Edição 19 aniversário 15 Março 2013

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Empresas e gentes que fazem a história da nossa terra Rua Abel Dias Urbano, n.º 4 - 2.º - 3000-001 Coimbra Telefs: REDAÇÃO 239 980 280 FAX 239 983 574

A comemorar 19 anos, o DIÁRIO AS BEIRAS foi à procura de pessoas e de espaços que guardam memórias e ajudam a contar a história do distrito de Coimbra. Empresas que marcam a vida económica de concelhos como Arganil, Cantanhede, Coimbra, Figueira da Foz e Góis e que o tempo marcou de forma implacável. >pág 14 a 54

SERVIÇOS COMERCIAIS 239 980 287 FAX 239 980 281 ASSINATURAS 239 980 289 www.asbeiras.pt redaccao@asbeiras.pt clubedoleitor@asbeiras.pt publicidade@asbeiras.pt

Tempo Hoje

Máxima 15o Mínima 3o

19º

Sábado

Máxima 12o Mínima 7o

Marés

Figueira da Foz Preia-Mar -04H51/17H07 Baixa-Mar - 10H49/23H08

38545

9 77087 3 776210

05892

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Períodos de céu muito nublado

SEXTA | 15.mar.2013

aniversário

edição n.º 5892

0,70 € (iva incluído)

diretor: Agostinho Franklin subdiretora: Eduarda Macário

Fonte: www.hidrográfico.pt

GNR apreende 12400 peças de roupa avaliadas em meio milhão Saúde Diretores dos agrupamentos assinam cartas de missão >Pág 4

Académica Pedro Emanuel com mais três opções para o jogo frente ao Estoril >Pág 10

Centro Investimento no turismo rural passa pelo povoamento do interior >Pág 6

Calças, camisolas, camisas, sapatos e botas, avaliados em mais de meio milhão de euros, foram apreendidas pelo Destacamento de Ação Fiscal de Coimbra no âmbito da operação “Falsa Costura”, que decorreu no Centro e Norte do país >Pág 3

Cantanhede Câmara e Adega lançam vinho para assinalar 500 anos do foral >Pág 9


essencial destaques 10H00

Exposição de Inês dos Aidos Museu Municipal de Coimbra

10H00

Levar a Ciência até Ti – Versão H2o Exploratório Infante D. Henrique, Coimbra

14H00

diário as beiras | 15-03-2013

hoje e amanhã

6 Atividade Lojas de Saber. “Ver de fora 6 Sarau musical em Cantanhede. 6 Ação de educação para a saúde. aquilo que temos no interior do corpo” é o tema de mais uma iniciativa Lojas do Saber. A sessão tem início às 18H00, no auditório do Exploratório Centro Ciência Viva. Conta com a presença de J. J. Pedroso de Lima e Francisco C. Alves.

O Agrupamento de Escolas Finisterra-Cantanhede promove hoje um Sarau Literário e Musical. No âmbito da Semana da Leitura, a sessão tem início às 21H30 e decorre no auditório da Biblioteca Municipal.

Coimbra Escola de Enfermagem recebe palestra sobre “Envelhecimento e Hidratação”

região Arganil Cerimónia RVCC

1 1 1 O auditório Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, polo A, recebe hoje uma palestra subordinada ao tema “Envelhecimento e Hidratação”. Com início às 15H00, a sessão vai abordar a água como essencial à vida e como principal componente do ser humano. A sessão decorre no âmbito da Semana Cultural da Universidade de Coimbra.

111 A sessão de entrega de certificados e diplomas aos adultos que completaram processos de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (RVCC) no Centro Novas Oportunidades decorre hoje, pelas 19H00, na Cerâmica de Arganil.

Feira Medieval de Arzila inicia hoje

Exposição de pintura de Maria Guia Pimpão

111 Tem hoje início, a partir das 14H00, a edição deste ano da Feira Medieval de Arzila. A Associação de Música Popular e Medieval Fonte da Pipa agendou, para o primeiro dia, vários workshops para as escolas e uma “caça ao tesouro”. A iniciativa decorre até domingo.

Espaço de Arte do Recordatório Rainha Santa/ Alfredo Bastos, Coimbra

14H30

Inauguração da exposição “Pôr a pata na poça” Cineteatro Municipal Messias, Mealhada

Alunos do Colégio de S. Pedro em “Flash Mob”

15H00

Exposição “Para Além da Leitura” Casa Municipal da Cultura de Coimbra

21H00

Lançamento do livro “A Paixão de K” Livraria Bertrand, Dolce Vita Coimbra

22H00

Rafaello’s em concerto FNAC, Coimbra

22H00

“20 Dizer” Poesia pelo Trigo Limpo Teatro ACERT Oficina Municipal do Teatro de Coimbra

O Centro Social e Paroquial da Pedrulha recebe amanhã uma sessão de educação para a saúde. No âmbito do projeto “Ligar Coimbra”, a sessão tem início pelas 21H00.

Eurodeputados e embaixadores debatem défice democrático 111 Os eurodeputados Vital Moreira (PS), Rui Tavares (eleito pelo BE) e Nuno Melo (CDS-PP) participam hoje, pelas 15H00, no I Fórum de Política Europeia, a decorrer na Faculdade de Economia da Universidade

de Coimbra. São também oradores do encontro os embaixadores de Espanha, da Polónia, da Áustria e do Luxemburgo em Portugal. A sessão é subordinada ao tema “Europa: Existe défice democrático?”.

Vozes da Rádio e Coro Misto da Universidade de Coimbra juntos no palco do TAGV 111 O quinteto portuense Vozes da Rádio junta-se amanhã ao Coro Misto da Universidade de Coimbra para um grande concerto no Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV). Os bilhetes já estão disponíveis nas bilheteiras do teatro. O espetáculo tem início às 21H30.

111 Decorre hoje um Flash Mob na Praça da República, pelos alunos do Colégio de S. Pedro. Com a atividade, os jovens têm como objetivo sensibilizar os adultos para as problemáticas ambientais. A iniciativa é dinamizada por Inês Gaminha e Maria Noélia Medeiros.

Jornadas Culturais de Almalaguês terminam hoje 111 É hoje o último dia de Jornadas Culturais no Instituto de Almalaguês. A iniciativa termina com uma visita de estudo a Santiago de Compostela, com os alunos do nono ano. Realiza-se ainda, no instituto, a final do Torneio de Futsal, uma Feira das Ciências; a Feira de Antiguidades e a sessão de cinema, Na 1.ª Fila.

Miranda do Corvo Jantar saudável na José Falcão 1 1 1 A APAIS promove hoje, pelas 19H30, um jantar saudável na Escola José Falcão. Vão estar presentes Luís Lavrador, mestre em “Alimentação: Fontes, Cultura e Sociedade”, e Ana Carvalhas, nutricionista no centro de saúde de Eiras, com a intenção de sensiblizar para a obesidade infantil e as doenças que lhe estão associadas.

Santa Comba Dão Cultura debatida na Casa da Cultura 111 O movimento de cidadãos “Juntos por Santa Comba Dão” realiza hoje, pelas 21H00, uma sessão temática sobre cultura, no átrio da Casa da Cultura.

Figueiró dos Vinhos II Semana do Empreendedorismo e das Profissões 111 Termina hoje a II Semana do Empreendedorismo e das Profissões em Figueiró dos Vinhos. A Casa da Cultura acolhe, esta manhã, workshops de música e o “Concurso Municipal de Ideias”. Durante a tarde, será possível assistir à “Conferência Teen” e ao “Encontro e partilha de experiências com jovens e ex-alunos”.


piquete | essencial | 3

15-03-2013 | diário as beiras

GNR apreende meio milhão de euros de roupa contrafeita No âmbito da operação “Falsa Costura”, realizada nas zonas Centro e Norte do país, as autoridades apreenderam 12. 400 peças de vestuário e duas viaturas, uma de alta cilindrada e outra de mercadorias DB-Carlos Jorge Monteiro

111 Calças, camisolas, camisas, sapatos, botas, avaliados em mais de meio milhão de euros, foram apreendidos por militares do Destacamento de Ação Fiscal de Coimbra, no âmbito da operação “Falsa Costura”. A estes produtos juntam-se dois veículos, um de alta cilindrada e outro de transporte de mercadorias, duas armas de fogo e 83 munições. Foram ainda detidas duas pessoas, um casal (reincidente) e um outro indivíduo por posse de arma sem documentos. Roupa e automóveis foram apreendidos pelas autoridades

AS BEIRAS, o capitão João Fonseca, da Unidade de Ação Fiscal da GNR, disse que as buscas se realizaram “maioritariamente na zona Norte do país” e que as peças de vestuário apreendidas são de marcas conceituadas e seriam “para introduzir no mercado português”, nomeadamente nas feiras e mercados.

Dos três detidos, e segundo João Fonseca, “dois já tinham sido constituídos arguidos no âmbito de um outro processo que já tem cerca de um ano”. Já o terceiro elemento foi detido e constituído arguido devido à “posse indocumentada das armas”. Milhões de euros As investigações vão pros-

Choque em cadeia de seis viaturas resulta em danos 111 O choque em cadeia entre seis viaturas ligeiras, que ocorreu ontem nos campos do Mondego, em Montemor-o-Velho, resultou apenas em danos materiais. O acidente ocorreu pelas 08H40 e envolveu quatro viaturas que pertencem aos CTT - Correios de Portugal e duas particulares. A situação ocorreu próximo da povoação de Pereira, numa estrada que serve as explorações agrícolas locais. Segundo fonte da GNR de Coimbra, não foram registados feridos. São desconhecidos os motivos que terão levado ao choque, envolvendo este número de carros. De acordo com a mesma fonte, o trânsito circulou normalmente.

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seguir e as autoridades vão continuar a combater um crime que lesa o Estado em milhões de euros, já que as 38502

Fraude fiscal e branqueamento de capitais As apreensões surgiram no âmbito de investigações relacionadas com crimes contra a economia, fraude fiscal e branqueamento de capitais, tendo sido realizadas 18 buscas – na segunda, terça e quarta-feira –, cinco domiciliárias e 13 não domiciliárias, na zona Centro e Norte do país. Em declarações ao DIÁRIO

peças de vestuário são vendidas à margem da lei. A operação envolveu 75 investigadores da Unidade de Ação Fiscal da GNR, “que realizaram as buscas aos locais de produção/ armazenamento da mercadoria, bem como aos locais associados aos responsáveis pela introdução fraudulenta do material no mercado”, lê-se num documento ontem divulgado pelas autoridades. A roupa apreendida poderá ser destruída ou entregue a instituições de solidariedade social, depois de se retirarem todos os símbolos que representam as marcas contrafeitas. Rute Melo rute.melo@asbeiras.pt

números

12400

peças de vestuário que foram apreendidas no âmbito da operação

3

pessoas foram constituídas arguidas

18

buscas efetuadas - cinco domiciliárias e 13 não domiciliárias

2

veículos automóveis apreendidos


4 | essencial | Coimbra

Sábado 16 de Março, com início às 15 horas, na Junta de Freguesia de St.º Ant.º dos Olivais

Informação aos Sócios Exmº.s Associados Na qualidade de 1º Secretário da Assembleia Geral (AG) do Centro o Sócio Cultural Nossa Senhora de Lurdes (CSCNSL) venho transmitir-vos algumas informações que, em meu entender, ajudarão a compreender o momento por que passa a Associação. O CSCNSL é uma instituição que, à luz do direito canónico, se designa por associação de fiéis, erecta canonicamente tendo, por isso, ligação à Igreja. De acordo com os Estatutos aprovados em Assembleia Geral e aprovados pelo Senhor Bispo em 19 de Março de 1992, é uma Instituição Particular de Solidariedade Social que, a par com o seu carácter associativo, lhe confere enquadramento jurídico no âmbito do direito civil com tutela da Segurança Social. O CSCNSL nasceu da iniciativa particular de 10 sócios fundadores, participantes activos da Paróquia de Nossa Senhora de Lurdes, tendo vivido, desde sempre, um caminho autónomo ao da Paróquia. Ao longo dos anos as relações com a Igreja nem sempre foram pacíficas, fruto da mencionada independência, e, de certo modo, por admitir a participação alargada a laicos e até a pessoas doutras religiões. Mais recentemente, as posições extremaram-se, fruto de uma promessa não cumprida e que se resumia à cedência, pela Igreja, do edifício onde funcionou o culto antes da construção da nova igreja para, aí, o Centro desenvolver as suas actividades. Passemos à frente deste episódio que, apesar de estar na génese do problema de agora, não é essencial para este. Em Fevereiro de 2012 o Senhor Bispo de Coimbra chamou os Órgão Sociais (Assembleia Geral, Conselho Fiscal e Direcção) para nos propor o seguinte: Promovermos a alteração dos estatutos de modo a transformar a instituição num Centro Paroquial (passando a depender totalmente da igreja) ou a revisão dos estatutos no sentido de autonomizar a instituição do vínculo ao direito canónico, passando a reger-se somente pelo direito civil. Como disse, esta reunião foi em Fevereiro e na Assembleia Geral seguinte, que se realizou em Março, foi nomeada uma comissão para estudar as implicações das duas modalidades propostas pelo Senhor Bispo. Pretendia-se, assim, reunir dados para informar os associados das consequências que adviriam duma e doutra hipótese, nomeadamente, o efeito das alterações sobre os contractos de trabalho dos cerca de 30 trabalhadores do CSCNSL, sobre os contractos de financiamento com a Segurança Social uma vez que, como IPSS, grande parte da actividade é financiada por aquela instituição do Estado, avaliar as consequências sobre os direitos dos associados, etc. Esta comissão composta por representantes dos associados, dos Órgão Sociais e dos trabalhadores, terá concluído o estudo no final do ano e preparava-se para apresentar as conclusões, numa Assembleia Geral a ter lugar no passado mês de Fevereiro. Tudo apontava para que a opção a tomar pudesse vir a ser a de autonomizar a instituição mas, essa decisão, haveria de caber aos associados que, em Assembleia Geral, deveriam votar ambas as propostas de forma informada. O presidente da Assembleia Geral, que presidiu à dita comissão, por delicadeza e respeito, entendeu que antes da realização da reunião da Assembleia Geral deveria informar o Senhor Bispo. Para isso, solicitou uma reunião com o Senhor Bispo que, ao longo de dois meses, nunca se mostrou disponível para a concretizar. Enquanto isto, o Centro foi objecto de uma inspecção da Segurança Social por denúncia de supostas irregularidades. A inspecção, que durou cerca de um mês, nada identificou de irregular. Apenas foi solicitado pela Segurança Social, porque o denunciante assim exigiu, a homologação da Direcção pelo Senhor Bispo, requisito estatutariamente previsto (ponto 3 do Artº. 3º). Este documento não estava disponível pois a homologação do Órgão, eleito conjuntamente com a Mesa da Assembleia Geral e Conselho Fiscal em Dezembro de 2010 para o triénio 2011 a 2013, havia sido feita de forma tácita pelo anterior Bispo D. Albino Cleto, conforme o evidenciam diversos actos administrativos suportados, nomeadamente, pela correspondência trocada entre a Casa Episcopal e o Centro nos dois últimos anos. A não existência de documento formal motivou a peculiar iniciativa do Senhor Presidente da Direcção, Senhor Padre Carlos Delgado, de solicitar ao Episcopado a formalização da dita homologação. Na sequência deste pedido, o Senhor Bispo entendeu comunicar a decisão de não homologação dos elementos da Direcção eleitos em 2010, a cessação dos mandatos dos restantes Órgão Sociais e a nomeação de um comissário que encarregou de promover a revisão dos estatutos (?!) de modo a criar um Centro Paroquial. Sublinho que o Senhor Bispo, em Fevereiro de 2012, convocou os Órgão Sociais do CSCNSL, os mesmos que não homologou e demitiu, reconhecendo-os, então, competentes para nessa qualidade lhes propor a avaliação da eventual alteração dos estatutos. Um ano depois, por conveniência, toma a decisão que se conhece! A Direcção, quando recebeu a carta, apesar de discordar, entendeu acatar e sair. O Conselho Fiscal idem e o presidente da Assembleia Geral, por ter dúvidas quanto à bondade da decisão do Senhor Bispo entendeu desvincular-se de uma eventual impugnação desta mesma decisão. Entendi então que me assistia a obrigação de, em nome dos associados e na qualidade de 1º Secretário da Assembleia Geral (estatutariamente substituto do Presidente do Órgão) assumir a liderança da contestação à decisão do Senhor Bispo, por considerar que, à luz dos estatutos, não tem competência para se sobrepor às decisões dos associados nem à soberania da Assembleia Geral (Artº 21º) a quem compete, entre outras, assegurar o cumprimento dos estatutos, em particular, a sua revisão (alínea e) do Artº 28º). Numa primeira fase, através de carta registada, declarámos a não aceitação da demissão dos Órgãos Sociais. Depois, através dos jornais, divulgámos a situação e o nosso repúdio. Posteriormente, promovemos uma reunião de associados, para os informar, tendo estes decidido convocar uma Assembleia Geral Extraordinária. Nesta Assembleia Geral que terá lugar no próximo dia 16 de Março, os associados pretendem repor a legalidade dos estatutos e repor, nos associados, o poder de decisão sobre o futuro do CSCNSL. Trata-se, obviamente, do exercício de um direito inalienável dos associados do Centro Sócio Cultural Nossa Senhora de Lurdes pelo que é fundamental a adesão e participação de todos. Cumprimentos, Coimbra, 11 /03/ 2013 O Presidente, em Exercício, da Mesa da Assembleia Geral Dr. Pedro Manuel Raposo Galvão Nogueira ("DIÁRIO AS BEIRAS", N.º 5892 de 15/03/13) 38537

Diretores de agrupamentos de centros de saúde assinam cartas de missão Tiago Mota

111 Os diretores executivos dos seis agrupamentos de centros de saúde (ACES) da região Centro assinaram ontem as respetivas cartas de missão. Fizeram-no, de acordo com o presidente da Administração Regional de Saúde do Centro, José Tereso, “numa altura em que os tempos são muito dif íceis”, o que faz com que a tarefa de garantir a prestação de cuidados de saúde primários à população, “mantendo os princípios de equidade e solidariedade”, seja ainda “mais difícil e espinhosa”. Papel central no SNS Além de mencionar os princípios pelos quais se deverá reger a atividade de um diretor executivo do ACES, a carta de missão estipula os objetivos a atingir para o ano de 2013, apresentando-se, assim, como um plano de trabalho na reorganização dos cuidados de saúde primários, devendo estes ter, cada vez mais, “um papel central no Serviço Nacional de Saúde”, adianta a ARS Centro. 35505

Assembleia Geral Extraordinária do Centro Sócio Cultural de N.ª Sr.ª de Lurdes

diário as beiras | 15-03-2013

Diretores executivos dos ACES da região Centro nomeados, em dezembro de 2012, por despacho do Ministro da Saúde

1

Manuel Sebe, diretor executivo ACES do Baixo Vouga

2 António Morais, diretor executivo do ACES do Baixo Mondego

3 Maria Isabel Poças, Assinatura decorreu ontem na sede da ARS Centro

Destacam-se, ainda, na carta de missão, questões associadas à qualidade organizacional, bem como os objetivos relacionados com a promoção da existência, na região Centro, de mais Unidades de Saúde Familiar (USF) e de Unidades de Cuidados na Comunidade (UCC). Recorde-se que os diretores executivos dos ACES

da região Centro foram nomeados, em dezembro de 2012, por despacho do Ministro da Saúde. Apesar de os objetivos estipulados serem iguais para todos, as cartas de missão assinadas ontem são diferenciadas, tendo em conta a especificidade de cada ACES. Patrícia Cruz Almeida patricia.almeida@asbeiras.pt

diretora executiva do ACES do Pinhal Litoral

4 José Marques Neves, diretor executivo do ACES do Dão Lafões

5 Avelino Pedroso, diretor executivo do ACES do Pinhal Interior Norte

6 João Pereira Bento, diretor executivo do ACES da Cova da Beira

Obras revelam fresco em capela da Ordem Terceira 111 Obras de restauro a decorrer numa capela do Colégio do Carmo, em Coimbra, revelaram “um teto pintado de grande qualidade artística”, que vai ser preservado, anunciou a Ordem Terceira de S. Francisco de Coimbra. Proprietária daquele conjunto arquitetónico, na Baixa da cidade, a Ordem Terceira de S. Francisco manifesta “grande vontade em recuperar o teto agora descoberto”, mas reconhece não ter condições financeiras para realizar os trabalhos. O fresco foi encontrado no teto da capela da Maternidade, um pequeno templo do século XVIII que faz parte do antigo Colégio do Carmo, na rua da Sofia. “Foi uma enorme surpresa. Não se sabe exatamente em que época foi pintado”, nem quando foi

coberto com a cal, que está a ser removida, disse hoje à agência Lusa Adelino Marques, ministro (que equivale a presidente) da Venerável Ordem Terceira de S. Francisco, que tem o estatuto de instituição particular de solidariedade social. Adelino Marques disse que a instituição vai tentar o “apoio de eventuais mecenas”, bem como da Secretaria de Estado da Cultura, para proceder à sua recuperação. A descoberta da pintura mural aconteceu durante os trabalhos que estão há vários meses a ser efetuados pela empresa Signinum – Gestão de Património Cultural, de Braga, que envolvem o restauro de painéis de azulejos, conservação da talha do altar-mor e de duas telas da capela setecentista.


Coimbra | essencial | 5 DR

eu, deputado

Serpa Oliva joaoserpaoliva@gmail.com

Francisco

A Protesto não conseguiu mobilizar os alunos da Universidade

Muito pano e poucos estudantes 1 1 1 Cerca de meia centena de estudantes da Universidade de Coimbra protestaram ontem, nas Escadas Monumentais, contra a falta de investimento no ensino superior, iniciativa que passou por palavras de ordem e exibição de faixas de protesto. Promovido pelo movimento estudantil “A Alternativa és Tu”, ao qual se associou a Associação Académica de Coimbra (AAC), a contestação tentou cativar, embora com pouco sucesso, estudantes que subiam os mais de 100 degraus e quatro patamares da escadaria – que liga à alta universitária – alguns obrigados a ziguezaguear por entre as nove faixas de protesto, constatou a Lusa no local. Apesar do notório alhea-

mento dos estudantes que passavam, Alma Rivera, do movimento “A Alternativa és Tu”, contrapôs que os universitários de Coimbra “estão claramente dispostos a lutar pela sua educação”. Referiu que as questões que mais preocupam, nos dias de hoje, os estudantes universitários, são as propinas, as bolsas e ação social escolar ou a questão pedagógica, entre outras. Já Ricardo Morgado, presidente da direção-geral da AAC, frisou que se tratou de um “protesto estático, não de mobilização”, promovido para “passar uma mensagem e sensibilizar” os estudantes que habitualmente usam o acesso pedonal das escadas monumentais.

