SETEMBRO 2011

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JORNAL CIDADE PAISAGEM A SERVIÇO DE PIQUETE E REGIÃO

Ano XIX - nº 305- Piquete, setembro de 2011 - Preço R$1,00 - Distribuição gratuita promocional

Apesar de você (corrupto) O Brasil tem superado com sucesso as crises globais surgidas desde 2008. Apesar delas, continuamos a crescer, de maneira tímida, mas crescemos. Os efeitos maléficos das crises foram amenizados por políticas econômicas inteligentes. Não chegamos a sofrer como os países da comunidade do euro. Isso deixa claro a nossa capacidade de superar obstáculos e de continuar em busca de nossos objetivos. Somos um povo inteligente e capaz. Aos poucos estamos nos desvencilhando dos grilhões do colonialismo econômico que, apesar de tudo o que realizamos, ainda nos sufoca. Conseguimos olhar para o futuro com mais esperança. Não aquela esperança divina como única alternativa de sobrevivência, mas a que está calcada em fortes alicerces de desenvolvimento. Porém, uma grande desgraça, de maneira escancarada e extremamente pungente, ronda as nossas expectativas: a corrupção. O Senador Jarbas Vasconcelos (PMDB/PE), em pronunciamento no Senado, no dia 19 de setembro do corrente ano, ratificou as informações sobre os números da corrupção no Brasil, veiculadas no Jornal Cidade Paisagem em sua última edição: “Segundo estimativas da Fiesp, senhores senadores, a corrupção é responsável pelo desvio, dos cofres públicos, de valores entre R$ 41 bilhões e R$ 69 bilhões a cada ano. Rouba-se mais do que o valor arrecado da CPMF em 2007, seu último ano de vigência, quando o imposto totalizou R$ 37 bilhões. Não precisamos de um novo imposto para combater a verdadeira calamidade da saúde pública no Brasil; basta enfrentarmos, com eficiência, a corrupção.” Escancarada porque, como disse o Senador: “...Fomos todos vencidos pelo cansaço. Cansamos de ver criminosos sendo flagrados recebendo dinheiro público roubado e protegidos por seus iguais, como o recente episódio da Srª Ja-

queline Roriz, desgraçadamente inocentada em um ato de puro corporativismo e irresponsabilidade da Câmara dos Deputados. Cansamos de acompanhar investigações e processos intermináveis, como o do mensalão. Cansamos de acompanhar operações da Política Federal em que muita gente é algemada e ninguém fica preso.” Pungente, porque “...Essa indignação, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, atinge a todos nós. Hoje, a atividade política é associada imediatamente à corrupção;- cada um dos Srs. Senadores sabe que isso não é invenção minha, não é uma palavra que está colocada aqui apenas para compor o meu discurso. Se os agentes públicos, aí incluídos os três Poderes do Estado, subestimarem a capacidade de mobilização das redes sociais, estarão colocando em risco as próprias instituições.” Sim, nossas instituições, os três poderes, estão correndo o risco de ficar sem credibilidade, se é que ainda têm alguma. E isso é perigoso. A sociedade através dos jovens e de suas redes sociais está se mobilizando na tentativa de expurgar a corrupção do nosso meio e, posteriormente, quando crescer o movimento, o que está ocorrendo rapidamente, exigir as reformas política, tributária, trabalhista etc.. “A indignação individual, na maior parte das vezes restrita ao núcleo familiar ou aos mais próximos, ganhou as redes sociais e difundiuse, rapidamente, em um movimento independente e poderoso, que alcança todos com rapidez; um poder de mobilização jamais visto na nossa história.” A forma como tudo isso pode acontecer ninguém sabe. “ORDO AB CHAO” ? Que não aconteça isso de forma violenta e que possamos apenas cantar: “Apesar de você (o corrupto), amanhã há de ser outro dia.”

Veja nesta edição: Reflexões de um estudante (novo) ................... 0 3 1º Fórum de Educação de Piquete. ................................................ 0 4 Prefeito Otacílio esclarece sobre viatura do turismo ................. 0 6 Nova UBS de Piquete atrai usuários de cidades vizinhas .... ................................................ 0 8

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Ed. no 305 - setembro 2011

Aciap em ação

Região Norte, o futuro é lá. Foi esta frase que ouvi de meu filho ao comparar Porto Velho, capital de Rondônia, onde estava, com São Paulo. Refletindo melhor cheguei à mesma conclusão. Afinal, São Paulo, Rio de Janeiro, Vitória, Curitiba, Foz do Iguaçu e outras são lindas cidades, mas não há nelas lugar para mais ninguém. Estradas quase paradas pelos carros: um verdadeiro estacionamento a céu aberto. Hotéis com reservas até para 2014, fábricas lotadas de operários, arranha-céus se espremendo e subindo cada vez mais alto para abrigar o povão que vem buscar uma vida melhor, tudo isso num corre-corre sem fim. Rondônia, antigo território que faz divisa com a Bolívia, é só progresso. Com 600 mil habitantes numa área de 240 mil Km2, recebeu de uma só vez 18.000 mil operários (mais que a população de Piquete), que se tornaram bagageiros na construção das Usinas de Santo Antônio e Jirau. Em que pese a falta de estrutura, é na capital que são concentradas as verbas municipais, estaduais e federais, representando, com esse fato, um número enorme de funcionários públicos. É uma terra em transe, mas, sem dúvida, a que oferece as melhores oportunidades para quem quer trabalhar e melhorar de vida sem precisar ganhar na loteria. Logo ao lado vem outro ex-território, o Acre, ligado ao Peru por uma ponte, graças ao empenho de políticos da terra, os irmãos Tião e João Vianna. O Acre, onde moram meus sobrinhos médicos, cujos filhos estudam em São Paulo, é ligado a Rondônia por balsas cujo serviço é interrompido quando o transporte de uma delas é o combustível que

