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20 de maio de 2022

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E ainda Ucranianos que fugiram para o Algarve em risco de ficar desalojados

Várias famílias ucranianas estão na iminência de ficar sem alojamento devido ao início da época turística e muitas têm de abandonar as casas já no dia 1 de junho. P4, 11 e 24

Terra de Maio está de volta ao Azinhal

Vai poder comprar ou vender o seu carro no Estádio do Algarve ➡ Comprar e vender carro nunca foi tão fácil garantem dois jovens empreendedores algarvios apaixonados pelo ramo ➡ Evento inédito vai reunir mais de 50 stands de automóveis, assim como particulares ➡ E vai ainda ter parque infantil e zona de comidas e bebidas para que toda a família possa ir escolher a sua próxima viatura P12 e 13

Andar num balão de ar quente, fabricar queijo artesanal, experimentar a arte da ordenha ou ainda praticar equitação são as ofertas que o esperam, sem esquecer os concertos e a gastronomia. P9

POSTAL reforça opinião com 3 novos colunistas

Há uma farense 'naval' de volta a “casa” no Dia da Marinha P15

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Entre o fogo e as cinzas A última crónica do Bilhete Postal de Ramiro Santos leva-nos até Monchique onde a vida renasce a cada canto. P23

Ilha da Culatra vai ter dessalinização para produzir água doce

Irá permitir um aumento no rendimento na produção de água doce e a redução dos custos de transporte de água para a ilha e, consequentemente, a redução da pegada de carbono. P5

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José Saramago e “A Escrita

Infinita” OPINIÃO O POSTAL conta a partir

da presente edição com a colaboração de três colunistas de "peso". Na análise e nas pespetivas turísticas passa a escrever regularmente o empresário

hoteleiro Elidérico Viegas. Na "Tribuna Parlamentar", a outra nova rubrica do POSTAL, passam igualmente a assinar regularmente os deputados eleitos pelo Algarve Luís Gomes (PSD) e Luís

Graça (PS). Nesta edição, Luís Graça aborda os investimentos previstos pelo Governo para garantir a água ao Algarve e Luís Gomes a descentralização de competências para os municípios. P2 e 22

Paulo Serra traz-nos um livro incontornável quando que se celebra o centenário do nascimento do nosso Nobel da Literatura. P22 PUB.

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OPINIÃO

Redação, Administração e Serviços Comerciais Rua Dr. Silvestre Falcão, 13 C 8800-412 Tavira - ALGARVE Tel: 281 405 028 Publisher e Diretor Henrique Dias Freire diasfreire@gmail.com Diretora Executiva Ana Pinto anasp.postal@gmail.com

REDAÇÃO

jornalpostal@gmail.com Ana Pinto, Cristina Mendonça e Henrique Dias Freire Estatuto editorial disponível postal.pt/arquivo/2019-10-31-Quem-somos Colaboradores Afonso Freire, Alexandra Freire, Alexandre Moura, Beja Santos (defesa do consumidor), Elidérico Viegas (Análise e Perspectivas Turísticas), Humberto Ricardo, Luís Gomes/Luís Graça (Tribuna Parlamentar) e Ramiro Santos Colaboradores fotográficos e vídeo Ana Pinto, Luís Silva, Miguel Pires e Rui Pimentel

DEPARTAMENTO COMERCIAL

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Tiragem desta edição

7.435 exemplares

TRIBUNA PARLAMENTAR

TRIBUNA PARLAMENTAR

Luís Graça

Luís Gomes

Deputado do Algarve (PS). OPINIÃO 1

Deputado do Algarve (PSD). OPINIÃO 1

Descentralização, sim. Mas responsável

200 milhões de euros para garantir água e futuro ao Algarve

A

seca tornou-se um problema estrutural do Algarve. A questão não é de hoje, já em 1875 se escrevia aos deputados eleitos para as Cortes chamando a atenção para a necessidade de medidas que nos permitissem guardar água. Apesar dos recentes investimentos na construção de barragens, as últimas das quais Odelouca e Odeleite, os ciclos cada vez maiores e mais frequentes de fraca precipitação tornaram a questão da água uma prioridade para o futuro da região. Razão porque o Algarve é a única região do país que tem no Plano de Recupera-

meios financeiros para os concretizar. 75 milhões de euros para aumentar a capacidade disponivel e resiliência das albufeiras existentes, designadamente através de uma captação no Pomarão / Rio Guadiana para a Barragem de Odeleite, estimando-se uma nova oferta de 30 milhões de m3 de água por ano e melhorar a ligação entre os sistemas em alta do Sotavento e do Barlavento diminuindo as perdas; 45 milhões de euros para a instalação da primeira central de dessalinização, no Algarve e no continente português, preparada numa primeira fase para produzir 8 milhões de m3 de água potável; 23 milhões de euros para a reutilização de água residual tratada com o objetivo de

Sabemos o que temos e queremos fazer e, tão ou mais importante, temos os meios financeiros para os concretizar ção e Resiliência uma gaveta com o seu nome e no interior, resultado de uma difícil mas bem sucedida negociação com Bruxelas levada a cabo pelo Primeiro-ministro, António Costa, 200 milhões de euros para um conjunto de obras do lado da poupança e da diversificação das fontes de origem. A regra numero um é poupar. Criar sistemas mais eficientes, reduzir as perdas, reutilizar a água, aproveitando as águas tratadas pelas ETAR’s e diminuir a dependência do S. Pedro, encontrando outras fontes de origem para além da chuva. O Plano de Eficiência Hídrica para o Algarve, consensualizado no último ano entre o Governo, os municípios, organismos desconcentrados do Estado, associações ambientais e de diversos sectores económicos, desde logo a agricultura, o turismo e o golfe define um conjunto de investimentos para garantir água ao Algarve e o Plano de Recuperação e Resiliência assegura as verbas para a sua concretização. Sabemos, por isso, o que temos e queremos fazer e, tão ou mais importante, temos os

utilizar 8 milhões de m3 de água com origem em quatro sistemas de estações de tratamento; 35 milhões de euros para reduzir perdas no sector urbano, através da renovação e reabilitação de infraestruturas de abastecimento publico degradadas ou deficientes por onde todos os dias à agua que não chega às nossas casas perdendo-se pelo caminho. A Associação de Municípios do Algarve já lançou o primeiro aviso e as primeiras obras no valor de dois milhões de euros já estão aprovadas; 17 milhões de euros para reduzir perdas de água e aumentar a eficiência no sector agrícola, recorrendo à adopção de sistemas de distribuição mais eficientes em áreas, individuais ou coletivas, já regradas; 5 milhões de euros para reforçar a governança dos recursos hídricos apostando na monitorização, licenciamento, fiscalização, sensibilização e implementação de caudais ecológicos nas barragens da Bravura e do Funcho-Arade.

Temos as obras identificadas. Temos as verbas para as concretizar. Agora, mãos à obra porque garantir água para o Algarve é garantir o nosso futuro. luis.graca@ps.parlamento.pt

A

descentralização de competências tem sido um dos principais temas em cima da mesa desde que começámos a discutir a proposta de Orçamento do Estado. Há muito que se pretende entregar às autarquias, e, portanto, ao Poder Local, competências até agora da responsabilidade do Estado Central. O tema está longe de ser consensual e tem gerado muita polémica mesmo dentro da Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP), tendo levado o Porto a abandonar a ANMP.

to Presidente da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António tive de assumir compromissos que cabiam ao Estado Central. Levei perto de 300 pessoas a Cuba para serem operadas às cataratas porque a alternativa era esperarem quatro anos por uma cirurgia. Levei e voltaria a levar se fosse necessário. Assumi o compromisso, enquanto autarca, de ajudar os mais desfavorecidos na compra de medicamentos, porque para muitos ir à farmácia significava não colocar comida na mesa. Assim como demos centenas de apoios para que os munícipes acedessem às

O país não precisa de descentralizar por descentralizar. Precisa de delegar competências em quem conhece o terreno Descentralizar não pode ser apenas deixar nas Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia mais poderes sem com isso haver um reforço de verbas, não se pode pedir mais com os mesmos recursos. Não se pode só querer descentralizar só o que o Governo quer e não o que as partes aceitem, sem condições prévias, negociar. Nos últimos sete anos, relativamente à saúde, o Governo socialista tem maquilhado uma realidade que não corresponde à verdadeira situação do País. O Algarve é disso um exemplo. Por muito que tentem enganar a população, os números não mentem. Só no distrito de Faro, havia em dezembro de 2021 mais 20 mil algarvios sem médico de família do que em janeiro de 2018. O mesmo acontece com as listas de espera que atingem os 583 dias no caso das consultas de Ortopedia e os 803 dias no caso de uma cirurgia vascular. Infelizmente este cenário não é novo e ao longo dos meus 12 anos enquan-

consultas de especialidade. Fi-lo e voltaria a fazer. E o que ganha um autarca que pretende colmatar as falhas do Estado Central? Ganha um processo levado a cabo pela Inspeção Geral de Finanças, tutelada pelo Estado Central. O Estado não assume as suas responsabilidades e persegue quem se chega à frente. Persegue e julga quem defendeu a população pela qual foi eleita e pela qual, orgulhosamente, batalhou. O país não precisa de descentralizar por descentralizar. Precisa de delegar competências em quem conhece o terreno, em quem sabe as necessidades da população, em quem está dia-a-dia a ouvir as dificuldades. Mas precisa de uma descentralização forte que traga mais meios para o poder local. Que lhe dê recursos financeiros capazes de se robustecer e de suprir as necessidades que, durante anos, o Estado Central apenas tentou ignorar. lfgomes@psd.parlamento.pt


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REGIÃO

Vêm ao Algarve para ajudar na luta contra o cancro da próstata: são os Distinguished Gentleman’s Ride FOTO D.R.

É já este domingo, dia 22 de maio, que vai realizarse, por todo o mundo, mais uma edição do Distinguished Gentleman’s Ride e o Algarve não quis ficar de fora deste evento, à semelhança de anos anteriores, participando num passeio onde o propósito principal é o combate e prevenção ao cancro da próstata Neste dia, dezenas de motociclistas marcarão presença na Sé de Faro a partir das 14:00 horas, com saída para um pequeno passeio às 15:00. O objetivo é passar por alguns pontos de interesse na cidade de Faro, assim como em São Brás de Alportel e Loulé, sempre em ritmo calmo e descontraído. A chegada será feita no Mar Shoppinng, onde haverá muita animação com uma banda de música ao vivo, barraquinhas do Moto Clube de Faro e outras. Como não podia deixar de ser haverá, para os interessados, testes de rastreio ao cancro da próstata na clínica do HPA do Mar Shopping. A organização apela aos participantes para respeitarem o dress code, o qual deve ser adequado ao estilo

– Exposição Re-cycle de João Jesus (de 14 a 29 e maio): – No dia 22 de maio, entre as 16 e 20:00 no MAR – zona de lazer, música ao vivo com o DJ Rockindad e a banda Hot Billy Rods.

O que é o Distinguished Gentleman’s Ride?

clássico e vintage, pelo menos em parte. Apesar do evento ser destinado a motas clássicas e vintage, todos são bem-vindos, independentemente do tipo de mota que possam levar ao desfile.

