29.º Aniversário - "Região de Coimbra em Festa"

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Região de Coimbra em festa

Este especial faz parte integrante do DIÁRIO AS BEIRAS de 15 de abril de 2023 e não pode ser vendido separadamente
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29 anos mantendo uma matriz de actualização constante

111 Celebrar 29 anos é assinalar uma data que, por não ser ‘redonda’ , merece ser reflectida em alguns aspectos relevantes, do nosso ponto de vista.

E a primeira reflexão é a de que afinal não nascemos ontem!!

Sejam-nos permitidas estas breves referências à História do Diário As Beiras — que é a nossa história e merece ser referida.

Em 1991, o semanário As Beiras — que viria a transformar-se no Diário As Beiras — tem o seu início num enquadramento em que a ideia dominante era: “fazer um jornal novo é impossível”, “não haverá mercado, não serão capazes de se manter, face aos media existentes na altura”.

E foi a vontade — e porque não, a visão do nosso Administrador, Sr. António Teixeira [permitam-me ainda falar como se fosse presente] — que determinou a emergência de algo que todos concebiam irrealizável!!

E, sorte a minha, eu estive nesse, convite inicial que agradeço e que surgiu de uma coincidência de contactos conhecidos, centralizados pelo Sr António Teixeira. Que soube criar condições de uma equipa, a todos os títulos enorme e equiparável com jornais de nível nacional.

E alguns dos colegas dessa equipa inicial ainda se encontram connosco, 29 anos depois!

E em 1991 o conhecimento da matéria jornalística, nas suas diferentes cambiantes era bem diferente da que é hoje! Embora os desafios continuem a ser, em muitos aspectos, semelhantes!

E o Diário As Beiras afirmou-se, desde logo, como um jornal fresco:

- na forma e modo de se apresentar graficamente face aos media seus próximos;

- nos conteúdos e na informação que passou a disponibilizar aos seus leitores.

O Diário As Beiras, ao longo dos tempos, teve e tem essa matriz de

informação:

— um jornal diferente, que não faz o caminho dos media comuns;

— um jornal diferente, porque procura profissionalmente dar informação segura e séria aos seus leitores, lutando por uma informação desejavelmente independente e isenta.

— um jornal útil, porque, por estas características, se contrasta com a informação comumente disponibilizada. Porque responde [tenta responder] às necessidades que o seu público leitor tem.

E isso não se fez sem erros de percurso, sem correcções de trajectória, sem reorientações, que assumimos e tentámos corrigir. Mas esta é uma das características de qualquer projecto de vida, humano!

Mas, característica constante do projecto do Diário As Beiras: a preocupação de servir bem, de ser elemento positivo na dinâmica social da população que serve!

E essa preocupação, que diariamente nos orienta, vai-se concretizando na atenção que temos vindo a dar à nossa publicação online, sempre focada na produção de informação actualizada, mas útil, sólida mas recolhendo o que de mais recente e melhor está a disponibilizar-se.

A nossa publicação online, seja na página web, no Facebook ou no instagram, não privilegia o entretenimento, a distracção fútil e sobretudo apresenta-se como credível , útil , para quem nos acompanha, nos segue.

A nossa edição digital da publicação diária do Diário As Beiras, com cerca de 35000 envios disponibilizados, diariamente, é igualmente prova da grande aceitabilidade recebida, o que, sem grandes exageros, nos permite afirmar que nos grandes centros urbanos da região de Coimbra haverá poucas pessoas que não recebam a edição diária do Diário As Beiras, em documento digital!

Mas esta nossa preocupação de acompanharmos os tempos vai igualmente concretizar-se na importância que progressivamente iremos dar à comunicação audiovisual, com novos conteúdos que afirmarão ainda mais a forma da marca Diário As Beiras, seja no plano da edição papel , seja no plano da edição digital dessa publicação, seja na produção de conteúdos digitais, nas nossas habituais plataformas de comunicação ou na produção de novos conteúdos-formas de comunicação.

E isso não nos leva a entrar na moda simplista recente de que “o futuro é só digital”: o que se conhece dos processos cognitivos de leitura, dos processos culturais em que todos estamos envolvidos, recusa isso.

Sem desvalorizar a resposta prática ao acesso à leitura, que o digital possibilita e a sua amplificação, esses estudos também reforçam a ideia que o contacto, a leitura em suporte físico, tem um índice de apreensão mais forte porque mais ajustado ao ritmo individual de leitura.

A ‘desmaterialização’ total das plataformas de comunicação é, por isso, um ‘doença infantil dos tempos’ que traduz apenas a necessidade de nos adaptarmos e melhorarmos a forma de fazer informação jornalística.

E o caminho será sempre o de possibilitar aos nossos leitores o desenvolvimento de um sentido crítico, de um aumento de consciência cidadã, de desenvolver cidadania de corpo completo. Que só a imprensa séria possibilita e deve fazer!

E é isto que caracteriza a nossa matriz de seriedade e solidez na produção de um jornalismo de qualidade — mesmo que isso nem sempre nos traga agrado ou simpatia!

António Cerca- TP n.º 1015,

ASSEMBLEIA GERAL José Carlos Madeira de Jesus (presidente); Vitória da Silva Teixeira (secretário) CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Pedro Miguel da Silva Teixeira (presidente); Rosinda da Silva Teixeira (vice-presidente); Patrícia Sofia Batista Pereira Forte (vogal)

DIRETOR Agostinho Franklin- CP-TE-n.º 842 agostinho.franklin@asbeiras.pt

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abertura
Agostinho Franklin diretor
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COMISSÃO
Ivo Magalhães (presidente) DIREÇÃO
REDAÇÃO CHEFE DE REDAÇÃO Dora Loureiro - CP n.º 1306A, dora.loureiro@asbeiras.pt,
Marques (repórter coordenador) - CP n.º 1602A, paulo.marques@ asbeiras.pt, Afonso Pereira Bastos -CP n.º 8314, afonso.bastos@
n.º 3714A, jose.torres@asbeiras.pt, Jot’Alves (Figueira da Foz)- CP n.º 4928A, jot.alves@asbeiras.pt, Patrícia Cruz Almeida - CP n.º 4253A, patricia.almeida@asbeiras.pt, Pedro Ramos – CP n.º 7265A, Ana Catarina Ferreira – CP n.º TP-408(repórteres fotográficos) DEPARTAMENTO GRÁFICO COORDENADORA Carla Fonseca, carla.fonseca@asbeiras.pt, Danuiela Alves, Daniela Marques e Victor Rodrigues PROJETO GRÁFICO A. Franklin DEPARTAMENTO COMERCIAL E ADMINISTRATIVO Ana Paula Ramos, Cristina Mota, João Ribeiro, Margarida Fernandes, Mónica Palmela, Rosa Pereira COORDENAÇÃO NFORMÁTICA Samuel Costa ESTATUTO EDITORIAL www.asbeiras.pt o meu jornal, a minha região PROPRIEDADE Sojormedia Beiras SA Coordenação Paulo Marques/A.Franklin Texto Jot’Alves/Carnaval | Patrícia Cruz Almeida/ Chanfana | Margarida Mar /Fim-de-Ano | Paulo Marques/Lampreia | Dora Loureiro /Natal | Emanuel Pereira /Rally de Portugal | Afonso Pereira Bastos /Expofacic | Patrícia Cruz Almeida /Alvaiázere Afonso Pereira Bastos /Cantanhede António Cerca Martins /Coimbra Bruno Gonçalves /Condeixa-a-Nova | Jot’Alves /Figueira da Foz Daniel Filipe Pereira /Góis | António Rosado /Lousã | António Rosado /Mealhada Jot’Alves /Mira | Patrícia Cruz Almeida /Miranda do Corvo Margarida
EXECUTIVA
Paulo
asbeiras.pt,
antonio.cerca@asbeiras.pt, António Rosado - CP n.º 4921A, antonio.rosado@asbeiras.pt, Bruno Gonçalves- CP n.º 5934A, bruno.goncalves@asbeiras.pt, Emanuel Pereira - CP n.º 7611A, emanuel.pereira@asbeiras.pt, Daniel PereiraTP n.º 1147, daniel.pereira@asbeiras.pt, José Armando Torres-CP
Mar /Mortágua | Paulo Marques /Montemor-o-Velho Daniel Filipe Pereira /Oliveira do Hospital Margarida Mar /Pampilhosa da Serra | Igor Moita /Penacova | Bruno Gonçalves /Penela | José Armando Torres /Soure José Armando Torres /Tábua | António Cerca Martins /Vila Nova de Poiares | fotografia | Ana Catarina Ferreira, |e| Miguel Almeida, Pedro Ramos e DR Paginação | Carla Fonseca
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Diário As Beiras distingue personalidades

