacionamento com os nosso clientes atuais, assim como abrir portas a novas parcerias tanto a nível europeu como mundial. É principalmente por este motivo que há mais de 20 anos que estamos presentes neste importante evento. O sector de Aftermarket tem sofrido grandes mudanças nos passados 10 anos. Com um aumento significativo da concorrência há uma maior pressão a nível de preços. No entanto, a JDEUS continua a investir neste mercado, introduzindo cada ano novos produtos como estratégia fundamental para a atualização do nosso catálogo e acompanhando a renovação do parque de automóveis na Europa. A JDEUS é uma marca posicionada no mercado com produtos de qualidade com origem europeu”.

INDASA

Paulo Jesus, Diretor Comercial “Este ano a INDASA apostará forte neste certame. Estará presente com o maior stand de sempre, o que representa o permanente foco na consolidação dos mercados internacionais onde actua e na prospecção de novos mercados. Sendo a INDASA uma marca especializada em soluções para a preparação de superfícies na

repintura automóvel, este é o local perfeito para o lançamento e divulgação de novos produtos e contacto privilegiado com clientes e parceiros. Nesta edição, o espaço da INDASA estará dotado de três áreas de demonstração: a área principal será dedicada à apresentação do novo sistema multi-furos Ultravent - um sistema que envolve a apresentação de três linhas de de discos abrasivos dotados de 57 furos, um prato de suporte com uma tecnologia inovadora de canais de aspiração, um interface culminando com uma unidade de aspiração móvel de alto rendimento. Nesta área dedicada ao Ultravent terá lugar a demonstração dos diferentes processos de lixagem. Um segunda área vai ser reservada aos processos de pre–polimento e polimento, com destaque para o Rhynocell e para novidades ao nível da gama de polimento. A terceira área de demonstração será destinada aos selantes, adesivos e técnicas de mascaramento, entre outras novidades. Teremos mais novidades que envolvem novas dinâmicas comerciais com parcerias em diferentes mercados, o lançamento do novo catalogo para o mercado alemão e novidades ao nível da gama das ferramentas elétricas”.

DGA

Luís Araújo “Nesta feira iremos estar presentes só com um tipo de produto: os Auto-paraventos, completamente desenvolvidos e fabricados por nós (somos o único fabricante na Península Ibérica). Temos distribuidores em vários países Europeus para além de Portugal, UK, Irlanda, Alemanha, Países Baixos, França, Grécia, Eslovénia, Espanha. O nosso objetivo é dar a conhecer a DGA e os produtos desenvolvidos e fabricados em Portugal, reunir com os nossos destruidores e procurar novos parceiros internacionais em países que ainda não tenhamos representante. Como novidades, vamos apresentar os novos modelos que desenvolvemos nos últimos dois anos e as melhorias implementadas na produção dos Auto-paraventos, com o aumento da automação no fabrico destes acessórios”.



ENTREVISTA ASAE - DOMINGOS ANTUNES

Parceria com operadores é fundamental para sucesso das fiscalizações A ASAE vai reforçar a fiscalização no setor oficinal, garante o Inspetor Diretor Domingos Antunes à Revista PÓS-VENDA, nas áreas relacionadas com propriedade industrial e práticas comerciais e para as questões de segurança e ambiente. As questões fiscais e de impostos não são da competência desta Autoridade. { ENTREVISTA CLÁUDIO DELICADO}

A

recente ação de fiscalização Digitalauto, levada a cabo pela ASAE, que resultou na apreensão de equipamentos e softwares de diagnóstico em 26 oficinas de todo o país deu o mote para uma discussão sobre a eficácia destas ações mas, sobretudo, do papel da ASAE na procura de credibilizar o mercado oficinal. A PÓS-VENDA foi à procura de respostas, numa entrevista com Domingos Antunes, Inspetor Diretor da ASAE e responsável pelas apões inspetivas na área automóvel. Vêm aí mais ações dirigidas sobretudo a produtos contrafeitos, procurando que a concorrência seja o mais saudável possível no mercado. Ainda assim, as queixas relacionadas com questões fiscais e fuga a impostos fogem do âmbito de trabalho da ASAE, ao contrário da informação recorrente que passa no mercado. Domingos Antunes está na ASAE desde 2012 e esta foi a primeira operação na área oficinal da sua responsabilidade. A operação durou dois meses e envolveu 20 operacionais, além dos elementos das marcas. Foram fiscalizadas 38 oficinas e foram detetadas 26 oficinas com equipamentos ilegais. A taxa de sucesso foi enorme pela parceria com as representantes dos equipamentos de diagnóstico em Portugal. Como chegaram a estas oficinas? Fizemos um levantamento do mercado e, de acordo com as nossas análises de risco,

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entendemos que estas oficinas preenchiam esses fatores de risco e daí o elevado sucesso da operação no que diz respeito a infrações criminais. A ASAE tem vindo a fazer um esforço para direcionar toda a sua capacidade para um verdadeiro mercado paralelo e economia subterrânea. Não vale a pena estar sempre a fustigar aqueles que têm porta aberta e que, à partida, há presunção de cumprirem as regras. Por uma questão de gestão de meios, porque não podemos ir a todo o lado e lidamos com diversas áreas de negócio, devemos capitalizar as nossas energias para aqueles que andam no mercado a violar regras da concorrência. Como se prepara uma ação destas? Tudo começou em abril com o levantamento e depois começámos a ir para o terreno em junho porque há procedimentos que levam o seu tempo e tivemos que acertar agendas com os próprios interessados diretos, que são os distribuidores das marcas de equipamentos. Este sucesso só foi possível graças a esta parceria que tivemos porque ninguém melhor do que eles, que estão no terreno, para saberem o que se passa, como e onde, porque são prejudicados na sua atividade comercial por quem vende equipamentos pirateados. É impossível que nós tenhamos esse conhecimento tão profundo do mercado. Combater as ilegalidades é um dever de todos e, portanto, só haverá sucesso se houver esta grande colaboração entre

todos os intervenientes, quer consumidores, as autoridades, quer os próprios operadores. Se estivermos em permanente colaboração a taxa de sucesso será cada vez maior. Isto faz com que tenham uma porta aberta aos operadores do aftermarket? Há uma características das autoridades e do ser humano, é não conseguirem ser omnipresentes e, portanto, a ASAE, com os recursos que tem, tem que recorrer a estas parcerias para aproveitar da melhor forma os recursos. É fundamental para que consigamos recolher a máxima informação além de termos apoio nas operações para identificar os equipamentos ou peças contrafeitas, o que implica uma grande especialização técnica. As oficinas que visitaram eram oficinas legais? Verificámos algumas oficinas legais e outras ilegais no rol de fiscalizados.


Porque escolheram os equipamentos de diagnóstico para esta operação? Foi através da análise das denúncias, que eram muito credíveis e concretas, o que nos direcionou para um mercado preocupante. Os operadores reclamaram a intervenção das autoridades e a ASAE, que já vinha há algum tempo a estudar o assunto, levou a cabo a ação. Os operadores devem olhar para a ASAE como um parceiro na defesa de um mercado

CONTACTOS ASAE 217 983 600 correio.asae@asae.pt www.asae.pt

saudável e dentro da lei. No nosso site existe um formulário onde as pessoas podem fazer as suas denúncias, sendo todas analisadas. Nesta operação fazem também uma inspeção à oficina no geral ou dedicam-se apenas aos equipamentos? Tivemos que fazer a fiscalização da situação prévia, que é se a oficina está ou não licenciada, mas esta foi uma operação de primeira geração, claramente direcionada para a existência de diagnósticos e softwares pirateados. Focamo-nos nisso porque é necessário um know-how técnico em que tivemos que levar engenheiros das marcas para determinar a existência desses programas pirateados. Verificamos os licenciamentos económicos mas focalizamos os esforços nos diagnósticos. As apreensões de equipamento foram tanto de hardware como de software, além dos computadores associados a essa operação.


ENTREVISTA ASAE - DOMINGOS ANTUNES

É possível que os donos das oficinas não saibam que têm um equipamento pirateado? Poderia admitir que sim, mas há um fator que me leva depois a contrariar essa ideia. Todas estas pessoas que operam no mercado sabem quais são as condições e, naturalmente, percebem que um equipamento original que custa 2000 euros não pode estar à venda por 200 ou 300 euros. Só há duas hipóteses: ou é um equipamento furtado ou é contrafeito. Para além disso, o mercado digital também favorece as questões do anonimato em que as pessoas adquirem produtos em qualquer parte do mundo, com uma entrega no prazo de 48 a 72 horas. Verificámos haver um fio condutor de aquisições por meio digital. Como é que a ASAE faz depois o tratamento da informação que recolhe, nomeadamente em relação a quem vendeu estes equipamentos? As pessoas são interrogadas e conseguimos chegar aos sites onde fizeram a compra. De acordo com os elementos recolhidos, com prova testemunhal e documental, já demos os primeiros passos para identificar um circuito de venda e distribuição deste tipo de material e é um processo que se vai desenrolar. Estamos empenhados em desmantelar esse circuito. Mas o meio digital coloca algumas complicações à investigação porque, por exemplo, os próprios sites estão alojados fora de Portugal, depois a informação está numa cloud e precisamos de autorizações e de colaboração de autoridades de outros países, o que nem sempre é fácil. Mas os operadores do mercado conhecem dezenas de sites e páginas de facebook onde se vende este tipo de equipamentos pirateados. O que devem fazer? O que fazemos nesses casos é identificar as páginas e comunicamos, por exemplo, ao facebook para as bloquear. Agradecemos que essas páginas sejam denunciadas mas aparecem como cogumelos e por cada uma que é encerrada aparecem outras. Há países que têm controlo sobre a internet mas há outros em que não há registos e não conseguimos aceder à informação que precisamos. Havia uma marca específica de equipamentos que apreenderam nesta operação? Há de tudo, mas neste caso houve muito da Delphi e Autocom. A aquisição de material contrafeito não é feito apenas por via digital e nem sempre dentro do espaço europeu. O material que chega do

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Oriente tem que passar pela Alfândega. Não devia ser aí o primeiro tampão? A Autoridade Tributária tem tido uma excelente parceria connosco, trocamos informações e eles também fazem as sua análises de risco sobre o material que chega, mas é impraticável fazer a retenção dos milhares de encomendas que chegam diariamente aos portos e aeroportos. O que é comum é, através de uma análise, fazer a seleção de algumas encomendas e isso ocorre com a Autoridade Tributária e sempre

Os operadores devem olhar para a ASAE como um parceiro na defesa de um mercado saudável e dentro da lei.

que acontece trocamos informações. A que tipo de sanções estão sujeitas as pessoas fiscalizadas e que tinham material ilegal? O encerramento da oficina faz parte? Não, o direito português não permite que as pessoas que pratiquem um crime cessem logo ali a atividade neste tipo de crimes. Incorrem em sanções criminais e contra-ordenações, desde logo por concorrência desleal e utilizar ilegalmente uma marca do aparelho, utilizar um programa específico, com reprodução ilegítima e ainda uma usurpação de direitos de autor. Estamos a falar de uma atividade parasitária, porque o que encontramos são as pessoas que utilizam estes equipamentos pirateados e não quem os pirateou. Estamos a falar de crimes que vão até três anos de pena e em relação às coimas o valor mínimo rondará os 2500 euros. Como foi a reação das pessoas que foram fiscalizadas? Praticamente todas as oficinas eram pequenas, mas verificamos que existe uma baixa


consicência da ilicitude, e mesmo a própria sociedade não tem um juízo de censura elevado sobre este tipo de crime. Há uma grande margem de tolerância. O que acontece a estes equipamentos? São apreendidos, sujeitos a peritagens para efeitos de prova por parte de técnicos independentes e depois, se se provar a evidência, são destruídos. FISCALIZAÇÃO VAI APERTAR Esta foi uma primeira fase da fiscalização. Quais os planos que têm traçados? O que desenhamos no nosso planeamento operacional é que esta foi a primeira geração deste tipo de operações, integradas, de forma alargada, nacional, com envolvimento das marcas. Vamos passar para uma segunda e uma terceira geração destas operações em que vamos ver outro tipo de matérias para além dos diagnósticos. Vamos mais além do que isso porque também já temos mais conhecimento. PUBLICIDADE

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EMPRESAS DO SETOR QUE JÁ FORAM FISCALIZADAS NO 1º SEMESTRE PELA ASAE

Além disso, a percentagem de oficinas inspecionada é irrisória para o número de oficinas que existem em Portugal. Não nos podemos contentar com estas 38 oficinas inspecionadas. No setor reclama-se muito a ASAE fazer pouco para fechar oficinas ilegais. Como responde a isso? Não temos uma visão de repressão, mas de pedagogia no mercado. O nosso esforço está em tentar garantir que todo o material que se usa nas oficinas é original e verdadeiro. Quanto à questão fiscal, de impostos e de IVA não é a nossa intervenção e diz respeito à Autoridade Tributária. Olhamos para as questões de

propriedade industrial e práticas comerciais e para as questões de segurança e ambiente. São essas as funções que a lei nos confere. Que outras áreas deste setor são mais problemáticos? Há uma segunda geração da ação é que já iniciamos no passado, que diz respeito a peças contrafeitas. Isso para nós é muito grave. Muitas vezes, o próprio consumidor está a pagar por uma peça que julga original e não é, com as consequências graves que daí podem vir. Começamos uma ação com os rolamentos em 2014, com uma grande operação em 2015 e repetimos já este ano. Numa grande ação no ano passado conseguimos detetar uma rede que operava também em Espanha em que aprendemos muitos rolamentos falsificados. Outra área, teve a ver com óleos falsificados, onde vamos voltar. O nosso objetivo é ir alargando a vários tipos de peças. Mas temos que ter a colaboração das marcas porque nem sempre é fácil identificarmos essas situações no mercado.


OFICINA CAR-REPAIRS

Caminhar para o futuro Não existem muitas oficinas em Vila Praia de Âncora mas, mesmo assim, é preciso investir na diferenciação de modo a garantir o futuro. O exemplo é a Car-Repairs, oficina que recentemente inaugurou novas instalações.

