PÓS-VENDA 1

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N.º 1 OUTUBRO 2015 2€

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DOSSIER

Peças para asiáticos São cada vez mais os operadores que integram no seu portfólio de produtos as peças para veículos de origem asiática. Fomos conhecer como se tem desenvolvido o negócio deste tipo de componentes

EM DESTAQUE REDES OFICINAIS DA NEXUS AUTOMOTIVE CHEGAM A PORTUGAL VISÃO SAIBA O PREÇO DA MÃO-DE-OBRA NAS OFICINAS POR REGIÕES PNEUS ANÁLISE AO ESTUDO DA DECO SOBRE PNEUS USADOS PERSONALIDADE DO MÊS PEDRO PROENÇA PROJETA O FUTURO DA CREATE BUSINESS

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SUMÁRIO

N.º 1 OUTUBRO 2015

EM DESTAQUE Conceitos oficinais Nexus Automotive NOTÍCIAS

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MERCADO Qucann Pinto da Costa & Costa CCI Automotive Refinish Hyprel Portugal

P. 18 P. 20 P. 22 P. 24

OFICINA Carteam Service

P. 26

EVENTOS Conferência Setor Automóvel Braga 25 anos Krautli Portugal

P. 28 P. 30

PRIMEIRO EQUIPAMENTO Pós-venda Mercedes

P. 32

Nº REGISTO ERC 126724

COMERCIAL LIGEIRO Citroën Berlingo 1.6 HDi

DEPÓSITO LEGAL 399246/15

P. 36

DOSSIER Peças para veículos asiáticos

P. 38

PERSONALIDADE DO MÊS Pedro Proença - Create Business

P. 48

VISÃO Estudo do preço da mão-de-obra Novas regras de conflitos (CASA)

P. 54 P. 58

OPINIÃO Pedro Nascimento (PneuImpex)

P. 62

SALÃO EQUIP AUTO Salão Auto de Braga Expomecânica

P. 64 P. 66 P. 68

PROPRIETÁRIA E EDITORA ORMP Pós-Venda Media, Lda Miraflores Office Center - R. Santa Teresa do Menino Jesus Nº 4 Esc. 7º - E Miraflores 1495 - 048 Algés Nº Contribuinte: 513 634 398 CONTACTOS Telefone: +351 218 068 949 Telemóvel: +351 939 995 128 E.mail: geral@posvenda.pt Website: www.posvenda.pt Facebook: www.facebook.com/revistaposvenda Linkedin: w ww.linkedin.com/company/ revista-pós-venda

DIRETOR Paulo Homem paulo.homem@posvenda.pt REDAÇÃO Cláudio Delicado claudio.delicado@posvenda.pt Hugo Jorge hugo.jorge@posvenda.pt DIRETORA COMERCIAL Anabela Machado anabela.machado@posvenda.pt PAGINAÇÃO Carla Batista geral@posvenda.pt SEDE DE REDAÇÃO Miraflores Office Center - R. Santa Teresa do Menino Jesus Nº 6 Esc. 7º - E Miraflores 1495 - 048 Algés TIRAGEM 10.000 Exemplares PERIODICIDADE Mensal IMPRESSÃO DPS – Digital Printing Solutions MLP, Quinta do Grajal – Venda Seca, 2739-511 Agualva Cacém – Tel: 214337000

TÉCNICA Suspensão e amortecedores (Capítulo 1) Dados técnicos Mecatrónica Online Preço dos componentes (Melett)

P. 69 P. 72 P. 74

FORMAÇÃO Nova estufa de pintura do CEPRA

P. 76

PNEUS Safame / Grupo Mesas

P. 78 P. 80

Estudo de pneus usados DECO

ESTATUTO EDITORIAL REVISTA “PÓS-VENDA”

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revista PÓS-VENDA é uma publicação mensal de informação especializada, orientada por critérios de rigor e pro-atividade editorial, sem qualquer dependência direta de ordem associativa, empresarial, comercial ou política. A rev ista PÓS-V EN DA compromete-se, aci ma de tudo, a promover ed itor ia l mente o sec tor do pós-venda automóvel em Portugal de uma for ma c r iter iosa, coerente, r igorosa e isenta.

A revista PÓS-VENDA quer intensificar a relação com o leitor alvo, seja ele um agente passivo ou ativo no pós-venda em Portugal ou no estrangeiro, incentivando constantemente a sua participação nesta publicação, como forma de valorização dos conteúdos editoriais. A rev ista PÓS-V EN DA está, por isso, a berta a todos os seus leitores, sem exceção, desde que o respeito pelas ideias de cada um seja mantido

e desde que estes acrescentem valor editorial à publicação. A revista PÓS-VENDA é totalmente independente, tendo distribuição gratuita. Os possíveis parceiros comerciais ou a maior relação de proximidade profissional ou pessoal com qualquer agente passivo ou ativo no Pós-venda não determina ou condiciona, nunca, a nossa linha editorial e as opiniões expressas pelos responsáveis editoriais desta publicação. OUTUBRO 2015

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EDITORIAL

Porquê a Pós-Venda?

PAULO HOMEM DIRETOR paulo.homem@posvenda.pt

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resposta é simples. Porque queremos ser a melhor publicação do setor do Pós­‑Venda automóvel em Portugal. Pode 0parecer uma resposta arrogante e prepotente, mas é acima de tudo uma resposta realista em função da equipa que produz a revista Pós­‑Venda. Temos não só a equipa com mais experiência na edição e produção de publicações especializadas na área do Pós­‑Venda automóvel em Portugal, como é a maior equipa efetiva a trabalhar uma publicação desta área. O trabalho que esta equipa desenvolveu ao longo de tantos anos, marcou decisivamente o Pós­‑Venda automóvel em Portugal, sendo agora o momento de colocar em papel e no “online” uma série de conteúdos e ideias que permitirão à revista Pós­‑Venda diferenciar­ ‑se do ponto de vista editorial, de tudo o que é feito atualmente, onde a atualidade e o futuro do setor merecem destaque. É esse o nosso compromisso, com a vantagem de que estaremos 100% focados na Pós­‑Venda e nos projetos complementares a este que iremos dando conta nos próximos meses. Mas como não somos donos da razão, estaremos não só abertos a todos os atores deste mercado, independentemente do seu grau de comprometimento editorial ou comercial com a Pós­‑Venda, como somos os primeiros a incentivar que os mesmos nos façam chegar sugestões, criticas e opiniões que possam melhorar continuamente a nossa revista, o nosso website ou a nossa newsletter.

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Estaremos não só abertos a todos os atores deste mercado, independentemente do seu grau de comprometimento editorial ou comercial com a Pós­‑Venda, como somos os primeiros a incentivar que os mesmos nos façam chegar sugestões Utilizaremos nesta fase o slogan “Todo o Pós­ ‑Venda numa revista”, pois parece­‑nos que o mesmo corresponde exatamente aquilo que queremos para a nossa publicação, isto é, sermos o mais abrangentes possível. O nome “Pós­‑Venda” transporta­‑nos exatamente para essa abrangência editorial, e a evolução do mercado do Pós­‑Venda automóvel caminhou precisamente nesse sentido já que hoje a marca automóvel vende peças às oficinas independentes, uma oficina de mecânica faz pneus, a casa de pneus faz mecânica, todas as oficinas podem fazer manutenção em garantia, etc. Espero que todos nos acompanhem nesta caminhada, sendo certo que esta revista Pós­ ‑Venda não é apenas nossa mas também de todos os agentes deste mercado.


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EM DESTAQUE NEXUS AUTOMOTIVE

A força da Nexus chega às redes de oficinas em Portugal O Grupo Nexus Automotive, presente em mais de 60 países, vai trazer para Portugal as redes NexusAuto e NexusTruck, para ligeiros e pesados, respetivamente. Philippe Guyot, responsável pelas redes, explica a estratégia. { TEXTO CLÁUDIO DELICADO}

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Nexus Automotive vai trazer para Portugal os seus dois cocneitos oficinais: NexusAuto (para ligeiros) e NexusTruck (para pesados). O grupo internacional de distribuição de peças fundado há menos de dois anos teve um crescimento avassalador em toda a Europa. Portugal não foi exceção e, apesar da presença ser mais recente e feita através do Grupo Serca (e dos seus parceiros Krautli Portugal, Soulima, Bragalis e Cosimpor), a aposta no nosso país é forte. É por isso que os conceitos oficinais que o grupo já lançou internacionalmente vão chegar a Portugal, tal como confirmou em exclusivo à Revista PÓS-VENDA Philippe Guyot, diretor de desenvolvimento de negócios. Os conceitos serão sempre trabalhados através dos parceiros no mercado nacional e, agora, há um novo membro, a Reta, que será também responsável por dinamizar a rede oficinal para pesados, juntamente com a URVI, associação composta por uma rede de distribuição de

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peças para viaturas pesadas – camiões, semirreboques, tratores, entre outros – com 21 sócios em Espanha e membro do Grupo Nexus para a área dos pesados. “O nosso objetivo é claramente trazer os dois conceitos oficinais para Portugal. Vamos discutir isso com os nossos parceiros distribuidores em Portugal para os ligeiros e com a Reta, o nosso novo distribuir de peças para pesados, que se juntou recentemente a nós”, explica Philippe Guoyt, diretor de desenvolvimento de negócios da Nexus Automotive. Ainda não há datas que possam ser avançadas, mas a avaliar pela dinâmica deste grupo, os conceitos deverão chegar em breve ao nosso mercado, onde há ainda muitas oportunidades de crescimento para as redes de oficina. “Portugal é um país onde há uma cultura automóvel muito forte e chegou o tempo de estruturar o negócio”, explica o responsável, que acrescenta: “A nossa grande oportunidade, além do crescimento que as redes começam a ter em Portugal é a


qualidade dos nossos parceiros. A um nível internacional nós comprometemo-nos a apoiá-los e a partilhar com eles a experiência que temos, em todos os mercados europeus e também fora da Europa”. Para os conceitos oficinais o que a Nexus Automotive oferece são “as regras básicas, a moldura e a estrutura do conceito e todoa a nossa experiência. O sucesso das redes vem do conhecimento que podemos aportar e da experiência local dos nossos distribuidores. É um trabalho de equipa, e a boa notícia para aqueles que serão os nossos parceiros e venham a fazer parte da rede, é que temos um espírito de equipa muito forte, tanto na Nexus International, no Grupo SERCA como na URVI”, sublinha Philippe Guyot. A promessa que o responsável deixa é a de levar aos parceiros portugueses atuais “todas as explicações para que percebam como funcionam os nossos conceitos oficinais, além de apoio total para implementar esses conceitos de uma forma rápida e eficiente. Somos muito pragmáticos e profissionais e não perdemos tempo com teorias de voar demasiado alto, apenas em estar perto e apoiar em tudo os nossos parceiros e aderentes à rede”, sublinha.

DOIS CONCEITOS A Nexus International está a trazer para o mercado dois conceitos distintos: um para ligeiros (NexusAuto) e outro para pesados (NexusTruck). “Hoje, qualquer grupo que queira ser confiável e eficiente no apoio aos seus membros, seja qual for a sua atividade, deve desenvolver e garantir redes eficazes. Isto faz todo o sentido no negócio automóvel: as oficinas independentes (para ligeiros e para pesados) têm que ser apoiadas para conseguirem fazer frente às redes oficiais das marcas, devido à evolução tecnológica que a manutenção automóvel tem tido”, explica Philippe Guyot. O aparecimento destes dois conceitos oficinais surgiu pela “necessidade de apoiar as oficinas independentes. Temos membros que já estão em redes oficinais e membros que nos pedem uma rede há algum tempo, uma vez que não encontram uma solução válida na oferta atual de mercado”. Com uma rede de distribuição mundial muito forte, este acabou por ser um passo natural na estratégia do grupo. “Desde o início que não colocámos limites na cobertura geográfica (estamos já presentes em quatro continentes, com presença na Europa, Médio-Oriente, África, América do Norte e do Sul, Ásia-Pacífico) ou em termos de valências no aftermarket (distribuidores para ligeiros e pesados, fast-fitters, plataformas online). Decidimos oferecer imediatamente um apoio completo à rede de distribuição, ou seja, às oficinas, clientes dos nossos membros.” Os mercados prioritários e que estão no

service

service

GArAGeNAMe

arranque das redes oficinais do grupo são França, Polónia, Espanha, Roménia, Itália e Argélia, mas há muitos outros países que se seguirão, como Portugal. Neste momento, a NexusAuto tem 80 oficinas a implementar o conceito, mas muitas se vão seguir no próximo ano. Na Polónia são 60 oficinas em fase de conversão. O Grupo SERCA, em Espanha, está

São quatro os pilares das redes Nexus: imagem e sinalética; gestão de dados (catálogo eletrónico e sistema ERP); marketing; e formação (técnica e comercial)

com muita qualidade. Não colocamos pressão nos nossos ombros nem nos ombros dos nossos parceiros em termos de número de oficinas. Quando desenvolvemos conceitos de qualidade num nível local, as oficinas e os profissionais de qualidade vão-se juntar a nós, com uma visão de relação de longo prazo”. Até porque, acrescenta o responsável, “o futuro está definitivamente nas redes, já que é a única forma de beneficiar de apoio em marketing, comercial, técnico e de formação”. A força da rede do Grupo Nexus passa por ju nta r o con heci mento com u ma esca la global, mas criar conceitos diferenciados à imagem de cada região, sempre tendo em conta aspetos culturais ou especificidades nacionais ou regionais. Por exemplo, “estamos neste momento a desenvolver a rede NexusAuto na China e estamos a ouvir os nossos parceiros para ajustarmos o conceito NEXUSAUTO + N! mercado poster with all suppliers logo’s a este tão específico”, exemplifica o responsável.

a estudar como tornar a sua rede SPG parte da NexusAuto. Estão também em reconversão 50 oficinas na Roménia e 100 oficinas em implementação na Argélia. Em relação à NexusTruck, há duas oficinas importantes em implementação pela URVI em Valência, Espanha, sendo que mais vão surgir na Polónia, Argélia, Grécia e Arábia Saudita. “Quem adere à nossa rede recebe um pacote de apoio eficiente e pragmático para que possa entrar e vingar num mercado muito competitivo. Para os nossos membros da distribuição, é uma possibilidade de desenvolverem o negócio junto dos seus clientes oficina, conseguindo aumentar a sua lealdade e fidelização no que diz respeito a compras”, resume Philippe Guyot, que traça os objetivos da chegada destas duas redes ao mercado: “O objetivo principal é trazer para o mercado uma rede OUTUBRO 2015

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NOTÍCIAS

Autozitânia promove Méguin

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omo representa nte exc lusivo da marca de lubrificantes Méguin para a o mercado português, a Autozitânia reuniu a nata dos distribuidores, num evento no Autódromo do Estoril. Vieram dos quatro cantos de Portugal e ilhas, os principais distribuidores (retalhistas de peças) que trabalham com a Autozitânia e que comercializam a marca de lubrificantes Méguin. O objetivo foi, acima de tudo, reforçar os laços comerciais entre empresas, através de uma ação que permitiu aos presentes conhecer ainda melhor a marca Méguin, mais concre‑ tamente, o seu desenvolvimento tecnológico. Esta companhia, que foi fundada em 1847, passou em 2006 a pertencer ao universo da Liqui Moly, tornando­‑se dessa forma um especialista em lubrificantes com uma gama muito completa de produtos (lubrificantes e aditivos). A Méguin produz mais de 90.000 toneladas / ano de lubrificantes, tendo uma capacidade de armazenamento em tanque de 18 milhões de litros (nas suas instalações de Saarlouis

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na Alemanha), estando presente em 84 paí‑ ses a nível mundial. Para além dos lubrificantes para motor, a Méguin disponibiliza óleo para caixas de velocidades, industriais, hidráulicos, pro‑ teção, arrefecimento, turbina e confragem,

A Méguin produz mais de 90.000 toneladas /ano de lubrificantes para além de massas, pastas, aditivos e óleos para maquinaria diversa. O fabrico é feito em exclusivo na Alemanha, assim como a inves‑ tigação e o desenvolvimento são realizados em laboratórios próprios, tendo a Méguin os certificados ISO em certificação de gestão, gestão ambiental e gestão energética. Uma das vantagens dos lubrificantes Mé‑

guin são as certificações que os produ‑ tos dispõem, em marcas de relevo como a Porsche, BMW, Daimler e Volkswagen, que permite que estes lubrificantes se‑ jam usados nos automóveis mesmo que es teja m a i nd a no pe r íodo de ga ra nt ia . Em Portugal são cerca de 40 os retalhistas que comercializam a Méguin, mas “queremos que o número de distribuidores desta marca seja ainda maior, apesar de estarmos presentes com alguns dos mais importantes retalhistas do setor em Portugal na maioria dos distritos portugueses”, revelou Flávio Menino, Mark‑ teer da Autozitânia. A Autozitânia coloca ao dispor dos seus dis‑ tribuidores todo o “know­‑how” em matéria de lubrificantes, com o apoio da Méguin, para que estes possam fazer uma venda mais consis‑ tente e sustentada às oficinas, baseada em co‑ nhecimento e na qualidade dos lubrificantes. Durante esta ação, o responsável técnico da Méguin deu uma pequena formação sobre lubrificantes e sobre aditivos, alertando acima de tudo para a necessidade de usar o produto correto para cada motor.


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SIVA disponibiliza Partslink24 às oficinas

e s de m a io c omo proj e to pi loto, a SIVA acaba de lançar o Partslink24 (www.partslink24.com). Trata­‑ se de um novo sistema para a gestão eletrónica das compras de peças originais por parte das ofi‑ cinas independentes às redes de concessio‑ nários das marcas representadas pela SIVA. O Partslink24 é atualmente composto por um conjunto de 31 catálogos online multimarca, sendo as marcas VW, Audi e Škoda pioneiras na disponibilização para venda no mercado

português de peças originais para todos os seus modelos. A pesquisa das peças pode ser efetuada através do número do chassis ou por modelo e ano do veículo. As oficinas independentes interessadas na utilização desta ferramenta, poderão efetuar uma adaptação específica à plataforma Part‑ slink24 e contarão sempre com o apoio dos concessionários VW, Audi e Škoda bem como, um suporte técnico para esclarecimento de dúvidas.

CARF retoma normalidade

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mpresa de referência no setor da dis‑ tribuição de peças de automóveis para o pós­‑venda, a CARF tem tido um cres‑ cimento exponencial nos últimos dois anos, estando agora presente em Lisboa, Leiria, Algarve, Porto e Vila Real. A empresa de Camarate conseguiu neste período de tempo uma abrangência nacional que ronda os 85% do mercado continental, tendo uma forte presença em todo o litoral português. Atualmente são mais de 110 veículos comer‑ ciais que asseguram entregas bi­‑diárias em praticamente todo o país, sendo que em al‑ gumas zonas (de maior densidade de clientes) oferece outros níveis de serviços (entregas ao sábado, três ou mais vezes por dia, etc). A empresa tem vindo a investir fortemente na qualidade da frota, tendo recentemente adquirido mais 30 novos furgões (a empresa investiu nos últimos dois meses, entre viatu‑ ras ligeiras e pesadas, cerca de um milhão de euros), bem como nos sistemas de informa‑ ção, de modo a operacionalizar ainda mais a complexa atividade de distribuição de peças, facilitando dessa forma a relação fornecedor / cliente. “Foi um enorme crescimento que a empresa registou nos dois últimos anos, o que gerou

um exponencial aumento dos nossos serviços a nível nacional, bem como permitiu captar um número cada vez maior de clientes”, afir‑ ma Paulo Carvalho, diretor geral da CARF, reconhecendo contudo que “este rápido cres‑ cimento trouxe também alguns novos cons‑ trangimentos, que se refletiram na qualidade do serviço prestado em determinadas zonas e com determinados clientes. Nesta altura, assumindo e reconhecendo o sucedido, posso afirmar com segurança, que retomamos a normalidade das nossas operações. Agradeço o apoio e confiança que o mercado continua a depositar em nós e ao incentivo para a conti‑ nuação da nossa expansão geográfica”. O responsável da CARF assegura que o mo‑ mento é de consolidação da atividade de dis‑ tribuição de peças na estrutura atual, estando a decorrer um conjunto de investimentos com essa finalidade.

Vieira & Freitas apresenta catálogo de sensores Meat & Doria

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novo catálogo de sensores de tempera‑ tura de gases de escape da Meat & Doria está já disponível na Vieira & Freitas. A Meat & Doria, marca italiana que iniciou a sua atividade em 1945, comercializa sensores de temperatura de gases de escape para uti‑ lização em diversos modelos de automóveis,

apresentando a Vieira & Freitas uma ampla gama destes artigos, que já se encontram em stock. Estes sensores apresentam atualmente uma vasta aplicação nos processos de controlo da combustão, tanto ao nível dos motores a gasolina como a diesel. OUTUBRO 2015

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NOTÍCIAS

Dica Ambiental by Eco­‑Partner

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uais as principais preocupações de uma oficina no que respeita a Gestão de Resíduos? As obrigações dos produtores de resíduos derivam da transposição para a ordem jurídica interna da Directiva do Parlamento Europeu e do Conselho relativa aos Resíduos. O Regime Geral de Gestão de Resíduos (Decreto­‑ Lei n.º 178/2006) estabelece os princípios desta actividade obrigatória para as empresas do sector automóvel. Ao abrigo deste regime, as empresas do sector devem reduzir a produção e a perigo‑ sidade dos resíduos que produzem. Devem também efectuar a segregação na origem por tipo, sendo que cada tipo de resíduo deve ser acondicionado num contentor diferenciado e expedido de forma indivi‑ dualizada (uma GAR por tipo de resíduo). Não é permitido misturar resíduos pelo que deve ser promov ida a sepa ração (contra­‑ ordenação ambiental muito gra‑ ve). As empresas devem transportar os resíduos segundo as regras definidas e encaminhá­‑los para destinos finais licen‑ ciados, cumprindo todos os procedimentos administrativos obrigatórios. Montante da Coima aplicável: 1 ­‑ a quem não assegure a gestão de resí‑ duos ‑­ 7.500 a 44.890 €; 2 ­‑ a quem não efetue a separação na origem de forma a promover preferencialmente a valorização ­‑ 2.500 a 30.000 €. Nota: A Dica Ambiental, da responsabili‑ dade de Eco­‑Partner, empresa com larga experiência e conhecimentos na área ambiental ligada ao setor do pós­‑venda automóvel, será publicada em todos os números da revista PÓS-VENDA. Caso tenha uma dúvida ambiental re‑ lacionada com o seu negócio na área do Pós­‑Venda, envie­‑ nos um email para: geral@posvenda.pt.

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GT Motive ultrapassou as 5 milhões de avaliações na Europa

Carglass passou também a operar em Beja

Redeinnov com mais retalhistas

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Redeinnov passou a integrar na sua estrutura dois novos retalhistas, a MC Peças (Alverca) e MM Peças (Régua), sendo atualmente a rede composta por 8 retalhistas. Autopeças (Aveiro), Maiorpeças (Rio Maior), Orcopeças (Santarém, Coruche e Almeirim), PD Auto (Braga), Rodeça (Sta. Maria da Feira e Estarreja) e Tisoauto (Felgueiras, Amaran‑ te, Longra, Lixa e Faro) foram os aderentes iniciais a esta rede. Estas incorporações estão enquadradas na estratégia da Redeinnov de aumentar gra‑ dualmente a sua cobertura geográfica de

atuação. “Continuam a bom ritmo as negocia‑ ções com outras empresas que manifestaram o seu interesse em aderir à rede, sendo que sem pressa mas sem perder tempo a Redein‑ nov continuará ativamente a trabalhar no objetivo de, a médio prazo, ter uma cobertura geográfica abrangente”, revela Nuno Reis, membro da direção da empresa. A Webshop da Redeinnov, ferramenta central para a melhoria da eficiência e comunicação entre a rede e os seus membros retalhistas, está neste momento já implementada na maioria dos membros, facilitando o dia-a-dia das empresas.

Kikai e Gonçalteam entregam prémio

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a passada edição da Expomecânica, que decorreu em junho de 2015, a Gon‑ çalteam organizou um passatempo, muito concorrido, tendo agora entregue o prémio ao seu vencedor. Este passatempo consistia na simples troca de um pneu de um carro, no menor tempo possível, o que motivou que muitos dos vi‑ sitantes desta exposição tivessem aderido a esta iniciativa. O prémio do passatempo PIT STOP by Gonçal‑ team foi um carro de ferramentas oferecido pela SNA Europe / BAHCO, que agora foi entre‑

gue a Sérgio Coelho, da Sertã, na foto acompa‑ nhado por Sónia Rodrigues (Expomecânica) e Ricardo Sousa (Gonçalteam).

Nova máquina de impacto da Cleco

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Cleco, representada em Portugal pela Fonseca, Matos & Ferraira, lançou no mercado a nova máquina de impacto

de ½”. Este útil equipamento para qualquer oficina de automóveis faz parte da nova gama de pistolas de impacto que foi lançada o ano passado, caracterizando­‑ se por ser muito leve e resistente. Com um torque máximo de aperto de 560 Nm e de desaperto de 690 Nm, este equipamentoatinge uma velocidade de 8.000 rpm, tem um comprimento de 157 mm e pesa apenas 1,3 Kg. A Cleco é famosa pela grande qualidade das máquinas, à qual a Fonseca, Matos & Ferreira junta agora a possibilidade de ver esta quali‑ dade com preços melhores.

Refira­‑se que estas pistolas de impacto da Cleco (que é um dos maiores fabricantes de máquinas industriais / pneumáticos) têm um ano de garantia.


Messe Frankfurt organiza Automechanika Birmingham em 2016

Leirilis é agora distribuidora da gama de filtros de partículas da Bosal

Grupo Saint­‑Gobain comemora 350 anos

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Grupo Saint­‑ Gobain, celebrou tam‑ bém em Portugal os 350 anos da sua existência, num evento em Lisboa que juntou parceiros num jantar de gala. A celebração deste aniversário tem vindo a acontecer nos principais mercados da marca, incluindo Portugal, onde opera desde 1980, com a aquisição de 100% do capital da COVI‑ NA. Atualmente, o Grupo Saint­‑ Gobain está presente em Portugal através de 14 empresas, empregando, de forma direta e indireta, um total de 1900 profissionais. Em 2016, o Grupo Saint­‑ Gobain prevê atin‑

gir, em Portugal, um volume de negócios na ordem dos 301 milhões de euros. No próximo ano, a Saint­‑Gobain Autover Portugal – uma das empresas do grupo – tem prevista a cria‑ ção de 50 novos postos de trabalho. Sediada em Serzedo, em Vila Nova de Gaia, a Saint­‑ Gobain Autover Portugal foi cons‑ tituída em 1996, e é uma das 14 empresas do grupo. No mercado nacional, a Saint­‑Gobain Autover Portugal atua na comercialização e distribuição de vidro automóvel – fabricado pela Saint­‑Gobain Sekurit ou pelos principais produtores de vidro do mundo – e outros ser‑ viços relacionados com o mercado da substi‑ tuição. Atualmente, o Grupo Saint­‑ Gobain é responsável por equipar 54% dos vidros dos automóveis da Europa. Em Portugal, esta área de atividade corresponde a grande parte dos resultados anuais. “Os 350 anos do Grupo Saint­‑Gobain e os 19 da Saint­‑Gobain Autover Portugal são o espelho de uma gestão concertada com a dedicação e os esforços de cada colaborador do grupo. O know­‑how, a experiência e as relações de proximidade com os PALOP são caracterís‑ ticas ímpares do mercado português e é por isso que hoje nos orgulhamos de celebrar com o grupo as centenas de anos e de conquistas. Os próximos anos serão sinónimo de cresci‑ mento, inovação e investimentos no mercado nacional”, salienta Licínio Nunes, adminis‑ trador da Saint­‑Gobain Autover Portugal.

Reta integra rede de distribuição URVI

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Reta passou a integrar recentemente a rede de distribuição de peças da as‑ sociação URVI – Unión de Recambistas del Vehículo Industrial, S. L., tornando­‑se no representante exclusivo para Portugal. Este acordo pretende aumentar a oferta de peças de veículos pesados no mercado português e garante à Reta a exclusividade do desenvolvimento de todos os produtos, distribuição, marcas, bem como conceitos presentes e futuros que a URVI possa oferecer, para todo o território nacional. Fundada em 1996, a URVI é uma associação composta por uma rede de distribuição de peças para viaturas industriais – camiões, se‑ mirreboques, tratores, entre outros – com 21

sócios e suas delegações em Espanha, criando uma ampla rede de pontos de venda de peças multimarca e uma das melhores soluções no mundo das peças para veículos industriais. A URVI dispõe da mais completa gama de produtos, fruto da vasta rede de fornecedo‑ res, que permite aos seus sócios oferecer a melhor oferta e aos preços mais competitivos do mercado. Além dos produtos de outras marcas, a URVI dispõe ainda de uma marca própria de peças multimarca, Truckline by URVI, distribuída exclusivamente na sua rede de sócios. Ao abrigo deste acordo, os clientes da Reta passam a contar com uma maior gama de marcas disponíveis e preços mais competitivos. OUTUBRO 2015

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NOTÍCIAS

NUM MINUTO...

