Revista 50 anos AIRC

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Esta revista faz parte integrante do DIÁRIO AS BEIRAS de 9 de setembro de 2022 e não pode ser vendida separadamente

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AIRC 40 anos a pensar no futuro

A AIRC foi fundada em setembro de 1982, mantendo-se até hoje com 29 associados. São quatro décadas – ao serviço da Administração Pública Local e no mais avançado desenvolvimento de software, dando sempre resposta cabal às necessidades e exigências do setor local. O know-how adquirido ao longo deste período permite traçar novos caminhos e apostar em novas tecnologias

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AIRC foi fundada em setembro de 1982 por 30 municípios, tendo um deles desistido logo após a sua criação, mantendo-se até hoje com 29 associados. Ocupando as instalações do Centro Ordenador Municipal da Câmara Municipal de Coimbra e dos Serviços Municipalizados de Coimbra, situado no antigo Estádio Municipal de Coimbra, a AIRC fazia o processamento da faturação de água, contabilidade e vencimentos, distribuído por cinco centros de processamento de dados.

No ano de 1988 foi assumida uma quase total rutura com o passado e implantadas profundas transformações na organização, que lançaram verdadeiramente as bases para a AIRC de hoje. Foram extintos os centros de processamento e reduzidos os efetivos de pessoal, mantendo-se apenas a sede em Coimbra. Em simultâneo, dá-se o acompanhamento da evolução tecnológica vivida nesta época e a AIRC passa a assumir-se como uma entidade produtora de software e fornecedora de serviços associados à atividade.

Em junho de 2002, a sede da AIRC transferiu-se para o antigo edifício dos CTT na avenida Fernão de Magalhães em Coimbra, passando de um espaço de cerca de 300 metros para outro de dimensão cinco vezes superior. A mudança, para além de proporcionar melhores condições de trabalho, permitiu reforçar os recursos humanos e materiais e ultrapassar os problemas que, entretanto, tinham surgido pela dificuldade em acompanhar a evolução das TIC e em

promover a adaptação do software às profundas alterações legislativas ocorridas no ano 2000 no âmbito do sistema de informação financeiro da administração pública local.

Durante uma década, a AIRC consolidou a sua posição no mercado e acompanhou a evolução tecnológica que se fez sentir no mundo das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC). Foi acelerado um novo ciclo de desenvolvimento de software, orientado para padrões de qualidade superiores, proporcionando um claro aumento de competitividade face à concorrência.

Em agosto de 2012, a AIRC mudou, mais uma vez, de instalações, passando a ocupar uma parte de um dos edifícios da Critical Software no Parque Industrial de Taveiro. A mudança temporária permitiu

AIRC corpos sociais

acolher um maior número de colaboradores, enquanto a nova sede estava a ser construída.

A inauguração da nova sede teve lugar no Coimbra iParque. Desenhado para acolher as especificidades da AIRC, o edifício marcou uma nova era na história da casa, o que lhe permitiu traçar como objetivos a construção de salas de formação para dar resposta às necessidades dos seus clientes e associados; e a criação de um espaço de cooperação com a Universidade de Coimbra na área de investigação e desenvolvimento.

assembleia intermunicipal

José Manuel Monteiro de Carvalho e Silva

Presidente da Câmara Municipal de Coimbra

presidente vogais

Rui Manuel Saraiva Ventura

Presidente da Câmara Municipal de Pinhel

Paulo Martins de Almeida

Presidente da Câmara Municipal de Castro Daire

Nuno Moita

Presidente da Câmara Municipal de Condeixa-a-Nova

Ricardo Sérgio Pardal Marques

presidente

Miguel Baptista

Presidente da Câmara Municipal de Miranda do Corvo vice-presidente

José Couto Vala

Presidente da Câmara Municipal de Porto de Mós secretário

Jorge Alves Custódio

Presidente da Câmara Municipal da Pampilhosa da Serra

diretora geral

Presidente da Câmara Municipal de Mortágua Marta Lemos

O desenvolvimento, de raiz, do novo Sistema de Normalização Contabilística para a Administração Pública – para fazer face ao novo regime de contabilidade que foi adotado por todo o Setor Público em janeiro de 2020 –, foi um momento marcante da empresa que, um ano depois, procedeu à mudança de identidade. Uma alteração que marca o reflexo do rigor e da assertividade com que a AIRC foram ultrapassando os desafios do dia a dia, mas também da vontade em querer superar as expetativas e honrar o compromisso que assumiram com os associados e clientes.

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9/9/2022 diário as beiras 40 ANOS AIRC
Diretor Agostinho Franklin Chefe De reDação Dora Loureiro reDação Paulo Marques (repórter coordenador), Afonso P.Bastos, António Alves, António Rosado, Bruno Gonçalves, Emanuel Pereira, Jot’Alves, José Armando Torres, Patrícia Cruz Almeida , Ana Ferreira , Pedro Ramos Dep. ComerCial Ana Paula Ramos, João Ribeiro, Mónica Palmela, paginação Carla Fonseca, , André Antunes, Daniela Marques e Victor Rodrigues Dep. aDministrativo Cidália Santos, Cristina Mota, Margarida Fernandes, Rosa Pereira o meu jornal, a minha região PROPRIEDADE Sojormedia Beiras SA TexTo // Dora Loureiro/ António Alves FoTograFia// Ana Ferreira Paginação// Carla Fonseca

“Estamos a trabalhar para empresarializar a AIRC”

José Manuel Silva, presidente da AIRC - Associação de Informática da Região Centro, admite que a falta de recursos humanos poderá impedir a instituição de continuar a crescer.

Defende, para a AIRC, condições de contratação mais competitivas

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Podemos dizer que a AIRC tem assumido um papel fundamental na atividade dos municípios portugueses?

A AIRC – que agora vai comemorar os 40 anos – têm-se afirmado na liderança da inovação e da prestação de serviços inovadores e de elevado valor acrescentado para a atividade autárquica, demonstrando a capacidade que tem uma associação pública intermunicipal de fazer a diferença numa área extraordinariamente competitiva como é a área tecnológica, do software, da gestão.

A AIRC cresceu a partir de uma estrutura que, há cerca de 40 anos, existia na Câmara Municipal de Coimbra, que depois se alargou a vários municípios, tendo sido criada esta associação, que tem 29 municípios fundadores e que continua a afirmar se num mundo extraordinariamente complexo, exigente e concorrencial.

Hoje a AIRC é um parceiro fundamental nas reformas que têm sido adotadas no setor, de que é exemplo a entrada em vigor do novo Sistema de Normalização Contabilística para a Administraçao Pública, em cujo processo colaborou ativamente.

40 anos depois, quais são os principais desafios que se colocam à AIRC?

Passados estes 40 anos e com o extraordinário trabalho que foi feito até hoje – e estamos a falar no dia em que a ministra da Saúde se demitiu por força do grave incidente da morte de uma grávida, na transferência entre hospitais –, eu diria que a AIRC está a sofrer dos mesmos problemas da administração pública. Problemas que, como tenho dito e repetido, se aplicam também, por exemplo, relativamente aos motoristas dos Serviços Municipais de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC), e que residem no facto de nós não podermos reconhecer e retribuir adequadamente os profissionais que trabalham na administração pública.

A AIRC é uma “empresa”, entre aspas – não é uma empresa, é uma associação intermunicipal que se rege pelas regras públicas e tem limites salariais. Ora, num mercado extremamente agressivo e competitivo, como é atualmente a área informática, a AIRC tem uma impossibilidade de ser concorrencial, e, portanto, começa a sofrer uma sangria de profissionais, que vai substituindo por jovens licenciados. Estes jovens adquirem aqui uns anos de experiência e depois são atraídos pelo setor privado, ob -

viamente com salários bem mais atraentes do que aqueles que se podem praticar aqui, porque seguimos as regras da administração pública.

Para a AIRC, tem sido difícil reter os profissionais ?

Mantém-se aqui a estrutura de base, porque são pessoas que estão aqui há muitos anos e vestiram a camisola da AIRC. Eu diria que, verdadeiramente, mantêmse aqui por amor à camisola e, portanto, garantem que a AIRC continua a ter capacidade de resposta. Mas chegámos a um ponto em que a AIRC não consegue aceitar mais clientes, porque não consegue aumentar o seu quadro de trabalhadores, apesar de se esforçar nesse sentido.

