32 em Movimento - Maio

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32 em Movimento São Paulo, 22 de Maio de 2.011

"Do culto da epopéia máxima surge das trincheiras do tempo o Jornal 32. Celebrando nossos mortos São Paulo estará mais vivo do que nunca." Paulo Bomf im

Edição número 05 - Sociedade Veteranos de 32 - MMDC

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Com a palavra, O Presidente por Cap. Gino Struffaldi

No f inal de três gestões, ou seja, na iminência de completarmos seis anos na presidência da Diretoria Executiva, a Assembléia Geral, em reunião de 29 de abril último, elegeu os presidentes da diretoria e dos conselhos. Nos Conselhos Deliberativo e Fiscal foram reeleitos, respectivamente, o Coronel PM Jairo Paes de Lira e o Doutor Fernando Lopes Davis, a respeito dos quais cumpre -me f azer algumas considerações: E m 2 0 0 5 , q ua n d o a l g u n s conselheiros criaram dif iculdade para a realização da eleição da Diretoria e dos Conselhos, com argumentos de caráter no mínimo duvidoso, o Cel. Paes de Lira, “pegou o pião na unha” e, valendo-se de seus excepcionais conhecimentos jurídicos, defendeu a legalidade da Assembléia, conseguiu que a mesma se realizasse e, assumindo a sua presidência,

conseguiu eleger legalmente os novos presidentes da diretoria e dos conselhos. Permitiu, assim, revitalizar a s o c i e d a d e e r e s t a b e l e ce r a s u a credibilidade não só junto aos órgãos públicos e aos altos comandos das forças armadas, com os quais necessita manter um bom relacionamento mas, principalmente, junto ao comando geral da Polícia Militar, da qual necessita de todo o apoio moral e material como, por exemplo, o fornecimento de medalhas of iciais, organização de eventos cívicos, presença de corneteiros ou músicos nas solenidades. O D r. Dav i d, regularizou a contabilidade, cumpriu todas as determinações no novo Código Civil, deixando a Sociedade rigorosamente em dia, nos últimos cinco exercícios, dando-lhe

condições de reivindicar possíveis verbas previstas em lei. Meu substituto,- o Coronel PM Mario Fonseca Ventura, coopera ef icientemente em prol da Sociedade há mais de 10 anos, comparecendo diariamente ao MMDC, chova ou faça sol, não obstante resida em Guarulhos, bem distante. Não só como secretário, mas como historiador, tem condições para debater ou esclarecer qualquer assunto referente à Revolução Constitucionalista. Esse trio tem todas as condições para conduzir a nossa Sociedade a um destino glorioso.

Presidente em Foco: TV ALESP

EXTRA EXTRA EXTRA!

Foi ao ar no dia 19 de maio as 20h a entrevista do nosso presidente, Cap Gino Struffaldi, feita pelo Deputado Estadual Fernando Capez, na emissora de TV da Assembleia Legislativa.

Foi escolhido o novo comandante do Exército Constitucionalista. Acompanhe na nossa próxima edição a grandiosa vida de Alfredo Pires Filho, que aos 12 anos empenhou seu papel na Revolução Constitucionalista, como mensageiro, servindo honradamente aos nossos soldados paulistas!

Eleição da nova presidência A Assembléia Geral Eleitoral da Sociedade Veteranos de 32-MMDC elegeu para o biênio 2011-2013 os seguintes presidentes: Diretoria executiva - Coronel PM Mario Fonseca Ventura Conselho deliberativo - Coronel PM Jairo Paes De Lira Conselho f iscal - Dr Fernando Lopes David. A eleição realizou-se em 29 de abril e a posse será em 7 de julho na sede da sociedade, às 15 horas. - rua anita garibaldi, 25 - centro. Acompanhe cobertura do Semanário do MMDC pelo repórter correspondente Artur Pascoal no link: http://tinyurl.com/eleicaoMMDC2011


MMDC Acontece São Paulo, 22 de Maio de 2.011

Edição número 05 - Sociedade Veteranos de 32 - MMDC

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Ciclo de Palestras por Cap. PM Daniel Rodrigues Prado

Nos dias 09, 10 e 12 de maio, ocorreu na Academia de Polícia Militar do Barro Branco (APMBB) o “Ciclo de Palestras em Comemoração à Semana da J u v e n t u d e C o n s t i t u c i o n a l i s t a ”, organizado pelo Núcleo Cadete PM Ruytemberg Rocha (NCRR) e com a participação de alunos-of iciais do 1º, 2º, 3º e 4º anos do Curso de Formação de Of iciais, além de convidados. O NCRR é extensão da Sociedade Veteranos de 32-MMDC dentro da APMBB e seu objetivo é preservar e cultuar a memória da epopéia paulista de 32 e a participação da milícia paulista em um dos mais importantes episódios da história da nação. No dia 09, a palestra f icou a cargo do Sr. Cel Res PM Ventura, membro da Sociedade Veteranos de 32-MMDC, que

palestrou sobre “Aspectos Gerais da Revolução de 32”. No dia 10, a palestra f icou à cargo do Sr. Yuri Abyaza Costa, escritor e historiador. Neto do General Miguel Costa e profundo pesquisador de sua história, discorreu sobre “O General Miguel Costa e a Revolução de 32”. No dia 12, foi a vez do Al Of PM André Manoel, do 4º ano do Curso de Formação de Of iciais que, com muita propriedade, falou sobre a participação do Centro de Instrução Militar (CIMdenominação da APMBB à época) e seu envolvimento na Revolução de 32. Há que se enaltecer que durante os meses em que durou a revolução, o então CIM perdeu três de seus cadetes mortos em combate no

comando das tropas constitucionalistas. São eles: Antônio Ribeiro Junior, Manoel dos Santos Sobrinho e Ruytemberg Rocha, este último morto na cidade de Buri/SP (frente Sul) após intenso combate contra as tropas legalistas de Getúlio Vargas. Em reconhecimento aos seus feitos e por ter pagado com o bem maior (a vida) pelos ideais da Revolução Constitucionalista de 32, o Cadete PM Ruytemberg Rocha é o patrono do Diretório Acadêmico XV de Dezembro e empresta seu nome ao Núcleo da Sociedade Veteranos de 32-MMDC da Academia de Polícia Militar do Barro Branco.

Novos associados Apresentamos os novos associados da Sociedade de Veteranos de 32 - MMDC. ARTHUR FRANCISCO DE SOUZA PASCHOAL RODRIGO GUILHERME VAROTTI PEREIRA JOSÉ RICARDO NAHRLICH JUNIOR EDUARDO GARCIA DA COSTA MARQUES RICARDO DE GOES CORREIA CP PM DANIEL ROEDRIGUES PRADO ROGÉRIO FERREIRA GOMESA

Palestra do Al Of PM André Manoel ocorrida em 12 de maio de 2011 no salão de conferências da Academia de Polícia Militar do Barro Branco.


Eventos especiais alusivos ao 23 de Maio São Paulo, 22 de Maio de 2.011

Edição número 05 - Sociedade Veteranos de 32 - MMDC

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Especial 23 de Maio São Paulo, 22 de Maio de 2.011

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79 a. do dia da Juventude Constitucionalista de 1932. por Cel. Mário Fonseca Ventura

