Diretório Saúde 2019

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Esta revista faz parte integrante do Diário As Beiras de Julho de 2019 e não pode ser vendida separadamente


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índice Saúde Região é a segunda mais envelhecida do país >Pág 8/10 Centro Ageing@Coimbra faz da região uma referência na Europa >Pág 12

Índices de saúde

Prestação de serviços 25 hospitais e 250 unidades de prestação de cuidados primários >Pág 14/15 Sanfil Há 65 anos a cuidar de si e da sua família >Pág 16/17 Hospital da Luz Coimbra >Pág 18/19 Hospital da Luz Coimbra Spine Center >Pág 20/21 Clínica Delille “Queremos crescer para dentro” >Pág 22 Clínicas Sophia >Pág 23 Clínicas Leite A excelência na saúde >Pág 24 Climag Centro de Imagiologia >Pág 26 Hospital CUF Coimbra Sinónimo de qualidade na saúde >Pág 28/30 Maria Helena Gervásio, Diretora Clínica e Coordenadora da Unidade de Oncologia do Hospital CUF Coimbra Multidisciplinaridade e rápida intervenção Daniel Pereira da Silva, Coordenador do Centro da Mulher do Hospital CUF Coimbra Centro da Mulher do Hospital CUF Coimbra: Cuidamos de todas as gerações Miguel Amaro, Coordenador de Oftalmologia do Hospital CUF Coimbra CUF: Uma nova resposta de Oftalmologia na cidade de Coimbra

Ensino

Ensino Superior em Coimbra cobre todas as áreas da saúde >Pág 32/33 Carlos Cavaleiro, Professor da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra Faculdade de Farmácia Referência na investigação >Pág 34/39 Duarte Nuno, Diretor da Faculdade de Medicina da U.Coimbra Faculdade de Medicina Uma referência na Universidade >Pág 40/42

Produção/distribuição Laboratórios e distribuidores de medicamentos da região apresentam crescimento sustentado >Pág 44/45 João Almeida Lopes, diretor-geral do grupo Medinfar Farmalabor Produção a crescer acima de 2 dígitos >Pág 46/47

Dezenas de organismos do Estado na gestão do setor da saúde >Pág 48/49 Rosa Reis Marques, Presidente da Administração Regional de Saúde do Centro ARSC “Apenas 1,2% dos utentes não tem médico atribuído na região” >Pág 50/52 Carlos Cortes, Presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos Ordem dos Médicos“É preciso dar mais atenção ao SNS” >Pág 53/54 COORDENAÇÃO // Dora Loureiro TEXTO //António Rosado, Bernardo Neto Parra, Dora Loureiro, Paulo Marques FOTOGRAFIA// Carlos Jorge Monteiro e Pedro Ramos

o meu jornal, a minha região

PROPRIEDADE Sojormedia Beiras SA

CONTACTOS SEDE: Rua Abel Dias Urbano, n.º 4 - 2.º 3000-001 Coimbra, tel. 239 980 280, 239 980 290, REDAÇÃO Tel. 239 980 280, redaccao@asbeiras.pt PUBLICIDADE tel. 239 980 287,

publicidade@asbeiras.pt CLASSIFICADOS tel. 239 980 290, classificados@asbeiras.pt ASSINATURAS tel. 239 980 289, assinaturas@asbeiras.pt

14-30

Ensino

32-42 Produção Distribuição

44-47

Institucional

Institucional

DIRETOR Agostinh o Franklin CHEFE DE REDAÇÃO Dora Loureiro REDAÇÃO Dora Loureiro (Chefe), Paulo Marques (repórter coordenador), António Alves, António Rosado, Bernardo Neto Parra, Bruno Gonçalves, Carlos Jorge Monteiro, Cátia Vicente, Emanuel Pereira, José Armando Torres, Jot’Alves, Maria Inês Morgado, Patrícia Cruz Almeida, e Pedro Ramos DEP. COMERCIAL Ana Paula Ramos, Mónica Palmela, e João Ribeiro PAGINAÇÃO Carla Fonseca, Daniela Marques, Ricardo Silva e Victor Rodrigues DEP. ADMNISTRATIVO Cidália Santos, Cristina Mota, Margarida Fernandes e Rosa Pereira

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Saúde Região é a segunda mais envelhecida do país O Centro apresenta quase 25% de cidadãos com idade superior a 65 anos, e apenas 12% com menos de 15 anos. Isto significa que a região Centro tem um índice de envelhecimento superior ao do continente. Mas, por outro lado, a sobrevida da população na região Centro é elevada, com esperança média de vida à nascença de 81 anos – 84 anos nas mulheres e 79 anos nos homens –, surgindo como uma das mais elevadas mesmo a nível internacional DR

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população portuguesa tem vindo a diminuir desde 2010. Hoje, somos cerca de 10,3 milhões de habitantes, concentrados nas zonas urbanas e litorais. Se a Área Metropolitana de Lisboa é a região com mais residentes, o Alentejo, por oposição, é a que regista menos. Esta diminuição indica que morrem mais pessoas do que aquelas que nascem e também que tem havido mais indivíduos a sair do país do que a entrar. Estes dois fatores contribuíram para um decréscimo da população residente em Portugal, que a 31

de dezembro de 2016, contava com 10.309.573 habitantes. Vendo a média de idades, Portugal tem uma população envelhecida, com mais idosos do que jovens a residir no país: 21% dos portugueses têm 65 ou mais anos, enquanto 14% têm menos de 15. São um milhão as pessoas com 75 ou mais anos, das quais mais mulheres do que homens. Isso explica que o número de mortes tenha vindo a aumentar, tendo sido superior a 110 mil, em 2016. Pelo contrário, os nascimentos têm decrescido, o que começou a verificar-se na década de 70 do século XX. Em 2016, nasceram cerca de 87 mil crianças em Portugal.

Mas se somos hoje menos, vivemos mais. A esperança de vida tem aumentado, sendo superior a 80 anos. Quanto à mortalidade infantil, número de crianças que morre no primeiro ano de vida, tem diminuído consideravelmente em Portugal nos últimos anos: menos de três por cada mil. População da região Centro a diminuir A população da região Centro é, atualmente, de 1.663,8 mil habitantes, o que significa uma redução superior a 2% entre os últimos censos. É portanto uma população envelhecida, apresentando quase 25% de cidadãos com idade superior a 65 anos, e ape-

nas 12% com menos de 15 anos. Isto significa que a região Centro tem um índice de envelhecimento (201) superior ao do continente (158). De acordo com dados da Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC), na região verificam-se sete nascimentos por cada 1000 habitantes e o índice de fecundidade, ou seja, o número de filhos por cada mulher em idade fértil, é de 1,2, está entre os mais baixos do mundo, comprometendo fortemente o crescimento populacional. Elevado índice de envelhecimento Analisando estes dados, a região Centro apresenta o segundo índice

mais elevado de envelhecimento do Continente, que tem vindo a aumentar nas últimas décadas. O aumento dos efetivos populacionais idosos, a par do decréscimo acentuado da natalidade, introduziram alterações significativas na pirâmide etária da região, com estreitamento da base, o que configura um cenário de acentuado envelhecimento populacional. Por outro lado, a sobrevida da população na região Centro é elevada, com esperança média de vida à nascença de 81 anos – em rigor, de 84 anos nas mulheres e 79 anos nos homens –, surgindo como uma das mais elevadas a nível internacional.

Principais causa de mortalidade Segundo dados divulgados pela ARSC, relativamente à mortalidade precoce, 35% dos anos de vida potenciais perdidos são devidos a doença oncológica, 15% a acidentes, e 13% às doenças do aparelho circulatório. De acordo com dados do estudo Retrato da Saúde 2018, elaborado pelo Ministério da Saúde, em Portugal, as doenças crónicas são responsáveis por 80% da mortalidade nos países europeus, sendo as afeções do aparelho circulatório as principais causas de mortalidade. A incidência e prevalência destas doenças é condicionada por fatores de risco individuais e sociais, dos 

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quais se destacam: -Excesso de peso - Hábitos alimentares inadequados; - Sedentarismo - Tabagismo - Alcoolismo Um dos países com menos anos de vida saudável Em 2016, em Portugal, cerca de 41% do total de anos de vida saudável perdidos por morte prematura poderia ter sido evitado se fossem eliminados os principais fatores de risco modificáveis, indica o Global Burden of Disease. Neste contexto, os portugueses apresentam uma esperança média de vida à nascença superior à média dos restantes países da OCDE. Evidencia-se também o facto de, durante a última década, se ter observado

Os portugueses vivem mais mas, por outro lado, vivem com mais, comorbilidades durante os seus últimos anos de vida

uma redução, ainda que muito ligeira, da taxa de morbilidade padronizada de anos vividos com incapacidade em Portugal. No entanto, no que concerne ao indicador “número de anos de vida saudável vividos depois dos 65 anos”, o nosso país assume-se enquanto um dos países com menor número de anos de vida saudável depois dos 65. Assim, podemos concluir que os portugueses vivem mais mas, por outro lado, vivem com mais, comorbilidades durante os seus últimos anos de vida: diabetes, doenças cardiovascu-

Portugal é um dos países com menor número de anos de vida saudável depois dos 65 anos. Diabetes, doenças cardiovasculares, doenças respiratórias, obesidade e doenças oncológicas são algumas das patologias que mais afetam os portugueses

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lares, doenças respiratórias, obesidade e doenças oncológicas. Paralelamente aos efeitos na morbilidade e mortalidade prematura, as doenças crónicas têm impacto significativo nas economias nacionais, entre outros fatores, pela diminuição da produtividade, aumento do absentismo laboral e dos encargos com a saúde. | Dora Loureiro

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Centro Ageing@Coimbra faz da região uma referência na Europa

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Ageing@Coimbra é um consórcio que visa a valorização do papel do idoso na sociedade e a aplicação de boas práticas em prol do seu bem-estar geral e de um envelhecimento ativo e saudável. O principal objetivo é melhorar a vida dos cidadãos idosos na região Centro de Portugal através de melhores serviços sociais e cuidados de saúde, assim como da criação de novos produtos e serviços inovadores e o desenvolvimento de novos meios de diagnóstico e terapêuticas. Como membro ativo da Parceria Europeia para o Envelhecimento Ativo e Saudável, que tem como objetivo aumentar a esperança média de vida saudável dos cidadãos da União Europeia por dois anos até 2020, o Ageing@Coimbra atua através dos seguintes grupos de ação: adesão à terapêutica; prevenção de quedas; prevenção da fragilidade; monitorização remota de saúde; e serviços amigos do idoso. Enquanto Região Europeia de Referência para o Envelhecimento Ativo e Saudável – um estatuto único no

território português, sendo que na UE existem 32 no total –, o projeto Ageing@Coimbra deverá identificar, implementar e replicar projetos e programas de boas práticas inovadoras no domínio do Envelhecimento Ativo e Saudável. As boas práticas identificadas em regiões de referência poderão ser replicadas noutras regiões da Europa, abrindo espaço para a inovação social e reforço da competitividade da indústria de inovação no domínio da geriatria e do apoio ao idoso. O consórcio Ageing@Coimbra procura ser um facilitador da génese de projetos inovadores na área do envelhecimento activo e saudável e pretende, igualmente, ser um estimulador da economia e do empreendedorismo jovem em torno dos serviços de saúde. Coordenada pela Universidade de Coimbra (UC), a candidatura a Região Europeia de Referência foi feita através do consórcio Ageing@Coimbra numa parceria institucional com a Câmara Municipal de Coimbra, o Centro Hospitalar Universitário de Coimbra, a Administração Regional de Saúde do Centro e o Instituto Pedro Nunes.

A distinção é resultado de um ecossistema único, na região, propício ao desenvolvimento de boas práticas nos cuidados de saúde associados ao envelhecimento ativo e saudável, alicerçado no eixo Ensino/Inovação/ Investigação. Assim, no domínio do ensino, destaca-se a Universidade de Coimbra pela qualidade reconhecida do ensino ministrado nas suas oito Faculdades, quer pelos avanços que tem permitido à investigação pura e aplicada, em diversas áreas científicas e tecnológicas, nomeadamente na área da saúde e do envelhecimento. Nos domínios da Inovação e Investigação, Coimbra é líder no desenvolvimento de tecnologias da saúde e prova disso é o envolvimento do Instituto Pedro Nunes em vários projetos na área do Active and Assisted Living que têm como objetivo colocar as Novas Tecnologias de Informação e Comunicação ao serviço da saúde e da inclusão. De destacar os projetos europeus Co-living, CaMeLi, CogniWin, financiados pelo Ambient Assisted Living Joint Programme (AAL-JP), e também projetos nacionais como o AAL4ALL e TICE.healthy, financiados pelo QREN.

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25 hospitais e 250 unidades de prestação de cuidados primários A prestação de cuidados do Serviço Nacional de Saúde (SNS) na área da Administração Regional de Saúde do Centro baseia-se numa rede estruturada que inclui seis ACES (agrupamentos), cinco centros hospitalares e duas ULS (unidades locais)

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rede de cuidados de saúde primários na área da Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) está organizada em seis Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) e duas Unidades Locais de Saúde na zona interior (ULS da Guarda e Castelo Branco, incluíndo os hospitais da zona), sendo este o 1.º nível de acesso dos cidadãos à prestação de cuidados de saúde. De acordo com o tipo de estrutura existente em cada concelho, a oferta de cuidados médicos primários é prestada pelas 79 Unidades de Saúde Familiar (USF) existentes – um modelo com mais implantação na zona litoral (ACES Baixo Mondego, Baixo Vouga, Dão Lafões e Pinhal Litoral) – ou através das 103 Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP), mais presentes no interior da região: ACES da Cova da Beira, Pinhal Interior Norte e Unidades Locais de Saúde da Guarda e Castelo Branco. Paralelamente, também nos mesmos edifícios dos centros de saúde, funcionam 61 Unidades de Cuidados Continuados (UCC), neste caso com um total de mais de 600 profissionais, na sua maioria da área da enfermagem, que contam com o apoio de outros profissionais, entre médicos, assistentes técnicos, nutricionistas,

psicólogos, técnicos de serviço social, fisioterapeutas, higienistas orais e assistentes técnicos. No final do 1.º semestre de 2019, 90,6% da população da região Centro está abrangida por UCC, garante a ARS Centro, contabilizando já a recente entrada em funcionamento da UCC Penacova. Cuidados de Saúde Hospitalares Outro dos patamares de acesso dos cidadãos à saúde é através da rede de Cuidados de Saúde Hospitalares (CSH) do Serviço Nacional de Saúde (SNS) na região, que está organizada em cinco centros hospitalares, dois hospitais centrais especializados, um hospital distrital, dois hospitais de nível 1 e três hospitais integrados em ULS. O designado CHUC é o maior centro hospitalar da região, e até do país, integrando os Hospitais da Universidade (HUC), Hospital Geral dos Covões, Hospital Pediátrico, maternidades Bissaya Barreto e Daniel de Matos e Hospital Sobral Cid (Ceira). Os outros quatro grandes centros hospitalares da região Centro são o de Tondela/Viseu (com gestão conjunta do hospital Cândido de Figueiredo e São Teotónio), o Centro Hospitalar de Leiria/Pombal/Alcobaça (Santo André/Distrital de Pombal/ Bernardino Lopes de Oliveira), o

