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Nº 0 /2012

Beth Paz Célula de Criação Make Artístico Sarah Falcão Nayra Karolyne ...E o vento levou




INFORME PARCEIROS


Editorial

Abraços!

SUMÁRIO Por Luziane Lima

COURO CURTIDO

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FAST

Secretário de Ciência e Tecnologia da PMJP

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por Sarah Falcão Beth Paz Célula de Criação Make Artístico Sarah Falcão Nayra Karolyne ...E o vento levou

Tratamento de imagens Dayse Euzébio Colaboradores Sarah Falcão e Nayra Karolyne Estampa Shiko Capa Foto: Germano Felipe Modelo: Benazira Djoco Acessórios: Beth Paz Beleza: Mariana Mendonça

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BELEZA

CÉLULA DE CRIAÇÃO

Grupo cria coleção inspirada na Orla de João Pessoa

PERSONA

Produção Romero Sousa Assistente de produção Luziane Lima e Danilo Izidro Jornalista responsável Larissa Claro - DRT 2890 Textos Larissa Claro Diagramação e arte Klécio Bezerra Fotos Secom

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MODA

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Prefeito Luciano Agra Secretaria de Comunicação Social Marly Lúcio Secretaria de Ciência e Tecnologia Sales Dantas Diretor da Estação da Moda Romero Sousa

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Nº 0 /2012

por Romero Sousa

Alfaiate

Sales Dantas

Expediente

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CRIATIVO

PROFISSÃO

ORLA

Ao assumir a Secretaria de Ciência e Tecnologia há dois meses, me surpreendi especialmente com um dos projetos em execução: a revista eletrônica Da Moda. Fruto da mente criativa de Romero Sousa, coordenador da Estação da Moda, a publicação chega à terceira edição reunindo todas as qualidades que uma publicação da área merece: vigor, criatividade, olhar visionário e conteúdo de vanguarda. Sinto-me orgulhoso por fazermos uma revista conceitual, com discussões relevantes para quem atua e se interessa pela área. A moda está em alta, movimenta uma economia difícil de mensurar em todo o mundo. No Brasil não é diferente. Na Paraíba também não. Além de jornalista, político e gestor, sou empresário do ramo e sei que o valor da moda para a sociedade vai além das cifras. Moda é arte, é cultura, é comportamento. Espero que a nossa revista seja um instrumento para ajudá-los a enxergar tudo isso.

Grayce de Farias

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moda cult

Por Iara Torquato


Reprodução

Ciclo fashion

AST

Por Luziane Lima técnica em Produção de moda e AUTORA DO blog WWW.Luzianelima.com

Caderno de Roupas, Memórias e Croquis

Upcycle é o processo de transformar um material no fim de sua vida útil em algo novo, ou seja, dar uma sobrevida a peça. Os produtos são criados a partir de sobras de tecidos, peças antigas reinventadas ou customizadas. Existem empresas que se dedicam exclusivamente à venda de produtos nesta modalidade, como a Upcycling Fashion Store, de Berlim. Conheça o site: www. upcycling-fashion.de

Divulgação

Bolsa bambolê

Divulgação

O estilista mineiro Ronaldo Fraga expõe peças de 35 coleções fazendo uma retrospectiva de sua carreira na Casa Fiat de Cultura/Palácio dos Despachos em Belo Horizonte. A exposição contempla entrar na atmosfera de seu processo criativo inspirado na cultura brasileira e ficará exposta até o dia 09 de dezembro. http://www. ronaldofraga.com.br

No último desfile da Chanel em Paris, Karl Lagerfeld, apresentou a proposta de uma bolsa em formato bambolê. Segundo ele, seria para uso na praia. Ousado não é? O modelo também ganhou versão mini e promete ser a nova it bag da marca.

