Stamina

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stamina O nosso esporte é você

AS MODALIDADES QUE SE DESTACAM NO PARADESPORTO O reality show de league of legends os campeões do futebol amador

CONHEÇA O FLAG FOOTBALL Um VARIAÇÃO DO FUTEBOL AMERICANO QUE VEM CRESCENDO NO PAÍS

Edição 1/ Dezembro de 2018 / Stamina / 1


EXPEDIENTE

STAMINA O nosso esporte é você Dezembro de 2018/Edição 1 Editor(es): Thaisy Regina da Silva e Rodrigo Moizeis Projeto gráfico-editorial: Thaisy Regina da Silva e Rodrigo Moizeis

Textos: Thaisy Regina da Silva, Rodrigo Moizeis, Lucas Gabriel Cardoso (O cancheiro) https://ocancheiro.com/, Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) http://www.cpb.org.br/#, ... Imagens: Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) http://www.cpb.org.br/#, Lucas Gabriel Cardoso (O cancheiro) https://ocancheiro.com/ @marialamorim/InterAtleticas, Carol Barra Fotografia, Divulgação Gillette Ult Imagens: Flag Football Brasil Arte: Flag Football Brasil Imagens: Divulgação CBFA

Esse trabalho é experimental, sem fins lucrativos e de caráter puramente acadêmico, criado e editado pelos acadêmicos Thaisy Regina da Silva e RodrigoMoizeis como exercício de projeto gráfico-editorial para a disciplina de Laboratório de Produção Gráfica do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) no semestre 2018.2. Não será distribuído, tampouco comercializado. Seus conteúdos e suas opiniões são de inteira responsabilidade dos acadêmicos, isentando assim a UFSC e o docente da disciplina, Ildo Francisco Golfetto, de qualquer responsabilidade legal por essa publicação.

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editorial O fim do ministério do Esporte Caro leitor, a primeira edição da revista “Stamina” trás em suas páginas um pouco dos esportes amadores realizados no país, que vão desde o futebol até o flag football, nossa matéria principal. Dentro desta temática, entendemos a importância de abrirmos espaço para falar sobre a futura composição governamental, que declara o fim do Ministério do Esporte. O futuro governo de Jair Bolsonaro anunciou a definição de 15 ministérios, provocando uma redução de quase 50% nas atuais 29 pastas do governo Michel Temer. Entre essas pastas, está a do Esporte, que possuía um caráter de ministério desde o ano de 1995. O planejamento é que a pasta passe a ser dividida com o novo Ministério da Educação, Esportes e Cultura. Desde o início da história institucional do esporte, em 1937, o esporte fez parte do Ministério da Educação até ter a sua pasta específica. Sua trajetória começou no governo de Fernando Henrique Cardoso, onde nasceu o Ministério Extraordinário do Esporte, tendo Pelé como o seu primeiro ministro. A pasta só tomaria a forma atual no governo Lula, em 2003. Já passaram pelo cargo nesses 23 anos um total de 11 ministros, até o atual Leandro Cruz Froéz da Silva. No site oficial do Ministério, é definido suas responsabilidades “construir uma Política Nacional de Esporte. Além de desenvolver o esporte de alto rendimento, o Ministério trabalha ações de inclusão social por meio do esporte, garantindo a população brasileira o acesso gratuito a prática esportiva, qualidade de vida e desenvolvimento humano”. A decisão anunciada já era esperada, já que a palavra esporte sequer é mencionada no programa de governo de Bolsonaro, mostrando a falta de prioridade pela pauta. Esta ausência nos preocupa e por isso voltamos nossa atenção para o tema neste momento. O esporte não pode ser deixado em segundo plano em um governo, a defesa deste Ministério se faz necessário porque envolve diversas áreas de nossa sociedade tão carente de direitos básicos, como a promoção do lazer e o esporte como um auxiliar na saúde pública. O fim do Ministério não representa necessariamente o fim dos investimentos e a atuação esportiva no país, mas ligam um alerta para os atletas que não são de alto nível e que precisam do auxílio governamental para conseguir se manter.

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sumario expediente editorial

CONHEÇA O FLAG FOOTBALL

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modalidades com destaque nos esportes paralímpicos

campeonato estadual de basquete

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TIME DE FUTEBOL DE SANTA CATARINA INVESTE NO E-SPORT

futebol amador: resultado estadUAL

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24 30 ESPORTES UNIVERSITÁRIOS: INTERATLETICAS 2018 NA UFSC

e-sportS: rEALITY SHOW DE JOGADORES DE LOL

FOTO: CAROL BARRA FOTOGRAFIA/INTERATLETICAS

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Esportes paralímpicos

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13 modalidades com destaque entre atletas brasileiros

Nas paralímpiadas, atletismo é o esporte que mais rende medallhas ao Brasil

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ão 13 o número dos esportes que mais se sobressaem no país, que através do empenho dos atletas brasileiros, vem conquistando muitos pódios. Na última Paraolimpíada no Rio, em 2016, nove atletas bateram 11 recordes, todas modalidades do atletismo. Veja quais são elas nas páginas a seguir.

FOTO: COMITÊ PARALÍMPICO BRASILEIRO

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Verônica Hipólito é uma das atletas recordistas no atletismo Revezamento 4x100 T11-T13 Conquistado por Diogo Ualissom Jerônimo da Silva, Gustavo Araújo, Daniel Mendes e Felipe Gomes, com o tempo de 42s37, levando a medalha de ouro.

Lançamento de disco F11 Alessandro Silva levou ouro e bateu o recorde paralímpico de 43,06m.

Salto em distância, categoria T36 Conquistado por Diogo Ualissom Jerônimo da Silva, Gustavo Araújo, Daniel Mendes e Felipe Gomes, com o tempo de 42s37, levando a medalha de ouro.

100 m T37

FOTO: COMITÊ PARALÍMPICO BRASILEIRO

Mateus Evangelista conquistou o recorde paralímpico ao marcar 11.s47 centésimos

100 m T47 Petrucio Ferreira marcou dois recordes mundiais de 10s57 e 10s67 centésimos

400 m T20 Daniel Martins marcou o recorde mundial com o tempo de 47s22 centésimos e ficou com a medalha de ouro

100 m T53 Conquistado por Ariosvaldo Silva, mais conhecido como Parré, ao marcar 14s59 centésimos

Arremesso de peso

100 m T38 feminino

Claudiney Batista conquistou o ouro na categoria F54 e bateu o recorde paralímpico de 45,33m. Na categoria F56, Claudiney também conquistou o recorde mundial ao atingir 42,74m.