Tecwash com soluções self­‑service

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Tecwash foi criada com o objetivo de apresentar soluções inovadoras no ramo das lavagens automóvel que tornem esta tarefa agradável. Os modelos Tecwash são modelos de lavagem sSelf­‑ service. Este processo consiste num sistema completamente controlado e realiza‑ do pelo cliente, efetuado num espaço próprio e adequado para o efeito. Além de oferecer uma lavagem profissional a Tecwash disponibiliza uma gama de produtos automóvel para proteção e cuidado do veículo. Refira­‑se que a Tecwash, uma marca pertence à empresa Valente & Lopes, vai estar presente na Equipauto, em Paris, de 13 a 17 de outubro, e também na Mecânica, na Exposalão da Bata‑ lha, de 12 a 15 de novembro. Mais informações em www.valentelopes.com

Já está disponível na Alecarpeças a presti‑ giada marca Galfer, do grupo Continental, que disponibiliza uma extensa gama de pastilhas de travão. No âmbito da sua política de expansão no mercado português ao nível da distribui‑ ção, a Sika passou a ter mais um distribui‑ dor para a área do pós­‑venda automóvel, que é a Loja das Tintas (Feijó, Laranjeiro, Évora e Beja). Com o objetivo de consolidar a presença em Portugal, a Midas inaugurou mais duas no‑ vas oficinas, uma em Lisboa (Midas Campo Grande) e outra em Torres Vedras (CC Arena Shopping). O mais recente distribuidor Ecoparts é a Diesel 13, empresa que se situa em Santa Maria da Feira. A Toptul, marca representada pela Qucaan Business, lançou a máquina de impacto ½” extra curta de apenas 97mm, com um torque de 678Nm. A Krautli acaba de lançar no mercado um moderno boost 24v, essencialmente des‑ tinado ao mercado de veículos pesados, designado por MonsterBoost 24HD. A Roberlo introduziu uma nova fórmula para a massa A80, agora para aplicar com pistola. A CMS, através da TopTotal em Portugal, acaba de lançar a nova linha de jantes C12 Bicolor com tonalidades fortes Verde, Ver‑ melho e Laranja com fundo preto. A loja de Lisboa da Leirilis passou a ter uma nova localização, estando agora na Rua de Nacala, n.º 2B, no Prior Velho. A Fonseca, Matos e Ferreira, apresentou uma nova gama completa de aditivos para o automóvel da sua representada Millers. Representante dos produtos italianos da Electromem, a Polibaterias acaba de lançar no mercado português os novos Boosters de lítio. Rui Brites, que recebeu a sua formação em Mecatrónica automóvel no CEPRA, con‑ seguiu uma medalha de excelência nos Worldskills 2015.

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Osram alarga gama LED retrofit

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s novas lâmpadas Festoon C5W complementam o por‑ tefólio da OSRAM de lâm‑ padas LED retrofit para automóvel na gama Premium. As lâmpadas LEDriving Premium da OSRAM apresentam­‑se agora com 4 novas versões Festoon C5W, as lâ mpadas de 31m m e 41mm e temperaturas de cor de 4.000K (warm white) e 6000K (cool white) vêm juntar­‑ se às já existentes versões de 36mm tam‑ bém com 4.000K e 6000K. Sendo uma solução “Plug & Play”, a sua instalação é muito fácil e

o casquilho ICE standardizado adequa­‑se às óticas existentes. Novidade absoluta são os tipos Festoon C5W na gama Standard da OSRAM. À semelhança da ver‑ são Premium, as lâmpadas LED Festoon Standard estão dispo‑ níveis em 31mm, 36mm e 41mm, mas apenas na tonalidade Cool White (6.000K). Estas lâmpadas são um bom com‑ prom i sso pa ra con s u m idores orientados para o design e que procuram uma solução LED com uma boa relação preço/desem‑ penho.

Bolas disponibiliza novos arrancadores Telwin

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empresa Bolas passou a integrar na sua gama de produtos os novos ar‑ rancadores de lítio ultracompactos da Telwin, que se destacam pela sua capacidade, operacionalidade e reduzidas dimensões. Disponíveis em 2 modelos – Drive 9000 e Drive 13 000 – com diferentes performances e autonomia, estes equipamentos são equi‑ pados com duas saídas USB (1A – 2,1 A) para carregamento de dispositivos eletrónicos. Os novos arrancadores de lítio ultracom‑ pactos da Telwin são um excelente aliado do mecânico nas oficinas.


Humberto Matos Inforap, com o passou a ser o novo VisualSGIX, obteve responsável da Tiresur certificação do interface em Portugal de garantias Ford Automóveis regressam à FIL

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u ma orga n ização conju nta entre a ACAP e a FIL, vai realizar­‑se entre os dias 31 de outubro a 8 de novembro, o Salão do Automóvel e Veículo Ecológico 2015. Sob o lema “O seu futuro automóvel está aqui!”, a ideia de fazer regressar os automó‑ veis à FIL partiu da Comissão de Retalhistas Automóveis da ACAP, que pretende não ape‑ nas um salão de exposição mas também um salão comercial. Atualmente a ACAP já confirmou a presença de marcas que representam 95% das vendas em Portugal, o que prova a vontade dos con‑ cessionários (com apoio das marcas auto‑ móveis) em levar a bom porto esta iniciativa. A ACAP espera reunir cerca de 100.000 pes‑ soas neste evento.

Mais quatro Euromaster

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e acordo com o seu plano de expansão, a Euromaster acaba de abrir mais qua‑ tro centros da sua rede em território português. Euromaster Petropneus (em Ponte de Lima) e Euromaster Silpneus (em Freixo de Cima, na região Centro), o Euromaster Pneurib (na Sertã) e Euromaster Anino Pneus (em Lagos), são as quatro novas integrações. Tratam­‑se de duas aberturas de empresas que já integravam a rede e que assim conti‑ nuam o seu crescimento, casos da Petropneus e Pneurib, acompanhadas de novas incorpo‑ rações, como são os casos da Anino Pneus e da Silpneus.

BASF comemora 150 anos

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BASF organizou uma conferên‑ cia de imprensa para falar dos 150 anos que celebra este ano. Na presença de Gun‑ ther Sthamer, diretor­ ‑geral da BASF Por‑ tuguesa, foi possível abordar um pouco mais da atividade da empresa na área automóvel, nomeadamente na repintura, através da BASF Coatings e das marcas de tintas Glasurit e RM, ambas presentes no nosso país com estruturas dedicadas ao negócio das tintas para automóveis. A BASF está presente em Portugal há 67 anos, sendo que o setor auto‑ móvel representa cerca de 5% da faturação da empresa, que em 2014 atingiu um total de

250 milhões de euros. “O negócio de Coatings é muito importante para a BASF a nível global. Estamos presentes em quase todas as marcas de automóveis na repintura, como temos uma presença importante no primeiro enchimento, nomeadamente num projeto com um ano na AutoEuropa”, referiu Gunther Sthamer, acres‑ centando que no “pós­‑venda temos também uma importante presença com a RM e com a Glasurit, que continuamos a trabalhar ativa‑ mente na componente comercial e técnica”. Gunther Sthamer referiu que o crescimento da empresa na repintura tem sido susten‑ tado ano após ano, sendo “um negócio que queremos au menta r em bora sendo u m mercado pequeno e com muita concorrência, não poderemos ter, como é óbvio, grandes crescimentos”. OUTUBRO 2015

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NOTÍCIAS

Meyle resolve problema com rolamento

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Wu lf Gaertner Autopa rts AG apre‑ sentou em 2014 um rolamento do veio intermédio para o veio de transmissão do Porsche Cayenne e do VW Touareg como kit completo. Deste modo, a oficina pode substituir individualmente, e sem qualquer problema, um rolamento do veio intermédio defeituoso, já não necessitando de substituir o veio de transmissão completo, como na ver‑ são dos fabricantes originais. A empresa traz agora para o mercado um novo kit completo: Este inclui não só todos os componentes ne‑ cessários para a substituição do rolamento do veio intermédio, como também todas as peças para a substituição do cardan. A ampliação do kit agora apresentada inclui também o cardan com todos os parafusos necessários para a substituição. O novo kit de reparação do veio intermédio permite poupar até 70% dos custos gerados na oficina com a substituição de todo o veio de transmissão. O novo kit de reparação do veio intermédio está disponível com o número MEYLE 100 152 2001.

Altas prestações em lubrificante Motul

FARE é a nova representada da Krautli

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Krautli Portugal celebrou um acordo com a FARE para a distribuição de toda sua gama de produtos para veículos ligeiros e pesados, num total de mais de 10 mil referências nas áreas de borracha e metal. O reforço do seu portfólio com mais esta gama de produtos permite à Krautli Portugal disponibilizar aos seus clientes uma oferta ainda mais global. A FARE foi fundada no ano de 1986, contando com uma vasta experiência e especialização em todo o tipo de produtos auto de borracha

e metal oferecendo uma das gamas mais completas de mercado em ref r igeração (mangueiras, tubos metálicos, tampões, ter‑ móstatos e acessórios de montagem), escape (suportes e acessórios), suspensão (sinoblo‑ cos, suportes de amortecedor e rolamentos), mecânica (bujão de carter, polias de cambota e suportes de motor), transmissão e direção (foles) e outras peças (abraçadeiras, anilhas, perfis de borracha, tampões de borracha, tampões de carter). Toda a oferta da FARE está disponível para consulta nos catálogos eletrónicos TecCat e TecDoc, estando também disponível o catá‑ logo em papel com informação completa das várias categorias com imagens dos produtos e equivalências para outras marcas, ferra‑ menta fundamental para evitar os erros na identificação das peças. Para mais informações: www.krautli.pt e www.fare­‑auto.com.

Kits de distribuição IPD para motores Mercedes na Pacec

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Pacec, empresa sediada nas Caldas da Rainha, disponibiliza a partir de agora os Kits de Distribuição IPD para moto‑ res Mercedes CDI e BlueTEC. A marca alemã IPD, casa­‑mãe da fábrica de bombas de água HEPU, disponibiliza kits de distribuição de corrente de qualidade original. Os novos kits IPD (em versões com e sem carretos) alargam uma linha de produtos que

se distingue pela oferta de tensores de cor‑ reia, rolamentos de roda ou foles de direção e transmissão, e apresentam­‑se como a solu‑ ção ideal para a reparação da distribuição do motor, devido à garantia de que a substituição é feita com recurso a componentes com selo original, a um preço mais acessível. A Pacec é distribuidor oficial IPD e HEPU em Portugal.

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Motu l aca ba de d ispon i bi l i za r no mercado nacional um novo produto de altas prestações, desenvolvido espe‑ cialmente para veículos de grande potência onde é recomendada uma viscosidade 10W60. A fórmu la especia l Motu l 8100 X­‑ power 10W­‑60 em combinação com a espessura da película lubrificante extra, reduz o consumo de óleo queimado na câmara de combustão e ajuda a prevenir fugas de óleo. A excecional força deste fluido oferece uma grande proteção ao motor e uma pressão do óleo de motor estável ao longo de toda a sua vida útil. Este produto, que cumpre as normas ACEA A 3/ B4, é recomendado para Aston Martin, Alfa Romeo GT séries, Lotus, BMW M Séries, Ma‑ serati, Ferrari V12, TVR, Lancia, Jaguar e Audi R8 5.2L GT.

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TRW Part Finder agora em português

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TRW Aftermarket revelou que a sua aplicação “TRW Part Finder”, recente‑ mente lançada na Europa e na Ásia, está a receber 90.000 ligações todas as semanas só na Europa, equivalendo a 500 consultas por hora, excedendo em muito as expectativas. Permitindo o acesso móvel ao catálogo da TRW baseado na web, com pesquisa de peças TRW por veículo, por referência TRW ou re‑

ferência original, a aplicação provou ser tão popular que – antes do previsto – ficou dispo‑ nível em mais dois idiomas: português e turco, para que mais clientes possam utilizá­‑la. Criada pela Tecalliance, a aplicação foi lan‑ çada em Fevereiro de 2015. A versão iOS está disponível para download gratuito em toda a Europa a partir da App Store e a versão an‑ droid a partir da Google Play Store.


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5FNQFSBUVSB EFM DPMPS DFSDB B MB MV[ EJVSOB -FOUF EF DSJTUBM SFTJTUFOUF B EJTPMWFOUFT

★★★★★

NOTĂ?CIAS t 1PUFOUF MĂˆNQBSB EF USBCBKP EF 8 DPO

Mecânica jå ascende a 100 inscritos

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Nova lanterna oficinal Forch

QPMWP Z QSPUFHJEP DPOUSB DIPSSPT EF BHVB

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t $BCF[B EF MB MĂˆNQBSB PSJFOUBCMF IBTUB ÂĄ

t $PO QJF NBHOĂ?UJDP EF QPTJDJPOBNJFOUP MJCSF cerca de mĂŞs e meio do inĂ­cio da 5.ÂŞ dinamismo ao nĂ­vel das atividades paralelas, edição da Mecânica e daZ HBODIP FO FM EPSTP QBSB DPMHBS MB MĂˆNQBSB 6.ÂŞ edição da com colĂłquios, palestras, formação, apresen‑ Expotransporte, grandet $PO DMJQ QBSB MMFWBSMB mKBSMB FO VO CPMTJMMP parte da ĂĄrea taçþes e workshops de temas pertinentes P FM DJOUVSĂ˜O dominam a realidade de a que se destina o certame, jĂĄ estĂĄ reservada, e relevantes que t 1BSB QSPUFHFS MB CBUFSĂ“B EF TPCSFDBMFOUBNJFOUP OUP ambos os salĂľes. entre espaço confirmado e efetivamente B QMFOB QPUFODJB MVNĂ“OJDB MB MĂˆNQBSB DBNCJB B Com o objetivo de incrementar as visitas de reservado. EFTQVĂ?T EF NJOVUPT BVUPNĂˆUJDBNFOUF BM OJWFM SĂŁo cerca 100 empresas que confirmaram a profissionais ao certame Mecânica 2015, a sua presença na edição 2015 da Mecânica e ExposalĂŁo vai colocar Ă disposição um serviço de shuttle composto por vĂĄrios autocarros a da Expotransporte. partir das cidades de Lisboa e no Porto, nos Nesta edição a Mecânica apresenta­â€‘se como '½3$) 7*%&0 um salĂŁo ainda mais profissional, com maior dias 12 e 13 de Novembro.

Datos TĂŠcnicos

Tenneco desenvolve filtro de partĂ­culas gasolina AlimentaciĂłn: 100 – 240 V AC 50 / 60 Hz Vida Ăştil: mĂ­n. 100.000 horas de servicio Capacidad de la baterĂ­a: 3,7 V / 2.200 mAh Li-Ion Intensidad lumĂ­nica: - Nivel 1: 400 Lumen / 1.100 Lux a 50 de distancia - Nivel 2: 180 Lumen / 550 Lux a 50 de distancia AutonomĂ­a: - Nivel 1: 1 hora - Nivel 2: 3 horas Tiempo de carga: 4 horas Valor CRI: > 95 Temperatura del color: 4.500 Kelvin Temp. de funcionamiento: -10°C hasta +40°C Clase de protecciĂłn: IP 65 Medidas: 60 Ă— 190 Ă— 40 mm Peso: 300 g

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.PEP EF VTP 1BSB MB EFUFSNJOBDJĂ˜O Ă˜QUJNB EF DPMPSFT EF EJGFSFOUFT

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marca alemĂŁ de produtos para oficinas, Forch, acaba de lançar no mercado uma nova lanterna para utilização profis‑ sional em ambiente de trabalho. Trata­â€‘se de uma potente lâmpada de trabalho de 5W com tecnologia CRI COB LED, com pro‑ teção contra o pĂł e a ĂĄgua. A cabeça da lanterna ĂŠ orientĂĄvel atĂŠ 180Âş, possui um pĂŠ magnĂŠtico de posicionamento livre e um gancho no dorso para a pendurar. Este equipamento portĂĄtil tem ainda um pe‑ queno “clipâ€? para o fixar num bolso ou num cinto.

Tenneco anunciou que estĂĄ a capitali‑ de partĂ­culas mais elevadas devido a tempos e zar a sua experiĂŞncia em tecnologia de misturas de ar/combustĂ­vel dentro dos cilin‑ filtro especĂ­fico diesel para desenvol‑ dros distintos em comparação com motores ver filtros de partĂ­culas para motores a gaso‑ tradicionais de injecção. lina em veĂ­culos ligeiros previstos para 2017. EstratĂŠgias avançadas de injeção de combus‑ Art. motores NÂş DenominaciĂłn Estes filtros sĂŁo desenhados para a tĂ­vel sĂŁo atualmente utilizados paraU/E controlar ĂĽ 94 gasolina de injeção direta (GDI) a 5423 fim de reduzir -".1 53"#"+0 #"5 46/."5$) as emissĂľes de partĂ­culas dos cilindros a as emissĂľes de partĂ­culas em conformidade gasolina, mas eles sĂŁo projetados para ciclos 1SPEVDUPT SFMBDJPOBEPT com o regulamento de emissĂľes Euro 6c, que de ensaio especiais e podem ser menos eficaz â– â– Masilla ligera universal L276 de trabajo entra em vigor a 1 de setembroFoco de 2017. em condiçþes de condução reais. Os filtros de Multimatch 25 W Art. NÂş 6265 2708 Os motores GDI ajudam a melhorar a economia partĂ­culas gasolina controlam efetivamente Art. NÂş 5423 93 de combustĂ­vel e, portanto, reduzir as emis‑ as emissĂľes de partĂ­culas em todas as con‑ sĂľes de CO2. No entanto, podem ter emissĂľes diçþes operacionais.

VersĂŁo 2 do Autocom na Iberequipe

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Cinta americana gruesa Art. NÂş 3745 2 50 X

Novo 0W­â€‘20 na Fuchs

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PromociĂłn VĂĄlida del 1 al 30 de Junio de 2015. No acumulable. No computan operaciones especiales de precio.

ontinuando a sua po‑ lĂ­tica de inovação, a Fuchs lança no mer‑ cado mais um produto de baixo grau de viscosidade, mais concretamente o TI‑ TAN SYN SN SAE 0W­â€‘20. O novo Ăłleo de motor foi desenvolv ido pa ra res‑ ponder Ă especificação ILSAC GF­â€‘5 e, portanto, tambĂŠm Ă especificação API SN­â€‘RC (Resource Conserving), sendo especialmente a ade‑ quado para veĂ­culos ligeiros de fabricantes japoneses e norte­â€‘americanos.

Este lu br i f ica nte tem a lta ef ic iĂŞnc ia no con s u mo de com bu s t Ă­ve l , comprovad a compatibilidade com o etanol (E85), protege contra a criação de lamas no motor e contra a formação de depĂłsitos no pistĂŁo e apresenta uma muito boa proteção contra o desgaste, mesmo sob solicitaçþes severas e sob cargas elevadas. Baixo consumo de Ăłleo, arranque a frio fiĂĄvel e com rĂĄpida circulação do Ăłleo (devido Ă sua baixa viscosidade) e aplicabilidade em mo‑ tores a gasolina normalmente aspirados ou turbo alimentados, sĂŁo mais alguns caracte‑ rĂ­sticas deste lubrificante.

Kit de Limpeza DPF lançado pela Bardahl

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Bardahl desenvolveu um novo kit profissional de limpeza para o filtro de partĂ­culas (DPF), que possibilita a sua limpeza sem o desmontar, sendo comercia‑ lizado em Portugal pela MBML Solutions. O kit ĂŠ de fĂĄcil utilização, tendo o procedimen‑ to de limpeza a duração de apenas 45 minutos, permitindo o serviço seja eficaz em 100% dos

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casos, caso sejam cumpridas as instruçþes. O kit ĂŠ composto por 3 produtos: o primeiro e o segundo deverĂŁo ser injetados no filtro atravĂŠs da pistola fornecida com o kit. O ter‑ ceiro produto ĂŠ um aditivo que se coloca no combustĂ­vel que, ao reduzir a temperatura de combustĂŁo da fuligem, permite a remoção das partĂ­culas acumuladas nos sistemas.

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Iberequipe, distribuidor exclusivo do equipamento de diagnĂłstico automó‑ vel AUTOCOM em Portugal, Angola, Bra si l e Moça m bique apresenta a nova versĂŁo 2 de 2015, sendo a pĂĄgina principal do software de diagnĂłstico CARS e TRUCKS uma novidade, possuindo um novo interface grĂĄfico para o utilizador. Mas essa nĂŁo ĂŠ a Ăşnica novidade nesta versĂŁo. AlĂŠm da aplicação ser mais intuitiva e fĂĄcil de usar, a base de dados para “CARSâ€? ĂŠ atuali‑ zada em mais de 2400 modelos e 45 marcas de veĂ­culos. A “CARSâ€? do ano de 2015 estĂĄ agora coberta para 150 modelos. Para “TRUCKSâ€? dispĂľe de mais de 1200 modelos em 31 marcas de veĂ­cu‑ los, alĂŠm de veĂ­culos comerciais ligeiros (VCL). Navegação fĂĄcil e rĂĄpida atravĂŠs de software de diagnĂłstico com a capacidade de usar ao mesmo tempo o rato e o teclado, e menos cliques para ler ou para as funçþes OBD, sĂŁo outras novas funcionalidades.


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MERCADO QUCAAN

Toptul, a marca do futuro A Qucaan é uma empresa que se dedica à representação e comercialização de ferramentas manuais e pneumáticas, bem como de equipamentos hidráulicos, com destaque para as marcas Toptul e Compac. { TEXTO PAULO HOMEM }

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urante muitos anos a Qucaan, como empresa de trading, dedicou­‑se es‑ sencialmente à exportação, tendo como mercado alvos Angola (onde tem uma empresa) e Moçambique. Por via de um contrato que não permitia co‑ mercializar a Toptul na Europa, e em Portugal consequentemente, a Qucaan foi adiando a sua entrada no mercado português com as suas representadas para o setor do pós­‑venda automóvel. Porém, em 2014 tudo mudou. A fábrica da Toptul permitiu que a Qucaan comercializasse no nosso país esta marca e, por outro lado, a oportunidade criada pelo fecho de diversas empresas na área das ferramentas, veio trazer novas oportunidades, nomeadamente “a quem já tinha o conhecimento do produto como nós tínhamos”, revela Carlos Coelho, Business Manager da Qucaan. Desde que começou a operar o mercado por‑ tuguês a estratégia de distribuição ficou bem definida e muito clara. A distribuição é feita por um conjunto alargado de revendedores a nível nacional (em França e Espanha, onde tem o exclusivo da representação da Toptul, segue o mesmo modelo de distribuição), es‑ tando a Qucaan aberta à entrada de novos

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revendedores.“Em certas zonas temos uma política de exclusividade, mas a nossa forma de estar é de apoio a todos os revendedores”, refere Carlos Coelho, dizendo que “já temos um grande investimento feito com os nossos revendedores, o que nos permite dizer que temos uma rede sólida, mas com grande po‑ tencial de crescimento”. Para o responsável da Qucaan, o preço e a qualidade da ferramenta são dois fortes ar‑ gumentos da Toptul, atendendo a que não se trata de uma marca de “rótulo” e que o facto de a empresa efetuar as suas compras para os cinco mercados onde opera, lhe permite ser muito competitiva no preço, mas existem ainda outros argumentos. “Regra geral temos 100% de entregas”, as‑ segura Carlo Coelho, que diz que “o mercado nacional não estava habituado a esta tipologia de distribuição, isto é, não existem roturas de stock”, o que se justifica pelo facto de ser a partir de Portugal que a empresa trabalha os mercados de Espanha e França.

TOPTUL Sendo uma marca internacional (de Taiwan), presente em muitos mercados a nível mun‑

dial sempre como Toptul, que chegou recen‑ temente à Europa, tem em determinados mercados um posicionamento de liderança ao nível das mais prestigiadas marcas de fer‑ ramentas. “Aliado ao sucesso de uma empresa tem que estar necessariamente um produto de qualidade. Aliás, costumo dizer que a Toptul é a marca de ferramentas do futuro”, afirma Carlos Coelho. Com um enorme catálogo de referências, que segundo a Qucaan vai ser ainda maior num futuro próximo, inclui não só ferramentas de consumo regular nas oficinas, como fer‑ ramenta técnica para utilizações especiais. “Diferenciamos o nosso catálogo pelo design e pelas explicações de como aplicar, nomea‑ damente nos kits mais específicos, onde informamos os veículos em que se pode usar determinada ferramenta”, explica Carlos Coelho.

POSICIONAMENTO Em termos de posicionamento de produto, com a Toptul, a Qucaan aposta em ser a re‑ ferência de qualidade logo atrás das marcas tradicionalmente mais conhecidas, mas “em termos de preço o nosso posicionamento é


muito inferior a essas marcas. A nossa di‑ ficuldade tem sido associar o baixo preço à qualidade da Toptul, mas quando o cliente experimenta fica convencido”, afirma o mes‑ mo responsável. Para incrementar a confiança dos clientes na Toptul, a Qucaan dá garantia vitalícia (em condições de uso normal) nas ferramentas, “mesmo que felizmente tenhamos tido muito poucas reclamações, o que prova exatamente a qualidade da Toptul”.

A Qucaan vai aumentar o seu catálogo Toptul em 25% em 2016, estando prevista a introdução de 576 novas referências Não menos importante é o cuidado colocado na apresentação da ferramenta aos clientes, em caixa própria e com soluções de arruma‑ ção interessante, que atestam o cuidado com que a Toptul trabalha a sua marca. Para além disso a Qucaan tem apostado em promoções e incentivos de vendas junto do distribuidor, estando a ser equacionada a presença da marca no consumidor final pro‑ fissional de forma mais evidente. “Queremos tornar a marca mais conhecida e mais visível”, explica Carlo Coelho, que assegura que a “nossa aposta para o setor do pós­‑venda está muito concentrada nas nossas duas marcas, a Toptul e a Compac. Pensamos que desta forma conseguiremos fazer um trabalho melhor, pois o nosso foco serão apenas estas marcas”. Quanto à Compac, é uma marca de elevadores e macacos (área hidráulica), completar em termos de oferta de equipamentos. “É uma marca de qualidade superior, topo de gama, no qual temos uma estratégia de abertura aos distribuidores, já que é um produto de menor rotação”, explica Carlos Coelho. Refira­‑se que através do site da Qucaan estão disponíveis todas as informações e os catá‑ logos de produtos da Toptul e da Compac.

CONTACTOS QUCAAN Business Manager: Carlos Coelho 229 605 437 geral@qucaan www.qucaan.com / www.toptul.pt

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MERCADO PINTO DA COSTA & COSTA, LDA

Novos produtos, mas o foco está na assistência A Pinto da Costa & Costa, Lda (PC&C) tem apostado de uma forma muito séria e profissional nos serviços de assistência técnica a equipamentos oficinais, mas a empresa introduziu também algumas novidades. { TEXTO PAULO HOMEM }

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ma vista de olhos ao showroom da PC&C, logo à entrada das instalações da empresa de Famalicão, dá para perceber facilmente a evolução que a mesma tem tido, desde que em 2000 se estabeleceu. Mais equipamento e mais repre‑ sentações enchem por completo esse espaço, que nos últimos meses recebeu mais algumas novidades. “A empresa tem uma estrutura relativamente pequena, muito flexível e isso permitiu conti‑ nuar a crescer nos últimos anos”, começa por referir Pedro Costa que assume “que a venda de novos equipamentos tem diminuído em‑ bora tenha havido um reforço dos serviços de assistência, pois as oficinas decidiram manter os equipamentos por mais tempo ou evoluir os mesmos, até porque o acesso ao crédito foi cortado”. É precisamente nesta área da assistência técnica que a PC&C se sente como “peixe na água”, até porque esse sempre foi o forte da empresa desde a sua fundação, pelo que decidiu investir em mais técnicos e em mais formação. “Na parte de assistência e reparação não nos concentramos exclusivamente nas marcas

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de equipamentos que comercializamos mas sim em todas as marcas, pelo que estamos constantemente nos clientes”, refere Pedro Costa, dizendo que “podemos recorrer pon‑ tualmente a técnicos externos, normalmente em serviços não programados, nos quais confiamos totalmente e que trabalham sobre a nossa responsabilidade”. Um indicador muito interessante é que a PC&C consegue resolver, em cerca de 85% dos pedidos de assistência, o problema logo na primeira visita ao cliente. Identificação correta do problema e bom stock de peças de substituição permitem que a PC&C apresente este indicador, não sendo por isso de estra‑ nhar que os seus serviços sejam solicitados cada vez por mais empresas, levando Pedro Costa a reconhecer que “estamos a apostar muito na região centro em termos de assis‑ tência técnica”.

EQUIPAMENTOS Se a PC&C quer ser mesmo reconhecida pelos seus serviços de assistência a equipamen‑ tos, não tem contudo descurado a vertente comercial associada aos equipamentos em

si, mesmo que tenha havido uma retração do mercado, nomeadamente na aquisição de equipamentos pelas oficinas de colisão. Saima (equipamento para a pintura), Aspen Autotech (equipamento de garagem), Future (equipamentos de extração de gases) e Fiac (compressores e redes de ar comprimido) são algumas das representadas da PC&C. “Gosta‑ va muito de realçar a Fiac, por ter produtos de excelência, que está muito focada no serviço ao cliente e que nos obriga a ter sempre dois compressores de substituição, bem como um stock de peças mínimo de segurança para servir os clientes“, explica Pedro Costa. Uma das novidades ao nível das bancas de co‑ lisão é a nova representada Termomeccanica (a PC&C disponibiliza também nesta área a Unoliner), que segundo Pedro Costa “é uma marca que se adequada à atual realidade das oficinas de colisão, ideal para serviços rápidos, fácil de manusear e muito versátil, com um preço muito competitivo”. De momento a empresa de Famalicão con‑ tinua sem entrar na área dos equipamentos de diagnóstico, por opção própria, embora trabalhe em parceria com outra empresa especialista nesta área.


