POSTAL 1294 21OUT2022

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Em destaque

Albufeira “é a melhor solução” para acolher central de dessalinização

As atuais reservas de água no Algarve só asseguram o abas tecimento durante mais um ano, caso não chova o suficiente durante o inverno. Os autarcas estão preocupados e querem, quanto antes, uma central de dessalinização. P3

Trabalhos ilegais de plantação de abacates na Ria Formosa

O Movimento de Eco Cidadania “Tavira em Transição” diz que “a plantação de abacates está proibida no Parque Natural. Trabalhos já foram inclusive embargados pelo ICNF” P4

Projeto Gatilho abre espaço para artistas com deficiência

O projeto tem como principal objetivo “criar um espaço cul tural e artístico, viabilizando a presença de artistas com defi ciência”. P14

Oferta de casas à venda no Algarve desceu 40% num ano Aumento da venda de casas explica, em parte, a descida da oferta de habitações no mer cado, bem como a continuada subida de preços. P7

Festival de inovação azul promoveu economia sustentável

O objetivo foi identificar e promover a economia azul sustentável associada à inves tigação e à inovação. P11

Município de VRSA estava completamente abandonado

O presidente do Município de Vila Real de Santo António, Álvaro Araújo, fez um balanço do seu primeiro ano de trabalho à frente da autarquia - enume rando as principais marcas atingidas pelo executivo - e apresentou os primeiros

resultados da auditoria realizada à situa ção financeira do município. Na sessão, que teve lugar nos Paços do Concelho, o autarca - acompanhado por todo o executivo - enumerou as dez medidas estratégicas que “estão a contribuir

CHAMAM-LHE

para o desenvolvimento económico e social do município e a permitir ganhos de eficiência e contenção de recursos”, destacando a aprovação da Estratégia Local de Habitação (ELH) de VRSA.

e 13

Percepções… e realidades ➡ Queridos pombinhos ➡ Liberdade para roubar ➡ Altas velocidades Por Mendes Bota P22 ANÁLISE e Perspectivas Turísticas É a competitividade, estúpido! “Não se consegue ser competitivo quando o Governo atrapalha”– Koppe ➡ Por Elidérico Viegas P22 E ainda a Opinião O Algarve não faz parte do Orçamento de Estado para 2023 ➡ Por Luís Gomes P2 ➡ Por Luís Graça P2
O “PARAÍSO CINEGÉTICO”
TRIBUNA PARLAMENTAR
Este é o tempo de avançar. Não façamos do nosso hospital o aeroporto de Lisboa GESTÃO DOCUMENTAL PARA EMPRESAS www.hpz.pt Interdita venda na distribuição quinzenal com o jornal 21 de outubro de 2022 1294 • €1,5 Diretor: Henrique Dias Freire Quinzenário à sexta-feira postaldoalgarve 144.275 www.postal.pt
P12
ALCOUTIM O ALGARVE NATURAL Alcoutim é um território rico em biodiversidade Caderno Alcoutim 15 a 18 As zonas de caça turísticas de Alcoutim representam mais de um terço das existen tes em toda a região algarvia. Aqui, onde a caça é importante na gestão sustentável do território, há paixão pelo campo, pelos ani mais e pelas atividades do mundo rural P16 e 17 EXECUTIVO FAZ BALANÇO DO PRIMEIRO ANO DE MANDATO ▶ Autarquia anuncia metas consolidadas e revela resultados da auditoria às contas do município Agora também em Promoção válida nas lojas fisicas Tibi, de 1 a 31 de Outubro de 2022, salvo rutura de stocks, erro tipográfico ou erro de imagem. Não Inclui IVA à taxa em vigor. TODOS OS DIAS 09h0 0- 1 9h 30 C M Y CM MY CY CMY K ai1664807479145_Rodapé_Simples_21_Outubro.pdf 2 03/10/2022 15:31:20

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PROPRIEDADE DO TÍTULO Henrique Manuel Dias

TRIBUNA PARLAMENTAR Luís Graça

Este é o tempo de avançar! Não façamos do nosso hospital o aeroporto de Lisboa

Apromoção da qualidade da medicina praticada na nos sa região tem sido uma das procurações centrais dos al garvios.

Ninguém estranha por isso que depois do Eng. João Cravinho ter apresentado, enquanto cabeça de lista pelo Partido Socialista no Algarve, a construção de uma grande unidade de saúde altamente diferenciada na região, todas as forças partidárias, da esquerda à direita, con vergissem ao longo dos anos no apoio à construção do Hospital Central do Al garve.

Essa unanimidade, está aliás expressa na constituição da Associação de Municípios Loulé/Faro e no terreno que aqueles dois

Parque das Cidades e dizia que estava disponível para que o mesmo fosse cons truído em Albufeira, pretendendo abrir uma discussão que há muito estava en cerrada.

Bem sei que onde houver dois indivíduos haverá sempre a possibilidade de existi rem duas visões distintas da comunidade, mas tanto o Partido Socialista como o PSD assumiram nas últimas legislativas a construção do novo Hospital Central e Universitário do Algarve como uma prio ridade nos seus compromissos eleitorais com os algarvios.

Porque o novo Hospital Central do Al garve não pode esperar mais e não pode tornar-se uma espécie de aeroporto de Lisboa com estudos infindáveis sobre a

Porque o novo Hospital Central do Algarve não pode esperar mais e não pode tornar-se uma espécie de aeroporto de Lisboa com estudos infindáveis sobre a sua localização, (...) Agora é tempo de avançar!

municípios ofereceram ao Estado para a construção do novo hospital central.

Foi por isso com surpresa que, depois do Governo ter aprovado no passado dia 29 de setembro, em reunião de Conselho de Ministros, uma resolução para a consti tuição de uma Parceria Público Privada para a construção do novo Hospital Cen tral e Universitário do Algarve, vi surgir dentro do PSD Algarve vozes dissonantes. Enquanto o líder regional do PSD queixa va-se que a decisão podia ter sido tomada mais cedo, o presidente da Câmara Mu nicipal de Albufeira, José Carlos Rolo, colocava em causa a localização sem pre unânime do nosso novo hospital no

sua localização, tomei a iniciativa de es crever esta semana aos deputados eleitos pelo PSD Algarve, Luís Gomes, Ofélia Ramos e Rui Cristina para uma reunião conjunta com os deputados do Partido So cialista, Jamila Madeira, Jorge Botelho, Isabel Guerreiro, Francisco Oliveira e eu próprio, apelando aos sentido de coope ração democrática de todos para sermos capazes de, na Assembleia da Repúbli ca, fazermos do avanço do novo Hospital Central e Universitário do Algarve um compromisso comum e inadiável.

Já esperámos muito. Agora é tempo de avançar! luis.graca@ps.parlamento.pt

TRIBUNA PARLAMENTAR Luís Gomes

O Algarve não faz parte do Orçamento de Estado para 2023

Não sei. Não sei como é possível nós Algar vios continuarmos a confiar neste Gover no. Não sei como é possível este Governo sacrificar tanto a região do Algarve.

O Orçamento de Estado apre sentado na semana passada, não trouxe nada de novo pa ra o Algarve. Não apresenta qualquer compromisso fi nanceiro relativamente às intervenções necessárias no âmbito da eficiência hídrica, mesmo considerando que esta mos na iminência de não haver água para abastecimento no pró

pamento é a terceira prioridade para o país. Este é ainda um orçamento que não apresenta qualquer compromisso de for ma a resolver os problemas de habitação existentes na região, sem o problema da falta da mão de obra. Este é um orçamento que não apresenta um compro misso, sério, tendo em vista a concretização de investimentos conducentes à diversificação da base económica da região. É um orçamento que não responde aos desafios e à realidade, dura, que atravessamos em diversos pontos de vista. Aliás, o Gover no, no documento do orçamento

ximo verão. Nem uma referência quanto à aplicação do desconto de 50% das portagens da A22, aprovado em 2021 pela Assem bleia da República. Nenhuma novidade quanto à requalifica ção da EN125, pese embora o Governo prever, em orçamento, o pagamento da indeminização de mais de 1,26 milhões de eu ros, por mês, à empresa que ganhou o concurso. Não apre senta qualquer compromisso financeiro relativamente à cons trução do Hospital Central de Algarve (HCA), aliás, este equi

de Estado que apresentou à As sembleia da República, admite que o Algarve é a região do país, a par da Madeira, que apresenta taxas mais elevadas de risco de pobreza.

Na semana passada, o baróme tro anual da União Europeia sobre o estado das regiões e ci dades, refere que o Algarve foi das regiões onde a pandemia Co vid19 provocou maior impacto económico. Quais as políticas para atenuar esse impacto? Ze ro! Está tudo dito.

2 CADERNO ALGARVE com o EXPRESSO POSTAL 21 de outubro de 2022
Freire (mais de 5% do capital social) EDIÇÃO POSTAL do ALGARVE - Publicações e Editores, Lda. Centro de Negócios e Incubadora Level Up, 1 - 8800-399 Tavira CONTRIBUINTE nº 502 597 917 DEPÓSITO LEGAL nº 20779/88 REGISTO DO TÍTULO ERC nº 111 613 IMPRESSÃO LUSOIBERIA: Avenida da Repúbica, nº 6 - 1050-191 Lisboa 914 605 117 comercial@lusoiberia.eu DISTRIBUIÇÃO: Banca/Logista à sexta-feira com o Expresso / VASP - Sociedade de Transportes e Distribuição, Lda e CTT Tiragem desta edição 9.070 exemplares OPINIÃO
lfgomes@psd.parlamento.pt Deputado do PSD pelo Algarve | OPINIÃO
PUB.
Deputado do PS pelo Algarve | OPINIÃO
O Algarve foi das regiões onde a pandemia Covid19 provocou maior impacto económico.
Quais as políticas para atenuar esse impacto? Zero! Está tudo dito

Albufeira “é a melhor solução” para acolher central de dessalinização

As atuais reservas de água no Algarve só asseguram o abastecimento durante mais um ano, caso não chova o suficiente durante o inverno. Os autarcas estão preocupados e querem, quanto antes, uma central de dessalinização

“Albufeira é a melhor solução para receber a Central de Dessaliniza ção” a sul do país, revelou António Miguel Pina, presidente da Comu nidade Intermunicipal do Algarve (AMAL), à Renascença. Depois do estudo do impacto am biental da Central de Dessalinização ter começado com 12 localizações no Algarve, o resultado da melhor opção aponta para “o concelho de Albufeira, próximo do limite com o concelho de Loulé”.

O presidente da AMAL salienta que “é com base nessa expetativa que avança o estudo de impacto ambien tal sobre essa proposta”, até março do próximo ano, sendo que daqui a três meses têm de estar prontos os estudos prévios.

Sobre possíveis riscos com a insta lação da dessalinizadora, António Miguel Pina discorda que existam tais riscos. “Fomos ver uma cen tral em Alicante que o débito dessa salmoura se efetua a centenas de metros de uma zona marinha prote gida numa convenção europeia que é altamente seguida pela comunida de europeia e por um conjunto de ONGs ambientais e as coisas correm bem. Ao longo da história temos sempre os nossos Adamastores e agora temos esse Adamastor, mas são feitos por pessoas que desco

nhecem efetivamente aquilo que se passa no mundo”, disse à Renascen ça, garantindo que “a central ficará onde seja melhor, segundo os estu dos de impacto ambiental”.

Autarcas preocupados

Com água nas barragens para as segurar o abastecimento público apenas durante um ano, os autarcas algarvios mostram-se preocupados e a criação de uma central de dessa linização é vista como uma solução para a falta de água, mas o final da construção de uma central de dessa linização só está previsto para 2025.

Se este inverno não chover, há o re ceio de que, no final de 2023, a água nas torneiras possa sofrer cortes. Em declarações à SIC, o presidente da Câmara de Albufeira, José Carlos Rolo, já alertou que a dessalizadora

para o ano de 2025 será demasiado tarde e “o impacto da falta de água terá efeitos nefastos para o turismo na região”. Enquanto não houver uma solução concreta, é necessário aplicar medidas de poupança dos recursos hídricos. Em Albufeira, à semelhança de vários pontos do país, a Câmara procede à mudan ça de vários jardins, promovendo a substituição da relva por outras espécies de vegetação que exijam um consumo menor de água. Os sis temas de rega estão também a ser atualizados para rega gota a gota.

Ilha da Culatra vai produzir água doce

Entretanto, na região, a Ilha da Culatra vai ter uma dessalinização não intrusiva para produzir água doce. O projeto venceu recentemen

te o concurso “SMILO – Zenon Islands fund call” e intitula-se “Culatra2030 – Non intrusive water desalination”. Tem a coor denação de Cláudia Sequeira, André Pacheco, Manuela Moreira da Silva e Ewan Rochard, investigadores do Centro de Investigação Marinha e Ambiental (CIMA) da Universidade do Algarve, “A SMILO, Sustainable Islands lançou um concurso internacional para propostas inovadoras de sus tentabilidade em ilhas. O CIMA, em colaboração com a Associação de Moradores da Ilha da Culatra, propôs o desenvolvimento de um protótipo de dessalinização não in trusiva, ou seja, dessalinizar água do mar para produzir água doce não potável com recurso a excedentes de produção fotovoltaica”, explicou na altura Cláudia Sequeira.

Sobre as mais-valias deste projeto para a Ilha da Culatra, a investiga dora do CIMA e docente do Instituto Superior de Engenharia, considerou que “a grande vantagem será estu dar novas soluções modulares de fácil implementação, baixo custo, que não requeiram filtros, membra nas, nem produtos químicos e que apresentem baixa manutenção”. Um dos objetivos deste projeto, “será conseguir utilizar o exceden te de energia produzida na ilha, e integrá-lo no novo sistema de des salinização, o que irá permitir um aumento no rendimento na produ ção de água doce e a redução dos custos de transporte de água para a ilha e, consequentemente, a redução da pegada de carbono”.

Já sobre os resultados esperados, Cláudia Sequeira referiu que os principais impactos serão: “a dimi nuição do consumo de energia para transporte de água, aumento da dis ponibilidade hídrica na irrigação das áreas verdes da ilha, lavagem de espaços comuns, produção de gelo para o pescado e produção de sal, bem como melhorar a eficiência do uso da água”.

O projeto vai ser implementado no Centro Social, pelo que é esperado um forte envolvimento da comu nidade na gestão sustentável da água, que será acompanhado por ações de compostagem, criação de hortas comunitárias, reativação do armazenamento de água da chuva em cisternas e produção de energia fotovoltaica. “Tudo que contribua para a inserção do Homem no meio ambiente de forma sustentável e equilibrada”, relembrou a investi gadora.

A central ficará onde seja melhor, segundo os estudos de impacto ambiental

O impacto da falta de água terá efeitos nefastos para o turismo na região

REGIÃO 3CADERNO ALGARVE com o EXPRESSOPOSTAL 21 de outubro de 2022
FOTOS D.R. António Miguel Pina

Em destaque

Silves: PJ detém suspeito de abuso sexual de criança

A Polícia Judiciária (PJ) deteve um homem suspeito da prática de vá rios crimes de abuso sexual de uma criança, que terão ocorrido de for ma reiterada desde 2019, na zona de Silves. Os presumíveis crimes come çaram quando a criança tinha 12 anos e terão ocorrido “de forma reiterada […] no interior da própria habitação do suspeito e numa unidade hoteleira, valendo-se da relação de parentesco e coabitação com a criança”. A detenção do homem, com 43 anos, resultou de uma investigação do Departamento Criminal de Portimão da PJ, iniciada na sequência de uma denúncia efetua da este mês. A investigação permitiu recolher relevantes elementos pro batórios para a detenção do homem, operário da construção civil.

Lagos: PSP detém suspeito por diversos crimes

A PSP deteve na segunda-feira em Lagos, um homem suspeito por tráfi co de estupefacientes, condução sem habilitação legal e identidade falsa, e que estava proibido de entrar no espa ço Shengen, divulgou aquela polícia. O suspeito, com 48 anos, fugiu ao ser abordado pelas autoridades durante uma ação de fiscalização rodoviária, acabando por ser detido no centro da cidade após uma perseguição policial, informou em comunicado o Comando Distrital da PSP de Faro. Durante a operação, a polícia apreendeu 1.000 doses de heroína, 135 de cocaína, um veículo, dois telemóveis e 250 euros em numerário. Segundo a PSP, o homem estava proibido de entrar no espaço Schengen, onde, alegada mente, terá conseguido entrar com documentação falsa.