Para assinalar o 29.º aniversário, o DIÁRIO AS BEIRAS distinguiu, como é habitual, pessoas e instituições que se destacaram pelo trabalho de áreas – Desporto; Cultura; Marca; Carreira; Solidariedade; Turismo; Empreendedorismo; Inovação; Ensino; Investigação/Ciência –, a

Prémio

Desporto

Diogo Ribeiro

Aos 18 anos, é considerado o maior fenómeno da Natação portuguesa. Passou por clubes como Eirense, Fundação Beatriz Santos, de Lordemão, CNAC e União 1919, de onde transitou para o Benfica, em 2021. É o recordista mundial júnior dos 50 metros mariposa. Em 2022, nos Mundiais de Juniores do Peru, conquistou três medalhas de ouro

Prémio Cultura

CAE - Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz

Inaugurado em 2002, tem o nome do presidente da Câmara que o idealizou e lançou, Dr. Pedro Santana Lopes. Desde então, impôs-se nas rotas dos grandes espetáculos nacionais e internacionais. Foi também precursor de vários centros de artes e espetáculos que, desde então, se multiplicaram pelo país, alguns assumindo até a mesma denominação

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personalidades e instituições da Região de Coimbra

trabalho e projetos realizados no ano passado. À semelhança de anos anteriores, o critério assentou no mérito aferido em uma dezena a que acresce um Prémio Tributo Carreira, outorgado a uma figura especial que nos deixou recentemente: Joaquim Norberto Pires

Prémio Carreira

Teresa Mendes

Prémio Marca EFAPEL

Fundada em 1978, em Serpins, no concelho da Lousã, é hoje uma marca de excelência no mercado mundial de soluções elétricas. Tem 470 trabalhadores e faturou, em 2022, 60 milhões de euros. Já em 2023, anunciou um rebranding da marca, com nova identidade visual

É professora catedrática jubilada da FCTUC, no Departamento de Engenharia Informática. Foi pró-reitora da Universidade de Coimbra de 1990 a 1994, e vice-reitora de 1994 a 1998, com o pelouro de Instalações e Equipamentos. Nesses cargos, deu início à concretização do Polo II da Universidade, com a construção dos departamentos das diversas engenharias, bem como desenvolveu o Plano Geral das Instalações da Universidade. Entre 1999 e 2022 foi presidente da Direção do Instituto Pedro Nunes, e de 2003 a 2022 da IPN-Incubadora, sua Incubadora de Empresas

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Prémio Solidariedade Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro

Desenvolve projetos e iniciativas de solidariedade e apoio aos doente e às famílias, nomeadamente ao nível jurídico, psicológico, social, ocupacional e emocional. Uma das faces visíveis do seu trabalho são os voluntários que apoiam os doentes no IPO

Prémio Empreendedorismo

Olympus

A Olympus aposta na criação de soluções nas áreas da indústria médica, ciências da vida e equipamento industrial. Em Portugal, tem instalações em Torre de Vilela e no Coimbra iParque – que é o principal centro de reparações desta área de negócio na Europa, Médio Oriente e África

Prémio Turismo 10 anos de Património Mundial da UNESCO

A Universidade de Coimbra, Alta e Sofia formam um conjunto arquitetónico que integra, desde há uma década ( 2013 ), a lista do Património Mundial da Humanidade pela UNESCO – classificação que contribuiu para dinamizar o turismo na cidade

Prémio Inovação MIA Portugal

O projeto MIA-Portugal (Instituto Multidisciplinar do Envelhecimento) tem como objetivo construir o primeiro centro de referência no sul da Europa focado no estudo dos processos biológicos do envelhecimento para promover o envelhecimento saudável e ativo. Lançado pela Universidade de Coimbra (UC), em parceria com a CCDRC e o Instituto Pedro Nunes, entre outros parceiros, o MIA conta com um investimento global de 50 milhões e ficará instalado no futuro edifício UC Biomed, no polo das Ciências da Saúde da UC

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Prémio Ensino Campus UC

Figueira da Foz

Criado e instalado na Quinta das Olaias, por protocolo celebrado entre a Universidade de Coimbra e o Município da Figueira da Foz, o novo campus da UC na Figueira da Foz já foi inaugurado. Nasceu de um encontro de vontades e de visão do reitor da UC, Amílcar Falcão, e do presidente da Câmara da Figueira da Foz, Pedro Santana Lopes

Prémio

Tributo Carreira

Joaquim

Norberto Pires

Professor universitário, especialista em robótica e automação, e ex-presidente da Comissão de CCDRC, Joaquim Norberto Pires morreu em agosto de 2021, aos 55 anos. Foi presidente do Coimbra iParque e vereador da Câmara de Condeixa. Autor de artigos de opinião para a imprensa regional e nacional. Foi, até ao seu passamento, colunista do DIÁRIO AS BEIRAS

Prémio Investigação /Ciência

Amândio Cupido dos Santos

Fisiologista, professor da Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física da Universidade de Coimbra e investigador da ADAI - Associação para o Desenvolvimento da Aerodinâmica Industrial, trabalha com os principais atletas olímpicos portugueses, das especialidades de atletismo, canoagem, ciclismo

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Este é um caderno de registo da capacidade realizadora do espaço territorial da Região de Coimbra, enquanto comunidade de 19 municípios. Ao longo das páginas que se seguem, procuraremos identificar e detalhar os principais eventos que já ocorreram ou vão acontecer no ano em curso, em cada concelho e também, de forma transversal, com impacto alargado ao todo do território

Exaltar o espírito empreendedor e a iniciativa da Região de Coimbra

111 Em cada ano, o DIÁRIO

AS BEIRAS celebra o seu aniversário com a publicação de um caderno especial focado nas valências e nas potencialidades do espaço regional que nos envolve.

A Região de Coimbra, enquanto comunidade de 19 municípios com identidade e relevo políticoadministrativo próprios – pese embora a sua diversidade geográfica e socio-económica – é definitivamente o nosso território de referência.

Arganil, Cantanhede, Condeixa-a-Nova, Coimbra, Figueira da Foz, Góis, Lousã, Mealhada, Mira, Miranda do Corvo, Montemoro-Velho, Mortágua, Oliveira do Hospital, Pampilhosa da Serra, Penacova, Penela, Soure, Tábua e Vila Nova de Poiares são, então, o nosso ponto de partida para este trabalho.

