POSTAL 1292 22SET2022

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Algarve a onde

É algarvio e promete. O avan çado do Benfica foi convocado pelo selecionador português de futebol para defrontar Repúbli ca Checa e Espanha, para a Liga das Nações. P11

O primeiro Capítulo, que incluiu a Entronização dos membros fundadores da Confraria Gas tronómica da Sardinha de Portimão, realizou-se no Museu de Portimão. P9

zona

surgem mais queixas dos CTT TRIBUNA PARLAMENTAR 30 de doHospitalconcursolançamentovamossetembroterodoparaoCentralAlgarve ECOLÓGICAAQUACULTURA comosãoosQuandoresíduosusadosrecurso ➡ Por Maria Emília Cunha e Laura Ribeiro P12

GESTÃO DOCUMENTAL PARA www.hpz.ptEMPRESAS Interdita venda na distribuição quinzenal com o jornal 23 de setembro de 2022 1292 • €1,5 Diretor: Henrique Dias Freire Quinzenário à sexta-feira postaldoalgarve 144.063 www.postal.pt MARIA JOÃO NEVES Afinal como é o mundo? CS15 JORGE QUEIROZ Efemérides, o Brasil independente e o museu que não temos CS14 SAÚL NEVES DE JESUS Pode o mar servir de enquadramento para as obras artísticas?? CS13 PAULO SERRA Baiôa sem data para morrer, de Rui Couceiro Yoga, de Emmanuel Carrère CS18 e 19 MARIA LUÍSA Os livros de Adriano Moreira e o seu livre pensamento CS14 MAURO RODRIGUES Fotógrafos controversos ao longo da História: Criatividade, moda e conceptuais CS17 PAULO LARCHER O ALGARVE DE COSTA-A-COSTA: O Chalé de Marim CS16 EPERCEPÇÕES…REALIDADES ➡ Burrocracias ➡ O monstro voltou ➡ Última pedalada Por Mendes Bota P22 eANÁLISEPerspectivas Turísticas Turismo Sustentável: “Não herdámos a Terra dos nossos antepassados, pedimo-la emprestada aos nossos filhos” ➡ Por Elidérico Viegas P22 E ainda a Opinião As PrimeiroFamílias ➡ Por Luís Gomes P2 ➡ Por Luís Graça P2 ▶ Nos concelhos de Tavira e Loulé, o correio normal está a ser entregue com atrasos de quase um mês. Há registos de reformas e de cartas para pagar água e luz a chegarem fora do prazo P4

III

Central Fotovoltaica de Paderne reflete este cenário e mostra a aposta neste tipo de investimentos. Desta forma, a empresa contribui para o desenvol

Até ao próximo dia 30 de setem bro pode usufruir do animado parque temático sem a azáfama do mês de agosto, mas com toda a diversão e com preços espe ciais. P6

CENTRAL SOLAR FOTOVOLTAICA

Zoomarine com descontos para residentes no Algarve

Capital) P5

“Portugal é um país com um elevado potencial de crescimento no que diz respeito à produção de energia solar. A

Faro lança OrçamentonovoParticipativo

vimento económico e sustentável da região do Algarve”, declara Filinto Mar tins, diretor‑geral do fundo NextPower (NextEnergy

Em

Nasceu uma confraria em Portimão para promover a sardinha

Para o responsável pela marca em Lisboa e no Algarve, Hugo Teixeira, “esta loja é um passo importante na expansão da marca no Algarve e estamos a estudar novos locais, nomea damente na zona de Lagos”. P7

é

destaque Albufeira prepara-se para ser autossuficiente em produção fotovoltaica ATRASOS DE QUASE UM MÊS NA ENTREGA DE CORRESPONDÊNCIA

Olhanense Gonçalo Ramos chamado pela primeira vez à seleção principal

Um total de 190 mil euros pa ra investir. A autarquia espera uma maior participação. P10

Loja da Porcelanosa abre em Loulé

Luís Graça

DESIGN Bruno Ferreira ONLINE www.postal.pt

Deputado do PS pelo Algarve | OPINIÃO

Com este Governo cumpridor de pro messas e da Lei, estou seguro de que o artigo 213.º do OE que refere que “até ao final do terceiro trimestre de 2022, o Governo adota as diligências neces sárias que assegurem o procedimento para a construção e equipamento do novo edifício do Hospital Central do Algarve”, vai ser cumprido. É já para a semana! Considerando o historial de promessas cumpridas do PS, no Algar ve, acha mesmo que a palavra dada, como diz o cliché socialista, mais uma vez vai ser honrada?

Otares.Governo do Partido Socialista já anunciou um conjunto de medidas de apoio às famílias, de forma a que seja possível amenizar a perda de rendimentos e, mais recentemente, foi apresentado um pacote de apoios para as empresas de forma a manter a capacidade produtiva e a competiti vidade da economia do país.

REDAÇÃO

para o Governo, e para António Cos ta, em 2015, afinal, seria prorrogado para depois de 2019. Mais uma vez, o discurso mudou nas eleições de 2019.

luis.graca@ps.parlamento.pt

Deputado do PSD pelo Algarve | OPINIÃO

EDIÇÕES PAPEL EM PDF FACEBOOKissuu.com/postaldoalgarvePOSTAL facebook.com/postaldoalgarve FACEBOOK CULTURA.SUL sulpostaldoalgarvefacebook.com/cultura. TWITTER twitter.com/postaldoalgarve PROPRIEDADE DO TÍTULO

Publisher e Diretor Henrique Dias diasfreire@gmail.comFreire Diretora Executiva Ana anasp.postal@gmail.comPinto

DIÁRIO

momento cerca de cinco mil milhões de euros de apoios para as famílias e as Peranteempresas.aincerteza da guerra, o Governo procura responder às difi culdades protegendo o rendimento das famílias e a capacidade produtiva das empresas sem vacilar no compro misso de manter as contas certas. Sabemos que este é um caminho es treito, mas tal como demonstrámos na pandemia a gestão equilibrada entre o deve e o haver é o único exer cício de governação capaz de manter Portugal a crescer e a convergir com a OEuropa.turismo voltou este ano a ser o mo tor do crescimento da economia e a demonstrar a sua capacidade para ge rar emprego. O Algarve é disso bom exemplo. A indústria do turismo é uma atividade de paz. É necessário que os repetidos apelos do Secretá rio-geral das Nações Unidas, António Guterres sejam ouvidos. Para o bem da Europa é urgente parar esta guer ra.

pois da COVID-19 e do aumento do desemprego que, como demonstram os resultados deste último verão, já havíamos ultrapassado a longa paz europeia foi interrompida com efei tos muito nefastos na inflação e nos custos de vida das famílias, designa damente nos preços da eletricidade, dos combustíveis e de bens alimen

prolongamento, sem fim à vista, da guerra na Eu ropa causada pela injusta e injustificada invasão da Federação Russa sobre a Ucrânia começa a provocar efeitos graves sobre a vida de todos os euro peus. Portugal, infelizmente, não é Depoisexceção. de uma Pandemia que interrompeu um inédito ciclo de cres cimento e convergência do nosso país com a Europa chega-nos uma guerra que ninguém esperava e desejava. De

2 CADERNO ALGARVE com o EXPRESSO POSTAL 23 de setembro de 2022

O

Freire (mais de 5% do capital social) EDIÇÃO POSTAL do ALGARVE - Publicações e Editores, Lda. Centro de Negócios e Incubadora Level Up, 1 - 8800-399 Tavira CONTRIBUINTE nº 502 597 917 DEPÓSITO LEGAL nº 20779/88 REGISTO DO TÍTULO ERC nº 111 613 IMPRESSÃO LUSOIBERIA: Avenida da Repúbica, nº 6 - 1050-191 Lisboa 914 605 117 comercial@lusoiberia.eu DISTRIBUIÇÃO: Banca/Logista à sexta-feira com o Expresso / VASP - Sociedade de Transportes e Distribuição, Lda e CTT Tiragem desta edição 10.636 exemplares OPINIÃO

pouco mais de dois anos e meio, no quadro da discussão do Orçamento do Estado (OE), em maio passado, os mesmos dirigentes, afinal, já conside ravam a possibilidade de o Governo socialista avançar para um “concurso para adjudicação da Parceria Público Privada”. Apesar de antes se acusar o PSD de “querer privatizar a saúde”, afi nal, agora, o PS diz que vai fazer uma parceria público-privada para a cons trução do Hospital Central do Algarve.

Colaboradores Afonso Freire, Alexandra Freire, Alexandre Moura, Beja Santos (defesa do consumidor), Elidérico Viegas (Análise e Perspec tivas Turísticas), Humberto Ricardo, Luís Gomes/Luís Graça (Tribuna Parlamentar) e Ramiro Santos Colaboradores fotográficos e vídeo Ana Pinto, Luís Silva, Miguel Pires e Rui Pimentel

lfgomes@psd.parlamento.pt

É necessário que os repetidos apelos do Secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres sejam ouvidos. Para o bem da Europa é urgente parar esta guerra

jornalpostal@gmail.com Ana Pinto, Cristina Mendonça e Henrique Dias Freire Estatuto editorial disponível postal.pt/arquivo/2019-10-31-Quem-somos

TRIBUNA PARLAMENTAR

ção de 125 euros por sujeito passivo de cada agregado e 50 euros por ca da dependente até aos 24 anos. Uma linha de apoio às empresas de 600 milhões de euros para responder ao aumento dos custos, a que se soma uma segunda linha de financiamen to de 250 milhões de euros dirigida ao sector social e mais 120 milhões de euros de comparticipação face ao aumento do valor do gás para as ins tituições de solidariedade social são algumas das medidas já aprovadas. Ao todo o Estado disponibilizou até ao

Redação, Administração e Serviços Comerciais Rua Dr. Silvestre Falcão, 13 C 8800-412 Tavira - ALGARVE Tel: 281 405 028

As Famílias Primeiro

Considerando o historial de promessas cumpridas do PS, no Algarve, acha mesmo que a palavra dada, como diz o cliché socialista, mais uma vez vai ser honrada?

A

“Um dos desafios que nós queremos para os próximos quatro anos é lançar o Hospital Central e Universitário do Algarve”, disseram os candidatos do Partido Socialista, em setembro de 2019, na presença de António Costa.

TRIBUNA PARLAMENTAR

30 de setembro vamos ter o lançamento do concurso para o Hospital Central do Algarve

DEPARTAMENTO COMERCIAL

credito que este Governo vá agora finalmente cumprir a promessa da construção do Hospital Central do Algarve, tal como outras que nos fez, em 2015, e que todos temos estado a usufruir da sua concretização. Na verdade, já não pagamos portagens na A22 e já temos uma EN125 totalmente requalificada. O tema da construção do Hospital Cen tral do Algarve é um tema recorrente na região. Em 2006, o PS congratu lava-se pelo facto de o novo hospital

ser uma prioridade para o Governo, então dirigido por José Sócrates. A prioridade, congratulada pelo apare lho partidário, levou à elaboração de estudos e mais estudos, até o Gover no de José Sócrates sair pelas razões que todos sabemos. E obra? Nada! Em 2011, o PSD com o CDS-PP assumiram funções governativas e a sua posição, por muitas críticas que lhes endere çassem, foi sempre clara ao afirmar, com transparência, que o país não dispunha de condições financeiras para se construir o Hospital Central do Algarve. Pelo contrário, em 2015, António Costa assumiu, no Algarve e perante todos, que iria construir este equipamento de saúde. Mas poucos meses depois de o Governo socialis ta assumir funções, em 2016, o então Secretário de Estado da Saúde, Dr. Manuel Delgado, colocou à frente das prioridades do Governo os hospitais de Évora e do Seixal, referindo ainda que o Hospital Central do Algarve seria lançado “provavelmente na próxima legislatura”, pontanto só para depois de 2019. O que era uma prioridade

Publicidade e Assinaturas Anabela Gonçalves - Secretária Executiva anabelag.postal@gmail.com Helena Gaudêncio - RP & Eventos hgaudencio.postal@gmail.com

Henrique Manuel Dias

E, nessa mesma circunstância, acu savam, ainda, o PSD de “perante as dificuldades feche-se, perante as difi culdades privatize-se”. Mas, passados

Luís Gomes

A abertura do mercado regulado de eletricidade, de forma a proteger os consumidores domésticos e peque nas empresas, o apoio até 500 mil euros da fatura de eletricidade para as indústrias intensivas em gás. A an tecipação do aumento das pensões, com o pagamento já em outubro do equivalente a meia pensão e a atribui

PUB.

Hospital

considerado ares”.unidadesconstruçãodasnoemficouCentraltudoencomendounoemOoutros”.sindicatos,autarcas,tidos,sem“todosfundamental”infraestrutura“umaporosgovernos,exceção,pardeputados,ordens,entretextorecordaque,2005,oGoveremfunçõesumesondeoHospitaldoAlgarveclassificadosegundolugar“ordenamentoprioridadesdadenovashospitalaNoentanto,construçãoda

incontroversa necessidade para a Segundoregião”. é referido na petição, desde 2003 que aquele hospital é

“Este adiamento é altamente lesivo dos interesses da região e dos algar vios, mas também do país”, sublinha a Opetição.projeto de um novo hospital no Algarve remonta a 2002, quando o então ministro da Saúde, Luís Fili pe Pereira (PSD), constituiu, entre outros, um grupo interdepartamen tal para o lançamento de parcerias público-privadas, nomeadamente, uma nova unidade hospitalar a ins talar no Parque das Cidades, entre Faro e Loulé.

No ano seguinte, em 2003, é aprova do o terreno para a sua construção, em 2007 aprovado o perfil assis tencial e o dimensionamento e, em 2008, o então primeiro-ministro, José Sócrates (PS), chega mesmo a lançar a primeira pedra do hospital, que estaria pronto em 2013.

Deputados do PSD querem garantir

De acordo com o texto da petição dirigida ao pri meiro-ministro, António Costa, “a concretização de um novo Hospital Central do Algarve constitui uma

s três deputados do PSD eleitos pelo Algarve salien taram em comunicado que “em maio passado, ficou bem expresso na Lei do Orçamento de Estado” que “até ao final do terceiro trimestre de 2022, o Gover no adota as diligências necessárias que assegurem o procedimento para a cons trução e equipamento do novo edifício do Hospital Central do Algarve.”

o procedimento tendente à construção do Hospital Central do Algarve deve avançar, inevitavelmente, até ao dia 30 de “Considerandosetembro”.que esta infraestrutura é fundamental para ajudar a resolver os problemas que a região enfrenta na prestação de cuidados de saúde, os deputados do PSD eleitos pelo Algar ve apelam aos deputados do Partido Socialista, eleitos pelo mesmo círculo, que se juntem a esta causa e exerçam a sua influência junto do Governo, de modo a assegurar o cumprimento da Lei”, lê-se na nota.

FOTO

PSD/Algarve oferece viagens ao Parlamento Europeu a quem angariar mais assinaturas para novo hospital

O

Os deputados algarvios dizem-se preocupados com o aproximar do fim deste prazo e “não haver sequer sinal do cumprimento da norma constante do Orçamento do Estado para se iniciar o procedimento para a construção e equipamento do novo edifício do hos pital até ao final do mês de setembro”.

O PSD/Algarve pre tende alcançar as 7.500 assinaturas até ao fim do ano, número necessário para que a constru ção do novo Hospital Central do Algarve seja discutida num debate para o efeito na Assembleia da CristóvãoRepública. Norte assegurou que “as pessoas são a favor” dessa construção, mas que o assunto tem sido “há muito prometido e há mui to adiado”, sendo importante realizar ações deste tipo.

do Algarve não é esquecido pelo novo ministro da Saúde

D.R. HOSPITAL CENTRAL DO ALGARVE

O PSD/Algarve decidiu oferecer viagens ao Parlamento Europeu, em Bruxelas, às cinco pessoas que reunirem mais assinaturas para a petição “Novo Hospital Central do Algarve Já”, segundo mensagem publicada nas redes sociais pelo presidente da distrital do partido

“O objetivo é premiar as pessoas que mais se empenham a favor desta causa”, disse à agência Lusa o líder social-democrata regional, Cristóvão Norte, acrescentando que a petição “já tem mais de 1.000 as Segundosinaturas”.a mensagem de Cristóvão Norte publicada na noite de segun da-feira nas redes sociais, “para as cinco pessoas que reunirem mais assinaturas […] oferece-se viagem, com estadia incluída, em visita ao Parlamento Europeu, em Bruxelas, entre 28 e 30 de novembro”.

infraestrutura nunca chegou a avan çar, “não se conhecendo qualquer procedimento decisório para que o mesmo se torne uma realidade”.

Os parlamentares Luís Gomes, Rui Cristina e Ofélia Ramos, desejando os melhores sucessos ao novo Ministro da Saúde, desde já, deixam expresso que “a alteração de Ministro não deve cons tituir desculpa para a violação da Lei orçamental e, por essa circunstância,

Segundo é ainda referido em comu nicado, “o anúncio da construção da nova unidade hospitalar foi uma boa notícia para o Algarve e para os al garvios, mas importa recordar que o Partido Socialista tem sido perito em fazer promessas que depois não cum pre, refugiando-se nas mais variadas desculpas, tal como aliás, aconteceu recentemente com a redução das taxas de portagens na A22”. que o Central

A petição pública pode ser assinada 'online' em aspx?pi=PT113410https://peticaopublica.com/pview.

REGIÃO 3CADERNO ALGARVE com o EXPRESSOPOSTAL 23 de setembro de 2022

Também no passado dia 4 de agosto, foi encontrada uma mulher morta numa piscina privada no Algarve, na localidade de Benaciate, Freguesia de São Bartolomeu de Messines, conce lho de Silves.

As novas regras deviam ter sido transpostas para a legislação na cional até 02 de agosto, tendo o executivo comunitário dado um prazo de dois meses para noti ficar Bruxelas da execução, sob pena de o processo de infração avançar.

A GNR deteve no domingo dois ho mens, de 20 e 32 anos, suspeitos de roubo de peças de ouro a uma pessoa que circulava na via pública, em Albu feira. Os detidos terão alegadamente roubado na quinta-feira “dois fios de ouro a um cidadão na via pública”, tendo sido no domingo identificados pela vítima, que os “avistou na zona de diversão noturna” em Albufeira. Os militares do Núcleo de Investigação Criminal (NIC) de Albufeira que se encontravam na zona após ao alerta da vítima procederam à “detenção dos suspeitos” e à “recuperação de um fio de ouro com uma medalha de ouro”.

Um mulher de 79 anos foi encontrada morta, na passada sexta-feira, numa piscina privada, no sítio Casinha da Gala, em Quelfes, concelho de Olhão, segundo o Correio da Manhã.

Localmente, já são várias as au tarquias que nos últimos anos protocolaram com os CTT espa ços abertos ao público suportados pelo próprio Poder Local, é o caso do Posto CTT disponibilizado pe la União de Freguesias de Tavira, com vários serviços.

Segundomês.

longo de pessoas privadas de cor reio… é a primeira vez que me é reportado”, assumiu o autarca.

disse ao jornal o presi dente da Câmara Municipal de Loulé, Vítor Aleixo, “as queixas são antigas e regulares no tempo” e sublinha que “com alguma fre quência ouvimos queixas sérias de pessoas que ficam privadas de entrega atempada de correspon dência para as suas vidas”. No entanto, em algumas localida de de Loulé, já se estão a registar atrasos igualmente superiores a três semanas. “Um período tão

CTT com atrasos de quase um mês na entrega de correspondência

Face à situação, os serviços de abastecimento de água até dão moratórias aos moradores, que não conseguem pagar a água até receberem a fatura por correio.

ção dos serviços abrangidos pela concessão e/ou os utilizadores fi nais, além de multas contratuais que podem ser aplicáveis pela má prestação do serviço postal uni versal, previsto no contrato de concessão”.

idade, de pelo menos oito anos, e os cuidadores tenham o direito de solicitar regimes de trabalho flexíveis para poderem ocupar-se da prestação de cuidados.

com o CM, “o óbito foi de clarado no local” e a GNR “confirmou não existir indícios de crime”.

Ao Expresso, a Anacom ex plicou que “caso se verifique o incumprimento de objetivos de de sempenho, há lugar à aplicação do mecanismo de compensação que são convertidos em obrigações de investimento, os quais devem beneficiar diretamente a presta

forma dez dias depois do previsto, com faturas da luz a chegarem aos clientes já depois dos prazos de pagamentos, com a imprensa regional a queixar-se de que os jornais chegam a casa dos leitores duas a três semanas depois, com as populações e as empresas pre judicadas com o correio normal e mesmo o azul a chegar cada vez mais tarde. Os problemas mais agudos sentem-se junto das po pulações mais isoladas da serra e interior algarvio, mas também nos grandes centros urbanos, as sistiu-se à redução do número de giros por parte dos carteiros que, tal como outros trabalhadores, não têm mãos a medir para tanto trabalho”.

Portugal falha transposição de novas regras sobre licença parental e de cuidador

Cada trabalhador tem também acesso a uma licença de cuidador de, pelo menos, cinco dias úteis por ano.