Na manhã do dia 23 de maio de 1932 o interventor Federal em São Paulo, Embaixador Pedro de Toledo declara: “O trabalho diabólico desenvolvido no RIO, por alguns políticos coligados, visa enfraquecer minha autoridade e impedir a solução do caso paulista”. Por volta das 16 horas, realiza-se na Praça do Patriarca, o comício monstro em f avor do restabelecimento da autonomia do Estado e da reconstitucionalização do país. O povo em massa dirige-se aos Campos Elíseos e exige por meio de discursos inflamados a organização do secretariado do governo em consonância com a vontade do povo. E nessa oportunidade que assomando â janela do palácio o professor Francisco Morato anuncia a escolha dos novos secretários do Interventor Federal. O Secretariado f icou assim constituído: Educação - Dr José Rodrigues Alves Sobrinho; Agricultura Francisco da Cunha Junqueira; Fazenda Paulo Morais Barros; Justiça Professor Waldemar Ferreira; Viação Fonseca Telles; Departamento de Organização Municipal Joaquim Sampaio Vidal; Prefeitura da Capital Godofredo da Silva Teles. No cair da tarde e o surgir da noite a massa humana se agiganta pelo Pátio do Colégio, ruas e praças contíguas. O populares sacam de suas armas e fazem disparos para o ar a guisa de salvas no momento em que Silva Gordo passa a Secretaria da Justiça a Waldemar Ferreira. O povo, não satisfeito com as vitórias alcançadas dirige-se à sede dos jornais: “Razão”, órgão de Osvaldo Aranha, o “correio Da Tarde”, de Miguel Costa, incendiando-os. Daí o povo ruma contra a sede da Legião Revolucionária, o Partido Popular Paulista, o qual era chef iado por Miguel Costa nos altos da Rua Barão de Itapetininga, esquina da Praça da República. Por volta das 20:30 horas na Praça da República o povo atacava a sede do PPP,

instalado à Rua Barão De Itapetininga, número 60 (hoje Prédio 298, esquina da Praça). A fuzilaria é intensa de lado a lado. Todos os lampiões de gás nas imediações e as poucas lâmpadas estavam quebradas por tiros. Os atacantes, uns atrás das árvores, outros deitados, defendiam-se, atacavam e socorriam os feridos. As ambulâncias f icam postadas nas Ruas São Luís, 7 de Abril e 24 de Maio. Enquanto um mulato distribuía munições, o povo lutava desesperadamente a f im de invadir o prédio. Quando era meia-noite, os atacantes já tinham duas baixas: Euclydes Miragaia e Antônio Américo de Camargo Andrade, morador de Campinas. Alguns atacantes conseguiram trazer um bonde e o colocaram, como muralha, parado à porta do prédio. Era uma hora e trinta minutos da madrugada quando Dráusio Marcondes de Souza, ao forçar a porta do prédio, foi alvejado mortalmente vindo a falecer no dia 28 devido aos ferimentos recebidos. Dráusio tinha apenas 14 anos, morador na Rua Oscar Freire, ferido na fossa ilíaca esquerda. O tiro saiu na fossa ilíaca direita. A luta já durava horas, mas os atacantes não esmoreciam. Havia muita gente ferida e não se sabia ao certo o número de mortos. Naquela madrugada sangrenta, naquele desespero, muitas pessoas deixaram os abrigos e avançaram para o prédio com o propósito de tomá-lo. Num destes ataques Mario Martins de Almeida foi atingido por uma rajada de balas no peito no meio da Rua Barão de Itapetininga. Não é decorrido muito tempo quando soldados acercaram-se do prédio, assestam uma metralhadora, f azem disparos e recebem um comunicado que transmitem aos populares dizendo que os sitiantes se rendiam e iam desocupar o prédio, o que realmente aconteceu. Mário Martins de Almeida morre ao ser removido para o pronto-

socorro da polícia central. Foram feridos também: Ignácio Cruz, de 21 anos, solteiro, residente à avenida D.Pedro I, número 7, no Ipiranga, com dois ferimentos produzidos por balas, na perna direita; Sebastião Bernabé Vergueiro dos Santos, de 33 anos, residente à rua Vitória, número 144, com um ferimento perfuro contuso na perna esquerda; Paulo Ribeiro, advogado, residente à Rua Oscar Porto, número 43, com ferimento perfuro contuso no antebraço direito; Moacyr de Oliveira, de 21 anos, residente à Rua Antônio de Godói, 91 com ferimento de bala penetrante da cavidade torácica; João Baptista de Oliveira Filho, de 21 anos, solteiro, residente à Rua Souza Lima, número 24, com ferimento perfuro contuso na fronte frontal esquerda; Orlando De Alvarenga, de 32 anos, casado, empregado de cartório, residente à Rua Maranhão, com ferimento perfuro contuso na região lombar, que viria a falecer em 12 de agosto; Sebastião Alves De Oliveira, de 19 anos, copeiro, com ferimento de bala na região glútea direita; Francisco Antônio Valente, de 19 anos, morador na rua 21 de Abril, número 313, com ferimento de bala no braço esquerdo e no peito; Domingos Nóbrega Filho, de 21 anos, açougueiro, morador à Alameda Santos, número 362, com um ferimento perfuro contuso produzido por bala no pé direito e outro na coxa do mesmo lado. Horas depois, as iniciais dos nomes dos mortos haverão de formar a sigla da sociedade, a princípio secreta, que viria a ser forja e martelo da revolução constitucionalista: MMDC. O poeta da Revolução Constitucionalista, Guilherme de Almeida, canta em “A Santificada”: “E houve uma noite de heroísmo/ Que marcou o teu batismo de glória;/ e por isso é que Tens quatro letras gravadas/ Nas quatro estrelas douradas/ Do topo: MMDC. Mário Martins de Almeida nasceu em São Paulo, no dia 8 de fevereiro


Especial 23 de Maio São Paulo, 22 de Maio de 2.011

Edição número 05 - Sociedade Veteranos de 32 - MMDC

de 1901. Era f ilho do Coronel Juliano Martins de Almeida e de Dona Francisca Alves de Almeida. Foi estudante do Mackenzie College, tendo terminado os seus estudos sobre a direção do Professor Alberto Kullman. Era fazendeiro em Sertãozinho estando naquele dia, isto é, 23 de maio de 1932 (31 anos) em São Paulo, de passagem em visita a seus pais. Foi sepultado no Cemitério da Consolação. Euclides Bueno Miragaia nasceu em São José dos Campos, no dia 21 de abril de 1911. Era f ilho de José Miragaia e de Dona Emília Bueno Miragaia. Foi aluno da Escola de Comércio “Carlos de Carvalho” de onde se transferiu no 3º ano para a Escola de Comércio “Álvares Penteado”. A 23 de maio de 1932 (21 anos) quando foi ferido e morto era auxiliar de um Cartório em São Paulo. Draúsio Marcondes de Souza era um jovem estudante. Nasceu em São Paulo em 22 de setembro de 1917. Era f ilho de Manoel Otaviano Marcondes de Souza e de dona Otília Moreira da Costa Marcondes. Ferido no dia 23 (15 anos incompletos) falecia no dia 28 de maio de 1932, a 1 hora e 50 minutos. Antônio Américo de Camargo Andrade, nasceu no dia 3 de dezembro de 1901. Filho de Nabor de Camargo Andrade e dona Hermelinda Nogueira de Camargo. Era casado e residente em Campinas. Morreu em 23 de maio de 1932 (31 anos) deixando viúva dona Inalah Teixeira de Camargo e 3 f ilhos: Clésio, Yara e Hermelinda. Os restos mortais dos heróis repousam no Monumento Mausoléu do Soldado Constitucionalista de 1932, no Ibirapuera, Capital. Aureliano Leite lembra que o MMDC começou num jantar num restaurante da Rua Das Flores, hoje Silveira Martins, o “Posilipo”. Foi a 24 de maio, e “éramos apenas quatro” em torno à mesa: “J. A. Sampaio Vidal, membro do governo empossado, Prudente de Morais Neto, Paulo Nogueira Filho e eu”.