Em cada um destes 19 concelhos vamos identificar três grandes eventos, com projeção extramunicipal. Cabem neste contexto as festas e romarias concelhias, um roteiro gastronómico, uma feira, um festival de música ou uma realização cultural ou desportiva de referência.

Eventos concelhios e transversais ao território Para além destes três eventos, vão também listar um conjunto de outros, de menor dimensão mas nem por isso de menor importância, ao nível concelhio. Noutro plano de abordagem, vamos olhar a região de forma transversal e encontrar um conjunto de eventos que, pela sua abrangência intermunicipal ou pela sua incidência em mais do que um concelho, tem relevo próprio e condição para vingar.

Estão neste âmbito realizações que dispensam apresentação, como os festivais gastronómicos em torno de iguarias como a lampreia ou pratos típicos locais como a chanfana.

Estão ainda aqui incluídos os eventos de época, que são já uma referência supra regional. É o caso das festas de réveillon, que já ganharam espaço próprio em Coimbra, na Figueira da Foz ou na Praia de Mira. É o caso também do Natal, que tem espaço reservado nos castelos de Montemor-o-Velho e de Penela mas que já começa a surgir noutros lugares.

Estratégia da Região de Coimbra Como a própria Comunidade Intermunicipal assume, na sua página oficial, a Região de Coimbra tem vindo a ensaiar uma nova abordagem ao desenvolvimento regional.

Um caminho que assenta numa estratégia supramunicipal que, respeitando a autonomia política de cada município, permita uma intervenção mais forte junto dos agentes económicos, sociais e culturais no sentido de potenciarmos os valores da Região e de a afirmar no contexto nacional.

Ao longo do tempo, tem havido crescente preocupação em sistematizar e disponibilizar a informação sobre a multiplicidade de eventos ao nível dos 19 concelhos da Região de Coimbra. Tem, também, havido o cuidado de congregar vontades e articular eventos.

Não viajaremos, ainda, em velocidade de cruzeiro neste barco comum de iniciativas, no que respeita ao território da Região de Coimbra. Mas, como se diz amiúde, o caminho faz-se caminhando...

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carnaval

Região de Coimbra tem dos melhores carnavais do país

O Carnaval é uma tradição que se celebra, de diferentes formas, em vários concelhos da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra. A Figueira da Foz, a Mealhada e Mira são três dos municípios que levam muito a sério esta festa popular que reúne centenas de foliões e milhares de pessoas. Cada um à sua maneira, os seus eventos carnavalescos são um cartaz turístico

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Pedro Agostinho Cruz
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carnaval

111 O Carnaval é uma das mais celebradas tradições em Portugal. Na Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra assinala-se esta efeméride em muitos dos seus municípios. No entanto, são os corsos lusobrasileiros da Figueira da Foz e da Mealhada que mais foliões e espectadores juntam.

De resto, aqueles são os concelhos que mais investem nesta tradição, há muito transformada num importante cartaz turístico.

Caretos da Lagoa

Mira aposta no tradicional Entrudo, com os Caretos da Lagoa a manterem uma tradição enraizado naquele município há cerca de 200 anos.

Os carnavais da Figueira da Foz e da Mealhada sãos dos mais frequentados e conhecidos do país. Em comum, além da multidão e dos vários dias de festa, têm a fusão do Entrudo com a suntuosidade da festa carnavalesca brasileira.

Uma receita que tem funcionado e que, aliás, se repete em várias localidades do país, com sucesso semelhante.

Samba na Mealhada e na Figueira da Foz Na Figueira da Foz e na Mealhada existem várias escolas de samba, o que confirma que, nestes

concelhos da Região de Coimbra, faz-se a festa ao ritmo do Brasil. Isto apesar de ser inverno, mas para uma boa festa qualquer estação do ano é adequada.

Em 2022, ainda sob restrições da pandemia, o único Carnaval com desfiles realizado no país foi o da Figueira da Foz. Os

demais concelhos com tradição de corsos carnavalescos optaram por cancelar a festa.

A autarquia figueirense arriscou e ganhou, com milhares de pessoas na avenida do Brasil, em Buarcos, e com uma repercussão mediática (positiva) sem precedentes na cidade-praia.

Receita de sucesso

Nos dois últimos anos, coincidindo com o atual mandato autárquico de Santana Lopes, a Figueira da Foz optou por escolher reis locais do Carnaval. A autarquia figueirense também ganhou esta aposta. Já a Mealhada mantém na corte carnavalesca mo -

narcas conhecidos do grande público, ou seja, figuras mediáticas, portuguesas e brasileiras, opção que também tem obtido bons resultados.

Na Figueira da Foz e na Mealhada, também há lugar para foliões espontâneos e crítica popular.

É desta simbiose do Entrudo e do Carnaval que resultam duas animadas e concorridas festas que levam milhares de pessoas a estes municípios.

Datas a ter em conta para o ano de 2024

A terminar, fica um conselho: no próximo ano de 2024, tenha em atenção as datas de, pelo menos, 11 (domingo) e 13 (terça-feira) de fevereiro, embora as festas de Carnaval sejam mais do que dois dias.

Na Figueira da Foz, na Mealhada ou noutros município da Região de Coimbra, há muitos pretextos para celebrar a mais popular festa pagã em Portugal.

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carnaval desfiles a não perder

Sábado

É neste dia que começa o Carnaval, com diversos eventos alusivos. Na Figueira da Foz e na Mealhada, a noite fica por conta das escolas de samba locais. Os Caretos da Lagoa de Mira também fazem das suas, neste e nos dias seguintes do Entrudo

Domingo

Neste dia, realiza-se o primeiro grande desfile de Carnaval, tanto na Figueira da Foz como na Mealhada. Se a meteorologia colaborar, ambos os desfiles juntam milhares de pessoas e centenas de foliões

111 A Figueira da Foz já foi considerada a Rainha das Praias de Portugal. Os tempos são outros, mas a cidade da foz do Rio Mondego continua a ser, no retângulo da República Portuguesa à beira-mar plantado, um dos mais procurados destinos turísticos do país. Não é só na época balnear que a Figueira da Foz regista uma elevada procura, já que as festas da Passagem de Ano e o Carnaval, em Buarcos, também são eventos que levam milhares de forasteiros à cidade.

O S. João também se afirma como um postal turístico popular.

Figueira da Foz – Desfiles na avenida do Brasil Mealhada brinda à festa grande

As festas de Carnaval na Figueira da Foz celebram-se durante vários dias.

O desfile infantil abre, na sexta-feira, o programa. Segue-se o desfile noturno das escolas de samba do concelho – Unidos do Mato Grosso, A Rainha e Novo Império -, no sábado, à noite, o primeiro “ensaio geral” conjunto, que também costuma juntar milhares de pessoas na avenida do Brasil. Porém, são os corsos de domingo e de terça-feira os mais frequentados, a não ser que a meteorologia não esteja para festas.

111 A Mealhada, município da Região de Coimbra, é um dos mais dinâmicos concelhos da CIM e uma referência nesta comunidade intermunicipal. A cidade da Mealhada, por seu lado, realiza desde há décadas, um dos mais conhecidos (e reconhecidos) carnavais de Portugal.