Corpo de encontradoidosaem piscina privada em Quelfes

A falha na transposição das re gras da União Europeia (UE) sobre licenças de paternidade, parental e de cuidador levaram Bruxelas a enviar esta quarta -feira uma carta de notificação a Portugal, que agora tem dois

GNR detém duas pessoas por roubo em Albufeira

4 POSTAL 23 de setembro de 2022CADERNO ALGARVE com o EXPRESSO REGIÃO

Na altura e segundo a GNR, a morte da senhora não terá sido por afogamento, mas provavelmente por ataque car díaco e posterior queda na piscina. A mulher encontrava-se em casa a tratar da piscina e o marido estava a fazer jardinagem, mas sem contacto visual com a esposa.

Mas o que é certo é que vários concelhos no sul do país relatam atrasos nas entregas de correio normal, que chegam a quase um

A vítima, de nacionalidade inglesa, ti nha 70 anos de idade, e o óbito acabou por ser declarado no local pelo médico do INEM, após realizadas manobras de reanimação, mas sem efeito.

Os CTT dizem que a pandemia de covid-19 agravou o problema, levando a maiores dificuldades na contratação de trabalhadores substitutos na região algarvia

O

s CTT tiveram sempre uma missão difícil e bastante criticada, mas nos últimos anos os atrasos na entrega de correspondência agravaram -se: a visita do carteiro, que era diária, foi reduzindo a frequência.

Em destaque

Multiplicam-se as queixas e denúncias

FOTO D.R.

meses para responder. A direti va relativa à conciliação entre a vida profissional e a vida familiar dos progenitores e cuidadores es tipula que os Estados-membros garantam uma licença de pater nidade de 10 dias úteis ao pai ou progenitor equivalente a ser go zada por ocasião do nascimento da criança. Por outro lado, deve ainda ser garantido o direito a uma licença parental de quatro meses, a gozar antes de a criança

Segundo dados da Anacom – Autoridade Nacional das Co municações, o Algarve é a zona onde surgem mais queixas, com 700 reclamações registadas no segundo trimestre deste ano. Se túbal e Lisboa seguem-se como os distritos com mais queixas por Estehabitante.verão, a entrega de cor respondência deixou muito a desejar: durante três semanas em julho, idosos residentes na região serrana do concelho de Tavira ficaram a aguardar, em vão, os seus vales de reforma e cartas para pagar água e luz que teimavam em chegar fora do pra zo, segundo revelou uma junta de freguesia tavirense ao Expresso.

A diretiva impõe ainda que os Estados-membros devem tomar as medidas necessárias para garantir que os trabalhadores, com filhos até uma determinada

Falha leva Bruxelas a enviar uma notificação a Portugal, que agora tem dois meses para responder

ALGARVE É A ZONA ONDE SURGEM MAIS QUEIXAS

O alerta foi dado às 8:07 e no local estiveram os Bombeiros de Olhão, o INEM e a Guarda Nacional Republi Decana.acordo

Em finais do mês agosto, a Direc ção da Organização Regional do Algarve do PCP denunciou o que considerou ser “a profunda degra dação do serviço postal em toda a região do Algarve (...) com a com pleta cumplicidade do governo PS que, em vez de ter recuperado para o Estado o controlo e a proprieda de dos CTT, ainda recentemente prolongou o contracto de conces são do serviço postal até 2028”. Na região do Algarve, “multipli cam-se as queixas e as denúncias quanto aos atrasos na entrega do correio, situação essa que se agrava durante o verão. Com reformados a receberam a sua re

atingir uma determinada idade, até aos oito anos no máximo, fi xada por cada Estado-membro ou por convenções coletivas.

O novo parque solar é com posto por um total de 39.564 painéis solares, com uma potência instalada de 17,4 MWp, distribuídos por uma área de cerca de 28 hectares. O projeto tem uma capacida

oito mil fogos, tratando-se de uma energia que não polui, é renovável, limpa e silenciosa. Trata-se, por isso, de um bem maior, numa altura em que todos nos confrontamos com diversas áreas de combate, como a crise económica e as alterações climáticas, cujas repercussões vão da alimen tação às dinâmicas sociais. Estou muito satisfeito com esta iniciativa e sobre esta Central Fotovoltaica nutro elevadas expectativas.” Segundo o representante da Frequent Summer, Rogério da Ponte, esta central tem capacidade suficiente para abastecer até 25 por cento dos lares do concelho de Albufeira, em caso de neces sidade Rogérioextrema.daPonte revelou ain da que estão previstos mais dois projetos para Paderne (27 MWp + 14 MWp), cujo in vestidor vai ser a Iberdrola. “A produção destas três centrais irá permitir, caso alguma vez venha a ser necessário, o município de Albufeira ser totalmente autónomo, no pe ríodo diurno”, disse o mesmo ao POSTAL.

A nova Central Solar Foto voltaica de Paderne é um investimento a rondar os 15 milhões de euros e está loca lizada na Zona Industrial do “FaziaEscarpão.falta a Albufeira um investimento desta natureza”, referiu o presidente da autar quia, José Carlos Rolo. O presidente da autarquia sublinhou ainda que “esta central vai dar cobertura a

A Central Solar Fotovoltaica de Paderne, um projeto da NextEnergy Capital, empre sa de gestão de investimentos em projetos de energias reno váveis e da Frequent Summer, empresa que desenvolve pro jetos fotovoltaicos, contou com a presença do presidente da Câmara Municipal de Al bufeira, José Carlos Rolo, do

Depois de uma paragem forçada devido à situação pan démica, os bailes sociais estão de volta a Loulé, a partir de 1 de outubro, data simbólica em que se assinala o Dia Internacional da Pessoa Idosa.

Bailes estão de volta a Loulé

A

Os bailes decorrem das 15:00 às 18:00, no Salão de Festas Municipal de Loulé, espaço que agora reúne condições de excelência para acolher este evento.

A par de um momento de animação musical em que os participantes podem dar o seu pezinho de dança, será servido um lanche que constituirá também uma ocasião para o convívio entre a população.

Cerca de 300 pessoas são esperadas na terceira edição das “Caminhadas com arte”, iniciativa que pretende ser um "palco de reflexão” sobre temas atuais, em conversas por trilhos pela natureza nos concelhos de Monchique e Aljezur, no Algarve.

Albufeira prepara-se para ser autossuficiente em produção fotovoltaica

diretor-geral da Next Energy, Filinto Martins, e o represen tante da Frequent Summer, Rogério da Ponte.

No programa delineado até ao final do ano decorrerão ainda, a par deste do dia 1 de outubro, o Baile da Casta nha (12 de novembro) onde é celebrado o S. Martinho, e o Baile de Natal (10 de dezembro), momento particu larmente especial para a população que participa nesta iniciativa pelo facto de acontecer numa época de afetos e Jáfraternidade.emjaneirode 2023, prevê-se que o Baile Social re gresse ao seu formato anterior, ou seja, a realização numa periodicidade quinzenal. Recorde-se que o Baile do Chapéu, em fevereiro de 2020, foi o último antes da Centradopandemia.na promoção do envelhecimento ativo e inclu sivo, esta iniciativa, promovidos pela Câmara de Loulé, pretende criar, através da dança e do convívio, uma cultura de comunidade ativa e saudável. Por outro lado, visa promover o bem-estar físico e mental, fomentar a socialização, quebrar o isolamento e reforçar o convívio intergeracional.

A iniciativa do projeto “Lavrar o Mar” integra este ano um total de 21 caminhadas, realizando-se 11 no próxi mo domingo, no concelho serrano de Monchique, e as restantes no dia 02 de outubro, no concelho de Aljezur, na Costa Vicentina.

lbufeira tem um novo parque solar a gerar energia renová vel. A Central Fotovoltaica de Paderne foi inaugurada este mês, estan do já a produzir energia solar para alimentar as casas do concelho algarvio.

“Face à grande adesão das anteriores edições, aumen támos este ano para 21 o número de caminhadas, onde prevemos receber cerca de 300 pessoas”, disse à agência Lusa Giacomo Scalisi, organizador e coordenador do Deprojeto.acordo com o organizador, durante os dois dias do evento são esperados participantes de vários pontos do país, decorrendo as inscrições até às 09:00 de cada do mingo, ou seja uma hora antes do início das caminhadas. Cada caminhada terá como convidado um orador que irá partilhar “o seu saber profissional e a sua experiência de vida”, com um grupo de 15 caminhantes, em trilhos com uma extensão entre os cinco e os oito quilómetros.

“São pessoas ligadas a diversas áreas, entre as quais a astrofísica, antropologia, turismo, cultura e jornalis mo, que têm em comum a dedicação ao trabalho que desenvolvem e que estimulem os participantes a pen sar sobre esses temas da nossa sociedade”, apontou Giacomo Scalisi.

De acordo com o organizador, o objetivo é de que “o momento seja de reflexão sobre os grandes temas atuais do mundo atual, num ambiente natural”.

de de produção anual de 29,6 GWh de energia elétrica, que permitirá abastecer mais de oito mil habitações e evitar a emissão de 9.620 toneladas de CO2 por ano.

O “Lavrar o mar” é um projeto artístico criado em 2016 e integrado na programação cultural em época baixa nos territórios de Monchique e de Aljezur, no distrito de Faro.

As iniciativas culturais têm financiamento assegurado pela Direção-Geral das Artes, programa CRESCAl garve 2020 e pelos municípios algarvios de Aljezur e de Monchique.

Em destaque

REGIÃO 5CADERNO ALGARVE com o EXPRESSOPOSTAL 23 de setembro de 2022

Cerca de 300 pessoas esperadas nas "Caminhadas com arte" em Monchique e Aljezur

6 POSTAL 23 de setembro de 2022CADERNO ALGARVE com o EXPRESSO

BD, pelo valor de € 319.000,00 a SUSAN TESSA MARIA LOHMANN. A escritura de compra e venda será realizada no prazo de 15 dias. Publicita-se para conhecimento dos proprietários das parcelas de terreno rústicos confinantes que lhes assiste o direito de preferirem na referida transmissão. Pelo exposto, no prazo legal de 8 dias, findo o qual se não houver comunicação validamente expressa de V. Ex. nesse sentido, caducará o respetivo direito, de acordo com as normas legais

- “Saí de lá de coração cheio e com a sorte de uma borboleta pousar em mim. Fantástico santuário”, afirma Dora Santos.

Num ano marcado pela recupe ração do turismo com números próximos de 2019, salientam-se

inda tem uma semana para usufruir da campanha especial do Zoomarine para residentes. Até ao próximo dia 30 de setembro, pode usufruir do animado parque te mático sem a azáfama do mês de agosto, mas com toda a diversão… e com preços especiais.

REGIÃO

Pague menos: Zoomarine com descontos para residentes no Algarve até dia 30

Estas condições exclusivas são válidas para entradas de um dia para o parque temático e podem ser adquiridas e usufruídas até dia 30 de setembro.

NOTIFICAÇÃO PARA O EXERCÍCIO DO DIREITO DE PREFERÊNCIA NA VENDA DE TERRENO MISTO SITO Malhão, Rio Seco, Castro Marim

(POSTAL do ALGARVE, nº 1292, 23 de Setembro de 2022)

- “Boa tarde, adorei um local com muita magia e cor. Ficou a ser um dos meus locais preferidos. Obri gada por proporcionarem estes momentos”, diz Marta Cunha.

Para desfrutar de tudo, o que o Zoomarine oferece com estas condições especiais, o bilhete deverá ser adquirido, exclusiva mente, na bilheteira online do parque, mediante apresentação de comprovativo de morada obri gatório no dia da visita. O desconto é extensível a um

ALCOUTIM: Exposição sobre colónia balnear infantil inaugura segunda-feira

OLHÃO: Partilha de bicicletas elétricas começou esta semana

A entrada normal para residente do Algarve custa 20 euros (11-64 anos) e 15 euros para júnior (>= 1,00 metro – 10 anos) ou sénior (>= 65 anos).

Golfinhos, focas, leões-marinhos, aves tropicais e aves de rapina são apenas algumas das espécies que fazem parte da vasta coleção zoológica do Zoomarine, que também prometem surpreender todos os residentes que venham passar um dia inesquecível, cheio de educação ambiental, muitos sorrisos e magia!

aplicáveis.(POSTAL do ALGARVE, nº 1292, 23 de Setembro de 2022)

ALEXANDRA ISABEL GONÇALVES MARTINS, residentes em Sítio do Malhão, Nº 253, 8950191, em Castro Marim, na qualidade de proprietárias, vão vender o prédio prédio rústico sito em Vale da Porca, freguesia e concelho de Castro Marim, descrito na Conservatória do Registo Predial de Castro Marim sob o número 4666/19980414, freguesia de Castro Marim, inscrito na matriz predial rústica n.º 29, Secção BC, pelo valor de € 1.000,00 a SUSAN TESSA MARIA LOHMANN. A escritura de compra e venda será realizada no prazo de 15 dias. Publicita-se para conhecimento dos proprietários das parcelas de terreno rústicos confinantes que lhes assiste o direito de preferirem na referida transmissão. Pelo exposto, no prazo legal de 8 dias, findo o qual se não houver comunicação validamente expressa de V. Ex. nesse sentido, caducará o respetivo direito, de acordo com as normas legais aplicáveis.

Os pianistas Mário Laginha e Pedro Bur mester vão juntar-se à Orquestra Sinfónica do Algarve dirigida pelo maestro Armando Mota para realizar dois concertos, em Loulé e em Portimão, informou a organização. A associação cultural Artedosul informa em comunicado que o 7.º Festival Internacional de Piano do Algarve terá lugar no Cineteatro Louletano, às 21:00 de 01 de outubro, e no TEMPO - Teatro Municipal de Portimão, às 19:00 de 02 de outubro. O maestro Armando Mota também é o autor da peça principal destes concertos ("Concerto para Piano a 4 Mãos") que são dedicados a Bernardo Sasse tti, compositor e pianista português falecido em 2012.

LOULÉ: Mário Laginha e Pedro Burmester em dois concertos com a Orquestra Sinfónica do Algarve

breves

A

algumas das opiniões dos milha res de visitantes que já tiveram a oportunidade de conhecer a novidade desde ano – o primeiro Borboletário do Algarve.

NOTIFICAÇÃO PARA O EXERCÍCIO DO DIREITO DE PREFERÊNCIA NA VENDA DE TERRENO MISTO SITO Malhão, Rio Seco, Castro Marim

CARLA SOFIA GONÇALVES MARTINS, residente em Sítio do Malhão, Nº 253, em Castro Marim e ALEXANDRA ISABEL GONÇALVES MARTINS, residentes em Sítio do Malhão, Nº 253, 8950191, em Castro Marim, na qualidade de proprietárias, vão vender o prédio misto descrito na Conservatória do Registo Predial de Castro Marim sob o n.º 2493/19910306, freguesia de Castro Marim, inscrito na matriz predial urbana com o n.º 8408 e na matriz rústica n.º 1, Secção

O Museu Municipal de Alcoutim inaugura na segunda-feira uma nova exposição de ex terior sobre o projeto comunitário “Colónia Balnear Infantil de Alcoutim (1959-1962)”, informou a autarquia. No mesmo dia vai ser apresentada a segunda edição do livro de Celina Moura Arroz que “reconstrói um acontecimento social da história da comu nidade do concelho de Alcoutim que foi a fundação da colónia balnear para crianças, em idade escolar, na praia de Monte Gordo, entre 1959 e 1962”. O município sublinha que a exposição sobre a colónia balnear in fantil de Alcoutim “integra uma estratégia de descentralização das ações culturais do Museu Municipal” e pretende “contribuir para o acesso à cultura a uma grande faixa da população que habita nas aldeias disper sas pelo território”.

acompanhante, residente ou não residente. É recomendada a consulta prévia do calendário de funcionamento do parque, com especial atenção para os dias de encerramento semanal (poderá verificar através do seguinte link: horarios/https://www.zoomarine.pt/pt/

A cidade de Olhão passou a dispor de bici cletas elétricas para partilha, numa “solução de mobilidade” destinada a promover “a des carbonização” que está disponível através de uma aplicação de telemóvel. A autarquia esclareceu que o “sistema de utilização é idêntico ao das trotinetes” já existentes no concelho e “os utilizadores apenas terão de abrir a aplicação da Bird e seguir os passos indicados” para poder dispor deste serviço. “Olhão, por ser uma cidade com um relevo maioritariamente plano, dispõe de condi ções ótimas para o sucesso destas novas soluções de transporte alternativas ao au tomóvel e amigas do ambiente”, considerou o vereador com o pelouro da Mobilidade, Ricardo Calé, citado num comunicado da autarquia. A Câmara de Olhão referiu que “o casco urbano foi dividido em três zonas diferenciadas de circulação”, tendo em con ta as suas “especificidades”, e as bicicletas contam com “pontos de estacionamento em toda a cidade, que conferem uma maior agilidade ao aluguer, uso e devolução das bicicletas”.

DOBORBOLETÁRIOODEAJÁDEMILHARESVISITANTESTIVERAMOPORTUNIDADECONHECERPRIMEIROALGARVE

Durante todo o mês de setembro, as diversões aquáticas mantém-se em funcionamento, incluíndo o icónico Rio dos Cocos – o maior rio lento da Europa – e as zonas de diversão aquática infantil: Ilha do Tesouro e Ilha da Fantasia.

DESCONTO EXTENSÍVEL A NÃORESIDENTEACOMPANHANTE,UMOURESIDENTE

de Lagos”, adianta Hugo Teixeira, responsável pela marca em Lisboa e no Algarve.

FOTOS

REGIÃO 7CADERNO ALGARVE com o EXPRESSOPOSTAL 23 de setembro de 2022

D.R.

o consumo responsável dos recursos naturais e a economia circular, fomentar o diálogo com o cliente através de aconselhamento personalizado e acompanhamento exaustivo de cada projeto, são os três eixos em que a Porcelanosa está a implementar nas lojas que tem por todo o mundo. Estes são já os con ceitos que podem ser encontrados na Porcelanosa, em Loulé.

mercado, como sendo de qualidade e que presta um serviço diferencia do em todas as fases do processo de construção, seja uma moradia, em preendimento ou hotel”, continua Hugo Teixeira. Aberta ao público desde o final de junho, Porcelanosa Loulé é concebida como um espa ço de trabalho colaborativo entre a Porcelanosa e os estúdios locais da zona.

a abrir em

- É loja Portugal

“Temos uma expetativa elevada pa ra este espaço. O cliente particular do Algarve caracteriza-se por um cliente estrangeiro que conhece e reconhece o valor da marca, o que é uma mais valia também para os profissionais que querem associar -se a uma marca que é referência no

já a quarta

L

A nova loja da Porcelanosa no Algarve insere-se num plano de ação empresarial implementada pela multinacional espanhola no início de 2022, com o modelo de showroom mais orientado para os negócios locais, em espaços centrais e acessíveis, nas grandes cidades,

promovendo uma relação mais di reta com os profissionais do setor. Estas mudanças permitem que as lojas reunam as principais coleções das sete empresas do Grupo e as inúmeras possibilidades de produ tos para a construção residencial, hoteleira, pública e comercial, visan do facilitar, ainda mais, o trabalho dos estúdios de arquitetura, design de interiores e do consumidor final.

SER REFERÊNCIA NO MERCADO

O espaço está dividido em dois pi sos, distribuídos por quatro espaços: zona de ambientes lifestyle que re cria uma casa com acabamentos Porcelanosa; uma área técnica com uma ceramoteca focada para profissionais; uma secção dedicada a projetos de cozinhas na qual se presta aconselhamento a arquitetos, designers de interiores e particula res na conceção destas divisões e de uma zona de águas.

oulé recebeu a quarta loja da Porcelanosa em Portugal, inaugurada oficialmente esta quinta-feira. Esta nova área de exposição da marca espanhola tem 242 metros quadra dos, num investimento de 350 mil euros que criou, para já, cinco postos de trabalho, com previsão de au mento de equipa no futuro, espera faturar em 2023 mais de 2,5 milhões de Promovereuros.

Loja da Porcelanosa abre em Loulé

“A abertura da loja era um objetivo que tínhamos desde a instalação do escritório em Loulé, em 2019. Sentimos a necessidade de ter um local próprio para poder receber os nossos clientes e dar o atendimento personalizado que nos caracteriza como marca. Esta loja é um passo importante na expansão da marca no Algarve e estamos a estudar no vos locais, nomeadamente na zona

Data de Emissão: 19/09/2022

A Notária

São os maus cheiros e a li bertação de gases (actos "altamente danosos" para a saúde pública, que são me ticulosa e estrategicamente feitos, pela calada da noite - durante a semana e igual mente ao fim de semana), são cheiros e gases tão fortes e agressivos, que por vezes quase sufocam e não permi tem que ninguém possa estar no exterior ou ter portas e ja nelas abertas.