É

longo o percurso de Manuel Vaz e Jorge Ribeiro como mecânicos. Muito do que sabem aprenderam na relação com os seus clientes e no trabalho diário na oficina, mas conseguiram também ter a visão de que para se subsistir no futuro no negócio oficinal é preciso investir. Foi precisamente isso que fizeram este ano, ao investir numas instalações modernas, de modo a poder dar um melhor serviço aos seus clientes (sem esquecer a maior proximidade aos mesmos), mas também poder garantir a sustentabilidade e o crescimento da empresa. Diz Jorge Ribeiro, gerente da Car-Repairs, que “da mesma maneira que os carros evoluíram nós também temos que evoluir, caso contrário acabamos por fechar a porta. Por isso, ter umas

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{ TEXTO PAULO HOMEM } instalações com condições é essencial, porque o cliente é muito agarrado ao seu carro e não gosta de o deixar numa oficina toda suja e sem condições”. A boa imagem da oficina foi um dos aspetos considerados fundamentais pelos gerentes da Car-Repairs como forma de incrementar

CONTACTOS CAR-REPAIRS Manuel Vaz, Jorge Ribeiro 258 915 071 carepairs_lda@hotmail.com

a confiança no cliente mas, como é natural, não é o único. O crescimento da faturação da empresa, nomeadamente de 2014 para 2015, acaba por ser, no entender de Jorge Ribeiro, o resultado de uma série de outros investimentos que a CarRepairs fez, nomeadamente em formação, no atendimento ao cliente, na área informática e do software auto, entre outros. “No plano da informática implementamos também muitas alterações na oficina, investindo num software que nos permite gerir a relação com o cliente numa perspetiva de fidelização”, explica Jorge Ribeiro dizendo que “o retorno deste tipo de investimento, como de outros que fizemos, está agora ter efeitos e a produzir resultados”. A empresa dispõe também de soft-


ware de dados técnicos e de orçamentação, que são ferramentas consideradas fundamentais e que “nos permitem também estar já muito próximo daquilo que as origens dispõem e que facilita muito a nossa atividade no dia a dia”, reconhece o gerente desta oficina. Fruto da ligação comercial que tem com a Gulosipeças (Create Business), em Viana do Castelo, a Car-Repais recorre frequentemente às muitas formações fornecidas por este operador. “Para nós é uma área importantíssima. Queremos estar sempre atualizados e por isso vamos frequentemente a formação, algumas até repetimos, pois os carros estão sempre em evolução” refere o mesmo responsável. PEÇAS Com muito pouco investimento em stock de peças, a Car-Repairs optou por concentrar grande parte das suas compras num fornecedor que lhes garante quatro ou cinco entregas por dia se for necessário. Por esse facto, a sua política de peças está muito orientada para peças de fabricantes de primeiro equipamento,

mas também para peças originais sempre que necessário. Apesar de associarem a imagem da Car-Repairs ao conceito Valvoline Service Center, a verdade é que a opção dos gerentes desta oficina não passou necessariamente pela entrada num conceito oficinal. “Sempre tivemos a ideia de estar neste negócio por conta própria, pois achamos que não devemos assumir responsabilidades comerciais com nenhum fornecedor, embora nada tenha contra esses conceitos”, diz Jorge Ribeiro, explicando que “no caso da Valvoline é diferente, pois é um marca que já trabalhávamos e que já conhecíamos, pelo que a associação ao conceito Valvoline Service Center acaba por ser natural pois enquadra-se dentro do nosso conceito e política de produto”. No entender do mesmo responsável a aposta numa marca como a Valvoline acaba por ser também uma aposta na diferenciação, na tecnologia, na qualidade e até do ponto de vista da imagem. “Logicamente que o cliente sente esta nossa opção por via da qualidade do produto que colocamos no seu carro mas, tal como já disse,

existe também o aspeto da imagem da oficina que, para nós, é também muito importante”, realça Jorge Ribeiro, explicando por outro lado que “não me poderia associar a um fornecedor que não me desse garantias de ter o lubrificante ideal para cada tipo de motor”. Investir nesta oficina de 350m 2 foi um acto de coragem para os responsáveis da Car-Repairs que não se queixam propriamente da falta de serviço mas sim da pouca capacidade económica dos clientes. “Os recebimentos é um problema com que nos debatemos há vários anos, mas com o qual temos que viver”, diz Jorge Ribeiro, explicando que os investimentos que foram feitos “permitem-nos também antecipar alguns problemas, avisando os clientes para uma manutenção mais cuidada que, infelizmente nem sempre é possível fazer, vindo a gerar reparações mais caras”. Refira-se que, neste momento, são três os profissionais que estão na Car-Repairs, todos eles com muita formação que fazem todos os serviços de mecânica, mas também pneus, embora apenas como complemento da atividade. SETEMBRO 2016

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PERSONALIDADE DO MÊS MANUEL FÉLIX (EURO TYRE)

Não acredito na cadeia clássica de distribuição Manuel Félix, Managing Director da Euro Tyre, diz que há elos a mais na cadeia de distribuição e alguns deles não estão a acrescentar valor ao negócio. A Euro Tyre está a implementar um novo modelo, agora nas peças, onde tem muitos projetos. { ENTREVISTA CLÁUDIO DELICADO FOTOS MICAELA NETO }

N

a sede da Euro Tyre, na zona industrial de Murtede, Cantanhede, Manuel Félix desvendou muitos projetos que estão a ser desenvolvidos internamente e que vão chegar ao mercado em breve. Um ano depois de ter entrado nas peças (tem atualmente 102.000 em stock), o balanço é muito positivo e as perspetivas de crescimento são enormes. A capacidade de investimento do PON Group é enorme e isso ajuda a crescer mais rapidamente no mercado. “Tudo começou porque um distribuidor português de peças veio ter connosco e queria que nós lhe fornecêssemos pneus. Vi aí a oportunidade: nós fornecemos os pneus e vocês fornecem-nos peças para começarmos a trabalhar. E tudo nasceu assim”. O acordo acabou por não vingar e cada empresa seguiu o seu caminho. “Somos uma empresa familiar e preservamos a palavra e a seriedade das pessoas mas sabemos que os distribuidores sofrem pressões para não nos venderem”. Manuel Félix olha também para as margens mais apetecíveis nas peças. “Nos pneus temos 7,5 milhões de stock para faturar 40 milhões por ano, mas nas peças com 7,5 milhões de euros gera-se muito mais dinheiro”. Além disso, cada vez mais, para a Euro Tyre, o cliente chama-se automóvel e “queremos fornecer o que ele necessitar”. Atualmente a Euro Tyre trabalha o mercado ibérico com os armazéns de Lisboa (17 mil m2), Barcelona e Madrid (cada um com 4000 m2) e Galiza (1000 m2). Tem havido alguma desconfiança por parte da concorrência, “mas a nossa arma é a confiança junto dos clientes porque cumprimos com tudo o que

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dizemos. Há oito anos que dizem que vamos fechar e continuamos cá e a crescer. A partir de setembro a Euro Tyre vai ter uma presença cada vez mais forte no mercado depois de algumas transformações e de um trabalho interno de vários meses. O portfólio vai ter mais marcas, vai nascer uma rede de oficinas e vai ser reforçada a rede de lojas Motaquip, marca da qual a empresa é distribuidora exclusiva para Portugal e Espanha. Está tudo estudado e o plano estratégico é coerente. Mas no final, Manuel Félix, de 44 anos, só fica satisfeito com um negócio quando as duas partes saem com um sorriso na cara. Continua a ser um homem dos pneus ou já se considera um homem das peças? Eu nasci nas peças, ao contrário do que muita gente pensa. O meu pai era mecânico e fui proprietário de uma oficina de mecânica juntamente com o meu pai. A Euro Tyre é um grande retalhista ou um distribuidor? É uma questão interessante porque tínhamos um modelo de negócio na área dos pneus que passava por sermos extremamente competitivos, termos produto e serviço. Assentávamos muito a nossa operação num negócio logístico. Há dois anos começamos a ver que só isto não chegava e que tínhamos que acrescentar mais alguma coisa. Ao longo deste tempo temos vindo a preparar-nos para ser um parceiro que consegue acrescentar valor aos produtos que vende aos clientes. Durante os últimos seis

meses a um ano estivemos a preparar-nos internamente para deixar de ser um mero operador de preço para passar a ser um operador de serviços. Somos o único operador de pneus que avançou para a área das peças e, neste momento, somos um distribuir de pneus e um retalhista ibérico de peças. UM ANO SURPREENDENTE O projeto das peças tem um ano. Qual foi o objetivo que traçaram? Encontrámos um mercado muito parado e estagnado, com hábitos instituídos muito antigos. Não é fácil entrar e fazer coisas diferentes, mas a verdade é que o nosso plano de negócio dizia-nos que estaríamos a faturar um determinado valor mensal ao fim de um ano e ao fim de três meses já faturávamos 30% acima desse valor. Vamos fazer as coisas com calma e daqui a quatro ou cinco anos queremos ter um papel muito importante no aftermarket em Portugal. A maior empresa de aftermarket que conheço em Portugal fatura menos cinco milhões de euros anuais do que nós com os pneus. Estamos a aprender sobre o negócio das peças mas temos a grande vantagem de pertencer a um grupo internacional forte, o que ajuda muito em termos de investimento. O que tínhamos previsto de stock para o final do segundo ano, ao fim do quarto mês já estava disponível. Isso prova que o mercado está preparado para um modelo de negócio diferente? Temos um modelo de negócio, onde 81% dos nossos pedidos chegam online. Quando viemos para este mercado pensamos que tínhamos que fazer alguma diferente do que os que já cá estavam. Desenvolvemos algumas plataformas para entrar no mercado. Podíamos faturar mais se tivéssemos um crédito mais flexível, mas preferimos crescer mais devagar e ter a certeza de que o que faturamos é consolidado. Porque se fala tanto da Euro Tyre no mercado neste momento? Muito por desconhecimento. Até uma certa altura passámos entre os pingos da chuva, mas as pessoas já perceberam a dimensão do grupo onde a Euro Tyre está inserida e é natural que isso possa criar algum receio nas pessoas. Se os outros têm receio, não conhecem ou se acham que vamos destruir o mercado, é um problema deles. O que é tão diferente no vosso modelo de negócio que cria esta desconfiança? Trazemos uma coisa que é uma completa transparência, ou seja, o cliente de Almancil


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PERSONALIDADE DO MÊS MANUEL FÉLIX (EUROTYRE)

tem as mesmas condições do cliente de Bragança, do Porto ou de Lisboa. Tive discussões com alguns fabricantes que nãoconcordavam que tivéssemos a mesma oferta para todo o país mas para nós só faz sentido que todos os nossos clientes tenham o mesmo produto, o mesmo preço e o nível de serviço que é o melhor que lhe conseguimos garantir, com ferramentas disponíveis para poderem trabalhar. As plataformas que existem de peças são muito complicadas e é preciso um técnico para identificar peças no TecDoc. No nosso portal, com três cliques de rato podem encomendar-se as peças de maior rotação. Pegámos nos artigos que mais se vendem do TecDoc e colocamo-los logo disponíveis com um clique. Além disso, não cobramos portes a nenhum cliente que pode, se quiser, fazer 50 pedidos por dia. Além disso, os nossos cliente sabem, em tempo real, quais as quantidades de cada peça que temos em stock em cada armazém. Não é apenas uma cor que mostra se há ou não, mostra quantos há. Passaram a ser distribuidores exclusivos da Motaquip para o mercado ibérico e são um dos principais distribuidores Comline. É um pilar

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PÓS-VENDA

da vossa estratégia? Temos uma oferta de A a Z em toda a gama a partir do momento em que trabalhamos a Comline e a Motaquip. A nossa estratégia assenta nas marcas próprias e exclusivas e depois ter uma marca de primeira linha para cada linha de produto.

"No desenho, resumo a nossa postura no mercado a uma palavra, que vemos muitas vezes a passar por nós na rua mas que ligamos pouco: 'Mudança'. Uso a palavra no singular e é isto que falta, é isto que a Euro Tyre está a fazer e é isto que o mercado precisa de fazer. O camião está a andar e não podemos ficar para trás."

ELOS A MAIS NA CADEIA Têm um papel de distribuidor ao trabalharem diretamente com muitas marcas, mas depois trabalham diretamente as oficinas. Não acredita na cadeia clássica de distribuição? Nitidamente não. A cadeia clássica de distribuição nas peças tem elos a mais, como se prova pela experiência de outros países. O problema em Portugal é que o mercado está como um jogo de tetris em que as peças estão todas encaixadas, perfeitas e toda a gente está muito quieta nesta posição e ninguém se mexe para não mexer com o vizinho do lado. Há uma estagnação muito grande do mercado e isto não é bom para a concorrência. Não pode existir um fabricante, um distribuidor, um retalhista e uma oficina. Na nossa opinião isto nao é o futuro.


Em Setembro vamos contactar os potenciais aderentes da nossa rede de oficinas e estamos à procura de parceiros para a rede de lojas Motaquip O que vai acontecer às casas de peças? O grande problema está nos grossistas que dispersaram os seus armazéns pelo país, mas não foram diretamente às oficinas. Isso abre espaço a que qualquer pessoa monta um escritório, põe meia dúzia de prateleiras atrás, tem uma moto e um motorista na rua e vende as peças que quiser porque tem cinco distribuidores à volta e o stock todo lá. Têm uma logística bem montada mas não acrescentam nada ao negócio. E os grossistas estão a patrocinar isto.

Qual é o elo mais vulnerável desta cadeia? Há dois que não desaparecem: o fabricante e a oficina. Se o distribuidor se funde com a loja de peças, se o distribuidor compra a loja de peças, se é o mesmo que faz as duas coisas não sei. O modelo em que acreditamos é o que leva as marcas do fabricante diretamente à oficina através de um único elo que somos nós. Isso leva a margens sejam maiores para todos ou a que o preço de venda seja inferior? Faz as duas coisas. Há um dos intermediários que desaparece mas isso não quer dizer que a margem desapareça. Fica é redistribuída. Mas uma coisa é vender localmente, outra coisa é ter uma penetração nacional, no que implica o nível de stock e nem todos os distribudiores estão preparados para isso. É deixar de gerir 500 clientes para passar a gerir 5000. Temos uma filosofia que é a dos 4000. Se tivermos 4000 coisas para vender, vamos procurar 1000 clientes para comprar 4 coisas. Não vamos procurar 100 clientes para comprar 40. Ou seja, os distribuidores focam-se nos 100 clientes e vendem os 40. Nós focamo-nos nos 1000 clientes para vender os 4. Temos um risco muito menor apesar de temos muito mais trabalho.

Quais as dificuldades que têm sentido na implementação do vosso modelo de negócio? São as relações pesosais que existem entre as pessoas, que eu aprecio mas que quando estamos a falar de negócios não faz sentido e o crédito, porque temos um prazo de pagamento estabelecido, um plafond e um seguro de crédito que é atribuído pela seguradora e não por nós. E não abdicamos disso. Para nós crédito não é comprar à vontade e pagar quando puder. Se analisarmos rigorosamente o crédito nos distribuidores e lojas de peças às oficinas, vemos que existe muito dinheiro que nunca se vai recuperar. Há hoje casas de peças que dependem dos distribuidores em termos de crédito e eles aproveitam-se disso para que só lhes comprem a eles. Há também oficinas que dependem das lojas de peças e depois têm que se dedicar a eles. São relações muito perigosas. Como fazem a gestão do vosso stock uma vez que trabalham com marcas mas também com distribuidores em Portugal? Em Portuga l tra ba l ha mos ta m bém com distribuidores porque as marcas ainda não trabalham connosco. A Euro Tyre nasceu nos pneus sem trabalhar com fabricantes, mas sempre vendemos os pneus deles. Comecei a trabalhar com o primeiro fabricante de pneus em Portugal oito anos depois de ter começado a empresa. É o que estamos a fazer nas peças. Focamo-nos nas marcas principais, Comline e Motaquip e depois procurando para as outras linhas fornecedores. Trabalhamos diretamente com a Petronas e Liqui Moly nos lubrificantes e vamos ter lubrificantes e baterias com a nossa marca própria. Somos distribuidores exclusivos, além da Motaquip, também da Misfat, SPJ, GE e Ajusa. Mas, mais cedo ou mais tarde, vamos acabar por trabalhar diretamente com os fabricantes. Para já, trabalhamos com distribuidores nacionais, espanhóis e também

alemães. Vamos gerindo as compras por linhas de produto e por urgência. Trabalhamos com dois distribuidores nacionais de peças. Que objetivos tem para a vossa marca própria? Quando precisamos de introduzir uma linha nova introduzimos sob a marca Comline ou Motaquip e não sob a marca Euro Tyre, como aconteceu recentemente nos alternadores e motores de arranque. Temos essa parceria muito forte. Ainda não temos know-how suficiente para irmos a uma linha de travagem própria, por exemplo. Este negócio será cada vez mais logístico? Estamos no limite do razoável em termos logísticos. Neste momento e a culpa é nossa porque oferecemos tudo ao cliente. Mas ele precisa de toda esta logística? Hoje penso que não. Uma pessoa no Algarve pede uma peças às 9h45 e ás 16h30 está lá. Levámos a logística ao extremo e o caminho só pode ser andar para trás. Qual é o limite razoável de entregas diárias? Em zonas com densidade populacional que o justifique quatro entregas por dia é mais do que suficiente e, fora dessas zonas, duas entregas por dia é razoável. Nas zonas onde não justifique apenas uma. Acho que aí estamos no razoável. Vamos ter que andar para trás e deixar de fazer seis entregas por dia. E o cliente vai ter que perceber e adaptar-se a isso, organizando o seu negócio. REDE DE OFICINAS EM 2017 Quando avança a vossa rede de oficinas? A Infinity está a apoiar-nos e temos uma pessoa que contratamos recentemente a fazer o embrião do que vai ser essa rede. Estamos a preparar tudo para ir para o terreno. Estamos a trabalhar no plano de incentivos, no plano de formação e na assistência técnica. O plano de formação está 80% desenhado, no que será a Academia Euro Tyre em parceria com a Mecatrónica Online e a imagem da rede está praticamente concluída. Já temos uma parte dos potenciais aderentes definidos e a partir de setembro vamos começar a contactá-los. Mas não estaremos em força no mercado antes do início de 2017. Será uma rede de oficinas de pneus? Será destinada a casas de pneus, mas a nossa preocupação na formação foi preparar tudo SETEMBRO 2016

