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Costa y Rio lo dieron todo en la campaña

A dois dias das eleições, Costa e Rio apostam últimas fichas perto de casa

Para estas legislativas estão inscritos 10.821.244 eleitores nos cadernos eleitorais. São 21 as forças políticas a ir a votos.

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CORREIO / LUSA

A dois dias do encerramento da campanha eleitoral, os líderes do PS e do PSD apostam as últimas fichas perto de casa, com António Costa por Setúbal e Lisboa e Rui Rio no Porto. O secretário-geral do PS e primeiro-ministro, António Costa, começa o penúltimo dia de campanha com uma ação de contacto em Moscavide, Loures, que repete à tarde na zona do centro histórico de Setúbal. À noite, tem previsto um comício no Pavilhão Carlos Lopes, em Lisboa.

Já o presidente do PSD, Rui Rio, reservou a agenda para o Porto, onde é o número dois da lista nestas eleições legislativas a seguir à advogada Sofia Matos: Ao final da manhã, tem um almoço com empresários da restauração e segue depois para uma ação de contacto com a população e comércio local na rua Santa Catarina.

A caravana do Bloco de Esquerda também vai estar pela capital, onde a coordenadora, Catarina Martins, visita a Associação Portuguesa de Surdos de manhã, antes de uma arruada na zona da Penha de França e um comício, já à noite, na Reitoria da Universidade Nova de Lisboa.

Pela CDU, o secretário-geral comunista, que regressou à campanha na quarta-feira, depois de ter estado a recuperar de uma cirurgia a que foi submetido no dia 13 de janeiro, vai andar entre a margem sul do Tejo e Lisboa.

De manhã, participa num desfile no Barreiro e durante a tarde é a vez de percorrer as ruas da zona do Chiado, em Lisboa. Depois, volta a atravessar o Tejo, para terminar o dia com um comício no Seixal.

O presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, continua pelo norte e começa o dia na Feira de Barcelos, seguindo depois para Vila Nova de Gaia, onde tem prevista uma visita a uma empresa de carpintaria industrial.

Quem também vai passar por Vila Nova de Gaia é João Cotrim de Figueiredo que, de manhã, sai da marina para um passeio de barco. Durante a tarde, o presidente da Iniciativa Liberal vai estar no Porto com uma arruada, duas horas antes de Rui Rio também percorrer as ruas da Invicta, e um encontro sobre juventude e imigração, antes de terminar o dia com um jantar.

Com a agenda preenchida, a líder do PAN vai passar por três cidades diferentes: primeiro Estarreja, onde visita a associação BioLiving, depois Aveiro para uma arruada e visita ao mercado Manuel Firmino, e já durante a tarde Coimbra, onde tem agendado um encontro com a Associação Académica e uma ação de rua.

O presidente do Chega, André Ventura, continua por terras alentejanas e com os planos habituais: uma arruada, em Sines, e um jantar-comício em Vila Viçosa.

Na véspera do final da campanha para as legislativas de 30 de janeiro, o dirigente do Livre e cabeça de lista pelo círculo eleitoral de Lisboa, Rui Tavares, participa, às 20:30, no encerramento de campanha com Isabel Mendes Lopes, entre outros, no auditório do antigo Liceu Camões, em Lisboa, depois de uma “Pedalada Livre!”, às 17:30, numa viagem de bicicleta entre a Alameda D. Afonso Henriques e o Martim Moniz.

PAN quer fim das touradas mas recusa ‘rótulo’ de partido fundamentalista

CORREIO DA VENEZUELA

A líder do PAN, Inês Sousa Real, recusou associar o partido a ideias fundamentalistas, por defender a abolição das touradas, e propôs a atribuição de apoios para a reconversão das atividades ligadas ao setor. “O PAN é um partido que defende a empatia e o respeito pelo próximo e pelos outros seres, não apenas o humano, mas também o animal, e isto não tem nada de fundamentalismo”, afirmou Inês Sousa Real, durante uma ação de rua no centro de Leiria.

A porta-voz do Pessoas-Animais-Natureza (PAN) foi questionada pelos jornalistas sobre a posição do partido em relação à tourada, depois de ter falado com um cidadão preocupado com a preservação das tradições.

Considerando que “ainda existe uma ideia errada” sobre o que o PAN defende, Inês Sousa Real notou que, no final da conversa, os dois concluíram que “o animal não deve sofrer na arena, nomeadamente nas touradas”.

As pessoas “defendem a preservação de algumas tradição, mas compreendem que deve deixar de existir este sofrimento dos animais”, sublinhou, observando que o tema “mexe com muitas paixões” e que, “por vezes, perde-se a noção do que realmente está a ser debatido”.

A também deputada do PAN defendeu que devem existir “apoios para a reconversão das atividades” ligadas ao setor da tauromaquia, dando como exemplo o que “foi criado aquando do fim dos animais selvagens nos circos”.

Para Sousa Real, o Estado deve criar “mecanismos para que as pessoas possam promover o turismo rural e de natureza” e se possa “preservar a raça do touro de lide” para que os animais sejam vistos “na lezíria, no campo, em liberdade e sem sofrimento”.

“O touro é um animal lindíssimo e acho que todos gostaríamos de ir ao campo e ao interior do país para vermos os animais sem qualquer tipo de sofrimento”, assinalou, defendendo que esta solução promoveria “a coesão territorial”.

A líder do PAN considerou que o país não deve “canalizar os meios” financeiros que dispõe, que “são muito escassos para a própria cultura”, para “tentar elevar a tourada a atividade cultural”. “Reduzir o mundo rural à tauromaquia ou à caça é insuficiente e uma visão muito redutora da sociedade, seja da cultura, seja do mundo rural”, disse.

Inês Sousa Real passeou pela ‘fan zone’ da Taça da Liga em futebol, cuja fase final decorre na cidade, e, numa das atividades do espaço que simula a marcação de uma grande penalidade, a líder do PAN marcou golo.