GIRLS WHO RIDE MAG #07 (Português)

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GIRLS WHO RIDE #07 I JAN - FEV. 16

CARISSA MOORE GWR MAG 1 |


Capa

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carissa moore

3x WSL Campeã do Mundo “Quando estou a surfar é quando me sinto mais em casa, mais eu própria. Quando estou na água, estou em paz. O resto do mundo como que se dissolve e as coisas tornam-se simples.” - Carissa Moore

fotografia por

jason kenworthy Os grandes fotógrafos fazem-se da capacidade de ver imagens e momentos e durante toda a sua vida, Jason Kenworthy tem sido um visionário. A sua capacidade de filtrar a periferia e captar uma experiência no seu estado mais genuíno é um reflexo da sua personalidade - autêntico, sincero e sem “tretas”. Ganhou assom o reconhecimento como o mais talentoso fotógrafo dos dias de hoje a trabalhar no surf, recebendo créditos e respeito de um conjunto de críticos duros.

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Edição #07

06 21 29 32 52 62 EXPOSURE

Jess Kimura

The Shared Heritage Project

Carissa Moore

Poppy Starr Olsen

Fotografia por Oreli Berthollier

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74 80 88 94 98 104 Fashion por CAT

Heather Brown

Kathleen Barrigão

Serra da Estrela por Taila Wong

Artskitects

Nutrição porLillian Barros


EDITORIAL Começamos 2016 em grande, com uma entrevista exclusiva à 3 vezes campeã mundial, Carissa Moore, com as imagens intimistas e de acção de Jason Kenworthy, fotógrafo da WSL. Por águas nacionais, destaque para a entrevista com a campeã de longboard, Kathleen Barrigão, e para o novo projecto de Sofia Lopes, a skimboarder portuguesa com mais títulos. Em plena época de neve demos um salto às montanhas, para conhecer melhor Jess Kimura, uma das melhores snowboarders da actualidade e Oreli Berthollier com o seu trabalho fotográfico. Por montanhas nacionais, Taila Wong desvenda algumas das novidades da única estância portuguesa, na Serra da Estrela. Partilhamos também o novo projecto da Luli Boffelli - Artskitects. No skate, reportagem sobre o Exposure, a maior competição de skate no feminino do mundo e uma entrevista com Poppy Starr Olsen, que acabou de anunciar a sua passagem à categoria de profissional. Mas como todos os desportos exigem preparação, pedimos à Lillian Barros - nutricionista, para nos dar umas luzes sobre o que fazer antes, durante e após o treino, numa nova secção de nutrição! Bom ano a todas, de preferência com muitos rides!!

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por Cindy Whitehead

EMPOWERING WOMEN THROUGH SKATEBOARDING

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Š Ian Logan | Rider: Minna Stess GWR MAG 7 |


Š Ian Logan | Rider: Julz Lynn GWR MAG 8 |


Sobre o Exposure: O EXPOSURE apoia skaters femininas ao fornecer avenidas para o sucesso. É a maior competição do mundo de skate feminino e inclui: • Competições Pro e Amadoras de Vert, Bowl e Street • Clínicas gratuitas pela XS Clinics para todas as idades • Clínicas de Yoga gratuitas pela Sambazon Yoga Clinics • DJs • Comida • Feira • Leilão silencioso Os fundos angariados são doados para associações de protecção a vítimas de violência doméstica

http://www.EXPOSUREskate.org/

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Pelo quarto ano consecutivo, o Exposure Skate reuniu

mulheres skaters para competirem, divirtirem-se e para mostrar ao mundo o que as mulheres estão a fazer no skateboard. A competição teve lugar no novo Encinitas Community Park em Encinitas, Califórnia, e permitiu que skaters profissonais e amadoras competissem nas categorias de Vert, Bowl e Street. Registaram-se mais de 100 mulheres para a competição, e com idades compreendidas entre os 6 e os 34.

e femininos de mundo, foi uma verdadeira inspiração, um dia em cheio, que teve como intuito promover as raparigas e mulheres no skateboard. Muitas das atletas vieram com a atitude de “competição, mas também de diversão”, e viram este dia como uma oportunidade de andar de skate com amigos que só vêem raramente durante o ano. Ouvimos muitas raparigas dizerem “conheces-me do Instagram, que bom encontrar-te aqui”. A amizade feita inicialmente via redes sociais através da paixão partilhada pelo skate e o Exposure Skate que as juntou na vida real.

O evento de um dia, criado pela skater profisional Amelia Brodka, para ajudar a realçar as raparigas e mulheres no skateboard, é o maior evento feminino de skate do ano com um prize money de $45,000, que também beneficia a Carols House, uma organização não lucrativa de apoio e abrigo a vítimas de violência doméstica.

A maioria dos atletas profissionais do mundo competiram durante a tarde. Em vert foi a Allysha que venceu, deixando a Amelia Brodka em segundo e a recente Pro Autumn Tust, da Florida em terceiro. No percurso de Street, houve uma verdadeira batalha com a maioria das atletas acabadas de sair da Womens Street As atletas vieram do Japão, Brasil, Holanda, Austrália e de League, mas no final do dia foi a Alexis Sablone que levou o primeiro lugar para casa, Candy Jacobs em segundo e todos os cantos dos Estados Unidos. Este dia repleto de competições, uma pequena feira, Lacey Baker no terceiro lugar. sessões de Yoga, comida, clínica de skate, sessões de autógrafos com alguns dos melhores skaters masculinos A competição de Bowl foi rápida, agressiva e foi uma luta renhida até ao fim com Julz Lynn sempre muito constante

© Ian Logan GWR MAG 10 |


© Ian Logan | Rider: Allysha Le

© Ian Logan | Rider: Amelia Brodka GWR MAG 11 |


© Ian Logan | Rider: Brighton Zeuner

© Ian Logan | Rider: Katherine Folsom GWR MAG 12 |


© Ian Logan | Rider: Autumn Tust

© Ian Logan | Rider: Bryce Ava Wettstein GWR MAG 13 |


Š Heidi Lemmon | Rider: Lacey Baker

Š Heidi Lemmon | Rider: Nora Vasconcellos GWR MAG 14 |


Š Heidi Lemmon | Rider: Pauline Branom GWR MAG 15 |


Š Ian Logan | Rider: Jordyn Barratt GWR MAG 16 |


© Ian Logan | Rider: Relz Murphy

© Ian Logan | Rider: Spencer Breaux GWR MAG 17 |


© Ian Logan | Rider: Poppy Starr Olsen

© Ian Logan | Rider: Hannah Chumley GWR MAG 18 |


a conseguir o primeiro lugar, Allysha Le a conquistar o segundo, e Autumn Tust a levar o terceiro lugar para casa. Nas categorias amadoras para maiores de 15, tivemos a Poppy Starr Olsen e a Jordyn Barrat a batalhar até ao fim em Bowl, mas eventualmente foi a atleta Jordyn a vencer esta categoria, ficando a Poopy Starr Olsen em segundo lugar muito próximo e Hanna Chumley em terceiro. Em Vert foi a Poppy Starr Olsen que conseguiu arrecadar o primeiro lugar, com Thais Gazarra a conseguir o segundo lugar e em terceiro a Nicole Noller. Os resultados de Street levaram Kiana Parra ao pódio com um primeiro lugar, Meagan Guy (que venceu o passatempo no instagram, para uma viagem ao Exposure Skate) em segundo e em terceiro Courtney Akito. As atletas mais jovens a competir tinham idades compreendidas entre os 6 e os 14, o que é uma diferença muito grande em competição. Todas estiveram muito bem e a multidão adorou-as! Em Vert, foi Spencer Breaux, do Col-

orado, que venceu, com as riders locais Brighton Zeuner e Bryce Ava Wettstein a conquistarem o segundo e terceiro lugar. Em Street, vimos uma pequena Poe Pinson a arrecadar o primeiro lugar, Emily Houle em segundo e Spencer Breaux em terceiro. A categoria de Bowl foi provavelmente o evento mais acelerado do dia, onde em que a maioria das raparigas mais jovens competiram. Dezoito no total. A vencedora foi Brighton Zeuner, com Bryce Ava Wettstein a aparecer em segundo e a Sky Brown, do Japão, a conseguir um terceiro lugar na sua primeira grande competição. No final do dia, não foi por causa do dinheiro, troféus ou equipamento que foi ganho, foi tudo para criar visibilidade, mudança, apoiar e dar força a causas nobres, criando simultaneamente a tão merecida visibilidade para as mulheres e raparigas no skate, e o Exposure Skate fez isso tudo!

