POSTAL 1268 23JUL2021

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23 de julho de 2021

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AUTÁRQUICAS EM MONCHIQUE AO RUBRO

Espera para cirurgia oftalmológica no Hospital de Faro é a mais elevada do país

Para além da grande Lisboa, os hospitais do Algarve, Coimbra, Viseu e Vila Real ultrapassam os tempos máximos de resposta garantidos. P16

Algarvia Joana Ramos é campeã nacional

A canoísta do Grupo Desportivo de Alcoutim conquistou o título de campeã Nacional de 500 m. P15

Três candidatos para um lugar Variante a Olhão vai finalmente avançar

BRUNO ESTREMORES

Derrota é não ganhar a Câmara e a Assembleia JOSÉ CHAPARRO

Quem não deve não teme e eu não devo nada a ninguém PAULO ALVES

Ator de Lagos nomeado para Globo de Ouro

"Foram 4 anos a trabalhar para que se conseguisse avançar com a Variante a Olhão, o grande projeto estruturante que faltava", afirma o presidente da Câmara de Olhão. P9

É preciso mudar de rumo e iniciar um novo ciclo

O ator lacobrigense Rúben Garcia está nomeado na categoria “Melhor Ator – Cinema” com o filme “Listen”. P15

Kombatefacil leva ao pódio 5 atletas

Da prova federada, organ i zad a pela Federaç ão Portuguesa de Kickboxing e Muaythai, o clube tavirense conseguiu cinco medalhados. P10

Eis os vencedores do Ideias em Caixa

A preocupação dos candidados com a falta de resposta para os problemas da floresta pareceu premonitória. Recolhidas antes dos fogos do passado fim de semana,

as opiniões coincidiram: a tragédia pode repetir-se. Se o que aconteceu não atingiu a dimensão do incêndio de 2018, constituiu, porém, um aviso sério. P11, 12 e 13

GEOTA quer 200 mil árvores autóctones plantadas na Serra de Monchique até abril

Fogo de Monchique terá começado junto a comunidade hippie

P17

O concurso é promovido pelo CRIA - Divisão de Empreendedorismo e Transferência de Tecnologia da Universidade do Algarve, em parceria com a ANJE e o NERA, com o apoio do CRESC Algarve 2020. P8

"Até ao momento, foram plantadas 137 mil árvores autóctones e apoiados cerca 41 proprietários e as suas famílias. As espécies plantadas são o carvalho-de-Monchique, o sobreiro, o castanheiro, o medronheiro, o carvalhoportuguês, o freixo e o amieiro", informa o Renature Monchique. P10

BILHETE POSTAL

No Caminho da Manhã P19

Caçadores de Histórias

A Mulher que Nunca “Sentiu” o Mar P18

LISTA DO PSD DE FARO GERA POLÉMICA INTERNA

Vítor Silva sente-se humilhado e diz que há uma mão escondida por detrás do arbusto

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ALFARROBA

Já abriu a É uma das maiores apreensões mas produtores maior loja de puericultura dizem ter medo e culpam do Algarve as empresas compradoras P6

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CADERNO ALGARVE

Postal, 23 de julho de 2021

POLÍTICA LISTA DO PSD À ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE FARO GERA POLÉMICA INTERNA Redação, Administração e Serviços Comerciais Rua Dr. Silvestre Falcão, 13 C 8800-412 Tavira - ALGARVE Tel: 281 405 028 Publisher e Diretor Henrique Dias Freire Diretora Executiva Ana Pinto

REDAÇÃO

Vítor Silva sente-se humilhado e diz que há uma mão escondida por detrás do arbusto

jornalpostal@gmail.com Ana Pinto, Cristina Mendonça, Henrique Dias Freire e Jéssica Sousa

FOTOS D.R.

Estatuto editorial disponível postal.pt/arquivo/2019-10-31-Quem-somos Colaboradores Afonso Freire, Alexandra Freire, Alexandre Moura, Beja Santos (defesa do consumidor), Humberto Ricardo e Ramiro Santos Colaboradores fotográficos e vídeo Ana Pinto, Luís Silva, Miguel Pires e Rui Pimentel

DEPARTAMENTO COMERCIAL

Publicidade e Assinaturas Anabela Gonçalves - Secretária Executiva anabelag.postal@gmail.com Helena Gaudêncio - RP & Eventos hgaudencio.postal@gmail.com Design Bruno Ferreira

EDIÇÕES PAPEL EM PDF issuu.com/postaldoalgarve DIÁRIO ONLINE www.postal.pt FACEBOOK POSTAL facebook.com/postaldoalgarve FACEBOOK CULTURA.SUL facebook.com/cultura. sulpostaldoalgarve TWITTER twitter.com/postaldoalgarve PROPRIEDADE DO TÍTULO Henrique Manuel Dias Freire (mais de 5% do capital social) EDIÇÃO POSTAL do ALGARVE - Publicações e Editores, Lda. Centro de Negócios e Incubadora Level Up, 1 - 8800-399 Tavira CONTRIBUINTE nº 502 597 917 DEPÓSITO LEGAL nº 20779/88 REGISTO DO TÍTULO ERC nº 111 613 IMPRESSÃO Lusoibéria DISTRIBUIÇÃO:: Banca/Logista DISTRIBUIÇÃO à sexta-feira com o Expresso / VASP - Sociedade de Transportes e Distribuição, Lda e CTT

Tiragem desta edição

9.912 exemplares

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umilhado e maltratado, é como se sente Vítor Silva, um dos autarcas algarvios mais experientes do PSD e que agora não vai integrar a lista do partido à Assembleia Municipal de Faro. Foi o próprio quem o revelou ao Postal do Algarve, recordando que isto acontece depois de quatro décadas como militante, ao longo das quais desempenhou as mais variadas funções nos diversos órgãos do partido a nível local e regional. “Não fui apenas riscado, fui humilhado, dado que o Dr Cristóvão Norte sem ter a coragem de me comunicar a decisão pessoalmente, telefonou-me a tentar justificar o convite que me acabava de fazer, colocando-me em 15º lugar na lista”,

afirmou ao POSTAL Vítor Silva. Na sua opinião “quiseram-me humilhar e usaram um estratagema para me colocar fora de bordo, sem terem de carregar o ónus da exclusão, o que na prática, no lugar que me ofereciam, vem dar ao mesmo. Naturalmente, não aceitei”. “Considero-me injustiçado e maltratado por alguns dos atuais dirigentes locais do PSD”, sublinhou Vítor Silva que, sem apontar nomes, afirmou existir “uma mão escondida por detrás do arbusto que vai determinando, para mal, as decisões do partido onde tem conhecido uma ascensão e poder que ninguém compreende”. O facto de se recusar a ser “uma figura de estilo e um yes man”, pode explicar - sublinha ele -, a sua exclu-

são da lista do PSD, revelando que, entretanto, “recebi e aceitei um convite do presidente da Câmara, Rogério Bacalhau, para integrar a sua lista àquele órgão autárquico”. “Aceitei o convite na condição de figurar, simbolicamente, no último lugar na lista para a Câmara liderada pelo Dr. Rogério Bacalhau, por solidariedade e respeito que tenho pela sua pessoa e pelo trabalho que tem vindo a realizar enquanto presidente da Câmara Municipal de Faro”. Além de presidente da Assembleia Municipal de Faro e do grupo parlamentar do PSD durante quase quatro décadas, Vítor Silva desempenhou ainda tarefas em lugares de destaque nas estruturas do partido, quer na concelhia, quer na distrital, com Mendes Bota, Cabrita Neto, José Vitorino, Carlos Martins, Macário Correia e David Santos. É Medalha de Ouro da cidade de Faro e recebeu das mãos do ex-presidente do partido, Pedro Passos Coelho, o Galardão de Autarca Algarvio Mais Antigo, na altura em que perfazia 35 anos em funções no poder local na região.

Cristóvão Norte reconhece que lugar não dava garantias de eleição

Em declarações ao POSTAL, Cristóvão Norte confirmou a recusa de Vitor Silva em aceitar a proposta que lhe foi feita de figurar em 15º lugar na lista para aquele órgão autárquico. “Temos muito respeito e consideração pelo trabalho dele e lamentamos que não tenha aceitado a proposta que lhe foi feita“, salientou Cristóvão Norte. O deputado social-democrata reconheceu que o 15º lugar na lista não dava garantias de eleição, mas ainda assim, “ele era dos candidatos do partido com uma posição de evidência na mesma lista”. Cristóvão Norte explica o lugar que lhe destinaram pela dificuldade em conseguir o equilíbrio na distribuição de mandatos entre os partidos da coligação autárquica (PSD+CDS+PPM+PT+IL), pela necessidade de garantir a paridade de género, e de assegurar ao mesmo tempo a renovação da lista. Adiantou ainda que “o PSD valoriza o património humano do partido, traduzido no trabalho e empenho de militantes como Vítor Silva, esperando que ele se mantenha ativo e disponível como sempre esteve ao longo destes anos todos”.


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CADERNO ALGARVE

Breves Detidos por burlas na venda de semanas de férias no Algarve

A PJ deteve em Albufeira dois homens suspeitos de burlarem centenas de pessoas "com a revenda fictícia de títulos de semanas de férias no Algarve, fazendo desta prática ilícita o seu modo de vida”. Em comunicado, a PJ indicou que a atividade ilícita consistia em burlar titulares de direitos reais de habitação periódica ‘time sharing’, “através de propostas fraudulentas de intermediação da venda desses direitos para o mercado estrangeiro, cobrando por essa alegada intermediação elevadas quantias monetárias”.

Postal, 23 de julho de 2021

Furtaram estabelecimentos comerciais e viatura A PSP deteve um homem, com 43 anos de idade, indiciado da prática de pelo menos três furtos em estabelecimentos comerciais e um furto numa viatura automóvel, informou o Comando Distrital da PSP de Faro

A detenção ocorreu na sequência de uma investigação, através da Esquadra de Investigação Criminal da Divisão Policial de Portimão e da qual "foi possível recolher fortes indícios das práticas criminais descritas". "Na posse desses elementos, foi solicitado ao Ministério Público de

prisão preventiva, enquanto aguarda julgamento. O comunicado realça ainda o esforço desenvolvido pela PSP "em continuar a dificultar a atividade criminosa em geral e nomeadamente contra a propriedade, reforçando assim a tranquilidade pública das comunidades residentes".

"Conceição Cabrita confessou corrupção na Operação Triângulo"

Detido por violência doméstica em Lagoa

A GNR de Portimão, deteve no passado dia 13 um homem de 50 anos por violência doméstica e apreendeu 3 armas proibida, no concelho de Lagoa. Durante uma investigação, os militares apuraram que "o suspeito exercia violência psicológica e emocional sobre a vítima, de 51 anos, com quem mantinha um relacionamento amoroso há seis anos".

Portimão a emissão de mandado de detenção fora de flagrante delito visando o suspeito, o qual foi cumprido na tarde do passado sábado". O detido foi presente esta segunda-feira ao juiz de Instrução Criminal no Tribunal de Portimão, tendo-lhe sido decretada a medida de coação mais gravosa, de

Direito de resposta e de exigência de retificação nos termos do estatuído nos artigos n.ºs 24.º, 25.º e 26.º, respetivamente, da Lei de Imprensa, aprovada pela Lei n.º 2/99, de 13 de janeiro, na redação em vigor.

A signatária vem exercer o seu direito de resposta e de exigência de retificação, na qualidade de visada na vossa notícia publicada no vosso jornal, edição do dia “18.06.2021, na qual replicam uma notícia da revista

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Sábado”, “versão on-line”, nos termos e com os seguintes fundamentos: Os órgãos de comunicação social, enquanto veículos do direito à informação, não estão subtraídos à exigência do rigor e da verdade da informação, que não se atinge pela mera alegação de que consultaram “fontes fidedignas”, ou por recurso à replicagem de publicações de outros órgãos de comunicação social, sob pena da subversão total do direito subjacente. Desde logo, entende-se estar por demonstrar qual o interesse jornalístico, na vertente do direito à informação, na medida em que resulta ser

completamente falso que a visada tenha, como se lê na vossa publicação, “confessado, em abril o crime de corrupção que lhe é imputado na Operação Triângulo”, e que, para o efeito, “no interrogatório perante o Juiz de Instrução, a antiga autarca apresentou uma declaração escrita, na qual apresentou uma confissão integral dos factos que lhe foram imputados pelo Ministério Público”. A signatária jamais, em tempo algum ou de alguma forma, perante o Meritíssimo Juiz de Instrução Criminal, ou perante qualquer outro órgão, confessou os factos que lhe são imputados pelo

Ministério Público. Entende a signatária que a liberdade de expressão e criação dos jornalistas e colaboradores não tutela o direito “à mentira”, devendo os mesmos obediência à exigência do rigor e da verdade da informação. A divulgação da citada notícia que se configura pura e simplesmente desconforme com a verdade, cujo direito de resposta e retificação já foi solicitado à Revista Sábado, afeta gravemente o direito ao bom nome e ao crédito da visada pelo que se exige a sua imediata rectificação. Maria da Conceição Cipriano Cabrita

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União das Freguesias de Tavira (Santa Maria e Santiago) CONCELHO DE TAVIRA Caras e Caros Fregueses, Cidadãos! Em mais um ano que persiste em alterar os nossos hábitos e as nossas vidas, que tem no entanto a capacidade de nos tornar mais fortes mais fortes e resilientes. Em situação normal o dia 25 de julho seria para nós comemorado com alguma pompa, por ser o dia de um dos nossos padroeiros, S. Tiago. Contudo, pelo segundo ano consecutivo apenas o poderemos fazer de um modo mais simples, mas com o enorme sentido que tem para todos nós. Convido-vos assim a assistir à Eucaristia das 11 H do dia 25 de julho, na Igreja de Santa Maria, sendo esta a forma de invocarmos o nosso Padroeiro S. Tiago. Resta-me desejar-vos a todos as maiores felicidades e muita saúde, na esperança de um rápido restabelecimento dos nossos hábitos e das nossas vidas. O Presidente da Junta, (José Mateus Domingos Costa) AF_CA_CampanhaB05-21_210x285mm_cv.indd 1

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CADERNO ALGARVE

Postal, 23 de julho de 2021

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Novo empreendimento vai mudar panorama da cidade de Faro Dá pelo nome de The Shipyard e localiza-se a uma curta distância do centro histórico de Faro A comercialização do novo empreendimento é da empresa Garvetur e será iniciada com o projeto em planta, que conta com uma oferta de 32 apartamentos e dotado de uma piscina privada no roof top, "onde os moradores poderão usufruir do clima ameno e solarengo do Algarve, relaxar e apreciar a vista sobre a cidade", salienta Reinaldo Teixeira, CEO da Garvetur. "O novo empreendimento irá mudar o panorama da cidade de Faro", garante a Garvetur que inicia a comercialização exclusiva. O promotor do complexo é uma empresa irlandesa vocacionada para o investimento imobiliário em Portugal e a Garvetur acompanhou o processo desde o início, realizando a consultoria e a negociação do lote onde se vai efetivar a construção. Idealmente localizado na capital do Algarve, "o complexo oferece um

estilo de vida distintivo, simultaneamente luxuoso e informal", destaca Reinaldo Teixeira. Os apartamentos têm diversas tipologias, desde

o T1 até ao T4, sendo que todas as propriedades são dotadas de duas amplas varandas. Os apartamentos são espaçosos, com áreas entre

91m2 (T1) e 153m2 (T4), wc ensuite, sendo que todos os quartos têm áreas de arrumação e acesso direto às varandas.