Verônica Hipólito marcou o recorde paralímpico com 12s84 centésimos, ficando com a prata.

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No total, segundo o Comitê Paralímpico Brasileiro, o atletismo já conquistou 142 medalhas em Paralimpíadas até o momento

Além do recorde, Verônica Hipólito levou medalha de prata em sua modalidade FOTO: COMITÊ PARALÍMPICO BRASILEIRO

Futebol de 5

FOTO: COMITÊ PARALÍMPICO BRASILEIRO

Em segundo lugar no ranking de modalidades que mais renderam medalhas ao país está a natação, um total de 102 medalhas, sendo 32 de ouro, 34 de prata e 36 de bronze. A princípio, participavam das disputas apenas atletas com limitações físico-motoras, mas atualmente, se estende para atletas com deficiência intelectual e visual.

Bocha Ocupando o terceiro lugar entre os esportes que mais se destacam no país, a bocha é uma modalidade que é praticada por atletas com um alto grau de paralisia cerebral ou deficiências severas, sendo sempre disputada em cadeiras de rodas. Nos jogos paralímpicos, a modalidade já possuía um antecessor, o lawn bowls, uma espécie de bocha jogada na grama. Foi justamente nesta modalidade que o Brasil conquistou a sua primeira medalha em jogos, no ano de 1976 no Canadá. Na paraolimpíada no Rio, foram conquistadas duas medalhas, uma de ouro e outra de prata. A primeira pertence a Antonio Leme, Evani Calado e Evelyn Vieira, na categoria BC3.

Esta modalidade é exclusiva para cegos ou deficientes visuais. A participação da modalidade aconteceu pela primeira vez em Atenas, no ano de 2004. Neste evento, o Brasil foi o campeão,sendo também a primeira equipe a marcar um gol em jogos paralímpicos. Além deste título, a equipe verde e amarela possui mais três títulos paralímpicos: Pequim 2008, Londres 2012 e Rio 2016, quando conquistou o tetracampeonato. As partidas normalmente acontecem em uma quadra de futsal adaptada ou em campos de grama sintética, o goleiro tem visão total e não pode ter participado de competições oficiais da Fifa nos últimos 5 anos. Os atletas são divididos em 3 classes, sempre começando com a letra B: B1- cegos totais ou com percepção de luz, mas sem reconhecer o formato de uma mão a qualquer distância; B2- atletas com a percepção de vultos; e B3 - atletas que conseguem definir imagens. No caso dos jogos paralímpicos, a única classe que compete é a B1.

Judô A modalidade é disputada por atletas com deficiência visual, divididos de acordo com o peso corporal, e as classes também são divididas em B1, B2 e B3, sendo que, neste caso, atletas de diferentes classes podem competir juntos. No total, o judô já conquistou 22 medalhas pelo Brasil, a primeira delas no ano de 1996 em

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O judô já rendeu 22 medalhas ao país FOTO: COMITÊ PARALÍMPICO BRASILEIRO

Atlanta, pelo multicampeão Antônio Tenário, responsável por quatro medalhas de ouro na modalidade. Para fechar a conta, o Brasil ainda possui mais nove medalhas de prata e nove de bronze.

Tênis de mesa O Tênis de mesa faz parte dos jogos paralímpicos desde a primeira edição do evento, em Roma, no ano de 1960. Inicialmente era praticado por pessoas em cadeira de rodas, mas começou a ter outras adeptos, tendo a primeira participação de jogadores em pé no ano de 1976, em Toronto, data que também marca o início da atuação brasileira na modalidade. A campanha no Rio, em 2016, foi a mais significativa até então, com 4 medalhas. Nas disputas individuais da competição, Israel Stroh e Bruna Alexandre, faturaram prata e bronze. As outras duas medalhas foram conquistadas através das disputas por equipe.

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Ciclismo de pista Presente nos Jogos Paralímpicos desde Atlanta em 1996, a modalidade é a mais recente do ciclismo Paralímpico. O ciclismo de pista combina velocidade e tática no velódromo, podendo competir atletas com deficiências visual, físico-motora e com paralisia cerebral. A estreia brasileira na modalidade ocorreu nas Paralímpiadas em Barcelona, no ano de 1992, com a participação de Rivaldo Gonçalves Martins. O atleta também foi o primeiro do país a ser campeão mundial, dois anos depois, na Bélgica.O primeiro a subir em um pódio pelo país em jogos paralímpicos foi Lauro Chamam, quando levou duas medalhas nos jogos do Rio, uma de prata e outra de bronze.

Halterofilismo Na modalidade, homens e mulheres que possuem deficiência nos membros inferiores e com paralisia cerebral podem competir. Deitados em um banco, os atletas fazem um movimento chamado supino com peso, sendo que o atleta que levantar o maior peso é considerado campeão. Nos jogos do Rio, o brasi-


Evânio Rodrigues levou a prata nos jogos do Rio FOTO: COMITÊ PARALÍMPICO BRASILEIRO

leiro Evânio Rodrigues conquistou a medalha de prata na categoria até 88 KG, sendo também o primeiro no ranking nacional desta mesma classificação.

Canoagem A canoagem paralímpica surgiu em 2009, e teve a sua primeira participação em jogos paralímpicos no Rio, em 2016, com o Brasil levando uma medalha de bronze com Caio Ribeiro na classe KL3, destinada a atletas que usam os braços, o tronco e as pernas para fazer a remada. Podem participar da competição.atletas com deficiência físico motora, em dois tipos de classes: KL (caiaque) e VL (embarcação Va’a).

Hipismo A estreia paralímpica do hipismo ocorreu nos jogos de Nova Iorque (EUA), em 1984. A modalidade só oficialmente para os jogos paralímpicos no ano de 2000, em Sydney. A única disciplina do hipismo no programa paralímpico é o Adestramento Paraequestre, com as seguintes provas: individual, estilo livre individual e por equipes. Podem participar da com-

petição atletas com deficiência físico motora ou visual, sendo classificados também pela sua capacidade ou habilidade equestre. Nos jogos, as melhores atuações brasileiras aconteceram em Pequim 2008 e no Rio em 2016. No primeiro, Marcos Fernandes Alves faturou duas medalhas de bronze, uma no estilo livre e outra na prática individual. No Rio, Sérgio Oliva também levou duas medalhas de bronze, uma no adestramento grau IA (deficiência mais severa) e outra no estilo livre grau IA.