- autarcas locais em concre to - que tenha a coragem de parar definitivamente aque las e outras situações, e que cumpra para com aquilo que todos os eleitos dizem e escrevem quando tomam posse, que é assumir e de fender os reais interesses do município de São Brás de Alportel e dos sambrasen ses. Ora, se assuntos como este, que é saúde pública, não é importante, e não me rece a devida atenção, ainda para mais, com todos os an tecedentes ocorridos naquela unidade, então não sei... Haja alguém que ajude ur gentemente aquelas pessoas da Mesquita, Peral, Barracha e Salvem-nasarredores!!!daquele verda

Rita Alexandra Saraiva Piçarra, natural de São Sebastião da Pedreira, Lisboa, casada, residente em Carcavelos;

8 POSTAL 23 de setembro de 2022CADERNO ALGARVE com o EXPRESSO REGIÃO ASSINA o teu Jornal POSTALMoradaNome do ALGARVE - Rua Dr. Silvestre Falcão, 13C 8800-412 Tavira AUTORIZAÇÃO DE PAGAMENTO - por débito na conta abaixo indicada, queiram proceder, até nova comunicação, aos pagamentos das subscrições que vos forem apresentadas pelo editor do jornal POSTAL DO ALGARVE. Esta assinatura renova-se automaticamente. Qualquer alteração deverá ser-nos comunicada com uma antecedência mínima de 30 dias. NOTA: Os dados recolhidos são processados automaticamente e destinam-se à gestão da sua assinatura e apresentação de novas propostas. O seu fornecimento é facultativo. Nos termos da lei é garantido ao cliente o direito de acesso aos seus dados e respectiva atualização. Caso não pretenda receber outras propostas, assinale aqui. Assine através de DINHEIRO, CHEQUE ou VALE POSTAL à ordem de POSTAL DO ALGARVE Assine através de DÉBITO DIRECTO33€40€ BancoNome do Titular ASSINATURA IDÊNTICA À CONSTANTE NA FICHA DO BANCO TITULAR DA CONTA PT50 Recebe o em primeira mão Distribuído em toda a região do Algarve com o Data Nasc. _ _ / _ _ / _ _ _ _ Cód. Pos. NIF Tel Email   CARTÓRIO NOTARIAL DE CASTRO MARIM - ALGARVE CERTIFICADO Nos termos do número 1, do artigo 100º, do Código do Notariado, eu, Isabel Alexandra Dinis da Silva Esteves Nunes de Almeida, Notária no Car tório Notarial de Castro Marim, Urbanização Castro Marim Sol, lote 2, 1º E, certifico que, no dia de hoje, foi lavrada neste Cartório, de folhas 134 a folhas 16 verso do Livro de Notas para Escrituras Diversas número 51-A, uma escritura de justificação, na qual outorgou MARIA ANTÓNIA GONÇALVES CA VACO, natural da freguesia de Pereiro, concelho de Alcoutim, casada sob o regime da comunhão geral com Abílio da Silva Cavaco, residente no Cerro da Vinha, Pereiro, Alcoutim, por si e na qualidade de procuradora do seu referido marido, ABÍLIO DA SILVA CAVACO, natural da freguesia de Pereiro, concelho de Alcoutim, atualmente residente no Lar e Centro de Dia de Altura, Rua de Camões, número 21, em Altura, Castro Marim, os quais declararam que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do prédio localizado em Casas do Bravo, na União das Freguesias de Alcoutim e Pereiro, concelho de Alcoutim, com a área total e descoberta de vinte e nove mil cento e vinte metros quadrados, composto por amendoeiras, cultura arvense de sequeiro, figueiras, oliveiras e vinha, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Alcoutim, a confrontar a NORTE com Herdeiros de Custódia Beatriz Ca vaco, a SUL com José Teixeira Rodrigues, a NASCENTE com Herdeiros de Francisco Cavaco e a POENTE com Herdeiros de Manuel Cavaco, inscrito na matriz predial rústica sob o artigo número 30, da Secção A012, da União de Freguesias Alcoutim e Pereiro, que teve origem no artigo número 30, Secção 012 da extinta freguesia de Pereiro, concelho de Alcoutim, com o valor pa trimonial tributável, calculado para efeitos de Imposto Municipal sobre trans missões onerosas de imóveis e de imposto de selo de 629,84€. Que, não possuem qualquer título formal que legitime o domínio do identifi cado prédio.

EXTRATO DE ESCRITURA DE JUSTIFICAÇÃO

(POSTAL do ALGARVE, nº 1292, 23 de Setembro de 2022)

A vergonha continua...(!) e a situação volta a ficar descontrolada...!!!

Conta registada sob o n.º 1540 Fatura/Recibo: FAC 1000/2022

Conta registada sob o n.º 2/2012. (POSTAL do ALGARVE, nº 1292, 23 de Setembro de 2022)

Que, desde aquela data que não podem precisar do ano de mil novecentos e oitenta e nove, os ora primeiros outorgantes entraram na posse e fruição do prédio, praticando atos concretos de posse, tratando-o como seu, granjeando a terra, tratando ou mandando tratar as árvores, praticando atos de defesa e conservação, sem qualquer interrupção, com ânimo de quem exercita direito próprio, sendo reconhecido como propriedade sua por toda a gente, fazen do-o de boa fé, por ignorar lesar direito alheio, pacificamente porque sem violência, contínua e publicamente, à vista e com conhecimento de todas as pessoas, agindo sempre por forma correspondente ao exercício pleno do direito possuído, sem oposição, embargo ou estorvo de quem quer que seja e tudo isto por lapso de tempo superior a vinte anos Que dadas as enunciadas características de tal posse, a primeira outorgante e seu marido, ora representado, adquiriram o identificado prédio por usuca pião, título este que, por natureza, não é suscetível de ser comprovado pelos meios normais.

Está conforme o original. Castro Marim, 19/09/2022

deiro e medonho pesadelo que lhes atormenta há deze nas de anos, todos os dias, a Antes,vida.

- Jorge Miguel Gouveia de Oliveira do Carmo, casado, natural de Tavira (Santiago), Tavira, residente em Luz de Tavira;

O futuro dos munícipes - daquelas zonas - está com pletamente hipotecado, mas muita atenção, pois aquelas pessoas, que são contribuin tes e munícipes como todos os outros, têm direito legal e toda a legitimidade pa ra querer poder viver com qualidade de vida. Porém e infelizmente, "viver sabe bem", mas só para alguns munícipes em São Brás de Alportel.

Tavira e Cartório, em 16 de setembro de 2022. O Notário,

CERTIFICO, para efeitos de publicação, nos termos do artigo 100.º do Código do Notaria do que, por escritura pública de justificação, outorgada em 16.09.2022, exarada a folhas 147 e seguinte do competente Livro n.º 211-A, que:

naqueles sítios do nos so bonito concelho, reinavam a calma, paz e felicidade, e o ar era puro e limpo. Porém, é somente por interesses eco nómicos, de e para alguns, que veio a desgraça completa e deram cabo de tudo: des graçaram a vida de famílias, de idosos e crianças.

Bruno Filipe Torres Marcos Notário Cartório Notarial em Tavira

Que,Alcoutim.emvirtude

Bruno Filipe Torres Marcos Conta registada sob o n.º 2/3553.

Que, não tendo qualquer outra possibilidade de levar o seu direito ao registo predial, vêm justificá-lo nos termos legais, por usucapião fundada em posse. posse.

Carta de Leitor "Central de Valorização Orgânica" da Mesquita em São Brás de Alportel: saúde pública posta novamente em causa

Tavira e Cartório, em 06 de junho de 2022. O Notário, (Bruno Filipe Torres Marcos)

- Declarou ser dono e legítimo possuidor, com exclusão de outrem, do prédio rústico composto por terra de cultura e pastagem, com pomar, com a área de 1.047,00 m2, que confronta a norte e poente com Carlos Severiano Guiomar Freitas, a sul com António Luis Afonso Ventura e Maria da Conceição Martins Estêvão e a nascente com caminho público, sito em Arroteia de Cima, freguesia de Luz de Tavira e Santo Estêvão, concelho de Tavira, inscrito na matriz sob o artigo 4049 não descrito na Conservatória do Registo Predial de Tavira, tendo alegado para o efeito que:

Isabel Alexandra Dinis da Silva Esteves Nunes de Almeida

Não há quem verdadeira mente tenha coragem para fazer cumprir a lei e chamar os responsáveis, daquela unidade, à razão, e fazê-los definitivamente assumir as consequências verda deiramente devastadoras e catastróficas, em termos de saúde pública, pelo descala bro que ali vem e continua a acontecer, de forma prati camente continuada desde a sua abertura.

- Este prédio, com a indicada composição e área, chegou à sua posse, em data impre cisa no ano de 1999, ainda no estado de solteiro, maior, por compra, nunca reduzida a escritura pública, feita por Carlos Severiano Guiomar de Freitas, casado, residente em Moncarapacho, Olhão;

E há ainda as queixas e de núncias, acerca do excesso de ruído, provocado pelas máquinas e equipamentos (24 sobre 24 horas), por alegadas avarias e faltas de Hajamanutenção.alguém com respon sabilidade e eleito pelo povo

Que entraram na posse do identificado prédio, já no estado de casados entre si, por partilhas verbais efetuadas com os demais interessados, realizadas no ano de mil novecentos e oitenta e nove, por óbito dos pais do ora justifi cante marido, José Teixeira da Silva e Bárbara Maria Cavaco, casados sob o regime da comunhão geral, residentes que foram no Serro da Vinha, Pereiro,

Cartório Notarial em Tavira

(POSTAL do ALGARVE, nº 1292, 23 de Setembro de 2022)

Nelson Pires (São Brás de Alportel)

EXTRATO DE ESCRITURA DE JUSTIFICAÇÃO CERTIFICO, para efeitos de publicação, nos termos do artigo 100.º do Código do Notaria do que, por escritura pública de justificação, outorgada em 06.06.2022, exarada a folhas 112 e seguinte do competente Livro n.º 204-A, que:

- Desde aquele ano, portanto, há mais de vinte anos, de forma pública, pacífica, contínua e de boa-fé, ou seja, com o conhecimento de toda a gente, sem violência nem oposição de ninguém, reiterada e ininterruptamente, na convicção de não lesar quaisquer direitos de outrem e ainda convencido de ser o único titular do mencionado direito de propriedade sobre o identificado prédio, e assim o julgando as demais pessoas, tem possuído o mes mo – cultivando-o, amanhando a terra, suportando os encargos ou despesas com a sua manutenção –, pelo que, tendo em consideração as referidas características de tal posse, adquiriu o prédio por USUCAPIÃO, o que invoca.

Bruno Filipe Torres Marcos Notário

As queixas dos moradores em toda a zona da Mesquita, Peral, Barracha e arredores, voltam a ser mais do que mui Sãotas. feitos telefonemas para os autarcas eleitos e com poder na matéria, e com le gitimidade e dever de actuar perante a situação. São en viadas mensagens por escrito para os telemóveis desses responsáveis... e as respostas e promessas de actuação, de que vão apertar a fiscaliza ção (real e dura!) continuam, mas nada acontece.

Declarou ser dona e legítima possuidora, com exclusão de outrem, do prédio urbano composto por edifício térreo com vários compartimentos, destinado a habitação, com a área total de 2.582,00 m2, sendo a área coberta de 96,00 m2 e a área descoberta de 2.486,00 m2, no Sítio da Varga, freguesia de Cachopo, concelho de Tavira, que confronta a norte, a sul e a nascente com caminho e a poente com Maria da Palma Brito Ribeiro, inscrito na respetiva matriz em nome da justificante sob o artigo 2296, com o va lor patrimonial tributário de 4.980,00 €, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Tavira, tendo alegado para o efeito que: O prédio veio à posse dela justificante em data imprecisa do ano de 1998, por doação meramente verbal e nunca reduzida a escritura pública, feita por Maria da Palma Ribeiro e marido Eduardo Gonçalves Fernandes Ribeiro, residentes que foram em Lisboa. Porém, desde aquele ano, portanto, há mais de vinte anos, de forma pública, pacífica, contínua e de boa-fé, ou seja, com o conhecimento de toda a gente, sem violência nem oposição de ninguém, reiterada e ininterruptamente, na convicção de não lesar quaisquer direitos de outrem e ainda convencida de ser a única titular do direito de propriedade sobre o identificado prédio, e assim o julgando as demais pessoas, tem possuído aquele prédio – tendo já chegado a fazer obras de reparação e conservação necessárias e pa gando contribuições e impostos devidos – pelo que, tendo em consideração das referidas características de tal posse, adquiriu por USUCAPIÃO o referido bem imóvel.

da distância temporal, desconhecem como e quando os re feridos José Teixeira da Silva e Bárbara Maria Cavaco entraram na posse do identificado prédio

quem navega. A faixa com logotipo, na tonalidade prata, igual ao forro das capas, é aplicada na frente infe rior esquerda da gola. O logotipo da Confraria apresenta a designação “Confraria da Sardinha – Portimão”. Depois da cerimónia de entroniza ção dos membros fundadores da Confraria Gastronómica da Sardi nha de Portimão, com o juramento e as rubricas que oficializaram o ato, teve lugar um jantar no restauran te “Taberna de Portimão”, onde a sardinha foi rainha, local onde tudo começou em 2021.

A capa tem uma gola de padre onde foram colocados, em ambas as ex tremidades (da gola), um botão em madeira (contraplacado marítimo), com o formato de um flutuador de pesca. As duas extremidades unem -se através de um cabo que forma um nó de marinheiro. Aos confrades fundadores corres ponde o cabo com nó de marinheiro vermelho e aos restantes Confra des corresponde o cabo com nó de marinheiro verde. O vermelho e o verde representam o bombordo e o estibordo respetivamente, para

A Confraria madrinha escolhida foi a do Atum de Vila Real de Santo António, representada por vários confrades e por António Cabrita, que também representou a Fede ração Portuguesa das Confrarias DeGastronómicas.váriospontos

tórica e uma tradição fortemente enraizadas na cultura da cidade de Portimão, outrora um dos mais importantes pólos industriais da conserva e da pesca da sardinha. O traje é composto por: Boné, de cor azul marinho, inspirado no modelo usado nesta zona litoral. Capa de cor azul marinho, com sobrecapa na mesma cor, ambos forrados com tecido no tom prata, que remetem ao mar e à cor da sardinha. Con tém também uma rede de malha de pesca na sobrecapa alusiva a esta atividade.

REGIÃO 9CADERNO ALGARVE com o EXPRESSOPOSTAL 23 de setembro de 2022

do país, vieram outras confrarias que se quiseram associar à entronização dos mem bros fundadores da nova confraria que tem como objeto e ambição “contribuir para o levantamento, defesa, promoção e divulgação do património cultural, ambiental, his tórico e gastronómico da sardinha, podendo abranger também a região do Algarve. Apoiar a pesquisa, di vulgar, promover, organizar todo o tipo de ações em defesa do ambiente em geral e da sardinha em particu lar. Colaborar com os organismos

feitas para a elaboração do traje marcam uma herança his

O logotipo da Confraria Gastro nómica da Sardinha de Portimão consiste numa sardinha de traço simples facilmente identificável e moderna e foi concebido pelo artista plástico João Sena. Para concepção do traje a nova Confraria de Por timão teve a preciosa colaboração da estilista portimonense Sandra AsGonçalves.escolhas

A nova confraria tem como objeto e ambição “contribuir para o levantamento, defesa, promoção e divulgação do património cultural, ambiental, histórico e gastronómico da sardinha”

A cerimónia contou com a presen ça e intervenção do presidente da Comissão de Coordenação e Desen volvimento Regional (CCDR), José Apolinário, do diretor Regional de Agricultura e Pescas do Algarve, Pedro Valadas Monteiro, da verea dora da Câmara de Portimão Teresa Mendes, e da deputada e presidente da Assembleia Municipal de Porti mão Isabel Guerreiro.

públicos e privados, locais, regio nais, nacionais e internacionais de turismo, ambiente e cultura”.

Nasceu uma confraria em Portimão para promover a nossa sardinha

FOTO RICARDO COELHO / D.R.

FOTO JOÃO FIGUEIRAS / D.R. FOTO JOÃO FIGUEIRAS / D.R.

O primeiro Capítulo, que incluiu a Entronização dos membros funda dores da Confraria Gastronómica da Sardinha de Portimão, realizou -se no passado sábado, no Museu de Portimão.

A nova edição do OP vai arran car já em outubro precisamente com a realização de assembleias participativas presenciais, para discussão e apresentação de propostas – relativas às áreas incluídas nas competências do Município, incidindo em locais públicos e de livre acesso à popu lação, com orçamento máximo de 30 mil euros por projeto e prazo de execução de dois anos.

breves FOTO D.R.

10 POSTAL 23 de setembro de 2022CADERNO ALGARVE com o EXPRESSO

A Câmara de Silves assinala o Dia Mundial do Turismo a 27 de setembro com animação musi cal nas ruas históricas da cidade e “experiências” disponibilizadas por produtores, artesãos e agentes turísticos. Segundo um comunicado do município, o Dia Mundial do Turismo é assinala do em associação com a Organização Mundial do Turismo, que dedica o dia 27 de setembro à reflexão sobre o tema “Repensar o Turismo”. As comemorações têm lugar nas ruas históri cas da cidade com animação musical, entre as 10:00 e as 12:30,tendo os residentes e os visi tantes a oportunidade de “vivenciar diversas experiências disponibilizadas no concelho, em colaboração com produtores, artesãos e agentes turísticos”.

A

Ao todo, até ao momento, as duas primeiras edições do OP Faro já representaram um in vestimento de cerca de 364 mil euros em mais de uma dezena de projetos, alguns deles já finaliza dos e inaugurados.

Índice de transmissibilidade da covid-19 sobe para 1,07 no Algarve

Mais informação pode ser obtida no portal do OP (https://op.cm -faro.pt/).

dio do Rt – que estima o número de casos secundários de infe ção resultantes de cada pessoa portadora do vírus – aumentou dos 0,98 para os 1,02 a nível nacional, chegando aos 1,03 na última sexta-feira. O INSA refere ainda que o número médio de casos diários a cinco dias passou dos 2.468 para os 2.642 a nível

De 1 de outubro até dia 13 de novembro, vários espaços em diversos pontos do concelho – a ser oportunamente divulgadas –vão receber estas sessões.

por elas, o que é diferente de co municarem à Câmara Municipal ou ao Presidente e darem uma ideia e depois a Câmara desenvol ver”, concluiu Rogério Bacalhau. Também o vereador Carlos Baía referiu que estão já previs tas alterações para uma quarta edição do OP, nomeadamente com a incorporação de um es paço dentro do OP dedicado às associações e o alargamento do OP Faro – Escolas a todos os graus de escolaridade desde o primeiro ano. “Num momento em que a sociedade vive um pe ríodo complicado em termos de participação, queremos desafiar os jovens e começar, desde logo, a incentivar os jovens a opina rem e participarem e a verem o resultado desse envolvimento”, referiu Carlos Baía.

A média de contágios diários mais elevada ocorreu no final de janeiro, altura em que che garam a ser notificados 49.795 casos na média a cinco dias. A nível regional, os dados agora

No âmbito da apresentação pú blica da 3ª edição do OP Faro, o presidente da Câmara Municipal de Faro, Rogério Bacalhau, disse esperar um maior envolvimento da comunidade após duas edi ções muito condicionadas pela pandemia. “O objetivo é o en volvimento e a participação das comunidades, em 2020 não ti vemos praticamente divulgação nenhuma e mesmo assim tive mos projetos e o ano passado foi melhor, e desta vez esperamos um Orçamento Participativo com muita participação”.

A votação das propostas decor rerá durante todo o próximo mês de março – cada pessoa pode vo tar duas vezes em dois projetos distintos – prevendo-se a apre sentação pública dos projetos vencedores para o mês de abril. A execução decorrerá a partir de 30 de abril de 2023.

nacional (2.477 no continente), apesar de continuar a ser um dos valores mais baixos de contágios registados ao longo deste ano.

“Este é um projeto que tem uma faceta importante que é a de ou vir o que as pessoas têm a dizer, de fomentar a participação e o envolvimento da comunidade, estejam elas onde estiverem. É importante que as pessoas se afi liem às localidades e percebam que aquele projeto foi concebido

Autarquia de Silves assinala Dia Mundial do Turismo

bro vai decorrer o período em que os cidadãos podem apresen tar propostas através do Portal do OP (op.cm-faro.pt) na inter net, seguindo-se um período de análise técnica dos projetos, de 9 de dezembro a 31 de janeiro do próximo ano, e um período de reclamação da avaliação técnica, de dia 1 a 20 de fevereiro.

sentar e votar propostas para implementar na comunidade escolar.

divulgados indicam que o Rt é de 0,98 no Centro, enquanto as restantes seis regiões estão com este indicador acima do limiar de 1, mais duas do que na semana anterior. O Norte apresenta um Rt de 1,03, Lisboa e Vale do Tejo de 1,03, o Alentejo de 1,04, o Al garve de 1,07, os Açores de 1,18 e a Madeira de 1,33.