Em termos arquitetónicos, a área social apresenta o conceito open space, ideal para a vida em família, a cozinha possui equipamentos de gama alta e os investidores poderão optar pelo conceito chave na mão, isto é, adquirirem a propriedade já mobilada e pronta a habitar. Entre outras facilidades o empreendimento possui estacionamento privativo e jardins na envolvente. Para o CEO da Garvetur, “esta é uma excelente oportunidade, seja para primeira ou segunda residência ou investimento, visando a rentabilização”. Reinaldo Teixeira recorda que “a centralidade de Faro, em termos geográficos facilita o acesso a todo o Algarve e a Lisboa, com rapidez e conforto”. A sete km do aeroporto internacional, ladeia a cidade um espaço ambiental de excelência – a Ria Formosa – rivalizando com o património cultural do núcleo histórico, assim como a rica oferta gastronómica. PUB.


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Postal, 23 de julho de 2021

REGIÃO

Alfarroba. É das maiores apreensões mas produtores dizem ter medo e culpam as empresas compradoras

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GNR identificou 8 suspeitos por furto de produtos agrícolas e apreendeu 11 toneladas de alfarroba, avaliadas em 18.525 euros, em Almancil, no concelho de Loulé, anunciou esta terça-feira o Comando Territorial de Faro. Todos os anos, na região do Algarve, tem-se registado com frequência furtos e roubos que têm como alvo as produções agrícolas. Apesar do sucesso desta mais recente apreensão, três produtores de alfarroba dizem que o sentimento é de total impunidade para quem furta, como para quem compra, referindo-se à generalidade das empresas trituradoras de alfarroba com sede no Algarve. Todos os três agricultores quiseram falar com o POSTAL, mas pediram para não ser identificados. Têm medo das represálias, dizem. Medo "de quem furta e dos vários operadores que

saltos e roubos de alfaias agrícolas e de alfarrobas. O caso ocorreu no passado dia 4 de julho e continua a assustar, além da vizinhança, os produtores de alfarroba. Dizem lamentar igualmente o desinteresse demonstrado pelo poder político, quer local, quer central. Dizem que "bastava o Ministério das Finanças fiscalizar as empresas da especialidade que compram as alfarrobas furtadas. Verificarem a razão pela qual cada hectar de alfarroba nas mãos dessa 'gente' produz tanto".

GNR identifica 8 pessoas compram a alfarroba furtada, a preços irrisórios". Da atuação das autoridades, dizem reconhecer "algum esforço", mas lamentam não se sentir seguros e chegam a teimar pela própria vida. Dizem que muitos são agricultores

idosos e pobres que "estão completamente desprotegidos desses 'gatunos' que se sentem impunes". Relembram o recente homicídeo do octogenário de Faro encontrado morto em sua casa. O homem vivia sozinho e já tinha sofrido vários as-

Após denúncia anónima, a investigação das forças de segurança levou ao desmantelamento desta rede sediada em Almancil. Os factos apurados pelo Destacamento Territorial de Loulé da GNR e a identidade dos suspeitos, com idades entre os 18 e 61 anos,

foram remetidos para o tribunal, acrescentou a GNR. A operação foi desencadeada por uma denúncia e, à chegada à propriedade, os militares da GNR “depararam-se com os suspeitos e uma elevada quantidade de alfarroba”, referiu a GNR. À semelhança do que se tem verificado noutros casos semelhantes, os suspeitos disseram estar autorizados pelo proprietário para colher os frutos, mas, “no decorrer das diligências policiais, foi possível apurar que, além de não possuírem autorização, não conseguiram justificar a proveniência da alfarroba que detinham”, referiu a força de segurança. A GNR adiantou que a alfarroba apreendida, que era também “resultante de diversos furtos”, pesava 11.120 quilos, “avaliados em 18.525 euros”. A mesma fonte indicou que os factos e a matéria recolhida na operação foram remetidos para o Tribunal Judicial de Loulé [Ler página 24]. PUB.



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CADERNO ALGARVE

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REGIÃO

Saiba quem foram os vencedores do Ideias em Caixa

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oram atribuídos, na semana passada, seis primeiros classificados, um por cada uma das seis áreas a concurso (Investigação e Desenvolvimento Tecnológico, Indústrias Culturais e Criativas e Tecnologias de Informação e Comunicação, Agroalimentar, Saúde e Bem-Estar, Energias Renováveis, e Mar), e 14 menções honrosas, do sétimo ao vigésimo lugares. Trata-se de um concurso promovido pelo CRIA - Divisão de Empreendedorismo e Transferência de Tecnologia da Universidade do Algarve, em parceria com a ANJE e o NERA, com o apoio do CRESC Algarve 2020. No setor I&DT foi selecionada a ideia Solving Acqua, Sol. Aquacultura, que consiste na criação de novos produtos para controlo de infeções causadas por parasitas Perkinsus olseni e Amiloodinium ocellatum, em bivalves e peixes, resolvendo problemas identificados no setor da aquacultura, para os quais não são conhecidas soluções. A equipa é composta por Joana Leal, Maria de Lurdes Cristiano e Patrícia Amado. No setor o ICC/TICE a ideia vencedora foi Stork Animation Studio, um estúdio de animação para produção de séries e filmes de animação, tendo como mercado-alvo estúdios internacionais e criando dinâmicas com o setor cultural do Algarve. A equipa é composta por João Carrilho e Ana Gralheiro.

No Agroalimentar foi distinguida a Bake My Dog Happy, produção de kits para preparação caseira de biscoitos para cão, contendo uma mistura de ingredientes naturais e funcionais, (incluindo produtos locais e subprodutos), forma/molde, receita e rótulo informativo, promovendo uma alimentação animal mais saudável. A equipa é composta por Luisa Custodio, Margarida Silva, e Tiago Braga. Na Saúde e Bem-Estar foi distinguida a ideia PolyQure, uma terapia genética para o tratamento de doenças poliglutaminas, que provocam sintomas motores e cognitivos severos e altamente incapacitantes, levando à morte prematura. Estudos pré-clínicos já realizados, em modelos animais, revelaram melhorias significativas tanto a nível motor como a nível neurológico. A equipa é composta por Adriana do Vale Marcelo, André Filipe da Conceição, Clévio Nóbrega, Rebekah Gonçalves. No setor das Energias Renováveis foi selecionada a ideia SmartOpt, empresa de engenharia especializada em edifícios de balanço nulo de

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energia (NZEBs), desenvolve produtos baseados em energias renováveis para integração em edifícios, no desempenho das funções habituais de elementos de fachada, mas também como sistema de geração de energia solar e térmica, de forma a reduzir o consumo de energia. A equipa é composta por Fábio Gonçalves e Karol Bot. No setor do Mar a ideia vencedora foi ROT+, um sistema automatizado e auto-otimizável de monitorização e controlo de culturas de rotíferos em meio líquido, capaz de recolher, exportar e relacionar informação para potenciar o desempenho destes cultivos e das cadeias de valor que com eles se iniciam, nomeadamente aquacultura, investigação científica, aquários públicos e aquariofilia/produção de peixes ornamentais. A equipa é composta por Gil Martins e João Pires. Simultaneamente, decorreu a “Conferência Regional de Empreendedorismo

ReStart Algarve”, cujo principal objetivo foi estimular o empreendedorismo e a iniciativa empresarial através do testemunho de 14 empresários e empresárias, de vários setores de atividade e em diferentes estágios de desenvolvimento das suas empresas. Ricardo Mariano (Timing Portugal), Amélia Santos (Innuos), João Currito (Carob World), Ricardo Gonzalez (Luxury on Two wheels), João Bastos (Sun Concept, Solar Boat Builders), André Silva Sancho (Blowplastic), Marta Lourenço (Pure Be Loved by Nature), David Pedro (Metsys), Leonardo Mariano da Silva (Breakfast Away), Melissa Rito (Rejoice), Pedro Cavalheiro (ISAT), Edgard Marcondes (WeHub) e Miguel Silva (MTI) contaram a sua história de vida e a das suas empresas sob o olhar atento de cerca de 120 empreendedores e empreendedoras, aproximadamente metade dos quais participaram online. O evento contou ainda com a participação de Marco Galinha, presidente do Conselho de Administração e CEO do Grupo BEL, S.A., um dos maiores grupos empresariais nacionais, por si fundado quando tinha 20 anos, e que hoje fatura 700 milhões de euros, emprega mais de 3 mil pessoas, atuando em oito áreas de negócio. O convidado

falou sobre negócios e ética, a essência da mudança e os valores que devem orientar a ação das empresas para que resultem benefícios evidentes para a sociedade. Para Hugo Barros, diretor executivo do CRIA, “foi um dia intenso de intervenções inspiradoras que mostram que o Algarve está repleto de gente criativa e empreendedora, que cria negócios nos mais variados setores, emprego e riqueza. A região precisa de mais empresas e mais inovação, e o nosso papel na Universidade do Algarve, em parceria com os demais agentes, é contribuir ativamente para que isso aconteça”. A sétima edição do Ideias em Caixa recebeu 144 candidaturas, envolvendo 265 promotores, a grande maioria com habilitações ao nível da licenciatura, mestrado e doutoramento, e que segundo Hugo Barros “terá sido das edições mais desafiantes para o Júri do Concurso dada a qualidade das propostas, as qualificações e empenho dos seus promotores”. As 20 ideias de negócio premiadas irão beneficiar de apoio técnico especializado na elaboração de planos de negócio, na procura de financiamento e de instalações, bem como vários serviços de apoio patrocinados por empresas da região. As melhores ideias em cada uma das seis áreas a concurso receberam um cheque de 5 mil euros cada, através de financiamento do CRESC Algarve e com o alto patrocínio da Caixa Geral de Depósitos.

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Mais um detido por violência doméstica

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O Presidente da União das Freguesias de Moncarapacho e Fuseta Manuel Carlos, felicita a direção e toda a equipa do POSTAL do ALGARVE pelo seu XXXIV Aniversário, desejando que continue com o excelente trabalho informativo que tem vindo a desenvolver sobre o Algarve, e fazendo votos de muito sucesso no futuro. O Presidente da União das Freguesias de Moncarapacho e Fuseta

Estamos na Rua do Alportel, 121 Faro T. 289 827 266

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Manuel Carlos Teodoro de Sousa

A GNR deteve esta terça-feira um homem de 36 anos por violência doméstica, tráfico de estupefacientes e posse de arma proibida, no concelho de São Brás de Alportel Durante uma investigação por violência doméstica, furto e ofensas à integridade física, os militares apuraram que "o suspeito agredia e ameaçava de morte a vítima, sua companheira de 30 anos, com quem manteve um relacionamento de cinco anos". Após diligências policiais, os militares deram cum-

primento a um mandado de detenção, tendo ainda sido feita uma busca domiciliária que culminou na apreensão de 3 plantas de canábis, 45 doses de canábis, 2 balanças digitais, 170 frascos de metadona, diversos objetos de corte e acondicionamento de produto estupefaciente, 6 cartuchos de calibre 12, 2 facas, um par de algemas e 1 bastão artesanal. O detido, com antecedentes criminais por roubo, posse de arma proibida e tráfico de estupefacientes, foi presente esta quarta-feira, ao Tribunal Judicial de Faro, para aplicação das medidas de coação.


CADERNO ALGARVE

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FOTO D.R.

REGIÃO

Variante a Olhão vai finalmente avançar "Foram 4 anos a trabalhar para que se conseguisse avançar com a Variante a Olhão, o grande projeto estruturante que faltava", afirma o presidente da Câmara Municipal de Olhão, António Miguel Pina A Circular de Olhão, uma das obras incluídas no Plano de Recuperação e Resilência, que será levada a cabo pela IP, irá ligar a EN125, na zona do restaurante Barretão, à rotunda da saída de Olhão para a A22. "Depois de se conseguir a aprovação do traçado com avaliação de impacto ambiental positiva, de garantirmos o financiamento no PRR (bazuca) uma vitória do trabalho, da nossa diplomacia e influência junto do Governo, foi ajudicado o projeto de execução", anuncia António Miguel Pina que prevê que "no segundo semestre de 2022 a obra seja posta a concurso e comece ainda em 2022. Este é um compromisso que possa assumir, desta vez já ninguem nos tira a tão desejada Variante". Para o presidente da autarquia olhanense, "o traçado apresenta em boa parte 4 faixas garantindo o acesso às habilitações de forma segura". O trajeto far-se-á a norte da

EN125 a partir daí, ocupando sobretudo terrenos baldios, o que permitrá libertar a cidade da poluição, insegurança e congestionamento provocados por milhares de carros que atravessam diariamente a Av. D. João VI (antiga EN125) rumo a outras cidades do sotavento algarvio. A nova infraestrutura terá um percurso com cerca de seis quilómetros e incluirá seis rotundas, de acordo com o projeto agora apresentado e que surge após a declaração de impacte ambiental favorável (em 2019). A Circular não terá acessos diretos às propriedades existentes na zona, fazendo-se essas ligações através da construção de vias coletoras paralelas, que existirão sempre que se justifique, assim como pelos caminhos já existentes. Seguir-se-á o projeto de execução para posterior lançamento do concurso de execução da empreitada. Na passada semana, um representantes da Infraestruturas de Portugal e da empresa que está a desenvolver o projeto da Circular de Olhão, apresentaram ao executivo autárquico, a proposta de traçado final do projeto de execução da obra. O momento serviu também para visitar alguns dos locais onde está prevista a passagem da via.

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Praia da Terra Estreita

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CADERNO ALGARVE

Destaque Kombatefacil leva ao pódio 5 atletas AAssociação Kombatefacil levou este sábado cinco atletas a competir no "Ladies Open & Jovem Promessa do Futuro", em Alenquer, e todos eles subiram ao pódio. Da prova federada, organizada pela Federação Portuguesa de Kickboxing e Muaythai, o clube tavirense conseguiu assim os seguintes excelentes resultados desportivos: 1.° lugar Raquel Guerreiro, 60 kg light contact 1.° lugar Fábio Medinas, 75 kg low kick 2.° lugar José Gomes, 74 kg kick light 2.° lugar José Pedro Nascimento, +47 kg light contact 3.° lugar Gustavo Nascimento, -63 kg kick light Segundo informa a Associação Kombatefacil, "depois de 18 meses sem competições, foi com muito orgulho que a equipa técnica da Kombatefacil, Walter Martins, Nuno Coelho e Miguel Pires, saíram de Alenquer". "A Kombatefacil veio para ficar, afirmando-se cada vez mais no panorama do Kickboxing nacional pela qualidade, honrando sempre, mais e melhor, a cidade de Tavira", lê-se na nota. A associação tavirense deixa ainda "um agradecimento ao Município de Tavira e na pessoa da Senhora Presidente, Ana Paula Martins, pois sem vocês não seria possível", e agradece igualmente o apoio de "todos os atletas, amigos e família da Kombatefacil. Somos cada vez mais e melhores e que venham os próximos desafio".

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GEOTA quer 200 mil árvores autóctones plantadas na Serra de Monchique até abril

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enature Monchique, projeto criado em 2019 pelo GEOTA, Grupo de Estudos do Ordenamento de Território e Ambiente, continua o processo de restauro de parte dos habitats da Rede Natura 2000 afetados pelo incêndio que desflorestou a Serra de Monchique, em 2018. Nasceu com o objetivo de apoiar a comunidade a recuperar da devastação causada pelo incêndio e mitigar os impactos futuros das alterações climáticas. Está pronto para o fazer uma vez mais, face aos incêndios do passado fim-de-semana. “A Serra de Monchique foi afetada pelo maior incêndio florestal da Europa em 2018, queimando quase 28.000 hectares, o que afetou não apenas a comunidade local, mas também os habitats naturais e espécies desta área. Impulsionados pelas alterações climáticas e pelo impacto do homem ao longo dos anos, estes incêndios tornaram-se extremamente destrutivos, tornando-se necessário agir para travar este flagelo. Ver a Serra de Monchique arder uma vez mais, é uma enorme tristeza. No entanto, ficar parado não foi, em 2019, nem deve ser uma opção, face aos recentes acontecimentos”, explica Miguel Jerónimo, coordenador do projeto Renature Monchique.