Eis os eventos – Rastreio PSA cancro próstata na clínica HPA do MAR Shopping Algarve (até 29 de maio); para efectuar as marcações dos teste na clinica: telefone – 302 063 457

também podem marcar por email clinicaloule@grupohpa.com – Exposição da Triumph: exposição e motas e exposição “120 Anos de História” da Triumph, a explicar a história da marca (de 14 a 29 e maio);

O Distinguished Gentleman’s Ride organiza passeios temáticos em todo o mundo com o fim de angariar fundos para causas de caridade relacionadas com a saúde masculina. O seu fundador, Mark Hawwa, lembrou-se de o fazer em redor do tema ‘vestir clássico’ em 2012 ao ver uma foto de Don Drapper, do programa de televisão Mad Men sentado numa moto clássica com um fato vestido. A Triumph decidiu que o Distinguished Gentleman’s Ride representa tudo o que deve ser celebrado nas motos e tem vindo a apoiar o evento nos últimos anos vendo-o crescer para um acontecimento de projecção global. A Triumph Motorcycles e a Gibson criaram uma moto e uma guitarra únicas para apoiarem The Distinguished Gentleman’s Ride. Em conjunto, estas peças serão oferecidas como prémio ao angariador que consiga o valor mais elevado de fundos para a edição de 2022.

Quinta Pedagógica de Portimão celebra Dia Mundial das Abelhas

A

Quinta Pedagógica de Portimão vai ser palco, pelo segundo ano consecutivo, das comemorações locais do Dia Mundial das Abelhas, que se assinala oficialmente a 20 de maio, promovendo no dia seguinte um conjunto de iniciativas, sob o lema “Save the Bees”. O programa preparado para registar a efeméride começa às 10:00 com a dramatização do conto “A Abelha”, de Kristen Hall, pelo Serviço Educativo da Biblioteca Municipal Manuel

Teixeira Gomes, a que se segue uma hora depois a apresentação do livro “Mel, uma abelha especial”, de Sofia Furtado, ilustrado por São Correia Vicente, com a presença da escritora. Sofia Furtado nasceu em Loulé no ano de 1978 e licenciou-se em Educação Especial e Reabilitação, trabalhando de perto com crianças e idosos. O despertar para a literatura infantil foi acontecendo com o crescimento do filho, que a certa altura não pedia para que a mãe contasse histórias, mas que as

inventasse. “Mel, uma abelha obreira, tem dúvidas sobre a importância das abelhas no ecossistema. Com a ajuda de Pedro, vai descobrir que as abelhas não são apenas importantes, são essenciais para o equilíbrio do planeta”, pode ler-se na sinopse da obra. A programação, da responsabilidade do Município de Portimão, encerra por volta das 12h00 com o ateliê “Sou apicultor”, onde participará Simão Vilas-Boas, proprietário de uma exploração apícola em Barão de S. Miguel, e que explicará às

crianças a partir dos seis anos tudo sobre o mel, as abelhas e a apicultura. A data de 20 de maio, proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas, pretende destacar a importância da polinização para o desenvolvimento sustentável. “A abelha é um ser vivo fundamental na preservação da biodiversidade, sendo a grande responsável pela polinização, sem a qual muitas das plantas não se conseguiriam reproduzir”, destaca a autarquia portimonense, acrescentando que

“sem abelhas, a flora e a fauna terrestre extinguir-se-iam e o mundo, tal como o conhecemos, desapareceria”. Esta efeméride ganha maior relevância quando se sabe que as abelhas e os outros polinizadores, como borboletas, joaninhas e escaravelhos, entre outros, estão ameaçados devido à ação humana, pelo uso e abuso de pesticidas, a que acresce a proliferação das monoculturas, o que arrasa a diversidade das flores, principal fonte de alimento das abelhas. PUB.

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REGIÃO

Famílias ucranianas que fugiram para o Algarve estão em risco de ficar desalojadas no verão FOTO D.R.

Várias famílias ucranianas que fugiram da guerra para o Algarve estão na iminência de ficar sem alojamento devido ao início da época turística e muitas têm de abandonar as casas já no dia 1 de junho Ira Grabenko, de 38 anos, chegou em meados de março a Quarteira, em Loulé, no distrito de Faro, onde tem família, e acabou por conseguir ficar com os filhos, de 19 e oito anos, num apartamento que lhes foi cedido gratuitamente, contou à Lusa. Apesar de ter sido avisada de que a situação seria provisória e que teria de abandonar a casa no verão, Ira estava convicta de que a guerra “ia durar uma ou duas semanas” e que rapidamente poderia regressar a Kiev. Quase três meses após o início da ofensiva, Ira sabe que não pode regressar e está sem perspetivas. “Até agora, não temos nenhuma solução. Se não encontrarmos casa teremos de sair do Algarve, é

impossível encontrar casa aqui”, desabafou. No entanto, o desejo da psicóloga é manter-se no Algarve, pois o filho, de oito anos, já está na escola e é na região que tem a família e uma rede de ligações sociais: “Não queremos ir embora daqui, mas provavelmente teremos que ir”. Para já, aguarda informação de um grupo de voluntários sobre soluções de arrendamento a longo

prazo, um problema que, no Algarve, afeta não só os refugiados ucranianos como os portugueses, e outros, devido à elevada procura e escassa oferta. Estamos “todos na mesma situação. Quando viemos não tínhamos planeado ficar para o verão”, respondeu, quando questionada sobre se conhecia mais famílias ucranianas obrigadas a abandonar as casas até 01 de junho.

Na mesma situação está Katerina, com três filhos, de cinco, 14 e 17 anos, que estava a pagar 650 euros mensais por um apartamento também em Quarteira, uma das zonas mais procuradas para férias no Algarve central. Segundo contou à Lusa o irmão Vadim, a residir há vários anos no Algarve e que fala fluentemente português, a irmã foi pedindo para a estadia se prolongar ao máximo,

Homem que atropelou mortalmente mãe e filha nas Quatro Estradas de Loulé diz que adormeceu ao volante

O

condutor que atropelou mortalmente duas mulheres este domingo, na Estrada Nacional 125, nas Quatros Estradas, concelho de Loulé, disse à GNR que se deixou dormir no momento em que aconteceu o trágico acidente, segundo avan-

çou o jornal Correio da Manhã. Mãe e filha, com 75 e 47 anos, foram atropeladas a poucos metros de casa por um veículo ligeiro, cujo condutor sofreu ferimentos ligeiros. A violência do embate causou a morte imediata das vítimas. Fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS)

de Faro disse que o condutor foi “transportado para o hospital com ferimentos ligeiros”, estando agora o Núcleo de Acidentes de viação da GNR a trabalhar para apurar as causas do atropelamento mortal. As equipas de socorro receberam o alerta para o acidente às 07:37 e estiveram no local a prestar

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assistência seis veículos, com 14 operacionais, dos Bombeiros de Loulé, do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e da GNR. As Quatro Estradas localizam-se na EN125 entre Loulé e Quarteira, perto da entrada oeste de Almancil, no distrito de Faro.

mas agora o senhorio quer a casa de volta para alugar a turistas. “Ela está à procura de casa, mas até ao momento ainda não conseguiu. Não sei se é só aqui que é tão complicado”, referiu, notando que os sobrinhos já estão na escola e que o desejo da irmã é continuar no Algarve, onde estão também os pais. Para já, Katerina aguarda uma resposta por parte de um britânico “que é capaz de arranjar uma casa”, pois há “muita gente a tentar ajudar”, nomeadamente, voluntários estrangeiros, que têm “mais possibilidades [financeiras]” do que os portugueses. “O que nós preferíamos era voltar para casa [na Ucrânia], mas neste momento ainda não é possível voltar”, lamentou Vadim. Loulé é um dos municípios do Algarve que organizou viagens de autocarro para retirar refugiados da Ucrânia e se preparou para acolher famílias, tendo disponibilizado cerca de 50 alojamentos partilhados. No entanto, segundo disse o presidente da Câmara de Loulé, apesar de os alojamentos terem “todas as condições e dignidade”, o facto de serem partilhados fez com que muitos optassem por procurar habitações no mercado de arrendamento. Segundo Vítor Aleixo, foram “poucos” os que aceitaram permanecer nesses alojamentos, tendo preferido encontrar, “por si próprios, outras soluções”, havendo, também, uma preferência por ficarem no litoral, onde há menos habitações disponíveis. “Ainda temos uma reserva para alojar pessoas, mas o que tem acontecido é que as pessoas preferem casas individuais, apartamentos. Ora, apartamentos nós não temos”, sublinhou. Para o autarca, a carência de habitações para arrendamento a longo prazo na região é uma realidade “atroz” e que afeta não só os refugiados como "toda a gente" que procura casa no mercado. Segundo Vítor Aleixo, a autarquia tem ainda disponível espaço em dois locais para acolher oito pessoas - quatro em Almancil e quatro em Salir - e está a fazer obras noutros locais para aumentar a capacidade de oferta. Atualmente, nos alojamentos partilhados cedidos pelo município estão instaladas oito famílias, num total de 28 pessoas, nas freguesias de Almancil, Alte, Salir e Quarteira do concelho de Loulé. LER PÁGINAS 11 e 24


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Em destaque

REGIÃO

Ilha da Culatra vai ter dessalinização não intrusiva para produzir água doce

A SMILO, Sustainable Islands lançou um concurso internacional para propostas inovadoras de sustentabilidade em ilhas. O CIMA, em colaboração com a Associação de Moradores da Ilha da Culatra, propôs o desenvolvimento de um protótipo de dessalinização não intrusiva, ou seja, dessalinizar água do mar para produzir água doce não potável com recurso a excedentes de produção fotovoltaica”, explica Cláudia Sequeira. Questionada sobre quais serão as mais-valias deste projeto para a Ilha da Culatra, a investigadora do CIMA e docente do Instituto

Superior de Engenharia, considera que “a grande vantagem será estudar novas soluções modulares de fácil implementação, baixo custo, que não requeiram filtros, membranas, nem produtos químicos e que apresentem baixa manutenção”.

Redução da pegada de carbono Um dos objetivos deste projeto, concretiza, “será conseguir utilizar o excedente de energia produzida na ilha, e integrá-lo no novo sistema de dessalinização, o que irá permitir um aumento no rendimento na produção de

água doce e a redução dos custos de transporte de água para ilha e, consequentemente, a redução da pegada de carbono”. Já sobre os resultados esperados, Cláudia Sequeira refere que os principais impactos serão: “a diminuição do consumo de energia para transporte de água, aumento da disponibilidade hídrica na irrigação das áreas verdes da ilha, lavagem de espaços comuns, produção de gelo para o pescado e produção de sal, bem como melhorar a eficiência do uso da água”. O projeto será implementado no Centro Social, pelo que haverá um forte envolvimento da comu-

nidade na gestão sustentável da água, que será acompanhado por ações de compostagem, criação de hortas comunitárias, reativação do armazenamento de água da chuva em cisternas e produção de energia fotovoltaica. “Tudo que contribua para a inserção do Homem no meio ambiente de forma sustentável e equilibrada”, conclui a investigadora. O prémio tem o valor monetário de 15000 euros. Só podem ter o apoio da SMILO pequenas ilhas, com menos de 150 quilómetros quadrados, que não estejam ligadas através de pontes, habitadas ou não, e devem estar em áreas protegidas.

Autoridade Marítima Nacional promove ação de sensibilização a crianças na ilha da Culatra Jovens tiveram oportunidade de conhecer os meios utilizados e o trabalho realizado diariamente pelos elementos do Comandolocal da Polícia Marítima de Olhão e da Estação Salva-vidas de Olhão

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Os alunos do ensino pré-escolar da Associação Nossa Senhora dos Navegantes, na ilha da Culatra, tiveram esta terça-feira a oportunidade de conhecer os meios utilizados e o trabalho realizado diariamente pelos elementos do Comando-local da Polícia Marítima de Olhão e da Estação Salva-vidas de Olhão, numa atividade que

decorreu na ilha da Culatra. Durante esta atividade estiveram presentes 17 crianças, que puderam interagir com os elementos da Polícia Marítima e da Estação Salva-vidas, tendo sido transmitidos conselhos para uma cultura de segurança e boas práticas nas atividades balneares, com o objetivo de sensibilizar as crianças para a prevenção

de comportamentos de risco. No decorrer da visita, os alunos tiveram ainda a oportunidade de navegar a bordo de uma embarcação da Polícia Marítima e da Estação Salva-vidas de Olhão. Esta ação foi desenvolvida por dois elementos do Comando-local da Polícia Marítima de Olhão e por dois elementos da Estação Salva-vidas de Olhão.