A Mealhada leva o Carnaval muito a sério. E gosta particularmente do ritmo da festa que chegou do outro lado do Oceano Atlântico. De resto, apesar da sua dimensão e do número de habitantes, existem quatro escolas de samba

no concelho – Amigos da Tijuca, Batuque, Real Imperatriz e Sócios da Mangueira (a mais antiga).

Não obstante, a Mealhada também privilegia o Entrudo, com diversas iniciativas inseridas no programa de Carnaval, como, por exemplo, o desfile trapalhão. O baile de gala é outros dos momentos altos do cartaz.

A dinâmica incutida na organização do Carnaval da Mealhada, e a forma como rentabiliza o cartaz, é uma fonte de inspiração para outros municípios que também celebram esta festa com intuitos turísticos.

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Pedro Agostinho Cruz
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carnaval

Mira mantém tradição DR

111 O concelho de Mira realiza um Carnaval diferente. Neste território da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra são os homens que animam a festa. Nomeadamente, os Caretos da Lagoa de Mira. É uma tradição antiga, que se repete todos os anos e sobre a qual já foram publicados vários livros. Este desfile tradicional realiza-se há cerca de 200 anos.

A tradição manda que um grupo de homens, com indumentária e máscaras carnavalescas, percorra o concelho, abordando os transeuntes com “provocações”, sobretudo do sexo

carnaval desfiles a não perder

Segunda-feira

Continua a respirar-se Carnaval, depois do desfile dominical e antes do último corso, no dia próprio

feminino. Mas é Carnaval, ou Entrudo, e ninguém leva a mal. Os caretos saem para a rua sem avisar a que horas vão fazer das suas.

Mais de uma dezena de homens mascarados, de diversos escalões etários, percorrem o concelho com os seus trajes característicos – em alguns casos, herdados de várias gerações de antepassados.

Os Caretos da Lagoa de Mira percorrem cerca de 20 quilómetros a pé por várias localidades do concelho. Não se cansam, porque desfilam por gosto pela tradição.

Terça-feira

O Carnaval chega ao fim, com o derradeiro grande desfile. Neste evento popular, todos são reis e rainhas da festa, mas, na Figueira da Foz e na Mealhada, há “monarcas” que sobem ao trono

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Mais do que consolo para o estômago, a chanfana é uma especialidade gastronómica presente nos momentos mais importantes da vida de alguns municípios da região serrana do Centro de Portugal. Não há certezas sobre a origem desta receita. Mas o que importa é que este prato de excelência é já fator de coesão territorial

A chanfana é rainha de festivais gastronómicos da região

Ingredientes

Carne de cabra velha; vinho tinto; alho; louro; sal.

Modo de preparação

Corta-se a carne aos bocados, que se colocam numa caçoila de barro.

111 É um dos pratos mais emblemáticos da região serrana do Centro de Portugal. Tanto assim é que os concelhos de Vila Nova de Poiares e de Miranda do Corvo reclamam para si a origem deste prato típico que tem também forte implantação nos concelhos vizinhos da Lousã e Penela e também em Góis. Conscientes da importância de se conjugarem vontades pelo bem de todos, os municípios de Lousã, Miranda do Corvo, Penela e Vila Nova de Poiares uniram-se num projeto de divulgação de um dos mais emblemá-

ticos pratos da região: desde 2018, a Associação de Desenvolvimento do Ceira e Dueça (Dueceira), que reúne Lousã, Poiares, Miranda do Corvo e Penela, tem vindo a valorizar a gastronomia em torno da marca “Terras da Chanfana”, distinguida como uma das “7 Maravilhas à Mesa de Portugal”.

À volta desta “marca” assumem especial protagonismo produtos de Denominação de Origem Protegida (DOP) como o Mel da Lousã e o Queijo Rabaçal, mas também o vinho, o azeite, a castanha e a marca Licor Beirão, para além das paisagens

e do património monumental, além da chanfana – iguaria à base de carne de cabra, assada com vinho tinto em caçoilas de barro.

A conhecida e regional receita de carne de cabra velha cozinhada em vinho tinto num caçoilo de barro tem conquistado cada vez mais apreciadores. E também por isso, todos os anos, chanfana tem sido a “instigadora” de eventos e festivais gastronómicos: em Vila Nova de Poiares, a “Semana da Chanfana”, decorreu entre os dias 13 a 23 de janeiro; na Lousã, o Festival Gastronómico da Chanfa-

na realizou-se de 17 a 26 de fevereiro.

Segue-se, em Miranda do Corvo, a iniciativa “Sabores da Cabra Velha – Chanfana, Negalhos e Sopa de Casamento”, que decorre de 21 de abril a 1 de maio. A natureza e o património podem ser a capa de um convite para uma visita à região, mas, para muitos, é a gastronomia e os aromas que enchem a alma e se tornam irresistíveis.

A carne de cabra, o vinho tinto, o forno de lenha e os caçoilos de barro preto são os elementos fulcrais a partir dos quais existe chanfana.

A carne devidamente condimentada, temperada e totalmente coberta com o vinho tinto, vai a assar em forno a lenha, cerca de quatro horas, e serve com batatas cozidas e grelos.

Os condimentos, esses variam (mas pouco), e cada concelho tem a sua tradição e história. Em Miranda do Corvo, por exemplo, usa-se o caçoilo de barro vermelho e em Vila Nova de Poiares o caçoilo de barro preto. Mas, o que importa mesmo é que este prato de excelência é já fator de coesão territorial e considerado património nacional.

Tempera-se com sal, cabeças de alho inteiras, colorau, pimenta e louro. Cobre-se com vinho tinto. Vai ao forno de lenha, previamente aquecido. Durante o tempo em que a chanfana está a assar, normalmente cerca de 4 horas, a boca do forno deve manter-se completamente vedada com barro. Geralmente, a chanfana confeciona-se na véspera de ser consumida. Assim, deixa-se ficar no forno até à hora de ser servida. Nessa altura, o barro é picado para se abrir a porta do forno. Serve-se, geralmente, com batata cozida e grelos.

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Chanfana
99305 27 Anos 1996/2023 SLK 200 Kompressor 2005 13.950 €
receita
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Chanfana

Lousã Festival Ga stronómico da Chanfana

111 Mais do que definirem a origem precisa desta iguaria, alguns estudiosos definem que a chanfana é parte integrante da cultura e da herança gastronómica da Serra da Lousã, resultado da atividade pastoril, frequente noutras épocas, perante a natureza pobre dos solos e a geomorfologia sinuosa com características xistosas.

De 17 a 26 de fevereiro, a chanfana voltou a ser um dos produtos integrantes de uma das 7 Maravilhas à Mesa. O Festival Gastronómico da Chanfana que integra a Região Europeia da Gastronomia, decorreu em 19 restaurantes aderentes. Foi organizado pela Câmara Municipal da Lousã e apoiado pela Comunidade Intermunicipal da Região de

Coimbra, Turismo do Centro, Dueceira “Terras da Chanfana”, Aldeias do Xisto, Delta, Cooperativa Lousamel, Licor Beirão, Vinhos Quinta de Foz de Arouce e Fábrica de Pastelaria São Silvestre.

O festival é, aliás, um dos eventos âncora do calendário de animação do concelho e, integra a estratégia de promoção turística e económica do município.

No ano passado, por exemplo, mais de 6.000 doses foram vendidas durante o do Festival Gastronómico da Chanfana. A iguaria, bem como a sopa de casamento e a doçaria específica do festival fizeram as delícias dos milhares de comensais que visitaram a Lousã e aproveitaram a sua oferta gastronómica e turística.