Futebol de 7 A modalidade é praticada por atletas com paralisia cerebral, decorrente de traumatismo crânio-encefálico ou de acidentes vasculares cerebrais. Teve sua estreia nos Jogos Paralímpicos em Nova York, em 1984. O Brasil já conquistou três medalhas em jogos até então, a primeira medalha de bronze em Sidney 2000, a de prata nos jogos de Atenas em 2004 e, por fim, mais uma de bronze nos jogos do Rio 2016.

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Seleção masculina de goalball já conquistou duas medalhas de prata FOTO: COMITÊ PARALÍMPICO BRASILEIRO

Goalball

Vôlei sentado

Ao contrário das outras modalidades, o goalball foi desenvolvido exclusivamente para pessoas com deficiência visual. É um esporte baseado nas percepções tátil e auditiva, por isso não pode haver barulho no ginásio durante a partida, exceto no momento entre o gol, o reinício do jogo ou nos intervalos. Independente do nível de perda visual, todos os atletas devem utilizar uma venda nos olhos para que todos possam competir em condições de igualdade. Disputados nos jogos desde Toronto, em 1976, a modalidade já rendeu duas medalhas para o Brasil, uma de prata em Londres 2012 e outra nos jogos do Rio, em 2016, ambas pela seleção masculina.

Na modalidade, podem competir homens e mulheres com alguma deficiência física ou relacionada a locomoção. O Brasil estreou na disputa nos Jogos de Pequim, em 2008, somente com a Seleção masculina, que terminou a competição em 6° lugar. Já em Londres, em 2012, o país levou representantes nos dois gêneros, com as Seleções (masculina e feminina) ficando em quinto lugar. O melhor resultado brasileiro veio nos jogos do Rio, quando conquistou o bronze pela Seleção feminina.

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Esportes americanos

FOTO: DIVULGAÇÃO CBFA

O ‘futsal’ do Futebol americano Flag football vem se popularizando no Brasil e possui um campeonato nacional

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futebol americano é um dos esportes mais Zbrutais do mundo, não à toa, temporada da NFL (National Football League), liga profissional de futebol americano dos estados unidos, é disputada em menos de 6 meses devido ao alto número de lesões. O Flag Football nasce então como uma opção para quem deseja praticar o futebol americano, só que com menos contato. Muitas vezes utilizado como categoria de base para quem está começando, no flag, ao invés dos tackles e empurrões é amarrado um cinto com duas fitas (as flags) na cintura dos atletas, para quando uma delas ser tiradas pelo adversário marcar o término de um jogada. Além disso, no flag os pads (equipamentos de proteção como capacete ou proteções) não são utilizados. O Flag também possui algumas variações, porém a mais praticada no Brasil e internacio-

nalmente é a 5x5, com 5 atletas para cada time e que não permite jogadas de bloqueio ou de chute. Nessa modalidade disputada em 2 tempos de 20 minutos, o campo possui 50 jardas (com mais 10 jardas de endzone para cada lado) e cada time tem 4 jogadas para inicialmente chegar na linha de 25 jardas. Caso consiga avançar, o time tem direito a mais 4 tentativas para anotar o touchdown e posteriormente o ponto extra. Caso consiga avançar, o time tem direito a mais 4 tentativas para anotar o touchdown e posteriormente o ponto extra. Se a equipe não consegue, a bola volta para o outro time iniciar uma campanha na linha de 5 jardas do seu campo de defesa. O Flag Football começa a surgir no Brasil no início dos anos 2000 como modalidade recreativa praticada em aulas de educação física de escolas em São Paulo e em praias pelo litoral brasileiro. Aos poucos com a popularização da

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Diferenças entre o flag football e o futebol americano

Futebol Americano

Flag Football

• 11 jogadores para cada time • Campo com 120 jardas • Times precisam avançar 10 jardas para renovar uma campanha • Utilizam pads e capacete como equipamento • Permite bloqueios e jogadas de chute

• 5 jogadores para cada time • Campo com 70 jardas • Times precisam avançar 25 jardas para renovar a uma campanha • Utilizam apenas o cinto e as flags como equipamento • Não são permitidos bloqueios ou jogadas de chute

própria NFL e da prática do futebol americano de pads no país, o Flag foi ganhando adeptos e hoje possui um Circuito Nacional (masculino e feminino) que abrange equipes de todo Brasil. Segundo dados da Confederação Brasileira de Futebol Americano, hoje existem mais de 100 equipes filiadas ao redor do país. Por ser um esporte amador que sofre com problemas de logística, o Circuito Nacional de Flag Football é dividido em etapas regionais, respeitando as particularidades de cada de cada região. O Flag Football começa a surgir no Brasil no início dos anos 2000 como modalidade recreativa praticada em aulas de educação física

de escolas em São Paulo e em praias pelo litoral brasileiro. Aos poucos com a popularização da própria NFL e da prática do futebol americano de pads no país, o Flag foi ganhando adeptos e hoje possui um Circuito Nacional (masculino e feminino) que abrange equipes de todo Brasil. Segundo dados da Confederação Brasileira de Futebol Americano, hoje existem mais de 100 equipes filiadas ao redor do país. Por ser um esporte amador que sofre com problemas de logística, o Circuito Nacional de Flag Football é dividido em etapas regionais, respeitando as particularidades de cada de cada região.

No Flag Football o objetivo é retirar as flags que ficam presas no cinto dos atletas

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ARTE: Flag Football Brasil

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esportes Americanos

FOTO: FLAG FOOTBALL BRASIL

cnff conhece os seus campeões Spartans e Antares conquistaram o título do Circuito Nacional de Flag Football

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Circuito Nacional de Flag Football (CNFF) conheceu seus campeões. A Superfinal do CNFF aconteceu nos dias 24 e 25 de Novembro no Centro de Treinamento Toucdhown, na cidade de São Paulo. Seis times disputam o título no torneio feminino (Antares, Cobras, Jacarés, Selvagens, Palmeiras Locomotives e Cane Cutters) e mais seis no torneio masculino (Titans, Predadores, Ghosts, Spartans, Kings e Devils). A competição era disputada no formato todos contra todos, com jogos no sábado e no domingo. As duas melhores equipes na fase regular do torneio se classificavam para a grande final. Uma chuva torrencial quase atrapalhou os jogos no segundo dia, mas com um pouco de atraso, a Superfinal prosseguiu.

