RevistaBAB - Ano 5 - 16ª Edição

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Nossa Capa: Por: Inácio Rocha

Expediente Revista e Site BAB www.bairroantoniobezerra.com.br CNPJ: 12.711.394/0001-75 Jornalísta Responsável: Inácio Rocha Diagramação: Viviane Rocha Digitação: Victória Rocha (85)

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HISTÓRIA RETROSPECTIVA Por Valentim Santos, Professor, Historiador e Sociólogo

Os Precursores da FOTOGRAFIA

no bairro ANTÔNIO BEZERRA Das máquinas aos celulares de ultima geração.

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fotografia nasceu das tentativas de aperfeiçoamento dos métodos de impressão sobre papel, dominados pelos chineses no século VI e difundido na Europa seiscentos anos antes que Joseph Nicephore Niepce inventasse a Fotografia na França em 1826. A Fotografia teve muitos precursores espalhados por diversos países, gênios pioneiros da fotografia continuaram pesquisando para expandir os limites de suas aplicações com ousadia e criatividade. Destacamos Gaspar Nadar primeira foto aérea em 1856, Thomas Easterly fotografou um relâmpago em 1847, Adams Whipple fez primeira foto lunar em 1851. O primeiro repórter fotográfico foi Robert Cape, que fotografou a morte de um soldado Espanhol em 1937. A Fotografia chegou ao Brasil em março de 1840, pelo abade Louis Compt, capelão do navio-escola francês que aportou de passagem pelo Rio de Janeiro. Ele trouxe a ultima novidade de Paris para a cidade, um equipamento responsável pela produção de uma imagem fotográfica sem negativo, desenvolvido em 1837 por Louis Jacques Mandé Daguerre, chamado de daguerreótipo. Um dos pioneiros da Fotografia no Brasil foi o pintor e naturalista francês radicado no Brasil, Antoine Hercules Romuald Florence, que chegou ao Brasil em 1824. No ano de 1833, Florence fotografou através da câmera escura com uma chapa de vidro e usou papel sensibilizado para a impressão por contato. O Imperador Dom Pedro II, um fotógrafo apaixonado, também contribuiu decisivamente para o desenvolvimento da arte no país. Em viagem a Paris, em 1840, comprou um daguerreótipo e, com menos de 15 anos, já registrava as primeiras impressões sobre o Brasil através do equipamento. A fotografia surgiu no nosso bairro na década de 50, na época do saudoso Bairro Vermelho. Desenvolvidos por

alguns pioneiros da superação, das limitações técnicas, das precariedades dos processos fotográficos do século XIX. O primeiro registro da existência de um foto no bairro, data da década de 60. O primeiro foto pertenceu ao senhor Raimundo Duarte Pimenta, mas conhecido como “Manteiga” fundador do Foto que levava seu nome, ficava na Av. Mister Hull localizado na vila do seu Fonseca, local onde hoje existe um condomínio. Na sala ficava o atendimento e no quarto o Studio improvisado. Era usada uma câmera fotográfica alemã Rolleiflex com tripé que usava filmes preto e branco 6x6 além de refletores para iluminação. As revelações eram manuais e as fotos eram produzidas em ampliador fotográfico. O “foto Manteiga” teve um período de pouca duração. Outro foto bastante conhecido dos moradores de Antônio Bezerra foi o saudoso “Foto Iracema” pertencente inicialmente ao Luiz Magrinho, localizado na Rua Hugo Victor nº 44, vizinho a Delegacia de policia. Foi neste foto que fiz minha primeira foto 3x4. La fazia-se todos os tipos de fotografias para documentos 2x2, 3x4, 5x4, 6x5, nesta época em todos os documentos era exigido fotografias.

O Foto Iracema tinha um Studio completo, câmera escura para revelação, ampliadores dos mais modernos, conjunto de refletores além da utilização de máquinas fotográficas tipo Yashica-A, Yashica Mat e a famosa Rolleiflex. Em 1974 o foto foi vendido para o Sr. Francisco Assis de Almeida

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“Eles foram testemunhas oculares dos fatos acontecidos, sem as quais, as lembranças dos fatos passados seriam apenas palavras sem vida. ” por 5 mil cruzeiros (dinheiro da época) que passa a produzir fotos para eventos sociais, casamentos, batizados entre outros por muitos anos. Depois o Foto Iracema transfere-se para a Rua Tomaz Rodrigues. Em 1980 Sr. Assis vende para o Sr. Adásio que passa a administrar o foto juntamente com o Sr. João Eudes Xavier, neste período as fotos coloridas passam a ser usadas para documentos substituindo as fotos preto e brancas. Anos depois o saudoso “foto Iracema” foi vendido para o Sr. César que o manteve funcionando sem o nome que marcou uma geração de clientes. Existia um foto na Av. Mister Hull pertencente ao Sr. Valmir Aragão, o saudoso “Foto Delrio” funcionou em uma casa próxima a agência do antigo BEC. Depois foi adquirido pelo Sr. Edilson de Meneses, mas conhecido como Bita que mudou o nome para “Nosso Foto” funcionou ate seu falecimento em 2016. Foi o último foto a permanecer em atividade no bairro do Antônio Bezerra. Com o surgimento de novas câmeras fotográficas e o domínio das fotos a cores, os grandes laboratórios fotográficos como a Aba filmes, Lima Color, Fujicolor e Esdra Color passaram a produzir fotos de alta qualidade e rapidez, além dos descontos BairroAntonioBezerra.Com.Br


para os profissionais, que passaram a atuar nos eventos sociais no bairro e adjacências. A Igreja Matriz, as escolas nas festas de formaturas, aniversários e casamentos passaram e ser disputados por fotógrafos que registravam para a posteridade estes acontecimentos. No limiar do século 2000, a era digital e as novas tecnologias faz surgir o celular com pequenas câmeras fotográficas. A Sharp lança o primeiro modelo comercial de celular com câmera do mundo, foi o J-SHO4, com isso, cada usuário passa a produzir suas próprias fotos e filmagens com boas qualidades. Hoje os fotógrafos com suas máquinas fotográficas são substituídos por celulares de ultima geração, que produz fotos com efeitos além de armazenamento digital.

Hoje podemos assegurar que, após uma história heróica de luta para se afirmar como meio de expressão, não há ninguem neste mundo que não tenha sido fotografado ou tirado uma foto ou visto uma imagem fotográfica. Quero parabenizar os Fotógrafos do nosso bairro, dentre eles, o casal Inácio e Viviane Rocha por sua luta constante em busca de uma boa imagem, sem as quais as recordações do passado não existiriam. Eles são testemunhas oculares dos fatos acontecidos, sem as quais, as lembranças dos fatos passados seriam apenas palavras sem vida. Aos pioneiros fotógrafos, nossos parabéns nas pessoas de Luiz Magrinho, Francisco de Assis Almeida, ainda atuando como fotógrafo, Valmir Aragão, João Eudes Xavier, Edilson Meneses, Adásio, Raimundo Duarte, João Cesar, Almeida, Assis Doido, José Roberto, entre outros. A todos os fotógrafos que registraram com suas imagens a história dos nossos antepassados, deixando lembranças para as futuras gerações.


MEMÓRIA MORADORES DO BAIRRO Por: Afonso Andrade

Gente da Gente

Professor

Construindo uma família através da educação.