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Olhão vai enfeitar as suas portas e janelas com flores da época, rendas e lã A Casa do Povo do Concelho de Olhão promove o evento “Janelas e Portas Floridas”, no âmbito do seu projeco Património Vivo para Memória Futura, e convida a população a participar no dia 26 de maio em Moncarapacho e Fuseta, a 27 em Quelfes, a 30 em Pechão, e a 31 de maio em Olhão. As inscrições devem ser feitas até 24 de maio na Junta de Freguesia ou na Casa do Povo. Os participantes terão de enfeitar as suas portas ou janelas com flores da época, tecidos, rendas, lã ou outros materiais à escolha e junto dos enfeites colocar uma mensagem/ quadra ou poema de esperança. Serão atribuídos prémios aos 1º, 2º e 3º classificados em cada freguesia, bem como um certificado a todos os participantes. Trata-se de uma tradição secular na aldeia (hoje vila) de Moncarapacho, na sua freguesia, bem como nas outras freguesias do concelho, e que faz parte da cultura popular desta região. Maio é o mês das flores, sendo para a população mais religiosa também conhecido por mês de Maria. Segundo crenças e rituais muito antigos, ligados sobretudo à actividade agrícola e à pastorícia, Maio é representativo do retorno à luz e à vida. PUB.


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Pizza algarvia vence prémio “Melhor Sabor” na Itália

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9.º Concurso Internacional Pizza Star decorreu no passado dia 9 de maio, em Montale, na Toscana, em Itália, nas categorias Pizza Clássica, Massa alternativa, Pizza Gourmet, Pizza Pala e Pizza Napolitana. Após a primeira fase de seleção, apuraram-se para a final os oito melhores classificados de cada categoria que foram avaliados por um júri composto por jurados profissionais (que avaliaram o sabor, a cozedura, a massa, o recheio e a harmonização das pizzas) e por jurados consumidores (que avaliaram o sabor, a cozedura e a beleza).

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Jesus Marcano, pizzaiolo da Daje Pizzeria Artigianale, pizzaria parceira do Loulé ++ Clube de Xadrez, apresentou-se na competição na categoria Clássica com a pizza Vegana, “uma das preferidas dos xadrezistas das Torres de Loulé que muito apreciam os tomates-cereja vermelho e amarelo, os cogumelos frescos, a alcachofra, os orégãos, as azeitonas e as alcaparras, tudo regado com azeite de trufa branca numa

base de massa com fermentação e maturação superior a 48 horas, o que resulta numa deliciosa combinação”, explica o Clube de Xadrez das Torres do al-Gharb. A pizza louletana foi muito apreciada pelo júri italiano que lhe atribuiu o prémio “Melhor Sabor”, além do quarto lugar na classificação final da categoria Clássica. O troféu ganho na competição italiana pode ser visto na pizzaria Daje, na Rua Ascensão Guimarães, n.º 84, perto da Estátua do Engenheiro Duarte Pacheco, “onde pode também ser degustada, assim como outras pizzas artesanais igualmente irresistíveis, criadas pelo premiado pizzaiolo”, refere o Clube de Xadrez, acrescentando que “poderão juntar-se à mesa dos jogadores do Loulé ++ se for uma segunda-feira ao final da noite, ou, até, começar o encontro um pouco mais cedo, às 18:30 horas, participando, na Casa da Cultura de Loulé, no treino aberto do clube hexacampeão distrital de xadrez em ritmo clássico”.


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EXPOSIÇÃO | EXHIBITION

Este Mar ao Fundo

The Sea Down There

EXPOSIÇÃO | EXHIBITION

COMIDA e ARTE

MUSEU DE PORTIMÃO

14 MAIO - 13 NOV. 2022

MUSEU DE PORTIMÃO 14 maio - 25 setembro Iceland Liechtenstein

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ÚLTIMO FOCO CONHECIDO FOI EM CASTRO MARIM

Gripe aviária está com “melhoria gradual” mas é improvável que vírus não esteja a circular

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gripe das aves registou, a partir do final de abril, uma “melhoria gradual”, verificando-se uma “diminuição acentuada” dos focos na União Europeia, embora seja “improvável” que a circulação do vírus tenha cessado, adiantou a DGAV. “A partir do final do mês de abril de 2022, verificou-se uma melhoria gradual da situação epidemiológica da GAAP [Gripe Aviária de Alta Patogenicidade], nomeadamente uma diminuição acentuada do número de focos de doença notificados no território da União Europeia”, lê-se num edital da Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV). Perante esta evolução, a DGAV sublinhou que “importa rever” o confinamento imposto às aves domésticas em instalações localizadas nas zonas de alto risco. Apesar da melhoria da situação, a DGAV ressalvou ser “improvável” que a circulação do vírus tenha “cessado por completo”, podendo manter-se em menor grau entre as aves selvagens estivais e residentes. Considerando que o risco de contacto entre as aves domésticas e selvagens é o “mais importante” para a ocorrência da doença, a implementação e o cumprimento das medidas de biossegurança mantém-se, como a higienização

das instalações, equipamentos e materiais, assim como o controlo dos acessos aos estabelecimentos onde estão as aves. A DGAV reiterou também que qualquer suspeita de infeção, como aumentos de mortalidade, aparecimento de sintomas compatíveis, diminuição dos consumos de água e comida e alterações dos parâmetros produtivos, onde se inclui a diminuição da postura de ovos, deverá ser comunicada. Em Portugal, o primeiro foco de gripe aviária foi detetado em 30 de novembro de 2021, numa capoeira doméstica, em Palmela, distrito de Setúbal. Desde essa altura foram contabilizados 20 focos em aves domésticas, incluindo explorações comerciais de perus, galinhas e patos, uma coleção privada de aves e capoeiras domésticas, a que se somaram seis focos em aves selvagens. Os focos em causa atingiram os distritos de Leiria, Lisboa, Santarém, Setúbal, Beja, Évora, Faro e Porto. O último foco foi confirmado no dia 15 de março, numa capoeira doméstica no concelho de Castro Marim, distrito de Faro. A DGAV é um serviço central da administração direta do Estado, com autonomia administrativa própria.


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REGIÃO

Terra de Maio de volta ao Azinhal com muita animação FOTO D.R.

Nesta edição pode andar num balão de ar quente, fabricar queijo artesanal, experimentar a arte da ordenha ou ainda praticar equitação, sem esquecer os concertos e a gastronomia A aldeia do Azinhal volta a receber o evento Terra de Maio entre 27 e 29 do corrente mês. Depois de três anos de interregno, o evento regressa com mais força e maior dinamismo, sempre com a divisa da promoção e incremento da Cabra de Raça Algarvia e os saberes e sabores a ela associados. A decorrer no Pavilhão Multiusos do Azinhal, nesta edição da Terra de Maio vai poder andar num balão de ar quente, fabricar queijo artesanal, experimentar a arte da ordenha ou ainda praticar equitação. O evento esforça-se por apresentar um diversificado leque de atividades articuladas com os valores do interior e da região, bem como trazer ao recinto os sabores do mundo rural, quer nas tasquinhas de gas-

tronomia, quer em provas de vinho e showcooking, que vão animar os três dias de Terra de Maio. Neste campo, destaque para as demonstrações da Escola de Hotelaria e Turismo de VRSA [27 maio, às 18:30] e dos referenciados chefs Noélia Jerónimo [28 maio, às 17:00], Leonel Pereira [29 maio, às 16:30] e Ricardo Silva [29 maio às 18:00]. Espaço ainda para a apresentação de vinhos do Algarve, pela Comissão Vitivinícola do Algarve [27 maio, às 19:00].

Maior Queijo de Cabra de Raça Algarvia Ainda na área da gastronomia, uma das grandes apostas do certame, a 4ª edição do “Maior Queijo de Cabra de Raça Algarvia”, que acontece no dia 28 de maio, pelas 18:00. Este foi um desafio proposto pelo município de Castro Marim à ANCCRAL (Associação Nacional dos Criadores de Caprinos de Raça Algarvia) e que resultará num queijo fresco com aproximadamente 40 quilos e

80 centímetros de diâmetro, para o qual serão necessários cerca de 170 litros de leite. Palco também de grandes nomes da música nacional, o certame traz-nos este ano o concerto de Némanus [dia 28 maio, 22:00] e Íris [29 de maio, 19:00]. Num território onde a cultura algarvia se funde com a andaluza, haverá também palco a música castelhana. Na animação, ainda a destacar a peça de teatro “É disto que a minha

Maria gosta”, do Centro e Cultura e Desporto do Trabalhadores da Câmara Municipal, que vai estrear no dia 27 de maio, pelas 21:00. No sábado, a manhã é dedicada a um seminário que vai trazer importantes contributos em relação aos diferentes enquadramentos na criação de raças autóctones, com a participação da Direção-Geral de Alimentação e Veterinária, da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve e do Instituto Conservação da Natureza e Florestas. Para os amantes de motorizadas, no domingo, pelas 9:00, o 3º Encontro de Motorizadas, com saída do largo do Mercado, numa organização da Associação Recreativa e Cultural do Azinhal. Na mesma manhã, decorre uma caminhada, para todos os que se quiserem juntar, com partida da Casa do Povo do Azinhal. A exposição de Raças Autóctones: Cabra de Raça Algarvia; Ovelha Churra e Vaca de Raça Algarvia, a exposição de “Artefactos Agrícola e do Mundo Rural” e a Queijaria do

Centro Multiusos, em permanente funcionamento, são outros fatores de atratividade desta Terra de Maio, um evento cujo objetivo passa por promover produtos locais e regionais resultantes das atividades ligadas à agricultura e à criação de gado, bem como as próprias atividades em si, e também aumentar o volume de vendas através da comercialização direta. A Terra de Maio é uma organização da Câmara de Castro Marim e Junta de Freguesia de Azinhal, com a colaboração da Escola de Hotelaria e Turismo de Vila Real de St. António, Associação Nacional de Criadores de Caprinos de Raça Algarvia (ANCCRAL), Direção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve, Direção Geral da Alimentação e Veterinária, Comissão Vitivinícola do Algarve, marca Natural.pt, Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, Associação Odiana, Casa do povo do Azinhal, Associação Recreativa e Cultural do Azinhal e CCD da Câmara Municipal de Castro Marim. PUB.

“É que não há céu de tal 'splendor Nem rio azul tão belo e prateado Como o Guadiana, o meu rio encantado De mansas águas, suspirando amor!” PoemadeLutegardaGuimarães deCaires” (Poetisa natural de VRSA)

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PORTIMÃO Assinalado nascimento de Manuel Teixeira Gomes A Câmara de Portimão vai assinalar a passagem dos 162 anos do nascimento de Manuel Teixeira Gomes, com diversas iniciativas que vão decorrer entre 28 de maio e 03 de junho. O aniversário do nascimento do escritor, diplomata e Presidente da República é assinalado com uma programação que inclui um concerto musical ao gosto do homenageado, uma conferência e a doação de um quadro que fez parte do seu espólio. As comemorações iniciam-se no dia 28, com a doação à Casa Manuel Teixeira Gomes do quadro “A Adoração dos Reis Magos” por parte de António Macieira Coelho, filho do professor Eduardo Coelho, que se correspondeu com Teixeira Gomes e de quem recebeu a pintura, no final da vida do escritor. A iniciativa integra a apresentação do programa preliminar do futuro núcleo museológico da Casa Manuel Teixeira Gomes, o concerto “Teixeira Gomes – A música que lhe trazia paz”, a cargo da pianista Laura Quaresma e da violoncelista Bárbara Santos, que interpretarão obras de Marcello, Fauré, Rachmaninov, Glazunov, Saint-Saens, Mendelsshon, Bridge, Chopin e Bloch. O programa encerra a 03 de junho com a conferência debate “Teixeira Gomes – A Guerra e a Paz”, pelo professor Nuno Severiano Teixeira, que irá abordar o relevante papel de Manuel Teixeira Gomes, então ministro plenipotenciário de Portugal em Londres, aquando da entrada do país na Primeira Guerra Mundial.