137 mil árvores autóctones plantadas com 41 proprietários "Até ao momento, foram plantadas 137 mil árvores autóctones e apoia-

FOTO D.R.

Espécies plantadas: carvalho-de-Monchique, sobreiro, castanheiro, medronheiro, carvalho-português, freixo e o amieiro

dos cerca 41 proprietários e as suas famílias. As espécies plantadas são o carvalho-de-Monchique, o sobreiro, o castanheiro, o medronheiro, o carvalho-português, o freixo e o amieiro", informa o Renature Monchique em comunicado. Espera-se que, no futuro, as árvores plantadas possam ser responsáveis pela poupança da emissão de 1200 toneladas de carbono, por ano e que até abril de 2022, se atinja a meta de 200 mil árvores plantadas. “O projeto Renature Monchique tem-se desenvolvido através de uma estreita colaboração com os proprietários dos terrenos, sendo a tomada

de decisão sobre a intervenção ecológica resultado de um entendimento entre a gestão do projeto e os proprietários. Uma equipa profissional do Renature Monchique assegura ainda a preparação e plantação no terreno sem custos para os mesmos, realizando ainda ações de capacitação, educação ambiental e voluntariado, dirigidas à comunidade”, acrescenta Miguel Jerónimo. O projeto resulta de uma parceria entre o GEOTA, a Ryanair, a Região de Turismo do Algarve, o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas e o Município de Monchique. Para assinalar os dois anos da

iniciativa, foi inaugurada a exposição “Renature Monchique - restauro ecológico na Serra de Monchique”, na Galeria de Santo António, em Monchique. Estará aberta ao público até ao dia 22 de agosto, de quarta a domingo, entre as 10h e as 17h. A entrada é livre. A exposição lança um olhar sobre o uso do solo, floresta e evolução dos incêndios em Portugal. Através de um espólio fotográfico, distribuído ao longo da galeria, é possível observar o trabalho de restauro ecológico na serra de Monchique e a dinâmica de envolvimento da comunidade local no projeto.

Incêndio. Câmara apoia agricultores de Monchique O incêndio que deflagrou este sábado em Monchique e que se estendeu ao concelho vizinho de Portimão consumiu um total de 2.134 hectares. No concelho serrano arderam 656 hectares, na sua maioria zonas de mato (271

ha), mas também área de floresta de produção de eucalipto (163 ha), sobreiro (130 ha) e pinheiro manso (25 ha). A Câmara Municipal de Monchique decidiu "criar um mecanismo simplificado de apoio a estas vítimas do concelho de PUB.

43 ANOS

Monchique com vista a que possam rapidamente recuperar dos prejuízos causados por este incendio". A criação deste um Fundo de Emergência tem como objetivo ajudar de forma célere e pouco burocrática

aqueles pequenos agricultores cujos prejuízos não ultrapassem os 500 euros e se destinem à reabilitação de sistemas de rega, substituição ou reparação de maquinaria/motores, tubagens, vedações para animais, etc. PUB.


CADERNO ALGARVE

Postal, 23 de julho de 2021

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MONCHIQUE PAULO ALVES, CANDIDATO DO PS: É PRECISO MUDAR DE RUMO

Os problemas não podem continuar a ser adiados

Texto RAMIRO SANTOS

acrescentarão outros que brevemente teremos o gosto de partilhar com todos(as) monchiquenses, considerando as suas sugestões e contribuições. Priorizar as nossas vontades face à realidade que vamos encontrar será um desafio para o qual consideramos estar preparados.

Temos que apostar naquilo que nos distingue, é o caminho que Paulo Alves aponta para o futuro de Monchique. Para isso, o candidato socialista afirma que é preciso mudar de rumo e iniciar um novo ciclo. Recusa meter-se nas guerras internas do PSD, mas sempre vai dizendo que as escolhas eleitorais não podem ser confundidas com jogos florais. Perspetivas para si, diz-se confiante “ma non troppo”: as escolhas eleitorais não se esgotam nas vitórias ou nas derrotas. No centro das suas preocupações estão a crise provocada pela pandemia no tecido social e empresarial do concelho e os incêndios. P Quais são as suas expectativas para as próximas eleições autárquicas em Monchique? O que seria para o PS um bom e um mau resultado? R Naturalmente que quero e queremos que o PS saia vitorioso nestas autárquicas, mas não é um objetivo para o palmarés partidário; é pela necessidade de dar um novo rumo a Monchique. Um bom resultado para o PS é alcançar a confiança e o mandato democrático para recuperar e valorizar o melhor de nós, Monchique. Há uma distinção que importa fazer desde logo. As escolhas democráticas, por via do exercício do direito ao voto que elegem as pessoas a quem entregamos um mandato de quatro anos para nos representarem na gestão autárquica, não podem ser confundidas com jogos desportivos ou lúdicos que se esgotam nas vitórias ou nas derrotas. Os resultados eleitorais têm uma importância acrescida, pois não se ficam pelos votos conseguidos, mas sim traduzem-se nas consequências das opções e dos atos durante o mandato. P Que avaliação faz dos 12 anos de gestão social-democrata à frente dos destinos da Câmara de Monchique? R A avaliação sobre os três mandatos em que o PSD esteve à frente da Câmara de Monchique será feita pelos eleitores nas eleições do próximo dia 26 de setembro. Foram precisamente as opções e a ação (ou a falta dela) do PSD que me fizeram aceitar o desafio de liderar um projeto diferente no qual se cuide daquilo que herdámos do passado, sejam equipamentos ou infraestruturas, seja o património cultural, e se realizem obras necessárias para colmatar necessidades prementes e desenvolver o concelho. A resolução dos problemas não pode continuar a ser adiada e as oportunidades não podem continuar a ser perdidas. A mudança é necessária. É essencial mudar de rumo e iniciar um novo ciclo que tenha Monchique como protagonista. P Em 2017 foi candidato numa disputa que perdeu e abriu caminho para o

terceiro mandato consecutivo de Rui André (PSD). O que acha que terá mudado para convencer os eleitores desta vez a votarem em si? R Sempre fui ouvindo que quem pode perder eleições é quem está no poder. Eu não estava nem tão-pouco em atividades ou funções políticas. Recebi o convite do PS para liderar a candidatura à Câmara e, depois de ponderar, aceitei-o porque me sentia incomodado com o estado do concelho. Praticamente inexperiente e desconhecido das lides político-partidárias, liderei uma equipa e um projeto que recuperou eleitorado, quando todos perderam votos e até o número de eleitores sofreu uma quebra considerável. Tenho o grato privilégio de liderar desde há quatro anos uma equipa unida, coesa e dinâmica. Os motivos que me fizeram aceitar o desafio e que juntaram os elementos da minha equipa mantêm-se, ou até cresceram. A estes juntam-se os apelos dos cidadãos ao longo destes quatro anos e sobretudo nos últimos meses. São bastantes para sentir que há uma crescente vontade de juntos conseguirmos recuperar Monchique. P O facto de Rui André não concorrer e de o campo do PSD se apresentar dividido com a candidatura do ainda vereador José Chaparro, a encabeçar a lista do CDS, pode jogar a seu favor? R Julgo que não deve o PS nem o seu candidato imiscuir-se nos problemas internos do PSD. O surgimento de outras candidaturas com dissidentes do PSD pode traduzir a degradação daquele ambiente interno. É crucial que partidos políticos que ajudaram a construir a democracia resolvam os seus problemas na perspetiva de, querendo, contribuir para a discussão política assertiva, baseada no respeito e sã convivência e, sobretudo, para evitar efeitos negativos para o território e para as pessoas. O conceito de equipa e o espírito de grupo não se compram, constroem-se com a predisposição de cada um. O PS está unido e preparado para implementar uma forma diferente de

fazer política, para as pessoas e com as pessoas. P Em que é que Monchique mudará nos próximos anos se o PS ganhar as eleições? Quais são as suas aposta e investimentos prioritários? R Monchique e as suas gentes serão os protagonistas principais.

Habitação, recuperação do parque escolar, equipamentos e edifícios municipais potenciando-os e dotando-os de condições que promovam a sua eficiência energética. Avaliar e intervir nas vias de comunicação. Dar atenção aos pormenores e detalhes que mostram o que temos de único e genuíno. São alguns exemplos aos quais se

P Está certamente preocupado com os efeitos económicos e sociais da pandemia. Em que medida a economia do concelho se ressentiu desta crise? R Em março de 2020 dirigi um e-mail ao presidente da Câmara, considerando que estávamos perante um dos maiores desafios para a nossa sociedade, colocando-me ao lado das soluções que ajudassem a minimizar os efeitos desta terrível pandemia junto das pessoas e das empresas. Naturalmente que a economia do concelho se ressentiu. Ainda com feridas por sarar do incêndio de 2018, eis que somos confrontados em 2020 com uma pandemia que obriga ao fecho de portas de negócios que alimentam famílias que confina novos e velhos com todas as implicações inerentes. O Governo atuou com diversas medidas conhecidas e a Câmara Municipal também, com os vereadores do PS, como referi anteriormente, ao lado das soluções. A preocupação mantém-se e merecerá da nossa parte o devido acompanhamento e atenção, quer do ponto de vista sanitário, quer do económico.

Gravidade dos incêndios tem aumentado P A floresta constitui uma das principais, senão a principal, fonte de rendimentos de Monchique, que quase todos os anos é vítima dos incêndios. Apesar de ser um tema recorrente, poucos avanços, ao que sei, são conhecidos. Na sua opinião, o que que é que terá de mudar na política e na relação das pessoas com a floresta para que os riscos desse flagelo seja reduzido ao mínimo? R Temos um território vasto, com densidade populacional reduzida maioritariamente ocupado por floresta. Sempre existiram incêndios, no entanto a sua gravidade tem aumentado. As alterações climáticas e ordenamento são duas das principais razões. A sua preservação e ordenamento serão da maior importância para o futuro do concelho. Gera receita, cria postos de trabalho, atrai tu-

rismo, preserva a biodiversidade, sequestra carbono, etc. O plano de reordenamento da paisagem das serras de Monchique e Silves revela alguma esperança de que estejamos num ponto de viragem no ordenamento florestal existente, na remuneração dos ecossistemas e na valorização deste bem precioso para Monchique, para a região e para o país. Convém que seja entendível e divulgado por todos. A humanização do território de forma sustentável e respeitadora do meio ambiente tem que ser assumida e promovida, combatendo o despovoamento e o abandono agrícola e florestal. P Outra questão estrutural do país é a desertificação humana do interior. Como pode Monchique escapar e inverter esta situação de litoralização do chamado desenvolvimento?

R Aqui, como em muitos aspetos, a articulação entre o poder central e local é de extrema importância na criação de políticas de diferenciação positiva que contribuam para a coesão territorial. Temos riquezas fabulosas, como a água (corrente, mineral e termal), floresta, paisagens, gastronomia e tradições seculares, etc. A cobertura digital do território, deslocalização de serviços públicos, melhoria das vias de comunicação, acesso à educação em situação de igualdade, cuidados médicos de proximidade, incentivos à fixação de profissionais de saúde, são exemplos de medidas importantes. Temos que apostar no que nos distingue, não deixando de procurar a complementaridade com os concelhos vizinhos e com a Região. Monchique tem imenso potencial e nós vamos conseguir evidenciá-lo e projetá-lo.


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CADERNO ALGARVE

Postal, 23 de julho de 2021

MONCHIQUE BRUNO ESTREMORES, CANDIDATO DO PSD, COM CRÍTICAS A CHAPARRO

Virou-se contra quem lhe deu a mão Texto RAMIRO SANTOS

esta situação terá para o futuro? R É uma situação grave que muito nos preocupa. O concelho de Monchique, além das atividades relativas à floresta, à agricultura, aos enchidos, ao pouco comércio que ainda consegue manter-se, sobretudo a restauração, vive muito do turismo. E o turismo está na situação que todos conhecemos. Atualmente, vemos meia dúzia de pessoas nas esplanadas e restaurantes. Este é um tempo de grandes desafios, para todos nós. Em Monchique, a equipa que lidero saberá estar à altura desses desafios e intervir de forma a criar condições para a melhoria da vida das pessoas e apoiá-las nas suas necessidades.

Se não forem os da terra (leia-se os municípios), a olharem pelos seus, pouco se espera dos outros (leia-se Governo). O desabafo de Bruno Estremores recorda que depois dos incêndios de 2018, nada foi feito para evitar que a tragédia se volte a repetir. Para o candidato do PSD a Monchique, os concelhos do interior são os mais esquecidos por parte dos governos e a pandemia veio acentuar ainda mais os desequilíbrios sociais já existentes. E reclama políticas de apoio ao investimento, às famílias e às empresas atingidas pela crise.

P Nas próxima eleições autárquicas, o que significa para si um bom e um mau resultado e quais são as suas expectativas? R Ganhar a Câmara Municipal, a Assembleia Municipal e as três Juntas de Freguesia será um resultado excelente. Não conseguir estes objetivos seria sempre visto na minha equipa como um mau resultado, sobretudo ao nível da Câmara e da Assembleia. Temos muitas esperanças de conseguir vitórias para a Câmara Municipal e a Assembleia Municipal, e também de vitórias pelo menos em duas Juntas de Freguesia.

A candidatura de José Chaparro à frente de uma lista do CDS, pode dispersar os votos do campo socialdemocrata e assim vir a ter influência no resultado final, ou nem por isso? R Nas eleições autárquicas, e focandome apenas na realidade de Monchique, a ideologia política não assume um peso tão significativo como em eleições nacionais, nomeadamente as da Assembleia da República e da escolha do primeiro-ministro para formar o Governo. Acredito que em Monchique os eleitores irão votar primeiro nos candidatos, só pensando depois no partido ou no movimento. Não me parece que haja um verdadeiro campo social-democrata. Todos os votos que não sejam na minha candidatura podem dificultar o objetivo final, que é a vitória. P

O que é que faltou para evitar esta rutura com um vereador do PSD e de Rui André? R Politicamente, reprovamos a posição do vereador Chaparro, que foi eleito na lista do PSD e posteriormente se tornou militante do Partido. Mais recentemente, quando decidiu que queria ser candidato à Câmara Municipal, virou-se com quem lhe deu a mão, quando durante três anos tinha apoiado incondicionalmente o Executivo do presidente Rui André. Tudo mudou de repente e no último ano tornou-se um crítico acérrimo do PSD e do presidente. Mas o que é realmente curioso é que, não concordando com o Executivo de que faz parte, não renuncia P

aos pelouros que lhe foram atribuídos, o que implicaria ficar sem o ordenado e sem o jeep do Município que utiliza no dia-a-dia. P Se ganhar a Câmara em que é que a sua gestão vai fazer a diferença da política de 12 anos do ainda presidente? R Cada pessoa, como cada equipa, tem um modo de ser e de estar diferente de quem assumiu os cargos anteriormente. Em termos da gestão, a nossa visão é de que a Câmara Municipal, sendo uma entidade pública, deve ser gerida de forma empresarial. Isto significa que além de sermos eficazes, ou seja, de fazermos o que está certo, teremos de ser eficientes, quer dizer, teremos de fazer de forma adequada, procurando uma otimização dos recursos. A nossa presença na Câmara vai traduzir-se num relacionamento mais efetivo com os munícipes, atento às necessidades reais das pessoas. E toda a nossa atividade estará acessível, de modo a ser escrutinada a qualquer momento. Queremos desenvolver Monchique, queremos fazê-lo verdadeiramente, e outras forças políticas que venham a ser eleitas, se entenderem, poderão estar envolvidas em toda a atividade municipal.