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o dia 23 de outubro de 1923 nasce em Acaraú Ceará um lindo menino de olhos verdes que foi batizado com o nome de Egberto Ferreira de Andrade, Filho de José Aristides de Andrade e Maria Alvina Ferreira de Andrade. Cresceu cercado de muito amor entre irmãos de sangue e de criação. Todos os anos viajavam do sertão para a praia acompanhando o gado da família na busca por pastagem. No período chuvoso no sertão da Fazenda Baixa Grande e no seco na Fazenda do Corrente, na praia em Acaraú. Ali cresceu e teve uma vida muito feliz e cheia de aventuras no campo. Aos vinte e um anos em 1944, em plena segunda guerra mundial, responde a convocação de um recrutador da Aeronáutica que passou em Acaraú prometendo a quem se alistasse um curso para piloto da Força Aérea Brasileira (FAB). Entusiasmado e juntamente com vários amigos, veio prestar o serviço militar na Base Aérea de Fortaleza. Descobriu que foi enganado. Na verdade, a Base de Fortaleza estava em construção e eles foram usados como trabalhadores braçais no desmatamento, escavações e transporte do material de construção. Durante vários meses não receberam qualquer instrução militar. Após uma pequena revolta de sua turma, essa informação chegou ao alto escalão da FAB que determinou a imediata realocação desses homens ao treinamento militar. Sua passagem pela Base Aérea de Fortaleza, foi muito marcante, tanto que era difícil o dia que ele não contasse alguma história desta época. Dos momentos de folga seus passeios pela praia de Iracema, saltos da ponte metálica, bailes nas pensões do centro da

cidade junto com recrutas brasileiros e soldados americanos, da base aérea de prefixo PC, que deu o nome ao atual bairro Pici. Contava que foi destacado para a base dos americanos e fazia rondas num Jeep de guerra, dando segurança ao paiol de munição dos americanos, no atual bairro Antônio Bezerra, especificamente onde hoje está o condomínio da Aeronáutica. Ao término da segunda guerra, já como civil, começa uma grande história de amor com uma linda jovem loura de olhos azuis, Azenete Castro, grande amiga de sua irmã Aurila. Segundo ele, Aurila o apresentou à Azenete e disse que fazia muito gosto no casamento dos dois. Ele “obediente” logo aceitou a missão e no dia 12 de setembro de 1950 casou com Azenete na Paróquia Jesus, Maria e José de Antônio Bezerra e permaneceu casado por todo o resto de sua vida. Completando 65 anos de união. Cheios de sonhos, foram morar em Acaraú/Ce. Lá chegando montam um pequeno comércio. Sua família cresce e nascem duas meninas. A alegria e a responsabilidade aumentam, porém os negócios entraram em dificuldades. Então resolvem se mudar para Quixadá. Com as crianças um pouco crescidas surge a preocupação com o futuro delas. Neste momento, Azenete conversando com Egberto firmaram o propósito de oferecer aos filhos a oportunidade de se formarem na universidade e conquistar uma vida melhor. Com esse projeto eles retornam para Fortaleza. De volta à Fortaleza em 1956, o casal enfrentou e superou grandes adversidades. Egberto, homem do interior, encarou a vida na cidade com o quarto ano primário, se reinventou e aprendeu a arte de fazer e consertar móveis. Estabelecendo, na Avenida Mister Hull, a Movelaria Jesus, Maria e José mudando-se posteriormente para a avenida perimetral, 168. Muito conhecido no bairro Antônio

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Bezerra pelo seu caprichoso trabalho, conquistou muitos amigos, os quais fazia questão de visitar todos os domingos, à tarde. Não faltava à missa de domingo na igreja do bairro, onde também batizou seus três últimos filhos. Participava da vida paroquial e tornou-se membro do ECC (Encontro de Casais com Cristo) e sempre ajudava quem precisasse. Tinha um sonho de ganhar na loteria para ajudar seus parentes. Desenhou muitas plantas de casas que seriam construídas com o dinheiro do prêmio. No entanto, não foi através da loteria que viria realizar o grande sonho. Mas, pelo seu próprio trabalho e esforço como marceneiro criou e formou, na universidade, todos os filhos. Deixando um legado de honestidade, honradez e amor ao trabalho entre todos os que o tiveram a oportunidade de lhe conhecer. O seu projeto de transformar a vida da família através da educação está concretizado no Colégio Afonso Andrade, fundado em 25 de novembro de 1993, à Av. Cel. Matos Dourado, 168 em Antônio Bezerra. O nome “Afonso” tem sua origem no pai de Azenete e “Andrade” no pai de Egberto, juntos formam uma assinatura que garante o compromisso de várias gerações, de uma família, com a educação e o seu poder transformador. Os netos de Egberto e Azenete, filhos de Afonso Andrade (seu filho) e Maria Célia (sua nora), também chegaram à universidade através do Colégio da família, fruto do mesmo sonho da educação transformadora, que atravessou gerações. O Colégio Afonso Andrade, através da educação, tem ajudado também a transformar a história de vida de milhares de outras famílias.

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LITERATURA CRÔNICAS Por Francisca Rogênia Aluna do CEJA

O Bairro ANTÔNIO BEZERRA Memórias literárias dos moradores.

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Caro leitor: enho, através desta, te fazer um convite: segure minha mão. Faremos uma viagem no tempo. Contarei minha história através das memórias de alguns que estiveram e de outros que continuam por anos ao meu lado...Vem viver e recordar esses momentos comigo! Quando só o pó da estrada ligava Fortaleza às outras cidades, me tornei porta de entrada para migrantes que, vindos de longe ou de perto, cansados da viagem, fugindo da seca, sem perspectivas de melhorias, mas com “um tiquinho de esperança” ao adentrar a capital, sentiam-se acolhidos em sua breve timidez. A estrada que culminava nessa chegada, via de mão dupla ainda de piçarra, era a avenida Mister Hull, fazendo a ligação da tristeza do fracasso com a alegria de um recomeço. Casinhas eram transformadas em albergues e mini pousadas, pois a migração se tornou parte do cotidiano da capital. Também o patronato, que já fazia parte da história local, recebia estudantes ou algum aspirante ao sacerdócio. Era um entra-e-sai entre a poeira do verão e o lamaçal do inverno, apelidado de “Barro Vermelho”. A igreja local – Jesus, Maria e José – era bem diferente da atual. Pequenina, onde o padre João Pessoa fez história na comunidade. Naquele tempo, dormia-se de portas e janelas abertas, não havia violência como agora... Você acredita que o delegado Raimundo Teixeira, que comandava o Décimo Distrito, era o cabra mais bravo que já conheci? Os ladrões de galinha não tinham vez com ele. E se aparecesse um vagabundo em seu caminho, este logo mudava de rumo, tão grande era a sua fama, pois ele tinha uma palmatória de ferro pra corrigir os desafetos. O delegado fez seu serviço com bravura. Seus filhos ainda moram por cá. Dois já faleceram. Outro grande homem chegou em 1954, com a família em meio ao alvoroço da migração. Foi o Francisco Pinheiro, conhecido como “Seu Fanca”, que se tornou um grande comer-