CASTRO MARIM Apreendidas artes de pesca em situação ilegal A Unidade de Controlo Costeiro (UCC) da Guarda Nacional Republicana (GNR) apreendeu na terça-feira, ao largo da Praia Verde, em Castro Marim, várias artes de pesca em situação ilegal. A GNR indicou que as artes de pesca, 90 alcatruzes para a pesca do polvo, "estavam agregadas a cerca de 1.350 metros de cabo, sem qualquer marcação e identificação". As artes foram detetadas numa operação de fiscalização realizada entre Vila Real de Santo António e Tavira. O polvo que se encontrava no interior das armadilhas "foi imediatamente devolvido ao seu habitat natural". A marcação e identificação das artes de pesca comercial constitui uma obrigação legal, sendo que a falta dessa sinalização é punível com coima de 150 a cinco mil euros.

MONCHIQUE "Vamos à Vila" quer celebrar tradições locais A Câmara de Monchique pretende celebrar as tradições do concelho, nos dias 28 e 29 de maio, com a partilha de sabores e saberes dos produtos locais, no evento "Vamos à Vila". A autarquia indicou que o evento pretende "ser um momento de celebração das tradições locais, uma homenagem ao que foi e ao que se pretende manter como tradição. Queremos destacar a genuinidade associada aos produtos locais, deixá-la falar só por si e realçar as vivências rurais, para que resultem num arquivo afetivo, para guardar e preservar", lê-se na nota. Do programa constam jogos tradicionais - tração à corda, corrida de sacos, pião e jogo do burro -, eventos de gastronomia, exposições, espetáculos e animação de rua.

FESTIVAL Sargo da Costa Vicentina em Aljezur e Vila do Bispo

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Os municípios algarvios de Aljezur e de Vila do Bispo promovem entre sexta-feira e 29 de maio o festival "Sargo da Costa Vicentina, evento que decorre em parceria com a Universidade de Coimbra. A iniciativa está inserida no projeto "Valsargo - valorização do sargo da Costa Vicentina", promovido por aquele estabelecimento do ensino superior, com pratos dedicados à espécie piscícola nos vários restaurantes aderentes dos dois concelhos do distrito de Faro. Além das experiências gastronómicas, vão ser realizadas ações de sensibilização e concursos sobre o sargo, em várias escolas, anunciaram os municípios em comunicado. A abertura oficial do evento está agendado para sábado, pelas 10:00, com a realização das Jornadas do Sargo da Costa Vicentina, no Centro de Interpretação da Lota de Sagres. O projeto “Valsargo – valorização do sargo da Costa Vicentina” será apresentado pelas 10:30, por Ana Carla Garcia, da Universidade de Coimbra.


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Albufeira cria bolsa de alojamento temporário para refugiados da guerra da Ucrânia FOTO ASSOCIAÇÃO DOS UCRANIANOS EM PORTUGAL D.R.

O Município de Albufeira decidiu criar uma bolsa de alojamento para levantamento da oferta disponível, quer em termos de arrendamento, quer em termos de quem pretende ceder alojamento para apoiar as pessoas deslocadas pela guerra na Ucrânia Todos aqueles que possuam habitações desocupadas ou estejam disponíveis para receber, nos seus domicílios, famílias de refugiados, podem manifestar essa disponibilidade. Os interessados podem obter mais informações mediante o contacto com o Município de Albufeira através do email apoio.ucrania@ cm-albufeira.pt ou do telefone 289 599 656 (CLAIM).

Para consulta de mais informações sobre a iniciativa do governo Português “Portugal for Ukraine” (“Ukraine: Information and support available in Portugal”), destinada a apoiar os cidadãos da Ucrânia que pretendem, por razões de conflito armado e humanitárias, residir em Portugal, deverá aceder ao site: https://eportugal.gov.pt/ ucrania-informacoes-e-apoiosdisponiveis-em-portugal

No caso de arrendamento, a situação será operacionalizada através do programa do governo central “Porta de Entrada – Programa de Apoio ao Alojamento Urgente – Regime Excecional: Ucrânia”. Consultar:

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Vai poder comprar ou vender o seu carro no Estádio do Algarve "Comprar ou vender uma viatura nunca foi tão fácil", garantem ao POSTAL dois jovens empreendedores algarvios apaixonados pelo ramo. Dario Moleiro e Carlos Lopes querem simplificar o processo de compra e venda de viaturas: "depois da decisão

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rata-de um evento inédito a realizar no Algarve, no parque 4 do Estádio do Algarve, e que espera reunir mais de 30 stands de automóveis, assim como vendedores particulares. A iniciativa é promovida por dois jovens empreendedores algarvios apaixonados pelo ramo, cujo entusiasmo era bem visível quando o POSTAL falou com eles. Dario Moleiro e Carlos Lopes querem simplificar o processo de compra e venda de viaturas e acreditam no êxito da iniciativa. A ideia surgiu em 2020, quando os dois amigos de longa

data começaram a pensar lançar um projeto conjunto que fosse inovador e bastante útil para a região algarvia. A paixão pelo ramo automóvel, as suas competências e experiências profissionais levaram a passar à prática a primeira edição do "Festival Automóvel", que vai realizar-se já no próximo dia 5 de junho. Dario Moleiro, de 30 anos, é empresário e conhecido por ter uma visão empreendedora no mercado das fechaduras, cuja atividade lidera na região algarvia. Já Carlos Lopes, com 31 anos, é engenheiro mecânico e conta com uma larga experiência

tomada, em cerca de uma hora o comprador tem a chave na mão". E é já no dia 5 de junho - domingo - que vai realizar-se a primeira edição do “Festival Automóvel” no parque 4 do Estádio do Algarve, com entrada gratuita das 10 às 19 horas.

em gestão de clientes no ramo automóvel. Quanto ao "Festival Automóvel", a iniciativa vai ter continuação e uma periodicidade mensal, sempre a acontecer nos primeiros domingos de cada mês, das 10 às 19 horas. Todos os interessados em comprar ou vender viaturas vão poder encontar igualmente, no parque 4 do Estádio do Algarve, entre o concelho de Faro e o de Loulé, um parque infantil e uma zona de comidas e bebidas para "que toda a família possa ir escolher a sua próxima viatura num ambiente festivo e descontraído".

O evento está igualmente preparado para começar a receber outros veículos, tais como "motas para os amantes de duas rodas, veículos pesados, quer industriais e agrícolas, ou mesmo barcos para marinheiros e aventureiros".

CHAVE NA MÃO Os dois promotores do projeto revelam ao POSTAL acreditar que a simplificação na escolha e compra de uma viatura corresponde, cada vez mais, às necessidades reais dos consumidores. Resumem o processo

Carlos Lopes

Promotor e organizador do Festival do Automóvel

Prevemos ter mais de 200 viaturas em exposição onde não será necessário sair do recinto para fazer um test drive, pedir crédito, alterar a propriedade e tratar do seguro. O que queremos é que todos façam o melhor negócio possível. Estamos já a trabalhar na segunda edição e o plano é que todos os primeiros fins de semana de cada mês o festival se realize, tornando-se assim uma referência no ramo para stands, particulares e todo o Algarve

de compra em cinco passos "chave na mão" num processo simples e com duração próxima de uma hora. Primeiro, o consumidor escolhe o automóvel que desejar e faz de seguida um test dive. O terceiro passo é pagar e passar o registo para o seu nome. Faz o seguro no local e sai a conduzir com o seu novo automóvel legalizado. Sobre o próximo dia 5 de junho, Dario e Carlos acreditam que a realização desta primeira sessão do "Festival de Automóvel" vai contar com mais de mil pessoas interessadas no evento, que proporciona, num espaço amplo ao ar livre, todas as comodidades para trazer a família. A quinze dias da sua realização, "já estão mais de trinta stands confirmados". Os promotores desta inovadora iniciativa estimam que "a oferta deverá ser superior a 200 automóveis disponíveis, com acesso a credores, passagem de nome, seguros e garantia". O "Festival Automóvel" é um evento exclusivo de compra e venda de automoveis usados a ser realizado, todos os meses, no primeiro domingo no Estádio Algarve. Tem como objetivo juntar os principais comerciantes e todos os particulares que pretendam vender e comprar os seus automóveis num ambiente controlado e com elevada visibilidade. Dario e Carlos apostam na ideia de juntar "todos os serviços num só lugar". Sentem-se entusiasmados e motivados por estarem a "dinamizar o comércio local e criar uma nova e única oportunidade de negócio de compra e venda de automóveis no Algarve de forma cómoda, segura e intituitiva". Para fazer inscrições, estabelecer parcerias ou obter mais informações, basta visitar o website do evento em: https://festivalautomovel.pt


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FOTOS D.R.

Dario Moleiro

Promotor e organizador do Festival do Automóvel

Para muitas pessoas comprar um carro é uma decisão difícil e que demora tempo, queremos reduzir esse tempo e achamos que a melhor forma é juntar vendedores (profissionais e particulares) com compradores no mesmo recinto e fornecer todo o apoio burocrático. Assim, depois de uma decisão tomada em cerca de uma hora o comprador tem a chave na mão

Dario Moleiro e Carlos Lopes são os promotores e organizadores do Festival do Automóvel no Algarve


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Detido segurança de estabelecimento em Albufeira A GNR deteve, esta segunda-feira, um homem de 51 anos por posse de arma proibida, em Albufeira. No decorrer de uma ação de policiamento às principais zonas de diversão noturna da cidade, “os militares alertaram um elemento da segurança privada de um estabelecimento para o uso correto do cartão profissional”. Na sequência da fiscalização, os militares apuraram que “o indivíduo estava na posse de uma arma branca, designadamente um objeto em cabedal com ponta metálica, o que motivou a sua detenção”.

Apreensão de droga a bordo de veleiro em Vilamoura A Polícia Marítima de Portimão apreendeu, esta segunda-feira, 215 pacotes de estupefacientes, num total de cerca de 108 quilos de haxixe, que se encontravam a bordo de um veleiro fundeado a sul de Vilamoura. “Durante uma ação de fiscalização no mar, pelas 13:20, a Polícia Marítima detetou um veleiro, com dois tripulantes a bordo, que se encontrava fundeado ao largo de Vilamoura, tendo-se deslocado até ao local onde constatou que a embarcação apresentava uma avaria na propulsão”. Por questões de segurança para a navegação, os elementos da Polícia Marítima procederam ao reboque do veleiro até ao porto de Vilamoura, onde foi alvo de uma vistoria para garantir a segurança e prevenir um eventual afundamento do mesmo. As autoridades apreenderam os 215 pacotes de droga, posteriormente entregues à Polícia Judiciária, tendo os dois tripulantes do veleiro sido detidos por suspeita de tráfico de estupefacientes.