© Ian Logan | Rider: Sky Brown GWR MAG 19 |


“LIVE LIFE BALLS TO THE WALL. DO EPIC SHIT. TAKE EVERY DARE THAT COMES YOUR WAY. YOU CAN SLEEP WHEN YOU’RE DEAD.”

/dusterscalifornia

GN4LW LONGBOARD 8.75” x 37” | 24.25” Wheelbase The GN4LW board will support Longboarding for peace and give a portion of its proceeds to Poseiden Foundation which supports skaters all over the world. These boards are for girls and guys because we believe in equality in skateboarding.

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@dusterscalifornia DEALER INQUIRIES: dwindle.com | +1.800.500.5015 easternskatesupply.com | +1.910.791.8240 oceanavenuesk8.com | +1.321.777.9494 skatenet.com | +1.713.926.3295


jess kimura

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Jess Kimura, também conhecida como Danger-P, nasceu a 25 de Maio de 1984, e mora actualmente em Squamish, no Canadá. É uma das mais reconhecidas snowboarders na história do desporto, tendo no seu currículo uma medalha de Prata no X Games Real Women Video. Mas o que gosta mesmo de fazer é vídeos! A sua participação lendária em vários filmes de acção, e os vários prémios que venceu, incluindo Rider of the year, Video Part of the Year, Reader’s Choice Award e muitos mais, tornaram-na numa referência no mundo do snowboard. Conheçam um pouco mais da Jess nas próximas páginas. GWR MAG 22 |


Onde costumas praticar snowboard? Em qualquer sítio onde haja neve, mas maioritariamente na América do Norte.

Em que ano começaste a praticar snowboard? Como é que tudo começou e o que te motivou a iniciar este desporto?

Que conselho darias ás raparigas que estão agora a iniciar-se no snowboard? Não desistam. Levei um ano inteiro a aprender a virar em toeside. Eu era mesmo terrível. Por isso não fiquem desmotivadas e continuem a tentar, porque em algum ponto vão sentir a mudança.

O Snowboard tem aceitado melhor as mulComecei aos 14 anos e já estava farta de ski. Na altura heres, ao ongo dos anos. Achas que o deporto praticava ginástica e percebi que era semelhante… apren- está no caminho certo para a igualdade ou ainder a fazer truques, mas sem as regras e restrições da da existe um ongo caminho a percorrer? ginástica, por isso assim que fiz a minha primeira manobra, fiquei viciada. Antes disso, não era muito boa. Durante pelo menos um ano, era terrível e sentia-me mal que todos os meus amigos tivessem de esperar por mim. Ao início odiei, para ser honesta, porque era mesmo má!

Não gosto de gastar energia a preocupar-me se sou ou não aceite. Assim que nos começamos a queixar sobre as coisas, metade das pessoas já não estão a ouvi, por isso tentei sempre falar com acções em vez de palavras. Isso costuma calar as pessoas que pensam que as mulheres O que sentes quando praticas snowboard, e o não têm lugar no desporto.

que gostas mais neste desporto?

Sinto-me em casa, quando coloco a primeira prancha nos pés, como se fosse o destino.

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Algumas pessoas podem dizer que são “di- versidade, mas quando viram a minha paixão, e que não ferenças de género” que ainda limitam algu- ia mudar o meu caminho por ninguém a não ser eu, demas raparigas, começando na educação. O ram-me todo o apoio. que pensas sobre isso? Sempre que alguém fala em filmes de snowTodos temos o poder de moldar o nosso destino, indepen- board, o teu nome é sem dúvida mencionadentemente das adversidades por que passamos. Todas do, pois tens das melhores partes em filmes! as raparigas (e rapazes) têm o poder de se levantar e criar Como te sentes por seres uma inspiração para o seu próprio futuro e realidade. Aqueles que arranjam des- as raparigas em todo o mundo, e o que te atrai culpas são os que ficam para trás. Para mim, quanto mais mais nos filmes de snowboard? me diziam “não consegues” ou “as raparigas não deviam fazer isto” mais eu queria mostrar-lhes que estavam errados. Na altura ficava revoltada e chateada por ouvir essas coisas, mas com o tempo percebi o quanto me motivava e o quanto contribuiu para o meu sucesso. Podemos sempre agarrar em algo negativo e dar-lhe a volta.

Acho que depende a quem perguntas, mas o que me atrai mais em fazer filmes é que torna o teu ride em algo a que te podes agarrar, ver e rever quantas vezes quiseres. Ver partes de vídeos foi muito importante na minha evolução. É uma aproximação sem tretas para mostrar às pessoas que é possível. Isto liga-se ao facto de eu querer que as A tua família aceitou bem a tua decisão de tor- minhas filmagens falem por mim e por todas as mulheres, nar o snowboard a tua carreira? num sentido mais abrangente. Ao ínicio, eles queriam que eu fosse para a escola e uniGWR MAG 25 |


Sempre preferiste filmar a competir. Porquê? Já não entro em competições há muito tempo, mas lembro-me de ficar frustrada com o pouco poder que tinha sobre a minha situação. Numa competição, alguém constrói os patamares para ti e decide onde e quando é que tens de fazer as coisas. Quando estou a filmar, posso escolher as minhas características, ser criativa, construir tudo como eu gosto, e mudar as coisas se não estiverem a resultar. Posso andar onde quero e fazer um intervalo quando alguém precisa. Também posso fazer as tentativas que quiser, para conseguir que a manobra fique boa e bem nas filmagens. Com os filmes, não preciso de me preocupar com o que um juíz acha que é bom, posso dicidir por mim própria e fazer acontecer do início ao fim. Para mim, é mais significativo do que basear o meu sucesso no que os juízes pensam de mim, se gostam ou não gostam de mim ou se estão a prestar atenção á minha run. No entanto gostava de fazer alguns grandes saltos perfeitos, só pela diversão!

A maior parte das raparigas têm algum medo de tentar novas manobras. Tu, por outro lado, és sempre aventureira, sem medo de uma queda ou duas. Ficas nervosa, antes de tentar novas manobras? Como lidas com a pressão de aterrar as manobras durante as filmagens? Não é que não tenha medo, simplesmente sempre fui capaz de gerir o meu medo. Tenho medo das coisas que estou a tentar durante muito tempo. A diferença é que não deixo que o medo me pare… a maior parte das vezes. Também é importante ouvires os teus medos, pode ser um sinal de que o que estás a pensar fazer está demasiado fora da tua zona de conforto e há uma possibilidade real de te magoares se tentares. Por isso é necessário encontrar um ponto de equílibrio e aprender a ouvir os teus medos e a tua intuição.

Qual ou quem é a tua maior inspiração na vida e porquê? A Natureza é a minha maior inspiração.

Qual o teu local preferido para fazer snowboard? Onde estiverem os meus amigos e me puder divertir. Não tenho um local particular. GWR MAG 26 |


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Que manobra te orgulhas mais de ter aterrado? a minha viola e agora estou aborrecida porque não a trouxe Provavelmente as manobras que aterrei em backcountry, porque são um novo desafio para mim, ou alguns dos maiores wallrides que já fiz… foram realmente difíceis de visualizar na minha cabeça, e continuar a tentar vezes sem conta.