Centro Hospitalar da Cova da Beira (Pêro da Covilhã/Fundão) e o Centro Hospitalar Baixo Vouga (Infante D. Pedro de Aveiro/Distrital de Águeda e Visconde Salreu de Estarreja). Na região interior do país há dois modelos individualizados, sob a designação de Unidade Local de Saúde, que agregam, por um lado, o Hospital Amato Lusitano de Castelo Branco e os centros de saúde/USF da sua área de influência; e o Hospital Sousa Martins, da Guarda, que agrega o Hospital Nossa Senhora da Assunção, de Seia e respetivos centros de saúde/USF. Resta o Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil (IPO Coimbra) e os hospitais João Crisóstomo, de Cantanhede; Distrital da Figueira da Foz; Francisco Zagalo, de Ovar; José Luciano de Castro, de Anadia; e Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro Rovisco Pais, cada um deles com gestão própria. Setor particular de prestação de cuidados de saúde Quanto ao setor privado, operam na região, a Fundação Sophia (Casa de Repouso de Coimbra), Hospital da Luz-Coimbra, Centro Cirúrgico de Coimbra (INTERCIR), SANFIL-Casa de Saúde de Santa Filomena, CUF Coimbra Hospital (ex-Clínica Privada de Coimbra), Clínica de Montes

Claros (no Estádio Cidade de Coimbra), Fundação Nossa Senhora da Guia-Hospital de Avelar, Fundação Aurélio Amaro Diniz (Oliveira do Hospital) e Hospital da Misericórdia da Mealhada. Por outro lado, a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) na região Centro integra 67 instituições de saúde, das quais resultam 101 unidades de internamento de diferentes tipologias, nomeadamente, Convalescença, Média Duração e Reabilitação, Longa Duração e Manutenção e Paliativos. Entre estas encontram-se Santas Casas da Misericórdia, IPSS (instituições particulares de solidariedade social) e hospitais no âmbito da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI). A RNCCI tem, a nível da região Centro, uma capacidade de oferta a rondar a 2.400 camas. Quanto aos meios complementares de diagnóstico, atendendo à grande procura no Serviço Nacional de Saúde (SNS), a ARS Centro fixa acordos com entidades convencionadas, nas áreas das Análises Clínicas, Anatomia Patológica, Cardiologia, Diálise, Electroencefalografia, Endoscopia Gastroenterológica, Medicina Nuclear, Medicina Física e de Reabilitação, Pneumologia e Imunoalergologia e Radiologia. | António Rosado

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SANFIL Há 65 anos a cuidar de si e da sua família

Centro de Diagnóstico e Tratamento Integrado Morada: Rua Miguel Torga 361-B, 3030-165 Coimbra Contactos: Telefone 239 701 627 Fax 239 241 592 Email cdti@sanfil.pt Site www.sanfil.pt Serviços/Valências: Gastroenterelogia Direção Técnica: Dra. Maria Helena Goulão Endoscopia Digestiva Alta Colonoscopia Total Colonoscopia Esquerda Rectosigmoidoscopia Flexível Polipectomia Biópsia Exames com Anestesia Fisioterapia Direção Técnica : Dr. Tiago Ribeira

Hidrocinesioterapia Hidroginástica Reabilitação Neurológica Recuperação Cardio-respiratória Reabilitação Músculo-esquelética Classes de Correção Postural Aulas de Preparação para o Parto Intervenção no Desporto Reabilitação Pediátrica Reeducação Perineal Fisioterapia ao Domicílio CARDIOLOGIA Direção Técnica Dr. Luís Rebelo Electrocardiograma Prova de Esforço Ecocardiograma Ecocardiograma com Doppler MAPA Holter

Outros exames e tratamento: Acupuntura Consultas de Fisiatria Nutrição Acordos: Açoreana ACP ADMG ADSE AdvanceCare Allianz ARS Algarve ARS Centro ARS Lisboa e Vale do Tejo ARS Norte AXA Curactiva Fidelidade Future Healthcare Generali Seguros Groupama IASFA

Liberty Seguros Lusitania Mapfre Macif Médis Montepio Geral Multicare Ocidental Seguros PSP SAD PT-ACS RNA SAMS – Centro, Quadros e SIB SãVida Serviços Sociais CGD • SIGIC • Tranquilidade • Trust • Victória Seguros • Zurich Horários • 8h00 - 20h00

Casa de Saúde de Santa Filomena O Grupo SANFIL Medicina iniciouse em 1953 com a fundação da Casa de Saúde de Santa Filomena, em Coimbra. Na sua génese está o sonho da excelência em medicina, que se mantém passados mais de 60 anos de existência e de prática. E é o respeito a essa visão que tem permitido, ao longo dos anos, contar com a colaboração dos “melhores médicos, procurando servir os utentes com o que de mais avançado se faz em medicina”. Atualmente, o grupo gere uma rede de várias unidades de saúde na zona Centro, destacando-se a Casa de Saúde de Santa Filomena, em Coimbra, o Centro Hospitalar de S. Francisco, em Leiria, a Clínica da Lousã, a Diaton e o Laboratório D. Diniz, entre outros. Um conjunto de unidades que garante todos os meios complementares de diagnóstico e análises clínicas, que permite “grande rapidez e qualidade de resposta às necessidades dos utentes”. Com o recurso aos mais modernos equipamentos para a realização de cirurgias, e aos mais reputados especialistas, o Grupo SANFIL Medicina tem vindo a criar as mais completas e avançadas respostas para os utentes da região Centro e do país. A Sanfil

disponibiliza uma cobertura significativa de especialidades médicas e cirúrgicas, nomeadamente: anestesiologia, cardiologia, cirurgia geral, cirurgia maxilo-facial, cirurgia plástica e reconstrutiva, cirurgia vascular, dermatologia, endocrinologia, gastroenterologia, ginecologia, imagiologia, medicina dentária, medicina física e reabilitação, medicina interna, nefrologia, neurocirurgia, neurofisiologia, neurologia, nutrição, oftalmologia, ortopedia, otorrinolaringologia, pediatria, pneumologia e doenças do sono, podologia, psicologia clínica, psiquiatria, radioterapia, urologia e andrologia. E porque os utentes estão na lista das prioridades, o Grupo SANFIL Medicina tem acordos celebrados com as principais seguradoras, subsistemas de saúde e equiparados, que permitem aos “seus clientes, beneficiários ou associados ter acesso aos serviços ali prestados”. Um acordo, milhares de pessoas O Grupo Sanfil Medicina celebrou, recentemente, uma parceria que disponibiliza o Plano de Saude Well’s, um plano de saúde grátis para todos os clientes Cartão Continente, sem neces-

sidade de registo ou adesão. Este acordo permite que, a quem se dirigir às clínicas do Grupo Sanfil Medicina e apresente o seu Cartão Continente, para além dos preços especiais a que terá direito nos serviços médicos que necessite, acumule 15% de desconto em Cartão Continente sobre o valor pago . As entidades envolvidas acreditam que estão, em conjunto, a contribuir de forma decisiva para melhorar a saúde e o bem-estar de um leque muito grande de portugueses da zona Centro, proporcionando-lhes, através do Grupo Sanfil Medicina e do Plano de Saúde Well’s, o acesso com custos reduzidos a qualidade do sector privado nos cuidados de saúde. Como funciona Este plano funciona de forma bastante simples e direta: dirige-se a uma das clínicas do Grupo Sanfil Medicina; identifica-se como beneficiário do Plano de Saude Well’s; apresenta o documento de identificação e o Cartão Continente no ato de pagamento; usufrui de preços especiais em consultas e exames médicos; e acumula 15% em Cartão Continente sobre o valor pago.

Morada: Av. Emídio Navarro n.º 8-11, 3000-150 Coimbra GPS 40o 12’ 30’’ N 8o 25’ 52’’ Contactos: Telefone 239 851 650 Telemóvel 962 430 399 967 288 398/9 E-mail:sanfil@sanfil.pt Site www.sanfil.pt Centros de Excelência: Sleepcenter Dental Center Centro de Urologia de Coimbra Instituto Avançado de Urologia Centro de Atendimento Clínico Centro de Obesidade e M. Inovadora Centro de Podologia Centro de Otorrinolaringologia de Coimbra Clínica da Mama Centro de Cirurgia Plástica e Estética Heart Clinic

Centro de Hemodiálise Centro de Imagiologia Centro de Sinistralidade Serviços / Valências: Anestesiologia Cirurgia Geral Cirurgia Plástica e Reconstrutiva Dermatologia Gastroenterologia Imagiologia Medicina familiar Medicina interna Neurocirurgia Neurologia Obstetrícia Ortopedia Pediatria Podologia Psiquiatria Reumatologia Urologia e Andrologia Alergologia Cardiologia Cirurgia Maxilo-facial Cirurgia Vascular

Endocrinologia Ginecologia Medicina Dentária Medicina Física e Reabilitação Nefrologia Neurofisiologia Nutrição Oftalmologia Otorrinolaringologia Pneumologia Psicologia Clínica Radioterapia Urologia e Andrologia Exames: Ressonância Magnética Raios-X TAC Ecocardiograma Ecografia Densitometria Óssea Ortopantomografia Cefalometria Mamografia Teleradiografia Doença do Sono

Acordos: Açoreana, ACP, ADMG ADSE, AdvanceCare Allianz, ARS – Algarve, Centro, Lisboa, Vale do Tejo e Norte AXA, Curactiva Fidelidade Mundial Future HealthCare Generali Seguros, Groupama IASFA, Liberty Seguros Lusitania, Mapfre, MACIF, Médis Montepio Geral, Multicare Ocidental Seguros, PSP SAD, PT - ACS RNA, SAMS – Centro, Quadros e SIB SãVida, Serviços Sociais CGD SIGIC Tranquilidade Trust Victória Seguros Zurich Horários: 08h00 - 22h00

Serviços/Valências: Ecografia Raios X Ortopantomografia Mamografia TAC Ressonância Magnética Medicina Nuclear Densitometria Óssea Endoscopia (c/ e s/anestesia) Colonoscopia (c/ e s/ anestesia)

Acordos: ADMG SNS ADSE Ministério da Justiça Multicare Advance Care Serviços Sociais da CGD PT-ACS ADM GNR

SAMS ServiMed MedialCare WDA Future HealthCare Curactiva Medicare Allianz Saúde Horários: 08h00 - 20h00

Diaton Morada: Edifício Diaton, Urb. Espírito Santo, Lote 2, Calçada do Gato 3000 Coimbra Contactos: Telefone 239 487 130/1 Fax 239 487 139 Email:info@diaton-coimbra.com.pt Site www.diaton.pt GPS 40,13’,06’’ N 8,24’,18’’ O

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Hospital da Luz Coimbra Morada Praceta Robalo Cordeiro, nº 1 3020-479 Coimbra Contactos: telefone 239096900 fax 239091300 email geral.coimbra@hospitaldaluz.pt Serviços/ Valências Centros Especializados: Centro de Diabetes, Centro da Mama, Clínica do sono, Centro de Dermoestética, Fisioterapia, Oncologia Médica, Centro Hepatobiliopancreático, Centro de Patologia do Pavimento Pélvico, Perturbações Alimentares, Tratamento de Obesidade, Unidade da Coluna, Patologia do Joelho Áreas Clínicas: Alergologia e Pneumologia, Análises Clínicas, Anestesiologia,

Atendimento Médico Permanente, Cardiologia, Cirurgia Cardiotorácica, Cirurgia Geral, Cirurgia Maxilo-Facial, Cirurgia Pediátrica, Cirurgia Plástica Estética, Cirurgia Reconstrutiva, Cirurgia Vascular, Departamento de Imagiologia, Dermatologia e Venereologia, Endocrinologia, Gastrenterologia, Ginecologia e Obstetrícia, Hematologia, Medicina da Dor, Medicina da Reprodução, Medicina Dentária, Medicina Desportiva, Medicina Física e de Reabilitação, Medicina Geral e Familiar, Medicina Interna, Neurocirurgia,

Hospital da Luz Clínica de Coimbra Neurofisiologia, Neurologia, Neuropediatria, Oftalmologia, Oftalmologia – UOC, Ortopedia, Ortopedia Oncológica, Otorrinolaringologia, Pediatria, Psiquiatria e Psicologia, Reumatologia, Urologia. Outros Serviços Clínicos: Acupuntura, Nutrição Clínica, Podologia, Terapia da Fala Pode consultar mais acordos em www.hospitaldaluz.pt/coimbra

Morada: Praça 25 de Abril, nº3 3030-322 Coimbra Contactos: telefone 239780450 fax 239780409 email geral.coimbra.solum@hospitaldaluz.pt

Serviços/ Valências: Áreas Clínicas: Terapia da Fala, Gastrenterologia, Medicina Dentária, Medicina Geral e Familiar, Pediatria, Psiquiatria e Psicologia, Nutrição Clínica

Horários: segunda a sexta - 9H às 13H e 14H às 20H Sábados – 9H às 13H Pode consultar os acordos existentes em www.hospitaldaluz.pt/coimbra

Hospital da Luz Clínica da Figueira da Foz Morada: Rua Alto do Viso, nº50 R/C 3080-164 Figueira da Foz Contactos: telefone 233411410 fax 233418944 email geral.figueira@hospitaldaluz.pt

Serviços/ Valências: Áreas Clínicas: Acupuntura, Alergologia e Pneumologia, Nutrição Clínica, Podologia, Terapia da Fala, Cardiologia, Fisioterapia, Cirurgia Geral, Cirurgia Plástica e Estética, Cirurgia Vascular, Gastrenterologia, Ginecologia e Obstetrícia, Medicina Dentária, Medicina Física e de Reabilitação, Medicina Geral e Familiar, Medicina Interna, Neurocirurgia, Neurologia, Oftalmologia, Ortopedia, Pediatria, Psiquiatria e Psicologia, Reumatologia, Urologia

Horários: segunda a sexta – 8H30 às 21H sábados – 9H às 13H Pode consultar os acordos existentes em www.hospitaldaluz.pt/coimbra

Hospital da Luz Clínica de Cantanhede Morada: Freixial Shopping, Loja 25 Lugar do Freixial 3060-228 Cantanhede Contactos: telefone 231027053 email geral.cantanhede@hospitaldaluz. pt

Serviços/ Valências: Áreas Clínicas: Alergologia e Pneumologia, Podologia, Terapia da Fala, Cardiologia. Cirurgia Geral, Oftalmologia. Otorrinolaringologia, Cirurgia Vascular, Gastrenterologia, Ginecologia e Obstetrícia, Medicina Dentária, Pediatria, Urologia, Medicina Geral e Familiar, Neurologia, Ortopedia, Psiquiatria e Psicologia, Nutrição Clínica

Horários: segunda a sexta – 9H às 13H e 14H às 20H sábados – 9H às 13H Pode consultar os acordos existentes em www.hospitaldaluz.pt/coimbra