Trataram de abreviar a refeição, logo puseram mãos à obra. Daí a duas horas estavam reunidas no salão de chá do Clube Comercial (à Rua Líbero Badaró) “Vinte e três pessoas dispostas a todo sacrifício”; J.A. Sampaio Vidal, pelo governo; Paulo Nogueira Filho, Cesário Coimbra, Francisco Mesquita e Aureliano Leite, pelo Partido Democrático; Francisco Alves dos Santos Filho, Edgar Batista Pereira, Bernardo de Morais e Alberto Americano, pelo Partido Republicano Paulista; Carlos de Souza Nazareth e Breno Ferraz, pela Associação Comercial; Antônio Carlos Pacheco e Silva, pelas classes liberais; Capitão Antônio Pietcher, técnico militar; Roberto Vitor Cordeiro, José Teles Matos, Gastão Saraiva, Herman de Morais Barros e Flávio Batista da Costa, pelos estudantes; Moacir Barbosa, Valdemar Silva e Bráulio Santos, pelos bancários; Jorge Souza Rezende e Tiago Masagão Filho”. Assinaram no outro dia a ta da reunião: Sílvio de Campos, Júlio Mesquita Filho e Antônio Pereira Lima. Em 25 de maio foi proposta ao governo a formação de uma guarda-dechoque organização secreta civil e armada diretamente subordinada ao secretário da Justiça. Prevaleceu a idéia do MMDC, sob a direção de Aureliano Leite. A Guarda Secreta não deixou arquivos nem pontos de referência relativos à sua existência. Consta apenas do segundo livro de Paulo Nogueira Filho Insurreição Civil autor da formação dessa guarda. Alguns dias depois, Edgar Batista Pereira lembrou os quatro mortos de 23 de maio para patronos espirituais da sociedade, que até então se chamava Guarda Paulista. Representar-se-iam pelas iniciais: após alguns debates a sugestão foi aceita e daí a Guarda f icou sendo a MMDC. Dividindo a cidade em vários setores, conf iando cada qual a uma liderança, em menos de dez dias já contava a MMDC com cerca de cinco mil homens.

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Na primeira vez em que apareceu em público, tinha a MMDC este Conselho Diretivo: Sílvio de Campos, Prudente de Morais Neto, Carlos de Souza Nazareth, Antônio Pereira Lima, Antônio Carlos Pacheco e Silva, Aureliano Leite e Capitão Antônio Pietcher (como assessor militar). Num domingo, a concentração e parada aconteceu no Canindé. Compareceram mais de mil chefes e sub-chefes de grupos. “Assombrou a cidade e alarmou o Brasil”, daí a pouco, sabendo de tudo pelos boatos as proporções foram multiplicadas. O Governo de São Paulo of icializou a MMDC em 10 de agosto e entregou sua direção a um decenvirato: Luiz Piza Sobrinho, Prudente de Morais Neto, José Cássio de Macedo Soares, Léven Vampré, Antônio Carlos de Abreu Sodré, Joaquim Celidônio Filho, Elias Machado de Almeida, Cesário Coimbra, Jaime Leonel, Mário Bastos Cruz, Abelardo Vergueiro César, Alarico Soares Caiubi e Carlos de Souza Nazareth. Esse decenvirato prosseguiu até o f im do Movimento Constitucionalista. Em seguida a esse Conselho Geral, a MMDC compreendia três grandes d i v i s õ e s : a D i r e ç ã o Ge r a l d o Abastecimento, a Intendência Geral e o Departamento de Finanças. Or i g i n a l m e n t e , a M M D C instalou-se na Faculdade de Direito. Passou-se, depois, para o antigo edifício do Forum à Rua do Tesouro, esquina da 15 de Novembro (onde depois foi instalada a Caixa Econômica Estadual). Depois com a ampliação de seus serviços veio a instalarse na Escola de Comércio Álvares Penteado.


Especial 23 de Maio São Paulo, 22 de Maio de 2.011

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Clarinadas de Tabatinguera - Blood Shirt por TC Dr. Moacyr Pereira da Costa

As comemorações de 09 de Julho evocaram a odisséia dos paulistas no levante contra o poder constituído a época, após a Revolução de 1930. Getúlio Vargas, como é sabido, liderou essa Revolução, aportou o Rio de Janeiro e lá se instalou como governo provisório, prometendo a instalação de uma Assembléia Constituinte, o que não aconteceu. As forças políticas de São Paulo, entenderam não suportar mais a a carência do estado de direito com a supressão das garantias individuais. Esses grupos políticos juntaram-se a elite dominante, mobilizando o poder econômico, a classe média e a população mais pobre, levantando a bandeira da constituinte e o retorno ao estado de d i r e i t o, co m a edição de uma nova constituição. Os preparativos para a luta armada eram cada vez mais crescentes e bem organizados, pessoas de inf luência nos meios políticos, s o c i a i s e i n te l e c t ua i s d o Estado, ocupavam estação de rádio, quando lhes permitido levando ao povo, através de acalorada oratória, o ideário da legalidade constitucional, precipitando franca investigação a luta contra o Poder Federal instalado. A morte de 04 (quatro) jovens, Martins, Miragaia, Drausio, Camargo, foi o gatilho da mobilização geral, a sigla do M.M.D.C., passou a ser o emblema desse movimento, fato que desencadeou a luta até então nos p r i m ó r d i o s d e s u a p r e p a r a ç ã o. Mobilizaram-se mais de 40 mil homens que denominaram Soldados Constitucionalistas. Levante dessa natureza contra a ordem instruída, seja ela boa ou má, demanda sacrifícios pelo

f ato de não se ter força regular, dependendo do voluntariado, sem nenhuma preparação para a luta armada e pelo tempo que durou a luta, mais ou menos 03 meses, essa improvisação de exército, causou a morte de 600 brasileiros de São Paulo, isto porque os originários de outros Estados, contagiaram-se do entusiasmo e do idealismo do povo paulista e com eles travaram combates muitas vezes infrutíferos pela causa que defendiam. O que se destaca desse movimento é o idealismo desse povo , buscando reverter a situação empalmada pelo Getulismo que chegando ao poder aboliram em todo País o direito e a liberdade de expressão , as garantias individuais, impondo-nos uma j u s t i ç a manipulada. Esses soldados paulistas vestiram a c a m i s a co n s t i t u i n te e centenas dessas camisas f oram encontradas espalhadas no campo de batalha manchadas de sangue. Vale dizer que esse sangue não foi derramado em vão e as camisas ensanguentadas, dois anos depois, não foram lavadas na máquina de lavar roupa, porque naquele tempo não existia, mas foram lavadas no tanque de cada parlamentar que votaram a nova constituição. O idealismo de ontem perdeu-se no tempo. São Paulo hoje com mais de 36 milhões de pessoas pensa de modo diferente, gente laboriosa, fecunda em suas criações de vida econômica transformando este Estado a mais respeitável economia da federação, transformam o idealismo e a coragem daqueles soldados constitucionalistas em condutores diligentes do mercantilismo. Comemorar o 9 de Julho hoje, em São

Paulo, que passou a ser feriado estadual em 97, é privilégio daqueles que lá no fundo no mais recôndito cantinho de sua m e m ó r i a , l e m b ra m d a s c a m i s a s ensanguentadas, que se tornou símbolo de heroísmo na Guerra de Secessão Americana, que comovia ao povo daquele país com a imagem do soldado ferido, ostentando o que chamaram de “blood shirt”. O espírito do povo paulista atualmente, não é o mesmo percebe-se o alheamento às distorções na ordem social e econômica, conduzindo pelo poder central, e sendo este o estado mais populoso do país, essas distorções são muito mais evidentes e clamam por uma solução compatível com o desejo de todos cidadãos, viver sem medo de perder a vida e seus bens. Também estamos certos, que no curso do tempo, com certeza alguns paulistas lembrarão o episódio que marcou a história de São Paulo em 9 de Julho de 1932. Também estamos certos, que muitos paulistas e outros brasileiros que vivem em São Paulo, apenas terão um dia de descanso nesse feriado; pois em verdade, as ruas e praças continuarão vazias e ninguém ouvirá o clamor público, contra a má qualidade de vida do povo, que não é aquela prometida pelos governantes em época de eleição. Precisamos reviver a epopéia daqueles que lutaram pelo justo, e não, f icarmos sentados no banco de uma praça, esperando que Deus resolva tudo. Não se ouve mais as marchas marciais de outrora, estimuladoras do espírito de luta; restanos memorizar aquela canção capaz de criar uma expectativa alvissareira: “Vem vamos embora Esperar não é saber Quem sabe faz a hora Não espera acontecer.” Pense nisso!