vai abastecer o estado. É mole? Por que antes de se fazer a tal ponte ligando o Acre ao Peru não fizeram a mesma ligando-o a Rondônia? Interesses políticos, como sempre, acima dos interesses da população em especial a mais pobre. Mas, o que estávamos fazendo lá naquele calor abrasador de 40°? Fomos ver minha irmã, meus sobrinhos e sobrinhas cujo pai faleceu em dezembro de 2010, e que ainda hoje se encontram muito abatidos. Gosto de me inteirar sobre as peculiaridades das regiões aonde vou e assim pude perceber que todas as siglas de todos os serviços públicos municipais, estaduais, e federais existentes em nosso país lá se encontram numa cidade cuja população é igual à de São José dos Campos, o que torna possível a geração de empregos para todos os níveis. Ante tamanha perspectiva, minha sobrinha aqui do lado arrumou as malas com o marido e filha e para lá rumaram em busca de novos horizontes. É o que é melhor, todos, inclusive os que lá já residiam fizeram de Porto Velho sua terra natal, se adaptando às condições do novo meio de vida e sequer pensam em voltar pra cá. O único problema é a distância, só vencida com o avião, cujo valor da passagem ainda é muito alto. No resto, é tudo de bom e é só ter coragem para enfrentar. Em Tempo: Parabéns à iniciativa de colocar na Praça da Bandeira um local para se estacionar bicicletas. Suely Villar Torino

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O Parque Tecnológico de São José dos Campos foi sede, neste mês de setembro, de mais uma reunião plenária da RA6, Regional da FACESP (Federação das Associações Comerciais do Estado

de São Paulo). O encontro acontece mensalmente e reúne empresários e empreendedores ligados às Associações Comerciais da região do Vale do Paraíba, Litoral Norte e Serra da Mantiqueira. A ACIAP esteve representada pelo presidente Emanuel Souza Machado e o diretor Claudinei de Barros Magalhães. O evento contou com a presença do empresário Rogério Amato, presidente da FACESP (Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo), que abordou tema de interesse da sociedade e da classe empresarial. Vem aí o Congresso Anual da FACESP, que reúne as Associações Comerciais do Estado de São Paulo. As inscrições terminam no dia 11 de outubro. Maiores informações na ACIAP – Tel. 3156-1012, com a Julie.

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Parabéns aos associados aniversariantes do mês de outubro 01 01 05 05 07 07 08 08 20 27 30

..............................................................Aparecida Lúcia da Silva (Loja Juanpris) ...................................................................... João Bosco P. Bonifácio (Tilly Surf) ....................................................................Maria Regina de Lima (Lojas Regina) ..................................................................................... Herculano Gomes da Silva ......................................................... Elizabete Alves Martins (Damas Presentes) ......................................................................... Maria Luiza Celestino dos Santos ............................................................................ Giovana U. Santos Vilar Ferreira ........................................................ Vagner Luis do Espírito Santo (Chocovales) .......................................................................... Osvaldo Peixoto (Cantina Pérus) ........................................................................................ Wagner Ribeiro da Silva .......................................................................... Maria Aparecida Ribeiro Moreira

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JORNAL CIDADE PAISAGEM CNPJ - 04.441.411/0001-73 - End: Rua Cel José Mariano,228 - CEP 12 620-000 - Piquete-SP Tel.: (12) 31563498 - jc.paisagem@yahoo.com.br Proprietários: .................................................................................................. Ireana Ferreira de Melo Silva e Arany Norberto da Silva Redator: .............................................................................................................................................................. Paulo Roberto da Silva Diagramação: ...................................................................................................................................................... Paulo Roberto da Silva Gráfica: ............................................................................................................... Jornal Guaypacaré Ltda. CNPJ 45.383.528/0001-25 Tiragem: ........................................................................................................................................................................ 1.500 xemplares Periodicidade: ........................................................................................................................................ Mensal - Circulação Regional A editoria não é responsável por artigos assinados nem solidária com os conceitos emitidos nos mesmos. Fundado em 15 de novembro de 1990 por Claudinei de Barros Magalhães

Uma frase recente: Que país é este que junta milhões numa marcha gay, outros milhões numa marcha evangélica, muitas centenas numa marcha a favor da maconha, mas que não se mobiliza contra a corrupção?” (de 07/07/2011 Juan Arias, correspondente no Brasil do jornal espanhol El País)