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PERSONALIDADE DO MÊS MANUEL FÉLIX (EURO TYRE)

PERGUNTAS RÁPIDAS O que fez até chegar à Euro Tyre? Tirei um curso de técnico de manutenção mecânica, depois fui para Engenharia Mecânica na faculdade, mas não acabei o curso. Comecei a ser um empreendedor e a ir comprar peças e óleos a Lisboa e a vendê-los na zona de Coimbra. Depois iniciei uma empresa de importação de kit de conversão de GPL para automóvel. Juntamente com o meu pai criamos uma empresa de montagem em Coimbra e eu sou técnico certificado para assinar as instalações de GPL. Em 1998 fiz um tornaround e montei uma empresa de logística e, em 2004, como tinha experiência de importação, contactei algumas empresas, entre elas a Euro Tyre. Fiz-lhes uma visita e fiquei até hoje. Qual foi o seu primeiro carro? Um Ford Fiesta vermelho de dois lugares. Quantos quilómetros faz por ano? Cerca de 50 mil, dependendo se vou muitas vezes a Madrid. Gosta de visitar as oficinas? Gosto e tenho muita pena de ter menos tempo do que gostaria para o fazer. O que mais gosta neste setor? A dinâmica porque nos obriga a não adormecer no negócio. O que menos gosta? Falta de carácter das pessoas e falta de frontalidade e seriedade. Quantos emails recebe por dia? Não tenho ideia porque faço muitos filtros no meu email. Os que recebo mesmo serão 30 a 35 por dia. Os outros não sei.

para casas de pneus que não trabalham mecânica perceberem como o negócio é e que há uma oportunidade. A grande preocupação das redes hoje passa por a empresa que cria a rede poder vender mais. A nossa preocupação não é essa, mas sim como é que vamos arranjar maneira de meter mais clientes dentro da casa do nosso cliente que pertence à rede para que ele nos compre mais. Parece a mesma coisa, mas a filosofia é diferente. Não queremos que os nossos clientes nos comprem por ser uma obrigação, mas porque têm o melhor serviço e o melhor produto, um bom site que será B2C e que vai ajudar a trazer clientes às oficinas. Implementamos uma coisa recentemente em que somos únicos em Portugal. Fizemos um acordo com uma gestora de frotas nacional e seleccionámos 240 pontos no país onde essa gestora tem acesso a oficinas de pneus. Ninguém tem uma rede desta dimensão e são poucas as redes que garantem acordos desta dimensão para as oficinas. Qual é a dimensão razoável para uma rede de oficinas à dimensão do nosso mercado? Os números apontam para uma rede sustentável a longo prazo que tenha 70 a 80 unidades. A partir daí também é muito difícil de gerir. Pode é haver vários níveis dentro da rede, com diferentes graus de comprometimento. Nem toda a gente tem que ser do nível A e pode haver nível B e C. E aí a rede pode ser bem maior. Ao mesmo tempo estão também a avançar com uma rede de lojas Motaquip... Temos já três lojas piloto, uma própria em Coimbra e duas de parceiros no Algarve e em Lamego. Não anunciamos nada porque estamos numa fase de aprender e de ajustar também a marca Motaquip às necessidades de mercado, seja em produto, em preço ou na capacidade logística. A rede de lojas Motaquip é um conceito the one brand shop, uma coisa

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PÓS-VENDA

inédita, em que acredito muito. Se as pessoas perceberem como funciona vai ser muito bom e rentável para os nossos parceiros. Como funciona o conceito? Estamos à procura de parceiros a nível nacional em determinadas zonas para serem os distribuidores oficiais, com exclusividade regional. Casas de peças que garantam serviço aos seus clientes e aos que nós vamos encaminhar porque temos mais de 4500 clientes registados na nossa base de dados. O que implica ser um parceiro Motaquip? Queremos fazer as coisas com calma porque não é possível chegar a uma casa de peças, tirar um stock e por outro. Começamos por introduzir determinadas linhas de produto Motaquip nessas lojas até ao momento em que teremos lá todas as linhas de produto Motaquip e a partir daí trabalhará principalmente essa marca com exclusividade geográfica. Procuramos parceiros que queiram iniciar um projeto a médio prazo, damos facilidade de financiamento para que possam fazer essa reconversão e garantimos o total refresh do stock ao final de um ano. O nível de rentabilidade é muito maior por não haver concorrência geográfica e a qualidade das peças é garantida, porque é tudo material de fabricantes de primeiro equipamento. Se formos aqui ao lado a Espanha há pessoas a ganhar 50% de margem em algumas linhas de produto. Não temos um objetivo do número de lojas. Teremos as que o mercado quiser. Quais os desafios que as oficinas vão ter nos próximos anos? Fala-se muito da telemática mas para mim o grande desafio é a gestão. Quer liderar o mercado português? Hoje somos líderes na área dos pneus e no aftermarket iremos até onde nos deixarem ir .



DOSSIER ESPECIAL ESCOVAS

Hora de reforçar stocks

Com o verão quase a terminar é altura de começar a reforçar o stock de escovas. Aquela que é uma das peças mais rotativas do negócio de aftermarket apresenta uma oferta para todos os gostos. { TEXTO PAULO HOMEM }

N

ão se sabe quantas escovas se comercializam em Portugal por ano. Atendendo a que, de pelo menos de dois em dois anos, um carro deverá mudar de escovas, poderão ser comercializadas anualmente entre 4 a 6 milhões, mas alguns operadores garantem que pode ser mais. Consensual é a opinião de que as escovas são um negócio de elevada rotatividade, o que quer dizer que é das peças que mais se vendem diariamente em qualquer casa de peças... mas não só. Os hipermercados representam também uma fatia considerável desse negócio, assim como os centros auto ou auto centros, sem esquecer as muitas casas de acessórios. Sendo um componente relativamente económico, a diferenciação é feita pela qualidade e pela tecnologia. Uma boa escova limpa para-brisas faz mesmo diferença no momento de limpar o vidro dianteiro do automóvel, como é capaz de manter as suas características de limpeza durante mais tempo. Frederico Abecasis, da Hella, diz que é “é um mercado muito interessante e com um crescimento exponencial de ano para ano nas escovas

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PÓS-VENDA

sem articulação, para veículos mais recentes”. André Martinho, da TRW, considera que se trata de “um mercado muito sazonal e imprevisível, pois depende muito da chuva. Os muitos players a lutar por quota nos vários segmentos tornam este mercado muito atomizado”. Uma das tendência de mercado, na opinião de Vanessa Barros, da AS Parts, é que “está cada vez mais a passar-se da escova convencional para a escova flat. Mesmo nos carros que têm escovas convencionais de origem, estão a aplicar, em grande parte dos casos, escovas retro fit (com um encaixe que converte uma convencional em flat)”. As escovas limpa-vidros são um produto especial fruto da sua sazonalidade. Na verdade, é apenas no período entre o final do Verão e a Primavera que se verificam as grandes movimentações de stock. Ainda assim, diz Armindo Romão, da Auto Delta, “a sua importância para a viatura, nomeadamente a segurança que a boa visibilidade proporciona, não é descurada pelo consumidor e todos os players do mercado acompanham esse pensamento. Deste modo, podemos afirmar que temos no mercado

Este foi um dos mercados mais resilientes durante a crise e, sem surpresas, tem sido um dos mais seguros nestes últimos tempos


QUESTIONÁRIO SOBRE PRODUTOS E SERVIÇOS

1 Qual ou quais as marcas de escovas que comercializam? 2 Principais características da gama de escovas que comercializam? 3 Existe alguma recente novidade na gama? Qual?

RESPOSTAS DOS PRINCIPAIS INTERVENIENTES DO SETOR HELLA

Hella Frederico Abecassis 216 080 871 portugal@hella.com www.hella.com/microsite-wiperblades/es/

aftermarket português uma diversidade importante de marcas, desde a focada no preço até à de alta qualidade, passando por unidades interessantes com diversidade de aplicações”. A mudança de tecnologia para as escovas sem articulação foi o último grande desenvolvimento tecnológico nesta linha de produtos. “Agora temos a tecnologia das escovas com esguicho de água incorporado, que foi uma tecnologia que começou a ser implementada nos pesados, mas que já alguns ligeiros topo-de-gama estão a incorporar”, revela Frederico Abecasis. Já André Martinho, diz que “não é um produto que tenha sofrido nos últimos anos ou se prevê que venha a sofrer grandes inovações tecnológicas. Tem-se tentado, de alguma forma, inovar através da aplicação de outros materiais ou slicone ou de design diferente mas serão mais alterações para efeitos comerciais que não influem na prestação do produto”. Nas páginas seguintes poderá ficar a conhecer, através da informação que nos foi enviada pelas marcas e por alguns grossistas, o que cada operador tem disponível e a oferta que existe.

1 e 2 - A Hella tem disponíveis duas gamas distintas de escovas: tradicional (articuladas clássicas) e Dyna (blade). 3 - Temos recentemente incorporado diversas novidades na nossa gama. Destacaria a par das aplicações específicas para veículos recentes, a gama para Veículos Agrícolas, com adaptadores especiais para este segmento, e com uma cobertura perto dos 90% de modelos de tratores agrícolas e outra maquinaria.

ferências em sets, com uma ampla cobertura de mercado superior a 90%. É equipamento de cerca de 850 veículos de 50 fabricantes diferentes. A Twin possui um programa de 90 referências em sets (2 escovas), com e sem spoiler, com 98% de cobertura. Também disponível no programa de escovas traseiras e veículo industrial. Limpeza perfeita e silenciosa graças à borracha de dois componentes. 100% metálica. Na Cosmos (ECO) são 15 referências em sets (2 escovas), sem spoiler, para 80% de cobertura de mercado. Alternativa mais económica, sendo uma escova semimetálica. 3 – Sim. A introdução da gama Aerotwin Plus. Mais de 100 conjuntos de equipamento original, podem ser substituídos por apenas 15 Aerotwin Plus individuais. O novo sistema de adaptação permite uma maior compatibilidade, ou seja, que cada escova seja compatível com mais veículos.

EXO AUTOMOTIVE SPA Open Parts Giorgia Magagnini +39 049 7396101 info@exoautomotive.com www.exoautomotive.com

CREATE BUSINESS

Bosch Pedro Proença 214 821 550 info@createbusiness.pt pt.bosch-automotive.com/pt/ 1 - Bosch 2 - Disponibilizamos as gamas Aerotwin Plus, Retrofit, Twin e ECO. A Aerotwin OE tem 11 referências para uma cobertura de 75%. Design aerodinâmico (spoiler integrado). Sem articulações metálicas e uma gama de 80 referências em sets, são os pontos fortes desta escova. A Aerotwin Retrofit possui uma gama de 27 re-

1 – Comercializamos a marca Open Parts. 2 e 3 - O destaque é para a novíssima gama de escovas híbridas. As híbridas são a nova geração de escovas limpa vidros, nascidas da perfeita união entre escovas convencionais e flat. Na verdade, as escovas híbridas unem as características de estabilidade e aderência em altas velocidades típicas das escovas tradicionais e um design aerodinâmico compacto e fino das escovas flat. SETEMBRO 2016

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DOSSIER ESPECIAL ESCOVAS

As escovas híbridas destacam-se por: 1 - Revestimento em borracha cloropreno com tratamento em GRAFITE com uma ação hidrorepelente para uma melhor fluidez e redução de ruído e desgaste. 2 - Estrutura de suporte e junções em aço como nas escovas convencionais para uma máxima resistência e durabilidade. 3 - Perfil aerodinâmico adere perfeitamente à curvatura do pára-brisa para uma limpeza uniforme sem manchas ou arranhões. O perfil sutil também melhora a visibilidade a partir da cabina. 4 - Longa duração: Garantidas para mais de 1.500.000 ciclos graças a aprovação do teste -20° / +80° C. 5 - Somente para ganchos em “U” (U-HOOK) Instalação rápida graças ao único conector pré-instalado. Os automóveis com conectores com gancho em “U” são mais de 50% do aumento progressivo em circulação porque são cada vez mais adotados por fabricantes asiáticos e europeus. 6 - Somente para direção à esquerda Para manter a aerodinâmica da estrutura é necessário respeitar o sentido de instalação previsto na direção à esquerda. A embalagem resistente e robusta proporciona uma abertura fácil para a inspeção interior do produto. Em cada embalagem estão as instruções para a instalação. A gama é composta de 14 referências que abrangem 57% do parque.

KRAUTLI

introduzida no mercado europeu com a designação “Exact-Fit” que assegura uma substituição 100% idêntica ao produto equipado e origem com uma cobertura de cerca de 98% do mercado. Esta gama cobre todos os tipos de aplicação original: convencionais, planas, híbridas e traseiras específicas, uma gama, cobertura total – fácil para “stockar”, fácil para vender, fácil para aplicar. Na SWF foi introduzida recentemente a gama “H-Blade” constituída por 10 referências com medidas desde 350 a 700mm com aplicação em mais de 70 modelos que representam mais de 9 milhões de veículos em circulação na Europa. Esta gama adopta a tecnologia híbrida, ou seja, uma escova convencional com cobertura de escova flatblade. Existe ainda um alargamento de gama de 16 novas referências já disponível em stock na Krautli do qual destacamos as aplicações para os Mercedes-Benz Classe C (W204) e classe E (W212) – ref. 119348; e para o grupo VAG o Audi A3 de 2013 (8VS) e Volkswagen Passat de 2014 (3G2/5) – ref. 119273.

TRW

Lucas André Martinho 214 228 344 marketing.portugal@trw.com www.trwaftermarket.com/pt/

Trico e SWF David Serrano 219 535 616 d.s.serrano@krautli.pt www.krautli.pt

1 – Comercializamos Trico e SWF. 2 – São marcas OEM com gamas completas desde o “exact-fit OE” dianteiras e traseiras; convencionais; planas; planas para upgrade de convencionais e veículos comerciais, fabricadas com os mais elevados padrões de qualidade e exigências de Origem. 3 - Na Trico é toda uma nova gama que está a ser

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PÓS-VENDA

1 - TRW Automotive Portugal distribui em exclusivo para o mercado nacional as escovas limpa-vidros da marca Lucas. 2 - As escovas Lucas, concebidas a partir da mais recente tecnologia e componentes de alta qualidade, oferecem um desempenho excelente em quaisquer condições de utilização. As nossas escovas são fabricadas de borracha “CR” com uma cobertura de grafite e tratamento anti corrosão, são projetadas para resistir a mais de 1.5 milhões de ciclos de utilização. Trata-se de uma borracha de última geração que aliada ao revestimento de grafite garante elevada durabilidade, mínimo ruído e máxima limpe-

za. Neste momento comercializamos escovas tradicionais e traseiras e escovas planas, com dimensões que vão desde 300 a 700mm (12 a 28 polegadas) com uma ampla cobertura do parque automóvel europeu através da aplicação de diferentes adaptadores de baixo perfil mas fácil instalação. 3 - Introduzimos recentemente uma nova embalagem de cartão mais moderna e apelativa e amiga do ambiente. Relativamente às escovas planas a alteração passou também pela própria escova, sendo que a nova gama passa a juntar aplicações em veículos com escovas planas de origem e o chamado retrofit para substituição de escovas tradicionais para planas. Para além de uma fácil instalação, conta com uma vasta cobertura do parque europeu através dos adaptadores de baixo perfil incluídos com aplicação para braços de fixação superior e lateral, gancho em U, novo gancho e fecho deslizante e braços específicos Audi, Renault e Mercedes Benz.