Personagens São Paulo, 22 de Maio de 2.011

Edição número 05 - Sociedade Veteranos de 32 - MMDC

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Osvaldo Raphael Santiago - Seu Nhová por Ten. Biajone

OS PRIMEIROS ANOS O veterano da Revolução Constitucionalista de 1932, Osvaldo Raphael Santiago, nasceu a 24 de Outubro de 1914 em Apiaí, SP. Filho de Isidoro Alfeu Santiago e de Isabel Pontes Santiago, casal de família tradicional dessa pequenina e florescente cidade situada na região do Alto Vale do Ribeira, no sul do Estado de São Paulo. Foi ali que Osvaldo passou sua infância de menino do interior, ao lado dos irmãosEliziário, Maria Aparecida, Aristeu e Ondina. Um triste acontecimento, porém, atinge o lar da família Santiago nos idos de 1921. D. Isabel falece e o duro golpe não foi capaz de produzir maiores conseqüências porquanto mais adiante o Sr. Isidoro contrairia núpcias com Geni Teixeira Santiago, moça extremosa que no melhor de seu amor e dedicação soube suprir a lacuna deixada pelo falecimento de D. Isabel, não só cuidando de Osvaldo e seus irmãos, como também lhes presenteando com novos irmãos, f ilhos que teve com o Sr. Isidoro, a saber, Zilda, Olga, Leonice, Sinésio eFernando. Apiaí também foi a cidade onde Osvaldo adquiriu as primeiras letras, concluindo seus estudos com brilhantismo no grupo escolar local sob a cátedra da emérita professoraAntonia Baptista Calazans Luz. Sua maior aptidão, porém, ele a demonstrou muito cedo, qual fosse, o gosto pela direção de veículos motorizados, prof issão que dali a alguns anos Osvaldo faria longa, profícua e honrosa carreira. HORIZONTES EM TORMENTA Os anos passam e chegamos ao dia 24 de Outubro de 1930, data na qual Getúlio Vargas atinge o poder por intermédio de golpe de estado apoiado por Minas Gerais, Paraíba e Rio Grande do Sul. Com esse golpe, Getúlio derruba Washington Luís da chef ia d o Po d e r E xe c u t i v o e i m p e d e o itapetiningano Júlio Prestes de Albuquerque de assumir a presidência do

Brasil, encerrando com isso período de nossa história conhecido como República Velha. No entanto, não estava toda a sociedade brasileira satisfeita com os rumos que a revolução de 1930 e o governo provisório de Getúlio Vargas haviam estabelecido para o país. Entre os descontentes estava o Estado de São Paulo, fosse pelas políticas demasiadamente centralizadoras promovidas por Getúlio, fosse pela nomeação de interventores federais contrários à mentalidade e aos interesses paulistas. Com efeito, São Paulo exigia o f im da ditadura do governo provisório e a promulgação de uma nova constituição para o Brasil. Em resposta a irredutibilidade de Vargas, São Paulo deflagra o que veio a se tornar o maior movimento cívico de sua história, a Revolução Constitucionalista de 1932, cuja movimentação armada teve por estopim a morte dos jovens paulistanos Mário Martins de Almeida, Euclides Bueno Miragaia, Dráusio Marcondes de Sousa e Antônio AméricoCamargo de Andrade a 23 de Maio daquele ano. A 9 de Julho de 1932 inicia-se a Revolução Constitucionalista e os municípios do Estado de São Paulo se dão as mãos para os esforços que a guerra ser travada nos próximos meses iria demandar. PAULISTAS, ÀS ARMAS! Na pacata Apiaí daqueles idos chegam notícias e avisos ininterruptos de que voluntários são cada vez mais necessários para a formação de batalhões com destino às lides revolucionárias. O jovem Osvaldo, com seus dezessete anos de idade recentemente completos, ao ver amigos, parentes e conhecidos se alistarem na Força Pública Paulista então arvorada à condição de Exército Constitucionalista sentiu pulsar forte no seu coração adolescente a aspiração de seguir o exemplo deles todos e honrar A p i a í e S ã o Pa u l o n o to m a r d a s armas. Como esse ideal em mente, ele se alista e integra como soldado contingente de voluntários apiaienses com destino aos batalhões em formação na cidade de

Itapetininga, SP. Um tio de Osvaldo que nesta cidade residia, o capitão José Feliciano Martins, bem conhecia a vivacidade atilada do sobrinho, houve então por bem transferilo da companhia que f icaria vinculado no batalhão para o almoxarifado do QuartelGeneral do Setor Sul em Itapetininga, sob o comando do Coronel Basílio Taborda. Tal decisão foi tomada pelo fato de que Osvaldo era de menor e, por conseguinte, não poderia tomar de armas e entrar em combate Não obstante, o capitão Feliciano percebeu que a prestatividade e dedicação incontestes do sobrinho poderiam ser grande valia à causa revolucionária, porquanto na condição de ajudante de almoxarifado Osvaldo f icaria responsável pela manutenção e transporte de armamento e munição para os companheiros que lutavam no front E assim foi feito. Da eclosão do movimento em Julho de 1932 até o seu término em 2 de outubro daquele ano, o jovem Osvaldo esteve junto de seus companheiros por São Paulo, vivenciando as mesmas dúvidas, angústias, alegrias e tristezas que as notícias vindas dofront, fossem vitórias ou derrotas, faziam vibrar as linhas telegráf icas do Quartel-General de Itapetininga No colégio Instituto Imaculada C o n ce i ç ã o, d i r i g i d o p e l a s f r e i ra s beneditinas que residiam nessa cidade, Osvaldo inúmeras vezes acompanhou combatentes feridos em busca de cuidados médicos naquele educandário transformado em hospital de campanha a 22 de Agosto. Dessa data até o f inal da revolução, 840 soldados chegaram a ser atendidos, tratados e medicados ali pelas caridosas freiras e moças voluntárias A participação de Osvaldo na revolução o possibilitou conhecer as demais frentes de combate, ao ser destacado para supri-las com armamento e munição nos municípios deGuapiara, Buri e Capão Bonito. Continua na próxima edição


Personagens São Paulo, 22 de Maio de 2.011

Edição número 05 - Sociedade Veteranos de 32 - MMDC

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Migalhas de Maio por Cel. Mário Fonseca Ventura

No dia 5 de maio de 1935 falece o Coronel Joaquim Theopompo de Godoy Vasconcellos, veterano da Revolução de 32. No dia 3 de maio de 1969 falece o Coronel Ref. Benedicto de Castro Oliveira, excombatente de 32. Como Capitão, ele comandou o Batalhão de Voluntários de Socorro. Seu subcmt. foi o então segundotenente Rubens Teixeira Branco. Em 32, pertencia ao Batalhão de Socorro, o então alunoof icial Jonas Flores Ribeiro. Teixeira Branco chegou a ser cmt. da FP e Jonas foi comandante do Corpo de Bombeiros. Faleceu em 3 de maio de 2001 o exc o m b a t e n t e E d u a r d o To n a n n i , pertencente ao 2o. Batalhão Auxiliar da Força Pública, formado em Santo Amaro, em 12 de julho de 1932, denominado Batalhão Marcílio Franco. Eduardo Tonanni nasceu em 4 de julho de 1910. Estava com 90 anos. Faleceu o Coronel Joaquim Theopompo de Godoy Vasconcellos, veterano da Revolução de 32, em 5 de maio de 1935. Faleceu o “Maestro Azevedo” em São João da Boa Vista, no dia 5 de maio de 1952. Nasceu em 1872, na Cidade do Espírito Santo do Pinhal. Foi militar, jornalista, literato, maestro, compositor. Foi Chefe da célebre Corporação Musical Internacional de São João da Boa Vista, de 1900 a 1910. Em 1920, foi agraciado pelo monarca Alberto I, com a Comenda da Ordem da Coroa da Bélgica. Foi maestro da Banda da Força Pública de São Paulo e do Corpo de Bombeiros, de Santos. Q ua n d o d o Mov i m e n to Constitucionalista de 1932, já com 60 anos, alistou-se como voluntário do Batalhão Ferroviário, com a patente de 1º Tenente e permaneceu no seu posto até o encerramento das hostilidades. No dia 5 de setembro de 2004, na Praça situada atrás do Palace Cassino, aconteceu o 1º Encontro e Confraternização de Bandas de Música e Orquestras, em Poços de Caldas, em comemoração aos 90 anos de Fundação da Banda Municipal “Maestro Azevedo”.