Como seria o teu dia perfeito? Acordar cedo e ir fazer snowboard com os meus melhores amigos em neve fresca num dia de sol numa estância quase vazia, para podermos apanhar as melhores linhas do dia. Depois ir de mota de neve até uma nascente de água quente e apanhar um peixe no caminho para cozinhar na fogueira.

comigo.

Alguns projectos novos em que estejas a trabalhar e que queiras partilhar? Estou a filmar para o filme da equipa Union Bindings este ano, está a ser orgulhosamente produzido pela Red Bull Media House e pela Pirate Films, e estou muito contente de fazer parte deste projecto.

Por último queres deixar algumas palavras de motivação para as nossas leitoras?

Sigam o vosso caminho. Não tentem ser como as outras pessoas, sejam vocês próprias. E tenham cuidado com o vosso corpo, porque um dia, todas as quedas que deram O que podemos sempre encontrar na tua mala vão voltar para vos assombrar. ahahaha

de viagem?

Nada de muito interessante, mas tenho viajado muito com

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Grande dinamizadora do skimboard feminino em Portugal, Sofia Lewis Lopes já foi diversas vezes campeã nacional e é a atleta portuguesa com melhores resultados internacionais. É também a criadora do Spirit Skim Girls, um encontro nacional de skim feminino. Agora Sofia tem um novo projecto que te damos a conhecer nesta edição da GWRmag

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O PROJECTO

camente, The Shared Heritage (a partilha de um legado). Podem ler com mais detalhe sobre o projecto aqui http:// O projecto The Shared Heritage consiste na troca de idei- thesharedheritage.tumblr.com/AboutTheProject as, inspiração e conhecimento entre pessoas de diversas áreas para criar um projecto e no final perceber qual foi o PESSOAS ENVOLVIDAS resultado desta partilha. São pessoas com backgrounds ou personalidades totalmente diferentes. O João Graça e Paulo Pereira estão sempre a meu lado em No final todos os projectos serão publicados na página de qualquer projecto para dar algumas ideias e registar tudo tumblr http://thesharedheritage.tumblr.com/ mas também através das suas lentes: desenvolvimento do projecto, reano facebook, twitter e instagram. lização do projecto e resultado final. O Pedro Lopes dá-me apoio a nível de design, da imagem e todos os logos foram feitos por ele. E claro, futuramente, quem quiser partilhar COMO NASCEU ou criar um projecto comigo. No fundo, qualquer pessoa no Surgiu de uma pequena sessão fotográfica que fiz com os mundo. meus melhores amigos (João Graça e Paulo Pereira), para testarmos uma máquina fotográfica antiga no cenário míti- EXPECTATIVAS co de Lisboa. Foi uma experiência interessante, um misto entre cidade e mar, dando origem a uma oportunidade para A minha expectativa é a de deixar as pessoas curiosas com fazer algo especial para os meus patrocinadores. a idea central ou base do projecto e, ao mesmo tempo fazer O resultado da sessão ficou genial, mostrei logo aos sócios com que queiram entrar no barco e em conjunto criar algo da Rskimboards para utilizarem as fotos que quisessem e especial. Juntar pessoas de áreas totalmente diferentes foi aí que o rumo desta pequena sessão fotográfica mudou (quando falo em áreas é mesmo todas as áreas, desde cicompletamente. O Pedro Lopes, designer da Rskimboards, nema/arte a ciência) e perceber que, apesar das diferenças sugeriu criar algo mais pessoal como um site personalizado individuais, em conjunto é possível criar algo único. onde pudesse colocar algo mais ao meu gosto. E a partir Por isso, se alguém estiver interessado neste projecto não daí as ideias foram surgindo. Não me queria focar apenas hesite em contactar-me! em fotografia, porque tenho gosto e interesse por diversas áreas e foi aí que comecei a pensar nas diversas pessoas e Para 2016 espera-se dois novos projectos, um na área de questionar o que poderia acontecer ao juntá-las.. Fiquei tão culinária em conjunto com Honest Onion e outro na área de intrigada com esta questão que pensei imediatamente que fotografia. Mas espero que muitos mais venham a surgir! seria o projecto ideal. E pronto, o nome surgiu automati-

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carissa

moore

3x

wsl world champion

Aos 23 anos, Carissa Moore conta já com 3 títulos mundiais, o último conquistado em casa, a 2 de Dezembro 2015 no Maui Pro. A havaiana festejou logo na quarta ronda, com a eliminação de Courtney Conlogue, a outra candidata ao título.

© Jason Kenworthy GWR MAG 33 |


Antes de mais obrigada e parabéns pelo 3º título mun- Qual foi o momento mais difícil durante a competição? dial! Como te sentiste ao conquistar este título pela 3ª vez? O mais difícil foi manter um pensamento positivo e não me distrair com todo o entusiasmo. Manter o foco e a precisão É surreal, estou extremamente feliz. Nunca sonhei em ter nesses momentos é a chave para o sucesso. 3 títulos mundiais. Conseguiste um 10 perfeito na final com a Sally Fitzgibbons! Como te sentiste quando ouviste o score? Dos 3 títulos, qual foi o mais difícil de conquistar? Cada um deles desafiou-me de forma diferente. Este ano batalhei muito com a dúvisa sobre mim própria. Estavas confiante, no início do campeonato, que irias conquistar o título?

Fiquei realmente espantada, não estava à espera dum 10. Nesse momento, nem estava a pensar em pontuações. Estava tão entusiasmada por ter feito o meu melhor tubo de sempre em competição e as ondas estavam óptimas. Sentia-me feliz.

Não, nunca me passou pela cabeça… Cada ano, cada Como te sentiste ao vencer em casa, no Hawaii? evento, cada onda é diferente. Tudo pode acontecer e tudo o que podes fazer é preparares-te o melhor possível e ten- Nada é melhor do que vencer no Hawaii, junto da minha família e amigos e em excelentes condições. Há tantas tares adaptar-te ao que te vai surgindo pelo caminho. boas energias em casa.

© Jason Kenworthy GWR MAG 34 |


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© Jason Kenworthy

Em 2011 foste a mais jovem campeã do mundo de sempre. Nesse mesmo ano foste convidada para competir na Triple Crown e tornaste-te na única mulher da história a competir na mítica prova. Como te sentiste? Foi uma honra enorme ter essa oportunidade, mas foi também muito stressante. Coloquei muita pressão em mim própria e acabei por não passar do primeiro heat, mas aprendi muito a vê-los competir e ao estar na água com eles. Foste eleita pela SURFER como a surfista do ano 2015 nos SURFER POLL AWARDS. Dirias que 2015 foi um ano bom para ti? Foi um ano incrível. Sinto-me tão abençoada pela forma como tudo aconteceu. Não poderia pedir mais nada. Estou agradecida a todos que me apoiaram. Não estaria onde estou hoje sem eles.

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© Jason Kenworthy

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© Jason Kenworthy

Ganhaste duas provas em Portugal, que memórias guardaste do nosso país? Portugal foi onde ganhei o meu segundo título mundial e vou lembrar-me para sempre desse dia. Conheci pessoas fantásticas e comi da melhor comida que jamais provei. Adorei passear em Lisboa e visitar os castelos. Quanto às ondas, podem ser bastante difíceis, mas aprendi bastante em todas as minhas viagens aí. Competiste contra a Teresa Bonvalot, a nossa promessa do surf feminino. O que achaste do surf dela? Parece-me que ela tem um futuro brilhante. Mal posso esperar para ver onde ela chegará.