Jornal bordado

Ocúlos instagram O designer Markus Gerke inspirado no instagram criou o ‘instaglasses’. O óculos tem câmera integrada e permite que o usuário escolha o filtro desejado e publique diretamente no aplicativo! Em seu site ele conta sobre o processo criativo do produto. http://www.markusgerke.com

Divulgação

Divulgação

Um trabalho de conclusão de pós-graduação da designer Ashley Noben rendeu 18 páginas de um jornal bordado feito à mão. O objetivo de Ashley era eternizar notícias através dos bordados em paralelo a efemeridade das notícias. Vi essa informação no blog da jornalista Agda Aquino, que também é formada em moda. Ela aborda esses dois universos através de moda mais conteúdo. Acesse: http://agdaaquino.com.br


riativo por Romero Sousa

Em meados de 1992 criei a marca Z-AZ Acessórios de Moda em Couro. Com formação recente de estilista e modelista de artefatos em couro, comecei a minha carreira empresarial. Era tempos difíceis, tudo era muito difícil, a começar pela falta de mão de obra especializada na confecção das bolsas. Os poucos curtumes que existiam estavam fechando as portas, a experiência como empreendedor era praticamente zero, mas havia alguns diferenciais: criativida-

Z-AZ ART

de e bom gosto, aliado a um conceito de moda contemporâneo. Parecia que estava interligado com o mundo através de ondas imaginárias, era o filling da intuição. Conheci Shiko através do Mercado Capim Fashion. Ele tinha chegado de Patos, onde morava, e achei interessante sua forma de administrar o talento aliado a sua vida boêmia, além dos flyer do Capim. Numa das coleções de verão, propus a ele fazer uma aquarela para compor o catálogo.

Então ele veio com uma composição formada pela imagem que ilustra esta página (recentemente encontrei o original) e uma mandala, usada de estampa nesta edição da revista. Mais tarde, Shiko estampou uma série de Pin Up modernas que foi sucesso imediato, resultando no primeiro pedido de exportação da marca. A Z-AZ marcou uma época e é até hoje é referência de um estilo urbano, antenado e de boa qualidade.



Beth Paz A coleção de acessórios da artesã Beth Paz tem como matéria-prima o “couro de bode” curtido com casca de angico e sucatas de couro, resultado do reaproveitamento do resíduo das indústrias de calçados de Campina Grande. A produção é totalmente manual e tem inspiração no bambu, motivos indígenas e formas geométricas.






Modelo: Benazira Djoco Make: Mariana Mendonça Acessórios: Beth Paz Produção: Beth Paz,Romero Sousa e Iara Torquato Fotos: Germano Felipe


INFORME PARCEIROS


rofissão Alfaiate Elegância e tradição feitas à mão “O alfaiate não está esquecido, está em extinção mesmo”. Quem afirma é José Elias Xavier, de 71 anos, alfaiate em atividade há 53. Ele é o mais velho da pequena equipe que mantém a tradicional Vezuvil Alfaiataria viva no Centro de João Pessoa. “O moço mais novo está com 65 anos”, conta. Ano a ano, seu Elias vê o comércio que ajudou a fundar diminuir, mas não esquece os tempos de glória do ofício. “A alfaiataria tinha grande prestígio. Grandes nomes da sociedade paraibana passaram por aqui, como Burity, Wilson Braga, Hermano Almeida, Joacil de Brito”, afirma. Ele explica que a loja atendia o público masculino por completo. “Fazíamos de tudo e

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sob medida, incluindo camisas e paletós, mas a loja foi diminuindo e hoje só fazemos calças e consertos”, conta. Segundo Elias, falta interesse pela profissão nos moldes de como era executada há algumas décadas. “As pessoas não estão mais interessadas nesse modelo. Nas grandes fábricas, como a Vila Romana, Yves Saint Laurent, há profissionais exclusivos para desenhar, cortar, costurar um botão, a manga. A peça passa por quase 20 pessoas até ser finalizada. Bem diferente das alfaiatarias tradicionais”, explica. Para ele, bom gosto e mão-de-obra qualificada são características essenciais para a profissão. O sumiço da segunda, entretanto, prenuncia

a extinção dos alfaiates. Segundo especialistas, a principal diferença entre esse alfaiate tradicional e os profissionais de grandes fábricas está na forma artesanal e sob medida como as roupas masculinas (terno, costume, calça, colete, etc.) são feitas. As peças de alfaiataria são exclusivas, de acordo com as medidas e preferências de cada pessoa, sem o uso padronizado de numeração preexistente. Atualmente, o termo ‘alfaiataria’ também é utilizado para caracterizar roupas, mesmo que industrializada, que apresentam o corte característico das roupas masculinas produzidas artesanalmente, com cortes retos e precisos e tecidos clássicos.