Morreu no dia 5 de maio de 1970 o ex- combatente da Revolução Constitucionalista de 1932, José Bento de Souza Neto. É sepultado na Vila Formosa, em São Paulo, tendo sido trasladado os restos mortais em 1986 para o município de Vera Cruz. Foi incorporado ao 1º Esquadrão do 2º Regimento de Cavalaria Divisionário, em Pirassununga, em 1931. Apesar de ser piauiense, lutou por São Paulo na Revolução Constitucionalista de 1932, como participante das batalhas de Areias e Silveiras, no Vale do Paraíba (esteve na Fazenda do Lajeado, sob o comando do General Asdrúbal da Cunha). Em 28 de outubro de 1932, foi desligado do Regimento, por ter tomado parte no Movimento Constitucionalista. Foi condecorado no dia 9 de Julho de 1969 com a Medalha MMDC. Era o sócio número 7.308 da Sociedade Veteranos de 32-MMDC, admitido em 9 de maio de 1969. O General Asdrúbal da Cunha, em tempo que não se conhece a data, assim se pronuncia num bilhete endereçado a José Bento: Amigo Bento Neto Grande Abraço Acabo de saber, por acaso, que estás residindo aí em Vera Cruz, onde sou um ilustre desconhecido, segundo me parece, e onde não conto com mais ninguém além de você. Sou candidato à reeleição a deputado e a causa está dura, por isso peço o teu voto, os de teus familiares e amigos para este teu companheiro de armas em 1932, quando junto entre Silveiras e Areias, na fazenda do Lageado, combatemos o pessoal da ditadura e caímos prisioneiros. Estou certo da tua cooperação e muito agradeço a você e a todos. Abraços do Gen Asdrúbal. O Diário Popular de 20 de junho de 1998 publicou na coluna “Conheça Sua Cidade” José Bento de Souza Neto O Decreto 3.698, assinado pela prefeita Luiza Erundina, deu o nome de José Bento de Souza Neto para a rua sem saída que começa na esquina da avenida Mutinga com a rua Erva Café, no Jardim Vista Linda, Pirituba, Zona Oeste.

Nascido em São Raimundo Nonato, no Piauí, em 14 de outubro de 1907, José Bento de Souza Neto veio para São Paulo aos 20 anos. Um ano depois, participou da emancipação da cidade de Vera Cruz, a 437 quilômetros a noroeste da Capital e ocupou a secretaria da Câmara Municipal. Apesar de ser piauiense, lutou por São Paulo na Revolução Constitucionalista de 1932, participando das batalhas de Areias e Silveiras, no Vale do Paraíba. Por isso, foi condecorado no dia 9 de julho de 1969, nas comemorações do aniversário do levante. Em 9 de maio de 1979 falece o excombatente de 32, José Augusto César Salgado. Foi Presidente do Conselho Supremo da Sociedade Veteranos de 32MMDC e o 21o. Comandante do Exército Constitucionalista, nomeado para o período 1977/1978. No dia 11 de maio de 1995 falece o historiador Dr. Adriano Campanhole. Serviu no Batalhão Anhanguera, nos setores de Barretos, Franca, São José do Rio Pardo, Caconde e Campinas, na Revolução de 32. Nasceu em 22 de dezembro de 1912. Em 13 de maio de 2001 falecia o e n t ã o C o m a n d a n t e d o E xé r c i t o Constitucionalista, o ex-combatente de 32, Josué Pedro Cyrino. Indicado pelo Coronel Mendes. Josué Pedro Cyrino assumiu o Comando do Exército Constitucionalista em 9 de julho de 2000, vindo a se constituir em seu 45o. Comandante. Esse cargo simbólico, que muito enobrece o ex-combatente de 32, foi criado, pela primeira vez, em 1957.


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Attilio Colletti por Alcy Luiz Colletti

2. Parte INICIO DA MOVIMENTAÇÃO No dia 01.09.1932 o Cel. Cândido Carneiro Júnior, já promovido à patente de General Candoca em Soledade, não aceitou ordens do Interventor do Estado Dr. José Antônio Flores da Cunha para passar a apoiar o movimento em defesa do Presidente Getúlio Vargas, invadiu o Quartel do 44° “Corpo Auxiliar”, prendeu os voluntários e o comandante, advogado Dr. Pedro Correa Garcez, f iliado ao Partido Republicano, que continuava f iel em defender o Presidente Dr. Getúlio, apossou-se dos armamentos e munição. No dia 08.09 teve inicio em Espumoso, a movimentação de um grupo de revolucionários sob o comando de Manoel da Silva Corralo, no entardecer, parte foi à Tapera com a f inalidade de interromper as linhas telefônicas para dif icultar as comunicações governamentais, af astando o representante do prefeito tomaram a subprefeitura, colocando o companheiro Algemiro Biágio como subprefeito, trancando na cadeia o titular e o soldado que respondia pela delegacia. De imediato o Attílio subiu num poste, e com o alicate cortou os f ios retirando-os das linhas telefônicas que ligavam Carazinho e as de Cruz Alta. Era noite, os demais revolucionários foram para Lagoa dos Três Cantos, colônia de alemães, pois, corria notícia da existência de armamentos e munição em poder dos moradores, nada encontrando, f rustrados retornam para Espumoso, e no dia seguinte foram em direção de Barros Cassal. Naquela mesma noite o Vitor Mozella, foi comandar um grupo de agricultores, na

barca do Rio Espraiado no Mormaço, havia boatos de que as forças governistas vinham de Passo Fundo, em direção à Espumoso para abafar o levante, o que não se conf irmou. No dia 09.09 os revolucionários, agrupados em Espumoso, seguiram em direção ao Terceiro Distrito, hoje Depósito. Enfrentando uma tremenda chuva, chegaram ao destino era noite, f icam acampados num galpão cedido pelo fazendeiro Candinho Camargo, que os recebeu muito bem, pois, corria a notícia de que o movimento em São Paulo fora iniciado pelos fazendeiros, e plantadores de café. O Candinho Camargo mandou abater um boi para alimentar o pessoal. Enquanto soltavam os cavalos no campo, os peões preparavam a carne para assar, os visitantes foram se acomodando no galpão, colocando as roupas próximas ao fogo para secar, jantaram, f izeram os seus planos, e se acomodaram para o descanso merecido, deitando sobre os pelegos e utilizando as capas de chuva como cobertor. Permaneceram acampados na fazenda por dois dias, aguardando a melhora do tempo, pois chovia muito. Era dia 11.09 retomaram a cavalgada em direção de Barros Cassal, onde se incorporaram ao contingente de Soledade, formado por um grupo de

aproximadamente 150 voluntários, comandados pelo Gal. Candoca. Seguiram em direção à Vila Fão, próxima a Lajeado, por atalhos, com muito sacrifício, não raro tendo de abrir picadas a facão, em terrenos íngremes muito empedrados tendo de seguir a pé em frente dos cavalos. No primeiro dia pernoitaram no caminho, ao relento, numa clareira de um mato. M OV I M E N TAÇ ÃO DA S FORÇAS GOVERNISTAS Ao mesmo tempo em que as forças revolucionárias, se agrupavam e se dirigiam em direção à Barra do Dudulha com o Rio Fão para evitar o envolvimento e o sacrifício da população da cidade de Soledade, na localidade de Campo Branco, situado no hoje município de Progresso - RS, as forças governistas, representadas pela Brigada Militar (Polícia Militar), se concentravam para marchar contra os revolucionários, possivelmente em direção a Soledade onde o 33º Corpo Revolucionário p e r m a n e ce u f i e l a o m ov i m e n to constitucionalista que lutava pela redemocratizarão do país. Porém os revolucionários não cruzaram os braços, aguardando a chegada das forças governistas, se movimentaram indo ao encontro das mesmas, na única passagem existente, na época, no Rio Fão que ligava Lajeado ao planalto médio, era a passagem na Barra do Rio Dudulha onde havia uma balsa, local do combate. Atualmente o local faz divisa com os municípios de Fontoura Xavier, Marques de Souza e Progresso. O COMBATE DO FÃO No dia 12.09 ao entardecer chegaram à barra do Rio Fão, com o afluente Rio Dudulha, local do combate, a