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© Jason Kenworthy

Quais são os teus hobbies quando não estás na água? Levo uma vida bastante simples. Quando estou em casa, passo o tempo a treinar, a passear com a família e nas montanhas, a coleccionar recortes e a escrever diários, e também a relaxar. Uma vez que és do Hawaii, o surf é uma tradição familiar? Os meus pais eram ambos nadadores. O meu pai era um apaixonado pelo mar. Adorava paddle boarding, natação em águas abertas e surf. O surf não era uma tradição familiar, mas acho que vai passar a ser.

O que significa para ti surfar? Como te sentes quando estás na água? É quando me sinto mais em casa, mais eu própria. Quando estou na água, estou em paz. O resto do mundo como que se dissolve e as coisas tornam-se simples. Fazer uma onda é a minha mais pura e genuína forma de autoexpressão. É onde me posso simplesmente deixar levar. E em competição? Como lidas com a pressão? E com as derrotas?

Adoro o desafio da competição. A maior parte da pressão vem de mim mesma. Ainda estou a tentar descobrir como equilibrar todas as diferentes emoções e encontrar tranHá quanto tempo surfas e quando é que te apercebeste quilidade quando perco. Importo-me tanto e dou tanto de que o surf era o caminho a escolher, enquanto carrei- mim naquilo que faço que se torna muito difícil ultrapassar os momentos em que fico aquém. A experiência e a perra? spectiva que vou ganhando ao longo dos anos, bem como Surfo há 13 anos. Tinha cerca de 12 anos de idade quando a companhia de pessoas que muito me apoiam, tem-me me apaixonei pelo surf. Foi logo nessa altura que, com a ajudado muito com todos os altos e baixos. ajuda do meu pai, decidi que o surf era algo que queria perseguir e ver até onde conseguia chegar. GWR MAG 44 |


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Qual é a melhor e a pior parte de ser surfista profis- confiantes e verdadeiras com elas próprias. sional? O que esperas e quais são os teus planos para 2016? A melhor parte é poder fazer algo que adoro todos os dias e poder partilhar isso com as pessoas que eu amo. A pior Ainda não sei. Tento viver no momento e encarar um dia de parte é dormir no chão frio dos aeroportos. cada vez. Tem sido uma loucura. Tens vindo a redefinir o surf feminino já há alguns Que conselhos podes dar às nossas leitoras para as anos, como te sentes ao ser uma inspiração para todas motivar a surfar e perseguir os seus sonhos, tal como as outras raparigas? tu fizeste? Sinto-me abençoada por ter a oportunidade de contribuir com um impacto positivo. Estou orgulhosa de todas as mulheres na competição que estão a fazer coisas boas e a inspirar a próxima geração de miúdas para serem fortes,

Vivam os vossos sonhos e nunca desistam. Não tenham medo de falhar e de cometer erros. Faz tudo parte da viagem e acabará por vos tornar ainda melhores.

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Vivam os vossos sonhos e nunca desistam." “Não tenham medo de falhar e de cometer erros. Faz tudo parte da viagem e acabará por vos tornar ainda melhores ”

Carissa Moore

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poppy starR

olsen Apenas com 15 anos, Poppy Starr faz parte de uma elite de skaters profissionais em todo o mundo. Poppy é mais nova que a maioria das adversárias na categoria open e continua a ultrapassar os limites de skaters com mais 10 anos que ela. É uma apaixonada e pioneira do skate no feminino na Austrália e foi eleita como uma das 12 skaters mais influenciadoras do mundo em 2012, com apenas 13 anos.

competições. Tem um negócio estável com a sua arte a ser vendida em todo o mundo e em várias loja do país.

Os seus talentos estendem-se á comunidade artística, como designer de joalharia e cartões, e foram as vendas da sua arte que financiaram as suas primeiras

A Poppy assinou recentemente contrato com 6 Degrees Group para gestão de carreira enquanto jovem talento e também um dos mais promissores.

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É umas das “speakers” mais novas da Austrália e reconhecida com um convite para uma TED talk, apenas com 14 anos. Ela inspira jovens a seguirem a sua paixão e dá óptimas dicas sobre como ser um jovem empresário por forma a suportar essa paixão.


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Como é que começaste a andar de skate?

competições maiores e precisava de arranjar forma de conseguir lá chegar. Foi aí que comecei a desenhar. Mas Um amigo deu-me o seu skate velho e adorei desde o pri- o skate é uma forma de arte, toda a gente tem um estilo diferente e cria linhas diferentes na bowl. meiro minuto em que meti os pés em cima do skate.

Como é que te sentiste ao ganhar o teu primeiro título Anunciaste recentemente que irias tornar-te profiem competição?

Foi um sentimento incrível! E a partir daí fiquei viciada na competição.

Como te sentes quando andas de skate? É incrível quanto aterras uma nova manobra e a tua adrenalina fica ao máximo.

Para além do skate, também tens uma paixão pelas artes. De que forma o skate e a arte se ligam para ti?

ssional no próximo Vans Girls Combi. O que te levou a tomar esta decisão?

Tenho tido uns bons anos, ganhei os títulos mundiais de Sub-14 e acima dos 15 e sinto que preciso de me desafiar e dar este passo.

És uma das mais jovens riders a tornar-se professional no skate. Vês isto como uma dificuldade ou como um desafio para te tornares ainda melhor? Um desafio para me tornar ainda melhor. Vai ser duro, mas está na hora.

Quando era mais nova, percebi que tinha de viajar para

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Estás nervosa com esta primeira competição enquan- este ano. Levo sempre trabalhos comigo, mas a maior parto profissional?

te das vezes não os faço. Vou estar no 10º para o ano, por isso tenho de acompanhar.

Absolutamente! Não quero parecer rídicula, como se não pertencesse ali, por não ser suficientemente boa. Quero O que fazes nas tuas viagens para te manteres ocupatentar entrar no Top 10. da durante os voos longos?

E relativamente aos Jogos Olímpicos? Esperas poder Costumo escrever no meu diário e desenhar, mas ultima-

competir e tornar-te uma atleta olímpica?

Adorava ir aos Jogos Olímpicos! Estou tão orgulhosa de ser australiana e adoraria representar o meu país.

Tens viajado à volta do mundo para andar de skate, por isso estás “ a viver o sonho”. Como concilias isto com a tua educação escolar?

mente tornei-me um pouco desleixada e aproveito para ver uns filmes que nunca tenho tempo para ver.

Qual foi o lugar de que gostaste mais nas tuas viagens e onde queres ir a seguir? Sempre gostei de andar de skate em San Diego, porque tenho muitos amigos lá. A seguir adoraria ir ao Brasil.

É difícil, preciso de me concentrar muito mais na escola

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Recentemente viajaste sozinha para os Estados Uni- fazer – seja embalar postais ou enviar encomendas, por dos. Como foi esta viagem e como te adaptaste às isso gosto muito quando faço viagens de skate, pois vou famílias de skaters que te acolheram durante esta es- só andar de skate. tada? O que te motivou a começares o teu negócio? Tenho famílias do skate nos Estados Unidos e são sempre simpáticas para mim. Uma das minhas melhores amigas Adoro desenhar e precisava de fazer dinheiro. Fiz um curtem uma rampa no quintal, o que é muito fixe! so de 10 semanas chamado Club Kidpreuneur e tivemos um mercado no final para vender os nossos produtos. Fiz És uma verdadeira empreendedora, andas de skate, 250 dólares e fiquei super entusiasmada! O meu negócio és artista e ainda tens tempo para ter o teu próprio cresceu a partir daí para mais mercados e novos produtos, negócio. Conta-nos um bocadinho de todos estes pro- e estou a entrar em mais lojas todos os dias. jectos e de como os concilias. Estou sempre ocupada. Há sempre alguma coisa para

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Também adoras ler. Que tipo de livros costumas ler? Adoro ler livros de aventura, em que não tenho de pensar muito.