Mas podemos dizer que a AIRC tem os recursos humanos de que necessita?

A AIRC tem os recursos humanos de que necessita para responder àqueles que são os desafios atuais. Apesar do contexto adverso, tem sido possível ir conquistando novos clientes e aumentando o volume de negócios da AIRC, que se tem refletido em resultados económico-financeiros francamente positivos. Mas a AIRC precisava de ter mais recursos humanos para continuar a crescer, porque tem capacidade e qualidade para crescer. Neste momento, no entanto, não pode crescer mais, por causa da limitação na contratação compe -

titiva de mais recursos humanos. Os recursos humanos da AIRC são a sua principal mais-valia, são os responsáveis pelo sucesso.

Portanto, estas limitações nas condições de contratação de recursos humanos estão a impedir a AIRC de crescer e ter mais clientes?

AIRC é uma marca com elevado valor

Neste momento, essa limitação na contratação de profissionais é o principal fator limitativo do crescimento da AIRC. E se não implementarmos nenhuma solução, a breve prazo, essa limitação pode até pôr em causa – como está a pôr em causa noutras empresas, até privadas, de software – o futuro da instituição e a sua sobrevivência a médio prazo. Chegados a este ponto, não podemos abrandar o ritmo, antes pelo contrário.

Que soluções se preconizam para ultrapassar este problema?

É por isso que estamos a trabalhar no sentido de empresarializar a AIRC. Continuando a ser uma empresa detida pelos municípios fundadores, mas sendo uma empresa do foro privado com acionistas públicos, para poder reger-se pelas regras do setor privado e, portanto, poder ser verdadeiramente concorrencial.

Nós temos o know how, temos a experiência, temos uma história longa, temos o reconhecimento das autarquias portuguesas e dos clientes com quem trabalhamos. Neste momento, a marca AIRC é uma marca de elevado valor, e, portanto, temos todas as condições para continuar a crescer e até para nos podermos internacionalizar, assim tenhamos a capacidade de sermos concorrenciais para continuarmos a ter uma estrutura de recursos humanos que nos permita esse crescimento.

Isto é, para terem a capacidade de disputar recursos humanos com o setor privado?

Sim, não queremos ser só vítimas, queremos

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Queremos continuar a servir bem osmunicípios que nos procuram

ser competitivos nessa área, porque temos condições para atrair bons profissionais. E se necessário iremos também nós contratar recursos humanos ao setor privado.

O potencial universo de clientes justifica essa empresarialização?

Temos clientes, temos clientes interessados em aderir, em função da qualidade do serviço e do software autárquico disponibilizado pela AIRC. E hoje trabalhar na AIRC e é um motivo de orgulho, exatamente por ser uma marca reconhecida e considerada no meio das casas de software, nomeadamente naquelas estão mais orientadas para a gestão pública. Portanto, este desafio que se coloca e que, obviamente, nós queremos vencer esse desafio, leva-nos a estar a trabalhar para o mais rapidamente possível podermos empresarializar a AIRC.

Esta empresarialização da AIRC vai implicar alteração dos estatutos? Isso está a ser equacionado?

Sim, já estamos a trabalhar esta questão. Estamos em negociações finais com uma empresa consultora, para nos prestar consultadoria nesse sentido, para podermos dar passos firmes e bem estudados e, portanto, termos sucesso nesta reforma da AIRC. Temos que refletir sobre o enquadramento estatutário que permitirá à AIRC continuar a competir num mercado global e em rápida transformação.

O objetivo é, portanto, criar condições para a AIRC crescer. Por um lado, para conseguirem ter mais clientes, que neste momento já não conseguem aceitar. Pretendem continuar a trabalhar na área da administração pública ou também querem chegar ao setor privado?

Essencialmente, nós estamos na área da administração pública e nesta área ainda

temos por onde crescer. E, sobretudo, nós queremos mais clientes, numa perspetiva empresarial essa é claramente uma das finalidades, mas também queremos continuar a servir bem os municípios que nos procuram. Ou seja, não é por acaso que há municípios que querem ser clientes da AIRC. Continuamos a registar uma elevada procura pelos nossos produtos e serviços, porque nós temos bons produtos e serviços, e queremos poder disponibilizálos, bem como desenvolver novas soluções que deem resposta às novas exigências da Administração Pública Local, porque ajudam à gestão autárquica. Não é por acaso que eu, quando tomei posse como presidente da Câmara de Coimbra, há menos de um ano, pude começar de imediato a trabalhar exclusivamente por via digital, por via informática, porque tínhamos os programas da AIRC - que não estavam a ser devidamente utilizados, mas estavam lá. Portanto, fui fazer uma formação antes de tomar posse e pude começar de imediato a trabalhar por via digital.

A par do software autárquico que disponibiliza, a formação é também um vetor estratégico o desenvolvimento da AIRC?

Sem dúvida alguma. Os programas da AIRC ajudam à gestão autárquica, facilitam a gestão autárquica. A formação que a AIRC disponibiliza aos trabalhadores das autarquias é um enorme contributo para a melhoria da qualidade do serviço que nós podemos desenvolver nas autarquias para servir os nossos munícipes e para uma boa e rigorosa administração pública. Pretendemos alavancar a capacidade de realização de ações de formação por parte da AIRC, pois é, não só, uma necessidade identificada pelos nossos clientes, como um fonte de receita para a nossa instituição. Portanto, o desenvolvimento que nós queremos não é só numa

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perspetiva de crescimento em termos de mais clientes, mas na perspetiva da prestação de um bom serviço público, que acho que é extraordinariamente relevante para o país.

Esta é razão pela qual queremos continuar a apostar no reforço dos recursos humanos adstritos à área de investigação e desenvolvimento. Também a ampliação do edifício sede - que foi construído no iParque com fundos próprios da AIRC – e a criação de novas salas de formação, devidamente equipadas, permitem que a associação, certificada para o efeito, tenha as condições para se afirmar nesta área. Atualmente, a formação pode ser feita de forma presencial e também a distância.

Pretendem, portanto, continuar a manter se na área da administração pública. Mas há pouco falou na internacionalização. Essa

vertente surgirá relacionada com os países de língua portuguesa?

E xatamente, essa internacionalização estará ligada aos países de expressão portuguesa, aos quais nós podemos disponibilizar um software de qualidade, de Estado, evoluído tecnologicamente, na crista da onda, ou seja, com evolução tecnológica permanente. E, portanto, achamos que isso também é uma forma de Portugal se afirmar no meio lusófono. A AIRC pode ser um braço pacífico na afirmação de Portugal no meio lusófono com a qualidade do seu software. E isso também, obviamente, é bom para o país e será bom para os países que nós possamos ajudar com o nosso software. Ajudar no bom sentido da palavra, não numa relação biunívoca, em que cresçamos todos juntos.

No fundo, é também colocar a experiência

que a AIRC tem ao serviço dos países de língua portuguesa?

São 40 anos de experiência, é um selo de qualidade. Não há muitas marcas de software que continuem a laborar ao fim de 40 anos e a crescer. E com planos para crescer ainda mais.

Os clientes da AIRC continuam a ser sobretudo os municípios?

S im, os clientes são sobretudo municípios, quer sejam concelhos, freguesias ou entidades intermunicipais. Fundada em 1982, a AIRC passou de 39 clientes e 39 colaboradores para uma realidade em que, neste momento, tem 241 clientes e cerca de 144 colaboradores, sendo líder no mercado das soluções informáticas para as autarquias locais.

É uma escala muito, muito grande, que nos torna líderes a nível nacional.

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AIRC é uma escola de referência

A diretora-geral da AIRC, Marta Lemos, faz um balanço bastante positivo dos 40 anos da empresa. O grande desafio passa, agora, por alterar os estatutos para conseguir reter talentos e pela modernização tecnológica dos seus produtos principais

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Que balanço é possível fazer dos 40 anos da AIRC?

Um balanço bastante positivo, sempre numa perspetiva de crescimento. Aliás a AIRC é hoje líder de mercado a nível nacional, num mercado altamente concorrencial. E acreditamos que vamos crescer ainda mais. Assim nos deem mais recursos e meios para evoluirmos. Mesmo em tempo de pandemia, a AIRC conseguiu atrair novos clientes. A história da AIRC é bastante interessante. Desde a longínqua realidade de processamento em lote da Faturação de Água, Contabilidade e Vencimentos, até à Gestão Financeira, de Recursos Humanos ou Documental, a AIRC percorreu um longo caminho, dando sempre resposta às necessidades dos seus associados e clientes. A AIRC foi fundada em setembro de 1982, mantendo-se até hoje com 29 associados. Inicialmente, a sua atividade passou pelo processamento de dados mas, volvidos seis anos, o foco de atuação da AIRC alterou-se e traçou um novo caminho para se assumir como uma entidade fornecedora de software e de serviços complementares.