Faro: Detida por suspeita de tortura de menores

O Serviço de Estrangeiros e Frontei ras (SEF) deteve, há duas semanas em Faro, uma mulher de 42 anos sobre a qual pendia um alerta vermelho da Interpol por suspeita de tortura de menores. O SEF não especificou a nacionalidade da detida, apontando que se trata de "uma cidadã estran geira" que vai ser extraditada. O alerta vermelho da Interpol pedia a detenção da suspeita. De acordo com o SEF, o alerta foi difundido a 27 de setembro e "apresentava como motivo da deten ção o cumprimento de pena de prisão de seis anos". A mulher foi presente ao juiz do Tribunal da Relação de Évora, tendo sido validada a detenção para posterior extradição.

INVESTIDOR AGRÍCOLA SUECO E A RIA FORMOSA

Movimento denuncia continuação de trabalhos ilegais de plantação de abacates no Parque Natural

OMovimento de Eco Cidadania “Tavira em Transição” afirma em comunicado que “apesar das várias denúncias a diversas entidades, queixas ao ministério público, processos, embargos e multas, o investidor agrícola sueco Per Jo nas Wahlstrom continua os seus trabalhos ilegais de plantação de abacates, de forma reincidente, criminosa e desobediente, em pleno Parque Natural da Ria For mosa, na Quinta da Barroquinha”. “Esta plantação de abacates está proibida no Parque Natural. Estes trabalhos já foram inclusive em bargados pelo ICNF, que foi até agora a única entidade a reagir no dia 14 de outubro”, refere o Mo vimento “Tavira em Transição”, acrescentando que “o Sepna foi também várias vezes informado, mas nada nem ninguém consegue ou quer parar este senhor”. “Está também a ser preparada uma queixa para o Ministério Pú blico. Mas entretanto a plantação está praticamente terminada. Fi cará tudo novamente em águas de bacalhau? Esta situação é chocante e mostra a decadência dos nossos serviços públicos”, lamenta.

O Movimento de Eco Cidadania

“Tavira em Transição” pergunta “onde estão as autoridades deste país e desta região que nada fa zem para manter a legalidade e proteger o nosso Parque Natural e as nossas escassas reservas de água? Onde anda o ICNF, a DRA

PAlgarve, a CCDR, o IGAMAOT, a Câmara Municipal de Tavira, o Sepna, o Ministério Público e o Governo deste país?”

Produção intensivo

“Este empresário acumula já nes ta zona do parque uma enorme

extensão de abacateiros (cerca de 65 hectares, num raio de 1,5km) em modo de produção intensivo”, afirma, questionado”o que vai res tar do nosso Parque Natural da Ria Formosa se as autoridades não têm mão no ordenamento do território?”

Castro Marim: Apreendidas 230 garrafas de gás fluorado

Durante a ação policial foi identificada uma mulher de 48 anos

A GNR apreendeu no concelho de Castro Marim 230 garrafas de gás fluorado que iriam ser comercializadas ilegalmente, na sequência de um pedido de colaboração via EUROPOL, pro veniente da Guardia Civil.

Em comunicado, aquela força policial adianta que a apreensão, realizada em 22 de setembro, resultou de um “conjunto de diligências nas últimas duas se manas que culminaram com a fiscalização a uma empresa se diada em Portugal”, que levaram, também, à identificação de uma mulher de 48 anos.

A operação, realizada através do Núcleo de Proteção Ambien tal (NPA) de Tavira, surgiu na sequência da partilha de infor mações através do Centro de Cooperação Policial e Aduanei ro de Castro Marim – Ayamonte,

“com especial destaque para os últimos seis meses”, prossegue a nota.

A GNR aproveitou para alertar para o facto de os gases fluorados com efeito de estufa (HFC) “se rem substâncias com um grande

potencial de aquecimento global, muito superior ao do dióxido de carbono, motivo pelo qual tem levado a cabo, a nível nacional, ações para fazer face ao comércio ilegal de HFC que empobrecem a camada de ozono”.

“A escassez no mercado criada pela redução gradual está a au mentar o valor monetário dos HFC, verificando-se que deter minadas substâncias proibidas em alguns países, cujo valor é demasiado dispendioso, estão legalizadas noutros países com valores muito mais acessíveis, fa vorecendo o surgimento de um mercado paralelo que introduz HFC sem os declarar, evitando o controlo predefinido de cotas”, conclui.

4 CADERNO ALGARVE com o EXPRESSO REGIÃO POSTAL 21 de outubro de 2022
FOTO D.R.
FOTO D.R.

Velejadores algarvios homenageados pelos bons resultados obtidos

Em destaque

Mais de uma centena de pes soas, entre velejadores, clubes, associações, treina dores, dirigentes, sociedade civil e empresarial, marca ram presença, no passado sábado, no Congresso da Vela Nacional 2022, or ganizado pela Federação Portuguesa de Vela, e que teve lugar na Universidade Nova de Lisboa.

Uma iniciativa, que juntou a “família da vela” para falar sobre a modalidade e realizar um networking único , com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, do secretário de Estado do Mar, José Maria Costa, presidente do IPDJ, Vítor Pataco, presi dente do Comité Olímpico de Portugal, jose Manuel Constantino, presidente da Câmara Municipal de Lisboas, Carlos Moedas, presidente da Federação Por tuguesa de Vela, Mário Quina, antigos velejadores, entre eles o nosso Medalha do Olímpico, o velejador Algarvio Hugo Rocha e patrocinadores.

No final do dia, realizou a Gala dos Campeões Nacionais, com a entrega dos prémios aos campeões nacionais e internacionais.

“A região do Algarve continua a dife

renciar-se a nível nacional, pelos bons resultados obtidos, afirmando-se cada vez mais, como uma região modelo na formação e na competição. Com boas perspetivas para o futuro”, destaca a Associação Regional de Vela do Sul.

Foram atribuídos galardões aos velejadores algarvios:

João Pinto, atleta do Clube Naval de Portimão – Campeão de Portugal Hansa Absoluto e Campeão Nacional Hansa 303 individual;

João Pinto e Luciana Matias, atletas do Clube Naval de Portimão – Cam peões Nacionais de Hansa 303 Duplo;

Mafalda Silva, Ruben Ribeiro e San tiago Rodrigues, atletas do Clube de Vela de Lagos – Campeões Nacionais do Encontro de Nacional do Desporto Escolar na classe Laser Bahia;

Hugo Rocha, atleta do Ginásio Clu be Naval de Faro – Campeão Mundial ORC em 2021; 3º lugar no Campeonato da Europa da Classe de 6m e Campeão Mundial ORC em 2022;

João Pontes, atleta do Ginásio Clube Naval de Faro – Campeão de Portugal Juniores e Absoluto em ILCA 6;

Miguel Martinho, atleta do Clube Na val de Portimão – Campeão Nacional de Windsurf de formula Foil e Master;

Pedro Rebelo de Almeida e João Vi dinha, atletas do Clube Náutico de Tavira e do Capable Planet – 2º lugar na Dragon Gold Cup 2021;

Miguel Sousa e Afonso Munhá, atletas do Clube Náutico de Tavira e do Capa ble Planet – 3º lugar no Campeonato do Mundo de Optimist em Team Racing;

Beatriz Gago e Rodolfo Pires, veleja dores algarvios, atletas do CVVC e do Iate Clube da Marina de Portimão –vice-campeões da Europa de juniores de 470;

Gonçalo Ribeiro, atleta do Capable Planet – 3º lugar em Etchells;

João Vidinha, atleta do Capable Planet – 3º lugar no Campeonato do Mundo de Dragão.

Atletas do Ginásio Clube Naval de Faro qualificados para o Campeonato do Mundo

A mítica prova de Triatlo da marca Ironman decorreu este sábado, em Cascais, nos formatos de longa (3,8 quilómetros natação, 180 quilómetros ciclismo, e 42,2 quilómetros corrida) e média distância (1,9 quilómetros natação, 90 quilómetros ciclismo, e 21,1 quilómetros corrida).

Numa prova que bateu recordes de participação, com 4.600 participantes de 70 nacionalidades diferentes, os atletas do Ginásio Clube Naval de Faro – Bila Duarte em femininos e Marco Canelas em masculinos – classifica ram-se na prova de média distância, respetivamente em 2º e 3º lugares dos seus escalões de idade, conseguindo com este resultado o apuramento para o Campeonato do Mundo de Triatlo Longo – Ironman 70.3, que decorrerá a 26 de agosto de 2023 em Lahti, na Finlândia.

De acordo com os atletas, “este foi um dia mágico em que tudo saiu como planeado, agora é aproveitar o bom momento de forma e começar já a exigente preparação para o Campeonato do Mundo”.

O Ginásio Clube Naval de Faro congratula-se com “este resultado, fruto do trabalho desenvolvido nos últimos anos nesta modalidade, e parabeniza os atletas em prova pela sua dedicação e pelo excelente resultado alcançado”.

Triatleta do Louletano foi o terceiro melhor português classificado

O Campeonato do Mundo de Ironman realizou-se no passado dia 8 de outubro, nesta prova de triatlo de longa distância, os triatletas têm de completar 3,8 quilómetros de natação, 180 quilómetros de ciclismo, e 42 quilóme tros de corrida, consecutivamente.

O triatleta Bernardo Cadeiras, do Louletano, marcou presença no age-group 40-44, tendo cumprindo a dis tância em 9:28:06, classificando-se em 48.° num total de cerca de 500 triatletas, sendo o terceiro melhor português, entre 40, e o único representante algarvio em prova.

A prova disputou-se como habitualmente na ilha de Keilua-Kona, no Hawai, e contou com a participação de milhares de triatletas que se qualificaram previamente para poderem participar nesta mítica prova.

Farense Isaac Nader vence em Espanha a XVI Milha Internacional de Bilbau

O atleta algarvio Isaac Nader venceu no passado sábado a XVI Milha Internacional de Bilbau, repetindo o êxito de 2021 na prova espanhola.

O atleta de Faro foi o mais forte na ponta final, superan do os espanhóis Nacho Fontes e Pol Oriach para concluir o desafio em 4.21 minutos, igualando o recorde da prova, que o próprio estabeleceu o ano passado.

Tal como em 2021, Isaac Nader fez a dobradinha na pro víncia de Viscaia, uma vez que há uma semana também ganhou a Milha Internacional de Berango.

REGIÃO 5CADERNO ALGARVE com o EXPRESSOPOSTAL 21 de outubro de 2022
FOTO D.R. FOTO D.R.

breves

Olhão: Paços do Concelho de rosa juntando-se à luta contra o cancro da mama

Os Paços do Concelho de Olhão estão iluminados de rosa durante este mês de outubro juntan do-se ao movimento conhecido por “Outubro Rosa”, com o intuito de “inspirar a mudança e mobilizar a sociedade para a luta contra o can cro da mama”. A autarquia algarvia explica que este movimento nasceu nos Estados Unidos da América, na década de 90 do século passado, e que a Liga Portuguesa Contra o Cancro desafia a comunidade a juntar-se ao “Outubro Rosa”, propondo o desenvolvimento de “iniciativas solidárias”. “O cancro da mama é um relevan te problema de saúde pública”, sendo “o mais frequente em Portugal e em todo mundo”, afir ma a Câmara de Olhão. Em 2020, em Portugal, estima-se que 7.000 mulheres tenham sido diag nosticadas com cancro da mama e 1.800 tenham morrido com esta doença. Se diagnosticado e tratado precocemente, a doença tem uma ta xa de cura superior a 90%, sendo a prevenção e o diagnóstico precoce “fundamentais para o aumento da sobrevivência e manutenção da qualidade de vida da mulher”.

Faro: Proteção Civil Municipal promove palestras de segurança para idosos

A Proteção Civil de Faro iniciou, na Biblioteca Municipal, um ciclo de palestras para preparar a população sénior do concelho para situações de emergência e atuação com as entidades de socorro. A primeira de três palestras, denomina da “Como me preparar para estar mais seguro”, decorreu, quando se assinalou o Dia Interna cional para a Redução do Risco de Catástrofes. Em 09 de novembro, será abordado o tema “Chuvas, cheias e inundações: como prevenir e como participar ativamente para conseguir uma comunidade mais resiliente?” e, no dia 14 de dezembro, a temática versará sobre “Festas na talícias: atenção redobrada ao pinheiro de natal e às chaminés”. As ações, com entrada gratuita, têm início às 15:00 e são dirigidas à população com mais de 60 anos e às várias instituições de apoio à terceira idade do concelho de Faro.

Albufeira: Exposição apresenta oficina onde trabalhavam monges e freiras copistas na Idade Média

O Arquivo Municipal de Albufeira inaugurou esta terça-feira a exposição “Scriptorium Medie val” com elementos e utensílios da Idade Média, do Ocidente Europeu, desde o mobiliário aos ins trumentos utilizados no período do séc. VIII ao séc. XIII. Segundo um comunicado, a autarquia desta cidade algarvia informa que a mostra foi ce dida pela Santa Casa da Misericórdia de Coimbra e vai estar patente até 11 de dezembro, esperan do despertar o interesse a visitantes, grupos e escolas. “Trata-se de uma mostra que pretende representar um centro de cópia de manuscritos, de um mosteiro ou catedral, da Idade Média, no Ocidente Europeu”, e os visitantes poderão ainda encontrar “o mobiliário, os instrumen tos, os materiais e os utensílios indispensáveis à tarefa complexa e exigente de reproduzir um saltério, uma bíblia, um missal ou outro livro litúrgico ou sobre a vida dos santos”, elabora dos numa oficina dos séculos VIII a XIII.

Gala assinala 100 anos de história da Associação de Futebol do Algarve

AAssociação de Fute bol do Algarve (AFA) juntou cerca de 400 pessoas no Gran de Auditório do Campus de Gambelas da Uni versidade do Algarve (UAlg), na tarde deste domingo, para o evento final de celebração do centenário da Instituição.

Reinaldo Teixeira, presidente da Direção da AFA, Rogério Ba calhau, presidente da Câmara Municipal de Faro, João Paulo Correia, secretário de Estado da

Juventude e do Desporto, Custó dio Moreno, diretor Regional do Instituto Português do Desporto e Juventude, Fernando Gomes, presidente da Direção da Federa ção Portuguesa de Futebol, Rui Caeiro, diretor Executivo da Li ga Portugal, André Botelheiro, representante da UAlg, Alves Caetano, presidente da Mesa da Assembleia Geral da AFA, restantes membros da Direção, representantes das Câmaras Municipais do Algarve, das Asso ciações Distritais e Regionais de

Futebol, entre outras entidades públicas de relevo, para além dos clubes e dos núcleos de árbitros filiados, marcaram presença na Gala, que contou com diversas iniciativas.

A abrir, foi apresentado, com videoclipe, o novo hino da AFA, que voltou a palco no final com a atuação ao vivo da banda, composta pelos algarvios João Tiago Neto (autor e vocalista), Ana Tereza (vocalista), Da ve Negri (baterista), Razvan Crestin (baixista), Rui Daniel

(guitarrista) e André de Olivei ra (sintetizadores). A obra será lançada brevemente nas plata formas digitais.

Alves Caetano, João Paulo Correia, Fernando Gomes e Reinaldo Teixeira discursaram na cerimónia conduzida por Alexandre Moura e Patrícia Manguito, – que contou tam bém com as intervenções de Armando Alves, autor do livro “Associação de Futebol do Algar ve – 100 Anos”, e de Luís Coelho, vice-presidente da AFA -, e que incluiu momentos de homena gem aos clubes fundadores, aos ex-Presidentes da Direção da AFA, a António Matos, à UAlg, aos 16 Municípios, à Liga Portu gal, à FPF e ainda um minuto de silêncio em memória de todos os antigos agentes desportivos da AFA.

