OLD Nº 32

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Nยบ 32 Abril de 2014


Revista OLD Número 32 Abril de 2014 Equipe Editorial Direção de Arte Texto e Entrevista

Capa Fotografias

Felipe Abreu e Paula Hayasaki Felipe Abreu Camila Martins, Felipe Abreu, Juliana Biscalquin e Luciana Dal Ri Pauline Bernard Cláudio Silvano, Felipe Feca, Felipe Goifman, Pauline Bernard e Renan Carvalhais Inocêncio

Entrevista

Marcelo Pallotta

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Parceiros


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Livros

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Foto em Pauta Exposição

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Pauline Bernard Portfolio

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Cláudio Silvano Portfolio

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Felipe Goifman Portfolio

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Marcelo Pallotta Entrevista

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Felipe Feca Portfolio

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Renan Carvalhais Portfolio

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Falta um mês para o nosso terceiro aniversário. Junto com a data - como de costume - chegam diversas mudanças para a OLD. Eu estou tão ou até mais ansioso do que vocês para que elas aconteçam, mas vamos ter que esperar mais um mês por elas.. Agora chega de falar do futuro! Vamos falar do presente! Em nossa edição de Abril temos um ensaio a mais e duas colunas a menos. Nosso colunista Tito Ferradans nos deixa para perseguir sua pós no Canadá. Enquanto isso, as meninas do Ágata fazem uma breve pausa para organizar toda sua produção no MIS e voltam no mês que vem com uma coluna super caprichada! A capa da nossa quarta edição de 2014 é assinada pela fotógrafa Pauline Bernard, que criou o sombrio e melancólico ensaio IN/SIDE, uma série de retratos de personagens isolados nas sombras, em uma soturna fotografia de rua. Seguindo com os ensaios temos Curral Del Rey, de Cláudio Silvano, um ensaio contemplativo, calmo, que aos poucos nos vai entregando sua mensagem, ao passar de cada um de suas fotografias. Nossos outros três portfólios caminham pelos variados ramos da fotografia documental. Felipe Goifman retrata a cultura judaica no Rio de Janeiro, usando as sinagogas como base para sua investigação. Seu xará, Felipe Feca, foi às feiras de São Paulo e produziu uma série de retratos que misturam técnicas de estúdio e de rua, criando um visual inovador para a sua produção. Fechando nossa edição de

Abril temos o trabalho de Renan Carvalhais Inocêncio, desenvolvido durante sua estadia em Cuba. Neste mês entrevistamos um fotógrafo premiado sete vezes pelo Prêmio Porto Seguro de Fotografia. Marcelo Pallotta trabalha com design, cinema e fotografia, com um apreço especial pela fotografia instantânea. Em nossa entrevista Pallotta conta sobre sua trajetória e apresenta o belíssimo ensaio Ilhas, criado em parceria com Eder Chiodetto. O onipresente curador também aparece na nossa exposição do mês, que leva a Mídia NINJA à parede do museu. A exposição Poder Provisório ocupa o MAM SP com uma série de fotografias que registraram momentos de transformação política e social no país. É com tudo isso e muito mais que chegamos apresentamos nossa edição de pré aniversário. Imagina só o que virá mês que vem!


April 29, 1907


LIVROS

EDEN AND AFTER, DE NAN GOLDIN

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Nan é conhecida pelo seu registro da violência, das drogas e da AIDS. Suas imagens são sempre cruas, verdadeiras e agressivas, deixando pouco espaço para uma discussão puramente estética, já que o conteúdo e a realidade transbordam do enquadramento. Sua produção costuma estar inserida em um contexto cotidiano, de acompanhamento profundo de seus personagens. É impossível imaginar que as vidas das pessoas que Nan Goldin retratou se resumissem somente a elas mesmas, não era possível que elas não produzissem outras vidas. É assim, após 11 anos sem nenhuma publicação, que Nan apresenta o livro Eden and After, que apresenta retratos e imagens de crianças, nas mais variadas épocas e contextos. Nan uniu uma coleção de fotografias produzidas durante décadas, que de apresentam o universo periférico de seus personagens mais queridos, apresentando - de certa forma - o futuro reservado para essas crianças. As imagens de Eder and After podem parecer óbvias em um primeiro olhar, como um pequeno álbum de família. Mas nada é tão simples no trabalho de Nan Goldin. Ao retratar crianças ela discute a liberdade típica desta idade, a noção de fantasia e como - aos poucos - o mundo vai domando estes seres mágicos. Disponível no site da editora Phaidon Valor Médio: R$ 250,00 320 páginas


LIVROS

THE PHOTOBOOK A HISTORY: VOLUME III DE MARTIN PARR E GERRY BADGER

A fotografia vive um momento em que seus livros estão no centro das atenções. Seja por formatos - muito ou pouco inovadores, por novas técnicas ou pela explosão de livros independentes, publicados sem o auxílio de grandes editoras. Com essa crescente importância do fotolivro, é essencial que seja feita uma análise teórica e crítica da produção, para que assim como a fotografia, se crie uma história coerente e completa sobre a produção de fotolivros. Com este objetivo em mente a Phaidon iniciou uma série de três livros sobre o tema, que chega agora ao seu último volume. Coordenada pelo fotógrafo e aficcionado por fotolivros Martin Parr e pelo historiador Gerry Badger a série se debruça sobre a produção de livros fotográficos em diversos momentos históricos e, em seu último volume, se volta para uma análise mais contemporânea, observando a crescente importante do livro na fotografia contemporânea. O volume, apesar de bastante caro, é um guia incrível para a produção atual, além de ser um belo guia de influências e referências para a produção de qualquer fotógrafo.