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Na competição masculina, Campo Grande Predadores e Spartans Flag Football se classificaram para a final sem dificuldades. Na grande decisão, o Spartans levou a melhor por 40 a 24, em um jogo cheio de Highlights. A medalha de Bronze ficou com o Flag Kings, do Rio de Janeiro No feminino, a emoção esteve presente do início ao fim. Rio de Janeiro Antares e o Campo Grande Cobras garantiram a vaga para a final nos critérios desempate e no jogo, a equipe carioca levou a melhor com uma virada nos últimos segundos de partida, vencendo por 19 a 14. A medalha de bronze ficou com o Brasília Selvangens.


esportes Americanos

Ghosts estreia com tudo no cnff Leonardo Lorenzoni, QB do Floripa Ghosts, comenta sobre o sucesso da equipe

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Floripa Ghosts estreiou muito bem no Circuito Nacional de Flag Football. A equipe que tem um pouco mais de um ano de fundação, foi campeã da etapa Regional Sul e quarto colocado nacioanal do CNFF.

Leonardo Lorenzoni é presidente e quarterback do Floripa Ghosts e em entrevista exclusiva, fala um pouco mais sobre o sucesso e o futuro do Floripa Ghosts.

Qual a sua relação com o flag football?

R: O Flag Football é basicamente o elemento que dá forças pra enfrentar a rotina. Acho que com o tempo a gente acaba entrando muito naquela coisa de trabalho e família, e deixa de lado as nossas aventuras pessoais e jornadas

em busca de sentimentos diferentes. No flag eu achei tudo que eu procurei no full pads e não encontrei, mas com o diferencial de poder fazer isso do jeito que eu achava ideal para criar uma base para o futuro. Hoje eu posso dizer que sou uma pessoa melhor e mais feliz por praticar flag.

Além do jogo, tu vê alguma diferença na cultura do flag para o full pads?

R: Existe um sentimento maior de pertencimento. Muitas vezes, por ser um esporte muito baseado em força, o full pads passa uma ideia de agressividade que não necessariamente é representada pelo esporte. É bem cultural essa coisa do “homem macho e fortão” que quer provar pra todo mundo que

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é ele quem manda. Como o flag é amplamente praticado por mulheres, muitos paradigmas sexistas que existem no full pads não existem no flag, e isso torna um esporte muito mais inclusivo. O fato do material necessário pra praticar ser muito mais barato também ajuda a alcançarmos pessoas muito mais dispostas a dar uma chance pra uma modalidade tão fora do comum.

Quais as principais dificuldades tu diria que um time amador como o Ghosts enfrenta?

R: A principal é sempre o dinheiro. É sempre muito difícil provar para as empresas que vale a pena investir e patrocinar um time amador. Nós sempre seremos dependentes dos próprios atletas e iniciativas do time para conseguir arrecadar dinheiro para gastos básicos como equipamentos e inscrições de campeonato. Além disso, ainda há o preconceito por ser futebol americano. Mesmo não tendo contato, vejo muita gente ainda olhando com desconfiança para o nosso projeto e duvidando

Na Superfinal, Leonardo Lorenzoni venceu o prêmio de melhor jogador em 3 jogos

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Quais as principais dificuldades tu diria que um time amador como o Ghosts enfrenta?

R: A principal é sempre o dinheiro. É sempre muito difícil provar para as empresas que vale a pena investir e patrocinar um time amador. Nós sempre seremos dependentes dos próprios atletas e iniciativas do time para conseguir arrecadar dinheiro para gastos básicos como equipamentos e inscrições de campeonato. Além disso, ainda há o preconceito por ser futebol americano. Mesmo não tendo contato, vejo muita gente ainda olhando com desconfiança para o nosso projeto e duvidando da nossa dedicação por um objetivo sério. O que te fez acreditar que um projeto como o Ghosts daria certo?

R: A Grande Florianópolis sempre foi carente de um time que representasse o jovem fã de futebol americano. O Istepôs é um time de renome, mas é composto por pessoas muito mais velhas e com um perfil muito diferente. Existia um potencial atlético muito grande nos estudantes e comunidade universitária ao redor da UFSC que era pouco explorado pelo Istepôs. Além disso, precisava ser algo fácil de praticar e perto. Acho até que o Ghosts demorou pra existir, porque a demanda estava lá há muito tempo - visto que eu mesmo já fiz parte dessa parcela de pessoas procurando um time de FA pra chamar de seu. Como eu também fui fundador do Atlantis e vi a adesão que a equipe teve e a facilidade de transitar entre os mais diferentes grupos, acho que foi natural acreditar no projeto do Ghosts em uma versão mais assertiva por conta da experiência prévia dos fundadores.


Quais as suas aspirações como

R: Ser campeão brasileiro. Eu não tenho grandes aspirações pessoais porque o nível nacional é bem alto e eu me sinto muito cru para querer grandes honras, mas o elenco do Ghosts é forte e eu sei que se der um salto de produção na temporada que vem já pode ser o suficiente pra chegarmos ao lugar mais alto do pódio. Claro que preciso de muito treino até lá, mas apesar da minha personalidade extremamente egocêntrica, o objetivo coletivo é muito maior do que individual. O que esperar do Floripa Ghosts para a próxima temporada? R: Um time mais maduro e mais perigoso. É absurdo como evoluímos da semifinal para a superfinal só pelo fato de já não ser a nossa estreia contra grandes times do Brasil. Temos coisas táticas para ajustar e talvez encontrar uma identidade mais definida para o nosso ataque que converse com o que se está fazendo nos grandes times de flag do continente. Mas acho que podemos afirmar que vamos novamente brigar pela vaga na superfinal e por uma colocação no pódio.

Como tu acha que vai estar o cenário do Flag Football no Brasil daqui a 5 anos?

