RevistaBAB - Ano 4 - 15ª Edição by RevistaBAB

Nossa Capa: Por: Inácio Rocha

Expediente Revista e Site BAB www.bairroantoniobezerra.com.br CNPJ: 12.711.394/0001-75 Jornalísta Responsável: Inácio Rocha Diagramação: Viviane Rocha Digitação: Victória Rocha (85)

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HISTÓRIA RETROSPECTIVA Por Valentim Santos, Professor, Historiador e Sociólogo

TRANSFORMAÇÕES URBANAS no bairro ANTÔNIO BEZERRA Das casas de taipas aos condomínios fechados.

ocupação urbana no bairro de Antônio Bezerra foi marcada por um processo acelerado de transformações. A transição urbana, ou seja, a passagem de uma população predominantemente rural para uma urbana ocorreu em um ritmo muito rápido. Os primeiros registros da ocupação do Barro Vermelho datam de 1800, quando surgem as primeiras construções de chácaras e sítios com características agrícolas. Hoje, passados dois séculos, ainda temos a Chácara Salubre, único equipamento existente no bairro, testemunha ocular dos primórdios de sua colonização, um marco de referência histórica e arquitetônico que resiste ao tempo.

Com o surgimento de novas famílias, o bairro foi adquirindo características próprias. O comércio passa a prosperar lentamente, surgem as primeiras ruas e casas que eram construídas em estilo de Taipa, ou seja, feitas de barro e madeira. Na década de 50 as primeiras casas passaram a ser construídas de tijolos, surgem nesta época as primeiras olarias, locais onde eram fabricados tijolos, existentes próximo as lagoas e nas margens do rio Maranguapinho. Nestes locais existia muita argila, produto essencial para fabricações de tijolos e telhas. Nas olarias eram fabricados dois tipos de tijolos, o vermelho e o tijolo branco, este ultimo ainda hoje é encontrado em alguns depósitos. O Sr. João Batista Rogério um dos primeiros donos de deposito de cons-

truções do bairro, localizado na Rua Martins Neto, relembra que as olarias, ficavam entre os bairros Genibaú e Autran Nunes conhecido antigamente como KM 10. Existiam varias olarias e a maior pertencia ao Sr. Edgar mais conhecido como Tigar. Segundo Sr. João Batista a produção de tijolos e telhas eram muito grande, quase todas as casas do bairro foram construídas com tijolos e telhas proveniente das olarias. Nesta época não eram fabricados os tijolos de cerâmicas conhecidos como tijolos de oitos furos. Somente se popularizando a partir da década de 70. Neste processo de evolução urbana as antigas olarias foram desativadas, seus espaços foram transformados em casas e ruas, suas caieiras já não cozinham mais tijolos e telhas, produzidos por mãos humanas, hoje os tijolos são moldados por máquinas elétricas em locais distantes dos centros urbanos, elas foram responsáveis pelas construções de casas, escolas e igrejas. Com o passar dos tempos suas paredes foram substituídas por tijolos de cerâmicas, muito mais resistentes e econômicos.

Neste ritmo acelerado, planejar o crescimento da cidade apresentava desafios de ordem mais imediata, considerando a demanda por moradia e espaço urbano. Neste momento, um processo de verticalização iniciou-se, principalmente nos centros urbanos, elevando o custo da terra e, de certa forma, levando a população mais carente a se alocar nas periferias urba-

“Com o surgimento de novas famílias, o bairro foi adquirindo suas características próprias” nas destes centros. Um exemplo de dispersão urbana são os condomínios fechados localizados em áreas mais distantes dos centros urbanos. Neste processo, surgem os primeiros condomínios no bairro. O primeiro condomínio foi o Vera Cruz construído na década de 70 na Rua Anário Braga, vizinho ao GPM. O segundo foi construído na Avenida Mister Hull em frente a Praça da Igreja Católica. Todos na década de 70. Depois foram construídos o Costa Oeste na Av. Mister Hull e na década de 90 o conjunto da Aeronáutica o maior de todos. A maioria ocupada por moradores provenientes de outros bairros de Fortaleza. Sr. Manuel Ávila, mais conhecido como Manuelino proprietário de quatro condomínios no bairro de Antônio Bezerra, um na Rua Martins Neto, dois na Rua Professor José Leite Gondim e um na Rua Hugo Victor nos diz que: “Os condomínios fechados podem ser considerados como um dos ícones desse processo de expansão urbana contemporâneo em Fortaleza. Embora seja especialmente direcionado para um público de média e alta renda, hoje já existe possibilidade de acesso por uma parte mais ampla da população. Trata-se de um novo padrão de consumo do espaço urbano, que se opõe ao período de verticalização da década de 70, onde residir em um prédio no centro da cidade representava status social.” ele nos relata que hoje, residir em um condomínio fechado é mais valorizado. Eles representam uma mudança importante no padrão de ocupação presente e futuro. Ocupação desordenada nos espaços geográficos do bairro de Antônio BeBairroAntonioBezerra.Com.Br

zerra passa a ser cada vez mais constante. Casas são transformadas em duplex ou triplex além da proliferação de pequenos condomínios fechados. Estas ocupações populacionais estão alterando o ambiente no bairro, com o surgimento de obras e edificações sem planejamento, ocupando áreas de preservação permanente. Lagoas e rios são aterrados para construções de casas, estes locais deveriam estar protegidos por leis ambientais ou áreas, que pela sua natural topografia, representam risco à habitação humana. Por fim temos a transformação das casas residenciais em comércios dos mais variados tamanhos. Ruas outrora residenciais são transformadas em pontos comercias, como exemplo temos a Avenida Mister Hull quase totalmente comercial em sua extensão. O processo de transformação urbana no bairro de Antônio Bezerra passou por varias fases. Primeiro tivemos o inicio da colonização com as construções de casas de taipas. Depois com o surgimento das olarias vieram os tijolos e telhas ampliando as construções de novas casas. Depois surgem os tijo-

los de cerâmicas criando um novo conceito arquitetônico. Com o aumento populacional cada vez mais constante, novas tecnologias produzem os condomínios de pequeno e médio porte. Todos os espaços geográficos do bairro são ocupados provocando Um aumento populacional muito grande.

DIREITO LEIS IMOBILIÁRIAS Por: Rafael Chiaradia

Advogado

USOCAPIÃO Modo de aquisição de propriedade.

e você abandonar um terreno ou um imóvel, corre o risco de perder o direito de posse sobre ele para outra pessoa. Usucapião é a forma que pessoas físicas têm de adquirir a propriedade de um bem negligenciado pelo dono legal, caso tenham dado a ele uma função econômica ou social com ocupação ininterrupta. Esse processo faz parte do Direito Imobiliário.

reito de posse sobre toda a área. Esse tipo de Usucapião é mais comum em fábricas ou indústrias abandonadas e requer apenas cinco anos de ocupação por pessoas que não tenham qualquer outro imóvel para morar. • Amigos, amigos, negócios à parte: se você emprestar um imóvel para amigos ou familiares, faça sempre um contrato para evitar a configuração futura de Usucapião.