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Chanfana

Mira nda do Corvo Sabores da cabra velha

111 Reza a lenda que a chanfana terá surgido no Mosteiro de Semide. De acordo com informações da Câmara Municipal de Miranda do Corvo, até finais do século XIX, todos os agricultores e rendeiros eram obrigados ao pagamento dos foros. Assim, o mosteiro recebia, como forma de pagamento, galinhas, vinho, azeite, dias de trabalho, cabras e ovelhas. Durante o mês de agosto e até ao Dia de S. Mateus, as freiras de Semide recebiam as suas “rendas” e muitos pagavam com cabras e ovelhas. Ora, como as freiras não tinham disponibilidade nem meios para manter grandes rebanhos, descobriram uma fórmula para cozinhar e conservar a carne, aproveitando o vinho que lhes era também entregue pelos rendeiros. Surge, assim, a chanfana que era religiosamente guardada ao longo do ano nas caves frescas do mosteiro. A carne assada no vinho mantinhase no molho gorduroso solidificado durante largos meses.

Há ainda uma outra versão que defende que a receita da chanfana nada tem a ver com o Mosteiro de Semide, mas apenas com as invasões francesas.

Diz-se, então, que, quando as tropas francesas andaram pela região da Lousã e de Miranda do Corvo, a população envenenou as águas para matar os franceses. Mas era preciso cozinhar a carne habitualmente consumida (de cabra e de carneiro) e, como a água estava envenenada, utilizou-se o vinho da região.

Criada em 2003, a Real Confraria da Cabra Velha tem-se empenhado na preservação das características e na divulgação dos pratos tradicionais da região, como é exemplo a chanfana, os negalhos e a sopa de casamento.

De destacar, ainda, o restaurante Museu da Chanfana, em Miranda do Corvo, onde os pratos são confecionados seguindo a receita genuína e os métodos mais tradicionais são algumas das iguarias disponíveis naquele espaço.

Quem quiser provar a iguaria pode fazê-lo já em abril: o município de Miranda do Corvo retoma a realização da Semana Gastronómica da Chanfana – desta vez com o nome “Sabores da Cabra Velha”. Vai acontecer entre os dias 23 abril e 1 de maio.

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Chanfana

Vila Nova de Poiares Semana da Chanfana em janeiro

111 Vila Nova de Poiares é destino gastronómico através da oferta de um prato confecionado em “caçoilo de barro preto de Olho Marinho, essencial para a chanfana de qualidade, que tem uma originalidade e singularidade únicas naquele concelho, garantem os poiarenses.

Ex-líbris da gastronomia da Beira Serra, a chanfana tem, em Vila Nova de Poiares, um dos seus principais baluartes, não é por acaso que o município voltou a promover, em colaboração com a Confraria da Chanfana (criada em 2001), uma semana dedicada à iguaria que, aliás, já faz parte do roteiro gastronómico da região –(que decorreu no início do ano, de 13 a 23 de janeiro).

Este é um dos eventos maiores do concelho, em que a chanfana se torna o centro das atenções na ementa dos diversos restaurantes do concelho, chegando à mesa a fumegar depois de assada em caçoilos de barro preto de Olho Marinho, com vinho tinto de qualidade.

Há, no entanto, outras iguarias que comprovam a excelência da gastronomia poiarense,

como o arroz de bucho e os negalhos também de outras regiões vizinhas, sem esquecer o doce regional – o “poiarito” –, inspirado nos doces conventuais. Refira-se que, nas edições de 2020 e 2019, a Semana da Chanfana “atraiu” 10 mil visitantes ao concelho de Vila Nova de Poiares.

Prato por excelência da região Centro, este prato típico é indissociável das romarias e de outras festividades. É assim hoje, como foi outrora. De tal modo que a chanfana é referenciada em escritos desde o século XVII (Miguel de Cervantes, Bocage, Nicolau Tolentino, Miguel Torga, entre outros), que referem a esta iguaria como um prato de subaproveitamento, que teria aparecido do povo. Os que tinham menos poder económico aproveitavam tudo o que poderia originar uma boa refeição, tudo que tinham em casa: a cabra – que já não dava leite nem cabritos; o vinho – da própria adega, o louro, o alho e o azeite.

A chanfana terá “nascido” em tempos de escassez, mas sobreviveu até hoje, e tem cada vez mais admiradores.

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Fim de ano

Na Região Centro as três maiores festas de fim de ano repartem-se entre a cidade e a praia. E a rua é o local onde, por norma, tudo acontece, nesta festa popular e milenar criada para dar as boas vindas ao ano novo

Coimbra, Figueira da Foz e Mira são reconhecidamente os maiores anfitriões da região e, em comum, têm o facto de aliar fogo de artifício e música para vários gostos, mobilizando largos milhares de pessoas

111 São três os fins de ano de destaque na região. Coimbra, Figueira da Foz e Mira são, hoje, festividades com dimensão nacional.

Os três eventos, com reconhecida capacidade para mobilizar multidões, são na verdade mais do que uma festa, visto que se enquadram numa estratégia de alavancagem económica regional, que inclui não só o evento em si, mas os restantes serviços de apoio, como é o caso da hotelaria e da

Maiores festas de Fim de Ano na região Centro

restauração.

Estas passagens de ano, eventos em grande escala, são uma iniciativa municipal. Ainda assim, são diversas as empresas, que prestam serviços complementares.

Música para quase todos os gostos Como vem sendo hábito, Coimbra, Figueira da Foz e a Praia de Mira despedem-se do ano velho ao som de diferentes bandas e estilos musicais.

Grupos musicais de

renome - como os Gipsy Kings ou os D.A.M.A. (2022/2023) - partilham o palco com as bandas do momento, como os Per7ume ou os Insert Coin.

E é no centro das localidades que são montados diferentes palcos. No ano passado, em Coimbra, foram edificados três: um mais direcionado para a juventude (na Praça no Comércio), outro para as gerações mais velhas (na Praça 8 de Maio) e por fim, mas não em último lugar, o principal (no Lar-

go da Portagem).

Também os estilos musicais variam. Numa festa que se pretende de diversidade, a noite dá início ao som de géneros mais comerciais, que vão do rock ao pop, passando pela música popular. Mas nem a eletrónica fica de fora. Nos três locais, pela noite, dentro são os DJs que animam a festa. E é assim ao som de DJs como Raúl Mendes, DJ Stiff e muitos outros, que as celebrações continuam.

O fogo de artifício

Um dos momentos altos da noite é o fogo de artifício, que tem especial destaque junto ao mar.

De tal modo que, no réveillon anterior, na Figueira da Foz era possível assistir a espetáculos de pirotecnia em diversos locais - na Praia da Claridade, São Pedro e Quiaios.

A receção do Ano Novo

Nas três localidades geralmente o ano novo começa ao som das bandas cabeça de cartaz.

Coimbra recebeu os Gipsy Kings em 2023 e Figueira da Foz e Praia de Mira preparavam-se para acolher Os Quatro e Meia e os D.A.M.A. respetivamente, atuações que acabaram por não se concretizar por conta do mau tempo.

Uma realidade que não foi propriamente nova, para artistas e comerciantes, pois tal como sucedeu durante a pandemia, as festividades relacionadas com o fim de ano tiveram de ser canceladas.

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reveillon destaques

31 dezembro

O último dia do ano é para ser em grande, até porque o dia que se segue é feriado. É com muita música, convívio e dança que a população se despede do ano velho.