Protocolos com as juntas DB-Carlos Jorge Monteiro

111 O município de Coimbra assinou ontem os protocolos com as juntas de freguesia para a limpeza e conservação de vias e infraestruturas municipais. 754 mil euros é o valor a transferir durante o presente ano.

minha ligação à Companhia de Jesus vem já de há dezenas de anos. Posso dizer que a minha vida não teria sido seguramente a mesma sem a relação próxima com muitos dos seus padres. Foi, por isso, com enorme alegria, que vi, após o Conclave, oser escolhido um jesuíta. É o primeiro Papa de fora da Europa desde Gregório III (século VIII) e o primeiro com origem na Companhia de Jesus. A minha reação inicial foi de espanto, mas depois de assistir à forma tão direta quanto simples como se dirigiu aos milhares de fiéis na Praça de S. Pedro, deixou-me a certeza que temos à frente dos destinos da Igreja Católica alguém com enorme sentido social, discernimento e de proximidade aos mais desfavorecidos. Num mundo global em que 1,2 biliões de católicos, espalhados pelos cinco continentes, têm na América Latina um forte exponencial de crescimento, uma nova visão da Igreja a que todos pertencem parece-me empolgante. Acho que o Papa Francisco pode ter uma visão, no mínimo, extraordinária. Será com enormes expectativas que todos iremos acompanhar o seu percurso, mas mais do que isso, aquilo que espero seja um novo percurso da Igreja, mais próxima do cidadão comum, menos fechada nos corredores, de difícil compreensão, do Vaticano. Que Deus lhe dê o saber no sentido da nova evangelização em que cada um se sinta verdadeiramente ao serviço da mensagem de Jesus Cristo. Francisco poderá vir a ser, por um lado, um seguidor de Francisco de Assis no que concerne à pobreza, e simultaneamente um seguidor de Francisco Xavier como grande, se não o maior, dos evangelizadores. A nós, resta-nos pedir a Deus que o acompanhe nos difíceis e complexos caminhos que o mundo atravessa, seguindo o seu lema “em tudo Amar e Servir”. Deputado CDS-PP

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15-03-2013 | diário as beiras


6 | essencial | Coimbra

diário as beiras | 15-03-2013

DB-Luís Carregã

Susana Lima, Filipe Carvalho, Elisabeth Kostenholz, Paulo Fernandes, Ana Paula Pais e Paulo Romão

Turismo rural exige que os territórios sejam habitados 111 Dois casos de sucesso, apontados pelo presidente da Câmara Municipal do Fundão como exemplos de combate à desertificação, dominaram o debate sobre “Experimentar, viver e vender o rural”, que decorreu quarta-feira à noite na escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra. O autarca, Paulo Fernandes, revelou que a empresa francesa Altran escolheu o Fundão para abrir um centro de serviços que trabalha nas áreas da consultoria de inovação e tecnológica e que pretende criar 120 postos de trabalho no próximos dois meses. Por outro lado, o Clube de Produtores do Fundão, constituído há cerca de um ano, está negociar exportações para o Médio Oriente, através da Fundação Qatar.

São produtos alimentares do Fundão, tais como queijos, enchidos, doçaria e a incontornável cereja da região, entre outros. Em sentido contrário, há interesse de empresários árabes “em investimentos agrícolas diretos no Fundão, aproveitando os terrenos do Regadio da Cova da Beira”. Povoar o interior do país para receber turistas foi uma ideia defendida por todos os oradores do debate, onde também se integrou o enólogo e produtor, Rui Madeira, o empresário do turismo rural “Casas do Coro”, Paulo Romão, e a docente de turismo da Universidade de Aveiro, Elisabeth Kostenholz.

O gestor das Casas do Coro, Marialva, Mêda, regista que “o turista português e espanhol desapareceu do mapa no último ano”

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No turismo rural, “cada hóspede é ouro porque foi captado com muito esforço” “Só cumprimos a nossa missão quando cada turista regressa, sentindo que as suas expetativas foram ultrapassadas”

António Rosado antonio.rosado@asbeiras.pt

Informática aplicada no ISEC 111 O 28.º Congresso sobre Informática Aplicada tem início na próxima segunda-feira, dia 18 de março, no Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (ISEC). A iniciativa, que tem lugar até dia 22, realiza-se em parceria com o Instituto de Robótica, a Universidade de Coimbra e a Universidade de São Paulo, Brasil. Os participantes terão a possibilidade de assistir a apresentações, palestras e conferências e discutir temas como bioinformática, tecnologias web, sistemas inteligentes de robótica, segurança informática, ex-

tração de dados, engenharia de software, avanços na imagem espacial baseada no sistema de informação, linguagens de programação e ambientes de visua-

lização. Os interessados em participar na iniciativa devem contactar o gabinete de relações públicas do ISEC (gabrp@isec.pt).

Onda de furtos a carros 111 Um veículo ligeiro de passageiros foi furtado na madrugada da passada quarta-feira, na Urbanização do Gorgulão, na Estada de Eiras. Ao que foi possível apurar, o carro estava devidamente trancado e estacionado, não existindo testemunhas. Ainda na quarta-feira, entre as 16H00 e as 17H00, um veículo ligeiro de passageiros foi assaltado. O carro estava na rua dos Oleiros, com os assaltantes a levarem do interior do automóvel documentos e ferramentas relacionadas com a atividade profissional do proprietário. Segundo apurámos, os objetos furtados ascendem a mil euros. Um estaleiro localizado na zona de São Romão foi alvo de assalto, na manhã de quarta-feira. O(s) indivíduo(s) terão entrado naquele espaço através do corte do cadeado do portão. Diversas baterias e uma bomba hidráulica foram furtados, não sendo conhecido o valor dos objetos. J. S.

Enfermeiros na ARS Centro 111 Cerca de 450 enfermeiros do IPO de Coimbra e dos hospitais de Aveiro, Águeda, Estarreja e Figueira da Foz, em regime de contratos individuais de trabalho, estiveram durante a manhã de ontem em greve. Após uma concentração na praça da República, os profissionais de saúde deslocaram-se em marcha até à ARS Centro, onde permaneceram até perto da hora de almoço. “É uma discriminação negativa do salário em relação aos outros trabalhadores”, afirmou Paulo Anacleto, do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses. A ação levada a cabo pelos enfermeiros “exclusivamente em contrato individual de trabalho”, prende-se com o facto de o Ministério da Saúde ter fixado o valor de 1.201,48 euros, como remuneração mínima mensal, para os enfermeiros do Serviço Nacional de Saúde, a partir de janeiro de 2013.

memória jCoimbra

MANUEL ANTÓNIO GOMES CAMILO faleceu com 69 anos. Casado com Maria da Graça Zenha Lopes Camilo, era natural de Pinhel e residente em Coimbra. O seu funeral realiza-se hoje, às 14H00, da capela mortuária de Santa Clara para o cemitério Oriental da Figueira da Foz. Trata a agência funerária Anselmos. MARIA DA NATIVIDADE PRATAS faleceu com 87 anos. Divorciada, era natural de São Silvestre e residente em Quimbres, Coimbra. O seu funeral realiza-se hoje, às 17H00, da capela mortuária de Vila Verde para o cemitério de Lamarosa. Trata a agência funerária Anselmos. jFigueira da Foz

ÁLVARO JORGE MARQUES faleceu com 78 anos. Casado com Maria Providência da Silva Ribeiro Marques, era natural de Buarcos e residente em Tavarede, Figueira da Foz. O seu funeral realiza-se hoje, às 15H00, da capela local para o cemitério local. Trata a agência funerária Madifoz. MARIA DE JESUS CALDEIRA faleceu com 92 anos. Viúva de José Dias dos Santos, era natural de Alhadas e residente em Pincho, Quiaios. O seu funeral realiza-se hoje, às 16H00, da capela mortuária de Quiaios para o cemi-

tério local. Trata a Servilusa, agência funerária Faria – Figueira da Foz. IRENE GOMES BERNARDES faleceu com 75 anos. Casada, era natural e residente em Alqueidão, Figueira da Foz. O seu funeral realiza-se hoje, às 11H00, da capela do Negrote para o cemitério local. Trata a agência funerária Oliveira. jLousã

MARIA DE JESUS ALMEIDA faleceu com 93 anos. Viúva, era natural e residente na Lousã. O seu funeral realizase hoje, às 15H30, da capela mortuária da Lousã para o cemitério local. Trata a agência funerária Agostinho. jMontemor-o-Velho

MARIA DE FÁTIMA PEREIRA faleceu com 37 anos. Solteira, era natural e residente em Pereira, O seu funeral realiza-se hoje, às 16H30, da sua residência em Pereira para o cemitério local. Trata a agência funerária Madeira. jSoure

MARIA DA CONCEIÇÃO DINIS faleceu com 93 anos. Viúva, era natural e residente em Casal de S. Pedro, Figueiró do Campo. O seu funeral realiza-se hoje, às 15H30, da casa mortuária de Casal Cimeiro para o cemitério local. Trata a agência funerária Madeira

ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE PAIS E AMIGOS DO CIDADÃO DEFICIENTE MENTAL Instituição Particular de Solidariedade Social VILA NOVA DE POIARES

CONVOCATÓRIA Nos termos dos artigos 37°, 41° e 47.º dos Estatutos, convoco todos os sócios efectivos para a Assemblela Geral Ordinária da APPACDM de Vila Nova de Poiares, que se realizará no Centro João Pedroso de Lima em Vila Nova de Polares, à Avessada, no dia 25/03/2012 (2.ª feira), pelas 10:30h horas. Nos termos do artigo 42.º dos Estatutos, se á hora marcada não estiverem presentes mais de metade dos Associados com o direito a voto ou os seus representantes devidamente credenciados, a Assembleia reunir-se-à uma hora depois com qualquer número de associados presentes, ou seja 11:30 horas. A ordem de trabalhos para esta Assembleia Geral será: 1- Informações. 2 - Apresentação, discussão e aprovação do Relatório de Actividades e Contas da Gerência do ano 2012. Vila Nova de Poiares, 5 de Março de 2013 A Presidente da Mesa da Assembleia Geral (Maria Margarida Mendes Macedo Loureiro Cardoso)

("DIÁRIO AS BEIRAS", N.º 5892 de 15/03/13) 38542


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15-03-2013 | diário as beiras

António Augusto Menano, escritor

p&r

DIÁRIO AS BEIRAS/FOZ DO MONDEGO RÁDIO

opinião

Eduardo Nery - no dia 2 de março

“Há espaço na cidade para as duas tunas”

Farmácia de serviço SAÚDE (TAVAREDE) (TEL. 233 422 534 )

DB-J. A.

AMBIENTE 17H00, hoje Assinatura do protocolo entre a câmara e o Rotary Clube da Figueira da Foz para o Parque Florestal Urbano Alberto Rei, nos paços do concelho.

A

SERENATA 20H00, hoje Jantar dos 20 anos da tuna Bruna e serenata do X Festival Internacional de Tunas Universitárias, no Casino. Entrada livre, a partir das 00H00. Paulo Santarém acredita no futuro da tuna académica

111 Paulo Santarém é um dos rostos mais conhecidos da Bruna e do Festival Internacional de Tunas Universitárias Como é que se consegue manter uma tuna académica no ativo durante 20 anos numa cidade que já não tem ensino superior? A Universidade Internacional da Figueira da Foz (UIFF) fechou em 2009, mas foi decidido continuarmos com a tuna, porque temos orgulho de representar e cantar a cidade. A tuna celebra 20 anos durante o 10.º Festival Internacional de Tunas Universitárias da Figueira da Foz (FITUFF). Este duplo acontecimento faz refletir sobre o futuro? Sim. O futuro do festival e de da tuna está dependente dos elementos que integram a Bruna. É claro que não podemos fazer uma projeção a longo prazo. Mas a médio prazo, o futuro está assegurado, com a entrada de novos elementos. Na cidade realizam-se dois festivais internacionais de tunas. A Bruna e a Imperial Neptuna já equacionaram a possibilidade de fazerem apenas um e fundirem as tunas? São duas realidades dis-

BAILE 22H00, hoje Baile e Serra a Velha no Grupo Instrução e Sport de Buarcos.

tintas. Neste momento não faz sentido - se calhar nunca fez - estar a confundi-las. Há espaço na Figueira da Foz para as duas tunas, por isso não há uma colisão entre os dois festivais.

111 Foi celebrado ontem, no salão nobre da Câmara da Figueira da Foz, o protocolo entre as entidades que vão dinamizar o Centro de Interpretação Ambiental da Casa da Vela - Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), agrupamentos escolares, Escola Secundária Joaquim de Carvalho e Centro de Beira-Mar. O protocolo tem uma du-

111 As XV Jornadas Culturais da Escola Secundária Joaquim de Carvalho começaram ontem e terminam amanhã, sob o signo “Responsabilidade (s)”. Durante o evento, o estabelecimento de ensino está de portas abertas à comunidade, que pode assistir e participar em diversas atividades. Na cerimónia de abertura estiveram presentes a delegada regional de educação, Cristina Oliveira, e o vice-presi-

A edição deste ano custa cerca de oito mil euros. É um orçamento maior do que o do festival do ano passado, porque acrescem as despesas de mais um dia. Por que razão a Bruna não está no Sítio das Artes, nas instalações onde nasceu? Não sei por que razão o nosso pedido foi indeferido pela câmara. Quando foram atribuídos espaços a várias associações, não fomos tidos nem achados. Mais tarde, disseram-nos que as instalações poderiam vir a ser utilizadas por uma instituição de ensino superior. Disseram-nos, posteriormente, que nos cediam um espaço, mas continuamos à espera.

Coimbra-Celas RUA BERNARDO ALBUQUERQUE, N.º 43 (ao lado da Pastelaria Tosta Rica) Tlf: 239 058 594 coimbra.celas@ourinvest.pt

Jot´ Alves jot.alves@asbeiras.pt Esta entrevista poder ser ouvida na íntegra na Foz do Mondego Rádio (99.1 FM), hoje, às 21H00, e em www. asbeiras.pt.

ração de dois anos, podendo ser renovado por períodos idênticos. Os presidentes da Câmara da Figueira da Foz e do ICNF, João Ataíde e Paula Sarmento, respetivamente, juntaram a sua assinatura à dos representantes das restantes instituições signatárias. Assim, a Casa da Vela, na Serra da Boa Viagem, fica aberta à comunidade escolar do concelho. J.A.

Jornadas Culturais da Joaquim de Carvalho

Quanto custa a edição deste ano do FITUFF, que se realiza hoje a amanhã no Casino Figueira?

Coimbra-Baixa AVENIDA FERNÃO DE MAGALHÃES, N.º 29 (situada ao lado do Hotel Oslo) Tlf: 239 825 135 35411

Figueira foi local de nascimento de vultos da nossa cultura: Joaquim de Carvalho, João de Barros, João Gaspar Simões, Luís Cajão, Mário Augusto, Cândido da Costa Pinto, Eduardo Nery, para só referir falecidos. Esta breve crónica vai falar sobre Eduardo Nery, nascido em 1936 e falecido, em Lisboa. Tive o prazer de o conhecer pessoalmente, de o saber sempre ao lado da democracia, de encontrar, na Fundação Gulbenkian, no Museu da Água, na Caixa Geral de Depósitos (Lisboa), no aeroporto de Macau, na Avenida Calouste Gulbenkian, no Viaduto Infante Santo, na estação de Metropolitano no Campo Pequeno (são inesquecíveis as suas “figuras de Convite”), exemplos de arte pública sem semelhança. Inovador, defensor de “uma cultura aberta”, da pintura ao azulejo, passando pela fotografia, a colagem e fotomontagem Estudou tapeçaria com Jean Lurçat (em França), criou calçada à portuguesa em diversos locais - em Redondo, Alentejo, por exemplo. A sua curiosidade artística trouxeo da “pop “para a arte “op”, sendo considerado o único, em Portugal. Para a sua terra natal fez um projeto para a escadaria do Museu que razões de ordem económica impediram ser concretizada. Foi galardoado, pelo Presidente da República, em 2012, com a comenda de Grande Oficial da Ordem do Infante Dom Henrique; cinco anos antes recebera a medalha de prata dourada da cultura da nossa cidade. Por essa data escrevi um texto, no extinto “Figueirense”, onde o “batizei” de Raul, tendo-me mandado por um amigo comum a mensagem de que não entendia nada de fado. Quando veremos concretizado o seu projeto para a Figueira?

Proteção da natureza na Casa da Vela

útil

coimbra.baixa@ourinvest.pt

dente da Câmara da Figueira da Foz, Carlos Monteiro. Tiveram como anfitriões o diretor da escola, Carlos Santos; o presidente do conselho geral, Carlos Sousa; o representante da associação de pais, Carlos Lagoa; e o presidente da associação de estudantes, João Fortunato. Carlos Monteiro e Cristina Oliveira realçaram a excelência do ensino ministrado pela escola e a ligação desta à comunidade. J.A.


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região

Baixo Mondego

Condeixa-a-Nova

Municípios da CIM poupam um milhão de euros por ano em compras conjuntas

600 mil euros melhoram segurança rodoviária e qualidade de vida na Ega

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111 Os municípios da Comunidade Intermunicipal do Baixo Mondego vão conseguir uma poupança agregada de um milhão de euros por ano caso recorram à Central de Compras da organização para compra de combustíveis, comunicações móveis, seguros, energia e refeições escolares. “Este é mais um marco no processo de evolução e crescimento da Central de Compras, que a torna numa das mais dinâmicas do país, promovendo a afirmação da região através de um projeto exemplar de partilha de serviços na área do aprovisionamento”, diz a Comunidade Intermunicipal do Baixo Mondego (CIM-BM), presidida por Jorge Bento, em comunicado divulgado à comunica-

DR

Refeições escolares dos municípios podem ser negociadas em conjunto

ção social. Cantanhede, Coimbra, Condeixa-a-Nova, Figueira da Foz, Mealhada, Mira, Montemor-o-Velho, Mortágua, Penacova e Soure são os 10 municípios que integram esta comunidade intermunicipal. “Após a conclusão, em janeiro, do acordo quadro de combustíveis rodoviários, a Central de Compras da Comunida-

de Intermunicipal do Baixo Mondego prepara-se para concluir o acordo-quadro de comunicações móveis terrestres e lançar três novos concursos públicos de importância estrutural na despesa dos municípios”. A CIM-BM prepara, assim, concursos que originarão os acordos-quadro de seguros, energia e refeições escolares.

“Com estes três novos acordos, a despesa agregada abrangida pela Central de Compras da CIM-BM ultrapassa os 11 milhões de euros, conferindo aos municípios inegáveis benef ícios que resultam na considerável simplificação e agilização processual, bem como a inevitável redução da despesa nestas categorias de bens e serviços”, explica ainda aquela estrutura. A Central de Compras está já a trabalhar nas categorias de serviços de Higiene, Segurança e Comunicações fixas e, em paralelo, a negociar as compras de artigos de economato e higiene, para além da negociação de novas categorias como os pneus, baterias, óleos e produtos químicos para manutenção de piscinas.

111 A Câmara de Condeixa aprovou a abertura de um concurso público para uma obra emblemática para os habitantes da freguesia da Ega. Trata-se da construção da rede de esgotos, substituição da rede de águas e construção de passeios, ao longo de sensivelmente 1,5 quilómetros da Estrada Nacional 342. Ao todo, o investimento da autarquia representa um esforço no valor de cerca de 600 mil euros e a obra deverá começar em finais do próximo mês de setembro. Na opinião do presidente da Câmara de Condeixa, Jorge Bento, “a oportunidade da obra deve-se ao facto de, neste momento, a empresa Águas do Monde-

go estar a concluir a obra de construção da Adutora Alcabideque/Ega, o que permitirá o abastecimento com água de qualidade à freguesia da Ega”. Fica igualmente concluída a rede de saneamento deste aglomerado, otimizando o investimento já executado. Construção de passeios na Estrada Nacional 342 O investimento da autarquia prevê ainda o reforço da segurança rodoviária na EN342, através da construção de passeios. Uma mais valia que o vereador Carlos Branco, natural da freguesia da Ega, enaltece como “primordial”, numa via com elevado tráfego e, paralelamente, com um alto índice de habitantes.

Penacova

“Espaço J” para servir os mais jovens 111 Os jovens do concelho de Penacova terão um espaço inteiramente dedicado a si. Humberto Oliveira, presidente do município de Penacova, inaugurou ontem, na Biblioteca Municipal, o “Espaço J”. Criado com o objetivo de servir a população jovem do concelho, com idades compreendidas entre os 12 e os 30 anos, o “Espaço J” visa não só a criação de oportunidades iguais no que diz respeito ao acesso à informação, como também a existência de um local onde se possa proporcionar o encontro entre jovens para troca de ideias e experiências, desenvolver atividades e realizar os projetos. O “Espaço J” disponibiliza, igualmente, informação sobre programas e iniciativas desenvolvidas pela Câmara de Penacova e outras entidades, e promove atividades lúdicas, pedagógicas e culturais. Como refere Fernanda Veiga, vereadora da Cultura, o “Espaço J” oferece um conjunto de serviços que tentam ir de encontro às necessida-

DR

Espaço para os jovens está equipado com as mais recentes tecnologias

des dos jovens e diversas atividades, de caráter regular ou pontual que se realizam normalmente no período de férias. Utilizando software livre, o “Espaço J” dispõe de zona de leitura e convívio; zona polivalente para ações formativas e atividades lúdicas e culturais; 10 computadores com acesso gratuito à internet; consolas; tablet; cd’s, dvd’s, livros e revistas. O projeto “Espaço Jovem” foi um dos 15 premiados, a nível nacional, pela Fundação Calouste Gulbenkian que, todos os anos promove projetos de promoção da

leitura em bibliotecas públicas, que aproximem o livro dos potenciais leitores, criando uma relação entre as ações a desenvolver e o público-alvo, transformando-o em sujeito ativo, procurando formar leitores e diminuir, a médio e longo prazo, os níveis de iliteracia, bem como projetos que estimulem a introdução de novas ferramentas de leitura em práticas de promoção, desenvolvimento e consolidação de hábitos de leitura no universo do público utilizador das bibliotecas públicas.


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Cantanhede

Aveiro

DB-Carlos Jorge Monteiro

DB-Carlos Jorge Monteiro

GNR foi à Escola Básica Marquês de Marialva sensibilizar os jovens

Curiosidade sobre drogas deve ser satisfeita na net

Um brinde ao “Foral de Cantanhede” e à Bairrada 111 O “casamento” entre a tradição e a inovação resulta num “Foral de Cantanhede” que só deve ser apreciado em momentos (muito) especiais e antes da tomada de uma grande decisão. As palavras são do presidente da Câmara de Cantanhede que, na cerimónia de apresentação desta grande reserva baga 2009, aplaudiu a “visão da Adega Cooperativa” que soube aproveitar e potenciar uma marca criada pela autarquia e transformá-la num cartão (especial) de visita. “ Emb o rra “Emb a estejamos a um ano das comemorações dos 500 anos do foral de Cantanhede, para as quais a autarquia tem já um conjunto de propostas, consideramos que a escolha deste vinho – o melhor entre os melhores – permite-nos deixar uma marca única e diferenciada”, afirmou João Moura, apontando a excelência de um produto que alia a tradição dos vinhos da Bairrada à inovação que a Adega Cooperativa soube desenvolver em parceria com o Biocant. Ouro reconhece qualidade da adega E se dúvidas houvesse... lá estão as últimas medalhas recebidas pela adega e concursos internacionais. Três de ouro em Berlim (com o espumante rosé Beira Atlântico) e, ainda, uma

medalha de ouro e uma de prata em França. “Começámos bem o ano”, reconheceu o presidente da Adega Cooperativa de Cantanhede, enquanto agradecia à câmara, a cedência da marca “Foral de Cantanhede”. Mas os agradecimentos não podem ficar-se pela autarquia. Vitor Damião não esqueceu a equipa de colaboradores, os associados a quem pertencem as uvas, ao enólogo. “A Adega Cooperativa de Cantanhede tem como filosofia produzir, sempre, com qualidade. Daí a aposta na certificação, um processo que

exige muito rigor e profissionalismo”, sublinhou Vitor Damião. Qualidade a todos os níveis E porque deve falar quem percebe... da poda, como dizem os mais antigos, o presidente da adega deu a palavra ao homem que liderou o processo e que não esconde a sua satisfação perante o resultado alcançado. Osvaldo Amado reconheceu que “o vinho fala por si” – e fala bem, segundo as reações de quem o saboreou. “Assumimos a responsabilidade de fazer uma marca nova para a região mas que seja capaz de ir além fronteiras”, sublinhou, adiantando que se trata de um lote muito limitado, de 4.224 garrafas, onde tudo foi pensado e preparado ao mínimo pormenor. Um trabalho que, como sublinhou, teve tudo a seu favor. “A uva é boa, o tempo foi excelente e a adega garantiu as condições ideais para a criação deste lote excecional”, explicou, admitindo que “com esta excelência poderá haver quatro ou cinco lotes por década”. Eduarda Macário eduarda.macario@asbeiras.pt

111 Alunos das turmas do 9.º ano e dos Cursos de Educação de Formação da Escola Básica Marquês de Marialva participaram numa ação de formação subordinada ao tema “Prevenção do Consumo de Substâncias Psicoativas”. As sessões, que decorreram em seis dias na instituição, foram constituídas por uma

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Osvaldo Amado, Vitor Damião e João Moura num brinde à qualidade

fase de explicação dos conceitos base relacionados com as drogas, seguindo-se um momento de dúvidas. A formação foi dada por elementos da GNR de Cantanhede que deram alguns conselhos como, por exemplo, recorrer à internet para satisfazer a curiosidade sobre estes produtos ao invés de os experimentar.