Disponível no site da editora Phaidon Valor Médio: R$ 250,00 320 páginas

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EXPOSIÇÃO

PODER PROVISÓRIO A Mídia NINJA continua sua trajetória avassaladora e chega ao cânone da fotografia: agora o coletivo faz parte da coleção permanente de fotografia do MAM

Há mais ou menos um ano o Brasil entrou em um momento de grande ebulição. Essa agitação ainda tem focos ativos até hoje e deve continuar assim por ainda um bom tempo. No meio da agitação OLD social e cultural surgiu algo até então inimaginável: uma rede de 08 fotógrafos, videomakers e jornalistas registrando e propagando tudo em tempo real, com uma agilidade e capilaridade só alcançada anteriormente por algumas das maiores redes de notícias do país. Assim, no melhor momento possível, surgiu a Mídia NINJA. Neste quase um ano de vida a NINJA se organizou, foi alvo de um número de críticas e elogios inacreditável e se estabeleceu como a principal forma de se obter informação política e social fora dos grandes canais. A Mídia NINJA está em quase todos os lugares, abastecendo a rede com informações vinte e quatro horas por dia. Com essa curiosa “sorte” estratégica a Mídia NINJA já nasceu no centro das atenções. Assim ela precisou se solidificar o mais rápido possível e os resultados foram impressionantes. Tanto que o também sempre presente - curador e pesquisador Eder Chiodetto se interessou pelo trabalho do capilar coletivo e os convidou para fazer parte do acervo do Clube de Colecionadores de MAM. A notícia chegou no final do ano passado e agora toma as paredes do museu paulista na exposição Poder Provisório.

A mostra apresenta um recorte do registro de transformações no poder político e social nos últimos 50 anos através da fotografia. A exposição conta com fotografias da queda das torres gêmeas, do movimento diretas já, da posse de Lula em 2003 e da série de protestos de 2013. Os nomes que participam da mostra são marcantes: Mauro Restiffe, Alcir da Silva, Cláudia Andujar e os caçulas de respeito da Mídia NINJA. Poder Provisório apresenta não só fotografias documentais, mas também explora outras formas de registro que também transmitem de forma poderosa um momento de transformação social. Assim Chiodetto cria uma mostra que é não só inovadora em seus participantes, mas também nas técnicas apresentadas. Para a Mídia NINJA este é o pico de um momento interessante na trajetória da rede. Assim como o grafitti, que saiu das ruas e foi para os museus do mundo, a rede de fotojornalistas enfrenta, não livre de críticas e polêmicas, este momento de transição de meio. Agora a produção da NINJA foi institucionalizada e os próximos passos do coletivo dependem exclusivamente das escolhas de seus membros. Manter a essência é fundamental, sem perder de vista o poder que este tipo de transformação pode trazer, na produção e no alcance do grupo de ninjas.


Mídia NINJA


Pauline Bernard IN/SIDE



Pauline é uma fotógrafa brasileira, representada pela agência francesa MYOP, trabalhando para a imprensa francesa em uma série de pautas. Na OLD, Pauline apresenta uma parte de sua produção pessoal, em uma série de fotografias sombrias, OLD 12 chamadas IN/SIDE. Pauline, conte sobre seu começo na fotografia. Meu começo na fotografia remonta a 2006. Na época, eu morava na Espanha e acabava de me formar em filosofia. Desde o início, a fotografia representou um meio para me aproximar, conhecer e entender a vida das pessoas. Tendo uma personalidade tímida e curiosa, a câmera fotográfica sempre funcionou como uma «chave» que me dava acesso a qualquer lugar, a qualquer pessoa. Comprei um livro para saber as bases da técnica fotográfica, pedi emprestada uma antiga Nikon analógica e comecei a freqüentar «squats» na Alameda de Hercules, bairro de Sevilha onde eu morava e que, na época, era ainda um bairro bastante popular. Nesses «squats» conheci Pablo, Carlos, Miguel, Lola, todos viciados em heroína. Documentei seu dia-a-dia durante um ano. Essa primeira reportagem foi exposta no Fotofestiwal de Lodz na Polonia. Logo depois, entre 2007 e 2009, morei no Brasil onde desenvolvi vários trabalhos