I - Conheça os tipos de Usucapião: • Usucapião Ordinária (10 anos): para se configurar, é necessário que a pessoa esteja no imóvel, no mínimo, há dez anos ininterruptos e sem nenhuma oposição do antigo dono. Ou ainda que o tenha adquirido onerosamente (ou seja, tenha “comprado de alguém”) para morar há, no mínimo, cinco anos e tenha feito obras de benfeitoria ou realizado investimentos na propriedade. • Usucapião Extraordinária (15 anos): para se encaixar nesta hipótese, é necessário tão somente que a pessoa tenha ocupado o bem por, no mínimo, 15 anos ininterruptos e sem oposição do antigo dono. Ou ainda que tenha feito melhorias no imóvel e o tenha ocupado por, no mínimo, dez anos. • Prazo menor para imóveis pequenos: para imóveis urbanos de até 250 m², se o novo dono não possuir outro imóvel (seja em área urbana ou rural), apenas cinco anos de utilização sem interrupção e oposição de terceiros são necessários para dar o direito de reivindicar a posse. O mesmo é válido para imóveis rurais com até 50 hectares, em que os novos donos não só tenham estabelecido moradia, como tenham o tornado produtivo. • Muitos donos, um só imóvel: terrenos com mais de 250 m² podem ser repassados para vários donos por meio de Usucapião, quando ocupados por pessoas de baixa renda para moradia. Porém, nesses casos, o terreno não será repartido entre os moradores. Na verdade, o conjunto de pessoas terá o di-

II - Como proteger-se do Usucapião: • Se você tem um bem que não faz uso dele, não descuide da vigilância. Se não puder manter um vigia no local, ao menos deixe com seus vizinhos o número do seu telefone e peça para que avisem caso aconteça uma invasão. • Ao sinal de qualquer invasão, aja o mais rápido possível para evitar que o invasor construa qualquer coisa em seu terreno ou faça benfeitorias no imóvel. • Vá até a Delegacia Policial mais próxima do local, registre a ocorrência e em seguida procure um advogado. Se o imóvel já estiver invadido, o melhor a fazer é contratar um advogado especializado e entrar com uma ação de reintegração de posse. • A compra de imóveis em leilões é perigosa, uma vez que o local normalmente está abandonado por um longo período, o que facilita invasões. Só compre imóveis em leilões se tiver verificado cuidadosamente o local. III - Como reivindicar uma propriedade por Usucapião? Para adquirir um imóvel por meio de Usucapião, é preciso atender os requisitos de cada caso. Se você se enquadra nesta situação, para obter a propriedade do bem, é preciso entrar na Justiça para reivindicá-la, juntando as provas que tiver.

“Se você tem um bem que não faz uso dele, não descuide da vigilância! ” São úteis: comprovantes de pagamento de contas e impostos e documentos que comprovem que o imóvel estava abandonado pelo antigo dono (quando possível). Além disso, você precisará dos seguintes documentos: identidade, CPF, certidão de casamento (se for o caso), comprovante de residência; matrícula do imóvel que irá usucapir ou certidão do Registro de Imóveis atestando a inexistência de matrícula. IV - Dúvidas comuns sobre Usucapião: • Usucapião é a mesma coisa que desapropriação? Não. Na Usucapião, outra pessoa física passa a ser dona de uma propriedade. Na desapropriação, o poder público toma o bem para si, indenizando ou não o proprietário do bem. • É possível comprar a posse de um imóvel? A posse de um imóvel não se vende. Quando as pessoas “compram um imóvel”, o que há é a cessão de posse sobre ele. • Sou inquilino do mesmo imóvel há mais de 20 anos. Posso me tornar proprietário pela Usucapião? Quando você aluga um imóvel, será inquilino até o término do contrato, não podendo alegar Usucapião. Porém, se o proprietário sumir e nunca mais cobrar o aluguel, abandonando o imóvel, se você atender a todos os requisitos poderá usucapir.

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LEIS URBANAS SAIBA MAIS Por Carlos Bertiher Artista Plástico

URBANISMO

Calçadas não são propriedades particulares.

rbanismo é a técnica de organizar as cidades com o objetivo de criar condições satisfatórias de vida nos centros urbanos. A calçada ou passeio não é propriedade particular fazendo parte da via pública assim deve ser respeitada. Deve ser mantida em bom estado de conservação pelo proprietário do imóvel respectivo. Seria oportuno campanhas educativas no sentido de conscientização dessas leis e assim evitaria invasão desse espaço tão necessário para os pedestres. O plano municipal de caminhabilidade de Fortaleza tem como objetivo aumentar a atratividade pelo deslocamento a pé, através da qualificação das calçadas e incentivo de caminhar. Legislação: - Lei Federal nº 10.098/2000 – Lei da acessibilidade; - Decreto nº 5.296/2004 – Regulamenta a Lei nº 10.098/2000 acima; - Lei Federal nº 12.587/2012 – Política Nacional de Mobilidade Urbana; - Declividade e inclinação das calçadas deverão seguir as orientações da Lei nº 236/2017. Em resumo a inclinação transversal não pode ser superior a 3% da largura da calçada. Eventuais ajustes de nível devem ser executados sempre dentro dos lotes. Inclinação longitudinal da calçada ou das vias livres para pedes-

tres não devem impossibilitar o trânsito de pedestres inclusive dos cadeirantes. Os elementos e mobiliários temporários a serem colocados nas calçadas não poderão interferir no trânsito dos pedestres.

“

A Calçada é reservada exclusivamente ao trânsito de pedestres e deve ser contínua e desimpedida de qualquer obstáculo ou interferência.”

A CALÇADA – 1,50m ou 1,20m Reservada exclusivamente ao trânsito de pedestres deve ser contínua e desimpedida de qualquer obstáculo ou interferência. A largura da faixa livre recomendável é no mínimo 1,50m (BRASIL 2017) aceitando a redução para 1,20m em casos específicos sujeito a consulta a legislação. Segundo a Lei 236/2017 uso e ocupação do solo, a calçada é a parte da via pública reservada apenas para pedestres. Quanto aos portões – Lei 5530 – 17/12/81 – capítulo “XL” dos passeios artigo 613 § parágrafo 6º não será permitido que os portões existentes nos alinhamentos das vias sejam abertos para fora ou seja, sobre os passeios.