A sessão de apresentação, que teve lugar no Museu Regional do Algarve, contou com a pre sença do presidente da Câmara Municipal de Faro, Rogério Bacalhau, do vereador Carlos Baía, José António Paula Bri to, um dos participantes com dois projetos vencedores nas duas edições anteriores, Ana Paula Marques, diretora do agrupamento de escolas Tomás Cabreira e de Andreia Martins, da Contextos – Cooperativa pa ra o Desenvolvimento e Coesão Social, entidade parceira do mu nicípio na implementação deste projeto, nomeadamente na pro moção, divulgação e promoção das assembleias participativas nos vários pontos do concelho.

FARO: Jornadas Europeias do Património divulgam “Torre da Horta dos Cães”

Câmara de Faro apresentou, na quin ta-feira da passada semana, a terceira edição do seu Or çamento Participativo (OP). Ao todo, o Município vai voltar a alo car uma verba de 180 mil euros para OP e 10 mil euros para o OP Faro-Escolas dirigido aos alunos das escolas do concelho desde o 3.º ciclo ao ensino secundário.

São Brás de Alportel assinala Jornadas Europeias do Património até outubro

Podem participar no OP Faro todos os cidadãos com idade superior ou igual a 18 anos, recenseados em Faro ou que, comprovadamente, residam, tra balhem ou estudem no concelho.

REGIÃO

A Câmara de São Brás de Alportel vai realizar um conjunto de atividades até 13 de outubro para se associar às Jornadas Europeias do Patrimó nio. Esta sexta-feira, o escritor Renato Sánchez participa na iniciativa Ciclo de Conversas com História, no Museu do Traje, com o tema “Mu çulmanos e Cristãos em São Brás de Alportel: vida e obra de Ibn Ammâ”. O Jardim Verbena acolhe no sábado a iniciativa “Uma viagem ao Tempo dos Romanos”, com jogos temáticos e ‘workshops’ ou “espetáculos de dança do ventre”, destinada a famílias. No domingo será realizado o passeio “Pelos itinerários da água: entre fon tes, poços, noras e hortas”, que mostra como “o homem, durante séculos, se relacionou com o território utilizando o seu engenho e arte no aproveitamento da água”. “A pré-história em São Brás de Alportel” é o tema da conferência de encerramento do programa são-brasense das Jornadas Europeias do Património 2022 e tem lugar no Espaço Memória do Município no dia 13 de outubro, pelas 18h00.

A Câmara de Faro vai promover “um maior co nhecimento sobre o edifício da Torre da Horta dos Cães, conhecido como Celeiro de São Fran cisco”, para assinalar este sábado as Jornadas Europeias do Património. O município preparou “diversas atividades” destinadas a dar a conhecer à população a história do edifício de arquitetura barroca urbana (1711-1765), com a participação do historiador de arte Daniel Santana e da con servadora-restauradora Susana Paté, técnicos do Museu Municipal de Faro. Daniel Santana e Su sana Paté vão participar numa “visita orientada”, a partir das 17:00, que dará “aos visitantes um conjunto de esclarecimentos sobre questões his tóricas e artísticas desta enigmática construção, bem como sobre o tratamento dado às figuras e ao revestimento da torre”. “O percurso será, ainda, enriquecido pelas intervenções teatrais e musicais do Grupo DoisMaisUm e do Grupo Coral Ossónoba”, anunciou o município, que vai encerrar o programa com um concerto de fado dos artistas Luís Manhita (voz), Jorge Franco (guitarra portuguesa) e Manuel da Avó (viola).

De 14 de novembro a 8 de dezem

ESPERA-SE DAPARTICIPAÇÃOMAIORCOMUNIDADE

O índice de transmissibilidade (Rt) do coronavírus SARS-CoV-2 ultrapassou o limiar de 1 em Por tugal, estando nos 1,03, e a média de infeções subiu ligeiramente para os 2.642 casos diários, indi cou esta quarta-feira o Instituto Ricardo Jorges. Segundo o rela tório semanal do INSA sobre a evolução da covid-19, o valor mé

Serão vencedores os projetos mais votados, até esgotar a ver ba dos 180 mil euros – a mesma verba disponibilizada na edição anterior -, sendo que cada uma das quatro freguesias/ união de freguesias do concelho (Faro, Montenegro, Conceição e Estoi e Santa Bárbara de Nexe) terá, pe lo menos, um projeto vencedor. Paralelamente, vai decorrer o OP Faro – Escolas, dirigido a alunos do terceiro ciclo e ensino secundário, que podem apre

Faro lança novo Orçamento Participativo com 190 mil euros para investir

Ing), Pepe (FC Porto), Rúben Dias (Manchester City, Ing),

pela primeira vez pelo selecio nador português de futebol para defrontar República Checa e Espanha, para a Liga das Nações, um dia depois de Rafa ter renunciado à seleção. Em comunicado, a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) deu conta da chamada do avançado ‘encarnado’, autor de oito golos já na presente temporada, quatro na I Liga e outros quatro nas pré-eli minatórias para a Liga dos “OCampeões.selecionador nacional, Fernando Santos, convocou hoje [terça-feira] Gonçalo Ra mos para integrar a equipa das ‘quinas’ na dupla jornada da Liga das Nações”, lê-se no sítio oficial da FPF, que de talha que o avançado conta 18 internacionalizações pela seleção sub-21, num total de 46 jogos pelas seleções.

– Avançados: Pedro Neto (Wolverhampton, Ing), João Félix (Atlético de Madrid, Esp), Diogo Jota (Liverpool, Ing), Ricardo Horta (Sporting de Braga), Cristiano Ronal do (Manchester United, Ing), Rafael Leão (AC Milan, Ita) e Gonçalo Ramos (Benfica).

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O

a um da líder Espanha e com mais três do que os checos e quatro face aos helvéticos.

A fase final da Liga das Na ções realiza-se de 14 a 18 de junho de 2023, com os ven cedores dos quatro grupos da Liga A, sendo que os últimos de cada um dos agrupamen tos descem à Liga B.

LISTA DOS CONVOCADOS:26

FOTO D.R.

olhanense, avan çado do -deirafoiGonçaloBenfica,Ramosestaterçaconvocado

Nas duas últimas rondas, a formação das ‘quinas’ defron ta os checos, este sábado, em Praga, sem João Cancelo, que vai ter de cumprir um jogo de castigo, e fecha com os es panhóis, três dias depois, em 27, no Estádio Municipal de Braga, com ambos os jogos agendados para as 19:45 (em ALisboa).seleção lusa, vencedora da primeira edição da Liga das Nações, em 2019, preci sa de vencer o agrupamento para chegar à ‘final four’ da terceira edição, sendo que a segunda foi conquistada pe

– Médios: Rúben Neves (Wolverhampton, Ing), Viti nha (Paris Saint-Germain), Bruno Fernandes (Man chester United, Ing), João Mário (Benfica), Matheus Nunes (Wolverhampton, Ing), William Carvalho (Be tis, Esp), Palhinha (Fulham, Ing) e Bernardo Silva (Man chester City, Ing).

A equipa das ‘quinas’ realizou esta terça-feira o primeiro treino do estágio, na Cidade do Futebol, em Oeiras. Antes, Fernando Santos já ti nha substituído o lesionado Raphaël Guerreiro (Borus sia Dortmund) pelo também lateral esquerdo Mário Rui Depois(Nápoles).dos quatro jogos de junho (1-1 em Espanha, 4-0 à Suíça, 2-0 à República Che ca e 0-1 na Suíça), Portugal segue no segundo lugar do Grupo A2, com sete pontos,

REGIÃO 11CADERNO ALGARVE com o EXPRESSOPOSTAL 23 de setembro de 2022 PUB.

– Guarda-redes: Rui Patrí cio (Roma, Ita), Diogo Costa (FC Porto) e José Sá (Wol verhampton, Ing).

Olhanense Gonçalo Ramos chamado pela primeira vez à seleção principal

la França, numa final com a Espanha, em 2021.

Tiago Djaló (Lille, Fra), Danilo Pereira (Paris Sain t-Germain, Fra), Mário Rui (Nápoles, Ita) e Nuno Mendes (Paris Saint-Germain, Fra).

– Defesas: Diogo Dalot (Man chester United, Ing), João Cancelo (Manchester City,

Contudo a ameaça da falta de alimento poderá ser uma realidade num futuro próximo independentemente de pan demias ou guerras. De acordo, com a FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura), em 2050 a população mundial irá atingir os 9 biliões (a maioria a viver em cidades), esperando-se um aumento significativo na procura de alimento. Para fazer face a este crescimento demográfico tem-se observado um aumento na produção de alimentos com consequente utilização de água doce, fertilizantes, emissão de gases de efeito de estufa (pegada de carbono1) e perda de importantes ecos sistemas captadores desses gases, como é caso a floresta tropical (Fig. 1). A pre visão da FAO para o final do séc. XXI é que existirão 11 biliões de habitantes no planeta Terra e isso implicará uma pegada de carbono gigantesca. Acresce, a este cenário, o impacto das alterações climáticas subsequentes.

vertem a amónia em nitrato que é usado pelos organismos autotróficos (leia-se micro e macroalgas – espécies extra tivas) para produzirem nova matéria orgânica, enquanto as bactérias hetero tróficas decompõem resíduos orgânicos.

carbono libertado por kg de produto) muito inferior ao da carne e em especial ao de vaca e carneiro. O mesmo acon tece com o peixe e produtos do mar devendo-se minimizar o consumo de carnes vermelhas.

Circularidade da Aquacultura... Quando os resíduos são usados como um recurso!

Por Maria Emília Cunha1 e Laura Ribeiro2

1Centro de Ciências do Mar – Universidade do Algarve 2Instituto Português do Mar e da Atmosfera

A discussão sobre a autossuficiência ali mentar tem sido recorrente no último ano, na sequência da pandemia COVID 19 (nome vulgar) e da guerra da Ucrâ nia. As limitações e condicionalismos ao transporte e distribuição de bens ali mentares, e de outros produtos, vieram evidenciar as fragilidades e vulnerabili dades dos países face à sua dependência alimentar global.

Antevêem-se problemas no sector da PRODUÇÃO ALIMENTAR. Investi gadores nesta temática apresentaram uma estrutura de gestão de recursos naturais que introduz o conceito de “área segura” e que é limitada por três variáveis: a quantidade de alimento que é necessário produzir face ao aumento da população, o impacto dessa produção de alimento no ambiente, e o seu efeito nas alterações climáticas resultantes. A

Comparação dos índices de eficiência alimentar, para aumentar 1 kg de peso quanto alimento (kg) é necessário fornecer (fonte: Rabobank 2014)

Aquacultura Ecológica: Nada se perde, nada se cria, tudo se transforma

A produção em Aquacultura é mais efi ciente quanto à utilização de recursos para além do impacto ambiental ser Demenor.forma a assegurar a sustentabilida de da produção em aquacultura, será importante fomentar a integração da aquacultura com a agricultura, quer em Terra como no Mar, e essa integração precisa de ser baseada em PRINCÍPIOS ECOLÓGICOS SÓLIDOS.

O processo biológico inicia-se com o fornecimento de alimento de origem externa (ração), usada pelos peixes (espécie principal) para o crescimento e outras funções vitais (Fig. 4). A diges tão e processamento do alimento, vai resultar na excreção de amónia e fezes.

necessita de cerca de 1,4 kg de alimento para crescer 1kg, enquanto uma vaca necessita de 8 kg de alimento (Fig. 3).

Esquema simplificado dos processos em curso na produção em aquacultura com base ecológica, onde as espécies extractivas (ex: micro ou macoalgas, ostras) utilizam (reciclam) os nutrientes e matéria particulada resultante da alimentação da espécie principal (ex: peixes)

Estrutura de gestão de recursos naturais, identificação de “área segura” definido pelas curvas da variação da quantidade de alimento que é necessário produzir face ao aumento da população, o impacto dessa produção de alimento no ambiente, e o seu efeito nas alterações climáticas resultantes (adaptado: Beddington et al. 2012, Sicence, 335:289-290)

Tradicionalmente os produtos do mar representam uma importante fonte de proteína para as populações. Apesar de Portugal apresentar um dos índices mais elevados de consumo de pescado do mundo, esta tendência tem-se veri ficado em outros países, associado a benefícios para a saúde. A captura de espécies selvagens deixou de ser um dos slogans justificativos para o baixo consumo de produtos do mar pois atual mente temos produção em aquacultura com menor impacto na natureza. Esses produtos de aquacultura constituem uma importante alternativa às for mas tradicionais de abastecimento de pescado, sendo considerada um setor estratégico pelo Governo português. O decréscimo e/ou estabilidade no volume das descargas da pesca, aumentam a pressão sobre o sector da AQUACUL TURA para assegurar o fornecimento de proteína à crescente população. Mesmo na perspetiva de produção ani mal, os peixes apresentam um índice de eficiência alimentar muito superior ao de outros na produção pecuária (ex: o porco, a vaca). Por exemplo, um robalo

Aquacultura marinha

12 CADERNO ALGARVE com o EXPRESSO POSTAL 23 de setembro de 2022

Mas afinal o que é AQUACULTURA MuitoECOLÓGICA?simplesmente é uma Aquacultu ra que imita a forma e as funções dos ecossistemas naturais com o objetivo de produzir alimento e usa engenharia para tal.

A pegada de carbono é uma metodologia criada para medir as emissões de gases de efeito de estufa

“área segura” corresponde à zona inte rior delimitada pelas curvas de evolução destas três variáveis e onde produção de alimento é assegurada, minimizando os impactos ambientais (Fig. 2). Desde o início do séc. XX que o planeta Terra está fora dessa área segura e as previ sões para o futuro mantêm-se!

A Aquacultura Marinha, pode assegu rar que comunidades costeiras sejam perduráveis ao gerar orlas marítimas ativas, fornecendo alimentos saudáveis e seguros e melhorando a qualidade do ambiente. A aquacultura de ostras, mexilhões e de algas providenciam produtos alimentares marinhos locais e ou para outras aplicações biotecnoló gicas, melhoram a qualidade da água, protegem contra as intempéries e pro videnciam habitats essenciais. É para este objetivo que as ações desenvolvidas pelo consórcio do projeto AQUA&AMBI (www.aquaambi-poctep.eu) têm con tribuído, ao promover a aquacultura ecológica para reabilitar zonas abando nadas em salinas e permitir atividades económicas sustentáveis. Contudo para assegurar o fornecimento de produtos marinhos será necessário recorrer à produção em outras zonas, como a aquacultura oceânica, onde a inovação da tecnologia de mar alto, tal como as jaulas submersíveis, permite uma produção alimentar em larga escala compatível com outos usos dos oceanos. A aquacultura de peixe em terra e em jaulas providencia alimentos marinhos sustentáveis do ponto de vista económi co e ambiental e diversifica o emprego marítimo e o comércio local.

Evolução temporal do aumento da população e dos indicadores da pegada humana (fonte: WWF)

Para atingirmos essa “área segura”, se rá fundamental inovar no modo como comemos e produzimos. Para fazer face às alterações climáticas será preciso fa zermos mudanças, alterar os sistemas atuais de produção de alimento, tanto agrícolas, como de gado e de pesca, ter novas formas de tratar o lixo, a água e a energia nas cadeias de abastecimento alimentar, restaurar áreas de planta ções degradadas, zonas húmidas e florestas, e alterar o tipo de alimentos que consumimos.

As bactérias nitrificantes aeróbicas con

Área (alimentar) Segura

Estas ações contribuem para manter a boa qualidade da água. Os resíduos orgânicos particulados e as microalgas são por sua vez usadas para alimentação de filtradores (bivalves, pepinos do mar – espécies extrativas) quer na coluna de água quer junto ao fundo. Esta produção pode ser compartimentada ou em con junto no mesmo espaço. Nada se perde, nada se cria tudo se transforma, a base de uma economia circular.

Uma das alterações que vamos ter de fazer é consumir mais vegetais, peixe e produtos do mar e diminuir o consumo de carne de vaca e carneiro. Em resumo, privilegiar a nossa dieta mediterrânica, sustentável e alinhada com uma menor pegada de carbono. Apresenta uma di versidade de alimentos de elevado valor nutricional, em que a maior proporção é representada por vegetais, cereais e frutas e em menor proporção a proteí na animal. Os vegetais apresentam um potencial de aquecimento global (kg de

Os alimentos e a pegada de carbono

As emissões de azoto e de fósforo, são também muito mais baixas nos peixes sendo inexistentes no caso dos bivalves.

As expressões artísticas têm acompanhado as preocupações ambientais que predominam na atualidade, pelo que muitos dos trabalhos artísticos atualmente

Mais recentemente, o mar tem sido abordado numa perspetiva menos positiva, pois têm realizado obras a partir do lixo encontrado no mar ou do lixo que pode ser encontrado nas praias, nomeadamente de plástico, trazido pelo vento e pelas correntes.

Neste âmbito, os artistas algarvios Henrique Silva, Élsio Menau e Gus tavo de Jesus inauguraram no dia 19 de julho, as três esculturas que dão vida ao Calçadão de Quarteira. Sendo todos algarvios, Élsio Menau e Gustavo de Jesus têm também a particularidade de terem sido estudantes de artes vi suais na Universidade do Algarve.

o último artigo abordá mos o mar como fonte de inspiração para a pro dução artística ao longo dos tempos. Desde ima gens relaxantes que aproveitam a beleza do mar calmo ao pôr do sol, até imagens de ondas do mar que transmitem energia e vitalidade, o mar tem sido dos temas mais inspi radores da produção artística.

feitos a partir do mar não dão tanta ênfase à beleza do mar, mas mais às questões ligadas à poluição do mar, procurando consciencializar e responsabilizar a população pela limpeza do mar e das praias.

o mar junto à Praia de Quarteira. Este é um projeto da Câmara Muni cipal de Loulé para valorização de artistas visuais que teve início em 2021, com a curadoria de Miguel Cheta, e que tem agora continuida de com esta exposição a céu aberto, tendo o mar como pano de fundo.

Responsáveis pelas secções:

• Diálogos (In)esperados Maria Luísa Francisco

ARTES VISUAIS

SETEMBRO 2022 Ÿ n.º 166 comemcomMensalmenteoPOSTALconjuntoo 10.636 EXEMPLARES www.issuu.com/postaldoalgarve

• Filosofia Dia-a-dia Maria João Neves

Esta é uma mensagem importante sobretudo no Verão, em que muitas pessoas procuram locais próximos do mar para refrescar e relaxar. Mas deverão faze-lo observando os aspetos ligados à limpeza das praias e à reciclagem.

SAÚL

Direção GORDA, Associação Sócio-Cultural Editor Henrique Dias Freire

FB https://www.facebook.com/Cultura.Sulpostaldoalgarve

• Artes Visuais Saúl Neves de Jesus

• Espaço ALFA Raúl Coelho

Ficha técnica

• Espaço AGECAL Jorge Queiroz

Paulo Larcher Colaborador desta edição Mauro Rodrigues

Escultura “Horizonte Salgado”, de Henrique SilvaEscultura “Horizonte de Betão”, de Élsio Menau FOTOS D.R. Escultura “Observatório de Horizontes e Lonjuras”, de Gustavo Jesus

Por seu turno, o artista Élsio Menau, natural de Quarteira, apre senta-nos a escultura “Horizonte de Betão”, que representa uma critica

Nesse âmbito, gostaríamos de des tacar uma iniciativa interessante do Município de Loulé, no senti do de aproximação da arte junto das pessoas, através da exposição intitulada “Linha do Horizonte” no Calçadão de Quarteira. Esta exposição inaugurada no passado dia 19 de julho integra três obras escultóricas expostas sobre a Praia de Quarteira. Estas obras têm co mo fonte de inspiração o mar e são valorizadas por terem como fundo

Pode o mar servir de enquadramento para as obras artísticas?

social à construção desenfreada que aconteceu em Quarteira nos anos 60 e 70 do século XX, com vá rios prédios junto à praia. Segundo o artista, nesta obra abrem-se as janelas e só vemos betão.

NEVES DE JESUS Professor Catedrático da Universidade do Algarve; Pós-doutorado em Artes http://saul2017.wixsite.com/artesVisuais;

N

• Letras e Literatura Paulo Serra

Mas o mar, para além de inspirar as artes visuais, pode também servir de enquadramento para as obras artísticas.

Com a escultura em pedra “Hori zonte Salgado”, o artista Henrique Silva, natural de Querença, desta ca o sal das praias da Ria Formosa, pois apresenta-nos uma espécie de salpico gigante de água do mar, em que a pedra colocada em cima pa rece uma pedra de sal.