Apostar na área ambiental

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PC&C tra ba l ha em quatro á reas distintas no equipamentos: mecâ‑ nica, colisão, pintura e ambiente. Apesar de já trabalhar também na área ambiental, através de pequenos equipa‑ mentos (bacias de retenção, separadores de hidrocarbonetos, etc), a PC&C investiu também em sistemas de descontamina‑ ção de veículos em fim de vida. “Vimos que existia uma oportunidade nesta área, mas não nos limitámos a ter e a fornecer o equipamento”, explica Pedro Costa, di‑ zendo ainda que “fazemos tudo o que está ainda antes do equipamento, como seja o licenciamento e o projeto, onde entram depois os equipamentos. No fundo traba‑ lhamos com um solução chave na mão para o cliente, embora para quem já opere nesta área dos VFV possamos fornecer os nossos equipamentos”.

A PC&C está a trabalhar com a marca italia‑ na Gartec nos sistema de descontaminação, embora já tivesse uma oferta de outros equipamentos deste fabricante também para a área ambiental. Para uma nova instalação normalmente é usada uma central de descontaminação (para recolha dos diversos fluídos), um elevador ou plataforma elevada, cisterna do combustível, faca para cortar vidros, neutralizador de airbags e perfurador de amortecedores. Consoante a instalação e o volume de trabalho poderão ainda ser adi‑ cionados outros equipamentos de suporte a estava atividade. Trata­‑ se de u m projeto relativamente recente na PC&C, tendo a empresa já al‑ gumas instalações montadas no país, “que tem um potencial muito interessante de desenvolvimento no futuro, e que o iremos dinamizar em todo o país”.

CONTACTOS PINTO DA COSTA & COSTA, LDA Diretor Comercial: Pedro Costa 252 993 125 pedrocosta@pcc­‑lda.pt www.pcc­‑lda.pt OUTUBRO 2015

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MERCADO CCI AUTOMOTIVE REFINISHES

Aposta em produtos próprios para repintura Especializada em produtos químicos para a área da repintura automóvel (excepto tintas), a CCI Automotive Refinishes formula os seus próprios produtos como forma de melhor corresponder às necessidades dos seus clientes. { TEXTO PAULO HOMEM }

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esde 2006 que a CCI Automotive Refi‑ nishes está no mercado da repintura automóvel. Através dos produtos que comercializa, vernizes, primários, di‑ luentes, convertedores, betumes, entre outros, com esta mesma marca, a empresa aposta muito na especialização e até na diferenciação para se tentar impor no mercado, comercia‑ lizando produtos químicos para repintura deixando de fora, até ao momento, as tintas. “O que nos diferencia no mercado é que a CCI desenvolve todas as formulações dos seus produtos químicos. Estamos a falar de uma marca registada em que os produtos assu‑ mem o mesmo nome da empresa”, começa por referir André Ferreira, responsável pelo negócio CCI Automotive Refinishes. Este aspeto das formulações próprias dos produtos é muito importante para a empresa, que investe bastante nos mesmos para que não sejam considerados produtos de enchi‑ mento nos quais é colocado um rótulo. “Em todos os produtos principais da nossa gama trabalhamos com engenheiros químicos com

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muita experiência na área, que desenvolvem os produtos segundo as nossas necessidades e dos nossos clientes, que depois testamos para então serem colocados no mercado”, ex‑ plica André Ferreira, argumentando que “não lançamos nenhum produto no mercado sem primeiro ser testado e comprovado”.

A CCI Automotive Refinishes aposta na internacionalização da marca, nomeadamente para Espanha O trabalho de desenvolvimento de novas formulações é contínuo, estando a CCI Au‑ tomotive Refinishes preparada para lançar muito em breve um verniz e um primário,

ambos produtos topo­‑ de­‑gama. Estes dois novos produtos, em que a empresa irá apos‑ tar, encontram­‑se precisamente numa fase final de testes, pelo que até final do ano serão lançados no mercado.

POSICIONAMENTO Os produtos da CCI Automotive Refinishes têm um posicionamento de mercado muito bem definido em termos de qualidade e preço. Segundo André Ferreira, os produtos da sua marca “têm um excelente posicionamento em termos de qualidade, rivalizando com marcas de topo, mas que não podemos obviamente posicionar com o mesmo preço dos produtos de topo”. A comercialização dos produtos da CCI Auto‑ motive Refinishes é feita através de uma rede de revendedores especializados na área da repintura automóvel, não fazendo a empresa venda direta às oficinas, embora possa fazer o acompanhamento técnico às mesmas em parceria com os revendedores.


“Os nossos produtos cumprem exatamente as especificações que estão no rótulo, por isso é que não se podem comparar com mui‑ tos outros produtos que se vendem apenas pelo preço, mas que dificilmente apresentam níveis de qualidade aceitáveis”, assegura o responsável da CCI Automotive Refinishes.

INTERNACIONALIZAÇÃO Um dos gra ndes objetivos da ma rca CCI Automotive Refinishes é a internacionali‑ zação. “Nesta fase o nosso projeto passa por Espanha, onde já estamos a comercializar os nossos produtos”, diz André Ferreira, expli‑ cando que a empresa já dispõe de um técnico / comercial a trabalhar no mercado espanhol, mas que o objetivo é ir pelo menos para mais outros quatro mercados nesta fase. “Este pro‑ jeto de internacionalização é muito importan‑ te para a CCI Automotive Refinishes, no qual já estamos a investir bastante, pois sabemos que existem lacunas em alguns mercados ao nível dos produtos complementares para repintura”. Em desenvolvimento encontra­‑se um web‑ site especifico para a marca CCI Automotive Refinishes, que permite também suportar a internacionalização, mas irá funcionar como “um catálogo digital dos nossos produtos,

onde se encontram todas as fichas técnicas e de segurança dos produtos, bem como infor‑ mações relativamente à utilização dos mes‑ mos”, revela André Ferreira que assegura que nesta fase não irá apostar no e­‑commerce. Para finalizar, refira­‑se que a CCI Automoti‑ ve Refinishes, que até agora esteve apenas presente no mercado dos produtos químicos complementares de repintura, vai também apresentar uma novidade na área das tintas. Sendo um projeto que está a decorrer na CCI Automotive Refinishes, a empresa irá efetuar o seu lançamento no início de 2016, momento a partir do qual irá desvendar a estratégia para o mercado português, sendo que atualmente a empresa trabalha em parceria com duas oficinas de pintura que estão a testar as tintas desta nova marca.

CONTACTOS CCI AUTOMOTIVE REFINISHES Responsável: André Ferreira 912 377 360 cci.repintura@gmail.com

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MERCADO HYPREL PORTUGAL

Colmatar uma lacuna nos equipamento hidráulicos A Hyprel é uma marca desenvolvida para o mercado internacional, que é importada e distribuída pela Tecniverca em Portugal. { TEXTO PAULO HOMEM }

A

través das redes sociais, nomeada‑ mente do facebook, a Hyprel Portugal deu-se a conhecer. Esta marca que a Tecniverca distribui em Portugal, nasce da lacuna que o mercado apresenta, com incidência no setor dos equipamentos hidráu‑ licos, “onde só existe oferta de equipamentos de valor muito elevado ou de baixa qualidade, sendo que a Hyprel vem colmatar essa falha, disponibilizando artigos de alta qualidade a preços competitivos”, refere Alexandre Corri‑ cas, da Hyprel Portugal. A estratégia de desenvolvimento desta mar‑ ca em Portugal passa por uma “assistência dedicada e efetiva aos nossos distribuidores para que eles possam apresentar um produto de qualidade, competitivo e com assistência rápida e profissional. A comercialização aos clientes finais irá ser feita exatamente da mesma forma que as outras marcas repre‑ sentadas pela Tecniverca”, revela o mesmo responsável. Sendo uma marca internacional, Alexandre Corricas assume que desde o início que a estratégia da Hyprel visava precisamente a

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sua internacionalização, sendo já possível encontrar os seus produtos em quatro países nesta fase inicial, estando já projetadas par‑ ticipações em feiras internacionais e divulga‑ ção para outros países.

PRODUTOS A linha de produtos da Hyprel assenta a sua base na linha de equipamentos hidráulicos para oficina, estando nesta fase inicial pre‑ vista a comercialização de produtos quími‑ cos para ar condicionado e também colas. “O desenvolvimento de produtos incidirá principalmente na diversificação da gama de hidráulicos e lubrificação”, refere Alexandre Corricas. Os produtos da Hyprel são produzidos em fá‑ bricas de renome internacional, sediadas nos continentes europeu, asiático e americano, “onde a alta qualidade e modernização das mesmas permitem uma redução efetiva de custos, resultando assim em equipamentos bastante competitivos”, assegura o mesmo responsável.

Em termos comerciais os revendedores da Tecniverca terão a seu cargo a comercializa‑ ção dos equipamentos da Hyprel no mercado nacional. A nível internacional passará pelos importadores, estando entregue esse desen‑ volvimento ao departamento de exportação da Tecniverca. Para concluir, Alexandre Corricas diz que “a Hyprel tem como objetivo uma oferta alar‑ gada, assistência rápida e eficiente, aliada a design moderno, custo acessível e introdução regular de novos produtos, adequados às ne‑ cessidades do mercado”.

CONTACTOS HYPREL PORTUGAL Responsável: Alexandre Corricas 219 584 273 hyprel@hyprel.pt https://www.facebook.com/hyprel


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OFICINA CARTEAM SERVICE

Diferenciação pelo horário A Carteam Service é um projeto recente de uma oficina automóvel multiserviço, que inova acima de tudo pelo horário, podendo servir os clientes 24 horas por dia. { TEXTO PAULO HOMEM }

A

Carteam Service tem pouco mais de três meses. A abertura antes das férias grandes foi propositada, pois assim permitia a esta oficina ir progressi‑ vamente ajustando o serviço à medida que os clientes fossem aparecendo. Porém, a história da Carteam Service come‑ ça bem antes, já que o sócio-­gerente, Bruno Saudades, é um profissional da mecânica há vários anos, tendo há seis anos adquirido uma empresa de reboques. Durante este período, passou de um para 40 reboques, conseguindo estabilizar este negócio, tendo também dina‑ mizado um outro de serviço de Táxis 24 horas. Contudo o seu sonho era ter uma oficina, mas “teria que ter algo diferenciador face às outras, pelo que a aposta foi no horário de serviço”, conta Bruno Saudades. Daí nasceu a aposta no serviço 24 horas, algo pouco comum no setor oficinal, mas que se

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explica, segundo Bruno Saudades, da se‑ guinte forma: “havia espaço para aproveitar as sinergias deste grupo de empresas, já que a Carteam Reboques trabalha fundamental‑ mente com as empresas de assistência e com as seguradoras”. As despesas avultadas que as seguradoras gastam em repatriamento da viatura e das pessoas, em táxis e reboques, hotéis, entre outras despesas, permitiam à Carteam Ser‑ vice oferecer aos seus principais clientes (leia­‑ se seguradoras a afins) uma solução de serviço técnico que é boa para a própria Carteam como para esses clientes. Dessa forma, a Carteam Service oferece o serviço 24 horas (apenas em serviços rápidos durante a noite) de assistência, que acaba por ser extensível a todos os clientes finais. “Para uma seguradora fica muito mais barato uma solução deste tipo do que ter todos os

custos inerentes ao repatriamento do carro e das pessoas”, afirma o sócio­‑gerente desta oficina. Neste momento a Carteam Service já trabalha unicamente com clientes profis‑ sionais. “Começamos por trabalhar com as entidades com que já nos relacionávamos nos reboques e que nos asseguravam já serviço, mas somos uma oficina que está aberta a todo o tipo de clientes”, assegura Bruno Saudades.

SINERGIAS Existem ainda outras importantes sinergias entre a Carteam Service e as outras empresas associadas. Os motoristas de reboque já têm formação mecânica, identificando de pronto se a avaria pode dar lugar a uma desempa‑ nagem ou não. A empresa de reboques tem já seis carros de assistência móvel para efetuar a desempanagem, mas caso o carro tenha que


Serviço 24 horas

N

seguir para a oficina é “vendido” ao cliente que leve a viatura para a Carteam Service. Logicamente que a empresa tem a decorrer diversos processos para que entre na lista de oficinas recomendadas das seguradoras. “Atualmente são já diversas as seguradoras e entidades que enviam para nós os carros dos seus clientes, mesmo transportados por outras empresas de reboques”, afirma Bruno Saudades. Cobrindo uma região que vai de Lisboa a Cascais, onde aliás operam os 40 reboques, a Carteam Service tem ainda em mente de‑ senvolver outros negócios complementares (a i nda em segredo) mas que perm iti rão fechar o ciclo de serviços que normalmente os seus clientes profissionais (Europe As‑

sistance, Fidelidade, CAReS, ACP entre outros) recorrem. “Existe um conceito que é corresponder ao maior número de necessidades que os nossos clientes principais, que são as seguradoras, pedem em termos de servi‑ ços nesta área automóvel”, revela Bruno Saudades, adiantando que “nós queremos estar presentes em praticamente todos os serviços originados pela avaria de um automóvel”. Desta forma, a Carteam Service propõe­ ‑se fa z e r u m s e r v iç o d i fe re nc i ador, ajustado às necessidades dos clientes profissionais, mas aberto a todo o tipo de clientes, com um pacote de serviços muito abrangente.

uma fase ainda embrionária da Car‑ team Service, o serviço 24 horas já é uma realidade, embora o volume de serviço ainda não justifique que exista uma equipa fixa. Dessa forma, através das sinergias com a Carteam Reboques, que tem uma base operacional 24 horas, existe um mecânico de prevenção que assegura o serviço para a Carteam Service, a partir da meia noite. Nesta fase, a tipologia de serviço da Car‑ team Service neste serviço noturno passa essencialmente pelos serviços rápidos, estando a oficina “desenhada” para esse efeito, com essa zona perfeitamente sepa‑ rada 0dos restantes serviços técnicos que esta oficina desenvolve. Para além dos quatro elevadores para serviços de mecânica, a Carteam Service desenvolve ainda serviços de chapa e pin‑ tura (estufa e preparação) e eletricidade, como ainda pneus, alinhamento de direção e outros serviços técnicos. Não menos inte‑ ressante é o serviço de desempanagem mó‑ vel, efetuado pela Carteam Reboques, que permite resolver no local da avaria (repara‑ ção de furos, troca de baterias, abertura de viaturas sem chave, etc), tendo a empresa seis carros destinados a este serviço. “Somos das poucas oficinas independen‑ tes que dispõe, por exemplo, de banco de ensaio, o que também é diferenciador”, reconhece Bruno Saudades, admitindo que “fazemos todo o tipo de serviços técnicos, mas o que nos diferencia é claramente o podermos funcionar 24 horas com um stock de peças adequado para esse efeito”.

CONTACTOS CARTEAM SERVICE Sócio­‑Gerente: Bruno Saudades 215 893 000 oficina@carteamservice.pt www.carteamservice.pt

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EVENTOS CONFERÊNCIA

Braga debate futuro do setor A ACM organiza já no dia 16 de outubro, entre as 9 e as 17 horas, a Conferência “Setor Automóvel no Séc. XXI”, no Auditório A.I. Minho, em Braga. Dário Afonso, CEO da ACM, levanta o véu sobre a conferência. { TEXTO CLÁUDIO DELICADO }

C

omo nasceu a ideia de fazer esta con‑ ferência em Braga? Foi uma combinação de vários fato‑ res. Ao longo de vários anos, assisti a desabafos dos empresários do setor que nin‑ guém se lembrava de Braga para a realização de eventos que ajudassem os empresários a recolher informação e a perceber as tendên‑ cias do setor. Tinham sempre de se deslocar ao Porto ou Lisboa. Perante tal situação, sempre tive o desejo de realizar um evento em Braga, com a dimensão e qualidade que a região mi‑ nhota merece. A oportunidade surgiu quando o Sr. Jorge Ribeiro (Empresário de Braga) e o Dr. António Marques (Presidente da AI Minho) mostraram interesse em apoiar a iniciativa. Quem é o público­‑alvo da conferência? A Conferência terá temas que serão do interes‑ se de decisores do setor pós­‑venda automóvel e estudantes universitários que gostariam de vir a integrar este setor. Toda a Indústria Auto‑ móvel está numa mudança sem precedentes. As tecnologias propulsoras das viaturas, a te‑ lemática, o infotainment, a condução assistida e a condução autónoma vão ter repercussões em todas as áreas de negócio. Distribuidores de Peças e Seguradoras estão preocupados com a

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continuidade dos seus modelos atuais de negó‑ cio. Os fabricantes de automóveis vêem a sua rede tradicional de distribuição ameaçada, por empresas que conhecem e comunicam com o consumidor final, como mais nenhum outro. As alterações dos comportamentos de compra dos consumidores, principalmente dos urbanos e os modelos da chamada Sharing Economy (economia partilhada), vão alterar bastante o meio envolvente que conhecemos hoje. Todos no setor temos de estar cientes destas altera‑ ções que estão a acontecer, a uma velocidade vertiginosa. Quais os principais inputs que esperam pas‑ sar aos participantes? Temos como principal objetivo alertar os empresários do setor para aquilo que está a acontecer na indústria a nível mundial e europeu, bem como para as consequências que tais mudanças vão provocar nos seus negócios. A tecnologia está a mudar e um novo consumidor está a surgir. Novos modelos de negócio estão a emergir e não podemos “fazer de conta” que tudo se mantém igual… Faz falta pensar este setor? De que forma a ACM pode (e vai) ajudar nisso?

Em Portugal estamos numa fase muito perigo‑ sa. As empresas que ultrapassaram o período Troika estão em êxtase absoluto a considerar que vão continuar a crescer, fazendo o mesmo que faziam há 5 anos. Mas a verdade é que a próxima década vai trazer alterações tão profundas no setor que é obrigatório pensar o aftermarket português com muito cuidado. Somos um país pequeno e por isso qualquer operador português atual será sempre pe‑ queno à escala europeia ou mesmo ibérica. Por outro lado, os grandes distribuidores de peças europeus que estão sediados no norte da Euro‑


Temas e oradores Tendências Europeias do Aftermarket Dário Afonso (ACM) Novas Tendências de Consumo/ /Novos Clientes Jorge Cancella de Abreu (TeamUP) Veículos Comunicantes Negócios Comunicantes Pedro Barros (TIPS4y) Novos Players Novas Soluções / Peças Reutilizáveis Luís Vieira (B-PARTS) O KAIZEN como Ferramenta de Otimização do Aftermarket Trigo Morais (LogGame) Novas Tendências de Mobilidade Rui Bica (BMW Portugal) Novos Conceitos Logísticos/ /Logística Inversa Miguel Melo (MC Peças) Tendências da Formação Setor Automóvel Dário Afonso (ACM) Jorge Cancella de Abreu (TeamUp)

pa voltaram a lembrar­‑se da península ibérica para instalarem os seus negócios. Todos eles possuem conceitos oficinais e conceitos de fidelização das oficinas muito desenvolvidos. A grande maioria tem poder para desenvolver negócios com operadores, que hoje ainda não são concorrentes dos tradicionais players do aftermarket, mas isso vai mudar. A ACM tem tentado de todas as formas, ao longo dos últi‑ mos 13 anos, trazer os temas mais atuais para junto dos empresários e gestores. Somos inclu‑ sivamente parceiros para Portugal e Espanha da Consultora alemã Wolk Consulting que nos confere a possibilidade de termos uma visão de toda a Europa no que diz respeito ao after‑ market. Fazemos muitos workshops, sessões de formação, brainstormings e participamos também em algumas conferências. Tudo isto dirigido aos decisores do setor e muitas vezes desenvolvendo “fato­‑à­‑media”. O feedback é normalmente muito positivo, a questão maior vem quando é necessário colocar em prática nas empresas. É na implementação que nor‑ malmente as dificuldades acontecem.

Cursos de formação (Gestão Oficinal, Vendas e Marketing de Serviços Auto e Lideranças e Gestão de Recursos Humanos) e ainda por um workshop com o tema “Inovação no Setor Automóvel”. Programas como este são para continuar? Esta experiência em Braga tem tido alguns obstáculos. Por vezes de quem menos es‑ peramos são aqueles que nos tratam quase como intrusos. Felizmente, tirando alguns casos pontuais, na generalidade os eventos têm sido muito bem recebidos e a recetividade tem sido muito interessante. Como tal, mesmo que para o ano seja em outra parte do nosso país assumimos que p0rogramas como este são para continuar.

Esta é uma conferência única ou há um pro‑ grama mais alargado? Esta Conferência faz parte do “Programa Ges‑ tores Auto Séc. XXI” que é composto por três

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EVENTOS 25 ANOS KRAUTLI PORTUGAL

Um dia especial para os “jogadores” da Krautli A Krautli comemorou condignamente os seus primeiros 25 anos, num evento que juntou cerca de 350 pessoas que representavam fornecedores, clientes e outros parceiros internos e institucionais. { TEXTO PAULO HOMEM }

A

Krautli tem por hábito qualificar os seus recursos humanos como “joga‑ dores”. Foi esta a “equipa” que esteve em grande na comemoração dos 25 anos da Krautli, realizada no Palácio Xabregas, perante uma moldura humana considerável formada por muitos daqueles que “mostram a qualidade da sua relação de proximidade e de colaboração estreita com a Krautli Portugal”, tal como se podia ler na carta de boas vindas. O momento era mesmo de comemorações, com José Pires, o “treinador” de toda esta equipa a ter um agradecimento especial aos membros do Clube Krautli, que “são os melho‑ res entre os melhores retalhistas e que são a nossa cara junto das oficinas”. Para o responsável máximo da Krautli Portu‑ gal o sucesso destes 25 anos deve-se acima de tudo aos “jogadores” da sua equipa, pois “as empresas são, acima de tudo, feitas por pessoas”, refere, dizendo que “é também o

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momento de celebrar relações de sucesso com os nossos parceiros”. Foi assim que foram distinguidos, para além dos parceiros internos, os parceiros externos, nomeadamente os distribuidores e agentes oficiais, com destaque para a empresa Lança & Marques, com 17 anos de relação comercial com a Krautli, bem como a Viseldiesel e a Leirilis, ambas com 24 anos de parceria com a Krautli, sem esquecer a Luís Manuel Rama‑ lho Saraiva e a Fontes Costa, duas empresas que fazem parte da história da Krautli desde o início. Na parte final da comemoração, José Pires chamou todos os colaboradores da Krautli com mais de 10 anos de casa destacando-se neste aspeto Carlos Silva e Olivia Alves, qual‑ quer deles com 25 anos de casa, iniciando as suas funções numa empresa que se chamava Interforte Comercial e que um ano depois deu origem à Krautli Portugal.

Atualmente a Krautli é líder incontestável na área dos tacógrafos, com a marca VDO, sendo uma empresa de referência na mecânica, área de negócio que iniciou em 2008. “A mudança é constante e essa adaptação à mudança foi um dos fatores principais que contribuíram para o nosso sucesso”, referiu José Pires, dizendo que “continuamos em crescimento sustentado e queremos ser um fornecedor global no pós-venda independen‑ te, ao qual ainda faltam algumas gamas de produtos, mas estamos a trabalhar para isso”. O discurso final coube a Markus Krautli, que contou um pouco da história da empresa na perspetiva do “investidor”, referindo que está “determinado em continuar a fazer crescer a Krautli Portugal com todos os parceiros”. Os restantes momentos da noite dos 25 anos da Krautli Portugal foram de festa e de co‑ memoração, com um espetáculo a cargo de Herman José.. Venham mais 25 anos.


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PRIMEIRO EQUIPAMENTO MERCEDES-BENZ PORTUGAL

“Temos o balcão de peças aberto 24 horas por dia” A estratégia de pós-venda da Mercedes passa por estreitar cada vez mais a parceria com as oficinas independentes. A nova versão do WebParts é o novo “balcão virtual” que vem agilizar as vendas online. { TEXTO CLÁUDIO DELICADO }

A

Mercedes lançou um novo portal para tornar mais rápida e simples a aquisição de peças originas da marca. A Mercedes-Benz WebParts é uma plataforma desenvolvida por profissionais para profissionais permitindo o acesso rápido a um conjunto de funcionalidades comuns aos serviços prestados pelo balcão de peças das oficinas autorizadas da rede de assistência da marca alemã. Wolfgang Saum, Diretor-Geral do Serviço Após-Venda da Mercedes-Benz Portugal, faz-nos uma visita guiada à estratégia de peças da marca no mercado nacional.

Wolfgang Saum

CONTACTOS MERCEDES-BENZ PORTUGAL Dir.-Ger. de Pós-Venda: Wolfgang Saum 219 257 000 mbportugal@mercedes-benz.pt www.mercedes-benz.pt

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Qual a estratégia por trás do surgimento do novo portal Webparts? Cada vez mais os clientes procuram soluções flexíveis e disponíveis 24/7. Desde sempre que o negócio de venda de peças ao balcão fez parte da estratégia de negócio da Mercedes-Benz. Quando em 2008 lançamos pela primeira vez a primeira versão do WebParts para o mercado, sentimos claramente que o futuro da identificação e encomenda online de peças originais Mercedes-Benz passaria por esta plataforma. Esta última evolução foi um passo natural no sentido de tornar a ferramenta mais “user-friendly” e com mais possibilidade tanto para quem vende como para quem compra. A identificação das peças está agora muito mais

facilitada e é possível aceder a campanhas e promoções de forma mais personalizada, tendo em conta as necessidades de cada cliente. Este novo portal vem substituir o eMBpeças ou são complementares? O novo portal WebParts não irá substituir o eMBpeças, uma vez que estas duas plataformas são complementares. O WebParts tem como principal objetivo a identificação e encomenda de peças online, já o eMBpeças é uma ferramenta de fidelização onde os clientes podem aceder a informações sobre novas peças disponíveis, campanhas e ainda acumular pontos em função das compras que poderão ser trocados por artigos da boutique ou por novas compras. Com estas duas ferramentas, pretendemos fechar o ciclo com os clientes de peças ao balcão, permitindo-lhes satisfazer todas as suas necessidades dentro da marca. Permite gerar alertas por parte das oficinas autorizadas Mercedes-Benz para os seus clientes de balcão, acerca de campanhas ou de novidades da marca. Os clientes podem ainda consultar os pontos disponíveis, através do seu telemóvel. Para as oficinas e frotistas que já estavam habituados a usar o eMBpeças, o que traz de novo o WebParts? Mais funcionalidades? A grande novidade é o seu interface que


a horários e constrangimentos. E o ritmo não vai parar, uma vez que temos grandes novidades a sair brevemente. Que novidades vão lançar no WebParts? Vão existir campanhas apenas online, promoções, etc, para as oficinas? Naturalmente, essa será a tendência. Com o lançamento da plataforma, lançámos algumas campanhas bastante agressivas que as nossas oficinas autorizadas estão a repassar para os seus clientes de balcão. Uma vez que os clientes que escolhem esta via para encomendar são um tipo específico de cliente, teremos naturalmente, ofertas customizadas para eles. No negócio do pós-venda, qual o mix de vendas entre peças vendidas ao balcão e através do portal? As compras de peças através do Webparts têm vindo a crescer, e prevemos que ultrapassem 10% do total de vendas ao balcão ainda este ano.

MAIS PERTO DOS INDEPENDENTES está mais intuitivo. Através do novo portal WebParts uma oficina independente poderá efetuar a encomenda das peças de duas formas: ou pesquisa diretamente por referência de peça e efetua a encomenda; ou poderá pesquisar através do identificador de peças online (EPC-Online), selecionar a peça e automaticamente efetuar a encomenda. Em relação aos clientes com frotas, desenvolvemos uma opção específica que possibilita ao cliente carregar no portal WebParts um ficheiro em vários formatos com a listagem das peças pretendidas, que é carregada para a plataforma e é efetuada automaticamente a encomenda. Assim, tal como já referimos anteriormente, com esta plataforma WebParts é possível identificar e encomendar as peças e ter acesso a todas as vantagens de ser um cliente fiel da marca.

Qual o peso da venda de peças para oficinas independentes na Daimler? O negócio de balcão representa uma parte significativa das vendas de peças. Temos noção de que não é possível assistir todos os veículos nas nossas oficinas e com as vendas ao balcão pretendemos que, pelo menos, os clientes utilizem peças originais da marca, com todas as vantagens inerentes em termos de qualidade e fiabilidade. Temos reforçado a relação de parceria e proximidade com as oficinas independentes. O negócio de peças para oficinas independentes é uma mais-valia para os concessionários Mercedes ao longo do país?

A venda de peças recondicionadas tem vindo a crescer exponencialmente e é uma tendência natural do mercado O negócio de balcão é bastante importante na nossa atividade e tem vindo a crescer nos últimos anos. Procuramos manter uma relação de proximidade e de estratégia win-win, uma vez que uma oficina independente ao colocar uma peça original Mercedes-Benz está a oferecer ao seu cliente um produto com uma excelente fiabilidade. Quanto vale o negócio de peças da Daimler em Portugal? O negócio de peças da Mercedes-Benz em Portugal é um dos mais importantes a nível das marcas automóveis. Não sendo a marca com o maior parque no país, compensamos com agressividade comercial e fidelização de clientes que nos tem permitido atingir quotas de mercado muito interessantes. De facto, mesmo durante o período de crise que atravessámos nos últimos anos, temos vindo a crescer desde 2013.