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JORNAL CIDADE PAISAGEM Rosa amarela

Mãos sensíveis, coração afetuoso e prazer incontido pelos jardins. Com um carrinho de mão atrelado ao bagageiro de uma bicicleta, o jardineiro percorre as ruas da cidade à procura de trabalho. Assim, ganha o pão–de–cadadia e floresce seu coração. Os apetrechos que leva no carrinho são utensílios para o trato de jardins: máquina de cortar grama, ancinho, tesourão, pá, vassoura de piaçava e um alvião. Com essas ferramentas tem a capacidade de viçar o local e atrair olhares cobiçosos. Ajeitando e manipulando com sutileza os cravos, crisântemos, orquídeas, rosas e azaleéias tem a magia de enflorar o jardim. Aparando a grama e retirando as ervas daninhas deixa o local ao deleite dos alados. O jardineiro não tem pressa. Lida com paciência e carinho com as plantas e com a remoção da terra. Preocupa-se com algumas pétalas e folhas que se soltam quando a brisa sopra, porém, na poda desbasta os ramos para fortificar a floração. Um dia, fiquei bisbilhotando o trabalho dele: como acerta a borda do jardim, apara a grama, retira as tiriricas e trevos, chega terra às azaleias, estaqueia as roseiras e limpa o pequeno pé de coqueiro. Nisso, parou uma menina loirinha com sorriso cativante, presumíveis oito anos de idade, e dirigiu-se a ele: - Olá, moço! Você pode me dar uma rosa? O jardineiro deu-me uma olhadela, como se estivesse pedindo meu consentimento, e respondeu: - Uma rosa! Pra quê? Ali na frente você

a joga fora. - Não, moço, essa vou levar pra minha mãe. Sem percepção da menina, balancei a cabeça autorizando-o a doar a rosa. O serviço já tinha chegado ao fim, ele acabara de juntar as ferramentas e colocá-las no carrinho. Pegou de volta o tesourão e foi ao canteiro das rosas. Quando se preparava para cortar uma vermelha, a menina interveio: - Não, moço, essa não! Eu quero a rosa amarela! - Amarela! Por que amarela? - Porque essa rosa é da cor dos cabelos da minha mãe. Como hoje é o aniversário dela e somos pobres, gostaria de presenteá-la. Notei que o jardineiro ficou sensibilizado com aquele pedido sincero e inocente. Diante de tanta meiguice não pôde negar. Colheu duas rosas amarelas, tirou-lhes os espinhos, deu um passo à frente e voltou, apanhou dois botões vermelhos, dois brancos, limpou-os e fez um arranjo tão singelo, que o sorriso da menina ficou mais alegre que todo o jardim. Por entre as grades passou-lhe o buquê. Ela apanhou-o, levou ao rosto, aspirou-o e agradeceu: -Obrigado, moço! Um beijo no seu coração. E saiu jubilosa. O jardineiro emocionou-se. Olhou para mim, estalou o tesourão algumas vezes, colocou-o de volta no carrinho e saiu pedalando. Edival da Silva Castro

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Reflexões de um estudante: “O assunto é a falta de assunto” Ultimamente minha vida tem sido muito dinâmica e corrida. Tenho feito coisas novas, refeito antigas, e, principalmente, tentado fazer coisas aparentemente difíceis e talvez até impossíveis. Por mais curioso que pareça, é justamente devido a essa mutabilidade repentina, a essa variedade de experiências novas e antigas, que é muito difícil tentar abordá-las com clareza e coesão num texto, como este que escrevo agora. Então, se não encontro inspiração para escrever sobre um ou mais desses assuntos, por que não compor algo relacionado a essa motivação que tanto me falta agora? Isso prova o quão uniforme e livre é a escrita. Deleitar-se com o livre-arbítrio de transcrever os sentidos e pensamentos em palavras é um gosto muito presente no ser humano. É bem comum encontrar alguém, seja ou não de nosso convívio, que sinta liberdade ao fazer transpirações mentais escritas. Bons exemplos disso são garotas, crianças, adolescentes e, como no meu caso, garotos, cujo frequente passatempo é expelir as frustrações e aventuras do dia-a-dia em cadernos e diários. Um eficiente argumento para explicar esse hábito é a aceitação inerte do papel.

Qualquer coisa que escrevamos ou anotemos numa folha, por ela será passivamente aceita sem qualquer chance de objeção ou interferência em nosso desabafo. Por isso, é possível afirmar que o papel é como um amigo mudo, pois ele não nos diz nada, só nos escuta. Apesar de as composições escritas virem do coração e do fundo dos pensamentos, nem sempre é necessário pré-estabelecer um tema, pois este pode surgir naturalmente. Mais uma vez, exemplifico homonimamente minha colocação, citando o paradoxo no qual casualmente caí ao começar a escrever este texto. Sentia falta de inspiração, mas resolvi criar uma dissertação sobre isso. Logo, meu assunto foi a falta de assunto. Embora nem todos se achem aptos o suficiente para escrever, é perfeitamente possível, até para quem nem sequer se tenha posto a fazê-lo algum dia, criar textos, poemas, sonetos etc., bem interessantes e atrativos aos olhos, mesmo abdicando de regras e imposições linguísticas estabelecidas pela gramática. Afinal, tudo o que é escrito com a alma é bom. Vitor Nunes Amoroso