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SOCIEDADE SERVIÇOS

Fonte: Portais Seuma e Cmfor

Alvará Social

Documento que favorece as micro e pequenas empresas.

Alvará de Funcionamento é o documento que autoriza o início do funcionamento de qualquer atividade não residencial estabelecida em imóvel. De acordo com as características do estabelecimento ele poderá ser classificado como Fácil, Regular ou Social. O Alvará Fácil deverá ser solicitado de forma eletrônica e se destina aos estabelecimentos que possuem cumulativamente as seguintes características: I – área menor ou igual a 300m²; II – atividade(s) classificada(s) como "Baixo Risco Sanitário" ou Isentas de licenciamento sanitário; III – atividade(s) não sujeita(s) a licenciamento ambiental; IV – não faça uso de equipamento sonoro.

O Alvará Regular deverá ser solicitado na Secretaria Regional e se destina aos estabelecimentos que não atendam as características do Alvará Fácil. Os Alvarás Fácil ou Regular, terão validade de 1 (um) ano, e deverão ser renovados de forma eletrônica. A Câmara Municipal de Fortaleza, aprovou na sessão extraordinária do dia 26/06/19, com 32 votos, o projeto de lei complementar nº 21/2019, de autoria do Executivo, que institui o Alvará Social. A iniciativa contempla o Terceiro Setor com a isenção da taxa de alvará de funcionamento e do registro sanitário, bem como as microempresas e empresas de pequeno porte com a redução dessas taxas para o valor de R$ 50. O projeto modifica a Lei Complementar nº 159 de 26/12/18, que insti-

tuiu o Código Tributário do Município de Fortaleza, a fim de adequar a lei para a instituição do Alvará Social. Segundo o prefeito, a proposta visa reduzir a carga tributária para as micro e pequenas empresas e fomenta por benefício fiscal as atividades realizadas pelas entidades sem fins lucrativos. O gestor ainda afirma que a isenção das taxas não afetará as metas de resultados fiscais do município. A iniciativa ainda altera a taxa de licença de construção para a execução de obras particulares: O prazo de validade do alvará de construção será de 5 anos, renovável por igual período. Já o valor da taxa de renovação da licença corresponderá a 50% do valor da taxa devida para o alvará de construção inicial.

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CAPA EMPREENDIMENTO IMOBILIÁRIO

EMPREENDIMENTO IMOBILIÁRIO Investimento altamente lucrativo.

desenvolvimento imobiliário é um processo de várias etapas que pode ser complicado, demorado e arriscado. Pode levar anos para um projeto do estágio inicial de planejamento chegar até a conclusão final e há muitos obstáculos que podem surgir ao longo do caminho. No entanto, os projetos de desenvolvimento também podem ser oportunidades de investimento altamente lucrativas. Por definição, os projetos de desenvolvimento fornecem a oportunidade de entregar um produto que atualmente não existe em um mercado, geralmente fornecendo o novo suprimento para satisfazer a demanda reprimida do mercado. Quando executado correta-

“O tipo e o estágio do

projeto determina a curva de risco de todo empreendimento imobiliário "

mente, esse aspecto de um projeto de desenvolvimento pode se transformar em uma história de sucesso descontrolado, algo que simplesmente não é tão possível com um ativo existente. Os investidores podem avaliar com mais segurança alguns dos riscos associados à construção, compreendendo melhor o “ciclo de vida” de um projeto de desenvolvimento. - Fatores de Risco: Dois fatores podem desempenhar um grande papel no risco de um determinado projeto: o tipo e o estágio do projeto. O tipo de projeto pode determinar a inclinação da curva de risco ao longo do ciclo de vida do mesmo. Um exemplo de um tipo de projeto com risco relativamente baixo em todos os estágios do ciclo de vida é um projeto “build-to-suit” (contratos de locação a longo prazo no qual o imóvel é construído para atender os interesses do locatário, já pré-determinado) de varejo. Em um varejo sob medida, um desenvolvedor protege um inquilino de

crédito de longo prazo, e desenvolve uma propriedade para atender a esse inquilino. Para esses tipos de projetos, o risco de construção é baixo porque os prédios são bastante uniformes e o risco de leasing é quase inexistente porque o inquilino já está identificado e está sob contrato com capacidade limitada de rescisão. Pode haver algum risco no pré-desenvolvimento dependendo dos obstáculos regulatórios. No extremo oposto do espectro, um tipo de projeto com risco relativamente alto em todos os estágios é chamado de projeto “especulativo” ou “especificação”. Em um projeto industrial ou de escritório específico, um desenvolvedor pode ter poucos ou nenhum compromisso de leasing antes de iniciar a construção. O desenvolvedor justifica o projeto apontando para a demanda existente ou projetada para a propriedade após a conclusão. Para projetos especulativos, o risco de arrendamento é alto porque não há inquilinos identificados no início, o risco de construção pode ser alto se o BairroAntonioBezerra.Com.Br

projeto for único e o risco do pré-desenvolvimento pode ser alto se o financiamento for difícil de obter ou houver obstáculos regulatórios. À medida que cada etapa de um projeto de desenvolvimento é concluída, o risco geral do mesmo diminui progressivamente. No início do ciclo, há mais obstáculos potenciais e incógnitas. À medida que um projeto se aproxima do estágio de construção “pronto para a escavação”, muitos desses obstáculos potenciais já foram abordados e resolvidos e há mais certeza relacionada à execução, custos e cronograma. Essa visão instantânea destaca o perfil de risco dos projetos de desenvolvimento ao longo do tempo; No entanto, muitos dos mesmos riscos aplicáveis à compra ou refinanciamento de um edifício existente, como solvência do patrocinador e experiência, condições econômicas e fatores de mercado também se aplicam.

SAÚDE SAMU

O SOCORRISTA

Por Waleska Mesquita Jornalista

Servir para salvar.

vida é preciosa. Muitas vezes, pode ser salva e preservada nos detalhes. O crescimento do meio em que vivemos traz muitos benefícios, em vários aspectos. Mas ao mesmo passo, nós ficamos consideravelmente mais expostos. Podendo ser surpreendidos com diversas situações que coloquem em risco nossa integridade. Nessa batalha diária, onde vidas são colocadas à prova de forma constante, contamos com um serviço que, ao longo dos anos tornou-se essencial a qualquer cidadão: O Serviço de Atendimento Médico de urgência – SAMU. O SAMU é um serviço de atendimento pré-hospitalar complexo, visto que uma central telefônica (192) é responsável pela regulação dos casos, definindo os atendimentos que devem ser prioritários e qual medida a ser adotada,

bem como o tipo de suporte, básico ou avançado. É inegável que o serviço necessita ser otimizado e oferecer condições mais adequadas à população, mas é necessário, por outro lado, reforçar o quanto era precária a situação dos atendimentos de urgência e emergência em nosso país, antes da criação do orgão, normatizado em 2004. Aqui no Ceará, o SAMU atua há pouco mais de 10 anos. De acordo com números de Março de 2019, são 1.421 profissionais atuando para atender 136 municípios do estado, e durante essa década, foram realizados 362.447 atendimentos. Impossível falar deste serviço sem destacar o papel dos Socorristas. Profissionais que desempenham suas funções muitas vezes sob uma intensa sobrecarga, mas que fazem além do que está ao seu alcance, tornando-se verdadeiros parceiros da sociedade.