Hospital da Luz Clínica de Pombal Morada: Av. Heróis do Ultramar, 30 3100-462 Pombal Contactos: telefone 236217090 fax 236217091 email geral.pombal@hospitaldaluz.pt

Serviços/ Valências: Áreas Clínicas: Acupuntura, Nutrição Clínica, Terapia da Fala, Cardiologia, Cirurgia Vascular, Endocrinologia, Fisioterapia ATM, Medicina Dentária, Medicina Geral e Familiar, Neurologia, Ortopedia, Psiquiatria e Psicologia

Horários: segunda a sexta - 9H às 13H e 14H às 20H sábados – 9H às 13H Pode consultar os acordos existentes em www.hospitaldaluz.pt/coimbra

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prestação de serviços

Hospital da Luz Coimbra - Spine Center Contactos coimbra | sede Hospital da Luz Coimbra Praceta Prof. Robalo Cordeiro Circular Externa de Coimbra 3020-479 Coimbra T. 239 098 665- Tlm. 915 005 400 lisboa Avenida Sidónio Pais Nº 14 – r/c Esquerdo 1050-214 Lisboa T. 211 359 754 -Tlm. 915 005 400 Viseu Rua da árvore Nº 10 – r/c Esquerdo 3500-085 Viseu T. 232 092 750 - Tlm. 915 017 188 Guarda Rua Calouste Gulbenkian, B3 6300-670 Guarda T. 271 211 416 -Tlm. 915 005 400

HospiTal Da luz coiMbRa SPINE CENTER cirurgia da coluna  primeira unidade de coluna certificada em portugal  única unidade de coluna em portugal acreditada pelo United Kingdom Accreditation Service (UKAS) 5 anos marcados pela excelência e pela inovação

Desde Junho de 2018 sediados no Hospital da Luz Coimbra, fruto de uma nova parceria com o Grupo Luz Saúde. O projecto assenta em tecnologia de ponta e num formato que permite uma capacidade técnica ainda maior para todo o tipo de patologias, potenciando a entrada direta para uma resposta ímpar na região

Centro e no País. A mudança “mantém o Spine Center na proa da inovação” e permite, por outro lado, “ter uma intervenção mais abrangente no tratamento da patologia da coluna, enquadrado na rede hospitalar Luz Saúde que se apresenta em Coimbra com um projeto assente na excelência clínica”. “Apesar de sabermos que são várias as mudanças associadas a este novo passo, a nossa direção é a mesma, guiada pelo profissionalismo de todos, sempre de coração e mente. Somos a mesma equipa, que procura promover e desenvolver o conhecimento na área da coluna vertebral, agora com uma nova estrutura para

chegar (ainda) mais longe”, afirmou Luís Teixeira. Spine Center: 5 unidades

O Spine Center, que tem a sua nova sede instalada no Hospital da Luz Coimbra, está presente com os mesmos serviços, o mesmo apoio e sempre com o mesmo empenho profissional em Lisboa, na Guarda, em Viseu e no Funchal. A amplitude do projeto tem um objectivo único: promover a proximidade e conforto de centenas de pessoas de todo o país que já confiavam e procuravam esta equipa.

Funchal Rua Nova do Vale da Ajuda Nº 16 9000-720 Funchal T. 291 721 370 - Tlm. 915 005 400 T. 291 721 370 | TLm. 915 005 400 Email: geral@spinecenter.pt site: www.spinecenter.pt Horários: 2ªf a 6ªF das 9h às 18h

Serviços: patologias • Abaulamento Discal • Degenerescência Facetária • Espondilolistesis • Estenose do canal vertebral • Hérnia de disco e Degenerescência Discal • Escoliose • Cifose • Fractura osteoporótica • Fractura de origem traumática • Lesão tumoral da coluna vertebral Cirurgias: • Cirurgia da hérnia discal e da compressão nervosa • Cirurgia por neuronavegação • Artrodese da coluna vertebral • Artroplastia do disco intervertebral • Fixação Dinâmica da coluna lombar • Técnicas cirúrgicas minimamente invasivas Especialidades: • Ortopedia • Neurocirurgia • Neurologia • Anestesiologia • Medicina Interna • Reumatologia Terapêutica da Dor • Dor de origem discal • Dor com origem nas raízes nervosas • Dor de origem facetaria • Outros procedimentos para dores

crónicas da coluna Acordos: • ADSE • ADMG • IASFA • PSP SAD • Muticare PT ACS • Sams Centro • Sams Quadros • Sams SIB • Sãvida • Serviços Sociais da CGD • ACP • Açoreana • AdvanceCare • Allianz • Allianz Saúde • Axa • Fidelidade • Future Healthcare • Generali Seguros • Groupama • Liberty Seguros • Lusitânia • Macif • Mapfre • Médis • Montepio Geral • Multicare • Ocidental Seguros • Tranquilidade • TRUST • Victoria Seguros • Zurich


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Clínica Delille

Sophia Clínica

“Queremos crescer para dentro” O diretor clínico, Francisco Delille, não esconde a satisfação pelo crescimento exponencial da marca dos últimos anos e, agora, mais do que aumentar o leque de serviços, quer “aperfeiçoar o que já é feito” O que explica o crescimento exponencial da Clínica Delille, verificados nos últimos anos? Acompanhámos o crescimento da medicina dentária. Atualmente, as pessoas começaram a preocupar-se mais com a saúde oral, com a estética dentária e com a aparência em geral. São mais exigentes no serviço. Mas, claro, também soubemos crescer porque nos impusemos como marca de qualidade, sempre associados a um serviço de relação preço/qualidade adequada à cidade e à região Centro. Acho que esse equilíbrio fez com que fossemos bem aceites e o aumento da procura traduz isso mesmo. O facto de a clínica se ter desenvolvido nas várias especialidades da medicina dentária garante também uma melhor qualidade no atendimento? Esse é, também, um pedido do mercado. Hoje em dia, a figura daquele dentista generalista tem muitas dificuldades em fornecer o melhor serviço. Agora, esta atividade exige um conhecimento tão vasto que um generalista não consegue fazê-lo sozinho com a mesma qualidade. Eu próprio comecei o meu percurso profissional assim… Com um grupo de especialistas tudo fica mais fácil, temos médicos específicos para cada área e esse fator garante a excelência da nossa resposta. Antigamente, tínhamos uma espera de quatro meses para fazer uma simples destartarização. Hoje, temos uma higienista oral que assegura esse serviços com a melhor qualidade. Como classificaria a equipa da Clínica Delille? É uma equipa jovem, motivada, e com experiência. Temos um grupo de médicos dentistas que está sempre a aprender, que se dedica à sua área de especialidade, profissionais que traba-

Morada Rua da Sofia, 158 3000-059 Coimbra E-mail geral@fundacaosophia.pt Site www.fundacaosophia.pt Valências: Clínica Médica Atendimento Permanente ( 9-21H) Consulta Externa Anestesiologia Cardiologia Cirurgia Geral Cirurgia Plástica e Reconstrutiva Cirurgia Vascular Fisiatria Gastrenterologia Ginecologia Obstetrícia Hematologia Clínica Medicina Dentária Medicina Geral e Familiar Medicina do Viajante Medicina Interna Oftalmologia Oncologia Médica Ortopedia Otorrinolaringologia Pediatria

lham com um nível de perfecionismo enorme. E a logística necessária para ter 15 gabinetes a funcionar é grande. A clínica dispõe de um laboratório de prótese digital nas suas instalações. Esta é uma vantagem para os vossos pacientes? Sim... É preciso explicar que a prótese dentária, antigamente, era uma atividade artesanal. Nos últimos 10 anos, houve uma revolução neste campo, que se está a tornar uma verdadeira indústria digital. No futuro, as próteses vão ser fabricadas só por impressoras 3D. Os processos de criação do desenho da prótese e produção são computorizados, digitalmente, o que permite que a prótese seja feita com maior

rapidez e precisão. Este laboratório é uma segunda atividade que tem como principal cliente, em 80 por cento, esta clínica. Os outros 20 por cento são para outros consultórios, alguns fora de Coimbra. Quais os planos para o futuro a curto/ médio prazo? Tenho a doença de estar sempre com vontade de reinvestir todos os proveitos na empresa. Prefiro investir os lucros no aperfeiçoamento da clínica. A preocupação a médio prazo é crescer para dentro, aperfeiçoar o que temos. Tentar melhorar a organização interna, formação dos médicos… Enfim, fazer ainda melhor do que fazemos. | Bernardo Neto Parra

Pneumologia Psiquiatria Reumatologia Urologia Internamento Internamento Medicina Internamento Convalescença Internamento Reabilitação Unidade de Cuidados Paliativos Clínica Cirúrgica Cirurgia Geral Cirurgia Plástica e Reconstrutiva Cirurgia Vascular Ginecologia Neurocirurgia Oftalmologia Ortopedia Otorrinolaringologia Urologia Meios Complementares de Diagnóstico Análises Clínica Cardiologia Gastrenterologia Radiologia

Tratamentos: Medicina Física e Reabilitação Ozonoterapia Acordos: ACP Açoreana ARS-Centro CTT-Médis Médis Multicare Ocidental PT-Multicare SAMS – Advancecare SAMS Quadros Sãvida SSCGD Advancecare SSGNR Paridade ADSE

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prestação de serviços

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Clínicas Leite A excelência na Saúde Com mais de duas décadas de sólida experiência, as Clínicas Leite são uma referência na área da saúde privada. Sob direção clínica do Prof. Doutor Eugénio Leite, destacam-se pelos seus serviços de excelência e pela aposta constante em tecnologia de topo a nível mundial As Clínicas Leite foram pioneiras, em Portugal, na introdução da cirurgia a laser para erros refrativos e para a catarata, no tratamento a laser para o olho seco e para o Glaucoma e na realização de angiografias sem o uso de contraste, entre muitas outras técnicas.

Clínicas Leite, Lda Moradas Estádio Cidade de Coimbra, Rua D. Manuel I nº 4 e nº 92 ( 3º piso) 3030-320 Coimbra Edifício Ecrã-Alameda dos Oceanos Rua Sinais de Fogo, n.º 6 Parque das Nações - 1990-196 Lisboa

Valências: Cirurgia Cardiotorácica Cirurgia Maxilo-Facial Cirurgia Plástica Dificuldades de Aprendizagem Fisioterapia Medicina Chinesa Medicina Dentária Medicina Estética Medicina Física e de Reabilitação Medicina Geral e Familiar Oftalmologia Psicologia Psiquiatria Reumatologia

Contactos E-mail geral@clinicasleite.pt Telefones 239853450 218939030 Horário 09H às 18H de 2ª-Feira a 6ª-Feira


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CLIMAG – Centro de Imagiologia Morada: Rua do Brasil – Edifício Atenas – Parque – (Edifício das Finanças) 3030-175 Coimbra Contatos: Telefone 239853650 Fax:239853651 Email climag.geral@gmail.com Site www.climag.pt Serviços/Valências Densitometria Óssea ECG Ecografia Ecografia Obstétrica Eco-Doppler Ecocardiografia Mamografia

Ortopantomografia Radiologia Digital Análises Clínicas Acordos: Serviço Nacional de Saúde ADSE Advance Care Caixa Geral de Depósitos EDP Valor ESUMÉDICA MEDIS Ministério da Justiça Portugal Telecom PSP Açoreana Aliança Allianz Assurance . AXA

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SERVIÇOS POR MARCAÇÃO

Consulta Cirúrgia Geral Cirúrgia Ortopédica Neurocirúrgia Cirúrgia de Ambulatório Cirúrugia de Referência Recobro Operatório Fisioterapia e Hidroterapia Rações Medicamentosas Farmácia Veterinária Domicílios Medicina de Animais Exóticos Apoio a Espécies Pecuárias Banhos e Tosquias Fotografia Animal Medicina Regenerativa Células Estaminais

JÁ ABRIU

Fidelidade / Mundial Garantia Generali . Lusitânia Mapfre Metropole Mondial Assistence Mundial / Confiança Império / Bonança Oceanica . Pearl Preservatrice Real Royal Exchange, Social Trabalho . Tranquilidade Vitoria Sindicato dos Bancários SMTUC (Consultar site)


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Hospital CUF Coimbra

opinião

O Hospital CUF Coimbra está ligado à maior rede privada de prestação de cuidados de saúde em Portugal. Tem uma oferta abrangente e inovadora nas diversas áreas médico-cirúrgicas, com a garantia de qualidade dos mais de 70 anos de atividade da José de Mello Saúde

Oncologia do Hospital CUF Coimbra

Multidisciplinaridade e rápida intervenção

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trito de Coimbra, abriu as portas, na cidade, em abril do ano passado, com 28 gabinetes de consulta e exames, 28 quartos individuais, uma sala de exames especiais de gastrenterologia, bloco cirúrgico com quatro salas e seis camas de recobro e Hospital de Dia Oncológico. A disponibilização de tecnologia avançada, o suporte de meios técnicos e a qualidade dos seus profissionais, permite prestar um serviço de excelência aos seus clientes, sempre com o objetivo de oferecer cuidados médicos de elevada qualidade e segurança. Procurando trabalhar com os melhores profissionais de saúde, o Hospital CUF Coimbra aposta na formação contínua e no desenvolvimento de um projeto clínico de excelência com o objetivo de ser líder reconhecido da prestação privada na região de Coimbra.

A CUF Coimbra está ligada à maior rede privada de prestação de cuidados de saúde em Portugal – com oito hospitais e nove clínicas de ambulatório, estando presente em Lisboa, Almada, Oeiras, Cascais, Sintra, Mafra, Torres Vedras, Santarém, Viseu, S. João da Madeira, Matosinhos e Porto. O Hospital CUF Coimbra mantém acordos com as principais seguradoras e subsistemas de saúde, incluindo ADSE e SIGIC. As marcações de consulta para os mais de 100 médicos do Hospital CUF Coimbra podem ser feitas via site da CUF, no endereço: https: //www.saudecuf.pt/ unidades/coimbra, através da App My CUF, ou pelo telefone 239 700 720. Ao efetuar marcação através do site ou da App My CUF, o cliente pode escolher a especialidade e o médico, entrar directamente na agenda, consultar a disponibilidade de datas e horários, e selecionar o pretendido.