R: A possibilidade de se tornar esporte olímpico é animadora, mas é importante lembrar que o investimento no esporte no Brasil é sempre muito precário se o esporte não se chamar futebol. Somar isso com os tempos sombrios que viveremos com o governo federal pode mostrar um futuro bem pessimista, mas eu prefiro olhar o copo meio cheio. Temos uma nova leva de jogadores muito talentosos e novos para o mundial de 2020 na Coréia e também pessoas muito sérias envolvidas na prospecção e crescimento da modalidade no país. Acredito que em 2023 já tenhamos um número muito maior de times e mais prestígio dentro do cenário do FABr, mas ainda o Flag estará caminhando para a sua plena difusão. Ah, e espero que até lá o Ghosts já tenha sido, pelo menos uma vez, campeão nacional.

Floripa Ghosts promete continuar treinando para chegar ainda mais longe no CNFF de 2019 Edição 1/ Dezembro de 2018 / Stamina / 19


Esportes americanos

FOTO: DIVULGAÇÃO APAB

apab garante tetra do estadual

Equipe de Blumenau conquista o quarto título na competição em seis anos

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m uma final digna de infartar qualquer torcedor, o Basquete Blumenau venceu o Basquete Joinville neste sábado (10) e conquistou pela quarta vez o título do Campeonato Estadual de Basquete Adulto. Os times, que chegaram à decisão invictos, protagonizaram umas das finais mais emocionantes dos últimos anos. Ao fim, a equipe blumenauense venceu o adversário por 71 a 68. A decisão foi disputada no ginásio esportivo da Embraco, em Joinville. Antes da final, Blackstar e Brusque Basquete realizaram a disputa do terceiro lugar. A equipe da casa fez grande partida e confirmou a boa campanha ao vencer os brusquenses por 89 a 79. A equipe do Blackstar ainda teve o cestinha do campe-

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onato, o jogador Leandro, com 316 pontos. Já o destaque da competição foi Willian, do Joinville. Blumenau e Joinville mostraram em quadra o motivo de serem os únicos times que chegaram ao final four com 100% de aproveitamento ao realizarem uma grande decisão no ginásio de esportes da Embraco. O jogo era tão movimentado que o bom número de torcedores que prestigiou a final não podia nem piscar sob o risco de perder uma grande jogada e também a movimentação no placar. O equilíbrio e a intensidade das duas equipes ficou claro ao fim do primeiro período, empatado em 20 a 20.


O norte americano Moody foi um dos destaques da equipe do APAB Blumenau FOTO: DIVULGAÇÃO APAB

Se no primeiro quarto o duelo foi lá e cá, no segundo continuou equilibrado, mas Blumenau passou a mostrar mais eficiência. Contando também com efetivos acertos nas bolas de 3, a equipe foi para o intervalo com 8 pontos de diferença: 45 a 37. Ao fim do terceiro período, apesar de Joinville encostar no placar por duas vezes, o time blumenauense ainda conseguiu ampliar a vantagem e ir para os 10 minutos finais com 9 pontos à frente: 53 a 44. Mas o melhor ainda estava por fim. Empurrado pela torcida, a equipe joinvilense botou pressão para cima dos rivais no quarto período. A diferença caiu para apenas 2 pontos (59 a 61) faltando ainda quatro minutos para o fim. A bola que seria a da virada pegou no aro e a torcida joinvilense foi de vez à loucura com a possibilidade de reversão no placar. Os tiros livres convertidos em sequência por Semmke e pelo americano Moody fizeram a Apab/Blumenau abrir 8 pontos e respirar novamente (67 a 59). Mas o duelo estava longe de ser definido. Com muita garra, Joinville voltou a encostar no placar, deixando a disputa dra-

mática: 67 a 65, a 44 segundos do fim. Quando Blumenau já tentava administrar o jogo, eis que um lance quase muda o rumo da taça. Semmke perdeu a bola no setor defensivo, mas levou sorte. Na sequência do lance, o arremesso joinvilense caprichosamente bateu no aro e não entrou. Para aumentar o drama da Apab, a equipe da casa ainda teve a posse da bola em uma falta na sequência, mas novamente desperdiçou a virada. Foi aí que Moody, destaque do jogo, apareceu outra vez com frieza. Ele converteu dois lances livres a 16 segundos do fim e dilatou o placar: 69 a 65. Mas o drama não havia acabado. Joinville ainda conseguiu colocar uma bola de três e encostou de novo: 68 a 69. Porém, sem a posse de bola, o time do norte foi obrigado a apelar para a falta nos 10 segundos finais. O inspirado Moddy não perdoou. Ele mandou mais duas bolas na caçapa e fechou o confronto em 71 a 68 para os blumenauenses, campeões estaduais de 2018.

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FUTEBOL AMADOR

Por O Cancheiro

Esperança é bi da licob

FOTO: LUCAS GABRIEL CARDOSO

Equipe de São José conquista o título regional pelo segundo ano consecutivo

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tradicional e fortíssima Liga de Futebol da Comarca de Biguaçu, a Licob, teve sua decisão realizada na Serraria, no lado josefense da divisa com o município onde é sediada. Por lá, a briga pelo caneco ficou entre os locais do Esperança e o Maizum, de Governador Celso Ramos. Para fazê-lo regressar ao solo gancheiro depois de dezessete anos – o último e único campeão local foi o Pescador, em 1991 -, o Maizum precisava reverter a vantagem de 2 a 1 adquirida pelo Esperança no jogo de ida ou igualá-la, para levar a disputa para os pênaltis. Defronte a sua torcida, apenas o empate bastava para que a taça ficasse na Serraria pela segunda vez na história – a outra foi conquistada pelo Esperança em 2006. Para tanto, o clube investiu pesado e trouxe o técnico Silvano Mello e sua trupe, campeões pelo Biguá

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na última temporada, além de alguns reforços pontuais, como o atacante Kleyffer, um dos principais nomes do futebol amador de Santa Catarina, e o goleiro Flávio Kretzer, campeão do mundo pelo São Paulo, em 2005. Com uma verdadeira máquina em campo, o Esperança foi no embalo da torcida e pressionou desde o princípio. Foram necessários cinco minutos para que o zero saísse do placar: Gustavo, irmão do ídolo avaiano Marquinhos, arriscou de fora da área, a pelota desenhou uma trajetória venenosa e acabou pegando o arqueiro Élinton no contrapé. Tardou mais dez minutos para o segundo tento: em falta igualmente de longe, o zagueirão Kaká encheu o pé e mandou no canto de Élinton, que acabou aceitando novamente.Tudo levava a crer que o caneco não escorregaria das mãos do Esperança. Até os 25 minutos, os locais ainda