Sindicatos vão receber Passos Coelho 111 O primeiro-ministro encerra hoje, às 18H00, no Parque de Feiras, o Congresso da Região de Aveiro e a União de Sindicatos convocou uma ação de protesto contra a austeridade. O Congresso da Região de Aveiro 2013 decorre sob o tema “Projetos de Futuro” e incide sobre os potenciais geradores de crescimento, investimento e emprego na região, a análise do trabalho em curso à escala regional, nacional e europeia e a rentabilização da oportunidade dos fundos comunitários do QREN, perspetivando 2014/2020. Os secretários de Estado Adjunto da Economia e do Desenvolvimento Regional e da Administração Local e da Reforma Administrativa marcam, também, presença neste último dia de congresso.


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desporto

Académica Marcos Paulo, Ogu e Cissé regressam Penacova 3.ª Gala de Desporto

Basquetebol Terceiro jogo seguido do CAD em casa 111 As seniores femininas do CAD Coimbra Basquete cumprem no próximo domingo (18H00) o seu terceiro encontro consecutivo em casa, com uma receção ao U. Tortosendo, que integra a 19.ª jornada do “Nacional” da 2.ª Divisão/zona Norte. Recorde-se que as conimbricenses estão na liderança da classificação desde a ronda inaugural da prova e são a única equipa que ainda não perdeu em casa esta época. Para tal, muito tem contribuído o público cadista, sempre entusiasta e que se tem assumido como “6.º jogador”. Domingo, o CAD terá pela frente o adversário responsável pela sua primeira derrota na presente edição do

campeonato e vai lutar para que tal não se repita, de forma a manter a liderança da tabela classificativa. A jornada deste fim de semana começa domingo às 15H00, com o jogo Bolacesto-Sangalhos, que servirá apenas para cumprir calendário, já que qualquer destas equipas dificilmente chegará a uma posição que permita o acesso à fase final. Às 16H30 joga-se a partida Desp. Póvoa-Sanjoanense, que a equipa da casa terá de vencer se quer continuar colada ao líder CAD Coimbra Basquete. À mesma hora, o Desp. Leça defronta o Galitos, enquanto o Maia Basquete recebe o Lousanense. A fechar a ronda o “lanterna vermelha” Valongo recebe (18H30) o Sp. Braga.

111 À semelhança de anos anteriores, o município de Penacova promove, amanhã, a 3.ª edição da Gala do Desporto, que terá lugar no Centro Cultural de Penacova, com início agendado para as 21H45. A apresentação da cerimónia está a cargo do jornalista penacovense Álvaro Coimbra, numa noite que contará com participações do Ensemble de Saxofones da Filarmónica Boa Vontade Lorvanense e do humorista João Seabra. Ricardo Simões (na foto), vereador do Desporto da Câmara de Penacova, “espera que, mais uma vez, esta seja uma noite de referência para o desporto concelhio, onde serão galardoados atletas, associações, clubes ou personalidades que, de uma forma ou outra, tenham contribuído para a promoção do desporto e do concelho de Penacova ou que tenham obtido resultados dignos de realce no panorama distrital, nacional e internacional”.

111 Depois de um início de semana condicionado por muitas ausências – sete no total –, o passar dos dias tem vindo a desanuviar as preocupações de Pedro Emanuel, à medida que diminui o lote de indisponíveis. Ontem de manhã, o técnico deu continuidade à preparação do encontro de domingo no Estoril (16H00) e teve mais uma boa notícia. Marcos Paulo, John Ogu e Cissé voltaram a pisar o relvado, juntando-se ao trabalho de conjunto e podem até recuperar por completo a tempo da convocatória para o próximo compromisso da equipa. Mas nem só de boas novas vive o técnico, uma vez que, em sentido inverso, parecem pouco prováveis as recuperações de Halliche, Keita, Amessan e Carlos Saleiro, que voltaram a ficar de fora da sessão matinal e que ainda se mantêm sob os cuidados do departamento clínico academista. Tal como havia acontecido no treino de anteontem, Pedro Emanuel voltou a recorrer aos juniores Pedro

DB-Luís Carregã

Ogu e Cissé recuperados das respetivas lesões

Duarte, Dabo, Jimmy e André Jorge, que assim colmataram as ausências e voltaram a trabalhar com o grupo profissional Hoje, a Briosa continua a preparar o encontro da 23.ª jornada da Liga, com nova

sessão de trabalho às 10H00 na Academia. Antes, realizase a tradicional conferência de imprensa de um jogador para antevisão da partida. José Armando Torres jose.torres@asbeiras.pt

Basquetebol Jornada dupla Judo Académica luta pelo pódio na Taça da Europa para as seniores do Olivais 111 Fim de semana de jornada dupla para a equipa sénior feminina do Olivais Coimbra. Amanhã, às 18H30, as olivanenses recebem Ac. Porto, adversário já quase condenado à descida de divisão. O encontro está marcado para o Pavilhão Eng.º Augusto Correia e, para além do muito público, é de esperar a vitória das locais, que assim tentam subir ao 5.º lugar da classificação. Já no domingo, as seniores femininas da equipa alvinegra deslocam-se a Carcavelos, onde vão defrontar a Quinta dos Lombos (no Pavilhão do Desportivo de Lombos, às 17H15). Masculinos em Braga Relativamente aos senio-

res masculinos, Olivais desloca-se a amanhã (16H30) ao Pavilhão de Lamaçães, onde defronta o Sp. Braga, em jogo da 20.ª jornada do Campeonato da CNB1.

111 Tem lugar este fim de semana, em Coimbra, mais uma edição da Taça da Europa de Juniores, uma organização da Associação Distrital de Judo de Coimbra e da Federação Portuguesa de Judo, que este ano conta com a presença das seleções do Brasil e do Canadá, a que se junta uma expressiva representação de países europeus. Na equipa da Académica, e a integrar a convocatória da seleção nacional, o destaque vai para Luís Mendes, vencedor da edição da prova de 2011 e um dos mais cotados atletas juniores europeus. O judoca estudantil encontra se num bom momento de forma e, após a vitória no Campeonato Nacional de Juniores, vai certamente lutar por um lugar no pódio da competição.

DR

Comitiva academista com aspirações de discutir medalhas

Eduardo Silva espera também chegar ao pódio na categoria de -60 kg. Recorde-se que este atleta desceu da categoria de -66 kg há pouco tempo e mostrou, com a vitória nos recentes campeonatos nacionais, que é dos praticantes europeus mais competitivos. Catarina Costa (- 44 kg e

ainda cadete) está na fase final de recuperação de uma lesão, mas vai tentar repetir o sucesso alcançado na edição do ano passado da Taça da Europa, onde alcançou uma medalha de bronze. Ainda convocadas pela seleção nacional estão Maria Rodrigues (estreia em

-48 kg) e Eunice Santos (-57 kg), judocas que tudo farão para alcançar um resultado de relevo. Pela Académica participam ainda na Taça da Europa prova Joana Antunes (-52 kg), que recentemente se sagrou vice-campeã nacional de cadetes, e Ana Marques (-63 kg).


Memórias Vidas e espaços que se cruzam no tempo A comemorar 19 anos, o DIÁRIO AS BEIRAS foi à procura de pessoas e de espaços que guardam memórias e ajudam a contar a história do distrito de Coimbra. Empresas que marcam a vida económica de concelhos como Arganil, Cantanhede, Coimbra, Figueira da Foz e Góis e que o tempo marcou de forma implacável. Espaços e gentes da nossa terra unidos pelo passado, mas com caminhos diferentes

especial

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aniversário a niversário

editorial // A.Franklin, diretor

Faz parte do nosso código genético esta procura do novo, esta preocupação por servir os nossos leitores com informação que seja ‘fresca’ mesmo que de acontecimentos e factos já datados no tempo

19 anos de referência e inovação

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111 O aniversário que hoje celebramos, 19 anos, representa no panorama da imprensa regional um sinal incontornável. A fundação do Diário As Beiras como sequência – lógica – do As Beiras, semanário, sempre se pautou pelo desiderato de criação de um jornal inovador nos processos de construção da sua informação, inovador na forma de o fazer e acompanhando os tempos das transformações nos media, na importância dada à imagem, à organização visual dos conteúdos e, mais recentemente, à cor total. Faz parte do nosso código genético esta procura do novo, esta preocupação por servir os nossos leitores com informação que seja ‘fresca’ mesmo que de acontecimentos e factos já datados no tempo. Este primeiro caderno de aniversário que hoje lhe apresentamos serve esse objetivo – revisitar alguns dos lugares que foram referência industrial e empresarial nesta região, reolhar para o

lado humano que esteve presente em cada uma das situações que relatamos e que não podem nem devem deixar de ser tidas em conta. A este caderno se sucederá a 5 de Abril a segunda publicação de aniversário onde relataremos o outro lado empreendedor e inovador da nossa região – uma das condições para vencermos a situação crítica que todos vivemos e que importa ultrapassar quanto antes. Será igualmente um documento de valor de forma inovadora e diferente de abordar as nossas mais-valias e que é demonstra bem a qualidade dos profissionais do Diário As Beiras, na área editorial, gráfica e comercial. Não queremos, contudo, deixar passar esta data festiva sem referir a procura que diariamente fazemos no sentido de servir os nossos leitores e que se tem vindo a caracterizar pela introdução de novas secções e conteúdos - estamos a referir-nos ao ‘diário das freguesias’, estamos a falar dos ‘dossiês diário as beiras’, onde tentamos ir para além do

imediato e servir, numa perspetiva de proximidade e de interesse de quem nos lê, acompanhando as preocupações e necessidades que nos envolvem. Novas propostas irão aparecer oportunamente e que, julgamos, serão do agrado e de utilidade para os nossos leitores. Queremos ainda referir a nossa afirmação junto de assinantes, nomeadamente no plano da edição digital do Diário As Beiras. No momento, ocupamos a terceira posição no plano dos jornais nacionais – o que nos prestigia e honra e nos continua a afirmar como jornal inovador e de referência no plano da imprensa regional. Exemplo de como o Diário As Beiras é referência verifica-se na influência registada noutros meios de comunicação, quer no plano da organização e construção da notícia quer, até, na forma de a veicular. A todos os nossos leitores e anunciantes um bem haja pelo apoio e dedicação para com o nosso/seu jornal!


Estaco “Apesar de tudo, fui feliz aqui”

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aniversário aniversário

Laborou durante mais de 70 anos e chegou a empregar mais de mil trabalhadores. No final de um processo que durou cerca de seis anos, a 24 de outubro de 2001, o 2.º Juízo Cível da Comarca de Coimbra sentenciava pela falência das Cerâmicas Estaco. Hoje, os mais de 400 antigos trabalhadores e reformados da empresa ainda têm a receber créditos de cerca de seis milhões de euros

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DB-Carlos Jorge Monteiro


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Cerâmica transformada numa enorme carcaça de betão

Manuel Oliveira trabalhou “uma vida” na fábrica de cerâmica. Foram quase quatro décadas dedicadas exclusivamente a uma unidade fabril que lhe deu muito e onde - diz - foi feliz. Conseguiu prever dias conturbados e saiu antes do encerramento da cerâmica. Tinha 61 anos 111 Outubro de 2001. Passaram 12 anos. O suficiente para que o tempo fosse transformando uma das maiores fábricas do país numa gigantesca carcaça de betão. São quase 60 hectares de um complexo industrial votado ao abandono na Pedrulha. Manuel Oliveira trabalhou “uma vida” na fábrica de cerâmica. “Foram 38 anos”, diz, enquanto caminha sobre um chão onde restam silvas, lixo ou louças sanitárias partidas. Hoje, o antigo operário, natural de Torre de Bera (Almalaguês) regressa

para reavivar memórias e reconstruir espaços que o tempo foi destruindo. 24 de outubro de 2001: dia do juízo final Fundada em 1946, a Estaco chegou a empregar cerca de mil trabalhadores e a deter uma unidade de produção em Moçambique. A fábrica produzia para exportação e para o mercado nacional três produtos – azulejo, sanitário e pavimento – o que lhe conferia uma posição de destaque a nível setorial, nacional e, mesmo, internacional.

No final de um processo que durou cerca de seis anos, a 24 de outubro de 2001, o 2.º Juízo Cível da Comarca de Coimbra sentenciava pela falência das Cerâmicas Estaco. Nessa época, Manuel Oliveira tinha 61 anos e exercia funções na portaria. É ali, no que resta de um pequeno anexo localizado na frontaria da antiga fábrica, que Manuel repara numa das paredes onde está afixado um calendário de 2001 – precisamente o ano em que a fábrica fechou. “Parece que o tempo não passou por aqui”, afirma.

Mas passou. E muitos dos momentos que se seguiram àquela tarde de outono, não foram fáceis para os 230 trabalhadores que ficaram sem emprego. Vidas dedicadas exclusivamente à fábrica De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Cerâmica, Cimentos, Construção, Madeiras, Mármores e Similares da Região Centro, no momento da falência, os operários tinham entre 45 e 60 anos, detinham um tempo de serviço na Estaco entre os 20 e os 30

anos, possuíam baixa escolaridade e uma experiência de trabalho limitada quase exclusivamente à fábrica. Foi o caso de Manuel Oliveira, que escolheu a Estaco para trabalhar ainda na frescura dos 30 anos. “Passei por quase todos os departamentos da fábrica: comecei por descarregar as matérias-primas; depois passei para o armazém do azulejo. De seguida, fui para o armazém da loiça onde separava a mercadoria para os clientes. Depois do armazém da loiça, fui para ajudante de camionista para substi-

tuir o antigo ajudante que tinha falecido num acidente de viação”. Os últimos anos, passouos na portaria. Fazia os três turnos: das 08H00 às 16H00, das 16H00 às 24H00, das 24H00 às 08H00. “Passava mais tempo aqui do que com a minha família. No último dia, saí às 18H00. A partir daí, acabou a Estaco”, recorda. Complexo industrial abandonado É, de novo, na frontaria da fábrica em ruínas, que o antigo operário fala do


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aniversário a niversário

DB-P.C.A.

na primeira pessoa

Manuel Oliveira

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74 anos, Coimbra

enorme forno – que ocupava toda parede do primeiro piso – e onde se cozia a loiça a 1.400 graus centígrados. Que recorda as peripécias de muitos colegas, o frenesim e o barulho da sirene que marcava o início e o fim das jornadas diárias de trabalho. A Estaco é, afinal, apenas mais uma, entre tantas unidades fabris, que deram vida àquela zona da Pedrulha. É mais uma fábrica vazia e silenciosa, localizada na antiga zona industrial da cidade, junto às também abandonadas Fábrica da Cerveja de Coimbra, da Triunfo Rações

e Triunfo Massas e Bolachas. Volvidos 12 anos, os mais de 400 antigos trabalhadores e reformados da empresa ainda têm a receber créditos de cerca de seis milhões de euros. De acordo com Jorge Vicente, do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Cerâmica, Cimentos, Construção, Madeiras, Mármores e Similares da região Centro, a venda dos terrenos poderia solucionar processo de reclamação de créditos: a Estaco tem um património no valor de 6,5 milhões de euros, respeitantes aos qua-

se 60 hectares localizados na Pedrulha e outros dois terrenos, “um localizado no Porto e outro no Algarve”. No entanto, de acordo com o sindicalista, todas as propostas de eventuais compradores feitas até hoje “foram muito fracas”. O que resta da (outrora imponente) Estaco é apenas uma sombra de um passado que não regressa, mas que se recorda. “Apesar de tudo, fui feliz aqui”, diz Manuel Oliveira. Patrícia Cruz Almeida patricia.almeida@asbeiras.pt

Manuel Oliveira trabalhou quase quatro décadas nas Cerâmicas Estaco. Já era casado quando, com cerca de 30 anos, ingressou na fábrica. Passou por quase por quase todos os departamentos: começou por descarregar as matérias-primas e depois passou a exercer funções no armazém do azulejo. De seguida, foi para o armazém da loiça, onde separava a mercadoria que seria depois entregue aos clientes. Anos depois, iria trabalhar para o armazém da loiça. Uma das últimas funções que teve na Estaco foi ser ajudante de camionista. “Fui substituir o antigo ajudante que tinha falecido num acidente de viação”, lembra o

antigo operário. Os últimos anos, passou-os na portaria: fazia os três turnos: das 08H00 às 16H00, das 16H00 às 24H00, das 24H00 às 08H00.

Conseguiu prever dias conturbados e saiu antes do encerramento da cerâmica. No entanto, a fábrica ficou a dever-lhe alguns milhares de contos de salários em atraso e indemnizações. Conseguiu “equilibrar-se”. Lá em casa, a mesa nunca deixou de estar farta e ainda teve condições para pagar os estudos aos dois filhos. Apesar de tudo, “as saudades” do tempo em que trabalhou na Estaco ainda o atormentam “de vez em quando”.


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aniversário aniversário

Ideal “nunca teve falta de encomendas”

A Ideal - Indústrias Têxteis foi uma das grandes empresas, das últimas décadas, em Coimbra. Faliu em dezembro de 1993, numa altura em que ainda empregava cerca de 450 trabalhadores

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DB-Carlos Jorge Monteiro


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aniversário a niversário

Ninguém “fez nada para ajudar a Ideal” “A Ideal era uma grande fábrica”, afirma Rosa Rodrigues, antiga trabalhadora da unidade industrial que laborou na Baixa de Coimbra. Com um extenso fabrico no setor das malhas, a fábrica possuía setores de fiação e confeção. Foi uma das primeiras empresas do setor a ser fundada em Coimbra e também das primeiras a declarar falência Há dois anos, um violento incêndio deixou em ruínas o interior do edifício da Ideal

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111 A Ideal, fábrica de têxteis, foi fundada em 1927. Nasceu, então, na Baixa de Coimbra, numa zona privilegiada. A unidade fabril afirmou-se desde logo no panorama da indústria têxtil nacional, contando com uma carteira de clientes de renome nacional e internacional. No início da década de 90 as dificuldades da empresa começaram a tornar-se visíveis e a 21 de dezembro de 1993 o tribunal acabou por declarar a falência. Os trabalhadores saíram para a rua, desfilaram

pela avenida Emídio Navarro e lançaram ao rio Mondego um caixão – uma caixa feita com cartolina preta e as flores que cada trabalhador levou, recorda Rosa Rodrigues, antiga funcionária da Ideal. A ação de protesto simbolizou “o funeral” da empresa. Pouco tempo depois, o que restava da grandiosa Ideal foi posto à venda em hasta pública: o recheio, como as máquinas de costura, de corte, de coser e de casear, e os imóveis – o imponente edifício da rua do Arnado, em ple-

na Baixa de Coimbra, agora degradado e consumido por um incêndio, e as instalações de Coselhas, onde, a dada altura, passou a funcionar o setor da fiação. E os trabalhadores esperaram ainda vários anos para receberem a parte possível dos créditos a que tinham direito. “Uma grande tristeza” Mas a história da Ideal nem sempre foi feita de páginas negras, recorda Rosa Rodrigues, que era ainda adolescente quando, depois de

“chumbar pela primeira vez, no 9.º ano antigo”, começou a trabalhar na fábrica, onde também estavam empregados os seus pais. Rosa trabalhou cerca de 20 anos na Ideal, “mesmo até ao fim”. Com lágrimas nos olhos lembra a marcha final, na qual participou e que passou também pelo Governo Civil de Coimbra, e o “caixão” e as flores atiradas ao rio. “Ainda hoje sinto uma grande tristeza quando penso no fecho da Ideal”, confessa, lembrando que a unidade

industrial, com setores de fiação, tinturaria e confeção, produzia de tudo, na área das malhas. “Fazíamos t-shirts, sweat-shirts, fatos de treino, camisolas e até cuecas para homem e para senhora” e “a maior parte da produção era exportar”, afirma. Na fábrica, Rosa, que hoje tem 55 anos, trabalhava na seção de costura, onde estavam também as “revistadeiras”, que conferiam e atestavam a perfeição das peças de malha. Mas ali, no edifício da rua do Arnado, existia ainda

a área das “talhadeiras”, que, com os moldes, cortavam as peças de roupa, a zona das prensas (ou sortido), onde as operárias passavam as peças de roupa a ferro, dobravam e embalavam, antes de estas irem para o armazém. Existia também a tinturaria, para branquear ou tingir de cor as malhas, e a área da fiação, que mais tarde, dada a expansão da atividade na fábrica, passou a funcionar nas instalações de Coselhas. Quando a fábrica fechou, em dezembro de 1993, Rosa


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aniversário a niversário

DB-Luís Carregã

na primeira pessoa

Rosa Maria Rodrigues 55 anos, reside no Cimo de Fala, em Coimbra Trabalhou cerca de 20 anos na fábrica Ideal

ganhava cerca de 44 contos (ou melhor, 44.400 escudos).

38517

“Não se fez nada para ajudar a manter a Ideal” Olhando para o passado, a antiga trabalhadora acredita que “a fábrica não fechou por falta de trabalho ou de encomendas”. Mas “os credores muitos” e na cidade “ninguém fez nada para ajudar a manter a Ideal, fábrica que era da família Pires de Lima. “A situação piorou com a saída do dr. Aníbal, sócio da empresa”, conta Rosa.

O fim da unidade fez-se anunciar quando o setor da costura começou a ficar quase vazio, “sem os montes de obras” que estavam sempre em espera para ser costurados. Nos meses dif íceis que antecederam a falência, a dada altura a empresa ficou sem eletricidade. “Então alugaram um gerador, para que conseguíssemos trabalhar”, recorda. Mas um dia, após uma jornada de protesto, os trabalhadores regressaram à fábrica e o gerador já não es-

tava lá. Aparentemente, diz, “não pagaram o aluguer”. Depois, um dia, “quando chegámos para trabalhar, pela manhã, mandaram-nos embora, disseram-nos que a fábrica tinha acabado”. Seguiram-se as audiências em tribunal, num penoso processo de falência, e alguns anos depois, em 1998, os antigos operários acabaram por receber as indemnizações. “Nunca percebi que contas fizeram, mas recebi 300 contos, depois de 20 anos de trabalho”, desabafa.