Uma frase com 2064 anos. “O Orçamento Nacional deve ser equilibrado. As dívidas Públicas devem ser reduzidas, a arrogância das autoridades deve ser moderada e controlada. Os pagamentos a governos devem ser reduzidos, se a Nação não quiser ir à falência. As pessoas devem novamente aprender a trabalhar, em vez de viver por conta pública.” (de Marcus Tullius – Roma, 55 a.C,)


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1º Fórum de Educação de Piquete

A Secretaria de Educação e Cultura da Prefeitura de Piquete promoveu, na última semana, nos dia 21 e 22 de setembro, o 1º Fórum de Educação do município sob o tema “Educação Gestão e Tecnologia” firmado nos parâmetros da ação pedagógica: “sensibilizar, despertar e conscientizar”. O fórum, destinado aos professores da rede municipal de educação, foi realizado no salão Prefeito Luiz Vieira Soares. Palestrantes: Professor José Pacheco “Zé da Ponte”, português, educador da Escola da Ponte, em Portugal: experiência em transformação de realidade escolar de maneira eficaz, séria, serena e real, com sensibilidade que atinge a todos. Eduardo Kopp , Psicólogo , Professor da PUC, em Campinas, e do Hospital das Clínicas, em São Paulo , pós-graduado em Jogos Cooperativos e Danças Circulares Ivanilde Moreira é graduada em Pedagogia, Pós-Graduada em Docência Universitária , Mestre em Linguística Aplicada (Unicamp) desde 1993, atuante na formação de professores da Educação Básica do Ensino Superior, em programas de graduação e pós-graduação e extensão universitá-

ria, Diretora da Consultoria Didática. Maria Dolores Fortes Alves é Doutoranda e Mestre em Educação pela PUC/SP; Mestre em Psicopedagoga; Pós-Graduada em Distúrbios da Aprendizagem pela UBA (Universidade de Buenos Aires); Especialista em Educação em Valores Humanos; Pedagoga pela UNISA; Pesquisadora RIES (Rede Internacional Ecologia dos Saberes) e, ECOTRANSD (Ecologia dos Saberes e Transdisciplinaridade, Docente de Pós-Graduação). Assessora Educacional; Palestrante Nacional e Internacional, Conferencista. Autora de diversos artigos e livros, entre eles: “DE PROFESSOR A EDUCADOR: Contribuições da Psicopedagogia: ressignificar valores e despertar autoria.” e “O VÔO DA ÁGUIA: uma autobiografia”, “FAVORECENDO A INCLUSÃO PELOS CAMINHOS DO CORAÇÃO: Complexidade, Pensamento ecossistêmico e Transdisciplinariedade” Nicola Fosco - Graduado em Música, Pós-Graduado em Gestão Pública, hoje está Secretário de Educação da Cidade de Santo Antônio da Posse SP. Alessandro Rodolpho Gonçalves - Bacharel em Ciência da Computação , pós-graduado em Administração e Marketing Esportiva, Especialista Sênior em Gestão e Tecnologia MBA em Gestão Estratégica e

Economia de Projetos da FGV, hoje é gestor de Tecnologia do Esporte Clube Corinthians . Na abertura, a Professora Ivanilde Moreira salientou que sua fala sobre “Educação e o Sonho” retrata precisamente o que estava vivendo em Piquete naquele momento, e que a gestão Educacional por Fatos e Dados é enfrentar nossos pontos vulneráveis, transformando-os em fortalezas sociais e educativas.” Professor Paulo Cesar Puls, Secretário de Educação do município, explica que entre os objetivos do Fórum está a atualização, valorização dos profissionais da educação , reflexão sobre a ação educativa , teoria e prática, o saber e o fazer , além de possibilitar a interação entre os profissionais da rede municipal.” Joaquim Alves Júnior disse que: “A educação tem que ser uma das prioridades de qualquer governo. Não podemos dizer não para educação, nunca. Só atingimos metas e conseguimos andar porque trabalhamos juntos e nos envolvemos, apesar dos grandes desafios. Quando o Professor Paulão e a Marissônia nos procuraram para a realização deste Fórum, compramos uma batalha, pois muito trabalho tiveram as técnicas Dra Erika Beckmann (advogada e professora da rede) e Adriana Rogéria (assistente social e professora da rede), imbuídas em realizar grandes feitos. Hoje estou aqui na abertura deste Fórum muito feliz e realizado”.. Marissônia Moreno - Secretária Adjunta de Educação e Cultura, falou sobre um dos temas inclusão: “Inclusão não é assunto novo, é assunto repensado, incluir não é aceitar, não é integrar e sim atender as necessidades de todos os alunos, realizando de maneira positiva o processo pedagógico; os professores educadores devem estar preparados para receber os alunos portadores de necessidades especiais, e as escolas adaptadas para tal. Desejou ainda a subsecretária que o Fórum seja permanente e que a discussão continue.” Os comentários foram unânimes em evidenciar a grandeza do evento: A Profª Ana Paula Ramos, da Es-