Que propostas e áreas fundamentais e prioritárias para os próximos quatro anos? R Primeiro, a revisão do Plano Diretor Municipal, o PDM, que é fundamental. Temos de adaptar o PDM às normas dos Planos Especiais de Ordenamento do Território e fazer com que também visem aumentar as possibilidades de construção de infraestruturas de interesse público e de natureza privada, sobretudo ao nível da habitação. Aquilo de que Monchique precisa é de pessoas. Só com pessoas teremos desenvolvimento económico. A nossa equipa irá levar a cabo um programa de rendas acessíveis para famílias de baixos rendimentos, um programa de apoio à reconstrução de casas no centro da vila e, posteriormente, apostará no apoio à construção própria. Outras questões muito importantes são a reabilitação da Rede Viária Municipal, que contamos concretizar em duas fases P

ao longo do mandato, e a requalificação dos imóveis que são propriedade do Município, seja reabilitando, requalificando ou mesmo procedendo, nalguns casos, à alineação. Apostamos ainda na modernização e na reorganização dos serviços municipais e, muito importante, na Ação Social: aqui, destaco a Linha Idoso, com um apoio estruturado em rede aos idosos

do concelho de Monchique, e a isenção de taxas municipais e de pagamento da frequência da creche para a famílias de baixos rendimentos. P Que análise faz à situação de crise económica e social que a pandemia trouxe ao seu concelho? Quais são os sectores mais atingidos e efeitos que

P Acha que os efeitos da pandemia podem agravar ainda mais, num futuro a curto e médio prazo, as assimetrias entre o litoral e o interior serrano? R As assimetrias poderão ser de facto maiores se o Governo, através do Plano de Recuperação e Resiliência, não tiver em consideração uma realidade que é bastante evidente. Os municípios não podem estar sozinhos neste enorme desafio, sobretudo os do interior, cujas receitas são bem menores. No caso de Monchique, a par do trabalho que iremos desenvolver, é muito importante assegurar que o Plano de Recuperação e Resiliência incluirá medidas com impacto significativo para a melhoria da vida das pessoas, das empresas, dos pequenos negócios locais e das diversas atividades que são a marca do concelho.

Governo pouco ou nada quer saber P Que fazer para evitar a desertificação e fixar as pessoas à sua terra? R A intervenção ao nível da habitação é uma das nossas propostas. Temos como objetivo, neste âmbito, fixar em Monchique pelo menos 20 famílias nos quatro anos do nosso mandato na Câmara Municipal. Famílias de Monchique que morem em Portimão e arredores, ou outras famílias que se queiram fixar no nosso concelho. Para isso, temos de proporcionar condições de vida adequadas para as pessoas escolherem Monchique para morar. Tudo isto não se resume apenas à habitação, mas a uma intervenção mais ampla da nossa parte no sentido de criar efetivas condições de desenvolvimento económico e social em Monchique.

Quanto aos incêndios, mudou alguma coisa com os grande fogos de 2018, e em que medida se pode dizer que a política florestal, de que P

tanto se falou, contribuiu para evitar a repetição cíclica desta tragédia em Monchique? Vê resultados palpáveis? R Custa-me dizê-lo, mas não vejo nada de palpável. Há um conjunto de intenções e ideias, que continuam sem sair do papel. Parece tudo muito «pensado no global», e entretanto temos uma floresta a desenvolver-se de forma completamente desordenada, por si própria, o que poderá conduzir a uma situação igual à de 2018, ou pior. Há o Programa de Reordenamento e Gestão da Paisagem da Serra de Monchique e Silves, para ser desenvolvido em mais de 20 anos. Não quer dizer que não seja importante, mas precisamos de medidas mais imediatas, de muito curto prazo. Precisamos de ver as coisas a acontecer, no tempo em que vamos vivendo, e não num futuro de promessas. Não podemos passar a cada 10 anos por um incêndio das dimensões catastróficas. Veja-se os milhares de toneladas de madeira queimada que ainda

não foram retirados de Monchique, por ausência de resposta do Governo. Acaba por ter de ser o Município a ajudar na despesa de transporte dessa madeira queimada. Este triste exemplo dos incêndios reforça o imperativo da descentralização do Estado. Se não forem Executivos Municipais a tomar conta dos seus, ou seja, a ajudar as suas pessoas em cada concelho, a situação torna-se particularmente complicada. O que percebemos é que o Governo pouco ou nada quer saber, e isso é ainda mais notório nos concelhos do interior, para os quais não há políticas de coesão social eficientes. Os Municípios terão as suas estratégias de coesão social, mas não têm ainda o suporte financeiro de que precisam. A coesão social para concelhos de interior deve ser vista como um investimento a médio e longo prazo, e nunca como um custo. Da nossa parte, em Monchique, procuraremos sensibilizar os governantes a nível central para esta situação.


CADERNO ALGARVE

Postal, 23 de julho de 2021

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MONCHIQUE JOSÉ CHAPARRO, CANDIDATO DO CDS-PP: QUEM NÃO DEVE NÃO TEME

Não é ao PSD que devo prestar contas. É ao povo de Monchique Texto RAMIRO SANTOS Há quatro anos concorreu nas listas do PSD como independente e agora encabeça a lista do CDS- PP na mesma condição. Diz que não mudou e que se mantém fiel aos seus compromissos com o povo de Monchique. José Chaparro recusa as críticas de oportunismo político e vai mais longe: “quem não deve não teme e eu não devo nada a ninguém”. Quanto às suas preocupações para o concelho, centra o seu foco na necessidade de inverter o problema do envelhecimento em Monchique e a falta de condições para atrair e fixar os jovens. Nas outras questões, as suas propostas alinham-se com as dos restantes candidatos: habitação, infraestruturas e apoios sociais. P Quais são os seus objetivos para estas eleições? R O meu objetivo é promover o desenvolvimento de Monchique e criar condições de bem-estar e prosperidade para que as pessoas aqui possam viver e criar os seus filhos. Como sabe, um dos problemas de Monchique, tal como de todo o interior do país, é a saída dos jovens e, por consequência, o envelhecimento da população. Os dados estatísticos do INE confirmam que o índice de envelhecimento de Monchique é muito elevado, sendo enorme a disparidade entre o número de idosos e o número de jovens no concelho. Assim, é essencial tomar medidas para atrair a fixação dos jovens, criando incentivos ao nível do emprego, da habitação, do ensino, ao nível fiscal. Isto é a base. As pessoas são o mais importante. P Foi e exerce ainda o cargo de vereador para que foi eleito na lista do PSD, de Rui André. Durante o mandato entrou em rutura política com o presidente e a maioria na Câmara. O que é que se alterou para essa mudança de atitude que o levou a apresentar-se agora como candidato do CDS? R Não sei a que se refere quando diz que entrei “em rutura política com o presidente e a maioria na Câmara”. É certo que nem sempre estive de acordo com propostas que foram apresentadas para serem votadas em sessão de Câmara, como pode ser consultado nas atas. Mas penso que isso faz parte do funcionamento normal das instituições, em democracia. E diz bem que “fui e exerço ainda o cargo de vereador para que fui eleito”. Precisamente porque fui eleito, o meu dever era e é representar e defender os

interesses dos munícipes que nos elegeram, a mim e aos outros membros do executivo. Por isso, o debate das questões para se encontrar a melhor solução que vá ao encontro das necessidades dos munícipes que nos elegeram, não pode ser entendido como rutura política, mas como único caminho a seguir, no respeito pela confiança que os eleitores depositaram naqueles que elegeram. Quanto à minha candidatura pelo CDS-PP devo recordar que em 2017, quando integrei as listas do PSD, o fiz como independente. E é como independente também, que aceitei o convite que agora me fez o CDS-PP. P Não receia de que seja acusado de um certo oportunismo político? R Não receio que me acusem de nada, porque eu tomo as decisões, na minha vida, pessoal ou profissional, de acordo com a minha consciência e de acordo com aquilo que acho certo. Não tomo decisões com medo do que os outros possam pensar e muito menos com medo das acusações. Quem não deve não teme. E eu não devo nada e, por isso, nada tenho a temer. Além disso, não é ao PSD que eu tenho de prestar contas. É ao povo de Monchique que me elegeu que tenho de prestar contas e são os eleitores que têm legitimidade para me julgar pelo trabalho que desenvolvi na defesa dos seus interesses.

O PSD acusa-o de apesar da sua posição crítica, de não abdicar das vantagens inerentes ao cargo. O que responde? R Diz-me que o PSD me acusa de apesar da minha posição crítica, de não abdicar das vantagens inerentes ao cargo. Fico surpreendido que o partido envie essa “acusação”, por recado, através desta entrevista. Permita-me que duP

vide que seja o PSD a “acusar-me”, ou que o corrija: provavelmente terá sido alguma pessoa ou pessoas que, embora possam ser filiadas , não representam o partido. Também não sei a que se refere quando fala das “vantagens inerentes ao cargo”. Para além do vencimento, nunca tive quaisquer “vantagens inerentes ao cargo”. Certamente que a pessoa ou pessoas que me acusam conhecem essas “vantagens”, já que as invocam embora não digam quais são. Como disse, para além do vencimento, tive muitas dificuldades e obstáculos no exercício do cargo, o que é normal.

Quando entrei na Câmara, como vereador, já sabia que não ia ser fácil. Um cargo público não é para usufruir de “vantagens”, é para zelar pelo bem comum, o bem de todos. Mas se quer perguntar a razão pela qual não me demiti, vou dizer-lhe, muito sinceramente, porque apesar das dificuldades que enfrentei e com algumas das quais já contava, não sou pessoa de virar costas ou desistir, quando as dificuldades surgem. Sempre senti que tinha um compromisso para com os eleitores, com os munícipes de Monchique, com esta terra onde nasci e que amo e, por isso,

não os iria desiludir, desistindo. Por eles, pelos monchiquenses, aceitei o convite que me foi feito em 2017 e fiquei e vou respeitar esse compromisso até ao fim. Pela mesma razão, aceitei o convite que me foi formulado pelo CDS-PP, como independente. Tal como também já disse na apresentação da minha candidatura, porque acredito no potencial da minha terra e dos meus conterrâneos, com a colaboração de todos, desejo transformar Monchique num concelho desenvolvido, próspero e feliz.

Trabalhar em função do bem comum P A sua candidatura não é o resultado de não ter sido o escolhido pelo PSD... R Esta candidatura não é contra ninguém, visando antes e sim unir os monchiquenses, em torno de objetivos essenciais para construímos o nosso futuro coletivo: privilegiarmos as pessoas, criando condições para a fixação das nossas gentes no concelho; elaborarmos os instrumentos de orde-

namento do território fundamentais para a definição de uma estratégia de desenvolvimento local; apostarmos na criação de condições para atrair investimento privado, privilegiando a diversificação da atividade económica; criarmos equipamentos públicos que atraiam visitantes e ajudem a preservar e valorizar a nossa identidade e memória coletivas; valorizarmos,

enfim, o nosso território e os nossos recursos naturais. O compromisso que assumo em nome desta equipa, com cada um dos meus conterrâneos, é o de trabalhar sempre em função do bem comum, de forma a que cada monchiquense se sinta sempre respeitado e valorizado, seja qual for a sua circunstância e a sua orientação político-ideológica.


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CADERNO ALGARVE

Postal, 23 de julho de 2021

REGIÃO

Abriu a maior loja de puericultura do Algarve O novo Sítio do Bebé fica em Loulé e tem mais artigos e marcas em exposição. Tem igualmente um serviço de "Welcome Baby" O Sítio do Bebé inaugura, esta sexta-feira, uma nova loja no centro de Loulé, na Praceta Boa Entrada, com 600 metros quadrados divididos entre loja e armazém. Segundo explica a empresa em comunicado, "mantém-se o nome, a equipa e a essência. Aumentou o espaço e, com ele, a qualidade e a atenção dedicada ao cliente". A nova loja vai ter mais artigos e marcas em exposição e um serviço de Welcome Baby, em que os casais receberão ajuda para preparar a mala da maternidade, o quartinho e tudo o que esteja relacionado com a segurança do bebé. O novo Sítio do Bebé vai contar também com uma zona exclusiva para montagem e instalação de cadeiras auto e vai continuar a apostar nos stocks e na entrega imediata dos produtos. A inauguração oficial tem lugar esta sexta-feira, dia 23, entre as 10:00 e as 19:00, cumprindo com todas as regras em vigor por causa da pandemia.

Sobre o Sítio do Bebé

N

asceu há 10 anos e conta hoje com 10 colaboradores.

A primeira loja, na EN125 – Quatro Es-

tradas, vai continuar a funcionar com o nome de Sítio do Bebé – Toys&Fun. É lá que os clientes vão poder encontrar todo o tipo de brinquedos para bebés e crianças.

As entregas continuam a ser feitas em 24/48 horas nos dias úteis em todo o país (para as ilhas o tempo de envio é ligeiramente superior) e já estão a ser preparadas as me-

lhores condições de envio também para a Europa. O horário vai sofrer algumas alterações, que serão comunicadas em breve.


CADERNO ALGARVE

Postal, 23 de julho de 2021

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Alcouteneja Joana Ramos conquista título de campeã nacional A canoísta Joana Ramos, atleta do Grupo Desportivo de Alcoutim, conquistou o título de campeã nacional de 500 m e a medalha de bronze de 200m, ambos em K1 Juniores Femininos, no Campeonato Nacional de Regatas em Linha que se disputou no passado fim de semana em Montemor-o-Velho.

A equipa de atletas, composta por Luana Lopes, Joana Ramos, Ângelo Palma, Beatriz Ribeiros, João Albuquerque, Pedro Fernandes, Célio Alves, José Justino, Jéssica Alves, Carlos Pereira e Carmen Garrido participaram na prova e conquistaram 7 finais A e 3 finais B. Na próxima semana, é a vez dos atletas

dos escalões de infantis e cadetes participarem na prova. Joana Ramos já havia alcançado o apuramento para os Mundiais que se vão realizar entre 2 e 5 de setembro em Montemor-o-Velho este ano, com esta conquista conseguiu ser a principal candidata a realizar o barco principal de K1 de 500m.

"O Grupo Desportivo de Alcoutim e o treinador Bruno Carmo realizam um trabalho de mérito com os seus atletas, os resultados obtidos refletem a qualidade do trabalho que, diariamente, é realizado na formação dos jovens, além da vertente desportiva, que dá importância à formação humana a nível pessoal,

social e cultural, fortalecendo o desenvolvimento dos jovens enquanto pessoas, para se inserirem na sociedade com princípios cívicos e de cidadania, sabendo coexistir em grupo/comunidade, enaltecendo valores como o respeito, a tolerância, a cooperação e a entreajuda, entre outros", salienta a autarquia. PUB.

Ator de Lagos nomeado para um Globo de Ouro

É mais um motivo de orgulho para o Algarve e particularmente paraLagos. O ator lacobrigense Rúben Garcia está nomeado para um Globo de Ouro na categoria “Melhor Ator – Cinema” com o filme “Listen” A 25.ª edição da cerimónia do grupo Impresa (SIC e Caras) irá realizar-se no dia 3 de outubro, no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, sendo que anualmente premeia diversas áreas do talento nacional, nomeadamente no

entretenimento, nas artes e no espetáculo. Com realização de Ana Rocha de Sousa, “Listen” é protagonizado por Lúcia Moniz, Sophia Myles e Rúben Garcia e foi inclusive distinguido com o prémio Bisato d`Oro de melhor realização, um dos galardões do Festival de Cinema de Veneza, em Itália. Se ainda não teve oportunidade de assistir, poderá fazê-lo no “Drive In Lagos”, sendo o filme escolhido para o dia 26 de agosto. Saiba mais sobre a iniciativa aqui: https://bit.ly/2W1xiFL Boa sorte, Rúben Garcia!

Jovens pelo Ambiente já arrancou em Castro Marim A ideia foi proposta por um deles e desde logo desenvolvida pela autarquia, que viu nesta iniciativa o primeiro passo para uma nova cultura de cuidado com o ambiente e espaço público e uma forma diferenciada de sensibilização da comunidade. Têm entre 16 e 25 anos e, além da limpeza de envolventes, bermas e espaços públicos, vão organizar ações de sensibilização sobre reciclagem e atividades de educação ambiental nas praias, conduzir inquéritos

e ações relacionadas com os biorresíduos, geolocalizar contentores no concelho e ainda têm o desafio de criar uma mascote que identifique este movimento ambiental e que possa inspirar outros. Por outro lado, esta é também uma iniciativa que pretende alertar, valorizar e dignificar o trabalho dos cantoneiros de limpeza, que, todos os dias, nos mesmos sítios, se esforçam por manter limpos os espaços públicos que, não raras vezes, não são respeitados.