ciante. Começou com uma bodeguinha que vendia até bainha pra foice... foi nessa visão de negócio que cresceu, adquirindo terras e construindo, fazendo vilas com seu nome, contribuindo, dessa forma, para o crescimento local. Os imbatíveis de vendas eram o gás e a querosene. A energia faltava constantemente e toda casa tinha uma lamparina, lampião ou candeeiro para socorrer. Dos seus filhos, o que mais aproveitou a infância foi o Ivo, que se juntava com a molecada da vizinhança e pulava o muro do cemitério para brincar de esconde-esconde. Bem, os moradores do cemitério não reclamavam...naquela época, eram poucos os túmulos, diferente de hoje. O coveiro era o Sr. Quarenta “Gente Boa”, que plantou dois pés de Benjamim à entrada. Hoje, só tem um. A brincadeira se estendia até o açude do Seu Manoel Venâncio, onde se banhavam com muita diversão. Localizava-se na estação. O lençol freático passava por ali e desembocava do outro lado, ligando ao Olavo Oliveira. Até muçum pescavam ali. Com o passar dos anos, foi aterrado para se construir estradas e casas e, infelizmente, acabou a diversão. Quando chove, acumula-se água nessa redondeza e onde foram construídas casas, essas ficam alagadas. Outra diversão que me vem à memória são os bois "brabos" fugidos do matadouro. Nem te conto as chifradas que presenciei. Tinha menino endiabrado, que ficava enfurecendo o bicho, aí o ganhador era quem corria mais… Esse gado vinha de Goiás para ser abatido aqui, só que eles pulavam a cerca e ficavam soltos pelo bairro, tinha até um dizer popular que ninguém saísse de vermelho pra não atiçar o boi e levar uma chifrada. Desativaram o matadouro e fundaram o Frifor – Frigorífico Industrial de Fortaleza. Já não se via boi solto, porque as instalações eram mais preparadas, diminuindo assim a fuga dos “bichim”. E por falar em brabeza, lembro de uma história engraçada de um jumen-

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Ah, não dá pra vir sem tomar o famoso caldo de cana com pastel e beber um pouco com os amigos que não via há tempos... ” to, o jumento do seu Fanca, que era cuidado pelo seu Chico Vermelho. Pense num jumento bravo e grande; o Seu Chico colocava mercadoria nos lombos dele e ele aguentava o tranco, mais tinha uma queda por qualquer jumenta que aparecesse. Ele se sacudia todinho e não tinha quem o segurasse. Eita bicho namorador, morreu de velhice e teve até enterro de tão famoso que era. Seu Fanca era homem empreendedor. Tinha um curral no seu quintal, o leite de suas vacas vendia, comercializava e crescia seus negócios e eu também. E por falar de grande, lembro-me do ônibus que passava por cá. Por causa do seu tamanho, foi apelidado de “trem das onze”. O nome da linha era “Sítio Ipanema”. Nessa altura, o Ivo, ainda menino, com seus irmãos, estudavam no Colégio Demócrito Rocha, fizeram amizade com o motorista e iam sempre na “garapa” (de graça). Subiam pela frente e usavam o dinheiro da passagem para comprar tijolim e cocada, essa era a merenda… Na volta para casa, se entretinham pelo caminho, pulavam o muro do Patronato e iam comer manga e caju, era só diversão. A modernidade chegando e, com o aumento de moradores, surgiram os campos de Futebol, Rio Branco; Tigre; Real; São Joaquim… Mas o que se mantém até os dias atuais é o campo do Rio Branco, que passou por uma reforma recentemente, passando a ser chamado Estádio Antony Costa e agora tornou-se a maior areninha do estado do Ceará. Os clubes de dança nasceram em 1925, já há quase 100 anos. Atualmente encontram-se abandonados. O primeiro posto de gasolina do pedaço foi do Seu Rui. Depois ele passou para o Seu Edmundo, que faleceu com 97 anos, recentemente, no dia 12/10/19. Hoje está desativado, mas naquela époBairroAntonioBezerra.Com.Br


ca, tinha uns frequentadores assíduos com suas “rurais” (picapes) que aguentavam trancos e barrancos. Seu Fanca, seu Manoel Louro e seu Edílson Lima venciam obstáculos com seus carrões. Seu Edílson era conhecido na “Rodoviária dos Pobres”. Ele fazia frete do povo que vinha do interior carregado de bagagem. Cabra macho, não atolava na lama e ainda socorria quem atolasse. Às vezes recebia mercadoria como pagamento pelas corridas feitas. Chegava em casa com queijo, rapadura, carne de criação…. Até galinha viva! Seu Edilson fez história e deixou saudades! Uma muito engraçada ocorreu no consultório do Dr. Menezes, que tinha fama de perverso. Ora, Seu Edílson tinha uma escadinha de filhos e para ganhar tempo levava a meninada toda de uma vez, para fazer o que fosse necessário. Naquele dia não foi diferente. Enquanto aguardavam na sala de espera, seu Menezes” ia chamando um por um, a começar pelos maiores. O primeiro da turma, quando saiu, vinha com a cara chorosa, estava quase

sem dente… A segunda, já foi com a mão à boca, toda se tremendo; logo que entrou, passados alguns instantes, ouviram-se gritos, foi um rebuliço na sala de espera. A criançada começou a chorar, a mais espevitada da turma disse: “eu é que num vou ficar aqui”! Saiu correndo em disparada, não teve quem a segurasse... Hoje ela tem dentes pra rir dessa história, já os seus irmãos... E por falar em alvoroço, o lugar de muvuca é a feira. Mas mesmo com tanta movimentação e barulho, eu amo a feira de domingo, ela me fez conhecido de muitos. No início era só rural, depois foi assumindo mais variedades de produtos e serviços, entre eles frutas e verduras fresquinhas e até roupas e objetos, novos e usados. Ah, não dá pra vir sem tomar o famoso caldo de cana com pastel e beber um pouco com os amigos que não via há tempos... A feira cheira à vida, é via de mão dupla que favorece ao desempregado e à dona de casa. Passando por gerações, já mudou de local três vezes, mas agora sossegou na rua Vale Costa. É com essa veia de negócio que muitos acabam por colo-

car em sua casa uma vendinha, como renda extra à família. É o caso da dona Raimundira, que aproveita os dias da feira e abre suas portas para o “brechó”. Mulher de garra, com o tino pros negócios, veio cedo morar na capital, seu primeiro emprego foi nas confecções Guararapes. Dormiu ao relento aguardando uma vaga no início da abertura da fábrica, casou, teve filhos e agora, já avó, tem muita história pra contar... Mas essa fica pra próxima, pois a tinta da caneta começa a falhar… Eu sou Antônio Bezerra de brancos, pretos, mestiços e encarnados... Eu sou Antõnio Bezerra do pobre, do rico, do favelado… de gente sofrida e gente querida, do artesão ao tecelão, do sanfonista ao rei do baião, do menino ao velho, do analfabeto ao escritor… Eu sou Antônio Bezerra feito pelas mãos do “Criador”! Memórias escritas a partir de relatos de: Ivo Pinheiro, Raimundira Paz e Rejane Lima


CAPA DESIGN DE INTERIORES

Por Isabel Alícia

Graduanda em Arquitetura e Urbanismo

DESIGN DE INTERIORES

Técnica em planejar ambientes com funcionabilidade.