Projeto para hotel “low cost” Hoje, a antiga fábrica têxtil Ideal ainda ostenta a placa indicativa de que está à venda. Há cerca de dois, quando foi atingida pelo incêndio, a Quadrar – Construção e Promoção Imobiliária, proprietária do edif ício na Biaxa, anunciou a intenção de vender o imóvel à cadeia de hotéis “low cost” francesa B&B. Nesse sentido, chegou a ser solicitado um pedido prévio de informação à Câmara de Coimbra. Segundo o pedi-

do de “informação prévia” aprovado nesse verão pela Câmara de Coimbra, na transformação da fábrica em hotel seriam preservadas as fachadas do edif ício, que curiosamente conseguiram resistir, de pé, à violência do incêndio. Mas desde então, do projeto que poderia contribuir para recuperar uma área desqualificada da Baixa de Coimbra, não se soube mais nada. Dora Loureiro dora.loureiro@asbeiras.pt

Quando trabalhava na Ideal Rosa Rodrigues ia de autocarro, o n.º 14, para a fábrica. Descia à beirario, em frente ao também desaparecido cinema Tivoli. Depois, “seguíamos todas juntas, a pé, para as várias fábricas que na altura existiam na Baixa de Coimbra”, recorda. “Tenho muito pena do que aconteceu à Ideal. Tínhamos momentos muito amargos, muito trabalho, muitos ralhetes, mas também tínhamos momentos muito bons, de muito convívio”, lembra, com nostalgia. “A Ideal era uma grande fábrica”, emociona-se a trabalhadora. E recorda que o seu pai, que também trabalhou na unidade industrial, afirmava que, naquele tempo, “idêntica à Ideal só existia uma fábrica em Vila do Conde”. Depois de sair da Ideal Rosa Rodrigues rumou, tal como os restantes trabalhadores, ao Centro de Emprego, e alguns anos depois, por questões de saúde, acabou por reformar-se.


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aniversário a niversário DB-Luís Carregã

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1 As paredes da velha Ideal resistiram ao violento incêndio que deflagrou a 22 de março de 2011

Incêndio assustou a Baixa de Coimbra

2 Rosa Rodrigues em plena laboração na Ideal, onde trabalhava na seção de costura

3 Ontem Rosa Rodrigues “regressou” ao edifício, agora fechado, da Ideal

Com a falência decretada em dezembro de 1993, após um longo processo judicial e meses de memórias penosas para os trabalhadores, o edifício da Ideal, em plena Baixa de Coimbra, tem vindo a degradar-se ao longo dos anos. Em março de 2011 um violento incêndio devorou o que restava do interior da fábrica e as enormes labaredas provocaram o alarme geral na cidade. Mas as vetustas paredes da antiga fábrica ainda resistiram às chamas e continuam de pé, à espera de um novo projeto, seja um hotel “low cost” ou outro DR

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DB-Luís Carregã

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aniversário aniversário

Da Mondorel restam “boas e más memórias” Fundada em 1967, a Mondorel laborou durante 35 anos. Foi então comprada pelo Grupo Mondefin, que aquando da aquisição do seu património imobiliário se comprometeu a dar continuidade à fábrica através da criação da Revitatêxtil. A nova unidade funcionou uns escassos dois anos e acabou também por fechar em 2004. Hoje, no planalto de Santa Clara, onde antes se ouviam os teares, que Júlio Almeida, antigo trabalhador, tão bem conheceu, ergue-se o Forum Coimbra, empreendimento que envolveu um investimento de 125 milhões de euros

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DB-Luís Carregã


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aniversário a niversário

na primeira pessoa

Natural de Mêda, Júlio Almeida trabalhou 22 anos na Mondorel. Deixou a empresa em novembro de 1993, pois, pressentindo que “os problemas iriam surgir”, decidiu aproveitar a possibilidade de optar pela pré-reforma. Da antiga fábrica de lanifícios guarda muitas recordações. Lembra a “intervenção estatal” no período pós 25 de abril, o regresso do antigo dono e, mais tarde, as fases do plano de viabilização financeira. O antigo funcionário, que chegou a fazer parte da comissão de trabalhadores, acredita que se o dono da Mondorel, “o sr. Alvarez, não tivesse morrido, a fábrica ainda continuaria a existir”. Em Coimbra “quem manda nunca se importou com a situação das indústrias, porque é uma terra de doutores”, lamenta Júlio Almeida, enumerando o fecho de tantas empresas, como a Triunfo, a Fiaco e a Textilândia, entre outras.

Revitatêxtil não evitou o fim da Mondorel Em 2002 a Mondorel - Fábrica de Lanifícios foi transformada em Revitatêxtil e transferida para as instalações da Reflecta, em Taveiro, onde continuou a laborar. Mas a nova esperança dos trabalhadores durou pouco mais de dois anos: no início de 2004 a Revitatêxtil fechou portas. Nos terrenos de Santa Clara foi construído o Forum Coimbra 111 No planalto de Santa Clara as cores garridas do Forum Coimbra vão desvanecendo mesmo as memórias mais recentes: a nova imagem urbana impõe-se, mas há pouco mais de uma década, nos terrenos onde se ergue agora o centro comercial, laborava, ainda com cerca de 600 trabalhadores, a Mondorel – Fábrica de Lanif ícios. Mas para uns quantos, os ex-trabalhadores, a memória da antiga unidade industrial mantém-se bem viva quando espreitam a margem esquerda do Mondego. É o caso de Júlio Almeida, que trabalhou 22 anos nos escritórios da

antiga Mondorel. Da fábrica guarda “boas e más memórias”, mas sobretudo “saudades”. E recorda “com muita tristeza” o encerramento da unidade industrial, onde a maioria dos trabalhadores eram mulheres, mas que empregava também muitos casais: “com o fecho da Mondorel tiraram o pão a muitas famílias”, desabafa. Hoje, quando vai ao novo centro comercial, não consegue deixar de visualizar, nas suas memórias, a imagem da fábrica e das suas várias secções – preparação da matéria-prima, tinturaria, fiação e tecelagem, e até as casas, construídas dentro do

perímetro da fábrica, onde viviam alguns trabalhadores que residiam fora de Coimbra, como por exemplo os que a administração contratava na Covilhã. Talvez por isso, nestes anos, foi ao centro comercial apenas três vezes e não conseguiu andar por lá mais do que alguns minutos. “Olho para aquilo com tristeza, lembro-me do tempo da fábrica”, confessa Júlio Almeida. “Maioria da produção era para exportação” Na Mondorel produziam -se vários tipos de tecidos – desde as fazendas de pura lã

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Uma reunião nas antigas instalações da Mondorel. Os trabalhadores, apreensiv

ao terylene –, mas também o fio que a fábrica fornecia a diversas empresas. Nesses tempos, a maioria da produção da Mondorel destinavase à exportação. “A maior parte do fio e do tecido que se produzia eram vendidos para países estrangeiros, como a Inglaterra e a Alemanha”, lembra o exfuncionário. Fundada em 1967, pela família de Eládio Alvarez – que detinha também a Santix, outra fábrica de lanif ícios de Coimbra – a Mondorel, embora debatendo-se ciclicamente com algumas dificuldades, manteve-se em funcionamento até ao início

deste século. Na época, culminado um período de graves dificuldades económicas e um processo de insolvência, a Mondorel foi comprada pelo grupo Mondefin, que integrava a empresa de construção Bascol. Ao adquirir o importante património imobiliário, com os valiosos terrenos, o Grupo Mondefin comprometeu-se a assegurar a continuidade da fábrica e dos postos de trabalho através da criação da Revitatêxtil. Com este compromisso público, o património da antiga Mondorel foi adquirido pela Revitatêxtil, em execução fiscal, por cerca de 6,5 milhões de euros.


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aniversário a niversário

Arquivo

números

600

era o número de trabalhadores da Mondorel em 2000, empresa que à data já perto da extinção

60

funcionários trabalhavam na Revitatêxtil (ex-Mondorel) em março de 2004, quando a fábrica, que funcionava nas antigas instalações da Reflecta, em Taveiro, foi encerrada

6,5

milhões de euros foi o valor que a Revitatêxtil pagou pela aquisição, em execução fiscal, do património imobiliário da Mondorel

vos, anteviam já o fim da unidade industrial

que a fábrica teve nos tempos áureos. Para o fecho da Revitatêxtil, como assinalaram na altura sindicatos e algumas forças políticas, os proprietários não invocaram dificuldades financeiras, mas sim o mau momento do mercado dos têxteis, a concorrência chinesa e a falta de encomendas. E os poucos funcionários que ficaram até ao fim foram indemnizados. Mais “um caso de especulação imobiliária” Pouco resignado, o Sindicato dos Trabalhadores Têxteis, Lanif ícios e Vestuário do Centro exigiu que se apu-

rassem responsabilidades no encerramento da Revitatêxtil, considerando ter-se tratado de mais “um caso de especulação imobiliária” em Coimbra. Pesaria ainda nas alegadas responsabilidades empresariais, segundo o sindicato, o facto de o grupo ter recebido incentivos financeiros da autarquia e estatais quando se comprometeu a criar a Revitatêxtil e a manter os postos de trabalho, que afinal não resistiram a 2004. As exigências ficaram sem resposta, mais uma vez. Em paralelo, os apetecíveis terrenos da antiga Mondorel, no planalto de Santa Cla-

ra, foram vendidos por cerca de trinta milhões de euros pelo principal acionista da Revitatêxtil à multinacional holandesa Amstelland MDC, promotora da construção do Forum Coimbra. Centro comercial cria 1500 postos de trabalho É também em 2004 que se inicia a construção do Forum Coimbra, que envolveu um investimento global da ordem dos 125 milhões de euros, de acordo com os dados da promotora imobiliária holandesa. A Amstelland MDC vende, ainda nesse ano, o empreendimento comercial ao ING Real Estate In-

vestment Management, que na altura já era também proprietário do Forum Aveiro e do Parque Mondego. O centro comercial Forum Coimbra foi inaugurado a 26 de abril de 2006. Com a criação de cerca de 1.500 postos de trabalho, devolveu de algum modo ao planalto de Santa Clara a centralidade e importância económica que este tivera poucas décadas antes. Mas não conseguiu apagar, nas memórias dos antigos trabalhadores, o som dos teares que pararam para sempre.

30

milhões de euros foi o montante da venda dos terrenos onde estava instalada a Mondorel à empresa holandesa que construiu o Forum Coimbra

125

milhões de euros foi o valor do investimento total na construção do Forum Coimbra

Dora Loureiro dora.loureiro@asbeiras.pt

Rua Abílio Fernandes

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Mais dois anos de pouca esperança Assim, em janeiro de 2002 a laboração da ex-Mondorel foi transferida para as instalações da Reflecta, em Taveiro, que pertenciam também ao grupo Mondefin. Naquelas instalações laborou ainda cerca de dois anos, mas o fim não tardou. O anúncio do encerramento da Revitatêxtil, que colocou o derradeiro ponto final na história da Mondorel, aconteceu a 3 de março de 2004, numa altura em que na empresa trabalhavam apenas 60 pessoas, um número muito distante das centenas de funcionários

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aniversário aniversário

Companhia de Papel “Vidas amarrotadas”

A história da Companhia de Papel de Góis mistura-se com as memórias das gentes de Ponte do Sótão e dos lugares vizinhos. O seu fecho, abandono e desmantelamento marcam, de forma dolorosa, o passado, o presente e o futuro de uma população que nasceu para trabalhar a fábrica

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DB-Luís Carregã


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Góis “Uma casa para todas as gerações” DB-Luís Carregã

1

3 2

1 José Manuel, José Gregório e o casal Rosa Ferreira e Arlindo Ferreira

2 O papel amontoado nos cantos da fábrica lembram os tempos áureos

3 No interior, a nascente que também matava a

111 "Não te vais fazer aqui velho”. E não fez. José Manuel tem hoje 56 anos. Entrou na Companhia do Papel de Góis estava a fazer 17 anos. Não foi surpresa. Ali já trabalhava o pai, a irmã e aquela com quem viria a constituir família (Maria Helena). Surpresa foi, sete ou oito anos depois, o jovem, com cerca de 24 anos, casado e pai - e o mais novo chefe de secção -, ter tido a coragem de deixar a fábrica que marcava o futuro de todas as famílias de Ponte de Sótão e da região envolvente e onde todas as gerações se faziam velhas. José Manuel não se fez velho na Companhia do Papel de Góis e acompanhou cá fora o drama de colegas, amigos e vizinhos atirados para o desemprego com o fecho da empresa. Saiu da fábrica, mas não abandonou a terra. Arregaçou as mangas e “fezse à vida” apostando no setor da eletricidade. Hoje, tem a seu lado a mulher, os dois filhos e o genro e garante, embora com alguma emoção, que não se arrepende de nada do que fez. Falta de visão Não se apontam culpas, embora José Manuel reconheça que faltou visão e atenção ao que se passava no país. Rebelde nas ideias e na forma de estar na vida, reconhece

que foi a sua capacidade de trabalho e de arriscar, assim como o gostar do que faz que lhe permitiu vencer os desafios e as dificuldades. Considera o fecho da companhia “uma perda irreparável para a população do lugar e da região - um sentimento confessado pelos populares com quem o DIÁRIO AS BEIRAS conversou - e reconhecido por todos quantos hoje olham com mágoa para a fábrica que, embora abandonada, guarda memórias vividas e nunca esquecidas. Famílias que se habituaram a trabalhar à porta de casa, a viver bem “com bons ordenados”, que lhes permitia “ir a Coimbra cortar o cabelo ou comprar roupa no El Dourado”. Histórias reais E foi quando tudo isso acabou que a população perdeu a vontade de viver. Uns não aguentaram. Outros viraram-se para os netos e descobriram outra forma de estar, como Rosa Ferreira que hoje recorda a vida contando histórias à neta. Tem 54 anos. Entrou na fábrica aos 20, altura em que lhe nasceu o filho, e onde já trabalhava o marido. “Chegámos a ser 71 mulheres entre os mais de 200 trabalhadores. O fecho marcou-nos a todos porque nos atirou ao mundo e, agora, para o desemprego”.

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sede aos trabalhadores

Em Ponte do Sótão já ninguém recorda a construção da Companhia de Papel de Góis. Mas todos os adultos que por ali resistem estão ligados a ela de forma umbilical. E não é exagero. As crianças que nasciam, já tinham o nome registado na empresa. O futuro estava traçado à nascença e só seria quebrado com rebeldia. Infelizmente, o tempo encarregou-se de quebrar os elos

Campanha do XIV Aniversário de 22 de Março a 11 de Abril... Ocasiões únicas!!!

Apesar de tudo, todos são unânimes em reconhecer que se o fecho que ocorreu há mais de duas décadas acontecesse agora as consequências seriam muito mais desastrosas. Aliás, como se vê diariamente. Quando o perigo espreita Também José Gregório que entrou rapazinho na fábrica para integrar um grupo de mais de 300 trabalhadores, considera que o fecho da fábrica foi o caos e o fim da Ponte do Sótão. Com 56 anos e depois de passar pela construção civil, vê-se agora a braços com o desemprego. Sair para outro país pode ser uma solução. Mas fazer o quê? A pergunta tira-lhe o sono. Mas a resposta não é fácil. Divididas, as gentes de Ponte de Sótão vão vivendo entre um passado onde os sonhos se foram concretizando e um futuro recheado de (alguns) pesadelos e medos. Um deles - imagine-se - é que os netos possam vir a sofrer acidentes numa casa abandonada onde todos foram felizes um dia. “As estruturas não estão protegidas e se as crianças lá entrarem é morte certa”, alerta José Gregório. “Que as nossas memórias não sejam ainda mais penosas”. Eduarda Macário eduarda.macario@asbeiras.pt


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aniversário aniversário

Cantanhede “A Forvel marcou a minha vida” A Forvel - Fábrica Portuguesa de Veículos, com sede em Cantanhede, iniciou a atividade a fabricar os tricarros com diferencial - utilizados para transporte de pequenas cargas na cidade. Em 1976 fabricava cerca de 150 veículos destes por mês e, neste mesmo ano, a Forvel inicia a produção de veículos de duas rodas apenas. Foram distribuídos por todo o país e até exportados para alguns países estrangeiros. A fábrica encerrou no final da década de 80. Francisco Santos recorda os tempos em que lá trabalhou e a forma como o marcaram

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DB-Carlos Jorge Monteiro


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aniversário a niversário

Forvel “Uma fábrica muito à frente” Francisco Santos trabalhou entre 1979 e 82 na fábrica Forvel, que produzia motorizadas de Cantanhede para Portugal e para o estrangeiro. Não foram muitos anos mas foram os suficientes para nunca mais esquecer um trabalho que no início da vida ativa o marcou. Para sempre DB-Carlos Jorge Motneiro

A Forvel “era quase a Auto Europa de Cantanhede”, afirma, com saudade, Francisco Santos

época”, por isso, não se estranha a evolução que teve. Aliás, em 1980 surgiu um modelo “125 cc com motor japonês Hodaka, monocilíndrico, dois tempos e cinco velocidades que atingia cerca de 120 quilómetros por hora”. Uma fábrica “à frente e especial” A Forvel “era uma fábrica à frente”, diz Francisco Santos. A prová-lo está o facto de, no início da década de 80, ter sido feito “um protótipo de um carro semelhante aos

microcarros (papa reformas que hoje existem”. É com um “orgulho imenso” que fala do tempo que lá trabalhou. Não foi muito mas marcou-o, e isso, aliás, reflete-se na forma, sempre positiva, como recorda a empresa. A Forvel, afirma, “era quase a Auto Europa de Cantanhede”. Mas os tempos mudaram e a própria evolução fez com que a motorizada, que todos tinham, fosse trocada pelo automóvel. “O homem foi vítima da sua própria evolução”, refere. Nem só em Portugal circulavam as Forvel. Francisco

Santos recorda as “exportações para a Bélgica”, que tinham grande importância na época, havendo até “um clube de fãs Forvel”. Era especial lá estar e trabalhar naquela “família” com cerca de 100 funcionários. “Adorei lá estar e se ainda hoje existisse certamente lá estaria”. Havia um conjunto de aspetos que vão surgindo com a conversa e que marcaram este ex-trabalhador da Forvel. “A equipa era um luxo, a empresa era uma referência, a organização era exemplar e o essencial

do que sei hoje aprendi lá”. “Como pessoa cresci muito e marcou-me enquanto cidadão”, afirma. A Forvel pertencia a um grupo com as empresas Pomoto (Lisboa), Eurocampo, Campimar e Campimópvel. A mulher de Francisco Santos ainda chegou a ser funcionária de uma das empresas do grupo. Recordar as instalações que deixaram saudades Junto das antigas instalações da Forvel, onde atualmente funcionam os serviços

da INOVA, Francisco Santos recorda os escritórios onde trabalhava, “no primeiro andar”, a entrada para a empresa – “ao fundo era o relógio de ponto” – as empresas que havia ao lado e a cantina onde nunca terá comido “apesar de haver confeção própria”. Hoje está tudo mudado, junto das antigas instalações da Forvel há o Biocant Park, a Inova uma série de outras empresas. “Naquele tempo era só pinhal e nem a estrada era alcatroada”, recorda com um sorriso. Poucos anos depois de ter entrado pela primeira vez na Forvel, e já com o mercado de vendas “a apresentar um declínio”, Francisco Santos saiu em 1982. “Nessa altura já ganhava 22 mil escudos e fui para outra empresa ganhar mais dois contos”, isto é, 24 mil escudos, “120 euros se fosse hoje”. Francisco Santos chegava à Forvel às 08H00 para trabalhar e parava às 12H30 para almoçar. Ao contrário de alguns colegas não utilizava a cantina e regressava no fim do almoço e até ao fim do dia. De segunda a sexta-feira. Entre 1979 e 1982 foi sempre assim. Não continuou assim porque, na década de 80, a fábrica chegou ao fim. Rute Melo rute.melo@asbeiras.pt

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111 Tinha 21 anos quando entrou na Forvel, fábrica que ficou famosa pelas de motos que saíam de Cantanhede para o mundo. Francisco Santos, hoje funcionário da Câmara Municipal de Cantanhede, tinha saído há pouco da escola técnica quando surgiu a oportunidade de trabalhar na empresa do concelho onde residia. E, como agora recorda, trabalhar na Forvel era trabalhar “na empresa”. Vivia-se o ano de 1979 e o jovem Francisco Santos, ainda solteiro, não desperdiçou esta oportunidade de trabalho, onde “recebia seis mil escudos por mês”. Não foram muitos anos, mas foram os suficientes para “marcar” a vida de Francisco Santos. Recuemos até 1979, altura em que Francisco foi para a fábrica – “não me recordo exatamente do ano em que foi criada” – e onde partilhava o dia-a-dia com cerca de 100 colegas. O desenhador, que fazia equipa com outros elementos, lembra-se que em 1976 a Forvel “tinha uma produção mensal de 150 unidades de tricarros e nesse mesmo ano iniciou a produção de veículos a duas rodas (VIP2)”. E tinha, disso Francisco Santos também se recorda, “uma linha de produção e algumas máquinas bastantes evoluídas para a

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Feliz Aniversário ao Diário As Beiras


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Ceres “Vivemos aqui tantos dias” CM_Record_257x166_PouComplementar.pdf

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Abílio Esteves, José Ribeiro, Apolino Simões e Emília Sousa são antigos trabalhadores da cerâmica “Ceres”. Na hora do regresso às instalações em Torre de Vilela, os quatro funcionários emocionaram-se perante o seu estado de degradação, reconhecendo a urgência de uma solução para aquela que foi a última grande unidade fabril a fechar portas em Coimbra

DB-Luís Carregã


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aniversário a niversário

Fábrica empregou 450 operários Criada em 1956, a “Ceres” foi, durante algumas décadas, uma empresa de referência no mercado do azulejo e da loiça sanitária. O slogan “Eternidade em cerâmica” acabou por não ser cumprido, pois a partir de 2002 entrou em exploração deficitária, sendo obrigada a encerrar alguns anos depois, deixando no desemprego centenas de trabalhadores 111 A corrente do portão principal parecia não querer ceder à força dos antigos funcionários da cerâmica “Ceres”. Mas a vontade de conhecer o estado das instalações foi mais forte e Apolino Simões, Abílio Esteves, José Ribeiro e Emília Sousa lá regressaram a um espaço que foi a sua casa durante algumas décadas. José Ribeiro, um dos mais antigos funcionários, foi dos primeiros a entrar, seguido logo depois dos restantes. Depois de darem uma olhada para o exterior do edif ício, os quatro ex-funcionários entraram na área administrativa. Os vidros partidos são o primeiro sinal de que muitas outras surpresas se seguiriam. Chegados à sala administrativa, depararam-se com muitos

papéis espalhados pelo chão. Numa caixa, Apolino Simões repara que estão recibos de vencimentos. “Vê lá se estão aí os papéis dos nossos subsídios”, pediu José Ribeiro, que ainda chegou a pegar na resma, mas o muito pó acumulado levou-o a abandonar, em conjunto com os outros, essa busca. O mesmo já não aconteceu quando entraram no arquivo. Um piso abaixo da parte administrativa, as pastas com faturas e outra documentação estavam amontoadas ao longo do espaço. Mas houve algo que lhes chamou a atenção: as fichas de funcionários. Os quatro remexeram nos papéis, mas a única coisa que encontraram foi o cartão relativo ao cunhado de Emília Sousa. “Vou levar para mostrar à minha irmã”,

disse aos restantes elementos que a acompanharam neste regresso ao passado. As duas dezenas de degraus das escadas em caracol separam a zona administrativa da área fabril. Ali chegados, os ex-operários da Ceres não esconderam a sua desolação. “Meu Deus, como isto está. Já levaram tudo”, exclamou um deles. Afinal, não havia razão para outro tipo de comentário. É que, no espaço onde antes existiram máquinas e fornos, agora apenas resistem paredes e muito lixo. Lixo deixado por quem adquiriu o recheio da fábrica e muito outro causado por aqueles que conseguem entrar lá dentro em busca de algo para roubar. E os sinais desses intrusos estavam bem à vista na antiga zona administrativa. “Estas poças de

sangue devem ter sido deixadas por quem aqui entrou e se terá cortado nalgum dos vidros que estão no chão”, frisou Apolino Simões. O que mais impressionou os ex-operários foi mesmo o furto de grande parte do ferro e do cobre da antiga instalação elétrica. Por exemplo, na zona da loiça sanitária, haviam carris em ferro que eram usados para o transporte dos produtos. Da linha, com “uns bons quilómetros”, agora apenas existe um pequeno troço que não ultrapassa a meia centena de metros. “Vejam lá que até se deram ao trabalho de levantar carris”, afirmou Emília Sousa, com ar de espanto. Quem acabou por ficar mais calado nesta zona foi Abílio Esteves. O antigo forneiro não esconde que olhar

para aquele espaço lhe dá “um grande aperto no coração”. “Foi aqui que passei a minha mocidade”, referiu. O ex-chefe de turno ainda procurou algo que lhe trouxesse mais recordações, mas o estado em que os edifícios se encontram só levam a que seja cada vez mais difícil entrar naquele que foi o seu local de trabalho durante 28 anos. “Não havia falta de encomendas” No pavilhão vizinho, Emília Sousa recordou as inúmeras vezes em que, a trabalhar no turno da madrugada, não conseguiu aguentar o sono. Nessa zona, ainda existem algumas paredes da área onde as funcionárias executavam as tarefas que lhes eram solicitadas. Mas, ao olhar para

lá, Emília Sousa contém com alguma dificuldade as lágrimas. É que, ao contrário dos restantes, esta antiga funcionária não entrava nas instalações da Ceres desde 2006. “Fiquei sempre à porta. Hoje enchi-me de coragem e quis ver como é que isto estava”, disse. E, depois da visita, veio o lamento: “não esperava que a Ceres tivesse este final triste”. Uma situação que, segundo a ex-funcionária, começou a ser previsível em 2005. Apesar das encomendas – “não havia falta de encomendas, pois tínhamos sempre pedidos em atraso” –, o trabalho de vidragem e decoração dos azulejos passou a ser substituído pela limpeza do chão. A razão era simples: “não tínhamos material para dar andamento aos pedidos”.