Apesar de seres muito jovem, já tens um grande per-

curso a partilhar as tuas ideias e até um convite para uma Tedx (Parabéns)! Como te sentes ao partilhar as tuas ideias e a inspirar outras jovens a seguir os seus sonhos e encontrarem alternativas para sustentar o caminho que querem seguir?

Onde é que as nossas leitoras podem encontrar a tua

arte, se quiserem adquirir algumas peças?

Tenho um website www.poppystarr.com ou no Instragram @poppystarr_art ou @poppystarr

Queres deixar algumas palavras para as nossas leito-

ras?

Sejam vocês próprias, esforcem-se naquilo que adoram e façam intervalos se mexer muito com a vossa cabeça. Se adoram mesmo uma coisa e se são apaixonadas por ela, É optimo poder encorajar e inspirar outras raparigas a con- podem ir a todo o lado! Atrevam-se a sonhar e acreditem seguirem chegar mais longe do que pensavam alcançar. em vocês próprias.

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Š Oreli Berthollier | RIder: Harrison Gordon GWR MAG 62 |


fotografia

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Oreli.b ( Aurelie Berthollier ) é uma fotógrafa de 29 anos, que nasceu em Lyon, mas como ela diz, vive em todo o lado! O snowboard é a sua paixão, e acabou recentemente uma exposição chamada “Lines” (*Linhas) em Avoriaz

Sabemos que adoras viajar. As viagens são uma fonte de inspiração para ti? Quais são as outras?

Sim, viajar é uma grande parte da minha inspiração, especialmente quando parto para descobrir outra estância num Há quanto tempo és uma fotógrafa de despor- país completamente diferente, e conheço pessoas que partos de acção, e porquê esta escolha profissio- tilham o nosso amor pelas montanhas e pelo snowboard, nal? mas que experienciam ambos de maneira diferente e isto é muito interessante. Muitas vezes, na minha cabeça, comSou fotógrafa de desportos de acção há cerca de 3 anos. paro o manto branco da neve nas montanhas às curvas de uma mulher. Comecei as minhas fotos em estúdio aos 17 anos em Lyon. Na altura procurava um trabalho em laboratório, mas a fase Recentemente tiveste uma exposição em Avorida fotografia digital estava a começar. Por isso tentei entrar az. Qual foi o feedback e quais são os planos num estilo de documentário. Depois de acabar os meus estudos, primeiro trabalhei em Lyon, depois resolvi partir e para levar esta exposição a outros locais? acabei por ir parar em Avoriaz em 2010. Sim, a exposição esteve em Avoriaz durante um mês. Era Foi assim que descobri o snowboard. Tentei numa semana, sobre o projecto “Lines” que iniciei o ano passado. A ideia adorei e nunca mais parei! Na minha segunda temporada tomou forma depois de uma longa semana de fotografias magoei-me, por isso peguei na minha Nikon e comecei a com algumas amigas riders de França. Foi uma óptima fotografar os meus amigos. Percebi que não tinha nada a oportunidade de partilhar e experienciar as coisas juntas, perder, por isso tentei. Estou muito agradecida às pessoas muitas vezes pela primeira vez. Tivemos mixed media, ilustração, fotografia e têxteis.. e da estância que acreditaram em mim e me encorajaram. Desde aí, foco-me maioritariamente no snowboard e é um para além disso a Chloé Doublet, rider e arquitecta, concebeu toda a instalação e apresentação do espaço. Penso sonho tornado realidade! que o resultado foi bastante único e o feedback até agora foi óptimo.

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Š Oreli Berthollier | Rider: Claire Doulet

Š Oreli Berthollier | Rider: Karlien Abbeel GWR MAG 65 |


Š Oreli Berthollier | Rider: Claire Bavoux

Š Oreli Berthollier | Rider: Sabrina Kusar | Marion Gouwy | Margot Rozies GWR MAG 66 |


Š Oreli Berthollier | Rider: Marion Gouwy

Š Oreli Berthollier | Rider: Celine Glachant GWR MAG 67 |


Š Oreli Berthollier | Rider: Marc Lazareth

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LINES, a linha do horizonte, a que uso todos os dias enquanto fotógrafa LINES, a linha de um ilustrador no papel “Lines” é muito mais que uma exposição de LINES, a linha de moda criada pelo designer LINES, aquelas que guiam os riders fotografia. Que outras formas de arte estão inLINES, desde o storyboard até ao vídeo A exposição vai agora para Lyon, Strasbourg, mas ainda não tenho as datas oficiais.

cluídas, e quais são os planos para o futuro do projecto?

Sim, a ideia para o “Lines” é juntar riders e artistas que partilham a mesma paixão: montanhas, natureza, snowboard com uma visão feminina. Acreditam que não há nenhuma crew apenas de mulheres em França?

Qual o significado do projecto? O projecto evoluiu de várias maneiras e perante várias experiências: A palavra “Lines” e o seu significado imediato: LINES, as linhas no powder, a memória do rider a deslizar pela montanha.

Qual é a tua fotografia favorita? Esta pergunta é realmente difícil. Não sei responder.

Também fazes snowboard. O que é que o snowboard significa para ti e como influencia a tua vida? Snowboard é como uma droga, é uma forma de expressão, é puro. Também é uma gargalhada com os amigos, uma paixão partilhada. É algo que equilibra a minha vida todos os dias, Fico mesmo aborrecida quando não posso ir fazer snowboard.

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Š Oreli Berthollier | Rider: Laure BertieĚ€re GWR MAG 71 |


Quais são os maiores desafios para uma fo- Alguns projectos mais que queiras partilhar tógrafa de desportos de acção? connosco? Paciência.

Como vês as mulheres no panorama dos desportos de acção nos dias de hoje? É óptimo que as coisas estejam a andar para a frente. É uma óptima altura para ser mulher! Existe muito potencial para nós.

Está agendada uma segunda edição do “Lines”, vamos juntar as raparigas de 16 a 23 de Janeiro em Font Romeu nos Pirinéus. Grandes sessões de street e muitas surpresas! Isso claro, se a neve chegar! Depois disso, vou com a Claire Doulet, a minha musa, descobrir uma nova montanha no Japão durante 3 semanas.

O que é para ti a foto perfeita? A foto perfeita é aquele momento perfeito, com luz perfeita, vibes perfeitas, manobras perfeitas, atmosfera perfeita, simbiose!

Alguma história engraçada que queiras parti lhar conosco das tuas sessões?

Oreli.b +33 6 71 11 21 75 oreli.berthollier@gmail.com

São todas engraçadas de alguma forma, são sempre inesperadas!

orelib.prosite.com @orelib

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Š Oreli Berthollier | RIder: Sabrina Kusar

Š Oreli Berthollier | Rider: Sam Colman GWR MAG 73 |


fashion

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Na próxima Primavera-Verão a CAT apresenta uma colecção arrojada, recheada de novidades, e que resulta de reinterpretações das suas silhuetas mais icónicas bem como da inovação assente nas características que definem o seu ADN: qualidade, robustez, conforto e durabilidade. Toques de cor, novos padrões e estilos mais jovens e desportivos tornam esta colecção num must-have para as ruas da cidade. GWR MAG 75 |


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artes

heather brown www.HeatherBrownArt.com

Ao crescer numa família de artesãos na Califórnia, Heather Brown encontrou a sua paixão pelas artes e pela natureza ainda muito jovem. Mais tarde, trabalhar como capitã num navio e especialista de mergulho para conseguir ir para o programa Bachelors of Fine Arts na Universidade do Hawaii, deu-lhe a oportunidade perfeita para encher a cabeça das imagens maravilhosas das ilhas do Hawaii.