STAREXTRASLINE Goodyear e Linextras António Costa 249 540 280 geral@linextras.pt www.linextras.pt

1 - Comercializamos as escovas flexíveis da marca Goodyear e escovas normais da marca Linextras. 2 – As escovas Goodyear destacam-se pelos seguintes aspetos: - Escova de alta tecnologia - Mais resistente - Desenho de spoiler aerodinâmico e robusto - Contacto máximo com o pára-brisas - Sistema de adaptador múltiplo que prevê uma cobertura em quase todos os veículos - Um adaptador multifuncional, instalação em um único passo - A excelente qualidade do Teflon da borracha, faz com que a mesma seja silenciosa. - Pressiona ao longo de todo o pára-brisas 3 – A mais recente novidade foi o lançamento das escovas Goodyear híbridas.


VIEIRA & FREITAS Cargo, Maranello e SWF Paulo Torres 253 607 320 geral@vieirafreitas.pt www.vieirafreitas.pt

cadores universais, tendo opções para veículos topo de gama.

AS PARTS

Valeo, Champion e Rainy Day Vanessa Barros 219 406 700 geral@asparts.pt www.valeoservice.com

2 - Temos as escovas convencionais, escovas planas, escovas com adaptadores para converter encaixes convencionais em escova plana (retrofit), traseiras, com spoiler, com esguicho, etc. 3 - Adicionamos à nossa oferta as mais recentes novidades da Valeo. Temos escovas para as últimas versões dos seguintes modelos: Renault Twigo, Smart, Dacia Logan e Sandero, Seat Leon, Ford Mondeo e Connect, BMW X5 e série 2, Audi Q7, Mercedes Classe A e C, etc.

EUTO TYRE

Motaquip Pedro Batalha 231 419 190 geral@euro-tyre.pt www.motaquip-ecat.co.uk/ 1 – As marcas comercializadas pela nossa empresa são a Cargo (gama geral tradicionais e flat), Maranello (gama flat de qualidade) e SWF (geral). 2 e 3 - A Gama Gargo é uma opção low-cost, a Maranello uma opção muito interessante de baixo preço e qualidade alta, gama flat com apliPUBLICIDADE

1 – A AS Parts comercializa Valeo, Champion e Rainy Day.

1 - A marca de escovas limpa-vidros que comercializamos e distribuímos a nível ibérico é a Motaquip. 2 - A Motaquip oferece uma extensa gama de escovas limpa-vidros dando uma ampla cobertura


DOSSIER ESPECIAL ESCOVAS

no mercado para veículos europeus e asiáticos. Todas as escovas Motaquip são fabricadas com os mais elevados padrões de qualidade por um líder europeu Original Equipment Manufacturer e todas as escovas são fornecidas com adaptadores quando necessário para garantir a facilidade de montagem. 3 - A maioria das viaturas construídas na Europa e um número crescente de viaturas asiáticas estão equipadas com escovas planas que dão um melhor desempenho aerodinâmico e melhor visibilidade na sua utilização. A Motaquip oferece a mais ampla gama de escovas planas atualmente disponíveis num único fornecedor.

AZ AUTO

SWF Patrícia Lima 229 772 000 info@azauto.pt www.azauto.pt

vida útil da lâmina, como também proporciona uma limpeza superior e mais silenciosa em todas as temperaturas. 3 - Existem três novidades na gama de escovas SWF. Em primeiro lugar, destacamos a Original HBlade. Esta novidade baseia-se num conector pré-montado com tampa de bloqueio, com encaixe fácil, que cobre a estrutura como uma lâmina plana, com forma lift, anti vento. São, portanto, 10 referências que, no total, cobrem 70 modelos de viaturas. Por outro lado, gostaríamos ainda de destacar a VisioNext. Esta novidade apresenta uma performance de alta limpeza ao longo de todo o comprimento da lâmina, e contém ainda adaptadores que permitem substituir as escovas convencionais por estas, com a tecnologia inovadora de lâmina plana, que proporciona melhor conforto visual. A última novidade a destacar é a Visoflex. Esta é uma gama de lâmina plana com 100% de eficiência de limpeza. São 30 novas referências, que cobrem 90 modelos diferentes, 160 referências especificas e 21 referências especificas para aplicação traseira. A gama Visoflex tem assim uma taxa de cobertura de 98% do parque europeu.

FEDERAL-MOGUL MOTORPARTS Champion Carlos García (+34) 91 746 18 14 Carlos.Garcia@federalmogul.com www.championeasyvision.com www.championaerovantage.com

superior a 95% apenas com 15 referências Multi Clip, e superior a 90% com 11 referências no caso de escovas planas Retro Fit. Por sua vez, as escovas tradicionais Easyvision oferecem uma cobertura do parque superior a 90% com uma gama muito simplificada de 16 referências (dianteiras e traseiras). A gama Premium de escovas limpa pára-brisas Aerovantage, totalmente renovada, oferece unidade planas com desenho X1 em Direti Fit com conectores específicos OE, assim como uma gama completa de escovas tradicionais (dianteiras, traseiras e híbridas). A gama completa oferece uma cobertura superior a 98% do parque, coincidindo com qualidade OE. As escovas Aerovantage apresentam-se no novo tipo de embalagem tipo blister e contam com um novo programa híbrido. 3 – A segunda geração da gama Easyvision tem um aspeto comparável a equipamento OE nomeadamente em termos de qualidade e duração. Graças a um sistema universal Multi Clip 7 em 1 é possível poupar tempo e preocupações na mudança das escovas, tudo graças a um só sistema de conexão para os sete principais braços de equipamento original. Por outro lado, a Easyvision com adaptador Retro Clip também permitem a transição das escovas standard a planas. Na gama Aerovantage destaque para a nova escova G2A, com bastidor 100% metálico e um novo programa híbrido (98% de cobertura).

MAREIN

Flennor Christine Reinke 217 163 721 marein@net.vodafone.pt www.flennor.de

1 - A principal marca de escovas comercializada pela AZ Auto é a SWF. A SWF é uma reputada marca de origem alemã – pertencente ao Grupo Valeo – que disponibiliza no seu portfolio escovas limpa pára-brisas. Os produtos SWF são comercializados para Equipamento de Origem e Aftermarket. A oferta AZ Auto na marca SWF inclui: Escovas Visioflex com amplitude de gama para cobertura do parque automóvel português, assim como motores limpa-vidros, hastes, veios, tirantes, entre outros. 2 - A principal característica da gama de escovas SWF é a tecnologia avançada da lâmina de limpeza. Esta característica não só aumenta a

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PÓS-VENDA

1 – A Federal-Mogul Motorparts coloca à disposição dos instaladores escovas limpa pára-brisas planas e convencionais para veículos de turismo, veículos comerciais ligeiros e pesados com a marca Champion, que conta com mais de 100 anos de experiência e uma gama de produtos Premium tanto para OE como para o aftermarket. 2 – Disponibilizamos escovas planas e convencionais da nossa gama Premium Aerovantage bem como referências na nossa gama compacta Easyvision. As escovas planas Easyvision da nova geração X1 simétrica oferecem uma cobertura do parque

1 – Comercializamos escovas Flennor. 2 e 3 - A equipa da Flennor Automotive oferece aos seus clientes uma gama de escovas limpa-para–brisas de classe superior. As escovas podem ser colocadas de forma rápida e simples em quase todas as viaturas com o auxílio do adaptador universal da série Mega e Giga. Por vezes a simples compra de um limpa-para-


-brisas novo já é uma ciência por si só. A razão é a interface do braço e da escova, para as quais existem inúmeras variantes no mercado. Até dentro da mesma linha de carros ligeiros do mesmo fabricante podem existir diferentes modelos dos limpa-para-brisas. Por esta razão nem sempre é fácil, para quem queira mudar o limpa-para-brisas do seu próprio carro, acertar na escolha do mesmo. A partir de agora a equipa da Flennor facilita a sua escolha: As escovas Mega e Giga estão equipadas com um sistema de adaptação inovador, que se adequa a quase todos os modelos de carros ligeiros. O cliente escolhe somente o comprimento das escovas. O adaptador universal da Flennor abrange no total 4 tipos de Toplock e Sidelock diferentes. Evidentemente as escovas da Flennor oferecem as vantagens habituais do produto, como por exemplo o design aerodinâmico das lâminas das escovas que permitem uma boa aderência das escovas, mesmo em alta velocidade. As escovas adaptam-se assim a todos os estados meteorológicos (de -40 ºC até +70ºC) e ao contorno do vidro e oferecem assim a melhor eficiência possível.

BILSTEIN GROUP

Blue Print Raquel Rodrigues 219 663 720 raquel.rodrigues@Bilsteingroup.com www.bilsteingroup.com/pt/

1 - A marca de escovas limpa-para brisas do bilstein group é a Blue Print, tendo a gama um total de 42 artigos dos quais 31 têm aplicação PUBLICIDADE

em veículos do parque automóvel português. A marca tem vindo a desenvolver a oferta no âmbito dos veículos asiáticos onde se tem vindo a especializar e por isso com estas 31 referências consegue cobrir 1 milhão e 250 mil veículos. Do total de referências com aplicação em Portugal, 11 são escovas híbridas, 6 são escovas para o vidro traseiro e 14 são escovas convencionais. De referir que o facto de existirem apenas 6 escovas para o vidro traseiro está diretamente ligado ao facto de serem escovas para aplicações muito específicas em que não é possível, devido ao encaixe, utilizar as escovas convencionais com o HOOK system, porque nestes casos é a haste que define o formato que a escova deverá ter. 2 - Assim, como os restantes artigos da marca Blue Print, também as escovas são de qualidade equivalente à origem, e por isso todas as escovas são comparadas com as escovas de origem no que diz respeito aos materiais, dimensões e qualidade, sendo que este trabalho permitiu a obtenção das certificações ISO/TS 16949:2009 e ISO 9001:2008. A combinação destes ISO define o cumprimento dos requisitos de gestão da qualidade para a conceção e desenvolvimento, produção e, quando relevante, instalação e manutenção de produtos relacionados com a indústria automóvel. No que diz respeito ao packaging existem duas características que parecem importantes de ressalvar porque são uma salvaguarda à integridade das escovas aquando do seu transporte, garantindo que as mesmas são montadas nos veículos sem qualquer dano. Para além da borracha das escovas ter uma proteção plástica, as mesmas vêm envoltas numa manga de cartão o que confere uma maior rigidez e consequentemente proteção adicional. 3 - A equipa de Product Managment está atualmente num processo de aferição da rentabilidade relativamente a escovas flat. Porém, a diversificação e o aumento da gama por esta via ainda tem muito trabalho de investigação por fazer e para já não é possível assegurar que efetivamente o futuro passará por aí.

PPT DISTRIBUIÇÃO All Ride e Lampa Paulo Guimarães 253 283 793 comercial@all4car.pt www.lampa.it

1-A PPT-Distribuição, Lda comercializa neste momento duas marcas de escovas limpa vidros (All Ride e Lampa) por forma a poder responder às solicitações do mercado em termos de segmento de gama e preço. Como gama de entrada, comercializamos a marca All Ride na escova tradicional. Esta escova responde muito bem às solicitações do mercado que procuram uma escova de primeiro preço, oferecendo uma boa relação preço/qualidade. No entanto, a aposta centra-se neste momento nas escovas de marca Lampa, nossa representada de origem italiana, que oferece uma gama bastante completa em termos de medidas disponíveis assim como alternativas para as escovas de origem. A Lampa oferece a gama tradicional com o modelo Gran Pree e a gama Premium-flex com o modelo Skylon. 2 e 3 - As principais características que oferecem as marcas que comercializamos são a excelente relação preço/qualidade; a vasta disponibilidade de gama em termos de medidas; e uma gama premium-flex com capacidade para cobrir 99% do mercado, fruto da inclusão nas suas embalagens de 9 adaptadores (1 original e 8 específicos) para responder às solicitações de aplicações OEM. O design aerodinâmico, e a qualidade melhorada da borracha, são os pontos fortes da gama Skylon (Flex).


DOSSIER ESPECIAL ESCOVAS

A Lampa oferece também na sua gama as borrachas de substituição para todas as escovas (tradicionais e originais) assim como uma gama de 17 referências de braço de escova traseira completo.

SONICEL

AD, Bosch, Trico e Valeo Manuel da Fonseca 214 245 300 manuel.fonseca@sonicel.pt

1 - Comercializamos as marcas Bosch, Valeo, Trico e AD. 2 - Relação preço/qualidade e gamas completas (Universais, Traseiras e Flat). 3 - Sim. A Trico alterou a forma de aplicação da gama Flat com o encaixe universal. Passou a ser aplicado na lateral da escova e não na parte superior onde tinha um encaixe muito alto que além de fazer bastante ruído era inestético.

ao cliente produtos com qualidade equivalente ao produto comercializado pela própria marca da viatura em causa. Temos de destacar o papel importante que a SWF desempenha neste campo pois, sendo uma marca de referência, procura estar sempre na primeira linha da evolução técnica, seja na composição da borracha como na estrutura do braço da escova em si. Do outro lado temos a Meyle que, de uma forma muito interessante conseguiu, com muito menos referências que as marcas concorrentes, uma abrangência de mercado quase total. Esta surgiu devido à flexibilidade proporcionada pelos diferentes suportes que a Meyle fornece na caixa da escova limpa-vidros, conseguindo assim um posicionamento muito interessante neste ramo do mercado aftermarket. 3 - A grande novidade na nossa gama foi a adição da SWF. Esta marca proporcionou-nos, juntamente com os padrões de qualidade que lhe são reconhecidos, um aumento da gama, podendo agora a Auto Delta afirmar que cobre a esmagadora maioria do mercado automóvel português num produto com tanta rotação.

MASTERSENSOR

Heyner e Alca Diana Marques 234 328 053 geral@mastersensor.com www.mastersensor.com

AUTO DELTA

Meyle, Champion, Japanparts e SWF Armindo Romão 244 830 070 geral@autodelta.pt www.autodelta.pt

1 - A Auto Delta comercializa quatro marcas de escovas limpa-vidros: Meyle, Champion, Japanparts e SWF. 2 - São várias as características importantes da gama de escovas que comercializamos. Em primeiro lugar, procuramos ter resposta para todo o mercado português, apresentando sempre

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PÓS-VENDA

1 – Comercializamos a Heyner e a Alca. 2 - Design e qualidade alemães, preços extremamente competitivos. Todas as gamas, desde a mais simples e económica à mais sofisticada têm a borracha revestida a nanografite. Na gamas Heyner disponibilizamos escovas híbridas, Superflat premium e rear flat, enquanto na gama Alca (para pesados) estão disponíveis as escovas universais, truck, bus e rear. 3 - A Super flat Premium é a novidade. É uma escova flexível, que já inclui adaptadores, com o mesmo padrão de qualidade a que a Heyner nos habituou.