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uitos de nós já ouvimos falar sobre Design de Interiores, mas o que essa palavra significa e como pode nos beneficiar? Design de Interiores é técnica em planejar ambientes com funcionalidade, conforto, qualidade de vida, economia e estética para o espaço. Quem nunca sonhou em ter aquela cozinha dos sonhos, um quarto harmonioso, um banheiro dimensionado corretamente e com materiais de qualidade, uma área de lazer aconchegante, um local de trabalho com a sua cara ou até mesmo uma loja de shopping com o estilo do produto que será vendido?! A partir dessa resposta sobre o que é esse tema, podemos perceber que são inúmeros os

“É satisfatório viver-

mos em ambientes com conforto e que nos traga felicidade"

locais em que um projeto de Interiores pode estar presente, porém muitas pessoas ficam com receio ao contratar um profissional para realizar esse projeto, pois ainda existe um certo preconceito ao achar que será algo caro e fora do seu orçamento, mas hoje eu vou lhe mostrar os benefícios de realizar um projeto e o impacto de contratar um profissional especialista no assunto. É satisfatório vivermos em ambientes com conforto e que nos traga felicidade em desfrutar do espaço. Um projeto de interiores garante muitos benefícios, tais como: planejamento e organização do espaço, materiais adequados combinados aos diversos elementos de um ambiente, decorações, tonalidades, acabamentos sofisticados, funcionalidade, harmonização entre os ambientes, iluminação especifica, sugestões para enriquecer o seu projeto e encontrar o melhor aproveitamento para os espaços projetados, soluções sob medida para que o projeto tenha a identidade e estilo do cliente e foco no bem-estar, qualidade de vida, con-

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forto, elegância, beleza e praticidade, adequado às suas necessidades e à disponibilidade financeira do cliente e além de disso, você consegue visualizar o projeto antes do mesmo ser executado, através de algumas ferramentas, tais como: maquetes eletrônicas realizadas em softwares e desenhos a mãos livres, assim você poderá opinar, realizar mudanças para ficar com o seu estilo. Esse projeto é uma atribuição exclusiva de profissionais especializados, tais como: Arquitetos e Design de Interiores, essas duas profissões buscam projetar espaços mais funcionais e eficientes, é de suma importância contratar profissionais qualificados, quem oferecem garantia de segurança, economia, confiança no pré e pós realização do projeto, concepção e execução de projetos adequados, observando as suas necessidades e auxiliando na definição das melhores escolhas para o seu ambiente. Falando um pouco sobre as atribuições dos profissionais citados, o profissional de Arquitetura além de BairroAntonioBezerra.Com.Br


projetar design de interiores, tem um amplo número de atividades que pode realizar, tais como: projetos de edificações, restauro de patrimônio históricos, projetos urbanos, design de cenários, estudos de viabilidade técnica, assessoria, consultoria, orçamento, vistoria, condução da obra, instalações, serviços técnicos e entre outras atividades. Ao finalizar essa leitura você entendeu todos os benefícios de optar por fazer um projeto de interiores na sua casa, loja, escritório, consultório e inúmeros ambientes de acordo com a suas necessidades. Morar ou trabalhar em um local aconchegante é um sonho para todos nós, pois conseguimos realizar nossas atividades de forma eficiente, com mais praticidade e funcionalidade. Eu sei que você sonha em ter uma sala com móveis de qualidade, uma decoração harmoniosa, iluminação adequada, um quarto aconchegante, uma cozinha funcional, acertei né?! Então, se você tem um espaço na sua casa, seja ele, uma cozinha, quarto, banheiro, sala, varanda, quintal, garagem, área de serviço ou até mesmo aquele ambiente

Móveis Projetados que está sem uso, sem funcionalidade, mas que você sonha em trazer um toque especial nele, realize o seu sonho e busque um profissional para realizar o seu projeto, transformando o seu sonho em realidade com a beleza e conforto no seu dia a dia em desfrutar de um espaço planejado.


COMPORTAMENTO DIA A DIA Por Karine Façanha Especialista em Marketing

Marketing Pessoal Influenciar pessoas com seus dons.

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xistem várias formas de se diferenciar no mercado trabalhando o seu marketing pessoal, mas primeiramente a gente precisa entender o que é Marketing. Resumidamente, Marketing é o conjunto de ferramentas que a empresa tem para alavancar suas vendas, apresentar sua imagem aos consumidores e fazer com que eles entendam e se identifiquem com essa marca, fazendo trocas de valores para as duas partes. O Marketing pessoal é a mesma coisa, a diferença é que a gente vai pegar essas ferramentas de marketing e usar em benefício da própria carreira, utilizando as técnicas de Marketing para promover sua imagem e influenciar pessoas com o seus dons, mostrando suas características e assim conquistando um ótimo lugar no mercado.

Para você trabalhar sua marca pessoal, aí vão algumas dicas: Trabalhar a liderança, que é uma das formas como podemos influenciar pessoas, que é sendo um formador de opinião! Lembrando que líder é diferente de chefe, porque o chefe, normalmente, quer assumir todos os créditos para si, não ouve as dificuldades dos outros e faz as coisas só em benefício próprio. Mais uma dica que dou, é passar confiança no que diz, nas atitudes e para ser uma pessoa confiável você deve ser bem informado, pesquisar sobre os assuntos que realmente você quer trabalhar em cima, ter conhecimento verídico e não ficar no campo do achismo. Dica super importante para os dias de hoje e para os profissionais multidisciplinares, é aprender a trabalhar em equipe, ter esse espírito de união, criar Network, manter o clima de harmonia e um bom ambiente no trabalho. Isso mostra que você é uma pessoa com empatia, que sabe criar redes e tem um bom relacionamento com os outros tanto no âmbito profissional, dentro da empresa, como seus relacionamentos pessoais, fora da empresa.

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As novas funções e diversidade das equipes de trabalho, exigem que tenhamos flexibilidade, algo que os jovens hoje em dia têm muita dificuldade, pois muitas vezes querem colocar sua opinião como verdadeira e é exatamente o oposto do que a gente tem que fazer. Temos que ser mais disponíveis, saber ouvir e entender as opiniões que divergem da nossa. Ser o primeiro a levantar a mão quando o chefe pede pra alguém fazer alguma tarefa, pois sempre é uma boa oportunidade de aprender e se destacar. Uma coisa que a gente não pode esquecer, é que cada pessoa nasce com dom e temos que descobrir e entender os nossos objetivos, não adianta você ir atrás das oportunidades, se você não estiver bem preparado, você pode até conseguir ser chamado para um emprego, mas não vai conseguir se destacar dos concorrentes, porque não será um profissional devidamente preparado. Aqui são só algumas dicas, me segue no instagram @karinefaçanha, para conferir outras dicas e informações sobre marketing pessoal. Muito sucesso a todos!

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SAÚDE PREVENÇÃO DE DOENÇAS Por Célia Vieira Lima Farm. Clinica CRF 1597

Dificuldades de

Medicação

O farmacêutico orienta o uso racional de medicamentos.

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uando se pensa na elaboração de uma nova política de cuidado ao idoso, baseada na qualidade de vida, considera-se importante a manutenção de suas habilidades físicas e mentais necessárias para uma vida independente. A maioria das doenças do idoso tem seu principal fator de risco na própria idade e são crônicas. No entanto, esta longevidade não impede que o idoso possa conduzir sua própria vida de forma autônoma e decidir seus interesses. Diferentemente do ambiente hospitalar, no ambiente domiciliar verifica-se na maioria das vezes a inexistência de profissionais capacitados, ficando comumente a saúde do idoso, aos cuida-

dos de parentes ou parceiros que mesmo fazendo o seu melhor não possuem originalmente formação assistencial. O farmacêutico é o profissional de saúde mais acessível em muitas comunidades e tem a oportunidade de estar em contato direto e por mais vezes con-

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tribuindo para a melhora da qualidade de vida destes pacientes, estimulando a prevenção de doenças e o uso racional de medicamentos e gerenciamento dos tratamentos tornando-os inclusive, mais acessíveis economicamente a esta população.

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ESPORTE LAZER Por: Inácio Rocha Jornalista

Areninha Antony Costa A maior do estado do Ceará.