Ao longo da sua carreira, já foi apelidada de “melhor artista Havaiana” por quatro anos consecutivos, foi escolhida pela Rip Curl como “Artist of the Search” nos últimos cinco anos e desenvolveu a sua linha de roupa “Heather Brown for Rip Curl”. Criou arte para o Vans Triple Crown of Surfing, Jack Johnson’s Kōkua Festival, The Surfrider Foundation e muitos mais, assim como abriu as Heather Brown Galleries em Tóquio e Osaka, no Japão.

Heather Brown, fez do seu trabalho de vida capturar a verdadeira essência das praias, picos e locais mais bo- Continua a trabalhar para inúmeras associações não lucranitos do Hawaii e em todo o mundo. Recebeu a alcunha tivas em todo o mundo, mantendo sempre o “dar de volta” de “madrinha da arte de surf moderna” pelo Los Angeles muito perto do coração. Times. A sua arte tornou-se uma marca no mercado global de arte de surf, levando o seu caminho a coleccionadores em todo o mundo. GWR MAG 80 |


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Primeiros passos

Primeiros Trabalhos e Técnica

Sempre estive envolvida com a arte desde que me lembro. Cresci numa família de artesãos na Califórnia, por isso estive sempre rodeada de arte e projectos. Nunca via TV quando era mais nova, porque todo o meu tempo era passado a criar arte e projectos com vários membros da família ou na minha cidade. Só com 20 anos decidi que queria entrar a sério na arte, ir para uma escola e deixar-me submergir na arte.

O início da minha carreira foi muito mais cubista e crua. Isto derivou do meu interesse em impressão. Vinda deste passado de impressão, quando me graduei, e como não tinha espaço para todos os materiais que queria ter, comecei a pintar, e pintava como se fizesse impressão.

Estas pinturas mostravam as linhas marcadas da impressão, a fazer cores, e porque estava tão habituada às formas e ideias dos desenhos impressos, tudo ficou com Recebi o meu Bachelors of Fine Arts na Univerdidade do um sentimento mais cubista. Ao longo dos anos, pintei Hawaii enquanto trabalhava como especialista de mergu- quase todos os dias, acho que o meu estilo se tornou muito lho e capitã de um barco na Costa Norte de Oahu. Depois mais refinado, mas mantendo sempre a minha imagem de de me ter graduado, decidi desligar a ficha e dedicar 100% marca dos primeiros trabalhos. do meu tempo como artista e, 15 anos depois, continuo a adorar o que faço todos os dias!

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Snow Bunny GWR MAG 83 |


Lady Slide

Influências e Inspirações

A tua arte e o surf

A minha maior influência e inspiração é o meu marido, companheiro e artista Chris (TheCaptainSurfs.com). Ele gere o meu negócio de arte desde muito cedo e podemos criar arte no nosso estúdio partilhado todos os dias com as minhas outras 3 inspirações – os meus cães!

Estão totalmente ligadas. Ambas se influenciam a 100%. Quando estou a surfar, sentada ou à espera de uma onda, tenho todo o tempo do mundo para me submergir no que está à minha volta, nas texturas, cheiros, sons e sentimentos.

Sempre tive influências de artistas como Paul Klee, Hundertwasser e a arte de Oceana. A maior inspiração no meu trabalho actual é definitivamente o Hawaii. É o meu paraíso na Terra, a mais bonita cadeia de ilhas que conheço, com um oceano, surf, arco-íris, flores e pessoas únicas, e tudo o que fica no meio! Mantêm-me sempre inspirada!

Depois volto ao meu estúdio, sento-me e recordo-me desses sentimentos e esses sentimentos ajudam-me a trazer as texturas, cores e disposição para as minhas peças de arte.

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Tu e o Surf Faço surf desde os 15 anos. Surf é a melhor maneira de passar qualquer dia. Adoro-o tanto por tantas razões diferentes, que tento estar na água sempre que possível.

Trabalho favorito Tenho um trabalho antigo chamado “High Tide” que é um dos poucos originais meus que mantive e que está pendurado no meu quarto. Acho que é mais especial, porque também é o trabalho favorito do Chris, por isso tem um lugar especial nos nossos corações.

Exposições Faço muitas exposições e tours, estou na estrada 4 a 6 meses por ano. Todas são diferentes à sua maneira. Para mim, não é a minha arte que as torna especiais, mas sim todas as pessoas que as vão visitar, partilhar o seu aloha comigo e com outros. Tive oportunidade de ver tantas relações construídas através das minhas exposições e tours, e fico sempre maravilhada com o amor e o aloha que é partilhado de todas as vezes que faço uma exposição.

Sonhos e Projectos Estou a viver o meu maior sonho toos os dias nos últimos 15 anos, penso isso todos os dias! Estou sempre a trabalhar em novos projectos – grandes ou pequenos. Alguns dos projectos para vir são uma exposição de grupo em que vou participar agora em Janeiro, sobre as baleias, com artistas como Welzie, Iki Yasuo, The Captain e eu. Um dos projectos mais giros que vou ter é a continuidade do trabalho com a Elan Snowboards e 3 novos modelos que saem esta temporada. Estou emocionada por poder continuar a viver o meu sonho e muito contente que a minha arte se esteja a conectar com pessoas em todo o mundo. Tudo o resto é só um bónus!

Papel do artista Acho que a arte está em todo o lado, sempre esteve e sempre irá estar. Acho que o papel do artista é ser único, ser criativo e na grande maioria das vezes ser ele próprio. Para além disso, acho que não deve fazêlo por interesse. GWR MAG 85 |

Spring Swell


Summer vacation

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kathleen ~ barrigao Kathleen Barrigão foi a primeira rapariga a conquistar o título nacional de Longboard Sub-18. Fomos entrevistá-la para conhecer um pouco mais do seu percurso.

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Sempre disseste que querias muito ser a primeira outras provas do circuito sempre em primeiro lugar do Subrapariga a vencer o título longboard. Foi uma surpresa 18, o que me garantiu o título Nacional. para ti, pelo facto de competires só com rapazes? Para além dos Sub-18, participas também na categoria Ao princípio, era um pouco estranho para mim ser a única Open. És a única rapariga a competir nesta categoria? rapariga no Sub-18 a competir com os rapazes pois estava habituada a competir com raparigas em shortboard. Mas Este ano, tenho sido a única rapariga a competir tanto no rapidamente me adaptei e vi que não fazia assim tanta di- Sub-18, como no Open com os homens. ferença. Quando estou a competir com rapazes ou homens tento não olhar para eles como rapazes mas sim como atl- Como te sentes no meio deles? etas que quero vencer. Tinha estado o ano todo a treinar imenso para poder ter os melhores resultados possíveis e Já me habituei a ser a única rapariga a competir com eles o meu objectivo sempre foi ganhar este título. E como con- e sinto-me bastante à vontade para fazer o meu surf e segui, fiquei extremamente contente com o resultado final. mostrar que estou ali para ganhar as minhas baterias. Para mim, são amigos (fora de água) mas também adversários Como foi a época? e estou sempre a aprender com eles. Desde o início da época que tenho estado muito concentrada nos campeonatos e tenho sido mais exigente comigo própria nos treinos e no visionamento dos vídeos dos treinos para poder corrigir o que ainda não está bem. Depois de ter ficado em segundo lugar na primeira etapa na Ericeira, fiquei com outra motivação para trabalhar mais e melhorar a minha prestação. Consegui então terminar as

Gostarias de competir com raparigas? Seria vantajoso para ti? Competir com os rapazes ajuda-me bastante, pois eles puxam bastante por mim, mas gostaria de competir com raparigas. Uma das razões pelas quais vou começar a competir em provas internacionais é para fazer longboard.