PEÇAS RECONDICIONADAS Qual é a importância das peças recondicionadas na estratégia de pós-venda da Daimler? Tem vindo a crescer exponencialmente,

Qual o balanço que faz de cerca de dois anos de utilização do eMBpeças? Tem sido muito positivo, superando mesmo as nossas expectativas. O feedback dos nossos clientes tem sido no sentido de ser um passo inovador neste tipo de negócio, permitindo uma relação de parceria e proximidade com as oficinas autorizadas da marca. Qual o papel deste tipo de portais para a estratégia do pós-venda da Daimler? É o desenvolvimento natural em todas as áreas de negócio. Seja para clientes de peças ao balcão, seja para os clientes de oficina, os últimos anos têm sido de grandes avanços neste domínio. Os clientes conseguem hoje fazer quase tudo online, permitindo-lhes uma grande flexibilidade, não tendo de se adaptar OUTUBRO 2015

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PRIMEIRO EQUIPAMENTO MERCEDES-BENZ PORTUGAL

principalmente, alicerçado em 2 eixos: por um lado, pela vantagem que representa em termos de preço para os nossos clientes; adicionalmente, é uma resposta a todas as exigências ambientais que se colocam cada vez mais, principalmente a nível europeu. Esta é uma tendência natural do mercado. Como, onde e por quem é feito esse recondicionamento e como decorre este processo? A Daimler dispõe de um centro de recondicionamento de peças localizado perto da nossa sede. A Mercedes-Benz, naturalmente, tem uma logística associada que permite gerir todos os processos de devolução das peças usadas e de envio das recondicionadas para as oficinas autorizadas. A vossa estratégia passar por “oferecer” também planos de manutenção ao consumidor final. Faz parte da estratégia para fidelizar clientes nas oficinas oficiais? Os contratos de serv iço fa zem pa rte da estratégia futura da Mercedes-Benz. Em função do modelo do veículo e do número de quilómetros que o cliente faz por ano, existe uma renda mensal fixa que inclui o plano de manutenção previsto para esse período que permite ao cliente não ter custos inesperados, podendo planear antecipadamente os seus pagamentos. Atualmente temos disponíveis 4 tipos de contratos de serviço, desde a manutenção programada até ao mais completo, o Excellent, que inclui manutenção programada, material de desgaste e extensão de garantia. Assim garantimos que o cliente está livre de preocupações ou surpresas no momento de realizar a manutenção do seu automóvel.

Qual a taxa de retenção dos clientes no serviço oficinal dentro da garantia e fora? Tem sido o principal foco da estratégia da marca, a nível de após-venda. Os resultados são visíveis uma vez que estamos desde

2011 a aumentar muito significativamente as nossas taxas de retenção, seja nos veículos dentro do período de garantia, como também nos veículos mais antigos, incluindo os veículos com mais de 8 anos que são, tradicionalmente, um segmento muito sensível ao preço. Temos feito um trabalho no sentido de demonstrar que o serviço da marca é competitivo, oferecendo soluções exclusivas e diferenciadas, consoante o segmento de clientes. Igualmente, temos vindo a aumentar a abrangência da nossa oferta de forma a garantir que os clientes podem satisfazer todas as suas necessidades dentro da marca, assegurando a sua mobilidade em todas as situações.

10%

VALOR PREVISTO DE VENDAS DE PEÇAS ATRAVÉS DO WEBPARTS PARA ESTE ANO

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Onde o aftermarket faz negócio.

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COMERCIAL LIGEIRO CITROËN BERLINGO

O líder dos tempos modernos Com um desenho mais moderno e um motor testado e aprovado, o Citroën Berlingo ganha flexibilidade, tecnologia e uma nova vida para manter a liderança alcançada desde 2013 nas vendas. { TEXTO CLÁUDIO DELICADO FOTOS REVISTA PÓS-VENDA }

A

PSA mantém uma liderança forte no segmento dos comerciais ligeiros, em especial onde se inserem os primos direitos Citroën Berlingo e Peugeot Partner, que ocupam os dois primeiros lugares das vendas entre janeiro e julho de 2015. Mas não basta atingir bons números de vendas, é preciso mantê­‑ los e, sempre que possível, aumentá­‑los. Para isso, a PSA decidiu moder‑ nizar ambos os modelos Made in Portugal. O novo Berlingo (o mais vendido até julho

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deste ano, com 1944 unidades), aqui em análise, conta com uma nova face dianteira moderni‑ zada, mais dinâmica e expressiva com arestas pronunciadas, novo desenho dos faróis dian‑ teiros e das luzes diurnas. O espaço de carga, um dos grandes argumen‑ tos do Berlingo mantém­‑se inalterado. Dis‑ ponível em dois comprimentos diferentes L1 (volume útil até 3,7m 3) e L2 (até 4,1 m 3), o novo Citroën Berlingo oferece uma superfície de carga flexível e muito bem aproveitada tam‑

bém graças ao acesso ao compartimento de carga: amplas portas laterais deslizantes e portas traseiras assimétricas (com abertura a 180º). A versão em análise, L1, é a que tem maior procura no mercado nacional. No interior o terceiro lugar (central) continua a ser pouco confortável e para usar apenas como recursos (o caso muda de figura na ver‑ são com caixa roborizada ETG6 e na versão elétrica com o comando de caixa a passar para o painel e libertar espaço para as pernas do


Transporte de duas europaletes graças a portas amplas e optimizadas.

ocupante central). Mas no interior há dois pontos fortes que são uma mais­‑valia no dia­ ‑a­‑dia. O banco lateral do passageiro é esca‑ moteável para criar uma superfície plana e permitir transportar cargas até 3 m de com‑ primento no L1. Esta configuração aumenta o volume útil em 400 litros: a capacidade de carga é assim levada até aos 3,7 m 3 nesta ver‑ são mais curta. Além disso, o banco lateral do passageiro pode igualmente colocar­‑se em posição cinema, ou seja, o assento elevado contra o encosto, para transportar cargas altas diretamente na cabina. O desenho reba‑ tível do banco central assegura uma função de escritório móvel graças à sua forma de escrivaninha. A finalizar estas característi‑ cas de flexibilidade do habitáculo, está dispo‑ nível um volume suplementar de 7,5 litros sob o assento do banco central e pode fechar­‑se com cadeado.

Modelos mais vendidos (janeiro a julho 2015) Citroën Berlingo (1944 unidades)

Peugeot Partner (1779 unidades)

TECNOLOGIA A BORDO

Três lugares à frente e uma modularidade completa graças à Cabina Extenso.

Cada vez mais conectividade com ajudas à condução como navegação, internet a bordo ou câmara traseira de estacionamento

Mas se falamos de modernização é impossí‑ vel não trazer elementos multimédia, úteis a quem faz do veículo um escritório. O ecrã tátil de 7’’ esconde uma série de funcionali‑ dades, entre elas o “obrigatório” kit mãos­ ‑livres, mas também navegação, câmara traseira de estacionamento ou pode servir de router para ter internet no veículo ou, através do mirror link, transpor para o sis‑ tema multimédia o ecrã do smartphone. A ligação à internet no interior do veículo veio para ficar. O motor desta unidade é o bem conhecido 1.6 HDI de 90 CV, associado à caixa manual de cinco velocidades (disponível também com a caixa robotizada). Garante ritmos despacha‑ dos sem penalizar os consumos. A média anunciada pela Citroën é de apenas 5 l/100 km, mas é preciso contar com cerca de 1 l adicional por cada 100 km percorridos. Este motor, por enquanto o mais equilibrado, será posterior‑ mente substituído pela nova geração de mo‑ tores BlueHDI. O preço a pagar por esta versão Club é de 23.302 euros (IVA incluído), numa campanha que inclui todos os equipamentos referidos neste texto (ou 20.517 euros apenas com o equipamento de série).

Renault Kangoo (1682 unidades)

Ford Transit (991 unidades)

Opel Corsa Van (701 unidades)

Pneus Michelin Energy Saver 195/65 R15

FICHA TÉCNICA – 1.6 HDi 90 CV (215 Nm binário máximo) – 3,7 m 3 de volume de carga – 4,38 m (comp.) x 1,81 m (larg.) x 1,81 m (alt.) – 5,0 l/100 km de consumo médio (132 g/km de CO2) – 160 km/h de velocidade máxima – 20.517€ (versão Club) - a partir de 18.832€

Fonte: ACAP

A versão L1, mais curta, é a preferida em Portugal OUTUBRO 2015

PÓS-VENDA

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DOSSIER PEÇAS PARA VEÍCULOS ASIÁTICOS

Negócio com novas oportunidades As peças para veículos asiáticos são um negócio que cresceu bastante na última década na Europa e em Portugal. A PÓS-VENDA perguntou a diferentes operadores, especialistas e não especialistas em peças para asiáticos, qual é o momento atual deste mercado. { TEXTO PAULO HOMEM }

P

eças para veículos asiáticos sempre existiram no mercado. O crescimento do parque circulante de veículos asiáticos, na década passada, motivou o aparecimento específico de operadores de peças para este tipo de veículos e que determinadas marcas apostassem na divulgação da sua gama asiática. Segundo dados de 2012, rodam em Portugal cerca de um milhão de veículos asiáticos, sendo que a representatividade destes veículos nas vendas totais de automóveis tem vindo a diminuir de ano para ano, apesar de uma ligeira recuperação em 2014 (ver dados).

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PÓS-VENDA

OUTUBRO 2015

Mesmo assim, existem cada vez mais operadores a darem importância e relevo à sua gama de peças para veículos asiáticos, até porque são cada vez os carros asiáticos que partilham plataformas e motores com veículos europeus. Dizem os especialistas em peças asiáticas que o facto de possuírem essa mesma especialização lhes garante alguma vantagem, nomeadamente na mais rápida e fácil identificação das peças que a oficina precisa. Os outros dizem que cada vez está mais esbatida essa diferenciação que possa existir por via da especialização, utilizando esse mesmo argumento de que a partilha de plataformas

e de motores colocou-os quase ao nível dos especialistas. Neste trabalho sobre peças para veículos asiáticos, a revista PÓS-VENDA reuniu um interessante leque de operadores. Desde os especialistas aos generalistas em peças para veículos asiáticos, passando por operadores que apostam em determinadas áreas de negócio específicas até empresas multimarca e multiproduto.Nas próximas páginas pode ficar a conhecer as principais opiniões sobre o mercado, bem como as marcas e produtos que os diferentes operadores têm (e terão) para veículos de origem asiática.


MERCADO O que pensam os responsáveis pelas diversas empresas sobre o negócio das peças para veículos asiáticos? A Revista PÓS-VENDA colocou-lhes algumas questões sobre o mercado: 1  Como tem evoluído o mercado de peças para veículos asiáticos em Portugal? 2  A especialização de alguns operadores em peças para veículos asiáticos ainda é uma mais-valia no mercado? 3  O facto de os carros asiáticos terem períodos de garantia maiores (face aos carros europeus) é um entrave ao desenvolvimento do negócio de peças para veículos asiáticos? 4  Existem algumas particularidades que tenham a ver com as peças para veículos asiáticos (face às restantes peças)? 5  A partilha de plataformas entre marcas europeias e asiáticas, e o facto de muitas marcas asiáticas construírem cada vez mais carros na Europa, em que medida poderá afetar o negócio de peças para veículos asiáticos? Vai diminuir ou crescer este negócio?

3 C omo todas as marcas, a origem procura sempre prender o cliente na sua rede e a garantia alargada é mais uma dessas estratégias, contudo há piores ameaças como a da BMW. O aftermarket é cada vez mais para veículos com alguns anos, e o preço/ qualidade continua a ser a nossa mais valia, tendo em conta que temos por vezes peças no aftermarket com qualidade muito superior à original. 4 Hoje em dia não me parece. 5 Como disse na primeira resposta, o mercado hoje já não faz essa distinção.

VIEIRA & FREIRAS PAULO PIMENTEL TORRES

RPL CLIMA RUI LOPES

jados fora dessa proteção do fabricante. Quero acrescentar que os carros europeus também já estão a ser vendidos tanto com mais anos de garantia como também mediante um pagamento se pode prolongar essa mesma garantia. 4 Como trabalhamos com os principais fabricantes de compressores de ar condicionado automóvel, com origem asiática Denso e Sanden, verifico o nível de qualidade/fabricação iguais tanto para carros asiáticos como para europeus. 5 Neste mundo global vamos assistir cada vez mais esta troca dos locais de fabricação dos carros. Penso que sendo cada vez mais a fabricação realizada na Europa poderá trazer mais benefícios num futuro na venda das peças para esses mesmos carros. O mercado vai crescer.

AS PARTS ISABEL BASTO

1 O mercado de peças para veículos asiáticos, é um mercado que tem evoluído para não haver distinção com o restante mercado. Hoje as marcas, quer sejam europeias ou asiáticas, têm todas as peças indistintamente de serem para asiáticos ou europeus. 2 N ão, penso que não, nenhum operador deve sobreviver com somente uma parte de mercado, embora os veículos asiáticos sejam em Portugal uma grande parte deste mercado.

1 Penso que tem tido uma evolução normal do mercado no decorrer destes anos. Continuamos a investir no mercado asiático no que diz respeito a peças de ar condicionado automóvel. 2 S em dúvida, debatemo-nos sempre pela especialização e nesse sentido qualquer casa especializada em peças asiáticas terá o seu espaço neste mercado. 3 D epende do ponto de vista, tudo tem um prazo de garantia e nesse sentido após esse prazo os carros vão precisar de ser arran-

1 Do meu ponto de vista o mercado de peças para veículos asiáticos tem vindo a evoluir muito por força também da aposta de algumas marcas asiáticas em construir na Europa. 2 Sim, os clientes ainda procuram os operadores/marcas especializadas em veículos asiáticos. OUTUBRO 2015

PÓS-VENDA

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DOSSIER PEÇAS PARA VEÍCULOS ASIÁTICOS

3 Não vejo que seja um entrave ao desenvolvimento do negócio. 4 Por norma, os fornecedores tentam recorrer a fabricantes de peças que lhes garantam uma qualidade superior. 5 Na minha opinião poderá fazer crescer este negócio pois em muitos casos mais rapidamente as peças irão estar disponíveis para o Aftermarket.

BILSTEIN GROUP JOAQUIM CANDEIAS

1 De acordo com a nossa experiência e resultados, podemos afirmar que em Portugal o mercado de peças para veículos asiáticos tem apresentado a lgu m c resc i mento. No caso concreto da Blue Pri nt temos conseguido apresentar um crescimento sustentado e consistente, e apesar de sermos líderes de mercado temos conseguido ganhar ainda quota de mercado. Gostava ainda de destacar as alterações pelas quais o mercado de peças para asiáticos passou nos últimos anos, em que no passado o negócio em Portugal estava muito focado na oferta dos importadores, e que recentemente o mercado tornou-se mais competitivo, com o aparecimento de novos players a oferecerem soluções integradas para veículos asiáticos e também nas marcas generalistas a apostarem no desenvolvimento da sua oferta para estes veículos. 2 Acredito que a especialização nos veículos asiáticos é ainda uma mais valia, porque na nossa distribuição ainda existe a cultura de procurar as ofertas dos especialistas para este tipo de peças, porque apesar das marcas mais generalistas estarem cada vez a apostar mais numa oferta melhorada para os veículos asiáticos, a verdade é que não tem o know how nem oferecem uma solução tão completa como os especialistas, como é o caso da Blue Print. 3 Penso que as garantias maiores que referem até poderão ter um efeito contrário. Este fenómeno das garantias com períodos maiores foi uma medida tomada essencialmente pelos fabricantes coreanos para sensibilizar o grande público de que os seus veículos tinham qualidade equiparada à das marcas europeias. Com esta divulgação da qualidade das marcas coreanas, as vendas também aumentaram, o que levou ao aumento de viaturas a circular em Portugal e por isso mais oportunidades para

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PÓS-VENDA

OUTUBRO 2015

as marcas especializadas em peças para asiáticos. Por outro lado, existe também um aumento da consciencialização dos consumidores, de que as intervenções feitas em reparadores independentes qualificados não invalidam a garantia do fabricante. 4 A particularidade que destaco no mercado dos asiáticos é a dificuldade em identificar as peças em comparação com as restantes peças, sendo esse um dos fatores diferenciadores dos especialistas como a Blue Print, que com os seus catálogos vieram simplificar a identificação dos veículos asiáticos. 5 Para nós a partilha de plataformas entre as marcas europeias e asiáticas é uma oportunidade de aumentar o negócio, visto que passamos a ter um universo de venda muito superior. Sendo a Blue Print uma marca com uma gama alargada, focada na qualidade e no serviço ao cliente e com um preço competitivo, conseguimos competir com as marcas generalistas na oferta para as peças dos veículos com plataforma partilhada com as marcas asiáticas.

JAPOPEÇAS LUÍS COSTA

1 Na generalidade constata-se que a oferta deste tipo de peça mantém-se estável e o padrão de materiais não tem observado grandes alterações. Com base nos resultados da Japopeças, continuamos a registar um crescimento nas vendas de peças para asiáticos, sustentado pelo aumento da diversidade de produtos e pela cobertura específica de modelos. 2 Trabalhar exaustivamente determinada marca ou marcas, permite acumular conhecimentos que de outra forma ficariam dispersos se o mesmo universo fosse demasiado alargado. Esse conhecimento é depois convertido em menos erros de identificação e aumento do nível de satisfação do cliente. Além disso a concentração de encomendas para importação permite trabalhar em pormenor gamas de produtos mais específicas e introduzi-las no nosso mercado e assim cativar a atenção dos nossos clientes pela oferta e variedade que possuímos em stock.

3 Concordo com a constatação do facto, quanto ao alargamento do período de garantia por parte dos asiáticos, pois o mesmo fideliza o cliente largo tempo ao concessionário pelo que cabe às oficinas independentes contrariar esta tendência, estimulando a informação Block Exemption junto dos seus clientes. 4 Devido a imposições, normas europeias ou outras políticas comerciais, atualmente os veículos de origem asiática vêm incluindo gradualmente na sua montagem produtos de marcas europeias ou apenas fabricados na Europa. As constantes inovações tecnológicas são cada vez mais transversais a todas as marcas ou fabricantes e a qualidade de construção é hoje um fator comum à grande maioria das marcas mundialmente reconhecidas. O material de origem japonesa tem um longo histórico pela elevada qualidade de construção, mas hoje todas as marcas de automóveis tentam de algum modo incluir nas suas linhas de montagem peças das mais variadas proveniências, e a relação origem de fabrico versus qualidade perde lentamente a relevância de outros tempos. Ainda assim, a sigla “made in Japan” continua a ser sinónimo de um produto de qualidade aquando da sua aquisição. 5 A partilha é sinónimo de divisão, mas neste caso a partilha de plataformas entre marcas asiáticas e europeias vem alargar o âmbito de aplicações possíveis para determinadas peças tornando-as mais abrangentes nas aplicações, potenciando assim o seu fabrico e posterior comercialização.

TRW PEDRO DIAZ

1 N ão temos informação pormenorizada e específica sobre o mercado de peças para veículos asiáticos em Portugal. 2 A chamos que essa especialização não é determinante para o sucesso de vendas das marcas com cobertura mais generalistas. Na TRW, temos vindo a investir muito na cobertura do parque asiático, onde só no último ano representaram 30% de todas as referências lançadas, e os resultados de vendas estão de acordo com esse investimento.


OUTUBRO 2015

PÓS-VENDA

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DOSSIER PEÇAS PARA VEÍCULOS ASIÁTICOS

3 Em alguns casos específicos é possível que atrase um pouco o aparecimento desse parque asiático no mercado independente, mas hoje em dia também as marcas europeias têm muitos programas de extensões de garantia e prazos de garantia mais alargados. Por outro lado, temos a nosso favor a legislação que permite que sejam efetuadas intervenções no período de garantia, no mercado independente, sem que esta perca a sua validade. 4 A nível das peças propriamente ditas não vemos qualquer particularidade em especial, tendo todas elas que cumprir com as especificações da Origem. 5 P ensamos que é mais positivo para as marcas generalistas, pois com a partilha de plataformas a sua cobertura de parque passa a ser automaticamente maior, sem que para tal sejam necessários investimentos adicionais. Quem irá perder alguma vantagem são as marcas especialistas em veículos asiáticos pois perdem alguma da sua “exclusividade” em modelos muito específicos e com parque circulante na Europa muito baixo, e que por vezes não justificava o respetivo desenvolvimento pelas marcas generalistas.

AUTOZITÂNIA FLÁVIO MENINO

1 Apesar de não possuirmos dados estatísticos que o corroborem a nossa perceção, o mercado de peças para veículos asiáticos tem crescido nos últimos anos. Este crescimento vem, no entanto, de “mãos dadas” com a exportação de peças, nomeadamente para mercados africanos que representam uma percentagem assinalável das vendas totais, e justificam os consumos acima da média verificados em algumas famílias de produto. 2 A especialização ainda é uma mais-valia, apesar de atualmente as restantes marcas, que não as especialistas neste tipo de peças, terem uma oferta cada vez mais alargada para veículos asiáticos. Embora a distância entre os especialistas e as restantes marcas seja cada vez menor, a especialização de operadores neste tipo de peças ainda consegue fazer a diferença, principalmente

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PÓS-VENDA

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devido ao vazio que existia neste segmento de mercado. 3 A garantia oferecida cobre os defeitos que o veículo possa ter na sua origem e não a sua manutenção, pelo que o negócio de peças para veículos asiáticos não é muito afetado devido à extensão do período de garantia. Relativamente à manutenção do veículo durante o período da garantia é importante que os proprietários das viaturas tenham conhecimento que existe legislação que lhes permite efetuar essa manutenção no local onde pretenderem, não sendo obrigatório que seja na marca e sem perderem o direito à garantia. A Divisão de Peças e Acessórios Independentes da ACAP difundiu informação sobre este tema, existindo um website próprio criado para o efeito (www.escolhaomelhorparasi.com) onde pode ser consultada muita informação e a legislação referente a este assunto. 4 Consideramos que não existem particularidades específicas muito relevantes, o que existe é uma maior dificuldade no acesso a informação precisa sobre as viaturas e consequentemente sobre as peças e componentes. Contudo, também pensamos que já foi um mercado mais difícil pois todos os veículos asiáticos eram produzidos na Ásia, com fornecedores asiáticos e a distância fazia-se sentir. Atualmente com o maior e mais rápido acesso à informação, e com a produção de veículos asiáticos na Europa essa distância é cada vez menor. 5 Não acreditamos que o negócio seja afetado. Pelo contrário, consideramos que tem aspetos muito positivos como o já referido acesso a mais informação pela partilha entre as marcas europeias e asiáticas. A distribuição do negócio também sofre mudanças significativas, e a distância geográfica menor relativamente ao nosso país

traz benefícios que podem ser aproveitados de forma a conseguirmos adaptar-nos e a fazer crescer o negócio.

FILOURÉM CARLOS GONÇALVES

1 Nos últimos anos, e como consequência do programa de ajuste financeiro que o nosso país se viu forçado a cumprir, o mercado de comercialização de veículos ligeiros novos caracterizou-se por uma forte redução nas vendas, tendo o seu ponto mais baixo sido atingido no ano de 2012. Contudo, nestes últimos anos vem-se notando uma tímida e lenta recuperação tendo-se já em 2014 vendido 169.026 veículos novos e estima-se que este ano se possa chegar aos 210.000. Ao contrário do que possa pensar, a redução de vendas de veículos ligeiros novos e o consequente envelhecimento do parque automóvel, não se traduz num aumento proporcional de venda de peças novas, porque se por um lado e face às dificuldades económicas das famílias, algumas não trocam de carro, por outro lado, outras há, que se vêm forçadas a não utilizar o seu “velho” veículo de forma a minimizar os seus custos mensais, o que se vem a traduzir numa redução de utilização e uma diminuição significativa do consumo das peças de desgaste.


Perante esta conjuntura de mercado e com sinais ainda tímidos de recuperação, não temos dúvidas de que se aproximam anos bastante frutuosos em que tanto o setor de peças, bem como venda de veículos andarão de mãos dadas num crescimento lento, mas sustentável em que o comércio de peças para veículos asiáticos vão estar em linha e serão um reflexo do mercado automóvel, pois ambos estão interligados. O mercado de peças para veículos asiáticos tem uma extrema importância para a Filourém, e é hoje um setor onde registamos um elevado crescimento em termos de vendas e de quota de mercado, desde logo porque estamos em crer de que fizemos as melhores opções quer em termos de linha de produtos, quer na qualidade e competitividade dos mesmos. 2 n .r. 3 D e um modo geral os fabricantes de automóveis alargam os prazos de garantia, como argumento comercial e com a intenção de reforçar o fator confiança na venda. Os automóveis, de um modo geral, são hoje muito fiáveis e desde que disponham de uma manutenção atempada não trarão problemas de maior nos seus primeiros anos. Mas sendo a confiança um fator tão importante no automóvel, é de salientar que esta não é um exclusivo da marca que o fabrica, pois hoje o aftermarket está em condições de poder assegurar componentes de qualidade equiparada ou superior aos utilizados pelos fabricantes de automóveis e também já contamos com oficinas de elevada qualidade que poderão assegurar uma manutenção que não comprometa a garantia do fabricante. Isto é um sinal que melhoramos muito, e de que podemos melhorar ainda muito mais.

4 Tempos houve em que, de facto, o mercado de peças asiáticas era muito díspar do mercado de peças europeu e requeria um trato muito mais especifico e dedicado. Hoje, apesar de ainda existir um pouco essa diferenciação a mesma tenderá a ser anulada a médio prazo, pois os custos de produção e as normas europeias obrigam cada vez mais as marcas asiáticas a europeizarem-se e com isso a partilhar cada vez mais componentes e tecnologias em parceria com marcas europeias. Veja-se o exemplo da Nissan que é atualmente a marca asiática mais vendida e que tem uma fortíssima parceria com a Renault. O papel fulcral na comercialização e especia l ização de peças asiáticas passa mais pela dinâmica do importador, pois o retalhista valoriza o seu fornecedor pela abrangência de gama, aprovisionamento, disponibilidade de stocks e uma logística eficaz. 5 A globalização é, sem dúvida, uma forma de aproximação entre os povos e a partilha de conhecimento e experiências visando um mundo melhor. Um setor tão importante como o automóvel não poderia ficar arredado desta dinâmica evolutiva, e é com base neste princípio que cada vez mais haverá uma partilha tecnológica entre construtores asiáticos e europeus. Com esta evolução todos ganhamos, desde logo ganha o ambiente pois se os automóveis forem construídos na Europa dispensarão dos onerosos transportes marítimos e as consequentes emissões de CO2 e, por outro lado, favorecerá a indústria, os importadores e os revendedores de peças, pois passará a haver uma maior universalização de produtos, o que trará uma redução nos custos de produção e uma diminuição na

diversidade de componentes, não prejudicando o volume de negócio.

MIKFIL CARLOS COSTA

1 O mercado de filtros para veículos asiáticos tem decrescido, verificando-se que em dois anos a redução foi superior a 20%. 2 Em filtros a especialização asiática já não se justifica, pode ser uma mais-valia em casos muito particulares. 3 De facto, relativamente a marcas coreanas o período de garantia pode ser um entrave no negócio, no entanto e tendo em consideração a idade do nosso parque, tal fator torna-se pouco significativo. 4 No caso dos filtros as particularidades específicas estão a diminuir drasticamente, sendo que apenas em alguns filtros de ar, habitáculo e combustível ainda se nota alguma diferença para o mercado de veículos europeus. 5 Na realidade, a partilha de plataformas e no caso dos filtros está a eliminar o chamado negócio para veículos asiáticos. No contexto atual o negócio passou a global.

PRODUTO VIEIRA & FREITAS

RPL CLIMA

A Vieira & Freitas disponibiliza marcas especificas para veículos asiáticos, como é o caso das peças elétricas New-era e dos inflamadores diesel HKT, contudo todas as outras marcas que a empresa comercializa têm na sua gama peças para asiáticos.

Especializada na área do ar condicionado automóvel, a RPL CLima trabalha com os líderes de compressores desta área de negócio, neste caso as marcas Denso e Sanden, qualquer delas com forte cobertura nos veículos asiáticos. A empresa algarvia dispõe também de compressores alternativos com a marca RPL Quality para compressores “asiáticos”. As mais recentes novidades introduzidas pela RPL Clima são os compressores para o Toyota Avensis (2009-?), Kia Sportage 2.0 (2014-?) e Nissan Juke 1.6 (2010-?). Num futuro próximo a RPL Clima conta ir aumentando a sua já longa lista de compressores, como pretende juntar novidades noutras peças tais como condensadores, evaporadores e filtros desumidificador.