ORLA

O verde da orla inspira o look, que ainda conta com uma amostra do artesanato local: decote e alças em crochê


Inspirado na obra “Saudação ao Sol”, de Ericson Britto



O detalhe preto do Farol do Cabo Branco ganhou o look para lembrar a noite na orla de JoĂŁo Pessoa. Aqui, o branco estĂĄ apenas no detalhe



Inspirado na Feirinha de TambaĂş dos anos 80, quando o local era frequentado por hippies e boĂŞmios. O artesanato presente na barra do vestido lembra o momento atual do lugar


Os barcos de pesca inspiram o modelo, cujo decote remete a proa e o tranรงado lembra as redes de pesca


A sacada do restaurante Casa do Camar達o inspira esse look. Destaque para o vazado em formato de peixe na barra e no decote



Também inspirado na obra “Saudação ao Sol”, de Ericson Britto, mas com cores invertidas. Aqui, o vermelho aparece na estampa da obra


Listras inspiradas nos guarda-sóis que colorem a orla

Dsigner: D sdfgdg d fgdfdfghdfhigues Foto: Rafael Passos Beauty: Grf ghdfh dfgh dfhfghias Modelos: P sdfhfh dh fgty try ry relli. Calçados: K yrty srjjtyutya Produção: Rs rrty rjutyukyukyu kyuk ma.


O look tem como referência a cor e as formas geométricas da obra “Trabalhadores do mar”, de Wilson de Figueiredo



Pintado à mão, tem como referência o reflexo do sol ao entardecer nas vidraças da Estação Cabo Branco

Modelo: Nathália Brito Beleza: Grayce de Farias Produção: Iara Torquato, Genilda, Luziane Lima e Romero Sousa. Acessórios: Luxury Calçados: Karmélia Fotos: Rafael Passos e Dayze Euzébio.


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Célula de Criação Praias de João Pessoa inspiram coleção desenvolvida na Estação da Moda s praias de Tambaú e Cabo Branco foram a inspiração para o quinto grupo da Célula de Criação, projeto da Estação da Moda que estimula o lado criativo de profissionais e diletantes do universo da moda. A coleção “Orla” foi apresentada na última quarta-feira (17), com o incentivo da instrutora e designer de moda, Lailane Melo. O artesanato esteve presente em boa parte dos looks apresentados: pintura manual, crochê, macramê, trançados com fitas e encerados. A produtora de moda e especialista em styling, Iara Torquato, comentou o trabalho do grupo: “A coleção está em um nível de trabalho acadêmico. O acabamento está impecável. Elas souberam extrair os elementos sem serem óbvias”, ressaltou. Para o grupo formado por

Francisca Hildenha, Maria Hildenides, Tamires Lima, Cris Medeiros e Hildevânia Lima, a experiência foi além do aprendizado. “Foi um desafio para a vida. Nosso aprendizado foi além da confecção de um vestido, mas a união de ideias, de complementos de nossas aptidões”, avaliou Cris Medeiros. As cinco integrantes se conheceram na Estação da Moda e fizeram todos os cursos oferecidos na instituição: operador de máquinas, modelagem, corte e costura em malha e tecido plano. Nenhuma delas tem qualquer formação em cursos técnicos e superiores de moda. “Mesmo não sendo estudantes da área, elas estavam abertas a aprender todos os processos”, disse a instrutora Lailane Melo, grande incentivadora do grupo. De acordo com o coordenador da Estação da Moda, Romero Sousa, as cinco inte-

grantes finalizavam um curso na Estação quando foram convidadas para substituir um dos grupos inscritos no projeto Célula de Criação. “O grupo teve um contratempo e não pôde participar dentro do cronograma que apresentamos. Felizmente, conseguimos montar rapidamente um novo grupo, que aceitou o desafio”, explicou Romero. Célula de Criação – O projeto Célula de Criação é um espaço aberto e gratuito voltado à criatividade. Os interessados formam grupos de cinco pessoas e desenvolvem coleções de 10 looks, sob a consultoria criativa do estilista e diretor da Estação da Moda, Romero Sousa. Os grupos são estimulados a desenvolver projetos tendo como base a cultura local. As peças são confeccionadas na Estação da Moda, com o suporte técnico de Lailane Melo.