Pelo meio, para além das apre sentações do vídeo alusivo aos programas concelhios realizados recentemente e das maquetes da nova Sede e Academia AFA, hou ve espaço para dois momentos musicais do prestigiado acordeo nista algarvio Nelson Conceição e uma performance de dança contemporânea, protagonizada pelo grupo INCORPORA. Os conteúdos apresentados na Gala e outros alusivos ao Cente nário da AFA serão brevemente disponibilizados.

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D.R.

Oferta de casas à venda no Algarve desceu 40% num ano

Ostock de casas à venda no país caiu 23% entre o terceiro tri mestre de 2022 e o mesmo período de 2021, aponta um estudo do idealis ta, o principal Marketplace imobiliário do sul da Euro pa. Analisando por distrito e ilhas, o ranking da descida da oferta de casas à venda no último ano é liderado pela região algarvia: distrito de Faro com menos 40%, Lis boa (-28%) e Leiria (-25%).

Além destes contam-se mais 14 distritos e ilhas onde as famílias têm menos oferta de casas para comprar: Coimbra (-25%), Porto (-23%), ilha da Madeira (-19%), Évora (-17%), Beja (-17%), ilha de São Miguel (-14%), Setúbal (-13%), Aveiro (-11%), Viana do Castelo (-10%) e Braga (-10%).

Os distritos onde a oferta de casas no mercado menos desceu foram Viseu (-8%), Santarém (-8%), Portalegre (-4%) e Vila Real (-3%).

Já no distrito da Guarda, o “stock” de casas à venda no último ano subiu 23%. Tam bém os distritos de Bragança (11%) e Castelo Branco (5%) fogem à tendência, existindo uma maior oferta de casas para comprar.

Procura de casas para comprar continua em alta

Os dados mais recentes do Instituto Nacional de Esta tística (INE) espelham que a procura de casas para com prar continua em alta em Portugal, mesmo num con texto de alta inflação e subida de juros no crédito habitação, que tem encolhido o poder de compra das famílias. Só entre abril e junho deste ano foram transacionadas 43.607 habi tações, traduzindo-se num crescimento de 4,5% face ao mesmo período 2021. E este aumento da venda de casas explica, em parte, a descida da oferta de habitações no mercado, bem como a conti nuada subida de preços.

Em que cidades a oferta de casas à venda mais caiu?

A oferta de habitação à ven da em Portugal desceu em 18 capitais de distrito no último ano. A cidade onde o “stock” disponível para comprar casa mais caiu foi Vila Real (-39%), seguida pelo Porto (-36%), Fa ro (-33%) e Lisboa (-31%). A lista segue com Beja (-27%), Coimbra (-25%), Viana do Castelo (-24%), Braga (-19%),

Viseu (-19%), Leiria (-18%), Funchal (-18%), Setúbal (-15%), Ponta Delgada (-11%), Aveiro (-11%),

A oferta de casas para com prar desceu menos de 10% em Portalegre (-5%), Guarda (-3%), Évora (-2%) e Castelo Branco (-1%).

Embora haja menos casas para comprar na maioria

das capitais de distrito por tuguesas, houve cidades que contrariaram esta tendência.

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Foi o caso de Bragança, on de, pelo contrário, a oferta de casas à venda subiu 22%. Também Santarém viu o "sto ck" de casas à venda subir 5% neste período.

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Albufeira: Ação de formação divulga utilidade da cana

Um ‘workshop’ sobre “A Cana e as suas Utilidades” tem lugar no dia 29 de outubro no Centro Educativo do Cerro d’Ouro, em Paderne, para apoiar a sustentabilidade do território, informou Câmara de Albufeira. A autarquia, que organiza a formação com a associação Geoparque Algarvensis, explica em comunicado que o “principal objetivo” da ação é “a divulgação da utilidade da cana, en tre elas o caniço ou a cestaria, no sentido de aumentar a procura e o interesse pela mesma, potenciando uma maior recolha e limpeza dos canaviais, junto às zonas ribeirinhas”. A autarquia alerta que a expansão dos canaviais de ‘Arundo donax’, uma espécie invasora re sistente e persistente especialmente em zonas ribeiras, sendo uma ameaça à vegetação e a ecossistemas. As inscrições para a formação estão limitadas a 20 pessoas e decorrem até 26 de outubro através do ‘email’ centroeducativo. cerrouro@cm-albufeira.pt ou pelo telefone 289 368 241.

Lagos: Time for T editam novo álbum “Hurry up and Wait”

Os Time for T, projeto “nómada e multicul tural” que se divide entre Lisboa e Madrid, editaram o álbum “Hurry up and Wait”, com selo da editora alemã Lotte Lindenberg. A banda, que segundo o seu agenciamento é “difícil de categorizar, mas já foi descrita como algo entre Bob Dylan e Fela Kuti”, toca “ritmos transatlânticos, com texturas de guitarras soalheiras e vozes anglo-saxónicas que can tam temáticas narrativas e introspetivas”. A digressão de apresentação de “Hurry Up and Wait” começa esta sexta-feira, dia 21 de outu bro, no Centro Cultural de Lagos, passando depois por Setúbal (22 de outubro na Casa da Cultura), São João da Madeira (27 de outubro na Casa da Criatividade), Porto (04 de novem bro no M.Ou.Co), Lisboa (09 de novembro no B.Leza), Leiria (11 de novembro no Stereogun) e Braga (12 de novembro no Café-Concerto RUM by Mavy). Os Time for T são Tiago Saga, Joshua Taylor, Felipe Bastos e Juan Toran.

Sagres: Centro de Ciência Viva organiza ‘ateliers’ educativos

A NOVA Escola de Sagres, um projeto do Centro Ciência Viva de Lagos, vai organizar sexta-feira e sábado ‘ateliers’ educativos e cien tíficos na Fortaleza de Sagres para escolas e famílias, segundo comunicado.A Direção Regional de Cultura do Algarve informa que as atividades lúdico-pedagógicas “vão desde a construção de uma caravela, à exploração de instrumentos de navegação, à medição do tempo, robótica e programação, entre outros”. Na quinta edição do projeto, este ano, “es tão preparadas algumas novidades, como a criação de um “Mapa sem Fronteiras”, em que Sagres será o centro do Mundo, assim como o “Histórias Contadas” que apresenta sempre uma nova história. A sexta-feira será inteiramente dedicada à participação da co munidade escolar e o sábado está direcionado para famílias e público em geral.

90% dos apartamentos do projeto Bayline em Armação de Pêra já estão vendidos

AVanguard Properties vendeu a quase to talidade dos 256 apartamentos do projeto Bayline, em Armação de Pêra, no conce lho de Silves. A construção do projeto, que representou um investimento de 85 milhões de euros, teve início em dezembro de 2019 e está em fase de con clusão.

A maioria das unidades foram compradas por portugueses, com grande procura por parte de europeus e norte americanos estando as últimas unidades dis poníveis para venda, havendo um apartamento modelo mobi liado à disposição dos clientes.

“O Bayline é um condomínio fechado residencial situado

a apenas 30 metros da Praia dos Pescadores, em Armação de Pera, e é constituído por 256 apartamentos T1, T2 e T3.

O projeto, do atelier de arqui tetura Saraiva + Associados, apresenta uma arquitetura contemporânea desenvolvida com acabamentos de excelência, terraços e vãos exteriores am plos, com excelente localização”, explica a promotora imobiliária.

O condomínio oferece aos seus residentes “uma vasta gama de serviços e áreas de lazer, nomea damente, receção com serviços de concierge, SPA, Ginásio, Pis cinas interior e exterior, dois hectares de espaços verdes e campos desportivos. A maioria dos apartamentos têm ao mes mo tempo vista para o mar e

para a Lagoa uma zona natural protegida com cerca de 6 km de extensão”.

De acordo com a exigente política de sustentabilidade promovida pela Vanguard Pro perties, “o Bayline apresenta a certificação ambiental BREEAM (Building Reseach Establishment Environmen tal Assessment Method), um sistema que avalia a sustentabi lidade de projetos de construção e cuja classificação se baseia em nove fatores: gestão, saúde e bem-estar, energia, transpor te, materiais, resíduos, água, utilização do solo e ecologia e poluição”.

Segundo José Cardoso Botelho, CEO da Vanguard Properties: “O Bayline da Vanguard Pro

perties revelou-se um sucesso de vendas, apesar do seu começo coincidir com o início da pan demia. Atribuímos este sucesso aos argumentos excecionais no que diz respeito à localização, arquitetura e amenities, fatores basilares na definição de um produto imobiliário com a nossa assinatura. O projeto será único no Algarve pelo sua qualidade e vistas incríveis tanto para o mar como para a Lagoa. Os residen tes terão literalmente 6 km de praia à sua porta uma vez que o empreendimento se encontra a apenas 30 metros de distância do areal, o que é de facto algo fantástico. Igualmente diferen ciador é que a vista está presente em todos os pisos, incluindo o R/C elevado”.

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Algarvio da UAlg reeleito coordenador do Fórum Nacional de Psicologia

Oalgarvio Saúl de Jesus, professor catedrático de Psicologia da UAlg, foi reeleito por unanimidade coordena dor do Fórum Nacional de Psicologia.

A eleição, que se realizou de forma presencial, no passado dia 12 de outubro, na sede da Ordem dos Psi cólogos Portugueses (OPP), contou com a participação da direção deste órgão e das 31 Instituições de Ensino Su perior (IES) com formação graduada ou pós-graduada na área da Psicologia.

Para o professor cate drático, esta reeleição “significa a confiança e o re conhecimento do trabalho

desenvolvido pelo Fórum du rante quase três anos, sendo um incentivo para continuar a trabalhar cada vez mais e melhor, numa perspetiva de cooperação entre as IES e entre estas e a OPP, a bem dos estudantes de Psicologia e dos Psicólogos e, logo, da própria sociedade em que vivemos”.

Nesta reunião, que contou com a presença do bastoná rio e da vice-presidente da OPP, foram apresentadas di versas iniciativas dirigidas aos estudantes de Psicolo gia das IES, bem como o sistema de acreditação de ações formativas pela OPP, procurando envolver cada vez mais as IES nestas ini ciativas e procedimentos.

Projeção internacional volta a colocar a UAlg na liderança das universidades portuguesas

A Universidade do Algarve obtém a pontuação mais elevada no indicador que avalia a projeção internacional, entre as 14 Instituições de Ensino Superior portuguesas

De acordo com os resultados disponibilizados pela Times Higher Education (THE), na edição 2023 dos World University Rankings, a Uni versidade do Algarve volta a obter a pontuação mais eleva da no indicador que avalia a projeção internacional, entre as 14 Instituições de Ensino Superior portuguesas parti cipantes.

Também a nível global, este Ranking volta a considerar que o ponto mais forte da Academia algarvia é a sua projeção internacional, colo cando-a na posição 347 entre as 1799 instituições avaliadas, de 104 países.

Nesta edição, a UAlg me lhorou o seu desempenho em três das quatro áreas em avaliação: Investi gação, Transferência de Conhecimento e Projeção Internacional.

A UAlg integra pelo sexto ano consecutivo este ranking mundial das universidades, estando entre as posições 1001 e 1200. De salientar que esta edição incluiu 1799 insti tuições, mais 137 que no ano anterior, e 537 instituições com o estatuto de repórter por não terem atingido os critérios de elegibilidade pa ra atribuição de uma posição no ranking.

Tal como as edições anterio res deste ranking, a de 2023 é elaborada tendo em conta as diversas valências das instituições: ensino, investi gação, projeção internacional (docentes, estudantes e inves tigação) e transferência de conhecimento.

A Universidade do Algarve (UAlg) tem atualmente cer ca de 9 mil estudantes, 20% dos quais internacionais, oriundos de mais de 84 na cionalidades, onde se destaca o Brasil, país com maior re presentatividade. Com 42 anos de existência, aparece pela quinta vez no ranking do Times Higher Education (THE) Young University Rankings 2022, que analisa o desempenho de instituições de ensino su perior criadas há 50 anos ou menos, destacando-se no in dicador que avalia a projeção internacional. Este ano volta a integrar a lista das melho res do mundo no Shanghai Ranking’s Global Ranking of Academic Subjects 2022, destacando-se novamente na área de Hospitality & Tou rism Management, entre os lugares 76-100, seguindo-se a área de Oceanography, entre os lugares 151-200.

REGIÃO 9CADERNO ALGARVE com o EXPRESSOPOSTAL 21 de outubro de 2022
FOTO D.R. PUB. PARTICIPAÇÃO
DE 31 INSTITUIÇÕES
DE ENSINO SUPERIOR COM FORMAÇÃO GRADUADA OU PÓS-GRADUADA NA ÁREA DA PSICOLOGIA

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Silves: Câmara quer envolver população na elaboração do Orçamento para 2023

A Câmara de Silves vai promover encontros com a população em todas as sedes de fregue sia do concelho, com o objetivo de estimular a participação pública na elaboração do orça mento municipal para 2023. “[…] é objetivo e estratégia da liderança autárquica, estreitar os laços de proximidade com as pessoas e as comunidades, partilhando responsabilidades, ideias e projetos, a par da promoção de uma gestão aberta e da valorização da democracia participativa”, indicou o município em comu nicado. O primeiro encontro está marcado para o dia 20 de outubro, na freguesia de Alcantarilha, seguindo-se Pêra (24), Algoz (25), Tunes (26), Armação de Pêra (27) e São Bartolomeu de Messines (31). Em novembro, realizam-se reuniões em Silves, no dia 02, e no dia seguinte, em São Marcos da Serra. As sessões têm início marcado para as 21:00.

Aljezur: Autarquia descontente com o serviço dos CTT

O município de Aljezur enviou uma missiva ao presidente executivo (CEO) dos CTT a manifestar a sua “preocupação e desagrado” com o “mau funcionamento” do serviço na quele concelho algarvio. De acordo com um comunicado da autarquia, “além do serviço nas freguesias, cada fez mais deficitário, a maior preocupação e reclamações tem a ver com os grandes atrasos na entrega da cor respondência aos cidadãos, colocando-lhes sérios transtornos e problemas aos mesmos”. Na carta enviada é ainda pedido que sejam “corrigidas e encontradas soluções” para esta situação, que, segundo a câmara de Aljezur, “é da responsabilidade dos CTT, que é um serviço público, e que está a penalizar este concelho, as empresas e as suas pessoas”.

Albufeira: Câmara congratula-se por ter melhorado o seu índice de sustentabilidade ambiental

A Câmara de Albufeira congratulou-se por ter melhorado, para 71%, o seu índice global ECO XXI de sustentabilidade ambiental, “o melhor resultado de sempre”. “Estamos satisfeitos por vermos reconhecido o nosso esforço na área da sustentabilidade ambiental”, afirmou o presi dente da autarquia, José Carlos Rolo, citado no comunicado e depois de ter tido conhecimento da classificação dada pelos peritos do Progra ma ECOXXI. É um “programa de educação para a sustentabilidade”, implementado em Portugal e dirigido principalmente aos técni cos e decisores dos municípios considerados agentes privilegiados de promoção do desen volvimento sustentável a nível local. Composto por 21 indicadores de sustentabilidade local, este programa pretende avaliar a prestação dos mu nicípios, reconhecendo como eco-municípios os que demonstram a implementação de boas práticas, políticas e ações em torno de alguns temas considerados chave, como a Educação Ambiental para o Desenvolvimento Sustentável, a Sociedade Civil, a Conservação da Natureza e o Ordenamento do Território, entre outros.

Municípios do Algarve já têm estratégia local de habitação

Quinze dos 16 municí pios do Algarve já viram as suas es tratégias locais de habitação (EHL) aprovadas e assinaram os respe tivos acordos de colaboração no âmbito do Programa “1.º Direito”, com o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana, I.P. (IHRU), tendo a Assembleia Municipal de Monchique aprovado a EHL no dia 4 de outubro, encontrando-se em processo final de tramitação. Neste contexto, a Comissão de Coordenação e Desenvol vimento Regional (CCDR) do Algarve e a Comunidade Inter municipal do Algarve (AMAL), promovem uma reunião de tra balho com a direção do IHRU e todos os Municípios da Região, na próxima quinta-feira, dia 20 de outubro, pelas 10:30, nas instalações da CCDR Algarve, sobre as condições de financia mento da implementação das políticas públicas de habitação, nomeadamente o aviso do Pla no de Recuperação e Resiliência (PRR) no domínio do 1.º Direito, Bolsa Nacional de Alojamento Urgente e Temporário e Parque Público de Habitação a Custos Acessíveis.