fotográficos, principalmente, reportagens sociais. Foi nesse momento que comecei a trabalhar como fotógrafa «freelancer». Voltei para Paris e, em 2011, passei a ser representada pela agência francesa MYOP. Em setembro de 2012, de retorno ao Brasil, trabalho como correspondente para a imprensa internacional, além de desenvolver reportagens pessoais. Quais as motivações por trás de IN/SIDE? IN/SIDE se situa entre a fotografia documental e a pesquisa subjetiva plástica. Esse ensaio fotográfico visa questionar o «tempo suspenso», a solidão, a «poesia do ordinário» num contexto urbano. O cénario é a cidade e suas ruas. Tanto como lugar de trabalho, quanto lugar de passagem, o espaço urbano é barulhento, «saturado», caótico. Nesse ensaio, o cénario fica voluntariamente na sombra, nao aparece na sua totalidade : trata-se de uma cidade qualquer, representada apenas como uma tela de fundo e, na qual, uma «presença» se destaca, se «ilumina». Essa «presença» anônima, que transita sozinha entre sombra e luz, nos convida à introspecção e ao questionamento. Há um certo mistério nas atitudes, nos gestos, nas expressões que flutuam no vazio e nos sugerem que algo aconteceu ou esta prestes a acontecer.


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Como você organiza suas composições pensando no recorte e na predominância do preto dentro de suas imagens? Na verdade, meu ponto de partida é o preto, ou seja, é a partir dele que minhas composições começam a tomar forma. Desse ponto inicial, eu « penso e organizo a luz» dentro do meu enquadre, escolhendo os elementos que irão aparecer nessa «tela preta». Esse jogo de sombra e luz é determinante nesse ensaio, pois me possibilita construir um cenário apurado e isolar os indivíduos do conjunto. Seus personagens estão todos isolados dentro de um contexto urbano. Você deseja isolar estes momentos dentro de um contexto muito mais caótico? Minha proposta no IN/SIDE é utilizar o contexto urbano apenas como tela de fundo. Isolo os indivíduos para conduzir nosso olhar aos seus «gestos», expressões e atitudes. Com esse recurso técnico de sombra e luz, o espaço urbano é apreendido em uma escala humana, onde o singular é extraído do global: a multidão, o contexto caótico da metrópole são presentes, mas ficam na sombra, nos

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bastidores dessa grande cena urbana. Além disso, extrair esse 25 indivíduo do global deixa subentendido que não há mais vínculo com os outros indivíduos. Em IN/SIDE, os personagens não se comunicam entre si e cada um está em seu próprio mundo, isolado do resto. Assim como, em um contexto urbano, estamos tão próximos e, ao mesmo tempo, tão distantes uns dos outros. Qual o papel da melancolia em IN/SIDE? Em IN/SIDE, a melancolia nos sugere que o espaço urbano pode se revelar muitas vezes hostil, chegando ao ponto de nos separar dos outros indivíduos. A melancolia é perceptível à través da presença “psicológica” do indivíduo : os rostos desaparecem na escuridão ou estão carrancudos, as posturas curvadas nos revelam seus conflitos interiores, suas fragilidades. IN/SIDE é um ensaio sobre o isolamento interior e exterior do indivíduo em um contexto urbano. Embora vivendo em uma grande metrópole, densamente povoada, o ser humano está só.


Clรกudio Silvano Curral Del Rey



Cláudio Silvano apresenta seu ensaio Curral del Rey, uma série de fotografias bastante introspectivas, de uma mensagem sutil, que vai se construindo conforme vamos passeando pelas OLD 28 melancólicas imagens do ensaio. Cláudio, conte um pouco sobre a sua história com a fotografia. A fotografia esteve presente na minha vida desde que eu nasci, pois o meu pai era um fotografo amador e sempre convivi com o habito de fotografar os momentos do dia a dia. Depois de um tempo o meu pai trocou a fotografia pelo video e foi aí que eu peguei as cameras que ele usava e comecei a fotografar as coisas ao meu redor. Eu devia ter entre 12 e 15 anos e ainda morava no interior do Pará. Depois dessa época eu fiquei muitos anos sem ter uma camera nas mãos e só fui voltar a fotografar quando me mudei para Belo Horizonte no começo dos anos 2000. Ainda nessa época eu comecei a estudar mais sobre o assunto e descobri algumas referências que foram cruciais para o caminho que eu estava seguindo, como os fotógrafos Joel Sternfeld, Todd Hido, Robert Adams, Alexander Gronsky e William Eggleston. A ideia de desbravar o mundo com uma camera na mão foi algo que me deixou bastante empolgado.

O ensaio que você apresenta na OLD é bastante melancólico, calmo. Conte um pouco sobre o desenvolvimento deste trabalho. A maioria das fotos foram feitas usando cameras de médio formato, o que me fez diminuir a velocidade do processo de fotografar – isso acabou refletido em um aspecto contemplativo nas imagens. Outro ponto essencial para essa sensação de calmaria nas imagens foi o tempo que eu demorei para finalizar o projeto – quatro anos no total – então eu não me coloquei nenhum prazo final e me dediquei apenas a fotografar. Eu gosto de trabalhar com projetos longos, acho que dessa forma a relação entre o fotógrafo e o projeto acaba ficando mais bem explorada.