oda por Sarah Falcão

God save the queen Ousados, rebeldes, anárquicos, infames rência direta à loja de Vivienne, que além e chocantes. Esses eram alguns dos adjetivos de emprestar seu espaço para os ensaios da que a sociedade inglesa – super conservado- banda, também era quem vestia os garotos. ra – costumava dar àqueles garotos desocu- Foi daí que vieram os alfinetes de segurança pados que viviam pela King’s Road em Lon- espetados em roupas e também na própria dres nos anos 70. O que parecia ser apenas pele, as coleiras, os spikes e até mesmo as uma modinha “pop” e passageira de jovens típicas roupas rasgadas dos punks. Tudo isso se mostrou um movimento cultural que durou poderia ser apenas uma moda passageira e muito mais que uma estação – influenciou e subversiva se junto com essa estética, não esainda influencia muito da tivesse uma banda que moda, da cultura e da tinha muito a dizer sobre música dos dias de hoje. a juventude e a política Hoje em dia é difícil Estamos falando do mode uma Inglaterra em crivimento Punk – afinal de se e sem perspectiva de abrir um site de strecontas, quem nunca teve futuro para seus jovens. etstyle, ou até mesmo uma calça ou short jeans Em Nova York, a história andar pelas ruas, e rasgados, uma camiseta se repetia – porém no de banda, pulseiras com não ver uma referên- CBGB’s, lugar onde os spikes ou até mesmo uma jovens insatisfeitos com o cia àquela sementicamiseta com estampa mundo se reuniam para de caveira? ver shows de bandas nha que Vivienne Wes Em 1971, Viviencomo Ramones, Televitwood plantou em ne Westwood (na época sion, Patti Smith, Blondie uma estilista iniciante) e e The Voidoids. 1971, seus tempos de juseu namorado ex-estu O Sex Pistols extraventude e subversão dante de artes visuais e polou a música e a banpunk inglesa empresário de bandas da ganhou vida própria Malcolm McLaren abrem – inspirando bandas e joa Sex - uma loja que venvens de todo o mundo a dia as ousadas criações de Vivienne inspira- seguirem seu caminho e filosofia. Junto com das nos roqueiros dos anos 50 e também em eles tinha também o The Clash, assim como o itens fetichistas. A Sex e seus artigos ousados e Dammed. Nessa época, o “faça você mesmo” vitrines chamativas acabou por ser um verda- era a palavra de ordem. E partindo dessa filodeiro ponto de encontro de jovens ousados sofia, do “Do It Yourself” (essa expressão com ingleses. Foi observando o comportamento certeza é bastante familiar para as blogueiras desses jovens que Malcolm, com seu olhar de moda) que os punks de plantão começaempreendedor, decidiu criar uma banda ram a fazer eles mesmos seus discos (surgem para ajudar a divulgar a loja – a Sex Pistols. aí as primeiras bandas independentes), suas A banda tinha como conceito fazer músicas próprias revistas (os chamados fanzines equisimples e (o famoso “rock and roll pretinho bá- valentes hoje aos blogs), sua própria arte e, sico”), verdadeiro oposto do que vinha sendo o mais importante assunto a ser comentado feito no rock and roll progressivo e também aqui, suas próprias roupas diferentes. Essa fipelos hippies. O nome – claro – é uma refe- losofia ainda vai além do movimento punk,

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33 e passa por outros estilos musicais e artistas que vieram depois. Se hoje compramos camisetas de bandas em lojas bacanas da Galeria do Rock, na época as camisetas eram feitas pelos próprios fãs para ajudar a divulgar suas bandas favoritas vendendoas durante os shows. E aí o que era atitude, virou um estilo e estética de uma época e de um grupo bastante diferenciado que apesar de sua atitude chocante, teve muito a contestar sobre a política, as artes, a sociedade e o comportamento das pessoas. Hoje em dia é difícil abrir um site de streetstyle, ou até mesmo andar pelas ruas, e não ver uma referência àquela sementinha que Vivienne Westwood plantou em 1971, seus tempos de juventude e subversão punk inglesa. As roupas criadas na época, cheias de elementos fetichistas, spikes, alfinetes e aparência destroyed, volta e meia é referência para coleções e tendências pelo mundo afora. Hoje, uma das maiores damas da alta costura não gosta muito de olhar para esse passado. Da atitude punk e contestadora, resta a Vivienne um trabalho de conscientização ambiental – sendo ela uma das principais divulgadoras do Green Peace. God save the queen – da moda e do movimento punk.


ERSONA Natália Fernandes

Natália Fernandes é tatuadora de henna e Body piercing.Tem 22 anos e é estudante de Direito.