É o que podemos observar através do relato de Fernando Busson, que atuou por cinco anos na função de condutor socorrista. Ele destaca o principal ponto positivo ao exercer a atividade: "No meu ponto de vista, é saber que você pode ajudar uma pessoa a reencontrar sua família no final do seu atendimento.", pontua. No aspecto negativo, ele aponta o fato de algumas vezes não poder proporcionar esse reencontro, apesar de ter feito o máximo para reverter a situação da vítima. Além disso, frisa ainda que o principal problema é a falta de integração do SAMU com os hospitais. O trabalho desenvolvido por estes profissionais serve de inspiração para muitas pessoas, como é o caso da Tec. em enfermagem Gabriela Araújo. Ela revela BairroAntonioBezerra.Com.Br

que desde muito cedo tem o desejo de integrar a equipe do SAMU, e completa: "O barulho da sirene faz meu coração bater mais forte". Em 2016, Gabriela fez o curso para Socorrista. Ela detalha que o conteúdo apresentado foi voltado para o atendimento pré hospitalar, com aulas teóricas e práticas. Além disso, compartilha que deseja num futuro próximo desempenhar a atividade. "No exercício da profissão, espero servir a população que necessite de atendimento médico. De forma humanizada e ajudando a salvar vidas", conclui.

TRATAMENTO SERVIÇOS Por: Andréa Farias

Odontóloga - CRO 4317

Reabilitação Oral Harmonia funcional e estética dos dentes.

como resultado de cárie, doença periodontal ou trauma, ou que estão faltando devido a condições hereditárias. As reposições dentárias são feitas com materiais biocompatíveis, e podem ser fixadas nos dentes existentes (pontes) ou implantes, ou ser apoiadas por dentes, implantes e membranas mucosas orais existentes (próteses).

reabilitação oral refere-se ao processo diagnóstico, planejamento do tratamento e reabilitação da função oral e à sua manutenção. Este campo engloba elementos da maioria das disciplinas normalmente associado ao tratamento odontológico: preenchimento e coroamento dos dentes danificados pela cárie dentária, erosões, dano, desgaste e abrasão causada por esmerilhamento de dentes e trauma (golpes). O dano pode ser tão extenso que o tratamento do canal radicular se torna necessário. Esse campo também cobre a substituição de dentes que foram perdidos

- Otimização dos Métodos: São realizadas pesquisas para otimizar os métodos e técnicas utilizadas para esses tratamentos odontológicos. A pesquisa é multifacetada onde são testadas várias hipóteses usando métodos como testes mecânicos em ambiente de laboratório, simulação por computador e modelos animais. Além disso, grande parte das atividades ocorrem como estudos clínicos, onde em algumas áreas os pacientes são acompanhados. Ao corrigir má dentição e crescimento mandibular anormal ou defeituoso, é usada a ortodontia e, em casos mais desafiadores, uma combinação de aparelhos ortodônticos e cirurgia de mandíbula. Um elemento da reabilitação oral envolve, portanto, testes clínicos e experimentais em animais, à medida que se procura desenvolver e melhorar as opções de tratamento para corrigir deformidades congênitas ou adquiridas do esqueleto maxilofacial. Como parte desses esforços, o crescimento, modelagem e remodelação óssea são avaliados em relação às forças mecânicas exercidas sobre o osso (que podem estar ao redor dos dentes, por exemplo, ou dos mini-implantes orais). Por meio dessas investigações, pode-se aprender como otimizar a força nos dentes e no tecido ósseo ao fornecer tratamento ortodôntico. Consequentemente, ao testar os princípios, também procura-se determinar como os dentistas podem oferecer a seus pacientes o melhor tratamento possível, mesmo considerando os riscos potenciais que o tratamento odontológico pode acarretar.

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PROJETO SOCIAL COZINHA Por: Olavo Carvalho Gastrônomo

GASTRONOMIA SOCIAL

gastronomia social está diretamente ligada ao desenvolvimento sustentável, pois ultrapassa a visão de ser uma profissão voltada às técnicas de culinária ou pratos sofisticados e passa a atuar como agente de transformação social, sendo um exercício de união de quem precisa comer, quem quer cozinhar e quem tem comida sobrando. Grandes chefs brasileiros estão envolvidos com essa causa já há algum tempo, além de diversas ONGS sérias espalhadas pelo Brasil desenvolvendo sistemas de coleta e aproveitamento do desperdício de alimentos. Entre os envolvidos, podemos citar o Mesa Brasil, programa criado pelo Serviço Social do Comércio, o SESC, que atua como uma grande rede de conexões entre doadores, instituições sociais e voluntários para reaproveitar o que era aparentemente descartável e a Gastromotiva, projeto que surgiu quando o chef de cozinha David Hertz resolveu

deixar sua posição em um restaurante paulista para ensinar jovens da periferia a preparar alimentos em sua própria cozinha, sem cobrar nada por isso. Essa atitude acabou se transformando na primeira iniciativa de um grande projeto que se insere na Gastronomia Social promovendo educação, empregabilidade e geração de renda. Com exemplo de grandes projetos, o INSTITUTO JOÃO DE DEUS, Organização da Sociedade Civil, localizada no Antônio Bezerra, através das mãos do atual presidente e gastrônomo, Olavo Cavalcante de Carvalho Junior, inaugurou a primeira cozinha social do bairro, por acreditarem que a educação é um dos ingredientes fundamentais para o desenvolvimento do país, estão dando inicio a projetos de capacitação de jovens, mulheres e idosos.

Olavo: "Encontrei-me na profissão quando passei a compreender que não seria dentro das cozinhas de restaurantes renomados, cozinhando para uma pequena parcela da população privilegiada que estaria realizado. A oportunidade de tornar real surgiu quando o Instituto João de Deus abraçou este movimento. Em Abril de 2019, demos início as atividades de oficina de padaria e confeitaria através do Projeto Veredas da Cidadania e Inclusão Social, parceria firmada junto a Secretaria Municipal dos Direitos Humanos e Desenvolvimento Social - SDHDS que nos proporcionou oportunizar o desenvolvimento de técnicas culinárias a 50 idosas e assim, contribuir para o estimulo da aprendizagem e possibilitar geração de renda complementar."