• Mas afinal o que é isso da cultura?

e-mail redação: geralcultura.sul@gmail.com publicidade: anabelag.postal@gmail.com online em www.postal.pt e-paper em: www.issuu.com/postaldoalgarve

Por último, o artista tavirense Gustavo de Jesus expõe a obra “Observatório de Horizontes e Lonjuras”, pretendendo criar uma dialética entre uma Quarteira com pletamente densa no Verão, com uma população anónima que se quer divertir e que não tem tempo para observar nada, e o horizonte que permite desligar e relaxar, com a beleza do céu e do mar. É uma peça para ser apreciada também por permitir essa observação do horizonte pelas pessoas que quei ram espreitar por dentro da peça Paraescultórica.quem ainda não foi, fica o convite para dar um mergulho na Praia de Quarteira ou fazer uma caminhada no seu enorme Calça dão, aproveitando para apreciar estas três esculturas, procurando colocar-se de forma a ter o mar co mo enquadramento

1926 que instaurou o regime auto crático, o Estado Novo. Vigente entre 1926 a 1974 foi incapaz de democra tizar o País, de o desenvolver e de descolonizar, o bloqueio de soluções políticas e a guerra colonial levaram à tomada de poder pelas forças ar madas em 25 de Abril de 1974, foram devolvidas as liberdades cívicas e instituições democráticas eleitas. Após cinco séculos de colonização nasceram em 1975 sete países sobe ranos de língua oficial portuguesa, os quais, a par de dezenas de comu nidades lusófonas, representam mais de 300 milhões de falantes da língua portuguesa. Monumentos e centros históricos de origem portu guesa, reconhecidos pela UNESCO, existem em todos os continentes, bem como múltiplas expressões do património imaterial.

A

JORGE QUEIROZ Sociólogo, sócio da AGECAL

A 7 de Setembro deste ano comemo raram-se 200 anos da independência

Uma vida de dedicação à causa pública durante a qual conciliou a condição de cien tista social e de teórico político com o espírito de missão sempre que Por tugal o chamou a exercer funções. É uma voz escutada e respeitada, é um dos portugueses que melhor conhece a comunidade lusófona.

O novíssimo príncipe - Análise da revolução foi publicado em 1977 e é considerado a primeira e mais válida análise histórica sobre o fe nómeno geopolítico desencadeado pelo 25 de Abril de 1974.

uma história tão prolongada e rica de acontecimentos de importância universal, não tenha sido capaz de produzir o mais importante dos museus nacionais, o da sua própria história, patrimónios e língua. Qual quer cidadão consciente, professor ou educador, aluno ou visitante, sente necessidade desse instrumen to de conhecimento abrangente e visita, se cientificamente bem es truturado, pedagógico, dinâmico e aberto a actualizações. Espólios e competências não faltam, mas visão estratégica de política cultural. Celebrar 50 anos de democracia, preparar os 900 anos da Fundação, deveria ter como desígnio e corolário a concepção e abertura do Museu da História, Cultura e Língua Por tuguesa

Em Junho de 2022 foi condecorado pelo Presidente da República com a Grã-Cruz da Ordem de Camões, numa cerimónia particular. No passado dia 6 de Setembro no Pa vilhão do Conhecimento no Parque

das Nações foi feita uma homenagem à qual assistiu por videoconferência. A sua simplicidade, a modéstia in telectual e ao mesmo tempo a sua postura ética não nos podem deixar indiferentes a uma figura marcante e a um pensador de imenso relevo no panorama intelectual português.

FOTOD.R.

Depois de deixar a vida académi ca manteve a disponibilidade para aceitar inúmeras solicitaç ões e convites de diversas instituições,

* A autora não escreve segundo o acordo ortográfico

A esperança num mundo melhor levou-o a uma profícua actividade cívica em diferentes áreas. Enquan to pensador e político abriu novos horizontes. Enquanto professor conseguiu autonomizar duas novas áreas académicas: a Ciência Política e as Relações Internacionais.

das mais teumUmestarvezes:da.seuconhecimentorasensibilidadesvariadas,papartilharoseueogostopelaviReferevárias“Gostodevivo!”outrolivrocomregistodiferenintitulado

Os livros de Adriano Moreira e o seu livre pensamento

ainda episódios menos conhecidos, como o processo que o conduziu à cadeia onde parti lhou a cela com Mário Soares.

ESPAÇO AGECAL

na sua forma absoluta, liberal a partir de 1822, durou até 5 de outubro de 1910, data da instau ração do regime republicano ou 1ª República. Este foi derrubado por um golpe militar conservador em

quase “protetorado”, os britânicos exploravam os recursos nacionais, pressionavam a abertura dos portos brasileiros ao comércio internacio nal, diminuindo a importância de Lisboa e das rotas portuguesas.

do Brasil, País imenso e quase meta de da América do Sul. Resultou do encontro, a partir de 1500, entre populações originárias e colonos portugueses, da ida de milhares de escravos africanos embarcados para trabalhar nas plantações e minas, das migrações europeias dos séculos XIX e XX.

* O autor não escreve segundo o acordo ortográfico

Uma personalidade cativante com um espírito jovial e que tem pro curado a convergência no espírito de fraternidade entre os povos de Língua Portuguesa.

Em São Paulo, a maior cidade do Brasil, surgiu em 2006 o Museu da Língua Portuguesa, reestruturado em 2021 após incêndio, definindo a língua comum como “bem cultural contemporâneo” orientando-se por um Plano Museológico revisto a ca da cinco anos.

É um livro extraordinário, um livro de memórias que no futuro permi

MARIA LUÍSA FRANCISCO Investigadora na área da Sociologia; Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de luisa.algarve@gmail.comLisboa

A cultura e a língua são a grande he rança patrimonial do Pais, a par da diversidade biológica e natural hoje em sério risco.

É difícil entender que Portugal com

A primeira das datas refere-se à fundação de um novo Reino pe ninsular, o único que sobreviveu à pressão unificadora e garantiu a sua soberania. Ao longo de sete séculos Portugal conheceu um regime mo nárquico com trinta e quatro reis e duas rainhas, quatro dinastias com diferentes características e desíg Anios.monarquia,

143, 1385, 1640, 1822, 1910, 1974… datas, efemérides, acontecimentos marcantes da História de Portugal.

É bem conhecido o seu percurso de professor, de político que foi ministro de Salazar e de líder do CDS.

14 CULTURA.SUL POSTAL 23 de setembro de 2022 DIÁLOGOS (IN)ESPERADOS

era no início do séc. XIX um

Tiveconferências.oportunidade de ouvir e con versar com Adriano Moreira na Sociedade de Geografia e tive o privilégio de ter tido aulas com o professor. Há cerca de 10 anos apresentei o seu livro A espuma do tempo – Memória do Tempo de Vésperas no Auditório Municipal de Lagoa no Algarve.

Este é o Tempo resulta de um conjunto de conversas entre Adriano Moreira e o jornalista Vítor comconversassuamaisdescreveAdrianoGonçalves.MoreiraaspectosíntimosdavidaecontaasqueteveSalazarerelata

Efemérides, o Brasil independente e o museu que não temos

Portugal fará em breve 900 anos de existência como Estado soberano, uma longa história que oscilou entre as luzes e o progresso, o obscuran tismo e estagnação.

O Brasil soberano nasceu da vonta de da elite aristocrática de origem portuguesa, que recusou o “Reino Unido de Portugal, do Brasil e dos Algarves” decidido em 1815. Foram razões de autonomia decisória e vantagens económicas que levaram ao “grito do Ipiranga”, Portugal es tava enfraquecido, saqueado pelos exércitos franceses, D. João VI não desejava voltar a Portugal, foi obri gado a cumprir as ordens liberais deixando no Brasil D. Pedro como Portugalregente.

tirá entender melhor a segunda metade do século XX português.| Outro livro que representa um teste munho do pensamento de Adriano Moreira, intitula-se A nossa época – Salvar a esperança

Publicou o manual Ciência Política e o manual Teoria das Relações Inter nacionais que ainda hoje são usados por muitos estudantes.

A sua vasta obra vai desde o en saio, crónica, tratados académicos, pareceres jurídicos, intervenções parlamentares até às inúmeras

driano Moreira celebrou, no passado dia 6 de Se tembro, 100 anos.

Em 2016 lança mais um livro com o título Portugal e a crise global que é um conjunto de textos, comuni cações em ambiente universitário ou simplesmente da sociedade civil em que destaca janelas de liberdade que Portugal tem, como a CPLP e a Plataforma Continental.

Apresentação do livro A espuma do tempo - Memória do Tempo de Vésperas por Maria Luísa Francisco

FOTO INÁCIO GRAVANITA / D.R.

1

É um retrato de um século de obser vações e que é recomendado pelo Plano Nacional de Leitura (PNL) para maiores de 18 anos.

Ou dito de outro modo: dividindo a força aplicada à caneta pela massa desta, o resultado é a aceleração.

FILOSOFIA DIA-A-DIA

Albert Einstein

Dito de uma forma muito simples, o problema que se coloca é o seguin te: se o grande é constituído pelo pequeno, como podem as leis que regem um e o outro ser não apenas diferentes mas contraditórias e ir reconciliáveis?.

Teoria do Pantagruel Quântico e sua Receita Mágica: um acontecimento é igual à soma das condições iniciais

Que implicações filosóficas decor rem destas três leis fundamentais da física clássica? Vimos no exem plo acima que o comportamento da caneta - a sua posição e velocidade - pode ser prevista se conhecermos a sua massa e as suas interacções com os outros objectos e forças que sobre ela actuam. Assim sendo, se conhe cêssemos a posição e a velocidade de todas as partículas do universo seria possível prever o futuro de qualquer partícula, portanto, seria possível prever o futuro do universo.

O pioneiro alemão da mecânica quântica Werner Heisenberg (19011976), Nobel da Física em 1932, decide retomar a experiência da dupla fenda, mas acrescentando-lhe um instrumento de medida. Uma

máquina dispara electrões contra uma superfície que tem duas fendas. Se o electrão tiver um comporta mento de partícula atravessa apenas um dos buracos e deixa uma marca, tipo bala do outro lado. Se o electrão for uma onda, poderá atravessar os dois buracos ao mesmo tempo e dei xar um padrão de interferência do outro lado. O físico alemão viu-se a braços com o seguinte resultado: co locando um dispositivo que permite saber por qual dos orifícios passou o electrão, mas sem lhe obstruir a passagem, os electrões comportam -se como balas, ora passam por uma fenda, ora passam por outra. Nunca há passagem simultânea pelas duas fendas. Porém, sem esse dispositi vo, os electrões comportam-se como ondas. Os electrões parecem não só saber se os dois orifícios estão abertos ou não, mas sabem também se estão ou não a ser observados, e comportam-se em conformidade!

E agora, caro leitor, que implicações filosóficas retirar de tudo isto? Atre vo-me a propor algumas: Parece ser que uma dada obser vação é válida para a experiência em que é efectuada mas não pode ser usada para inferir acerca do que é observado. O mundo parece decidido a conservar até ao último momento todas as suas opções, ou probabilidades intactas. É o acto de observação que obriga o sistema a decidir-se por uma certa probabili dade que, então, se torna real. Como bem demonstrou Heisenberg, o ob servador não é neutro com respeito à Naexperiência.físicaclássica é possível saber a posição e a velocidade (quantidade de movimento) ao mesmo tempo. Portanto, existe a lei da causalidade. Na física quântica a posição é conhe cida à custa da perda de precisão do valor da velocidade e vice-versa. Portanto, não é possível a lei da cau Concebemossalidade.

As maçãs caem das árvores desde que a macieira existe. Porém, foi preciso que um desses frutos, de certo tentadores - segundo consta fizeram que fossemos expulsos do paraíso - caísse, não numa cabeça qualquer, mas precisamente na de Isaac Newton (1643-1727) para que ele se perguntasse porquê. A maio ria de nós talvez tivesse soltado um impropério à fastidiosa maçã por interromper uma boa sesta à sombra de tão frondosa árvore e se virasse para outro lado tentando re cuperar o sono. E as frutas teriam continuado a cair das árvores, du rante os séculos seguintes, sem que ninguém se preocupasse com isso. A bem da ciência, Newton não desistiu da sua pergunta até encon trar a resposta que configura a lei da gravitação universal, publicada em 1687 nos seus Tratados de Fi losofia Natural: “duas partículas quaisquer do Universo atraem-se por meio de uma força que é direc tamente proporcional ao produto das suas massas e inversamente proporcional ao quadrado da dis tância que as separa. É devido a esta força fundamental que os planetas permanecem nas suas órbitas, que as fases da Lua provocam as marés na Terra, e todos os seres e todos os objectos são atraídos para o centro dela. O mundo funciona assim, toda a nossa experiência no-lo compro va, só um louco ousaria pensar que Anão”.voz

pacífico até que em 1801 o também britânico Tho mas Young (1773-1829) triunfa no meio científico com a experiência da dupla fenda que serve de base à sua teoria ondulatória da luz. Dirá que se o objecto é pequeno as ondas rodeiam-no e refazem-se atrás dele por difracção, não deixando prati camente nenhuma zona de sombra. No entanto, se o obstáculo for muito maior do que o comprimento da on da atrás dele fica uma zona de ondas paradas. Clarifica que, se a luz for uma onda, é também possível ter sombras bem definidas desde que o comprimento de onda da luz seja muito inferior às dimensões do ob jecto que projecta a sombra. No final do séc. XIX era preciso ser doido ou ser um génio para se atrever a contrariar a bem estabe lecida teoria ondulatória da luz. De novo se ouve a voz de Einstein cuja investigação sobre o comportamen to do átomo, consegue demostrar que a luz é corpuscular: trata-se de uma sucessão de quanta ou fotões Com assombro, verificou-se que o electrão não executa a transição de um nível de energia para outro por influência de qualquer causa exter na, nenhuma razão explica porque o salto quântico se dá agora e não antes ou depois. Trata-se de um aca so estatístico. A Lei da Causalidade começa a ficar abalada.

1ª qualquer objecto permanece imó vel, ou desloca-se a uma velocidade constante, desde que nenhuma força exterior actue sobre ele.

2ª A força é igual ao produto da massa pela aceleração (F=MxA).

riado pelo atrito da caneta contra o tampo; se o atrito não existisse a caneta continuaria a mover-se inde finidamente, tal como ocorre com os planetas. Neste exemplo podemos observar as três leis fundamentais da física newtoniana:

O físico austríaco Schrödinger (18871961), Nobel da física em 1933, vai refazer os estudos matemáticos. Pa ra espanto de todos, quer tomando o electrão como onda quer como partícula, os cálculos resultam em perfeita concordância!

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3ª A cada acção corresponde uma reacção de intensidade igual e de sentido oposto. Vejamos: ao deixar cair a caneta na secretária, apesar da obediência à lei da gravidade, ela não fura o tampo.

Isaac Newton FOTOS D.R.

A vida quotidiana parece reger-se de acordo com as leis da física clássica, newtoniana. O microcosmos parece obedecer às leis da física quântica.

MARIA JOÃO NEVES Doutorada em InvestigadoraContemporâneaFilosofiadaUniversidadeNovadeLisboa

louca surge em 1915, na pes soa de Albert Einstein (1879-1955), prémio Nobel da Física em 1921, com a publicação da sua Teoria da Relatividade Geral que descreve a gravidade como uma curvatura do espaço-tempo. Dela não nos ocupa remos neste Regressemosartigo.aNewton. Continuan do a observar cuidadosamente a natureza, o cientista inglês aper cebeu-se de que o nosso contacto com os objectos no dia a dia pode ser enganador. Por exemplo, os objectos tendem a permanecer imóveis a me nos que sejam empurrados. Sendo assim, por que não se imobilizam nas suas órbitas os planetas ou a lua? Nada os empurra ... Newton afirma que os planetas estão num estado natural, livres de influências exte riores. Pelo contrário, os objectos na terra estão constantemente a sofrer as influências uns dos outros: se faço deslizar a caneta contra o tampo de secretária, o meu impulso é contra

Na mente do físico inglês surgiram então questões éticas que, neste mo mento, podem assomar a qualquer de nós: será o universo uma gigan tesca engrenagem? Serão os seres humanos uma espécie de fantoches, com movimento pré-determinado, e ausência de livre arbítrio?

A experiência das duas fendas deu origem a diferentes interpretações: Teoria dos Fantasmas: um electrão assim que abandona a fonte, desdo bra-se em fantasmas independentes uns dos outros. Estes interferem en tre si e daí a interferência no alvo. Estes fantasmas só actuam quando não estamos a olhar. Se o fizermos desaparecem todos, à excepção de um que se materializa no electrão real.

tículas e forças que nela atuam. Se a luz fosse uma onda tenderia a espalhar-se como a água do mar sobre um rochedo. Ora o compor tamento observável da luz parecia sugerir tratar-se de uma sucessão de partículas que se deslocam em linha recta pois, quando a luz encontra na sua trajectória um obstáculo com um rebordo bem definido, produz-se uma sombra de contorno também Tudonítido.permaneceu

com as condições finais. Desde que não se façam perguntas sobre o sig nificado tudo funciona bem. Se se perguntar por que razão o mundo é assim, não sabemos.

*A autora não escreve segundo o acordo ortográfico

Afinal como é o mundo?

Ao conhecermos todas as causas, poderíamos prever todos os efeitos

Teoria dos Mundos Possíveis: existem tantos mundos paralelos quantas as possibilidades de materialização possível. A cada possibilidade pode corresponder um mundo diferen te. Ao observarmos tornamos real uma possibilidade, portanto, só é real aquilo que vemos.

A investigação sobre a natureza da luz remonta à Antiguidade. Newton tentou também explicar o compor tamento da luz supondo que esta era composta por partículas cujo comportamento - de acordo com as leis que enunciámos anteriormente - poderia ser previsto conhecendo as interacções com as outras par

o mundo como exis tindo aí fora, independentemente de nós o percepcionarmos ou não. Porém, a física quântica vem dizer que de uma partícula nem sequer podemos afirmar que existe quando não a vemos. No mundo quântico só possuímos aquilo que vemos, nada é ontologicamente real. O máximo que se consegue são ilusões concor dantes entre si.

PAULO LARCHER Jurista e escritor

O Algarve de Costa-a-Costa: O Chalé de Marim

O oito. “O oito?! Mas porquê o oito?!”, perguntar-me-á o leitor. Pois então, siga o meu raciocínio: segundo o Li vro do Génesis, Deus fez o mundo em seis dias: os mares, os céus, a terra, as plantas, animais, homem e mulher. Ao fim desses dias bem trabalhosos, Deus - segundo o Livro - descansou. Era o sétimo dia. Tudo estava feito, completo, terminado. “Então tudo acaba aí?”, perguntará o leitor. “Não”, respondo eu, porque a seguir ao número sete vem o oito, um novo começo; uma nova gera ção. O oito é nada mais nada menos que uma ressurreição. Um recome ço. De alguma maneira, um símbolo de eternidade. Era isso então o que me sussurrava o fantasma do João Lúcio: “Estou por aqui, viajante e buscador, estou por aqui, só que num outro plano, numa outra dimensão.”

uma crónica anterior(1) falei muito brevemente de João Lúcio (18801918) um poeta natural de Olhão, onde também morreu, mas que não foi nem só olhanense, nem só algarvio: João Lúcio foi um cidadão da sua terra e também do mundo onde viveu e deixou marcas. João Lúcio - e é por isso que a ele regressamos - tinha também a particularidade de intuir a invisível alma das coisas. Dizia ele: “Quando em baixo, ruje, o temporal, sem fim, dessa miséria, oh Pó, em que tu te esfacelas, Eu subo à minha Torre esguia, de ondemarfim,me coa o sonho, o filtro das estrelas.”

E leio a outra luz os últimos versos do belo poema Descendo, que reza assim: “[…] quanta grandeza foge à curva da Quantovisão:espaço não há para além dos Espaços!”(3) Pois é, João Lúcio, parece-me que agora já entendi.

(2) Mestre António Homem Cardoso, fotógrafo e amigo, que me tem acompanhado neste trajeto algarvio.

Mas do que eu e o António(2) quere mos mesmo falar é, não de poesia, mas de uma certa arquitetura e talvez da sua simbologia oculta. Na verdade ficámos curiosos com o refúgio do poeta, essa tal torre esguia, de marfim, onde o filtro das estrelas lhe coava os sonhos. Essa Torre de Marfim não existiu apenas e só na imaginação de João Lúcio. Ela foi efetivamente construí da e seria nela que a grande Ceifeira - hélas - lhe marcaria o fatal encon tro. A casa é conhecida pelo nome prosaico de Chalé do João Lúcio e repousa na Quinta de Marim, nos arredores de Olhão, entre pinhais e aragens de maresia. Foi num dia de intenso calor que nos deparámos com a fachada (na verdade com uma das fachadas) do Chalé de Marim, semioculta entre os pinhais. Como tanta coisa pelo Al garve fora, também esta não estava acessível. Um casal de estrangeiros circulava por ali como nós, sacu dindo as portas fechadas. Eis senão quando se entreabre uma das portas e surge o rosto de Ana Bandeira, vi gilante, cuidadora e guia do Chalé. Sorte a nossa! Algo no nosso aspecto desanimado deverá ter feito vibrar a

Na verdade João Lúcio foi um ho mem superior, mas que não teve à época o reconhecimento generali zado dos seus pares, talvez por um certo gosto pela solidão e pela trans cendência que esta torna possível e também, quem sabe?, pela jovem idade em que a morte injustamente o Aarrebatou.obraliterária de João Lúcio - que fala por ele, do ponto de vista artís tico -, foi contudo citada, referida e estudada em épocas diversas por diversos autores, e quem tenha curiosidade de conhecer melhor essa faceta do poeta tem muito ma terial à disposição.