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oradores do bairro Antônio Bezerra, localizado na zona Oeste da cidade de Fortaleza, ganharam na quarta-feira, 27 de Novembro, mais um equipamento esportivo para a prática de atividades na promoção da saúde, especialmente o futebol. Em 15 dias, o Governo do Ceará e a Prefeitura, por meio do Programa Juntos por Fortaleza, entregaram duas areninhas para a comunidade, a primeira na praça Ipiranga recebeu o nome de um morador ilustre, o sr. Edgar Mendes, o Didí, e a segunda, no Estádio Antony Costa que foi construído em 1950, ampliado em 1978, reformado em 2011, recebendo as cadeiras vermelhas que foram retiradas do PV porque incomodavam a torcida do Ceará e agora entregue à comunidade em uma versão mais atualizada, é a maior areninha do estado do Ceará. O antigo campo do Rio Branco, time que teve Maria do Abílio como uma das fundadoras, assim o estádio era conhecido, é mantido pela Prefeitura de Fortaleza. O prefeito Roberto Cláudio em sua fala, na ocasião da entrega desse equipamento esportivo, destacou o trabalho da família Couto Bezerra que é presente na comunidade desde que o Sr. Gerôncio Bezerra iniciou a carreira política em 1958 elegendo-se vereador em 1962, sendo reeleito

duas vezes, elegendo-se deputado em seguida e prestando um relevante trabalho no bairro. Conquistas “É a maior areninha construída no Ceará. Essa política de areninhas quem começou foi o Roberto Cláudio e sou fã dela. Para combater a violência temos que trabalhar o fortalecimento policial, inteligência, tecnologia, que é o que estamos fazendo. Por outro lado a gente trabalha também a prevenção, e a primeira coisa que fazemos é trabalhar a educação, dar escola de tempo integral para nossas crianças. O outro caminho da prevenção é o esporte e o lazer. Com essa política de areninha já são quase 40 areninhas em Fortaleza e vamos construir 70 ao todo. Estamos levando esse programa para todos os 184 municípios cearenses. Essa areninha vai servir à população com escolinha de futebol de manhã, à tarde e à noite”, destacou o governador Camilo Santana que mostrou também em seu discurso, a importância da comunidade de ter o vereador Adail Jr como um grande articulador para melhorar o bairro e assim poder fiscalizar de forma eficiente e eficáz os trabalhos realizados na região.

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PROJETO SOCIAL CURSOS Por: Monalise Araújo Batista

Instituto de ARTE e CIDADANIA do CEARÁ

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Instituto de Arte e Cidadania do Ceará – IAC/CE é uma entidade civil sem fins lucrativos, fundada em 03 de julho de 1988, objetivando fortalecer/ incrementar ações sociais na comunidade, buscando a melhoria da qualidade de vida e tendo como missão promover assistência social às pessoas em situação de vulnerabilidade social, através da inclusão e do desenvolvimento humano, ofertando atendimento humanizado em todas suas ações que se baseiam no princípio da solidariedade, na garantia da dignidade humana, na luta pela cidadania e no respeito a todos os cidadãos. O IAC/CE nasceu da continuação de ações realizada pela Associação Cultural Beneficente Manoel Jacinto Coelho que atuava no desenvolvimento de trabalho com crianças e adolescen-

tes nas áreas cultural/educacional, suas ações estavam nas aulas de música, na administração de centros de iniciação profissional e no gerenciamento de creche em regime de cogestão, atuando ainda na capacitação de jovens e adolescentes. Foi na busca do desenvolvimento social integral nas diversas fases da vida, que em 04 de julho de 2016 a entidade é renomeada e o IAC/CE passa a ter nova sede agregando novos públicos como atendimento a pessoa idosa, mulheres e comunidade Hoje mantemos 03 creches, 02 abrigos para idosos e mulheres em regime de proteção, 01 república, centros de convivências de idosos, trabalhos estes que executamos em regime de cogestão, na sede da instituição dispomos de ações voltadas a comunidade do entorno assistindo crianças na categoria da

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Presidente do IAC/CE

primeira infância, jovens, adolescentes e idosos, ainda mulheres e a comunidade em geral. Hoje a instituição atende uma média/mensal de 1000 pessoas, sempre embasando seus atendimentos nos valores da justiça social, solidariedade, equidade, sustentabilidade e integridade.

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GENTE DA GENTE SUPERAÇÃO

Capitão Silva

Viveu o preconceito e a injustiça na pele, mas deu a volta por cima.

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o Programa do Rodrigo Faro transmitido no dia 14 de Julho de 2019, o Capitão Silva, ilustre morador de nosso bairro, foi convidado a falar sobre sua experiência pessoal desde quando era morador de rua, superando as dificuldades, a principal delas, o preconceito, e como tudo isso havia transformado sua vida. “Eu tinha receio de dizer que fui morador de rua. Quando era soldado, o cabo poderia me discriminar. Promovido a cabo, poderia ser o sargento, e assim por diante”. O sofrimento criado pelo preconceito e discriminação é difícil de quantificar. O preconceito levou ao Holocaus-

Injúria

O Código Penal, em seu artigo 140, descreve o delito de injúria, que consiste na conduta de ofender a dignidade de alguém, e prevê como pena, a reclusão de 1 a 6 meses ou multa. O crime de injúria racial está previsto no parágrafo 3º do mesmo artigo, trata-se de uma forma de injúria qualificada, na qual a pena é maior, e não se confunde com o crime de racismo, previsto na Lei 7716/2012. Para sua caracterização é preciso que haja ofensa à dignidade, com base em elementos referentes à raça, cor, etnia, religião, idade ou deficiência.

to, à escravidão e à trilha das lágrimas. Ele desempenha um papel na discriminação no emprego, estupro e agressão sexual e em muitas formas de abuso. Pessoas que têm preconceitos sobre os outros podem se envolver em abuso e discriminação que desempenham um papel na opressão sistemática. Seus preconceitos com os outros também podem prejudicar sua capacidade de ouvir, ter relacionamentos com pessoas diferentes de si e aprender com os outros. Na cidade, por ser magro e usar roupas surradas, ganhou o apelido de “Já Morreu”, dado no interior do Nordeste a pessoas com baixa expectativa de transformação social.

“Já Morreu” viveu por 12 anos nas ruas do Crato. A noite, dormia na Igreja da Sé. Durante o dia, vagava pelo centro da cidade fazendo biscates e pedindo esmola. Quando o sacristão o expulsou do templo, passou a dormir no cemitério. E assim foi até conseguir, aos 11 anos, um emprego de gari na prefeitura. Então, o caminhão de lixo lhe deu guarida. Do passado de morador de rua, Silva guarda lições compiladas em um livro que escreveu sobre sua trajetória. Ele dá palestras em escolas e clinicas de recuperação de dependentes químicos, contando sua história como exemplo.

A pena prevista neste caso vai para 1 a 3 anos de reclusão.

§ 2º - Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que, por sua natureza ou pelo meio empregado, se considerem aviltantes: Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa, além da pena correspondente à violência. § 3º - Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência: (Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003) Pena - reclusão de um a três anos e multa. (Incluído pela Lei nº 9.459, de 1997)

Veja o que diz a lei:

Código Penal - Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro: Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. § 1º - O juiz pode deixar de aplicar a pena: I - quando o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria; II - no caso de retorsão imediata, que consista em outra injúria.

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DIREITOS ACESSIBILIDADE Por: Dárdana Dantas

Advogada - OAB/CE 34.370

Dignidade aos PNEs

Lutemos por uma sociedade mais justa e igualitária.