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doze quilômetros de Belas Vista do Fão município de Lajeado. Enquanto observavam e estudavam a topograf ia do terreno, para f ins estratégico e local para montar o acampamento, um grupo foi em busca de alimentos numa casa comercial pertencente ao comerciante Gravina, distante aproximadamente 2 horas a cavalo, costeando o rio na margem esquerda, pela mata. Durante boa parte do trajeto o grupo, foi seguido por um homem da outra margem do rio, montado num cavalo branco, certamente um espião da Brigada Militar (Policia Militar). O revolucionário Ângelo Lupatini, por mais de uma vez quis atirar no cavaleiro, tendo sido contido pelo Pedro Bambini. Passado um tempo, o cavaleiro deixou o animal beber água e retirou-se. O u t r o g r u p o d e aproximadamente 50 combatentes, com os melhores armamentos, comandados pelo Gal. Candoca, passaram para a outra margem do rio, na margem direita, lado d as f orças gove rn i s tas, o n d e se posicionaram estrategicamente para impedir a chegada de mais soldados, que poderiam vir de Lajeado, para reforçar o contingente governista. Os que foram em busca de alimentos chegaram à Casa Comercial Gravina, às 21 horas, desencilharam os animais para descansarem, pois haviam andado o dia todo, enquanto os suprimentos eram separados, para logo retornarem ao acampamento. Eram 20 horas, anoitecera, o acampamento foi atacado com tiros de fuzil e rajadas de metralhadoras, dando

i n i c i o a o co m b a te. O co m a n d o revolucionário enviou um mensageiro até a casa de comércio do Gravina, pedindo aos companheiros que retornassem imediatamente, pois a luta havia começado. Encilharam os animais, pegaram algum mantimento e re to r n a ra m , c h e g a n d o a n te s d o amanhecer, juntando-se aos demais que já estavam a postos e atentos, era o dia: Em 13-09-1932, antes do clarear do dia, a Brigada Militar do Rio Grande do Sul, (Policia Militar) com cerca de 200 soldados iniciou o combate decisivo, atacando. Os revolucionários foram ajudados por uma neblina cerrada que levantara do Rio Fão encobrindo as margens do rio, não permitia que os soldados do governo localizassem os revolucionários, que lutavam em desvantagem no número de combatentes e na qualidade do armamento e quantidade de munição. A situação era desesperadora para os revolucionários, mas estavam suportando. Às 10 horas a neblina começou a subir e o campo de batalha f icou visível, o ataque dos governistas se intensif icou, com os tiros de fuzis mais as metralhadoras, que f a z i a m u m e s t ra go i n c r í ve l , o s revolucionários entrincheirados em diversos pontos, atrás de uma cerca de pedras que haviam preparado ou atrás de árvores, só ouviam a s b a l a s ricochetarem nas pedras e em outro

Este foi o local do combate onde está o cemitério, em frente à Igreja Católica, na comunidade da Barra do Dudulha, que vem cuidando e conservando o local onde fora enterrados os corpos dos revolucionários. Foto cedida por Alicio de Assunção

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ponto descascarem as ár vores. Escondidos em inúmeras posições atiravam somente para acertar, pois a munição era pouca. Em dado momento, um dos revolucionários, af ro descendente o 'Bastião', certamente o nome correto devia ser Sebastião, de Espumoso que trabalhava na fábrica de móveis do Attílio Colletti, sem munição desesperado e enlouquecido, saiu da trincheira de peito aberto, com dois revolveres um em cada mão, com a última carga de balas, correu na direção das forças inimigas, disparando os últimos tiros, sendo atingido mortalmente por uma rajada de metralhadora.

Continua na próxima edição.


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Outorga de Medalhas do dia da Juventude Constitucionalista: 23 de Maio, as 9h por Cel. Antonio Carlos Mendes

Relação dos homenageados em solenidade no Monumento Mausoléu ao Soldado Constitucionalista de 1932. Nota: Até o encerramento desta edição a Polícia Militar do Estado de São Paulo não havia enviado os nomes que serão homenageados. General-de-exército Adhemar Da Costa Machado Filho Vice-almirante Luiz Guilherme Sá De Gusmão General-de-brigada Carlos Cesar Araujo De Lima Dr. Francisco Gomes Da Silva Inspertor Joel De Malta Sá Dr. Iasin Issa Ahmed Dr. Julio Takano Dr. Mariano Taglianetti Dra. Daniela Carolina Da Costa E Silva Cel Cav Franklin Campos De Oliveira Dr. Carlos Targino Da Silva

Cap-de-mar-e-guerra Ciro De Oliveira Barbosa Dr. Erasmo Pedroso Filho Inspetor Eduardo De Siqueira Bias Dr. André Luiz De Moraes Rizzo Dr. Pedro Paulo Penna Trindade Sr. José Cherington Neves Boarin Dra. Karla Campos Cel Méd José Luiz Ribeiro Miguel Dr. João De Souza Filho Dr. Adilson Pereira 2º Sgt Pm Ana Maria Mairos Alencar Dores

Cel Int Ulisses Dias Da Costa Dr. Alexandre Rudge Castilho Cap Pm Daniel Rodrigu Es Prado Dr. Rodrigo Guilherme Varotti Pereira 1º Ten R/2 Jefferson Biajone

Outorga de Medalhas de Caçapava por Cel. Antonio Carlos Mendes

A imposição da Medalha foi na formatura da 12ª Companhia de Comunicações Leve alusiva ao Dia da Arma de Comunicações, realizada no Forte IPIRANGA, no dia 12 de maio, às 10:00 horas. GOVERNADOR PEDRO DE TOLEDO

MEDALHA MMDC

CONSTITUCIONALISTA

Gen Bda Carlos César Araújo Lima Sr. Daniel Lazarini Dra Daniela Carolina da Costa E Silva Dr Alexandre Racz Dr Fred Batista Ribeiro Sr Ubirajara de Moura Coelho Cel Inf Ênio Machado Martins Júnior Sr Cel Inf R1 Paulo Audebert Delage TC PM Aduílio José Garcia Sr Major Edson Lopes Souto Sr Major PM Ernesto Rizzetto

Dr. José Fernando Pinto Da Costa TC Guilherme Brandão Carneiro TC Guilherme Maciel Amorim TC R1 Fernando Cid Diniz Borges Major Edson Lopes Souto Cap R1 Feb Anéas De Sá Araújo Cap R1 Gilson Marcondes Batista Sr. 2s Luis Carlos Silva Santos

Sr Alex Fabiano Santos De Paula TC Inf Wellington Corlet Dos Santos Sr Maj Alexandre Amorim De Andrade Cap PM Renato Luiz Da Costa Campos 2º Ten Com Rafael Pugliesi Sub Ten Com Elias Da Silva Nascimento 3º Sgt Com Sandro Fragoso Gomes 2º Sgt Vagner da Cunha Coutinho

Outorga de Medalhas de São Miguel por Cel. Antonio Carlos Mendes

A imposição da Medalha ocorreu em Solenidade organizada pelo 29º BPM/M alusiva ao "Dia da Juventude Constitucionalista" no CEU Vila Curuçá, na Av. Marechal Tito nº 2800, no dia 13 de maio, às 09:00 horas. Ten Cel AV Marco Antonio Gonçalves Ten Cel AV Sérgio Henrique Gonçalves Capitão-de-corveta Rafael Burlamaque Maj Aviador José Ricardo M. G. da Cunha Maj PM Carlos Alberto Protti Maj PM Walter Castro Garcia Major PM Wagner Rodrigues Cap PM Djalma Lucio Salgado Pinto Cap PM Elias Pereira Martins Cap PM Mohamad Kassem el Turk Cap PM Robson Silva da Cruz Cap PM Luiz Claudinei Nunes Paulo 1º Ten Dent PM Radamés C. Berni Neto 1º Ten PM Adriano Marcos Rondello