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SOCIEDADE ENFRENTAMENTO

PREVENÇÃO E COMBATE

Enquanto você lê essa matéria uma mulher é assassinada no Brasil.

violência contra a mulher é um problema social e de saúde pública que atinge todas as etnias, religiões, escolaridade e classes sociais. É uma violação de direitos humanos e liberdades fundamentais. Por isso este tipo de violência não pode ser ignorado ou disfarçado. Precisa ser denunciado por toda a sociedade. A violência pode se manifestar de várias formas, com diferentes graus de gravidade. Geralmente, com episódios repetitivos e que na maior parte das vezes, costuma ficar encobertos pelo Silêncio. Na maioria das vezes a violência acontece dentro da própria casa. Pode ser cometida pelo marido, companheiro, pai, irmão, padrasto ou qualquer outra pessoa que viva sobre o mesmo teto. Pode acontecer também no trabalho, na rua, na escola, e em outros lugares.

nação, manipulação, perseguição, controle ou outros atos que causem danos à auto-estima, à identidade e ao desenvolvimento e equilíbrio emocional da mulher. - Violência Sexual: É toda relação sexual a que a mulher é obrigada a se submeter mediante força física, coerção, sedução, intimidação psicológica ou ainda, quando a impede de usar qualquer método contraceptivo. É considerada crime mesmo se praticada pelo companheiro ou marido. - Violência Patrimonial: Acontece quando alguém retém, subtrai, destrói, parcial ou totalmente os objetos, instrumentos de trabalho ou documentos pessoais da mulher.

TIPOS DE VIOLÊNCIA: - Violência Física: Acontece quando a mulher é agredida intencionalmente através da força física (socos, bofetões e pontapés), arma ou objetos causando ou não danos, lesões internas e externas no corpo. - Violência Psicológica: Pode ocorrer de diversas formas: xingamentos, humilhações, ameaças, chantagem, discrimi-

LEI “MARIA DA PENHA”: Em vigor, ela garante mecanismos de defesa mais abrangentes para mulheres vítimas de violência doméstica. Promulgada em agosto de 2006, a Lei 11.340/06 ganhou apelido de Lei Maria da Penha em homenagem à biofarmacêutica MARIA DA PENHA MAIA FERNANDES. É uma lei especial para ser aplicada em casos de violência doméstica e garante mecanismos especiais às mulheres vítimas de agressões pelo marido ou parceiro. A Lei impede por exemplo, o encaminhamento do processo ao JUIZADO ESPECIAL, onde muitos casos acabam com o agressor pagando cestas básicas. Também aumenta a pena para o agressor. Antes estabelecida de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, passando a ser de 3 (três) meses a 3 (três) anos.

“

Entre outros direitos especiais da Lei, está a exigência de abertura de processo em caráter de urgência, a inclusão da mulher em serviços de proteção, e garantia de acompanhamento por policiais caso a vítima precise ir à sua casa buscar seus pertences. Além disso, a Lei permite ao Juiz impor ao agressor restrições imediatas, como proibição de se aproximar da vítima ou dos filhos do casal e perda do porte de arma.

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Denunciar é o 1º passo para acabar com a impunidade e o silêncio contra esse crime "

Na maioria das vezes a violência acontece dentro da própria casa e também no trabalho, na rua, na escola..."

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Por Gustavo Real Advogado

Diga Não!!!

Homem de verdade não bate em mulher.

onheça a história de MARIA DA PENHA, mulher que lutou por quase 20 (vinte) anos para ver o seu agressor na cadeia e deu nome à lei especial contra a violência doméstica. MARIA DA PENHA fez de sua tragédia pessoal uma bandeira de luta pelos direitos da mulher e batalhou durante duas décadas para que fosse feita justiça. O seu agressor, o professor universitário Marco Antonio Herredia Viveros era o seu marido e pai de suas três filhas. Na época Maria da Penha tinha 38 anos e suas filhas idades entre 2 e 6 anos. Na primeira tentativa de assassinato, em 1983, Viveros atirou em suas costas enquanto dormia, alegando que tinha sido um assalto. Depois do disparo, foi encontrado na cozinha da casa, gritando por socorro. Dizia que ladrões haviam escapado pela janela da residência.

Maria da Penha foi hospitalizada e ficou internada durante quatro meses para se recuperar. Quando voltou ao lar, estava paraplégica e era mantida em regime de isolamento completo. Foi nesta época que aconteceu a segunda tentativa de homicídio: O marido a empurrou da cadeira de rodas e tentou eletrocutá-la em baixo do chuveiro. Marco Antonio Herredia Viveros foi a júri duas vezes: A primeira em 1991, foi condenado a 15 (quinze)

anos de prisão, quando seus advogados anularam o julgamento, por falhas nas perguntas formuladas aos jurados pela Juíza. Já na segunda, em 1996, o réu foi condenado a dez anos e seis meses, mas ganha o direito de recorrer em liberdade e a pena acaba reduzida para oito anos e seis meses. Com a ajuda de diversas ONGs, Maria da Penha enviou o caso para a Comissão Internacional de Direitos Humanos (OEA), pela demora injustificada em não se dar uma decisão ao caso. Dezenove anos e cinco meses depois. Herredia é preso enquanto lecionava na Universidade de Potiguar (Unp), em Natal. Ele permaneceu 16 meses preso no regime fechado, em 2004 começa a cumprir a pena no regime semi-aberto, onde permaneceu até 2007, quando conseguia a Liberdade Condicional. No ano de 2008 o governo do Ceará reconhece a demora do Estado para julgar o caso e concede a Maria da Penha uma indenização de R$ 60.000,00. Após as tentativas de homicídio, Maria da Penha começou a atuar em movimentos sociais contra a violência e impunidade e hoje é coordenadora de Estudos, Pesquisas e Publicações da Associação de Parentes e Amigos de Vítimas de Violência (APAVV) no Ceará. A história de Maria da Penha pode ser conhecida na biografia que escreveu em 1994, intitulada: “Sobrevivi.... Posso contar”. DIVULGUE A LEI MARIA DA PENHA!