Detidos 8 suspeitos de tráfico de droga no Algarve As autoridades policiais detiveram este fim de semana oito homens suspeitos de tráfico de droga em Albufeira e em Vilamoura, no concelho de Loulé, anunciou esta segunda-feira a GNR. Os detidos, que têm entre 19 e 35 anos, foram abordados no âmbito de uma operação destinada a combater a venda de droga em áreas onde existem espaços de diversão noturna no Algarve,. A operação teve um especial enfoque na Marina de Vilamoura e em zonas de bares e discotecas de Albufeira e foi o resultado de uma “aposta forte” que a GNR está a fazer por ocasião do “início da época balnear” para “combater este tipo de crime durante a noite junto dos espaços de diversão noturna”, adiantou. A fonte da GNR disse ainda que a operação realizada no fim de semana vai ser “mantida” em períodos de maior afluência a zonas de diversão noturna do Algarve, onde “é expectável que este tipo de crime aumente” com o início da época alta do turismo na região. “Com o início da época balnear e um maior afluxo de pessoas, depois de dois anos de pandemia [de covid-19], vamos continuar focados nestas zonas sob controlo para garantir a segurança dessas zonas” do distrito de Faro, concluiu.

Prisão preventiva para suspeito de roubos em Loulé Um homem suspeito de ser o autor de vários roubos em Loulé, detido na quinta-feira da passada semna pela GNR, vai aguardar julgamento em prisão preventiva, anunciou esta segunda-feira aquela força. O homem, de 45 anos, é suspeito de ter efetuado “oito roubos com recurso a arma branca, no concelho de Loulé, desde o dia 8 de maio”. A detenção ocorreu depois de ter sido desencadeada “uma rápida investigação” pelo Núcleo de Investigação Criminal (NIC) de Loulé da GNR, avançou o Comando Territorial de Faro da guarda. Segundo a GNR, o suspeito foi detido ao ser localizado enquanto efetuava um roubo num estabelecimento comercial de Loulé e após ter tentado fugir às autoridades. Os militares apreenderam na viatura utilizada pelo homem duas facas de cozinha e diversas peças de vestuário alegadamente “utilizadas para consumar os crimes”.

Homem foragido à justiça apanhado em Tavira

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O Comando Territorial de Faro da GNR, através do Núcleo de Investigação Criminal (NIC) de Tavira, deteve na sexta-feira da passada semana um homem de 50 anos, que se encontrava foragido à justiça para cumprimento de uma pena de prisão efetiva de 5 anos e 6 meses, no concelho de Tavira. Na sequência de um processo com uma pena de prisão efetiva pela prática de três crimes de furto simples, quatro crimes de furto qualificado e um crime de branqueamento, os militares encetaram diligências policiais que culminaram no cumprimento de um mandado de detenção. No seguimento da ação, o homem foi detido e entregue no Estabelecimento Prisional de Olhão para efeitos de cumprimento da pena de prisão.


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Uma farense 'naval' de volta a “casa” no Dia da Marinha

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ilipa Soares Albergaria é médica naval e recentemente assumiu o cargo de diretora do Centro de Medicina Naval (CMN), de longa data é a sua história com Faro, cidade onde cresceu e se formou e que será agora o palco das celebrações do Dia da Marinha em 2022. Nascida em Luanda em 1975, foi no dia em que completou um ano de vida que Filipa veio viver para Faro com os pais e lá passou grande parte da sua vida, frequentou a ‘Vila Pinto’, o Colégio do Alto, localizado num dos antigos palácios farenses. Terminou o ensino secundário no liceu João de Deus, onde despontou com 16 anos o sonho de servir a Marinha Portuguesa. Rumou a Lisboa em 1993 para estudar Medicina, ainda com a carreira militar à vista, e alcançou a sua ambição de adolescência em 2001, ano em que ingressou na Marinha. Ao longo de mais de vinte anos de carreira, a capitão-de-mar-e-guerra Filipa Albergaria já desempenhou diversos cargos no mar e em terra e, atualmente, dirige o Centro de Medicina Naval. “A possibilidade de inte-

grar missões humanitárias foi exatamente o que me trouxe para a vida militar por tudo o que elas me trazem: experiência clínica, amizade transcultural, camaradagem verdadeira e duradoura…e paz”, salienta a diretora do Centro de Medicina Naval . Mesmo após a sua entrada, a ligação da atual Diretora do CMN com a região algarvia perdura. Na zona de Ferragudo, onde passou as suas férias de infância, colabora com uma recém-criada comunidade Jesuíta e, em 2007, completou o seu 5º ano de especialidade em Ginecologia e Obstetrícia no Hospital de Faro. A oficial da Marinha afirma que “gostaria de regressar a Faro e retribuir o que a cidade lhe deu”. Refere que gostava de implementar várias iniciativas nomeadamente um núcleo de Cadetes do Mar “que podem despertar nos jovens algarvios o amor pelo mar e dar-lhes a conhecer um pouco do que é o ‘espírito de câmara’ dos navios”. Filipa Albergaria irá estar presente nas comemorações do Dia da Marinha em Faro, cuja comemoração realiza-se esta sexta-feira, dia 20 de maio.


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Loulé quer ensinar crianças a andar de bicicleta O Município de Loulé conseguiu financiamento para desenvolver o projeto “Bicicleta na Escola”, no âmbito do projeto europeu “Healthy Cities”, cujo objetivo é permitir que as crianças que frequentem o pré-escolar e o 1º ciclo nos estabelecimentos de ensino do concelho aprendam a andar de bicicleta. Apesar da aposta que a Autarquia de Loulé tem feito no uso da bicicleta como meio de transporte aliado à prática desportiva, “a verdade é que é bastante elevada a percentagem da população, em particular de crianças e jovens, que não sabe andar de bicicleta (alguns estudos indicam que este número ronda os 70%), seja pela falta de tempo dos pais para ensinar os filhos, por falta de espaços para praticar ou até por questões de segurança rodoviária”. Assim, o objetivo é dotar as crianças com idades compreendidas entre os 3 e s 10 anos dos conhecimentos e capacidades que lhes permitam utilizar a bicicleta regularmente, de uma forma autónoma e segura, não só em termos técnicos, mas também ao nível dos sinais e regras de trânsito. No final do ciclo de ensino – 4º ano de escolaridade – cada aluno receberá uma “Carta de Condução” que comprovará as competências destes ciclistas.

Portimonense conta com Paulo Sérgio até 2024 O treinador Paulo Sérgio, que garantiu a manutenção do Portimonense na I Liga de futebol, vai continuar no clube algarvio nas próximas duas épocas, depois de renovar até 2024, confirmou esta terça-feira a SAD algarvia. Paulo Sérgio, 54 anos, levou depois o clube ao 14.º lugar em 2020/2021 e ao 13.º lugar na temporada 2021/2022, concluída no passado fim de semana. O presidente da SAD algarvia reconheceu que o objetivo de chegar às competições europeias continua a estar na ‘mira’ para as próximas duas temporadas. Paulo Sérgio iniciou a carreira de técnico no Olhanense, em 2003, passando depois por Santa Clara, Beira-Mar, Paços de Ferreira, Vitória de Guimarães, Sporting e Académica, no futebol nacional, e por clubes da Escócia, Roménia, Chipre, Irão, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, no estrangeiro.

Algarvio Isaac Rosa às portas do 'top ten' no Estoril Apostado em fazer valer a sua experiência no Circuito do Estoril como fator importante para conseguir uma boa prestação na terceira jornada do competitivo ESBK, Isaac Rosa cumpriu em pleno esse mesmo objetivo no passado fim de semana. Apesar de não ter conseguido terminar entre os primeiros na segunda corrida devido a uma queda, o piloto de Loulé rodou em ambas as corridas sempre em lugares pontuáveis, melhorou os seus registos por volta e foi por pouco que não entrou mesmo no ‘top-ten’ na corrida de sábado que encerrou na 11ª posição. Isaac Rosa prepara agora o regresso ao campeonato nacional, estando a próxima prova agendada para os dias 4 e 5 de junho no Autódromo Internacional do Algarve.

Ana Cabecinha foi quinta na Marcha de Madrid Ana Cabecinha, atleta do Clube Oriental de Pechão, terminou esta segunda-feira em quinto lugar nos 10 quilómetros de marcha disputados em Madrid, na Gran Via, em prova que se estreou no circuito mundial de Marcha da World Athletics. Vencedor em 38.42, Karlstrom bateu na arrancada final o espanhol Diego Garcia, que ficou a oito segundos, e o brasileiro Caio Bonfim (39.13). Na quinta posição chegou a atleta portuguesa, creditada com 44.35, numa prova que foi concluída por 26 mulheres. “Resta-me agora recuperar para estar de novo no meu melhor no próximo sábado, nos Iberoamericanos, a representar Portugal”, comentou através do Instagram, antes de agradecer ao treinador, Paulo Murta – “sabe sempre bem ter as indicações do nosso ‘coach’ do lado de fora”.

Imortal Basket vence 1ª divisão nacional feminina

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O Imortal Tcars sagrou-se este sábado campeão nacional da 1.ª divisão feminina ao receber e vencer (69-55) o CPN Imopartner no segundo jogo da final da competição. Com o triunfo, o emblema de Albuferia conquistou a prova sem conhecer o sabor da derrota. Depois de ter garantido pela primeira vez na história do clube a presença na Liga Betclic, o Imortal volta a fazer história com o primeiro título de campeão nacional da 1ª divisão. Para a próxima época, o clube de Albufeira, será uma das 5 equipas (Benfica, Esgueira, Vitória SC, CAB Madeira, Imortal), a disputar as principais ligas de basquetebol, tanto no masculino, como no feminino.


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DESPORTO

A grande Gala de Boxe é já no dia 28 de maio no Pavilhão Municipal de Tavira FOTO D.R.

O Pavilhão Municipal de Tavira vai ser palco de uma Gala de Boxe no próximo dia 28 de maio organizada pelo Ginásio Clube de Tavira A coragem, disciplina e glamour da modalidade estarão em grande evidência, prevendo-se a realização de 14 combates. Entre as 9:00 e as 12:00, terá lugar a acreditação, exames médicos, pesagem (fotografias dos atletas, seguindo-se, meia hora mais tarde, o almoço. Pelas 15:00 haverá uma reunião entre árbitros e treinadores. Uma hora amis tarde será apresentada a Escola de Boxe. Às 16:30 realizar-se-á uma palestra pelo presidente do clube, seguindo-se a apresentação das equipas (clubes) e equipa de arbitros do evento. Os combates terão início às 17:00,

com entrada gratuita. As inscrições devem ser feitas através no telefone 281 322 246.

A gala, organizada pelo Ginásio Clube de Tavira, sob a égide da Federação Portuguesa de Boxe e

da Associação de Boxe, conta com os apoios do Município de Tavira, União das Freguesias de Tavira

(Santa Maria e Santiago) e União das Freguesias de Luz de Tavira e Santo Estêvão. PUB.

Sabores para partilhar com a ria Formosa! Avª da Ria Formosa, 72 Cabanas de Tavira Telef 281 404 998

Prof. Joana Baltazar

/Ballet clássico /Contemporâneo /Estilo Livre, Hip Hop (danças urbanas) /Sapateado /Danças do Ventre

19 de

junho

A escola d' Dance Company irá participar nas competições: 19 junho, Pavilhão Eduardo Mansinho em Tavira e 24 de Setembro no Teatro Tempo, em Portimão. Nós estilos contemporâneo, sapateado e hip Hop.

facebook: D'Dance Company | Instagram: d_dance_company | site: www.ddancecompany.com Campo Mártires da República, nº20 G, 8800-378 Tavira (Ginásio Espaço d’Elite)


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Alunos de Design da UAlg expõem trabalhos Os alunos de Design de Comunicação da Universidade do Algarve vão expor os seus trabalhos no Algarve Design Meeting, entre os dias 23 e 28 de maio, na Fábrica da Cerveja em Faro (piso 1, sala 5). Esta exposição apresenta diversos projetos ou exercícios, desenvolvidos pelos alunos em várias áreas e unidades curriculares (desenho, caligrafia, identidade, embalagem, cartaz, entre outros). O curso de licenciatura em Design de Comunicação da Universidade do Algarve – ESEC, promove a formação de especialistas, com um perfil que abrange um conjunto de conhecimentos teórico e teórico-práticos e capacidades e competências nas áreas do Design Gráfico, Design Digital e/ou Multimédia e Design de Produção Visual.

