UBM / Alice - 8 de Março

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Reforma política com paridade de gênero JÁ! Neste 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, as mulheres do mundo inteiro se levantam para comemorar o nosso dia e lutar para garantir e ampliar nossos direitos. Lutamos para transformar nossas vidas e a sociedade. No Brasil, a partir de 2003, tivemos significativas mudanças que ampliam as possibilidades de emancipação das mulheres. Nós, da União Brasileira de Mulheres (UBM), mulheres trabalhadoras, estudantes, de todas as idades, raças e orientação sexual, denunciando os fracos resultados das cotas de gênero das eleições 2014, vamos ocupar as ruas de todo o país novamente para exigir mais poder político para as mulheres. Apesar da vitoriosa reeleição da presidenta Dilma Rousseff, uma mulher que carrega a marca da luta de nosso povo por democracia, direitos e liberdades, o quadro de representação pelo voto é preocupante no Congresso Nacional e nos parlamentos de todos os estados. Ampliou-se o poder do fundamentalismo, do machismo e dos mais ricos. Para aprofundar a democracia no Brasil é preciso que nós, mulheres comprometidas com o combate à desigualdade e com a justiça social, estejamos mais presentes e atuantes nos parlamentos, nos partidos políticos, nos governos, nas empresas, na justiça, nas entidades de movimentos sociais, universidades etc. Nós, mulheres ubemistas, queremos uma vida próspera e oportunidades iguais para todas e todos. Por isso, lutamos por políticas públicas de combate à violência machista e uma agenda de geração de emprego e renda para as mulheres. Estamos convencidas de que as reformas de que o Brasil precisa, a reforma urbana, agrária, educacional, da saúde, democratização dos meios de comunicação, entre outras, só serão possíveis com a alteração da atual composição do Congresso Nacional. Por isto a primeira reforma é a Reforma Política Democrática. Para tanto, nós da UBM nos somamos à luta, junto com outras entidades - como CNBB, OAB e a UNE -, para formar a Coalizão por Reforma Política Democrática e Eleições Limpas e encaminhar um Projeto de Lei de Iniciativa Popular que altera as regras do sistema político. O projeto dá respostas às quatro mais graves questões que emperram a democracia brasileira, que são:


1) AFASTAMENTO DO PODER ECONÔMICO DAS ELEIÇÕES Não é à toa que no Congresso Nacional existam três vezes mais empresários do que representantes dos trabalhadores e trabalhadoras e que, apesar de nós mulheres sermos 51% da população, não somos nem 10% das parlamentares, pois a maioria de nós, mulheres, está entre as pessoas mais pobres do Brasil. Para afastar o poder do dinheiro das eleições, propomos o fim do financiamento da campanha eleitoral pelas empresas.

2) ADOÇÃO DO SISTEMA ELEITORAL PROPORCIONAL EM DOIS TURNOS Visando uma eleição em torno de propostas, mas ao mesmo tempo preservando o direito da eleitora/eleitor de decidir quem será o eleito/eleita, nossa proposta é que a eleição para deputadas (os) e vereadoras (os) o voto não seja dado apenas à pessoa e que a eleição seja em dois turnos. No primeiro turno, o voto é dado no partido, em seu programa e na lista pré-ordenada de candidatos elaborada democraticamente, em eleições internas. Com isso se valoriza o partido político, combate os partidos de aluguel e reduz os custos das campanhas. No segundo turno o voto é dado à candidata (o) da preferência do eleitor/eleitora conforme a lista elaborada no primeiro turno.

3) AMPLIAÇÃO DO PAPEL DAS MULHERES NA POLÍTICA Com esse sistema, podemos exigir que na própria lista haja alternância de gênero, ou seja, para cada candidato homem, haverá também uma candidata mulher, favorecendo uma maior participação das mulheres na política. Além disso, o projeto prevê estímulos aos partidos que incorporarem candidatas e segmentos sociais sub-representados, como população negra, indígena e LGBT.

4) FORTALECIMENTO DA DEMOCRACIA DIRETA Criar nova regulamentação dos mecanismos de democracia direta, fixando os assuntos de grande importância que deverão ser objeto de plebiscito ou referendo, tais como: concessões de serviços públicos, privatizações, construção de obras de grande impacto ambiental etc. A nova regulamentação deverá, também, facilitar a apresentação dos Projetos de Iniciativa Popular, para que o povo tenha mais canais de expressão e voz na política. Há 83 anos, a luta mais importante travada pelas mulheres brasileiras foi para ter direito ao voto. Hoje, nossa luta é para conseguirmos disputar as eleições com as mesmas condições que os homens e sermos eleitas. Só assim transformaremos de fato a vida das mulheres.

Viva o 8 de Março de 2015! Viva as mulheres do Brasil! Participe! Sua assinatura pode virar lei.

www.reformapoliticademocratica.org.br

Twitter: alice_portugal Instagram: aliceportugal Facebook: aliceportugaldeputadafederal imprensa.aliceportugal@gmail.com

Vem pra UBM! www.ubmulheres.org.br ubm@ubmulheres.org.br

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