A mais recente novidade introduzida no mercado pela Vieira & Freitas encontram-se na área da mecatrónica, gestão de motor, sensores diversos, sondas e também na área de compressores AC. CONTACTOS 253607320 geral@vieirafreitas.pt www.vieirafreitas.pt

CONTACTOS 289 381 720 comercial@rplclima.com www.rplclima.com www.avariasarcondicionadoauto.com

ASPARTS

A AS Parts comercializa quase todas as linhas de produtos de mecânica para veículos asiáticos, sendo que as principais marcas de peças para veículos asiáticos com que trabalham são a BluePrint e a nova gama SKF. CONTACTOS 91 514 70 68 ibasto@nors.com www.asparts.pt OUTUBRO 2015

PÓS-VENDA

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DOSSIER PEÇAS PARA VEÍCULOS ASIÁTICOS

TABELA 1

TABELA 3

VENDA DE VEÍCULOS NOVOS ASIÁTICOS EM PORTUGAL

LIGEIROS (INCLUI TODO-O-TERRENO)

Ranking Nacional

Marca

Vendas Jan.- Ago. 2014

Vendas Jan.- Ago. 2015

Variação

NISSAN

4916

7606

54,7%

12º

TOYOTA

5026

6160

22,6%

16º

KIA

1738

2600

49,6%

18º

MITSUBISHI

1606

1897

21º

HYUNDAI

753

22º

HONDA

23º 31º

JAPÃO Toyota

175 757

3,9

Nissan

110 761

2,5

Honda

106 524

2,4

Mitsubishi

73 642

1,6

18,1%

Mazda

39 368

0,9

1172

55,6%

Suzuki

39 035

0,9

1204

1021

-15,2%

Daihatsu

4 084

0,1

MAZDA

735

869

18,2%

Subaru

2 917

0,1

ISUZU

158

197

24,7%

Lexus

2 410

0,1

554 498

12,3

Fonte: ANECRA

COREIA DO SUL

TABELA 2

VENDAS DE VEÍCULOS LIGEIROS DE ORIGEM ASIÁTICA (PASSAGEIROS+ COMERICIAS)

Hyundai

60 234

1,3

Kia

25 899

0,6

Daewoo

12 698

0,3

Galloper

2 598

0,1

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

SsangYong

1 702

___

Nissan

6132

5889

5046

6820

5553

9292

7264

4235

4723

7645

Asia Motors

72

___

Toyota

15189

16312

17884 16462

12160

14881

7783

4867

5794

8327

103 203

2,3

Kia

1901

1281

1755

3149

2941

3988

2776

1892

1696

2617

Mitsubishi

7418

6575

6558

5667

4410

5543

3542

1517

1645

2265

Hyundai

4505

4004

3656

3218

2413

3421

2986

1202

888

1104

Honda

5446

4981

5963

5648

3634

3775

1827

1487

1718

1800

Mazda

3341

4096

4972

5155

3702

3839

1286

430

613

Isuzu

132

629

1029

646

519

597

392

170

Subaru

75

43

59

145

108

60

1

Daihatsu

373

249

132

70

56

56

Suzuki

1534

2859

2860

1690

736

Ssangyong

30

21

1

Total Aasiáticos Total Mercado %

|

COMERCIAIS LIGEIROS JAPÃO Toyota

105 437

9,0

1092

Mitsubishi

88 627

7,6

178

238

Nissan

56 475

4,8

3

2

0

Mazda

10 692

0,9

0

0

0

0

Isuzu

8 743

0,7

Suzuki

316

___

1261

567

168

76

25

Outras

41

___

1

0

0

0

0

270 331

23,1

17333

25113

46046 46918 49944 48691 36233 46714 28424 15971

273203 259185 270237 268793 199886 269133 188367 111299 124122 169026

COREIA DO SUL

17%

18%

PÓS-VENDA

18%

18%

18%

17%

15%

14%

14%

15%

21 013

1,8

Kia

5 463

0,5

113

0,0

26 589

2,3

Fonte: ACAP

OUTUBRO 2015

Hyundai

Outras

Fonte: ACAP

44

Fonte: ACAP


BILSTEIN GROUP A marca do bilstein group para peças de veículos asiáticos é a Blue Print, que apresenta uma oferta completa nas gamas de filtros, travões, embraiagens, distribuição, componentes elétricos, gestão de motor, transmissão, refrigeração, direção e suspensão. A Blue Print oferece uma verdadeira solução completa para veículos asiáticos. A Blue Print está constantemente a introduzir no mercado novas soluções e novas linhas de produto para veículos asiáticos, não existindo uma novidade em específico que se destaque. A constante inovação e lançamento de novidades fazem parte do ADN da Blue Print. CONTACTOS 219 663 720 vendas@bilsteingroup.com www.blue-print.com www.blue-print.com/pt/bpl

JAPOPEÇAS

A Japopeças tenta oferecer todas as áreas de material que compõe uma viatura, mas naturalmente incide mais a projeção dos seus stocks em material de desgaste. As marcas com maior destaque são a FBK para o sistema de travagem, AISIN mais representativa do sistema de embraiagem e bombas de água. A NKS PARTS dispõe também de um sem número de itens tais como: correias, retentores, pernos, rolamento entre muitos outros. Sendo esta uma marca própria Japopeças o critério maior é a qualidade. Consultas constantes aos seus fornecedores em busca de novos produtos ou dos mais requisitados permite à Japopeças a introdução regular de novas referências no seu portefólio e a sua consequente importação. A aposta em novos produtos no futuro passa por um acompanhamento das tendências na introdução de novas tecnologias que vão fazendo parte dos automóveis. Dessa forma, a política da Japopeças para pesquisa de mercado e manuseamento de stocks será para manter sob o lema “se existe procura teremos de possuir a oferta”. CONTACTOS Luís Costa 256203080 geral@japopecas.pt www.japopecas.pt

TRW

Todas as marcas que a TRW comercializa têm cobertura para parque asiático. A TRW não se foca especificamente em lançar produtos ou novidades apenas para veículos

asiáticos. Todas as novidades e desenvolvimentos de produto são aplicados a toda a gama que vende, independentemente da sua aplicação. Como por exemplo os discos de travão pintados de preto, ou as pastilhas de travão com COTEC têm, também, aplicações para veículos asiáticos A TRW vai continuar a aumentar a cobertura das suas gamas de produto, nas quais os veículos asiáticos também estão incluídos. CONTACTOS 214 228 300 marketing.portugal@trw.com www.trwaftermarket.com www.trwaftermarket.com/pt/Tech-Corner/ (requer registo para aceder à informação técnica)

AUTOZITÂNIA A oferta que a Autozitânia possui não se limita a marcas especialistas em veículos asiáticos, pois atualmente os fabricantes europeus têm uma gama mais extensa e completa para estes veículos. As principais marcas que comercializa, que tem peças para veículos asiáticos são: Alternadores e Motores de Arranque - Herth+Buss, Hella, Valeo; Amortecedores – Tokico, Sachs, Alko; Amortecedores de mala – Tuff Support; Bombas de água - GMB, Aisin, Airtex, FAI; Bombas de combustível – Fispa, Valeo; Borracha Metal – Metalcaucho, Impergom, Malo; Cabos flexíveis – Persea; Correias – Contitech, AE; Cubos e Rolamentos – GSP; Direção – Lizarte, Gomet; Diversos - HB - Suspensão, travagem; Elevadores – AC Rolcar; Embraiagem – Aisin, Luk, Sachs; Escovas limpa vidros – Champion, Valeo; Espelhos – Alkar; Filtros - VIC, Boshi, Herth+Buss, Sofima, Purflux, MANN; Ignição – NGK, FAE, Beru, Mobiletron, Intermotor; Juntas – Glaser, Payen; Lampadas – Osram, Amolux; Rolamentos – FAG, GSP, Herth+Buss; Suspensão – MOOG, FRAP, Herth+Buss, Endurance; Tensores – INA, FAI, Breda; Transmissão – GSP, GMB, Gomet; Travagem – Brembo, Roadhouse, LPR, Herth+Buss , Textar; Válvulas EGR – Fispa; Velas – NGK, Champion, Beru, HKT. A Herth+Buss, que é especialista em veículos asiáticos, tem efetuado um alargamento da sua gama e a Autozitânia tem acompanhado essa estratégia, tendo por isso lançada muitas novidades nos produtos desta marca. Este alargamento de gama é também realizado pela GSP, pelo que a Autozitânia apresentou novidades no que diz respeito a segmentos como a transmissão e os cubos de roda.

FILOURÉM

A gama de peças que a Filourém dispõe para marcas asiáticas é assegurada maioritariamente pela marca Japko, sendo que também dispõe de filtros da marca Tokio específica para asiáticos, tendo ainda algumas soluções em suspensão e “caucho” da marca Original Birth. Lançada há 5 anos pela Filourém, a Japko, até então desconhecida em Portugal, tem sido uma das apostas desta empresa. A Japko é uma referência mundial ímpar em material asiático, pois para além da qualidade e competitividade dispõe de uma diversidade de produtos e soluções inigualáveis. Como tal, o objetivo da Filourém é continuar a reforçar e a diversificar as linhas de produto Japko. As mais recentes novidades que a Filourém introduziu na gama para asiáticos na marca Japko foram: Amortecedores de suspensão e direção; Cabeças/Culaças de motor; Motores de Arranque e Alternadores; Suporte de Filtros de Gasóleo; Kits de distribuição; Kits de distribuição corrente. Na Tokio, a Filourém passou a disponibilizar recentemente os filtros. Em breve a Filourém vai lançar no mercado a Gama de Correias, Tubos de travão e Bobines de ignição da Japko. CONTACTOS 249 541 244 geral@filourem.com www.filourem.com

MIKFIL A Mikfil disponibiliz filtros de todo o tipo e para todos os veículos asiáticos, com as suas marcas JHF e MIKFIL. Das diversas novas referências que lançou este ano nenhuma era específica para veículos asiáticos, embora seja intenção da Mikfil lançar mais novidades acordo com o equilíbrio entre a procura e a oferta. CONTACTOS 227 536 770 joaocosta@mikfil.com www.mikfil.com

CONTACTOS 214 789 100 flavio-menino@autozitania.pt www.autozitania.pt OUTUBRO 2015

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DOSSIER PEÇAS PARA VEÍCULOS ASIÁTICOS

Marcas apostam nas peças originais para independentes Para complementar este trabalho quisemos também saber a opinião de um construtor automóvel de cada um dos países mais representativos dos “asiáticos”: a Mitsubishi pelos japoneses e a Hyundai pela Coreia do Sul. Em ambos os casos a venda de peças para oficinas independentes é um negócio importante e muito valorizado. { TEXTO CLÁUDIO DELICADO }

A

Hyundai, uma das marcas de um do grupo que mais cresceu na última década na Europa (em parceria com a “prima” Kia), considerando o parque a 10 anos, teve na última década um decréscimo de cerca de 30%, adianta Sofia Graça, da Platinium VH, importador da Hyundai para Portugal. No que diz respeito à venda de peças originais para oficinas independentes, “o negócio tem tido alguns altos e baixos na ultima década mas apresenta uma tendência de crescimento sustentado”, acrescenta a responsável. Atualmente, no total de peças vendidas, 70% são para consumo interno das oficinas da rede e 30% para as oficinas independentes. Porém, a Hyundai vai apostar forte na venda das peças, com “uma política específica de peças destinada ao negócio independente e que queremos promover, que será lançada no inicio de 2016. Essa política será sustentada numa plataforma eletrónica de contacto e encomenda e dará às oficinas independentes acesso a campanhas específicas Hyundai destinadas a este mercado.

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Isto, claro, sempre em total concordância com aquilo que é a política da Rede Autorizada Hyundai e no sentido de promover o negócio de peças ao exterior”, avança Sofia Graça, que acrescenta: “É um negócio que pretendemos promover e incrementar, de forma a garantir a disponibilidade a todos os clientes da garantia de qualidade das peças genuínas Hyundai”. A retenção dos clientes na rede oficial da marca é fundamental e por isso a Hyundai dá a garantia mais forte do mercado (5 anos sem limite de quilómetros), com alguns modelos a beneficiarem também da oferta da manutenção programada (para já para os i30 e i40). Historicamente, as vendas de peças ao balcão na Mitsubishi Motors e Fuso são cerca de 50% do total das venda de peças originais. Para 2015 estima-se o mesmo volume de vendas do ano 2014”, avança Miguel Santos, da Mitsubishi Motors Portugal, que concretiza: “Isto demonstra que os veículos reparados em oficinas próprias dos grandes frotistas ou em oficinas independentes continuam, pela exclusividade de algumas peças, a utilizar peças originais

Mitsubishi/Fuso”. A estratégia para as oficinas independentes continua a estar muito ligada ao balcão de peças: “A venda de peças originais às oficinas independentes é efetuada através dos Pontos de Serviço Autorizado. A MBP faz campanhas sazonais de peças selecionadas que as vende aos PSA (selling-in) que, por sua vez, irão dinamizar as vendas dos Concessionários aos reparadores independentes e balcão (selling-out)”, explica o responsável da marca japonesa. A Mitsubishi, apesar da queda do seu parque circulante, devido não só à crise como à política fiscal penalizadora para os veículos todo-o-terreno onde sempre foi muito forte, está a conseguir renovar o seu parque circulante no segmento I (veículos de 0 a 3 anos). “Desta forma, podemos reforçar o parque de veículos em garantia e aumentar o negócio de peças e serviço”, acrescenta Miguel Santos. Atualmente, a taxa de retenção no período de garantia (5 anos) é de 90%, enquanto fora da garantia desce para os 60%, de acordo com os dados da marca.


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2015 marca PÓS-VENDA BlueOUTUBRO Print é uma do bilstein group


PERSONALIDADE DO MÊS PEDRO PROENÇA (CREATE BUSINESS)

“A Create cria cada vez mais oportunidades” Aposta reforçada nos pneus, a nova versão do portal +Valor e a consolidação da marca própria Indie Parts são os desafios atuais. Mas outros se seguirão porque, na Create, ninguém consegue estar parado. { TEXTO CLÁUDIO DELICADO FOTOS MICAELA NETO }

P

edro Proença, 40 anos, sente­‑se rea‑ lizado no cargo que assumiu há nove meses na Create Business. O diretor comercial e de marketing não tem dú‑ vidas: “Esta é uma empresa com um dinamis‑ mo e forma de trabalhar como nunca encontrei em lado nenhum. Isso obriga­‑nos a conseguir ter este ritmo na sede e a passar este ritmo para os nossos parceiros de retalho e também para as oficinas”. É com entusiasmo, mas so‑ bretudo com uma enorme confiança no futuro que Pedro Proença fala do trabalho e explica a estratégia e as novidades da Create, uma empresa que gosta de pensar “fora da caixa”.

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Ouvimos falar muito no espírito Create. Afinal o que é? Existe um espírito Create que é fazer diferen‑ te, fazer mais, não estarmos acomodados ao que são os bons resultados que temos em toda a rede. Não nos acomodarmos ao facto de as coisas terem bons resultados, queremos mais. A Create é um grande distribuidor, uma rede de retalho, dinamizadores de oficinas...? É uma marca que cria oportunidades, necessi‑ dades e que faz tudo para melhorar o negócio dos seus clientes. Sabemos que se os nossos clientes tiverem mais negócio nós também

temos. Se os nossos clientes forem mais fortes nós também seremos. Respondendo diretamente à questão, somos tudo isso que enunciou. A nossa força está fora destes es‑ critórios centrais, nos nossos parceiros que implementam as nossas ideias. Toda a gente sabe que quando fazemos e apresentamos al‑ guma coisa, é dirigida à oficina, para o cliente do nosso parceiro, que é o retalhista. O que tentamos sempre é ser inovadores e foi que aconteceu desde que a empresa surgiu, há 12 anos. Mas tem sido também uma empresa atrevida pela forma de pensar que criou opor‑ tunidades no mercado e habituou as pessoas


Há muitas oportundiades para fazer crescer a Indie Parts e colmatar algumas lacunas da nossa oferta

a fazer as coisas de forma diferente. Somos líderes no nosso mercado. São mais distribuidores ou mais retalhistas? Somos retalhistas, onde estamos muito fortes no mercado. Temos como cliente­‑alvo o pro‑ fissional e é para ele que temos soluções: call­ ‑center, portal +valor, distribuição e formação. Há espaço para crescerem em número de parceiros no retalho? Existe sempre espaço. Temos zonas muito bem cobertas, mas continuamos com alguns défices no interior. Este ano, com a entrada da Lubrinor, tivemos uma cobertura de toda a zona de Trás­ ‑os­‑Montes que era uma das lacunas. Mas há zonas por cobrir e continuamos na perspetiva de chegar lá. Em muitos casos, são os nossos próprios parceiros que têm alargado a sua zona de influência e coberto zonas deficitárias. Qual é a grande vantagem de manterem uma logística própria? Acima de tudo controlamos o processo e isto para nós é crucial, além de não queremos ser iguais aos outros.Temos a nossa flexibilidade e somos nós que decidimos como organiza‑ mos e quando é que entregamos e quantas vezes o fazemos por dia. Não estamos de‑

pendentes de uma terceira entidade, que tem os seus interesses, outros clientes e as suas condicionantes. Nós achamos que a logística é um ponto crítico para o nosso negócio e, por isso, temos que ser autónomos e investimos na nossa própria frota. Foi um processo com‑ plexo de implementar , marcou uma diferença face ao que existia no mercado e mesmo os que não compreenderam ao início, quem tra‑ balha hoje connosco sabe exatamente quan‑ do é que vai chegar a carrinha da Create com o material. Conseguimos isso para todo o país, em todas as áreas cobertas pelos parceiros. Cada parceiro é responsável pela logística na sua zona de influência, ilhas incluídas.

FORÇA INTERNACIONAL Os grandes distribuidores são já uma realida‑ de sólida em Portugal? O nosso mercado é muito atomizado em nú‑ mero de players, em todos os níveis de distri‑ buição, dos importadores à oficina. Se anali‑ sarmos e compararmos Portugal com outros países europeus, há uma tendência para que as empresas grandes sejam cada vez maio‑ res, mas a verdade é que continuam a existir muitas empresas muito pequenas. O nosso mercado tem a dimensão que conhecemos,

o que me dá ideia é que cada vez haverá um conjunto mais pequeno de empresas maiores. São essas empresas que estão a crescer todos os anos. As perguntas têm que ser sempre as mesmas: “Porque é que o cliente me esco‑ lhe?”; “O que é que a minha empresa tem de mais­‑valia para o cliente?”. Quando o cliente sabe o que esperar, é mais fácil escolher­‑me. Quando não há valor acrescentado temos apenas empresas que disputam um cliente pelo preço. Não existe nenhuma outra empre‑ sa no mercado com a oferta que a Create tem para as oficinas. A distribuição está cada vez mais profissio‑ nal. Essa realidade já contagiou o retalho e as oficinas? Há uma coisa que me impressionou muito po‑ sitivamente, que foi conhecer as oficinas das nossas redes A Oficina e do Auto Check Center. A preparação técnica das pessoas, com o do‑ mínio em termos de gestão que muitos deles já têm mas sobretudo com o interesse, e isso é que faz a diferença, em serem melhores téc‑ nicos todos os dias, melhores gestores, me‑ lhores comerciais e como agradar e fidelizar um cliente são impressionantes. Isso existe nas nossas oficinas, mas existe também nos nossos parceiros de retalho. Para as oficinas OUTUBRO 2015

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PERSONALIDADE DO MÊS PEDRO PROENÇA (CREATE BUSINESS)

e retalhistas que não querem saber ou parti‑ lhar estes ideais, há outras opções e terão o seu mercado. Que mais­‑valias têm em pertencer ao gigante ATR International? Tra z u ma ma is­‑ va l ia mu ito i mporta nte. Quando falamos em ATR, falamos no prin‑ cipal grupo de compras internacional a nível europeu e quando estamos no domínio ATR deixamos de ser a Create em Portugal para ser a a ATR no mundo, com tudo o que isso traz em termos de capacidade de relaciona‑ mento com os fabricantes e fornecedores, porque olham para a Create da mesma forma como olham para um membro da ATR na Alemanha ou em França. Somos acionistas na mesma dimensão no Grupo ATR, mas permite também a partilha de conhecimen‑ to entre os mais diversos mercados e como é que as empresas do grupo operam no seu mercado e como resolvem determinados problemas. O facto de estarem inseridos no Grupo ATR reforça a vossa política de apostar apenas em marcas premium? Isso faz parte da Create desde o seu nascimen‑ to e é o ADN da empresa. Isso é tão inegociável que temos a nossa própria marca, a Indie Parts e o que fazemos é trazer para o mercado não um produto de segunda linha mas uma so‑ lução premium para aquelas referências ou gamas que os nossos fornecedores premium não conseguem cobrir. Fazemo­‑ lo através desta marca. Os nossos clientes pedem­‑nos esses produtos e temos que responder a essa necessidade. É um complemento da oferta das marcas premium que temos.

MARCA PRÓPRIA Que balanço fazem desta nova vida da Indie Parts? Está a correr muito bem, investimos muito em termos de imagem da marca, que é automati‑ camente ligada à Create. As pessoas abrem as caixas e percebem a qualidade dos produtos que estão lá dentro. Arrancamos com três linhas de produto, tudo o que tem a ver com gestão de motor, parte elétrica e diesel e temos alguns complementos de algumas referên‑ cias que os nossos fornecedores não têm. É uma marca para fazer crescer em número de referências e de linhas de produto? Sem dúvida. Estamos ainda numa fase muito inicial. Há muitas oportunidades para fazer crescer a nossa marca e reconhecemos que temos algumas lacunas na nossa oferta e esta é uma forma de as suprir através da Indie Parts. Sentimos a obrigação de levar aos nossos clientes uma oferta cada vez mais completa.

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Iniciaram recentemente uma campanha de comunicação forte com um grande foco na imagem. É uma nova fase da empresa? A imagem da Create estava inalterada desde o início da empresa. E ao fim de 12/13 anos há algum desgaste e houve dois objetivos: por um lado rejuvenescer a imagem, por outro criar uma coerência entre o que é a Create, o seu produto e os serviços. Todas essas marcas vão beber ao símbolo da Create, reforçando‑ -nos como marca de retalho, onde os nossos parceiros passam a designar­‑se, por exemplo, Create by Norparts. A ideia foi criar uma mar‑ ca de retalho (Create), uma marca de produto (Indie Parts) e uma marca de serviços (+Va‑

Além da Viking, já disponibilizamos também a Sava, a Continental, Dunlop e Goodyear. Estamos a apostar forte nos pneus


A Create Business em números úmero de Create´s que trabalham 250 Nnos parceiros por todo o país.

3 Número de marcas da Create: Crea‑

te é a marca de retalho, + valor de serviços e Indie Parts de produtos.

a inovar no aftermarket em 12 Anos Portugal. de faturação no conjunto de 49 Milhões todos os parceiros .

1 Número do líder, e nós somos líderes no aftermarket em Portugal.

lor), sendo que dentro deste existe o +Valor Ambiente, informação técnica ou formação. Todos com uma coerência de imagem. O Portal +valor tem sido uma ferramenta importante? Está a correr dentro do que achávamos e a nossa obrigação é torná­‑ lo melhor e mais apelativo. Desde o início de outubro está dis‑ ponível a segunda versão. Traz melhorias em termos de catálogo, mas também na forma como a pessoa se pode organizar. Deixa de ser um portal de consulta e orçamentação para ser um portal mais completo. É possível gerir todas as questões administrativas, financei‑ ras, a relação com os clientes e todo o processo de trabalho da oficina, fruto da integração entre a nossa plataforma e o OfficeGest, soft‑ ware de gestão para oficinas que funciona 100% online. Se uma oficina usar todas estas ferramentas, estamos seguros que fará uma gestão 100% profissional do seu negócio

Atualmente, ainda há algumas diferenças nos planos de formação, o investimento na comunicação ainda é superior n´A Oficina, mas a tendência é igualarmos esses pontos. A estratégia poderá passar por unir as duas redes para terem uma rede mais forte? Não. Vamos manter as duas redes a funcionar em paralelo. O que queremos é criar espaço para as duas redes e comunicá­‑las de formas diferentes no mercado para que cada uma tenha o seu espaço e o seu segmento. Acre‑ ditamos que o sucesso de uma rede de ofici‑ nas vem muito da cobertura geográfica e da projeção que a rede consiga ter. Em qualquer um dos dois casos vão tornar­‑se maiores e vão ter maior projeção. Estamos a comunicar na televisão para os clientes A Oficina e que‑ remos dinamizar a comunicação mais tarde também com o ACC. Vamos investir muito em aumentar a nossa presença nas capitais de distrito, em zonas mais urbanas também, que é onde a rede ganha muita notoriedade. Há mu ito ca m i n ho pa ra fazer nas redes oficinais em Portugal. Muitas vezes a culpa das oficinas não estarem numa rede não é delas mas de algumas redes que aparecem e não têm qualquer valor para acrescentar para além de uma placa na porta. As pessoas desinteressam­‑se e isso contagia a imagem das redes que trabalham bem. Como se combate isso? Com valor acrescentado. Na rede A Oficina estamos a lançar um programa de certifica‑ ção das oficinas que todas as da rede vão ter que cumprir (atualmente são 61). Existe um

dossier de requisitos e todas têm que cum‑ prir. Contratamos uma empresa externa que vai a essas oficinas ver se cumprem todos os requisitos, de tudo o que mexe com o negócio, legislação ambiental, procedimentos de tra‑ balho, e tudo o que definimos como standards mínimos para que uma oficina faça corre‑ tamente o seu trabalho. As oficinas vão ter um período para se ajustarem e cumprirem, porque não queremos só crescer em número de pontos, mas ter uma rede com standards de qualidade muito altos. Esta é uma forma de defender a rede e defender todos os aderentes.

APOSTA FORTE NOS PNEUS Recentemente entraram no negócio dos pneus, com a aposta na Viking, uma marca com assinatura Continental, numa parceria com a Eurotyre. Esta era uma necessidade que tinham na vossa oferta? Estamos a apostar forte, é uma necessidade e não uma mera experiência. Temos estudos que indicam que 32% do negócio de after‑ market são pneus. Uma oficina recebe um carro que tem quatro pneus. Quando uma oficina desmonta uma roda, atrás deste há uma panóplia de sistemas e peças que são o negócio da oficina. É mais uma oportunidade de negócio quando está a trabalhar o pneu. A Viking é uma marca do Grupo Continental, é uma marca quality, líder na Noruega, a origem da marca, sendo que alguns desses pneus são produzidos na fábrica portuguesa da Conti‑ nental de Lousado. É uma marca que é distri‑ buída em exclusivo pela Create em Portugal e está à disposição de todos os nossos clientes.

REFORÇAR AS REDES OFICINAIS Vamos imaginar que o responsável de uma oficina que está a ler esta entrevista está a pensar aderir a uma rede. Porque deve esco‑ lher A Oficina ou o Auto Check Center? A rede A Oficina foi a rede originalmente cria‑ da de raiz pela Create. Havia uma necessidade no mercado de haver uma rede forte e de refe‑ rência e surgiu A Oficina. O Auto Check Center apareceu posteriormente e é uma marca do Grupo ATR, o que nos permitiu ter uma outra solução para o mercado. A Oficina está um bocadinho acima do ACC, vai um pouco mais na vanguarda, porque já tem uma dimensão diferente e foi a primeira, além de ter muitos anos no mercado e uma cobertura maior. Tendencialmente não haverá uma diferen‑ ça nos standards de qualidade para entrar.

Começámos esta entrevista com um desafio. Como é que Pedro Proença definiria a Create Business num desenho? Assim, como pode ver na foto. “Não sei desenhar mas é fácil definir a Create. É um turbilhão e mais do que uma hierarquia é uma espiral. Nós estamos no centro e quanto mais perto os nossos parceiros estão de nós mais sentem essa energia. OUTUBRO 2015

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Perguntas rápidas Trabalhava sozinho... como foi a adaptação? Nos últimos 14 anos praticamente trabalhei sempre sozinho. E de repente estou no meio de um turbilhão. Conheço a empresa e as pessoas há muitos anos, a adaptação foi fá‑ cil. Mas é uma diferença brutal, para melhor. É exatamente isto que eu gosto de fazer. Qual foi o seu primeiro carro? Foi um Peugeot 205 vermelho, na altura em que namorava com a minha (atual) mulher. Estudava em Lisboa e era de Beja e fazía‑ mos muitas viagens épicas. Demorávamos umas 3 horas para chegar a Lisboa. Qual foi a primeira empresa onde trabalhou neste área? Fiz um estágio na Tudor quando estava a terminar a faculdade e depois comecei a trabalhar na Europeças, em 2001. Qual é o tipo de oficina onde leva o seu carro? Geralmente vou levando a oficinas dife‑ rentes, quando são carros meus, porque é minha obrigação ver como funcionam as diferentes ofertas. Não sou um cliente fiel, até pelo mercado em que trabalho. O que é que mais gosta de fazer neste setor? Gostava de fazer exatamente o que estou a fazer aqui. Poder ter uma série de desafios na minha área de marketing e comercial. Para mim o que toda a vida adorei teve a ver com marketing e marcas e posicionamento e construção de marcas. A Indie Parts é um bom exemplo. Quantos e-mails recebe por dia? Muitos, mas tenho uma relação boa com o email. Mas gosto mesmo é de falar ao tele‑ fone. Detesto jogos de ténis em email com coisas que se resolvem em cinco minutos por telefone. Vão alargar a oferta nos pneus? Vamos reforçar a nossa oferta em termos de pneus. Desde o início de outubro temos Viking e também a Sava, ambas no segmento quality, e depois vamos trabalhar com a Goodyear, Dunlop e Continental, com quem vamos ter um relacionamento direto. É um negócio que é im‑ portante e precisamos de ter uma oferta com várias marcas porque vamos posicionar estas marcas dentro da nossa lógica de mercado. E há possibilidade de apostarem numa marca budget? Não faria sentido dentro da estratégia Create. O reverso da medalha deste negócio da parce‑ ria com a Eurotyre nos pneus Viking, é a Eu‑ rotyre passar a vender peças, com a empresa

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Europartner, em parceria com a Create. Como nasceu esta parceria? Entramos no negócio dos pneus e a Eurotyre entra no negócio das peças. Eles farão o cami‑ nho deles e havia aqui uma oportunidade de fazermos algo em comum. Como olham hoje para as vendas online? Temos investido muito em presença nas redes sociais e no site. Não estamos adormecidos e temos que estar preparados, mas temos que perceber o impacto que vai ter em Portugal. Porque quem vende B2C, estamos a falar de que tipo de peças? Isto não é o mesmo que vender livros e o consumidor final até pode comprar algum tipo de produtos, mas a maio‑ ria das peças implica muito conhecimento técnico para as montar.