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Qual a sua relação com os espaços e com as pessoas apresentadas nas fotografias? A existência ou não dessa relação contribui para a construção deste ensaio? Eu tinha (e ainda tenho) uma relação bem próxima com todas as pessoas retratadas na série. Alguns lugares faziam parte do meu cotidiano e outros foram visitados uma única vez. Acho que essa relação próxima ajudou na naturalidade em que essas pessoas são mostradas nas imagens, já que esse projeto é de certa forma algo bem pessoal para mim. Na verdade eu não pensava nessas fotografias como um projeto completo, isso foi algo que surgiu quando eu resolvi juntar todo o material produzido nessa época para editar e criar um livro que um dia será lançado. A grande maioria das imagens deste ensaio tem uma técnica muito precisa. Esse apuro é essencial dentro da sua produção? É algo mais natural do que essencial. Eu gosto de tratar cada imagem como um quadro, prestando atenção em como os elementos da foto se relacionam entre si. É claro que isso exige uma ação mais

lenta e planejada, mas isso é algo tão inerente do meu processo criativo que eu acabo não quebrando muito a cabeça com isso. Para mim as melhores fotografias são aquelas que deixam as pessoas curiosas, sugerindo pequenas histórias a partir de fragmentos de uma narrativa completa. Como você buscou relacionar o espaço com as pessoas neste ensaio? Sempre há um dos dois predominando na composição, há o objetivo de construir esse embate na série? Eu tentei mostrar, de uma forma mais lírica do que documental, dois tipos de relações nessa série. A primeira é a relação entre as pessoas e a paisagem em que elas estão. Belo Horizonte é uma cidade que existe basicamente dentro desse vínculo, já que é cercada por uma paisagem que de alguma forma faz parte da vida de seus habitantes, seja historicamente falando ou no desejo de resgatar essa interação nos dias atuais. A outra relação que tentei capturar é como eu me relaciono com essas duas forças. Eu sempre achei interessante o espaço invisível que existe entre os elementos de uma foto e a camera fotográfica, talvez de uma forma inconsciente eu busquei tornar visível esse espaço sem que a minha presença fosse evidente nas imagens. No fim das contas não existe um embate, mas sim uma correlação entre todas essas partes.

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Felipe Goifman Beit Sinagogas do Rio



Beit Sinagogas do Rio é um trabalho documental de fôlego. Sua pesquisa e produção foi longa e complexa. Felipe Goifman mergulhou no universo judeu carioca e trouxe uma série de OLD 42 fotografias impressionante sobre a cultura judaica no Brasil. Felipe, conte pra gente sobre sua relação com a fotografia. Comecei a fotografar pensando em revistas e sonhando com livros. Fotografei muito pouco para jornais. Sempre organizei minha produção em torno de histórias. Acho que o objetivo final da fotografia é contar uma história. O princípio básico de eternizar um momento, solidificar uma imagem, um movimento, um fato, um acontecimento, um fragmento de segundo que iria desaparecer se não fosse o ato de fotografar.A minha religiosidade, transcendência e tentativa de união, religare, passa pela fotografia. O início do caminho talvez seja a música, mas a falta de talento me levou à fotografia. Produzir um ensaio fotográfico é a minha redenção. É quando consigo juntar a alma, o coração e a visão no mesmo eixo, na mesma vibração. Eu me entrego completamente ao fazer fotográfico e à curiosidade; tentativa de pesquisar e compreender o assunto fotografado. A viajar, conhecer o Brasil e o Mundo.No

entanto o caminho é tortuoso. Como conseguir viajar e manter uma família, educar os filhos? Como descobrir a equação mágica que me permita fotografar o que eu desejo, ter tempo e disponibilidade para desenvolver o tema, fotografar imprimir um livro e ao mesmo tempo produzir capital suficiente para sustentar esse custo de vida absurdo do Brasil atual? Por que sempre vivi exclusivamente da fotografia. Caminho de maluco, pois a verba é curta, tem muita gente, urubus brigando por carniça, competição acirrada por dinheiro nenhum, vários querendo puxar o seu tapete. Fotografei para revistas semanais, revistas de celebridade, fiz coberturas do presidente da república, centenas de trabalhos institucionais para diversas empresas, ONGs e o supra-sumo dos deuses: muitas viagens para a National Geographic e para a revista Terra, para quem nos bons tempos, rodava o Brasil e o mundo o tempo inteiro.Acho que o tempo e o acúmulo de trabalhos vão solidificando uma carreira, uma busca. Estou tendo a sorte de conseguir publicar três livros, quase um livro por ano nos últimos anos. Me transformei em editor. A burocracia brasileira me obrigou a virar editor. Me divido entre a glória e a alegria por ter publicado esses livros e a luta quixotesca contra essa burocracia para ter a permissão para distribuir e vender os livros, mas isso é uma outra história...