ESPECIAL TECNOLOGIA DE ILUMINAÇÃO

O desafio do LED para as oficinas

O halogénio vai manter-se como a tecnologia standard por mais alguns anos, com algumas oportunidades para as oficinas, o Xenon vai crescer, mas é uma tecnologia mais limitada e que serve de transição para o LED, a grande oportunidade mas também o grande desafio para as oficinas nos próximos anos. O laser é a tecnologia que se segue, mas hoje ainda é uma montra. { TEXTO CLÁUDIO DELICADO }

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PÓS-VENDA

A

Revista PÓS-VENDA foi saber o estado atual da tecnologia de iluminação junto de alguns fabricantes que desenvolvem a tecnologia juntamente com os construtores automóveis, alguns diretamente no primeiro equipamento e, por isso, têm vantagem também no aftermarket, não só na tecnologia que disponibilizam como também nas perspetivas de como será o negócio nos próximos anos. Hella, Philips e Osram estão na vanguarda, juntamente com outros fabricantes, mas estes foram os três que aceitaram o nosso desafio para analisar o hoje e o amanhã da iluminação. O objetivo não foi fazer um levantamento de mercado dos produtos disponíveis, em especial nas lâmpadas, onde há cada vez mais players. É um trabalho de análise que serve de base para este negócio, tanto para oficinas como para os operadores deste setor, que vai sofrer uma forte transformação nos produtos disponíveis e na exigência a que vão obrigar. A tecnologia standard no setor da reposição continua a ser o halogénio, mas “o pico já foi atingido e já se começa a registar uma queda. Atualmente os faróis de halogénio estão quase unicamente montados em automóveis de segmento médio/baixo, para os quais existe desde um primeiro momento praticamente o mesmo produto em versão cópia do original que nós vendemos”, explica Frederico Abecasis, country manager da Hella em Portugal. Por este motivo, as vendas da marca em concreto neste segmento são cada vez menores, “já que aparecem no mercado produtos de fabrico asiático com preços muito mais baixos mas com outro

nível de qualidade”, conclui. LED NO PÓS-VENDA A tecnologia LED tem revolucionado o primeiro equipamento, mas que papel tem no pós-venda? “No caso dos faróis principais este tipo de tecnologia está neste momento em franco crescimento, sendo que nos farolins é já uma realidade para todas as gamas e segmentos. Atualmente, esta é a tecnologia de futuro e vai muito rapidamente substituir o Xenon que, esse sim, já atingiu o pico no primeiro equipamento e já está, inclusivé, em decréscimo face à utilização da tecnologia em LED. Como é esta a situação atual no primeiro equipamento, podemos certamente esperar que daqui a 4, 5 anos o gráfico de share entre Xenon e LED seja o oposto, ou seja, vai haver muito mais vendas no aftermarket de faróis LED do que Xenon. Este acréscimo vai ter uma particularidade que até agora não existia. É que nesta tecnologia vai ser praticamente impossível a cópia, já que os controladores de software para que a ECU ative o farol são de difícil cópia, pelo que tudo o que se vender destes faróis no futuro será produzido pelo próprio fabricante do farol, ou seja, dificilmente haverá cópias disponíveis no mercado - pelo menos que funcionem e sejam reconhecidas pela centralina do carro”, explica Frederico Abecasis. A Philips trabalha sempre com a ideia em mente de que “num mercado tão competitivo como o da iluminação há sempre uma fronteira tecnológica a superar”, explica Maria Prieto, do departamento de vendas e marketing da Lumileds, marca da Philips. Ainda assim, ao dia de hoje, a


CONTACTOS HELLA Country Manager: Frederico Abecasis 21 121 21 75 www.hella.pt PHILIPS Vendas e marketing: Maria Prieto 214 237 700 www.lumileds.com OSRAM Key Account: João Casinhas 21 033 22 10 www.osram.pt

tecnologia de halogénio continua a ser a mais usada tanto no mercado de primeiro equipamento como no aftermarket. E há ainda algum caminho para fazer. Qual é então o limite para os desenvolvimentos tecnológicos da iluminação de halogénio? “Por um lado estão os requisitos dos fabricantes de veículos, que conhecem perfeitamente quais as vantagens e limitações desta tecnologia. Por outro lado, as exigências estão sempre a alterar-se por parte dos automobilistas ao renovar as lâmpadas dos seus automóveis. Nos últimos anos, tanto construtores de veículos como consumidores finais pedem, cada vez mais, alguma personalização da tecnologia de halogénio. Por esse lado, na criação de estilos de iluminação a tecnologia de halogénio que chega ao mercado ainda pode oferecer novidades interessantes”. Para João Casinhas, Key Account da Osram “todas as tecnologias têm um tempo de vida. O surgimento de tecnologias mais eficientes vai, natural e lentamente, ganhando o seu espaço. Neste momento começa-se, por exemplo, a assistir ao aumento da reposição de lâmpadas de Xenon no aftermarket”. O PAPEL DO LED HOJE E AMANHÃ Para a Philips é notório que o LED é o presente e o futuro da iluminação do automóvel. “Assim o indica a sua progressiva e cada vez mais intensa introdução de novos modelos de veículos que chegam ao mercado. São fontes de luz muito mais eficientes pela qualidade e quantidade de luz e porque consomem muito menos energia do que as convencionais, e isso é uma clara vantagem competitiva”, explica Maria Prieto. Por isso, acrescenta, “à medida que a relação existente entre a eficiência desta tecnologia e o seu custo de fabricação e preço vai sendo cada vez mais comum no primeiro equipamento e vai-se generalizando. Como consequência, também chegará ao mercado de reposição.” Maria Prieto não consegue antecipar quanto

tempo vai demorar a generalização do uso do LED no mercado automóvel, mas “é notório que a sua cada vez maior introdução no primeiro equipamento começa já a ter reflexos no mercado de reposição”. Mas além de todas as vantagens que a tecnologia LED traz, há uma outra que não é de descorar. “É uma tecnologia que permite uma maior personalização dos automóveis, o que permite multiplicar as possibilidades estéticas e a sua aplicação em âmbitos que vão além dos faróis. Por exemplo, nos interiores. O surgimento destas novas aplicações no primeiro equipamento supõe também que será necessário haver oferta de reposição, em caso de avaria.” Entre as diferenças e na forma como vai evoluir o mercado para os profissionais da reparação, a Philips sublinha que o peso da eletrónica é cada vez maior nos automóveis e a iluminação não é excepção. “Os empresários das oficinas mais eficientes e rentáveis sabem que têm que investir na formação contínua dos seus profissionais, com o equipamento adequado para diagnosticar e reparar os novos sistemas de iluminação e nas peças de reposição que garantam a qualidade da intervenção.” Para a Osram as lâmpadas Xenon terão um aumento de vendas previsto para os próximos anos. O futuro poderá passar por LED, Laser ou outras tecnologias ainda por lançar. Acrescenta João Casinhas que “independentemente das diretivas europeias que possam surgir, a nossa visão é de que o automóvel 100% LED conquistará brevemente o mercado, a avaliar, por exemplo, pelo novo Opel Astra já hoje 100% LED. Do ponto de vista da reposição, acreditamos que a tecnologia de halogénio ficará no mercado ainda vários anos. Pelo menos, tantos quantos ainda houverem veículos a serem produzidos com esta tecnologia.” Frederico Abecasis acredita que a tecnologia LED será standard no mercado dentro de, no máximo, 10 anos. Em relação ao halogénio “manter-se-á durante alguns bons anos nos veículos de baixa gama, por ser uma tecnologia muito acessível e barata. O que vai tendencialmente desaparecer é o Xenon.” COMO SERÁ O NEGÓCIO PARA AS OFICINAS? A tecnologia LED tem a particularidade de garantir uma maior durabilidade o que, no reverso da medalha, trará menos negócio à oficina quando esta tecnologia estiver mais massificada no mercado de reposição. “Efetivamente o negócio das lâmpadas é um negócio que, tendencialmente, deverá diminuir em volume. No entanto, essa diminuição em volume será parcialmente compensada pelas vendas das lâmpadas de tecnologia xenon, que têm um custo unitário muito superior. Ou seja, em termos de faturação em lâmpadas, ainda temos pela fren-

PRODUTOS DE BAIXA QUALIDADE Fruto da cada vez maior concorrência no mercado das lâmpadas proveniente dos mercados asiáticos é difícil determinar a dimensão deste mercado. “Em especial porque muitos desses produtos entram por canais pouco ortodoxos. Desde a consolidação da internet como um canal de venda, tornou-se ainda mais difícil caracterizar o mercado de reposição na iluminação”, explica Maria Prieto, da Philips. A tecnologia LED tem trazido também muita concorrência asiática de baixa qualidade. Como se distingue uma bom e um mau produto LED? “Nos farolins, é possível obter cópias de alguma qualidade e que funcionem no veículo, já que as funções que têm são relativamente simples. Penso que uma cópia é sempre um produto de qualidade alternativa. Para distinguir nestes casos o bom do mau, o cliente deverá ter atenção sobretudo as homologações do farolim, e ter consciência de que o produto que está a montar não é equivalente ao original, com tudo o que isso acarreta. Onde começam a aparecer as dificuldades da cópia é nos faróis principais já que estes têm de comunicar com a unidade de comando e executar uma multiplici dade de funções, tais como focagem, orientação, iluminação matricial, etc. Tudo isto faz com que as cópias a existir, tenham muitos problemas de compatibilidade e comunicação com o veículo”, explica Frederico Abecasis, da Hella. Maria Prieto, da Philips, não tem dúvidas de que existem muitos produtos de baixa qualidade no mercado e, se no halogénio o papel dos profissionais da oficina é fundamental na explicação aos consumidores finais, no xenon, lançou um site que luta contra as falsificações www.philips.com/original. “Efetivamente, o mercado relacionado com a tecnologia LED foi inundado com produtos asiáticos. E na maioria dos casos o que se apresenta como produtos low cost não são mais do que produtos low quality. No mercado há mecanismos suficientes para reconhecer que produtos acrescentam valor e quais oferecem todas as garantias de qualidade e eficiência”, acrescenta Maria Prieto. João Casinhas, da Osram explica que essa diferenciação só pode ser feita pelas qualidades técnicas do produto e pelas garantias e certificações que a marca apresenta para o produto. SETEMBRO 2016

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ESPECIAL TECNOLOGIA DE ILUMINAÇÃO

UPGRADE DO HALOGÉNIO PARA LED? A substituição de sistemas de iluminação halogénio por LED em carros mais antigos poderá vir a ser negócio no aftermarket, acredita o responsável da Hella. “No entanto, não temos ainda soluções neste campo. No que diz respeito à legislação, neste caso em concreto ainda é omissa, visto não existir esta oferta no mercado, pelo menos de forma homologada.” Em relação a este negócio, Maria Prieto diz que “montar sistemas LED em veículos que não trazem esta tecnologia de série é possível mas não é legal. Atualmente, essa transformação feita de forma legal na União Europeia é exclusivamente para uso indoor ou circuitos. Quem o fizer em carros comuns arrisca sanções legais.” Para a Osram “a ausência de legislação apropriada dificulta o crescimento do mercado, apesar da procura dos produtos LED de qualidade.” Ainda assim, a marca tem uma “vasta gama de produtos LED tanto para o interior, como as lâmpadas, como para o exterior do veículo, por ex. as luzes de condução diurna e luzes de nevoeiro. Nos casos de substituição direta não implica alterações no veículo.”

SISTEMAS TOPO DE GAMA O sistema mais avançado que a Hella lançou no primeiro equipamento foram os faróis de LED com iluminação adaptativa HELLA Matrix LED System. “Neste momento o mais recente é o novo farol Matrix Multibeam LED que estamos a montar no MercedesBenz E-Class W213”, explica Frederico Abecasis. Este farol tem a particularidade de conseguir adaptar a iluminação da estrada a mais de 1 bilião de situações diferentes, funcionando em conjunto com uma câmara montada no pára-brisas. Já do lado da Osram, a tecnologia de topo mais recente foi o BMW i8 e Série 7 com sistema laser e o Audi com OLED.

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PÓS-VENDA

te uns bons anos de negócio até que a quebra se comece, de facto, a sentir no mercado”, analisa Frederico Abecasis. Todos concordam que o xénon é uma tecnologia de transição e que “o LED vai muito rapidamente substituir por completo o Xenon. Isto porque é uma tecnologia que é mais económica em termos de produção, mais simples na montagem (não necessita de balastros, nem sistemas lava-faróis), e com menores consumos e mais eficiência do que o sistema Xenon atual. Para além destas vantagens, ainda tem mais uma muito importante, sobretudo para um fabricante como a Hella: permite, de alguma forma, “blindar” o mercado às cópias”, explica o responsável da Hella em Portugal. Desta forma, “as novas oportunidades que surgirão para a oficina, ao trabalhar uma marca como a Hella é de poder ter acesso a uma gama de faróis completa que é reconhecida pela viatura e que poderá montar sem problemas de compatibilidade nem funcionamento. Por outro lado, os sistemas atuais têm um prazo de vida determinado, o que vai permitir à oficina substituir faróis completos sem ser por motivo de acidente ou quebra, mas por avaria do mesmo.” Sempre se falou muito da durabilidade dos LED, mas é relativamente comum verem-se na estrada módulos LED avariados. As causas são variadas e, explica Frederico Abecasis, “muitos desses farolins LED poderão ter com o envelhecimento algumas rachas ou pequenas microfissuras que permitem entrada de água/humidade no sistema, dando origem a essa falha. Não é recomendável a reparação, já que o que provocou a falha foi precisamente o envelhecimento do farol, ou até mesmo a quebra do isolamento. Neste caso, nós recomendamos sempre a substituição do farol completo.” Uma vez que o LED é um microchip e não se substitui ou repara de forma simples vai deixar de existir esse tipo de serviço. “Quando existe uma avaria, a troca será de todo o sistema, daí que a diferença de preço pode ser de 5€ que é o custo normal de substituição da lâmpada para várias centenas de euros no caso do farol completo.” A Osram faz outras contas: “os custos de manutenção de uma lâmpada de halogénio acabam

por ser mais elevados, pelo número de substituições necessárias comparativamente a uma lâmpada LED. O investimento na lâmpada LED acaba por compensar a curto prazo pela longa durabilidade da lâmpada.” Segundo a experiência da Osram “não é normal os módulos LED avariarem dentro do seu tempo normal de vida. A maioria das falhas desta tecnologia verifica-se ainda dentro da nossa produção, logo não detetáveis pelo cliente, ou no final do tempo de vida do LED. Tecnologicamente é possível reparar o módulo LED, contudo o custo da sua reparação é muito elevado. Por isso, nestes casos aconselhamos a substituição do produto.” DESAFIOS PARA AS OFICINAS Os serviços ligados à iluminação vão ser, tendencialmente, tal como os restantes componentes dos automóveis, mais exigentes de trabalhar. “Hoje em dia, a substituição de um farol de alta tecnologia já implica uma máquina de diagnóstico para fazer o reset e para que o veículo reconheça o farol e o controle.” Isso traz alguns riscos, nomeadamente “a falta de formação da oficina para efetuar esta operação, bem como a utilização de peças não reconhecidas pelo veículo que não vão funcionar de uma forma correta no mesmo”, explica o responsável da Hella. Em termos de negócio para as oficinas no futuro, quando o LED se democratizar, Maria Prieto, da Philips, deixa primeiro uma ressalva: “A realidade atual está no halogénio e é importante transmitir essa mensagem de sossego aos profissionais da reparação, porque há muitas oportunidades de negócio para aproveitar a tecnologia do halogénio.” Quando o LED chegar em definitivo ao mercado de reposição, a Philips acredita que o desafio será aprender a rentabilizar a oportunidade de negócio que representa essa nova tecnologia. “O LED tem muitas vantagens: mais e melhor luz com um menor consumo de energia e uma maior duração da vida útil do produto. Mas tem também muito mais aplicações no automóvel do que as tecnologias atuais e muito mais valor e preço para as oficinas.” Maria Prieto não tem dúvidas de que, face ao xenon, as possibilidades de negócio são também maiores.