cola Maria Auxiliadora Ramos diz: “Relatar toda a grandeza deste fórum é missão impossível, mas podemos dizer que aprendemos que a transformação do ser humano é realizada, prioritariamente, através da educação; agora é exercitar este aprendizado no nosso dia a dia.” “O Diretor da Escola Professora Ricarda Godoy Lopes, Gilberto Au-

gusto da Silva , Gil, maravilhado com a atuação do professor José Pacheco, o Zé da Ponte, salientou: “Ele colocou sua experiência com uma leveza maravilhosa, relatou sobre a Escola da Ponte, onde crianças muito envolvidas na prostituição infantil , violência, sem os mínimos cuidados de higiene, cheirando a vinho e com muito piolho, onde a perspectiva de dar certo era quase impossível pelas circunstâncias e pelas tradicionais cartilhas adotadas, este quadro foi transformado nos indicadores de aproveitamento do ensino da rede pública de Portugal. Simplesmente fantástico” finalizou o Diretor.

A Diretora do Grupo Escolar “Antônio João”, Jussara L. Gifoni Ávila, salientou que esse fórum veio de encontro à elaboração da proposta curricular em andamento no município e que o maior benefício será sentido na prática do professor, dentro da sala, com aulas bastante inovadoras. Disse que o fórum focou o problema da gestão escolar, beneficiando, também, a gerência da escola


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Carta do Leitor

Sr Editor Neste ponto da História em que estamos tudo muda, e tudo continua. Sempre muito rapidamente, a ponto de não conseguirmos perceber o grau de intensidade e de diversidade. No macroespaço, recebemos a enxurrada das notícias passadas com aceleração, pois o tempo e os espaços da mídia requerem rapidez, síntese e globalização das informações. No microespaço, admitamos, o de uma pequena cidade como a nossa, sabe-se com mais evidência das mudanças. Mas, por contaminação da pressa nas comunicações, nem sempre tudo é perceptível ou bem sintonizado. Quanta coisa tem passado sem a devida atenção dos cidadãos, por razões as mais variadas, mas todas justificadas pela tradicional fórmula – a da acomodação e das necessidades que exigem soluções imediatas e que desviam o foco dos interesses. No espaço mais amplo, observam-se sérias mudanças, quer nas formas de tratamento, pesquisas, intervenções cirúrgicas, indústrias farmacêuticas, de alimentos e conservação e tantas variações tecnológicas, que, mesmo que quiséssemos acompanhá-las, não conseguiríamos, por certo. Por isso, as áreas de comunicação e de trabalho fragmentam-se e especificam-se. A micro-observação das nanotecnologias permite entranhar cada vez mais as matérias, revelando-as no seu interior dinâmico e caótico – a palavra caótico, tomada no significado de arranjo para a ordem. O caos orienta a ordem e a predispõe. As guerras convencionais têm cedido às chamadas virtuais pelo uso dessas tecnologias avançadas que conseguem manipular artefatos a grandes distâncias e mostrarem efeitos mais dramáticos e catastróficos. Os “hackers” desenvolvem habilidades de intromissão em quaisquer arquivos computadorizados, até os mais secretos, cuja segurança é admitida como máxima. Dados pessoais, contas bancárias, sistemas de crédito, documentos sigilosos têm sido invadidos e usados clandestinamente. Uma criminalidade que exige sofisticação de técnicas de vigilância e observação. Os estrategistas militares ou de mercado estão atentos para essas intervenções perigosas e uma legislação especial precisa ser criada para se ajustar aos novos tempos. Se a espio-

nagem sempre existiu e é uma das mais eficazes armas para garantir a sequência das atividades, sejam elas de que natureza forem. A contraespionagem também é convocada para criar estruturas paralelas. No mundo da informática as noticias correm rápidas e os dados se sucedem vertiginosamente. Já nos espaços dos lugares, o interesse é poder detectar a entrada do novo, as rupturas e a seletiva busca do que se traduz como continuidade. É do interesse e do objeto da História registrar os acontecimentos e observálos no contexto das memórias que se sedimentam para compor as narrativas, pois o que o imaginário conduz é o sentido das crenças. O que é o chamado fato? É a ocorrência registrada, muitas vezes mais daquilo que é acreditado do que o evento que lhe deu causa, ou seja, é a sua representação. Por isso, há quem afirme não existirem fatos, mas sua interpretação, sua representação. Assim, uma imagem, seja ela qual for, é apenas a representação de uma proposta. Têla como real é engano, apenas crença. Portanto, quando se mudam denominações, muitas vezes sem o apoio da crença popular, a memória organiza-se para manter o tradicional e desprezar o novo. Assim, a tentativa de mudar a denominação da Matriz antiga por Capela de Nossa Senhora das Dores não tem vínculo no imaginário e não vinga. Diz o povo – “matriz velha”. A menos que um suporte bem aparelhado seja providenciado e dirigido. Manter, por exemplo, um equipamento inalterado e um serviço bem desenvolvido pode servir de base para uma mudança desejada. No caso, a mudança de denominação da tradicional Farmácia de São Miguel para de Santo Antônio, acompanhada do serviço bem atendido dos antigos proprietários, mais o suporte respeitado do expansivo sistema da que lhe dá nova denominação além da garantia de bom atendimento, pode alcançar seus fins, isto é, ser aceitável, para modificar, mas perpetuar na longa distância do tempo a motivação que a animou e lhe deu credibilidade.