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Como começou o projeto Beit...? Posso dizer que sempre fui um fotografo viajante ou um viajante fotógrafo. Com o nascimento dos meus filhos, ficou difícil viajar e procurei um tema mais urbano para ficar perto de minha família. Como sempre fotografei temas ligados à natureza, ecologia, cultura brasileira e luz do sol, achei que seria um desafio procurar uma história totalmente diferente, ou ao menos, fotografar de modo diverso, abordando uma história universal, usando luz artificial, flash, procurando imagens diferenciadas me focando em apenas um tipo de locação: as sinagogas. Um exercício totalmente distinto de viajar por aí encontrando luzes, cenários e personagens mais diferentes possíveis a cada quilômetro. Mas essa é a explicação racional. O tema Judaísmo parte da minha energia ancestral. Da minha alma mais profunda. De muita emoção. Na verdade eu não procurei o tema. As vozes dos meus antepassados me chamaram a partir das sinagogas. É um livro auto-biográfico. Escrevi boa parte dos textos a partir de pesquisas históricas e entrevistas em vídeo com imigrantes judeus das mais diversas origens que me relataram os motivos que os levaram a deixar seus países e o inicio de sua saga brasileira (as entrevistas vão virar um documentário audiovisual, veja uma prévia em: https://vimeo.com/68441071). Seu trabalho vem de um processo documental clássico, aprofundado. Essa é sua maneira favorita de produzir fotografia? Procuro o mítico Punctum de Rolland Barthes em cada fotografia que tiro. Esse momento especial, enquadramento, detalhe, expressão do sujeito fotografado, cor, luz, um fato ou algo inusitado, que podem transformar uma imagem banal em uma fotografia única, especial, como Barthes descreve tão bem em seu livro A Câmara Clara. Os conceitos contemporâneos da Arte e a exigências de questões e temas originais, conceituais ou vanguardistas não me preocupam

muito, assim como a banalidade dos temas que escolho. Gosto das histórias eternas, que não se esgotam com o passar dos anos. Que estão de certa maneira em cada um de nós. Gosto de temas que me ensinem, me dêem prazer, curiosidade e afeição. Fico cheio de vida quando consigo juntar várias dessas imagens em uma narrativa documental pronta para ser publicada tal qual cinema em papel (um longa de preferência) em um livro. Para um trabalho ter vida própria, tem que ter qualidade. Sangue, suor e lágrimas. Tempo também. Muito tempo, paciência, perseverança. Você acredita que os trabalhos contemporâneos em fotografia sofrem por uma falta de aprofundamento em seus temas ou ainda há espaço para a produção documental? Todo mundo está sentindo na pele as rápidas e vertiginosas OLD transformações pelas quais o nosso planeta está passando. 53 Sentimos isso a cada dia. O mundo virtual, a comunicação em tempo real entre pessoas separadas por oceanos e o jornal produzido em tempo real, em qualquer lugar do mundo, ao alcance de um click, estão mudando para sempre a forma de produzir reportagens e fazer jornalismo. O que é inusitado? O que é novo? Existe alguma coisa ainda para se descobrir? Alguma história para ser contada? A pressão do mercado para impor tablets, a diminuição do numero de leitores e do interesse por livros são um fato. O Brasil inteiro tem menos livrarias que Buenos Aires. Livros estão fora de moda. Os apartamentos menores, decoração clean. Sem estantes de livros. Hoje todo mundo é fotógrafo. Alguns telefones tem câmeras com altíssima resolução. Estamos vivendo um grande momento de transição. Não sei se acredito na sobrevivência das revistas de grandes tiragens, mas acredito nos livros. Estou conseguindo publicar e vender meus livros em pequenas tiragens de 3.000 exemplares. Quero brincar disso para sempre.


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MARCELO


TREVISTA

PALLOTTA


Marcelo Pallotta é um fotógrafo e designer paulistano. Sua produção fotográfica se concentra especialmente no uso da fotografia instantânea, sendo que Pallotta é um dos criadores do importante ColetivoSX70. Seu trabaho já foi premiado e exposto diversas vezes, com um destaque especial para as sete vezes em que foi premiado pelo Prêmio Porto Seguro de Fotografia. Pallotta, como começou sua relação com a fotografia? Fiz um colégial técnico em desenho de comunicação (antes de entrar na FAAP) Chamava-se IADê. Nele existia aula de fotografia e um laboratório para ampliações e tive a oportunidade de ter aulas com Arnaldo Pappalardo e Antônio Saggese. Uma experiência marcante para adolescentes de 16 anos. Depois, como designer gráfico e diretor de arte, a fotografia sempre foi uma parceira de trabalho... e OLD 56 fiz grandes amigos, aprendi muito. Como a sua formação em design influencia sua criação fotográfica? No meu caso, basicamente todo o olhar se inicia com o pensamento do artista gráfico. Composição, alinhamento, cores, luzes... e até coisas inerentes a técnica, mas importantes no meu trabalho como tipologia, co-relações, etc. Grandes designers sempre trabalharam com ótimos fotógrafos... um influenciando outro...principalmente no mundo editorial. A edição, o crop, a recriação com uma imagem aplicada...tudo isso faz muito mais sentido hoje, quando penso em uma nova série do meu trabalho. Você também trabalha bastante com cinema. Quais as principais diferenças de se criar para cinema e para fotografia?