“Menina Estás à Janela” está de volta a Faro Depois da sua estreia em 2019, de uma bem-sucedida edição online em 2020 e do sucesso do seu regresso ao formato ao vivo em 2021, o “Menina Estás à Janela” está de volta às janelas farenses. A edição de 2022 terá lugar no sábado, dia 4 de junho, e convida a população a um roteiro livre pela cidade de Faro, apresentando, este ano, uma novidade: irá dividir-se em dois períodos distintos do dia: de manhã e à noite. O evento tem início marcado para as 10:00, sendo que ao longo da manhã são 12 janelas que se irão abrir um pouco por toda a cidade. À noite, as atuações têm início às 21:30 no Coreto, passam depois pela janela do antigo Governo Civil e seguem para a Fábrica da Cerveja, onde o evento se irá estender noite fora, com cerca de uma dezena de atuações. O público poderá escolher livremente a que janelas quer assistir, bastando, para o efeito, dirigir-se às mesmas de forma individual nos horários indicados. Organizada pelo curso Profissional de Organização de Eventos da Escola Secundária Pinheiro e Rosa, em Faro, em parceria com diversas entidades públicas, privadas e associativas da cidade, o evento estabelece, uma vez mais, uma dinâmica participativa entre as instituições e a comunidade. A programação do evento mantém-se ainda em segredo e será apresentada oficialmente no sábado, dia 21 de maio, pelas 21:30, na Associação Recreativa e Cultural de Músicos. Tal como o evento, a festa de abertura, será igualmente de entrada livre.

'Memorial do Convento' para bailado em Loulé O Cineteatro Louletano vai acolher a 4 de junho a adaptação para bailado do romance de José Saramago “Memorial do Convento”, promovendo a “relação entre dança e literatura” no centenário do escritor, disse o coreógrafo. Fernando Duarte, diretor artístico da Dança em Diálogos, produtora da obra, disse à agência Lusa que esta adaptação surgiu como um “passo natural” depois de, em 2020, ter sido feito um trabalho semelhante com “O Primo Basílio”, de Eça de Queiroz, num trabalho que visa incentivar a “relação da dança com outras artes, especialmente a literatura”. O Cineteatro Louletano, o Teatro José Lúcio da Silva e a Casa das Artes são coprodutores do projeto, que também promoveu “uma residência artística em contexto escolar” com turmas do agrupamento de escolas Dom Dinis, em Quarteira.

'Oficina de Rádio' no Algarve Design Meeting A Rádio Universitária do Algarve (RUA FM) vai realizar, no dia 24 de maio, a “Oficina de Rádio”, na Sala de Oficinas 15, Fábrica da Cerveja, em Faro, integrada na 11ª edição do Algarve Design Meeting. Esta terá duas sessões, uma entre as 10:00 e as 13:00 e a outra das 14:00 às 17:00. Os participantes terão oportunidade de aprender as noções básicas da linguagem radiofónica, assim como obter algum conhecimento de edição de som e pós-produção de áudio. Será feita uma Introdução básica às técnicas de preparação e condução de entrevistas. No final, os participantes farão uma entrevista e editarão a mesma. A oficina tem o preço de 5 euros para os alunos da Universidade do Algarve e 20 euros para o público externo.

Faro assinala 20 anos da independência de Timor-Leste

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A Biblioteca Municipal de Faro António Ramos Rosa acolhe, até o próximo dia 28, uma exposição bibliográfica sobre a história e a realidade cultural, social e económica de Timor Leste, que integra a Comunidade de Países de Língua Oficial Portuguesa. Recorde-se que a 20 de maio de 2002, a antiga colónia portuguesa, chegou à independência, depois de graves dissensões civis e de duas décadas de ocupação indonésia.


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CULTURA LOULÉ

Banhos Islâmicos vão abrir ao público com o mais completo equipamento de toda a Península Ibérica

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Município de Loulé prepara-se para celebrar mais um aniversário e este ano, o programa comemorativo que decorre de 21 a 29 de maio, conta com um momento muito especial, a inauguração dos Banhos Islâmicos de Loulé e da Casa Senhorial dos Barreto. Outro destaque destas comemorações vai para a inauguração da Unidade Avançada de Proteção Civil em Vale Maria Dias, no dia 24 de maio, pelas 14:00. A ampliação da antiga Casa dos Cantoneiros na Serra do Caldeirão, freguesia de Salir, permitiu instalar a base de um destacamento da Proteção Civil no interior. Posto de Comando, apoio logístico para operações de Proteção Civil, sede dos sapadores florestais, espaço para formação no âmbito da defesa da floresta contra incêndios e abrigo temporário à população são algumas das valências do edifício. A Quinta-Feira de Ascensão ou Quinta-Feira da Espiga, 26 de maio, marca o Dia do Município e com ele os momentos oficiais que decorrem pela manhã, na Praça da República, como o hastear da Bandeira, formatura dos Bombeiros Municipais e Banda Filarmónica Artistas de Minerva e homenagem aos militares falecidos na Guerra das ex-colónias. Numa cerimónia solene pública que acontece este ano ao ar livre, na Cerca do Convento, a partir das 9:45, é tempo para o discurso do presidente da Câmara Municipal de Loulé, Vítor Aleixo, e para o lan-

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çamento do vídeo “É bom viver em Loulé”. É no mesmo local que, às 11:15, José Eduardo Agualusa irá receber o Grande Prémio de Crónica e Dispersos Literários APE/C.M. de Loulé, que distingue este ano a obra “O Mais Belo Fim do Mundo”, da autoria deste escritor angolano. À tarde, a tradição rural regressa a Salir, com a Festa da Espiga, que terá como ponto alto o desfile etnográfico onde estarão uma vez

mais representadas as atividades agrícolas da freguesia, muitas delas que se encontram praticamente extintas mas que no passado foram a base económica local. Esta festa decorre até sábado, 28 de maio, e contará com mostras de artesanato, gastronomia e muita música, com um cartaz que integra nomes como Quim Barreiros, MGDRV ou HMB. Na sexta-feira, 27 de maio, o Município volta a homenagear os seus

funcionários com 25 e 35 anos de casa. A sessão acontece às 18h30, na Alcaidaria do Castelo.

Banhos Islâmicos Abrem ao público no sábado, 28 de maio, pelas 14:00, os Banhos Islâmicos de Loulé, o mais completo equipamento do género em toda a Península Ibérica e que constitui a partir de agora mais um atrativo

patrimonial da cidade. Nesse mesmo dia, decorre a iniciativa “Bora Lá ao Parque”, levada a cabo pelos grupos de trabalho locais da rede municipal Loulé Cidade Educadora, que leva ao Parque Municipal de Loulé um conjunto de iniciativas que têm por objetivo promover o convívio entre a população, dos mais novos aos mais velhos. “Em parceria com associações, empresas municipais, escolas, instituições, mas sobretudo com o envolvimento dos nossos munícipes, vamos ter sete dias inteiramente dedicados ao município de Loulé e aos louletanos, com iniciativas que visam enaltecer a nossa identidade, cultura e história local”, refere Vítor Aleixo, presidente da Câmara Municipal de Loulé. A Semana do Município encerra no domingo, 29 de maio, com o “Bora Lá à Piscina”, uma iniciativa que promete muitas surpresas e atividades nas piscinas de Loulé e Quarteira. PUB.


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NECROLOGIA REGIÃO

SANTA LUZIA – TAVIR A MARIA EUGÉNIA DE PAULOS

93 ANOS AGR ADECIMENTO

22-01-1942 13-01-2022 Sua querida família cumpre o doloroso dever de agradecer reconhecidamente a todas asAgradecimento pessoas que assistiram ao funeral do seu MARIA MARTA PIMENTA FERNANDES ente querido, realizado no dia 11por de Maio, paraagradecer o Cemitério de Os seus familiares vêm este meio Tavira, bem como a todos os amigos queem manifestaram a todos os que a acompanharam vida e nas o seu pesar e solidariedade. suas cerimónias exéquias ou que de algum modo Agradecem a todos que sentimento rezaram Missa do 7º Dia pelo lhestambém manifestaram o seu e amizade. seu eterno descanso. “Paz à sua Alma” SANTA MARIA - TAVIRA SANTA MARIA E SANTIAGO - TAVIRA Agências. funerárias Pedro & Viegas, Lda. Agência Funerária Santos & Bárbara, Lda. *Tavira, Luz e V.R. Stº António telem 964 006 390 - 965040428*

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A NÚNCIOS REGIÃO

PEDIDO DE DESCULPA

Reze 9 Ave-Marias com uma vela acessa durante 9 dias, pedindo 3 desejos, 1 de negócios e 2 impossíveis ao 9º dia publique este aviso, cumprir-se-á mesmo que não acredite. C.F.

Paulo João Pereira Silva vem publicamente apresentar um pedido de desculpa ao Sr. Manuel de Jesus Martins da Cruz Marrafa, bem como á Cruz Vermelha Portuguesa – Centro Humanitário de Tavira por quaisquer expressões ou imputações por si efetuadas relativamente ao mesmo e que não corresponde á verdade.

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Reze 9 Ave-Marias com uma vela acessa durante 9 dias, pedindo 3 desejos, 1 de negócios e 2 impossíveis ao 9º dia publique este aviso, cumprir-se-á mesmo que não acredite. T.S.

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Letras & Leituras Paulo Serra

Doutorado em Literatura na Universidade do Algarve

José Saramago: A Escrita Infinita Análise e Perspectivas Turísticas

OPINIÃO

Elidérico Viegas Empresário hoteleiro

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ste provérbio popular ilustra e define bem as crises em geral, sejam elas económicas, sociais ou outras, alertando-nos para o facto de na vida nada ser permanente - “a mudança é uma constante do futuro” (Buda). Em economia, os sucessos não são eternos. As crises também não. A duração de uns e outras varia em função das causas e circunstâncias que estiveram na sua origem e nas terapias adoptadas para esbater os seus efeitos, dando assim cumprimento a princípios universais imutáveis. Vivemos uma dinâmica de ciclos, ou seja, “toda a causa tem um efeito, todo o efeito tem uma causa” (Hermes).