O IHRU é a entidade pública promotora da política nacional

de habitação, prosseguindo as atribuições do Governo na área da habitação, sob superinten dência e tutela do membro do Governo responsável por essa área governativa, e tem por mis são “garantir a concretização, coordenação e monitorização da política nacional de habita ção e dos programas definidos pelo Governo para as áreas da habitação, do arrendamento habitacional e da reabilitação urbana, em articulação com as políticas regionais e locais de habitação”.

O 1.º Direito – Programa de Apoio ao Acesso à Habita ção, criado pelo Decreto-Lei n.º 37/2018, de 4 de maio, visa “apoiar a promoção de soluções habitacionais para pessoas que vivem em condições habitacio nais indignas e que não dispõem de capacidade financeira para suportar o custo do acesso a uma habitação adequada”.

Este programa incentiva uma abordagem integrada e partici pativa, que promova a inclusão social e territorial, a concretizar através das ELH. Assim, a ma

terialização do apoio financeiro decorre do papel imprescindí vel reconhecido às autarquias locais, que devem elaborar e apresentar ao IHRU uma ELH com o diagnóstico das situações existentes e a programação dos investimentos a apoiar em cada território.

Em termos nacionais, o PRR prevê um investimento de 1.211 milhões de euros neste progra ma, o que permitirá dar resposta a pelo menos 26.000 famílias até 2026.

Furto de alfarroba: Detido homem de 37 anos em Albufeira, após denúncia

Homem foi intercetado pelas autoridades numa viatura com diversas sacas de alfarroba

Um homem, com 37 anos, suspeito pelo furto de alfarroba e procura do pelas autoridades para cumprir uma pena de prisão efetiva, foi de tido pela GNR na terça-feira, em Albufeira, anunciou aquela força.

A detenção ocorreu na sequên cia de um alerta para um furto de alfarroba numa propriedade privada, tendo o homem sido loca lizado e intercetado fora do local, indicou o Comando Territorial de Faro em comunicado.

Na viatura do suspeito, os milita res detetaram e apreenderam 325 quilogramas de alfarroba, especi ficou a guarda.

No decurso das diligências reali zadas, os militares daquela força de segurança apuraram que sobre o suspeito pendia um mandado de detenção para cumprimento de três meses de pena de prisão efetiva.

O homem foi conduzido a um estabelecimento prisional, não especificado pela GNR, tendo sido constituído arguido pelo alegado furto de alfarroba.

O processo foi enviado para o Tri bunal de Albufeira.

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Festival de inovação azul do estuáriodo Guadiana promoveu economia sustentável associada à investigação

Ofestival “Inovação azul e sustentabilidade no Es tuário do Guadiana” realizou-se no fim de semana de 15 e 16 de outubro, no edifício da Reserva Na tural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António, com o objetivo de identificar e promover a economia azul sustentável associada à investigação e à inovação. A iniciativa decorreu no âmbito do projeto ATLAZUL - Impulso da Aliança Litoral Atlântica para o Crescimento Azul, apoiado por fundos europeus, geridos no qua dro do Programa de Cooperação INTERREG- Espanha e Portugal (POCTEP).

No sábado, durante a manhã, foi apresentado e debatido o estado atual do conhecimento sobre a zona da Eurocidade do Guadiana, tendo estado presentes representantes portugueses e espanhóis de vários setores da sociedade da zona trans fronteiriça do Algarve e Andaluzia. Além de empresários, políticos, técnicos, estudantes, professores e investigadores do Centro de Ciên cias do Mar (CCMAR), do Centro de Investigação Marinha e Ambiental (CIMA) e do Centro de Investiga ção em Turismo, Sustentabilidade e Bem-Estar (CINTURS) da Uni versidade do Algarve, marcaram também presença representantes do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), do Instituto de Investigação e Formação Agrária e Pesqueira (IFAPA), da Junta da An daluzia e Agência de Gestão Agrária e Pesqueira da Andaluzia (AGAPA), do Campus de Excelência Interna cional del Mar (CEI-MAR – Cadiz), da Agência Portuguesa do Ambien

te – ARH Algarve, entre outros. Na ocasião foi também apresentado o livro de divulgação científica, “À descoberta do estuário do Rio Guadiana”, editado por Delminda Moura, Ana Gomes, Isabel Mendes e Jaime Aníbal, investigadores da UAlg, e uma coleção de postais com espécies invasoras deste estuário da autoria da artista e designer Sarita Camacho.

Durante a tarde foram apresentadas

as seis ideias de negócio ou empre sas a apoiar no âmbito do concurso de ideias/boas práticas “Inovação Atlazul no Guadiana”, organizado pela Divisão de Empreendedoris mo e Transferência de Tecnologia (CRIA) da Universidade do Algarve, sob a responsabilidade do seu coor denador Hugo Barros.

O domingo iniciou-se com uma caminhada pelo Sapal de Venta Moi nhos, guiada por técnicos do ICNF, para observação de avifauna e da área restaurada da zona de salga do. Posteriormente, realizaram-se visitas às empresas parceiras do evento, exemplo de boas práticas na área do crescimento azul e sus tentabilidade na zona do estuário do Guadiana: Nautiber (www.nautiber. pt), Atlantikfish (www.atlantikfish. com) e Terras de Sal (www.ter rasdesal.com), em conjunto com Spa Salino ‘Água Mãe’. No final da manhã foram divulgados os vence dores do concurso de ideias, tendo sido apoiadas as seguintes ideias: “Salinas tradicionais de Castro Marim – biodiversidade e carbo no azul”, “AquaB-Pet”, “BlueZ C Institute”, “Easy Harvest” e “Soft

Blue Guadiana”. O almoço deste dia foi confecionado pela Escola de Hotelaria e Turismo de VRSA e deu a conhecer duas espécies inva soras emblemáticas do estuário do Guadiana: a corvina americana e o caranguejo azul.

Mais e melhor investigação

A sessão de encerramento contou com a presença do presidente da Comissão de Coordenação e De senvolvimento Regional do Algarve (CCDR Algarve), José Apolinário, do presidente da Câmara de Vila Real de Santo António, Álvaro Araújo, da vice-presidente da Câmara de Castro Marim, Filomena Sintra, da diretora do Departamento Regio nal da Conservação da Natureza e da Biodiversidade, Ana Margari da Magalhães, e da investigadora responsável pelo projeto da Uni versidade do Algarve, Alexandra Teodósio. O evento teve ainda na coordenação operacional os inves tigadores da UAlg-CCMAR João Pedro Encarnação e Inês Cerveira. O Festival pretendeu, assim, im pulsionar a integração territorial, a

inovação no setor da economia azul através de mais e melhor investiga ção, bem como a sustentabilidade dos recursos naturais do Guadiana e zona envolvente, sem esquecer a colaboração transfronteiriça entre Portugal e Espanha. Desta forma, a região poderá constituir um exemplo de boas práticas na área do crescimento azul a nível interna cional, com consequências positivas para os desafios societais e de alte rações globais.

Este evento, da responsabilidade da Universidade do Algarve, con tou com cerca de 60 participantes e foi organizado no seio da Comissão de Cogestão da Reserva do Sapal de Castro Marim e de Vila Real de Santo António. Além dos municí pios envolvidos, teve ainda o apoio do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), da Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL), do Turismo de Portugal através da Escola de Hotelaria e Turismo de VRSA, de várias associações locais, como a Associação dos Salgados de Castro Marim, ‘Pedaços de Mar’ e a Asso ciação Odiana.

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VRSA: “Encontrei um município completamente abandonado”

Álvaro Araújo fez um balanço do seu primeiro ano de trabalho à frente da autarquia e apresentou os primeiros resultados da auditoria realizada à situação financeira do município. Na sessão, que teve lugar nos Paços do Concelho, o autarca - acompanhado por todo o executivo - enumerou as dez medidas estratégicas que “estão a contribuir para o desenvolvimento económico e social do município e a permitir ganhos de eficiência e contenção de recursos”, destacando a aprovação da Estratégia Local de Habitação (ELH) de VRSA

Opresidente da Câmara de Vila Real de Santo António disse esta terça-feira que encontrou um município “completamente aban donado” quando há um ano chegou à liderança da autarquia, uma das mais endividadas do país e sob assistência financeira desde 2016.

O autarca do PS, que com a sua eleição pôs fim a 16 anos de governação do PSD na câmara do distrito de Faro, afirmou ter encontrado uma “situação muito mais difícil do que aquilo” que estava à espera, referindo que seria “pacífico” se houvesse dívidas associadas à reali zação de obra, quando o que aconteceu foi encontrar “um município completa mente abandonado”.

Álvaro Araújo falava numa conferência

de imprensa em que apresentou resul tados de um levantamento às contas do município, numa altura em que a dívida da autarquia é de 160 milhões de euros e o passivo de 182 milhões, que aumenta de “dia para dia” devido aos juros de mora e que pode subir se os tribunais forem favoráveis a ações judiciais intentadas contra o município. "Como é que nenhuma autoridade deste país pôs um travão nisto", inter rogou, sublinhando que mesmo depois do Programa de Apoio à Economia Lo cal (PAEL), o primeiro instrumento de apoio financeiro a ser implementado – na altura em que Luís Gomes (PSD) era presidente -, a autarquia continuou a “ultrapassar o limite de endivida mento” que era imposto, criando mais dívida.

Segundo o autarca, são precisos “mais de 50 milhões de euros para acrescen tar” à dívida já existente, de forma a fazer investimentos fundamentais no concelho, nomeadamente na criação de habitação social, na reparação de algumas estradas e em obras que são necessárias no parque de campismo, no Centro Cultural António Aleixo e no complexo desportivo da cidade.

“Não se trata de uma tentativa de caça às bruxas”

Frisando que “não se trata de uma ten tativa de caça às bruxas” e que nada move o atual executivo “contra abso lutamente ninguém”, o presidente da Câmara de Vila Real de Santo António disse querer apenas mostrar à popula

ção “onde o dinheiro é gasto e foi gasto”, frisando que é preciso “responsabilizar quem tem responsabilidade” na situa ção financeira da autarquia.

Segundo Álvaro Araújo, quando o novo executivo chegou ao município encon trou cerca de dois milhões de euros de dívida prescrita, nomeadamente, re lativa a consumos de água, ocupação de espaço público e rendas que nunca foram cobradas, tendo ainda sido des cobertos “contadores instalados em propriedades privadas e pagos pelo município”. Por outro lado, no mês anterior a ter sido eleito, em setembro de 2021, o mu nicípio gastou cerca de 20 mil euros em água no complexo desportivo, que pos suía um contador doméstico para a rega dos relvados, algo que não “podia ser”,

AS DEZ MEDIDAS ESTRATÉGICAS APRESENTADAS

A ELH prevê a construção de novas habitações, a reabilitação de 400 frações de habitação so cial, a recuperação do parque habitacional e a promoção do arrendamento acessível.

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Revogação do contrato de concessão do estacionamento tarifado no concelho

ções, prevendo agora um aumento dos níveis de cobertura, eficácia e dotação de recursos humanos em todas as freguesias, corrigindo situações que têm motivado queixas da po pulação.

«Herdámos um serviço de recolha de RSU cujo caderno de encargos não estava a ser cumprido, a que acrescia uma dívida acumulada de mais de 700 mil euros e uma ameaça de cessação de serviço iminente», afirma Álvaro Araújo.

6 Manutenção do preço da água

O município de VRSA desenvolveu as diligên cias necessárias para não ser aplicado, em 2022, o aumento de 15% que a empresa Águas de VRSA alegava que teria contratualmente direito de ter efetuado em 2021.

1 Aprovação da Estratégia Local de Habitação

A medida prevê um investimento de 101 milhões de euros e vai apoiar mais de 800 agregados e perto de 2200 pessoas com carên cias habitacionais. A estratégia é desenvolvida ao abrigo do programa «Primeiro Direito», homologado na presença da secretária de Es tado da Habitação, Marina Gonçalves, e tem financiamento a 100% por parte do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), permitindo colocar um ponto final nas carências habita cionais do município.

A verba atribuída à Câmara Municipal de VR SA é das maiores do país e a mais elevada do Algarve, apenas comparável aos rácios dos mu nicípios das áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, facto que comprova a proatividade da autarquia na apresentação de candidaturas e projetos.

O município está a avançar com o processo de revogação do contrato de concessão do esta cionamento tarifado nas freguesias de VRSA e Monte Gordo, atualmente detido pela em presa ESSE - Estacionamento à Superfície e Subterrâneo, SA, considerando a medida como a única solução justa e viável para defender os interesses da autarquia e dos munícipes. Tal decisão é justificada pela sucessiva falta de resposta da ESSE às solicitações da Câmara Municipal para que a empresa disponibilizasse informação detalhada e credível sobre os valo res (receitas) recebidos pela concessão em 2021 e nos meses de junho e julho de 2022.

Para o presidente da Câmara Municipal de VRSA, Álvaro Araújo, «o padrão reiterado de oposição da empresa constitui uma violação grave das obrigações contratuais, facto que tem impedido a autarquia de exercer o poder de fiscalização e validação dos valores cobrados e a verificação do cumprimento do contrato de concessão».

3 Renegociação do contrato de recolha de RSU

O município renegociou o contrato de presta ção de serviços com a empresa Ecoambiente, de forma a reforçar e melhorar a limpeza e recolha de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) no concelho. O contrato foi objeto de altera

4 Processo de Descentralização de Competências

Ao longo de 2022, o município assumiu a des centralização de competências nas áreas da educação e da saúde, tendo os serviços autár quicos assumido um vasto conjunto de novas obrigações, aumentando a proximidade com as populações e garantindo maiores níveis e qualidade nos serviços prestados.

5 Lançamento de um programa de animação diversificado

Ao longo do ano de 2022, foi relançado um programa de animação cultural diversificado e abrangente que trouxe a palco artistas consa grados, sem esquecer os jovens talentos locais. Optou-se, de igual forma, pela manutenção dos eventos desportivos âncora e das festas tradicionais em todas as freguesias.

Através da análise dos últimos 12 exercícios, de 2010 a 2021, verificou-se que a média da despesa realizada em eventos foi de 1.663.641 euros, enquanto em 2022 encontram-se cabi mentados, até ao final do ano, cerca de 600 mil euros, mantendo-se, ainda assim, dinamismo ao nível da programação cultural, desportiva e associativa.

7 Reorganização dos serviços municipais

A Câmara Municipal procedeu à reestrutura ção da sua estrutura organizacional, de forma a otimizar os recursos, valências e qualidade dos serviços prestados à população.

As alterações tiveram em consideração a nova organização, atribuições e funcionamento da autarquia, otimizando os recursos humanos em função das necessidades dos serviços e pro cedendo à reafectação dos seus trabalhadores para as divisões que registavam carência de pessoal.

8 Captação de investimento

Fruto do trabalho do núcleo de candidaturas, foram avançados projetos de investimento na ordem 3 milhões de euros, tendo já sido conseguidas aprovações de projetos a fundo perdido no montante aproximado de 2 milhões de euros.

Neste contexto, destaca-se o projeto «Bairros Digitais», que permitirá efetuar uma altera ção profunda no Centro Histórico de VRSA e no seu centro comercial a céu aberto, cuja implementação se iniciará no decurso de 2023. Em carteira está ainda aprovação do projeto

12 CADERNO ALGARVE com o EXPRESSO POSTAL 21 de outubro de 2022
EXECUTIVO MUNICIPAL FAZ BALANÇO DO PRIMEIRO ANO DE MANDATO

abandonado”

insistiu, sendo que, depois de corrigida a situação, a fatura da água passou a ser de cerca de 800 euros mensais. De acordo com o autarca, no levanta mento apurou-se que foram pagos mais de 800 mil euros a uma agência por viagens a Cuba, a maioria realizadas entre 2007 e 2011, país com o qual a autarquia de estabeleceu um acordo para a realização de cirurgias oftalmo lógicas e tratamentos médicos, tendo ainda sido detetados gastos de 205 mil euros relacionados com a geminação com a cidade cubana de Playa.