Em meu trabalho de cinema, sou criador de key-arts e trailers. Traduzo uma idéia de um filme em elementos de comunicação. E tenho sempre 3 patrões por job: o diretor, o produtor e o distribuidor. São trabalhos demorados (as vezes mais de 4 meses), complexos e que envolvem muita gente que se dedicou muito tempo para aquele produto ficar pronto. Em meu trabalho de fotografia, não tenho esse compromisso, porém acho ele mais detalhado, exigente e demorado porque tenho que fazer o papel de todos. Como começou seu interesse pela fotografia instantânea? Em 1990, fui morar em Nova York...e lá comecei a fotografar com minha Polaroid SX70. Como o filme sempre foi caro....isso criava um limitador na hora de fotografar. O que eu não imaginava era o quanto importante isso foi na minha formação, educando o olhar... economizando tentativas. (hoje soa até contraditório em um mundo digital...) Como surgiu o SX70? Quais são os objetivos do coletivo? Como se organiza a sua produção? Somos um grupo não muito ativista...que se reúne as vezes em torno de alguma idéia. Amigos com formações diferentes (fotógrafos, diretores de arte, jornalistas...) mas com uma devoção em comum: a polaroid SX70. Em 2000, fundamos o Coletivo para agregar nossos trabalhos até então “menores” ...a pequena fotografia instantânea. E, a partir de propostas e pautas, começamos a desenvolver trabalhos e colocar ele no site (www.sx70.com.br) que esta no ar até hoje, apesar do trabalho mais recente estar no blog: http://coletivosx70. blogspot.com.br/ Seu trabalho já foi bastante premiado, faz parte de diversas




coleções de arte pelo Brasil. Esse reconhecimento ajuda na criação do fotógrafo? Como o recebimento dessas honrarias te marcou? Na verdade ainda não. Acredito que o caminho é bem mais longo e estou apenas no começo...mas com certeza tudo soma muito no aprendizado. A coleção Masp/Pirelli de fotografia foi com certeza uma grande honra, pois tem muita gente importante e trabalhos incríveis. E com o ColetivoSX70 , integrar a exposição “Entorno” foi muito legal. (uma seleção dos melhores trabalhos já classificados para o prêmio porto seguro de fotografia, que foi realizada pelo SESC) Qual o espaço da Polaroid dentro da fotografia contemporânea? Edwin H Land, fundador da Polaroid, foi o Steve Jobs de sua era. A importância da Polaroid transcende a fotografia para a ciência e arte. O exemplo disso foi o sucesso da coleção Polaroid de Fotos que foi leiloada em 2010 pela Sotheby’s (http://www.theguardian.com/ artanddesign/gallery/2010/may/30/photography-polaroid) Como foram construídas as relações entre as duas camadas do trabalho Ilhas? Como você buscou relacionar as duas imagens? “Ilhas “, foi desenvolvido com a supervisão do curador e pesquisador Eder Chiodetto. Nele, originais polaroids de pinturas de coqueiros (que representam um imaginário de paraísos), inseridos na paisagem urbana, estão dialogando com a realidade de um mar das referências, representados aqui por retratos dos fotógrafos que foram importantes na minha formação, transformando-se neste oceano para circundar estes “ideais”, as polaroids de paraísos, ilhas. Fotografia e pintura que dialogam com a realidade e a representação do ideal.

Qual foi o papel do Eder Chiodetto na criação do ensaio? Ter alguém imparcial que você confia é fundamental para todo artista. É como ir a um analista, e em cada sessão você descobre um pouco mais sobre seu próprio trabalho. Recomendo. Para você o fotógrafo busca alcançar um paraíso com suas criações? Qual o papel das suas referências neste processo? De uma certa forma, acredito que sim...a busca desse paraíso interno pode ser uma maneira de resumir o processo da criação artística. Porém vivemos em uma época multidisciplinar, e cada indivíduo tem um amplo acesso de informações e pode ter uma conclusão diferente da sua sobre a mesma imagem. Aprendi ainda no colegial, que a arte contemporânea tem um OLD compromisso de alargar os horizontes. Por isso respeito todas as 59 tentativas...mesmo não gostando dos resultados, porque no final do processo tudo é muito relevante, principalmente os erros e, nisso a polaroid é genial – muitas vezes não dá certo.


Felipe Feca Feira - Ceagesp



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Felipe Feca foi à feira e voltou com uma série de retratos. Suas imagens feitas em feiras de rua e na CEAGESP, em São Paulo, misturam técnicas de rua e de estúdio, criando um visual inovador para o ensaio. Felipe, conte para a gente um pouco sobre a sua história com a fotografia. Desde sempre me interessei pela fotografia, com a minha formação em Publicidade o meu interesse aumentou ainda mais, e assim fui atrás de cursos para que eu pudesse me especializar na área.A arte da fotografia, consegue resumir grande parte da minha vida, ela me proporciona uma visão de maior amplitude da realidade, é como se tudo ao meu redor fosse uma grande exposição de arte. Ser fotógrafo pra mim é ter dedicação, animo, aprendizados diários, contato direto com cultura e ainda assim uma inspiração diária.