Percebeu-se rapidamente a dinâmica de que poderia vir a ser uma software house de sucesso. Assim que a AIRC se abriu ao mercado, foi sempre a crescer. Se, no início, era uma associação de municípios sem fins lucrativos e tinha um ambiente mais familiar, hoje já somos uma associação de municípios líder de mercado a nível nacional com cerca de 200 trabalhadores e 250 clientes.

Uma história que fica, também, marcada, pelas várias mudanças de instalações… É verdade, durante alguns anos andamos a saltitar por vários espaços na cidade de Coimbra. Sempre foi objetivo da AIRC ter a sua própria casa, mas não havia capacidade financeira para o fazer pois a AIRC não recebe qualquer verba do Orçamento de Estado e nenhum dos municípios associados canaliza qualquer tipo de verba, especificamente, para a AIRC. Nós vivemos de receitas próprias. Desenvolvemos, formamos e prestamos consultadoria. Antes de dispormos de casa própria, aqui no Coimbra iParque, passámos pelo Estádio Municipal de Coimbra, Edifício dos CTT na avenida Fernão de Magalhães e nas instalações da Critical Software, no Parque Industrial de Taveiro. E foi aqui, no iParque, que nos sediámos e construímos a nossa própria casa. Demorou alguns anos e, em junho de 2016, viemos para aqui e aqui estamos. Na altura éramos cerca de

90 trabalhadores e hoje somos quase 200. Aproveito, esta oportunidade, para dirigir uma palavra, sincera, de agradecimento a todos os trabalhadores e ex-trabalhadores que contribuíram para a realização deste sonho.

Todos os vossos clientes pertencem à administração pública. Porquê?

Porque essa foi a génese da criação da AIRC. O nosso objetivo é fornecer software para a Administração Pública, em particular, para a Administração Pública Local. Por isso é que foram 29 municípios que se associaram e a criaram. Nunca foi entendimento de nenhum Conselho Diretivo mudar estes princípios. A AIRC está num processo de alteração estatutária para, dessa forma, podermos ir mais longe e reter os nossos grandes talentos. Os recursos humanos da AIRC são o nosso maior ativo.

Mas nunca ir para o mercado privado?

Para já, não é esse o objetivo. Queremos crescer mais e aprofundarmos a nossa ligação com a Administração Pública Local. Temos ainda muito caminho a fazer neste setor. O facto de sermos uma associação de municípios limita-nos na contratação de pessoal. Neste momento, a AIRC está com grandes dificuldades em reter talentos, mas sem dificuldades em contratar. Isto porque no mercado das software houses, o domínio é do Setor Privado que compete com a AIRC em condições muito desiguais e com assimetrias muito acentuadas na vertente das remunerações e compensações monetárias.

Porquê?

rar outros mercados. Talvez uma internalização nos PALOP possa ser uma visão, mas teremos que perceber, se de facto, é este o caminho. No presente, é necessário mudar. Os trabalhadores da AIRC merecem ser compensados pelo seu esforço diário e reconhecidos pelos serviços, altamente qualificados que prestam a associados e clientes. Sem eles nada disto era possível.

Grandes dificuldades em reter talentos

A retenção de talentos é uma das principais dificuldades da empresa?

Sim. Estamos a perder recursos humanos de elevada qualidade para o setor privado, uma verdadeira “sangria”, que põe em causa o nosso planeamento e projetos, nomeadamente na área de desenvolvimento. Mas esta perda de recursos humanos de elevada qualidade saem formados por nós. É a AIRC que capta os jovens talentos, recebe-os na organização e lhes dá a formação especializada. Ainda assim, temos conseguido adaptarmo-nos e reinventarmo-nos. Desde a pandemia que a AIRC tem estado a funcionar em regime de equipas em espelho e, assim, a conseguir manter o nosso nível de qualidade na prestação de serviços. Os que cá ficam vestem verdadeiramente a camisola da AIRC. Não esquecer que tudo o que AIRC vende é investigado, desenvolvido e feito por nós. Somos cerca de 200 trabalhadores, mas deveríamos ser, pelo menos, 250.

Porque a AIRC, como Associação de Municípios que é, está sujeita ao cumprimento da Lei da Contratação Pública. Por isso, nós pagamos pela tabela salarial da Administração Pública. Ou seja, estamos completamente virados para a área de informática e o setor privado, neste âmbito, ganha-nos escala. Por isso mesmo, necessitamos – o mais breve possível – de mudar os Estatutos da AIRC, para podermos crescer e não para explo-

Isso quer dizer que…

Neste momento, estamos a recusar novos clientes para não baixar o nosso padrão e nível de qualidade. Só no mês passado perdemos 10 trabalhadores, porque o privado paga salários noutra escala. A pandemia veio mostrar mais esta vulnerabilidade, pelo facto de sermos uma associação de municípios com uma tabela salarial

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Onosso software adapta-se às necessidades domercado

pública. Sim, é urgente mudarmos isto. Depois, somos vistos – pelo mercado e concorrência –como uma excelente escola de formação. Nós estamos completamente consolidados no mercado e bem referenciados naquilo que é a nossa formação. Mas é penoso, para nós, termos todo o trabalho e investimento de formar um profissional e, depois, o setor privado resgatar esse profissional sem ter qualquer tipo de custos e/ ou investimento na formação desse profissional, já altamente qualificado, Nós temos protocolos com as Universidades, escolas do Ensino Politécnico e IEFP no programa “Acertar o Rumo”. Não temos dificuldades em contratar. O problema passa pelo facto das empresas privadas considerarem a AIRC uma referência. Nós formamos os funcionários com uma tecnologia e uma metodologia bastante avançadas. Neste momento, estamos a proceder a uma mudança tecnológica. Estamos a mudar a nossa forma de desenvolver aplicações – passar de PB para Java. Ou seja, passamos para um novo universo e tudo passa a rodar na web. É o nosso objetivo a curto, médio e longo prazo, tendo em conta que não é um projeto fácil, porque temos um ERP integrado. Há uns anos, nós queríamos criar uma escola de formação, mas depois fizemos outros voos e está muito difícil reter os talentos. Portanto, é imperioso que os municípios associados se sentem e vejam esta capacidade de que a AIRC tem de se mudar a ela própria.

Neste momento, o trabalho desenvolvido pela AIRC passa por programas de trabalho e aplicações internas dos próprios municípios?

Sim. A par da descentralização de competências da Administração Pública, direta e indireta do Estado, a AIRC garantiu sempre soluções que acompanham as necessidades dos seus associados e clientes. Desde a criação de novos produtos – como a Gestão de Ação Social, a adaptação de produtos já existentes ou as contraordenações rodoviárias –, que a AIRC demonstra como o seu software é um organismo vivo, adaptável às necessidades e oportunidades de mercado. No entanto, o nosso core business é a Contabilidade e os Recursos Humanos. Foi assim que a AIRC nasceu e se desenvolveu. Há dois anos

passámos aqui por um processo de alteração contabilística. Foi um ano marcante e diferente porque, ao contrário de todas as outras software houses, a AIRC teve um município que avançou independentemente das alterações legais. Dessa forma, a AIRC teve que trabalhar com duas contabilidades públicas: POCAL e SNC-AP. Tratou-se do município de Cascais. Desbravámos caminhos em conjunto e, neste momento, temos uma contabilidade completamente cimentada. Por isso é que somos líderes de mercado. Nós temos desde o município mais pequeno (ilha do Corvo) ao município maior (Porto).

A AIRC tem esta capacidade de se adaptar às novas diretivas legais. Todos os dias saem alterações legais. Não é só a aplicação que temos que parametrizar, mas sim descobrir como é que as adaptamos às novas alterações emanadas, constantemente, pelo legislador. Mas também no que diz respeito aos requisitos que os próprios municípios pedem. A AIRC faz um programa standard, mas depois ele pode evoluir de acordo com as necessidades dos municípios. Por outro lado, nós nunca tivemos qualquer dificuldade em prestar e apresentar contas, seja à DGAL, seja ao Tribunal de Contas. A AIRC nunca deixou que qualquer município fosse multado.