A Câmara de Vila Real de Santo An tónio está sob assistência financeira desde 2016 e aguarda, neste momento, uma aprovação do Tribunal de Contas para receber mais verbas ao abrigo do Plano de Apoio Municipal (PAM).

POR ÁLVARO ARAÚJO

que permitirá a abertura de uma Loja do Cida dão no concelho. A medida está orçamentada em mais de 900 mil euros.

9 Diagnóstico à situação financeira do município

Durante a sessão de apresentação dos resulta dos do primeiro ano de gestão, o presidente da Câmara Municipal de VRSA fez também um diagnóstico da situação financeira do municí pio e apresentou algumas das medidas que já estão a ser aplicadas para equilibrar as contas municipais.

De acordo com os resultados apurados, a autar quia de Vila Real de Santo António tem, à data de 31 de dezembro de 2021, um passivo con solidado de 182 milhões, num município cujo limite legal de endividamento é de 32 milhões.

Para o edil, tem de ser acrescido a este valor o montante das necessidades urgentes de in vestimento na recuperação do património e na reposição da dignidade de funcionamento dos serviços, superior a 50 milhões de euros. «Caso este investimento fosse efetuado de ime diato e tivesse de ser integralmente suportado pela Câmara Municipal, faria subir o passivo para valores superiores a 230 milhões de euros», elucidou.

Por estas razões, apontou como «urgente e indispensável» a auditoria interna que está a ser levada a cabo e que tem como objetivo central a identificação de situações anómalas, implementando as medidas corretivas que se considerem necessárias.

«A propósito desta auditoria, foram apresen tadas perto de uma dezena de situações que poderão configurar exemplos de irregularida des, as quais serão comunicadas às entidades competentes para que possam ser escrutinadas e averiguadas», frisou.

RESULTADOS APURADOS

Na vertente da transparência, foram desen volvidas ações para que o encerramento das contas de 2021 do município e, consequente mente, as contas consolidadas, refletissem a realidade económica e financeira.

Na sequência destes trabalhos, foram tomadas medidas no sentido de declarar prescrita a dí vida de água na já extinta empresa municipal VRSA SGU, no valor de 1,7 milhões de euros, e a anulação de mais de um milhão de euros de bens registados no ativo que não foi possível de localizar.

Foram igualmente detetados mais de 40 mil euros de rendas de habitação social prescritas, de um total de cerca 290 mil euros de dívida que inclui acordos de pagamento em presta ções, sendo que um desses acordos termina apenas em 2150.

Apuraram-se ainda cerca de 90 mil euros de dívida em execução fiscal não cobrada e per

to de 700 mil euros de dívida de ocupação de espaço público não regularizada.

A identificação destes problemas deu recen temente origem a alterações na forma de processamento da cobrança, bem como a aber tura de um período especial de regularização aprovado em reunião de câmara, findo o qual o Município irá proceder à cobrança coerciva através da AT e à remoção dos equipamentos ilegalmente colocados na via pública. «No somatório, fomos encontrar dois milhões de euros de dívida prescrita referente a consumos de água, ocupação do espaço público e rendas», elucidou.

DIAGNÓSTICO

AOS EQUIPAMENTOS MUNICIPAIS

Paralelamente, foi efetuado um diagnóstico ao estado dos equipamentos e serviços munici pais, tendo sido observadas carências graves ao nível do parque automóvel, equipamentos in formáticos e maquinaria para serviços básicos. Foram ainda observados níveis de degradação elevados nos edifícios e mercados municipais, infraestruturas desportivas - em particular no Complexo Desportivo e Parque de Campismo -, vias de comunicação e equipamentos do es paço público.

AÇÕES EM CURSO

Uma das primeiras preocupações do executivo foi a avaliação do controlo interno de gastos, tendo sido identificado um conjunto de incon formidades que foram objeto de intervenção e correção imediata, nomeadamente o controlo da despesa com água e saneamento. Tais me didas travaram as faturações excessivas de consumos de água, por exemplo, na ordem dos 20 mil euros mensais, no estádio municipal (que passaram para 814 euros), e cessaram a

aplicação da tarifa de saneamento em conta dores de rega.

Foram ainda implementadas medidas de con tenção ao nível dos consumos elétricos e de gás. No caso das piscinas municipais, verificou-se que o consumo era excessivamente elevado de vido à inoperacionalidade, há mais de 12 anos, dos painéis solares existentes no local, os quais já foram reparados.

10 Medidas corretivas de futuro

Face a todas estas constatações, o executivo, após reuniões mantidas com a tutela e o Fundo de Apoio Municipal (FAM), decidiu instruir um novo processo de revisão do Programa de Ajus tamento Municipal (PAM) que irá apresentar no decurso do corrente ano e que terá ainda de incluir, dentro ou fora do processo de revisão, a resolução da situação de incumprimento no empréstimo do Programa de Apoio à Econo mia Local (PAEL), que se verifica desde 2019, cujo montante de capital, juros e moras já é superior a 25 milhões de euros.

Para o presidente da Câmara Municipal de VRSA, Álvaro Araújo, «impõe-se perceber como, num município endividado em mais de 182 milhões de euros, mas com apenas 20 mil habitantes, ainda subsistem carências em qua se todos níveis, desde as vias de comunicação, aos equipamentos coletivos, espaço público e habitação social».

«Por estas razões, a auditoria em curso pro curará dar respostas concretas sobre a forma como foram aplicados os fundos municipais, nos últimos mandatos, e irá propor medidas cor retivas que irão contribuir para o reequilíbrio da economia do concelho e que representam um forte compromisso deste executivo para com os vila-realenses», conclui.

13CADERNO ALGARVE com o EXPRESSOPOSTAL 21 de outubro de 2022
FOTOS
D.R.

CULTURA

breves

São Brás de Alportel: Câmara promove nova edição do Orçamento Participativo

A Câmara de São Brás de Alportel tem a decorrer até ao final do mês de outubro o período para a apresentação de projetos pa ra o Orçamento Participativo de 2023. Para concretizar a proposta de investimento apre sentada e mais votada, o município reservou um valor global de 70 mil euros. Sob o lema “As suas ideias dão futuro”, aquele instrumen to de gestão pública participada visa envolver a comunidade, incentivando-a a uma cidadania ativa no desenvolvimento do concelho. O mu nicípio prevê que as propostas apresentadas e consideradas exequíveis sejam colocadas a votação pública na segunda quinzena de no vembro, sendo o vencedor anunciado no mês de dezembro. Os formulários para participa ção estão disponíveis na Câmara Municipal, nos serviços municipais e no portal do mu nicípio em www.orçamento.participativo@ cm-sbras.pt

Albufeira: Exposição

“Scriptorium Medieval” convida a viagem à Idade Média

O Arquivo Municipal de Albufeira apresenta entre 18 de outubro e 11 de dezembro, a expo sição “Scriptorium Medieval”, uma mostra de elementos e utensílios da Idade Média do Ocidente Europeu. Cedida pela Santa Casa da Misericórdia de Coimbra, a exposição itine rante propõe uma viagem até à Idade Média, com a apresentação de mobiliário, instrumen tos e materiais utilizados no período entre os séculos VIII e XIII. A mostra pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 09:00 às 12:30 e das 13:30 às 17:00, na sala de extensão cultural do Arquivo Histórico de Albufeira. As visitas para grupos e escolas são realizadas através de marcação prévia.

Portimão: Município cria novo canal de atendimento online

A Câmara de Portimão vai disponibilizar aos munícipes um novo canal de submissão de requerimentos online, possibilitando que possam efetuar pedidos sem necessidade de deslocação aos postos de atendimento muni cipal. O novo canal de atendimento implica um registo inicial do munícipe, ou seu repre sentante, através do Cartão de Cidadão ou da Chave Móvel Digital no portal https://bal caovirtual.cm-portimao.pt, que se encontra disponível na plataforma da autarquia, em www.cm-portimao.pt. Numa primeira fase de implementação será possível tratar de 12 requerimentos, nomeadamente a renúncia do direito de preferência na alienação de imóveis em direito de superfície; a emissão de certidão de cancelamento da cláusula de reversão e compra de propriedade plena de lote de terre no; o licenciamento do exercício da atividade de guarda noturno; a emissão de certidão de parte da ata da reunião de câmara; a emissão de certidão de número de polícia ou nome de rua, entre outros. Através desta nova ferra menta, o munícipe poderá ainda consultar online o estado dos seus requerimentos

LAGOS: Projeto de inclusão social Gatilho abre espaço para artistas com deficiência

Aapresentação à co munidade do projeto para a inclusão social Gatilho teve lugar esta quinta-feira, no auditório do edifício Paços do Concelho, Séc. XXI, em Lagos.

Este é um projeto PARTIS & Arts for change, promovido pe la Questão Repetida e NECI, em parceria com a Câmara Munici pal de Lagos e com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian e Fundação “La Caixa”.

O projeto tem como principal ob

jetivo “criar um espaço cultural e artístico diverso no territó rio de atuação, viabilizando a presença de artistas com defi ciência”, explica a autarquia de Lagos, acrescentando que este pretende “criar e alicerçar uma rede de parceiros que ajude na implementação territorial, na qualificação, na promoção da autodeterminação das pessoas com deficiência, bem como na sensibilização para a problemáti ca da sua inclusão na vida ativa”.

O Gatilho encontra-se estrutu

rado em três fases ao longo de uma duração de 36 meses duran te os quais serão implementadas um conjunto de atividades que envolvem as dimensões da explo ração, experienciação, reflexão e criação conjunta com os parcei ros e em relação com o território e a sua comunidade, procurando redesenhar e diversificar práti cas culturais e públicos.

As linguagens artísticas do Teatro, Dança, Performance, Música, Plástica, Fotografia, serão algumas das “ferramen

tas” a experienciar durante os diferentes momentos do projeto, através das quais se pretende in fluenciar e promover processos de mudança e criar espaços de fruição conjunta.

A Associação Questão Repetida, a NECI e a Câmara Municipal de Lagos convidaram as institui ções locais, sociais, culturais e económicas, assim como a po pulação, a marcarem presença nesta apresentação para assim ficarem a conhecer as dinâmicas de participação comunitária.

Faleceu o professor Carlos Sousa Reis

Dedicou a sua vida ao ensino, à investigação e à operacionalização da Biologia Marinha em Portugal e no mundo

O professor Carlos Sousa Reis faleceu esta segunda-feira. De dicou a sua vida ao ensino, à investigação e à operacionali zação da Biologia Marinha em Portugal e no mundo. Há largos anos que escolheu a vila de San ta Luzia, no concelho de Tavira, para segunda residência.

As manifestações de pesar mul tiplicam-se nas redes sociais, sobretudo pelos alunos e amigos que manifestam a sua grande admiração por este homem que dedicou grande parte da sua vida à Ciência, Carlos Sousa Reis foi biólogo, investigador e professor univer sitário na Faculdade de Ciências de Lisboa, nos domínios da Eco logia Marinha, Recursos Vivos

Marinhos, Pescas e Ordenamen to do Litoral. Entre os cargos que exerceu, destacam-se o de vice -presidente e presidente do INIP – Instituto Nacional de Investiga ção das Pescas (1987-1992) e do IPIMAR – Instituto Português de Investigação do Mar (1992-1996), organismos que precederam o IPMA na área do Mar. Membro do “Scientific Technical Econo mic Committee for Fisheries” da União Europeia (1988-1996).

Foi delegado nacional no ICES “International Council for the Exploration of the Sea” e membro do “Advisor Council for Fishery Management” de 1990 a 1996. Administrador Executivo do ICAT, Instituto de Ciência Aplicada e Tecnologia da Faculdade de Ciências da Uni versidade de Lisboa (1997-1999).

Carlos Sousa Reis foi membro do European Environmental Advi sory Council (2003) e Chairman

do “Working Group on Coastal Zones and Marine Environment “(2003-2004). Membro da Comissão de Estratégia dos Oceanos (Presidência do Con selho de Ministros) (2003-2004).

Coordenador do Programa Fi nisterra no âmbito do Ministério das Cidades, Ordenamento do Território e do Ambiente. (2003-2005). Vogal do Conselho Nacional da Água (1995-2005).

Membro da direção do Forum Permanente dos Assuntos do Mar (2008). Prémio do Mar Rei D. Carlos em 2004.

Carlos Sousa Reis trabalhou com Luiz Saldanha e Mário Ruivo e com eles atravessou o longo e di fícil caminho para desenvolver e afirmar o novo papel de Portugal no Mar nos séculos XX e XXI.

“A ele devemos uma boa parte do que temos feito. Devemos-lhe fazer mais e melhor”, afirma o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) na sua página do Facebook.

14 CADERNO ALGARVE com o EXPRESSO POSTAL 21 de outubro de 2022
FOTO D.R. FOTO D.R.

Câmara de Alcoutim reúne-se com secretária de Estado da Habitação para resolver falta de casas no concelho

Marina Gonçalves visitou a vila alcouteneja e reuniu-se com o executivo municipal para discutirem a Estratégia Local de Habitação

Marina Gonçalves, secre tária de Estado da Habitação, visitou a vila de Alcoutim no passa do dia 28 de setembro, tendo sido recebida pelo presidente da Câmara Municipal, Osvaldo dos Santos Gonçalves, e pelo executivo municipal alcoutenejo.

A visita realizou-se no âmbi to do programa 1º Direito e da Estratégia Local de Habitação de Alcoutim (ELHA) e a governante teve oportunidade de visitar o Edi

fício Habitacional da Rua D. Sancho II, com cinco fogos na sede do conce lho, quatro de tipologia T2, divididos por dois pisos com entrada pela Rua D. Sancho II, e um fogo de tipologia T1, com um único piso e entrada pe la rua junto ao castelo e acessível a pessoas com mobilidade reduzida.

A deslocação da secretária de Esta do da Habitação a Alcoutim incluiu também uma reunião de trabalho, cujo tema principal foi a Estratégia Local de Habitação e o IHRU (Insti tuto da Habitação e da Reabilitação

Urbana), no âmbito do Programa de Apoio do Acesso à Habitação.

Município de Alcoutim prossegue com a implementação da Estratégia Local de Habitação

Identificada a insuficiência de habi tação, a Câmara Municipal destacou “a importância da criação de ins trumentos de apoio à criação ou reabilitação de habitações destina da aos mais jovens, num município

com uma das menores taxa de den sidade populacional a nível nacional torna-se de extrema importância a criação de soluções”.

O Município de Alcoutim prosse gue com a implementação da sua Estratégia Local de Habitação, um instrumento estratégico que con tém o diagnóstico das carências habitacionais existentes no seu território, bem como a definição de soluções que o executivo pretende ver desenvolvidas para combater as dificuldades identificadas.

O desenvolvimento da ELHA cons titui um requisito obrigatório de acesso às linhas de financiamento do “Programa de Apoio ao Acesso à Habitação - 1.º Direito”, o qual visa a promoção de soluções habitacionais para pessoas que vivam em condi ções indignas e sem capacidade financeira para suportar o custo do acesso a uma habitação adequada. Por outro lado, equilibra a definição de uma nova política local de habi tação, preparando as medidas e a respetiva ordem de prioridade.

Martim Longo

Evento

“Na Rota da Perdiz” é como se intitula o trail que decorrerá em Martim Longo, no concelho de Alcoutim, no próximo dia 13 de novembro. Organizado pela Associação de Jovens do Nordeste Algarvio – Inter-Vivos, com o apoio da Câmara Municipal de Alcoutim, o evento insere-se na programação da XIII Feira da Perdiz, a decorrer em Martim Longo no fim de semana de 12 e 13 de novembro, com o objetivo de promover as extraordinárias con dições cinegéticas do concelho de Alcoutim,

e tem entrada gratuita.

Com partida marcada para as 09:30, junto à piscina municipal, em Martim Longo, o pas seio será pela Serra do Caldeirão com uma distância aproximada de 19,2 quilómetros.