Como surgiu o ensaio Feira – Ceagesp? A cidade de São Paulo, é um show de contrates, a pressa do cotidiano, faz com que todas as pessoas se tornem figurantes de uma grande cidade, esta mesma pressa evita com que as pessoas tenham contato visual.Estas fotos surgiram a partir do desejo de mostrar a relação do trabalhador junto ao freguês, as pessoas que eu realizei as fotos, passam a imagem e o carisma que muitas das vezes com a pressa diária, passa de forma despercebida, estas pessoas possuem o desejo em trabalhar e em atender os compradores com uma alegria constante. As pessoas que receberam eu e minha equipe no CEAGESP nos trataram com muita atenção e dedicação, que por mais que estivessem cansados de trabalhar, todos dedicaram uma parte do seu tempo para atender as solicitações e se para entender um pouco mais a respeito do projeto.


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Suas imagens tem uma relação muito próxima com os personagens. Como você desenvolveu esse contato? Para todo o trabalho que eu realizo, primeiramente eu conheço o ambiente e as pessoas, conversando e entendendo assim qual o perfil que esta pessoa possui, para que possa me direcionar a respeito da foto, luz e pose que irei realizar. Todas as pessoas que participaram das fotos foram super agradáveis e interessadas para ajudar neste projeto. Seu trabalho se utiliza bastante da luz artificial. Como surgiu esta opção? Você pretendia criar uma linguagem híbrida entre o retrato de estúdio e o de rua? Na verdade a idéia com esse trabalho era usar somente uma fonte de luz artificial, no caso era um flash com uma sombrinha difusora. Uma iluminação que se assemelha com a usada pelo pintor Rembrandt.

No trabalho do Ceagesp, que foi de noite, é possível reparar melhor nessa iluminação. Já na feira de rua, como estava com um sol muito forte, o flash trabalhou mais como preenchimento.

Tanto as feiras de rua quanto a Ceagesp são locais com infinitas possibilidades de imagens atrativas. Como você organizou seu OLD 69 olhar dentro desses locais? Como foi o processo de edição dentro do ensaio? No processo de conhecimento do local é que você vai organizando mentalmente os possíveis retratos. Na feira de Rua tinha uma barraca que só vendia pimenta e temperos, era uma barraca que ficava bem no meio da feira e a senhora era muito fotogênica. São as fotos que mais gostei no dia! Existe muito disso, a pessoa certa no local certo com a luz certa! rs.. e Se caso não tem a luz certa, você cria na hora! No Ceagesp tem uma fotografia que fiz com um vendedor apoiando um dos pés no carrinho cheio de caixas de plásticos. Essa foto eu já tinha imaginado mentalmente algo parecido antes de chegar no Ceagesp. Quando estava andando por lá vi esse vendedor perto de um carrinho e foi quando pedi essa foto. Ele até havia me perguntado “E oque eu tenho que fazer ?” e eu respondi apoie uma perna em cima do carrinho.
As vezes, mesmo você fotografando um desconhecido existe algum tipo de direção e relação direta nas fotografias.


Renan Carvalhais InocĂŞncio Fotografias de Cuba



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Renan Carvalhais fotografou Cuba com um olhar atento em busca de seus personagens e de seus costumes. Com um foco especial no boxe, um dos grandes esportes na ilha, Renan cria uma metonímia interessante dos costumes da mística ilha cubana. Renan, nos conte sobre seu começo na fotografia. Sempre gostei muito de tirar fotos, desde pequeno. Quando ganhei minha primeira câmera, há 10 anos, era uma Mitsuca digital de “incríveis” 2 megapixels. Sempre a levava em viagens e fazia algumas imagens. Mas foi só quando entrei na faculdade de jornalismo e tive aulas de fotografia em câmeras profissionais que descobri que era aquilo que eu gostaria de fazer para o resto da minha vida. Foi nesta época que comprei minha primeira câmera profissional, uma Canon Rebel XS, e comecei a fazer algumas fotos mais elaboradas. Em 2011 entrei no mercado de fotografia

de casamentos e comecei por baixo, bem por baixo mesmo, fotografando casamentos muito simples, alguns até dentro de favelas. Desde então fui refinando meu olhar e aplicando novas técnicas, o que me fez crescer dentro deste mercado e a começar a fazer eventos maiores e mais elaborados. Paralelamente fazia meus trabalhos de fotojornalismo e fotografia de arte, mas apenas para compor meu portfólio. Neste período fui comprando mais equipamentos e fazendo cursos para aprimorar meu trabalho. Em março de 2013 fui a Cuba fazer um curso de fotografia na Escuela Internacional de Cine y TV e este momento foi ótimo para eu amadurecer meu trabalho e encarar a fotografia de um novo jeito.