18 jogos 17 VITÓRIAS 71 GOLS FOTO: LUCAS GABRIEL CARDOSO

viriam a desperdiçar duas grandes chances, parando em defesaças de Élinton, que tentava se redimir dos gols sofridos. Isso até a entrada de Manoel, no lugar do lesionado Delson, que deu um ânimo novo para os visitantes. Após um cruzamento do próprio lateral, aos 30, Gustavo dividiu com Banana e tocou a mão na bola. Joel Reis Alves Júnior, em cima do lance, assinalou a penalidade. Dheividi foi para a cobrança e não titubeou defronte a muralha Flávio Kretzer, diminuindo a diferença. O jogo ficou lá e cá. Flávio ainda foi exigido por duas oportunidades e trabalhou para que a vantagem seguisse. Vantagem, essa, que foi ampliada aos 44, quando Gustavo provou o dom familiar e bateu falta com maestria, na cabeça de Elivelton, que só teve o trabalho de deslocar o goleiro. Dois minutos depois, o bravo Maizum, entretanto, não se deu por venci-

do e foi atrás de mais um: Manoel levantou na área e Dheividi subiu mais alto para testar firme, no ângulo.A frenética primeira etapa deu lugar a um segundo tempo mais cadenciado e administrado de forma magistral pelo Esperança. Para não dar novas chances ao azar, o time da Serraria seguiu impondo seu ritmo e ampliou logo aos dez, quando Elivelton mandou na trave e Kleyffer apareceu para conferir no rebote. Sete minutos depois, o golpe de misericórdia: Kleyffer aplicou um lindo lençol em Júlio e levantou para o zagueiro João ganhar no alto do goleiro e marcar o quinto. Sem forças para ir atrás de um milagre ainda maior, o Maizum tratou de segurar as pontas para não sofrer um placar ainda mais elástico. O Esperança, satisfeito com o marcador, só esperou o tempo correr para enfim celebrar o bicampeonato em casa. FOTO: LUCAS GABRIEL CARDOSO

Meia Gustavo, abriu o placar para o Esperança

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FUTEBOL AMADOR

FOTO: LUCAS GABRIEL CARDOSO

metropolitano é campeão estadual

Equipe do Sul do Estado conquista o tricampeonato do estadual de amadores

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capital catarinense do futebol amador, Nova Veneza, recebeu mais uma final do Estadual Não-Profissional, dessa vez entre os locais do Metropolitano e os jaraguaenses do Flamengo. O simples fato de ter chegado à final já coloca o nome do Flamengo na história do futebol de Jaraguá do Sul. Com uma equipe formada por jogadores locais, o Rubro-Negro eliminou o Rio do Ouro, de Itajaí, nas semifinais e, pela primeira vez, colocou um escrete da Liga Jaraguaense de Futebol na final do Estadual. Buscando o tricampeonato, o Metrô manteve seu esquadrão de fazer inveja a muita equipe profissional e deixou para trás os florianopolitanos Grêmio Cachoeira sem maiores dificuldades. Nos primeiros 90 minutos da decisão, entretanto, foi o espírito aguerrido do Flamengo que prevaleceu e o duelo em solo jaraguaense terminou empatado.

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Disposto a não dar chances para o azar e fazer valer o favoritismo, o Metropolitano foi para cima logo nos primeiros minutos do jogo de volta. Com a proposta de repetir a partida impecável de ida, o Flamengo buscou se fechar no começo. O volume de jogo e a pressão vermelha, entretanto, foram superiores e, logo aos seis, Filipe Monteiro enfiou uma belíssima bola para Lalau, que bateu de cobertura na saída de Rodrigão e abriu o placar com estilo. Com três trocas já no entretempo, Chico encaixou a defesa e colocou o Fla no modo ofensivo, em busca do empate. O roteiro da partida ida ia se repetindo nos mínimos detalhes: o Metrô seguia cadenciando e propondo o jogo na etapa final, mas era o Flamengo quem assustava mais. Mas, ao contrário do ocorrido no Norte, os jaraguaenses pararam no poste em Nova Veneza. Aos 18, Robson mandou na área e Naldo cabeceou no pé da trave. O Metro-


O FUTEBOL AMADOR NÃO PARA Por O Cancheiro

FOTO: LUCAS GABRIEL CARDOSO

FOTO: LUCAS GABRIEL CARDOSO

FOTO: LUCAS GABRIEL CARDOSO

politano respondeu no contra-ataque e, em questão de segundos, a bola saiu de Andrei, para Beto Cachoeira, que abriu para Lalau chegar chutando e igualmente carimbar o pé da trave. O duelo estava pegando fogo e ia se encaminhando para dramáticos minutos finais, com os visitantes pressionando e os locais fechando a casinha. Até que, aos 37, dois egressos do banco deram o tiro de misericórdia: Will escapou pela esquerda e cruzou para Guto, livre no segundo pau, se jogar na bola e guardá-la no fundo das redes. Sem forças para buscar um novo empate, o Flamengo pouco criou nos minutos que restaram. O Metropolitano, com toda a sua experi-

ência, deixou o tempo passar e esperou o apito final de Marcos Vinícius para soltar o grito de tricampeão e finalmente poder comemorar um Estadual dentro de casa. E ainda tem a reta final do Regional da Larm, onde o Metrô precisa reverter a vantagem do Rui Barbosa para chegar às finais, e a Taça Santa Catarina Não-Profissional, contra o campeão do Oeste, para, aí sim, conhecermos a melhor equipe do Estado. No Norte, o Flamengo já está garantindo nas semis e agora também vai em busca de uma vaga na final da Liga Jaraguaense.