Coimbra a três palcos

O primeiro dia do ano é recebido em festa e com pompa e circunstância, com fogo de artifício e ao som de bandas de renome.

111 Dinamizar a Baixa da cidade durante três dias, dividindo o recinto das festas em três grandes áreas, cada uma com o seu palco – é o plano ao qual a Câmara de Coimbra tem dado forma nos últimos anos, e assim foi em 2022. Em causa está um réveillon com muita música e para vários gostos, distribuída por três palcos. O palco principal localizase no largo da Portagem, o da juventude na Praça do Comércio, e, por fim, o palco revivalista, na Praça 8 de Maio. Este último feito a pensar nas gerações anteriores, que, no ano passado, ao som de DJ Rui Tomé e Luís Pinheiro, puderam fazer uma viagem no tempo.

Os Gipsy Kings foram os reis da festa. A banda internacional não desiludiu, nem o tempo, que ao contrário do que sucedeu noutras localidades impediu a realização das celebrações. Música, dança e alegria marcaram as comemoração do novo ciclo que se iniciou, tirando partido da revitalização de umas das zonas mais nobres da cidade.

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29.º Aniversário Diário As Beiras

Fim de ano

111 Na Figueira da Foz fim de ano é sinónimo de festa de arromba, ou não fosse este um dos maiores e melhores réveillons do país, responsável pela deslocação de milhares de pessoas oriundas de diversos pontos do país.

Por norma, as festividades localizam-se nas zonas centrais desta cidade costeira, onde nem a praia fica de fora e nem toda a festa é na rua.

Apesar de, no ano anterior, ter sido montado um palco em frente ao Grande Hotel, o fogo de artifício foi visto, nos anos anteriores, com olhos postos entre o céu e o mar, repartindo-se por três praias: pela Praia da Claridade, Quiaios e São Pedro. Apesar de estar previsto, o espetáculo de pirotecnia não se realizou no ano passado devido à intempérie que se fazia sentir. A cidade da Figueira encontrava-se em alerta vermelho, tal como muitas outras zonas da região centro e, por conseguinte, os espetáculos acabaram por ser cancelados.

Ainda assim, dentro de portas a festa continuou, pois no Casino da Figueira, Herman José, figura incontornável do humor português, prosseguiu com o espetáculo. Lá fora a chuva e a trovoada faziam-se sentir.

111 Um dos réveillons que mais pessoas mobiliza é o da Praia de Mira. A fórmula do sucesso é simples: boa música, fogo de artifício, comida e bebida.

De todo o país chegam visitantes para uma festa de despedida do ano velho e de boas-vindas ao novo ano. Muitos vêm mesmo de Espanha, pois a festa é de arromba.

No ano passado, o mau tempo que se fez sentir obrigou a que as celebrações fossem canceladas. Os cabeça de cartaz eram, nada mais nada menos, do que os D.A.M.A., banda de renome, com provas dadas no mercado musical português e não só.

O mesmo sucedeu com os DJs Raul Lemos e Rich e Mendes, contratados para animar a festa ao som da eletrónica.

Com muita gente a suspirar por olhos postos no céu, e no mar como pano de fundo, também o fogo de artifício teve de ser cancelado. Nesta festa são, habitualmente, esperadas milhares de pessoas e das mais variadas idade, naquela que é uma das melhores passagens de ano do país.

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Figueira da Foz - a rua, a praia e o casino
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Mira Praia é sinónimo de festa
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Há coisas na vida, sobre as quais se ouve dizer: “ou se ama ou se odeia”. Parece ser esse o caso da lampreia, peixe de sabor particular, com aparência de cobra.

É importante recordar que a lampreia vive no mar, vindo à água doce do rio, entre janeiro e maio, deixar os seus ovos. Percorrer quilómetros contra a corrente, levando a que perca peso e gordura.

É nesta altura que a lampreia é apanhada, purificada em água doce durante dois ou três dias e “batida” – preparação fundamental para uma confeção de excelência.

Na região Centro, é desde há muito umas das iguarias diferenciadoras

Lampreia de excelência

111 De Gondomar, passando por Penafiel, Entre-os-Rios, São Pedro da Torre (Valença), Darque (Viana do Castelo), Ponte de Lima, Murtosa, Barcelos, Tomar, Monção, Esposende, Mação, Vila Nova da Barquinha, Sever do Vouga... entre outras localidades, um pouco por todo o litoral centro e norte, nas imediações dos grandes rios, a época da lampreia dá origem a múltiplos festivais gastronómicos.

Apreciada desde o império romano, são hoje diversos os seus modos de confeção. Os franceses da zona de Bordéus aprenderam a cozinhála em vinho – a famosa Lampreia à Bordalesa. Em

Portugal, apresenta-se, normalmente, acompanhada de arroz (seco ou de cabidela), mas também fumada ou de escabeche.

O rio Mondego

O maior rio português, o rio Mondego, é um dos mais procurados pelas lampreias para a desova. Historicamente, dois lugares, em particular, ganharam fama pela captura e confeção desta iguaria e também pelos festivais gastronómicos que se promovem à volta dela – Montemor-o-Velho e Penacova.

Para além dos restaurantes de pendor tradicional, especializados nesta iguaria, os muni-

cípios de ambas as vilas têm organizado festivais em torno da lampreia, aproveitando o evento para dar a conhecer outros produtos endógenos, tal como o arroz carolino, das margens do Mondego e também a doçaria tradicional

A autarquia de Penacova criou o Festival da Lampreia e a de Montemor-o-Velho o Festival do Arroz e da Lampreia - Sabores do campo. Ambos os eventos mobilizam a população, desde os produtores aos consumidores, passando pelos comerciantes.

Nesses dias, toda a população é convidada, com entrada livre, para se sentar à mesa. Mas são

cada vez mais os forasteiros a garantir o sucesso dos festivais, em que o melhor da gastronomia em torno da lampreia é apresentado das mais diversas formas. Mas nem tudo anda em torno dos pratos tradicionais. O artesanato, a música ao vivo, os concursos de culinária, os passeios pela região, o desporto, as atividades de lazer infantis e a pensar na terceira idade têm sido presenteados nestes certames.

Turismo em época baixa Celebrar a região, a tradição, mantendo viva cultura local é um dos grandes objetivos destes eventos, que surgem ago-

ra fora da época alta. Enquanto fevereiro é o mês de eleição para realizar o Festival da Lampreia em Penacova, o Festival do Arroz e da Lampreia de Montemor-o-Velho tem lugar no mês de março.

Ambos os eventos fazem parte de uma estratégia de promoção de produtos endógenos tradicionais, que conta com o apoio do Turismo Centro de Portugal.

Deste modo, as regiões adquirem um dinamismo, que envolve não só a economia em torno da gastronomia, mas também da cultura musical, do artesanato, ou seja, de todos os serviços complementares e de apoio.

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Lampreia Rua Central, 510 – Selho S.Jorge | 4835-314 Guimarães | Tels: 253.514152 / 961349086 Profissionais de Fabrico de Vestuário de Trabalho e Hotelaria Orgulhosamente fabricado em Portugal 99044
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Penacova “Capital da Lampreia” desde 1998

111 Em Penacova, a Confraria da Lampreia existe desde 3 de agosto de 2006. O objetivo é defender e promover a “gastronomia tradicional portuguesa e, em particular, a gastronomia do concelho, sendo a lampreia à moda de Penacova o prato mais conhecido”.