“Não há mal que sempre dure, nem bem que não se acabe”

profunda em quase todas as actividades económicas, resultante de uma pandemia global, agravada recentemente pelo eclodir de uma guerra inesperada e fratricida no leste europeu. Uma coisa é certa: As crises não se anunciam, surgem sem aviso prévio, enquanto as retomas são sempre lentas e muito demoradas. E se é verdade que, no que respeita à pandemia, os sinais se apresentam encorajadores em matéria do controlo eficaz da doença, já no que se refere ao conflito armado em curso, a situação deixa antever impactos económicos e sociais graves e duradouros à escala planetária. Sabemos que as crises afectam de

A actual retoma das procuras turísticas vai ser gradual e progressiva, mas permite perspectivar uma recuperação rápida da actividade para os níveis pré-pandémicos e até ultrapassá-los no futuro próximo Neste sentido, cada um e cada qual está obrigado, no âmbito das suas capacidades, a enfrentar as realidades decorrentes das incoerências imprevisíveis das crises, valorizando o Bom e, por essa via, aprendendo a aproveitar melhor os períodos favoráveis que, mais tarde ou mais cedo, acabarão por chegar. O mundo viveu, e ainda vive, uma crise

forma diferenciada as economias sectoriais, sendo as mais afectadas as que fazem do relacionamento humano a base dos seus negócios, como é o caso da indústria do turismo, uma vez que os consumidores estão obrigados a deslocar-se aos locais de produção dos serviços. Tal como se verificou em crises de outra índole, o sector turístico foi também

o primeiro a sofrer as consequências da pandemia, mas não foi, desta vez, nem beneficiado nem o primeiro a recuperar, como ocorreu nas conjunturas desfavoráveis anteriores. A crise pandémica caracterizou-se, precisamente, por impedir a livre circulação de pessoas, o que levou à paragem total ou parcial da actividade turística mundial, uma consequência directa da proibição temporária dos países em permitir a saída para o exterior dos seus cidadãos, ao mesmo tempo que dificultavam e impediam a entrada de viajantes oriundos de países terceiros, o que acentuou ainda mais os receios em viajar dos potenciais utilizadores de férias. A actual retoma das procuras turísticas vai ser gradual e progressiva, mas permite perspectivar uma recuperação rápida da actividade para os níveis pré-pandémicos e até ultrapassá-los no próximo futuro. A resiliência da indústria do turismo é, frequentemente, apontada como um factor competitivo diferenciador da nossa oferta turística, apesar da indústria estar sustentada na concretização de investimentos em capital intensivo, com recurso a capitais alheios e soluções de financiamento de médio e longo prazo, conjugados com uma operação apoiada por crédito bancário de curto prazo. Não admira, portanto, que a seguir às crises se verifiquem fusões, aquisições e outros ajustes empresariais, levando a uma crescente estratégia de concentração empresarial no sector turístico e hoteleiro em Portugal, nem sempre do agrado da generalidade dos agentes económicos. * O autor não escreve segundo o acordo ortográfico

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m livro incontornável, e não somente por ser publicado agora com a celebração do centenário do nascimento de José Saramago (1922-2022), Prémio Nobel da Literatura em 1998. Este pequeno grande volume de ensaios (em formato de bolso, embora com quase 400 páginas), essencial este ano e sempre, foi publicado pela Tinta-da-China. Reúnem-se 21 textos que representam apenas metade do resultado das conferências e comunicações apresentadas ao longo de uma jornada decorrida entre 18 a 21 de dezembro de 2020. A V Conferência Internacional José Saramago da Universidade de Vigo congregou, não obstante o contexto da pandemia que então se vivia, cerca de 40 estudiosos de vários países e continentes, de gerações distintas. Nestes ensaios que se leem de forma fluída, sem pretensiosismo nem tecnicismos de linguagem, os autores “dialogam com as palavras, as ideias, as personagens e as situações criadas por um autor que nos deixou um número surpreendente de obras-primas na forma e no conteúdo, algumas deles breves ou muito curtas” (p. 13). Estes estudos intentam desmistificar a obra saramaguiana, vertendo novas leituras e novos sentidos a partir das mais emblemáticas obras do Nobel, numa linguagem naturalmente clara, como convém a uma prosa que, ainda que académica, pretende promover um diálogo permanente com as palavras de um escritor profundamente implicado com a vida e a linguagem verbal. Porque um texto, mesmo depois de escrita, nunca fica assinado por uma única leitura. Um bom exemplo é O Conto da Ilha Desconhecida (2016), fonte de três leituras tão distintas, que se complementam e articulam. Sendo um dos poucos contos de Saramago, foi escrito para a inauguração do Pavilhão de Portugal na Expo 98. Com contornos de parábola, este conto, aparentemente simples, condensa temas centrais ao autor: personagens sem nome próprio; inconformismo existencial, que leva à inquietude e ao desejo de rutura com o conformismo; a luta de classes e a contestação do poder; um ambiente próprio do realismo mágico; a força das personagens femininas que servem, quase sempre, de guia aos homens. Sem se proceder a uma leitura exaustiva de toda a sua obra, estes ensaios versam sobre alguns títulos essenciais, como Ensaio sobre a Cegueira, A Jangada de Pedra, Todos os Nomes, A Viagem do Elefante, ou O Ano da Morte de Ricardo Reis. Para este volume contribuíram nomes como Fernando Venâncio, Manuel Frias Martins, Miguel Real, Mónica Figueiredo, etc. A organização é de Carlos Nogueira, diretor científico da cátedra José Saramago da Universidade de Vigo, que recebeu recentemente o Prémio Literário Vergílio Ferreira 2022, instituído pela Câmara Municipal de Gouveia, atribuído à obra José Saramago: a Literatura e o Mal. PUB.


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BILHETE POSTAL

Entre o fogo e as cinzas RAMIRO SANTOS Jornalista ramirojsantos@gmail.com

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ive-se em Monchique uma permanente relação de sobressalto entre a beleza da paisagem e o fogo que a devora. Uma fatal atração criminosa que a cada verão se vai repetindo com mais frequência, devastando um território onde se julgava que nada mais havia para arder. Por esses dias de fogo, a alma daquelas gentes como a paisagem queimada - muitas vezes ainda por cicatrizar do braseiro mal apagado do último incêndio -, assemelha-se a um cemitério fantasmagórico de fumo e cinzas para mais tarde vir a ressuscitar teimosamente com mais verde e vida nova. É a essa coragem para enfrentar o diabo nos olhos no inferno da sua própria casa, que o povo vai buscar a energia para vencer o desespero, dando-lhe forças e esperança para retomar novos caminhos.

E não faltam lugares onde a vida renasce a cada canto No mapa não vem o cheiro do rosmaninho, da lavanda ou da esteva. Tampouco se ouve o cantar do grilo, do pintarroxo ou da cotovia, nem o fugir apressado da lebre a esconder-se ao fundo no vale. Mas, por ali e em cada lugar, a vida canta e cresce ao som de uma natureza quase edénica por entre montes e vales, debaixo de um céu azul e um mar ao longe. E mesmo que todos os anos o fogo volte a cobrir de cinza a terra queimada de outros anos, soarão sempre ainda mais fortes os trinados e gorjeios dos pássaros, e o ar encher-se-á novamente do perfume das flores com a força toda que a natureza lhes dá. E tudo segue por entre trilhos e cascatas, moinhos e memórias, azevinhos e medronheiros, carvalhos e magnólias, águias

e borboletas. Uma riqueza de biodiversidade notável que se estende por toda a zona serrana da Fóia e da Picota. E onde emergem espaços de uma economia predominantemente agroflorestal e de transformação industrial ligada à pecuária, mais o termalismo e o turismo da natureza. Já na sede do município, descendo em degraus pela encosta da serra, há o património identitário de uma cidade vista a partir do miradouro de S. Sebastião, com a sua igreja que guarda a imagem impregnada de tristeza de Nossa Senhora do Desterro, do século XVII, proveniente do abandonado convento franciscano. E é por aqui que o viajante pode começar para um dia poder contar: fundando em 1631 por Pêro da Silva, que veio a ser vice-rei da Índia, nunca chegou a recuperar dos estragos do sismo de 1755. Ergue-se numa encosta de onde se avista um dos mais belos panoramas de Monchique e das serranias em volta. É na sua antiga quinta que se encontrava a secular magnólia, classificada de interesse público e tida como a mais antiga da Europa, trazida ainda pelo fundador do convento. Morreu há cinco anos, mas Monchique não deixa apagar a sua memória e foram plantadas outras no seu lugar. Se entrar na igreja matriz do século XV, fixe o olhar no belo pórtico manuelino com colunas retorcidas que terminam em pináculos. Lá dentro, não deixe de apreciar o tesouro sacro de objetos de culto que pertenceram ao antigo convento do Desterro. No roteiro dos templos religiosos, ficam as igrejas da Misericórdia e a Ermida do Senhor dos Passos, com um único altar onde guarda a imagem de Jesus padroeiro, a mais venerada depois da Nossa Senhora da Conceição. E na aldeia de Marmalete, encontra a ermida de Santo António, e em Alferce uma igreja de tempos medievais. No cerro do Castelo, ali por perto, existem fortificações de muralhas de suposta origem romana. E porque se fala de igrejas e santos,

nada melhor do que subir ao cimo da Fóia - ao sítio mais alto da serra e de todo o Algarve -, e ficar com o céu ao alcance das mãos e um olhar que abarca o mundo todo em seu redor, avistando-se o Alentejo a Norte, até à Arrábida, e a sul o mar. O deslumbramento do verde e do azul do céu. E pela encosta da serra sobressai o casario disperso como um estendal de roupa branca corando ao sol. A Fóia pode ser o ponto de partida para um passeio a pé de descoberta da natureza. Um trilho de mais de seis quilómetros que passa pelo Miradouro, Pegões, Fontinha e Montes da Fóia, até Belém. Um percurso entre riachos de água corrente, urzes, rosmaninho e a raríssima rosa albardeira. Do outro lado fica a proposta para uma caminhada de cerca de dez quilómetros, que pode começar no bioparque das Caldas lá em baixo, passando por um sem número de sítios, subindo à Picota e terminando no lugar do Esgravatadouro. Interessante é o chamado trilho dos Moinhos da lã. Percorrendo a ribeira de Seixe, o viajante encontrará o Barranco dos Pisões, o Moinho do Poucochinho, passando por Cascalho dos Frades e terminando na Costaneira da Fóia. Prosseguindo a pé por entre o verde e a água fresca não perca a aldeia abandonada da cascata do Barbelote, e as do Chilrão e Penedos do Buraco. A história de Monchique está associada à presença dos romanos nas Caldas, atraídos pelo poder curativo das suas águas. E que hoje constitui uma unidade hoteleira de repouso termal muito procurada, com banhos e massagens e uma linha de engarrafamento e comercialização de água mineral. Pelos tempos fora, ainda que muito lentamente, a serra foi-se desenvolvendo e, no século XVI, tornara-se já numa povoação com alguma importância para receber a visita do rei D. Sebastião na sua jornada pelo Alentejo e Algarve em 1573, designando-a por nova Sintra. E só a oposição da cidade vizinha de Silves impediu que lhe fosse

concedido então o estatuto de vila e que ganhasse a autonomia administrativa pretendida, o que só viria a conhecer dois séculos mais tarde. Antes de D. Sebastião, a história regista a presença de D. João II, que aqui veio a conselho médico em busca de cura para a doença que o apoquentava e de que viria a morrer dias depois em casa de Álvaro de Ataíde, alcaide mor de Alvor, a 25 de outubro de 1495. Aqui, nas termas, refere Garcia de Resende, cronista do reino e homem de sua alta confiança, »sentiu-se mui contente«, saiu em caçada ao javali e fez mesmo »luta de braço«. Foi uma última luta pela vida, curta e sofrida. Ele que foi o homem dos olhares futuros sobre os mares e as tormentas, que revolucionou a geografia e a história do mundo, saiu daqui retirando-se resignado para preparar a sua morte, junto ao mar. Nos dias que correm, antes da chegada às Caldas, na estrada que vem de Portimão, num sítio chamado Vale de Boi, há uma antiga quinta povoada com mais de uma centena de variedades de aves, póneis e cabras anãs, uma carvoaria e uma destilaria de medronho. O parque temático da Mina, como é conhecido, era uma casa e propriedade das famílias mais bastadas da serra de Monchique, onde se pode observar a sala dos relógios, a sala de costura e a sala de música com uma grafonola, um piano, a lareira e uma colecção de cachimbos. E muito mais a merecer uma demorada visita. Mas se há registo curioso sobre as origens dos monchiquenses, fica um estudo descoberto por Nuno Campos Inácio nas suas pesquisas genealógicas. Diz ele: “Descobri com curiosidade que Monchique, no século XVI, foi uma terra povoada por gente vinda do Porto e de Trás-os-Montes. É curioso pensar o que é que terá motivado estas pessoas a virem para cá?» O mesmo se dirá de umas plantas que ali resistem aos fogos e ao tempo. É o caso de uma das espécies únicas que