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CADERNO ALGARVE

Postal, 23 de julho de 2021

REGIÃO

Morreu o antigo treinador do Ferreiras, João Clara,

João Clara, antigo jogador e treinador de futebol algarvio,

faleceu aos 59 anos esta segunda-feira vítima de doença súbita Enquanto jogador passou por vários clubes algarvios, como o Campinense, Louletano, Quarteirense, Leões de Tavira, Padernense e Ferreiras. “João Clara encerrou a carreira de futebolista e iniciou a de treinador no Ferreiras, que serviu, nesta última função, por 15 anos, tornando-se, até hoje, no técnico com mais tempo de serviços prestados ao emblema do concelho de Albufeira”,

conforme refere o jornal Record. “Em 2004/05 João Clara conduziu o Ferreiras à conquista do título de campeão do Algarve e à primeira subida do clube aos campeonatos nacionais, participando nas três épocas seguintes na extinta 3ª Divisão”, acrescenta. O desportista algarvio treinou também o Lusitano FC nas épocas 2008/2009 e 2009/2010. Depois de treinar o Ferreiras, João Clara ainda esteve ao comando do Faro e do Benfica. Após a notícia, muitos foram os que lamentaram a sua partida nas redes sociais. Ezequiel Canário, antigo atleta farense especialista no fundo e no corta-mato, manifestou a sua tristeza nas redes sociais dizendo: “Como a vida é cruel. Amigo já não brincamos com as nossas cores clubistas. Não tenho palavras queria dizer mais alguma coisa mas não consigo”. À família e aos amigos o POSTAL endereça as mais sinceras condolências.

Tempo de espera para cirurgia aos olhos no Hospital de Faro é de 1 ano e 3 meses

H

á mais de 53 mil utentes à espera de uma cirurgia oftalmológica no Serviço Nacional de Saúde. De acordo com o presidente da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia, Rufino Silva, os atrasos devem-se às restrições da pandemia. A região de Lisboa e Vale do

Tejo é a zona do país com mais pacientes em lista de espera na especialidade. Segundo o Jornal de Notícias, há mais de 20.800 utentes que aguardam pela cirurgia aos olhos, um número muito acima em relação ao ano passado (46%). Em sentido contrário, a nível nacional houve uma diminuição do número de

doentes em lista de espera em relação ao mesmo período do anos passado. Mesmo assim, são mais de 50 mil utentes em espera. De acordo com o presidente da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia, as consequências da espera podem ser diferentes mediante a patalogia do doente. Para reduzir estas listas, há hos-

pitais que já estão a pôr em prática medidas adicionais. Para além da grande Lisboa, os hospitais do Algarve, Coimbra, Viseu e Vila Real ultrapassam os tempos máximos de resposta garantidos. O mais crítico tempo de espera será no Hospital de Faro, onde a espera é de um ano e três meses.

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DOIS MINUTOS PARA OS DIREITOS HUMANOS 1. ÁFRICA AUSTRAL A região da África Austral atravessa uma devastadora terceira vaga da COVID-19. Desde o início da pandemia, a região já somou mais de 70.000 mortes, mas o acesso à vacina prevalece uma miragem. A Amnistia Internacional tem apelado continuamente para que as empresas farmacêuticas partilhem o conhecimento e tecnologia das vacinas, facilitando a sua produção e fornecimento, cumprindo assim as suas obrigações de direitos humanos.

2. ARÁBIA SAUDITA Nassima al-Sada, ativista pelos direitos humanos na Arábia Saudita e figura proeminente na defesa dos direitos das mulheres, foi libertada após cerca de três anos presa. A Amnistia Internacional trabalhou incessantemente pela sua libertação. Só em Portugal, foram mais de 40 mil as assinaturas pela sua liberdade, entregues às autoridades sauditas juntamente com um bouquet de 40 rosas, símbolo da paixão de Nassima por essa flor.

4. GRÉCIA 4 5

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Junte-se a nós. Encontre o grupo mais perto de si em www.amnistia.pt/grupos

Na Grécia, a pandemia tem sido utilizada como pretexto para restringir o direito à manifestação e reunião pacífica. As autoridades gregas recorreram a detenções arbitrárias, proibições gerais, multas injustificadas, insultos e uso ilegítimo de força para conter protestos pacíficos. Em diversos casos, os manifestantes foram detidos em espaços fechados, onde existe um risco superior de transmissão da COVID-19.

3. ÍNDIA O padre jesuíta e defensor de direitos humanos, Stan Swamy, faleceu no passado dia 5 de julho. Swamy apoiou e inspirou as comunidades mais marginais e vulneráveis da Índia a procurar soluções contra a violência e discriminação. Antes de morrer, passou nove meses na prisão e viu ser-lhe negada fiança e cuidados médicos. A sua morte sob custódia é mais uma lamentável consequência da constante repressão contra a dissidência na Índia.

5. LÍBIA A cooperação europeia com a Líbia, em matérias de migração e controlo de fronteiras, tem tornado a Europa conivente com as contínuas violações de direitos humanos no país. Muitos migrantes e refugiados à procura de segurança na Europa, são intercetados pela guarda costeira líbia e devolvidos à força a centros de detenção na Líbia, onde são sujeitos a tortura, violência sexual e outros abusos com impunidade.


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Origem do Fogo de Monchique terá começado devido a curto-circuito no anexo de uma casa FOTOS D.R.

Um curto-circuito numa ligação elétrica improvisada poderá ter estado na origem do incêndio que começou no sítio do Tojeiro, em Monchique, na tarde do passado sábado. As chamas alastraram-se depois para Portimão e consumiram mais de 2100 hectares, dos quais mais de dois terços no concelho de Portimão A investigação está a cargo da Polícia Judicíaria (PJ). As autoridades acreditam que o fogo terá começado junto a um anexo que funcionava com cozinha duma comunidade hippie. O local é dinamizado por uma associação cultural e artística, situada na serra de Monchique, com preocupações de sustentabilidade ambiental. O espaço é igualmente conhecido por ser onde são feitas festas que atraem sobretudo estrangeiros que dormem em tendas e autocaravanas. O incêndio rural começou na tarde

de sábado em Monchique e rapidamente passou para o concelho de Portimão, tendo sido dominado e depois extinto no domingo. O balanço aponta para mais de 2100 hectares (ha) ardidos: 656 ha no concelho de Monchique e 1.478 ha de Portimão. Logo no domingo, o dia seguinte ao incêndio, o Governo anunciou que os agricultores que sofreram prejuízos no âmbito do incêndio que atingiu os concelhos de Monchique e de Portimão já podiam reportá-los à Direção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve (DRAP Algarve). De acordo com uma nota do Ministério da Agricultura, a DRAP Algarve “fará o levantamento exaustivo das perdas, de modo a avaliar-se a possibilidade de acionar eventuais apoios”. Para tal, os agricultores afetados podiam já reportar os prejuízos através da página de Internet da DRAP Algarve, ou, em alternativa, podiam fazê-lo nas instalações da entidade, a partir da passada segunda-feira.

Toneladas de madeira queimada aguardam ser retiradas do terreno O comandante de operações no terreno, Rui Lopes, temeu pelo pior devido ao vento e à orografia do terreno. Rapidamente, as chamas invadiram a zona florestal em redor, principalmente eucaliptos e mato. Questionado sobre as preocupações para este verão, o comandante dos Bombeiros de Monchique reconheceu que as dezenas de toneladas de madeira queimada ainda no terreno resultantes do incêndio de 2018 “não deixam de ser” uma preocupação, mas referiu tratar-se de “mais uma condicionante” à qual se procurará “dar reposta caso aconteça mais alguma situação” de fogo. Das trinta mil toneladas de madeira queimada na sequência do grande incêndio de 2018 em Monchique, cinco mil toneladas de madeira já cortadas e empilhadas ao longo de várias estradas da serra começaram, na véspera do incêndio, do passado sábado, a ser transportadas

para a fábrica de produção de biomassa em Huelva, Espanha, num transporte financiado pela Câmara de Monchique. As restantes toneladas aguardam a efetivação de um protocolo com o Governo para serem cortadas e retiradas do terreno, segundo o presidente da câmara. Rui André revelou que a autarquia decidiu avançar com os 45 mil euros necessários para transportar a madeira queimada já recolhida para uma fábrica em Espanha porque o preço de compra deixou de cobrir os custos da operação, mas não tem capacidade para custear a totalidade da recolha. Para o presidente da Aspaflobal, Nuno Fidalgo, a não retirada da madeira queimada, somada à “falta de gestão” do território, nomeadamente a seleção de varas que brotam do eucaliptos queimados, cria uma “continuidade horizontal dos combustíveis” numa velocidade de propagação “bem superior” caso haja um incêndio. “O que a associação de produtores

florestais, os empresários e a câmara querem é quebrar esse ciclo, retirar essa madeira queimada e o excesso de varas que existem, e criar uma nova rotação com um crescimento mais ordenado e com menos riscos”, afirmou à Lusa o engenheiro de recursos florestais.

Incêndio de 2018 demorou uma semana a dominar Monchique ainda guarda memória do grande incêndio de 2018 que queimou quase 30 mil hectares de floresta. Dezenas de pessoas foram obrigadas a deixar para trás tudo o que tinham. O fogo, que destruiu casas e terrenos agrícolas, demorou uma semana a dominar. De acordo com o relatório do Observatório Técnico Independente entregue no Parlamento, uma linha elétrica terá sido a principal causa do fogo. Este foi considerado o maior incêndio da Europa daquele verão. Três anos depois, ainda há casas por reconstruir. PUB.


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CAÇADORES REGIÃO DE HISTÓRIAS

A Mulher que Nunca “Sentiu” o Mar

Texto PAULA MARTINHEIRA JORNALISTA

Entre muitas pessoas que conheci nesse Algarve (ainda desconhecido) que é o interior da serra, houve uma que me marcou profundamente – a Ti Adélia, que no início dos anos noventa, então com 78 anos curtidos pelo sol da terra que ainda amanhava, “pr´a gente poder comer PUB.

qualquer coisinha”, afirmava que o seu maior sonho era “entrar por esse mar fora e sentir a água, aquela água tanta e tão forte”. A idosa, que vivia num monte isolado do concelho de Alcoutim, paredes-meias com o Alentejo, com mais seis pessoas, “todos velhos como eu”,

poucas vezes saíra do seu sítio e a única água que vislumbrara tinha sido o ribeiro que corre junto ao monte e o Guadiana, o rio que banha a sede do concelho e faz fronteira com terras espanholas. “Uma vez deu-me um achaque e estive no hospital de Vila Real de Santo António, mas como fui e vim na ambulância, não cheguei a conhecer o mar, essas praias tão lindas que dizem há lá por baixo, com muita areia”… Prometi-lhe, nesse dia de início de Primavera, que voltaria no Verão e iria mostrar-lhe o mar. E assim foi. Um belo dia, em finais de Julho, aventurei-me sozinha por esses caminhos fora e fui cumprir a promessa que fizera à ti Adélia. A minha convidada vestiu a sua melhor roupinha, trocou o lenço da cabeça carcomido pelo sol por outro que ainda não tinha sido estreado e lá foi dando gritinhos de alegria na descida até Monte Gordo, a praia que escolhi para a sua inauguração balnear. Ao entusiasmo do areal, “ai que areia tão fininha e dourada”, sucedeu o medo do mar. “Vá lá, ti Adélia, molhe os pés e sinta a água”, incentivava-a, observando-a cada vez mais afoita, a sentir a água bater-lhe nas pernas e a inundar-lhe a alma de felicidade. “Ah…o mar é tão bonito!”…”Ai que me molho toda!”… A Ti Adélia, que vivia com a sua irmã, nunca casou nem teve filhos.

Perdeu-se de amores por um jovem contrabandista de tabaco que um dia pediu aos pais para se esconder em casa durante umas semanas, fugido à polícia, e nunca mais voltou. “Aquilo é que era um belo rapaz! Alto, moreno, elegante e bem vestido! E muito bem-falante”, contou-me, adiantando que o curto período da sua convivência foi suficiente para se apaixonar por ele. “Quando foi embora, prometeu-me que voltaria um dia para casarmos e vivermos junto ao mar, porque dizia que gostava muito de mim”, disseram aqueles olhinhos pequeninos mas intensamente azuis e brilhantes, adiantando que o seu Jerónimo lhe descrevera ao mais ínfimo porme-

nor as cidades e as praias do litoral algarvio e andaluz, por onde “trabalhava”… ”Ele tinha 30, eu 20… nunca voltou e eu nunca conheci outro homem”… afirmou com ar nostálgico, mas resignado. Foi ajudando a criar os irmãos, cuidou dos pais antes destes morrerem, tinha por companhia a irmã, Deolinda. “Ficámos solteiras. Por aqui não havia muitos rapazes”. Com efeito, os homens do monte emigraram para França e por lá ficaram. Regressaram ao monte já “com vida feita”. “Ficámos nós nesta parvalhêra, com os nossos sonhos”, rematou a Ti Adélia. Prometi-lhe voltar de novo. Nunca lá voltei.

Caçadores de Histórias A vida afastou-a do jornalismo. Mas, jornalista por um dia – e foram anos – jornalista por toda a vida. Paula Martinheira nunca perdeu o sentido da escrita e guarda em si memórias que lhe preencheram os dias. Como aquele em que levou Adélia a ver o mar. Um gesto simples que quebrou a rotina de uma vida circunscrita a montes à sua volta no interior serrano algarvio, mostrando que a felicidade não requer grandes artifícios. Por vezes, sem se dar

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por ela, vem devagarinho, como a espuma da praia molhando-nos os pés, para logo a seguir nos inundar a alma de uma alegria suprema! R.S. Se tiver histórias de vida, do quotidiano, suas ou de pessoas que conheça, atreva-se. Este espaço é seu. Escreva e envie-nos os seus textos para: jornalpostal@gmail.com

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A Freguesia de Montenegro junta-se aos algarvios para felicitar o Jornal Postal do Algarve, neste momento marcante, em que comemora o seu 34º Aniversário. Ao Postal do Algarve apresenta os seus agradecimentos pelo excelente trabalho jornalístico levado a cabo ao longo de três décadas, sempre ao serviço do superior interesse da região, com rigor, transparência e isenção e dirige os mais sinceros votos de continuidade e de sucesso. Felicita ainda todos os que, ao longo dos anos, passaram pelo Postal do Algarve e que dedicaram tempo, entusiasmo e paixão ao jornalismo regional.”

A Presidente da Junta de Freguesia de Montenegro Virgínia Alpestana

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BILHETE POSTAL

“Com os sentidos azuis de tanto mar, impossível resistir à companhia deste sol e à bênção desta luz FOTO D.R.