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E-SPORTS

FOTO: DIVULGAÇÃO GILLETTE

League of legends tem o seu big brother

Reality Show reúne melhores jogadores de LOL do país em uma Gaming House

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reality show de League of Legends, o Gillette ULT (sigla de Ultimate Legends Training), Começou. Há uma premiação total de R$ 50 mil e os jogadores campeões do Gillette ULT serão avaliados pela paiN Gaming e INTZ, e poderão ser escolhidos como integrantes das line-ups profissionais de League of Legends. O programa conta com a participação de grandes nomes do cenário competitivo de League of Legends: os técnicos Gabriel “MiT” Souza e Thiago “Djoko” Maia, além de Gabriel “Kami” Santos e Murilo “Takeshi” Alves como mentores. Com quatro episódios gravados, o ULT mostrará a rotina dos jogadores, o papel dos técnicos em disputas de alto nível e selecionará apenas os melhores candidatos para a grande decisão. O evento de inauguração, foi realizado na terça-feira (6), mostrou os espaços cômodos

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da casa em que os jogadores ficarão durante o próximo mês, além de servir de palco para o anúncio de que o jornalista e apresentador Tiago Leifert será o embaixador da marca e do projeto. A diretora do projeto, Marisa Mestiço, explica que essa é uma maneira de mostrar que o Gillette ULT “pode sim chegar à casa de todas as pessoas. Queremos tratar os esports com o respeito que merecem”. 20 nomes particparão do reality, alguns deles até conhecidos no cenário nacional de League Of Legens, como o Top Laner Nelson ‘‘Fiora Mechanics”.O primeiro episódio do reality show mais aguardado pelos fãs de League of Legends foi ao ar nesta quarta-feira (14)! O Gillette ULT começou com fortes emoções, com desistência de um jogador e divisão das equipes do programa. Já no começo do reality, uma alteração foi feita na lista de participantes, já que Douglas


TOP LANERS • André ‘‘Eradan’’ • André “Surskity” • Nelson “Fiora Mechanics” • Marcelo “Archengel Xem”

MID LANERS • Gabriel “TREVIS” • Bruno “Picknn” • Matheus “Frumskcalbi” • Giovane “Moraes Cyclonado”

ATIRADORES • Gabriel “Zntnt” • Miguel “Mystr” • Yan “Yan” • Rai “Mestre do KPop”

JUNGLES • Camila “Super Primata” • Bruno “Bgob” • Lucas “Ace On Fire” • Paulo “Snott”

SUPORTES • Ronaldo “R0t” • Manuela “Kyure” • Lucas “Uep” • Julio “Lannik”

“dougz” Scapol abriu mão de seu sonho por motivos particulares, sendo substituído por Bruno “Picknn” de Souza. Os participantes foram submetidos à sua primeira prova, na qual os técnicos Gabriel “MiT” Souza e Thiago “Djoko” Maia, além dos mentores Gabriel “Kami” Santos e Murilo “takeshi” Alves colocaram as habilidades dos candidatos à prova.Ronaldo “R0T” foi vitorioso do desafio Preparação, ganhando o benefício de escolher um campeão que não poderá ser banido ou utilizado pela equipe adversária no desafio Combate. O desafio Precisão foi vencido pelo jungler Paulo “SNOTT”, cujos destaques negativos foram os jogadores Camila “SUPER PRIMATA” e Nelson “FIORA MECHANICS.” Depois, Kami e Takeshi jogaram um x1 de qualidade para disputar quem ficaria com os melhores integrantes de cada equipe, no qual o Kami venceu. O desafio Combate teve o primeiro confronto entre as line -ups do Kami e do MiT (equipe laranja e equipe verde), na qual a equipe laranja saiu vitoriosa.Depois, foi a vez do embate entre os grupos do Takeshi e Djoko (time branco e preto), na qual a equipe branca foi vitoriosa. O segundo episódio começou com o Desafio Preparação, que colocou as equipes em uma prova prática de comunicação, onde o capitão de cada time teve que guiar seus colegas vendados por um labirinto e, logo depois, na montagem de um quebra-cabeça que revelou um campeão de League of Legends. A equipe preta foi a vencedora da primeira prova, garantindo vantagem no desafio Precisão, enquanto o time laranja começou com desvantagem por ter terminado a prova com o maior tempo. Já no Desafio Precisão, a equipe preta sofreu desde os picks e bans com um erro de Miguel “Mystr”, que condenou a escolha de campeões selecionando um Udyr por acidente, quando o plano original era contar com um Olaf. As equipes verde e branca foram as vencedoras da prova desta semana, com destaque para Camila “Super Primata”. O Desafio Combate do segundo episódio foi ainda mais disputado que o primeiro, afinal, a primeira eliminação do reality estava em jogo. Trazendo o primeiro confronto entre os times Takeshi e Kami, o time verde (Kami) enfrentou a equipe preta (Takeshi) em uma série melhor de dois, que terminou com um empate. Já o embate entre os times laranja (Kami) e branco (Takeshi) foi diferente: a primeira partida da série melhor de dois foi disputada mas vencida pela equipe laranja, que dominou a segunda disputa, terminando o confronto por 2 a 0. Rai “Mestre do Kpop” e Matheus “Blacky” foram eleitos os destaques positivos dos confrontos, o que os livrou da eliminação logo de cara. O mesmo não pode ser dito dos cinco primeiros a se despedirem do reality show, que por escolha dos técnicos e tutores foram: André “Surskity”, Camila “Super Primata”, Giovane “Moraes”, Lucas “UEP” e Miguel “Mystr”.

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E-SPORTS

FOTO: DIVULGAÇÃO JIMMY SPORTS

avaí embarca no mundo do e-sport

Equipe de Florianópolis investe até mesmo em Gaming House para os altetas

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Avaí está uma parceria inédita com a Jimmy e-Sports, equipe catarinense de esportes eletrônicos com sede em Florianópolis, que atua há dois anos e tem conseguido destaque no cenário de games, mercado que vem crescendo exponencialmente a cada ano. O primeiro clube catarinense a ingressar nos jogos eletrônicos e a nova equipe passa a se chamar Avaí Jimmy e-Sports. A parceria foi firmada entre o presidente Francisco José Battistotti, o CEO da empresa Rodrigo Gonçalves e o diretor esportivo Rafael Amorim e tem validade por dois anos. Em breve será feita a apresentação da equipe e do espaço na Ressacada onde funcionará a Gaming House, um espaço de convivência para jogadores e simpatizantes de jogos eletrônicos.