Daniel Pereira da Silva Coordenador do Centro da Mulher do Hospital CUF Coimbra

Maria Helena Gervásio Diretora Clínica e Coordenadora da Unidade de Oncologia do Hospital CUF Coimbra

Sinónimo de qualidade na saúde

O Hospital CUF Coimbra, a funcionar na cidade há pouco mais de um ano, garante o acesso a serviços de saúde de excelência, em regime de internamento e ambulatório. Instalado num edif ício moderno – anteriormente conhecido por Clínica Particular de Coimbra - , o Hospital CUF Coimbra disponibiliza, ao longo de 8.500 metros quadrados, todas as especialidades médico-cirúrgicas aos utentes dos 17 concelhos do distrito de Coimbra. Trata-se de uma unidade hospitalar generalista, com uma oferta abrangente nas diversas áreas médicocirúrgicas, e inovadora, quer ao nível da tecnologia, quer dos processos utilizados, uma atividade que tem como garante a experiência de gestão hospitalar acumulada ao longo dos mais de 70 anos de ação da José de Mello Saúde. Esta unidade CUF, que serve o dis-

opinião

Unidade de Oncologia do Hospital CUF Coimbra presta cuidados médicos e assistenciais aos doentes oncológicos, apostando numa prática clínica de excelência. Esta Unidade tem por missão desenvolver ações nos domínios da prestação de cuidados de saúde, prevenção, investigação, formação e ensino, rastreio oncológico, registo oncológico e colaboração na definição e acompanhamento de execução da política oncológica nacional, afirmando-se como uma Instituição de referência. É composta por uma equipa de profissionais altamente diferenciados que diagnostica, trata e vigia e que está organizada em vários grupos de patologia, nomeadamente: cabeça e pescoço, mama e ginecologia, pulmão, digestivo e patologia hepatobiliopancreática, pele, tecidos moles, urologia, tumores neuroendócrinos e patologia oncológica rara. Estas são áreas constituídas por profissionais da área médica e cirúrgica, bem como por enfermeiros dedicados, nutricionistas e psicólogos. Os grupos multidisciplinares têm como objetivo a discussão das diversas situações clínicas, com consequente tomada de decisão no tratamento do doente com patologia oncológica, fundamentada na elaboração e aplicação de protocolos de diagnóstico, estadiamento, tratamento e seguimento, como garantia da boa prática clínica com avaliação sistemática de resultados. O tratamento do doente oncológico é complexo, vasto e abrangente e em constante desenvolvimento em todas as suas valências. Contribuímos para o controlo do cancro, ajudando os doentes oncológicos a melhorarem a sua qualidade de vida e a aumentar a sobrevivência, praticando uma Oncologia moderna e em tempo útil. Os cuidados que disponibilizamos são personalizados a cada doente e têm uma forte componente de humanização. No Hospital de Dia do Hospital CUF Coimbra, o doente é acompanhado por uma enfermeira especializada e de referência. Disponibilizamos, ainda, para um acompanhamento personalizado e ajustado a cada doente, uma Gestora Oncológica que auxilia o doente e a sua família durante todo o percurso da doença. A deteção e intervenção precoce são os pontos fundamentais para o sucesso do tratamento e afirmam-se como pilares basilares da Unidade de Oncologia do Hospital CUF Coimbra.

Centro da Mulher do Hospital CUF Coimbra: Cuidamos de todas as gerações

A

mulher assume o papel de verdadeiro guardião dos cuidados de saúde da família. Em casa, no emprego, na vida social, as exigências são cada vez maiores, ao passo que a disponibilidade escasseia, o que gera mais dificuldades. A mulher é forçada a esquecer-se de si própria e das suas necessidades. Procura o médico perante um alerta evidente.A prevenção é possível e desejável. O exame geral e ginecológico regular é, por isso, de grande importância, assim que é iniciada a vida sexual. A consulta regular é uma necessidade e permite avaliar uma série de tópicos muito importantes. Para além da avaliação do estado de saúde, prevê, entre outras áreas, o início de atitudes preventivas relacionadas, nomeadamente, com os cancros mais frequentes na mulher, casos do colo do útero e da mama. A programação da gravidez e o seu seguimento é uma fase, particularmente, importante e exigente. Impõe-se a consulta pré-natal e o seguimento regular e criterioso da gravidez, com todos os meios que a ciência proporciona, desde a ecografia, aos testes bioquímicos de avaliação de risco. Com a menopausa, que ocorre por volta dos 50 anos, outra fase da vida da mulher tem início. A pós-menopausa é uma etapa da vida cada vez mais longa, tendo em conta a longevidade média que ultrapassa os 80 anos! De imediato é sentida uma perturbação da qualidade de vida, mas o mais importante desenvolve-se sem sintomas nos 10 anos seguintes: doença cardiovascular, osteoporose e atrofia genital. A vigilância deve manter-se e novas atitudes terapêuticas podem ser justificadas. O Hospital CUF Coimbra criou o Centro da Mulher, para responder, com eficácia, às necessidades que a saúde da mulher implica - da prevenção ao tratamento das mais diversas patologias. A equipa é composta por 12 especialistas altamente diferenciados, que se dedicam às mais diferentes áreas da obstetrícia e ginecologia modernas: Ginecologia Geral, Obstetrícia e Medicina Materno-fetal, Endometriose, Uroginecologia, Patologia Cervico-VulvoVaginal, Uroginecologia, Menopausa e Ginecologia Oncológica. O foco da equipa é proporcionar cuidados de saúde de excelência que garantam uma resposta de alto nível a todas as necessidades assistenciais da mulher, alicerçados na personalização, humanização e otimização de resultados, recorrendo ao apoio multidisciplinar de uma equipa de excelência.

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opinião Miguel Amaro Coordenador de Oftalmologia do Hospital CUF Coimbra

CUF: Uma nova resposta de Oftalmologia na cidade de Coimbra

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Oftalmologia é uma especialidade de grande tradição na CUF e, como se sabe, também o é na cidade de Coimbra, pelo que será sempre para o Hospital CUF Coimbra um polo de investimento técnico e clínico. A equipa de oftalmologistas, experiente e especificamente especializada nas mais diversas patologias, garante uma resposta distinta e adaptada às necessidades das pessoas que nos procuram. Recorrendo à nossa unidade, o seu problema de saúde será resolvido por alguém que se dedica exclusivamente a um determinado tipo de patologia, com tudo o que de positivo advém desse facto. A nossa aposta clínica está centrada em três principais áreas do tratamento da doença oftalmológica: Segmento Anterior, com destaque para a cirurgia de catarata e implanto refractiva; Segmento Posterior, com foco na patologia de retina e vítreo e Oftalmologia Pediátrica, fundamental para o acompanhamento da criança desde o seu nascimento, ajudando a área pediátrica no estudo do desenvolvimento da criança. Para garantir uma resposta cada vez mais especializada, o Hospital CUF Coimbra foi dotado com equipamentos médicos de ponta, que permitem o diagnóstico em toda a anatomia do globo ocular. Destaco o equipamento de diagnóstico para córnea e cirurgia de catarata, que permite uma aferição de elevada precisão dos dados de toda a estrutura anterior do olho, fator fundamental para o sucesso da cirurgia de catarata e implanto-refractiva. Igualmente o Bloco operatório foi

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dotado de novos equipamentos com tecnologia de última geração, nomeadamente para cirurgia de catarata e Vitreo-Retina. E porque, também, queremos contribuir para a investigação clínica, aliada aos cuidados de saúde de elevada qualidade, foi celebrado um acordo de parceria entre o Hospital CUF Coimbra e a Aibili - Associação para a Investigação Biomédica e Inovação em Luz e Imagem. Iremos, em conjunto com este centro de renome mundial, desenvolver uma prática sistemática, que visa não só o tratamento mas também a investigação e a evolução do conhecimento científico, que serão colocados à disposição dos nossos doentes.

UMA NOVA LUZ PARA OS SEUS PROBLEMAS DE COLUNA


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sdsdsdsdsdsdsd csdsdsdsdsd sdsdssdsd dsdsdd Ensino superior em Coimbra cobre todas as áreas da saúde

APis eaquia incto eum si volore cum ist quae est, utessi de millest fugiae es exerum nobitium a ditas et reperum ea ipsunt ipsae. Pisquam, et que ipsaess imagnam aliqui imagnam la dolore, oditasi nusciaes audita dent ma coritiis doluptam qui vit et voleni illessus doluptatem imporerem harum as simus exerum ea ad eture dendandiciti cusdantetur as eiunt fugiatem et destibeat eaque qui aligende moluptatusam que quam que alibus eturecus aut imus, simpor acestis qui comnima ximentur? As instituições que dão formação especializadaBore nasvoluptat váriasexplis áreas da saúde na cidade granjearam, ao longo das magnimust, cum últimas décadas, um grande capital de qualidade e credibilidade, com aeossimi Faculdade de Medicina como referência et esteceaqui con proratur, desde há séculos: Medicina em Coimbra manteve-se como escola médica de Portugal até 1825. llabo. Pa con necusúnica volupta sperferum a sitiorp osapelendi velit, corernat latituto de Imagem Biomédica e Ciências receber 186 novoscerchic alunos tem no mestrado tem aute liquate quistis uatro grandes instituida Vida (CNC/IBILI) e do ICNAS (Instiintegrado de Ciências Farmacêuticas, ipitam ea volor accatio venimet iunto ções de ensino supemais 73blabores alunos nas licenciaturas dolupti aceribus que expli-de tuto de Ciências Nucleares Aplicadas à rior público de CoimSaúde), reúnem cerca de meio milhar de Farmácia Biomédica Ciências Bioanaquis voluptatia quamere, a is aces venbra, do setor da saúde, líticas. Acrescem cerca umarestior cente- matriculados, quase todos em parceria demp ossequuntis a con de repedi preparam-se para, no na de estudantes mestrados de 2.º com universidades estrangeiras. emporem nis eumem fugiatem aruptur ano letivo 2018/2019, Ciclo em Biotecnologia Farmacêutica, apicatem venis quiae non et laceped receber cerca de 1.300 alunos novos Mais de 8500 alunos de saúde Segurança Alimentar, Clínicas eriberum ius estiam hilAnálises et velecerum il para licenciaturas ou mestrados innos vários anos de estudo eisTecnologias do Medicamento. volori ut liquiatem exped et odis extegrados. É este o número de vagas No total dos quatro, cinco ou seis anos peribust fuga. Nis parum hiligen ietur, disponíveis para cursos desta área nas de duração de cada curso referido – Escola de Enfermagem tem. ItaSuperior suscilibus, voluptate dollabo. faculdades de Medicina e de Farmácia acrescentando alunos de mestrado e resultou da fusão de duas instituições Tatiunt faceatis cuptate porerum nihil da Universidade de Coimbra, e das O laborenimpos maior curso de quanto int el todos, ipsam sin repedao doutoramento nas várias instituições escolas superiores de Enfermagem e – estima-se que Coimbra albergue, por número de vagas em Coimbra, quatatesequi in pelabertas idic tectota corionTecnologia da Saúde, esta última inem ano, é avoles licenciatura em Enfer- ano, cerca de 8.500 estudantes na área sedcada modigendi vendit quisquod tegrante do Instituto Politécnico de da saúde. magem, respetiva Escola Superior, et volore,daexplam, cum fugitem qui Coimbra (IPC). A grande oferta da cidade é, assim, recebendo 320 alunos, acrescentandoculla corrum faccusdam nis et licidia A estes acrescem quatro cursos tamse e pós-graduações em área fator de atração para milhares de alunos et mestrados quam, ut expliqui te cone parum bém correlacionados com a saúde, de todos os pontos do país mas também com Reabilitação, Saúde Comunitária, qui iusa sundis doluptas earum naticomo a licenciatura universitária em Enfermagem Médico-Clínica, Saúde do – cada vez mais – de além-fronteiras, numqui nonse nobis sunt as volorum Química Medicinal (30 vagas) e o mesIdoso e Geriatria, Supervisão Clínica dunt doluptiae nullupidel modis nihit e seja através do Programa Erasmus+, trado integrado de Engenharia Bioacordos com países da CPLP (ComuniGestão. facia ipiendis expelit aut et pelendis et médica (60 vagas); e as licenciaturas Na Escola Superior de Tecnologia de dade de Países de Língua Portuguesa), eariberibus, sus. em duas escolas do IPC: Engenharia parcerias diretas com universidades, Saúde (ESTeSC)dolupti registam-se, emdust cada ou Porpossintem umquas Biomédica (35 vagas no ISEC) e Geronsdsdsdsdsdsds exemplo, brasileiras. ano letivo, 284tibuscium novos alunos, frequen- por quam vollita esti adionem tologia Social (30 vagas na ESEC). dsdsdsdsdsdsdsdsds Aliás, a procura da internacionalizatar oito licenciaturas: Audiologia (32), sdsdsdsdsdsd doluptas aut pla dundignis aut omCiências Biomédicasporem Laboratoriais (35), ção, nomeadamente através da mobimolen issimaximos res pernam Estudos de Medicina, Farmácia, lidade de estudantes e docentes, é uma Dietética e Nutrição Farmácia nullantur? Quis rere(38), ne eic tenduci(40), ut Enfermagem e Tecnologia de Saúde aposta transversal a todas as instituiFisiologia Clínica (35), Fisioterapia (39), ndanda dolorem qui blatur? Enis tis di te net ium arumquam, ad maxim faccus asperuntoria prerrum sit acea Quanto às quatro grandes instituições superiores de ensino cidade Imagem Médica e Radioterapia (35) audae voluptas explab inis da esto om- deeaquunt. aut quatemp oriate nosandam ipsações de ensino superior já referidas, a Coimbra, que suficiente epel Saúde Ambiental (30). A ESTeSC mi- nis dollitia razão adi nismais quuntotatio escietpara Elliquassim latem hil id molo conenditatur a nam, omnit facepre Faculdade de Medicina tem 255 vagas existência diversos nistra também mestrados e pós-gradolesde pliatur suntgabinetes quo tor desequo illecab int ut ducimus cilistem ptisquat ea sunt ipsam quunto berchi- asaexces para o 1.º ano do seu curso nuclear, Relações Internacionais especializados duações. rerorae et omniscimus ali- eturecus aut imus, simpor acestis qui liquo omnist, untiatur sinctur aborio. remporum mais 42 vagas para Medicina Dentária, que,hiciliberem além de contactos multilaterais, Num plano mais sum elevado de et, investiconsequia sit plam comnima ximentur? Cae nobist aditatur faciam ant geni o que corresponde a um total de 2.300 desenvolveram páginas online em vá- Bore voluptat explis magnimust, cum gação desenvolvimento científi co, o voluptis es sit optaquament quae est, maxime ut et quid ellaces siniet eatur alunos em simultâneo nos seis anos idiomas. |António consórcio Centro deexerae Neurociências/Insnonsend aectotasi to Rosado te lacescitate et esteceaqui con proratur, eossimi llarescidu cillaccusam natus in co- terios dos cursos. A Faculdade de Farmácia vai recus pliquam quas solupta ectiuriam aut voluptata sit, et adisi sent mos sed bo. Pa con necus volupta sperferum a sumque acero iumque cullia nobis et maxime nistibusciet optis dero dis sitiorp osapelendi velit, corernat latem eum, ni accusap erferch illore esequi as deria vid quate diasperi quiandi aute liquate cerchic tem quistis ipitam alissim perumquae aspicto cullorro blaudi odi con ra quam fuga. Dolupta ea volor accatio venimet iunto dolupti blatur? Quidel molorectus ulpa assi- speribus con nam ratur sectem qui ut blabores aceribus que expliquis volupmagnate laccus vitatur? Ci nonsent ea- tatia quam re, a is aces vendemp ossetestem dolupt

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Faculdade de Farmácia Referência na investigação Ciclo que fizesse toda esta formação propedêutica vocacionada para as ciências analíticas. Esta licenciatura faz todo um percurso suportado em laboratório, ou seja, com um cariz muito prático, mas também com um suporte teórico muito sólido. É um curso que “abre portas” às análises clínicas mas também a outras análises, como as de medicamentos, as alimentares, as de água, as ambientais… Quais as linhas-mestras da licenciatura em Farmácia Biomédica? É um curso que tem a particularidade de ser em simultâneo uma proposta

da nossa e da faculdade de Medicina, com professores de ambas as faculdades, embora com coordenação da farmácia, porque foi aqui que nasceu. O objetivo foi o de formar técnicos/ monitores para ensaios clínicos. São técnicos que têm de ter conhecimento sobre o medicamento, mas não todo, e conhecimento sobre o doente e a patologia, mas não todo. Quais os cursos de 2.º Ciclo que a faculdade oferece? Vou começar pelo Mestrado em Tecnologia Farmacêutica, que é o mais antigo de todos os que oferecemos.