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DB-Luís Carregã

na primeira pessoa

Apolino Simões

RFico um bocado revoltado com esta destruição R Estes terrenos valem muito mais do que aquilo que querem dar por eles

Abílio Esteves

RVer como isto está agora dá-me um aperto no coração RO nosso azulejo 11x11 era único no mundo

José Ribeiro

Para além da falta de material, Abílio Esteves lembrou que os problemas começaram também com os atrasos no ordenados. “Recebíamos sempre ao dia 23. Depois, passamos a ter os nossos ordenados no dia 28 e houve meses em que ele foi transferido a meados do mês seguinte”, afirmou. O antigo forneiro recordou mesmo um dia em que, findo o turno da madrugada, foi pedir explicações a um dos administradores sobre o atraso no pagamento. Com mais 20 colegas, chegaram à fala com um dos responsáveis que, na altura, apontou para o outro as culpas dessa situação. O que é certo é que “nunca chegamos a receber a verba em falta”. “E, às tantas, muito dificilmente iremos obter o que é nosso por direi-

to próprio”, lamentou. O antigo responsável pelo setor de expedição começou a trabalhar em 1963 na Ceres. Ao longo de 47 anos, foram estabelecidas muitas amizades. “Sempre tive com todos eles – clientes e colegas – um relacionamento extraordinário. E foi essa falta de contacto que mais me custou”, confessou. Futuro incerto Os quatro ex-funcionários gostariam que a antiga unidade fabril da Ceres tivesse um futuro à altura dos pergaminhos da empresa. Afinal, foi uma das firmas de referência do setor cerâmico, sendo mesmo a única que fabricava o azulejo com as medidas de 11x11. “Sabe porque é que esse azulejo tinha tanta saída,

por exemplo, para França?”, perguntou. A resposta foi dada de imediato: “para combater o desemprego”. É que, como depois explicou, demora mais tempo assentar ladrilhos com esta medida. “Bem como são precisos mais azulejos para preencher um metro quadrado”, concluiu. Relativamente ao espaço, os antigos operários gostariam que algum investidor tivesse apresentado uma boa proposta para aquela área. “Nós aprovamos em 2010 uma avaliação de oito milhões de euros para a venda do terreno e instalações da fábrica. Mas, agora, se nos dessem um milhão de euros já não era nada mau”, referiu Apolino Simões. Aliás, os antigos trabalhadores já deram carta branca aos responsáveis da comis-

são de credores para este negociarem os sete hectares de área abaixo do milhão de euros. Um valor abaixo do esperado, até porque a empresa tinha, em 2010, dívidas superiores a 14 milhões de euros e os trabalhadores créditos de cerca de cinco milhões de euros. Os antigos operários são mesmo os maiores credores (35,53 por cento do total reclamado pelos 219 credores), seguidos do BPN (2,1 milhões de euros), Segurança Social (2,1 milhões de euros) e Esmalglass Portugal (1,6 milhões de euros). Refira-se que este espaço chegou a ser apresentado aos responsáveis do IKEA para ali instalarem as suas futuras instalações na região Centro. Uma hipótese do agrado dos trabalhadores, mas que aca-

bou por não ter o acordo da firma sueca. Aliás, existe mesmo uma proposta entregue por um empresário em 2011, mas que os responsáveis desconhecem se ainda está de pé. Agora, e com as dificuldades financeiras do país, “mais difícil será vender isto tudo”, confessou José Ribeiro. A solução terá de passar, obrigatoriamente, por alguém adquirir a unidade e terrenos envolventes “numa perspetiva de médio e longo prazo”. Por exemplo, o presidente da Junta de Freguesia de Torre de Vilela, Ricardo Rodrigues, defendeu recentemente a instalação num dos edif ícios de uma incubadora de empresas. António Alves antonio.alves@asbeiras.pt

RTrabalhei aqui 47 anos e nunca pensei que as coisas chegassem a este estado R Confesso que, em dezembro passado, tive de conter as lágrimas

Emília Sousa

RComecei a trabalhar nesta fábrica aos 12 anos de idade. Passei aqui uma boa parte da minha vida RNós tínhamos encomendas. Faltava era a matériaprima para fazer os azulejos


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Empresa retomou produção em 2010 mas o sonho acabou pouco tempo depois Há três anos que a fábrica fechou definitivamente as suas portas. Desde então, os trabalhadores esperam que haja um investidor que adquira os mais de 70.000 metros quadrados de área para ali instalar algo que volte a dar vida empresarial a esta zona. Enquanto isso não acontece, a degradação começa a tomar conta dos vários edifícios

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1 Grande parte do telhado do edifício central já não existe

2 Pastas com documentos estão amontoadas na cave do edifício principal

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aniversário aniversário

Cerâmica Arganilense ao serviço da cultura

Um excelente café ao melhor preço para a sua empresa

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Quase cem anos depois de ter começado a produção da telha marselhesa e 20 anos depois de a fábrica ter fechado, a Cerâmica Arganilense, mais conhecida por “Fábrica da Telha”, voltou a ganhar nova vida, tornando-se no “novo centro de excelência de cultura, desporto e lazer” em Arganil

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111 Dedicada à indústria da telha e do tijolo, a “Fábrica da Telha” recebeu centenas de trabalhadores que, segundo a Comarca de Arganil Digital, eram provenientes sobretudo de localidades das freguesias dos concelhos de Arganil e Góis, e que se deslocavam para o local de trabalho “a pé ou de bicicleta, e depois de motorizada”, cada um “acompanhado do respetivo almoço, num cesto de verga”. Por esta empresa passaram vários gerentes, nomeadamente César Teixeira, de Casal de S. José, e os irmãos José e Ricardo Marques dos Santos, de Meda de Mouros, tendo tido como último gerente Anselmo Rodrigues Carvalho, já falecido. Em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS, Valdemar Castanheira, que foi funcionário

desta fábrica desde os 14 anos de idade, e ao longo de cerca de 50 anos, contou que, entretanto, algumas pessoas estiveram à frente da empresa até esta cessar a laboração definitivamente, não conseguindo mantê-la em atividade. Foi em 1992 que fechou as portas, tendo a Câmara Municipal de Arganil adquirido os respetivos terrenos dois anos depois. “Decorreram 18 anos entre a compra das instalações e a concretização desta obra”, disse o presidente da Câmara de Arganil ao DIÁRIO AS BEIRAS, esclarecendo que “houve vários projetos que nunca conseguiram ser concretizados, como o Museu do Bombeiro. Finalmente recuperámos um património que estava completamente devoluto e em vias de colapsar”. “Se não tem fechado ainda

lá continuava”, garantiu Valdemar Castanheira, hoje com 75 anos, lembrando que, antigamente, tinha de ir a pé para o trabalho, onde fez “de tudo um pouco”, desde “andar a acartar o barro com uma gamela à cabeça e enfornar material. Mais tarde, fui encarregado de armazém”, lembrou ainda, acrescentando que, algum tempo depois, já era motorista e andava pelo país a distribuir as encomendas de telha e de tijolo pelos clientes. Salário mínimo O salário era o mínimo mas “ultimamente já ganhava três contos por mês”, revelou o antigo funcionário da “Fábrica da Telha”, confessando gostar daquilo que fazia. “Custoume muito quando fechou”, recorda. Embora não sabendo o nú-


ha empregou abalhadores

ssaram centenas de trabalhadores. A fábrica fechou em 1992 de excelência de cultura, desporto e lazer 1

3

3

mero exato de pessoas que consigo trabalharam, Valdemar Castanheira referiu que chegou “a ter o n.º 32 de funcionário” até passar para o n.º 3. Lamentando que alguns dos seus colegas não se tenham esforçado mais para conseguir escoar a produção, o antigo trabalhador recorda que quando andava a fazer a entrega do material “eram muitos e bons clientes”. Sendo uma das maiores entidades empregadoras da altura, Valdemar Castanheira lembrou que “muitas famílias trabalhavam ali, até a minha mulher”, constatando que “davam trabalho a toda a gente”, sobretudo aos jovens que saíam cedo da escola. Confessando sentir alguma nostalgia sempre que olha para aquele espaço, o atual reformado considera, contu-

do, que “foi bom” terem sido feitas obras de requalificação no edifício da antiga Cerâmica Arganilense. “Assim não o deixaram cair”, sustentou, considerando, no entanto, que “uma coisa que deviam ali ter feito era o hospital, porque havia muito espaço”. Contando que esteve presente no dia da inauguração do novo projeto da Cerâmica Arganilense, Valdemar Castanheira constatou que “está muito bonito”, revelando que desde que começaram as obras tinha curiosidade em visitar o local. Mostrando-se satisfeito por se terem mantido os fornos, o antigo funcionário recordou que foi ele que foi buscar os “120 mil tijolos” que os compõem. Lurdes Gonçalves redaccao@asbeiras.pt

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1 A degradação chegou a atingir o telhado

2 Todo o edifício é dominado por centenas de janelas

3 Antes e depois: a requalificaçãi é um exemplo

4 Cobertura em madeira

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19º Renasce como centro de cultura, desporto e lazer

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aniversário a niversário

mático Valorização do Território, que atribuiu ao projeto uma comparticipação financeira máxima no valor de 1.288.651,01 euros. Dinheiro destinado à Piscina Aquecida Municipal. O MAIS CENTRO – Programa Operacional Regional do Centro, com um financiamento FEDER aprovado de 2.625.816,18 euros, apoiou o investimento efetuado nos espaços constantes dos Blocos B e C. Das valências que compõem este projeto destaca-se a Piscina Municipal Aquecida, que abre ao público este fim-desemana, com entrada gratuita nos dois dias. A infraestrutura desportiva contempla uma piscina semi-olímpica com oito pistas, bem como um tanque de aprendizagem, com uma cadeira de acesso para utentes com mobilidade reduzida. Integra sauna e banho turco. Vai estar aberta ao público 11 meses por ano, possuindo ainda as valências de adaptação ao meio aquático

para crianças, adultos e idosos, natação adaptada, natação para bebés, aperfeiçoamento das técnicas e hidroginástica. Piscina abre amanhã Adiantando ao DIÁRIO AS BEIRAS que este fim de semana denomina-se de “open weekend”, os utentes podem usufruir da valência gratuitamente, Ricardo Pereira Alves destaca que, para o efeito, é apenas necessário que “as pessoas tragam o vestuário adequado”, nomeadamente calção justo ou tanga, touca e chinelos, no caso dos homens, e fato de banho completo, toca e chinelos, para as mulheres. O horário de funcionamento neste fim-de-semana é das 09H00 às 13H00 e das 15H00 às 19H00, sendo permitida a utilização máxima instantânea de 200 pessoas e diária máxima de 800 pessoas, pelo que cada utilizador não deverá exceder os 60 minutos de permanência nas instalações. Para além disso, a Cerâmica

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Valdemar Castanheira no dia da inauguração

111 Passados “quase cem anos” desde que começou a fabricar telha tipo marselhês e 20 anos desde que cessou a sua atividade, a Cerâmica Arganilense, mais conhecida por “Fábrica da Telha”, voltou a ganhar nova vida, tornandose num “novo centro de excelência de cultura, desporto e lazer”. O antigo edif ício degradado foi alvo de obras de requalificação, levadas a cabo pela Câmara Municipal de Arganil, entidade que adquiriu o espaço em 1994, dois anos após o encerramento da fábrica. Este projeto foi inaugurado em outubro do ano passado e, segundo o presidente da câmara, tratase do “maior investimento autárquico jamais realizado no concelho”, no valor de 6.073.073,80 euros, contando com o co-financiamento do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), através do POVT – Programa Operacional Te-

Arganilense integra um espaço para a futura instalação de um “health club”. Possui ainda um auditório com capacidade para 250 pessoas, uma área multiusos para organização de eventos, espaço para o futuro museu, e ainda locais para instalação de três bares, um dos quais com esplanada panorâmica. Sublinhando que “a velha Cerâmica Arganilense volta a laborar, mas agora com novas valências que melhoram a qualidade de vida dos arganilenses”, o presidente da câmara faz um balanço positivo da atividade realizada neste novo espaço, contando que “temos tido muita atividade na Cerâmica, com iniciativas das instituições e organizadas pela câmara”. Atendendo a que o auditório de média dimensão tem condições para a realização de congressos, seminários, colóquios ou conferências, o autarca explicou que estava previsto o cinema ser uma rea-

lidade, a partir do primeiro trimestre deste ano, contudo, “no quadro financeiro atual não o podemos fazer imediatamente, mas fá-lo-emos a médio prazo”, garantiu. O espaço multiusos é também apropriado para realizar eventos de grande dimensão, entre os quais diversas feiras estão a ser pensadas, bem como espetáculos. Ricardo Pereira Alves adiantou que vai também ser instalado, no piso térreo da antiga cerâmica, o Museu Internacional do Rally, “onde será possível revisitar as épicas classificativas de Arganil do Rally de Portugal, observar os carros que ficam para a história, e sentir, através das novas tecnologias, a emoção das grandes competições internacionais do desporto automóvel”. Entretanto, estão programadas outras atividades a decorrer neste espaço, como é o caso da Feira do Livro. Lurdes Gonçalves redaccao@asbeiras.pt


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aniversário aniversário

Alberto Gaspar “Sinto-me vítima de uma injustiça muito grande” Na Figueira da Foz, a fábrica de madeira e de móveis Alberto Gaspar laborou sete décadas mas acabou por fechar portas num inesperado processo de insolvência. O empreendimento imobiliário previsto para aqueles terrenos foi entretanto inviabilizado pela autarquia

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DB-Pedro Agostinho Cruz


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na primeira pessoa

Manuel Pedrosa, 68 anos, casado, natural de Regalheiras de Lavos (Figueira da Foz), trabalhou 48 anos na Alberto Gaspar, situada em S. Pedro, no mesmo concelho

“Sinto uma revolta muito grande quando ouço falar da administração” A fábrica de madeira e de móveis Alberto Gaspar, um dos gigantes nacionais do setor, laborou durante sete décadas, mas não sobreviveu a um surpreendente processo de insolvência. Nos terrenos da antiga unidade industrial da Figueira da Foz, propriedade de uma promotora imobiliária espanhola entretanto falida, Manuel Pedrosa, antigo trabalhador, recorda os tempos de prosperidade “com saudade” e o fim da empresa “com revolta”

RNa minha opinião, a Alberto Gaspar não faliu por falta de dinheiro, tendo em conta que os acionistas eram ricos. A empresa começou a ser descapitalizada, porque os sócios deixaram de se entender. Era uma das melhores empresa da Europa do seu setor. Vivi o encerramento com muita angústia, porque tinha muito gosto pela profissão e era muito dedicado à empresa. A minha vida mudou muito, na medida em que fiquei com uma pequena reforma. Tive uma oferta de emprego, no mesmo setor, mas não pude aceitar por razões de saúde de um familiar. A empresa Alberto Gaspar tinha a sede e a fábrica principal na Figueira da Foz

Com a falência da fábrica, vimos (os antigos trabalhadores) os nossos projetos de vida afetados. Vivemos momentos dramáticos, sobretudo porque nada fazia prever que tal pudesse acontecer. Sempre fui mal pago, comparando com os salários que se praticavam no setor. Mas era bem pago, em relação aos colegas da empresa.

111 Manuel Pedrosa era um adolescente quando começou a trabalhar na antiga transformadora de madeira Alberto Gaspar, na unidade de S. Pedro, Figueira da Foz. Foi um dos últimos operários a assistirem ao fim de uma das mais importantes firmas portuguesas do setor. Subiu a pulso na empresa, de onde saiu como especialista em madeiras exóticas e responsável por dois turnos de trabalho e pelos orçamentos.

O antigo operário da Alberto Gaspar aceitou fazer uma visita ao local onde trabalhou durante 48 anos, para contar os derradeiros episódios de uma história empresarial de sucesso com um final inesperado e dramático. Este natural e residente de Regalheiras de Lavos, localidade vizinha de S. Pedro, continuou ligado à firma depois de os colegas terem rescindido o contrato, em 2003, por terem salários em atraso.

“Fiz parte do processo de recuperação, porque tinha conhecimento que era uma empresa viável e não havia falta de dinheiro. De resto, acreditei sempre nesta empresa, como se ela fosse minha”, conta à reportagem do DIÁRIO AS BEIRAS. Todavia, continua: “quando comecei a ver que estavam a retirar máquinas que eram fundamentais ao funcionamento da fábrica, decidi retirar-me e pedir a pré-reforma”.

Maus ventos de Espanha Em 2008, os cerca de 70 trabalhadores, alguns deles casais, solicitaram a insolvência, constituindo-se credores da empresa. A Alberto Gaspar acabaria por não sobreviver e os antigos operários ainda não receberam tudo a que têm direito. O tribunal declarou a insolvência em 2010. Entretanto, os terrenos haviam sido vendidos à espanhola Ulepim, do Grupo Fadesa, que faliu

na sequência do rebentamento da bolha imobiliária em Espanha, em 2011. O preço a pagar pelos 12 hectares de terreno da Alberto Gaspar era proporcional ao índice de construção autorizado pela Câmara da Figueira da Foz. Porém, a autarquia não reviu o Plano de Urbanização, inviabilizando o empreendimento imobiliário. Contudo, apressada em faturar, sem esperar pela


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são dos terrenos. Este atribulado processo continua em abril de 2012, com a hasta pública dos lotes da filial lusitana da Fadesa a ficar deserta.

DB-Pedro Agostinho Cruz

deliberação da câmara, a filial portuguesa da Fadesa divulgava e promovia o condomínio fechado de luxo, em todo o país, que nunca saíra do papel. Aliás, a promotora imobiliária chegou a abrir um stand de vendas na Figueira da Foz. Recorde-se que os terrenos haviam sido cedidos pela edilidade, tendo como finalidade a instalação da unidade industrial. No entanto, a autarquia não acionou o direito de rever-

À espera de receber Os antigos trabalhadores continuam à espera do pagamento dos créditos. “Devemme cerca de 50 mil euros e os meus colegas também estão à espera que lhes paguem o que lhe devem”, afiança Manuel Pedrosa, que chegou a ter, tal como os restantes operários, cinco meses de salários em atraso. “A empresa não fechou por falta de dinheiro, porque os sócios eram ricos”, sustenta. Se não foi por falta de dinheiro e de trabalho, então por que motivo a Alberto Gaspar foi à falência? “A empresa começou a ser descapitalizada a partir do momento em que os sócios se desentenderam”, afirma Manuel Pedrosa. O antigo trabalhador sente-se “revoltado” e “defraudado” com o desfecho da história da Alberto Gaspar. Afinal, foi o único emprego que teve. “Falta de respeito” A propósito do estado de espírito, Manuel Pedrosa atira, contendo as lágrimas: “sinto uma revolta muito grande quando ouço falar da administração da Alberto Gaspar e de ver estas instalações abandonadas”. E acrescenta: “tal como os meus colegas, sinto que fui vítima de uma injustiça muito grande”. Não obstante, a visita aos terrenos despertou-lhe um lusitano sentimento: “sinto muitas saudades”. E, desviando o olhar para os pavilhões que ainda não foram demolidos e paras os terrenos, onde se realizam eventos, revela: “até fico doente ao ver isto abandonado. O esforço de uma vida dos trabalhadores acabou nisto e os responsáveis não tiveram respeito por quem aqui trabalhou”. Por ter ficado para acompanhar o malogrado processo de recuperação, Manuel Pedrosa perdeu o direito de aceder aos mecanismos legais acionados antes pelos colegas, vendose obrigado a contratar um advogado, uma vez que não era sindicalizado. “Ainda tive de pagar 600 euros de custas judiciais”, recorda. A antiga administração da Alberto Gaspar recusou-se a prestar declarações. Jot´ Alves jot.alves@asbeiras.pt

números

50000€

valor dos créditos reclamados por Manuel Pedrosa

6

milhões de euros era o preço dos terrenos, se o índice de construção fosse o máximo, que não foi aprovado

900

mil euros foi quanto a Fadesa pagou pelo sinal

2

milhões de euros foi a base de licitação dos terrenos

120

mil metros quadrados é a área total

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era o número de prédios do leilão, que ficou deserto

Mestrados | Pós-graduações


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aniversário a niversário

Falência inesperada

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A Alberto Gaspar fechou numa altura de afirmação exportadora e de modernização tecnológica. A empresa familiar entretanto transformada em Sociedade Anónima atuava em toda a linha - floresta, transformação de madeira e fabrico de móveis, estes sob a marca Galakit, que exportava, sobretudo, para França, Inglaterra, Holanda. Tinha unidades na Figueira da Foz (sede da empresa), Mangualde e S. Pedro do Sul. Numa das fases da sua existência, garantia três centenas de postos de trabalho diretos. Quando faliu, tinha cerca de 70 trabalhadores

1

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3

4

Marcas comercializadas:

1 Antigos trabalhadores numa reunião na União de Sindicatos da Figueira da Foz, em 2008

2 Página da revista promocional da Alberto Gaspar

3 Entrada da unidade da Gala, S. Pedro, Figueira da Foz

4 As máquinas foram vendidas e as instalações foram parcialmente demolidas


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aniversário aniversário

Navalfoz “Os estaleiros navais foram a minha grande escola” A Navalfoz laborou durante mais de quatro décadas. O fim dos Estaleiros Navais da Figueira da Foz aconteceu há seis anos, quando foi decretada a sua insolvência, após uma crise financeira profunda da empresa

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DB-Cláudia Trindade


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aniversário a niversário DB-C.T.