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O hipnotizador de cães Tinha assistido ao filme O amor é cego e se impressionou com o tema. Teve, então, a ideia que mudaria sua vida. E se hipnotizasse pessoas para que elas, espontaneamente, lhe dessem seus pertencentes ou determinadas quantias? - Minerva... Minerva! Minervaaaaaa!!! % gritou para a irmã que chegara acompanhada de seu cão de guarda. Ela sabia que com aquele folgado não podia facilitar. Rex fora a solução encontrada para situações, digamos, fraterno-embaraçosas. -Pronto! Fala logo que tenho mais o que fazer. Ele chegou mais perto, e Rex rosnou. Ele parou imediatamente, e Minerva afagou a cabeça do cachorro. Rex tinha o olhar fixo no meliante. Vadiovino tirou um objeto do bolso e começou a balançá-lo, fazendo o vaivém de um pêndulo. -Olhe para esta corrente. Ela vai e vem. Você está ficando cansada. Quando eu contar até três... - Ah! Vadiovino, outras das suas bizarrices?!?! Vai arrumar um trabalho, homem-dedeus. Já disse que tenho mais o que fazer... % e saiu resmungando, sem perceber que Rex ficara estático em sua posição de ataque. Vadiovino deu de ombros e já se preparava para maquinar outro plano infalível quando percebeu o estado catatônico do cão. Olhou atentamente, fez sinal para o cachorro e nada dele se mover. Ousado, resolveu passar a mão na cabeça daquela estátua. Ficou impressionado por ter conseguido fazer afagos naquele brutamonte. Mandou-o deitar, ele deitou. Mandou-o rolar, ele rolou. Pronto, heureca! Teve a certeza de que poderia auferir grandes lucros com sua ideia. - Quando eu contar até três, você voltará

do transe e sairá da sala como se nada tivesse acontecido. Um, dois, três... Ele estalou os dedos, e o cachorro saiu em direção a sua dona. Esperou a noite chegar e foi para seu novo “trabalho”. Subiu no muro de uma mansão que parecia vazia. O cachorrão estava lá, olhando para Vadiovino. Parecia pedir-lhe que pulasse para poder fazer a festa. Vadiovino tirou o pêndulo do bolso e começou a sessão. Em poucos segundos, aquele cão estava no papo, e, ladinamente, Vadiovino rapinou o que pôde daquela casa, de outra, mais outra e tantas outras que encontrou. Assim procedeu por todas as noites dos dias que se sucederam. Acontece que, numa bela noite de lua cheia, o imponderável aconteceu. Vadiovino fizera tudo como das outras noites e, quando achou que estava seguro, pulou no quintal por onde entraria no imóvel. Para sua surpresa, foi perseguido pela fera. O cão acuou-o na lavanderia e prostrou-se na frente da única saída, ameaçando-o com sua bocarra. Olhou para trás e só viu uma janela basculante. Desesperou-se e começou a gritar como um louco. O cachorro não se abalava, apenas rosnava à espera da corrida do invasor para o bote final. Eis que, para alívio de Vadiovino, acionada pelo alarido, chegou a polícia para resgatá-lo. Cão imobilizado, bandido algemado e confissão de todos os outros crimes. Ainda gritava por respeito enquanto entrava na viatura. % Sou o hipnotizador de cães! Sou o hipnotizador de cães, seu guarda. É, Vadiovino, o hipnotizador de cães, fora pego por um cão de guarda velho e quase cego, mas com um faro ainda apurado. www.caleidoscopiodoser.blogspot.com Edwalds Marques - diwas@bol.com.br

Contra obras não há argumentos Mais uma obra para Piquete. A busca por obras que tragam melhorias para a cidade e sua população é incansável. É desse modo que pensamos e agimos. Não medimos esforços para alcançar nossos objetivos de proporcionar, cada vez mais, qualidade de vida aos munícipes piquetenses. Sendo assim, estivemos este mês, no DAEE, em Taubaté, fazendo a entrega da documentação solicitada para a assinatura de convênio para a construção de muro de arrimo que irá proteger as margens do Rio Piquete e do Ribeirão Benfica. Esta obra, com valor acima de dois milhões de reais, será de vital importância para a área central do município, pois irá proteger a Avenida Tancredo Neves, próximo ao Terminal Rodoviário, e a Rua General Waldemar Brito de Aquino, próximo à Escola Professor Leopoldo. Uma conquista do povo piquetense.

( Nas fotos, o Prefeito Otacílio, juntamente com o Secretário Joaquim, faz entrega de documentação no DAEE em Taubaté.)