1º Ten Méd PM Juliana Pinot Gonçalves 1º Ten PM Rafael de Oliveira Pinto Pavani 1º Ten PM Eduardo C. Mansoldro Filho 2º Sgt PM Ana Maria M. de Alencar Dores 2º Ten PM Harrisson Souza 2º Ten PM Adriano Oleari Bianchini Asp Of PM Luan Guerreiro Pereira Asp Of PM Pedro Nunes de Souza Filho Asp Of PM André Hideki de A. Morota 1º Sgt PM Claudio José de Macedo 2º Sgt PM Irineu Rodrigues Lira Filho 2º Sgt PM José Ricardo Y. Minato da Silva 2º Sgt PM Douglas Devus 3º Sgt PM Leonel Pereira Sanches

Cb PM Alex da Silva Leite Cb PM Darci Maria dos Santos Cb PM Rosalin Dias Primo Cb PM Thaís Andréa Primo Zenelatto Sd PM Wander Chalub de Oliveira Sd PM Marco Aurélio Avanzio Sd PM Adilson Dias Israel Sd PM Eduardo do Prado de Freitas Sd PM Marinei Matos de Macedo Sd PM Alexandre C. de Souza Junior Sidney Franceschini Victor Augusto Da Fonte Sanches


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Colyseo Paulista por Douglas Nascimento

Antes (1931)

grande exibidor de f ilmes alemães em terras paulistanas. Com o tempo o cinema foi fechado e posteriormente a construção foi demolida. Hoje, existe no local um enorme edifício de 21 andares. A curiosidade é que no térreo deste edifício existe um cinema: O Cine Arouche, que hoje só exibe f ilmes pornográf icos. A foto mostra o quanto mudou o pacato cruzamento da década de 1930 para a urbanizada São Paulo atual. Note que, curiosamente, uma das portas comerciais do prédio f ica na mesma posição da entrada principal do antigo cinema. Na extrema direta da construção é possível ver a fachada atual do Cine Arouche.

www.saopauloantiga.com.br

Num passado cada vez mais distante, as salas de cinema de rua dominavam o cenário da sétima arte paulistana. Era muito prazeroso após uma sessão de cinema, caminhar pelas ruas de São Paulo para tomar um café, conversar, conhecer pessoas ou simplesmente para retomar o caminho de casa. A construção abaixo foi um enorme cinema de rua que era localizado bem no início da avenida Duque de Caxias, ainda no Largo do Arouche. O Colyseo Paulista, foi o primeiro cinema a ostentar o logotipo da empresa cinematográf ica alemã UFA na cidade. Poucos anos depois, em 1936, o UFAPalace seria inaugurado e tornar-se-ia o

Depois (2010)

O Brasão projetado por Júlio Ribeiro (1888) Por Tiago José Berg

A história da bandeira de São Paulo foi contada em detalhes na segunda edição do “32 em Movimento”. Sabemos que ela foi projetada por Júlio Ribeiro, aparecendo pela primeira vez no cabeçalho do jornal O Rebate, em 18 de julho de 1888, f undado por ele. Em artigo justif icando a bandeira que criara, e, que posteriormente serviria para o Brasil na eventualidade de adoção da República, Júlio Ribeiro relata também a criação de um brasão de armas, cuja descrição é a seguinte: ( . . . ) B a n de i ra e m l i s ta s horizontais, alternativamente brancas e pretas, cantonada de vermelho: no canto vermelho, sobre um globo de prata, o Brasil em azul, entre quatro estrelas de ouro. O brasão de armas idêntico, mutatis mutandis: timbre o gorro frígio vermelho com tope branco e preto; paquifes à esquerda [do brasão] café em frutif icação; à direita cana e vide cacheada (...).

De fato, não há nenhum desenho na época sobre esse projeto de brasão, que, com o tempo, acabou sendo esquecido. Baseando-se na descrição da bandeira, e, conforme as instruções apresentadas para o brasão, procuramos f izer aqui um desenho a título de curiosidade de como f icaria o projeto heráldico de Júlio R i b e i r o . To m a m o s o cuidado de respeitar o mesmo número de listras na bandeira para a época (quinze), como também de não colocar na silhueta Acre, que a essa altura ainda não fazia parte do território nacional. O barrete frígio (gorro) é símbolo da Revolução Francesa; mais tarde, converteu-se em emblema dos governos republicanos, sendo muito usado nos brasões do continente americano. O tope tinha um valor muito signif icativo no século XIX, usado nas roupas e chapéus, sempre ostentando as

cores nacionais. D. Pedro I, por exemplo, substituiu o tope azul e branco (cores de Portugal) por um em verde-amarelo que ele mesmo criara para representar o Brasil independente. Da mesma maneira, o escudo deveria ser em estilo francês, que era o mais usual para se aproximar do formato da bandeira. A cana e o café eram elementos da economia agrícola de São Paulo e o Brasil, embora o uso do cacho de uvas ainda seja um mistério sobre as intenções do autor.


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Propaganda Pró São Paulo por Ricardo Della Rosa

Nesta edição duas ilustrações divulgadas no início da revolução em jornais e revistas. Eles apresentam os Brasões da República e Paulista, os líderes civis e militares do movimento e relacionam o 9 de Julho ao 7 de Setembro. Foram veiculadas no início de julho de 1932 e trazem o Governador Pedro de Toledo recém empossado. Reparem na frase em latim ALEA JACTA EST (A sorte está lançada) em um deles. São peças

i n t e r e ss a n t e s e r i q u í s s i m a s e m simbolismo. A partir deste domingo, dia 22, o TUDO POR SÃO PAULO traz matérias especiais sobre o 23 de Maio, mostrando fotos raras dos acontecimentos deste dia no ano de 1932 e também a cobertura dos eventos comemorativos deste ano em São Paulo. Não perca! Leia a matéria na íntegra no site.


Paixão Paulista São Paulo, 22 de Maio de 2.011

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Cidadão Paulista

O Passo do Soldado

por Frances de Azevedo - 05/2011

Por Guilherme de Almeida

Revestido de ousadia E farto da tirania, Aquele jovem paulista Lá se foi para conquista!

Marca o passo, soldado! Não vês Que esta terra foi ele que fez? Que o teu passo é o compasso seguro De um presente, um passado e um futuro? Marcha, Soldado Paulista, marca o teu passo na História! Deixa na terra uma pista, Deixa um rastilho de glória! Vê, Soldado, que grande que tu és! Tua terra se atira a seus pés, e estremece de orgulho, e ergue os braços: ergue os braços de poeira a teus passos! Marcha, Soldado Paulista, marca o teu passo na História! Deixa na terra uma pista, Deixa um rastilho de glória!

O povo na retaguarda Dá apoio, não se acovarda, Tudo faz, leva recados Aos soldados motivados! As mulheres, sem igual, De maneira original Tricotam os cachecóis Para tão bravos heróis! A indústria e o comércio Unem-se num desaf io Somando-se a outros segmentos Fornecendo suprimentos!

Loa ao cidadão paulista Que foi o protagonista Desta história sem igual E ao pais fundamental!

Veja vídeo com uma interpretação do poema no link abaixo: http://tinyurl.com/passosoldado poemasde32.blog.spot.com

Tanta determinação Levantaram a nação: Outros Estados aderem E nesta causa intervém!

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Cartão Postal de 32 A artista plástica, Camila Giudice, interpretou o Cartão Postal da Revolução Constitucionalista de 32 em duas versões: Uma com a medalha constitucionalista. O qual foi pintado especialmente para a Sociedade Veteranos de 32 - MMDC. A outra versão, sem a medalha, foi feita para o Tribunal da Justiça do Estado de São Paulo. O qual se encontra em exposição no Espaço Cultural Paulo Bomf im. Neste quadro são representados os quatro mártires da revolução de 32 com a simbologia dos brasões, bandeiras, frases em latim, as datas alusivas, entre outros. Fica o convite para conhecer as obras no Palácio da Justiça e na sede da Sociedade Veteranos de 32 - MMDC.

www.camilagiudice.com.br

Por Camila Giudice


Polícia Militar em destaque São Paulo, 22 de Maio de 2.011

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PensamentosTributo ao Policial Militar Feminino por Major PM Aderson Guimarães Pereira

Nasce mulher. Mulher iluminada. Iluminada com missão. Missão sob proteção. Proteção de Deus. Deus é inf inito. Inf inito como a vida. A vida é defendida. Defendida sob juramento. Juramento que é nobre. Nobre e gratif icante. Gratif icante e prof issional. Prof issional sob sacrifício. Sacrifício com preocupação. Preocupação com a integridade. Integridade física do cidadão. Cidadão sob segurança. Segurança com dignidade. Dignidade da pessoa humana. Pessoa humana é divino. Divino é ser Policial.