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No Caminho da Manhã RAMIRO SANTOS Jornalista ramirojsantos@gmail.com

Lá de cima, derrama-se o olhar azul sobre a baía de águas calmas. No alto da Ponta da Piedade, adivinham-se caravelas em horizontes de mar. E avistam-se chegadas ao cais do Infante, onde as contas se fazem em partilhas e conquistas vindas do outro lado do mundo. Possível perscrutar ainda no Rossio da Trindade, vozes negras de fantasmas agrilhoados nos porões da nossa história. Ou o aceno de despedida do rei menino à janela do castelo. A caminho do deserto e do desastre. De uma viagem que não o trouxe de regresso, pouco menos o cobrindo da glória desejada. Como se nunca tivesse partido, pois que ali ficou talhado na pedra erguida na praça. E no painel de azulejos evocando Alcácer Quibir. Exposto, frágil, ambíguo e vulnerável. Alienígena indefeso, perante os olhares curiosos dos novos viajantes e conquistadores. Outra sorte ganhara o marinheiro temerário que lhe havia aberto as portas do mar perigoso. Por aquelas praias cruzaram-se, num longínquo outrora, povos com história. Por ali passaram gregos e fenícios; e Roma contra Cartago. Primeiro chamaram-lhe Lacobriga. Depois vieram os árabes que lhe deram o nome de Zawaia, mas foi com os portugueses que conheceu o apogeu e a fortuna. No século XV - o seu século de ouro - e durante cerca de quarenta anos, torna-se o centro de tudo. Foi base operacional dos descobrimentos henriquinos e fervilhava então de comércio: produtos exóticos, ouro, prata e marfim. E escravos também. Em 1573, D. Sebastião – a medir

os apoios da empresa falhada que estava a organizar – e entusiasmado pela forma como havia sido recebido pela população, eleva-a ao estatuto de cidade. Lagos torna-se sede de bispado e capital do reino do Algarve. O terramoto de 1755 e o maremoto que se lhe seguiu destroem grande parte da cidade que, só a partir de meados do séc. XIX, com a indústria de conservas de peixe e o comércio, inicia nova fase de recuperação da prosperidade perdida. E hoje, Lagos continua uma cidade do mundo e dos mares. Bela, sedutora, amiga, atraente e apetecível. As suas praias onde antes mergulhavam sonhos e futuros, são hoje destino de férias e de lazer para viajantes vindos de toda a parte. Com este céu e a transparente claridade que enche os sentidos azuis de tanto mar, impossível resistir à companhia deste sol e à benção desta luz. Rua abaixo, no caminho da manhã, seguindo os passos de Sofia: “Vais pela estrada que é de terra

amarela e quase sem nenhuma sombra. As cigarras cantarão o silêncio de bronze. À tua direita irá primeiro um muro caiado que desenha a curva da estrada. Depois encontrarás as figueiras transparentes e enroladas; mas os seus ramos não dão nenhuma sombra. E assim irás sempre em frente com a pesada mão do Sol pousada nos teus ombros, mas conduzida por uma luz levíssima e fresca. Até chegares às muralhas antigas da cidade. Passa debaixo da porta e vai pelas pequenas ruas estreitas, direitas e brancas, até encontrares em frente do mar uma grande praça quadrada e clara que tem no centro uma estátua. Segue entre as casas e o mar até ao mercado que fica depois de uma alta parede amarela. Aí deves parar e olhar um instante para o largo pois ali o visível se vê até ao fim. E olha bem o branco, o puro branco, o branco da cal onde a luz cai a direito. Também ali entre a cidade e a água não encontrarás nenhuma sombra; abriga-te por isso no

sopro corrido e fresco do mar. Entra no mercado e vira à tua direita e ao terceiro homem que encontrares em frente da terceira banca de pedra compra peixes. Os peixes são azuis e brilhantes e escuros com malhas pretas. E o homem há-de pedir-te que vejas como as suas guelras são encarnadas e que vejas bem como o seu azul é profundo e como eles cheiram realmente, realmente a mar. Depois verás peixes pretos e vermelhos e cor-de-rosa e cor de prata. E verás os polvos cor de pedra e as conchas, os búzios e as espadas do mar. E a luz se tornará líquida e o próprio ar salgado e um caranguejo irá correndo sobre uma mesa de pedra. À tua direita então verás uma escada: sobe depressa mas sem tocar no velho cego que desce devagar. E ao cimo da escada está uma mulher de meia idade com rugas finas e leves na cara. E tem ao pescoço uma medalha de ouro com o retrato do filho que morreu. Pede-lhe que te dê um ramo de louro, um ramo de orégãos, um ramo de salsa

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e um ramo de hortelã. Mais adiante compra figos pretos: mas os figos não são pretos: mas azuis e dentro são cor-de-rosa e de todos eles corre uma lágrima de mel. Depois vai de vendedor em vendedor e enche os teus cestos de frutos, hortaliças, ervas, orvalhos e limões. Depois desce a escada, sai do mercado e caminha para o centro da cidade. Agora aí verás que ao longo das paredes nasceu uma serpente de sombra azul, estreita e comprida. Caminha rente às casas. Num dos teus ombros pousará a mão da sombra, no outro a mão do Sol. Caminha até encontrares uma igreja alta e quadrada. Lá dentro ficarás ajoelhada na penumbra olhando o branco das paredes e o brilho azul dos azulejos. Aí escutarás o silêncio. Aí se levantará como um canto o teu amor pelas coisas visíveis que é a tua oração em frente do grande Deus invisível”.

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Letras REGIÃO & Leituras

FOTOS D.R.

Paulo Serra

Doutorado em Literatura na Universidade do Algarve;

PALAVRA DO SENHOR, de Ana Bárbara Pedrosa

No romance Palavra do Senhor, de Ana Bárbara Pedrosa, publicado pela Bertrand, Deus é o narrador literalmente omnisciente que nos conta a sua versão de como criou o mundo e de como a evolução descambou, deixando-O numa «perpétua pilha de nervos, anti-matéria pronta a destruir» (p. 71). Isso não impede que respeitasse Eva e tivesse sentido predilecção por Caim, justamente por O terem desafiado. Adão não é criado à imagem de Deus e o Criador não tem longas barbas nem pena e papel onde registe a sua versão da Criação. A sua maior dor é, afinal, não poder experienciar e sentir: em cima, Deus sofre por não ser humano. Na primeira parte do livro, o Antiquíssimo Testamento, faz-se uma paráfrase em estilo corrido da história sobejamente conhecida da criação do mundo, da perversão pelos descendentes de Caim, do reset feito com a limpeza diluviana. Porque estes episódios são sobejamente conhecidos, são passados em revista num estilo narrativo solto, livre, mordaz, com momentos de humor. Mais do que recontar, interessa aqui colocar em perspectiva o texto sagrado, questionando-o, reinterpretando-o à luz do nosso tempo. A linguagem é despretensiosa, coloquial, como quando ao expulsar Adão e Eva do Paraíso se diz «A partir dali, não haveria almoços grátis, teriam de se fazer os dois à vida» (p. 24). Mesmo quando se invocam referências artísticas, que melhor ilustram certos episódios bíblicos recontados, não há pretensa erudição. O que se desconhecia, e é aqui recontado, é como os dinossauros são igualmente criação divina e, afinal, o ovo surgiu primeiro que a galinha: «Desde logo, fascinei-me com a minha criação. Adorava ver aquilo: punha uma semente no solo, dava uma flor. Criava um ovo e nascia um pterossauro» (p. 17) Ao longo do texto, é aliás curioso notar como existem diversas referências a uma linguagem científica, que ironiza e contrabalança a voz narrativa divina; fala-se em ADN, atómos, anti-matéria. Na segunda parte, com o Novíssimo Testamento, a autora dá largas à sua criatividade e perspectiva os acontecimentos bíblicos de uma forma inovadora e até mais humana. Deus não é afinal apenas aquela entidade que tudo vigia e que apenas intervém para punir, como se leu no Velho Testamento, mas uma figura até bastante humana, capaz de se deixar perder de amores por Maria. Uma Maria aliás bastante tentadora que enlouquece de desejo até Gabriel, provando que afinal os anjos têm sexo. Ironicamente, não existe vida além-mundo. Deus existe num vazio, pelo que desengane-se o leitor que espera amealhar indulgências para um suposto Paraíso: «Um humano, após a morte, torna-se numa sombra que é um verme. O espírito vagueia por aí, mas só é uma memória, e ainda por cima triste ao lembrar o que já foi.» (p. 113)

“INFERNAL MACHINE”

Há filmagens nas ruas de Loulé

A

s filmagens de “Infernal Machine”, do realizador americano Andrew Hunt, começaram esta segunda-feira nas ruas da cidade de Loulé. Trata-se do primeiro filme rodado nos estúdios de cinema da Moviebox em Loulé, que conta com o apoio da Câmara de Loulé através do Loulé Film Office. Na semana passada Vítor Aleixo, presidente da Câmara de Loulé, visitou os Estúdios de Cinema da Moviebox na antiga fábrica da Unicer em Loulé. “Trata-se de um investimento privado que começa agora a ser desenvolvido, diferenciador e diversificador para a nossa economia”, explica a Loulé Film Office. O Município de Loulé está a acompanhar este projeto, através do Loulé Film Office, desde o seu início em 2018.

RESTAURANTE O TACHO

Restaurante de estilo familiar Take-Away: Entrega ao domicílio em Tavira

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Sobre o Loulé Film Office O Município de Loulé elegeu como um dos pilares para o desenvolvimento do concelho a Cultura. Nesse sentido, está a implementar e a desenvolver uma estra-

tégia cultural que alie a preservação do património, a criação contemporânea, o Turismo Criativo e as Indústrias Cultu-

rais e Criativas. Num concelho com uma paisagem natural e cultural riquíssima com uma multiplicidade cénica e de luz, aliada a uma centralidade, excelentes acessibilidades e oferta hoteleira de excelência, o Município de Loulé quer proporcionar as condições de acolhimento e de apoio à criação de projetos audiovisuais, assim nasce o Loulé Film Office. O Loulé Film Office, em colaboração com a Algarve Film Commission, constitui-se como um facilitador e mediador entre os projetos e o acesso às localizações e cenários do concelho, apoiando, igualmente, nos processos de autorização. O Município de Loulé cria assim condições para que o concelho se torne um destino privilegiado de filmagens e produções fotográficas, que contribuam para o reforço da imagem e da promoção do concelho.


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UNIÃO EUROPEIA PRESIDÊNCIA PORTUGUESA: TEMPO DE AGIR

É preciso reforçar valores comuns de solidariedade, convergência e coesão

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ortugal iniciou a Presidência do Conselho da União Europeia no passado dia 1 de janeiro,

tendo a mesma finalizado a 30 de junho de 2021. No Postal do Algarve, ao longo destes 6 meses, demos voz aos cidadãos para comentar

o Plano de Ação. Como mote, as cinco linhas de ação previstas no Programa: Europa Resiliente - Promover a recuperação, a coesão e os valores

europeus, Europa Verde Promover a UE como líder na ação climática, Europa Digital - Acelerar a transformação digital ao serviço de

cidadãos e empresas, Europa Social - Valorizar e reforçar o modelo social europeu, Europa Global - Promover uma Europa aberta ao mundo.

Leia os artigos na íntegra no Postal do Algarve online. Na diversidade das opiniões, ouvidas com respeito, também se constrói a Europa.

Por uma recuperação justa, verde e digital

Promover a UE como líder na ação climática

Valorizar e reforçar o modelo social europeu

Promover uma Europa aberta ao mundo

Ana Burnay, Europe Direct Algarve

Mourana Monteiro, Estudante de Mestrado, Greve Climática Algarve

Acelerar a transformação digital ao serviço de cidadãos e empresas

Marta Lima, Psicóloga, Out of the Box Europe

Rodrigo Soares, Estudante de Mestrado da UALFG, Vice-Presidente da ESN - Erasmus Student Network

Promover a recuperação, a coesão e os valores europeus - Um balanço da presidência portuguesa

“reforçar É muito importante a resiliência

da Europa e a confiança dos cidadãos no modelo social europeu, promovendo uma União baseada em valores comuns de solidariedade, de convergência e de coesão”

“poucos A verdade é que nos levam

a sério. Uns acham que somos “putos que querem faltar às aulas” e outros “extremistas”

Raquel Ponte, Socióloga e Embaixadora GeekGirls em Faro

“todoNooAlgarve, com potencial de

que dispomos para nos tornarmos num grande Hub Digital para a Europa, e a partir dela para o mundo, não temos, no entanto, conseguido descolar da 3ª mudança” PUB.

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TEMA

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1° PRÉMIO

2° PRÉMIO

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ações to e Inform Regulamen ve.pt ar g asdoal www.agu

“objetivos Há, portanto, “de[...]quedeixo o desejo ambiciosos, nós, jovens, mas ainda assim, fica o travo a insuficiente”

possamos ser uma voz ativa na defesa destes valores, e que a Europa não seja apenas um símbolo ou uma moeda, [...]”

Hugo Marques, Embaixador 4EUFuture da garageErasmus

“sinto Como português, vergonha do fracasso da presidência que Portugal fez”

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NECROLOGIA REGIÃO

Bruno Filipe Torres Marcos Notário Cartório Notarial em Tavira EXTRATO DE ESCRITURA DE JUSTIFICAÇÃO

CERTIFICO, para efeitos de publicação, nos termos do artigo 100.º do Código do Notariado que, por escritura pública de justificação, outorgada em 04.06.2021, exarada a folhas 78 e seguinte do competente Livro n.º 182-A, que: - José Idílio Pereira Martins, e mulher Glória da Assunção Lourenço Martins, naturais ele de Santo Estêvão, Tavira, e ela de Vaqueiros, Alcoutim, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, residentes em Santa Margarida, 8800-218 Tavira; - Declararam ser donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do prédio urbano, composto por habitação térrea com logradouro, com a área total de 307,00 m2, sendo 41,00 m2 de área coberta e 266,00 m2 de área descoberta, sito no comercialmente denominado Aldeamento Turístico de Pedras D’El Rei II ou Aldeamento Turístico de Pedras da Rainha, denominado por Lote 1-B ou Casa B, em Cabanas de Tavira, freguesia de Conceição e Cabanas de Tavira, concelho de Tavira, inscrito na matriz sob o artigo 296, com origem no artigo 202 da extinta freguesia de Cabanas de Tavira, e este, por sua vez, no artigo 1050 da extinta freguesia da Conceição, com o valor patrimonial tributário de 41.178,55 €, descrito na Conservatória do Registo Predial de Tavira sob o número quatro mil oitocentos e dois, da freguesia da Conceição; onde se encontra registado na citada Conservatória a favor de “Imolevi – Imobiliária Levi do Nascimento, S.A.”, tendo esta Sociedade adquirido este imóvel por escritura celebrada a 09.12.1981, no 12.º Cartório Notarial em Lisboa, exarada a folhas 83 e seguinte do competente Livro 154-A; - Que, mais tarde, por escritura celebrada a 09.09.1982, também no 12.º Cartório Notarial de Lisboa, exarada de folhas 98 a 100 do competente Livro 121-G, a identificada Sociedade vendeu o prédio do seguinte modo: a nua propriedade a Hélène Evrard e o usufruto vitalício e simultâneo e sucessivo a Pierre Jean Evrard e Colette Ecek, os quais foram representados nessa escritura por um gestor de negócios, nunca tendo porém a mesma sido ratificada até à presente data; - Que, posteriormente, eles justificantes, adquiriram o mencionado prédio, com a indicada composição e área aos ditos Hélène Evrard, Pierre Jean Evrard e Colette Ecek, por compra meramente verbal, em data imprecisa do ano de 1988, e nunca reduzida a escritura pública, não tendo deste modo título que lhes permita fazer o registo do prédio em seu nome; - Tendo tomado posse do identificado prédio naquele ano, através da entrega das respetivas chaves, e tendo desfrutado o identificado imóvel, como coisa própria, autónoma e exclusiva, dele retirando as vantagens de que é suscetível, e nele praticando os atos materiais correspondentes ao direito de propriedade plena, nomeadamente usando-o, fazendo os melhoramentos e reparações necessários, pagando os respetivos impostos, designadamente a Contribuição Autárquica e o Imposto Municipal sobre Imóveis, bem como as quotas e outras despesas do condomínio, participando na vida associativa do empreendimento onde se insere o imóvel, tudo na convicção de não lesarem o direito de outrem, pelo que possuem o dito imóvel em nome próprio há mais de vinte anos, sem a menor oposição de quem quer que seja, desde o seu início, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente, com o conhecimento e acatamento de toda a gente.