Joaquim Alves Junior


JORNAL CIDADE PAISAGEM

Ed. no 305 - setembro 2011

Prefeito Otacílio esclarece sobre a viatura da Secretaria de Turismo

Através do Ofício nº 341/2011, datado de 26/08/2011, o Gabinete do Prefeito solicitou à Presidência da Câmara do Município de Piquete que lhe prestasse auxílio através do encaminhamento de ofícios para o Ministério do Turismo em Brasília, para fins de que, juntos, pudessem cobrar a verba que fora destinada ao Município por aquele Ministério, para aquisição de um veículo destinado a um centro de informações turísticas. O Sr. Presidente, no entanto, ao invés de trabalhar em prol do Município, uma vez mais, desviando-se da finalidade de seu mandato, aparentemente não tomou qualquer medida no

sentido de prontamente atender a solicitação, sobretudo, porque está absolutamente demonstrado que a dívida existente é única e exclusiva do próprio Ministério do Turismo que, não obstante, haver se empenhado e orçado o recurso destinado para aquisição do veículo, por questões internas daquele Ministério, ainda não providenciou sua respectiva liberação, fato que se repete em vários outros municípios do Brasil. Note-se que no próprio ofício encaminhado pelo Prefeito ao Presidente da Câmara, os fatos foram integralmente abordados demonstrando que o Município cumpriu totalmente as exigências do Ministério do Turismo. Curiosamente, o referido assunto foi abordado de maneira absolutamente deturpada e alterada em um periódico da região, que quis enfatizar de maneira equivocada que a dívida é unicamente do Município. Abaixo, segue o Ofício supracitado para que o assunto seja esclarecido. Otacílio Rodrigues da Silva

Ofício GAB nº 341/2011 Piquete, 26 de agosto de 2011. Assunto: CT – 0309.226-56/2009 – Ministério do Turismo (Centro de Informações Turísticas – convênio assinado em 29/12/2009, cujo prazo de vigência, depois de alterado, passa de 30/04/2011 para 30/04/2012. A autorização para o início de Obras/Serviços e/ou Aquisição de Equipamentos se deu no dia 02/07/2010. Excelentíssimo Senhor Ao saber, através da Secretária Municipal de Turismo de nossa cidade, Srta. Julice, que o Presidente da Câmara Municipal, Sr. Mário, pediu informações sobre o pagamento da van (Centro Móvel Itinerante de Informações Turísticas do Ministério do Turismo, pois tinha sido abordado sobre o pagamento da mesma pela firma interessada achei por bem esclarecer o seguinte: foi autorizado o convênio pela REDUR de São José dos Campos (Caixa Federal) e logicamente partindo da aprovação e liberação do Ministério do Turismo (Brasília), só então foi efetuado todos os trâmites legais da Lei para darmos início ao processo para aquisição do veículo e seus implementos. Agora o que está causando grande transtorno é que o Ministério do Turismo não libera o dinheiro do Convênio de Piquete e de muitos outros municípios. Desta forma, venho até esta Colenda Casa de Leis para que nos ajude, enviando requerimentos a Brasília, ao governo do PT para que libere a verba de Piquete. Sendo o que tinha para o momento, expresso meus agradecimentos pela luta em prol dos interesses do município. OTACÍLIO RODRIGUES DA SILVA- Prefeito Municipal Exmo. Sr. Mário Luiz Rodrigues Presidente da Câmara Municipal de Piquete - Nesta.

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Da Oca de Tibiriça à Oca de Pindobuçu Uma vila no litoral. Em uma ilha. Uma grande muralha: a serra. Um planalto, um campo. Um João – “preparai os caminhos”, sua mulher e sogro. Era o ano de 1552. Um jovem doente, tuberculose óssea, chegara havia pouco a Salvador. Vinha em busca de bons ares na tentativa de prolongar a vida. É o Irmão José. Seu Superior o convoca para uma missão. O noviço viaja de Salvador até a pequena ilha. Obedece. Tinha 19 anos. Deixa a vila de São Vicente, escala a serra do Mar e, no campo de Piratininga, funda um colégio – uma construção de pau-a-pique, levantada pelo chefe Tibiriçá, sogro de João Ramalho. Era o ano de 1554. Era o dia da Conversão de São Paulo. Com uma missa, nasce uma cidade, nascem os paulistas. A missa não foi celebrada pelo Irmão José. Ele só recebeu ordens presbiterais aos 32 anos de idade. Entre os filhos de Santo Inácio. Na Companhia de Jesus. Só então se tornou o Padre José de Anchieta. Os franceses avançavam no litoral. O Padre Manoel da Nóbrega e o Irmão José vão de São Vicente a Iperoig (Ubatuba) para tentar acalmar os índios revoltados contra os desmandos dos colonos portugueses. Armados pelos franceses, os indígenas iniciam as manobras de vingança. Os jesuítas são aprisionados. O Padre Nóbrega volta a São Vicente, e o Irmão José permanece como refém na oca do chefe Pindobuçu. Afirma-se que os índios foram à oca para conduzi-lo ao sacrifício. Encontraram-no rezando, suspenso no ar, distante do chão. Julgaram-no feiticeiro e desistiram de matá-lo. Após cinco meses, restabelecida a paz, o Irmão José volta a São Vicente. São estas reminiscências que serão acordadas na memória dos paulistas no percurso do itinerário histórico Passos dos Jesuítas, cujo primeiro trecho o governador Alkimin acaba de inaugurar no litoral paulista. Quando criança, eu me deslumbrava com a história de duas Vilas em uma ilha – São Vicente e Santos, de uma serra monumental, de um enorme campo com um colégio e, sobretudo de uma sequência de sons que intrigava meus ouvidos – Santo André da Borda do Campo. Agora, tudo isso vai ser recuperado com os paulistas colocando os pés sobre as pegadas dos jesuítas, principalmente sobre as do Irmão José. Mas não é só do passado que vive o paulista. A epopeia do Pré-sal e da Bacia de Santos nos acorda para a realidade atual. São Sebastião, um porto privilegiado; Santos, o maior porto do país; de Mongaguá para o sul, a riqueza das áreas preservadas; a barra do rio Ribeira – não ficaria bem um porto ecológico, destinado apenas ao turismo ambiental, que servisse de modelo a todo o pais? Quando ficamos sabendo que especialis-