Há pouco falou na escola de formação. Foi um projeto que abandonaram ou pensam retomá-lo?

Sim, mas a longo prazo. E isto porquê? Porque nós estamos a apostar neste momento na modernização tecnológica da AIRC. Queremos mudar a tecnologia e o nosso universo das aplicações – que é enorme – e não nos podemos desviar daquele que é o objetivo principal, porque no fundo nós já temos intrinsecamente essa escola de formação. Estamos focados na implementação de uma Estratégia de Segurança, na implementação do RGPD nas Aplicações da AIRC. Em paralelo e em complementaridade, pretendemos desenvolver e organizar múltiplas Ações de Formação Interna – de forma a abranger todos os colaboradores/trabalhadores da AIRC – em matéria concreta de Proteção de Dados Pessoais e, em geral, do RGPD.

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O desafio passa pela mudança tecnológica?

Sim. O desenvolvimento do novo ERP (em KOI), disponibilizando assim as nossas aplicações num ambiente web, é um dos principais objetivos estratégicos. A par desta mudança, estamos também a analisar a melhor solução de cloud que suporte as novas aplicações web e, desta forma, proporcionar mais opções de consumo dos nossos produtos aos associados e clientes, tornando mais robusta e moderna a nossa oferta comercial de soluções. A principal dificuldade é termos um ERP integrado e, como tal, não podemos só fazer aplicações isoladas. Neste momento, temos que fazer a aplicação e depois integrar com as outras. A própria história da AIRC, com 40 anos, obriganos a este esforço.

Começámos com poucas aplicações — contabilidade e recursos Humanos. Hoje já garantimos uma gestão total de uma câmara municipal.

Trata-se de um projeto a longo prazo, porque simultaneamente temos de responder a outras necessidades. A questão da dificuldade em reter novos talentos, impossibilita-nos de fazer planos, como gostaríamos, de mais longo prazo e traçar uma estratégia consistente e segura, com equipas de trabalho coesas. Aquilo que a AIRC pretende fazer a longo prazo, provavelmente, terá de ser feito ainda mais a longo prazo.

Numa empresa como a AIRC, ter que recusar clientes deve ser uma das decisões mais difíceis?

É uma decisão muito difícil e constrangedora. Custa-nos estar perante um município e sermos obrigados a dizer não, pois não temos mais capacidade. A AIRC presta um serviço de qualidade e de excelência. Somos certificados na área da Formação pela DGERT (Direção-Geral do Empre-

go e das Relações de Trabalho) e pela Norma ISO 9001:2015 (de certificação do nosso Sistema de Gestão da Qualidade) e queremos manter este alto nível de qualidade Não queremos prestar um mau serviço ao município. Este ano já fechamos o número de novos clientes. Neste momento, com o atual universo de trabalhadores, não é possível fazer mais do que já fazemos.

Uma falha pode comprometer todo o trabalho realizado nos 40 anos da empresa?

Como é óbvio. Como acontece em todas as empresas – públicas ou privadas – que têm história e um legado consolidado e em permanente atualização no acompanhamento das novas tendências do mercado e necessidades do cliente. Nós não “despejamos” as nossas aplicações e vamos embora.

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depoimento Aumento dos níveis de eficiência e eficácia associado

Sendo um dos municípios fundadores, Vila Nova de Poiares tem assistido na primeira fila ao assinalável desenvolvimento e crescimento sustentado da AIRC ao longo dos seus 40 anos de vida, alicerçado numa profunda ligação com a Associação, nomeadamente com a presença nos seus órgãos sociais, como Vogal e Presidente do Conselho Diretivo, e, recentemente, presidindo à Assembleia Intermunicipal. A AIRC tem sido um parceiro fundamental no desenvolvimento e prossecução da política de desmaterialização que a Câmara Municipal de Vila Nova de Poiares implementou a partir de 2013, e que derivou da necessidade por nós identificada em criar condições para uma maior agilidade e desburocratização dos serviços da administração pública.

A visão de que o munícipe deve ser o alvo do nosso foco, resultou numa ‘revolução tranquila’ na relação com os munícipes, através de políticas de digitalização e desmaterialização, contribuindo para o aumento dos níveis de eficiência e eficácia na gestão dos processos, permitindo à Autarquia dar uma resposta mais célere.

Toda esta mudança de paradigma implicou um investimento em termos

cindível o papel da AIRC como parceira na procura de soluções que permitissem satisfazer as necessidades do Município e dos seus Munícipes.

Refira-se que esta visão processual digital resultou numa candidatura ao Programa Centro 2020 - “Sistema de Apoio à Modernização e Capacitação da Administração Pública”, destinado a investimentos contemplados nos Pactos para o Desenvolvimento e Coesão Territorial (PDCT), através da CIM-Região de Coimbra em co-promoção com os dezanove municípios que a compõem, a fim de apoiar a aquisição de software e hardware dotando o município de melhores condições e capacidade de resposta no âmbito da modernização administrativa e desmaterialização de processos.

Destaca-se também a candidatura aprovada ao abrigo do programa Erasmus+, liderada por Vila Nova de Poiares e que envolve outros municípios europeus. Nela são enaltecidas as medidas implementadas no nosso Concelho como exemplos de boas práticas, quer em termos do serviço prestado ao cidadão, quer em termos ambientais com a redução do consumo de papel, e para o qual contribuiu o trabalho desenvolvido pela AIRC. Atualmente a relação que a grande maioria dos municípios estabelece com os seus munícipes é com base em tecnologia e know how da AIRC.

Para isso também muito influi o desempenho dos colaboradores da AIRC, base fundamental para o crescimento, sucesso e consolidação da Associação como uma referência no panorama nacional. Vila Nova de Poiares só

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João Miguel Henriques Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Poiares
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depoimento Função determinante em prol da causa pública associado

No âmbito da celebração do 40º aniversário da AIRC , na qualidade de Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, felicito o trabalho desenvolvido em prol da Administração Pública, através da implementação de software a nível autárquico, tão necessário para a desburocratização processual e transversalidade em termos da operacionalização de procedimentos.

continuar a manter a ligação dos munícipes aos distintos serviços municipais. Nos dias de hoje, continua a ser muito utilizada, revelando-se muito eficaz em termos de prontidão de resposta, evitando deslocações e tempo de espera.

O Município da Figueira da Foz faz parte da história da Associação Informática da Região Centro por integrar, desde setembro de 1982, o grupo dos 30 sócios fundadores. Destacamos a sua fulcral e determinante função em prol da causa pública, sem esquecer a capacidade evidenciada, ao longo do seu trajeto, no eficaz acompanhamento das políticas de sustentabilidade ambiental, desde logo visível em termos de desmaterialização de processos.

Uma saga já histórica, que nos permitiu desenvolver a nossa plataforma interna de Serviços Online, assente em software da AIRC e que, em período pandémico, registou um aumento exponencial, permitindo, desse modo,

Um trajeto de quatro décadas ao serviço do desenvolvimento de software capaz de oferecer soluções robustas e sustentáveis que, nos leva, a endereçar uma palavra de agradecimento aos muitos colaboradores que, no seu dia-a-dia, prestam um serviço com qualidade, fornecendo soluções inovadoras.

Por detrás do software, existe gente, gente com a responsabilidade de a cada dia se trabalhar nesta procura, sempre incessante, no domínio do software de novas ideias, formas de operacionalização mais evoluídas e capazes de satisfazer sempre mais e melhor os munícipes.

Formulamos votos de contínua escalada de sucesso nas respostas às sucessivas e permanentes exigências da administração pública e dos cidadãos em geral. Estamos certos, de que continuarão a estreitar-se os laços que o nosso Município já mantém com a AIRC em proveito de todos aqueles que nos propomos servir.

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Santana

depoimento associado

40 anos de inovação para modernizar a Administração Pública

AAIRC nasceu do sonho de um grupo de autarcas que, em boa hora, decidiram dar um passo revolucionário para mudar, em definitivo, a gestão e a forma como os Municípios se relacionam com os cidadãos.

Desde a sua fundação, a AIRC trilhou um percurso notável de crescimento e constante inovação, tornando-se um parceiro indispensável da Administração Pública local na constante modernização administrativa.