só vivem na encosta da Fóia virada a norte. Chamam-lhe adelfas, existem em pequenos arbustos e sobrevivem há milhares de anos. As suas flores, de um rosa arroxeado, tornam-na sedutora e atraente. Mas, afinal, tem tanto de bonita como do veneno que contém. E corre acerca dela o que se conta e o povo diz com alguma malícia: que os antigos recomendavam que se servisse um chá das suas flores, às sogras e ao marido ou mulher com quem a coisa dos amores não andasse já muito bem. Bastava fazer esse remédio pouco santo para se verem livre deles. E para compor o ramalhete não se deixe de lado da flora selvagem uma outra planta carnívora de cheiro intenso e adocicado a quem as moscas e os insectos não conseguem, resistir. Atraídos pela aparência, caem adormecidas nos seus braços onde acabam por morrer. Sedução fatal! Por entre esta riqueza de biológica multiplicidade, vai surdamente crescendo o seu inimigo mortal. Se não lhe puserem cobro, proibindo a sua expansão crescente todos os anos na proporção direta da retórica das promessas políticas, o eucalipto, espécie protegida de interesses poderosos mais ou menos ocultos - é dele e deles que aqui se fala -, irá provocar no prazo de meio século a maior catástrofe de desertificação ambiental da serra de Monchique e de toda a riqueza natural que hoje ainda se pode anotar e usufruir como oferta rara, única e gratuita. Voltando à cidade, onde a vida passa devagar, Monchique com as suas chaminés de saia, resistiu à massificação turística do litoral algarvio, constituindo hoje uma alternativa complementar como turismo ambiental. Das iniciativas locais destaca-se desde logo a Feira dos Enchidos tradicionais e uma Mostra de Artesanato com realce para os trabalhos em cestaria, lãs, ferragens e as célebres cadeiras romanas de tesoura. O linho foi noutros tempos cultivado no concelho onde era fiado e tecido na famosa unidade industrial que existia na chamada de fábrica da Mataporcas. Era ali que se teciam os sólidos »sorrobecos, orianos e estopas de tempos antigos«. Mas se há produto que faz parte da identidade de Monchique é a aguardente de medronho. As destilarias existentes só são devidamente certificadas mediante o cumprimento de normas e condições técnicas rigorosas. Na estila, o medronho é fermentado por meio de enzimas naturais e, depois destilado vagarosamente em alambiques de cobre. Depois de uma boa refeição de besnegas ou caldo mouro, e acompanhada de um doce e bolo de tacho, há quem não consiga resistir a uma boa pinga nem a troque pelo melhor whisky deste mundo! E repetir o gesto sem tonturas! Referências e citações: Publicações RTA e CM Monchique; outras.


Tubarão Max é o nome oficial do novo Veículo Subaquático Autónomo desenvolvido na UAlg

E ainda... Interesse em explorar reservas de gás offshore no Algarve

Universidade do Algarve e Oceano Azul avaliam para o Governo as Áreas Marinhas Protegidas O VEÍCULO Subaquático Autónomo (AUV) do Centro de Investigação Marinha e Ambiental (CIMA) da Universidade do Algarve, responsável pela recolha de informações periódicas sobre o oceano, já tem um nome oficial. Em cooperação com a Marinha Portuguesa, desde o início de 2019, o CIMA está a utilizar a tecnologia AUV para recolher de forma periódica informações valiosas sobre o oceano, que serão utilizadas para melhor compreender a dinâmica oceânica regional, desenvolver previsões mais precisas para apoiar a economia azul e a segurança marítima da região e avaliar tendências climáticas. Os investigadores do CIMA, João Janeiro e Lara Mills, deslocaram-se à Escola Básica da Lejana (Faro), e solicitaram ajuda aos alunos para dar nome ao veículo. Segundo os investigadores, “a nova geração de oceanógrafos adorou o desafio e depois de uma breve palestra sobre o que é ser oceanógrafo e a necessidade de entender melhor o oceano, alguns nomes interessantes começaram a surgir das suas mentes criativas. No final, Tubarão Max foi o nome mais votado pela classe, sendo agora o nome oficial do AUV do CIMA”.

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nvestigadores da Universidade do Algarve e da Fundação Oceano Azul estão a avaliar a situação real das Áreas Marinhas Protegidas portuguesas, avaliação que será entregue ao Governo depois da realização em Lisboa da Conferência dos Oceanos da ONU. “As Áreas Marinhas Protegidas (AMP) são uma ferramenta decisiva para a proteção e recuperação das espécies e habitats marinhos, para garantir um oceano saudável e produtivo no futuro, mas têm de funcionar. Em Portugal, existem diferentes tipos de Áreas Marinhas Protegidas e é necessário saber o que protegem e como, se cumprem os seus objetivos e se protegem de facto a natureza”, disse à Lusa Bárbara Horta e Costa, investigadora do Centro de Ciências do Mar (CCMAR) da Universidade do

Algarve envolvida no projeto. De acordo com Bárbara Hora e Costa, o documento de avaliação que será entregue ao governo está a ser elaborado a partir dos critérios estabelecidos por um estudo global que produziu o 'Guia das Áreas Marinhas Protegidas', uma ferramenta considerada fundamental na caracterização das AMP e que permite aferir “o tipo de proteção existente e a sua potencial eficácia”. Estas áreas, frisou a investigadora, não são todas iguais, nem têm o mesmo nível de proteção: “O Guia das AMP baseia-se nos níveis de proteção (por exemplo, se se pode pescar ou não) e no estádio de implementação [se a AMP existe ainda só no papel ou se está implementada 'na água'] e identifica os resultados esperados e as condições de base para que possam funcionar”, indicou.

O ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, disse recentemente no Parlamento que Portugal já podia ter "um importante hub de gás natural no Algarve e estar a produzir este combustível", que neste momento escasseia na Europa, face à ameaça da Rússia de cortar os fornecimentos aos países da União Europeia. "Se hoje existirem empresas interessadas em investir nessas reservas e se vieram ter comigo, eu não terei reservas", garantiu.

“A nossa gestão [das AMP] está muito debilitada, porque não temos meios”, alertou Bárbara Horta e Costa, especialista em biologia marinha, em declarações à Lusa. O CCMAR e a Fundação Oceano Azul estão a colaborar para produzir a avaliação das AMP portuguesas, prometendo, segundo Bárbara Horta e Costa, apresentar os resultados em breve, “logo depois da conferência dos oceanos”. A equipa que está a produzir o documento integra também os investigadores Jorge Gonçalves (CCMAR) e Emanuel Gonçalves (Fundação Oceano Azul). A Conferência dos Oceanos das Nações Unidas vai realizar-se em Lisboa entre 27 de junho e 01 de julho e pretende contribuir para o avanço de ações concretas de proteção dos ecossistemas marinhos.

Algarve lidera no uso de ar condicionado

Um em cada três alojamentos no Algarve tem ar condicionado, segundo os dados provisórios dos Censos 2021 do INE. Existem em Portugal 4.143.043 alojamentos familiares clássicos de residência habitual e 686.751 possuem ar condicionado. Deste valor, 16,6% destes alojamentos possui este equipamento, mas existem grandes diferenças entre as várias regiões do país, com os alojamentos das regiões do Alentejo e do Algarve a apresentarem o dobro do valor médio (31,7% no Alentejo e 32,6% no Algarve)".

PCP exige soluções

Concerto intimista à luz das velas em Tributo aos Queen

O PCP questionou a ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, que tem a tutela das migrações, sobre que soluções estão a ser equacionadas para resolver as situações de refugiados ucranianos na iminência de despejo. O grupo parlamentar do PCP também questionou Ana Catarina Mendes sobre a “dimensão deste problema e quantos refugiados existem efetivamente em situações de acolhimentos em casas particulares”. Várias famílias ucranianas que fugiram da guerra para o Algarve estão na iminência de ficar sem alojamento devido ao início da época turística e muitas têm de abandonar as casas já no dia 1 de junho. (LER PÁGINAS 4 e 11)

DESCOBRINDO-ME Acordeonista Nelson Conceição lança livro O ACORDEONISTA e compositor Nelson Conceição vai lançar o livro com a obra transcrita do álbum discográfico “Descobrindo-me”, constituído por vários temas premiados internacionalmente.Nelson Conceição, acordeonista e compositor algarvio, vai lançar este sábado, no Cine-Teatro de Alcobaça, o livro com a obra transcrita do álbum discográfico “Descobrindo-me”, apresentado em 2019 no Cine-Teatro Louletano e que viria a ganhar notoriedade com diversos temas premiados internacionalmente. Em 2020, vê o seu disco “Descobrindo-me” duplamente nomeado para os IPMA (International Portuguese Music Awards) nos E.U.A. com os temas Charolesca e Mister Machado nas categorias Best Traditional Performance e Best Instrumental Performance respetivamente. Mister Machado viria mesmo a obter o prémio dos IPMA. Para além deste dois temas, também em 2011 já a obra “A moça que gostava da Amália” tinha obtido o 1º prémio Italia Award para melhor composição moderna e, em 2018, o tema “O amigo de Alcobaça” seria um dos temas incluídos no programa do seu aluno João Palma que se sagraria Campeão do Mundo de Acordeão na Lituânia.

CANDLELIGHT Os concertos intimistas à luz das velas original da Fever regressam este verão ao Algarve. Os concertos Candlelight Open Air proporcionam uma atmosfera mágica, ao ar livre, com a interpretação de um Quarteto de Cordas ( I Violino – Daniela Barraz, II Violino – Gleysis Perozo, Viola – Iris Almeida, Violoncelo – Gabriela Leite ), que irão iluminar o mágico rooftop do Centro de Congressos do Algarve, em Vilamoura. Dia 10 de junho é a data do primeiro concerto ao ar livre com um Tributo aos Queen à Luz das Velas. O terraço do Centro de Congressos do Algarve volta a receber no dia seguinte, 11 de junho, um Candlelight Open Air, desta vez dedicado às Bandas Sonoras de Animação, que serão novamente interpreta-

das por um Quarteto de Cordas, à luz das velas. O início dos concertos estão marcados para as 21:30, e os bilhetes podem ser adquiridos no site ou app da Fever a partir de 15 euros por pessoa, valor que varia de acordo com o tipo de bilhete selecionado. Os Candlelight são concertos instrumentais de música clássica, apresentando peças icónicas a um preço acessível, ao mesmo tempo que abrem à comunidade espaços únicos do património cultural de cada cidade, uma vez que não são realizados em salas de espetáculos comuns. Este conceito original da Fever conseguiu levar a música clássica a um público totalmente novo, com 70% dos participantes com menos de 40 anos em mais de 40 cidades em todo o mundo.

Distribuição quinzenal nas bancas do Algarve

Tiragem desta edição

7.435 exemplares

POSTAL regressa a

17 de junho

Equipa de saúde mental do Algarve aguarda sala há 1 ano

A equipa comunitária de saúde mental criada no ano passado na região do Algarve, no âmbito do Orçamento do Estado para 2020, continua à espera que lhe seja cedida uma sala no centro de saúde de Portimão para dar consultas e acompanhar doentes. O Expresso diz que ainda não há uma data para a mudança de instalações.


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