VENDAS POR TECNOLOGIA NO MERCADO DE REPOSIÇÃO HELLA

LED

15%

HALOGÉNIO

38% XÉNON

47%

OSRAM

LED

10%

HALOGÉNIO

60% XÉNON

30%

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Hoje, “as oficinas que ouvem e falam com o cliente da iluminação do seu automóvel vendem mais e melhor. Por um lado, conseguem passar ao automobilista o hábito de rever periodicamente as luzes ou de substituir as lâmpadas aos pares. Por outro lado, ganha-se a sua confiança como um autêntico assessor de serviço, recomendando lâmpadas de qualidade com mais garantias e melhores prestações do que os produtos de baixo custo que existem no mercado”, analisa. No que diz respeito às oficinas, a Osram explica que “em termos de número de substituições haverá uma queda, no entanto esta será compensada pela diferença de valor entre halogénio e LED. A médio prazo, haverá uma tendência de diminuição do consumo do halogénio, a qual naturalmente pode variar de mercado para mercado.” Pela complexidade dos novos sistemas a Osram alerta para o facto de que “a instalação e manutenção deste tipo de equipamento só poderá ser efetuado por oficinas altamente qualificadas e estas devem apostar cada vez mais na formação técnica e especializada, para dar resposta aos desafios técnicos

que a eletrónica apresenta.” O FUTURO DA TECNOLOGIA Halogénio, Xénon, LED… e o que vem a seguir? O laser é uma solução e a Hella tem já algumas situações em que se está a utilizar essa tecnologia, “mas actualmente só é ainda utilizável em luzes de longo alcance. Pensamos que o Laser pode vir a ser um complemento da tecnologia LED no futuro, mas nunca uma tecnologia de utilização “stand alone”. O laser é, de facto, o próximo passo. A Philips assim o confirma, explicando que “acrescenta alguma vantagem em relação à qualidade e quantidade de luz mas não supera o LED e terá um forte inconveniente nos próximos anos: o seu elevadíssimo custo e manutenção”. Para a Osram “a evolução tecnológica do LED é o OLED, o qual já produzimos regularmente.O OLED já pode ser encontrado em protótipos de alguns fabricantes, na forma de farolim 3D. A nossa outra tecnologia de iluminação em veículos de série é o laser, como o BMW i8. Mas ainda temos muitas aplicações por explorar.”


VISÃO IMPRESSÃO 3D DE PEÇAS

Impressão 3D vai revolucionar o mercado de peças A Impressão 3D está prestes a revolucionar a produção automóvel e o mercado de peças de reposição. Esta é a conclusão de um estudo da Frost & Sullivan, que publicamos em exclusivo.

O

âmbito de aplicação da tecnologia de impressão 3-D atualmente está limitado à produção de peças de volume extremamente baixo e de ferramentas de produção. Isto deve-se principalmente aos custos elevados da maquinaria e da matéria-prima, às baixas velocidades de impressão e aos níveis reduzidos de otimização de software. Por conseguinte, com uma queda nos preços dos materiais e das máquinas, integração de software avançado e impressão mais rápida, a impressão 3-D poderá potencialmente revolucionar a pro-

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PÓS-VENDA

{ TEXTO CLÁUDIO DELICADO } dução automóvel, a cadeia de abastecimento e o mercado pós-venda. Uma nova análise da Frost & Sullivan, Executive Analysis of 3-D Printing in the Automotive Industry (Análise executiva da impressão 3-D na indústria automóvel), conclui que a tecnologia irá gerar 4,3 mil milhões de dólares com a indústria automóvel até 2025 e atingir uma maior penetração na produção automóvel e no mercado pós-venda. Consequentemente, a impressão 3D pode representar uma poupança substancial para fabricantes, fornecedores e consumidores.

“Embora as matérias-primas mais baratas e os avanços tecnológicos tendam a impulsionar a implementação das impressoras 3-D, questões como direitos sobre patentes, defeitos em produtos e violações de patentes vão persistir,” afirmou à PÓS-VENDA Viroop Narla, Analista de investigação na mobilidade da Frost & Sullivan. “Além do mais, serão necessários sistemas dispendiosos de comunicação e dados bem como formações abrangentes para maximizar a eficiência operacional das impressoras 3-D, reduzir a perda de dados e minimizar a corrupção e o roubo.”


Principais conclusões

Principais conclusões e Perspetiva Futura

Impressão 3-D Automóvel: Principais conclusões, Global, 2014–2030

Impressão 3-D Automóvel: Principais conclusões e Perspetiva Futura, Global, 2014–2030

O impacto da impressão 3-D na indústria automóvel fez-se sentir principalmente na investigação e desenvolvimento (IeD), mas os OEM começam a investir em peças impressas comercialmente para produção global.

Em 2014, 90% das aplicações de impressão 3-D na indústria automóvel destinavam-se à criação de protótipos e 10% à produção, permitindo aos OEMs e fornecedores: • Criar testes de conceito com produção localizada • Fabricar ferramentas de produção complexas e únicas tais como gabaritos, dispositivos de fixação e moldes • Peças protótipo, como o motor EcoBoost e o coletor de escape F-150 da Ford Até 2025, prevê-se que novos OEMs nos Estados unidos como a Local Motors aumentem a implementação de modelos de negócio tipo micro-fábrica para: • Imprimirem peças em localizações de representantes autorizados, reduzindo as complexidades e os custos da cadeia de abastecimento • Expandirem a terceirização e a conceção colaborativa para capitalizarem grupos de talentos diversos • Proporcionarem serviços de manutenção convenientes e rápidos maximizando a satisfação do cliente Prevê-se que a expansão da impressão 3-D na cadeia de valor enfrente múltiplos desafios, tais como: • O custo elevado da maquinaria e dos materiais de impressão 3-D • A pressão dos fabricantes de componentes convencionais junto dos governos contra a impressão 3-D • Implicações relacionadas com violações de patentes de clientes para OEMs e fornecedores Prevê-se uma passagem da criação de protótipos 3-D para a produção até 2030 devido a: • Uma redução previsível de 40% nos preços das matérias-primas para impressão 3-D • Semelhança de preço: Uma peça produzida convencionalmente é atualmente 78% mais barata que uma impressa em 3-D; estima-se que esta diferença possa decrescer até aos 11%

A impressão 3-D é prevalente na investigação e desenvolvimento automóvel e é previsível a sua disseminação na produção, na cadeia de abastecimento, e nas áreas pós-venda da indústria.

PARÂMETRO

ATUALIDADE

FUTURO

Criação de protótipos

A tecnologia tem recebido uma aceitação abrangente no âmbito da IeD junto dos OEMs e fornecedores da indústria automóvel devido aos tempos de resposta mais rápidos e aos custos mais baixos.

É previsível que os avanços na tecnologia e nos materiais de impressão 3-D venham a reduzir ainda mais os tempos e os custos de desenvolvimentos, tornando esta tecnologia um lugar-comum na IeD.

A produção recorrendo à impressão 3-D como uma alternativa aos processos de produção convencionais é mínima devido aos custos elevados e à capacidade limitada ao nível das peças. Foram produzidas apenas algumas peças para veículos de alto desempenho em volumes extremamente reduzidos.

À medida que os materiais e o software para impressão 3-D se tornam mais avançados, é previsível que a produção de peças se torne uma realidade. Será de esperar também que as máquinas imprimam mais rapidamente e utilizem menos recursos, reduzindo os custos de produção.

Produção

Os processos da cadeia de Cadeia de abastecimento são complexos abastecimento e dispendiososdevido à interação entre múltiplos fornecedores, localizações e utilizadores. São necessários controlos e sistemas avançados para otimizar os processos.

É previsível que a impressão 3-D permita que os OEMs e os fornecedores imprimam em múltiplas localizações, eliminando a maioria dos processos atuais. Os utilizadores finais também vão beneficiar de veículos com preços mais acessíveis e de prazos de entrega mais curtos.

As peças são produzidas por fornecedores e enviadas para centros de serviço e pontos de revenda. Os clientes por vezes têm de esperar que as peças sejam disponibilizadas, o que implica que o veículo fique imobilizado durante mais tempo.

É previsível que as peças sejam impressas em várias localizações com base na procura, eliminando períodos de espera e reduzindo os custos para o utilizador final. É previsível que venham a ser desenhadas e impressas peças à medida de acordo com os requisitos únicos dos clientes.

Pós-venda

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VISÃO IMPRESSÃO 3D DE PEÇAS

Previsão das tendências na Impressão 3-D na indústria automóvel

É previsível que uma maior participação de empresas não automóveis em conjunto com uma presença de impressão 3-D Em múltiplos locais tenha impactos positivos na indústria. Impressão 3-D Automóvel: Tendências positivas e negativas, Global, 2015–2030 +

Criação de protótipos

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É previsível que as empresas não automóveis aumentem a sua participação no desenvolvimento de materiais e tecnologia ao passo que as mais estabelecidas deverão procurar as tecnologias mais avançadas.

Impacto das micro-fábricas na indústria pós-venda É previsível que a redução nas complexidades da cadeia de abastecimento e nos custos permita uma maior abrangência e disponibilidade de peças a pedido.

Impressão 3-D Automóvel: Implicações das micro-fábricas na indústria pós-venda, Global, 2014–2030 REALIDADE ATUAL DA INDÚSTRIA PÓS-VENDA • Os estabelecimentos retalhistas armazenam quase 20 000 produtos e os estabelecimentos grossistas quase 500 000, o que implica custos de inventário gigantescos.

REALIDADE COM IMPRESSÃO 3-D • Os ficheiros de impressão 3D podem ser armazenados na cloud, recuperados, impressos e embalados como peças.

Produção

Será de esperar que as configurações de fábrica atuais adotem nova maquinaria mas será natural que o modelo de negócio seja descentralizado na sua totalidade dando origem a micro-fábricas.

• Os compromissos de gestão de Inventário levam a excesso ou falta de stock resultando em itens por vender ou itens com entrega atrasada .

• A produção em qualquer lugar e a qualquer hora reduz os custos de fabrico e de inventário.

Pós-venda

As lojas de revenda de peças e os clientes deverão desempenhar um papel mais importante na cadeia de valor através da produção de peças não funcionais através da impressão democratizada.

• Os sistemas da cadeia de abastecimentos de peças automóveis são incrivelmente complexos e dispendiosos.

• Complexidade zero na cadeia de abastecimento devido à eliminação da logística. As lojas de peças independentes podem satisfazer as necessidades de todos os clientes imediatamente.

Obstáculos

É previsível que a impressão 3-D se depare com obstáculos económicos, legislativos, institucionais e legais tais como grupos de pressão, processos legais relacionados com patentes ou inclusivamente processos por infração.

• É necessária uma intensa integração tecnológica para coordenar a receção, a separação, o reembalamento e a entrega.

• As recolhas de veículos podem ser geridas com maior eficiência devido à disponibilidade de peças a pedido.

• As peças e as reparações envolvidas nas operações de recolha representam maior complexidade e mais custos nas técnicas convencionais de manutenção

• As peças desenhadas à medida para os veículos proporcionam uma liberdade ilimitada.

• Tuning pós-venda, personalização e veículos clássicos requerem peças especiais que não estão disponíveis prontamente nos OEMs.

• As peças para automóveis clássicos podem ser fabricadas instantaneamente.

• Certos elementos integrados e únicos tais como peças de consolas áudio são muito difíceis de obter.

• A utilização de tecnologia avançada de digitalização 3-D, permite reproduzir peças únicas.

PÓS-VENDA


É previsível que as peças sejam impressas em várias localizações com base na procura, eliminando períodos de espera e reduzindo os custos para o utilizador final Atua l mente, novas empresas como a Carbon3D estão a desenvolver tecnologias de impressão 3-D inovadoras e a criar parcerias com empresas estabelecidas no mercado como a Ford com vista a alcançarem avanços tecnológicos e a reduzir os tempos de desenvolvimento. A tecnologia 3-D vai permitir que os fabricantes de equipamento original (OEMs) e os fornecedores imprimam em múltiplas localizações diminuindo os períodos de espera e os custos globais. Em última análise, esta tecnologia vai permitir também que os utilizadores projetem e imprimam peças personalizadas de acordo com os requisitos de cada cliente.

EVOLUÇÃO Em 2015, 90% das aplicações 3-D na indús-

tria automóvel destinavam-se à criação de protótipos e 10% à produção. No entanto, poderá ocorrer uma inversão neste rácio com uma queda de 40% na diferença de preços das matérias-primas (plásticos e polímeros) utilizados na produção convencional e na impressão 3-D. “Prevê-se que materiais inovadores tais como a fibra de carbono, metais em pó e titânio melhorem radicalmente as características mecânicas, químicas e térmicas dos produtos impressos,” observou Narla. “Adicionalmente, a utilização de máquinas com foco na qualidade e melhores processos de produção resultarão numa redução dos requisitos de pós-processamento através da criação de produtos com tolerâncias e detalhes de acabamento de superfície superiores.”

A análise executiva da impressão 3-D na indústria automóvel é uma parte do programa Intelligent Mobility Growth Partnership Service. Estudos relacionados da Frost & Sullivan incluem: 2015 North American Category Management Report—Lighting Components, How 3D Car Configurator Technology Can Shift the Point of Engagement Upstream in the Customer Journey, LIDARbased Strategies for Active Safety and Automated Driving from Major OEMs in Europe and North America. Todos os estudos grantem informação detalhada e tendências de mercado avaliadas no seguimento de entrevistas com participantes no mercado. Mais informações sobre todos os estudos estão disponíveis no site da consultora: ww2.frost.com/

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COMERCIAL LIGEIRO MAN TGE

MAN entra nos furgões O objetivo da MAN é ser fornecedor de serviços completo, em especial para os clientes que ja têm frotas de pesados. Oferece até 18.3 metros cúbicos de volume de carga.

C

om o TGE, a MAN entra pela primeira vez no mundo dos veículos de transporte ligeiros, fruto de uma parceria dentro do Grupo Volkswagen com o primo direito Volkswagen Crafter. O que começou com 7,5 toneladas no passado, tem agora um peso total permitido de 3 toneladas. Com uma gama disponível entre as 3 e as 44 toneladas, a MAN torna-seumfornecedordeserviçoscompletono que diz respeito a disponibilizar a solução certa para cada tarefa de transporte.

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PÓS-VENDA

{ TEXTO CLÁUDIO DELICADO } Além da carrinha de entregas fechada e da carrinha aberta com janelas, a selecção de carroçarias do novo modelo aumenta com a adição de chassis com cabines simples e duplas. Para a nova MAN TGE, existem duas distâncias entre eixos, três alturas de tejadilho e três comprimentos à escolha. Os comprimentos do veículo para a carrinha de entregas fechada variam entre os 5.983 mm e os 6.833 mm, e chegam aos 7,388 mm na MAN TGE com uma rabeira comprida. As alturas

do veículo podem ser de 2.340 mm, 2.575 mm ou 2.800 mm. A combinação correspondente resulta num volume de carga máximo de 18,3 metros cúbicos. O espaço de carga inclui de série iluminação LED. A MAN TGE mais leve tem 3 toneladas de peso total permitido, e a maior da gama chega às 5.5 toneladas. Podem ser adicionadas 3.5 toneladas através de reboque. A capacidade de carga máxima do veículo de 3.5 toneladas pode transportar até 1.5 toneladas de carga.