Quantos quilómetros percorre por ano? Sempre fiz entre 40 a 50 mil quilómetros por ano, no mínimo. Já não há muitas estradas para conhecer em Portugal.

O que falta neste momento à Create? Lançámos uma série de novidades este ano. O que nos falta neste momento é consolidá­ ‑los e é nisso que apostamos para os próximos meses. Queremos consolidar a Indie Parts, consolidar o negócio dos pneus, implementar a 100% todos os serviços do portal +Valor e reforçar também a nossa presença online no o próximo ano.


CUSTOS FINAL DE CONTRATO

MERCADO CONDUTORES SERVIÇOS

I N S C R I Ç Õ E S J Á A B E R T A S E M W W W. C O N F E R E N C I A G E S TA O D E F R O TA S . P T OUTUBRO 2015

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VISÃO ESTUDO MÃO-DE-OBRA

Qual o preço da mão-de-obra nas oficinas em Portugal? Qual é o distrito onde a mão-de-obra é mais barata? E onde se paga mais? Há diferenças entre o litoral e o interior? A Revista PÓS-VENDA, em parceria com o Standvirtual, dá-lhe as respostas. { TEXTO CLÁUDIO DELICADO }

H

á uma discussão cada vez mais perti‑ nente no setor oficinal, que passa por valorizar cada vez mais a mão­‑ de­ ‑obra especializada das oficinas em detrimento da forte dependência da margem libertada pelas peças vendidas. Mas afinal, qual é o preço médio da mão­‑de­‑obra que se pratica em Portugal? A Revista PÓS-VENDA, em par‑ ceira com o Standvirtual, apresenta os valores por distrito (que pode ver no mapa) e os valores por concelho, que pode ver nas páginas seguin‑ tes. Contas feitas, o preço médio de mão­‑de­ ‑obra em Portugal é de 27,48 euros (ilhas incluí‑ das). Não se pode dizer que há diferenças bem defi‑ nidas entre interior e litoral nos preços médios de mão­‑de­‑obra, uma vez que varia muito de distrito para distrito. A Guarda é o distrito onde a mão­‑de­‑obra é mais cara (36,08€, em média), seguido por Vila Real (33,40€), Faro (30,57€), Lisboa (30,54€) e Évora (29,44€). Do lado con‑ trário da balança, a mão­‑de­‑obra mais barata é na Ilha de São Miguel, Açores (21,27€), Ilha do Pico, Açores (24€), Braga (24,23€), Leiria (25,26€) e Aveiro (25,27€). Olhando para o distrito de Lisboa (preço médio de 30,54€), o concelho onde a mão­‑de­‑obra é mais cara é em Cascais (34,72€) e a mais ba‑ rata é na Azambuja (22€). Já no distrito do Porto, o concelho onde a mão­‑de­‑obra é mais cara é no próprio Porto (30,07€) e mais barata é Marco de Canaveses (22,30€). Na lista geral por concelhos, a mão­‑de­‑obra mais cara é em Espinho (41€) e a mais barata em Arouca (14€).

APOSTA ONLINE Os dados foram fornecidos pelo Standvirtual, que tem um portal dirigido às oficinas. Com a liderança na área de compra e venda de carros na Internet, o portal da FixeAds alargou o seu leque também às oficinas. “Temos a adaptação de um setor a uma realidade totalmente dife‑ rente da que o Standvirtual se propunha há 10 anos. O online tem tido um peso cada vez maior

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em muitas áreas de negócio, mas no automóvel essa relação tem sido muito envolvente, abrangendo as diferentes áreas e naturalmen‑ te passando pelo pós­‑venda. A mais valia que acabamos por propor à oficina por estar pre‑ sente num portal como o Standvirtual é natu‑ ra l mente a forte aud iência que se gera. O Standvirtual é visitado todos os meses por cerca de 1.7 milhões de utilizadores, represen‑ tando cerca de 20% da população que acede à Internet em Portugal por mês”, explica Hugo Cruz, responsável comercial do Standvirtual. Para as oficinas, as vantagens são fáceis de explicar, de acordo com este responsável. “Basta olhar para o lado da mobilidade, em que cada vez mais os clientes não estão fixos ao seu local de origem, havendo cada vez menor dependência da “oficina conhecida”, e onde a necessidade de se encontrar facilmente a informação pretendida é extremamente ele‑ vada. Ter a hipótese de se selecionar o serviço necessário e, ao fim de poucos minutos, ter recolhida toda a informação pretendida é uma grande vantagem. Esta é a tendência do mer‑ cado, as pessoas estão mais tempo no online do que a ver televisão, sendo que se a infor‑ mação pretendida não for fornecida, e a ofici‑ na não estiver presente no meio digital, acaba por ficar “fora de jogo”. O cliente quer a infor‑ mação na ponta dos seus dedos.” Hugo Cruz acrescenta ainda que “para além disso, neste canal, a oficina não fica limitada a trabalhar na sua área de influência, consegue comuni‑ car a sua marca e os seus serviços a um leque muito mais alargado de clientes, do que na forma tradicional, onde está limitada à sua carteira de clientes e à sua zona de influência.” Quanto à preparação do mercado oficinal para trabalhar cada vez mais online, Hugo Cruz explica: “O setor está a dar os primeiros passos nesta área, as empresas ainda não se adapta‑ ram totalmente a esta realidade. Temos alguns bons exemplos de casas que já trabalham com uma equipa dedicada ao online, sendo este um dos aspetos fundamentais, pois o rápido retor‑

no dos contactos online, fazem toda a diferen‑ ça no bom desempenho da empresa neste meio”. Porém, vai mais longe: “Não basta estar presente, tem que se fazer algum trabalho no se refere à relação com o cliente online. A in‑ formação flui muito rapidamente e se o cliente não for “atendido” no canal online em tempos mínimos, acaba por ficar com uma imagem negativa da empresa. Daí que seja tão impor‑ tante ter alguém na equipa focado na presen‑ ça da empresa no canal digital.” Por tudo isto, Hugo Cruz não tem dúvidas em dizer que “o pós­‑venda é uma área com grandes índices de crescimento no online. Há países na Europa que já refletem esta presença de uma forma mais sustentável. Acho que será uma questão de tempo até que o mercado crie mais maturi‑ dade nesta área.”

REFORÇO DO PÓS-VENDA Para o futuro, a FixeAds vai continuar a apostar no pós­‑venda. “Recentemente também lança‑ mos a área das peças, que juntamente com o OLX têm criado um retorno crescente e muito interessante para os anunciantes. Estamos atentos a esta área e o nosso desenvolvimento vai depender muito das necessidades do mer‑ cado e da sua evolução. Uma das ideias que temos para um possível desenvolvimento, é a relação entre os anunciantes de peças e as próprias oficinas, uma vez que acabamos por reunir ambos em plataformas comuns e daí tirar sinergias. As oficinas recorrem cada vez mais à pesquisa de peças anunciadas nos nos‑ sos portais, e poderemos ter um canal privile‑ giado para as casas de peças chegarem ao seu cliente oficinal, e a oficina a um leque mais amplo de peças no mercado, tanto novas, usa‑ das como o indesejado stock morto, muito presente nas empresas de marca oficial. A presença da oficina no Standvirtual torna-se assim uma ferramenta de comunicação na vertente da angariação de clientes e na compra de material.”


CONTACTOS STANDVIRTUAL Responsável Comercial - Hugo Cruz 916 359 343 hugo.cruz@standvirtual.com www.standvirtual.com/oficinas

viana do castelo

26,73 €

vila real

braga

24,23 €

33,40 €

bragança

27,84 €

porto

26,46 € aveiro

viseu

25,27 € 27,27 € guarda 36,08 € ilha do pico

24,00 €

coimbra

ilha de são miguel

25,66 €

21,28 €

castelo branco

26,83 €

leiria

25,26 € santarém

27,25 €

portalegre

26,96 €

lisboa

30,54 € évora

29,44 € setúbal

28,72 € ilha da madeira

25,44 €

FICHA TÉCNICA Os valores analisados são fornecidos pelas oficinas no portal do Standvirtual. Os valores analisados foram extraídos de um total de 1485 oficinas com valores de mão-de-obra válidos em todo o país.

beja

27,91 €

faro

30,57 € Fonte: Standvirtual OUTUBRO 2015

PÓS-VENDA

| 55


VISÃO ESTUDO MÃO-DE-OBRA

Preço médio de mão-de-obra

Nº oficinas

Aveiro

25,27 €

111

Águeda

23,01 €

1

Albergaria-a-Velha

25,42 €

2

Anadia

21,82 €

Arouca Aveiro Espinho

Preço médio de mão-de-obra

Nº oficinas

28,63 €

3

Figueira da Foz

27,21 €

5

Lousã

18,00 €

7

3

Mira

30,75 €

8

14,00 €

4

Miranda do Corvo

17,50 €

9

28,30 €

5

Montemor-o-Velho

23,42 €

10

41,00 €

7

Oliveira do Hospital

25,70 €

11

Estarreja

25,67 €

8

Pampilhosa da Serra

30,00 €

12

Ílhavo

22,00 €

10

Vila Nova de Poiares

28,45 €

17

Concelho

Concelho Coimbra

Oliveira de Azeméis

17,17 €

13

Évora

29,44 €

39

Ovar

27,65 €

15

Arraiolos

30,50 €

2

Santa Maria da Feira

32,89 €

9

Borba

27,88 €

3

São João da Madeira

25,00 €

16

Évora

32,76 €

5

Vagos

24,55 €

18

Montemor-o-Novo

27,00 €

6

Beja

27,91 €

29

Reguengos de Monsaraz

25,53 €

11

Alvito

30,00 €

3

Vendas Novas

33,00 €

12

Beja

32,59 €

5

Faro

30,57 €

106

Moura

26,50 €

10

Albufeira

28,93 €

1

Odemira

22,53 €

11

Faro

28,45 €

5

Braga

24,23 €

90

Lagoa (Algarve)

32,00 €

6

Amares

17,00 €

1

Lagos

30,09 €

7

Barcelos

22,54 €

2

Loulé

29,95 €

8

Braga

25,90 €

3

Olhão

34,00 €

10

Cabeceiras de Basto

27,06 €

4

Portimão

30,20 €

11

Esposende

33,82 €

6

Silves

30,12 €

13

Fafe

25,21 €

7

Tavira

24,00 €

14

Guimarães

21,31 €

8

Vila do Bispo

31,61 €

15

Póvoa de Lanhoso

21,00 €

9

Vila Real de Santo António

36,90 €

16

Vieira do Minho

32,35 €

11

Guarda

36,08 €

7

Vila Nova de Famalicão

22,27 €

12

Guarda

36,08 €

7

Vila Verde

17,75 €

13

Ilha da Madeira

25,44 €

24

Vizela

24,60 €

14

Cãmara de Lobos

15,00 €

2

Bragança

27,84 €

36

Funchal

30,80 €

3

Bragança

34,91 €

2

Machico

24,00 €

4

Miranda do Douro

24,00 €

6

Ribeira Brava

26,91 €

7

Mirandela

27,41 €

7

Santa Cruz

30,50 €

8

Vila Flor

22,14 €

10

Ilha de São Miguel

21,28 €

3

Vimioso

30,75 €

11

Ponta Delgada

21,28 €

3

Castelo Branco

26,83 €

39

Ilha do Pico

24,00 €

3

Castelo Branco

30,25 €

2

São Roque do Pico

24,00 €

3

Covilhã

25,53 €

3

Leiria

25,26 €

99

Fundão

30,28 €

4

Alcobaça

27,17 €

1

Idanha-a-Nova

30,00 €

5

Alvaiázere

20,33 €

2

Oleiros

22,14 €

6

Batalha

23,50 €

4

Sertã

25,00 €

9

Caldas da Rainha

29,52 €

6

Vila de Rei

24,60 €

10

Leiria

29,43 €

9

Coimbra

25,66 €

85

Marinha Grande

24,71 €

10

Arganil

24,88 €

1

Nazaré

24,60 €

11

Cantanhede

27,68 €

2

Óbidos

20,07 €

12

56

|

PÓS-VENDA

OUTUBRO 2015


Concelho Pedrógão Grande Pombal

Preço médio de mão-de-obra

Nº oficinas

Cartaxo

25,00 €

6

15

Chamusca

27,00 €

7

Preço médio de mão-de-obra

Nº oficinas

17,00 €

13

32,93 €

Concelho

Porto de Mós

28,57 €

16

Golegã

26,00 €

12

Lisboa

30,54 €

124

Mação

17,50 €

13

Alenquer

30,66 €

1

Ourém

22,59 €

21

Amadora

32,96 €

15

Rio Maior

27,22 €

14

Arruda dos Vinhos

28,79 €

2

Salvaterra de Magos

28,65 €

15

Azambuja

22,00 €

3

Santarém

32,14 €

16

Cascais

34,72 €

5

Tomar

25,90 €

18

Lisboa

34,28 €

6

Torres Novas

29,23 €

19

Loures

31,30 €

7

Setúbal

28,72 €

89

Mafra

26,84 €

9

Alcácer do Sal

28,27 €

1

Odivelas

32,92 €

16

Almada

29,58 €

3

Oeiras

29,68 €

10

Barreiro

34,23 €

4

Sintra

31,35 €

11

Grândola

20,50 €

5

Sobral de Monte Agraço

31,25 €

12

Moita

31,81 €

6

Torres Vedras

30,38 €

13

Montijo

31,43 €

7

Vila Franca de Xira

30,38 €

14

Palmela

32,15 €

8

Portalegre

26,96 €

50

Santiago do Cacém

26,42 €

9

Castelo de Vide

24,66 €

5

Seixal

33,70 €

10

Elvas

33,91 €

7

Sesimbra

25,00 €

11

26,93 €

12

Monforte

22,00 €

11

Setúbal

Ponte de Sor

24,00 €

13

Sines

24,60 €

13

Portalegre

30,25 €

14

Viana do Castelo

26,73 €

44

Porto

26,46 €

171

Arcos de Valdevez

21,00 €

1

Amarante

26,17 €

1

Caminha

30,12 €

2

Baião

25,00 €

2

Monção

24,33 €

4

Felgueiras

26,52 €

3

Paredes de Coura

22,50 €

5

Gondomar

29,09 €

4

Ponte da Barca

28,30 €

6

Lousada

27,00 €

5

Ponte de Lima

29,09 €

7

Maia

28,18 €

6

Viana do Castelo

27,80 €

9

Marco de Canaveses

22,30 €

7

Vila Nova de Cerveira

30,75 €

10

Matosinhos

27,28 €

8

Vila Real

33,40 €

44

Paços de Ferreira

27,00 €

9

Chaves

29,92 €

3

Paredes

24,76 €

10

Montalegre

30,50 €

6

Penafiel

24,63 €

11

Peso da Régua

30,75 €

8

25,83 €

13

Porto

30,07 €

12

Vila Pouca de Aguiar

Póvoa de Varzim

27,29 €

13

Vila Real

50,00 €

14

Santo Tirso

24,32 €

14

Viseu

27,27 €

136

Trofa

24,11 €

18

Lamego

35,42 €

5

Valongo

27,65 €

15

Mangualde

26,90 €

6

Vila do Conde

27,79 €

16

Moimenta da Beira

33,82 €

7

Nelas

23,55 €

9

Oliveira de Frades

21,00 €

10

Vila Nova de Gaia

27,10 €

17

Santarém

27,25 €

156

Abrantes

27,99 €

1

São João da Pesqueira

30,75 €

15

Alcanena

30,00 €

2

São Pedro do Sul

29,52 €

16

23,15 €

21

Almeirim

31,50 €

3

Tondela

Alpiarça

23,00 €

4

Viseu

25,82 €

23

Benavente

35,10 €

5

Vouzela

22,80 €

24

OUTUBRO 2015

PÓS-VENDA

| 57


VISÃO CENTRO DE ARBITRAGEM DO SETOR AUTOMÓVEL

CASA com mais força para a resolução de conflitos Todas as empresas vão ser obrigadas a informar os consumidores, no momento de qualquer transação, num meio duradouro (ex: contrato, venda a dinheiro, fatura, recibo) sobre a existência de um Centro de Arbitragem com competência para resolver algum conflito que surja entre empresa e consumidor e a disponibilizar essa informação no site da empresa. { TEXTO CLÁUDIO DELICADO }

A

s empresas ligadas ao pós-venda passam a ter novas obrigações nos serviços que prestam aos seus clientes. Entrou em vigor no dia 23 de setembro a Lei 144/2015 que cria deveres de informação para os fornecedores de bens ou prestadores de serviços sobre a existência de mecanismos de resolução alternativa de litígios (RAL), competentes para a resolução de conflitos de consumo. No caso do setor automóvel, as empresas têm que informar os clientes da existência do Centro de Arbitragem do Sector Automóvel (CASA) e do site do mesmo, em www.centroarbitragemsectorauto.pt. “Para o CASA é muito importante ser a entidade de resolução alternativa de litígios com competência para o setor automóvel, porque todas as empresas do setor em Portugal vão ter que o referenciar nos seus sites e nos contratos que celebrem, ou noutro meio duradouro que utilizem nas suas relações com os clientes”, explica Sara Mendes, diretora do CASA.

OBRIGAÇÕES DAS OFICINAS As empresas têm que informar os clientes da existência de um mecanismo de resolução alternativa de litígios que seja competente para resolver os conflitos resultantes dos serviços que presta ou dos bens que vende. Ou seja, as oficinas terão que informar os seus

58

|

PÓS-VENDA

OUTUBRO 2015

clientes que existe o CASA, indicando o site e, eventualmente, a existência de outro mecanismo de RAL que também tenha competência para a resolução de um conflito. As empresas aderentes do CASA poderão optar por divulgar uma frase tipo: “Para a resolução de litígios decorrentes do presente contrato, é competente o Centro de Arbitragem do Sector Automóvel, ao qual esta empresa é aderente, com sítio eletrónico em www.centroarbitragemsectorauto.pt”. As empresas não aderentes, devem informar da existência do CASA e de que o mesmo dispõe de um site, bem como da eventual existência de outra entidade RAL com competência para resolver um litígio de consumo. A informação referida deve constar obrigatoriamente no site da empresa e num meio duradouro, que pode ser um contrato de compra e venda ou de prestação de serviços, ou um venda a dinheiro, ou um recibo. Quem não cumprir a lei pode ser objeto de um processo de contraordenação, instruído pela ASAE e as coimas situam-se, para as pessoas singulares, entre € 500 e € 5.000 e, para as pessoas colectivas, entre € 5.000 e € 25.000

MAIS TRANSPARÊNCIA E INFORMAÇÃO Especificamente para o setor do pós-venda automóvel “esta nova lei pode contribuir

para aumentar a transparência e informação no setor e para uma maior pacificação das relações entre os comerciantes e os consumidores. A partir do momento em que as empresas têm que informar da existência do CASA, elas mesmas tomam conhecimento da nossa existência e competências, o que em muitos casos não acontece. Esta é uma oportunidade para as empresas do setor perceberem que têm no CASA um aliado na prevenção de conflitos com os consumidores, já que podem obter gratuitamente todas as informações de que necessitem nestas matérias e que podem utilizar os nossos serviços para resolver de forma célere, gratuita ou económica e de modo desburocratizado os problemas que tenham com os clientes”, explica Sara Mendes. Por outro lado, a experiência do CASA mostra que mais de 80% dos processos de reclamação resolvidos, obtiveram solução através da mediação, ou seja, por acordo das partes. Estes factos contribuem para a pacificação das relações entre empresas e clientes, porque o cliente acaba por manter a relação comercial com a empresa, situação que é bastante positiva num setor como o automóvel, em que muitas das relações comerciais perduram no tempo, por longos anos de assistência a um veículo.


Competências do CASA para resolver litígios: a) p restação de serviços de assistência, manutenção e reparação automóvel; b) revenda de combustíveis, óleos e lubrificantes; c) c ompra e venda de peças, órgãos ou quaisquer outros materiais destinados a serem aplicados em veículos automóveis; d) c ompra e venda de veículos novos ou usados; e) serviços prestados por empresas detentoras de parques de estacionamento.

O QUE É O CASA? O CASA existe desde Abril de 1994 e é o único Centro de Arbitragem especializado no setor automóvel em Portugal, com competência a nível nacional. É uma entidade autorizada pelo Ministério da Justiça a disponibilizar informação, mediação, conciliação e arbitragem de litígios decorrentes da aquisição e utilização do veículo automóvel. A mediação é gratuita. As decisões do tribunal arbitral têm o mesmo valor que as decisões dos tribunais judiciais e podem ser objecto de recurso para o Tribunal

Números do CASA

Matérias mais reclamadas:

- 38.000 pedidos de informação - 9.200 processos de reclamação instruídos. - 1 .980 empresas aderentes (stands de venda de veículos, oficinas de reparação, estações de serviços, empresas de venda de peças e outras). – 60% - reclamações recebidas com uma taxa de descentralização superior e são provenientes de todos os distritos de Portugal. – 650 diligências realizadas pelo tribunal arbitral do CASA - 51 dias - duração média de um processo

da Relação, nos mesmos termos em que as decisões dos tribunais de primeira instância. Até ao momento, apenas uma decisão do tribunal arbitral foi alterada pelo Tribunal da Relação. Caso seja necessário obter exames periciais, o CEPRA pode realizar peritagens ou emitir pareceres sobre questões técnicas, para fundamentar decisões do tribunal arbitral. O Centro tem atualmente como sócios a ACAP, o ACP, a ANECRA, a ARAN, o CEPRA, a DECO e a PRP.

22% Venda de veículos novos

43% Venda de veículos usados

29% Reparações

CONTACTOS CASA Responsável - Sara Mendes 21 795 16 96 / 21 782 73 30 info@centroarbitragemsectorauto.pt http: www.centroarbitragemsectorauto.pt

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PÓS-VENDA

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OPINIÃO PEDRO NASCIMENTO

As oficinas ilegais PEDRO NASCIMENTO GERENTE DA PNEUIMPEX

É

preciso ter coragem para enfrentar o sistema. O termo oficinas ilegais pode atribuir-se, em parte, a estabelecimentos que laboraram legalmente durante anos, mas que, devido à crise, encerraram. Podemos englobar com o mesmo nome, os chamados “biscateiros”, como é o caso de ex-funcionários de concessionários, que permanecem a dar assistência a veículos de clientes onde trabalhavam. Teremos que considerar também aqueles que trabalham à porta fechada numa qualquer garagem, onde é feito aquele biscate de fim de dia, ou ao fim de semana. Sem esquecer os “não legais”, isto é, aqueles que, embora legalizados, não pagam IVA e pactuam com o sistema paralelo, ao aceitarem colocar nas suas oficinas mecânicos que recebem do fundo de desemprego, ao qual pagam um extra “por fora” em troca de horas de serviço consoante as necessidades.

AMBIENTE O impacto ambiental desta atividade é tremendo, pois não existe qualquer controlo na produção, no encaminhamento e no tratamento de resíduos produzidos. O mais preocupante do serviço paralelo, são os óleos e os filtros usados, visto que ainda não são valorizados. Já para não falar de recipientes contaminados, como latas de spray e embalagens vazias contaminadas. A nota positiva fica para um País na frente da valorização de resíduos, que já atribui um valor significativo a alguns materiais, tais como baterias e materiais ferrosos, como é o caso de discos e pastilhas. Nestes casos, a própria valorização garante um encaminhamento adequado, que atenua a irresponsabilidade ambiental. Segundo a Quercus, 30 mil toneladas de óleos usados poluem o ambiente.

62

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PÓS-VENDA

OUTUBRO 2015

Os óleos usados são classificados como resíduos perigosos uma vez que estão contaminados com diversos metais pesados. Quando lançados diretamente no meio ambiente ou quando queimados, originam graves problemas ambientais e representam um risco para a saúde pública. Para podermos ter a noção da gravidade, infelizmente, em Portugal, a taxa de recolha de óleos usados ainda ronda os 50%. A taxa é significativamente baixa, grande parte, devido a um número indeterminado de particulares que efetuam a mudança dos óleos, realizando despejos ilegais nos esgotos, rios e solos de forma a evitar qualquer tipo de fiscalização ou controlo. O livre acesso a óleos lubrificantes novos, em estabelecimentos, nomeadamente em hipermercados e lojas de peças, sem qualquer limitação, potencia esta atividade, visto que não dispõem de contentores para a armazenagem dos óleos usados. O simples facto de comprar e pagar não dá o direito de poluir…

200 milhões de euros em impostos fugiram dos cofres do Estado Aproximadamente 50% das suas vendas têm como cliente o “consumidor final”, seja ele o “biscateiro”, que não quer ser identificado, pois não cumpre com as suas obrigações legais e ambientais, seja ele o próprio proprietário do veículo. Se nada for feito, dentro de um par de anos, as oficinas vão limitar-se a montar as peças que os clientes trazem. E os próprios retalhistas de peças preferem este sistema, onde o prazo médio de recebimentos é curto, visto que recebem a pronto. Sem esquecer que os esforços de muitas comissões de trabalho de várias associações ligadas ao setor quase nada têm conseguido no que se refere a regular esta atividade perante o Estado. No entanto, existe uma forma de regular o setor e, na minha opinião, este passo terá de ser dado a curto prazo. A grande dificuldade está na variedade de organismos públicos em que o mercado auto-

móvel está abrangido. As Finanças, a Economia, o Ambiente, nunca esquecendo o IMT. Será que não conseguimos juntar uma comissão de trabalho, com um elemento de cada organismo, e um elemento da cada associação e a própria DECO? Será que não conseguimos regular o setor pós venda? O acesso às peças, (incluindo lubrificantes e pneus) tem de se restringir a empresas e/ou unipessoais devidamente habilitados para a atividade através do seu CAE. E para estarem habilitados têm de cumprir todos os requisitos, sejam eles financeiros, económicos e, acima de tudo, ambientais, tais como: - Licenciamento da empresa e/ou particular; - Licenciamento das instalações e da atividade; - Contrato com as entidades gestoras para o tratamento de resíduos que envolve a atividade; - Formar e Identificar o responsável Técnico da Oficina - Apresentar todos estes documentos ao Ministério da Economia, sendo atribuído um cartão com um número que lhe permite a aquisição de peças. Os retalhistas de peças ficam limitados à venda de peças só a empresas ou unipessoais que na altura da compra apresentem o cartão. Este sistema terá de ser idêntico ao das Funerárias ou ao das empresas de transporte. Só assim a concorrência empresarial é justa e o serviço de qualidade ao cliente é garantido.

A FUGA EM NÚMEROS Uma empresa ilegal não paga IVA, não paga segurança social dos seus funcionários, não paga serviços de higiene e de segurança, nem medicina de trabalho, não paga serviço de recolha de resíduos… O volume de negócios do pós-venda no nosso país em 2014 superou os dois mil milhões de euros (OEM + IAM + Pneus). Desse valor global, cerca de 850 milhões serão relativos a mão-de-obra e o restante ao consumo de peças. Sabendo que metade das peças são compradas pelo suposto consumidor final, com a intenção de fugir à incidência do imposto sobre a mão-de-obra, estima-se que o mercado paralelo possa ter fugido em impostos aos cofres do estado em mais 200 milhões de Euros.