“Sucesso da Navalfo pelo companheirism

A Navalfoz laborou durante mais de quatro décadas na Figueira da Foz. A reviravolta deu-se há s os trabalhadores suspenderam os contratos. Jorge Bugalho recorda com nostalgia o seu percurs brando que ficou também conhecida por Estaleiros Navais da Figueira da Foz. O funcionário relembra ainda que foi apresentado “ao mestre Benjamim”, que rapidamente lhe deu um balde de tinta. Jorge Bugalho teve que ir para a carreira e colocar-se debaixo de um barco que estava a ser construído. Ali juntou tudo o que fosse peça metálica, colocando no balde para levar para a forja. “Foi o meu primeiro trabalho: recuperar todo o

material. Mas naquela altura também se recuperava tudo”, conta. A sua carreira profissional estava no início e o jovem adolescente era promissor. Entretanto, “trabalhei na sala de risco, onde os profissionais desenhavam no chão a verdadeira grandeza do que era a construção de um navio”, explica, enquanto vê uma parte da proa de um barco, deixada ao abandono numa das divisões da Navalfoz. Contudo, foi já na qualida-

de de chefe do departamento de recursos humanos que Jorge Bugalho viu a empresa desmoronar-se. Ao chegar ao seu gabinete, hoje todo destruído, o funcionário esboça um sorriso, ainda que amargurado, ao encontrar colado um “post it” numa das paredes da infraestrutura com a fórmula para calcular o preço/hora do trabalhador - feita por ele. “A miséria que vejo até me dá cabo do coração”, lamenta o funcionário, enquanto percorre os restantes compar-

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111 O antigo chefe do departamento de recursos humanos da Navalfoz, Jorge Bugalho, de 55 anos, visitou as instalações da empresa com o DIÁRIO AS BEIRAS. Enquanto caminhava pelo espaço, que atualmente se encontra abandonado, foi transmitindo à jornalista as suas memórias. “Fiz 14 anos no dia de S. João e quatro dias depois comecei a trabalhar na Navalfoz, que na altura era ainda denominada de Foznave”, afirma Jorge Bugalho, lem-

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oz passou mo e profissionalismo”

seis anos, quando foi decretada a sua insolvência. Com a empresa mergulhada numa crise financeira profunda, so profissional nos estaleiros navais outro departamento tivesse notado, alertava o setor por preocupação”, explica. Jorge Bugalho recorda que em 1988/89, numa pequena quebra de trabalho, os estaleiros foram cedidos para a realização de uma rave. “Foi fantástico. Estivemos aqui toda noite e quando o dia começou a nascer ainda estavam aqui pessoas a dançar”, confessa. Estaleiros ao abandono Já a terminar a visita aos estaleiros navais da Navalfoz e

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“Forte capacidade de produção” Jorge Bugalho acrescenta que a Navalfoz deu emprego a muita gente, chegando a ter 300 trabalhadores. Por outro lado, explica que numa altura de forte capacidade de produção, construíram-se três navios ao mesmo tempo. “Os estaleiros navais tinham capacidade para que a parte da produção não fosse atingida

pela intempérie”, refere. Relativamente aos profissionais, no cômputo geral, definios como “altamente especializados”. E acrescenta que havia muito bom ambiente. “O sucesso da Navalfoz passou pelo companheirismo e profissionalismo das pessoas”, afirma, justificando que independentemente dos setores, todos os funcionários colaboravam uns com os outros no que fosse necessário. “Por exemplo, se numa secção estivesse alguém em risco profissional e o trabalhador de

quando questionado sobre o que sentiu ao regressar novamente àquela que definiu como sendo a sua “escola de vida”, Jorge Bugalho responde: “senti sofrimento e nostalgia ao recordar o que aqui vivi e ao ver no que isto se transformou”. Por outro lado, o antigo chefe de recursos humanos lamenta que “em pleno coração” do Porto de Pesca da Figueira da Foz se tenha deixado a empresa chegar ao fim. Como? “Por birras das pessoas que têm o leme, deixou-se afundar o navio”, ironiza.

Jorge Bugalho vai mais além ao afirma que “o Governo abandonou a empresa e não tomou conta das instalações”. “O Estado deixou os estaleiros ao abandono, permitindo que os equipamentos fossem roubados e as infraestruturas vandalizadas”, acrescentou. O funcionário lamenta ainda pelos colegas de trabalho. “Foi o ganha-pão para muitas pessoas da Figueira da Foz e não só”, refere. Cláudia Trindade claudia.trindade@asbeiras.pt

1961 ano de fundação da Navalfoz, na altura chamada de Foznave

2007

ano em que a empresa abriu insolvência

7,7

milhões de euros foi o valor do passivo da empresa, onde o Estado, representado pela Segurança Social e pelo Instituto Portuário, foi o principal credor

800

mil euros foram reclamados pelos trabalhadores/armadores

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timentos. Porém, ressalva: “os estaleiros navais foram a minha grande escola”.

números

S INDICATO DOS B ANCÁRIOS DO C ENTRO

O Sindicato dos Bancários do Centro promove um sindicalismo de proposição, privilegiando a negociação coletiva A sua proximidade com os trabalhadores é diária com equipas permanentemente nos balcões

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aniversário a niversário

“Tinha tudo para ser uma grande empresa”

na primeira pessoa

Nem a intervenção direta dos armadores, que asseguravam os salários da Navalfoz, conseguiu evitar a insolvência da empresa. A falência mandou cerca de 70 trabalhadores para o desemprego. Ainda se falou na sua reativação, mas tal nunca chegou a acontecer. “Foi uma pena! Tinha tudo para ser uma grande empresa”, afirma o antigo chefe do departamento de recursos humanos Jorge Bugalho, acrescentando que a Navalfoz caiu carregada de trabalho

1

2 Jorge Manuel Bugalho da Silva é natural da freguesia de Alhadas, Figueira da Foz, mas atualmente reside na localidade de Carromeu, no concelho de Mira

3

4

1 Barco de um armador benfiquista de Sesimbra

2 Margarida Prieto, Manuel Damásio e Eusébio numa cerimónia

3 Parede com nomes de barcos construídos na NavalFoz

4 Trabalhadores na “carreira”, espaço destinado aos navios

Começou a trabalhar na NavalFoz em 1971 e foi o último funcionário a sair da empresa, em 2007, quando ela entrou em processo de insolvência. Ficou desempregado, mas não por muito tempo. Voltou à construção naval, quando iniciou funções, também no departamento de recursos humanos, nos Estaleiros Navais do Mondego (ENM). Porém, o tribunal decretou o fecho dos ENM, em 2011. Atualmente está desempregado, mas como os estaleiros foram reativados no ano passado, e a administração pretende readmitir os funcionários, sempre “há uma luz no fundo do túnel”. Por isso destaca: “se dissessem para voltar, claro que quero regressar!”. Jorge Bugalho explica que a sua vida (profissional) tem sido sempre ligada aos estaleiros. “Foi onde nasci e onde vou terminar. É ligado à construção naval”, afirma. E reforça: “não necessitei de ir à faculdade, eles foram a minha universidade”. Por outro lado, acrescenta que para atingir o topo da carreira é “preciso interesse, dedicação e bom senso”.


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Fábrica da Cerveja O fim do sabor e do aroma de Coimbra antiga Pelas características próprias do produto – fabricado durante cerca de sete décadas em Coimbra – o encerramento da Fábrica da Cerveja em 2001 foi a mais emocionante despedida de todas as tradicionais industrias da cidade

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DB-Carlos Jorge Monteiro


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O lugar onde as cervejas tinham nome de pedras preciosas Ónix e Topázio são pedras preciosas que, há quase um século, a Companhia de Cervejas de Coimbra escolheu para dar nome às suas cervejas. A produção e engarrafamento em Coimbra chegou a ter reconhecimento internacional devido, segundo se dizia à época, à qualidade da água do rio Mondego utilizada no processo de fabrico 111 “Um incêndio deflagrou esta tarde nas instalações da antiga fábrica de cerveja de Coimbra, na Pedrulha, na periferia norte da cidade”. Assim soava – frio – o relatório de ocorrências do dia, transmitido pelos Bombeiros Sapadores de Coimbra a 22 de outubro de 2010. O sinistro ocorreu há cerca de dois anos e meio e pouca história teve. Embora algumas das paredes da antiga indústria fossem revestidas de material inflamável (cortiça e alcatrão), pouco já havia para arder naquele dia, entre o amontoado de entulho que ocupa os dez hectares de arqueologia industrial. A verdadeira destruição tinha ocorrido cerca de uma década antes, com a fábrica de Coimbra a sucumbir à voragem dos tempos, à competitividade do mercado e ao implacável desenvolvimento tecnológico. Carlos Marques trabalhou na fábrica, como fiel de armazém, desde o primeiro dia de setembro de 1974 e até ao último de 2001. En-

trou na empresa numa época áurea, de grande atividade e bons lucros, mas um quarto de século depois reconheceu que “Coimbra não podia competir com Vialonga: lá é que está a área e todas as infraestruturas”. Assim reconhece que o encerramento determinado pelo grupo cervejeiro à época foi a melhor decisão: “se fosse eu a mandar até teria sido mais cedo”, confessa. Recordações com saudade e sem amargura Se calhar é por isso que recorda os 27 anos de serviço na fábrica, “com muita saudade”, mas sem qualquer amargura. “Tudo tem um tempo e a Fábrica de Cerveja de Coimbra teve o seu”, reconhece o antigo fiel de armazém. O tempo que esteve ao serviço duplicou-lhe a idade com que havia entrado na empresa, já depois de ter trabalhado na Casa Solnado (loja da baixa de Coimbra que ainda hoje existe) e na Sindex, Sociedade Industrial de Escovas de Aço, em Sar-

gento Mor. Com o serviço militar cumprido em 1969/71 e já casado, ingressou na fábrica, onde começou por manobrar empilhadores. Transferiu-se porque “esta fábrica era a que melhor pagava aqui nos arredores. Comecei por receber 8.400 escudos. Só os bancários ganhavam mais, mas não tinham tantas regalias como nós”, relembra o antigo operário, agora reformado e a cuidar de uma quintinha que adquiriu em Vila de Rei, distrito de Castelo Branco. Carlos integrou um contingente de três centenas de funcionários que ali tinham o seu posto de trabalho quando se deu o 25 de Abril de 1974. “Era a fábrica que nos dava de comer, de vestir e de calçar, porque todos tínhamos uma farda”, sublinha. O refeitório funcionava das 11H30 às 14H00, num horário alargado porque os operários trabalhavam por turnos: “havia quatro pratos do menu à escolha todos os dias e lembro-me de algumas dez cozinheiras e

auxiliares na cozinha”. Mais tarde, com a quebra de produção, o serviço de refeitório acabou por ser contratado a uma empresa exterior. Nos anos de laboração plena estavam presentes dois médicos e enfermeiras. Em caso de acidente havia uma ambulância em permanência para levar imediatamente o ferido ao hospital. Carlos Marques chegou a conduzir um dos colegas à Clínica da Sofia. Contudo, recorda com humor, “nem tudo correu bem nessa viagem porque liguei o ‘pirilampo’ da ambulância e não o sabia desligar, o que provocou muito barulho, por bastante tempo, mesmo em frente à clínica”. Duas linhas de enchimento A Fábrica chegou a ter duas linhas de enchimento a funcionar em simultâneo, embora de gerações diferentes e portanto com diferentes capacidades de escoamento de produto: uma enchia 80 mil garrafas por hora, a outra não passava das 10 mil. O pior é que a produção local

deixou de acompanhar a capacidade da linha de enchimento e passaram a ter que ir a Vialonga dois camiões cisterna, duas vezes por dia, trazer cerveja que “desse de beber” à linha de enchimento. Quando a fábrica fechou, a primeira passadeira rolante de enchimento foi desmantelada e transferida para Vialonga, enquanto a mais antiga teve a sucata como destino. Carlos Marques, como funcionário, negociou a sua saída no último dia de 2001. A unidade industrial encerrou dois meses depois, cumprindo uma história de cerca de 45 anos, na Pedrulha, onde começou a laborar em 1959. Todavia, a Companhia de Cervejas de Coimbra é mais antiga, datando dos anos 20 do século passado, com localização na Avenida Emídio Navarro, junto ao parque da cidade. As marcas então fabricadas – Onix e Topázio – eram muito conceituadas devido à qualidade revelada, o que era justificado na época

pela qualidade da água do rio Mondego. No seu estudo “Subsídios para a arqueologia industrial de Coimbra. Museu Nacional Machado de Castro. Coimbra, 1983”, José Maria Amado Mendes esclarece que “...a indústria cervejeira foi introduzida na cidade de Coimbra, no início do século em estudo, através da firma Cerveja de Coimbra, Lda. Constituída em 1922, instalou a sua fábrica na Avenida Emídio Navarro e começou a sua produção em 1924”. Nesta zona da cidade as alterações urbanísticas ditaram a demolição da Companhia de Cerveja de Coimbra em 1982, restando um estabelecimento de restauração designado “Cervejaria da Fábrica, que passou a ser, durante década e meia, uma espécie de Meca dos saudosistas da cerveja de Coimbra. Finalmente, o antigo edifício deu lugar às atuais Galerias Topázio/Hotel Ibis Coimbra. António Rosado antonio.rosado@asbeiras.pt


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DB-Carlos Jorge Monteiro

Mikoslab

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trânsito na zona industrial da Pedrulha – onde trabalhavam mais de cinco mil pessoas – que os transportes andavam sempre atrasados. De carro era o mesmo inferno: eram minutos atrás de minutos só para sair do portão da fábrica e entrar na Estrada Nacional (EN1), onde as filas eram intermináveis. Decidi então comprar uma motorizada, que era a forma mais prática e rápida de me deslocar. Depois de sair da fábrica, em 2001, deixei muitos amigos, mas não ficaram para trás. Tenho o contacto de vários e, embora esteja quase sempre em Vila de Rei, encontro-me algumas vezes com eles. Como gosto de cozinhar, muitas da vezes sou eu que faço o repasto e ainda passamos bons bocados juntos.

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Carlos Marques, 66 anos, antigo fiel de armazém da Fábrica de Cerveja de Coimbra, onde ingressou no ano da Revolução de Abril

Entrei na Fábrica da Cerveja numa época em que nenhuma outra empresa pagava tão bem. Havia uma vaga de emprego, a que concorri, e fiquei. Primeiro como manobrador de empilhador e depois como fiel de armazém. O trabalho nunca foi pesado porque a fábrica tinha bom equipamento e maquinaria moderna. Além disso assegurava todas as necessidades dos trabalhadores, com refeitório (o prato, à escolha, custava 15 escudos), posto médico e até ambulância preparada para emergências. Casado e com o serviço militar cumprido, morava, como ainda moro, em Coselhas, portanto aqui muito perto da Pedrulha. Ao princípio deslocava-me de transportes urbanos, mas era tanto o

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Convento de S. Francisco da indústria têxtil à arquitetura de marca

Licínio Coelho, advogado e homem de cultura, esteve no início de 1980 à frente dos destinos da ClarCoop – Tecidos e Confeções de Santa Clara, uma das poucas cooperativas de produção têxtil do país. Uma década depois, a fábrica fechou portas e o espaço do século XVII começou a ser “pensado” como a grande “sala” de eventos de Coimbra DB-Luís Carregã

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DB-Luís Carregã


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ClarCoop Têxtil dá lugar a Centro de Congressos

na primeira pessoa

A velha chaminé industrial deu lugar à volumetria da intervenção com a marca do arquiteto Carrilho da Graça. No edifício do século XVII, as obras em curso desde 2010 prometem a Coimbra um grande Centro de Congressos DB-Luís Carregã

111 Como outros monumentos um pouco por todo o país e na sequência da extinção das ordens religiosas, no século XIX, o Convento de S. Francisco, em Coimbra, acabou por sofrer um dos dois destinos “clássicos”: não se converteu em espaço militar (como o vizinho Mosteiro de Santa Clara-a-Nova), mas viria a transformar-se, logo em 1888, em território industrial, com a instalação da Fábrica de Lanifícios de Santa Clara. Num percurso que haveria de durar mais de um século, deixando uma marca profunda na cidade – a monumental chaminé cor de tijolo só sucumbiu recentemente ao início das obras que estão a transformar S. Francisco na grande “sala” de Coimbra – e nos muitos milhares de trabalhadores que lá laboraram. Entre as inúmeras páginas com as quais se faz a história da indústria têxtil em Santa Clara, destaque para a que foi escrita logo após o 25 de Abril de 1974, quando os trabalhadores da então Planas e

Companhia avançaram para a criação de uma das poucas cooperativas de produção têxtil no país, a ClarCoop –Tecidos e Confeções de Santa Clara Crl, que haveria de resistir praticamente duas décadas, como recorda ao DIÁRIO AS BEIRAS Licínio Coelho, um dos responsáveis pela gestão da empresa no início de 1980. “As empresas tinham, na altura, genericamente, salários muito baixos, o que ditava a baixa produtividade, embora as aproximasse ao pleno emprego”, refere, recuando quase 30 anos: “eu fui contactado para a gestão porque a ClarCoop estava numa situação de quase paragem, com graves dificuldades a diversos níveis. Tal como hoje, as empresas não tinham apoios. Apesar de tudo, conseguimos recuperar a atividade, tentando rentabilizar ao máximo, fomos pagando os salários e começamos a por novamente os nossos produtos – de muita qualidade e a passarem pelas diversas fases do têxtil, da fiação à tecelagem e tinturaria,

DR

passando pela confeção –, no mercado”. Entre sucessos e desapoios Com as alterações introduzidas e a “colaboração” de quase uma centena de trabalhadores, lembra ainda Licínio Coelho, “conseguimos alguns progressos, que acabaram por resultar, por exemplo, na nossa presença na Filmoda, com stands próprios, numa altura em que vendíamos para as melhores casas de Lisboa e do Porto, para as camisarias mais finas”. Entretanto, aconteceram apoios e desapoios, conjunturas diversas, a necessidade de comprar equipamento e de fazer deslocar a empresa para um outro local, onde pudesse continuar a laborar em melhores condições. Conseguido o financiamento, em resultado de um estudo económico que demonstrava a viabilidade da empresa – altura em que Licínio Coelho saiu – “tinha estabelecido como condição que, no dia em que o financiamento fosse aprovado, deixava

a empresa” –, a ClarCoop acabou por encerrar no início dos anos de 1990, sucumbindo ao “custo” do dinheiro para investimento, que, recorde-se, chegou aos 30 por cento em juros. Academista incondicional – desde que, tinha seis anos e vivia com o pai (professor como a mãe) nas Minas da Panasqueira (Covilhã), veio a Coimbra, onde visitou o Portugal dos Pequenitos e viu um jogo entre a Académica e o Estoril –, Licínio Coelho é um homem da cultura, particularmente ligado ao teatro. Fez a “escola” do TEUC, de onde saiu com a convicção de levar o teatro de repertório

(os clássicos que tinha aprendido com Paulo Quintela) à periferia da cidade. E, assim, esteve, há quatro décadas, na fundação do Grupo Amador de Teatro de Taveiro (agora Loucomotiva – Grupo de Teatro de Taveiro). Apesar desta nota de “interesse”, confessa um “desconhecimento quase total dos objetivos do projeto” a nascer em S. Francisco e do qual se prevê a conclusão ainda em 2013. “Passará mais pela construção de infraestruturas no âmbito dos congressos e de outros eventos de que Coimbra é carente”, adianta. Lídia Pereira lidia.pereira@asbeiras.pt

Adelaide Gaspar, ex-funcionária

Comecei a trabalhar [na Rifer] com 13 anos. Não quis fazer a quinta e a sexta classe, preferi ir logo trabalhar. 15 meses depois, já em 1973, passei para a fábrica de Santa Clara – onde o meu pai também trabalhou –, porque me pagavam mais 25 tostões (os bilhetes de autocarro custavam 17 tostões e os de comboio 25 tostões). Vivia nos Casais (S. Martinho do Bispo) – com os meus pais e os meus dois irmãos (o mais novo nasceu mais tarde) – e vinha de comboio para Coimbra, descia na Estação Velha e ia a pé até à fábrica, por sítios desabitados, numa cidade quase sem ninguém por aqueles lados e logo ao início da manhã. Éramos quase todas raparigas, muito poucos homens, algumas um pouco mais velhas, mas quase todas muito novas, mais ou menos pelos 18 anos. Naquela altura, quase ninguém estudava, todos começavam a trabalhar m u i t o c e d o, o u s e aprendia costura ou se ia logo para a fábrica. E havia muitas fábricas: a Ideal, a Triunfo, a Rifer, a Fábrica dos Curtumes, a de Santa Clara (a Planas e a Dislã, confeções e laníficios), a das Lages. Estive na Fábrica de Santa Clara entre 1973 a 1979 e passei depois para a Colsi, onde estive 15 anos, até entrar no DIÁRIO AS BEIRAS.