© J. Barrigão GWR MAG 90 |


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O que se pode fazer para levar mais raparigas para o longboard? Acho que deveria haver mais empenho das escolas de surf em apostarem na formação de jovens atletas como fazem em relação ao shortboard. Como foi a tua primeira experiência no surf? Sempre tive um relação bastante próxima com a praia e o mar, mas nunca imaginei um dia surfar, pois nem sabia bem o que era. Foi depois da minha madrinha me ter oferecido uma aula de surf em Carcavelos, por altura do Natal, que comecei a surfar imediatamente. Já faço surf há cerca de quatro anos e longboard há cerca de dois anos e meio. O longboard começou com uma prancha emprestada de um amigo do meu pai que adorei de imediato. Pessoalmente, acho importantíssimo poder surfar com pranchas de tamanhos diferentes e de vários formatos. Por isso, naturalmente, interessei-me pelo longboard, mas nunca imaginei que me levaria a ter dois títulos nacionais.

Gostaste logo e continuaste? Comecei a surfar com uma shortboard, era assim que toda gente começava e eu também o fiz. Sempre me interessei bastante pela cultura do surf e como tudo começou. Depois de ter experimentado uma longboard senti que era esse o caminho que queria seguir. Quando e por que motivo passaste para longboard? Já faço longboard há cerca de dois anos e meio, mas comecei a levar o longboard mesmo a sério este ano no Circuito Nacional. Durante uns meses do ano passado, senti a minha paixão pelo surf a diminuir e os campeonatos não estavam a correr como eu queria no shortboard. Tirei um tempo para treinar mais e comecei a dar um pouco mais importância ao longboard. Foi dessa forma que voltei a encontrar a minha paixão pelo surf. Voltei a adorar aquilo que fazia, voltei a querer estar na praia todos os dias, mesmo nas piores condições. Acho que o longboard me ajudou imenso na técnica e na mente. Com o longborad encontrei um equilíbrio na vida e consegui continuar a treinar em ambas as modalidades, longboard e shortboard. Objectivos para 2016 Em 2016, irei fazer o Circuito Europeu de Longboard (LQS) com o objectivo de obter um lugar para o Mundial de Longboard. Sei que é extremamente difiícil, mas vou dar o meu máximo. Estas provas estão previstas para serem realizadas em Portugal, França e em Inglaterra. Irei também continuar a correr o Circuito Nacional com o objectivo de melhorar a minha prestação no Open. Em suma, estarei sempre a treinar para atingir o nível das longboarders internacionais.

© J. Barrigão GWR MAG 93 |


serra da estrela by Taila Wong

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Olá meninas, Quando recebi o convite da GWR para escrever este artigo, fiquei muito feliz por duas razões. Primeiro, porque a GWR é uma revista de referência no âmbito dos desportos radicais .... E segundo, porque posso dar a conhecer um pouco do meu trabalho!

lhar pela janela e ver o ponto mais alto de Portugal pintado de branco da neve, trabalhar a quase 2000 m de altitude e, principalmente, ver o sorriso das pessoas que experimentam este desporto pela primeira vez é muito, muito gratificante! A profissão de instrutora de snowboard é realmente uma loucura! Mas não pensem que tudo são rosas... é preciso muita dedicação e gostar muito do que se faz.

São quatro meses intensos, em que as folgas só existem quando as estradas fecham (não, não são assim tantos dias como se pensa), não dás aulas só nos dias de sol e nos dias de mau tempo há sempre quem receie não conseguir voltar à estância e quer ter aulas mesmo com condições menos boas. Para o cliente é apenas uma hora Em 2012, comecei a dar aulas de snowboard no Ski Skate de aula, para os instrutores é o dia inteiro a trabalhar deParque Amadora (pista sintética) e mais tarde, seguindo a baixo de mau tempo. Dói muito quando cai aquele powder minha “missão”, troquei Lisboa pelas Penhas da Saúde, na maravilhoso num dia de sol e não tens sequer oportuniSerra da Estrela, onde tirei o curso de instrutores de snow- dade de sair da pista de aprendizagem... e é um trabalho board da Federação de Desportos de Inverno de Portugal. de apenas quatro meses. Para se ter noção, cerca de 70% a 80% das aulas na estância são de ski, então para mim, E foi a partir daí que comecei a dar aulas de snowboard na que luto para viver da montanha, foi inevitável tirar também estância de ski da Serra da Estrela. Acordar de manhã, o- o curso de ski. E foi o que fiz no ano seguinte. Desde então Para quem não me conhece, chamo-me Tatá, sou brasileira mas vivo em Portugal há muitos anos. Apaixonei-me pela neve há sete anos atrás e decidi que queria viver na montanha e da montanha - para mim, foi como a revelação da minha “missão”.

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sou instrutora de Snowboard e também de Ski.

e qualidade de neve nas pistas (barreiras de madeira instaladas paralelamente às pistas para “segurar” a neve e imEste ano decidi criar uma página para que outras pessoas pedir que seja levada pelo vento), a aquisição de canhões possam acompanhar esta aventura que tem sido pra mim novos para produzir neve quando for possível (isto porque ser instrutora de ski e snowboard (https://www.facebook. é necessário reunir algumas condições metereológicas facom/tataskisnow). Aqui posso partilhar fotos dos meus voráveis à produção de neve para contribuir muito para que alunos, previsões do tempo e divulgar os projectos em que as pistas se mantenham branquinhas). estou envolvida! Por isso, este ano as condições para o ensino da prática de Diariamente vou estar na Estância de Ski, que este ano fez ski e de snowboard parecem ser ainda melhores... um considerável esforço financeiro para investir em melhoramentos, tais como a substituição do teleski do Cântaro Outro projecto em que estou inserida é a 2ª edição do propor um tapete rolante (o tapete mágico, como nós dizemos jecto da Federação de Desportos de Inverno - o Ski 4 All. às crianças, que acredito facilitará o ensino ao haver maior O Ski 4 All é um programa cujo objectivo é proporcionar fluidez especialmente na zona de aprendizagem), a insta- a 1200 crianças do 1.º e 2.º ciclos do ensino de terem a lação de novas paliçadas que garantirão maior quantidade primeira experiência de ski/snowboard por apenas 1 euro

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(inclui entrada nas pistas, aulas, equipamento e almoço). A soma angariada reverte para a reflorestação de dois hectares na Serra da Estrela, através da plantação de 3400 carvalhos e 400 medronheiros. As aulas estão a decorrer no Skiparque de Manteigas e na estância de ski da Serra da Estrela sempre que haja neve. Tem tido uma aceitação muito grande que se deve ao esforço e dedicação de toda a equipa gerida pelo Jaime Rendeiro (FDIP).

praticar no âmbito deste projecto. Enquanto snowboarder, agradeço à FDIP e por favor... não parem! Quem quiser acompanhar um pouco mais deste projecto siga a página Ski 4 All no facebook e também no instagram.

Lembram-se de ter mencionado que o trabalho de instrutora de ski e de snowboard só dura quatro meses? Entretanto, tirei um curso de Rollerski (skis com rodas) e breveDestaco também a maior abertura e notório esforço de mente falar-vos-ei deste desporto de Verão muito recente integração do snowboard demonstrados pela actual di- em Portugal. recção da FDIP, em particular o presidente Pedro Farromba. Noutros tempos, só se falava de ski e hoje em dia, Espero que com este artigo fiquem a conhecer-me um poufelizmente, a coisa é diferente. Por exemplo, no primeiro co melhor e que, acima de tudo, que dê vontade às meniano o Ski 4 All limitava-se ao ski, mas este ano o snow- nas de irem ridar... e ridar MUITO!!!! Quando vierem à serboard é uma opção para todas as crianças que o queiram rinha procurem por mim e descemos umas pistas juntas.