Aos 10 anos de idade comecei a me interessar por moda por influência das bandas de rock e programas de tv;

Entre tantas mudanças que vivi, incluindo gosto musical, eu me vejo um pouco em cada estilo, talvez eu seja ‘versátil’;

Moda é muito mais do que isso: é personalidade, é uma forma de mostrar como eu sou por dentro. 34


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oda CULT POR IARA TORQUATO

...E O VENTO LEVOU Não é de agora que a moda e cultura andam juntas. O clássico americano e premiado “...E o Vento Levou”, de 1939 é um exemplo disso. Ele narra a marcante e dramática historia de amor entre a personagem Scarlett O’Hara interpretada por Vivien Leigh, e Reth, interpretado por Clark Gable que se passa na época da Guerra civil americana (década de 60 do século XIX). O filme tem um vasto e admirável rico figurino de época

criados pelo designer Walter Plunkett. O drama é considerado por alguns críticos como o maior filme de todos os tempos das telonas. Com varias indicações ao Oscar, ele não foi indicado ao prêmio de melhor figurino, pois na época ainda não havia esta categoria que só passou a existir em 1948. Mas provavelmente este trabalhado e memorável figurino teria ganhado o prêmio.

Para ir O figurino de “...E o vento levou” terá cinco de suas peças expostas em museu durante a comemoração dos 75 anos do filme, em 2014. O Harry Ransom Center, instituto da Universidade do Texas, nos Estados Unidos abriu uma campanha para arrecadar fundos com o objetivo de restaurar e deixá-los em perfeito estado, para quando as peças forem expostas.

Na web No site do Centro Harry Ranson você vai encontrar uma exposição online, de fotos, curiosidades, maquiagens, figurinos, histórico, ou seja, uma verdadeira viagem cultural sobre o filme “E o Vento Levou”. http://www.hrc.utexas.edu/exhibitions/web/gwtw/


ELEZA

MAKE & HAIR ARTÍSTICO INSPIRAÇÃO Mangá

Beauty: Grayce de Farias Modelo: Larissa Andrade Foto: Rafael Passos


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Enfim... Por Nayra Karolyne

Moda e autoestima Certa vez, assistindo a televisão, atentei para uma propaganda que frisava a seguinte pergunta: “O que faz você feliz? Um jantar com a família, futebol com os amigos...” Então fiquei pensando nas nossas vidas, tão corridas, tão sem tempo, que esquecemos nós mesmos. E ao olharmos no espelho, nos deparamos com as marcas que isto tudo nos faz. É certo que existem pessoas que se sentem bem apenas com um banho e uma roupa confortável, mas sabemos que somos bem mais do que isso. Precisamos de elogios, cantadas... E como isso tudo é bom! Este pensamento fica ainda mais agravado quando nos deparamos em como a mídia trata o assunto moda, com discursos tão rasos e sem essência que esquecemos que o vestir e o se cuidar também é uma questão cultural. É necessário saber do nosso verdadeiro papel neste mundo e nos apresentarmos bem para a vida. Pessoas bem apresentáveis, com boa aparência têm oportunidades muito melhores e se desenvolvem muito mais em qualquer lugar. A felicidade de fato não vem da roupa boa ou de uma bolsa de marca que você use, até porque esses acessórios não têm nenhum poder de aumentar a nossa felicidade, mas eles te oferecem uma autoestima cultivada, além de oferecer outro ponto de vista sobre nós mesmos. Em definitivo, ter a autoestima

bem cuidada é o passo mais importante para que nos tornemos mulheres poderosas. “Fique bonita para você”, se empenhe e trabalhe para gostar do que vê no espelho, seja você nariguda, rechonchuda, baixinha ou muito alta. Enfim, autoestima nada mais é do que amor por si mesmo. E moda é a gente que faz, seja nas tendências, cores, formas e acessórios. Aproveite tudo isso para que a partir de hoje você comece uma nova fase da sua vida; fique de bem com você, com seu corpo, com a sua mente, com as pessoas que estão ao seu redor (namorado/marido, mãe, pai, amigos), com o seu ambiente de trabalho e fique de bem com a vida, só assim sua autoestima levanta e você vai estar na moda mais do que imagina!

*Nayra Karolyne é pesquisadora em fontes de informação no mundo da moda, tem 22 anos e escreve atualmente para blogs de moda e artigos científicos.


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