Juizado de violência doméstica e familiar contra a mulher da Comarca de Fortaleza Avenida da universidade, 3281 Benfica - Cep.: 60020-181 Contato: (85) 34338785 Fax: (85) 3214.0152 Juizado de violência doméstica e familiar contra a mulher de Juazeiro do Norte Rua: Maria Marcionilia, 800 - Lagoa Seca - Juazeiro do Norte, CE Cep.: 63011.970 Contato: (85) 3571-2269 Promotoria de Justiça de combate a violência doméstica e familiar contra a mulher Rua: Walderi Uchoa, 260. Benfica. Fortaleza - Ceará Contato: (85) 32142230 Casa da Mulher Brasileira Rua Tabuleiro do Norte com Rua Teles de Sousa – Couto Fernandes, Fortaleza – Ceará Cep.: 60442-040 Contato: (85) 3108-2999

LEGISLAÇÃO ÓTICAS Por Jeyres Pereira Nobre Técnico em Óptica

TÉCNICO EM ÓPTICA

Sua presença é muito importante para a saúde visual.

A presença do Técnico em Óptica deve ser cobrada e é lei.

e acordo com os artigos 9º, 10º e 11º do Decreto 24.492 /34, todo estabelecimento comercial de lentes de grau deverá ter como responsável técnico O ÓTICO. O ótico assinará na Diretoria Nacional de Assistência Médico-So-

cial, do Distrito Federal, ou na repartição competente nos Estados ou Municípios, juntamente com o requerente, um termo de responsabilidade. Em um estabelecimento óptico é imprescindível a presença de um técnico em óptica, podendo ser comparado com um farmacêutico, pois, é ele, quem vai indicar a armação e lente mais adequadas. Infelizmente a pirataria já chegou nesse ramo e com isso as armações e lentes estão sendo fabricadas fora dos padrões de qualidade e até lentes de contato não ficaram de fora. Hoje se vende óculos em lojas não especializadas, uma prova disso são os óculos esportes que são vendidos nas calçadas e barracas, em qualquer lugar, sem ne-

nhuma orientação ou fiscalização. Os óculos esportes são para proteger e podem até evitar algumas doenças, tais como Pterígio e Catarata, mas na verdade esses óculos piratas estão prejudicando a saúde visual. Afinal os óculos não podem ser considerados só mais um assessório, e sim algo que vai resolver um problema de saúde e para que haja garantia nos serviços o técnico em óptica é muito importante pois em uma RX (receituário), existem nomenclaturas e códigos que só um profissional formado e qualificado poderá interpretar. De nada adianta uma pessoa ir a um oftalmologista ou optometrista (profissionais especialistas na visão), e comprar seus óculos de qualquer jeito ou em qualquer lugar.

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CULTURA LITERATURA DE CORDEL Por Jotabê Cordelista

A Carreira que LAMPIÃO levou do céu

istória de Lampião/ Muita Gente já contou/ Das Bravu ras e Proezas/ Que Lampião aprontou/ Pra completar a fileira/ Vou lhe falar da carreira/ Que do Céu ele levou. Foi logo depois da morte/ Que seu Fantasma então/ Ficou vagando nas Selvas/ Daquele ardente Sertão/ De Espinguarda e Chapéu/ Lampião foi lá no Céu/ Só pra fazer confusão. Como se fosse um tornado/ Este Bandido da Peste/ Se evaporou de repente/ Daquele Sertão Agreste/ No vendaval que ele ia/ Por volta do meio-dia/ Chegou na Mansão Celeste. Sao Pedro quando lhe viu/ Deu quatro passos à frente/ Dizendo: vai dando o fora/ Seu Cangaceiro insolente/ Você parece uma praga/ E mesmo assim não tem vaga/ Pro senhor neste Ambiente. Você é um frio assassino/ Daqueles bem sanguinário/ Se veio pedir Clemência/ Tá sendo muito é otário/ Aqui ninguém lhe redime/ Porque tua lista de crime/ É maior do que um Rosário. Lampião lhe respondeu:/ Eu vim com boa intenção/ De conversar com Jesus/ E tu me vem com Sermão/ Se não deixar de agouro/ Eu vou tirar o teu Couro/ E Espichar no Portão. São Pedro nesse momento/ Segurou firme o Cajado/ Dizendo pra Lampião:/ Olhe aqui seu desalmado/ Respeite a Côrte Suprema/ Se veio criar problema/ Chegou no lugar errado. Lhe respondeu Lampião/ Você pra mim não tem garra/ Eu vou entrar neste Reino/ E fazer nele uma Farra/ Pra vir aqui me propus/ E vou falar com Jesus/ Mesmo que seja na marra. São Pedro quando ouviu isso/ Botou o pé na calçada/ Tocou ligeiro a Trombeta/ Avisando a Santarada:/ Que viesse com urgência/ Pra uma certa ocorrência/ Resolver uma parada. Com um segundo depois/ Do som da dita Trombeta/ Jesus Cristo saiu fora/ Com toda sua Retreta/ Lampião já se tremendo/ Ficou com medo e dizendo:/ A coisa vai ficar Preta. Lhe perguntou Jesus Cristo/ Que faz aqui Lampião?/ Lampião lhe respondeu:/ Eu vim lhe pedir perdão/ De toda minha maldade / E me deixe por

bondade/ Morando nesta Mansão. Cristo disse: você pensa/ Que me engana facilmente/ Eu conheço o ser Humano/ Vejo ele transparente/ Pode ser grande ou miúdo/ Sei de todo o conteúdo/ Que se passa em sua Mente. Não posso dar meu perdão/ Pra quem na vida só erra/ Teu falso arrependimento/ É quem agora te ferra/ Em paga da Violência/ Vai ficar em Penitência/ Vagando em cima da TERRA. Lampião neste momento/ Começou a se exaltar:/ Mas que Santo é o Senhor/ Que não quer me perdoar/ Se for pra ser desse jeito/ Eu vou perder o respeito/ E na marra vou entrar. Disse Jesus: não se atreva/ Querer brincar com a Sorte/ Aqui no Céu não tem vaga/ Para um Zumbi do seu porte/ Se vier com agressão/ Na entrada do Portão/ Vai ter a segunda Morte. Nessa hora Lampião/ Não parou para pensar/ Apontou a Lazarina/ Dizendo: vou atirar/ Em menos de um segundo/ Eu vou matar todo mundo/ E depois vou me mandar. Sem perceber Lampião/ Caiu foi numa cilada/ Um Anjo tirou as Balas/ Sem que ele visse nada/ Lampião de vista parda/ Quando olhou pra Espingarda/ Viu ele descarregada. Disse Cristo para o Anjo:/ Toque o Alarme geral/ Disse o Anjo: agora mesmo/ Vou subir na Catedral/ O Alarme foi tocado/ E todo mundo avisado/ No Reino Celestial. Nessa hora Jesus Cristo/ Foi arregaçando o manto/ Lampião já se borrando/ Olhando para cada canto/ Dizendo: só falta a Vela/ De cada Porta e Janela/ Era só pulando Santo. Jesus perguntou se tinha:/ já chegado a Legião/ O Anjo disse: sim/ Veio todo o Batalhão/ Pronto pra qualquer evento/ Só aguardando o momento/ Da vossa Autorização. Fiz tudo o que me mandou/ Conforme foi combinado/ Lampião nesse momento/ Foi dizendo: tô lascado/ Se lastimando aos prantos/ Por mais de trezentos Santos/ Se achava ali cercado.