Reze 9 Ave-Marias com uma vela acessa durante 9 dias, pedindo 3 desejos, 1 de negócios e 2 impossíveis ao 9º dia publique este aviso, cumprir-se-á mesmo que não acredite. C.F.

- Que, assim, esta posse pública, pacífica e contínua, conduziu à aquisição do direito de propriedade do mencionado prédio por usucapião, que invocam para justificar o direito de propriedade para fins de registo.

Tavira e Cartório, em 04 de junho de 2021. O Notário, Bruno Filipe Torres Marcos Conta registada sob o n.º 2/2308. (POSTAL do ALGARVE, nº 1268, 23 de Julho de 2021)

JOSÉ JOAQUIM

VAQUEIROS - ALCOUTIM SANTA MARIA E SANTIAGO - TAVIRA Agência Funerária Santos & Bárbara, Lda.

CONVOCATÓRIA José Luís Gago Norberto, presidente da Mesa da Assembleia Geral da Cooperativa dos Olivicultores de Tavira, convoca a Assembleia Geral Ordinária, nos termos dos estatutos e demais legislação aplicável, a realizar no dia 7 de agosto de 2021, pelas 16h00, na sede da Cooperativa, em Vale Caranguejo, Rua Almirante Cândido Reis, União de Freguesias de Tavira, 8800-228, com a seguinte ordem de trabalhos:

ORDEM DE TRABALHOS Ponto Um: Alteração do artigo primeiro dos estatutos, que passará a ter a seguinte redação:

Artigo Primeiro A cooperativa agrícola denominada Cooperativa dos Olivicultores de Tavira, Sociedade Cooperativa Anónima de Responsabilidade Limitada, constituída por escritura pública no dia 10 de abril de 1950 no Cartório Notarial de Tavira, altera a sua denominação para Cooperativa dos Olivicultores de Tavira, Cooperativa de Responsabilidade limitada, por força no disposto no Código Cooperativo, passando a reger-se pela Lei nº 119/2015 de 31 de agosto, com as alterações da Lei nº 66/2017 de 9 de agosto e restante legislação aplicável e pelos presentes estatutos aprovados em Assembleia Geral de 15 de junho de 1986. Ponto Dois: Alteração do artigo décimo nono – duração dos mandatos – que passará a ter a seguinte redação:

Artigo Décimo Nono A duração dos mandatos dos titulares da Mesa da Assembleia Geral, da Direção e do Conselho Fiscal é de quatro anos, sendo permitida a reeleição. Ponto Três: Discussão e votação do balanço e relatório de contas da Direção, referentes aos anos de dois mil e dezanove e dois mil e vinte, bem como o parecer do Conselho Fiscal. Nota: Não havendo número legal de cooperadores para a assembleia poder funcionar em primeira convocatória, fica a mesma marcada para uma hora mais tarde, no mesmo local, com a mesma ordem de trabalhos e com qualquer número de cooperadores. Tavira, 19 de julho de 2021 O PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA GERAL José Luís Gago Norberto (POSTAL do ALGARVE, nº 1268, 23 de Julho de 2021)

VENDE-SE ou ARRENDA-SE 4 terrenos agrícolas com excelente localização e acessibilidade, com água da barragem, situados na Asseca a 3 minutos da cidade de Tavira èPomar de citrinos: 8.158 m2 èTerra de semear: 8.000 m2 èTerra de semear: 9.788 m2 èPomar de citrinos e terra de semear 6.370 m2 èÁrea total: 32.316 m2

13-01-1930 13-07-2021 Agradecimento Os seus familiares vêm por este meio agradecer a todos quantos se dignaram acompanhar o seu ente querido à sua última morada ou que, de qualquer forma, lhes manifestaram o seu pesar.

COOPERATIVA DOS OLIVICULTORES DE TAVIRA ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA

Contacto: 918 201 747

COMUNIQUE COM O POSTAL

Contacto: 281 405 028 Administrativo: anabelag.postal@gmail.com Redação: jornalpostal@gmail.com

Reze 9 Ave-Marias com uma vela acessa durante 9 dias, pedindo 3 desejos, 1 de negócios e 2 impossíveis ao 9º dia publique este aviso, cumprir-se-á mesmo que não acredite. A.G.


CADERNO ALGARVE

Postal, 23 de julho de 2021

A NÚNCIOS REGIÃO

Isabel Nunes de Almeida A Notária CARTÓRIO NOTARIAL DE CASTRO MARIM – ALGARVE CERTIFICADO

www.

PreviaSafe.pt

geral@previa.pt Tel.: 289 393 711 | 289 824 861 Rua Sport Faro e Benfica nº 4 A 8000 - 544 Faro

Nos termos do número 1, do artigo 100º, do Código do Notariado, eu, Isabel Alexandra Dinis da Silva Esteves Nunes de Almeida, Notária no Cartório Notarial de Castro Marim, Urbanização Castro Marim Sol, lote 2, 1º E, certifico que, no dia catorze de Julho de dois mil e vinte e um, foi lavrada neste Cartório, a folhas cento e quatro, do Livro de Notas para Escrituras Diversas número Trinta e oito-A, uma escritura de justificação, na qual outorgaram FERNANDO CAMPOS CUSTÓDIO, e sua mulher, MARIA DE FÁTIMA DOMINGOS SIMÃO CUSTÓDIO, ambos naturais da freguesia de Martim Longo, concelho de Alcoutim, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, residentes no Sítio do Pessegueiro, Chada de Ouro, Martim Longo, Alcoutim, os quais declararam que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do PRÉDIO URBANO situado no Sítio da Chada de Ouro, Martim Longo, na freguesia de Martim Longo, concelho de Alcoutim, composto por terreno para construção, com área total de quatro mil setecentos e oitenta metros quadrados, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Alcoutim, a confrontar a NORTE com José Gonçalves Fatal, a NASCENTE com Herdeiros de Diogo Luís Fernandes, a SUL com Fernando Campos Custódio (o próprio) e a POENTE com via pública, inscrito na matriz predial urbana da freguesia de Martim Longo, sob o artigo número 3057, com o valor patrimonial tributável de cento e vinte e nove mil e cinquenta euros, a que atribuem igual valor. Que desconhecem a proveniência matricial e não têm informações para que possam fazer a correspondência.

CARTÓRIO NOTARIAL DE TAVIRA, A CARGO DA NOTÁRIA EM SUBSTITUIÇÃO LEGALMENTE DESIGNADA JOANA LEAL DE OLIVEIRA GERALDO DIAS Nos termos do artigo 100.º, n.º 1, do Código do Notariado, certifico que, no dia nove de julho de dois mil e vinte e um, foi lavrada neste Cartório, de folhas cento e trinta e sete a folhas cento e trinta e oito verso, do livro de notas para escrituras diversas número Dois-J, uma escritura de retificação de justificação, na qual Manuel Cavaco Estêvão, NIF 188 883 355, e mulher, Lionete Teresa Inácio Quintino Estêvão, NIF 188 883 347, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais, ele da freguesia de Cachopo, concelho de Tavira, e ela de Angola, residentes em 8 Rue du Commandant Juillet, 38260 La Côte Saint André, Isere, 38260, França, e Daniel Francisco Estêvão, NIF 196 496 640, divorciado, natural da aludida freguesia de Cachopo, concelho de Tavira, residente em 260 Cheminde Pré Soldat, 38260 La Côte Saint André, Isere, 38260, França, retificaram a escritura de justificação lavrada no dia vinte e sete de agosto de dois mil e vinte, exarada de folhas setenta e seis e seguintes, do livro de notas para escrituras diversas número duzentos e sete-A, do extinto Cartório Notarial de Tavira, a cargo do Notário Joaquim Lucas da Silva, de cujo acervo documental sou fiel depositária, declarando que entraram na posse, em data imprecisa, no ano de mil novecentos e oitenta e quatro, e não no ano de mil novecentos e oitenta e seis, como por lapso, ficou indicado naquela escritura de justificação, do prédio urbano composto por edifício de rés-do-chão com uma divisão, destinado a arrecadações e arrumos, sito em Feiteira, freguesia de Cachopo, concelho de Tavira, a confrontar do norte com Rua, do sul e nascente com os próprios e do poente com Manuel Joaquim, com a área total de vinte e sete metros quadrados, inscrito na matriz sob o artigo número 2270, com o valor patrimonial tributário e atribuído de novecentos e trinta euros, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Tavira, sendo eles os respetivos donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, na proporção de metade para Manuel Cavaco Estêvão, e mulher, Lionete Teresa Inácio Quintino Estêvão, e de metade para Daniel Francisco Estêvão. Que, assim, o referido prédio entrou na posse dos justificantes por compra e venda verbal e não titulada por escritura pública, em data imprecisa do ano de mil novecentos e oitenta e quatro, a Celeste da Conceição Dias, solteira, maior, residente que foi em Cachopo, Tavira, já falecida, não dispondo eles justificantes de título formalmente válido que comprove tal compra. E que desde esse ano, possuem o prédio em nome próprio, usufruindo do mesmo, fazendo as obras de conservação e reparação necessárias, pagando contribuições e impostos devidos, sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu início, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente, com o conhecimento de toda a gente, sendo por isso uma posse pacífica, contínua e pública, pelo que adquiriram o prédio por usucapião. Que em tudo o mais mantiveram o referido na dita escritura. Está conforme o original. Tavira, aos nove de julho de dois mil e vinte e um. A Notária,

Que, não possuem qualquer título formal que legitime o domínio do mesmo prédio. Que o identificado prédio foi por eles adquirido, já no estado de casados entre si (casamento que contraíram em vinte e nove de Março de mil novecentos e oitenta), em dia e mês que não podem precisar, de meados do ano de mil novecentos e noventa e sete, por compra verbal feita a António Neves Mateus, no estado de casado com Maria Almerinda, à data residentes em Martim Longo, Alcoutim, ele atualmente falecido. Que, em virtude da distância temporal, desconhecem quando e como o identificado prédio chegou à posse dos referidos António Neves Mateus e Maria Almerinda. Que, desde aquela data, que não podem precisar, de meados do ano de mil novecentos e noventa e sete, os primeiros outorgantes, ora justificantes, Fernando Campos Custódio e Maria de Fátima Domingos Simão Custódio, entraram na posse e fruição do identificado prédio, praticando atos concretos de posse, tratando-o como seu, cuidando-o, praticando atos de defesa e conservação, sem qualquer interrupção, com ânimo de quem exercita direito próprio, sendo reconhecido como propriedade sua por toda a gente, fazendo-o de boa fé, por ignorar lesar direito alheio, pacificamente porque sem violência, contínua e publicamente, à vista e com conhecimento de todas as pessoas, agindo sempre por forma correspondente ao exercício pleno do direito possuído, sem oposição, embargo ou estorvo de quem quer que seja e tudo isto por lapso de tempo superior a vinte anos. Que dadas as enunciadas características de tal posse, os primeiros outorgantes adquiriram o identificado prédio por usucapião, título este que, por natureza, não é suscetível de ser comprovado pelos meios normais. Que, não tendo qualquer outra possibilidade de levar o seu direito ao registo predial, vêm justificá-lo nos termos legais, por usucapião fundada em posse que teve o seu início posteriormente ao casamento, pelo que, o identificado imóvel pertence à massa patrimonial dos bens comuns dos justificantes. Está conforme o original. Castro Marim, 14 de Julho de 2021 A Notária

Conta registada sob o número 465 (POSTAL do ALGARVE, nº 1268, 23 de Julho de 2021)

Reze 9 Ave-Marias com uma vela acessa durante 9 dias, pedindo 3 desejos, 1 de negócios e 2 impossíveis ao 9º dia publique este aviso, cumprir-se-á mesmo que não acredite. D.F.

CERTIFICO, para efeitos de publicação, nos termos do artigo 100.º do Código do Notariado que, por escritura pública de justificação, outorgada em 04.06.2021, exarada a folhas 70 e seguinte do competente Livro n.º 182-A, que: - Jorge André Ferreira Timóteo, natural de Tavira (Santiago), Tavira, casado, residente no Largo Padre António do Nascimento Patrício, n.º 13, 1.º, 8800-541 Santa Luzia, na qualidade de cabeça-de-casal em representação da herança de sua mãe SOSELIA MARIA MARINHA FERREIRA, a mesma que SUZÉLIA MARIA MARINHA FERREIRA, natural de Tavira (Santiago), concelho de Tavira, com a última residência habitual na Avenida Engenheiro Duarte Pacheco, n.º 44, em Santa Luzia, Tavira, falecida a 29.12.2019, em Tavira, sem deixar testamento ou qualquer outra disposição de última vontade, no estado de viúva de Joaquim António Timóteo, a qual deixou como únicos herdeiros, por vocação legal, seus dois filhos: a) Maria de Fátima Ferreira Timóteo, NIF 165933364, solteira, maior, natural da indicada freguesia de Tavira (Santiago), residente na Rua Feixinho de Vides, n.º 19, 8800-365 Tavira – a qual se encontra na condição de interdita por sentença de 29.11.2011, sentença essa que fixou a data do começo da incapacidade no dia do seu nascimento, tendo sido nomeado para tutor o seu irmão, o referido Jorge André Ferreira Timóteo; b) e Jorge André Ferreira Timóteo; - Tendo alegado para o efeito que os herdeiros da referida SOSELIA FERREIRA são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem e em comum e sem determinação de parte ou direito, de um prédio urbano composto por casa de habitação térrea com vários compartimentos e quintal, com a área total de 82 m2, sendo de 69 m2 e de 13 m2, atualmente a confrontar do norte e poente com Libânio Rosa Catarino, do sul com a Rua Capitão Jorge Ribeiro, e do nascente com Justino das Dores Mangas, e antes a confrontar do norte com Veríssimo Machado, sul com a referida Rua, nascente com Maria Lúcia Pereira e marido João António Correia e a poente com herdeiros de João Soares, sito na dita Rua Capitão Jorge Ribeiro, n.º 161, na vila e freguesia de Santa Luzia, concelho de Tavira, descrito na Conservatória do Registo Predial de Tavira sob o número três mil cento e oitenta e dois, da freguesia de Tavira (Santiago), inscrito na matriz predial urbana sob o artigo 348, com origem no artigo 1644 da extinta freguesia de Tavira (Santiago), e este, por sua vez, no artigo 819 desta mesma freguesia, com o valor patrimonial tributário de 10.434,20 €; - Sendo que a aquisição deste prédio se encontra ainda registada na citada Conservatória a favor de Ermelinda da Conceição Barqueira e marido José Joaquim Barqueira, conforme apresentação um, do dia vinte e três de julho de mil novecentos e quarenta e três; tendo, porém, a referida Soselia Ferreira, adquirido o identificado prédio, com a indicada composição e área, no ano de mil novecentos e noventa e seis, por adjudicação no Inventário Obrigatório por óbito do seu marido, o referido Joaquim António Timóteo, que correu seus termos sob o n.º 16/95, no Tribunal Judicial da Comarca de Tavira; e, por sua vez, o casal de Joaquim António Timóteo e Soselia Maria Marinha Ferreira adquiriu o prédio do seguinte modo: a) por sucessão por óbito da referida titular inscrita no Registo Predial, Ermelinda da Conceição Barqueira, falecida aos 10.12.1975, sem deixar testamento ou qualquer outra disposição de última vontade, no estado de casada sob o regime da comunhão geral de bens com o dito José Joaquim Barqueira, de quem se conhece como único herdeiro, por vocação legal, o seu sobrinho, o referido Joaquim António Timóteo; b) e ainda por doação feita pelo referido José Joaquim Barqueira da meação nos bens comuns do dissolvido casal por óbito da sua mulher, a referida Ermelinda da Conceição Barqueira, conforme escritura celebrada a 09.06.1976, no extinto Cartório Notarial de Tavira, exarada a folhas 73v e seguinte do competente Livro C – 4; - Todavia, após várias diligências e buscas junto das competentes Conservatórias do Registo Civil e Arquivo Distrital de Faro, constatou-se ser absolutamente impossível obter-se as devidas certidões de registo civil para poder habilitar o dito José Joaquim Barqueira como único herdeiro da titular inscrita Ermelinda da Conceição Barqueira, nomeadamente a sua certidão de óbito; - pelo que, por falta de título, concretamente a habilitação de herdeiros por óbito de Ermelinda da Conceição Barqueira, não têm os atuais possuidores do imóvel, os herdeiros, possibilidade de comprovar, pelos meios extrajudiciais normais, o seu direito de propriedade; - Porém, desde 01.10.1996, data da sentença homologatória do referido Inventário Obrigatório, portanto, há mais de vinte anos, primeiro a sua mãe e depois os seus herdeiros, que lhe sucederam e continuaram na posse do imóvel, de forma pública, pacífica, contínua e de boa-fé, ou seja, com o conhecimento de toda a gente, sem violência nem oposição de ninguém, reiterada e ininterruptamente, na convicção de não lesarem quaisquer direitos de outrem e ainda convencidos de serem os únicos titulares do direito de propriedade sobre o prédio, e assim o julgando as demais pessoas – tendo a autora da herança habitado o imóvel, e nele feito obras de manutenção e conservação, tratando do quintal e pagando os respetivos impostos e outros encargos, continuando os herdeiros a pagar os impostos e a manter o imóvel – pelo que, tendo em consideração as referidas características de tal posse, adquiriram o referido prédio por USUCAPIÃO, o que para os devidos efeitos na referida qualidade invoca, integrando portanto o bem a massa patrimonial da herança aberta por óbito da referida Soselia Maria Marinha Ferreira, pertencendo aos herdeiros, sem determinação de parte ou direito. Tavira e Cartório, em 04 de junho de 2021.