É um curso muito mais direccionado à indústria farmacêutica e destinado sobretudo a farmacêuticos, embora acolha diplomados em outras áreas das Ciências da Vida. O grande foco é o aprofundamento de conhecimentos nas tecnologias do medicamento, envolvendo a formulação, as novas fórmulas farmacêuticas, etc. Depois, temos o Mestrado em Biotecnologia Farmacêutica. Parece quase a mesma coisa mas tem diferenças fundamentais, no que respeita às metodologias, sobretudo porque pressupõe o uso de seres vivos, de células, no desenvolvimento das tecnologias. Este

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Como caracteriza a oferta formativa da faculdade? Nós formamos farmacêuticos, técnicos em análises e também técnicos com intervenção em ensaios clínicos. É uma oferta que nos permite garantir 100 por cento de empregabilidade, sobretudo no nosso curso matriz, o Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas. Mas o reforço de competências também assenta em cursos de 2.º e 3.º ciclos, e noutros, de pós-graduação ou de formação contínua que, embora não sejam conferentes de grau, registam uma procura muito significativa.

O curso matricial continua a ser o Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas? Sim, é vai continuar a ser. É um curso reconhecido pela Ordem dos Farmacêuticos e que dispensa os seus titulares de habilitação à Carteira Profissional pela Ordem. Mas, ainda no 1.º Ciclo, temos também os cursos de Ciências Bioanalíticas e de Farmácia Biomédica. O que se privilegia na área das análises? Como se sabe, historicamente, o far-

macêutico era visto como alguém que era dono de uma farmácia mas sempre fez muito mais, desde o controlo alimentar à análise de águas, à farmacovigilância e ao trabalho de investigação na indústria farmacêutica. No caso das análises, lembro que, em Portugal, os laboratórios de análises clínicas têm obrigatoriamente de ser dirigidos ou por médicos patologistas ou por farmacêuticos especialistas em análises clínicas. Ora, havendo toda esta tradição analítica, fazia todo o sentido que houvesse, no âmbito da Reforma de Bolonha, um curso de 1.º

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Carlos Cavaleiro, professor da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra, destaca a formação diferenciada de farmacêuticos, técnicos em análises e técnicos para intervenção em ensaios clínicos. Explica as mais-valias da formação avançada, com ampla e variada oferta de cursos de 2.º e 3.º Ciclos e evidencia as principais linhas de investigação e inovação produzidas na faculdade


é um curso que tem registado grande atratividade. Recebemos, para além de farmacêuticos, estudantes de Biologia, de Bioquímica, e de Biotecnologia da Escola Superior Agrária e também da Escola Superior de Tecnologias da Saúde. Temos também o Mestrado em Farmacologia Aplicada, muito vocacionado para farmacêuticos, normalmente hospitalares ou os que exercem oficina, estando mais próximo do público, e também para os diplomados no curso de Farmácia da Escola Superior de Tecnologias da Saúde. Um outro mestrado muito competitivo é o de Segurança Alimentar. Habilita profissionais para análise de risco ou para avaliação de alimentos. Temos ainda um Mestrado em Química Farmacêutica Industrial, mais vocacionado para os processos químicos e para a síntese de compostos orgânicos. Temos, claro, o Mestrado em Análises Clínicas que dá natural sequência ao curso. É um mestrado profissionalizante, em que se aprofundam e desenvolvem conhecimentos inerentes às análises químicas e biológicas e que tem o reconhecimento da Ordem dos Farmacêuticos na contribuição para o título de especialista em Análises Clínicas. Embora não concedendo o título, dispensa os candidatos do exame teórico, se tiverem aproveitamento neste mestrado. Por fim, em parceria com outras faculdades, tenho de destacar aqui também o Mestrado em Química Medicinal que é uma iniciativa conjunta de três faculdades – FCTUC, Medicina e Farmácia. O que faz a faculdade para divulgar a oferta e para captar alunos? Há muitos anos que a Faculdade de Farmácia promove Escolas de Verão, para alunos do ensino secundário, e leva a sua oferta formativa a certames de prestígio, como ainda aconteceu este ano na Futurália e na Qualifica. Em cada uma destas feiras de qualificação estamos presentes com um stand próprio, integrado naturalmente no grande espaço da Universidade de Coimbra, mas onde levamos sempre estudantes para, de viva voz, darem testemunho do que aqui se passa e das oportunidades que aqui se abrem.

Levamos também técnicos do nosso laboratório de empregabilidade, que reúne informação sobre oportunidades de emprego e que depois dá resposta a estas solicitações – como é o caso das escolas do ensino secundário, onde vamos, com regularidade, e também recebemos. A interação com outras escolas estende-se também ao nível pós-graduado? Sim. Está, justamente, agora a terminar a primeira edição de um destes cursos, que propusemos, montámos e realizámos: o curso de Gestão de Saúde, com a duração de um ano, que envolve

Recentemente, um estudo da Deco (creio), revelava que a farmácia estava num dos primeiros lugares, se não no primeiro, dos serviços em que os consumidores mais confiam

também as faculdades de Medicina e de Economia. Neste momento, temos candidaturas abertas e noto que há cada vez mais interesse para a segunda edição, o que é sinal de que o primeiro ano correu muito bem. É uma área que vem ocupar uma lacuna, aqui em Coimbra e na região Centro e que, sem querer ser concorrente com outras escolas, reúne todas as valências que consideramos fundamentais, com currículos adaptados, para a formação avançada de profissionais nesta área. O que se faz, na faculdade, em matéria de investigação? Os investigadores, como se sabe, estão em Portugal afiliados a centros de investigação. A Faculdade de Farmácia

tem o seu próprio centro, mas, por razões estratégicas, tem estado recatado. Isto porque a reorganização do parque científico nacional levou as pessoas a procurarem os melhores caminhos, ao serviço da sua investigação. Isso resultou num esvaziamento natural do Centro de Estudos Farmacêuticos e ao reforço de outros centros. Quais são esses centros? Começo pelo que tem maior peso de investigadores da Faculdade de Farmácia: o CNC – Centro de Neurociências e Biologia Celular. Sem entrar em percentagens, o que até seria deselegante para outros, digo-lhe que a faculdade tem uma presença muito importante no CNC. Mas também ali ao lado, no Centro de Química da Universidade de Coimbra, trabalham e investigam muitos docentes da Faculdade de Farmácia. Eu próprio, com outros colegas doutores, estou no Centro de Engenharia de Processos Químicos e Produtos da Floresta, na Engenharia Química. E, claro, há o IBILI – Instituto Biomédico de Investigação da Luz e da Imagem, onde professores nossos fazem um trabalho extraordinário, na área da avaliação do medicamento, por exemplo. Outros, ainda, estão em centros de áreas menos próximas, como o CEIS20 – Centro de Estudos Interdisciplinares do século XX, onde se encontra todo o respaldo e ambiente para aí fazer a sua investigação. Outros, enfim, investigam em centros fora de Coimbra. É o caso do prestigiado REQUIMTE, na Universidade do Porto, que tem acomodado muitos docentes nossos. Em Portugal, muita da investigação científica é feita no âmbito de programas de doutoramento... É verdade e nós, na faculdade, temos o nosso doutoramento de fileira, em Ciências Farmacêuticas. É um doutoramento polivalente e multidisciplinar, uma vez que tem 13 perfis de formação. Ou seja, pode-se ser doutorado em Ciências Farmacêuticas fazendo uma especialização, com investigação e tese, em Química Farmacêutica ou em Bioquímica, ou em Biologia Celular, ou em História e Sociologia da Farmácia. No limite, poderíamos ter 13 doutora-

mentos diferentes. Dê exemplos de investigações em concreto... Olhe, investiga-se, por exemplo, novas soluções terapêuticas para a osteoartrose – ainda há dias foi notícia o Prémio Arrisca C ganho pelos nossos investigadores Alcino Leitão e Alexandrina Mendes. Temos pessoas que colaboram com projetos empresariais de grande impacte, como é o caso dos projetos com a Tecnimede, formas alternativas de administração de fármacos, designadamente, um dispositivo a implantar dentro do organismo humano. Temos ainda o desenvolvimento de vacinas por via oral, com vantagens quer na administração quer na conservação. Temos investigação em novas formas de administração de fármacos, por exemplo, por via nasal. Temos um outro projeto para administração de insulina por via oral. Há casos que merecem destaque internacional...

Hoje, o farmacêutico ganhou novas missões, na sequência do aconselhamento na dispensa: a farmacovigilância e a aceitação da terapêutica pelo doente (a compliance)

Todos merecem. Mas, no domínio da biologia molecular, não posso deixar de falar no contributo para o esclarecimento de doenças neurodegenerativas, onde um docente da Faculdade de Farmácia é, hoje, talvez a maior autoridade mundial na doença de Machado-

Joseph. Também a investigação em terapia génica e imunoterapia para o cancro, na compreensão e esclarecimento dos problemas de obesidade. Outras linhas de investigação passam pela sinalização celular, desde o mais básico até aos mecanismos de resistência a antibióticos, e pela identificação de resíduos de medicamentos em alimentos ou em águas. Temos também uma equipa que trabalha em Drug Discovery e que procura novas substâncias ativas, seja por síntese química, na busca de antitumorais, seja a partir da natureza. E o trabalho do Observatório de Interações Planta-Medicamento, que estuda interação entre medicamentos e alternativas terapêuticas em doentes oncológicos ou investigação em metodologias farmacoeconómicas.

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E no que respeita a inovação? Tenho de sublinhar o trabalho sobre células dendríticas, da Teresa Rosete, para imunoterapia, que já foi premiada por ter apresentado à indústria cosmética um modelo laboratorial que


Como se tem processado a internacionalização da faculdade? Somos uma das faculdades mais procuradas, em termos de Erasmus (temos presentemente 17 nacionalidades) e

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somos também dos maiores contribuintes dos programas de saída. Ao nível de docentes, há também programas de mobilidade que leva colegas a irem lecionar em universidades estrangeiras e traz a Coimbra muitos professores estrangeiros. E depois temos investigação que envolve parceiros de vários países e também projetos vocacionados para o mundo da lusofonia. O Brasil é parceiro privilegiado? Temos efetivamente uma relação muito intensa com o Brasil, pela sua dimensão e disponibilidade para a mobilidade, mas também com Angola, Moçambique, Cabo Verde e Guiné-Bissau, que têm aqui uma forte presença. Aliás, vem a propósito referir aqui um outro curso de pós-graduação, Medicamentos e Produtos de Saúde à Base de Plantas, que não confere grau mas tem muita procura, dada a área que abrange e que tem muitos estudantes brasileiros e africanos. Além disso, sob a égide do Gabinete de Ensino a Dis-

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Que iniciativas teve a faculdade para complementar a investigação? Quando a Fundação para a Ciência e Tecnologia abriu portas a candidaturas a programas de doutoramentos FCT fê-lo acompanhado de um conjunto de bolsas que apoiam os estudantes admitidos a esses cursos de 3.º Ciclo. Também aqui a Faculdade de Farmácia quis ir mais longe e apresentou à FCT um doutoramento que é o primeiro, e julgo que único, em ambiente de empresa. Isto quer dizer que os doutorandos têm o apoio académico da faculdade e, logo no primeiro ano, estão numa empresa farmacêutica onde desenvolvem um projeto/tese que é estratégico para essa mesma empresa. Connosco, temos as melhores empresas do país,

como são os casos da Bial, Bluepharma, Basi, Hovione, Tecnimede, Toxfinder, ICNAS - Produção, só para citar algumas. Todos estes parceiros assinaram o protocolo de fundação deste programa de doutoramento e todos suportam parte da bolsa, a par da FCT, e todos os estudantes têm um orientador de empresa e um na faculdade. Para este programa, foram-nos concedidas 28 bolsas para quatro edições, oque dá 16 anos, com sete bolsas por edição. Neste ano letivo, temos estudantes colocados no Basi, na Tecnimede, no Hovione, na Bluepharma, na Dendropharma e no ICNAS – Produção, todos a trabalhar em investigação aplicada que é proposta de acordo com os objetivos de desenvolvimento estratégico de cada empresa.

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Medicina Geral e Familiar Psicologia Psiconeuroacupuntura Serviços de Enfermagem Domicílios Médicos e de Enfermagem Osteopatia Kinesiologia Acupuntura a laser (sem agulhas) Terapias de Saúde e Bem-estar

tância da UC, temos um curso, de que eu e a professora Lígia Salgueiro somos coordenadores, em Plantas Aromáticas e Óleos Essenciais, que vai na 11.ª edição com imensos estudantes lusófonos. As competências de docentes e investigadores da faculdade conferelhes um estatuto de autoridade... O reconhecimento dessa autoridade leva a que tenhamos peritos juntos de diversas instituções naionais e internacionais tais como o Infarmed, a Comissão Permanente da Farmacopeia Portugesa, a ASAE, a Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar, junto da Agência Europeia do Medicamento, junto da ISO - International Organization for Standardization, e também colaboramos com grupos de trabalho da Directorado Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural da Comissão Europeia. O que distingue o farmacêutico na arquitetura nacional dos agentes de

Saúde? Em 1978, quando é introduzida no ensino farmacêutico uma reforma muito importante, decorrente do DL 11/78, o farmacêutico foi responsabilizado enquanto agente de saúde pública em todos os seus atos profissionais: produzir, garantir a qualidade, armazenar em condições de uso e dispensar o medicamento com o respetivo aconselhamento. Hoje, como as primeiras fases passaram a ser garantidas pela indústria, o farmacêutico ganhou novas missões, na sequência do aconselhamento na dispensa: a farmacovigilância e a aceitação da terapêutica pelo doente. Na prática, isso traduz-se como? Um exemplo talvez ajude a compreender. Imaginemos um utente, de 70 anos, que foi ao centro de Saúde levantar a receita para os seus medicamentos para a tensão arterial. Mas ontem, já tinha ido ao consultório particular onde o médico lhe prescreveu outro medicamento para o reumatismo. E

entretanto também anda a tomar umas gotas por causa da memória. O único local onde é possível confrontar toda a terapêutica que este doente está a ter é a farmácia. Sim, porque é a farmácia que hoje consegue monitorizar interações medicamentosas, sobreposições e sobredosagens do mesmo fármaco (que até pode ter nomes diferentes). E é também a farmácia que consegue, hoje, controlar se o doente está ou não a beneficiar da terapêutica. Os portugueses confiam na sua farmácia? Recentemente, um estudo da Deco (creio), revelava que a farmácia estava num dos primeiros lugares, se não no primeiro, dos serviços em que os consumidores mais confiam. A farmácia é o primeiro elo de ligação entre o doente e o sistema de Saúde. Na farmácia consegue-se, muitas vezes, intervir ao nível da prevenção. | Paulo Marques

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não envolve animais de experiência para deteção precoce de alergenos. Também ao nível da instrumentação, temos o trabalho em microssensores que detetam substâncias como óxido nítrico ao nível do cérebro. .