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aniversário aniversário

Santix Quando se faziam casacos no Chiado

Fotos cedidas pelo Museu Municipal de Coimbra

Há 50 anos, o fato do homem moderno saía todos os dias do centro da Baixa de Coimbra. Poucos se recordam, mas o que é hoje o Edifício Chiado era na altura um grande armazém de fazendas e uma pequena fábrica de confeções 111 Maria Alcide começou a trabalhar em 1950. Tinha nove anos e o exame da 3.ª classe acabado de fazer. Foi juntar-se à mãe que já trabalhava para a sociedade de Santiago A. A. Mendes. A firma tinha instalações arrendadas na rua Ferreira Borges. Eram umas águas furtadas no prédio do café A Brasileira, onde várias outras mulheres faziam xailes à mão. Sem saberem, mãe e filha estavam a contribuir para o crescimento de uma empresa que haveria de ser uma das mais pujantes da época de ouro da indústria, em Coimbra. Fundada por Santiago Allo Alvarez y Mendez, um espanhol de vistas largas, fazia do fascínio do “mundo moderno” pelos trapos a

base de um negócio de fiação e de fazendas, primeiro, e de confeções, mais tarde. “Atchim! Santix...” A “modernidade” já então requeria publicidade. Por isso, a empresa criou a sua marca – Santix –, apostou na diversificação de produtos de consumo – dos xailes às saias plissadas e, sobretudo, aos fatos para homem e senhora. Até que um criativo imortalizou um slogan de televisão, rádio e imprensa de que qualquer septuagenário dos dias de hoje ainda se lembra: – Atchim! –Santix... – O fato do homem moderno. Voltemos a 1950. Maria Alcide e a mãe viviam na Cara-

pinheira da Serra, no cocuruto da montanha do Roxo. Iam e vinham, a pé descalço, serra abaixo, pela manhã, e serra acima à tardinha. A certa altura o Estado Novo resolveu tornar obrigatório o calçado dentro da cidade e não houve remédio senão ir à rua das Figueirinhas comprar chinelos e sandálias. Foi uma festa, claro está. Mas não se podia gastar as solas todas de uma vez. Por isso, houve que “recheá-las” com borracha de pneu grosso e dar a garota uma só, em cada dia, de maneira a que ela ia e vinha com um pé calçado e o outro nu. “Pagava-se multa e às vezes aparecia a autoridade, mas a gente enganava-o; atava-se um farrapo ao dedo e diziase: ó senhor polícia, mandei

uma topada valente”… A manufactura de xailes ainda durou uns três anos nas águas furtadas. Um belo dia de 1953, porém, o visionário industrial espanhol resolveu desembolsar a extraordinária maquia de dois mil e cem contos de reis por um edif ício inteirinho, situado ali bem perto. O fim dos Grandes Armazéns do Chiado Estava consumada a compra do prédio com o número 87, de polícia, igualmente na rua Ferreira Borges. Tinha (e tem) uma notável frontaria em ferro e vidro, encimada por uma pala meio Arte Nova. Tudo obra dos seus primeiros e mais conhecidos donos: os Grandes Armazéns do Chiado, que desde 1910

ali amontoavam e vendiam um pouco de tudo – faianças, bijutaria, perfumes, cobertores, bengalas, sombrinhas, brinquedos, quinquilharias, ferragens, mercearia, móveis, vidros, latoaria... A princípio, o que eram quatro andares de comércio a retalho passou a um gigantesco armazém grossista. E assim chegavam à Ferreira Borges, todos os dias, camiões carregados de fazendas, vindos de fábricas de lanif ícios da Covilhã, de Alvoco da Serra, de Unhais da Serra, do Tortosendo, da Castanheira de Pêra. E dali saíam, também, camiões carregados de encomendas de todo o mundo, para onde seguiam em barcos do porto de Lisboa. O 1.º andar era todo ocupado por um armazém de

tecidos de homem. Por cima ficavam os tecidos para senhora e os escritórios. Escadaria acima, os últimos pisos ficaram para a manufactura, primeiro, e para a maquinaria, depois. No cimo, por fim, sob o travejado de madeira, havia espaço para os muitos empregados merendarem, refeiçoarem e repousarem. Pouco tempo, porém, duraria a vida de Maria Alcide no Edif ício Chiado. O crescimento e a diversificação do negócio levaram um dos gerentes, Eládio Alvarez, filho de Santiago Mendez, a transferir a manufactura de xailes para outro local da cidade: no largo dos Olivais, junto ao depósito de água. Paulo Marques paulo.marques@asbeiras.pt


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aniversário a niversário

Santix Ascensão e queda no coração da Baixa Em 1963, um incêndio no Edifício Chiado provocou o pânico e lançou a polémica sobre a localização da unidade fabril. No entanto, a Santix fez obras e criou uma pujante linha de produção de vestuário. Uma década depois, mudou-se para longe e o Chiado quase morreu 1 1 1 A 13 de abril de 1963, o edif ício Chiado ardeu. A rua Ferreira Borges era o coração da cidade e fervilhava de vida. Felizmente era sábado de Aleluia e o armazém e a fábrica estavam fechados. Em estilo peculiar, o diário de Coimbra relata as emoções do fogo e o pânico que se sentiu naquela noite. No rescaldo, porém, nasceria uma nova vida para a Santix... e começaria uma polémica na cidade em torno dos riscos da atividade fabril no centro da cidade.

As chamas e a água dos bombeiros causaram sérios danos. Não obstante, as obras de recuperação pouco alteraram o edifício – apenas a fachada passou a ostentar, sob a pala, o logotipo “Santix desde 1900”. No interior do prédio, a gerência da empresa aproveitou para algumas mexidas de natureza estrutural. O objetivo era claro: garantir a segurança mas reforçar a produção fabril, na área das confeções. Nasceu, então, no Chiado, a produção de vestuário em

série. Em breve, dali vão sair saias e casacos de senhora, bem como calças para homem. É por esta altura que Mário Santos entra na Santix. Tinha acabado de chegar de Angola, onde se cruzou com a explosão do conflito ultramarino. Vai ficar na empresa nos próximos 19 anos mas quase não se cruza com a mulher, Maria Alcide, que entretanto se muda para as instalações dos Olivais. Mário Santos, apesar de simples caixeiro, no armazém, é testemunha do cres-

cimento da Santix. “Num instante aquilo começou a ser uma coisa por demais”, recorda, sublinhando a cadência diária de umas 600 calças, 80 saias e 80 casacos. Entretanto, a sociedade abriu uma outra fábrica, no alto de Santa Clara: a Mondorel, cujos tecidos passaram a abastecer a linha de confeções do Chiado (ver nas páginas 23 a 25 a história deste ícone da indústria têxtil, instalada onde hoje está o Forum Coimbra). No Chiado, entretanto, escasseava o espaço e aumen-

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tavam os riscos. A Santix decidiu, então, deslocalizar a produção para o Picoto dos Barbados, onde ainda hoje labora. Quanto ao prédio da Ferreira Borges, acabou vendido, em setembro de 1973, a um banco – o Banco Intercontinental Português (BIP), entretanto nacionalizado, em outubro de 1974, e mais tarde extinto, numa resolução do Conselho de Ministros datada de 1 de abril de 1977, com transferência de ativos e passivos para o Banco Pinto & Sotto Mayor.

O Chiado viveu então tempos de grande indefinição. No horizonte começou a desenhar-se o espetro da destruição do edif ício para ali construir uma agência bancária. A reação da cidade acabou por fazer história, com Fernando Mendes Silva, então delegado da DireçãoGeral dos Desportos e mais tarde presidente da câmara, a encabeçar o movimento cívico “Operação Chiado” que viria a salvar o edifício. Paulo Marques paulo.marques@asbeiras.pt


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na primeira pessoa

O regresso às décadas de 1960 e 1970, em Coimbra, significa uma visita nostálgica a uma pujança industrial que a cidade de académicos e de funcionários parece ter feito questão de repudiar. Na esmagadora maioria dos casos, sobram apenas ruínas. No caso da Santix, porém, salvou-se a produção (agora fora da cidade) e também o património arquitetónico ímpar, no coração da Baixa Fotos cedidas pelo Museu Municipal de Coimbra

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Mário Santos, hoje com 74 anos, que foi caixeiro na Santix durante 19 anos

Saiu-lhe uma viagem a Palma de Maiorca! Mas a gente tinha casado há poucochinho tempo e o que precisava era de outra coisa. Por isso disse-lhe: vê se te dão mas é dinheiro. E ele lá foi e conseguiu trocar por 12 contos. Era muito dinheiro, tanto que me comprou um fio e uma medalha, em ouro, pagou depois um almoço aos colegas e, no fim, ainda deu para comprarmos um carrito: um Mini! Maria Alcide, hoje com 72 anos, foi para a Santix, aos nove anos, fazer xailes à mão

Dei tudo pela fábrica. Quando foi no 25 de Abril e vieram todos aqueles grevistas, eu, e outras, fomos defender a casa dos patrões. Isto tudo para depois me despedir, quase sem pensar, só por causa de umas invejas quando o sr. Eládio acabou com os xailes, nos Olivais, e eu fui mandada para o Picoto dos Barbados. Maria Alcide

1 Escadaria em madeira, com respiradouros em ferro 2 Varandins interiores, com guardas ainda em madeira 3 Em 1978, em plena “Operação Chiado”, o edifício passou a ser utilizado para iniciativas culturais abertas ao público

4 Recorte de jornal com notícia do fogo, em 1963 38297

Ali por meados dos anos sessenta, a Santix fartava-se de vender mas queria sempre mais. Por isso, a gerência resolveu dar um estímulo: por cada fato que se vendesse ficavase habilitado a um sorteio. E era bem bom, pois o vendedor ganhava uma viagem e o comprador ganhava um carro. Então eu, que não era viajante nem vendedor, mas era caixeiro do armazém, pus o meu nome num cupão. E não é que me saiu o prémio!

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56 | especial |

diรกrio as beiras | 15-03-2013


opinião | pensar | 57

15-03-2013 | diário as beiras

Bruno Paixão Investigador em comunicação política

Giesteira da Silva

Mário Nunes Historiador

Poder do saber. Saber do poder

O

Faleceu um mecenas da cultura

A

comunicação social conimbricense quase não falou na morte deste mecenas da cultura. E, nós soubemos do seu falecimento, a passada semana, por alusão feita num jornal, onde se referia a missa rezada no dia do funeral a que assistiram diversas personalidades e se ouviu a Canção de Coimbra. Por isso, é nosso dever evocar, neste “nosso” jornal, a memória de Victor Ramos, dada a sua entrega à causa cultural e paixão pela sua cidade, porque evocar é trazer até nós, atravessando a cortina que o tempo tece, alguém que cruzou a nossa vida, a sociedade, o mundo e nos merece respeito e admiração. Nesta época sombria, angustiante e fútil que atravessamos em que a lembrança que fica de alguém, após a morte, se esvai e desaparece tão rapidamente como uma bola de sabão, impõe-se registar em letra redonda a memória deste empresário, artista plástico e conimbricense de gema, que dedicou uma parte da vida a semear o bem e a alimentar o progresso cultural, apoiando e fomentando as artes plásticas e as letras. Pessoa humilde, devotado bairrista e defensor e divulgador incansável da sua Coimbra, marcou indubitavelmente a cultura, como mecenas incorrigível. Victor Ramos faleceu. A cidade e a cultura ficaram empobrecidas porque este natural de Santo António dos Olivais jamais esqueceu o torrão natal e as suas gentes, transportando na sua paixão a grandeza da sua cidade que levou a todo o lado. Um senhor que buscou na arte, o veículo de ocupação dos tempos livres, privilegiando nos seus trabalhos e nas exposições o esplendor da urbe do Mondego. Nós, como tantos cidadãos nacionais e estrangeiros, que privaram com Victor Ramos, reconhecemos perante a efemeridade da vida, que este conimbricense soube entender que a amizade e a ajuda ao semelhante constituem dádivas sem preço, sendo o elo forte da ligação que une os homens. E, Victor Ramos, como o conhecemos e do que dele ouvimos falar, pautou a sua caminhada terrestre por praticar um comportamento exemplar de doação aos outros, cumprindo, por prazer, uma missão altruísta e cultural que residia na sua postura de íntegro cidadão. Se a pintura lhe prendia uma parte do tempo, a solidariedade que abraçava fazia-o respirar mais saudavelmente como bom samaritano que não escolhia as pessoas para auxiliar o próximo. E, os artistas podem testemunhar esta sua qualidade, pois a canção de Coimbra e a arte preenchiam serões culturais, em Lisboa e noutras terras e muito especial e amiudadas vezes na Marinha Grande, onde vivia e onde mantinha uma importante relação com o Município, unindo as duas cidades. Diversas vezes participámos em jornadas organizadas a expensas suas e em que se exaltaram a mística, a universalidade e as riquezas materiais e imateriais de Coimbra, tendo sempre importantes individualidades a assistir. A doença minou-o durante alguns anos. Mas, esta infelicidade jamais reduziu a sua resistência e dinamismo na prática das suas actividades em prol dos outros. Neste texto de saudade e de gratidão pelo que fez pela cultura e pelos necessitados, resta-nos recuperar o seu passado de mecenas e recolhermo-nos, respeitosamente, perante a sua memória. Paz à sua alma. ASSEMBLEIA GERAL António Madeira Teixeira (presidente); José Carlos Madeira de Jesus (secretário)

PROPRIEDADE Sojormedia Beiras SA Contribuinte nº 508535115 Sede, Redacão e Administração: Rua Abel Dias Urbano, n.º 4 - 2.º 3000-001 Coimbra CRC Coimbra sobre o nº508535115 Capital social: 100.000 euros Detentores de mais de 10% do capital: G.W.I. – Investments SA -100 %

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Pedro Miguel da Silva Teixeira (presidente); Rosinda da Silva Teixeira (vice-presidente); Patrícia Sofia Batista Pereira Forte (vogal) COMISSÃO EXECUTIVA Ivo Magalhães (presidente) DIREÇÃO DIRETOR Agostinho Franklin- CP-TE-n.º 842 agostinho.franklin@asbeiras.pt SUBDIRETORA Eduarda Macário - CP n.º 1201 eduarda.macario@asbeiras.pt

s dias que se vão vivendo nesta Velha Europa, em que cabe este nosso rectângulo, vão-se mostrando muito estranhos. A nebulosidade crescente sobre o que nos move a todos, uns tentando mandar, outros tentando não ser puxados, – estando à vista que não é a convergência -, o intrincado dos critérios supostamente adoptados – cuja objectividade é decrescente -, o discurso da fixação de objectivos claros, que na prática se transformam em entroncamentos de países estrábicos nos olhares e desarticulados nos falares, todo este complexo deixa, na visão tridimensional, em suspenso a questão do teor de eixos pretendidamente estruturantes e estruturais como o saber, o poder e o tempo. E se é verdade que cada um dos três termos tem vida e teores próprios, também é verdade que na triangulação dos dois primeiros, dinamicamente a percorrerem o eixo do tempo no sentido único de marcha que lhe é inato, não deixa de ser verdade que nas versões de dupla que podem formar algo de muito estranho vem acontecendo. Na Velha Europa. E, por cá, neste jardim à beira mar plantado. O Poder do Saber. O Saber é algo de mutante e crescente, embora cresça menos que a ignorância – em quantidade e em velocidade -. O Poder do Saber é apenas uma das derivadas possíveis de acrescento ao próprio Saber. Mas quando o Poder, como derivada, aumenta, o Saber tende a diminuir, apesar de lhe aumentar o caudal de informação e de conhecimento. Poder Saber é uma faculdade de que ninguém nunca deve abdicar. Mas quando alguém tem o Poder de Saber, não usa o poder saber, usa só o poder, e deixa de saber. E o Poder por si só, e em si mesmo, é, tendencialmente, gerador potenciado de asneira, erros e desperdícios de que decisões acertadas, correctas e em tempo útil. Mas também é necessário Saber do Poder. E isso é que nunca ninguém aprende, porque não nasce ensinado. E, também neste particular, o Saber volta a ser marginalizado e fica só o Poder. E sobre o Poder isolado não paga a pena acrescentar mais o que quer que seja. A Europa, o trio, o Comando Político Português cada vez mais só tem Poder. Esquecem-se do Saber. Se é que alguma vez o tiveram. E esqueceram-se de aprender. E preferem, claramente, não ouvir. Todos os titulares do Poder evoluem rapidamente para realidades com sensibilidade granítica e ductilidade também granítica. Que em matéria de audição, as reais capacidades demonstradas mostram bem que tem todos muito más relações com os otorrinolaringologistas. Este é um dos segredos do medo. Porque de facto temos o Poder sem Saber e o Saber sem ascender ao Poder. E o que falta é complexamente mais simples: poder saber e saber poder. Ou seja proactividade clara e inequívoca. E não a paralisação nos definidos. O que é preocupante é que quem tem nas mãos a responsabilidade do poder político, no País, na Europa e no Mundo, deviam estar munidos do Poder de Saber, e não podem – ou não querem – e não sabem. E deviam Saber de Poder e não sabem nem podem. Fosse a Vida como a Álgebra. Só nesta é que a intersecção de negatividades vira positividade. Na vida esta intersecção exponencia a negatividade. Como todos temos sentido na pele e na carne. Todos os Dias. Desde há anos.

REDAÇÃO CHEFE DE REDAÇÃO Dora Loureiro - CP n.º 2054 dora.loureiro@asbeiras.pt Paulo Marques (repórter Coordenador) - CP n.º 2442, António Alves - CP n.º 4485, António Rosado - CP n.º 7751, Bruno Gonçalves- CP n.º 9424, Carlos Jorge Monteiro (repórter fotográfico), José Armando Torres CP n.º 5508, Jot’Alves (Figueira da Foz)- CP n.º 7763, Lídia Pereira- CP n.º 2685, Luís Carregã (repórter fotográfico) - CP n.º 2241, Patrícia Cruz Almeida - CP n.º 6427, Rute Melo- CP n.º 7085

DEPARTAMENTO GRÁFICO COORDENADORA Carla Fonseca carla.fonseca@asbeiras.pt Alfredo José, Ana Vendeiro, Rui Semedo e Victor Rodrigues PROJETO GRÁFICO

A. Franklin/ P.Costa DIREÇÃO COMERCIAL E ADMINISTRATIVA DIRETOR Cortez Magalhães Ana Paula Ramos (Coordenadora comercial) Adelaide Gaspar, Ana Nunes (assist. marketing), Carla Santos, Cidália Santos, Cristina Mota, Margarida Fernandes, Rosa Pereira, e Rui Francisco

O mundo a seus pés

V

amos imaginar que um dia acordamos e não há jornais, nem rádio, nem televisão, nem internet. Tudo se apagou e ficámos sem notícias. No carro, a caminho do trabalho, sintonizamos o vazio absoluto. Deixaremos de saber do resgate de Portugal pelo FMI, da morte de Chávez, da resignação do Papa, dos novos impostos, de toda uma vida que passa em cada minuto. Sem consciência de nós no mundo. O tempo que hoje vivemos é sobretudo caracterizado por uma cidadania que se alimenta de informação, o que justifica que esta seja cada vez mais moldada para atrair a atenção dos públicos. As pessoas formam as suas impressões sobre os acontecimentos a partir dos media, avaliza Doris Graber, da Universidade de Illinois, Chicago. Fulano de tal passou a ser aquilo que o jornal escreveu que ele era! Sabe-se hoje que a aquisição de conhecimento é contínua e cumulativa, já que apreendemos a nova informação a partir da perspetiva daquilo que previamente armazenámos. Tal como institui a declaração de princípios do Wall Street Journal: “cremos que os factos são factos e que é possível chegar à verdade colocando um facto sobre outro facto, como na construção de catedrais”. Os estudos referem também que os cidadãos, quando não dominam a informação, tendem a adotar as interpretações dos jornalistas. O que concede aos media uma influência poderosíssima sobre a opinião pública e sobre o nosso sentido de vida. “Citizen Kane – O Mundo a seus pés” ( 1941 ), de Orson Welles, deixa evidente a caricatura da importância que a imprensa tem na escolha, na criação e na ampliação da realidade. Assim, em política, errados estão os que desvalorizam o efeito dos media nas campanhas eleitorais. O suprimento de informação é hoje mais abundante do que nunca, se considerarmos a totalidade de todas as ofertas, incluindo a internet. A oportunidade de os cidadãos observarem a ação dos políticos multiplicou se. Esta sequência de ideias conduznos ao fenómeno de “ativação”, como designa Graber, ou seja, o efeito mediático que leva as pessoas a absorverem a informação das notícias e a usá-la para orientar o seu pensamento subsequente. A grande quantidade de novos meios de comunicação que emergiu nas recentes décadas graças ao progresso das tecnologias, do papel ao online, da tv ao tablet, do telemóvel àquilo que ainda está para vir, curiosamente, tem comprometido a coesão social, consideram alguns investigadores, dizendo que, com tão ampla oferta de notícias e de assuntos díspares, o vínculo de informação partilhada que no passado unia as comunidades, tende a ficar enfraquecido. Estamos perante o receio de que as pessoas possam abandonar a antes repartida esfera pública, onde discutiam as notícias no café, e retirar-se para uma multitude de guetos comunicacionais.

...

DIREÇÃO FINANCEIRA DIRETOR Carlos Fernandes

CLASSIFICADOS tel. 239 980 290, fax 239 980 281, classificados@asbeiras.pt

COORDENAÇÃO INFORMÁTICA Samuel Costa

ASSINATURAS tel. 239 980 289, assinaturas@asbeiras.pt

CONTACTOS SEDE: Rua Abel Dias Urbano, n.º 4 - 2.º 3000-001 Coimbra, tel. 239 980 280, 239 980 290, Telem: 962 107 682 fax 239 980 288, administrativos@asbeiras.pt

Figueira da Foz (delegação) figueira@asbeiras.pt, Loja N.º 47, Edifício FozCenter – Centro Comercial Figueira Shopping, Rua da República, N.º 202, S. Julião, 3080-036 Figueira da Foz, telm. 962108037 e 962109037 fax 233 422 927

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DISTRIBUIÇÃO VASP, CTT, VASP Premium e Expresso

TIRAGEM MÉDIA DE FEVEREIRO: 12.000

Associação Portuguesa para o Controlo de Tiragem e Circulação

Membro da Aind e da APIR REGISTADO NO ICS SOB O N.º 109712


agir negócios

Emprego em Portugal cai 4,3 por cento no 4.º trimestre de 2012 111 O número de pessoas com emprego em Portugal caiu 4,3 por cento no quarto trimestre de 2012, em comparação com o mesmo período de 2011, a quinta maior queda entre os Estados-membros, indicou ontem o Eurostat. De acordo com os dados do gabinete de estatísticas da União Europeia, Portugal agravou a tendência de queda relativamente aos dois trimestres anteriores e igualou a quebra homóloga observada nos primeiros três meses de 2012.

Ofertas especiais nas Pousadas de Portugal 111 Nesta Páscoa, a estadia numa das muitas Pousadas de Portugal tem um custo a partir de 65 euros por noite e com oferta da estadia das crianças. O pacote inclui alojamento em quarto duplo para duas pessoas, com um máximo de dois filhos até aos 12 anos, partilhando o quarto com os pais, pequeno-almoço buffet e refeições das crianças e possibilidade de saída tardia. Os clientes Pestana Priority Guest podem ainda acumular um mínimo de dez pontos no cartão por cada euro gasto na estadia.

diário as beiras | 15-03-2013

press release

6 Últimas inscrições para

participar no seminário “Desenvolver Índices e Métricas do Capital Humano”, que decorre no próximo dia 19 de março, em Leiria. A sessão é promovida pela Vantagem + Consultores de Formação.

Queijo de Proença-a-Nova é principal atração da loja na Internet de produtos locais

Amore Nostrum de Coimbra celebra sétimo ano

111 O queijo de mistura curado de Proença-a-Nova é a principal atração da nova loja na Internet que desde a última semana vende exclusivamente produtos daquele concelho. Só o queijo já soma perto de 300 visualizações numa montra aberta para o mundo que inclui mel, azeite, vinho, doçaria, bordado, alojamento em espaços turísticos, entre outros artigos, disse à Lusa fonte do município. A loja “online” Origem Proença-a-Nova (http://www. proencanovaorigem.pt) é uma iniciativa da câmara e destina-se exclusivamente aos empresários ou artesãos que tenham o selo especial, criado pela autarquia, para os produtos locais. As entregas são feitas por serviço Expresso dos correios, entre as 09H00 e as 18H00 dos dias úteis, no prazo de 48 horas após a receção do comprovativo do pagamento da encomenda. Na primeira semana de funcionamento, a maioria das encomendas têm sido feitas desde Lisboa, de acordo com os dados do município, segundo os quais até há compras feitas dentro do concelho. Registada no Instituto Nacional da Propriedade Industrial, a marca Proença-a-Nova Origem, com símbolo próprio, é um selo que certifica a origem dos produtos e serviços locais e essa certificação “será sempre feita pela câmara”.