Disse Jesus: logo mais/ Vamos surrar o assasssino/ Que veio criar problemas/ No Paraíso Divino/ Causando muita revolta/ Mas só assim ele volta/ Para o Sertão Nordestino. Cada Santo bem armado/ Com um Cajado na mão/ Jesus Cristo nessa hora/ Foi dizendo: agora vão/ Cumprir de vós o papel/ Disse o Anjo Gabriel/ Vamos pegar Lampião. Lampião disse consigo:/ Minha chance aqui é Zero/ Se eu tivesse munição/ Dava já uma de Nero/ Tocava fogo na hora/ Preciso é correr agora/ E perna pra que te quero. Dessa carreira que deu/ Foi sair na Baixa-Funda/ Passando num Cemitério/ Uma velhinha corcunda/ Lhe perguntou pra onde ia:/ E Lampião mais corria/ Que batia o pé na Bunda. Passou na casa do Chico/ Subiu na Serra Talhada/ Entrou no Vale das Bruxas/ Saiu na Porca Lavada/ Para fazer uma trégua/ Parou na Baixa da Égua/ Vizinha a Pedra Lascada. Saiu correndo de novo/ Como se visse Marmota/ Passou pela Caixa-Prego/ Na China fez uma rota/ Prendeu o pé numa Greta/ Onde uma vez o Capeta/ Tinha perdido uma Bota. Depois que saiu da Greta/ Ficou limpando seu Terno/ Quando surgiu de repente/ Por ordem do Pai Eterno/ Um grande tremor no chão/ E desta vez Lampião/ Foi esbarrar no Inferno. Quando Chegou no Portão/ Satã foi lhe perguntando:/ Donde Diabo é que tu vem/ Quê que tu anda aprontando/ Se veio aqui pra ficar/ Eu vou logo lhe avisar:/ De ti não tô precisando. Lampião disse pro Diabo:/ Que péssima situação/ Lá no Céu não me quiseram/ No Inferno também não/ Se for pra ficar a esmo/ Eu prefiro agora mesmo/ Voltar pro meu Sertão. Aqui termina a História/ Do Bandoleiro da Peste/ chamado de Lampião/ Cangaceiro do Agreste/ Que pra poder se Salvar/ Vai ter muito que vagar/ Pelas Selvas do Nordeste. BairroAntonioBezerra.Com.Br

GENTE EMPREENDEDORISMO Por: Inácio Rocha

Jornalista

DETERMINAÇÃO Superação de altos riscos.

ailton Rocha Cardoso chegou no bairro Antônio Bezerra em em 1983, proveniente de Tianguá e por dois anos trabalhou em uma auto peças localizada próximo a rodoviária na avenida Mr. Hull. Saindo de lá passou aproximadamente 15 anos na João Ferreira Peças localizada em frente a Igreja Matriz Jesus, Maria e José também na mesma via. Após a saída da empresa, enfrentando as dificuldades do desemprego, desenvolveu um caráter empreendedor, tendo a habilidade de proagir diante dos cenários de negócios que a sua frente despertavam, alugou um ponto na Demétrio de Menezes próximo a Guararapes com poucos recursos de um Fiat Uno que vendeu e junto com a rescisão fundou a Auto Peças Cardoso,

inicando suas atividades no dia 02 de Fevereiro de 2000. Pessoas com ardor empreendedor fazem com que os cenários de negócios aconteçam em vez de reagirem ou se adaptarem aos já existentes. São possuidores de uma capacidade inovadora tremenda, são determinados, quebradores de paradigmas, algumas vezes obstinados. Visam o aumento da produtividade, do lucro; não vêem os problemas como importantes no processo de tomada de decisão mantendo o foco sempre nas oportunidades. Após 4 anos de muita determinação enfrentando os obstáculos que a vida oferece para quem busca um crescimento profissional tendo uma enorme vontade de fazer as coisas acontecerem, assumindo altos riscos para alcan-

çar seus objetivos conseguiu comprar o prédio onde atualmente está localizada a sua empresa. Sem sombra de dúvidas o maior desejo dos empreendedores que chegam ao mercado com sede para ver a ideia gerar resultados e ter sucesso depende, sim, de inovação e ter uma proposta real com qualidade para convencer os consumidores. Mas não é só isso. Existe uma série de outros conhecimentos fundamentais para uma atividade empreendedora. Investir na capacitação é importante, buscando seu crescimento e de seus colaboradores para através do conhecimento ter como o intuito principal, satisfazer seus clientes por meio da qualidade de seus produtos e serviços.

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SAÚDE FIQUE POR DENTRO Por: Bárbara Raulino

Nutricionista CRN 12384

NUTRIÇÃO x AUTISMO

Alguns cuidados empregados na rotina de indivíduos com TEA. ENTENDENDO O AUTISMO

autismo não é uma doença, e sim uma condição neurológica, marcada por dificuldades no desenvolvimento da linguagem, nos processos de comunicação, na interação e no comportamento social. Sabe-se que a questão genética e fatores ambientais, como parto ou no período neonatal, desempenham um papel chave nas causas do transtorno. Com certeza você deve conhecer alguém com o diagnóstico ou pelo menos já ouviu falar sobre o assunto. Hoje em dia, temos visto o aumento de números referente a crianças diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista – TEA. Assim, como outras terapias para auxiliar nas evoluções desses pacientes, a Nutrição vem mostrando ser uma das intervenções que contribuem com resultados bastante significativos para otimização da terapêutica. Os principais quadros clínicos apresentados pelos autistas são: disfagia (dificuldade de engolir), refluxo, desequilíbrio da microbiota intestinal, seletividade alimentar, alergias e intolerâncias alimentares, os quais precisam de acompanhamento nutricional individualizado. Estudos mostram que, em alguns casos, é necessário a prescrição de suplementos alimentares, para que se possa obter resultados notáveis nas seguintes

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variáveis biológicas: no nível de concentração; no contato ocular; na diminuição no comportamento agressivo; na redução de estereotipias (motoras e verbais); na linguagem verbal e não verbal; no sistema gastrointestinal; e até no sono.