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É para o futuro. É para a vida.

Rua Figueira da Foz, n.º 79 - Coimbra

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Faculdade de Medicina Uma referência na Universidade sos, as visões menores de quem apenas pensa a curto prazo, sem visão de futuro e sem vivência internacional. E continuamos a ter ainda em lugares chave de decisão, e com assinalável frequência, pessoas que chegaram a eles por nomeações que não resultam do mérito e de competências indiscutíveis, mas de filiações diversas, amizades ou compadrios. Pessoas que tendem a pensar pequeno. E quem pensa pequeno nunca será grande. O que se tem passado com a questão da nova maternidade é um claro e lamentável exemplo do que digo.

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oimbra, bem como a região Centro, beneficiaria com o desenvolvimento de um efetivo cluster da saúde na cidade? Obviamente que sim. Beneficiaria muitíssimo. O setor da saúde é uma das poucas áreas em que Coimbra continua a ser uma das referências nacionais, sendo a saúde uma das áreas fundamentais para a

cidade e para a região. Vem-se essencialmente a Coimbra pela Universidade e pela saúde. Só isso justifica que uma cidade tão pequena tenha o maior hospital do país e que os principais grupos económicos privados de saúde aqui se tenham instalado e, ao que parece, com substancial sucesso. Tudo o que se faça para reforçar este setor trará, necessariamente, benef ícios para Coimbra e para a região Centro.

Criar esse cluster exigiria uma união de todas as entidades da área da saúde da cidade e da região. Isso ainda é possível? Essa união será absolutamente fundamental. Mas tenho cada vez mais dúvidas que de que venha a ser conseguida. Na realidade, o que vejo é que continuam a proliferar as questões e os interesses pessoais, as minudências político-partidárias, as pressões e as decisões baseadas em critérios falacio-

A saúde é uma das poucas áreas em que Coimbra continua a ser uma das referências nacionais. Tudo o que se faça para reforçar este setor trará benefícios para Coimbra e para a região

A Fa c u l d a d e d e M e d i c i n a d a Universidade de Coimbra é uma das faculdades de referência na área da saúde. Neste percurso, que vertentes privilegiou? A Faculdade de Medicina foi, é, e continuará a ser, uma das Faculdades de referência na área da saúde e uma das Faculdades de referência da própria universidade. A Direção cessante procurou dar atenção a todas as vertentes que devem caracterizar a ação de uma Escola Médica: ensino e formação, investigação científica, prestação de serviços, controlo de qualidade e parcerias nacionais e internacionais. A Faculdade tem a consciência plena de que não é possível ser líder em todas as áreas da saúde. E por isso definiu áreas estratégicas para a sua atuação, entre as quais destaco, a título de exemplo, o envelhecimento e os cuidados paliativos. Essas foram áreas a que procurámos dar particular atenção. Mas a área especialmente privilegiada foi a medicina dentária, na qual renovámos todo o equipamento do ensino pós-graduado e deixamos lançada e financiada uma futura renovação de todo o equipamento do ensino pré-graduado. Era uma área que estava (e continuará a estar) particularmente necessitada de

uma atenção especial. A abertura à comunidade e a prestação de serviços especializados pode considerar-se uma aposta ganha? A FMUC sozinha gera hoje mais receita do que todas as outras Faculdades juntas. E isso deve-se muito à prestação de serviços que concretiza em diversas áreas, mas sobretudo no domínio da citogenética e da anatomia patológica. Tem sido uma aposta ganha, mas a verdade é que se poderia fazer ainda muito mais, se existisse o estímulo e os apoios necessários para tal. É fundamental investir se quisermos crescer. E a Faculdade não tem autonomia para contratar pessoal, nem tem encontrado recetividade aos seus reiterados pedidos neste sentido. Tal como não tem obtido resposta aos pedidos de reforço orçamental para renovação e aquisição e novos equipamentos. A investigação científica e clínica são também prioridades para a faculdade? A investigação científica deve constituir uma das prioridades para qualquer instituição de ensino superior e, desde logo, para uma Escola Médica, Não existe progresso sem investigação. Não se amplia o conhecimento e não se melhora a atividade assistencial sem investigação. Não existe qualidade de ensino sem investigação. Foi uma das nossas prioridades e reforçámos substancialmente as exigências em termos de investigação científica no âmbito da admissão e progressão na carreira académica. A atual direção empenhou-se na melhoria do processo pedagógico, desenvolvendo várias reformas? Foi efetivamente nesta direção que se iniciou, e que tem decorrido, a nova reforma curricular do Curso de Mestrado Integrado em Medicina. Representou

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Em entrevista ao DIÁRIO AS BEIRAS, Duarte Nuno Vieira, diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC), destaca as áreas estratégicas que guiaram o desenvolvimento da faculdade, com realce para a investigação e a prestação de serviços especializados à comunidade. Lamenta as dificuldades em torno da conclusão das obras no Polo das Ciências da Saúde, que pioraram as condições de funcionamento da FMUC, e a excessiva centralização por parte da anterior equipa reitoral


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um avanço muito significativo relativamente ao processo pedagógico anterior. Está agora a chegar ao fim o primeiro curso médico totalmente ministrado no âmbito desta reforma. Decorreu sem sobressaltos significativos e os resultados têm sido muito positivos, mas será, ainda assim, o momento para uma reflexão profunda sobre esta experiência e sobre a eventual necessidade de introdução de alguns ajustes que permitam melhorar ainda mais a formação médica ministrada. Iniciou-se, também, o processo de reforma curricular do Mestrado Integrado em Medicina Dentária. Mas deram-se muitos outros passos significativos e relevantes no âmbito do processo pedagógico, nomeadamente e a título de exemplo, a revisão do regulamento pedagógico da Escola, a elaboração de guias, para a elaboração de testes, o incremento dos cursos de formação pedagógica para docentes, o reforço dos Gabinetes de Educação Médica e de Estudos Avançados, etc.. Mais lenta tem sido a conclusão das instalações da Faculdade de Medicina e do Polo das Ciências da Saúde. A situação do Polo das Ciências da Saúde é algo de absolutamente lamentável. Para além das deficiências e insuficiências que o caraterizam e que o afetarão para sempre, e que são resultado de um mau planeamento, a circunstância de se ter iniciado um novo Polo sem se ter assegurado a possibilidade da sua conclusão total num período aceitável, são um mais um exemplo do como a gestão universitária da universidade tem deixado, em múltiplos aspetos, muito a desejar. A FMUC tem vivido em condições muito difíceis, que têm condicionado substancialmente o seu regular funcionamento. Há que dizer que a Faculdade de Medicina, em termos de instalações, está hoje em condições muito piores do que aquelas de que dispunha há 20 anos atrás. Neste aspeto não houve evolução, mas sim um substancial retrocesso...

O que destacaria das alterações verificadas na FMUC durante os dois mandatos em que foi diretor da Faculdade de Medicina de Coimbra? Em termos de equipamento, a renovação iniciada no equipamento da Medicina Dentária. Em termos de instalações, a finalização e entrada em

A gestão de uma Faculdade encontra-se muito dependente da excessiva centralização que a Reitoria entendeu concretizar no mandato Reitoral anterior

funcionamento da Subunidade 3. Em termos de investigação, a liderança do projeto MIA, que tinha sido iniciado pela anterior direção e que foi finalizado por esta e onde a FMUC e os seus elementos, pese embora a participação de outras instituições, tiveram um papel absolutamente decisivo e fulcral, sem o qual não teria sido possível o financiamento de 15 milhões de euros que foi obtido. Em termos pedagógicos, salientaria de novo o lançamento da nova reforma curricular do MIM bem como o arranque do ensino médico em Cabo Verde. Em termos financeiros, o controlo completo das contas da Faculdade, que permitiu nomeadamente que passasse a ser possível pagar a todos os seus docentes, pondo-se fim a mais de 150 docentes que lecionavam graciosamente sem qualquer remuneração. Em termos académicos, salientaria a definição clara de regras

de progressão na carreira académica, hoje norteadas pelo mérito e com claro estabelecimento de critérios mínimos de mérito absoluto para os diferentes graus da carreira concretizados nos editais de concursos. Mas o que mais deve ser destacado não é o é que feito, é o que ficou por fazer. E isso é o que verdadeiramente me preocupa e que, espero, preocupe também o próximo diretor. Estou longe de estar satisfeito com o trabalho concretizado. Nestes mandatos conseguiu concretizar os projetos a que se propunha? Que balanço faz? De forma alguma. A gestão de uma Faculdade encontra-se muito dependente da excessiva centralização que a Reitoria entendeu concretizar no mandato Reitoral anterior. Que representa a antítese do caminho que tem sido percorrido pelas universidades de vanguarda no panorama internacional. E a FMUC não foi de forma alguma uma prioridade para a anterior equipa Reitoral, por muito que se possa ter procurado dar a entender o contrário. As contínuas limitações orçamentais, a ausência de contratação de pessoal técnico e de investigação, nem mesmo para substituir os que se aposentaram ou fizeram outras opções profissionais face à ausência de perspectivas, ou a falta de investimento em renovação do parque tecnológico, são apenas alguns dos exemplos das múltiplas limitações que condicionaram fortemente a concretização da maioria dos projetos. Acrescendo que o esforço brutal que é necessário despender para se conseguir concretizar aquilo que é absolutamente óbvio e deveria ter uma resolução simples e célere, acaba por roubar muito do tempo e das energias necessárias, diria mesmo por criar uma intensa desmotivação. E a desmotivação é algo que cresceu imenso no seio da Universidade de Coimbra, tal como na própria cidade de Coimbra. Combatê-la, deve ser, aliás, uma prioridade para a atual equipa Reitoral. | Dora Loureiro

INSTITUTO AVANÇADO DE UROLOGIA

Instituto Avançado de Urologia: INSTITUTO AVANÇADO DE UROLOGIA Excelência em cuidados médicos

Foi em 2012 que se iniciou este projeto do Instituto Avançado de Urologia (IAU), tendo um objetivo em mente, a excelência em cuidados médicos de urologia

SANFIL Av. Emídio Navarro, n.º 11 2.º Andar - Coimbra 239 092 880

IDEALMED Praceta Robalo Cordeiro (Circular Externa de Coimbra) Piso 1 - Coimbra 910 681 515

CliRia Av. do Brasil, 21 3800-009 Aveiro 234 400 700

Dr. António Guilherme de Oliveira

Hoje em pleno 7º ano deste projeto verificamos existir já um caminho de sucesso sustentado em qualidade e diferenciação, percursor fundamentado SANFIL IDEALMEDde tudo o que ainda está para vir. CliRia principais técnicos do IAU: Av. Emídio Navarro, n.º 11Em resumo, aqui estão os Praceta Robalomarcos Cordeiro Av. do Brasil, 21 2.º Andar - Coimbra (Circular Externa de Coimbra) 3800-009 Aveiro da próstata em menos de uma semana este  Junho 2013 – realização da primeira Piso 1 cancro - Coimbra projeto prostatectomia 239 092 880 radical robótica; 910 681 515 é inovado a nível nacional e permite uma 234alta 400 700 taxa de cura com rápido regresso à condição anterior;  Novembro de 2013- início do programa Outubro 2017 – Início do programa de terapia focal de enucleação prostática a Laser Greenlight do cancro da próstata; (pioneiros a nível europeu); Maio 2019– Realização da 100.ª enucleação Outubro de 2014 – realização da primeira prostática (centro líder a nível nacional); biópsia prostática de fusão (pioneiros a nível Junho 2019 –Realização da 600.ª fotovaporização nacional); da próstata c/ Greenlight (centro líder a nóvel  Novembro de 2014 – realização da primeira nacional) cirurgia micro-percutânea renal (pioneiros a nível nacional); Maio 2016 – Inauguração do centro de estudos urológicos do IAU, que vai permitir a Julho 2019 – Início do programa REZUM realização de todos os exames urológicos num de tratamento não invasivo da hiperplasia só espaço; benigna da próstata (tratamentoinovador Maio 2017 – Projeto Seven, que permite o e inédito em Portugal) diagnóstico, estadiamento, e tratamento do


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Laboratórios e distribuidores de medicamentos da região apresentam crescimento sustentado É apenas em cinco concelhos que têm sede as principais estruturas de produção e distribuição de medicamentos na região centro: Coimbra, Mortágua, Tondela, Condeixa-aNova e Montemor-o-Velho. Atendendo ao aumento do consumo de fármacos em Portugal, os valores de faturação destas empresas acompanha o crescimento