É, além do mais, uma associação de municípios que lidera neste setor de mercado, com mais de 240 clientes, entre os quais 60% dos Municípios portugueses.

O seu contributo para a digitalização do setor foi particularmente evidenciado durante a pandemia, em que os investimentos anteriormente realizados pelos Municípios na aquisição das mais modernas e eficientes soluções informáticas permitiram continuar a servir os cidadãos.

Mesmo diante dos mais restritivos constrangimentos, foi possível manter em atividade serviços fundamentais graças às soluções desenvolvidas pela AIRC ao longo das últimas décadas, tendo em vista a informatização dos serviços, a modernização tecnológica e a

desburocratização de processos. Enquanto presidente da AIRC, entre 2014 e 2017, pude testemunhar a audácia e a competência dos seus profissionais na busca de soluções específicas para cada uma das necessidades, sendo eles a chave do sucesso que hoje celebramos.

Um dos momentos mais desafiantes foi a transição do antigo POCAL para o novo SNC-AP (Sistema de Normalização Contabilística para as Administrações Públicas), numa operação sem precedentes, que mobilizou não apenas o conhecimento técnico informático indispensável para a criação de uma solução de gestão financeira adaptada aos novos requisitos, mas sobretudo, um plano de formação dedicado que garantisse o sucesso da implementação do novo software, como sucedeu.

Este acompanhamento técnico especializado fornecido pela AIRC foi determinante para cimentar a relação de confiança com os seus clientes, reforçando a posição de parceiro com que é encarado pela generalidade do setor. A confiança já conquistada e a estreita ligação que mantém com todos os seus clientes, permitindo antecipar dificuldades e ajustar os produtos a cada necessidade, asseguram um futuro de grande sucesso para a AIRC.

A AIRC é, pois, uma das grandes responsáveis pela simplificação e pela liberdade que o caminho da modernização tecnológica trouxe a Portugal, contribuindo decididamente para uma nova era na relação entre os cidadãos e o setor público, cada vez mais próxima, simples e eficiente.

diário as beiras 9/9/2022
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Nuno Moita da Costa da Câmara Municipal de Condeixa-a-Nova

depoimento 40 anos de contributo para desenvolver a região cliente

Um dos critérios que de forma mais justa e eficaz valida a importância e a relevância das instituições é o da longevidade, que a AIRC cumpre de forma cabal, contando com uma história de 40 anos de contributo para o desenvolvimento da região.

Endereço as minhas felicitações a toda a equipa desta instituição pelo seu 40.º aniversário e pelo trabalho de especial relevância para as autarquias, em geral, e para os municípios da Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria que represento.

Ao longo da sua história, a AIRC tem dado um importante contributo para a modernização, desmaterialização e agilização dos Municípios, contribuindo por esta via para a melhoria do cumprimento de prestação de serviço público que nos está confiado.

Contribui, desta forma, para a promoção do desenvolvimento justo e equilibrado do território, para a correção de assimetrias, tal como para potenciar os recursos endógenos, e, não menos importante, para a modernização e a desburocratização, áreas que as instituições públicas devem encarar como prioritárias. As soluções que desenvolve assumem também especial relevância na transição para o digital, tão importante para a elevação do nível competitivo do nosso território. A terminar expresso votos para que a AIRC continue a trabalhar no sentido de se manter num patamar liderante ao nível da inovação e desenvolvimento de soluções que facilitem e aproximem cada vez mais as instituições e os cidadãos e formulo votos de que o futuro seja de crescimento e afirmação.

As soluções que apresenta assumem especial importância para as autarquias de menor dimensão, localizadas em regiões de menor densidade, de menor massa crítica e de fontes de receita mais limitadas.

40 ANOS AIRC | 13 9/9/2022 diário as beiras
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depoimento Cliente

AIRC: 40 anos ao serviço da digitalização da Região

Ainformática mudou o mundo. E a AIRC mudou a Região Centro. Se há organização com papel ativo no progresso dos territórios, é definitivamente a Associação de Informática da Região Centro (AIRC), instituição com uma importância crucial para o desenvolvimento digital da região. E a Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra orgulha-se de ser um parceiro estratégico da AIRC.

serviços públicos, a cidadãos e a empresas, mais ágeis e abertos. Apostamos na simplificação como centro da estratégia digital, promovendo os serviços online e repensando-os com foco nas necessidades dos utilizadores e não na burocracia, enfatizando a facilidade de acesso e uso dos serviços digitais, e reorganizando, deste modo, os municípios da Região de Coimbra em torno dos eventos da vida dos cidadãos e empresas.

depoimento associado

Associação tem vital importância para os Municípios

Na CIM Região de Coimbra desenvolvemos um ambicioso programa de transformação digital, numa grande operação a que chamámos “Região de Coimbra 2.X”, e a AIRC foi um parceiro estruturante. Definimos como objetivo a coesão territorial através da modernização administrativa apostando num modelo estratégico de reforço da cooperação entre as autarquias, visando afirmar uma identidade forte e competitiva para a região através de trabalho integrado de evolução da eficiência focada na modernização administrativa.

Implementámos, nos 19 municípios que constituem esta CIM, as políticas de atualização dos sistemas tecnológicos, e privilegiámos a eficiência da comunicação com os munícipes e a experiência que têm como utilizadores, nas mais diversas áreas de ação e serviços das autarquias. Com esta operação conseguimos sensibilizar os diferentes públicos de utilizadores para os novos serviços online que forem sendo disponibilizados, no sentido de maximizar a sua adesão e efetiva utilização.

Na Região de Coimbra investimos continuamente na modernização digital da administração pública para tornar os

Desde a modernização dos sistemas informáticos, à criação de novas interfaces de agilização dos processos municipais e intermunicipais, a CIM Região de Coimbra agregou um conjunto de parceiros institucionais e empresariais de reconhecido valor no espetro da inovação, onde se destaca a parceria estratégica com a AIRC. Em conjunto, continuamos também a trabalhar na capacitação dos recursos humanos das autarquias, de forma a aumentar a eficácia dos serviços com o uso das novas ferramentas digitais, em prol de um melhor serviço público.

Sim, a Região de Coimbra e a Região Centro em geral mudaram e parte dessa mudança é impulsionada pela informática, pela modernização administrativa, onde as novas tecnologias de comunicação servem para unificar municípios e abrir horizontes.

Na era da transformação digital, a AIRC é o parceiro essencial na transição digital, dando ferramentas essenciais às autarquias para criarem oportunidades estratégicas. Graças a isso, a Gestão Pública local tem, hoje, um sistema de gestão mais inteligente, mais ágil e adaptado às mudanças que o ritmo da evolução impõe.

Uma das prioridades da Presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, é ter “Uma Europa preparada para a era digital”. É isso que, juntos, estamos a construir: uma Era digital.

Parabéns por estes 40 anos a promover o desenvolvimento digital das autarquias. A CIM Região de Coimbra conta com a AIRC para preparar o futuro da Região.

AAIRC- Associação de Informática da Região Centro que iniciou a sua atividade em setembro de 1982, fundada por 30 municípios, nos quais se engloba o nosso de Penalva do Castelo.

Trata-se de uma associação de vital importância para a Região, principalmente para os Municípios, que diariamente necessitam dos seus serviços para o cumprimento da sua Missão.

Dotada de excelentes profissionais, com muita qualidade técnica e humana, sempre disponíveis transmitem uma enorme tranquilidade ao executivo e aos técnicos desta Câmara Municipal.

O desafio vai aumentando de ano para ano, no entanto estou confiante no Vosso conhecimento e experiência para que a competitividade da região esteja assegurada.

A imagem que cada concelho hoje detém na Região e a nível nacional em muito se deve ao excelente trabalho desenvolvido pela AIRC.

Na hora de comemorar o 40º ano de existência, posso afirmar que o Município de Penalva do Castelo foi um privilegiado ao longo destes nove anos, pelo apoio obtido nas diversas tarefas que executa sob a orientação destes magníficos profissionais.

Parabéns pela comemoração do quadragésimo aniversário!

14 | AIRC 40 ANOS diário as beiras 9/9/2022
Emílio Torrão da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra Francisco Lopes de Carvalho Presidente da Câmara Municipal de Penalva do Catelo

depoimento associado depoimento associado

Profundas alterações que lançaram as bases da AIRC

Sendo um dos fundadores, desde a primeira hora, da AIRC, o Município de Mêda é um dos 29 Associados com história na História da AIRC.