No âmbito do aniversário da empresa de “matchmaking”, decorre até abril uma campanha de ofertas de apresentações DR

Amore Nostrum promove uma campanha de oferta de apresentações até abril

1 Agência conta com consultores especialistas em relações humanas

2 Empresa localiza-se no Edifício Fernão de Magalhães, na rua Padre Estevão Cabral. Mais informações podem ser obtidas em www.amorenostrum. com

111 Neste mês de março, a Amore Nostrum de Coimbra completa o seu 7.º aniversário. Foi a 20 de março de 2006 que a empresa abriu as suas portas em Coimbra, com um conceito dirigido ao público português, no respeito pelos padrões elevados e conservadores da nossa sociedade. À procura da “alma-gémea” para cada pessoa, o serviço de “matchmaking”, desenvolvido pelas profissionais especializadas em relações humanas da Amore Nostrum, assenta não só no cruzamento desses perfis, mas também na experiência acumulada e no conhecimento humano da equipa.

bi empresas Luboil - Distribuidor de Lubrificantes, Lda

Segundo Joana Monteiro, consultora da agência, “profissionalismo, empenho e dedicação são a base do nosso sucesso, e o nosso compromisso é com a felicidade na vida sentimental de quem nos procura”. Também Liliana Paiva, consultora da Amore Nostrum de Coimbra, refere o trabalho como “um caminho” que é percorrido sempre com o sentido de assegurar a satisfação dos clientes, sendo também “ a nossa verdadeira felicidade”. Campanha de aniversário decorre até abril Em modo de comemoração deste sétimo aniversário, a

A Luboil - Distribuidor de Lubrificantes, Lda dedica-se à distribuição de lubrificantes, setor onde é o maior distribuidor da marca “Shell” na Península Ibérica. Cem por cento detida pela Spinerg Soluções para Energia, S.A., a

Luboil é o Macro Distribuidor de produtos lubrificantes da marca “Shell” em Portugal, bem como da marca “Houghton”, lubrificantes dedicados ao sector metalúrgico. Com sede no concelho de Oeiras, a Luboil está presente

agência Amore Nostrum de Coimbra está a promover uma campanha de ofertas de apresentações, que decorre até abril. Assim, quem não tiver conhecido ainda a pessoa certa para dividir a vida pode encontrar um “coração compatível” na mais casamenteira de todas as empresas. A agência localiza-se no Edif ício Fernão de Magalhães, na rua Padre Estevão Cabral, número 79, sala 314. As consultoras podem ser contactas através dos contactos 239 820 023 ou 91 474 51 34, mais informações podem ser obtidas em www. amorenostrum.com.

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TV Hoje RTP 1 06:30 10:00 13:00 14:15 15:15 18:00 19:05 20:00 21:00 21:30 22:00 23:00 23:30 00:30 01:30 02:00 RTP 2 07:00 13:00 14:00 15:30 16:00 17:00 18:00 18:30 19:30 20:00 21:00 21:55 22:00 00:00 01:00 01:30 02:00 SIC 06:00 07:00 10:15 13:00 14:30 19:00 20:00 21:30 22:30 23:45 00:45 01:45 03:00 TVI 06:30 10:15 13:00 14:30

om Dia Portugal B Praça Da Alegria Jornal Da Tarde Éramos Seis - Ep. 20 Portugal No Coração Portugal Em Direto O Preço Certo Telejornal + 360º Sexta Às 9 AntiCrise Sinais De Vida - Ep. 43 Portugueses Pelo Mundo T6 - Ep. 5 5 Para A Meia-Noite T3 Ossos T7 - Ep. 3 Perseguição T1 - Ep. 12 O Direito De Nascer ig Zag Z National Geographic Sociedade Civil Consigo RTP Premium Zig Zag A Fé Dos Homens Portugueses Pelo Mundo A Entrevista De Maria Flor Pedroso Zig Zag National Geographic 24 - Sumário Nada A Declarar 24 Horas Portugal Selvagem A Entrevista De Maria Flor Pedroso - Repetição Euronews S IC Notícias Edição Da Manhã Querida Júlia Primeiro Jornal Querida Júlia - Especial Aniversário Fina Estampa - Ep. 207 Jornal Da Noite Dancin Days - Ep. 198 Avenida Brasil - Ep. 120 Páginas da Vida Mentes Criminosas Mentes Criminosas: Conduta Suspeita Volante T4 - Ep. 3

iário Da Manhã D Você Na TV! Jornal Da Uma Ninguém Como Tu - Ep. 10 15:15 Tempo De Viver 16:00 A Tarde É Sua 18:00 Doce Fugitiva - Ep. 29 19:00 Doida por Ti - Ep. 92 20:00 Jornal Das 8 21:30 Euromilhões 21:45 Destinos Cruzados 22:45 Louco Amor - Ep. 249 23:45 Equador - Ep. 5 00:45 Apanha-me Se Puderes 02:15 A Floresta de Bronze SPORT TV 1 16:20 Inter x Tottenham - Resumo 17:00 Informação: Notícias 17:10 Bordéus x Benfica- Resumo 18:00 Fórum Sport TV 19:30 Informação: Reportv 20:00 Gil Vicente x SP Braga - Primeira Liga 22:00 Informação: Últimas Notícias 23:00 NBA: Indiana Pacers x LA Lakers 01:30 Premier League: Antevisão da Jornada 02:00 Liga Italiana: Antevisão da Jornada

COIMBRA (permanente) Politáxis Táxis de Coimbra S. José Praça da República estação Nova

239 499 090 239 822 287 239 822 287 239 826 622

Guia astrológico telefones úteis CARNeIRO 21/3 a 20/4 Abra o coração e partilhe um receio que traz, face a uma relação importante na sua vida. TOuRO 21/4 A 21/5 Se puder, seja criativo na forma como \”libertar\” essas energias acumuladas. géMeOS 22/5 A 21/6 Dê alguma atenção às pessoas mais velhas na sua vida, ou a pessoas em posição de liderança. CARANgueJO 22/6 A 23/7 Aproveite esta fase para ser mais claro e honestamente esclarecer um assunto com uma pessoa que não está certa das suas intenções nem do que pensa a esse respeito. LeãO 24/7 A 23/8 Reúna forças a todos os níveis, para preparar as suas iniciativas para os próximos tempos. VIRgeM 24/8 A 23/9 Mantenha a sua mente ocupada com projectos úteis, pois poderá realizar muito agora. Escreva, fale, telefone, dê notícias! BALANçA 24/9 A 23/10 Boa fase para lançar um novo olhar sobre si mesmo e para se centrar, de uma forma positiva e sadia, em si. eSCORPIãO 24/10 A 22/11 Saiba receber um bom conselho de alguém mais jovem com uma visão menos rígida e mais arejada das coisas. SAgITáRIO 23/11 A 21/12 Maior perspicácia e capacidade de desenvolver uma boa estratégia para a sua vida material. CAPRICóRNIO 22/12 A 20/1 Procure relaxar; a sua capacidade de reacção aos acontecimentos é muito boa, mas evite deixar-se levar pelo stress. AquáRIO 21/1 A 19/2 Poderá levar os outros a aderirem com mais facilidade a um projecto seu. PeIxeS 20/2 A 20/3 Fase que favorece novas aprendizagens sobre si mesmo interagindo e partilhando mais com outras pessoas.

Coimbra Bombeiros de Brasfemes 239 910 000 Bombeiros Sapadores 239 792 800 Bombeiros Voluntários 239 822 323 Brigada de Trânsito 239 794 400 EDP (avarias) 800 506 506 Centro Hospitalar Psiquiátrico de Coimbra: Unidade de Sobral Cid 239 796 400 Unidade de Arnes 239 640 461 CP 239 828 406/239 835 242/239 837 691 Emerg. Criança Maltratada 239 702 233 Emergência Social 239 822 139 GNR (comando) 239 794 300 H. da Universidade 239 400 400/500/600 Hospital Pediátrico 239 488 700/239 480 300 Hospital dos Covões 239 443 020/239 800 100 Linha de Saúde Pública 808 211 311 Maternidade Bissaya Barreto 239 480 400 Maternidade Dr. Daniel de Matos 239 403 060 GNR 239 794 300 Policia Judiciária 239 863 000 PSP 239 797 640 AC, Águas de Coimbra, E.M. (avarias) 239 096 000 AC, Águas de Coimbra, E.M. (Linha Verde) 800 202 354 Lusitania Gás-Gás Natural 800 200 157 SOS Adolescente 800 202 484 SOS Mulher 239 832 073 SOS Amigo 239 721 010 SOS Estudante 808 200 204 Arganil Bombeiros 235 202 122 GNR 235 205 437 Centro de Saúde 235 205 728 Cantanhede Bombeiros 231 422 122 GNR 231 422 446 Hospital 231 419 210 Condeixa Bombeiros 239 941 503 GNR 239 941 155 Centro de Saúde 239 941 346 Figueira da Foz Diário As Beiras 233 422 927 Bombeiros Municipais 233 402 800 Bombeiros Voluntários 233 402 260 EDP (avarias) 800 506 506 GNR (Maiorca) 233 930 177 GNR (Paião) 233 940 519 GNR (Quiaios) 233 919 107 Guarda Fiscal 233 422 914 Hospital (Urgências) 233 402 097 PSP 233 407 560 Góis Bombeiros 235 771 122 GNR 235 770 160 Centro de Saúde 235 772 322 Lousã Bombeiros 239 990 530 GNR 239 990 060 CP 239 993 952 Centro de Saúde 239 995 138 Bombeiros de Serpins 239 970 000 Mealhada Bombeiros 231 202 122 GNR 231 202 351 Bombeiros Pampilhosa 231 949 122 CP Pampilhosa 808 208 208 Centro de Saúde 231 202 023 Mira Bombeiros 231 480 670 GNR 231 489 500 Centro de Saúde 231 489 580 Miranda do Corvo Bombeiros 239 532 194 GNR 239 532 147 Centro de Saúde 239 532 420 Montemor-o-Velho Bombeiros 239 689 214 GNR 239 687 140 Centro de Saúde 239 689 128 Mortágua Bombeiros 231 920 122 GNR 231 927 360 Centro de Saúde 231 922 152 CP 808 208 208 Oliveira do Hospital Bombeiros 238 604 370 GNR 238 604 444 Centro de Saúde 238 600 250 Pampilhosa da Serra Bombeiros 235 594 122 GNR 235 590 100 Centro de Saúde 235 590 200 Penacova Bombeiros 239 477 469 GNR 239 470 160 Centro de Saúde 239 477 134 Penela Bombeiros 239 560 100 GNR 239 569 135 Centro de Saúde 239 569 160 Poiares Bombeiros 239 429 010 GNR 239 421 119 Centro de Saúde 239 421 288 Pombal Bombeiros Voluntários 236 212 122 Brigada de Trânsito 236 212 063 EDP (avarias) 800 506 506 CP 808 208 208 GNR 236 212 011 Hospital 236 212 130 PSP 236 218 122 Rodoviária - Beira Litoral 236 212 058/236 212 060 Soure Bombeiros 239 506 300 GNR 239 502 228 Centro de Saúde 239 509 810 Tábua Bombeiros 235 412 122 GNR 235 410 430 Centro de Saúde 235 410 410 Voluntários de Vila Nova de Oliveirinha 238 604 887 962 377 373 Tocha GNR 231 440 100 Bombeiros 231 443 710

FIGUEIRA DA FOZ Táxis, Central Táxis (serviço permanente) 233 420 880/965 255 030/916 481 072 Praça de Táxis, Praça 8 de Maio 233 423 788/233 423 500

Cinemas COIMBRA Dolce Vita Coimbra (Tel. 239 798 541 ) Sala 1 – Jack O Caçador de Gigantes (CB) Digital 13h50, 16h25, 19h00, 21h40, 00h20 Sala 2 – Efeitos Secundários (M16 ) Digital 13h30, 16h10, 18h40, 22h00, 00h30 Sala 3 – Argo (M12 ) Digital 14h30, 18h00, 21h50, 00h35 Sala 4 – As Aventuras do Tadeo Jones (CB) Digital 11h20(Só Dom), 14h10, 16h35, 18h50 Sala 4 – Força Anti-Crime (M16 ) Digital 21h00, 23h40 Sala 5 – Oz: O Grande e Poderoso (M12 ) Digital 3D 13h40, 17h10, 21h10, 00h05 Sala 6 – Zarafa (M6 ) Digital 11h40(Só Dom), 14h40, 16h50 Sala 6 – Tudo Por um Bébe (M16 ) Digital 19h20, 22h20(Exc. 4ª) Sala 7 – Guia Para Um Final Feliz (M12 ) Digital 15h20, 18h10, 22h30 Sala 8 – Robot & Frank (CB) Digital 14h20, 16h45, 19h10, 21h30, 23h50 Sala 9 – Ferrugem e Osso (CB) Digital 14h00, 17h00, 21h20, 00h10 Sala 10 – Die Hard: Nunca é Bom Dia para Morrer (M12 ) Digital 14h50, 17h20, 19h40, 22h10, 00h40 Forum Coimbra (Tel. 239 442 917 ) Sala 1 – A Bicharada Contra Ataca (M6 ) Dob Digital 14h00, 16h25 Sala 1 – Aguenta-te aos 40 (M12 ) Digital 18h40, 22h10 Sala 2 – Mamã (M16 ) Digital 14h20, 16h50, 19h20, 22h00, 00h35 Sala 3 – Snitch - Infiltrado (CB) Digital 13h30, 16h10, 18h50, 21h30, 00h20 Sala 4– Oz: O Grande e Poderoso (M12 ) Digital 14h10, 17h30, 21h10, 00h10 Sala 5 – Vigarista á Vista (CB) Digital 13h50, 16h20, 19h00, 21h40, 00h25 Sala 6 – Jack e o Caçador de Gigantes (CB) Digital 3D 13h40, 16h30, 19h10, 21h50, 00h30 FIgueIRA DA FOz Foz Plaza (Tel.233246362 ) Sala 1 – Zarafa (M6 ) Digital 11h00 (Dom.), 13h00 (Dom.), 15h00, 17h10, 19h10 Sala 1 – Aguenta-te aos 40! (M12 ) Digital 21h00, 23h40 ( 6ª e Sáb.) Sala 2 – Vigarista à Vista (CB) Digital 13h10 (Dom.), 15h40, 18h10, 21h40, 00h10 ( 6ª e Sáb.) Sala 3 – Jack o Caçador de Gigantes (CB) Digital 12h50 (Dom.), 15h10, 18h00 Sala 3 – Jack o Caçador de Gigantes (CB) Digital 3D 21h30, 23h50 ( 6ª e Sáb.) Sala 4 – OZ: O Grande e Poderoso (M12 ) Digital 12h40 (Dom.), 15h20, 18h20, 21h20, 00h00 ( 6ª e Sáb.) Sala 5 – Comédia Explicita: Movie 43 (M16 ) Digital 13h30 (Dom.), 15h30, 17h50, 21h10, 23h30 ( 6ª e Sáb.)

farmácias AVeIRO Anadia ÓSCAR ALVIM (TEL.231 512 607 ); Aveiro NOVA (TEL. 234 933 286 ); Mealhada BRANDÃO (TEL.231 202 038 ); COIMBRA Arganil GALVÃO (TEL. 235 205 211 ); Cantanhede MARIALVA (TEL. 231 416 901 ); Coimbra OLIVAIS, RUA DE BERNARDO DE ALBUQUERQUE, 141 R/C (TEL. 239 484 872 ); SÃO MARTINHO – SÃO MARTINHO (TEL. 239 802 420 ); FARMÁCIA CHC (TEL. 239 442 616 )/24 horas; Condeixa-a-Nova CONÍMBRIGA (TEL. 239 948 542 ); Figueira da Foz SAÚDE (TAVAREDE) (TEL. 233 422 534 ); góis COROA (TEL. 235 778 021 ); Lousã TORRES PADILHA (TEL. 239 971 106 ); Mira ROLDÃO (TEL. 231 451 467 ); Miranda do Corvo LIMA NATÁRIO (TEL. 239 532 080 ); Montemor-oVelho NUNO ÁLVARES (TEL. 239 680 143 ); Oliveira do Hospital SANTOS (TEL. 238 644 471 ); Pampilhosa da Serra CENTRAL (TEL. 235 594 127 ); Penacova ALVES COIMBRA (TEL. 239 477 107 ); Penela PENELA (TEL. 239 569 137 ); Soure JACOB (TEL. 236 502 113 ); Tábua SIMÕES FERREIRA (TEL. 235 418 222 ); Vila Nova de Poiares SANTO ANDRÉ (TEL. 239 421 155 ); LeIRIA Castanheira de Pêra DINIZ CARVALHO (TEL. 236 432 313 ); Figueiró dos Vinhos CORREIA SUC (TEL. 236 552 312 ) Leiria ANTUNES (TEL. 244 832 465 ); Pedrógão grande BAETA REBELO (TEL. 236 486 133 ); Pombal PAIVA (TEL. 236 212 013 ); VISeu Mortágua ABREU (TEL. 231 922 185 ); Santa Comba Dão MONTEIRO (TEL. 232 891 238 ); Viseu PINTO DE CAMPOS (TEL. 232 437 225 );

diário as beiras | 15-03-2013

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15-03-2013 | diário as beiras

DB-Luís Carregã

A Banca está a ser punida DB-Carlos Jorge Monteiro

a fechar Igreja sem Cristo “torna-se uma ONG” 111 O Papa Francisco I falou em pé e de improviso na sua primeira homilia. E deixou uma mensagem aos cardeais: “Quando confessamos Cristo sem cruz, não somos discípulos do Senhor”.

Faria de Oliveira e Tiago Caiado Ribeiro

111 A maioria dos bancos “não esteve envolvida” nas “aventuras especulativas” que culminaram na atual crise financeira, sustentou, ontem, em Coimbra, Faria de Oliveira, considerando que, por isso, não se devem fazer “generalizações grosseiras”. A Banca “está a ser “punida” esperando-se que a sua fiscalização e o seu desempenho na ultrapassagem da crise sejam reforçados” porque se desenvolveu “um sentimento” de que ela foi “um dos responsáveis no despoletar da crise económica e na sua configuração”, afirmou o presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD) e da Associação Portuguesa de Bancos (APB). Além disso, “existirá também um preconceito – falso – de que o setor financeiro é favorecido em relação a outros, quando, na realidade”, ele é a área “mais escrutinada, regulada e supervisionada de todas as atividades económicas”, defendeu Faria de Oliveira, que falava, na tarde de hoje, num debate sobre “O papel do BCE [Banco Central Europeu] na crise financeira”. Os factos demonstram, na perspetiva do presidente da CGD, que “algumas crises são originadas por outras áreas, como aconteceu com as derivadas da bolha imobiliária” (em consequência da “procura de investidores

por ativos mais tangíveis”) e tecnológica (“do início do século XXI”) ou resultantes do “preço de matérias-primas essenciais”, como o petróleo. “Registaram-se excessos na avaliação do risco e, principalmente, no domínio financeiro especulativo” (como a proliferação de ativos tóxicos resultantes de crédito ‘sub-prime’, entre outras operações com vista a “melhorar as notações de risco”), bem como o lançamento de “produtos financeiros derivados excessivamente complexos, de elevado risco, de que resultaram várias consequências”, reconhece Faria de Oliveira. Mas, sustenta o antigo ministro do Comércio e Turismo, “a grande maioria dos bancos não esteve envolvida nessas aventuras especulativas, não devendo, por isso, procederse a generalizações grosseiras”. No debate, integrado no “Fórum Política Europeia. Observar. Debater. Enriquecer”, promovido pelo Núcleo de Estudantes da Relações Internacionais da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, também participaram Francisco Sarsfield Cabral, João Sousa Andrade e Tiago Caiado Guerreiro. O fórum termina hoje, com debates sobre política externa europeia e democracia na Europa, à tarde.

Fuga à GNR acaba em despiste e apreensão de material furtado 1 1 1 Um homem que transportava no seu carro alumínio e cobre furtado e que não obedeceu a uma ordem de paragem da GNR foi detido em Pombal depois de a viatura em que seguia se despistar, foi ontem anunciado. Fonte da GNR informou em comunicado que o indivíduo, de 33 anos, foi detido por condução perigosa, posse de arma ilegal – um bastão

– e por falta de habilitação legal para conduzir. O caso aconteceu na quarta-feira, na freguesia de Pelariga, e o material furtado detetado na bagageira do veículo é proveniente de uma fábrica abandonada do concelho de Leiria, segundo a GNR. Os ocupantes da viatura, com idades entre os 21 e os 25 anos, foram identificados.

Marcelo Nuno reeleito hoje para a distrital PSD 111 O líder do PSD de Coimbra, Marcelo Nuno, será hoje reeleito para um segundo mandato na Comissão Política Distrital, apresentando aos militantes um projeto de “grande união”, disse à Lusa o autarca José Brito. As eleições realizam-se nas diversas secções locais do PSD, entre as 18H00 e as 22H00. José Brito, presidente da câmara da Pampilhosa da Serra, salientou que a lista única, encabeçada por Marcelo Nuno, também presidente da Águas de Coimbra, inclui a maioria dos principais autarcas do distrito. "Esta candidatura é bem demonstrativa da grande união dos militantes e da forma como o PSD foi liderado no distrito nos últimos dois anos”, acrescentou. Para José Brito, que integra a lista em quarto lugar, seguido do homólogo de Montemor-o-Velho, Luís Leal, o candidato à liderança “é um homem atento e muito trabalhador”, que “conseguiu unir o partido” ao longo do mandato

Cientistas confirmam descoberta da “partícula de Deus”

que agora termina. Marcelo Nuno encabeça uma candidatura que poderá contribuir “para minimizar os efeitos das medidas difíceis” tomadas pelo Governo, com vista a superar “os problemas que o país está a atravessar e que foram criados por alguém”. "Mas vale a pena este sacrif ício, para ganharmos o futuro dos nossos filhos e dos nossos netos”, disse. "A minha candidatura traduz um amplo consenso no PSD, como nunca se viu no distrito de Coimbra”, declarou Marcelo Nuno. Num “momento de desgaste do PSD”, enquanto parceiro principal da coligação do Governo, a lista “pretende continuar o trabalho de organização e ajudar os candidatos do partido” nas autárquicas, disse o economista. O grupo de candidatos à Comissão Política integra, em segundo e terceiro lugar, o deputado Maurício Marques e o presidente da câmara de Arganil, Ricardo Alves, respetivamente.

Bispo dá missa de ação de graças para celebrar escolha do novo papa 111 O Bispo de Coimbra, D. Virgílio Antunes, anunciou ontem que irá celebrar na próxima terça-feira uma missa de ação de graças pela escolha do novo papa. A celebração tem lugar às 19H00, na Sé Nova. Em comunicado, o prelado mostra-se feliz pela notícia da eleição do novo papa, rejubilando “pelo dom de Deus à sua Igreja, que é o Papa Francisco”. “Neste momento de esperança, manifestamos os mais profundos sentimentos de comunhão com o Sucessor de Pedro e acolhemolo como o Pastor da Igreja Universal, assegurando a nossa estima, devoção e obediência filial”, refere.

111 O “bosão de Higgs”, a partícula subatómica identificada no ano passado pelo CERN, deverá levar à explicação sobre a existência do universo.

Defesa em risco de pagar 147 milhões 111 Numa altura em que tem que fazer um corte de 218 milhões de euros, a Defesa enfrenta um pedido de indemnização de 147 milhões, apresentado pela General Dynamics na sequência da denúncia de um contrato.

Mineiros em greve a 2 e 3 de abril 111 Os trabalhadores das Minas da Panasqueira vão fazer dois dias de greve, a 2 e 3 de abril, decidiram ontem por unanimidade num plenário convocado pelo Sindicato Mineiro da CGTP.

DB-Luís Carregã

Pelo menos 15 mil reservas canceladas 1 1 1 Por causa da greve da TAP, foram canceladas pelo menos 15 mil reservas. Os dados são da Associação de Agências de Viagens, que volta a pedir ao Governo uma requisição civil. D. Virgílio Antunes


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