Entretanto, alguns cuidados podem ser empregados na rotina de indivíduos acometidos pelo TEA, que implicarão na diferença de resultados futuros no que diz respeito a sua progressão diante do transtorno. Dentre estes, destaca-se a modificação de hábitos familiares para tornar os horários de refeição em momentos de prazer e harmonia, haja vista este período ser tido por eles como um tormento. Sendo assim, pais, cuidadores e familiares devem se utilizar de estratégias que proporcionem um cenário silencioso, tranquilo e organizado para manter a rotina e auxiliar estes indivíduos a adquirir autonomia e, dessa forma, contribuir para garantir a sua socialização.

“emEstudos mostram que, alguns casos, é necessário a prescrição de suplementos alimentares.”

Nesse sentido, o que podemos enfatizar é que não existe uma dieta específica para ser rotulada a este segmento populacional. Justamente porque, da mesma forma que cada indivíduo neurotípico (nome dado a pessoas não autistas), também os autistas têm suas necessidades calóricas e nutricionais individualizadas.

Dessa forma, torna-se de suma importância um acompanhamento profissional de um nutricionista para auxiliar a família na compreensão de determinadas questões sociais e biológicas que poderão ser amenizadas com uma dieta individualizada e adequada para cada sujeito, apontando seu estado nutricional para atender suas necessidades específicas.

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PSICOLOGIA ADOLESCÊNCIA Por: Juliana Cavalcante

Psicóloga Clínica - CRP: 11/10502

A TRAVESSIA DO ADOLESCER

“Mas todo mundo vai, porque só eu que não posso ir?”– Autor Conhecido

travessia do adolescer se refere a passagem da infância para a vida adulta, momento este denominado adolescência. Um processo doloroso de renúncia dos objetos de amor, um luto pelas perdas do momento da infância, que evidencia para o sujeito que para crescer é preciso tolerar essas perdas, se diferenciar dos pais, e se construir. Um momento de sofrimento também para os pais, que sentem uma ruptura entre o filho idealizado e o filho real. Aos poucos os pais vão perdendo o lugar de heróis e tornam-se educadores, fontes de ordens, tarefas e exigências. Essa transformação pode ser encarada com contrariedade pelo filho que, no fundo, gostaria de continuar sendo mimado. Por já terem vivido a adolescência, os pais conhecem os riscos desta travessia e desejam que os filhos ouçam, mas eles não fazem e por isso mesmo os pais devem focar na educação. Agora, o carinho dos pais deve ser demonstrado na atenção e na empatia, mostrando ao filho que você compreende o que está acontecendo e que você não é indiferente a esse momento, visto que o jovem se sente tão suscetível que repele qualquer obrigação ou coerção vinda de seus pais para não correr o risco de se mostrar fraco ou servil e assim, se isola. E dessa maneira, desafia o amor

maduro dos adultos: de olhar para os filhos e não sentir o impulso de concorrer, mas de apenas tê-los próximos e esclarecer que pais não são coleguinhas e que, algumas vezes, mesmo correndo o risco de serem tomados como detestáveis, têm a responsabilidade e o dever de impor limites.

“lescência, Por já terem vivido a adoos pais conhecem os riscos desta travessia.”

Portanto, adolescência não é só rebeldia ou divergência. É necessário desconstruir esse pensamento e considerar o lado doloroso e complexo que os adolescentes e os pais passam. O desafio é descobrir até que ponto os adolescentes podem seguir sozinhos e quando precisam de ajuda. Embora qualquer comportamento negativo repetido várias vezes possa ser um sinal de problemas, o sofrimento inconsciente pertinente à esta fase pode se manifestar didaticamente em três grupos: i) o grupo esperado, ii) o grupo de risco e iii) o grupo dos transtornos mentais. Os adolescentes que tem características “esperadas” traduz um sofrimento típico e necessário para se tornar adulto: hipersensibilidade a frustração, insatis-

fação constante, hostilidade ao mundo dos adultos e rejeição as regras e limites. Já os que estão inseridos no grupo de “risco”, exibem problemas comportamentais, emocionais ou de aprendizado além dos problemas típicos da adolescência. Os comportamentos de riscos silenciosos são, em maioria, o isolamento, a apatia escolar, as tentativas de suicídio, a ciberdependência e a polidependência. Por fim, como saber então se o adolescente concluiu sua travessia? Vários indicadores poderiam ser citados, contudo, a capacidade de reconhecer suas imperfeições e mesmo assim estar à vontade consigo mesmo; de mostrar-se obediente, embora já adulto; e não ter medo de se relevar como criança em certas circunstancias, são de uma forma mais ampla, alguns indicadores de desfecho saudável.

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NATUREZA AMBIENTAÇÃO Por Viviane Rocha Analista Administrativa

A arte da JARDINAGEM Mercado em constante crescimento.

rago pra vocês nessa edição um tema que está em alta nesses últimos meses. Essa atividade vem tomando conta de nossas casas e das redes sociais. Sendo exercida de forma profissional ou amadora e muitas vezes até recreativa, a Jardinagem tem como objetivo tornar mais belos os locais públicos ou privados, através do cultivo e manutenção de plantas em geral. As pessoas voltadas para a jardinagem, sendo ou não profissional, são chamadas de jardineiros. Os locais utilizados para essa prática são variados, podendo ser espaços pequenos ou grandes, até mesmo um pequeno jarro com flores. A jardinagem é considerada uma arte, pois, embora sua prática seja es-

sencialmente para fins de ornamentação, pode ser utilizada também como organização de território e urbanismo na maioria das vezes nas grandes cidades, criando jardins que influenciam diretamente na qualidade de vida dos seus moradores. Outra utilização para essa atividade é a educativa como por exemplo os jardins botânicos e os zoológicos. Dentre as suas subdivisões está a jardinagem de interiores que trata do cuidado com as plantas ornamentais domésticas, utilizadas por toda a casa ou destacadas em locais denominados jardins de inverno. A Jardinagem de interiores trabalha com plantas que não necessitam tanto de sol e água quanto as exteriores. E uma de suas diretrizes é que só poderemos utilizar todas as potencialidades de nossas plantas quando conseguirmos entende-las melhor. Adquirindo uma pequena planta, pode ter certeza de que ela irá induzir a compra de muitas outras e quando percebemos, já teremos uma grande coleção. Elas são mais do que meros detalhes em nossas casas se tornando centro das atenções. A tendência verde está atraindo muitos seguidores e por essa razão es-

tão na moda as lojas especializadas, feiras e jardins de bairro. Esse mercado de plantas e flores está seguindo em expansão, superando a crise econômica, crescendo de 8% até 12% por ano, movimentando assim a economia. Isso

“

Adquirindo uma pequena planta, ela irá induzir a compra de muitas outras..." se dá porque flores e plantas mexem bastante com o emocional das pessoas se tornando o principal fator para que o seu comércio não seja afetado. As plantinhas podem ser presenteadas, usadas na decoração ou até mesmo como companhia para as pessoas solitárias.

Floricultura

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