MOTORES À ESCOLHA A gama de motores disponíveis é igualmente extensa. Dependendo do peso total permitido, pode-se optar por tração dianteira, tração traseira ou tração total, e todas podem incluir caixa de 6 velocidades manual ou caixa de 8 velocidades automática. O motor de 4 cilindros foi especialmente desenvolvido para os trabalhos exigentes dos veículos comerciais. Economia e robustez são as características prometidas pela MAN. A gama de motores de 1.968 cm3 inclui versões com 102, 122, 140 e 177 cv. Para quem vai ao volante, o típico espaço de trabalhodeumveículocomercialétransformado numespaçoconfortável.Sãoinúmerasaszonas paraarrumoscomboalocalizaçãoquedãoapoio aomotoristanassuastarefasdiárias.Osassentos do motorista, disponíveis em quatro designs diferentes, têm a ergonomia ideal para manter o conforto mesmo em viagens longas. Materiais testados e resistentes à abrasão provenientes dos camiões garantem uma longa vida útil. Com o sistema de assistência à travagem de emergência (EBA - Emergency Brake Assist) de série, a MAN dá um contributo essencial para a segurançanaestrada.Sensoresdedistânciasão utilizadosparaverificardistânciasperigosasem relação ao veículo da frente e ajudam a diminuir adistânciadetravagem.AfunçãointegradaEBA para cidade também trava automaticamente a distâncias mais baixas, reduzindo assim uma das mais frequentes causas de acidentes, o que minimiza os tempos de imobilização e custos de reparação,eaumentandoassimovalorresidual. SERVIÇOS Além de todas as suas características, a nova sérievaiaindabeneficiardoserviçoprofissional oferecido pela MAN, o qual é reconhecido pela sua assistência prática, mesmo sem marcação na oficina, a assistência rápida em emergências durante o fim-de-semana ou à noite, bem como pelo seu alargado horário de atendimento. O serviço de assistência a todo o veículo aplica-se tambémacontratosdemanutençãoereparação. Extensões de garantia, garantia de mobilidade e serviço de assistência 24 horas completam os serviços disponibilizados. A nova MAN TGE estará disponível para venda a partir de Março do próximo ano e chega a Portugal a partir do Outono de 2017.

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uito mais que um acessório ou um componente de menor importância, os pneus são um elemento fundamental para a segurança do veículo. Eles são o único ponto de contacto entre o veículo e a estrada, o que faz com que os pneus tenham uma forte influência na estabilidade e performance do veículo. Um dos fatores de extrema importância é a pressão de enchimento do pneu. Os pneus com baixa pressão de enchimento aquecem em excesso, consomem mais combustível e sofrem maior desgaste. De igual modo, o excesso de enchimento reduz a vida útil do pneu, diminui a aderência e influencia o comportamento da viatura. Um pneu, com o passar do tempo, perde pressão por causas naturais. No entanto, a perda de pressão pode ser mais acelerada e uma das causas mais comuns é a punção por um objeto pontiagudo, como um prego, parafuso ou vidro, deixando o ar escapar. Dependendo do tamanho do furo, o pneu pode esvaziar lenta ou rapidamente. A perda significativa de ar do pneu pode fazer com que o seu flanco ceda, uma vez que o flanco do pneu comum é uma zona relativamente flexível. No limite, a perda de ar pode ser tal que todo o flanco cede, ficando comprimido entre a jante e o pavimento. Ao rolar com o pneu nessas condições, a jante pode danificar a estrutura do pneu ou soltar-se

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do mesmo e rolar diretamente sobre o pavimento. Estas situações podem originar danos irreparáveis no pneu ou danos na jante. Acresce ainda a perda de controlo do veículo que, no caso de um rebentamento do pneu a elevada velocidade (por exemplo em autoestrada) pode originar um acidente. Construtores de pneus e construtores de veículos continuam a procurar a solução ideal para o problema do pneu furado e todos os inconvenientes que ele acarreta. A solução mais comum, até há uns anos atrás, era a roda sobressalente, ou seja, um pneu extra montado numa jante, acomodada no veículo, pronta a utilizar, assim como a ferramenta essencial para proceder à troca da roda. O pneu tinha dimensões semelhantes aos restantes instalados no veículo, apresentando como vantagem o facto de não limitar a velocidade de circulação ou a distância da viagem. No entanto, existiam algumas desvantagens nesta solução. A impossibilidade de circulação do veículo com o pneu furado obrigava a que a operação de substituição da roda fosse feita no local onde aconteceu o furo e pelo utilizador do veículo. O local podia não apresentar as condições necessárias à operação, a vários níveis: espaço na berma da estrada para imobilizar e intervencionar o veículo em segurança, iluminação (caso o furo aconteça de noite), condições atmosféricas

(chuva, vento, neve…). Na maioria dos veículos, o acesso à roda sobressalente e à ferramenta necessária faz-se pelo fundo do porta-bagagens, tornando a operação praticamente impossível sem retirar toda a carga do veículo. Acrescia a frequente falta de conhecimentos básicos do utilizador do veículo sobre a intervenção a realizar, o local onde encontrar a roda sobressalente e a ferramenta para efetuar a operação e o desconhecimento da existência de um manual de utilizador do veículo que o poderia esclarecer sobre todo o procedimento. Para os próprios construtores dos veículos, esta solução também apresentava limitações, pois impunha alguns constrangimentos ao nível de volume disponível para carga e um aumento de peso do automóvel, contribuindo para o consumo de combustível e emissões poluentes. Para minimizar estes constrangimentos, os construtores de pneus idealizaram pneus sobressalentes de menores dimensões para utilização temporária e limitada, conhecidos por pneus sobressalentes de uso temporário ou pneus de emergência. Desta forma, foi possível minimizar as limitações dos construtores mas a solução não servia por completo os seus interesses, pois o utilizador continuava a ter que proceder à substituição da roda em caso de furo no local onde o mesmo ocorresse. O objetivo dos construtores de pneus e de automóveis passou a ser criar um pneu que cum-


prisse a sua função normal sem pressão, ou seja, fosse capaz de suportar uma determinada carga a uma dada velocidade e transmitir à superfície de rolamento as forças motriz, de direção e de travagem quando a sua pressão fosse muito baixa ou mesmo nula. Foi assim que surgiu o pneu runflat, ou seja, uma estrutura de pneu dotada de soluções técnicas (paredes laterais reforçadas, etc.) que permite ao pneu, montado na roda adequada e sem qualquer componente adicional exterior, garantir ao veículo as funções básicas de um pneu, pelo menos, a uma velocidade de 80 km/h e numa distância de 80 km em modo de funcionamento sem pressão. Embora a tecnologia não seja recente (surgiram veículos equipados com este tipo de pneu nos anos 40), atualmente existem alguns construtores que optam por equipar os seus veículos com pneus runflat.

do pneu convencional, como se lhe tivesse sido retirada a zona mais central. Esta é a zona que confere mais flexibilidade ao pneu e a que contribui para a correta fixação do pneu na jante, quando o pneu tem a pressão correta.

PNEU CONVENCIONAL

PNEU PAX

Por essa razão, o talão do pneu do sistema Pax é reforçado e dotado de um sistema que, quanto mais força for efetuada sob o pneu, maior a força que o fixa à jante, mesmo sem pressão de ar.

Os pneus runflat utilizam uma de duas soluções técnicas principais: - Anel de apoio interior; - Flancos reforçados. ANEL DE APOIO INTERIOR Esta tecnologia consiste em introduzir no interior do pneu uma estrutura que permite à banda de rodagem apoiar-se aquando da perda de pressão. Baseando-se neste princípio, os principais construtores de pneus adotaram duas soluções ligeiramente diferentes. Para explicar cada uma, tomar-se-á como referências o sistema Pax da Michelin e o ContiSupportRing (CSR) da Continental, embora outras marcas tenham adotado sistemas semelhantes.

MICHELIN PAX

Além disso, o diâmetro dos talões é diferente, ou seja, a estrutura do pneu não é simétrica, o que faz com que as bases de assentamento do talão na jante também tenham diâmetros diferentes. Desta forma, é impossível utilizar um pneu Pax numa jante convencional ou um pneu convencional numa jante Pax. Associado a estas especificidades dos pneus Pax, surgiu também uma designação específica para as dimensões destes pneus. Tome-se como exemplo a designação inscrita no pneu Pax da imagem: 245 – 690 R 500 A 245 – Largura do pneu em mm 690 – Diâmetro total do pneu em mm R – Tipo de estrutura do pneu 500 – Diâmetro da jante em mm A – Assentamento Assimétrico (típico do sistema Pax)

O sistema Pax da Michelin, como a própria designação sugere, trata-se de um conjunto pneu, anel interior e jante, especialmente concebidos para cumprir a função de rolar sem pressão.

CONTINENTAL CONTISUPPORTRING

O pneu apresenta características específicas, nomeadamente a altura do seu flanco, menor que a

Como se trata de um pneu convencional, este sistema não produz qualquer efeito na performance do pneu durante a condução normal. Desta forma, não há necessidade de alterações na suspensão do veículo para manter o conforto do veículo, pois os pneus mantêm as suas características de amortecimento.

O anel interior é feito de um polímero duro e resistente, capaz de suportar o peso do veículo. A tecnologia CSR da Continental consiste num anel em aço inoxidável (1) com um suporte flexível (2) que é montado num pneu e jante convencionais. A Continental refere que o sistema foi especialmente desenvolvido para pneus com perfil elevado, entre 55 e 80.

Como facilmente se percebe pelas descrições destas tecnologias, a montagem e desmontagem do pneu e do anel interior de apoio da jante não são tarefa fácil. Estas soluções trouxeram a necessidade de equipamentos específicos para as operações de montagem e desmontagem do pneu na jante. Atualmente, o anel de apoio interior é uma tecnologia utilizada nos veículos blindados. FLANCOS REFORÇADOS As principais características de um pneu runflat com flancos reforçados é a rigidez da carcaça. A parede lateral do pneu (flanco) é construída com borracha reforçada, capaz de suportar o peso do veículo quando o pneu perde a pressão.

Esta característica confere ao pneu uma elevada rigidez que se traduz não só numa drástica redução do conforto do veículo, como numa diminuição evidente do tempo de vida de molas, amortecedores e outros elementos da suspensão. Assim, os construtores de veículos passaram a incluir este tipo de pneu como opcional do equipamento de origem, permitindo-lhes adaptar as respetivas suspensões às características do pneu runflat. Habitualmente, a forma do talão do pneu com flancos reforçados mantém-se igual à de um pneu convencional tornando possível a sua montagem em qualquer jante. No entanto, o talão é reforçado para garantir que o pneu não “descola” da jante quando a pressão for nula. Desta forma, em caso de furo, este pneu limita a saída do pneu da jante, minimizando os riscos de perda de controlo do veículo. Para evitar o aquecimento excessivo e consequente aceleração da degradação do pneu ao rolar SETEMBRO 2016

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TÉCNICA PNEUS

sem pressão, alguns construtores adicionam na composição da borracha do pneu um composto para diminuir a geração de calor, o que lhe permite continuar a rolar sem sofrer sobreaquecimento. Outros têm uma banda específica no seu flanco que promove o escoamento do ar e consequente arrefecimento do pneu. O desconforto causado pela rigidez excessiva destes pneus era apontado como uma das suas grandes desvantagens. No entanto, estes pneus têm vindo a evoluir e a diminuir a sua rigidez, aproximando-se cada vez mais de um pneu convencional.

Cada marca tem a sua forma de identificar o pneu runflat de flancos reforçados. Por exemplo, a Michelin utiliza a sigla ZP (Zero Pressure), a Continental utiliza SSR (Self Supporting Runflat), DSST (Dunlop Self Supporting Tecnology) para a Dunlop, EMT (Extended Mobility Tyre) para a Goodyear, RFT (Run Flat Tyre) para a Bridgestone e RF (Run Flat) para a Pirelli. Vantagens > Segurança (uma perda súbita de pressão não origina uma perda de controlo do veículo);

> Economia de espaço (não há necessidade de roda sobressalente); > Capacidade para circular até à oficina mais próxima. Desvantagens > Depois de um furo, estes pneus não podem ser reutilizados, é necessário a sua substituição; > Preço elevado - o custo de um pneu runflat é mais elevado do que o de um pneu convencional; > Os veículos que vêm de origem equipados com pneus runflat têm a sua suspensão otimizada para este tipo de pneus, pelo que utilizar pneus convencionais diminuirá o seu conforto e segurança.

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PÓS-VENDA

Com estas tecnologias, os construtores conseguiram desenvolver um pneu que pode circular sem pressão quase sem que o condutor se aperceba que o pneu está furado. No entanto, esta condição acarreta limitações, concretamente velocidade e distância máximas, pelo que é de extrema importância que o condutor seja informado sobre a condição de pressão dos pneus do veículo. Obrigatório para veículos ligeiros de passageiros fabricados na União Europeia a partir de 2014, o sistema de monitorização da pressão dos pneus, denominado TPMS (Tyre Pressure Monitoring System) atinge especial importância nos veículos equipados de origem com pneus runflat. A função do sistema é avisar o condutor de uma perda de pressão de ar nos pneus por intermédio de sinais luminosos e acústicos. Quando a pressão de ar é demasiado baixa em relação ao pré-estabelecido no sistema, o próprio emite um sinal acústico e/ou luminoso. Os principais sistemas de TPMS funcionam com base em dois princípios: o TPMS direto e o TPMS indireto. TPMS DIRETO No TPMS direto, um sensor colocado em cada roda mede a pressão de ar e transmite os dados a uma unidade de comando. Dependendo da programação da unidade eletrónica definida pelo construtor do veículo, o sistema pode fornecer ao condutor dados discriminados por cada pneu, um valor global ou pode simplesmente avisar quando os dados medidos (reais) não coincidem com os valores pré-programados. Os sensores incorporam uma pequena bateria que lhes confere autonomia para funcionar sem depender da energia do veículo. Estes sensores podem medir a pressão e a temperatura do pneu, para além de informar o sistema, através de ondas de baixa frequência, da sua posição no pneu e do estado da sua bateria. Ao mudar os pneus, substituir os sensores ou realizar qualquer outra operação de manutenção torna-se necessário voltar a calibrar os sensores para evitar problemas de medição. ITPMS OU TPMS INDIRETO O iTPMS não emprega sensores físicos para determinar a pressão de ar dos pneus, mas mede a pressão de forma indireta a partir da velocidade de rotação de cada roda, juntamente com outros valores que se obtêm de forma externa. Quando um pneu perde pressão, o seu diâmetro sofre uma ligeira redução e a sua velocidade de rotação é ligeiramente superior à de um pneu com a pressão correta. Esta variação de velocidade é lida pelos sensores de velocidade de rotação da roda associados ao ABS. Atualmente, o iTPMS costuma estar integrado na unidade eletrónica de comando do ABS e do

ESP e compara a velocidade de rotação dos pneus para determinar quando ocorre um problema na pressão de ar. TECNOLOGIA AUTO VEDANTE Atualmente existe uma outra solução técnica que permite que um pneu, após sofrer um furo, possa continuar a rolar, evitando a paragem do veículo. Esta tecnologia consiste na utilização de uma substância viscosa e aderente no interior do pneu que, em caso de perfuração, adere ao elemento externo penetrante, vedando a zona e impedindo o ar de sair.

Mesmo que o objeto que originou o furo seja retirado, a substância vai preencher o furo e manter a vedação do pneu, desde que seja de dimensões reduzidas (cerca de 5 mm, podendo ter variações de fabricante para fabricante). Alguns fabricantes consideram-na uma tecnologia runflat no sentido em que permite que se continue a circular em segurança com o pneu furado. Por outro lado, como não existe perda de pressão significativa, com base na definição legal não pode ser considerado um pneu runflat porque não pode rolar sem pressão. Vantagens > Manutenção da pressão do pneu em caso de furo. Desvantagens > Aplicável apenas a furos de dimensões reduzidas no piso do pneu. > Problemas de equilibragem da roda. Como foi referido ao longo deste artigo, há vantagens e desvantagens nestas tecnologias, pelo que é um assunto que ainda suscita algumas polémicas. Para uns, um pneu runflat é menos eficiente, menos confortável e sobretudo mais caro na compra e manutenção. Para outros, é uma maravilha tecnológica que torna a vida mais simples na presença de um furo e que pode prevenir acidentes. No entanto, a verificar-se a evolução tecnológica que os pneus têm tido nos últimos anos, quem sabe se no futuro existirão pneus furados?