Em 1982 assinou os Estatutos que fundaram a então Associação de Municípios Informática da Região Centro, ocupando as instalações do Centro Ordenador Municipal da Câmara Municipal de Coimbra e dos Serviços Municipalizados de Coimbra. Naquela altura, a AIRC fazia o processamento da faturação de água, contabilidade e vencimentos, distribuído por cinco Centros Processamento de Dados.

Após 12 anos de ausência, e agora de volta à liderança dos destinos da Autarquia, depois de cerca de 25 anos de governação da mesma, orgulho-me de ter sido um dos autarcas impulsionadores da grande transformação da AIRC, em 1988, para um novo modelo com a implantação de profundas alterações que lançaram as bases da AIRC de hoje. Houve a perceção, clara, da necessidade imperiosa de passar a acompanhar a evolução tecnológica vivida nessa época e a AIRC passar a assumir-se como uma entidade produtora de software e fornecedora de serviços associados a esta atividade. Foi pouco depois desta altura, que os Associados entenderam que para o equilíbrio e sustentabilidade económica da AIRC era necessário alargar o seu campo de ação, para lá dos 29 Associados. O Município de Mêda desempenhou um papel fundamental na abertura da AIRC ao exterior

e no acolhimento de Clientes – que, atualmente, se localizam de norte a sul de Portugal Continental e, também, na Região Autónoma dos Açores.

Durante os 12 anos em que estive ausente da Câmara Municipal da Mêda, o Executivo camarário de Mêda decidiu afastar a AIRC, deixando de a considerar um parceiro estratégico e retirar a utilização de algumas Aplicações Informáticas, optando por outros parceiros e outra estrutura de organização e de ferramentas de trabalho.

Agora, de novo como Presidente do Município, eu e o executivo municipal que me acompanha, assumimos como pilar de ação e promessa feita aos medenses de devolver à Mêda a visibilidade que merece enquanto concelho de referência, torná-la um concelho atrativo, com mais empregabilidade e um concelho moderno, ao serviço dos munícipes.

E uma das primeiras iniciativas deste executivo foi a de reatar a comunicação e a relação com a AIRC. O reconhecimento, unânime, da qualidade e da eficácia dos Serviços Prestados a Associados e Clientes e do software desenvolvido pela AIRC e dos seus altos padrões de inovação e avanço tecnológico, são vistos e apreciados como uma enorme valência para o desenvolvimento e modernização do concelho.

Conhecendo e fazendo parte do nascimento da AIRC, o Município de Mêda elege a AIRC como um parceiro estratégico, de confiança e essencial para dar resposta aos inúmeros desafios que se colocam às Autarquias Locais, principalmente na Descentralização de Competências, assunção de novas responsabilidades e na Modernização Administrativa. Estes são desafios do presente – que foi ontem – e do futuro, que é hoje.

“Parabéns a todas e a todos os que trabalharam e trabalham na AIRC. Vocês são os construtores destes 40 anos.”

AIRC é fruto do trabalho e visão dos autarcas

Fundada em 1982, a AIRC começou desde cedo a desenhar o futuro informático desta Região e do País. Em setembro desse mesmo ano, 30 Municípios da Região Centro, entre eles, o Município de Pampilhosa da Serra, perceberam a importância deste setor para o desenvolvimento e modernização da Administração Pública Local, fundando assim uma Associação que é hoje líder no setor.

De facto, é com imenso orgulho que faço esta retrospetiva e constato o quão visionários foram estes autarcas num tempo muito diferente do de hoje, percebendo que o futuro se começa a construir no presente e criando ferramentas que hoje permitem resolver de forma mais célere e eficaz os problemas com que somos confrontados diariamente. Pensar que em 1982, 30 autarquias se uniram para criar uma associação de informática, quando o próprio conceito de World Wide Web era ainda algo pouco definido, é revelador da capacidade de trabalho e de visão destes autarcas.

Os tempos mudaram, o País e o Mundo evoluíram e a informática tornou-se um dos setores mais importantes para o universo laboral, oferecendo soluções robustas e agilizando todo o seu processo. Hoje em dia, diria mesmo que uma Autarquia, ou qualquer outra entidade pública ou privada, sem um forte gabinete de informática deixa-se ultrapassar pelos restantes e fica cada vez mais vulnerável a possíveis ataques informáticos, passíveis de criar danos irreversíveis e colocando em causa todo o normal funcionamento de qualquer entidade. Obviamente que estes gabinetes de informática necessitam de alguém que lhes forneça as ferramentas necessárias para que se possa fazer esta gestão de forma mais otimizada e, felizmente, são muitos os gabinetes de informática que podem contar com a AIRC para este efeito.

Com profissionais de excelência, a AIRC conta com um painel de recursos humanos capaz de responder às necessidades dos seus clientes, traçando novos caminhos com base nos seus 40 anos de experiência, permitindo que a Associação se reinvente, de forma rigorosa e assertiva, e ultrapasse os desafios que surgem no dia-a-dia, assim como as necessidades dos seus associados e clientes. São eles a base deste sucesso, são estes homens e mulheres que permitem que a AIRC seja hoje líder no mercado e uma referência nacional.

Bem-haja a todos aqueles que fazem parte destas 4 décadas de história. Que venham mais 40 anos. Feliz aniversário AIRC.

40 ANOS AIRC | 15 9/9/2022 diário as beiras

depoimento associado

40 anos de colaboração profícua com as autarquias

Constituída formalmente em setembro de 1982 por 30 municípios, a AIRC – Associação de Informática da Região Centro tem sabido ao longo destas 4 décadas de existência criar valor para os municípios.

Através do desenvolvimento de software e de programação informática, a AIRC é, indiscutivelmente, um parceiro de relevância para as Autarquias locais, atendendo às necessidades e às especificidades destas instituições, cujo quadro regulamentar e legal tem mudado significativamente nos últimos anos.

No que se refere ao Município da Batalha, a colaboração com a AIRC sempre foi pautada numa base de franca e profícua colaboração, permitindo-me destacar a mais recente aposta quanto à operacionalização do módulo dos serviços online. Uma ferramenta de grande relevância, que contribui indiscutivelmente para aumentar a interatividade e a simplificação do relacionamento dos munícipes e das empresas com o Município da Batalha, numa lógica de racionalização dos meios, garantindo rapidez, eficácia e celeridade na tramitação e na decisão dos processos.

Acompanhei de perto o crescimento da AIRC nestas últimas décadas, inclusive aquando da inauguração, em 2016, da nova sede instalada no Coimbra iParque. Uma aposta estratégica que consolidou o crescimento desta instituição e marcou uma nova fase no percurso desta entidade, passando a incluir as instalações um moderno espaço de cooperação com a Universidade de Coimbra na área de investigação e do desenvolvimento informáticos.

Quatro décadas passadas sobre a constituição da AIRC são hoje inegáveis os ganhos quanto à experiência na articulação com a Administração Pública, ao capital de conhecimento e à qualidade técnica dos seus recursos humanos, numa área em constante evolução e, também por isso, de grande exigência.

Esperamos que possam aceitar o desafio em avançarem com a criação da Câmara Virtual de modo a que desenvolvam todo o software necessário para a desmaterialização das autarquias do País. Será seguramente o maior desejo a que o Poder Local possa aspirar.

Faço votos para que o futuro da Associação de Informática da Região Centro continue a verter os valores que até agora sempre nortearam esta instituição: a proximidade e o saber fazer.

16 | AIRC 40 ANOS diário as beiras 9/9/2022
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depoimento associado depoimento associado

Há um Capital Humano altamente qualificado

Abraçou as novas funções com espírito de missão, continuidade e inovação. Colocou ao serviço do Município e dos munícipes mirenses as aplicações da AIRC, com claro sucesso e na vanguarda da Gestão Documental, Desmaterialização de Processos e Balções Virtuais – que em muito contribuíram para que os Serviços Municipais continuassem a trabalhar em pleno e em benefício dos munícipes, durante os vários confinamentos a que a pandemia da COVID-19 obrigou.

Como Presidente do Conselho Diretivo da AIRC, prosseguiu e desenvolveu uma política de Reforço e Recrutamento de Recursos Humanos, para os Quadros, altamente qualificados (diminuindo a contratação de prestadores de serviços). Fomentou estratégias de aumento e especialização da Qualidade – tanto ao nível dos Recursos Humanos, como ao nível dos variadíssimos Serviços Prestados a Associados e a Clientes.