O trail terá pontos de abastecimento de líqui dos, um reforço. A abertura do secretariado está marcada para as 08:30 e às 09:20 será feita a apresentação do briefing, seguindo-se o início da prova às 09:30.

Inscrições são obrigatórias e limitadas a 200 participantes

As inscrições são obrigatórias e limitadas a 200 participantes, podem ser feitas online

no site: https://www.crono.aaalgarve.org/ eventos/iii-trail-na-rota-da-perdiz Na XIII Feira da Perdiz estarão presentes empresas e associações do sector. O visi tante poderá disfrutar de um leque variado de atividades, como fauna viva, animação musical, exposições de espécies cinegéticas, concursos, artesanato, entre outras. Nas tasquinhas será possível degustar diver sos pratos típicos da gastronomia da região nesta época do ano, com destaque para os pratos à base de caça.

Os interessados em mais informações devem contactar os emails desporto@cm-alcoutim.pt e intervivos.actividades@gmail.com ou os núme ros de telemóvel 969 090 833 e 964 472 576.

ALCOUTIM O ALGARVE NATURAL 1294 21 de outubro de 2022 www.postal.pt
insere-se na programação da XIII Feira da Perdiz, que decorre em Martim Longo no fim de semana de 12 e 13 de novembro
Abertas inscrições para o III Trail “Na Rota da Perdiz” em
Participantes terão oportunidade de desfrutar da beleza das paisagens da Serra do Caldeirão FOTO D.R. Marina Gonçalves, secretária de Estado da Habitação, foi recebida pelo presidente da Câmara e pelo executivo municipal de Alcoutim FOTOS D.R. A governante teve oportunidade de visitar o Edifício Habitacional da Rua D. Sancho II, que inclui cinco fogos na sede do concelho

Alcoutim é um território

Afauna e a flora, junta mente com os recursos hídricos, foram in gredientes durante milhares de anos para o desenvolvimento de comunida des humanas. Na pré-história o homem caçava para sobreviver. Com a invenção da agricultura na pré-história recente, no período neolítico, as comunidades hu manas tornaram-se sedentárias, fixando-se em povoados e começa ram a produzir e a cuidar dos seus próprios alimentos. A caça, que representava o alimento incerto, passou a ter um papel secundário, mas sempre complementar na ali mentação humana, tornando-se uma ferramenta de gestão do ter ritório, necessária na proteção das plantações, das populações e dos

animais domésticos.

A vila medieval de Alcoutim tornou -se sede de concelho em 1304, pelo foral passado por D. Dinis, e foi até 1836 o maior concelho do Algarve, ano em que perdeu a freguesia de Cachopo para Tavira. Mantendo-se atualmente como um dos maiores em território com cerca de 577 kms2, representando 12% da área total do Algarve. O seu território caracteriza-se por terrenos xistosos pobres do ponto de vista agrícola, acidentado e marcado pelas várias ribeiras que o atravessam e pelo vale do Guadiana que lhe serve de fronteira com Espanha. Tem carac terísticas que atraíram populações e levaram à fundação de mais de uma centena de pequenas aldeias, aliciadas pelos seus recursos na turais como a fauna, a flora e os

minerais do subsolo. Ao longo dos séculos a sua população dedicou-se maioritariamente à agricultura e à pastorícia, tendo na caça, na pes ca, na apicultura, na recoleção de cogumelos e plantas silvestres um bom complemento à sua dieta ali mentar. A caça, sobretudo à perdiz, ao coelho e à lebre teve épocas de grande importância, sobretudo para aqueles que passaram fome e por necessidade tinham de recorrer à caça para sobreviver. Episódios destes podem, ainda, ser escutados da boca dos residentes mais idosos, que recordam tempos difíceis, mas onde a caça era abundante e utili zavam técnicas hoje em desuso ou proibidas. Eram as armadilhas, os cães treinados diariamente no cam po, o caçar com um pau ou o caçar em grupo à perdiz escalfada.

A caça foi sempre um recurso importante em Alcoutim

A caça foi sempre referida como um recurso importante em Alcoutim.

Em tempos foi praticada por caça dores semiprofissionais que caçavam todos os dias durante largos meses do ano e que vendiam caça para ga nharem o sustento da família. Os almocreves antigos e as carreiras de há algumas décadas encarregaram -se de levar a caça para ser vendida e consumida nos grandes centros urbanos do litoral e até para Lisboa chegou a ser enviada. Conta-se que vi nham caçadores de outros concelhos instalar-se no concelho de Alcoutim durante as temporadas de caça com o propósito de caçar todos os dias e com isso realizarem negócio. Nos finais do séc. XIX também o Rei D. Carlos

foi atraído pela fama desta terra em abundância cinegética, sobretudo pa ra realizar jornadas de caça às lebres nas chadas do Pereiro. Hoje, os tempos são outros, Alcoutim luta contra o despovoamento e a de sertificação, aproveitando todos os recursos para melhorar a qualidade de vida dos seus habitantes. A ativida de cinegética tem uma importância vital nos territórios rurais. É inegável a importância da caça na gestão do ecossistema agrícola, sobretudo na componente biótica que diz respeito aos organismos vivos, onde o homem tem um papel ativo na organização e gestão dos recursos. A economia da caça, em Alcoutim, reflete-se nos empregos diretos e indiretos, como por exemplo a fonte de receitas de dormidas e comidas e o aumento do número de visitantes que atrai ao con

ALCOUTIM 16 CADERNO ALCOUTIM POSTAL 21 de outubro de 2022
Chamam-lhe o “Paraíso Cinegético”, onde a caça é importante na gestão sustentável

rico em biodiversidade do território.

celho. Destaca-se também o reflexo na gastronomia tradicional, os pratos de caça como por exemplo a açorda de perdiz, a canja de perdiz, o javali estufado, a lebre com feijão branco, o ensopado de lebre ou o coelho fri to, que associados a outros produtos da terra, podem ser degustados nos restaurantes do território.

Nas últimas três décadas houve uma grande evolução na forma de gerir os recursos cinegéticos, passando o território de Alcoutim a estar 85% em regime cinegético ordenado, onde existem 15 reservas turísticas que abrangem 23.798 hectares e 38 zonas de caça associativas com uma área de 23.727 hectares e duas re servas de caça municipais com uma área de cerca de 1.700 hectares. As zonas de caça turísticas de Alcoutim representam 35% das existentes em

toda a região algarvia e as associa tivas 14%. Estes números refletem bem a importância do setor neste concelho, conhecido por ser um paraíso cinegético e onde a caça à perdiz é rainha, mas também ao coelho, à lebre, ao javali e ao veado.

Mas é importante que se perceba que a atividade cinegética faz parte da identidade do mundo rural, que sem pre existiu e sempre as comunidades rurais souberam gerir o ecossistema de forma sustentável. É necessário voz ativa na defesa do mundo rural, é necessário debater de forma honesta e esclarecida para que não sejam to madas decisões, por quem tem poder e legitimidade para tal, com base no desconhecimento e no preconceito.

Defender a caça é defender a valo rização do ecossistema agrícola e a biodiversidade, é defender o mundo

rural na sua essência e interliga ção com a natureza, é combater o despovoamento, o abandono e a de sertificação, é entender a natureza e compreender a essência humana.

A caça é praticada com paixão, mas também com comprometi mento com a natureza

O caçador é acima de tudo um apai xonado pelo campo, pelos animais e pelas atividades do mundo rural.

A caça é gestão cinegética, é gestão do ecossistema, é preservação dos habitats e valorização das formas tra dicionais de habitar o mundo rural. A caça é uma forma de turismo, quer no ato em si como nas caminhadas e contemplação dos animais em estado selvagem, quer na convivialidade e sociabilização que proporciona. Uma

boa gestão cinegética faz sementeiras e constrói charcas para armazena mento de água para que não falte comida e água aos animais. É fun damental fazer uma gestão correta dos matos, abrir caminhos que entre outras utilidades permitem a pre venção e o combate aos incêndios. A gestão cinegética é uma preocupação permanente com o equilíbrio entre exploração agrícola, exploração cinegética e manutenção da biodiver sidade. No fundo, é a preocupação e o assumir de responsabilidade entre o equilíbrio da exploração da natureza pelo ser humano e os demais seres vivos que partilham o território. A caça é praticada com paixão, mas também com comprometimento com a natureza e tem de ser respei tada como ferramenta de gestão do mundo rural e da biodiversidade. No

território de Alcoutim esta gestão tem permitido atrair populações de veados vindos de Espanha, que aqui encontram condições para se desen volverem, recuperando esta espécie no território depois de estar comple tamente extinta. Outras espécies têm aumentado neste território, como a águia de bonelli, a abetarda, a bar riga negra, a raposa, o javali, os saca rabos, etc. Com maior mediatismo e exemplo máximo deste trabalho de recuperação de espécies selvagens e da estreita colaboração entre ICNF e caçadores temos o lince ibérico. A reintrodução dos primeiros linces no território do Baixo Guadiana aconte ceu em 2015, em Mértola, concelho limítrofe de Alcoutim situado a norte. Alcoutim precisa deste recurso natu ral que assume grande importância na manutenção das suas populações!

ALCOUTIM 17CADERNO ALCOUTIMPOSTAL 21 de outubro de 2022
Imagem à esquerda As zonas de caça turísticas de Alcoutim representam 35% das existentes em toda a região algarvia Imagem ao centro O caçador é um apaixonado pelo campo, pelos animais e pelas atividades do mundo rural Imagem à direita Alcoutim é conhecido por ser um paraíso cinegético, onde a caça à perdiz é rainha, mas também ao coelho, à lebre, ao javali e ao veado FOTOS D.R.
18 CADERNO ALCOUTIM POSTAL 21 de outubro de 2022

Loja “casa nova” inaugurada para atribuição de habitações a custos controlados em Faro

OMunicípio de Faro inau gurou este mês a loja Casa Nova Faro, no âm bito do programa de atribuição de habita ções a custos controlados em Faro.

Ao todo, no âmbito deste processo, serão postos a concurso um total de 90 fogos em construção (18 de tipo logia T1, 38 de tipologia T2 e 34 de tipologia T3), dirigidos a diferentes perfis de famílias, e que deverão es tar prontos a habitar até ao final do ano de 2023.

Iniciativa conjunta da Autarquia e do Grupo Ferreira Build Power, responsável pela construção destas novas habitações, o espaço Casa Nova, a funcionar desde sexta-feira passada na Rua Lethes, n. º 42/ 44, na baixa da cidade de Faro, permite agora que os interessados possam obter toda a informação necessária sobre os fogos a concurso e ajuda

para formalizar a candidatura.

Dos 90 apartamentos em dois blo cos já em construção na zona da Lejana de Baixo, junto à Estrada da Senhora da Saúde e Rua Capitães de Abril (paralela à Avenida Calouste Gulbenkian), 60 por cento deverão ser atribuídos a jovens até aos 35 anos, 20 por cento a pessoas com de ficiência e os restantes 20 por cento ao contingente geral, que abrange o resto da população.

Os fogos a concurso deverão ser de tipologia adequada à composição do agregado familiar, de forma a evitar situações de sobreocupação ou subocupação.

Todos os apartamentos terão varan das e estacionamento e dimensões estipuladas pelo Instituto da Ha bitação e da Reabilitação Urbana (IHRU). Os preços das habitações variam entre os 104.750 euros, no caso dos T1, e os 216.250 euros, no

caso dos T3, custos bem abaixo dos preços de mercado e igualmente definidos pelo IHRU, que rondam cerca de 2 mil euros por metro qua drado.

Poderão concorrer cidadãos com idade superior a 18 anos; cidadãos nacionais ou estrangeiros desde que detentores do título de residência em território nacional, há cinco anos ou mais; residir no concelho de Faro há dois anos ou mais, inin terruptamente, ou nos últimos dez anos, ter residido, no mínimo cin co anos no concelho; que nenhum elemento do agregado familiar seja proprietário ou de detentor de outro título de prédio urbano ou fracção destinada à habitação; todos os ele mentos do agregado familiar com mais de 18 anos têm que ter a sua situação regularizada perante a Autoridade Tributária e Aduaneira e a Segurança Social, bem como pe

rante o Município de Faro e as suas empresas municipais.

O processo de candidaturas, que será devidamente anunciado em edital, deverá decorrer entre os dias 1 de novembro e 31 de dezembro.

A construção de habitação a custos controlados é um dos cinco eixos preconizados na Estratégia Local de Habitação – Município de Faro (2018 – 2025), a par da reabilitação, realojamento de agregados familia res em grave carência habitacional, construção de habitação munici pal para arrendamento apoiado e acompanhamento de processos de autopromoção de soluções habita cionais.

No âmbito da inauguração da loja Casa Nova Faro, o presidente da Câ mara Municipal de Faro, Rogério Bacalhau, disse esperar “ter muita gente a concorrer neste processo” e garantiu que a Autarquia “já está

a trabalhar no sentido de ter mais habitação a custos controlados”.

“Já estamos a desenvolver um lotea mento de 275 fogos para habitação a custos controlados em Estoi e nos Braciais estamos a fazer outro lo teamento, que está já na fase final, que terá uma parte de habitação social para o Município arrendar, com alguns equipamentos comple mentares, e noutra parte, 74 fogos a custos controlados. Ao mesmo tem po, estamos já a rever a Estratégia de Habitação Local para que no fu turo possamos ter outras situações”, concluiu o autarca.

Para obter mais informações so bre este concurso, os interessados podem dirigir-se à loja Casa Nova Faro, na Rua Lethes, n. º 44, nos dias úteis, das 10:00 às 18:00, bem como consultar ou inscrever-se no sítio online criado para o efeito: ht tps://casanovafaro.com/.

REGIÃO 19CADERNO ALGARVE com o EXPRESSOPOSTAL 21 de outubro de 2022
FOTO D.R.

Agradecimento Os seus familiares vêm por este meio agradecer a todos os que o acompanharam em vida e nas suas cerimónias exéquias, ou que de algum modo lhes manifestaram o seu sentimento e amizade.

Agência Funerária

Bárbara, Lda.

Agradecimento

Os seus familiares vêm por este meio agradecer a todos os que a acompanharam em vida e nas suas cerimónias exéquias ou que de algum modo lhes manifestaram o seu sentimento e amizade.

Agradecimento

Os seus familiares vêm por este meio agradecer a todos os que o acompanharam em vida e nas suas cerimónias exéquias, ou que de algum modo lhes manifestaram o seu sentimento e amizade.

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Os seus familiares vêm por este meio agradecer a todos os que a acompanharam em vida e nas suas cerimónias exéquias ou que de algum modo lhes manifestaram o seu sentimento e amizade.

Agradecimento

Os seus familiares vêm por este meio agradecer a todos os que a acompanharam em vida e nas suas cerimónias exéquias ou que de algum modo lhes manifestaram o seu sentimento e amizade.

Agradecimento Os seus familiares vêm por este meio agradecer a todos os que o acompanharam em vida e nas suas cerimónias exéquias, ou que de algum modo lhes manifestaram o seu sentimento e amizade.

Agradecimento

Os seus familiares vêm por este meio agradecer a todos os que se dignaram a acompanhar o seu ente querido à sua última morada ou que de qual quer forma, lhes manifestaram o seu pesar.