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nicialmente, é necessário que aprendamos a designação correta do termo “portadores de necessidades especiais” (PNEs) não devendo denominá-los de “deficientes”, pois é pejorativo e discriminatório. Ao nos referirmos aos portadores de necessidades especiais rapidamente devemos referenciar a outro termo, inclusão social, salientando ser dever de todos, não apenas de alguns. A cidadania e a democracia devem ser exercidas em sua totalidade populacional, desta forma gera contribuição para uma sociedade melhor e igualitária. Em 13/12/2006, foi aprovada a convenção internacional de direitos da pessoa com deficiência, pela assembleia geral da organização das nações unidas (ONU), que assim conceitua, “pessoas com deficiência são aquelas que tem impedimentos de natureza física, intelectual ou sensorial. Os quais, em interação com diversas barreiras,

podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade com as demais pessoas.” As deficiências, auditiva e visual, estão elencadas na Organização Mundial de Saúde (OMS) como deficiências sensoriais. Na legislação pátria a definição e classificação da deficiência auditiva está normatizada no Decreto 5.296/2004, artigo 5º, I, b, estabelece: deficiência auditiva - perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibéis (dB) ou mais, aferida por au-

diograma nas frequências de 500HZ, 1.000HZ, 2.000Hz e 3.000Hz. Este mesmo artigo determina atendimento prioritário para os portadores de necessidades especiais em todos os órgãos da administração pública direta, indireta e fundacional, as empresas prestadoras de serviços públicos e as instituições financeiras. Tal decreto deslinda os direitos fundamentais retratados no artigo 5º em nossa carta magna. Os direitos fundamentais efetivam a cidadania, a dignidade da pessoa humana e inúmeros valores sociais. Refletem a necessidade do desenvolvimento de políticas públicas voltadas as minorias, ao mais limitados, como os portadores de necessidades especiais, entre eles o deficiente auditivo. O princípio da dignidade humana, recebe destaque diante dos fundamentos jurídicos presentes na Carta Magna. Este é tão importante que chega a ser equiparado ao direito a vida, não sendo permitido dissociá-los. Diante deste princípio é dever de todos e sobre tudo do Estado assegurar dignidade a vida dos portadores de qualquer deficiência. Outra criação que dá dignidade a vida desses portadores de deficiência é a Lei Federal 8.112/90, que clarifica o inciso VIII, do artigo 37 da CF/88. Esta lei é popularmente conhecida como a lei das cotas que alcança setor público e privado, no objetivo de gerar a inserção desta categoria ao mercado de trabalho. Ainda que diante de tantas evoluções jurídicas e sociais é notório que precisam de muitas outras iniciativas

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para garantir uma vida digna aos portadores de necessidades especiais. Estas iniciativas devem percorrer a seara da educação, da acessibilidade, transporte, saúde, seguridade social, lazer e tantas outras. Por uma sociedade mais justa e igualitária assim lutemos.

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SOCIEDADE ÉTICA E RESPEITO

Por Carolina Cunha

Feminicídio

Brasil tem a quinta maior taxa de feminicídio do mundo.

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ocê já ouviu a expressão “o machismo mata”? Poucas vezes nos questionamos sobre o que está por trás da morte violenta de uma mulher. A palavra “feminicídio” se refere ao assassinato de mulheres e meninas por questões de gênero, ou seja, em função do menosprezo ou discriminação à condição feminina. Isso não indica, no entanto, que toda mulher assassinada é vítima de feminicídio. Trata-se de um crime de ódio, no qual a motivação da morte precisa estar relacionada ao fato de a vítima ser do sexo feminino. A palavra foi difundida na década de 1970, pela socióloga sul-africana Diana E.H. Russell (“femicide”, em inglês). Com esse novo conceito, ela contestou a neutralidade presente na expressão “homicídio”, que contribuiria para manter invisível a vulnerabilidade experimentada pelo sexo feminino em todo o mundo. O conceito foi inicialmente formulado para conter as diferentes modalidades de violência que representam risco de morte imediata ou potencial para elas. Russell entende que essas mortes não são casos isolados ou episódicos, mas inseridos dentro de uma cultura, na qual a sociedade naturaliza a violência de gênero e limita o desenvolvimento livre e saudável de meninas e mulheres. São exemplos de feminicídio os crimes encobertos por costumes e tradições e que são justificados como

práticas pedagógicas, como o apedrejamento de mulheres por adultério, relacionadas com o pagamento de dote, a mutilação genital e os crimes “em defesa da honra”. Rusell também pontua o assassinato de mulheres por seus maridos e companheiros, os estupros de guerra, a morte por preconceito racial e a morte pelo tráfico e a exploração sexual, que tratam as mulheres como objetos sexuais e descartáveis. As mortes violentas por razões de gênero são uma fenômeno global e vitimizam mulheres todos os dias, como consequência da posição de discriminação estrutural e da desigualdade de poder, que inferioriza e subordina as mulheres aos homens. O Brasil ocupa o 5º lugar no ranking mundial de Feminicídio, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas pra os Direitos Humanos (ACNUDH). O país só perde para El Salvador, Colômbia, Guatemala e Rússia em número de casos de assassinato de mulheres. Em comparação com países desenvolvidos, aqui se mata 48 vezes mais mulheres que o Reino Unido, 24 vezes mais que a Dinamarca e 16 vezes mais que o Japão ou Escócia. O Mapa da Violência do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) mostra que o número de mulheres assassinadas aumentou no Brasil. Entre 2003 e 2013, passou de 3.937 casos para 4.762 mortes. Em 2016, uma mulher foi assassinada a cada duas horas no país.

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"Apenas nos últimos cinco meses, 518 crimes contra a mulher foram registrados nos cinco estados, Bahia, Ceará, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo. Destes, 39% se enquadravam na categoria de feminicídio, que se refere a mortes que são motivadas por questões de gênero: 42% correspondem a tentativas de feminicídios ou agressões físicas e 15% agressões sexuais. Uma das faces desse fenômeno é o assassinato de meninas adolescentes e jovens, principalmente em Fortaleza e Região Metropolitana."

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EDUCAÇÃO INCLUSÃO Por Samara Mapurunga Diretora

Ceja Eudes Veras

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Centro de Educação de Jovens e Adultos Professora Eudes Veras, localizado na Av. Demétrio Menezes, nº130, Bairro Antônio Bezerra, é um dos 33 CEJAs existentes no Estado do Ceará que atende a Jovens e Adultos excluídos do processo educacional em algum momento de suas vidas. A escola oferece as séries finais do Ensino Fundamental (6º a 9º Ano) e o Ensino Médio (1ª à 3ª Série), tendo como diferencial e atrativo: o formato semipresencial de ensino, o atendimento individualizado, a realização de matrícula durante todo o ano e o funcionamento de 7h às 22h, sem intervalo, de janeiro a janeiro. É uma oportunidade para aqueles que querem retomar os estudos, mas não dispõem de tempo para freqüentar uma escola regular. O trabalho com projetos durante o ano é um forte aliado do CEJA Eudes Veras no enriquecimento do processo de ensino e aprendizagem, dando um novo significado ao espaço escolar, despertando o sentimento de pertencimento e conseqüentemente melhorando a taxa de permanência do aluno na escola. Ao todo, já compõem o calendário escolar 8 projetos, que são desenvolvidos em uma ou mais edições durante o ano. Esse ano, a escola foi contemplada com mais um projeto “A Minha Escola é da Comunidade”, e uma das ações do novo projeto foi pensada e desenvolvida dentro de outro projeto de grande sucesso o “Em Canto Literário”

durante o mês de outubro. A ação levou os alunos a uma viagem no tempo para reviver e conhecer um pouco da História do Bairro Antônio Bezerra. Os alunos organizados em equipes, e coordenados pelos Professores Ivan Melo e Professora Edilene Almeida, e pelo Historiador convidado Valentim Santos, participaram de uma oficina de Memórias Literárias, e de uma gincana, onde visitaram locais históricos do bairro, como a Igreja Jesus, Maria, José, a chácara salubre, entre outros, entrevistaram nomes populares e realizaram pesquisas diversas. O resultado do trabalho, textos (memórias literárias), documentário, peça teatral, cordéis e fotos, foram apresentados/expostos no último dia 11/11 em evento que marcou a culminância do Projeto e contou com a presença de convidados ilustres do Bairro. O momento foi de bastante aprendizado, uma verdadeira festa literária, onde nossos alunos brilharam com suas produções e talentos, e foram premiados de acordo com os resultados alcançados. O projeto também foi tema do Programa Lamparina da História, comandado pelo Historiador Valentim Santos, exibido ao vivo do CEJA Professora Eudes Veras, através da Rádio Classista, no dia 22/11. A escola, dirigida pela Professora Samara Mapurunga, está mais viva do que nunca, sua fachada está sendo repaginada com a arte em grafite, trazendo figuras importantes relacionadas à Educação e à Cultura em nosso Estado/