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TODO O PÓS-VENDA NUMA REVISTA OUTUBRO 2015

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MERCADO SALÃO EQUIP AUTO

A mais completa EQUIP AUTO de sempre A edição deste ano do salão francês aposta em palestras, formações e demonstrações ao vivo. { TEXTO CLÁUDIO DELICADO }

E

stá quase a a bri r portas a EQU I P AUTO 2015, a maior montra de peças e serviços do pós­‑ venda automó‑ vel que decorre este ano na Europa. Mas um salão desta dimensão vive cada vez mais também das ações paralelas que organiza. Em paralelo às mesas redondas, conferências, e outros eventos do Palco TV, a EQUIP AUTO põe à disposição dos vi‑ sitantes uma série de fóruns e ateliês de formação. Mario Fiems. diretor da Feira, ex‑ plica, em entrevista, as novidades deste ano. Quais os destaques da EQUIP AUTO para este ano? O EQUIP AUTO 2015 reforça a estratégia de sucesso lançada em 2013, baseada em eventos e serviços pensados para aumentar os con‑ tactos e gerar negócio durante o salão entre compradores, influenciadores e expositores. Há três temas que servem de fio condutor para esta que é edição que celebra o 40º aniversá‑ rio: inovação, diversificação e formação práti‑ ca. A inovação é o ADN do negócio automóvel e do pós­‑venda. É por isso que vamos celebrar, durante a EQUIP AUTO a cerimónia da 30ª edi‑ ção dos Prémios Internacionais de Inovação [ver caixa] e uma nova operação dedicada às start­‑up convidadas para visitar este ano a EQUIP AUTO. 22 empresas vão promover as suas soluções inovadoras para os carros conectados, respondendo ao mesmo tempo aos desafios de mobilidade. A diversificação é também um ponto chave da edição deste ano da EQUIP AUTO. É por isso que estão em destaque setores específicos que oferecem

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novas oportunidades para os reparadores (independentes ou franchisados) e a outros profissionais do pós­‑venda automóvel. Por exemplo, a EQUIP AUTO 2015 vai ter um foco particular no negócio do remarketing automóvel com uma nova área dedicada ao mercado automóvel de usados. E em relação à formação prática ? Essa é uma tendência cada vez mais presente… A formação prática oferecida aos reparadores é outro aspeto fundamental desta edição. Em 2013 mais de 200 reparadores juntaram­‑se às sessões práticas de formação organizadas no salão. Em 2015 essas sessões vão voltar e estarão muito ligadas às tecnologias de últi‑ ma geração que têm impacto no negócio da reparação para ajudar os técnicos a melhorar as suas competências. Ao mesmo tempo, os expositores vão ter as suas demonstrações ao vivo, o que responde a essa crescente procura por parte dos visitantes. Como é que um salão se adapta a tempos em que a Internet tem cada vez mais peso? Essa é uma questão que não é nova. A EQUIP AUTO tem adaptado a sua estratégia às novas técnicas de marketing digital e desenvolvi‑ mento de eco­‑sistemas digitais para promo‑ ver o evento e os seus clientes. Apesar disso, um dos aspetos chave das feiras deste género são as oportunidades únicas de proporcionar o contacto cara­‑a­‑cara com players chave do mercado, influenciadores e potenciais clien‑ tes. A EQUIP AUTO definitivamente oferece essas oportunidades ao mercado.

Qual é hoje o posicionamento da EQUIP AUTO no contexto das feiras mundiais de pós­‑venda? Com 60% de expositores internacionais num total de 1400 e 30% de compradores inter‑ nacionais num total de 100 mil visitantes, a EQUIP AUTO é um dos mais importantes pontos de encontro para a indústria do pós­ ‑venda a cada dois anos. Permite aos compra‑ dores, influenciadores e profissionais estarem cara­‑a­‑cara numa plataforma internacional e discutir questões praticas, tendências de mercado em diferentes perspetivas: técnica, comercial, social e ambiental. A EQUIP AUTO é o local real para perceber esta indústria. Falando um pouco do mercado, os grupos multinacionais cada vez maiores estão a mudar o aftermarket na Europa?


Estamos todos envolvidos num período muito interessante da indústria automóvel. Esta‑ mos a assistir a importantes concentrações em áreas tradicionais da indústria onde um punhado de empresas precisa de responder a uma procura mundial, particularmente dos mercados emergentes. É por isso que a es‑ tratégia de fusões e aquisições pelos players chave do mercado respondem a esses desafios e à necessidade de uma enorme capacidade financeira. Ao mesmo tempo, assistimos a players e empresas de outras indústrias a penetrarem no mercado automóvel. Estes movimentos também influenciam o desen‑ volvimento deste tipo de feiras profissionais. Estamos no início de uma nova era de salões. Que radiografia faz à saúde do pós­‑venda na Europa, em particular nos países do sul como Portugal? Os mercados europeus estão lenta mas se‑ guramente a recuperar depois de uma crise terrível em 2008 que teve fortes consequências nesta indústria. Portugal, Espanha, Itália, Gré‑ cia e França foram fortemente afetados pela crise. As economias do sul da Europa tentam agora recuperar aproveitando a recuperação da economia global da Europa, ainda que con‑ tinuem a existir algumas dificuldades. A in‑ dústria e o mercado mudou muito desde 2008. A crise favoreceu o desenvolvimento de novos setores ou modificou de forma profunda os comportamentos dos utilizadores e dos consu‑ midores. Agora, todos os países têm a hipótese para dimensionar as suas oportunidades de negócio. Isso é também válido para Portugal. Qual a importância da visita dos clientes por‑ tugueses à EQUIP AUTO? A EQUIP AUTO oferece aos profissionais por‑ tugueses uma excelente oportunidade a cada dois anos de conhecerem e privarem com os seus parceiros, fornecedores e trend setters que eles não podem perder.

EMPRESAS PORTUGUESAS PRESENTES FABRISCAPE LOCALIZAÇÃO: 5 E 135 IVOL LOCALIZAÇÃO: 5 LM 146 RUBBER VULK LOCALIZAÇÃO: 5 LM 113 VENEPORTE LOCALIZAÇÃO: 6 J 062

Vencedores dos prémios de inovação

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júri dos Grandes Prémios Interna‑ cionais da EQUIP AUTO 2015 já anun‑ ciou os vencedores de cada uma das cinco categorias a concurso. Pela primeira vez na história deste prémio, os vencedo‑ res foram anunciados antes da inaugu‑ ração da feira parisiense. Estes prémios foram criados na edição de 1985 da feira de pós­‑venda francesa, com o objetivo de dar a conhecer a tecnologia dos fornecedores da indústria automóvel mundial. Os prémios são atribuídos por um júri inter‑ nacional de 60 jornalistas de 20 países, que selecionam a partir de uma ampla gama de produtos apresentados pelos expositores. O objetivo é selecionar e premiar as pro‑ postas mais inovadoras. Os vencedores desta edição, cuja entrega de prémios se realiza dia 13 de outubro, durante a EQUIP AUTO, são:

Troféu de prata MIRKA (sistema OSP) disponível em novembro de 2015

OEM E NOVAS TECNOLOGIAS Troféu de ouro Poclain Powertrain (AddiDrive) Disponível em dezembro de 2016 Troféus de prata NTN­‑SNR (Lightweight PCS Hub Joint) disponível em setembro de 2015 Schaeffler Automotive (módulo híbrido) disponível em janeiro de 2016

SERVIÇOS, ÁREAS DE SERVIÇO, REDES AFTERMARKET Troféus de ouro Federal­‑Mogul Motorparts (F­‑M for me) disponível desde setembro de 2014 OKI (Roboki) disponível em janeiro de 2016 Troféu de prata Guernet Compresseurs (Power Motors System) disponível desde junho de 2015

REPOSIÇÃO E MERCADO DE ACESSÓRIOS Troféu de ouro Continental (VDO REDI Sensor) disponível desde junho de 2014 Troféu de prata Optibelt (Optibelt SCC – Secured Change Control) disponível desde maio de 2015

CONECTIVIDADE Troféu de ouro Actia Automotive (Actia iCan) disponível em outubro de 2015 Troféu de prata T­‑SCAN (Groove Glove) disponível em setembro de 2015

EQUIPAMENTO OFICINAL Troféus de ouro CCG Corghi Cougar Group (Artiglio Uniformity) disponível em outubro de 2015 HELLA Gutmann (CSC Tool) disponível desde outubro de 2014

INFORMAÇÃO ÚTIL 13 a 17 de Outubro (9­‑18 horas) Preço: 15€ (registo online) Descarregue a aplicação móvel do Salão (disponível para iOS, Android e Windows 8)

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Sede: Rua das Fontainhas, 77 - Andrinos - Apartado 776 – 2416-905 LEIRIA Tel: 244 830 070 • Fax: 244 813 047 Filial : Zona Industrial – Rua T, Lote 49 6001-997 CASTELO BRANCO Tel: 272 349 580 • Fax: 272 349 589 • Email: geral@autodelta.pt • www.autodelta.pt

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MERCADO SALÃO AUTOMÓVEL DE BRAGA

Pós­‑venda esteve bem representado em Braga Decorreu no final do mês de setembro, em Braga, a 2ª edição Salão Automóvel de Braga. Para além dos concessionários locais, estiveram presentes também algumas empresas na área do pós‑venda. { TEXTO PAULO HOMEM }

F

oi evidente que o Salão Automóvel de Braga foi um sucesso, pelo menos a jul‑ gar pelos relatos dos responsáveis das empresas que estiveram presentes e pelos 12.000 visitantes (segundo a organização a cargo da Invest Braga). Como não poderia deixar de ser, a revista PÓS-VENDA fez um balanço deste certame com as empresas que trabalham para as oficinas.

GRUPO SOARAUTO O objetivo da presença do Grupo Soarauto (Soarauto e Peçaslímia) foi, em primeiro lugar, agradecer e sedimentar os laços de confiança que os parceiros de negócio depositam nas empresas do Grupo. A empresa teve em exposição as principais novidades de produto, nomeadamente as marcas Arnott (suspensões pneumáticas), SWAG / Bilstein Group e a nova embalagem de

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lubrificantes Petronas (estreia em Portugal). Para além do stand, a empresa dinamizou a agenda do Salão, ao conseguir incorporar uma série de formações técnicas em parcerias com as marcas Garrett, Petronas e Schaeffler Group – Luk, Ina e Fag (mais de 120 profissio‑ nais entre as quatro ações de formação).

recondicionados para depois serem introdu‑ zidos no mercado), enquanto a Retificadora Oliveira (empresa-mãe) lida com as neces‑ sidades de retificação habituais no dia‑a‑dia das oficinas, isto é, retificação de peças de motores como: cabeças de motor, blocos de motor, cambotas, etc..

R.O.R. ENGINE REBUILDERS

PD AUTO

A Retificadora Oliveira marcou presença no Salão Auto de Braga representada pela R.O.R. Engine Rebuilders & Repair, a sua mais recente empresa. Foi uma excelente oportu‑ nidade para dar a conhecer os seus serviços e produtos, na área da retificação de motores, aos vários profissionais deste setor que visi‑ taram a mesma. A R.O.R. é uma empresa que se dedica princi‑ palmente à reconstrução e venda de motores recondicionados (produz stock de motores

A Paulo & Daniela Auto aproveitou este salão para, na sua zona de conforto (Braga), receber os seus clientes. Promoveu as marcas que representa (entre elas a Valvoline), como também divulgou a Redeinnov, grupo do qual a empresa faz parte, num projeto nacional que envolve outros distribuidores.

RECAUCHUTAGEM RAMÔA A Recauchutagem Ramôa continua a de‑ senvolver u m tra ba l ho de aprox i mação


aos clientes e foi nesse sentido que esteve presente no Salão Auto de Braga. A empresa que está a caminho do 50º aniversário, tem uma presença no mercado muito enraizada, principalmente na região norte do país e é aí que continua a apostar. A Recauchutagem Ramôa possui diversos postos de retalho de pneus e serviços rápidos (nomeadamente da rede First Stop) em Braga, Barcelos, Vila Verde, Montalegre entre outras localiza‑ ções.

ETICADATA A participação da eticadata visou consolidar ainda mais o nome da empresa no mercado automóvel. Aproveitando a sua participação neste certame a eticadata apresentou aos visitantes uma gama completa de software de gestão, desenhada para dar resposta às necessidades atuais do mercado automóvel. Para a área específica das oficinas a eticadata apresentou o AUTOGEST OFICINAS, solução que visa a gestão de todas as áreas da oficina, recursos, clientes e suas viaturas e contribui para o aumento da produtividade dos funcio‑ nários, melhor controlo dos stocks e custos e melhor acompanhamento dos clientes.

CUCO AUTOGÁS Presente em Braga para divulgar os seus ser‑ viços em Autogás, a empresa que agora está a comemorar os seus 40 anos de existência, é representante oficial da Landirenzo, líder mundial em sistema GPL e GNC, bem como dos reservatórios para GPL Tugra Makina e dos lubrificantes Flashlube.

GENERAL A rede de oficinas General esteve presente para divulgar os serviços da rede na área dos pneus e da mecânica. Refira‑se que a empresa tem oficinas em Braga, Esposende, Viana de Castelo, Póvoa de Lanhoso, Cerdeirinhas e Trancoso.

DOCTORGLASS / NEWCAR /GESTGLASS Para estas empresas de Braga, este salão permitiu uma divulgação mais ampla dos serv iços que d ispon i bi l i za m na á rea do vidro automóvel, através da importação (Gestglass) e da distribuição (Doctorglass / Newcar).

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MERCADO SALÃO EXPOMECÂNICA

Salão reinventa-se em 2016 As duas edições já realizadas do Expomecância deram uma projeção muito forte e rápida a este salão de pós-venda. A próxima edição, em 2016, decorre de 15 a 17 de abril e traz muitas novidades e novas ações paralelas. A Revista PÓS-VENDA é media partner em várias delas. { TEXTO CLÁUDIO DELICADO }

A

3.ª edição do Salão Expomecânica já tem data marcada e vai ter lugar de 15 a 17 de abril de 2016, repetindo o local (pavilhão 6 da Exponor, no Por‑ to). A seis meses do início do certame 50% do espaço disponível está já vendido. Nas ações paralelas destaque para a DEMOTEC, dedicada à formação e networking e também para o expo‑ MECÂNICA Stars. Confirmado está também o Passatempo PIT STOP by Gonçalteam, que volta a ter lugar depois do sucesso da primeira edição. Este passatempo põe à prova a perícia na troca mais rápida de pneus por parte dos visitantes.

ATIVIDADES PARALELAS JÁ CONFIRMADAS: DEMOTEC Trata-se de um espaço de formação e networ‑ king, numa área de demonstração que decor‑ rerá dentro do pavilhão, com demonstrações ao vivo, rápidas e diretas. Essa formação será oferecida e desenvolvida pelas equipas de técnicos das empresas expositoras, que exibirão ao vivo aos profissionais da repa‑

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ração como realizar intervenções mecânicas com todo o detalhe. As demonstrações serão temáticas, o que permitirá aos visitantes ex‑ plorar diferentes tópicos da mecânica. expoMECÂNICA STARS – palestras e agenda do carro Trata-se de um ciclo de palestras com os es‑ pecialistas do aftermarket. O media partner destes eventos é a Revista PÓS-VENDA. Passatempo PIT STOP by Gonçalteam O passatempo, com a assinatura da Gon‑ çalteam, põe à prova a perícia na troca mais rápida de pneus. O top 3 dos mais rápidos vai ter direito a prémios.

AÇÕES REVISTA PÓS-VENDA

FICHA TÉCNICA Nova Data: 15 a 17 de abril de 2016 Local: Pavilhão 6 – Exponor Novo Horário: 6.ª feira (15 de abril) – das 10h00 às 22h00; sábado (16 de abril) – das 10h às 22h00 e domingo (17 de abril) das 10h00 às 19h00 Área estimada: 11.000 m 2 Número de expositores esperados: 150

AVALIAÇÃO DOS EXPOSITORES EM 2015 57% realizou negócios 7,8/10 grau de avaliação do evento 90% afirma ter atingido objetivos 94% afirma que a feira ajudou a promover o negócio

- Conferência a realizar na manhã de 16 de abril (mais informações em breve) - Produção do Catálogo Oficial do Salão, em parceria com a Kikai Eventos - Media Partner do Expomecânica Stars

60% teve contacto com visitantes estrangeiros

98% pretende continuar a participar no evento


TÉCNICA AMORTECEDORES E SUSPENSÃO

Introdução aos amortecedores

parceria

Este é o primeiro artigo numa série dedicada a amortecedores, que serão publicados nas edições seguintes: vamos começar com um pouco de teoria, de forma a abordar melhor os aspetos práticos. { TEXTO CARLOS PANZIERI FORMADOR E ENGENHEIRO MECÂNICO FOTOS EMMETEC}

OBJETIVO DOS ARTIGOS

simples a ser inserido na suspensão (Volks‑ wagen Golf I e II); o clássico Mc Pherson com estribos laterais a serem conectados ao cubo de roda (Golf III); o Mc Pherson simplificado sem estribos a ser conectado a um cubo de roda ajustável (Golf IV); o Mc Pherson sem placa de mola (Mercedes); o Mc Pherson igual ao prévio mas com placa de mola (BMW).

E

ste é o primeiro artigo de uma série ded icada a a mor tecedores, a sua construção e o seu recondicionamen­ to. Este mês começa mos com u m pouco de teoria mas, mais tarde, iremos passar à prática, de forma a: conhecer o seu interior, como reconstruir e reutilizar ou como montar qualquer tipo de amortece­ dor – monotubo e dual­‑tube, fixo ou ajustável (em termos de calibração ou altura), para li­ geiros ou carros de competição, comerciais ou camiões. Siga­‑nos mensalmente e guarde estes artigos como uma pequena enciclopédia para que possa aplicar no seu trabalho.

1. Suspensão de braço duplo: verifique o amor‑ tecedor e a mola coaxial baseados no triân‑ gulo superior; a sua função não é estrutural, aliás, ao removê­‑los, a trajetória do volante em relação à estrutura do carro não sofre mudanças.

O AMORTECEDOR E A SUSPENSÃO

A suspensão é a montagem dos componentes que ligam a roda ao chassis do carro e vice­ ‑versa: prato de impulso, amortecedores, elementos elásticos (molas helicoidais, molas de torção, abraçadeiras, pára­‑choques...), barras estabilizadoras, etc. Em suspensões dianteiras de braço duplo sobreposto (imagem 1), braços de ligação, barras de torção, multilinks, feixes de molas, eixos rígidos... a roda é guiada por um ou mais elos ou eixos, de modo a conferir apenas fun­ ção de amortecimento. Por outro lado, numa suspensão McPherson (imagem 02), o amortecedor também possui uma função estrutural, determinando o tra­ jeto da roda em relação ao chassis do carro e vice­‑versa, portanto, a haste deverá ser mui­ to maior do que as tradicionais. Um McPherson é reconhecido instantanea­ mente, devido à conexão rígida ao cubo de roda, que junta a roda e o amortecedor numa peça única (imagem 03).

MOVIMENTOS DAS MASSAS SUSPENSAS E NÃO SUSPENSAS A montagem do corpo, motor, passageiros e bagagem é suspensa nas molas da suspensão, por isso é definida como suspensa. No entan­ to, a massa de suspensão, que pesa direta­ mente sobre o solo, é definida como NÃO sus­ pensa. A massa suspensa é mu ito ma is pesada que a não suspensa, portanto os seus movimentos (rotação, montagem e elevató­ ria) acontecem a uma menor velocidade e a uma maior amplitude em comparação com os movimentos das massas suspensas (buracos, choques, pavimento... imagem 04).

2. A suspensão Mc Pherson é obtida da primei‑ ra, removendo o triângulo superior e fixan‑ do a lateral de baixo do amortecedor com o cubo de roda, tornando­‑se numa só parte sólida. Agora o amortecedor também tem uma função estrutural, aliás, ao removê­‑lo a estrutura tomba!

4. A massa suspensa é muito mais pesada que a não suspensa, portanto move­‑se muito mais devagar e com oscilações maiores.

3. Diferentes tipos de amortecedores Mc Pher‑ son. Da esquerda para a direita: cartucho

Na verdade, se os amortecedores têm o mes­ mo braço de alavanca que as rodas e movem­ ‑se a velocidades semelhantes, então: •  Oscilação, guinada e inclinação acontecem a uma velocidade entre 0 e 0,13m/s; OUTUBRO 2015

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TÉCNICA AMORTECEDORES E SUSPENSÃO

•  Inclinação entre 0 e 0,39m/s; •  O choque de vibrações e suspensão, alcança até mais ou menos 2,5m/s.

sistência linear com a sua velocidade (ima­ gem 9, trecho a).

Obviamente, estes dados são aproximados e podem alterar bastante dependendo do carro, do peso e do braço de alavanca.

DINÂMICA DE FLUÍDOS

Quando um fluido circula num tubo, devido à f r ic ção, a pr i me i ra ca m ad a do me s mo mantém­‑se unida à parede, portanto a sua velocidade é zero. A segunda camada, em contacto com a primeira e devido à menor fricção, começa a fluir mesmo que muito de­ vagar. Uma terceira camada, circulando numa superfície em movimento, desliza mais rapi­ damente do que a segunda. Resumindo, a velocidade do fluxo aumenta ao mover­‑se da parede ao centro do tubo, visto que este mo­ vimento do fluido poderá ser representado constituído por várias camadas (lamina em latim) sobreposto um ao outro e chamado de fluxo laminar (imagem 5).

7. A resistência oferecida por um fluido num fluxo laminar, aumenta linearmente com a sua velocidade; enquanto o do fluido se move a uma velocidade turbulenta e aumenta parabolicamente; no meio há uma extensão transitória.

CONCEITO DE AMORTECEDOR Ao simplificar as peças do amortecedor, en­ contramos a estrutura, o óleo, a haste e o pistão (imagem 8).

5. O fluxo de um fluido pode ser definido de laminar quando pode ser imaginado como uma superposição de camadas a diferentes velocidades, onde todas as partículas se movem na mesma direção. A velocidade de parede é zero enquanto a máxima é a meio do tubo. A certa velocidade, as camadas desaparecem e as partículas começam a fluir de forma menos ordenada, portanto mesmo que o fluido viaje numa determinada direção, cada partícula movimenta­‑se numa direção alea­ tória; este fluxo chama­‑se Turbulento (ima­ gem 6).

6. O fluxo do fluido pode ser definido como turbulento quando cada partícula se move numa direção e velocidade aleatórias. A resistênc ia oferec ida por u m f lu ido a movimentar­‑se num fluxo laminar aumenta linearmente com a sua velocidade, enquanto a resi stênc ia oferec ida por u m f lu ido a movimentar­‑se num fluxo turbulento, au­ menta pa ra bol ica mente e, entre a m bos, existe uma extensão transitorial (imagem 7).

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8. O amortecedor conceptual: repare no by­ ‑pass fino e sempre aberto, e o C e E, fecha‑ do e unidirecional. Vamos supor que o pistão tem 3 aberturas: 1. o by­‑pass, com um diâmetro bastante redu­ zido e sempre aberto, permitindo que o óleo flua em ambas as direcções; 2. a cavidade E tem um diâmetro bem maior e um fecho de anilha pré­‑suportada por uma mola, permitindo que o óleo só flua quando se excede a sua força e durante o golpe de ricochete; 3. a cavidade C funciona como a E, mas num sentido diferente: visto que o diâmetro e a mola podem ser diferentes, a resistência oferecida ao óleo pode ser também diferente. Quando o amortecedor é puxado – ricochete – o óleo passa da câmara superior para a in­ ferior. Se o amortecedor se mover muito len­ tamente, o óleo viaja ao longo do by­‑pass com um fluxo laminar, oferecendo uma maior re­

9. I nicialmente o óleo move­‑se ao longo do by­‑ pass num fluxo laminar (a) e depois turbulento (b). Quando a resistência ofere‑ cida pelo óleo ao cruzar o by­‑pass corres‑ ponde à pré­‑carga da mola (g), a chapa de metal move a abertura E, e o óleo flui em condições laminares novamente. Aumentando a velocidade do amortecedor, aumenta também a velocidade do óleo, assu­ mindo um fluxo turbolento e aumentando a resistência parabólica (b). Quando a resistência que se encontra no óleo se cruza com o by­‑pass, alcança o valor da pré­‑resistência da mola que cobre a cavidade E (g) e, de seguida, o óleo passa pelo by­‑pass e E. Visto que a secção de E é muito maior que a do by­‑pass, a velocidade do óleo diminui dramaticamente retornando ao fluxo laminar, ou seja, a sua resistência aumenta linearmen­ te de novo (d). Quando o amortecedor alcança uma veloci­ dade bastante elevada e o fluxo que se cruza com E se torna turbulento novamente, a sua resistência aumenta turbulentamente tam­ bém (e). Ao empu r ra r o a mor tecedor – l i m itado – acontece o mesmo e, dependendo das carac­ terísticas de C, a resistência torna­‑se maior ou menor. A resistência global em ricochete e em limi­ tado classifica­‑se de calibração.

PARÂMETROS DETERMINANTES NA CALIBRAÇÃO DE VELOCIDADES REDUZIDAS

Suponhamos que no exemplo anterior o by­ ‑pass tinha um diâmetro de 1mm, portanto uma secção de 0,785mm 2. Para diminuir o diâmetro do by­‑pass até 1,4mm, aumentando a área da secção até 1,570mm 2 ­‑ o dobro em comparação com o primeiro exemplo ­‑ visto que a área da secção duplica, para conseguir alcançar a mesma resistência, é necessário duplicar a velocida­ de do amortecedor também, obtendo o dia­ grama vermelho da imagem 10 onde o tre­ cho a e b têm o dobro do comprimento em relação ao diagrama original.


PARÂMETROS DETERMINANTES PARA UMA CALIBRAÇÃO DE VELOCIDADE MÉDIA Imagine retornar o by­‑pass ao diâmetro ori­ ginal e duplicar a pré­‑carga do fecho da mola E: o óleo, para mover a chapa de metal, deve exceder uma resistência equivalente ao dobro do original, para que o ponto g se movi­ mente para cima (imagem 13). 10. D uplicando a secção de by­‑pass, reduz­‑se metade da velocidade do óleo, para que o comprimento das extensões a e b, dupli‑ quem também. Agora, ao imaginar que se reduz o diâmetro do by­‑pass até 0,23mm reduzindo a área da secção até 0.392mm 2 , ou seja, metade em comparação com o primeiro exemplo ­‑ visto que a área da secção se reduz para metade ­‑ para obter a mesma resistência é necessário reduzir a velocidade do amortecedor também para metade, obtendo o diagrama vermelho da imagem 11, onde o trecho a e b tem metade do comprimento em comparação com o origi­ nal.

15. Reduzindo a secção E, a extensão e será mais acentuada.

BANCOS DE TESTE DE AMORTECEDORES

13. Aumentando a pré­‑carga da mola, a aber‑ tura da perfuração E é retardada, aumen‑ tando a altura de g, o fluxo contínuo do óleo ao longo do by­‑pass, estende­‑se à exten‑ são b.

O objectivo dos bancos de teste dos amortece­ dores é determinar a calibração dos mesmos. Existem vários modelos no mercado, mas os amortecedores mais adequados para os ligei­ ros e para a competição são os movidos por um sistema biela­‑manivela de cabeça cruza­ da (imagem 16), porque no final são mais económicos e resistentes.

Para retornar a mola à pré­‑carga original, mas para aumentar a sua rigidez: quando excede o ponto g, o declive da calibração será mais acentuado (imagem 14).

11. Reduzindo a secção de by­‑pass pela meta‑ de, a velocidade do óleo duplica­‑se, por isso o compr i me nto d a s e x te n sões a e b, reduzem­‑se também para metade. Neste momento, imaginemos fechar o by­ ‑pass: nestas condições, de forma a mover o amortecedor, será necessário superar a pré­ ‑carga da mola, para que o diagrama comece pelo ponto g (imagem 12).

14. Aumentando a rigidez da mola, aumenta­ ‑se a inclinação da extensão d. Pode­‑se concluir que, para calibrar o amorte­ cimento do carro, é obrigatório ajustar a rigi­ dez e pré­‑carregar as molas pressionando as aberturas das chapas de metal E e C.

PARÂMETROS DETERMINANTES PARA CALIBRAÇÃO A ALTA VELOCIDADE

12. Removendo o by­‑pass, a calibração come‑ ça com um valor que corresponde à pré­ ‑carga da mola (g).

Para retornar a secção do by­‑pass e a rigidez da mola e pré­‑carregar aos valores originais, reduzindo o diâmetro da perfuração E: em comparação com o exemplo original, o fluxo turbulento irá ser alcançado em antecipação (imagem 15).

Podemos concluir que, para calibrar a rotação e a inclinação do carro, é imperativo ajustar a área da secção do by­‑pass.

Pode­‑se concluir que, para calibrar o controlo do carro em estradas desconexas, é obrigató­ rio ajustar as áreas das secções E e C.

16. A EMMETEC oferece quatro bancos de teste diferentes: Precisa mede a calibração a duas velocidades diferentes mostrando os valores da calibração num mostrador digital; Precisa com software para PC mede as calibrações a duas velocidades diferen‑ tes, mostrando o relatório num ecrã; Precisa Plus mede a calibração em cinco velo‑ c id ade s d i s t i nta s; Prec is a Plus com posicionador hidráulico, permite baixar a célula de carga, que é bastante importante ao testar amortecedores pesados para camiões, reboques ou autocarros. Na prática, um motor elétrico regulado por um inversor, move­‑se a diferentes velocidades de um amortecedor, enquanto a célula de carga mede a sua resistência e reúne a velocidade com os valores de resistência, cria os diagra­ mas de Força/Velocidade apresentados ante­ riormente. Nas próximas edições, a teoria ex­ plicada previamente irá ajudar­‑nos a perceber como os amortecedores monotubo e dual­‑tube funcionam, como montá­‑los e como reutilizar os atuais (Bilstein, De Carbon…) para carros ligeiros e carros de competição. AVISO: não tente abrir nenhum tipo de amor­ tecedor antes de ler o resto dos capítulos, porque podem conter alta pressão tornando­ ‑os extremamente perigosos! Para mais informações, visite www.emmetec.com. OUTUBRO 2015

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TÉCNICA DICAS PARA AS OFICINAS

Como resolver os problemas mais comuns nos automóveis? BMW 3 (E90, E91, E92, E93) 320D (N47 D20C) 2008­‑2013 Reposição do indicador de serviço O veículo está equipado com “Condition Based Servicing” (serviço com base na condição) Nota: Não execute o procedimento de reposi­ ção até que as operações de manutenção es­ tejam concluídas. O relógio do computador de bordo tem de estar correto. Se a bateria for desligada, o relógio do compu­ tador de bordo parará no momento em que faltar a corrente. Cada reinício de um item de serviço é contado internamente. O contador é utilizado para determinar a ne­ cessidade de serviço extra. Nota: O procedimento de reposição só funcio­ na se o item de serviço estiver a 80% ou menos da sua duração. Nota: O item de serviço dos travões só poderá ser restabelecido se o respetivo sensor de desgaste estiver a funcionar corretamente. Logo que a manutenção tenha sido efetuada reinicialize cada ícone apropriado. Mostre os ícones que são utilizados: (chave) Manuais de reparação

Proceda do seguinte modo: Feche todas as portas Sem sistema da entrada sem chave: Ligue a ignição Com sistema da entrada sem chave: Insira o cartão de chave na ranhura da ignição. Não pressione nenhum dos pedais. Prima o botão de arranque/paragem duas vezes para ligar a ignição. Todos os veículos: Prima o botão de arranque/paragem para li­ gar a ignição.