Numa área tão sensível como é a do desenvolvimento especializado de software para a Administração Pública Local, num mercado dominado pelo Setor Privado – que compete em condições desiguais, em prejuízo da AIRC – e deparando-se com novos e imprevisíveis obstáculos e dificuldades, manteve a AIRC como Líder de Mercado, aumentou a Carteira de Clientes, assim como, a faturação. Fatores que sempre considerou como sendo possíveis graças à massa crítica e resiliência de todas e de todos os trabalhadores da AIRC, classificando-os como “a mais-valia e a maior riqueza da AIRC. Sem eles, nada seria possível. Não basta traçar uma Estratégia de Gestão e uma Reestruturação Orgânica dos Serviços. Há que ter um Capital Humano altamente qualificado, com condições de trabalho acima da média e com uma estreita identificação com os Valores, a Visão e a Missão da AIRC, que incorporam uma motivação de excelência”.

Raul Almeida e o Conselho Diretivo da AIRC, a que presidiu à época, conseguiram ultrapassar o impasse na conclusão das obras do 3.º Bloco do Edifício-sede. Alargando e aumentando o espaço e melhorando – substancialmente – as condições de trabalho de todos os que trabalham na AIRC. Dotando, ainda, a AIRC de três salas totalmente consagradas à Prestação de Serviços de Formação, tornando-a autónoma na realização e gestão de ativos de qualidade reconhecida.

Já nas funções de Vice-Presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra (CIM RC) ajudou a estreitar os canais de comunicação e de cooperação recíproca. Numa clara aposta na Formação dos recursos humanos dos municípios membros da CIM RC, desde finais de 2021 até ao presente, os quadros especializados da AIRC prestam serviços de Formação nas áreas estratégicas da Gestão Documental, Desmaterialização de Processos e Descentralização de Competências.

Com este acumular de experiência, de saber-saber e saber-fazer, o Município de Mira modernizou-se, a CIM RC alargou a sua capacidade de realização e a AIRC elevou o seu grau de especialização e está a atingir altos níveis de Qualidade ímpares e únicos no mercado das SoftwareHouses.

“Os trabalhadores da AIRC estão de Parabéns por estes 40 anos. Sem eles, nada existiria e jamais teríamos chegado até aqui”, afirma Raul Almeida.

Trabalho com profissionalismo, rigor e seriedade

Ainformática assume hoje um papel de extrema relevância no mundo atual.

O Município de Oliveira de Frades foi um dos fundadores desta Associação em conjunto com 29 Municípios, estando atento à importância desta área para o crescimento e desenvolvimento das autarquias locais.

O Município enaltece o trabalho desenvolvido ao longo dos 40 anos, reconhecendo o seu importante contributo em termos de soluções informáticas para a Administração Pública Local na região centro do país, sendo, atualmente, líder neste setor de mercado.

Na qualidade de Presidente da Câmara Municipal de Oliveira de Frades, quero deixar uma palavra de incentivo e felicitações à AIRC para que continue a desempenhar o seu trabalho com a mesmo profissionalismo, rigor e seriedade e congratulo-me com o seu quadragésimo aniversário, desejando-lhe os maiores sucessos.

40 ANOS AIRC | 17 9/9/2022 diário as beiras
Raul Almeida Presidente da Câmara Municipal de Mira João Valério Presidente da Câmara Municipal de Oliveira de Frades

depoimento associado

40 anos ao serviço da Administração Pública Local

Em setembro de 1982, a Associação de Informática da Região Centro era fundada, em Coimbra, por 30 municípios, entre os quais o de Viseu. O seu crescimento é indissociável da história das tecnologias da informação e comunicação, já que esta soube acompanhar, ao longo destes últimos 40 anos, de forma exemplar e concertada, as necessidades dos seus clientes e associados.

Este é um facto que se traduz nos seus mais de 240 clientes, pertencentes à Administração Pública, entre os quais cerca de 60% correspondentes a Municípios. Há uma liderança neste setor de mercado que é inegável. A Associação não estagnou: almejou novas etapas, construiu novas pontes na área da investigação e desenvolvimento de referência, ganhou posicionamento e notoriedade.

no mercado, através das várias soluções de software e serviços que a Associação nos proporcionou.

Uma parceria feliz, com inúmeras vantagens e benefícios para o bom funcionamento interno e modernização administrativa e, consequentemente, para uma resposta mais eficaz e eficiente aos munícipes.

A toda a Administração e equipa, uma palavra de especial apreço, reconhecimento e motivação por quatro décadas de trabalho, dedicação e empenho ao serviço da Administração Pública Local. A AIRC é hoje uma unidade empresarial de renome, que prova, mais uma vez, o potencial da Região Centro ao nível do setor das tecnologias da informação e comunicação. Continuaremos a crescer juntos, a responder aos desafios do futuro, a servir a comunidade.

A AIRC está hoje de parabéns e merece o devido reconhecimento público. A Câmara Municipal de Viseu, assim como os SMAS/Águas de Viseu, está ligada a estes 40 anos de história e identidade, tendo testemunhado e beneficiado deste crescimento, afirmação e consolidação

diário as beiras 9/9/2022 18 | AIRC 40 ANOS
97949 97940
Fernando Ruas

depoimento parceiro

AIRC é um case study de sucesso

ACoimbra Business School |Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Coimbra não pode deixar de se associar a este evento festivo, parabenizado a AIRC por quatro décadas de serviço de referência. A AIRC é um exemplo de como os municípios se podem associar, de forma espontânea, criando valor, solucionando problemas e sendo até inovadores. A AIRC foi pioneira e modelo na sua área de atuação transpondo, inclusivamente, os limites concelhios dos seus associados, tendo uma dimensão nacional.

Assim, pode ser considerado um case study de sucesso na área da administração local e da gestão pública, a região centro em muito beneficia deste cluster de produção de soluções e serviços contribuindo para mostrar que o tecido empresarial deve ser dinâmico e diversificado, havendo espaço para o crescimento e investimento em outras áreas.

Esperamos que esta parceria se mantenha não só como simbiose entre a academia e a prática profissional e de mercado, mas também para o engrandecimento da nossa região.

A Coimbra Business School|ISCAC e a AIRC têm colaborado ao longo dos anos através de dois protocolos um para licenciamento de software e um segundo para o acolhimento de estágios para os nossos alunos. Além disso, vários Docentes têm feito parte de júris de concursos de recrutamento na AIRC e vários funcionários da AIRC têm frequentado cursos na nossa escola.

Hoje há uma consciencialização publica da necessidade da eficiência e transparência da administração pública e uma responsabilização direta dos seus agentes, começando naturalmente pelos políticos, a esta ideia se junta o combate à corrupção e a sustentabilidade. A CBS | ISCAC orgulha-se de contribuir para a formação, através das suas 9 licenciaturas e 13 mestrados, de profissionais competentes na área da contabilidade, gestão e auditoria publica e da informática e sistemas de informação. Lançámos este ano mais um mestrado em Inteligência Logística e Gestão da Cadeia de Abastecimento com impacto importante na organização do território e desenvolvimento regional e constituímos recentemente o primeiro observatório científico português sobre marcas territoriais. Enquanto laboratório de investigação aplicada ao marketing territorial, o observatório tem como missão identificar políticas públicas de branding territorial, analisar casos de estudo nacionais e internacionais, realizar trabalhos de investigação aplicada, produzindo conteúdos científicos ou técnicos em parceria com instituições de base local ou regional. Além disso, a nossa escola de formação executiva dispõe de cerca de 40 cursos entre os quais a Pós-graduação Gestão Financeira Autárquica ( 6ª edição), a Pós-graduação em Contabilidade Pública desde ( 5ª edição) e o Curso Breve de Contratação Pública ( 16ª edição).

9/9/2022 diário as beiras
97940
Alexandre
40 ANOS AIRC | 19

depoimento associado

Otimizar métodos e processos de trabalho

ACâmara Municipal de Cantanhede encara a AIRC como um parceiro estratégico fundamental na criação das condições indispensáveis para a autarquia dar resposta às cada vez maiores exigências da modernização dos serviços públicos e da transição digital.