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País, pelas mãos do grafiteiro Marcio Pontes. Uma escola agradável e atrativa em termos de espaço e de práticas pedagógicas, com foco na aprendizagem e na permanência do aluno é nossa busca constante.

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ESTUDO COMUNICAÇÃO Por: Luan Nunes

Revisão Textual

Formado em letras

Aliada para a transmissão das ideias.

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língua portuguesa todos nós sabemos, alguns dominam suas regras mais do que outros, isso é normal, porém mesmo assim, erros acontecem. Errar faz parte da humanidade, mas quando esses erros ocorrem quando escrevemos, traz consequências como ambiguidades ou falta de explicação em alguns pontos, incoerências etc. Mas para isso há uma solução: A revisão textual. Falar o que pensa é bem mais fácil que escrever, pois engloba diversos fatores, um deles principalmente é o domínio da língua portuguesa e todas as suas regras principalmente concor-

dância e regência, além do desafio de mostrar as suas ideias de forma clara e objetiva. Tudo isso é preciso estar em união para que o texto seja comunicativo, e por ser tão desafiador, é comum os erros aparecerem, ou seja, é quase impossível numa produção textual não haver qualquer erro, por isso é necessário sempre ter uma revisão antes da divulgação de algum texto. Nos dias de hoje a velocidade que as notícias são publicadas é impressionante, porém com certeza, você que está lendo, já encontrou erros de digitação, acentuação etc. Isso pode parecer algo simples e descartável, mas esses erros “bobos” dão a impressão de irresponsabilidade e claro, traz a caracterísDessa forma, a revisão textual se tica de falta de credibilidade e não só o torna um aliado para aqueles que de- jornal e suas notícias, mas também pusejam transmitir suas ideias no papel, blicações de leis, contratos e qualquer outro tipo de documento importante. mas também no meio digital. " Outro aspecto importante e relacionado ainda com as leis é o fato de que

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diversas revisões são realizadas para que, através da sua descrição, consiga abarcar toda a sociedade com as suas diferenças e dispersando qualquer outro sentido que possa ser criado gerando brechas para o não cumprimento dela. Complexo? Com certeza. Todo tipo de texto que é publicado, é necessário que haja uma revisão textual, para que sejam claras as ideias que o emissor ou escritor deseja transmitir, pois quem corrige, acaba também sendo um leitor e percebendo erros principalmente no desenvolvimento de uma ideia. Se algo no texto não está claro, o conhecimento, ou a reflexão de algum tema que o escritor desejava transmitir, não é passado para o leitor, por não estar claro aquilo que ele queria dizer. Dessa forma, a revisão textual se torna um aliado para aqueles que desejam transmitir suas ideias no papel, mas também no meio digital.

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NOTÍCIAS ACONTECEU NO BAIRRO

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Solenidade de Corpus Christi foi realizada em Junho na Paróquia Jesus, Maria e José com intensa participação de seus paroquianos engajados nos Grupos, Movimentos e Pastorais.

Segundo o Pároco, Pe. Francisco de Assis, o ato de juntos celebrarmos a Eucaristia e partilharmos o Corpo e o Sangue do Senhor é comprometer-se em distribuir o que se tem e, dessa maneira, entregar a própria vida como fez Jesus e continua fazendo na Eucaristia presente diariamente em nossas vidas.

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.E.F Instituto dos Cegos realizou no dia 21/09, uma caminhada comemorando o dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência

O dia 21 de setembro, é comemorado no Brasil desde o ano de 1982. A escola fica na rua Dr João Guilherme, 373 - Fone: 3101.5083 garantindo a integralização dessas pessoas no bairro de maneira igualitária e sem preconceitos.

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evento promovido pelo sr. Clêrton Braga no mês de Outubro, foi destinado às crianças da comunidade e já acontece na sua 13ª edição.

Todas as atividades da festa foram gratuitas e os participantes puderam se divertir com trem da alegria, cama elástica, piscina de bolinhas, tobogã inflável, pula-pula, pintura facial, palhaço, picoca, algodão doce e a distribuição de brinquedos novíssimos. Contrate o site BAB para registrar seu evento com fotografias e vídeos exclusivos

Alimentação

"Vivemos em um mundo globalizado aonde cada vez mais temos acesso a tudo. Porém, ao mesmo tempo, mais pessoas estão formando nichos. A onda do personalizado e do regional se fortalece diariamente. E com isto as revistas e sites de bairros são uma excelente opção para divulgar empresas. Participe você também!!! Divulgar a sua empresa em revista impressa, além de acreditar no seu bairro e região, é estreitar relações com os moradores de sua comunidade". Acesse: www.issuu.com/revistabab e o site

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GENTE GATA BAB

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SAÚDE TRATAMENTO Por: Luciano Sampaio

Psicanalista e hipnoterapeuta

Psicoterapia do SONO Curar dormindo, um gesto de amor.

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m uma análise psicanalítica, quem mais deve falar é o paciente, por ser um momento de liberação de dores, de traumas. Sabemos que o ato de falar, por si, é uma ação terapêutica. Freud chamou isso de Livre Associação: deixar o paciente falar o que lhe causa sofrimentos. Cabendo ao terapeuta, ouvi-lo atentamente e pontuar o que lhe chamar mais a atenção, possibilitando-lhe ir mais profundo na fala e conquistar o que deseja para si: a cura dos seus traumas. Mas, me proponho apresentar aqui, outra forma de terapia, elaborada por mim, que também gera excelentes resultados, com alguns importantes diferenciais em relação à psicanálise. Nesta psicoterapia o paciente não fala, veremos o porquê, e o terapeuta não será, necessariamente, um analista clássico. A sua essência está no conteúdo e no amor de quem fala e na acolhida, atenta e também amorosa, do “ouvinte”, que vai “ouvir dormindo”. A audição não para quando estamos dormindo. Tratase da Psicoterapia no Sono: ela é efetivada quando a pessoa está dormindo. Vejamos um exemplo, esclarecedor. Atendi a uma senhora que um dia me disse: “Eu tenho uma filha de dez anos que faz uma confusão para tomar banho. Já não sei o que fazer.” A partir de meus estudos sobre a mente humana, sugeri-a passar a conversar com esta filha dormindo. Uma conversa amável, carinhosa e muito confiante, dizendolhe: “Filha, eu te amo. Você é linda e inteligente. Pois olhe, a partir de agora, quando você tomar banho e perfumarse, você vai ficar muito mais bonita e as pessoas vão gostar mais de você. Você mesma vai sentir-se mais feliz. E a mamãe vai ficar alegre ao vê-la bonita e perfumada.” Sugeri, ainda, àquela mãe que repetisse esta conversa, até ver os resultados. Na semana seguin-

te, a mãe volta à terapia e diz: “Estou feliz e impressionada com a mudança da minha filha. Conversei com ela, conforme você me orientou. Um dia, entrei no quarto onde ela estava, olhou -me com amor e disse: ‘Mamãe, dá licença!’ Pediu-me para sair, fechou o quarto, tomou banho, arrumou-se, saiu sorrindo e disse: ‘Olhe mamãe, um presente para a senhora’. E passou a tomar banho sozinha, com amor, e não com rejeições.” A conversa com a filha dormindo, curou-a. A partir de então, orientei outras pessoas a fazerem o mesmo com filhos, esposo, esposa, netos, amigos, etc., revertendo amorosamente traumas das pessoas, conversando com elas dormindo. E os retornos foram excelentes. Tem havido verdadeiras curas. Uma senhora me disse: “O meu esposo deixou de beber e de fumar, eu conversando com ele dormindo: dei um gosto horrível à bebida (urina de cachorro) e ao cigarro (pólvora).” Uma mãe: “Meu