Homenagem aos Bombeiros do Brasil por Major PM Aderson Guimarães Pereira

No horizonte azul Surge o sinal. A população aclama ! A sirene chama.

por Major PM Aderson Guimarães Pereira

Seja dia, seja noite ! Sob a proteção de Deus. Mediante seu alento ! Ficam todos atentos.

Cavaleiro de prata na Zona Sul. Representante a ordem no Estado. Condutor da Bandeira Paulista. Espírito de luta e lealdade.

O sinistro presente ! São todos valentes. No combate ao fogo ardente! Ao f inal todos f icam contentes.

Braço de prata, braço de prata. Símbolo de força da lei. Estaremos sempre juntos. Protegendo a sociedade do bem.

A população aplaude ! Toda a valentia. Salve os Bombeiros ! Por todos nossos dias.

A história é de tradição. Policiais atuam na prevenção. Aos amigos que aqui serviram. A nossa eterna gratidão.

Pensamentos por Major PM Aderson Guimarães Pereira

"Na vida não tenha pressa, pois poderá deixar de viver os seus melhores momentos." “Cuide das rosa brancas do seu jardim, pois estas representam a pureza da alma humana, portanto, ao regá-las, não deixe que a lama atinja as suas pétalas.” “Os inimigos devem comportar-se como o sol e a lua, para segurança de ambos, caso contrário, poderá ocorrer o eclipse fatal.” “A manifestação dos irracionais pode ser o sinal da irracionalidade dos racionais." “A infelicidade é resultado de uma análise imediata de determinada situação. Analise os limites superiores e inferiores referentes à vida, pois concluirá que ainda pode ser feliz.” "A genialidade ocorre devido a uma boa observação e a apresentação de uma solução prática." "A ilusão é a desregrameto da razão." "A igualdade social é virtual, porém a desigualdade é real." “Ser inteligente é ter a capacidade de saber que a cada dia será o início de uma nova aprendizagem." “A meditação pode ser bom remédio no momento da dor.”

Legião Cavaleiro de Prata

Braço de prata, braço de prata. Símbolo de força da lei. Estaremos sempre juntos. Protegendo a sociedade do bem. Policiamento é a nossa missão. Defesa da vida do cidadão. Temos orgulho de pertencer. Ao Décimo Segundo Batalhão.


Reserva Cultural São Paulo, 22 de Maio de 2.011

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Convite para o Dia do Desafio: 25 de Maio A Escola de Esgrima Abel Melián, que participou de homenagem às Forças Armadas na Assembleia Legislativa, oferece uma aula gratuita de Esgrima que será dada no dia do Desaf io. Entre em contato conforme convite abaixo.

Paulo Bomfim, o universo do poeta Visitem a exposição que faz parte da programação da 9. semana de exposição de museus realizada pela Casa Civil e a curadoria do Acervo artístico-cultural dos Palácios do Governo do Estado de São Paulo. No Palácio do Horto encerra no dia 14 de Agosto de 2011 com visitação de Quarta a Domingo, das 9h as 15h.

QUER VISITAR O OBELISCO? Visite o Obelisco com especialistas sobre a história da Revolução Constitucionalista de 1932 e a simbologia do Mausoléu. Agendamentos para visitas escolares, grupos de turismo ou familiares. Por gentileza entrar em contato com a Sociedade Veteranos de 32 - MMDC. veteranos32@gmail.com ou 11 3105 - 8541.

...Também em homenagem aos participantes da Revolução Constitucionalista e às Forças Armadas brasileiras, os atletas Markus Runk e Camila Giudice f izeram uma apresentação de esgrima.


Cartas São Paulo, 22 de Maio de 2.011

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Carta de Euza Barbosa Lima São Paulo, 02 de Maio de 2011. Prezado Sr. Governador, Infelizmente esta carta não é de agradecimentoo, e sim de reclamação. Quando o Dr. Serra ainda governava nosso Estado, prometeiu que inguém ganharia menos que um Salário Mínimo. Eu acreditei. Aí ele saiu e o senhir assumiu o Governo de São Paulo, e o Salário nosso, digo dos remanescentes da Revolução de 1932, continua menor que o Salário Mínimo. Isso é inconstitucional. Ainda Mais, que da outra vez que o Senhor governou São Paulo, o nosso salário era bem maior que o mínimo. O que houve? É possível essa discrepância? Af inal, estamos ou não numa democracia? Onde os direitos são iguais para todos. Espero que o senhor reveja o caso dos remanescentes da Revolução, pois nem todos morreram. Grata pela atenção que dispensar a esta sua eleitora de sempre. Euza Barbosa Lima .

ERRATA Caros amigos, pedimos desculpas pela edição anterior (Abril de 2011) cujo título na coluna de Tiago Berg apareceu erroneamente como “Nosso Brasão de Armas”. Por favor, leiase para aquela edição: “O Poema: Nossa Bandeira”.

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Aniversariantes de Maio 02/05 - VERA C. DE CASTRO CINTA 03/05 - JOSÉ DE ÁVILA CRUZ 06/05 - GHIORGIONY FRANKLIN DA SILVA 06/ 05 - REGINA LUCIA DOS SANTOS 06/05 - VITOR JOSÉ BAZZO 07/05 - ADRIANO VIEIRA BRAZ 10/05 - MARIA DE LOURDES D. M. WOLFF 15/05 - NILCE VALDERRAMA GONÇALVES 17/05 - Cel PM UBIRAJARA DIAS FERNANDES 18/05 - GERSON REDICOPA JUNIOR 24/05 - LUIZ CARLOS NOGUEIRA 19/05 - ELIZEU ANTUNES DE OLIVEIRA 21/05 - JOSÉ CARLOS GARCIA DE ABREU 25/05 - CEL FLAMMARION RUIZ 26/05 - WALTER MENDES MAGALHAES JR. 26/05 - EDUARDO CENEVIVA BERARDO 28/05 - DAVID CAPARELLI 30/05 - LUIS HUMBERTO CAPARROZ 30/05 - ALEXANDRE VITORINO ROLDAN 30/05 - MARIO MARIANO MACHADO

VEJA NA PRÓXIMA EDIÇÃO Legislação sobre a pensão de 32 Como imortalizar o herói de 32 no Mausoléu

TENHA SUA HISTÓRIA PRESERVADA E PERPETUADA! EXPEDIÇÃO: Publicação: Sociedade Veteranos de 32 - MMDC Endereço: Rua Anita Garibaldi, 25 - 01018-020 - São Paulo - SP Telefone: (11) 3105-8541 E-mail Sociedade: mmdc.32@terra.com.br E-mail para contribuições: veteranos32@gmail.com Site of icial: www.sociedademmdc.com.br Twitter: www.twitter.com/MMDC32 Publicação: 28 de Abril de 2011 Produção executiva: Camila Giudice - Diretora de Comunicação Social Redação: Diversos autores Criação e diagramação: Markus Runk Agradecimentos: A todos nossos colaboradores que possibilitaram a criação deste jornal e o apoio que tivemos de todos nossos amigos. Tiragem: Eletrônico

Você ou um familiar participou da Revolução Constitucionalista de 1932? Perpetue seu feito, conte para nós, que publicaremos no nosso jornal 32 em Movimento. Pode ser uma carta, artigo, foto, poema, livro, quadro, etc. Se tem relevância com a revolução de 32 nós e nosso leitores temos interesse! Entre em contato com nossa redação: veteranos32@gmail.com ou 11 3105 - 8541.


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