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ais de 10 mil milhões de euros foi o total da despesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS) no mercado farmacêutico canal farmácia de ambulatório em 2018. Trata-se de um crescimento aproximado de 3.3% em valor, e 1.9% em unidades, segundo dados IQVIA Portugal, empresa que desenvolve estudos que avaliam o consumo e tendências dos medicamentos e produtos do setor. Entretanto, de acordo com dados da Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (APIFARMA), o mercado ambulatório registou vendas de quase dois mil milhões de euros. Este crescimento substancial é justificado pela entrada no mercado de novas moléculas inovadoras, o que melhora o acesso aos medicamentos. No mercado de genéricos verifica-se também crescimento em termos homólogos. De acordo com dados do INE, em Portugal, as exportações de bens da indústria farmacêutica (medicamentos e outros produtos farmacêuticos) tiveram um aumento substancial desde 2013, passando de 682 milhões de euros para 1.067 milhões de euros no total do ano passado. Cinco laboratórios farmacêuticos e três empresas distribuidoras É neste contexto que laboram os cinco grandes laboratórios farmacêuticos e as três grandes empresas distribuidoras de medicamentos da região Centro. No primeiro caso, ou seja em relação à produção farmacêutica, afirmam-se na região os grupos internacionais Fresenius Kabi/Labestal (em Santiago

de Besteiros, Tondela), a FHC Farmacêutica/Laboratórios Basi (Mortágua), a Labialfarma (Mortágua), a Medinfar/Farmalabor (Condeixa-a-Nova) e a Bluepharma (Coimbra). Foi em 2005 que a multinacional Fresenius Kabi comprou a Labesfal-Laboratórios Almiro, multiplicando por 20 os quatro milhões de euros de exportações da época, o que representa, atualmente, cerca de 10% da exportação em medicamentos de produção nacional. Emprega 650 trabalhadores. A nível de faturação, no ranking 2018 das maiores empresas do distrito de Viseu, a insígnia Labesfal surge em 4.º lugar, com quase 123 milhões de euros e um crescimento de 6%. A Fresenius Kabi, líder do grupo, e apresentada como grossista do setor, tem um volume de negócios de 21,5 milhões de euros, crescendo 14%. FHC/Laboratórios Basi e Labialfarma produzem medicamentos para o mundo a patir de Mortágua No concelho vizinho de Mortágua, são dois os grandes grupos do setor. Por um lado a FHC/Laboratórios BASI, alvo de investimento recente de 40 milhões de euros (50% de financiamento da Europa) e criação de mais 100 postos de trabalho, num total superior a 200. Já antes, também o ano de 2012 foi um marco para a FHC com a transferência dos Laboratórios Basi de Coimbra para Mortágua e a inauguração de uma nova unidade de produção. Os números de faturação de 2017 apontam para 57 milhões de euros de euros da FHC e 24,7 milhões dos Laboratórios BASI, a crescer a dois dígitos. O outro grupo com sede em Mortágua é a Labialfarma - Laboratório de Produtos Farmacêuticos e Nutracêuticos, que recentemente adquiriu as

instalações da antiga empresa de equipa- Rua Adriano Lucas, em Eiras, anunciando um mentos hoteleiros, Bafel, na Zona Industrial investimento global de 48 milhões de euros, das Lameiras, no concelho de Santa Comba não só no novo edifício, mas também na área Dão, onde pretende instalar, até ao final de contígua as instalações de São Martinho do agosto, a administração da empresa. A La- Bispo. bialfarma venceu recentemente um concurso internacional da Organização Mundial de Subsetor da distribuição A estes cinco grupos de produção farmaSaúde (OMS) para utilizar a canábis como componente destinado a produção de novo cêutica, na fileira do medicamento da região fármaco para doenças raras, consideradas Centro, juntam-se três estruturas grossistas e muito graves ou de elevado risco. Com cerca de distribuição. À cabeça surge a Cooperativa Plural, com de 17 milhões de euros e 310 trabalhadores, sede na zona norte de Coimbra (Pedrulha), cresceu 12% em 2017. Mais para o litoral, o Grupo Medinfar aposta na antiga fábrica da cerveja, desde 2017. A nos produtos de prescrição médica, incluindo recuperação do edifício industrial revela um genéricos, nas áreas respiratórias, na diabetes reconhecido trabalho de arquitetura, aliás, e, mais recentemente, na obesidade, passando recentemente premiado a nível nacional. Com uma faturação a rondar quase 196 mipela área da dermatologia. No concelho da Amadora estão a sede e os serviços centrais, lhões de euros em 2017, emprega 291 pessoas. Em grande crescimento está a Empifarma, enquanto no concelho de Condeixa-a-Nova, situa-se a Unidade de Produção Industrial – com sede em Montemor-o-Velho, que registou Farmalabor. Com 18,2 milhões de euros de volumes de faturação de 116 milhões em 2017 faturação, cresceu 16% em 2017, registando e 143,6 milhões em 2018 (valor já atualizado), representando um acréscimo de 23% e presen120 postos de trabalho. ça diária em cerca 2.800 farmácias, distribuídas Na cidade de Coimbra, a Bluepharma passou sdsdsdsdsdsds de uma unidade industrial que empregavadsdsdsdsdsdsdsdsds 58 por todos os distritos do território nacional e sdsdsdsdsdsd uma quota de mercado de 7% em valor e 8.6% pessoas há 18 anos – quando foram adquiridas as instalações da Bayer (fábrica de aspirinas em unidades, segundo dados mercado IQVIA. Com um volume de negócios estável, a ronem São Martinho do Bispo) – para um grupo económico de 18 empresas, que emprega cerca dar 19,5 milhões de euros em 2017 (mais 6% de 600 colaboradores. Abriu delegações em do que no ano anterior) e 21 funcionários, a seis países (Espanha, Angola, Moçambique, Proquifa, com sede na Adémia, Coimbra, fecha Chile, Brasil e EUA) e exporta a sua produção o ranking do setor de distribuição e comerciapara mais de 50 países. Recentemente adquiriu lização de medicamentos na região Centro. as antigas instalações da cooperativa Plural, na | António Rosado

produção e distribuição

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Farmalabor Produção a crescer acima dos dois dígitos João Almeida Lopes, director-geral do Grupo Medinfar, fala sobre o crescimento da produção da unidade industrial farmacêutica, situada em Condeixa-a-Nova, que pertence ao Grupo Medinfar. Sublinha ainda os investimentos previstos na unidade, que pretende afirmar-se como “uma unidade de produção farmacêutica de referência europeia”

O consumo de fármacos em Portugal aumentou em 2018 (dados da IQVIA), bem como o volume de exportações da indústria de produção nacional de medicamentos. Como se situa a Farmalabor neste contexto? O consumo de medicamentos aumentou em Potugal, ainda que apenas marginalmente, sendo que existem vários factores que podem contribuir para este fenómeno. Maior acesso à saúde e medicamentos. População mais envelhecida. Situação económica do pais mais estável. A Farmalabor, uma vez que é a fábrica do Grupo Medinfar mas também pelo facto de produzir para outros Grupos Farmacêuticos Nacionais e Internacionais, tem vindo a aumentar a sua produção anual. Nos últimos

anos o crescimento do número de unidades produzidas tem sido sempre acima de dois digitos. Quais foram os investimentos realizados pela Farmalabor na última década, e quais os que estão previstos? O investimento em processos e tecnologia, bem como em recursos humanos, tem sido bastante elevado nos últimos anos. Só assim temos conseguido atrair mais produção para a unidade fabril de Condeixa. No decorrer do triénio de 2019 até 2021 prevemos investir cerca de 10 milhões de euros, com o objetivo de continuar a melhorar a nossa capacidade industrial e continuar a evoluir do ponto de vista tecnológico. Queremos ser uma

Que tipo de medicamentos, ou outros produtos (cosméticos ou suplementos alimentares) são fabricados na Farmalabor? A Farmalabor tem autorização de fabrico para medicamentos de uso humano e veterinário, estando também apta para a produção de cosméticos e suplementos alimentares.

unidade de produção farmcêutica de referência europeia. De que forma se situa a Farmalabor no contexto regional, com fábrica em Condeixa-a-Nova? Actualmente o Grupo Medinfar tem três pólos: Amadora – sede com serviços centralizados; Condeixa – unidade industrial Farmalabor; e Casablanca onde está a filial marroquina. Foi em 2000 que se começou a desenhar a nossa estratégia de centralização da produção na unidade de Condeixa onde têm sido feitos os maiores investimentos. Condeixa situa-se numa zona muito central do País, com boas acessibilidades, o que se tem revelado importante para o nosso crescimento. A Farmalabor continuará a ser o

Como é a que a Farmalabor encara a necessidade constante de investimento e atualização num mercado global tão competitivo? A nossa maneira de estar é desde sempre desafiar para a melhoria continua. Nesse sentido, e sendo realmente um mercado muito competitivo e à escala global, o investimento tem que estar sempre presente. A actividade de produção farmacêutica realizada na Farmalabor é estratégica para o Grupo Medinfar e acreditamos que será uma das áreas mais fortes do Grupo. Vamos continuar a investir. Atendendo ao nível de especialização tecnológica, como encara a formação de recursos humanos que são recrutados pela empresa,

especialmente atendendo à especificidade geográfica? Este assunto é altamente relevante. Vivemos numa época em que o desemprego nacional é o mais baixo dos ultimos anos, o que é extremamente positivo. No entanto, é preci-

A Farmalabor continuará a ser o centro produtivo do Grupo Medinfar e por isso, inevitavelmente Condeixa continuará a ser um dos maiores palcos de crescimento do Grupo

so prever as necessidades de recursos humanos para o plano de expansão que temos pela frente. É algo que temos vindo a fazer e que pretendemos continuar a fazer para o Futuro. Têm assumido um papel crítico as

parcerias com as escolas especializadas da região, quer ao nível técnico profissional quer de licenciatura/ mestrado. São estas parcerias que nos permitem responder às necessidades cada vez mais exigentes de especificidade tecnológica. Qual é a capacidade de produção de embalagens, e de que tipos? Depende sempre da tipologia de produtos. Hoje produzimos comprimidos , cápsulas, saquetas, frascos de liquidos e cremes, etc… Diria que numa situação ideal de full-capacity andariamos por volta dos 50 milhoes de unidades produzidas. Contamos que este número venha a aumentar, fruto do nosso plano de desenvolvimento Futuro. Em relação às tipologias de embalagens, estamos sempre abertos a avaliar novas hipóteses, dependendo das necessidades dos nossos parceiros. Qual o volume de negócios da Farmalabor em 2018 e quais as expetativas de crescimento? A Farmalabor pertence ao grupo farmacêutico Medinfar e como tal gostamos de analisar a facturação pelo valor consolidado do Grupo. Em 2019 esperamos que o valor de facturação supere os 60 milhões de euros. | António Rosado

produção e distribuição

centro produtivo do Grupo Medinfar e por isso, inevitavelmente Condeixa continuará a ser um dos maiores palcos de crescimento do Grupo.

O diretor-geral da Farmalabor, unidade de produção com sede em Condeixa-a-Nova, anuncia que, no triénio 2019/21, se prevê um investir de cerca de 10 milhões de euros na capacidade industrial e no desenvolvimento tecnológico

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produção e distribuição

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Dezenas de organismos do Estado na gestão do setor da saúde As estruturas centrais administradas diretamente pelo Ministério da Saúde funcionam em paralelo com outras de administração indireta e geograficamente descentralizadas. As Ordens Profissionais e Associações Profissionais são parceiras da administração governamental, nomeadamente na gestão e reconhecimento da formação e competências dos recursos humanos

A

nível nacional, a Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) é apenas uma de 18 entidades da estrutura do Ministério da Saúde, onde também se integram as restantes quatro ARS do território continental. Para além disso, a rede de serviços de saúde é de tal modo complexa que não é fácil perceber onde acabam as responsabilidades e competências atribuídas a este ou aquele instituto, cada um deles com as respetivas direções e estrutura de recursos humanos. Sob a alçada direta da ministra da Saúde estão as duas respetivas secretarias de Estado, o Conselho Nacional de Saúde e a Entidade Reguladora da Saúde (ERS), esta última com atividade importante, “pública e independente”, para a “regulação da atividade dos estabelecimentos prestadores de cuidados de saúde, do setor público, privado e social, excetuando as farmácias”. Assume a supervisão dos estabelecimentos prestadores de cuidados de saúde, avaliando os requisitos para o exercício da atividade, direitos de acesso aos cuidados de saúde e dos demais direitos dos utentes, legalidade e transparência das relações económicas entre os diversos operadores e observação concorrência no sector da saúde”. Administração direta e indireta do Estado Mais abaixo existem três patamares: primeiro de Administração Direta (onde funcionam a Inspeção-

Geral das Atividades em Saúde e a Direção-Geral da Saúde (DGS), entre outros); em segundo lugar de Administração Indireta (com os pelouros do INFARMED, INEM, ADSE e Administrações Regionais de Saúde) e, em terceiro lugar, o Setor Público Empresarial, fundamentalmente para fazer a coordenação dos hospitais. No caso da referida DGS (sob administração direta), trata-se de um “serviço central do Ministério que existe para “coordenar e desenvolver Planos e Programas de Saúde, coordenar e assegurar a vigilância epidemiológica, regular e garantir a qualidade em saúde e, entre outros, acompanhar o Centro de Atendimento do Serviço Nacional de Saúde”. Gestão dos recursos financeiros financeiros e instalações Por outro lado, existe a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), que é um instituto público, criado em 2007, que tem como missão, entre outras, “assegurar a gestão dos recursos financeiros e humanos do Ministério da Saúde e do Serviço Nacional de Saúde (SNS), bem como das instalações e equipamentos do SNS, e proceder à definição e implementação de políticas”. Outra das entidades da saúde é o IGAS (Inspeção-Geral das Atividades em Saúde), que realiza inspeções, ações de auditoria, fiscalização; ações disciplinares ou contraordenacionais. Em complemento, a SPMS (Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, EPE) existe, segundo a

própria explicação, para prestar serviços partilhados – nas áreas de compras e logística, serviços financeiros, recursos humanos e sistemas e tecnologias de informação e comunicação – às entidades com atividade específica na área da saúde, de forma a “centralizar, otimizar e racionalizar” a aquisição de bens e serviços no Serviço Nacional de Saúde. A nível regional, a ARSC têm por missão garantir à população da respectiva área geográfica “o acesso à prestação de cuidados de saúde de qualidade, adequando os recursos disponíveis às necessidades em saúde e cumprir e fazer cumprir o Plano Nacional de Saúde na sua área de intervenção”. São atribuições de cada ARS, entre outras, assegurar “as políticas globais e setoriais, com vista à optimização dos recursos disponíveis; colaborar na elaboração do Plano Nacional de Saúde e acompanhar a respectiva execução a nível regional e desenvolver e fomentar atividades no âmbito da saúde pública, de modo a garantir a protecção e promoção da saúde das populações. Como parceiros do Ministério da Saúde, representando as diversas profissões de formação superior do setor, afirmam-se as Ordens dos Médicos, dos Enfermeiros e dos Farmacêuticos, bem como a Associação Portuguesa dos Licenciados em Farmácia (APLF) ou a Associação Portuguesa dos Técnicos de Análises Clínicas e Saúde Pública (APTAC). | António Rosado