Prima e mantenha premido o botão do conta­ ‑quilómetros parcial (1). Aguarde 10 segundos. Será apresentado o primeiro item de serviço. Liberte o botão de conta­‑quilómetros parcial (1). Os itens de serviço serão apresentados por ordem de prioridade. Selecione os itens de serviço movendo o inter­ ruptor da alavanca para cima e para baixo (2). Prima o botão até ver aparecer “RESET” no visor (3). Prima e mantenha e mantenha premido o botão, para confirmar o reinício (3). Nota: Durante a reposição, é apresentado um símbolo do relógio. Numa reposição bem sucedida, aparece um marcador (mostrado no visor) por trás do texto “Reset”.

PEUGEOT 208 1.2 VTI (EB2 (HMZ)) 2012 ­‑ ... Sintoma Ruído de pancada proveniente do eixo dian­ teiro. Condições em que o sintoma ocorre: ­‑ Ao arrancar em marcha atrás; ­‑ Ao acelerar e desacelerar; ­‑ A velocidades baixas. Causa Movimento do rolamento da roda no interior do cubo da roda. Soluções Execute um teste de condução reduzido. Retire o rolamento da roda defeituoso. Substitua o rolamento. Aplique lubrificante na área indicada.

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Sensor de velocidade da roda: Limpe se necessário. Execute um teste de condução. Tempo de reparação: Substitua o rolamento da roda (OE: 99526A). Execute um teste de Condução (OE: 99526A). Total de 2,8 horas.

Peças necessárias: Lubrificante: 1610277180


Dados técnicos by DE TERÇA-FEIRA 13 A SÁBADO 17 DE OUTUBRO DAS 9H ÀS 18H ● NOTURNA QUINTA-FEIRA 15 DE OUTUBRO ATÉ ÀS 21H PARIS NORD VILLEPINTE ● FRANÇA

CHRYSLER GRAND VOYAGER (RT) 2.8 CRD (VM64C) 2007­‑.... Sintoma Ruído plangente / Chiadeira quando o volan­ te de direção é rodado Causa A barra estabilizadora roça na proteção tér­ mica da direção assistida. Soluções Retire a proteção térmica da direção assistida. Corte a proteção térmica tal como indicado.

O mundo do pós-venda espera por si Mais de 1.500 expositores e 100.000 visitantes ● ●

4 países de honra : Argélia Tunísia, Marrocos e Polónia dias de palco TV ao vivo com emissões, entrevistas e JT (telejornal)

Lembre-se de carregar a aplicação móvel do salão ! Volte a montar a proteção térmica. Tempo de reparação: OE: 19­‑00­‑01­‑93 (0,5 horas) Peças necessárias: Pino de bloqueio: 06501948 (2 unidades)

Peça a sua ENTRADA e planifique as suas reuniões com os expositores !

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Nota: Os Dados Técnicos, da responsabilidade da Mecatrónicaonline (direitos de auto HaynesPro B.v.), empresa de referência ao nível da informação técnica, serão publicados em todos os números da revista PÓS-VENDA. Se pretender mais esclarecimentos sobre estes Dados Técnicos, ou caso tenha uma dúvida técnica que pretenda ver esclarecida, envie­ ‑nos um email para: geral@posvenda.pt.

#equipauto2015 un événement / an event by

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TÉCNICA MELETT

O verdadeiro custo dos componentes de baixa qualidade O efeito que o baixo custo tem na produção de componentes e a forma como afeta o preço da peça, é um tema que atualmente está na ordem do dia, sem esquecer as implicações que tem ao nível da reputação de uma indústria. { TEXTO MARTYN HOWORTH (DIRETOR DE VENDAS DA MELETT) }

A

atual indústria automóvel de repara­ ção depara­‑se com uma elevada oferta de peças de substituição. Entre declarações de qualidade excecional a preços extraordinariamente baratos, expli­ camos aqui o motivo pelo qual alguns compo­ nentes de turbocompressores são oferecidos a preços tão baixos e o que significa para a in­ dústria de reparação o custo efetivo destas peças de baixa qualidade. À medida que a procura mundial por turbo­ compressores aumenta, as matérias­‑primas utilizadas no fabrico de componentes estão a tornar­‑se mais caras. Os preços das matérias­ ‑primas foram determinados de forma con­ vencional pelo Índice Global de Preços (IGP), com os armazenistas a acrescentarem a sua margem antes de venderem ao mercado de massas. Utilizando a turbina de escape de um turbo­ compressor como exemplo, uma parte essen­ cial do custo do rotor da turbina baseia­‑se no custo do mercado atual do níquel ­‑ o compo­ nente principal do material Inconel -, para além da margem dos fabricantes. O preço de um rotor de Inconel será acordado numa base mensal. Se o IGP aumentar em 3% por exem­ plo, os armazenistas reservam­‑se o direito de cobrar mais por matérias­‑primas, aumentan­ do desta forma o custo global para os fabri­

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cantes. O níquel é um elemento popular utili­ zado durante o fabrico de muitos componentes automóveis e, em particular, em turbinas de escape, sendo que tem a capacidade de supor­ tar as condições de funcionamento duras e as temperaturas extremas de um turbocom­ pressor moderno. Em países cujo mercado se encontra saturado com muitos fornecedores de peças novas, diminuir as margens constitui uma prática comum, dando origem a empresas que ven­ dem produtos de baixa qualidade a preços muito baixos. Na China, por exemplo, existe um fornecimento limitado de níquel e, por conseguinte, os armazenistas nesse mercado podem vendê­‑lo como um bem valioso. Como resultado, tal deveria refletir­‑se no preço de mercado da turbina de escape. Contudo, a forma como muitos fabricantes estão a pro­ duzir turbinas de escape a um preço mais baixo é simplesmente utilizando um Inconel de qualidade mais baixa com menos níquel. Tal reduz de forma significativa o desempe­ nho e a durabilidade geral dos rotores, dando origem a reparações pouco fiáveis e a avarias prematuras. No passado, os fabricantes de baixo custo só se encontravam preocupados em diminuir as margens uns dos outros. Con­ tudo, no ambiente atual, são forçados a redu­ zir a qualidade dos materiais fundidos, de

modo a competirem entre eles. Como resulta­ do, tem­‑se observado uma redução na quali­ dade. As peças de reparação de elevada qualidade serão sempre superiores em relação às alter­ nativas de baixa qualidade. É importante compreender o ponto em que reduzir as mar­ gens se traduz numa redução da qualidade. Cada componente possui uma faixa de preço


mínima e tudo o que se encontre abaixo des­ sa faixa só pode ser atingido utilizando matérias­‑primas de mais fraca qualidade no processo de fabrico. A indústria de reparação na globalidade encontra­‑se atualmente a receber no merca­ do um fluxo de novos fornecedores de peças de baixo custo e baixa qualidade. Em muitos casos, os componentes são bastante seme­

lhantes às suas contrapartes de mais alta qualidade. Contudo, a falha dos componentes após dias de funcionamento é comum, uma vez que estes produtos de fraca qualidade não podem ter um desempenho eficiente em con­ dições de funcionamento extremas. A falha prematura dos turbocompressores é um problema comum associado à utilização de peças de reparação de mais baixa qualidade, o

que por sua vez pode dar origem a um aumen­ to de devoluções dentro da garantia e à perda de confiança do cliente nas reparações. É importante que o mercado de reparação automóvel como um todo tenha em conside­ ração o custo efetivo de utilizar peças de re­ paração de qualidade inferior, não só devido às suas reputações mas também à reputação de toda a indústria. OUTUBRO 2015

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FORMAÇÃO CEPRA

Inauguração da nova secção de chapa e pintura no Cepra O Cepra tem feito um enorme esforço de modernização no plano técnico­‑formativo. A prova disso mesmo é que recentemente inaugurou a nova secção de repintura que, segundo diz, é dos melhores centros de formação da Europa nesta área. { TEXTO PAULO HOMEM }

N

uma parceria entre o Cepra, a Im‑ poeste, a Nexa Autocolor e a Emm, foi recentemente inaugurada a nova seção de repintura automóvel nas instalações do Cepra em Lisboa no Prior Velho. “Vemos muitos centros de formação, mas este novo centro do Cepra para a área de repintura está ao nível do que melhor se faz por essa Europa fora”. Estas palavras de Luís Santos, da Impoeste, revelam bem a aposta que todos os parceiros envolvidos neste projeto fizeram e que a PÓS­‑VENDA comprovou no local.

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Ignasi Roig, responsável técnico da PPG ibé‑ rica, realçou na apresentação que este novo centro de formação segue as mais modernas tendências da repintura, em que o foco princi‑ pal passa a estar concentrado não no produto mas sim na rentabilidade. “Queremos essen‑ cialmente transmitir conceitos de rentabili‑ dade em que o foco está nos processos, nos recursos e na optimização. Para nós é muito importante passar toda a nossa experiência aos formandos, dizendo­‑lhes que formação se escreve com o F de futuro”.

Um dos parceiros deste projeto é a Emm. Trata­ ‑se de uma empresa de origem holandesa, que tem vindo a apostar no mercado português através da sua representação para Portugal e Espanha, que comercializa produtos de consumo e rentabilidade na área da repintura automóvel. “A Emm valoriza bastante o trabalho em equipa e tudo aquilo que desenvolve tem em vista a procura da excelência seja no produto seja no serviço”, referiu Jorge Rosa, chefe de vendas da Emm em Portugal.


Rumo à excelência formativa

O

novo centro de formação para repintura do Cepra possui ex‑ celentes condições técnicas para o fim a que se destina. Na fase inicial tem uma zona de manutenção (de pistolas, etc), tendo logo ao lado uma cabine de pintura. No mesmo corredor existem cinco zonas de preparação, todas elas des‑ tinadas a diferentes tipos de serviço com todo o tipo de equipamentos de apoio. Muito bem equipada está também a sala de preparação das tintas. Para a lém das d iversas máqu i nas de tintas, balanças e todo o software de apoio, esta sala dispõe de moni‑ tores que permitem aos formados acompanhar as formações com mais atenção e interesse. Ao longo das paredes deste centro, existem diversos painéis com infor‑ mação sobre processos de pintura, de leitura fácil e adaptados à reali‑ dade formativa.

CEPRA COM BONS INDICADORES O Cepra tem vindo a melhorar os seus indica‑ dores de gestão e de formação, que reforçam a sua posição de destaque na formação pro‑ fissional técnica ligada ao setor automóvel. O Índice de Empregabilidade dos alunos que terminam os cursos de formação do Cepra foi de 84% em 2014, o que revela, segundo António Caldeira, diretor do Cepra “o bom trabalho que este centro de formação está a fazer para o setor automóvel, não só no plano técnico mas

também a nível comportamental”. Sendo um centro de formação financiado pelo Estado, o responsável do Cepra realçou a capacidade do mesmo em gerar receitas próprias (cerca de 500 mil euros em 2014), o que “permite que o centro esteja muito atual tecnologicamente, com instalações modulares do melhor que existe em Portugal”. Para o novo centro de formação na área da repintura, António Caldeira referiu que a abordagem segue a tendência do setor oficinal (zero erros) que no caso da repintura é “zero pingos”.

CONTACTOS CEPRA 219 427 870 geral@cepra.pt www.cepra.pt

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PNEUS GRUPO MESAS / SAFAME

Novo alvo da Safame é Portugal Tal como outros distribuidores espanhóis de pneus, a Safame, empresa do Grupo Mesas passou a operar no mercado português, desde o passado mês de junho. A Revista PÓS-VENDA foi conhecer a estratégia desta empresa para o nosso mercado. { TEXTO PAULO HOMEM }

A

Safame Comercial deu início à sua atividade em 1995 em Espanha, tendo iniciado a sua operação em Portugal no passado mês de Junho. A empresa tem três armazéns centralizados nas suas instalações no Parque Empresarial Campollano de Albacete com aproximadamente 8.000 m 2 e uma rotação de 6 vezes/ano. As instalações do Grupo Mesas ocupam uma extensão de 60.000 metros quadrados, sendo 26.000 urbanizados e 19.000 de área edificada. “A compra, venda e a logística estão interligadas para que os nossos armazéns funcionem da forma o mais fluída possível”, afirma Paulo Raimundo, responsável comercial para Portugal da Safame, explicando que os processos de carga e descarga são totalmente independentes e realizam-se em diferentes turnos para evitar interferências. A gestão de stocks está semi­‑automatizada para favorecer a pla-

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nificação e diminuir a probabilidade de roturas de stock enquanto a gestão dos armazéns nos últimos anos tem melhorado bastante, embora exista ainda muito para fazer”. Para já a empresa não terá armazéns em Portugal, pelo que as entregas de pneus são feitas diretamente de Espanha. “O nosso departamento de logística programa as expedições em função do tipo de produto e local de entrega. Trabalhamos com as melhores agências de transportes e analisamos continuamente a qualidade de serviço para garantir a fiabilidade das entregas”, refere Paulo Raimundo, que diz ainda que a Safame oferece um prazo de entrega de 48 a 72h em Portugal. A Safame Comercial posiciona­‑se como especialista em distribuição nacional de pneus Quality e Budget. Coloca à disposição do profissional do pneu uma ampla e exclusiva gama de pneus de turismo, 4x4, camião, agricultura,

florestal e movimentação de terras. Também comercializa câmaras e conjuntos (jante e pneu) agrícolas. “A nossa missão é oferecer aos nossos clientes a máxima rentabilidade ao mais baixo preço, satisfazendo as suas necessidades de entrega e disponibilidade de produto”, afirma Paulo Raimundo, adiantando que “desenvolvemos a nossa estratégia comercial baseada na representação de marcas próprias em regime de exclusividade e com uma excelente relação qualidade/preço”.

VANTAGENS Segundo o mesmo responsável, a estratégia de compra é uma das vantagens da Safame. “Mantemos uma excelente relação com os nossos fabricantes e trocamos continuamente informação do mercado para assim podermos manter um posicionamento de produto


Um pouco de história...

A

Recauchutados Mesas nasce no ano de 1944, com um pequeno posto de venda em Villrrobledo (Albacete) em Espanha. No início, a empresa dedicava­‑se à reparação de pneus tendo crescido até se converter numa das maiores fábricas de pneus recauchutados nos segmentos de camião, agricultura, florestal e movimentação de terras da Europa. A Safame Comercial, empresa do Grupo Mesas, começou a sua atividade no ano de 1995, tendo como principal objetivo a comercialização de pneus novos. Nos primeiros anos de distribuição, a Safame Comercial apoiou­‑se essencialmente na rede de vendas já existente de Recauchutados Mesas. A atividade começou com as marcas Lassa e Alliance. Atualmente a Safame Comercial distribui a marca Recauchutados Mesas em exclusividade para toda a Península Ibérica. Alguns dos técnicos comerciais trabalharam primeiro em Recauchutados Mesas, dando posteriormente o salto para a Safame Comercial, acumulando assim, mais de 30 anos de experiência no setor. “Sabemos que a componente humana é um fator decisivo para a criação de valor adicional. A nossa equipa é formada por pessoas profissionais, dinâmicas e competentes com uma vasta experiência no setor e com capacidade para dar uma resposta imediata às necessidades de apoio dos nossos clientes”, afirma Paulo Raimundo, responsável da empresa para o mercado português.

e preço adequado. Centralizamos o nosso volume de compras num número muito seletivo de fábricas, evitando traders e brokers, o que nos permite comercializar pneus a um preço muito competitivo”, explica Paulo Raimundo. Os processos de seleção de marcas são muito minuciosos, diz o responsável da Safame. Visitas a fábricas, testes à qualidade dos produtos, escolha da marca que pretendem trabalhar com base num plano de desenvolvimento definido, um bom projeto de marketing e aposta na comercialização em regime de exclusividade, são alguns dos fatores do processo de seleção. “A experiência a nível técnico que nos aporta a fábrica de recauchutados, permite­‑nos detetar e eleger os pneus com o alto nível de qualidade que realmente nos interessam”, afirma Paulo Raimundo. Uma vez encontrado o fabricante adequado, assegura Paulo Raimundo que “fortalecemos a relação comercial e mantemo­‑la durante largos anos para assim podermos dar continuidade à marca como esperam os nossos clientes. Podemos com orgulho afirmar que marcas como Double Coin, Alliance, Lassa, Leao e Techking são representadas pela Safame Comercial há mais de 16 anos”.

PARA ESPECIALISTAS DE PNEUS Os principais clientes da Safame são os especialistas de pneus, orgulhando­‑se a empresa de ter clientes há mais de três gerações (avós, pais e filhos). “Isto é algo que dá bastante

CONTACTOS GRUPO MESAS / SAFAME Responsável Comercial: Paulo Raimundo 929 011 222 p.raimundo@grupomesas.com www.safame.com

credibilidade à nossa empresa”, explica Paulo Raimundo, dizendo que “vendemos pneus aos profissionais do setor e caracterizamo­‑nos por ser um distribuidor de pneus independente e leal, não temos postos de venda e não vendemos ao consumidor final”. O responsável comercia l da Sa fa me em Portugal explica que a estratégia comercial da empresa “protege as marcas que comercializamos aos especialistas dos pneus. Os clientes profissionais dos pneus podem adquirir marcas distribuídas em regime de exclusividade pela Safame Comercial sem presença em plataformas online de venda ao consumidor final. Isto permite dar­‑lhes a possibilidade de comercializar os nossos produtos sem qualquer interferência de outros canais”.

Marcas representadas – L ASSA (Quality): Turismo, 4X4­‑SUV e furgão. Inverno e Verao. Exclusividade. – AUTOGRIP (Budget): Turismo, 4X4­‑SUV e furgão. Exclusividade. – H EADWAY (Budget): Turismo, 4X4­‑SUVe furgão. Exclusividade. – DEBICA(Budget). – MICHELIN (Premium): Turismo. – GOODYEAR (Premium): Turismo. – DOUBLE COIN (Quality): Camião e Movimentação de Terras. Exclusividade. – L EAO (Quality): Cam ião, Agricu ltu ra radial e Movimentaçao de Terras. Exclusividade. – F ULLRUN (Budget): Camião. Exclusividade. – A LLIANCE (Quality): Agricultura, Florestal e Industrial. – S TA R M A X X (Qua l ity): Agric u ltu ra e Industrial. – T ECHKING (Quality): Movimentaçao de Terras. Exclusividade. – R ECAUCHUTADOS MESAS (Recauchutado): Camião, Agricultura, Florestal e Movimentaçao de Terras. Exclusividade. OUTUBRO 2015

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PNEUS ESTUDO DECO

DECO põe em causa qualidade dos pneus usados A Associação de Defesa do Consumidor visitou várias casas de pneus de forma anónima para atestar a qualidade dos pneus usados. Os resultados são preocupantes. Fabricantes e retalhistas de pneus comentam o estudo. { TEXTO CLÁUDIO DELICADO }

“O

s pneus novos são mais seguros e rentáveis que os pneus usados”. A conclusão do estudo da DECO não deixa margem para dúvidas e põe em causa a venda de pneus usados. A Associação de Defesa do Consumidor coloca mesmo no estudo o nome das empresas em causa e que apresentavam falhas graves nos pneus que venderam aos técnicos da DECO. As visitas foram anónimas. “Dos 89 pneus usados comprados, 50 não deveriam ter sido vendidos já que apresentavam falhas que punham em causa a segurança e 23 estavam ilegais”, explica Alexandre Marvão, responsável pelo estudo da DECO. Esta ação da DECO vem na sequência de uma procura crescente por pneus usados, muito por consequência da crise. Porém, há questões de segurança que têm que ser analisadas. Assim, o estudo revela que dos 89 pneus usados comprados, 18 deles apresentavam menos

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de 1,6 mm de profundidade de piso (mínimo legal para um pneu poder ser usado); 17 tinham mais de 10 anos; 11 eram pneus de Inverno, algo pouco comum e recomendável para um país com o clima português; e 5 tinham remendos laterais ou rasgões que colocam em causa a segurança do veículo. Além disso, nesta espécie de cliente­‑mistério que a DECO fez, em 11 situações foi obrigada a comprar um único pneu, por não haver um par igual para as dimensões procuradas. Em dois locais, os técnicos colocaram os pneus nas jantes e só então repararam que um deles estava furado, “o que é revelador de uma falta de triagem prévia”, alerta a DECO. A Associação levanta uma questão importante: “em Portugal não existe regulamentação sobre a venda de pneus usados”, tal como acontece, por exemplo, no Reino Unido, onde os pneus usados aprovados têm de ostentar uma marca que os distinga dos novos, de

modo a informar o consumidor. A somar a esta questão não há também legislação sobre a idade máxima destes produtos, mas os fabricantes e as associações da área automóvel consideram que a sua substituição deve ocorrer quando tiverem mais de 7 a 10 anos, adianta Alexandre Marvão. “Venderam­‑nos um conjunto de pneus de 1996, ou seja, com 19 anos, e verificámos que 17 tinham mais de 10 anos”. A DECO mediu a profundidade do piso em todos e em diferentes pontos, “As medições na transversal mostraram vários pneus com um perfil oval, ao ponto de alguns nem se equilibrarem em pé”. A Associação de Defesa do Consumidor lamenta que seja possível “encontrar qualquer produto que o comerciante considere apto para circular”. Mesmo quando, por vezes, os pneus têm a profundidade legal no piso, mas há aspetos que são invisíveis e que podem


Opinião

RICARDO MARTINS DIRETOR DE MARKETING DA CONTINENTAL PNEUS PORTUGAL

N

Opinião

CEPP Comissão Especializada de Produtores de Pneus da ACAP ste sempre foi um tema que preocupou a CEPP e por isso mesmo foi a sua primeira campanha lançada para o exterior “ Pneu usado de origem desconhecida pode ser arriscado”. Desde esse momento tem estado sempre presente em todas as outras companhas de sensibilização que temos efectuado e que são realizadas com contato direto ao consumidor.

E

Para além da altura de piso que os pneus apresenta m, ex istem fatores que não devemos esquecer e que condicionam em muito a Segurança Rodoviária como sejam as condições da borracha da banda de rolamento, a forma de desgaste, deformações e agressões no flanco, reparações internas ou externas e estado de contaminação ou de envelhecimento dos flancos, entre outras. Os pneus usados têm também estado associados à fuga a impostos e taxas, como a taxa de reciclagem e entrada no país à margem de qualquer declaração de importação.

os últimos tempos, um estudo da Associação Portuguesa de Defesa do Consumidor – a DECO – veio colocar na agenda mediática um tema que entre os profissionais do setor é recorrente – a falta de legislação, regulamentação e de controlo na importação e comercialização de pneus usados. Num mercado livre e concorrencial há, e sempre haverá, espaço para estes produtos. No entanto, seria importante a existência de regulamentação que defina os critérios e os procedimentos a adotar por quem atua neste segmento de mercado, de forma a garantir que quando estes equipamentos voltam a entrar no mercado reúnam as condições necessárias para garantir a segurança dos automobilistas. A Continental tem desde há largos anos uma posição muito clara sobre esta matéria. Tem inclusive disponível em diversas plataformas um conjunto de recomendações sobre a utilização dos pneus usados, sobretudo aqueles que têm uma origem desconhecida ou duvidosa, uma vez que não é possível saber a que tipo de utilização e manutenção estiveram expostos, podendo os mesmos estar danificados a ponto de os tornar impróprios para uso. As recomendações da Continental sobre a utilização de pneus usados assentam em três vetores essenciais: Segurança, Rentabilidade e Sustentabilidade, todos eles já sobejamente explanados nas diversas peças jornalísticas que resultaram da divulgação do estudo. De que forma podemos resolver os problemas detetados e identificados pela DECO? A criação de regulamentação clara e objetiva para o setor, reforçada com fiscalização de forma a garantir a qualidade dos produtos que estão ao acesso dos consumidores e a segurança rodoviária dos mesmos, poderia ajudar. Mas, esta legislação e fiscalização deve ser também acompanhada por campanhas de sensibilização e de de esclarecimento junto dos consumidores para que estes estejam alerta para os riscos da aquisição de pneus usados e para o perigo que estes constituem em termos de segurança caso não reúnam as devidas condições.

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PNEUS ESTUDO DECO

comprometer a segurança. A DECO concretiza esta questão da segurança alertando para a degradação das condições de travagem. “Segundo vários estudos, a distância de travagem pode aumentar cerca de 10 metros entre um pneu novo e outro com 1,6 mm de profundidade de piso, quando se circula a 80 km/h.”

NOVOS MAIS BARATOS? A DECO tenta ainda desmistificar a questão do preço dos pneus usados, o único argumento de escolha para quem opta por esta solução. Contas feitas, os responsáveis da associação não têm dúvidas em afirmar que os pneus usados são mais caros do que os novos. Porquê? “Considerámos que os pneus novos são vendidos com cerca de 8 mm de profundidade de piso. Já nos usados, medimos 2,5 mm, em média. Com base nos preços médios encontrados para cada uma das três medidas compradas (175/65 R14, 195/65 R15 e 205/55 R16) tanto para pneus novos como para usados, realizámos os cálculos”. E a conclusão é clara: “Concluímos que os usados são menos rentáveis: cada milímetro útil tem um custo duas vezes superior ao de pneus novos (30,95 contra 15,05€). Para um pneu usado compensar financeiramente terá de ter 4,5 mm de profundidade de piso ou mais.” Fica por avaliar o ponto a partir do qual é mais rentável para os profissionais.

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Opinião

CERP Comissão Especializada do Retalho de Pneus da ACAP com agrado que vemos que o tema dos “Pneus Usados” seja alvo de um estudo por parte de uma organização tão relevante e com peso na sociedade portuguesa como a DECO-PROTESTE. Sem duvida que é um tema nacional, pois estamos a falar de segurança rodoviária que pode afetar qualquer pessoa, em qualquer lugar e a qualquer momento. A CERP (Comissão Especializada do Retalho dos Pneus) dentro da estrutura ACAP (Associação Automóvel de Portugal), há muito que se preocupa em promover que o comércio de pneus usados seja transparente e regulado, para que todos os intervenientes estejam satisfeitos. Foi com essa premissa que entregamos há cerca de dois anos, no antigo IMTT, hoje IMT (Instituto da Mobilidade e dos Transportes), um projeto para regulamentar o setor dos pneus usados em Portugal, sendo pioneiro na Europa! O projeto engloba controlo (maquinaria de testes), normas (rotulação), procedimentos a efetuar por parte das empresas (formação) que operam este tipo de produtos, assim como a sua identificação (acreditação). Este é o caminho que nos move, um setor regulado, comprometido com a qualidade e principalmente amigo do ambiente... O mundo do pneu não tem de ser negro! Revimos o artigo da DECO-PROTESTE e consideramos que alguns assuntos ficaram por abordar ou foram abordados de uma forma menos completa, que passamos a referir: - P neus usados, que foram ressulcados ou aprofundados os rasgos do pneu. A lgu ns comerc ia ntes áv idos de luc ro rápido, ressulcam os pneus (atividade contemplada nos pneus pesados, para os pneus devidamente identificados pelo fabricante – regroovable), para “enganar” os clientes mostrando que estão a fazer uma excelente compra! Quantos pneus foram faturados? Um dos maiores problemas dos pneus

É

usados é o facto de não pagarem os respetivos impostos. Muitos destes produtos são importados sem qualquer documento e vendidos sem fatura, concorrendo de uma forma desonesta com outros atores e produtos do mercado. Foram dadas ou referidas garantia dos pneus? De acordo com a legislação portuguesa, todos os bens de consumo vendidos por profissionais a consumidores são alvo de garantia, no caso de bens usados, por acordo escrito das partes, 1 ano. O consumidor sabe? Passados seis meses, algum destes revendedores aceita uma reclamação num pneu usado? Como em tudo, há boas referências e boas práticas nesta área do setor dos pneus, efetuadas por gente de boa índole que por sua iniciativa e consciência toma todas as ações para que o seu cliente saia satisfeito, mas que infelizmente é absorvida por este mar desregulado, sem critérios e valores. A CERP-ACAP poderia ter ajudado neste estudo e até complementá-lo com mais informação ou com mais questões, pertinentes e relevantes, como por exemplo, quantas destas empresas que vendem pneus usados estão identificadas e cadastradas nas entidades fiscais. Temos tido várias reuniões de trabalho, com trabalho árduo (muitas vezes sem resultados) e esperamos que a DECO se possa associar aos nossos projetos, pois estamos ao dispor para qualquer iniciativa que vise regulação e transparência do setor dos pneus. Se cada instituição ou organismo trabalhar, cada uma, para o seu lado será mais difícil o caminho…


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