FOTOS ANTÓNIO HOMEM CARDOSO | D.R.

Muito já foi escrito e está por aí disponível ao público sobre a se miótica das “quatro” escadarias do Chalé. Remeto os meus leitores interessados para esses sapientíssi mos comentários e passo à frente, porque quero falar de coisa bem di ferente. Quero falar-vos de um Sinal que encontrei plasmado na pedra. É justo dizer que quem me chamou

(3) João Lúcio, in Poesias Completas p. 55, p 114-20

a atenção para o facto foi o meu ami go António que - como já referi - no seu primeiro disparo, de baixo para cima, talvez levado por uma feliz in tuição, me entregou de mão-beijada a chave desse enigma. Na verdade, a Torre de Marfim do João Lúcio não é - como parece à primeira vista - uma celebração do número quarto e dos seus intermináveis significados: os quatro pontos cardiais; as quatro letras do nome de deus; os quatro elementos; as quatro divisões da vida; os quatro arcanjos; o qua drado; a cruz… Não! Se observarmos com atenção as três fotografias de interior que o António fez, lá ve remos outro número. Ora contem as colunas! Ora contem agora os misteriosos degraus!; Fi nalmente, atentem na rosácea de mármore no chão junto do fantasma do poeta que nos aponta não para a esquerda co mo eu supus mas para um local diferente, ou melhor para uma outra realidade. “Vem viajante. Entra e vê se entendes…”, dizia-me ele há pouco em silêncio e agora com satisfação eu lhe respondo: “Não é o quatro que me ofereces, João Lúcio, mas o oito”.

Entra. Espreita e vê se entendes…”, parecia ele di zer-me. “É o fantasma do João Lúcio”, esclareceu -me a dona Ana, pousando a mão com familiaridade sobre a estranha figura.

(1) Paulo Larcher, O Algarve de costa-a-costa Olhão, Cultura Sul, Postal do Algarve, 4-02-2022

N

O António atirou-se logo para o chão e começou a fotografar, de baixo pa ra cima, a cúpula que remata toda a construção. Eu fiquei no átrio, tolhido, a olhar com receio uma figura toda de branco que parecia convidar-me a tomar um caminho. “Vem viajante.

Ah!, o fantasma! Então estava tudo explicado. A presença de João Lúcio pairava ainda sobre a construção que imagi nou e concretizou: uma casa de dois pisos com quatro entradas iguais, alinhadas com os pontos cardiais, sobrepujando quatro escadarias todas com diferentes formatos e simbolismos. À volta da casa, ao nível do primeiro piso, corre uma balaus trada. Simbolizará um percurso sem princípio nem fim? Simbolizará quiçá a eternidade? Ou o eterno retorno?

MAS AFINAL O QUE É ISSO DA CULTURA?

corda da compaixão no coração da dona Ana pois, após breves apresen tações, franqueou a entrada, a nós e aos sortudos estrangeiros.

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• Diane Arbus (1923-1971) co nhecida pelas suas fotografias de pessoas comuns e pessoas margi nalizadas pela sociedade, como por exemplo, travestis, nudistas, pessoas com deficiência mental, casais de diversos estilos, etc. Devido a diversos episódios de depressão e violentas mudanças de humor, acabou por se suicidar com 48 anos.

Mas… e existem limites para a liberdade de expressão dos fo tógrafos e da sua arte? Não, não existem limites, mas é uma linha ténue que muitas vezes estes fo tógrafos percorrem. Mas a não ser que as imagens incitem à violência e causem distúrbios e difamação dos fotografados, ge

• Terry Richardson (1965-) É um fotógrafo famoso por ter fotografado inúmeras celebri dades incluindo o Presidente Obama e Miley Cyrus por exem plo, em 2004 decide lançar um livro controverso intitulado “Ki bosh” chamando-lhe o resumo da minha carreira, onde o foco principal do livro é o seu pénis. De notar que ao longo da sua carreira, foi acusado inúmeras vezes de assédio sexual e conduta imprópria.

Esta fotografia de Gottfried Helnwein intitulada "Os desastres da Guerra" figurando os seus temas complexos e de natureza críptica

• Guy Bourdin (1928-1991) é con siderado um dos mais controversos fotógrafos de moda de todos os tem pos, onde implementa narrativas interessantes, mas confusas, mo mentos surreais, chocantes e exóticos geralmente abraçados lado-a-lado com infusões de erotismo e nudez. O fotó grafo é conhecido pela sua reputação de alta exigência das suas modelos, ao ponto de algumas desmaiarem.

Em conclusão, o ser humano é uma criatura de extrema complexidade que tem no poder da sua mente, a criação das mais bizarras, sensacio nais e perturbantes experiências do intelecto. Uma prova disso é o tra balho que muitos destes fotógrafos fazem, que são tudo reflexos da nossa Humanidade, que acontecem no dia -a-dia das pessoas de uma forma ou outra, por mais chocantes que sejam. É tudo obviamente uma questão de perspetiva, discussão, estudo e refle xão. Se quiserem conhecer mais a fundo qualquer um destes fotógra fos aconselho-os a terem uma mente aberta e crítica, mas essencialmente um estômago forte, porque o que foi apresentado neste artigo, foi cuidado samente escolhido a dedo

• Garry Gross (1937-2010) foi um fotógrafo que teve uma carreira rela tivamente calma, à excepção do caso das fotografias da modelo Brooke Shields em 1975, na altura com 10 anos, a mãe autorizou as fotografias e recebeu como pagamento, $450 dó lares para posar completamente nua para a Playboy. Apesar de ter tentado impedir a publicação das fotografias, o juiz concluiu que não havia sido vio lado nenhuma lei na altura, em 2009 uma reprodução foi retirada do mu seu britânico Tate Modern.

Uma afirmação será... se estes temas existem no Mundo, por que não em fotografias, é quase como se fosse um barómetro pa ra o progressismo da sociedade.

• Irina Ionesco (1930-2022) foi uma fotógrafa francesa conhecida pelos seus trabalhos eróticos, a controvérsia foi ter usado a pró pria filha como modelo desde os 5 até aos 12 anos de idade. Ob viamente esta relação originou conflitos e uma relação amarga. Em 2012 a mãe foi condenada a pagar-lhe uma indeminização pelos danos mentais e públicos causados pelas fotografias.

• Gottfriend Helnwein (1948-) é um fotógrafo Austríaco, controverso pelos temas que aborda, um estilo fantás tico, mas de natureza geralmente críptica com violência teatral de tons eloquentes e luz divinal, temas que exploram a inocência subvertida, san gue, nazismo e a cultura consumista.

MAURO RODRIGUES Membro da ALFA - Associação Livre Fotógrafos do Algarve

o artigo anterior man tivemos o foco no fotojornalismo, que mesmo sendo contro verso ou chocante, tende a mostrar facetas reais de acontecimentos que são notícia e que precisam de ser mostra dos para informar o público em geral. Mas no campo da arte, da liberdade de expressão artísti ca, existe muito mais pano para mangas e ao longo da sua His tória muitos artistas chocaram o Mundo com as suas ideias na arte e continuam a chocar até Ahoje.liberdade de expressão faz parte dos ideais da democracia e permite ao povo manifestar as suas opiniões, mostrar o seu lado do argumento, permitin do-nos olhar para dentro de nós próprios e julgar a legitimidade das nossas crenças. O artista de certa forma cria um reflexo de si próprio e da sociedade em seu re dor e em última análise, levará a uma reflexão e reflexo da Huma nidade por mais controverso que seja, gera discussão sobre certos tópicos, muitas vezes proibidos e é um poderoso mecanismo de comunicação. A maior par te das vezes, mostrar algo que aparentemente é controverso em fotografia, é mostrar a complexi dade do nosso Mundo e da nossa sociedade, como por exemplo, injustiça, censura, xenofobia, etnias e pessoas diferentes, comportamentos imorais, san gue, nudez, sexo, sexualidade, violência e morte entre outros temas, que não são abertamente discutidos em público, mas quan do apresentados sobre a forma de arte, apresenta-se uma opor tunidade para poder lidar com esses mesmos temas.

• Ron Galella (1931-2022) foi um dos fotógrafos pioneiros do género Paparazzo, em que fotografava celebridades fora do olhar público ao ponto de as perseguir gerando muitos confli tos entre as próprias, incluindo Marlon Brando que em 1973 lhe deu um soco e partiu 5 dentes. Esta forma de fotografia apesar de controversa apareceu em mi lhares de revistas e foi mostrada em diversas galerias em redor do mundo, provando o seu valor sócio-cultural.

N

Marlon Brando e Ron Galella (atrás) usando um capacete de futebol em 1974 FOTOS D.R.

Terry Richardson juntamente com Miley Cyrus, uma das muitas celebridades que fotografou

O famoso livro "Sex" ( 1992) da cantora Madonna fotografada por Steven Meisel onde figura em diversas representações e conceitos de cariz sexual

Jan Saudek, auto-retratado à direita juntamente com uma modelo, geralmente usando a nudez para mostrar os seus trabalhos de natureza surrealista

Fotógrafos controversos ao longo da História: Criatividade, moda e conceptuais

• Joel-Peter Witkin (1939- ) é um fotógrafo extremamente contro verso, na medida em que usa como temas principais a própria morte, usando cadáveres ou partes deles, pessoas com corpos desfigurados, displasia tanatofórica, transgéne ro, intersexo, muitas vezes usando a religião ou imagens da era da pintura clássica como inspiração. A sua complexa e indiscritível forma de apresentar a sua arte transgressiva, é na maior parte feita no México, uma vez que será o único local em que tem autori zação para fotografar cadáveres.

• Andres Serrano (1950-) é um fotógrafo cuja obra é rodeada de temas controversos e inconve nientes, geralmente envolvendo objetos submersos em líquidos corporais, como por exemplo um crucifixo de Jesus Cristo mergu lhado em urina.

• Steven Meisel (1954-) é um fotó grafo de moda famoso pelo livro da Madonna intitulado “Sex”, mas foi quando levou supermodelos para o campo de guerra no Iraque, é que o caldo ficou mesmo entornado. Pu blicado na revista de moda Vogue italiana, sob o título “Façam amor e não guerra”, incluía sensuais foto grafias das modelos em poses com os militares vestidos com os seus uniformes. O fotógrafo foi acusado de sexualizar a guerra e glorificar temas como a violação.

A fotógrafa Irina Ionesco fotografou a própria filha dos 5 aos 12 anos em poses sensuais

• Jan Saudek (1935-) é um fotógra fo conhecido pelas suas fotografias que representam temas como por exemplo, simbolismo surrealista, metáforas políticas e sexualidade. No princípio da sua carreira viu-se obrigado a fugir da polícia secreta comunista Checa, trabalhando a partir de abrigos e caves.

ralmente não surgem problemas, apenas choque, que é o intuito do artista. Dependendo da situação e momento no tempo em que es tes trabalhos surgem, se forem demasiado controversos, a arte normalmente é tapada dos olha res do público, mas preservada para mais tarde ser mostrada de novo, desta vez com outros olhares e outro pensamento. Va mos conhecer alguns fotógrafos que através da sua arte foram de alguma forma controversos (aconselha-se aos mais sensíveis a parar a leitura por aqui):

• Jill Greenberg (1967-) é uma bem-sucedida fotógrafa comercial que tem um distinto visual de edi ção particular nos seus trabalhos, as suas fotografias mais famosas encontram-se no livro “End Times” lançado em 2000 em que fotografou inúmeras crianças a chorar, a artista alega que o resultado é uma reflexão dos seus próprios sentimentos de rai va e angústia.

A mulher do chapéu azul, 1985 e o Anjo das cenouras, 1981 - É um desafio muito complicado escolher fotografias menos chocantes de Joel-Peter Witkin

Como um anjo guardião dessa aldeia, destaca-se a personagem que empres ta o nome ao título do livro. Joaquim Baiôa, velho faz-tudo, decidiu recu perar as casas que os proprietários haviam votado ao abandono e inves te do seu próprio bolso, sem apoios do Estado, antes que a morte decida reclamar a aldeia por completo, mer gulhando-a no esquecimento. Além de reabilitar as moradias, mantém as ruas limpas e os canteiros com flores, como um guardião de um cemitério que procura manter a ordem e a vida possível pois, naquele lugarejo, como se verá, as pessoas não pararam de Baiôamorrer.passa a ser uma figura tutelar para o jovem narrador, enchendo-o de maravilhamento, designadamente na forma como rege a sua vida segundo rituais muito próprios: “cruzar-me com Bâioa no primeiro quartel do século XXI foi também conhecer al guém nascido noutro tempo, numa época distante” (p. 340). Não será por acaso que a primeira vez que o narra dor vê Baiôa, este tenha na mão um Prontuário Terapêutico, o que tanto intriga como muito desconcerta o jo vem professor.

Morte e memória

Até ao final do livro, será sempre muito pouco aquilo que efetivamente sabemos sobre a vida de Joaquim Bâ ioa, como se o homem se resumisse à sua presença no instante. O narrador sente-se aliás constrangido e evitará procurar saber demais, ainda que pas se a conviver com ele diariamente e a auxiliá-lo na tarefa de reconstruir as casas da aldeia.

É até possível que o professor seja quem também, inconscientemente, salvou o próprio Bâioa da sua solidão e da angústia de assistir ao fim de um tempo “que era o dele” (p. 66).

“Gorda-e-Feia apresentava-se como uma pequeníssima aldeia quase de serta, que noutros tempos não havia sido tão pequena nem tão deserta. Al gumas pessoas foram partindo, outras morrendo e certas casas acabaram por ruir, abandonadas.” (p. 43)

Lugares descentrados

Joaquim Baiôa

ce incorre, desfiando uma narrativa na berma do fantástico ou do mara vilhoso, num lugarejo apartado da realidade, remete-nos para um rea lismo mágico próximo do modelo sul-americano ou, para nos atermos ao caso português, para leituras como O Dia dos Prodígios de Lídia Jorge. À semelhança de Vilamaninhos, essa comunidade perdida no Algarve rural profundo, onde o progresso e o tempo da História não chegaram, esta aldeia alentejana encontra-se igualmente num limbo. Nesse Alentejo profun do o próprio tempo parece abrandar: “surgiram, atravessadas por um rio, as casinhas brancas e baixas, de telha torrada pelo calor e pelo tempo, esse que em lugar algum para, mas que ali se mostra afoito a abrandamen tos – talvez por isso tenha levado mais tempo a chegar de Lisboa àquela terra perdida do que se tivesse viajado de avião para Londres ou Paris.” (p. 13) Atravessado esse simbólico rio até àquele “Portugal que o passar dos sé culos, ao invés de aproximar, afastou mais ainda do centro onde tudo ou nada se passa” (p. 249), as poucas re ferências que encontramos dentro da aldeia apontam aliás para um espaço de morte: Rua do Além; Rua das Al mas Idas; Travessa da Defunta.

mediante filtros para a imortalizar num efémero segundo.

Alguns desses temas estão igual mente presentes em Baiôa sem data para morrer: a passagem do tempo; a vivência do instante; a erosão da me mória; a solidão; a doença; a velhice.

Rui Couceiro estreou-se na literatura com o romance “Baiôa Sem Data Para Morrer”

Quandolerar.

FOTO MARIANA BENOLIEL / D.R.

Gorda-e-Feia é um daqueles lugares atópicos que reforçam a natureza má gica patente neste romance, de que ainda falaremos adiante. A chegada do professor à aldeia representa uma entrada num mundo apartado da realidade portuguesa. A comprovar essa alteridade de um espaço exterior ao centro (“ex-cêntrico”), existem to pónimos igualmente peculiares com ressonâncias semânticas óbvias, como Vila Ajeitada ou a Ribeira Encalhada.

FOTO NEURA AIRES / D.R.

é contada na primeira pessoa por esse jovem professor cujo nome nunca é revelado no livro e ad verte-nos desde logo que “ainda hoje continuo a ignorar se o que se passou durante os dezanove meses que vivi naquela aldeia se passou mesmo” (p. 10). Não se pense que esta incerteza advém do seu estado mental, ainda

B

Regresso às origens

Dividido em 127 capítulos, além de um capítulo 0 e outro 0.1. em jeito de prólogo, este romance requer tempo e pede ao leitor alguma pa ciência, pois esta é uma história que se demora a ser contada e se compraz nisso mesmo, levando-nos a desace

Bâioa será quem involuntariamente libertará o professor da sua “pacovice citadina” (p. 64), ensinando-lhe truques de sobrevivência e de como tirar melhor partido da vida, sem ser mediante um ecrã, ou apenas preocupado em captar a realidade

Além deste sentimento de um mundo prestes da extinção, o tema central ao romance é o sentimento de finitude da vida. Como se escreve a certa altura, de repente todos co meçaram a morrer… sendo que uma grande parte das mortes acontece por suicídio. O autor cruza assim uma apologia de um Portugal an tigo que se arrisca perder, de uma geração envelhecida e deixada ao abandono, e um cenário real conhe cido, pois como se sabe o Alentejo apresenta “as taxas de mortalidade mais elevadas do país” (p. 381). A leitura do romance de Rui Couceiro pode assim remeter-nos, entre ou tras obras, como A última curva do caminho, de Manuel Jorge Marme lo (Porto Editora, 2022), que narra como o octogenário Nicolau Coelho, professor catedrático de Estética, autor de um par de livros, reformado e, perante um diagnóstico médico fatalista, retira-se para a terra da família, uma vila onde decide mor rer, o que o leva a um trabalho de arqueologia da memória onde con fluem as mais variadas temáticas.

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vê as fotos da casa de família, recuperada por um desconhecido, um jovem adulto da cidade muda-se para o meio do nada na planície alentejana. Na “minúscula” aldeia dos avós, no Alentejo profundo, que dá pelo “belo” nome impróprio de Gorda-e-Feia, este professor, cuja vida não tem grande rumo, procura sobretudo uma pausa do ritmo frenético da civilização e de uma vida vazia, que foi preenchendo com o frémito das redes sociais. Terminado o ano letivo, sem gran des perspetivas de nova colocação, o professor de trinta e um anos chega à casa dos avós no dia 9 de julho de 2015. Nessa aldeia, onde tudo parece morrer, a sua vida parece estar prestes a Acomeçar.narrativa

PAULO SERRA Doutorado em Literatura na Universidade do Algarve; Investigador do CLEPUL

“Quando, com o seu andar macilento, saía para caminhar nos montes onde outrora vivera a fidalguia, o que eu via era um homem antigo a espalhar pelo vento a solidão que o habitava.” (p. 65)

Baiôa sem data para morrer, de Rui Couceiro

A natureza mítica em que o roman

Rui Couceiro é editor da Bertrand, tendo a seu cargo a chancela Contraponto

A reforçar o isolamento dessa aldeia, temos ainda a quase inexistência de tecnologia e, especialmente, a dificul dade de ligação à internet, cuja falta de rede terá o benefício de evitar que o narrador passe “dias inteiros a vergar a cerviz e noites em branco a alimen tar tendinites nos dedos” (p. 344) num imparável scroll down táctil em busca de algo que preencha o vazio dos dias. Parece sintomático que o melhor sítio para apanhar algum sinal de rede seja na ponte.

O livro é a história da descoberta de uma outra vida fora da cidade

aiôa sem data para morrer, publicado pela Porto Edito ra, assinala a estreia literária do editor Rui Couceiro.

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que o narrador nos deixe indicações dispersas de como parece atravessar uma espécie de esgotamento mental ou depressão, estando precisado de medicação para dormir, e tendo como recomendação médica fazer uma desintoxicação do uso do telemóvel, em particular no que respeita a liga ção às redes sociais, como se percebe numa passagem que nos conta como ao tentar ler um livro, vai “inter rompendo a leitura no final de cada página, para ir ao telemóvel verificar, através das redes sociais, se algo ti nha acontecido no mundo, porque era imprescindível que algo estivesse constantemente a acontecer” (p. 85). Na verdade, não obstante esse possível estado psicológico alterado, os aconte cimentos que o narrador se prepara para recontar são tão fantásticos que é preferível deixar a nota ao leitor pa ra manter algum nível de descrença. Haverá pontualmente alusão a casos insólitos ou maravilhosos.

Como veremos depois, essa (des) ordem narrativa não acontece por acaso… tendo por base uma certa de sarrumação psicológica.