Quadro com organigrama do ministério da Saúde

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Fonte: Ministério da Saúde


Rosa Reis Marques, presidente da Administração Regional de Saúde do Centro

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ARSC “Apenas 1,2% dos utentes não têm médico atribuído” na região “Houve um salto qualitativo muito grande, a nível do atendimento, acessibilidade e humanização” na área da saúde, afirma a presidente da Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC), Rosa Reis Marques, em entrevista ao DIÁRIO AS BEIRAS. Fala de uma região envelhecida, com uma população a viver cada vez mais tempo, da reorganização dos serviços e dos novos projetos Como estão os índices de saúde da região Centro? A população da região Centro é, atualmente, de 1.663,8 mil habitantes, com uma redução superior a 2% entre os últimos censos. É uma população envelhecida, com quase 25% de cidadãos com idade superior a 65 anos, e apenas 12% com menos de 15 anos, com um índice de envelhecimento (201) superior ao do continente (158). Como sabe, a natalidade tem vindo a diminuir progressivamente nas últimas décadas. Na região, verificam-se sete nascimentos por cada 1000 habitantes, e o índice de fecundidade, ou seja, o número de filhos por cada mulher em idade fértil, é de 1,2, está entre os mais baixos do mundo, comprometendo fortemente o crescimento populacional. Temos então uma região francamente envelhecida, com uma população a viver cada vez mais atempo… A sobrevida da população na região Centro é elevada, com Esperança Média de Vida à nascença de 81 anos – para ser mais rigorosa 84 nas mulheres e 79 nos homens –, é das mais elevadas a nível internacional. Contudo, essa elevada sobrevida não é caraterizada por elevado padrão de qualidade de vida/ausência de doença: numa esperança média de vida aos 65 anos de mais 19 anos, apenas seis são acompanhados por ausência de doença crónica ou algum tipo de incapacidade, ao contrário do desejável e que ocorre em países mais desenvolvidos que chegam aos 12 anos de ausência de doença crónica. Religando à sua pergunta anterior, como determinantes com impacto importante na saúde da população da região Centro, temos o consumo

elevado de tabaco - 25% dos homens e 11% das mulheres acima dos 15 anos são fumadores, sendo que entre os 24 e 35 anos esses valores atingem 46% e 22% respetivamente – o elevado sedentarismo, dois em cada cinco adultos não praticam qualquer exercício físico, a obesidade, com valores crescentes e preocupantes de obesidade infantil e juvenil, o consumo elevado de álcool, em que 80% dos homens e 50% das mulheres consome regularmente bebidas alcoólicas, o stress social, com escolaridade muito aquém do que se verifica nos países mais desenvolvidos – 20% não têm o ensino básico completo, só 13% completam o secundário e apenas 11% o ensino superior – um PIB per capita baixo e significativamente inferior ao do continente – quase 3% da população com RSI e muitos idosos com pensão de velhice. Das principais causas de mortalidade, refiro o crescimento progressivo da mortalidade por doença oncológica (241%000) e a aproximar-se das doenças cardio-cerebrovasculares (297%000). São também importantes causas as doenças respiratórias (117%000) seguidas das doenças digestivas (42%000) e dos acidentes (39%000). Relativamente à mortalidade precoce, 35% dos anos de vida potencias perdidos são devidos a doença oncológica, 15% a acidentes, e 13% às doenças do aparelho circulatório. Face a este quadro, a ARSC vem definindo estratégias de ação que têm como objetivo o combate aos principais problemas diagnosticados através de programas e projetos de intervenção em cuidados de saúde primários, dirigidos aos cidadãos, nas áreas da literacia e promoção da saúde (promoção da

saúde em meio escolar, promoção da alimentação saudável, promoção do exercício físico e vida ativa saudável) em parceria com stakholders da comunidade, no diagnóstico precoce, através dos rastreios oncológicos, rastreios de visão infantil e de retinopatia diabética), na área da saúde materno infantil e planeamento familiar, da saúde mental e prevenção de comportamentos aditi-

Pessoas a viverem cada vez mais é um ótimo indicador, mas com qualidade de vida, pelo que precisamos de trabalhar ainda muito para melhorar este aspeto vos e dependências, a nível da vigilância da saúde de adultos, cuidados continuados integrados, a nível de cuidados domiciliários e aumento progressivo, e continuado, do número de unidades e de camas na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI). A saúde materno-infantil tem na região índices de excelência, mas o Centro tem também uma das maiores taxas de envelhecimento do país. No que respeita à saúde maternoinfantil continuamos com bons indicadores, como já referi e sublinho. A

mortalidade infantil tem tido valores continuadamente baixos, inferiores ao continente e dos mais baixos a nível internacional. Nesta área, interessa-nos manter e melhorar o que ainda podemos melhorar. Como lhe referi anteriormente, a região Centro apresenta o segundo índice mais elevado de envelhecimento do Continente, que tem vindo a aumentar nas últimas décadas. O aumento dos efetivos populacionais idosos, a par do decréscimo acentuado da natalidade, introduziram alterações significativas na pirâmide etária da região, com estreitamento da base, o que configura um cenário de acentuado envelhecimento populacional. Pessoas a viverem cada vez mais é um ótimo indicador, mas com qualidade de vida, pelo que precisamos de trabalhar ainda muito para melhorar este aspeto. A estruturação do funcionamento do setor dos Cuidados Primários de Saúde em Agrupamentos de Centros de Saúde (ACeS) foi positiva? Os ACeS correspondem a uma mudança na gestão tradicional dos centros de saúde, e pelos resultados conhecidos a nível do grau de satisfação dos utentes, e dos próprios profissionais, podemos concluir que sim. Têm a grande responsabilidade de planear e gerir os cuidados de saúde primários na sua área geográfica, tendo em atenção, entre outros fatores, as necessidades em saúde das populações que servem. É sobretudo através das suas unidades funcionais – unidades de saúde familiar, unidades de cuidados na comunidade, unidades de cuidados de saúde personalizados e unidades de saúde pública – que desenvolvem ativamente  essa área.

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Como está, na região, o acesso dos cidadãos aos cuidados de saúde primários, nomeadamente a atribuição de médico de família a todos os utentes? Neste momento, e para ser rigorosa, 97,62% dos utentes dos nossos cuidados de saúde primários têm médico de família atribuído, com 0,48% sem médico por opção. Atualmente, apenas 1,2% dos utentes não têm médico atribuído. Com a entrada de 54 novos médicos de Medicina Geral e Familiar agora, em julho, vamos certamente assegurar mais médicos de família nas nossas unidades de saúde. A criação de Unidades de Saúde Familiar (USF) e de Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP), entre outras medidas, tem contribuído para uma maior proximidade dos cuidados de saúde à população? Sem dúvida. Acompanhar e tratar em proximidade são condições essenciais no primeiro patamar de cuidados de saúde. As USF, pela sua matriz, preconizaram uma nova fase de prestação de cuidados de saúde, centrados no cidadão e orientados para resultados. Houve um salto qualitativo muito grande, a nível do atendimento, acessibilidade e humanização a partir do momento em que se substituiu a organização tradicional em centros de saúde para agrupamentos de centros de saúde. Esta evolução passou, e passa também, por uma melhor rentabilização dos recursos humanos e uma mais eficaz articulação entre cuidados de saúde primários e hospitalares. Nesta interligação entre estes dois níveis assistenciais, a região Centro foi pioneira, e está a fazer um esforço de generalização de acordos de internalização em alguns meios complementares de diagnóstico (MCDT), através da plataforma GPR-SNS. Trata-se do recurso, em primeira instância, a outras entidades do Serviço NS para a realização de alguns MCDT, antes do recurso a entidades privadas/sociais, de modo a maximizar a utilização da capacidade instalada no SNS. Destaco ainda, no âmbito desta interligação de cuidados, a deslocação de médicos especialistas aos centros de saúde,

como por exemplo em ortopedia, psiquiatria entre outras especialidades em curso, e a telesaúde, que tem vindo a constituir um importante recurso, muito utilizado nas unidades de saúde do interior, com destaque em dermatologia e cardiologia. Permita-me ainda acrescentar, na interligação dos cuidados hospitalares com os cuidados de saúde primários, que está em projeto piloto na região a fase 1 do VAI, a referenciação eletrónica de utentes com alta hospitalar para os CSP para continuação de cuidados. Está já em curso na Figueira da Foz e Baixo Vouga. Irá, previsivelmente, iniciar com o resto do Baixo Mondego/CHUC este ano.

Neste momento, e para ser rigorosa, 97,62% dos utentes dos nossos cuidados de saúde primários têm médico de família atribuído, com 0,48% sem médico por opção

São conhecidas situações de falta de médicos, e outros profissionais de saúde, em alguns centros de saúde do interior. O que está a ser feito para resolver as carências na área dos recursos humanos na região Centro? Posso adiantar-lhe que neste último concurso para médicos para os ACeS da região Centro as vagas foram preenchidas a 100%, o que nos deixou muito satisfeitos. Têm sido conhecidas, e reconhecidas, as dificuldades na fixação de profissionais de saúde no interior, mas temos sempre tentado colmatar essa dificuldade, recorrendo à cooperação inter-hospitalar, não esquecendo os incentivos atribuídos pelo Governo para a

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fixação dos médicos nas regiões mais carenciadas.

Carlos Cortes, presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos

O número de camas da rede de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) tem vindo a crescer na região Centro. O acesso dos utentes a estas unidades é satisfatório? Desde a criação da RNCCI até agora crescemos de forma muito significativa. Começámos com 300 camas e hoje oferecemos 2.400 lugares/camas nas diferentes tipologias, acrescentando que temos 743 utentes da rede que são cuidados em casa por equipas de apoio domiciliário. Estamos confortáveis, mas conscientes que com o envelhecimento da população – note-se que os CCI não são apenas para idosos, mas para todos os que deles necessitem, independentemente da idade – estes cuidados nunca são excedentários. O projeto de hospitalização domiciliária está a avançar? Temos praticamente todos os nossos hospitais com unidades de hospitalização domiciliária. A sua criação veio possibilitar, com acréscimo de conforto para os doentes, um tratamento mais adequado de determinadas patologias, contribuindo assim para a diminuição dos riscos de infeção hospitalar e para uma gestão mais eficaz de camas de internamento nos hospitais. Se me permite, dado que a sua pergunta remete para uma alínea da reorganização interna dos hospitais, gostaria também de referir o programa que estamos a implementar para a redução, idealmente eliminação, dos tempos de espera superiores a 1 ano em 1.ª consulta de especialidade e cirurgia. Identificámos os hospitais e especialidades mais problemáticas da região e solicitámos a esses hospitais medidas concretas e metas até final do ano. Em concreto, e no caso da consulta, estamos a trabalhar com o CHUC em ORL e Ofatlmologia, com a ULS Guarda em Oftalmologia e Ortopedia, com o CHL em Ortopedia e CHTV em Urologia. Na cirurgia, e porque os problemas não estão tão localizados nem têm tanto volume, estamos a acompanhar as situações ainda assim mais problemáticas. | Dora Loureiro

Ordem dos Médicos “É preciso dar mais atenção ao SNS” Carlos Cortes, presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos, alerta que “nenhum sistema de saúde no mundo sobrevive ao atual financiamento insuficiente. As dificuldades são numerosas, desde a falta de recursos humanos, ao planeamento dos recursos de forma ineficaz há décadas, aos equipamentos obsoletos ou simplesmente falta deles onde deveriam existir”, afirma O Serviço Nacional de Saúde (SNS), tal como o conhecemos, acessível a todos, tendencialmente gratuito e de grande qualidade, pode estar a ser posto em causa? O SNS está constantemente a ser posto em causa, a ser testado, a sofrer instabilidade. É natural que isso possa acontecer dadas as dificuldades que o país tem atravessado. O que não é natural é a resposta que os governantes estão a dar a essas dificuldades. O SNS é das conquistas sociais, humanas e políticas mais importantes das últi-

mas décadas. Sou um médico do SNS e reconheço as suas imensas virtudes. Mas reconheço, também, que é preciso dar-lhe mais atenção. As dificuldades são numerosas, desde a falta de recursos humanos, ao planeamento dos recursos de forma ineficaz há décadas, aos equipamentos obsoletos

Não tenho nenhuma dúvida em afirmar que a situação dos hospitais e dos centros de saúde piorou nos últimos anos

ou simplesmente falta deles onde deveriam existir. Falta coragem para implementar reformas ou concretizar as que foram iniciadas. Nenhum sistema de saúde no mundo, e o SNS é considerado como dos melhores exemplos de sistema público de saúde, sobrevive ao atual financiamento insuficiente, 

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à falta de organização e ao desprezo pelos seus próprios profissionais de saúde. Considera que os governos não têm feito o investimento necessário para manter a qualidade do SNS? Lamentavelmente, os ministros da Saúde, incluindo a atual ministra, têm sido incompetentes na resolução dos problemas da saúde em Portugal. Muitos deles, e é também o caso atualmente, demonstram um profundo desconhecimento dos problemas do setor. Não basta ler relatórios. É preciso conhecer a realidade, conhecer o terreno e respeitar o papel notável que desenvolvem diariamente os profissionais de saúde. Quando a Ministra da Saúde pede mais sacrifício aos profissionais para resolver os problemas da saúde demonstra que pouco percebe deste setor. Quem não entende este setor será incapaz de resolver os seus problemas. Os seus mandatos têm ficado marcados pela denúncia de situações de falta de médicos, bem como de carências relativas às instalações. Nestes domínios, quais são as situações que a Ordem dos Médicos considera mais preocupantes na região Centro? Há também uma preocupação com os equipamentos das unidades de saúde, que a não serem renovados correm o risco de ficarem obsoletos? Existem tantos problemas, tantas denúncias que têm chegado à Ordem dos Médicos que seria dif ícil apontar para uma única unidade de saúde. Não tenho nenhuma dúvida em afirmar que a situação dos hospitais e dos centros de saúde piorou nos últimos anos. A preocupação da Ordem dos Médicos tem sido expressar publicamente porque, infelizmente, assistimos a um incompreensível imobilismo dos dirigentes da Saúde. Há uma espécie de asfixia passiva (e ativa) do SNS. Quem trabalha nos hospitais e centros de saúde, bem como os doentes que recorrem a essas unidades, sabem bem desta situação. Neste contexto, as exigências que a Ordem dos Médicos coloca na formação médica têm sido fundamentais para manter a qualidade do SNS?

Não tenho nenhuma dúvida em afirmar que a situação dos hospitais e dos centros de saúde piorou nos últimos anos

A Ordem dos Médicos e os próprios médicos são exigentes com a sua formação. A procura permanente pela melhoria e pela manutenção da qualidade faz parte da essência da Medi-

cina. Esta exigência tem garantido o reconhecimento dos médicos além fronteiras. Os médicos portugueses são procurados em todo o mundo, sem restrição. Isso deve-se à grande qualidade da sua formação. Infelizmente nesse campo, a Ordem dos Médicos também tem testemunhado muitas dificuldades e atropelos. A título de exemplo: A situação vivida no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) é extremamente preocupante já que muitos médicos em formação estão a ser colocados no serviço de urgência com o único intuito de substituir médicos especialistas em falta. É errado, desde já, porque deveria existir um maior esforço para a contratação de mais médicos especialistas e porque há um prejuízo irremediável da qualidade da formação dos médicos. Este é só um dos maus exemplos da desvaliação que se tem feito da formação médica. Não é o único. A meu ver, isto não é defender o SNS, é prejudicá-lo a médio e a longo prazo. Acho que o CHUC, como hospital universitário, deveria ser um exemplo, um bom exemplo porque tem condições únicas para poder ser uma referência nacional. São prejudicados médicos em formação de algumas especialidades, em última instância, serão prejudicados os doentes. O que é necessário para garantir a subsistência, com qualidade, do SNS? Cabe ao Ministério da Saúde pôr em prática as decisões que permitiriam reverter a progressiva degradação do SNS. Coube aos sucessivos Ministérios anteriores - porque não é um problema atual – é, aliás, um problema de décadas de desinvestimento financeiro e em recursos humanos. O que é verdadeiramente necessário é ter a coragem e a boa-vontade para travar esta degradação. Sem o empenho dos governos - ainda que com um bom sistema de saúde como é o SNS, com profissionais dedicados e mesmo que existisse financiamento adequado - não se conseguirá sair deste turbilhão de degradação. Não basta prometer, ter boas intenções. É preciso concretizar as mudanças e humanizar. | Dora Loureiro


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