A criação da confraria foi o corolário lógico de um percurso que desde há muito vinha fazendo de Penacova a “Capital da Lampreia”. Foi, justamente, no ano de 1998 que o epíteto foi formalizado, a par da instituição de um fim-de-semana da Lampreia – o primeiro dos quais teve a adesão de seis restaurantes do concelho e contou com milhares de visitantes.

A partir de então, o festival não parou de crescer, impondo-se em todo o

país como um dos mais relevantes, e atrativos, eventos gastronómicos e turísticos da época. Como em muitos outros eventos de dimensão, a autarquia assume as rédeas da organização. O objetivo é, invariavelmente, promover a cultura e o turismo do concelho.

Promover a espécie em risco de extinção

Para além disso, em Penacova, a câmara municipal e a Confraria da lampreia unem esforços para manter viva uma das especialidades gastronómicas mais conhecidas da região e que traz a Penacova muita gente;. Pretende-se ainda alertar para o perigo de extinção desta espécie típica do rio Mondego e divulgar o artesanato do concelho e a doçaria conventual.

A verdade é que, desde há muito, a lampreia é cartão-de-visita do concelho de Penacova e são muitos os que se deslocam propositadamente à vila para provar uma das especialidades mais populares da gastronomia local.

No site do Município de Penacova são deixadas sugestões sobre como confecionar a lampreia.

A estas sugestões juntam-se as várias iniciativas gastronómicos relacionadas com este prato, de que é o melhor exemplo o tradicional Festival de Lampreia. Nos últimos anos, devido à pandemia, o evento foi reinventado com a promoção de uma campanha inovadora de lampreia em take-away, que contou com quase uma dezenas de restaurantes aderentes.

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Montemor-o-Velho Dez dias de sabores únicos

111 Este ano, o Festival do Arroz e da Lampreia | Sabores do Campo e do Rio foi mais um estrondoso sucesso, em Montemor-o-Velho. Na sua 21.ª edição, o certame desenrolou-se ao longo de uma dezena de dias, de 10 a 19 de março, com a tenda do festival a receber milhares de visitantes e apreciadores de boa gastronomia. No âmago do sucesso do festival está a utilização do genuíno arroz carolino do Baixo Mondego e a intensa lampreia pescada no rio Mondego. Pelos pratos dos apreciadores, servido pelos diferentes restaurantes presentes, passaram largas centenas de doses de arroz de lampreia e também de lampreia à bordalesa – as duas formas de confecionar o ciclóstomo mais oferecidas, e requeridas, em Montemor.

Para a sobremesa, não faltou à mesa o que de melhor tem para oferecer este concelho ribeirinho, conhecido pelos seus retiros conventuais – de onde saíram delícias como o Pastel de Tentúgal ou as Queijadas de Pereira – e pela criatividade dos seus doceiros, que fabricam as célebres Pinhas de Montemor.

A tido isto, junta-se o arroz doce. Em todo o país se faz este doce, mas aqui,

com recurso ao cremoso arroz Carolino do Baixo Mondego, com o leite das explorações da Gândara e sem a adição de ovos que caracteriza outras paragens, a experiência gastronómica é única.

Dez dias de festa no início de março Este ano, está ainda na memória de todos, de tão fresco, o sucesso da edição que terminou há pouco mais de um mês. Na tenda do festival, a acompanhar os refeiçoeiros, a organização preparou um vasto e eclético programa de animação, contando com contributos da cultura e do artesanato locais. Pensada para todas as idades e gostos, não faltou uma vasta programação cultural.

O cartaz musical foi também de grande valia. Atuaram, por exemplo, os artistas Mónica Sintra (10 de março), Marco Rodrigues (11 de março) ou o grande Herman José (18 de março). No dia 11 de março o festival teve honras de transmissão direta, no programa da RTP Aqui Portugal.

Com um espaço inteiramente dedicado à brincadeira, as crianças puderam experimentar, provar e aprender a arte da cozinha, com workshops para

os mini-chefs.

Uma das novidades da edição de 2023 foi a introdução de uma deliciosa edição digital, em www.festivalarrozlampreia.pt, para ser (virtualmente) degustada nos quatro cantos do mundo. A par dos pratos com lampreia, a ementa dos 12 restaurantes parceiros do Festival do Arroz da Lampreia | Sabores do Campo e do Rio incluiu saborosos pratos de Arroz Carolino do Baixo Mondego: arroz de grelos, arroz de pato, de arroz malandro ou, claro está, arroz doce.

O Festival do Arroz da Lampreia | Sabores do Campo e do Rio é promovido pelo Município de Montemor-o-Velho, conta com a parceria estratégica da Turismo Centro de Portugal e integra a Região de Coimbra – Região Europeia de Gastronomia 2021 – “A Million Food Stories”. Atribuída pelo Instituto Internacional de Gastronomia, Cultura, Artes e Turismo, esta distinção visa utilizar a gastronomia como um meio para estimular a inovação e divulgar culturas e identidades alimentares regionais e reconhecer a inovação e a interligação da gastronomia com a cultura, o turismo e a economia.

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| especial | 39 15-04-2023 | diário as beiras 29.º Aniversário Diário As Beiras | diário as beiras 99300

O Natal traznos um tempo de sonhos e de esperança. É justamente da magia desses dias de felicidade que nos falam os festivais de Natal mais famosos da Região da Coimbra, que em Montemoro-Velho, em Penela e na Pampilhosa da Serra, tornam inesquecíveis aqueles dias de dezembro. Mas o Natal é celebrado com alegria em todos os concelhos da região

111 Não há terra que não celebre os dias mágicos de Natal. Seja com a tradicional árvore enfeitada com luzes e cores, com a iluminação das ruas, com os tradicionais mercados e presépios, seja de forma mais efusiva ou mais discreta, todas as autarquias e muitas coletividades assinalam esta quadra, para alegria das famílias e, sobretudo, dos mais pequenos.

Na Região de Coimbra há três eventos natalícios que se destacam, por atraírem largos milhares de visitantes, na ordem das 30 mil a 40 mil pessoas: são eles o Penela Presépio, o Castelo Mágico, em Monte-

Os dias mais mágicos do ano em Penela

mor-o-Velho, e o Natal Serrano, em Pampilhosa da Serra.

Um Penela Presépio diferente

Destes, o evento precursor foi o Penela Presépio, que se instalou dentro das muralhas do castelo e se tornou, logo no primeiro ano, o evento âncora do Natal na região, atingindo cedo a fasquia dos 30 mil a 40 mil visitantes. Ano após ano, o evento foi crescendo, organizado e dinamizado pela Câmara de Penela. No ano passado, devido às obras que decorrem no castelo e na área envolvente, no centro histórico de Penela, a Câmara Municipal teve

de optar por um Penela Presépio diferente, distribuindo as atividades por diversos espaços da vila. O espaço principal, na Praça da República, apenas podia acolher cerca de 150 pessoas em simultâneo, enquanto nos anos anteriores cabiam à volta de 500 visitantes na área junto ao castelo. Por isso, este ano, a autarquia ainda está a avaliar outras localizações possíveis, caso as obras no castelo e na Praça do Município não terminem a tempo. Apesar das limitações de espaço e do inverno rigoroso, os objetivos da edição de 2022 do Penela Presépio foram “claramente atingidos”, afir -

mou Eduardo Nogueira dos Santos, presidente da Câmara de Penela.