Conta registada sob o n.º 1331 Fatura/Recibo: FAC926/2021

O Notário,

Data de Emissão: 14/07/2021

Bruno Filipe Torres Marcos

(POSTAL do ALGARVE, nº 1268, 23 de Julho de 2021)

Bruno Filipe Torres Marcos Notário Cartório Notarial em Tavira CERTIFICO, para efeitos de publicação, nos termos do artigo 100.º do Código do Notariado que, por escritura pública de justificação, outorgada em 16.06.2021, exarada a folhas 16 e seguintes do competente Livro n.º 183-A, que: A) Angelina Maria Custódia Gomes, viúva, natural de Vaqueiros, Alcoutim, residente no Sítio da Ponte Velha, caixa postal 104-P, Quelfes, 8700-227 Olhão; B) Paulo Jorge Gomes, natural de Moncarapacho, Olhão, casado, residente na Horta do Pádua, Bloco 9, r/c esq., 8700-317 Olhão;

Reze 9 Ave-Marias com uma vela acessa durante 9 dias, pedindo 3 desejos, 1 de negócios e 2 impossíveis ao 9º dia publique este aviso, cumprir-se-á mesmo que não acredite. T.S.

EXTRATO DE ESCRITURA DE JUSTIFICAÇÃO

Isabel Nunes de Almeida

EXTRATO DE ESCRITURA DE JUSTIFICAÇÃO

Joana Leal de Oliveira Geraldo Dias

Bruno Filipe Torres Marcos Notário Cartório Notarial em Tavira

C) Flávio Manuel Gomes, solteiro, maior, natural da Sé (Faro), Faro, residente no Sítio da Ponte Velha, caixa postal 104-P, Quelfes, 8700-227 Olhão; - Declararam ser donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem e em comum e sem determinação de parte ou direito, do prédio rústico, composto por terra de cultura arvense com amendoeiras, com a área de 880 m2, sito em Murtais, denominado por Pedreira Velha, na freguesia de União das Freguesias de Moncarapacho e Fuseta, concelho de Olhão, descrito na Conservatória do Registo Predial de Olhão sob o número dois mil seiscentos e cinquenta e seis, da freguesia de Moncarapacho, onde se encontra se registada a aquisição a favor de Natalina do Carmo e marido Francisco Bento, atualmente falecidos, casados que foram sob o regime de comunhão geral de bens, e que residiram em Belo Romão, Moncarapacho, Olhão, conforme pela apresentação sete, do dia dois de Novembro de mil novecentos e oitenta e nove, inscrito na matriz sob o artigo 34, da seção AX, em nome da herança de Manuel Gonçalves Gomes, com o valor patrimonial tributário de 356,60 €;

Conta registada sob o n.º 2/1712. (POSTAL do ALGARVE, nº 1268, 23 de Julho de 2021)

- Tendo alegado para o efeito, que o referido prédio chegou à posse de Manuel Gonçalves Gomes, atualmente falecido, e mulher Angelina Maria Custódia Gomes, ora justificante identificada em A), no ano de 1995 em data que não podem precisar, por compra meramente verbal e nunca reduzida a escritura pública efetuada aos referidos Natalina do Carmo e marido Francisco Bento; - Sendo que o referido Manuel Gonçalves Gomes faleceu 15.07.2015, sucedendo-lhe como únicos herdeiros a sua mulher e seus filhos, ora justificantes, conforme escritura de habilitação celebrada a 14.08.2015, lavrada a folhas 93, do competente Livro 117-A, do Cartório Notarial em Olhão do Notário António Jorge Miquelino da Silva; - Porém, desde aquele ano, portanto, há mais de vinte anos, primeiro o falecido Manuel Gonçalves Gomes e a sua mulher Angelina, e depois o cônjuge sobrevivo e os herdeiros, que lhe sucederam e continuaram na posse do imóvel, de forma pública, pacífica, contínua e de boa-fé, ou seja, com o conhecimento de toda a gente, sem violência nem oposição de ninguém, reiterada e ininterruptamente, na convicção de não lesarem quaisquer direitos de outrem e ainda convencidos de serem os únicos titulares do direito de propriedade sobre o prédio, e assim o julgando as demais pessoas – tendo o dissolvido casal limpo e delimitado o terreno, pagando contribuições e impostos devidos, continuando os herdeiros a pagar os impostos e a manter o imóvel – pelo que, tendo em consideração as referidas características de tal posse, adquiriram o referido prédio por USUCAPIÃO, o que para os devidos efeitos na referida qualidade invocam, integrando portanto o bem a massa patrimonial do dissolvido casal e herança aberta por óbito do referido Manuel Gonçalves Gomes, pertencendo aos justificantes, sem determinação de parte ou direito. Tavira e Cartório, em 16 de junho de 2021. O Notário, Bruno Filipe Torres Marcos Conta registada sob o n.º 2/1863. (POSTAL do ALGARVE, nº 1268, 23 de Julho de 2021)

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A modernização da linha do Algarve e o estudo de novas ligações que permitam soluções alternativas à mobilidade regional, estiveram em discussão esta segunda feira, na CCDRA, em Faro No fórum, aberto as autarquias e forças vivas da região, foram apresentadas as Bases do Plano Ferroviário Nacional (PNF), procurando reunir os contributos suscetíveis de serem incluídos no documento que deverá estar concluído até março de 2022. O Plano que se encontra em fase de auscultação pública procura - conforme disse Frederico Francisco, do Ministério das Infraestruturas – “ouvir quem tem responsabilidades ou possa vir a ter sobre o território, e quais as necessidades e ambições que as pessoas têm para o transporte ferroviário que podem ser satisfeitas”. O objetivo é que no próximo ano, o documento final resulte num diploma legislativo que tenha um estatuto igual ao do Plano Rodoviário Nacional (PRN), que na sua versão atual já existe desde 1985. Portugal tem um Plano Rodoviário desde 1940. A verdade é que tem sido muito bem sucedido ao longo destes 35 anos. “No investimento ferroviário, o que temos é um pouco o contrário. Como os ciclos de investimento do país estão tipicamente alinhados com os ciclos de fundos europeus, em cada novo ciclo, começamos com uma folha em branco, a ter discussões que já tinham sido feitas anos antes sobre as mesmas linhas”. Agora, “o objetivo do PFN é que o país fique dotado de um instrumento de médio e longo prazo que diz qual é a rede ferroviária que queremos atingir, para que em cada novo ciclo possamos selecionar os investimentos prioritários», sempre numa perspetiva de futuro. Por sua vez, José Apolinário, presidente da CCDR do Algarve, falou dos investimentos previstos para a linha do Algarve: “São 140 quilómetros, 46 milhões de euros e 140 empregos diretos, em obras previstas executar nos anos de 2022 e 2023”. E aquele responsável adiantou: “Falta, contudo, programar a substituição do material circulante e o reforço e acessibilidade à conectividade digital em todas as estações de comboio, automotoras e composições. Queremos e exigimos automotoras e composições mais modernas, que permitam viajar em condições de qualidade e conforto, de Lagos a Vila Real de Santo António, com redução do tempo de viagem e horários que dispensem o recurso ao modo automóvel”. Por sua vez, Cristina Grilo, porta-voz do “Movimento + Ferrovia”, considerou que “o atual transporte ferroviário está desajustado face às necessidades de mobilidade da região e presta um mau serviço às populações”.

A

Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) anunciou esta quarta-feira que, na semana passada, instaurou 21 processos de contraordenação a restaurantes que não cumpriram as regras no contexto da pandemia de Covid-19. A operação de fiscalização ocorreu em duas vertentes, uma direcionada a estabelecimentos de restauração e bebidas e outra a unidades hoteleiras localizados em zonas turísticas em todo o território

FOTO D.R.

FOTO ANA PINTO D.R.

ALGARVE NÃO QUER PERDER O COMBOIO: Plano Ferroviário Nacional em discussão pública

Restaurantes apanhados na malha da ASAE. Vilamoura e Portimão também estiveram na mira nacional. Foram verificadas as regras de lotação dos espaços, de ocupação, de distanciamento físico e de uso de máscara. Foi também averiguado o “cumprimento da obrigação de apresentação de Certificado COVID ou teste com resultado negativo no momento de check-in em unidades hoteleiras e aquando do acesso ao interior dos estabelecimentos de restauração localizados em concelhos de risco elevado e muito elevado”, às sextas-feiras a partir das 19 horas e todo o dia aos sábados, domingos e feriados”.

Últimas Delta Cafés a limpar a Praia da Angrinha em Ferragudo A Associação

Num total de 118 operadores económicos fiscalizados no setor da restauração, foram instaurados 21 processos de contraordenação. A operação "decorreu em todo o território continental, com destaque para as cidades de Porto, Vila Nova de Gaia, Braga, Póvoa de Varzim, Amarante, Matosinhos, Ovar, Santa Maria da Feira, Vila Real, Mirandela, Coimbra, Aveiro, Figueira da Foz, Viseu, Castelo Branco, Guarda, Oleiros, Sertã, Lisboa, Oeiras, Troia, Fátima, Vilamoura, Portimão, Costa de Caparica e Palmela".

Teia D’Impulsos realiza este sábado, dia 24, uma nova ação de limpeza costeira Arade Azul, na Praia da Angrinha, em Ferragudo. A iniciativa conta pela primeira vez com a parceria do Grupo Nabeiro e do Município de Lagoa. Entre as 09:00 e as 12:00, colaboradores da Teia D’Impulsos e da Delta Cafés vão unir esforços em prol do meio ambiente e recolher o máximo de resíduos possível para reciclagem. Toda a população é convidada a participar no Arade Azul, pelo que basta comparecer no local à hora indicada. No principal acesso à Praia da Angrinha, os participantes encontrarão um ponto de receção onde serão distribuídas máscaras, luvas, sacos de lixo e garrafas de água para o desenvolvimento da ação.

MAIS ALFARROBA FURTADA APREENDIDA

Aljezur com apenas um médico A Câmara de Aljezur

LOULÉ A GNR apreendeu esta terça-feira

mais 110 quilos de alfarroba e identificou dois homens, de 18 e 24 anos, por furto de produtos agrícolas, no concelho de Loulé. Após uma denúncia que estaria a ocorrer um furto de alfarroba próximo da cidade de Loulé, os militares deslocaram-se para o local, onde detetaram "dois homens a colher a alfarroba com três sacas em sua posse", salienta a GNR. As

manifestou esta segunda-feira “grande preocupação e profundo desagrado” pela falta de médicos de família naquele concelho algarvio, exigindo ao Governo que “sejam encontradas soluções de imediato” para resolver a situação. Numa carta aberta dirigida à ministra da Saúde, Marta Temido, o município explica que o quadro de médicos no concelho está reduzido a uma médica, depois da aposentação do diretor do Centro de Saúde de Aljezur e da saída de uma médica que prestava serviço em Odeceixe. De acordo com a autarquia, foram abertas 28 vagas para médicos nos centros de saúde da região do Algarve, tendo Aljezur ficado de fora do concurso, considerando a “situação incompreensível e não aceitável”.

autoridades apuraram que os suspeitos "não possuíam autorização para apanhar a alfarroba, pelo que foram constituídos arguidos e que "terão utilizado a viatura que se encontrava estacionada no terreno, tendo sido apreendida pela sua utilização na prática do crime". A alfarroba apreendida foi entregue ao seu legítimo proprietário e os factos foram remetidos ao Tribunal Judicial de Loulé [Ler página 5].

Mais prémios para a Escola Secundária Pinheiro e Rosa Esta semana tem sido cheia de emoções para o Agrupamento de Escolas Pinheiro e Rosa, em Faro É o resultado do esforço da união entre professores e alunos que durante o ano lectivo trabalharam em prole de projectos inovadores, que despertam a consciência social e ecológica dos nossos alunos e comunidade. A Escola Secundária Pinheiro e Rosa começou a semana com a notícia que tinha ganho mais um prémio, desta vez, no valor de 15.000 euros com o projeto AQUASAVE, que foi vencedor do concurso de “eficiência Hídrica na Escola”, o que lhe valeu o galardão ADENE e o prémio monetário para

investir em boas práticas na escola, para uma utilização racional da água, sistema de regra controlada por computador, jardim vertical com regra gravítica e substituição de torneiras por doseadores de precisão. No âmbito do Projecto Eco Escolas, os alunos do 2 ano do Curso Técnico de Cozinha e Pastelaria participaram no projeto/desafio Alimentação Saudável e Sustentável, em que desde logo aceitaram participar no desafio das Eco Ementas – Eco Cozinheiros, que tinha como principal objetivo desenvolver um menu completo tendo por base os princípios da sustentabilidade, dieta mediterrânica, produtos da nossa região e época do ano de cultivo. O menu elaborado pelos alu-

nos foi o seguinte: Sopa fria de Ervilhas e Salicórnia, Caldeirada de Chicharros com carapaus aromatizada com hortelã do campo, Bolo do Tacho e para beber uma bela Limonada de Hortelã. Neste sentido, fora m agraciados os alunos e professores chefes, André Pereira Rodrigues e Luís de Almeida e Jesus, em articulação com a coordenadora do Eco Escolas Isabel Nascimento, com o 1º lugar do 3º escalão neste concurso. Os prémios serão entregues no dia 13 de outubro em Sintra. O Agrupamento de Escolas parabeniza "todos os professores, alunos e comunidade escolar que trabalha todos os dias e contribui para o sucesso dos nossos alunos".

Congresso de Hotelaria e Turismo regressa a Albufeira O congresso regressa

Distribuição quinzenal nas bancas do Algarve

Tiragem desta edição

9.912 exemplares

POSTAL regressa a

6 de agosto

à principal região turística portuguesa entre 11 e 13 de novembro, de forma presencial, e prevê reunir várias centenas de participantes para debater o futuro da atividade e fomentar a troca de experiências entre profissionais. A Associação da Hotelaria de Portugal é a promotora do congresso e o seu presidente, Raul Martins, recordou que o setor vive “há mais de 15 meses tempos complexos e difíceis” que “ainda não terminaram”, mas considerou ser “tempo de olhar para a frente” e “de pensar o turismo do futuro” quando a retoma se efetivar, “a partir de 2022”.


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