Agradecimento

20 CADERNO ALGARVE com o EXPRESSO POSTAL 21 de outubro de 2022 ANÚNCIOS Agência Funerária Santos & Bárbara, Lda. MANUEL JOÃO 09-11-1930 Ÿ 13-10-2022
Os seus familiares vêm por este meio agradecer a todos os que o acompanharam em vida e nas suas cerimónias exéquias, ou que de algum modo lhes manifestaram o seu sentimento e amizade. SANTA MARIA - TAVIRA SÉ E SÃO PEDRO - FARO MANUEL DE JESUS FERNANDES REGINA FERNANDES VIDIGUEIRA MARTINS BERINGELA ROGÉRIO FRANCISCO DA SILVA JEAN MAGDALEN ASHMORE 12-06-1949 Ÿ 13-10-2022 06-01-1957 Ÿ 04-10-2022 02-09-1955 Ÿ 06-10-2022 22-02-1941 Ÿ 03-10-2022
Agência Funerária Santos & Bárbara, Lda. Agência Funerária Santos & Bárbara, Lda. Agência Funerária Santos & Bárbara, Lda. Agência Funerária Santos & Bárbara, Lda. SANTA CATARINA DA FONTE DO BISPO - TAVIRA SANTA CATARINA DA FONTE DO BISPO - TAVIRA VILA NOVA DE CACELA - VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO SANTA MARIA E SANTIAGO - TAVIRA CONCEIÇÃO - TAVIRA SÉ E SÃO PEDRO - FARO BIRMINGHAM - REINO UNIDO CONCEIÇÃO E CABANAS DE TAVIRA - TAVIRA JORGE MANUEL FERNANDES VALENTE TÂNIA ASSUNÇÃO DOS SANTOS FERNANDES EZEQUIEL MARTINS BENTO 17-09-1954
Ÿ 09-10-2022 15-08-1989 Ÿ 03-10-2022 26-04-1964 Ÿ 01-10-2022
Agência
Funerária Santos & Bárbara, Lda. Agência Funerária Santos & Bárbara, Lda.
Santos &
SANTA
MARIA - TAVIRA SÉ E SÃO PEDRO - FARO
VILA NOVA DE CACELA - VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO SANTA MARIA E SANTIAGO - TAVIRA SANTA
CATARINA DA FONTE DO BISPO - TAVIRA SANTA CATARINA DA FONTE DO BISPO - TAVIRA

ANÚNCIO

JOSÉ CARLOS MARTINS ROLO, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE ALBUFEIRA.

FAÇO PÚBLICO que a Câmara Municipal de Albufeira, por deliberação tomada em reunião de 04 de outubro de 2022, determinou a abertura de concurso público, com vista à ocupação temporária das seguintes ban cas, naquele Mercado Municipal:

BANCAS PARA VENDA DE PEIXE - N. o 12;

BANCAS DE FRUTAS E HORTALIÇAS, N os 11, 12, 19, 20, 21 E 22.

O valor base para as propostas a apresentar é o seguinte:

BANCAS PARA VENDA DE PEIXE - N. o 12 – 130,00 EUROS;

BANCAS DE FRUTAS E HORTALIÇAS, N os 11, 12, 19, 20, 21 E 22 –40,00 EUROS.

As propostas, que indicarão o valor mensal que o concorrente se pro põe pagar, deverão ser entregues pessoalmente perante uma comissão nomeada para o efeito, pelas 10:30 horas do dia 28 de outubro de 2022, em carta fechada, as quais deverão ser elaboradas de acordo com o artigo 4º do Programa de Concurso, ou seja, a proposta será feita em papel comum, redigida em Português, nos seguintes termos: (Identificação da pessoa singular ou coletiva), com o número de identi ficação fiscal ……. residente/com sede em ................ , tendo tomado conhecimento do programa de concurso para a exploração temporária da Banca n.º......., para venda de ........, localizada no Mercado Munici pal de Caliços, em Albufeira, a que se refere o ANÚNCIO datado de ...... de ........................ de ....., obriga-se e sob compromisso de honra com promete-se, perante o Município de Albufeira, a exercer, em exclusivo, apenas e tão somente a atividade comercial em conformidade com o uso estabelecido em sede de Programa de Concurso e respetivo Caderno de Encargos, sob pena de o Município resolver, nos termos legais em vigor, o contrato de exploração temporária, para o que propõe o pagamento da importância anual de ...........euros (repetir a quantia por extenso) como taxa de ocupação e exploração, a pagar em doze prestações mensais, iguais e sucessivas, de ............euros (repetir a quantia por extenso) cada. Mais declara ................(esta parte só no caso de pretender o concorrente referir quaisquer condições que julgue conveniente apresentar, as quais poderão ou não ser aceites).

O programa do procedimento e o caderno de encargos encontram-se patentes no sítio da Internet do Município de Albufeira – http://www.cm -albufeira.pt /consultar/concursos públicos/Secção do Portal/Divisão de Contratação Pública e Gestão Patrimonial, onde podem ser consultados. O ato público de abertura das propostas, a realizar na sequência da sua entrega, será realizado, de imediato, perante uma comissão nomeada para o efeito, na Sala de Reuniões desta Câmara Municipal.

PAÇOS DO MUNICÍPIO DE ALBUFEIRA, 10 DE OUTUBRO DE 2022.

DA CÂMARA MUNICIPAL

MARTINS

Reze 9 Ave-Marias com uma vela acessa durante 9 dias, pedindo 3 desejos, 1 de negócios e 2 impossíveis ao 9º dia publique este aviso, cumprir-se-á mesmo que não acredite. A.G.

Reze 9 Ave-Marias com uma

acessa durante 9 dias, pedindo 3 desejos, 1 de negócios e 2 impossíveis ao 9º dia publique este aviso, cumprir-se-á mesmo que não acredite. C.F.

21CADERNO ALGARVE com o EXPRESSOPOSTAL 21 de outubro de 2022
“CONCURSO PÚBLICO PARA EXPLORAÇÃO TEMPORÁRIA DE BANCAS, LOCALIZADAS NO MERCADO MUNICIPAL DE CALIÇOS, EM ALBUFEIRA”
DATA .......................... ASSINATURA.”-------------------------------
O PRESIDENTE
JOSÉ CARLOS
ROLO (POSTAL do ALGARVE, nº 1294, 21 de Outubro de 2022) ANÚNCIOS ASSINA o teu Jornal Nome Morada POSTAL do ALGARVE - Rua Dr. Silvestre Falcão, 13C 8800-412 Tavira AUTORIZAÇÃO DE PAGAMENTO por débito na conta abaixo indicada, queiram proceder, até nova comunicação, aos pagamentos das subscrições que vos forem apresentadas pelo editor do jornal POSTAL DO ALGARVE. Esta assinatura renova-se automaticamente. Qualquer alteração deverá ser-nos comunicada com uma antecedência mínima de 30 dias. NOTA: Os dados recolhidos são processados automaticamente e destinam-se à gestão da sua assinatura e apresentação de novas propostas. O seu fornecimento é facultativo. Nos termos da lei é garantido ao cliente o direito de acesso aos seus dados e respectiva atualização. Caso não pretenda receber outras propostas, assinale aqui. Assine através de DINHEIRO, CHEQUE ou VALE POSTAL à ordem de POSTAL DO ALGARVE Assine através de DÉBITO DIRECTO 40€ 33€ BancoNome do Titular ASSINATURA IDÊNTICA À CONSTANTE NA FICHA DO BANCO TITULAR DA CONTA PT50 Recebe o em primeira mão Distribuído em toda a região do Algarve com o Data Nasc. _ _ / _ _ / _ _ _ _ Cód. Pos. _ _ _ _ _ _ _ NIF Tel Email   www. PreviaSafe .pt Tel. : 28 9 39 3 71 1 | 28 9 82 4 861 geral@previa.pt
vela

ANÁLISE e Perspectivas Turísticas

Elidérico Viegas

Os governos são os piores inimigos da competitividade económica, quer porque a fiscalidade é elevada, quer por falta de equipamentos e infraes truturas necessárias à afirmação e diferenciação qualitativa das ofertas e produtos que comercializamos, quer pela falta de estí mulos financeiros às empresas exportadoras, quer ainda por insuficiência de bons serviços de apoio, envolvente de qualidade, promoção adequada, etc.

O turismo contemporâneo surgiu na Europa no final dos anos 50, no seguimento do sucesso das medidas económicas de excepção implementa das após a II Grande Guerra – o Plano Marshall.

As conquistas sociais proporcionadas pelos regimes democráticos europeus, aliadas a uma tecnologia emergente – o avião – que de mocratizou e massificou o transporte aéreo –, catapultaram o turismo para o primeiro lugar do ranking da economia mundial em pouco mais de 50 anos.

Assim, os povos do centro e norte da Europa

lidades internacionais e do mais que previsível crescimento sustentado do sector à escala mun dial.

Neste contexto, assume relevância especial a necessidade da requalificação e reequilíbrio da oferta, o que exige apoios financeiros que facilitem a remodelação e modernização de unidades hoteleiras e a valorização de zonas urbanas e turísticas saturadas, assim como con dições de financiamento para investimentos em áreas da oferta que se revelem essenciais para o esbatimento da maior fraqueza regional – a sazonalidade.

Existe no seio dos algarvios em geral um sen timento de injustiça que assenta no facto da região, apesar de ser a maior e mais importante zona turística portuguesa, não ter visto reflec tida a sua importância relativa em motivadores benefícios financeiros que tivessem permitido superar alguns dos problemas mais prementes com que o Algarve se vem defrontando desde sempre.

O relacionamento do turismo com o ambiente e o ordenamento do terri tório é, presentemente, um dos factores mais significativos de compe titividade nos mercados internacionais, fazendo do turismo a actividade económica portuguesa mais competitiva em termos de sustentabili dade.

O turismo da era moderna chegou ao Algarve em meados da década de sessenta, tendo os primeiros hotéis sido construídos em Monte Gordo (Vasco da Gama), Armação de Pêra (Garbe) e Sagres (Baleeira), curiosamente todos pertencentes a famílias algarvias

começaram, a partir do final da década de cinquenta, a fazer férias nos países do Sul em busca de melhores condições climatéricas e da cultura milenar existente em toda a bacia do mediterrâneo.

O turismo da era moderna chegou ao Algarve em meados da década de sessenta, tendo os pri meiros hotéis sido construídos em Monte Gordo (Vasco da Gama), Armação de Pêra (Garbe) e Sagres (Baleeira), curiosamente todos perten centes a famílias algarvias.

Em Portugal, a actividade turística acompa nhou as tendências mundiais, constituindo, hoje, um dos aspectos mais relevantes da eco nomia portuguesa e assumindo-se como um dos sectores indispensáveis e mais importantes na condução das políticas macroeconómicas do País.

Um dos maiores desafios do turismo nacional é, no actual contexto, ser capaz de responder às exigências da competitividade, uma conse quência directa do fenómeno da globalização das economias, das sucessivas crises e instabi

PERCEPÇÕES… E REALIDADES

Neste sentido, o contri buto do turismo para a afirmação da imagem de Portugal no mundo, deve ter no horizonte, a valorização do sector, com tudo o que isso im plica a diversos níveis.

O fomento da escala e competitividade do nosso turismo torna, urgente e necessário, que os serviços da admi nistração pública, bem como os responsáveis ao mais alto nível da governação, tenham um maior e melhor entendimento da substância da actividade turística na economia e a sua importância estratégica na vida e sociedade portuguesa.

O turismo de qualidade, o nosso maior desíg nio competitivo, só pode ser o da qualidade da oferta em todas as componentes da vasta gama de preços e serviços, incluindo os valores his tóricos, culturais, arquitectónicos, naturais e ambientais.

O posicionamento competitivo do nosso turis mo, vai depender em grande medida da nossa capacidade em administrarmos eficientemente os nossos recursos, enquanto quadros de refe rência estratégica, convergência e valorização competitiva do nosso País, no respeito por uma equidade social e prosperidade económica para todos.

*O autor não escreve segundo o acordo ortográfico

QUERIDOS POMBINHOS

Vai longe o tempo da pomba branca branquinha de que falam as referências bíblicas, símbolo da paz, de alimento, remédio e bênção divina. Os bandos de pombos que invadiram praças e esplanadas já não trazem ramos de olivei ra para Noé. Agora, enchem o bico e o papo com migas de pão, lascas de bolos, restos de pizza e tudo o que conseguem arreba nhar junto de clientela condescendente e generosa. Aliás, tornaram-se mesmo atre vidos, saltitando directamente de telhados e de chãos para as mesas onde os huma nos comem. É curiosa a permissividade de tanta gente ultra-sensível a todo o género de vírus, bactérias, germes e bicharada diversa e que parece indiferente ao poten cial transmissivo de doenças através do efectivo columbófilo (e não só). É longa a lista de patologias: clamidiose, salmonella, criptococose, histoplasmose, ornitose, der matites, tuberculose aviária, alergias em geral, potenciador de meningite. Ademais, dizem os entendidos que os pombos são hospedeiros de ectoparasitas como per cevejos, carraças, pulgas, piolhos, ácaros. As fezes são muito ácidas, altamente cor

concepcionais próprios para controlar a natalidade sem freio. Mas, acima de tu do, expliquem aos cidadãos que alimentar pombos de forma intencional ou acidental foi o que os retirou do seu ambiente natu ral (os campos) e lhes adulterou a dieta original. A renaturalização também é isto.

LIBERDADE PARA ROUBAR

Aadministração da Justiça em Portugal é um enigma e uma lotaria, para não chamar um nome feio. Para um mesmo crime, para a mesma lei, ca da juiz sua sentença. Depende do sítio e da instância. Cá por baixo, um fulano foi caçado em Vila Real de Santo António a praticar o roubo da moda, ou seja, catali sadores de automóveis, e ficou logo preso preventivamente por ordem de uma se nhora procuradora da República. Lá pelo Norte, outro larápio a operar no mesmo ramo de actividade, também conhecido como o “rei dos catalisadores”, já foi apa nhado oito vezes em flagrante delito sem nunca recolher aos calabouços por esse tipo de façanhas. Sempre que libertado, reincidiu logo de seguida, num autêntico gozo aos agentes da autoridade e desprezo pelas vítimas da rouba lheira. Se a Justiça vale ouro, a platina que um catalisador contém vale ainda mais, e a moldura penal aplicável tem valor de lata. Tratando-se de um “crime semipúblico”, indo a pena até 3 anos de prisão, dizem lá pelo Norte que não se aplica a prisão preventiva. Apren dam com o Algarve.

rosivas para os monumentos, as igrejas e outros edifícios da sua preferência. Esta paleta de tintas tão carregadas corre o risco de ser injusta para os bichinhos. Os pombos são super-inteligentes, acrobatas, pais extremosos, monogâmicos, adorá veis, os primeiros entre os primeiros seres vivos que interagiram com os humanos. Os pombos já foram carteiros indispensáveis em tempo de guerra, foram precursores dos telegramas e fazem a alegria dos desportistas da especialidade de longas distâncias. A sua voz parece um ponteiro da tranquilidade. Picasso inspirou-se neles para a tela, até baptizou a filha de Paloma. Quem é que não cantou em pequenino a canção do “lá vai uma, lá vão duas, três pombinhas a voar, uma é minha, outra é tua, outra é de quem a apanhar”? Mas, como tudo na vida, o que é demais não presta. A Direcção Geral de Veterinária e as autarquias não podem ignorar este problema que transformou este bichinho querido numa praga em vilas e cidades. Peçam auxílio a predadores, coloquem espantalhos, instalem superfícies reflecto ras, repelentes sonoros, espigões ou balões metalizados, usem água com pressão.

Disponibilizem dispensadores com anti

ALTAS VELOCIDADES

Em tempo de aflição e desacerto o Governo maioritário sacou da cartola o coelho TGV, a pular de Lisboa ao Porto aos saltinhos e aterrando em Vigo. É esperar para ver, e ver para crer. De anúncio em anúncio, há três décadas que se projectam mapas de ligações ferroviárias de alta ve locidade a disparar em todas as direcções rumo à Europa. Até agora, nem um cen tímetro saiu do papel ou do microfone. Cristóvão Norte, o deputado-sombra do PSD que anda mais activo do que quando estava no solário do Parlamento, lembrou avisadamente que o País encolhe a Norte, mas o Algarve fica de fora (seguindo, aliás, esta tradição secular de ficar sempre para último). José Apolinário, o responsável pe la CCDRA, foi a Vila Nova de Gaia defender a ligação prioritária Faro-Huelva-Sevilha sem esquecer o melhoramento da linha convencional no troço Tunes-Torre Vã, e está carregado de razão. Tudo isto suscita perguntas e respostas. Queremos TGV? Todos! É caro? Muito! Há dinheiro? Não se sabe!