Castelo Mágico encanta Mais recente, mas igualmente a granjear um sucesso galopante e a garantir um lugar fixo no calendário de Natal, está o Castelo Mágico, em Montemor-o-Velho. De dezembro ao início de janeiro, em fins de semana alargados, o castelo assume a forma de um parque temático de Natal e dentro das muralhas respira-se toda a magia e fantasia desta quadra festiva, que se estende também à vila.

Para a edição de 2022, Emílio Torrão, presiden-

te da Câmara de Montemor-o-Velho, lançara o desafio de se atingir a fasquia dos 50 mil visitantes, o que não é difícil dada a ampla diversão que, nas estruturas instaladas no castelo, é oferecida às crianças e às famílias. No entanto, o mau tempo que se fez sentir, sobretudo em alguns fins de semana, comprometeu o objetivo, mas ainda assim o número de visitantes – a rondar os 35 mil – não ficou longe do desejado. Mas no restante, na magia e na satisfação das crianças e das famílias, o Castelo Mágico cumpriu e superou os objetivos definidos.

Viver o Natal na serra Em Pampilhosa da Serra, no ano passado, o evento Inspira Natal – Festival da Filhó Espichada deu lugar ao Natal Serrano, uma iniciativa com objetivos idênticos mas com denominação diferente, que decorreu no Mercado Municipal. O presidente da Câmara de Pampilhosa da Serra, Jorge Custódio, considerou este evento “uma festividade muito própria”, em que “verdadeiramente é valorizado não só o Natal mas também o espírito de família e de serra”.

As freguesias também participam no festival, que celebra o genuíno espírito de Natal.

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Penela e Montemor-o-Velho

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Natal

Natal a não perder

Cantanhede

O Natal em Cantanhedepassa pela tenda instalada na Praça da República, onde decorre o tradicional mercado e atividades para os mais pequenos

Águeda

Duas das grandes atrações do Natal em Águeda é o Maior e o Menor Pai Natal do Mundo. Sem esquecer a magnífica rua dos guarda-chuvas, que nesta quadra fica ainda mais bela.

Penela Presépio com 200 fig uras animadas

111 O espírito de Natal invade Penela, vilapresépio por definição, durante mais de um mês, para inspirar residentes e visitantes.

O Penela Presépio regressa sempre, em dezembro, e a vila transformase para receber o maior evento do concelho – um enorme presépio com cerca de duas centenas de figuras animadas através de tecnologia é o centro das atenções, mas as famílias que se deslocam à vila têm muito mais para ver e para fazer.

A maioria das figuras são impressas a três dimensões em plástico biodegradável, pintadas e vestidas à mão e colocadas nos vários quadros da história do Natal.

Este ano, o Penela Presépio vai regressar entre 1 de dezembro e 7 de janeiro. Se as datas já estão

escolhidas, o local ainda não, devido às obras de requalificação que decorrem no majestoso castelo de Penela e na Praça do Município, estas últimas incluindo a criação de um parque de estacionamento. No ano passado, devido às obras, o presépio foi instalado numa tenda colocada na Praça da República, mas o espaço foi apertado para os muitos milhares de visitantes transitarem, pelo que a Câmara de Penela está a avaliar as várias opções.

O Penela Presépio inclui ainda a exposição descentralizada de presépios, em cooperação com as juntas de freguesias, entre os quais o Presépio Tradicional do Espinhal e o novo Presépio da Cumeeira, criando uma rota de presépios que passa também pelas igrejas de Santa Eufémia e do Espinhal.

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Um castelo de felicidade em M ontemor-o-Velho Natal a não perder

Coimbra

O presépio dos Bombeiros Sapadores de Coimbra tem cerca de 150 figuras de barro pintado, numa área de 60 m2. É movido por um motor principal e completado por inúmeras luzes, deliciando os mais pequenos.

Mortágua

A animação natalícia é um dos grandes eventos, destacandose o Mercado de Natal, de inspiração tradicional e que aposta nos produtos endógenos, nos cheiros e sabores da época e na solidariedade.

111 O espírito natalício renasce ano após ano e logo no início de dezembro invade a vila e o castelo de Montemor-o-Velho.

Durante mais de um mês, o castelo transforma-se num espaço de felicidade, onde as crianças brincam com o Pai Natal e os duendes trapalhões e estendem as mãos para acariciar os flocos de neve, e nem importa que sejam artificiais.

Espetáculos de magia, contos, neve, pista de gelo, insufláveis, exposições, carrossel, passeios com animais, um mercadinho de Natal e a casa do Pai Natal são experiências únicas que encantam miúdos e graúdos. São dias repletos de emoção e diversão, com a street food à mão, para repor as forças.

A Fábrica das Brincadeiras, a Tenda de Espetáculos são alguns dos espaços que têm preenchido

o Castelo Mágico.

Para a edição de 2023, ainda não se conhece o calendário e o programa do Castelo Mágico, organizados pela Câmara de Montemor-o-Velho, que serão apresentados lá mais para o final do ano.

Mas não devem faltar a corrida/caminhada mágico-fluorescente no centro histórico, um fluxo de luz que termina no Castelo Mágico e atrai cada vez mais pessoas.

Também há o comboio mágico, em permanente circulação entre as diversas estações mágicas, passando junto à Câmara, ao Mercadinho e no Largo do Convento de Nossa Senhora dos Anjos, antes de deixar os visitantes na estação final, que é o Castelo Mágico. A viagem é gratuita, tal como a maioria das atividades dentro do castelo, à exceção de alguns dos divertimentos.

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Natal próximo das estrelas em Pampilhosa da Serra Natal a não perder

Figueira da Foz

Os Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz mantêm o seu presépio instalado no quartel. A cada ano, a “Aldeia do Natal”, como lhe chama o seu construtor, Luís Caldeira, ganha mais peça e pretextos para ser visitada.

Oliveira do Hospital

Os cepos, as fogueiras de Natal e os presépios das freguesias são uma das atrações natalícias e podem ser visitados em iniciativas dinamizadas pelo município e pelas juntas de freguesia.

111 Entre o céu mais estrelado da região e as belas paisagens da serra, à volta do calor da fogueira perfumado pelo aroma ainda morno da filhó espichada. É um dos quadros possíveis do Natal Serrano, um dos eventos mais acarinhados de Pampilhosa de Serra, que as gentes da terra e os visitantes já tornaram indispensável nesta quadra festiva.

Organizado pela Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra, o Natal Serrano é a celebração genuína do Natal de outros tempos, onde a magia da época e o mais autêntico espírito natalício se faz sentir.

Em regra, esta festa acolhedora, que remete para hábitos antigos, vivências de outros tempos e sabores e saberes de outrora, começa antes do Natal, mais no início do mês de dezembro, e estende-se por dois fins de semanas prolongados.

O convite é para valorizar a

tradição, a união, o convívio e a família, iluminados por toda a magia típica do Natal. Desde os espetáculos e concertos, ao Mercado de Artesanato, onde pode escolher prendas originais, às tasquinhas e à gastronomia tradicional, onde se destacam a filhó espichada e a tibornada de bacalhau.

Para os mais pequenos também não falta diversão, na Oficina do Brinquedo, na eira da Brincadeira e no Planetário, onde o firmamento ilumina todos estes momentos. Sempre com brinquedos tradicionais, pois esta festa não tem pais natais nem jogos eletrónicos, mas às crianças sobra-lhes a magia desta época vivida à moda antiga. As datas e o programa da edição deste ano do Natal Serrano ainda estão a ser definidas pela autarquia, mas será com certeza o Natal mais próximo das estrelas da Região de Coimbra.

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