Outra leitura cruzada que podemos evocar é o primeiro romance de Rui Cardoso Martins, E se eu gostasse muito de morrer, obra em que impera o humor negro e ironia, como forma de retratar um tema sério e polémico, o suicídio no Alentejo. Na obra de Rui Couceiro, o suicídio, contudo, está claramente as sociado a quem opta por antecipar o seu dia final: “Um cancro no pâncreas não deixava dúvidas quanto ao futuro. Na corda, acabou com o cancro, antecipou o futuro e evitou o sofrimento.” (p. 149) Da leitura de Baiôa sem data para

Escritor é uma das vozes mais originais e populares do panorama literário francês atual

próprias vidas, nos quais todos os dias entravam na dupla condição de visi tantes e de objetos expostos.” (p. 153)

Estagiou na SIC e foi correspondente da LUSA, até apostar noutra paixão, em 2006 – os livros. Foi assessor de comunicação e coordenador cultural da Porto Editora durante dez anos até, em 2016, assumir funções de editor na Bertrand, tendo a seu cargo a chancela Contraponto. Nos últimos anos, rea tou colaborações com a comunicação social: primeiro, partilhou a autoria e apresentação do programa «A Bibliote ca de» com a escritora Filipa Martins, na rádio Renascença, e escreve para o site da revista Visão.

oga, de Emmanuel Carrère, com tradução de Sandra Sil va, contém uma advertência inicial: este não é um ma nual prático de yoga, nem um livro de autoajuda bem-intenciona do. A estranha natureza deste livro, cujos temas são particularmente difíceis, fica clara logo nas primeiras linhas: “Como tenho de começar por algum lado o relato dos quatro anos ao longo dos quais tentei escrever um livrinho sorridente e subtil sobre yoga, enfrentei coisas tão pouco sorridentes e subtis como o terrorismo jiadista e a crise dos refugiados, mergu lhei numa tal depressão melancólica que tive de ficar internado quatro meses no hospital (…) e, para rematar, perdi o meu editor, que pela primeira vez em trinta e cinco anos não lerá um livro meu” (p. 11). Depois deste preâmbulo impactante, o autor escolhe assim iniciar a narrativa numa manhã de janeiro de 2015, para lhe dar alguma linearidade. Nesse dia, numa fase particularmente boa da sua vida, em que não tem quaisquer problemas de que se possa queixar, o autor-narrador preparava-se para seguir para um retiro de meditação de dez dias. Desconectado de tudo, sem telemóvel, sem um livro nem um caderno. O autor-narrador revelará depois estar

De modo mais subtil e disperso, há vá rias passagens emblemáticas em que o narrador tece uma crítica ao Portugal de hoje e uma leitura contrastiva entre o mundo urbano e o mundo rural, quando fala, por exemplo, dos prédios com a sua bonita arquitetura de “empilhadas, pre claras e graciosas marquises” (p. 350).

morrer (sobrevive era um jogo de pa lavras com a morte, mas já vi que não achaste piada…) perdura, contudo, uma galeria de personagens imbuí das de humor e de ironia, como Zé Patife ou a Ti Zulmira (que bem podia ser uma personagem da novela Tieta por razões que não compete aqui di vulgar). Leia-se a seguinte passagem sobre a D. Tomázia e a D. Vigência que voltam à sua antiga morada todos os dias, na carrinha do lar: “As casas de uma e outra eram memórias mori bundas delas mesmas, museus das

É igualmente paradoxal que o narrador nos escreva várias páginas sobre os pri meiros dias (não chegará a cumprir os 10 dias previstos) passados num retiro de meditação, um espaço em que o objetivo ideal seria justamente “não pensar”. Sen do esse silêncio interior humanamente impossível, dever-se-ia alcançar um lugar de tranquilidade, onde deixar ape nas correr os pensamentos, sem neles se deter: “Mas como seria maravilho so, como seria repousante, que imenso progresso seria compor menos frases e ver um pouco mais. Ver as coisas como elas são, em vez de acrescentar à visão este género de comentário ininterrupto, subjetivo, tagarela, faccioso, condiciona do, que produzimos de modo incessante sem sequer nos darmos conta.” (p. 116) Abandonado o projeto de um “livrinho sorridente” sobre yoga, Emmanuel Carrère oferece-nos, ainda assim, uma poderosa história de transformação, descoberta, redenção. Ao revelar a sua história pessoal, que se enleia na do ata que ao jornal satírico Charlie Hebdo, o autor leva-nos de um primeiro espaço, de retiro espiritual, para um segundo

É, contudo, em torno do digital que, paradoxalmente, o narrador desfere as mais agudas críticas – considerando

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Yoga, de Emmanuel Carrère

“O termo yoga tem para mim um sen tido muito lato: o tai chi é uma forma de yoga. O sexo pode ser uma forma de yoga.” (p. 69)

que ele próprio continua a combater a sua própria dependência –, como quan do se descreve “fechado num pequeno apartamento de um quinto andar”, “socializando digitalmente através da minha seringa de dopamina (…) com os seus algoritmos viciantes” (p. 344). Rui Couceiro nasceu no Porto em 1984. É licenciado em Comunicação Social, mestre em Ciências da Comunicação e tem uma pós-graduação em Estudos Culturais. Decidiu que queria ser jorna lista e, aos quinze anos, começou um percurso de oito anos numa rádio local.

Y

Livro foi galardoado com o Prémio Princesa das Astúrias em 2021

PAULO SERRA Doutorado em Literatura na Universidade do Algarve; Investigador do CLEPUL

19CULTURA.SULPOSTAL 23 de setembro de 2022

Yoga é um misto de romance, ensaio, obra de autoficção – qualidades que aliás distinguem a obra de um dos mais importantes autores franceses –, e foi galardoado com o Prémio Princesa das Astúrias em 2021.

momento mais fraturante, com o seu internamento durante alguns meses num hospital psiquiátrico, em que o autor chega mesmo a pedir a eutanásia. No livro IV e V, há novamente uma vi ragem súbita, quer de cenário quer de tema. Ao longo das últimas cerca de 120 páginas, o que corresponde a um ter ço do livro, o autor-narrador conta-nos de, como chegado ao verão, instalado na bela ilha de Patmos, onde tem uma casa perto de um mosteiro em que São João terá supostamente escrito o Apoca lipse, enfrenta o medo de que a loucura regresse. Entretanto, vai tomando co nhecimento do que se passa nas costas das ilhas gregas, onde todos os dias desembarcam milhares de migrantes vindos do Afeganistão, da Eritreia, da Somália e sobretudo da Síria. É então que decide visitar Leros, pois “naquela ilha tão próxima onde sucedem coisas graves, o destino oferece-me talvez uma segunda oportunidade de fugir a mim mesmo” (p. 202).

Quando tenta ensinar escrita criativa a um pequeno grupo de adolescentes que deixaram a sua pátria, a sua família, a sua vida passada, para poderem sobrevi ver, o autor-narrador dá por si, no final, a ensinar-lhes tai chi, em troca das suas his tórias de sobrevivência – mesmo quando estas aparentam ser fabricadas… Definitivamente abandonado o projeto anterior de um livro fácil e leve sobre yoga, a narrativa parece distanciar-se muito do seu início. Mas este estranho e complexo compósito reflete, na verdade,

Emmanuel Carrère é autor de uma dezena de romances e vários volumes de ensaios FOTOS D.R.

a escrever-nos as linhas que agora lemos dois anos depois dos factos que relata, num quarto de hospital, na primavera de 2017. Entretanto publicara, no outono anterior, O Reino (publicado entre nós em 2021 pelas Edições Tinta-da-china), livro que teve algum sucesso.

Como nos escreve páginas depois, a es crita é uma forma de explorar como será estar na pele de outra pessoa mas, so bretudo, perceber o que é estar na nossa própria pele: “Tentar sabê-lo talvez seja o que há de mais interessante na vida: o que é ser outra pessoa. É um dos motivos que nos leva a escrever livros; outro é tentar descobrir o que é ser eu mesmo.” (p. 97) Nesta narrativa, como se compreende, a linearidade de pensamento foge cons tantemente, mas sem que o leitor perca

Emmanuel Carrère é uma das vozes mais originais e populares do panora ma literário francês atual. Autor de uma dezena de romances e vários volumes de ensaios. É também realizador de ci nema. Yoga, forte candidato ao Prémio Goncourt, foi nomeado para o Prémio Médicis e o Prémio dos Livreiros Fran ceses, além de ter valido ao autor um dos prémios literários mais prestigiados do mundo, o Prémio Princesa das As túrias.

Neste maravilhoso livro, o autor começa por nos falar da sua própria experiência de meditação, e da sua prática de yoga, para depois articular essa busca de co nhecimento, de um espaço interior, do exercício da sua própria escrita, com a demanda de querer ser uma pessoa melhor, “um pouco menos atormen tada pelo meu ego” (p. 117): “procuro tornar-me uma pessoa melhor porque assim serei um melhor escritor. O que vem primeiro? Qual o meu verdadeiro objetivo?” (p. 117).

“Disse muitas vezes que temos de res peitar a nossa dor, que não a devemos relativizar, que o sofrimento neurótico não é menos cruel do que o sofrimento comum, mas comparado com o suplício pelo qual passaram estes rapazes de de zasseis ou dezassete anos, a história de alguém que tem tudo, absolutamente tu do para ser feliz, e que consegue sabotar a sua felicidade e a da sua família, é uma obscenidade que considero inconcebível pedir-lhes que entendam” (p. 256).

umas das facetas da natureza do Yoga; mesmo quando se fala de coisas que apa rentam ser distintas, a possibilidade de que estejam, afinal, ligadas é bastante grande. A divisão interior, a desconfian ça perante a alteridade, os migrantes e refugiados, a relação com o outro que é tão ou mais difícil do que aquela que ten tamos ter connosco mesmos, a paciência necessária à escrita afim da serenidade necessária à vida, são temas aqui cerzi dos de forma quase tão natural como o fluxo da respiração ao acompanhar os movimentos em câmara lenta do tai chi.

o pé, conforme o autor cruza temas e assuntos diversos.

LETRAS & LEITURAS

SANTA MARIA - TAVIRA SANTA MARIA E SANTIAGO - TAVIRA CONCEIÇÃO - TAVIRA CONCEIÇÃO E CABANAS DE TAVIRA - TAVIRA SANTIAGO - TAVIRA VILA NOVA DE CACELA - VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO

Agradecimento

VAQUEIROS -

GUIOMAR DE SOUSA BRANQUINHO 02-02-1932 Ÿ 26-08-2022 20-06-1933 Ÿ 30-08-202208-12-1932 25-08-2022

Santos

CONCEIÇÃO - TAVIRA E CABANAS DE TAVIRA-18-08-2022

Os seus familiares vêm por este meio agradecer a todos os que o acompanharam em vida e nas suas cerimónias exéquias, ou que de algum modo lhes manifestaram o seu sentimento e amizade.

VITORINO MATIAS DA CONCEIÇÃO

SANTA MARIA E SANTIAGO - TAVIRA

14-02-1966 Ÿ 24-08-202214-08-1950 Ÿ 17-08-2022

Os seus familiares vêm por este meio agradecer a todos os que a acompanharam em vida e nas suas cerimónias exéquias ou que de algum modo lhes manifestaram o seu sentimento e amizade.

Os seus familiares vêm por este meio agradecer a todos os que o acompanharam em vida e nas suas cerimónias exéquias, ou que de algum modo lhes manifestaram o seu sentimento e amizade.

Os seus familiares vêm por este meio agradecer a todos os que o acompanharam em vida e nas suas cerimónias exéquias, ou que de algum modo lhes manifestaram o seu sentimento e amizade.

Agência Funerária Santos & Bárbara, Lda.

Agradecimento

ALBINO VALENTIM

Agência Funerária Santos & Bárbara, Lda.

MARIA VALENTE FERNANDES GONÇALVES 22-01-1944 Ÿ 31-08-2022

Os seus familiares vêm por este meio agradecer a todos os que o acompanharam em vida e nas suas cerimónias exéquias, ou que de algum modo lhes manifestaram o seu sentimento e amizade.

Agradecimento

Os seus familiares vêm por este meio agradecer a todos os que a acompanharam em vida e nas suas cerimónias exéquias ou que de algum modo lhes manifestaram o seu sentimento e amizade.

20 CADERNO ALGARVE com o EXPRESSO POSTAL 23 de setembro de 2022 ANÚNCIOS Agência Funerária Santos & Bárbara, Lda.

Agência Funerária & Bárbara, Lda.

TAVIRA VAQUEIROS

Agência Funerária & Bárbara, Lda.

Agência Funerária Santos & Bárbara, Lda.

ALCOUTIM VAQUEIROS

Ÿ

MESTRE) 30-03-1930 Ÿ 10-09-2022

Agradecimento

ALCOUTIM SÉ E SÃO PEDRO - FARO

Santos

ALCOUTIM CONCEIÇÃO - TAVIRA SÉ E SÃO PEDRO - FARO AGOSTINHO MARIA DA CONCEIÇÃO ANTÓNIO JOSÉ XAVIER RODRIGUES PAPUCHINHAJORGE SEMIÃO DA SILVA NEVES 29-10-1934 Ÿ

Agência Funerária Santos & Bárbara, Lda.

CONCEIÇÃO

Agência Funerária Santos & Bárbara, Lda.

Os seus familiares vêm por este meio agradecer a todos os que o acompanharam em vida e nas suas cerimónias exéquias, ou que de algum modo lhes manifestaram o seu sentimento e amizade.

Os seus familiares vêm por este meio agradecer a todos os que o acompanharam em vida e nas suas cerimónias exéquias, ou que de algum modo lhes manifestaram o seu sentimento e amizade.

CONCEIÇÃO - TAVIRA SANTA CATARINA DA FONTE DO BISPO - TAVIRA

Agradecimento

MARIA AMÉLIA FERNANDES DE JESUS AFONSO

Agradecimento

CONCEIÇÃO - TAVIRA

Agradecimento

24-02-1941 Ÿ 10-09-2022 Agradecimento Os seus familiares vêm por este meio agradecer a todos os que o acompanharam em vida e nas suas cerimónias exéquias, ou que de algum modo lhes manifestaram o seu sentimento e amizade. Agência Funerária Santos & Bárbara, Lda.

Agradecimento

MANUEL JOSÉ (MANUEL

- A localização da entrada para a cave do lote nº6 foi altera da, resultando em alterações nas infraestruturas existentes, ao nível dos passeios e foi aumentado o número de estacio namentos públicos para 121 lugares.

ISABEL NUNES DE ALMEIDA / NOTÁRIA CARTÓRIO NOTARIAL DE CASTRO MARIM - ALGARVE CERTIFICADO

Reze 9 Ave-Marias com uma vela acessa durante 9 dias, pedindo 3 desejos, 1 de negócios e 2 impossíveis ao 9º dia publique este aviso, cumprir-se-á mesmo que não acredite. A.G.

Que, em data que não conseguem precisar mas que terá sido no ano de mil novecentos e noventa e nove, os mencionados António Correia Matias e Luzia dos Mártires, doaram verbalmente ao filho de ambos, o ora primeiro outorgante marido, o prédio acima identificado, doação que nunca foi reduzida a escritura Que,pública.desde a mencionada data, do ano de mil novecentos e noventa e nove, os ora primeiros outorgantes, já no estado de casados entre si, passaram a tratar o prédio como seu, pagando as respetivas contribuições e impostos, cuidando-o, usufruindo-o no pleno gozo de todas as utilidades por ele propor cionadas, sempre com ânimo de quem exercita direito próprio Assim, desde a referida doação, os ora justificantes entraram na posse do identificado prédio, tendo adquirido e sempre mantido a posse do mesmo com conhecimento de todos, agindo sempre por forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, sem a menor oposição de quem quer que fosse, tendo por isso uma posse pública, pacífica, contínua e de boa-fé, que dura há mais de vinte anos, pelo que o adquiriram por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, documento algum que lhes permita fazer prova do seu direito de propriedade.

Nos termos do nº 2 do artigo 789 do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro, com a decima quinta alteração intro duzida pela Lei n.º 118/2019, de 17 de setembro, torna-se público que a Câmara Municipal de Tavira, emitiu a 8 de julho de 2022, o 3º aditamento ao alvará de loteamento n.º 1/2010, cuja alteração foi requerida por CONSVICAR - Constru ções, S.A., contribuinte fiscal número 502779845, com sede na Rua de Fátima, n.º17, Caldelas, concelho de Leiria.

Chamada gratuita 24 horas – 800 207 810

FUNERÁRIAS CORREIA

LUZ DE TAVIRA - TAVIRA - MONCARAPACHO - OLHÃO

RIBEIRA GRANDE - CABO VERDE SÉ E SÃO PEDRO - FARO Agência Funerária Santos & Bárbara, Lda.

21CADERNO ALGARVE com o EXPRESSOPOSTAL 23 de setembro de 2022 ANÚNCIOS

w w w P r e v i a S a f e p t T e l : 2 8 9 3 9 3 7 1 1 | 2 8 9 8 2 4 8 61 g e r a l @ p r e v i a p t

Bruno Filipe Torres Marcos Conta registada sob o n.º 2/3507. (POSTAL do ALGARVE, nº 1292, 23 de Setembro de 2022)

Que, em virtude da distância temporal desconhecem a forma e a data em que o supra identificado prédio passou a pertencer aos referidos António Correia Matias e Luzia dos Mártires

Conta registada sob o n.º 1473 FAC 2022001/954

Bruno Filipe Torres Marcos Notário Cartório Notarial em Tavira

São licenciadas através deste aditamento as especificações ao alvará de loteamento nº 1/2020 que incidem sobre a ur banização sita em Cabanas Beach II, Cabanas de Tavira, nos seguintes pontos:

SANTA MARIA - TAVIRA SANTIAGO -

- Maria Idalina dos Ramos Fernandes Simão, e marido Manuel da Cruz Simão ambos naturais de Santa Catarina da Fonte do Bispo, Tavira, residentes em Tavira;

Santos

Está conforme o original.

MARIA BERNARDA FORTES 15-06-1938 Ÿ 16-09-2022

Que, desta forma, justificam a aquisição do supra identificado prédio por usu capião fundada em posse que teve o seu início após o casamento entre ambos.

DO ALVARÁ DE LOTEAMENTO N.º 1/2010

As alterações ao alvará foram aprovadas por despacho da tado de 22/06/2022 e enquadra-se no estabelecido nº 8 do artigo 27º do Decreto-Lei n.º 555/99 de 16 de Dezembro, com as respetivas alterações.

Agência Funerária & Bárbara, Lda.

A sua família vem por este meio agradecer reconhecidamente a todas as pessoas que compareceram no funeral do seu ente querido, que se realizou no dia 05 de Agosto de 2022, sain do da Igreja da Luz de Tavira, seguindo-se para o Cemitério da Luz de Tavira, bem como a todas as pessoas que de algum modo, lhes manifestaram o seu pesar.

Os seus familiares vêm por este meio agradecer a todos os que a acompanharam em vida e nas suas cerimónias exéquias ou que de algum modo lhes manifestaram o seu sentimento e amizade.

- O prédio, com a indicada composição e área, veio à sua posse, já no estado de casados entre si, por doação meramente verbal feita a ambos, em dia impreciso do mês de novem bro do ano de 1980, e nunca reduzida a escritura pública, feita pela mãe da justificante mulher, Maria Custódia Ramos, já falecida, residente que foi em Santa Catarina da Fonte do Bispo;

Agradecimento

Que o identificado prédio pertencia aos pais do ora primeiro outorgante mari do, António Correia Matias e Luzia dos Mártires, casados que foram um com o outro sob o regime da comunhão geral de bens, ambos naturais do concelho de Castro Marim, residentes que foram no Sítio do Sapal, Hortas, na freguesia e concelho de Vila Real de Santo António, ambos falecidos.

Ana Paula Fernandes Martins (POSTAL do ALGARVE, nº 1292, 23 de Setembro de 2022)

SANTA MARIA E

AVISO3ºADITAMENTO

- Os lotes nº4 e nº5 adquirem a designação de lote n.º4/5, constituindo assim um único lote.

CESALTINA CONCEIÇÃO ROSA PINTO

Tavira e Cartório, em 14 de setembro de 2022. O Notário,

TAVIRA OLHÃO

A Notária Isabel Nunes de Almeida

Agradecimento

MARIA MARTA PIMENTA FERNANDES 22-01-1942 Ÿ 13-01-2022

Os seus familiares vêm por este meio agradecer a todos os que a acompanharam em vida e nas suas cerimónias exéquias ou que de algum modo lhes manifestaram o seu sentimento e amizade.

EXTRATO DE ESCRITURA DE JUSTIFICAÇÃO

- Desde aquele ano, portanto, há mais de vinte anos, de forma pública, pacífica, contínua e de boa-fé, ou seja, com o conhecimento de toda a gente, sem violência nem oposição de ninguém, reiterada e ininterruptamente, na convicção de não lesarem quaisquer direitos de outrem e ainda convencidos de serem os únicos titulares do direito de propriedade sobre o referido prédio, e assim o julgando as demais pessoas, eles justificantes têm possuído aquele prédio – cultivando-o, amanhando a terra, colhendo os respetivos fru tos, suportando os encargos ou despesas com a sua manutenção – pelo que, tendo em consideração as referidas características de tal posse, adquiriram o referido prédio por USUCAPIÃO.