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A partir desta parceria, a nova equipe passa a usar o nome Avaí Jimmy e-Sports. A nova empresa traz na bagagem as conquistas nestes dois anos, que estão entre as premiações em diversos campeonatos com vitórias conquistadas por suas equipes de LoL, Dota, CS e jogos de luta como Street Fighter e Tekken. Mesmo em pouco tempo de atuação, a Jimmy e-Sports já coleciona conquistas e aprendizados fundamentais para pautar sua conduta para os próximos anos, agora ao lado do Avaí. Um dos principais valores do time é aliar o profissionalismo, que o mercado de games pede, ao entretenimento que é proporcionado a quem o acompanha. Por isso, a união com o Avaí representa muito para a a Jimmy e-Sports, na palavra de Rodrigo Gonçalves, manezinho da ilha, 24 anos,


cujo apelido é Jimmy, usado como nome da equipe e que o transformou em CEO da equipe. O presidente Francisco José Battistotti, um entusiasta de esportes eletrônicos, e que há muito queria uma parceria como esta por entender que será o futuro, inclusive pelo viés de aposta da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) neste cenário de esportes eletrônicos, destacou a importância. “Ampliar o mercado e a fidelização da marca Avaí. Nada melhor do que uma parceria dessas, futuro do esporte mundial pela quantidade de pessoas interessadas em jogos eletrônicos, primeiro clube de Santa Catarina neste cenário. Estou convocando todos os torcedores e simpatizantes para assistirem e praticarem estes jogos”, completou. A equipe Avaí Jimmy e-Sports conquistou vitórias neste ano em campeonatos regionais que aconteceram em diferentes cidades de Santa Catarina. O time, que tem desempenhado uma caminhada de sucesso em sua atuação no mundo dos games, saiu vitorioso em duas oportunidades, conquistas que têm valorizado o trabalho desencadeado a partir da parceria com o Leão da Ilha. Uma das conquistas veio com o título no Campeonato de League of Legends (LoL), realizado na sétima edição do Evento Hanamachi, em Joinville. A equipe de LoL, do Avaí Jimmy e-Sports já vinha se preparando para o torneio e teve a oportunidade de aplicar suas táticas, conhecimento e afinidade, o que culminou em uma participação vitoriosa.

Rodrigo e Rafael, coordenadores da equipe Avaí Jimmy e-Sports, participaram de uma reunião com o presidente do clube, Francisco José Battistotti, para relato das atividades e apoio em eventos futuros. Novos integrantes para a equipe, desafios em competições e o Centro de Treinamento e Jogos, em área a ser preparada no Estádio da Ressacada. Rafael, da Jimmy e-Sports está muito contente com a parceria com o Avaí, pois a equipe vem alcançando os objetivos esperados.

Categorias disputadas pelo Avaí Jimmy e-sports • League Of Legends • Counter Strike • Heartstone • Dota • Street Fighter • Tekken • Pro Evolution Soccer • FIFA

Outra conquista foi também o título no Circuito L egac y Catar inense de Magic. Nesta disputa, a v itór ia foi conquistada por Marcos Morelli, at leta que representou o Avaí Jimmy e-Spor ts na competição.

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esportes universitários

FOTO:@MARIALAMORIM/INTERATLETICAS

interatléticas 2018 entra para a história Pela primeira vez o campeonato reúne atléticas de todos os campus da UFSC

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InterAtléticas (IA) de 2018 da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) contou com a participação de todos os cinco campus da Universidade espalhados pelo Estado. Participaram neste ano o campus de Araranguá, Curitibanos, Blumenau, Joinville e Florianópolis, onde foi realizado o evento. Com a participação de todos eles o IA reuniu 38 atléticas, que juntas somam um total de 2050 atletas. Com duração de um mês, os jogos são disputados aos finais de semana para não interferir no período de aula dos atletas, já que são disputados no meio universitário. Além dos alunos, também podem participar da competição servidores, professores, técnicos administrativos, egressos e alunos intercambistas. São disputadas 25 modalidades no total, entre os naipes femininos, masculinos e misto. Entre elas estão: xadrez, futsal, handebol, vôlei de quadra e de areia, basquete, futevôlei,

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tênis de campo e de mesa, atletismo, natação, judô e Jiu Jitsu. Em 2018, a atlética de Educação Física (AEF) da UFSC ocupou o 1º lugar geral pelo segundo ano consecutivo, conquistando o tetracampeonato com 409 pontos, uma diferença de cerca de 100 pontos para o segundo lugar, ocupado pela atlética de administração (ADM), com 308. O terceiro lugar ficou com a atlética de medicina (AAAMEDUFSC), com um total de 240 pontos. Com o intuito de integrar os alunos e promover a prática esportiva, o evento vem crescendo a cada ano. Em 2017 o número de atletas era de 1900, com 35 atléticas participantes.

Confira na próxima página alguns dos resultados DA SÉRIE A por modalidade


vôlei de praia masculino • 1º lugar: Educação Física (AEF)

Vôlei de praia feminino • 1º lugar: Engenharia de Produção (A7)

FUTEVÔLEI MASCULINO • 1º lugar: Administração (ADM) FOTO:CAROL BARRA FOTOGRAFIA/INTERATLETICAS

Futevôlei feminino • 1º lugar: Engenharia Civil (ATEC)

vÔLEI DE QUADRA FEMININO • 1º lugar: Engenharia de Produção (A7)

VÔLEI DE QUADRA MASCULINO • 1º lugar: Engenharia mecânica e materiais (ATM)

BASQUETE FEMININO • 1º lugar: Medicina (AAMEDUFSC)

basquete masculino • 1º lugar: Administração (ADM) FOTO: CAROL BARRA FOTOGRAFIA/INTERATLETICAS

futsal masculino • 1º lugar: Educação Física (AEF)

futsal feminino • 1º lugar: Centro de Ciências Rurais (ATCR)

handebol masculino • 1º lugar: Engenharia Mecânica e Materiais (ATM)

HANDEBOL FEMININO • 1º lugar: Educação Física (AEF)

NATAÇÃO MASCULINA • 1º lugar: Engenharia de Produção (A7) FOTO:@MARIALAMORIM/INTERATLETICAS

NATAÇÃO FEMININA • 1º lugar: Medicina (AAMEDUFSC)

ATLETISMO MASCULINO • 1º lugar: Educação Física (AEF)

ATLETISMO FEMININO • 1º lugar: Educação Física (AEF)

FOTO:@MARIALAMORIM/INTERATLETICAS

Edição 1/ Dezembro de 2018 / Stamina / 31


13 modalidades com destaque Brasil onças entre atletas está no mundial brasileiros de 2019 Na próxima edição da stamina você confere os detalhes da equipe que irá disputar a Copa do Mundo de Futebol Americano na Austrália

FOTO: DIVULGAÇÃO CBFA

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