Ao longo dos seus 40 anos de existência, a associação teve de facto um papel crucial em todo o processo de suporte aos seus associados no esforço que têm feito para tirarem partido da incrível evolução tecnológica das últimas décadas, através do desenvolvimento de soluções informáticas em que assenta a gestão da atividade dos municípios e de outras entidades clientes.

justamente ser consideradas um fator estruturante da modernização administrativa dos municípios, pois têm estado no cerne da qualificação e capacitação dos serviços, quer na implementação dos mais atualizados métodos de planeamento e gestão, quer na criação de condições adequadas ao exercício das novas atribuições e competências que têm vindo a assumir de modo crescente nos últimos anos.

Nesse aspeto, creio que se pode dizer até que foi pioneira aquando da sua fundação por iniciativa de 30 Câmaras Municipais, pioneira no sentido em que veio preencher uma lacuna do mercado, nessa altura ainda claramente deficitário ao nível da arquitetura e construção de ferramentas digitais especificamente concebidas para as necessidades das autarquias. É que ao funcionarem segundo uma lógica de utilização integrada abarcando todas as áreas de intervenção autárquica, tais ferramentas podem muito

No que diz respeito ao Município de Cantanhede, o que posso dizer é que o trabalho desenvolvido no âmbito da parceria com a AIRC corresponde a um investimento efetivo na valorização e qualificação dos diferentes setores, promovendo a melhoria contínua da eficiência e otimizando os métodos e processos de trabalho, de forma a rentabilizar recursos e garantir elevados padrões de qualidade na resposta às solicitações dos munícipes e das organizações.

É isso que vai continuar a acontecer, pelo que estamos bem conscientes de que os cada vez mais complexos desafios com que estamos confrontados nos colocam perante a circunstância de contarmos com o know-how da associação no reforço da integração e da interoperabilidade dos sistemas e das soluções informáticas indispensáveis a uma gestão autárquica verdadeiramente virada para o futuro.

20 | AIRC 40 ANOS diário as beiras 9/9/2022
97944
Maria

depoimento associado

Uma melhoria do serviço prestado à população

Écom enorme satisfação que o Município de Miranda do Corvo se associa à celebração dos 40 anos de existência da AIRC, um momento icónico na vida de uma empresa inovadora que ao longo destes anos se tornou líder de mercado. Estamos perante um momento de festa onde aproveito para parabenizar todos aqueles que contribuíram para o sucesso deste projeto excecional. Um sucesso partilhado por todos os associados, dirigentes e funcionários que ao longo destes 40 anos deixaram a sua marca, não só no trabalho desenvolvido, como também na melhoria do serviço prestado à população.

Acredito que este é um dos segredos para tamanho sucesso, a relação simbiótica entre a AIRC e as autarquias. Uma conexão que, no caso de Miranda do Corvo, festeja também os 40 anos!

O Município de Miranda do Corvo é um dos sócios fundadores e desde então persistem e fomentamse os fortes laços de amizade, de cooperação e de colaboração. São notáveis os desenvolvimentos que a AIRC promoveu ao longo destes anos nas estruturas dos seus clientes. Há toda uma história que se inicia com o processamento centralizado de faturação de água, contabilidade e vencimentos, que depois se transforma

em desenvolvimento de software específico para a lógica de negócio dos seus clientes e que mesmo este passa por grandes metamorfoses, como as alterações do sistema financeiro da administração local.

Não poderia, de forma alguma, deixar também de enaltecer o esforço atual desta organização, que se desafia todos os dias a manter-se na vanguarda do desenvolvimento dos seus produtos para fazer frente à colossal evolução tenológica e à crescente exigência da sociedade, que procura diariamente criar novas soluções de modernização que melhorem a eficiência e proximidade dos serviços.

Recordo com uma enorme satisfação o dia em que desmaterializámos a gestão documental na Câmara Municipal de Miranda do Corvo, um acontecimento que ficará marcado para sempre na história desta instituição. Fomos pioneiros em cessar com o movimento físico dos processos entre serviços, transformando para sempre o funcionamento da organização. Um passo que não seria possível sem os produtos, o apoio e a proximidade da AIRC e dos seus técnicos. E este é apenas um dos inúmeros desenvolvimentos marcantes de uma relação com 40 anos. O Município de Miranda do Corvo foi, e é, um percursor da inovação, tendo sido pioneiro na implementação das novidades desenvolvidas pela AIRC, testando, avaliando, experimentando e propondo melhoramentos e evoluções para os produtos. Parabéns à AIRC, a todos os associados, dirigentes, funcionários, colaboradores e clientes. Que continuemos em conjunto a desafiar o futuro!

40 ANOS AIRC | 21 9/9/2022 diário as beiras
97948
Miguel Batista Presidente da Câmara Municipal de Miranda do Corvo

depoimento associado

Uma parceria do presente com os olhos no futuro!

AAssociação Informática da Região Centro (AIRC) tem sido, ao longo de quatro décadas, um parceiro estratégico fundamental na transição das Autarquias Locais para o Séc XXI, para uma sociedade informatizada, mobile, onde os munícipes exigem soluções ágeis, eficazes.

Tendo sido o Município da Lousã um dos 30 fundadores e tendo participado nos órgãos sociais nestas 4 décadas, manifestamos orgulho e honra no percurso efetuado desde 1982 e evidenciamos a pertinência e mérito da constituição da Associação, bem como o seu contributo para a evolução do desempenho das Autarquias.

O seu papel na normalização de processos de funcionamento das Autarquias foi – e é – fundamental para a eficiência e edificação da estrutura de resposta aos muitos e variados desafios que as Câmaras Municipais têm tido ao longo dos tempos. Num momento em que a digitalização e desmate-

rialização de processos é um caminho definitivamente assumido e em fase de consolidação, a AIRC tem um papel central neste processo, acompanhando tecnicamente e em proximidade mais esta evolução que tem comprovados benefícios para eficiência das Autarquias, para a sustentabilidade ambiental e para um Poder Local mais próximo dos cidadãos.

Agora que celebra 40 anos, é relevante destacar o passado e o presente da AIRC bem como manifestar a convicção que saberá definir e implementar as medidas necessárias para continuar a trilhar – com sucesso – o caminho do futuro.

Parabéns AIRC!

22 | AIRC 40 ANOS diário as beiras 9/9/2022
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Luís Antunes Presidente da Câmara Municipal da Lousã

depoimento associado

1982 ano do CD, de Blade Runner e da AIRC

Oano de 1982 foi um ano marcante e múltiplo em acontecimentos. Aqui ao lado, em Espanha, acontecia o campeonato do mundo de futebol, que viria a ser ganho pela Itália, com muita pena minha, tal a paixão com que eu (e muitos portugueses) torceram pela fantástica seleção brasileira de Zico, Sócrates, Falcão, Júnior e companhia.

Foi o ano da primeira greve geral em Portugal, da última reunião do Conselho da Revolução, da visita do Papa João Paulo II e, lá por fora, da morte da princesa Grace Kelly e do lançamento do filme “Blade Runner”.

três dezenas de municípios.

O centro ordenador que tratava apenas a faturação da água, contabilidade e vencimentos, transformou-se em quatro décadas, numa organização que soube acompanhar o ritmo vertiginoso da evolução tecnológica e que, nos dias de hoje, fornece várias soluções informáticas para a administração local respondendo com eficácia às suas necessidades.

Mas 1982 foi também o ano em que já se vislumbrava o início da revolução digital! Apareceu o CD e o CD-ROM e começam a dar os primeiros passos alguns gigantes da informática como a Compaq.

É neste ambiente de alguma euforia tecnológica que aparece a AIRC, um projeto ambicioso que nasce pela mão de

40 ANOS AIRC | 23 9/9/2022 diário as beiras 97956

ECOS DA SERRA, CAMINHOS DE FUTURO

Património de natureza, história, gastronomia e lazer. Serra de todos os sonhos, onde do alto dos seus mais de mil metros se vê mais longe e se ouve mais de perto. Numa sintonia de Aldeias de natureza única, as memórias repetem-se e a arquitetura icónica de xisto fala mais alto Escute por si Visite a Lousã.

cm-lousa.pt
97965

A AIRC festeja 40 anos de existência. Ao longo da sua história, a empresa manteve os 29 associados de origem e tem-se especializado como entidade fornecedora de software e de serviços complementares. A adaptação às mudanças constantes e exigências legais tem-lhe permitido manter o volume de faturação.

A mudança de tecnologia é uma das mais fortes apostas da empresa

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