A mente humana é auto curativa. Palavras têm poder. Isto significa que a mesma mente que gerou uma doença, pode, também, gerar a sua cura. ” filho está amando os estudos e aprendendo com mais facilidade”. E uma avó: “Meu neto, que resistia a alguns alimentos, disse: “Vovó, eu como e fico forte!” Importante, a Psicoterapia no Sono pode ser feita à distância, consequência da telepatia entre mentes humanas, transmissão e recepção de pensamentos. A pergunta natural: como e por que isso é possível? É que, quando dormimos, a mente consciente fica em repouso, restaurando as energias físicas e mentais. No entanto, a nossa mente inconsciente não para nem dorme: está em vigília, acordada, da fecundação à morte humana. A forma ou dinâmica do inconsciente, inclusive dormindo, é: recebe o que é dito, sente, registra, acredita, e quando acredita no que é fa-

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lado, ele executa. Faz acontecer o que lhe foi dito com crença e amor durante o sono. Portanto, um pré-requisito fundamental para que haja a acolhida desta terapia durante o sono, é existir amor e sintonia entre quem fala e quem acolhe a conversa. A mãe ama um filho, o que ela lhe fala enquanto ele está dormindo, vai ter mais efeito na vida deste filho, do que o que ela fala quando o mesmo está acordado. Acordado, o filho é crítico, dormindo, não é. Essa conversa terá efeitos tanto no presente, quanto no futuro do filho. Isto, porque, a nossa mente é 10% consciente e 90% inconsciente. Para que isto aconteça é imprescindível haver reciprocidade de amor entre quem fala e quem “escuta”. No caso, entre mãe e filho. O que é, então, a Psicoterapia no Sono? É uma terapia de abordagem do inconsciente durante o sono, exercida através da fala ou pensamento de alguém que você ama e que, reciprocamente, sente-se amado por você e por isso acolhe seu gesto de amor. Amor dado, amor recebido, gera vida. Percebendo as necessidades ou os sofrimentos do outro, e havendo amor e crenças mútuas, você passa, então, a falar com ele dormindo, próximo ou a distância, na perspectiva de sua cura e libertação. Assim sendo, acontece, telepaticamente, a ressignificação ou a reprogramação mental da vida do “ouvinte”. A mente humana é auto curativa. Palavras têm poder. Isto significa que a mesma mente que gerou uma doença, pode, também, gerar a sua cura. Constata-se que o desamor mata, enquanto o amor cura: doenças, depressão, traumas, vícios, tristezas, desesperanças, medos, ansiedades, inseguranças etc. Acredite e pratique a Psicoterapia no Sono, para ajudá-las a vivenciar isso e depois celebrar com alegria os resultados! Seja feliz, fazendo outros felizes. A Psicoterapia no Sono, que é um ato de amor, é uma terapia eficaz para curar e libertar pessoas.

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GESTÃO ESTRATÉGIA Por Ítalo Santos Administrador

O novo MARKETING do Séc. XXI Promovendo sua empresa e seu produto.

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magine uma forma incrível de promover sua empresa e o seu produto, atingindo um público imenso, com um investimento muito baixo. Parece até mentira não acha? Mas, na verdade, isso é bem possível no mundo em que vivemos hoje. Principalmente no Brasil! O segredo do novo marketing do século XXI é: faça com que as pessoas se identifiquem com a sua oferta e compartilhem. Em outras palavras, produza um “meme”. - Como produzir um meme? Bem, primeiro precisamos entender quais são as características de um meme. E então, quem sabe, possa surgir em você um “Eureka” como o de Arquimedes. Algumas estratégias funcionam melhores do que as outras. E estas tem características em comum. Todas elas possuem um “Conteúdo Viral”! Um conteúdo que as pessoas lembram e compartilham umas com as outras. Um meme é um conteúdo viral! Tenho certeza que você deve ter escutado um trechinho do refrão da música “Jennifer” pelo menos umas 500 vezes só esse ano, ter desejado a conta bancária da Betina ou ter apreciado a incrível versão de “Juntos e Shallow Now” só por curiosidade (risos). - Características de um conteúdo viral: Para um conteúdo viralizar é necessário que as pessoas que tenham contato com ele se sintam impactadas a tal ponto que necessitem propagar o

conteúdo. Para que isso aconteça sua oferta precisa ter: 1. Ponto em comum com a audiência São situações que todo mundo vive em seu dia a dia ou em algum momento de sua vida. Na música Jennifer podemos identificar os seguintes pontos em comum com o público: • Situação de ciúmes após um rompimento; • Utilização de um aplicativo de paquera, o “Tinder”; • Pessoas chamadas Jennifer que usam o aplicativo. 2. Conteúdo diferenciado (novo) Um conteúdo novo é fundamental para que o público possa registrar a informação da oferta no cérebro. Quando o cliente recebe alguma mensagem e essa mensagem não apresenta um conteúdo novo (uma surpresa), o cérebro, por conveniência, não grava o conteúdo. Então, quando enxergamos algo que já existe em nosso cérebro ele simplesmente ignora e aquilo passa a não ter o mesmo impacto quanto o da primeira vez. Por isso, ser novidade é fundamental! Utilizando o exemplo da música Jennifer, podemos perceber que ela só viralizou depois de alguns meses de seu lançamento. O motivo é que alguém teve a ideia de utilizar o refrão dessa música em vídeos completamente aleatórios, bem no momento de explosões. Tornando verdadeiras tragédias em situações cômicas. Depois do primeiro o meme só se

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propagou sendo encaixado em muitas outras situações aleatórias. 3. Emoção A emoção é a verdadeira consagração de um conteúdo viral. Se você usar a emoção, basicamente obrigará as pessoas a gravarem no mais fundo de suas mentes tudo o que você disser em sua oferta. Pense um pouco, quais são os mo-

Faça com que as pessoas se identifiquem com a sua oferta e compartilhem...." mentos que mais marcaram a sua vida até hoje? Provavelmente todos eles tiveram o elemento emoção muito forte e, por isso, você se lembra deles em prontidão. A perca de um ente querido, o seu pedido de casamento, o primeiro beijo em seu esposo (a). São situações que envolvem emoção e permanecem gravadas em nossas mentes. No exemplo da música Jennifer, o meme é extremamente engraçado e faz querer compartilhar só de assistir. Conclusão Para ter o maior alcance de sua promoção, com menor investimento, contemple esses 3 pontos em sua oferta. Utilizando isso, você conseguirá que as pessoas vejam, se identifiquem e compartilhem mais e mais a sua mensagem.

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