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Como foi a produção deste ensaio? Este ensaio foi feito no meu último dia em Cuba, quando estava andando pelas ruas de Havana à procura de personagens inusitados e lugares para fotografar. Sem querer entrei por uma rua estreita e saí na porta da academia de boxe. Pedi para entrar e fotografar e, após negociar o preço pela autorização com uma mulher da administração do local, comecei a fotografar. Como era sábado, o local estava lotado de crianças e adolescentes treinando e de familiares e curiosos apinhados nas arquibancadas assistindo. Comecei a fotografar “pelas bordas” para sentir o ambiente. Subi nas arquibancadas, dei uma volta pelo local e fui entendendo qual era a do lugar. Aos poucos fui me aproximando do ringue e apontando a câmera para as pessoas que ali estavam. Vi um homem muito simples, mas que parecia o responsável pelo lugar. Me aproximei aos poucos e vi um outro estrangeiro conversando com ele e fotografando. De repente ele apareceu com uma revista francesa na qual havia uma reportagem de várias páginas sobre ele. Curioso, resolvi perguntar quem era ele e fui surpreendido quando ele disse

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“Nardo Mestre, campeão olímpico de boxe por Cuba”. Nardo já foi medalha de ouro em boxe nas Olímpiadas e hoje coordena a academia que treina os futuros pugilistas da ilha. O local é muito simples e a estrutura do lugar é precária, mas é justamente isso que faz dali um lugar incrível, pois, mesmo com as dificuldades, grandes nomes do boxe cubano saem dali todos os anos. O que mais te chamou atenção na realidade cubana? A realidade cubana é muito dura, mas eles encaram as dificuldades econômicas e sociais do país com muita habilidade e criatividade. O improviso é o grande aliado dos cubanos, que vão dando um “jeitinho” para fazer o salário render o mês todo, para manter suas casas centenárias em pé e para fazer os carros com mais de 50 anos continuarem a rodas pelas ruas da ilha. Esta capacidade de se adaptar às dificuldades é o que mais me chamou a atenção.


INSTITUTO INTERNACIONAL DE FOTOGRAFIA APERFEIÇOAMENTO EM MODA E BOOK

FOTOGRAFIA DE RUA

FINE ART:

18 de março a 15 de julho

29 e 30 de maio

1 de abril a 3 de junho

Uma formação consistente para quem GHVHMD VH HVSHFLDOL]DU HP IRWRJUDĆŹD para moda e books. Dividido em quatro disciplinas, o Aperfeiçoamento em Moda e Book oferece um aprofundamento teĂłrico e prĂĄtico, ampliando os recursos tĂŠcnicos e criativos dos participantes. AlĂŠm disso, o curso proporciona uma vivĂŞncia do mercado, com TXDWUR HQVDLRV FRP EULHĆŹQJ SURGXĂ‚žR H PRGHORV SURĆŹVVLRQDLV 2V PĂŽGXORV DERUGDGRV QR FXUVR VžR )RWRJUDĆŹD GH EstĂşdio, Linguagem e Produção da FoWRJUDĆŹD GH 0RGD H %RRN &RPSRVLĂ‚žR e Iluminação e Direção de Modelos.

$ IRWRJUDĆŹD GH UXD WHP FRPR REMHWLvo captar situaçþes espontâneas que acontecem em lugares pĂşblicos, como ruas, parques, praias, entre outros. No workshop, o fotĂłgrafo AndrĂŠ Bueno compartilha suas experiĂŞncias e, a partir do diĂĄlogo estabelecido em sala de aula, segue para a prĂĄtica. SerĂŁo reali]DGDV GXDV VDĂˆGDV IRWRJUŸƏFDV RQGH R aluno pode experimentar tudo o que discutiu na teoria: como estabelecer relação com o espaço, com os personagens, o treino do olhar, os momenWRV FHUWRV SDUD R FOLTXH $R ĆŹQDO GR workshop, o fotĂłgrafo faz uma anĂĄlise do material produzido, dos pontos de vista tĂŠcnico, estĂŠtico e poĂŠtico.

$ YHQGD GH IRWRJUDĆŹDV LPSUHVVDV FRP alta qualidade e durabilidade ĂŠ uma opção ainda pouco explorada por muitos IRWĂŽJUDIRV 2 FXUVR )LQH $UW 3ĂŽV 3URdução e Mercado oferece uma formação completa no que se refere ao tratamento, a pĂłs-produção, impressĂŁo e FRPHUFLDOL]DĂ‚žR GH IRWRJUDĆŹDV ĆŹQH DUW para galerias de decoração, galerias de arte, colecionadores e museus. AlĂŠm de oferecer um panorama mercadolĂłgico, o curso aborda os procedimentos tĂŠcnicos de impressĂŁo, desde o tratamento da imagem digital e escolha de formato do arquivo, atĂŠ as opçþes de papel e tinta, alĂŠm da montagem e conservação do trabalho.

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Aline Lata


April 3, 1908


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