Castro Marim, 02/09/2022

NASCEU 20/08/1920 – FALECEU 04/08/2022

- Declararam ser donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do prédio rús tico composto por terra de cultura, que confronta a norte com Albertina Pereira Martins, a sul com Manuel António Carmo, a nascente e a poente com eles próprios, com a área de 440,00 m2, sito em Corgo Brejo, na freguesia de Santa Catarina da Fonte do Bispo, concelho de Tavira, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 26827 com o valor patrimonial tributário de 5,78 €, não descrito na Conservatória do Registo Predial, tendo alegado para o efeito que:

Data de Emissão: (POSTAL02/09/2022doALGARVE, nº 1292, 23 de Setembro de 2022)

Paços do Concelho, 27 dias do mês de julho de 2022. A Presidente da Câmara Municipal,

Nos termos do número 1, do artigo 100º, do Código do Notariado, eu, Isa bel Alexandra Dinis da Silva Esteves Nunes de Almeida, Notária no Cartório Notarial de Castro Marim, Urbanização Castro Marim Sol, lote 2, 1º E, certifico que, no dia de hoje, foi lavrada neste Cartório, a folhas 86 do Livro de Notas para Escrituras Diversas número 51-A, uma escritura de justificação, na qual outorgaram LEONEL DOS MÁRTIRES MATIAS NUNES, natural da freguesia e concelho de Vila Real de santo António e RITA ROSA NUNES MATIAS, natural da freguesia e concelho de Castro Marim, casados um com o outro sob o regime de comunhão de adquiridos, residentes no Sítio do Sapal, Hortas, Estacada Brava, caixa postal 302, freguesia e concelho de Vila Real de Santo António, os quais declararam que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do prédio urbano situado em Estacada Brava, Sítio do Sapal, Hortas, na freguesia e concelho de Vila Real de Santo António, com a área total e coberta de vinte e nove vírgula cinquenta e cinco metros quadrados, composto por Edifício térreo destinado a habitação, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Vila Real de Santo António, que confronta a NORTE com Luis Manuel Mártires, a SUL com via pública, a NASCENTE com via pública e a POENTE com Luis Nunes Mártires, inscrito na respetiva matriz predial urbana sob o artigo número 8891, da referida fre guesia de VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO, sem proveniência matricial, com o valor patrimonial tributável de 9.840,00€.

Agradecimento

CERTIFICO, para efeitos de publicação, nos termos do artigo 100.º do Código do Notaria do que, por escritura pública de justificação, outorgada em 14.09.2022, exarada a folhas 114 e seguinte do competente Livro n.º 211-A, que:

autoritária das boas causas ambientais não pode continuar a ser um terreno privilegiado para alguns pretenderem construir carreiras polí ticas, ou outras, à custa e/ou em nome da protecção do ambiente e de uma suposta defesa do turismo.

Turismo Sustentável:

PERCEPÇÕES… REALIDADES

Alugar.agitação

*O autor não escreve segundo o acordo ortográfico

A rapidez das respostas aos fregueses tem que estar à altura do século XXI. Já não é só o império da burocracia. É burrocracia em estado puro!

O turismo é um fruto da natureza construído pelo homem e para o ho mem. O desenvolvimento do turismo acelera o desaparecimento de activi dades que, por uma razão ou outra, sempre desapareceriam, mas que gera muitas outras.

E

OPINIÃO |

O que não pode continuar a acontecer é mais de dois terços do Algarve serem ou RAN, ou REN, ou Rede Natura, on de tudo é proibido fazer. O que não está feito, e é preciso fazer, é identificar as áreas que exigem diferentes graus de protecção e quais as actividades que, consoante o seu impacte ambiental, aí se podem instalar, designadamente empreendimentos turísticos estrutu rantes e qualificadores da nossa oferta.

A RAN, a REN, a Rede Natura, os Pla nos de Bacia, etc. têm de passar a ser espaços vivos de protecção e conser vação da natureza e de integração do Homem, e atender ao desenvolvimen to da economia em geral e do turismo em particular.

da pandemia, a desorganização do transporte de carga, o endividamento público e privado, o défice orçamental, a política monetária da União Euro peia e da América, o fogo, a seca e o dilúvio. Mas existe esta perceção quase feita certeza de que um ingrediente adicional se junta à caldeirada de justificações para a bolha inflacionária, e chama-se especulação. Oportunismo, se quisermos. Espírito predador entre corpos cambaleantes. A ganância sem limites. Vai na onda! Tudo aumenta, logo, “aumento também!”. Preso a meio caminho da espiral de salários e preços, sobra a consciência de que o nível de vida está a baixar a cada minuto sabe-se lá até onde, e de que nada voltará a ser como dantes. Cada dia que passa, uma dentada no pão de cada um.

o Algarve dos anos sessenta do século passado, quando ainda havia a Volta a Portugal Inteiro, o ciclismo entusiasma va multidões nas estradas e nas pistas. Dois heróis ficaram para a história do desporto algarvio e nacional, e na memória da gera ção desse tempo. Jorge Corvo, do Ginásio de Tavira, felizmente ainda vivo como deu recentemente pro va nas páginas deste jornal. Vítor Tenazinha, do Louletano, o homem das fugas de longa distância, de múltiplas vitórias em etapas da Volta e Grandes Prémios, atleta internacional por terras de Espa nha, França, Brasil, e que mais tarde representou igualmente o Benfica e o Sporting, partiu por estes dias rumo à meta da eternidade. Era um homem bom, num corpo de força da natureza. Deu a úl tima pedalada acompanhado de uma imensidão de amigos. Na sua terra, Boliqueime, a edilidade encontrará certamente uma rua para perpetuar o seu nome. Tal como em Loulé. “Arranca Tanaza!”

pensões estão hirtas e a carga fiscal não baixa. A inflação não é fenómeno recente, tem raízes milenares. Andou escondida nas últimas duas dé cadas atrás da deslocação das forças produtivas para os paraísos da mão-de-obra barata, lá longe no Oriente, ou atrás dos paraísos fiscais onde se foram acumulando riquezas descomunais de ori gem duvidosa. A inflação era uma bomba-relógio à espera do dia em que as rotativas tivessem que travar ou não a produção de dinheiro, era indife rente, o resultado seria o mesmo, estava escrito e prometido. E é o imposto mais injusto de todos os impostos, porque é cego e brutal na forma como atinge primeiro os mais pobres e desfavorecidos, inevitavelmente a classe média, acentuando as desigualdades sociais. Pode-se invocar a guerra na Ucrânia, o gás dos russos, os efeitos colaterais

ÚLTIMA PEDALADA

Perspectivase Turísticas Elidérico Viegas Empresário Gestor Hoteleiro

*O autor não escreve segundo o acordo ortográfico

N

O que não pode continuar a acontecer é a utilização de referências que as sociam o atraso da serra ao turismo, ou mais grave ainda, usar esse atraso como arma de arremesso contra o desenvolvimento turístico, seja ele do litoral, do interior ou da serra.

ANÁLISE

A definição de Áreas de anasqualificaçãoumprincipalmente,seudotorTurísticaProtecçãoéumfacdevalorizaçãopatrimónionotodo,emuitomecanismodedezojáocupadasedesenvolvernofuturo, no respeito pelos princípios da sustentabilidade humana, ambiental, territorial e em Cabepresarial.aqui referir que o desenvolvi mento local do Interior algarvio mais directo - o Barrocal e a Serra -, é um processo difícil, mas que pode e deve ser apoiado por um turismo ligeiro completamente diferente do litoral, mas complementar, apesar de alguns projectos estruturantes de grande qua lidade e dimensão que podem coexistir perfeitamente entre si.

O MONSTRO VOLTOU

eja no Mercado de Lagos ou na Lota de Olhão, no Intermarché de Aljezur ou no Auchan de Faro, nas estações de com bustível, na tasca do lado ou no gourmet da Quinta do Lago, na mercearia, nas feirinhas, nas lojas em geral, nos bancos em par ticular, o tema é obsessivo, e ocupa todo o espaço de preocupação onde os salários não esticam, as

Assim, a ocupação do solo pelo turismo deve ser feita no respeito pelas regras ambientais e outras. É por isso que, tal como foi criada a Rede Natura, a RAN (Reserva Agrícola Nacional) e a REN (Reserva Ecológica Nacional), a apro vação de Áreas de Protecção Turística constitui um instrumento de racio nalização e compreensão das novas realidades econó micas e sociais, como é o caso do apoio ao desenvolvi mento da economia do turismo.

Nacional de Desenvolvimento Sus tentável (ENDS-2002).

A sustentabilidade do turismo não pode resumir-se a uma produção de nicho, ou a sectarismos e visões pas sadistas sem qualquer capacidade de resposta às aspirações das sociedades modernas, como vem acontecendo até aqui. O desenvolvimento sustentável do turismo terá de ser, por um lado, a consequência directa de uma equidade social e prosperidade económica e, por outro, a valorização desse mesmo ca pital natural (Relatório Brundtland – Primeira Ministra Norueguesa).

“Não herdámos a Terra dos nossos antepassados, pedimo-la emprestada aos nossos filhos” – ditado nativo americano

queixa mais recorrente que se ouve aos cidadãos do Algarve relativamente ao funcionamento de algumas autar quias, sobretudo de maior dimensão, prende-se com a excessiva lentidão dos serviços técnico-administrativos relaciona dos com o licenciamento de obras particulares, a emissão de alvarás de loteamento, a obtenção de licenças de habitabilidade, propriedades horizon tais e muitos mais eteceteras. É uma burocracia asfixiante, que tolhe a iniciativa privada, emperra o desenvolvimento económico, favorece esquemas de corrupção endémica e subterrânea, discrimina entre os favoritos do poder e os que não têm laços de família, nem políticos, nem de amizade, nem de interesses cruzados com quem tem a varinha mágica da assinatura. É im portante ressalvar que a esmagadora maioria dos autarcas serve de forma abnegada e honesta, isentos de suspei ção. Mas muitas vezes paga o justo pelo pecador nesta onda populista que lança o anátema em geral de que todos os políticos são iguais. Mas então, se aque les serviços não funcionam de forma clara, transparente e eficiente, o que sobra como explicação, tantos anos depois com tanta autonomia financei ra e decisória? Sobra a incapacidade para colocar as máquinas camarárias a funcionar como um relógio suíço, no que toca ao seu negócio principal, “core business” para financeiros, ou seja, coordenar o desenvolvi mento urbanístico de onde brotam lautas receitas fiscais resultantes da taxação sobre o património privado edificado, para mais dopado pela actual explosão de preços do mercado imobiliário. De acordo com os estudos da Pordata, sustentados nos dados do INE, da Direcção Geral do Orçamento e do Ministério das Finanças, os 16 municípios do Al garve tiveram em 2019 um total de receitas de 579 milhões de euros, das quais praticamente metade foram provenientes da colecta do IMI e do IMT (143 milhões e 141 milhões, respectivamente). Sem contar com as receitas do licenciamento de cons truções propriamente dito. Uma autêntica galinha dos ovos de ouro, sempre em crescendo. Daí, a irracionalidade desta disfuncionalidade crónica na prestação medíocre que é prestada aos cidadãos e empresas que alimentam os cofres das autarquias. Só em pessoal as Câmaras Municipais do Algarve gastaram 398 euros por cada algarvio nesse ano. Sem contar com as empresas municipais e estru turas adjacentes, que nascem como cogumelos. Sendo os maiores empregadores da Região, é difícil de entender esta situação. Não se pode (nem deve) dizer que sim a tudo, mas a rapidez das respostas aos fregueses tem que estar à altura do século XXI. Já não é só o império da burocracia. É burrocracia em estado puro!

BURROCRACIAS

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| OPINIÃO Antigo parlamentar e diplomata da União Europeia

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22 CADERNO ALGARVE com o EXPRESSO POSTAL 23 de setembro de 2022

odos temos uma percepção clara dos benefícios do turismo e todos estamos cons cientes das perturbações que este provoca.

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Mendes Bota

A recusa liminar de compatibilizar ac tividades turísticas com o espaço REN e Natura 2000 é, na nossa perspectiva, ilegal, não tem cobertura científica e viola o estabelecido na Estratégia

O Algarve não pode continuar a ser a região portuguesa onde se regista o maior atraso em investimentos públi cos, nem continuar a ser uma região esquecida onde tudo chega em último

O Algarve não pode continuar a ser a região portuguesa onde se regista o maior atraso em investimentos públicos

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23CADERNO ALGARVE com o EXPRESSOPOSTAL 23 de setembro de 2022 Cada agência é jurídica e financeiramente independente - Um Somos Nós – Mediação Imobiliária, Lda – AMI 10336. 2 2 m 2 m 295 95 4 3 m 2161.63 m 2205.73 1 1 m 2 m 265.07 4960 E 3 2 m 2 2 m183 1554 Moradia T2 | Quelfes Moradia T1 | Luz de Tavira Casa de Campo Tradicional S. Brás de AlportelMoradia T4 | Luz de Tavira 340 000 € C0254-01447 350 000 € C0254-01445C0254-01452270 000 € 300 000 € C0254-01446 OPORTUNIDADES CRISTIANA SANTOS (+351) 926 008 cristiana.santos@century21.pt576 CONFIE-ME O SEU IMÓVEL VENDEMOS EM TEMPO RECORD, AO MELHOR PREÇO E EM SEGURANÇA. VEM FAZER PARTE DA NOSSA EQUIPA (+351) 910 716 666 DF E

“Em concordância, optámos por retomar a Feira de S. Miguel em 2023, estando ainda a ser pon derada a retomada da tradicional Feira de Maio”, explica o Município de Olhão nas redes sociais.A autarquia relembra que “a Feira de S. Miguel, as sim designada desde 1968, existe desde o século XVIII, tendo sido autorizado por alvará régio para que passasse a feira franca com o objetivo de estimular o comércio local”.

Há um novo miradouro na Praia de Olhos de Água em Albufeira

2023 A Feira de S. Miguel, em Olhão, voltará a realizar-se, mas só em 2023, anunciou o município nas redes sociais.

Feira de S. Miguel de Olhão voltará a realizar-se

“O Município que chegou a suportar despesas no valor de 100 mil euros, reduziu significativamente os custos deste evento local, passando a assumir apenas a cedência do espaço”, finaliza.

POSTAL regressa a 7 de outubro

Vila Real de Santo António reduz passivo corrente em 8,24% no primeiro semestre

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De fora destas contas estão os 35% de perdas na agricultura, que consome 70% dos seis mil milhões de metros cúbicos de água captados em Portugal.

“Neste sentido, voltaremos em 2023, com o mes mo promotor, a empresa de eventos CR20, que assumiu a organização em 2015, após um outro período de interregno e que a manteve até ao momento antes da pandemia, com a qualidade e a excelente recetividade dos Olhanenses”, destaca.

Isto porque o especialista em recursos hídricos diz ser “utópico pensar em perdas zero em qualquer sistema e em qualquer parte do mundo, por melhor que seja a gestão”; pensando numa meta real, com 15% de perdas (123 milhões de m3/ano), a poupança “poderia abastecer 865 mil habitantes”.

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ções, quer a nível de localização quer a nível dos objetivos iniciais, e, com o desenvolvimento do comércio e indústria, assim como as necessidades e os hábitos de compra da população, como por exemplo, a introdução de novos produtos e de crescente número de diversões mais modernas, apesar de algumas interrupções, nunca deixou de estar na memória e vontade dos Olhanenses e do Município a sua manutenção”, acrescenta.

Apesar da situação pandémica não ser a mesma verificada nos últimos dois anos, o promotor da feira, em articulação com o Município, considera “não estarem reunidas as condições logísticas necessárias à sua realização com a qualidade merecida e a que estamos habituados”.

A Portugal Sotheby’s Realty, marca de imobiliário residencial de luxo com o maior portfólio de imóveis do segmento, anun ciou que quer reforçar o seu posicionamento no Algarve e informou que vai recrutar novos colaboradores para o escritório localizado em Carvoeiro, no con celho de Lagoa Nesse sentido, organiza um ‘Talent Day’ no dia 28 de setembro no Monte San to Resort no Carvoeiro, dando a oportunidade aos potenciais candidatos de conhecer a em presa e seguir uma carreira de sucesso neste segmento de mercado. Com o plano de recrutamento de novos cola boradores, a empresa pretende responder ao seu “crescimento robusto” no escritório situado em Carvoeiro, lembrando que as candidaturas devem ser en viadas até 27 de setembro.

A notícia avançada pelo Expresso expli ca que "as contas partem do princípio de que cada português consome 186 litros de água por dia, acima da meta dese jável de 120 l/habitante/dia. É preciso todos sermos mais eficientes nos gastos de água, a começar pelos sistemas de abastecimento".

E ainda

Tiragem desta edição 10.636 exemplares

E há uma ‘mega’ aula de ginástica sénior no Passeio das Dunas

Anualmente, esvaem-se nos 119 mil qui lómetros de condutas de abastecimento de água urbanas 194 milhões de metros cúbicos (1,94 mil milhões de litros), de acordo com dados da Entidade Regu ladora do Serviço de Águas e Resíduos Ou(ERSAR).seja,perde-se fisicamente cerca de um quarto dos 820 milhões de m3 de água captados para consumo humano no país, o que, segundo as contas de Jaime Melo Baptista, ex-presidente da ERSAR e atual presidente do Lisbon International Center for Water, daria para “abastecer mais de dois milhões de habitantes” no melhor dos cenários em que nada se perdesse.

O presidente da Câmara de Vila Real de Santo António des tacou que os dados do relatório sobre a situação económica e financeira da autarquia no primeiro semestre de 2022 mostram “uma redução do passivo corrente de 8,24% e

O novo miradouro da Praia de Olhos de Água, no concelho de Albufeira, para observa ção do mar e dos “olheiros de água doce” foi inaugurado esta quarta-feira. O miradouro pos sui agora uma nova instalação artística, projetada e executada pelo escultor Carlos de Oliveira Correia, responsável por vários trabalhos na cidade de Albufei ra e por todo o Algarve. Numa primeira plataforma está repre sentada uma figura humana, debruçada sobre um local pro pício à contemplação, e numa segunda pode ser consultado um mapa informativo do Al garve, executado em ferro. Os “olheiros de água doce”, o ponto turístico mais famoso dos Olhos de Água, são nascentes de água doce que borbulham no areal da praia e no mar, sendo apenas visíveis durante a maré baixa.

do passivo total de 2,14%, face ao período homólogo”. Os valores constantes no relatório permitem que a regra do equilíbrio orça mental se encontre “a ser cumprida, nos termos em vigor, apresentando um sal do positivo de 2.529.755,00 euros”, sublinhou o evoluiu,bricaDodeparaprimeirotambémciasA30,33%2021,comgastos”nuiçãosemestrequecimentosexemploAnaboascontinuidadecomprometendo-seautarca,a“daràtendênciadepráticasimplementadasautarquia”.Câmaraalgarviaapontouoda“rubricadeforneeserviçosExternos”,registounoprimeirodoano“umadimirelativanopesodoscomparativamenteoperíodohomólogodecomumadescidadepara26,90%.reduçãocomtransferênesubsídiosconcedidoscaiude“5,68%,nosemestrede2021,1,8%”nomesmoperíodo2022,acrescentou.ladodareceita,a“ruimpostosetaxasemtermosabsolutos,

Distribuição quinzenal nas bancas do Algarve

A Associação Movimento é Vida vai realizar uma ‘mega’ aula de ginástica sénior no âmbito da Semana Europeia do Desporto, às 09:30 de 29 de setembro, no Passeio das Dunas, em Quar teira, informou a Junta de Freguesia. A entrada é livre e não precisa de ser feita qualquer inscrição prévia. A iniciativa é promovida através de uma parceria entre a Junta de Fre guesia de Quarteira, a Câmara de Loulé e o Instituto Português do Desporto e Juventude.

Câmara de Vila Real de Santo António diminuiu o passivo corrente homólogo em 8,24% no primeiro semestre de 2022, segundo um relatório sobre a situação económica e financeira elaborado pelos Revisores Oficiais de Contas Os(ROC).dados divulgados pelo mu nicípio foram apresentados pelo presidente da Câmara, Álvaro Araújo (PS), numa sessão de Câmara realizada na segunda-feira e na qual o autarca disse que, à redução do passivo corrente, soma-se uma “melhoria em todos os rácios financeiros e económicos” e uma “evolução positiva na generalidade dos indicadores financeiros” da autarquia no período entre janeiro e junho do presente ano.

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- Este desperdício dava para abastecer um milhão de pessoas

1.200.537,00 euros”, frisou a autarquia, quantificando que “o resultado no primei ro semestre de 2021 foi de 1.737.943,00 euros e, no perío do homólogo, subiu 30,50%, para 2.500.599,00 euros”. “Através da análise dos últi mos 12 exercícios, de 2010 a 2021, verificou-se que a mé dia da despesa realizada em eventos foi de 1.663.641,52 euros, enquanto em 2022 encontram-se cabimentados, até ao final do ano, 541.755,00 euros, mantendo-se, ainda as sim, um dinamismo ao nível da programação cultural, despor tiva e associativa”, comparou o autarca. Álvaro Araújo, que em outubro venceu as elei ções autárquicas após 16 anos de gestão do PSD, considerou que os números apontados no relatório demonstram que o atual executivo está a reali zar “uma nova gestão, mais eficiente e mais eficaz”, tendo por base a “transparência” e “uma política de contas certas, que zela, em simultâneo, pelo progresso e qualidade de vida” no concelho.

“Esta carismática festividade sofreu muitas altera

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