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TÉCNICA DICAS PARA AS OFICINAS

Como resolver os problemas mais comuns nos automóveis? by Mecatronicaonline Dados técnicos by

CITROEN JUMPY II (G9) 2.0 HDIF 125 (DW10CD (AHZ)) 2011 ...

SINTOMA Falha do vidro eléctrico do condutor Valor incorrecto da temperatura ambiente CAUSA Chicote de cabos da porta do condutor: Entrada de água no conector

MERCEDES BENZ SPRINTER (W901/2/3/4/5) 413 CDI (611.983) 2000 2

SINTOMA Falhas intermitentes de arranque do motor O motor de arranque não roda A luz de aviso do motor acende-se Código de falha: P1330 CAUSA Relé do motor de arranque defeituoso R5

SOLUÇÕES Ligue a ferramenta de diagnóstico Unidade do imobilizador: Verifique o valor do estado da autorização de arranque

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PÓS-VENDA

Se não forem encontradas falhas Motor de arranque: Verifique a tensão do terminal 50 Se não houver tensão: Relé do motor de arranque R5 Tentar um arranque do motor Verifique a tensão entre os pinos 85 e 86 Se não forem encontradas falhas Verifique a tensão de saída

SOLUÇÕES Verifique se a orientação e a fixação do chicote de cabos está correcta Redefina a orientação e volte a prender o chicote de cabos, conforme a Necessidade

Se não houver tensão: Fornecer tensão da bateria ao terminal 50 do motor de arranque Tentar um arranque do motor

MERCEDES BENZ VITO /VIANO (W639) VITO 115 CDI (646.982) 2003 2007

Se o motor arrancar Substitua o relé R5 Elimine todos os códigos de falha

SINTOMA 1 Quando o comando à distância é usado Avaria do fecho centralizado Quando a chave é utilizada Avaria do fecho centralizado traseiro Unidade de controlo da porta de correr eléctrica: Código de falha: 90B2


CAUSA Motor do fecho centralizado da porta de correr eléctrica avariado M14/30 SOLUÇÕES Ligue a ferramenta de diagnóstico Unidade de controlo da porta de correr eléctrica: Verifique o estado do interruptor de controlo da fechadura da porta Abra a porta de correr eléctrica Valor previsto: Desactivado Fecha a porta de correr eléctrica Valor previsto: Activado Se o valor não sofrer uma alteração Unidade de controlo da porta de correr eléctrica: Verifique a tensão no pino 13 Verifique a ligação à massa no pino 8 Se não forem encontradas falhas Abra a porta de correr eléctrica Desligue o conector X100/8

Pino 13 Unidade de control da porta de correr eléctrica N69/6 Pino 2 Conector do motor do fecho centralizado X100/8 Pino 8 Unidade de control da porta de correr eléctrica N69/6 Pino 3 Conector do motor do fecho centralizado X100/8 Pino 15 Unidade de control da porta de correr eléctrica N69/6 Pino 4 Conector do motor do fecho centralizado X100/8 Pino 24 Unidade de control da porta de correr eléctrica N69/6 Se não forem encontradas falhas Substitua o motor do fecho centralizado SINTOMA 2 As luzes de aviso ABS/ESP acendem-se Unidade de controlo ABS/ESP: Códigos de falha: C0E51 / 4E51 CAUSA O sensor de ângulo de direcção não foi calibrado O teste de estrada não foi realizado SOLUÇÕES Ligue a ferramenta de diagnóstico Unidade de controlo ABS/ESP: Seleccione ‘Road Test activation’ (activação do teste de estrada)

1

Arranque o motor Pressione e mantenha pressionado o pedal de travão durante 2 segundos Conduza o veículo uma distância curta Velocidade do veículo (km/h/mph) ~ 10 /6 Conduza o veículo na sequência mostrada

5 Meça a resistência entre os pinos 1 e 3 Valor previsto: > 30 Ohm Fecha a porta de correr eléctrica Meça a resistência entre os pinos 1 e 3 Valor previsto: < 1 Ohm Se os valores forem excedidos Volte a ligar o conector X100/8 Verifique a continuidade eléctrica entre os seguintes pinos/pontos: Pino 1 Conector do motor do fecho centralizado X100/8

5

1

Ângulo de direcção máximo: 360° A luz de aviso deve apagar-se Seleccione ‘Road Test deactivation’ (desactivação do teste de estrada) Leia os códigos de falha SINTOMA 3 Perda de potência O motor passa para o modo “limp home” (mobilidade mínima) A luz de aviso do motor acende-se Unidade de controlo do motor: Códigos de falha: P2359 / P2671 CAUSA Mangueira de admissão de ar danificada Soluções Ligue a ferramenta de diagnóstico Execute um teste de condução reduzido Verifique a pressão do turbocompressor Motor em plena carga Se o valor exibido for: < 1500 mbar Solenóide controlo de pressão do turbo: Execute um teste de atuação Se não forem encontradas falhas Turbocompressor: Verifique o veio do turbocompressor quanto a folga radial excessiva Valor previsto: < 0.1 mm Se o valor estiver correcto Verifique a saturação do filtro de partículas diesel Verifique a diferença de temperatura entre a entrada e a saída do conversor catalítico A temperatura de saída deve ultrapassar a temperatura de entrada Se não forem encontradas falhas Válvula de controlo do turbilhão: Verifique a existência de obstruções Execute um teste de actuação Se não forem encontradas falhas Sistema de admissão de ar: Verifique a existência de fugas Retire o filtro de ar e tape a entrada O motor deve parar Se o motor não se for abaixo Verifique a existência de danos no sistema de admissão de ar Nota: Verifique minuciosamente a mangueira entre o turbocompressor e o intercooler Substitua ou repare se necessário

NOTA OS DADOS TÉCNICOS, DA RESPONSABILIDADE DA MECATRÓNICAONLINE (DIREITOS DE AUTOR HAYNESPRO B.V.), EMPRESA DE REFERÊNCIA AO NÍVEL DA INFORMAÇÃO TÉCNICA, SERÃO PUBLICADOS EM TODOS OS NÚMEROS DA REVISTA PÓS-VENDA. SE PRETENDER MAIS ESCLARECIMENTOS SOBRE ESTES DADOS TÉCNICOS, OU CASO TENHA UMA DÚVIDA TÉCNICA QUE PRETENDA VER ESCLARECIDA, ENVIE-NOS UM EMAIL PARA: GERAL@POSVENDA.PT

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PNEUS BRG TYRE

Ser competitivo

Operando nos distritos de Braga, Viana do Castelo, Porto e Aveiro com entregas bi-diárias, os responsáveis da BRG Tyre assumem que a diferença está no preço, sendo essa a única forma de ser competitivo no mercado.

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epois de 20 anos a trabalhar na Império, Filipe Almendra montou em 2009 a BRG Tyre, empresa de Braga ligada à revenda de pneus, como forma de dar continuidade à sua experiência na área dos pneus de camião. Este grossista de pneus começou precisamente pela revenda de pneus de camião, mas o elevado risco desta operação (e a crise que afetou os transportes), acabou por levar a empresa a dedicar-se ao pneu de ligeiro, comercial e 4x4 (mantém residualmente algumas vendas em pneus de camião). Atualmente a BRG Tyre é distribuidora das cinco marcas do grupo Goodyear (Goodyear, Dunlop, Sava, Fulda e Debica) bem como de

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PÓS-VENDA

{ TEXTO PAULO HOMEM } algumas marcas do Grupo Michelin (Michelin, Kormoran e BF Goodrich). “Estamos sempre à espera de bons negócios que nos permitam trabalhar com outras marcas, nomeadamente no segmento budget”, revela Filipe Almendra, assumindo que a empresa não tem nenhuma marca exclusiva. Porém, o responsável da BRG Tyre explica que os seus clientes já preferem muito mais trabalhar com pneus do budget das marcas que representa do que com pneus chineses, pois “uma reclamação de um pneus chinês raramente tem sucesso”. Com sede e armazém em Braga, geograficamente a BRG Tyre opera nos distritos de Braga, Viana do Castelo, Porto e Aveiro. “Para estes

distritos fazemos entregas bi-diárias, de manhã e à tarde e, para o resto do país, fazemos entregas em 24 horas”, assegura o gerente da empresa dizendo que, pontualmente, a BRG Tyre faz também algumas entregas próprias. Para além de Filipe Almendra, que faz algumas visitas aos clientes, a BRG Tyre não tem qualquer equipa comercial no terreno, apostando nas tecnologias disponíveis para promover os seus pneus para o mercado. A BRG Tyre tem um site de vendas B2B que os clientes podem consultar e ver as quantidades e preços, para depois efetuarem as suas encomendas, argumentando Filipe Almendra que “apesar do site ser fundamental, a questão relacional com os clientes é ainda muito impor-


tante. Muitos clientes consultam o site mas depois ligam para fazer a encomenda. Contudo, sempre que possível é feita alguma prospeção no terreno”. STOCK Nas suas instalações de Braga, a BRG Tyre possui um stock médio que ronda os 6.500 pneus, com uma oferta estruturada de 6 a 7 marcas distintas dentro das 20 medidas mais vendáveis. “A nossa política de produto é muito orientada por aquilo que mais se vende no mercado. Nas medidas com menos expressão comercial tentamos sempre satisfazer os pedidos dos clientes”, explica Filipe Almendra, reconhecendo que “estamos num negócio onde o fundamental é ter em stock o pneu que o cliente procura, caso contrário ele vai comprar a outra lado”. DIFERENCIAÇÃO Considerando que até há dois anos um grossista ainda se podia diferenciar pelo serviço, nomeadamente através das entregas bi-diárias, Filipe Almendra considera que isso já todos o

fazem no mercado, pelo que a diferenciação é apenas uma: o preço. “Quando se vende o mesmo pneu, da mesma marca e com a mesma medida só existe uma maneira de sermos competitivos, que é pelo preço”, reconhece o mesmo responsável, alegando que “todos nós entregamos em bi-diária e isso já não faz a diferença neste negócio. Por isso, só nos resta sermos competitivos no preço, apesar disso ser muito complicado”. Para potenciar as vendas, a BRG Tyre dinamiza todas as semanas campanhas comerciais em 5 ou 6 medidas. É uma prática regular que a empresa de Braga vai continuar a apostar, até

CONTACTOS BRG TYRE Filipe Almendra 253 279 609 geral@brgtyre.com www.brgtyre.com

porque, no entender de Filipe Almendra, todos os retalhistas consultam hoje todos os sites B2B sendo poucos os que discutem preços. “Quando colocamos os nossos preços no site B2B é quase sempre o melhor preço que podemos fazer”, revela o responsável da BRG Tyre, pois “se pensarmos que o cliente vai ligar para discutir preço acabamos por perder vendas, pois o cliente, de facto, já não liga para falar sobre o preço”. FUTURO A BRG Tyre tem vindo a crescer 5 a 6% ao ano em faturação e 12% em unidades, considerando Filipe Almendra que são ritmos de crescimentos sustentáveis e criteriosos, apesar da diminuição do valor médio por pneu (que também se verifica no mercado). “Temos capacidade instalada e, com algum esforço, apostando naquilo que tem mesmo rotação, julgo que poderemos continuar a crescer”, revela o gerente da empresa, concluindo que “o mercado não estica, mas temos espaço para crescer, mesmo sabendo que diariamente se vê de tudo neste mercado”. SETEMBRO 2016

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PNEUS NOTÍCIAS

Carglass novo parceiro da Contiservice

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epois de anunciada a Shell, a Carglass é o novo parceiro da rede ContiService, passando esta a disponibilizar na sua oferta a reparação e substituição de vidro automóvel. Pedro Teixeira, Diretor Geral da Continental P ne u s Por t u ga l , e res pon s áve l pe lo ContiService, destaca a importância desta parceria com uma empresa líder na sua área de atuação “que garante aos nossos parceiros e aos seus clientes a prestação de um serviço com garantias de elevada qualidade”. A aposta na diversificação da oferta de serviços é um dos pilares essenciais da rede ContiService. “O consumidor é hoje muito mais exigente em relação à oferta disponível no mercado em todos os setores, e neste também. Só conseguiremos conquistar e fidelizar este consumidor se formos capazes de oferecer um serviço que vá de encontro às suas necessidades e às suas expetativas”, adianta o responsável, colocando a tónica na necessidade de “incentivarmos e apoiarmos os nossos parceiros na ampliação da oferta de serviços para além da venda de pneus, introduzindo serviços de mecânica como revisões, mudança de óleos e filtros, baterias, escovas e mecânica geral. Esta parceria com a Carglass é um excelente exemplo disso mesmo” conclui Pedro Teixeira. A Continental Pneus Portugal (CPP) investiu

até ao momento cerca de 700 mil euros na rede ContiService. O objetivo é, até 2020, alcançar a fasquia dos 100 agentes a nível nacional, garantindo desta forma a cobertura geoestratégica de todo o território. Com um ano de presença no mercado, a rede conta atualmente com 18 agentes.

Euromaster Ideal Pneus abriu em Barcelos, através da Ideal Pneus, aquilo considera ser a “Boutique do Automóvel”. A vontade empreendedora da Ideal Pneus e a sua constante preocupação em prestar o melhor serviço aos seus clientes, levou a

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A marca de pneus Ovation, da qual a Tiresur é distribuidora exclusiva para Espanha e Portugal bem como num importante número de países da América Latina e África, avança com outro novo lançamento para o próximo ano 2017. Trata-se do novo modelo para 4X4/ SUV, o VI-286MT, que estará disponível em 8 medidas diferentes e que vem substituir o vigente VI-186MT, atualmente disponível em 5 medidas. Este novo pneu será lançado primeiramente apenas nos mercados de África e América, onde este tipo de produtos tem uma enorme procura, bem como um excelente rendimento para condições extremas, dadas as duras características do terreno e do clima. O VI-286MT é um pneu com um piso bastante agressivo que permite uma extraordinária tração. O seu desenho de ombros oferece uma imensurável resistência ao aquaplaning e uma enorme segurança em curva, aportando também uma grande resistência aos danos provocados por superfícies mais abruptas graças ao reforço da carcaça.

Grupo Andrés renova website

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Ideal Pneus abre “Boutique Automóvel”

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Ovation vai lançar novo pneu 4x4

empresa a regressar à zona que os viu nascer, inaugurando no centro de Barcelos, junto ao campo da feira, as suas novas instalações. Este espaço, moderno e confortável, aberto desde o princípio de Agosto, incorpora um novo conceito “Boutique do Automóvel”, destina-se aos clientes com viaturas ligeiras q ue pro c u ra m u m se r v iç o a bra n ge nte (pneus e mecânica rápida) e com a qualidade a que já estavam habituados nas instalações da periferia da cidade. Com esta nova solução, a Eu romaster Idea l Pneus pretende agora ajudar aqueles clientes que trabalhando no centro da cidade tivessem maior dificuldade em deslocar-se ao outro centro da zona industrial.

Grupo Andrés vai potencializar a sua internacionalização com o lançamento de um novo website de alta tecnologia. Prevê a empresa espanhola que seja visitado por mais de 4.5 milhões de profissionais do pneu em 2016. Depois de seis meses de intenso trabalho, o Grupo Andrés acaba de lançar o seu novo website para profissionais de última geração, estando disponível logo na fase de arranque em espanhol, inglês e português. Depois dos 4 milhões de visitantes em 2015 (foi dos 20 websites mais importantesß∑ de negócio em Espanha), este novo espaço, disponível em www.grupoandres.com, permite à empresa pensar que em 2016 atingirá 4,5 milhões de profissionais. Este novo website, que se adapta a todo o tipo de dispositivos móveis, terá para além da parte de comércio de pneus, uma componente noticiosa e outros mais valias que poderá ver em www.grupoandres.com.




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