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artskitects por Luli Boffelli

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Nasci em Esquel, na Patagónia (Argentina) e cresci rodeada de montanhas lindíssimas, onde descobri a minha paixão pelo ski e pelo tempo passado na montanha desde muito cedo. Em 2006, fiz parte de uma crew que dedicava todos os minutos da sua vida a planear e a construir o seu próprio snowpark, ao qual chamámos Flypark, na nossa estância natal de La Hoya. Foram momentos únicos graças a este grupo radical de amigos que dava tudo pela causa. Nos anos seguintes, comecei a viajar da Argentina para o Canadá para um Inverno contínuo, e dedicava toda a minha energia a esta paixão e estilo de vida, perseguindo a minha sede de neve. Tive a oportunidade de andar num dos melhores snowparks do mundo em Whistler Blackcomb e isso mudou-me. Soube aí que queria esquiar para o resto da minha vida!

novo projecto, com o apoio da Nordica Skis, ao qual chamámos ARTSKITECTS. É um meio dedicado à produção de conteúdos de freeski. Já tinhamos trabalhado juntos em temporadas anteriores, mas este Outono o Yan veio ter comigo com uma nova ideia que adorei desde o início. É uma forma de mostrar o FreeSkiing através dos olhos de um homem e uma mulher juntos – o que não acontece muito frequentemente. Não temos pressa, estamos no início, por isso estaremos a trabalhar neste projecto durante toda a temporada e nos próximos anos. Lançámos o nosso website https://artskitects.wordpress. com e página de facebook (Artskitects) e vamos partilhar todo o tipo de conteúdos – filmes, curtas metragens e fotos são os principais elementos que compõem este projecto. Estamos rodeados por uma paisagem excelente, onde as montanhas são o nosso jardim, com possibilidades infinitas e liberdade para desenvolver as nossas ideias, por forma a construir conteúdos originais e contar as histórias à comunidade de neve.

Nos últimos 5 anos, tenho vindo para a Europa, onde encontrei a minha segunda casa em Verbier, na Suiça. Aqui tenho tudo o que preciso, um freeride fantástico, amigos espectaculares e óptimos snowparks. Também estou muito próxima de Chamonix, na França, e de Aosta, na Itália, o que torna esta localização perfeita para missões de ski. Tudo feito com muito amor e paixão! Este Inverno, juntei-me ao Yan Hardy para trabalhar num

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visit at: https://artskitects.wordpress.com


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Sobre a Luli Adoro esquiar enquanto oiço Gavlyn, ela tem umas batidas muito simpáticas. A minha escolha para as montanhas são a Nordica – La nina de 169 cm. Estes skis são específicos para mulher. Leves e muito estáveis em diferentes condições de neve, óptimos para powder, terrenos íngremes e hardpack, eles mantêm-te com controlo. GWR MAG 102 |


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~ , nutriCAO por Lillian Barros

SUMO FUNCIONAL PRÉ E PÓS TREINO

SIM ou NÃO?

A maioria das pessoas que acompanho na consulta acaba de 3 horas, por outro lado é importante que não consuma por não saber o que comer antes e depois do seu exer- alimentos que demorem muito tempo a serem digeridos, cício, seja uma corrida no paredão ou uma aula de step. como é o caso dos lácteos ou alimentos gordos. O que fazer para evitar quebras a meio de um treino mais exigente, evitar quebras de açúcar, mal-estar ou até mesmo paragens de digestão? A dúvida persiste, o que devo comer antes de ir ao ginásio ou da prova de wakeboard?

Deverá certificar-se de que não come refeições pesadas nem de difícil digestão, caso contrário não conseguirá ter a máxima rentabilidade do seu treino e, em casos de pessoas mais sensíveis, pode até sentir-se indisposto durante a prática de exercício físico. Nestes casos, se a maior parte da sua energia (diga-se fluxo sanguíneo) estiver focada no processo de digestão, momento em que grande parte da irrigação sanguínea se encontra no aparelho gastrointestinal, não conseguirá ter de forma eficiente energia disponível para irrigar os músculos e dar resposta a todas as exigências metabólicas do seu treino físico.

Apesar de ainda existirem muitas pessoas a acreditar que o exercício físico em jejum é o mais eficiente na perda de peso, este mito começa a ser ultrapassado. A realidade é que antes de praticar qualquer tipo de actividade física deve consumir energia de absorção rápida (para ter energia imediata que permita iniciar o treino) e energia de absorção lenta (certificando-se assim de que tem energia até ao fim do seu treino). Se forem bem “construídos”, os sumos funcionais podem ser uma excelente alternativa que lhe fornece tudo o que Se por um lado não deve ir para o ginásio em jejum, ou necessita para o seu treino. sem reforçar a sua refeição se esta já aconteceu há mais GWR MAG 104 |


Antes deste, o seu sumo poderá conter maior quantidade de fruta ou, em alternativa, optar por fruta com uma quantidade de açúcares ligeiramente superior, pois as exigências energéticas estão também elas aumentadas. Nestes casos, frutas como banana, manga, melão, meloa, figos ou frutas desidratadas (ameixas, tâmaras, passas ou alperces) podem ser uma excelente opção. Deverá ter também o cuidado de adicionar um reforço em fibra com a introdução de um cereal não refinado como a aveia, o farelo ou outro elemento fornecedor de fibra, que permita uma absorção mais lenta destes açúcares, dando-lhe energia até ao final do seu treino. Durante o treino não se esqueça de que a hidratação é fundamental a fim de repor os níveis de hidratação e mi-

nerais perdidos pela transpiração. Poderá sempre optar por águas funcionais. Por fim, após o treino, sendo o seu objectivo tonificar e aumentar a massa muscular deverá fornecer proteína, que poderá ser facultada pelas proteínas das sementes de cânhamo, pelo ovo, gelatina ou outros elementos. Existe à venda proteína de ervilha, que combinada com proteína de arroz pode conseguir completar-se e fornecer todos os aminoácidos essenciais. A refeição pós -treino deverá ser feita no período máximo de 20-30 minutos depois do treino, pois é o momento em que o organismo é capaz de repor os níveis de glicogénio no músculo e captar a proteína para a construção muscular. É o período a que chamamos de “janela de oportunidade”.

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´ DURANTE E POS ´ TREINO RECEITA PARA O PRE,

Sumo pré-treino 1 banana 1 mão cheia de frutos vermelhos 2 c. chá de açaí desidratado 1-2 mãos de espinafres ½ pepino ¼ beterraba 200-300 ml de água de côco 1 c. sopa de flocos de aveia ou farelo de aveia Sumos pós-treino 2 maçãs 1 laranja 1 folha de couve 5 folhas de hortelã 1 rodela fina de gengibre 1 c. sopa de sementes de cânhamo 100 ml de água ½ folha de gelatina GWR MAG 106 |

Água funcional antioxidante e mineralizante 1. l de água ¼ de pepino em rodelas 5 folhas de hortelã 3 morangos fatiados

Lillian Barros – Nutricionista Clinica Contactos: geral@lillianbarros.com 938557033 Facebook: Lillian Barros – Nutricionista Instagram: @NutricionistaLillian SnapChat: Lillian-Nutri Blog: SantaMelancia.blogspot.pt


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must have

DC -KUSH PVP: 37,5€

SKUNKFUNK Khloe PVP: 71,95€

DC - LYNX VULC PVP: 85,50€

FILA

PVP: 59,90 €

HUNTER

PVP: 119,90 € Botas UGG Bailey Bow PVP: 214,90€

Girl is NOT a 4 letter word 1. Skateboarding is the new black tee 2. GN4LW beanie 3. Trucker Hats 4. GN4LW TOTE BAG 5. Rad & No Regrets tee Disponível em: http://www.girlisnota4letterword.bigcartel.com GWR MAG 108 |


Bindings SP Core Colour (Orange/Cyan) Size S, M, L PVP: 199,90€ disponível na Cume E store

SnowBoard LTB EELSWHITE wmn DIRECTIONAL SHAPE PVP: 519€ disponível na Cume E store

DUSTERS GN4LW CRUISER

disponível em: http://www.blue-tomato.com

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Š Jason Kenworthy | Rider: Carissa Moore

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