22 CADERNO ALGARVE com o EXPRESSO POSTAL 21 de outubro de 2022
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Mendes Bota | OPINIÃO Antigo parlamentar e diplomata da União Europeia
Tudo isto suscita perguntas e respostas. Queremos TGV? Todos! É caro? Muito!
Há dinheiro? Não se sabe!
*O autor não escreve segundo o acordo ortográfico
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É a competitividade, estúpido! “Não se consegue ser competitivo quando o governo atrapalha” – Koppe

Vagas quase esgotaram na Universidade do Algarve

Terminadas as três fases do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior 2022/23, a Universidade do Algarve registou uma ocu pação total de 97,6%, colocando-se entre as instituições portuguesas com maior procura.

De acordo com os resultados da 3ª fase do Concurso Nacional de Aces so ao Ensino Superior de 2022/23, a taxa total de colocação na UAlg (97,6%) foi novamente superior à do País (92,1%), situando-se 5,5 pontos

percentuais acima da média nacio nal. No final do Concurso Nacional de Acesso foram colocados 1572 no vos estudantes.

De destacar que nos últimos quatro anos, a Universidade do Algarve passou de uma taxa de ocupação de 86,3%, em 2018/2019, para 97,6%, em 2022/23, tendo-se verificado um aumento de 11 pontos percentuais Segundo os dados da Direção-Ge ral do Ensino Superior (DGES), divulgados pelo Ministério da Ciên cia, Tecnologia e Ensino Superior

(MCTES), “50.315 estudantes in gressaram em 2022-2023 no ensino superior público através do concurso nacional de acesso”, considerando todas as fases, dos quais 29.948 en traram em universidades e 20.367 em politécnicos.

A 3ª fase do concurso nacional de acesso resultou na colocação de mais 1.034 estudantes. Na UAlg foram co locados mais 61 novos estudantes, que deverão, até quinta-feira, 20 de outubro, realizar a matrícula e ins crição junto da UAlg.

Letras & Leituras

A religião dos livros, de Carlos Maria Bobone, é um dos mais recentes títulos a integrar a colecção Retratos; uma antologia, da Fundação Francisco Manuel dos Santos, de pequenos ensaios, atuais e pertinentes, sobre os mais variados temas.

Como o subtítulo esclarece, Alfarrabistas, livrarias e livrei ros, este é um livro com cerca de cem páginas (por um valor simpático) sobre a história dos livreiros e das livrarias (mas não das que vendem livros novos), que nos fala também de feiras, da oferta atual, de bibliófilos, bibliotecas, leilões e livrarias independentes.

“Ao alfarrabista vão parar to dos os esquecidos, as culturas subterrâneas que produzem livros ignorados pela História, as modas passadas, os falsos consagrados e todas as insig nificâncias impressas ao longo dos tempos.” (p. 43)

Alunos da Escola Secundária João de Deus estagiam em Sevilha no âmbito do Erasmus +

Jovens foram desenvolver competências técnicas, relacionais e organizacionais que só a formação em contexto de trabalho permite

Oito alunos da Escola Secundária João de Deus em Faro dos cursos Profissionais de Multimédia, Foto grafia e Comunicação – Marketing, Relações Públicas e Publicidade, efe tuaram os seus estágios profissionais em várias entidades e empresas em Sevilha.

Esta experiência, com a duração de cinco semanas, realizou-se no âmbito do projeto Erasmus +, Profis sionais do século XXI: Uma Aventura pela Europa V, inserido no progra ma, “KA1 – Projeto de Mobilidade Individual para fins de Aprendiza gem”.

Os alunos Ricardo Gabriel (18 anos), Diogo Silva (18 anos), Bruno Guerrei ro(19 anos), Beatriz Graça (18 anos),

Marta Assunção (19 anos), Raquel Campos (19 anos), Catalina Tincul (21 anos) e Sónia Martins (18 anos), candidataram-se ao projeto de mo bilidade nos domínios da educação, da formação e da juventude e estive ram sob a coordenação da professora Maria João Seruca em Portugal e da professora Carmen Manrique Do mingo em Sevilha. Integraram este grupo dois alunos surdos e a intér prete de Língua Gestual portuguesa Inês Teixeira.

Ao longo dos últimos anos a Esco la Secundária João de Deus tem recebido e enviado regularmente alunos, no âmbito do programa eu ropeu Erasmus+, “KA1 – Projeto de Mobilidade Individual para fins de Aprendizagem”, que financia todas as despesas dos alunos.

Este projeto tem como objetivo facilitar a inserção no mercado de trabalho aos alunos dos cursos profis sionais e promover a transparência

de qualificações. As experiências anteriores permitiram enviar alu nos para países como Itália, Polónia e Bélgica. Estes alunos passam a ter a possibilidade de desenvolver competências técnicas, relacionais e organizacionais que só a formação em contexto de trabalho permite. Por outro lado, a experiência num país estrangeiro vem exigir do aluno o desenvolvimento de outras com petências, como o aperfeiçoamento da língua inglesa e, neste caso, a aprendizagem da língua Espanhola e o reconhecimento da diversidade cultural e multicultural.

Os estudantes iniciaram o estágio a 20 de setembro e finalizaram a 19 de outubro, com a certeza de que terminam esta experiência enrique cedora, mais sensibilizados para a interculturalidade e com uma maior consciência do projeto europeu e dos valores da União Europeia e certa mente ficará nas suas memórias.

O autor traça um retrato atual, na primeira pessoa, da sua profissão de alfarrabista, à semelhança do pai. Um trabalho que requer diversidade e “esforço constante de renovação”, um ofício “interessante e arriscado”, “e é por isso também que se falará mais neste livro de alfarrabistas do que de livrarias de livros novos” (p. 20). Já se tem escrito sobre im pressores, editoras e editores, mas correu escassa tinta sobre livreiros. Um livro que contradiz a ideia fatalista, que as notícias desenham, de que se vive o fim do livro. Há, nos últimos dez anos, muito menos livrarias inscritas na APEL, o número de livrarias no Chiado é agora quase inexistente, mas criou-se um imenso mercado paralelo com os vendedores na internet. É aliás afirmada a “assinalável resistência do livro como um bem atractivo, mesmo em épocas de crise” (p. 18). O livro hoje é aliás encarado como um bem ou objeto artístico, capaz de valer tanto como um quadro. Contudo também há quem o compre a metro… Carlos Maria Bobone, com alguma graça e humor, ensina-nos ainda a descortinar os truques dos livreiros, revelando-o como um “mundo de enganos e de falsa cultura, que poucas vezes é percebido como tal” (p. 34), com o seu vocabulário específico, o seu “jargão bibliófilo” (p. 33).

Este mundo da bibliofilia vive também de pequenos nichos, um mundo de especialização, face à massificação das grandes cadeias livreiras, que vivem do momento, obrigadas a renovar permanentemente as prate leiras para albergar as novidades que se sucedem vertiginosamente.

Aqui se revelam segredos e curiosidades, como uma primeira edição poder valer dezenas de milhares de euros se contiver uma gralha que a identifica como uma primeiríssima edição, depois corrigida nas se guintes, o que, ironicamente, desvaloriza o livro.

Um livro sobre livros que, por isso mesmo, também se faz das histórias.

Por estas páginas, desfilam o Mendel dos livros, de Stefan Zweig, Jorge Carrión, com o seu Livrarias, ou Jacques Bonnet e as suas Bibliotecas Cheias de Fantasmas.

REGIÃO 23CADERNO ALGARVE com o EXPRESSOPOSTAL 21 de outubro de 2022
Paulo Serra Doutorado em Literatura na Universidade do Algarve FOTO D.R. FOTO
D.R.

Concurso para construir novo hospital do Algarve em PPP deverá ser lançado em 2023

O ministro da Saúde disse esta quar ta-feira que espera poder lançar em 2023 o concurso para a construção e manutenção do novo hospital central Algarve em regime de Parceria Público Privada (PPP). Questionado na Comis são Parlamentar de Saúde sobre qual a sua posição relativamente às PPP nos hospitais, Manuel Pizarro, que em declarações anteriores já se tinha mani festado a favor da gestão dos hospitais neste regime, afirmou: “Qualquer deci são que o Governo viesse a tomar hoje sobre o lançamento de uma PPP para a gestão clínica de um hospital demoraria quatro a cinco anos a concretizar-se”.

“Coisa diferente é a utilização das PPP para construção e manutenção das infraestruturas hospitalares e aí sim, confirmo que mantemos essa intenção não apenas em relação a Lisboa Orien tal, mas no novo projeto do hospital central do Algarve, em relação ao qual eu espero que durante o ano de 2023 possamos ter completamente prepara do o programa funcional que dará corpo ao caderno de encargos que permita lan çar esse processo concursal”, afirmou. O governante falava na Comissão Parla mentar de Saúde, onde foi ouvido sobre o Relatório Anual de Acesso a Cuida dos de Saúde nos Estabelecimentos do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e Enti dades Convencionadas, relativo a 2021, as perspetivas e planos do Governo para o futuro do SNS e o novo Estatuto do SNS. Apenas o Hospital de Cascais se mantém com gestão em modelo PPP, depois de não terem sido renegociados os contratos relativos aos hospitais de Braga, Loures e Vila Franca de Xira.

Investigadores da Universidade do Algarve instalam “observatório subaquático”

Uma equipa de investigadores da Universidade do Algarve concluiu a instalação de um “observatório subaquático” que permite “ouvir e mo nitorizar” o fundo do oceano em tempo real junto das ilhotas do Martinhal, em Sagres, anunciou a instituição. “A in fraestrutura pretende ser um ponto de ligação entre a investigação científica, as escolas e o público em geral, no que se refere à observação do oceano”, afir ma a instituição de ensino algarvia. O observatório "Marreal" fica localizado a uma profundidade de 20 metros e inclui vários tipos de sensores, entre eles, uma câmara de vídeo subaquática, a medição da temperatura e da salinidade da água, a observação de partículas na coluna de água, e um sensor acústico, para audi ção do ruído submarino.

O observatório permite o registo em tempo real dos dados recolhidos por todos os sensores existentes na plataforma, “que serão brevemente disponibilizados a toda a comunidade, via internet”.

Marcha protesto contra “iminente” destruição

Loteamento avança em Lagoa apesar de contestado por ambientalistas

Os trabalhos de terraplana gem para a construção de um loteamento numa zona húmi da temporária denominada Alagoas Brancas, no concelho de Lagoa, projeto contestado por ambientalistas, estão a decorrer “desde a semana pas sada”, disse à Lusa o presidente da autarquia.

“Confirmo que os trabalhos de terraplanagem [em Alagoas Brancas] foram iniciados e pa ra nós é um assunto que está encerrado […], tratando-se de um projeto legal e legítimo”, disse Luís Encarnação após ter sido questionado pela Lusa so bre o arranque dos trabalhos. Segundo o autarca, o promotor do projeto - contestado desde o seu início, em 2007, por or ganizações ambientalistas -, “pagou e levantou a respetiva licença” de construção em se tembro, tendo todo o direito de avançar com o empreendi mento constituído por 11 lotes.

Em comunicado, várias or ganizações ambientalistas defenderam que a “destrui ção desta zona húmida põe em risco a segurança da cidade em situação de cheia”, sendo “notória a ilegalidade deste ato, impermeabilizando uma zona que trará severas con sequências, tendo em conta o regime de pluviosidade a que o Algarve está sujeito”.

Luís Encarnação recordou que o projeto inicial foi aprovado em 2009 e que passou todas as fases de licenciamento pre vistas na lei para permitir a atribuição do alvará. “O grupo que promove a contestação intentou uma providência cautelar que chegou ao Supremo Tribunal Administrativo, que acabou por dar razão ao promotor”, considerando não haver razão para uma providência caute lar ao não reconhecer “valor ambiental que justifique uma intervenção”, esclareceu o au tarca.

Mais recentemente, em maio passado, o Tribunal Central Administrativo do Sul (TCAS)

rejeitou os pressupostos que levaram o Tribunal Adminis trativo e Fiscal (TAF) de Loulé a suspender, em maio de 2021, o loteamento Alagoas Brancas. Um estudo da Almargem, associação de defesa do pa trimónio cultural e ambiental do Algarve, que contesta as obras, é o único que afirma ha ver um “valor ambiental” nos terrenos em causa, sublinha Luís Encarnação.

A Associação Almargem, A Rocha Portugal, GEOTA, FAPAS, Liga para a Proteção da Natureza (LPN), Socieda de Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) e ZERO - As sociação Sistema Terrestre Sustentável asseguram que “não se conformam nem vão ficar paradas perante esta agressão ambiental grave e desnecessária”.

Aquelas organizações convo caram, em colaboração com o movimento de cidadãos pelas Alagoas Brancas, uma marcha de protesto para o próximo sábado, às 17:00, no Largo do Auditório Municipal Carlos do Carmo, em Lagoa

Doentes oncológicos no Algarve vão ter que ir a Sevilha

Faro: Alojamento de emergência esgotou

Em apenas um mês, o centro de alojamento de emergência social de Faro, que abriu a 1 de setembro, atingiu a sua lotação máxima. A instituição que gere o centro disse à SIC que "já não consegue dar resposta a todos os pedidos de ajuda e antevê que o pior ainda está para vir". Num mês, passaram pelo centro 35 pessoas incapazes de pagar uma casa, incluindo famílias com bebés e crianças.

Cágados reabilitados devolvidos à natureza

O Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas e o parque aquático algarvio Zoomarine libertaram esta quarta-feira sete cágados rea bilitados numa das margens da barragem de Odeleite. O Zoomarine informa que os sete animais “receberam alta médica e regressarão ao meio selvagem, numa das margens da barragem de Odeleite.” As origens dos sete cágados “são distintas, assim como o são os tamanhos, os pesos e as ra zões” que levaram ao resgate inicial dos animais, libertados numa altura de “fortes e dra máticas reduções dos espelhos de água na paisagem algarvia”.

Lagoa apresenta "Dantzari - Bailaor"

O Auditório Carlos do Carmo, no concelho de Lagoa, vai apre sentar no dia 29 de outubro, o espetáculo "Dantzari - Bailaor", pela Companhia Flamenca Jesus Herrera, anunciou a Câmara Municipal. O espetá culo de danças flamencas tem início marcado para as 19:00.

Os bilhetes têm um preço de 10 euros e podem ser adquiridos nas bilheteiras do auditório, no Centro Cultural, Convento de São José, Balcão Único do município, CTT e em https:// cmlagoa.bol.pt/.

Detido suspeito de tráfico de droga

TRATAMENTOS Os doentes oncológicos no Algarve vão ter necessidade de realizar uma via gem de 400 quilómetros, entre ida e volta, até Sevilha para receber tratamentos de radiocirurgia, denunciou esta quarta-feira o ‘Correio da Manhã’.

O Centro Hospitalar e Universitário do Algarve (CHUA) decidiu adjudicar o serviço oncológico ao grupo espanhol QuirónSalud, que assegura o transporte dos doentes. “O concurso tinha de ser internacional porque excede o valor de 750 mil euros. Houve dois concorrentes e o júri decidiu colocar o prestador espanhol em primeiro lu

gar”, explicou Horácio Guerreiro, diretor clínico do CHUA e responsável pela realização do concurso. A decisão foi alvo de críticas da Associação On cológica do Algarve. “Digam o que disserem, qualquer pessoa do Algarve que tenha de se deslocar a Sevilha para uma intervenção deste tipo, que pode fazer em Faro, vê a sua vida al terada”, denunciou Jaime Ferreira, porta-voz da associação. Na região algarvia, estes tratamentos são realizados em Faro, na Clínica de Radion cologia do Algarve, concessionada à empresa Quadrantes

A GNR deteve na terça-feira um suspeito por tráfico de droga e apreendeu 94 doses de haxixe, durante uma opera ção de fiscalização rodoviária, no concelho de Albufeira. A detenção ocorreu depois de os militares suspeitarem do comportamento do homem, com 25 anos, passageiro de uma viatura abordada para inspeção. Na sequência da ação, os militares encontraram e apreenderam 94 doses de haxixe preparadas para ven da. O suspeito foi constituído arguido e o processo enviado para o Tribunal de Albufeira.

Tiragem desta edição 9.070 exemplares
POSTAL regressa a
4
de novembro Distribuição quinzenal nas bancas do Algarve FOTO D.R.
E ainda
LAGOA: ZONA HÚMIDA DA ALAGOAS BRANCAS
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