tas brasileiros estão na China observando os grandes portos do gigante da Ásia, sentimos um frio na espinha: até onde vão crescer Santos e São Sebastião? Quais os projetos com relação às palafitas e às favelas que estão brotando nas encostas? Os caiçaras poderão viver em paz com sua cultura? Quais são as carências das aldeias indígenas? Até agora analisamos os problemas dos habitantes do litoral. E os paulistas da região metropolitana e os do interior? O primeiro estoque de projetos diz respeito ao escoamento de produtos principalmente no que diz respeito aos portos. E o caminho inverso - os produtos importados que deverão transpor a serra. É possível pensar em túneis exclusivos para contêineres; ou elevadores para diversos tipos de carga? O segundo estoque de projetos emerge quando os paulistas da oca de Tibiriçá querem visitar os parentes da oca de Pindobuçu. Na nossa região, o problema atinge fulcros de pertencimento: o litoral norte faz parte do nosso chão – Vale do Paraíba, Litoral Norte e Serra da Mantiqueira. No nosso vocabulário, “resort” soa como palavrão. “Resort” é, quase sinônimo de prais particulares. Ninguém é contra o progresso e o conforto. Mas todos somos contra a segregação. A praia é do povo. O litoral é de todos os paulistas, de todos os brasileiros e de todos os estrangeiros que respeitam nossas leis. Queremos ver o mar; queremos um caminho fácil para o litoral; queremos uma estrada nossa sem passar pelo estado do Rio de Janeiro; queremos galpões onde estacionar nossos ônibus e vans, com instalações simples em que possamos tomar banho, esquentar nossas farofas e as mamadeiras de nossas crianças; queremos condução fácil para chegar às praias. Senhores moradores do litoral: seremos sempre gratos pela acolhida. Amamos a natureza e prometemos não deixar lixo nos galpões e nas praias. Confiem em nós como o Padre Manoel da Nóbrega confiou em um noviço doente de 19 anos. O Irmão José, depois Padre José de Anchieta, durante 44 anos, plantou suas obras não só em São Paulo, mas também no Rio de Janeiro e no Espírito Santo. Esperamos que o itinerário Passos dos Jesuítas, reproduza com muita fé nos destinos de São Paulo e do Brasil, o cortejo dos funerais de Anchieta: os índios levaram nos ombros o caixão com seu corpo ao longo de oitenta quilômetros. De Reritiba (ES) à Vila do Espírito Santo (ES) foram três dias de viagem. Eram três mil pessoas de diversas etnias e classes sociais. Que seja sempre a procissão de fé no ser humano e no trabalho.

Abigayl Léa da Silva Notinha: O Governador Geraldo Alckmin informou ao Prefeito Otacílio que já autorizou a publicação do edital para a reforma da Rodovia Cristiano Alves da Rosa - Piquete-Cacheira -, o que deve acontecer em out ou nov. Vamos aguardar.


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Nova Unidade Básica de Saúde de Piquete atrai moradores de cidades vizinhas Desde a inauguração da UBS “Zé das Moças”, localizada próximo à matriz de São Miguel, em Piquete, podemos notar uma melhora significativa na qualidade do atendimento

ria das vezes, tem elogiado a unidade, trazendo assim uma imensa satisfação à administração publica municipal. “Ainda existem alguns pequenos

aos usuários do Sistema Único de Saúde de Piquete. Como é sabido por todos, anteriormente à abertura dessa unidade, os atendimentos ambulatoriais de especialidades médicas eram realizados no Prédio do Hospital, mais precisamente na sua parte posterior, onde os usuários não tinham sequer onde aguardar o momento de seu atendimento devido à falta de um espaço planejado para aquela necessidade. Hoje em dia, a nova UBS dispõe de uma sala de recepção onde os usuários podem aguardar o momento do atendimento com o mínimo de conforto que a população merece. Além disso, a localização é estratégica, pois existe ponto de ônibus bem próximo ao novo prédio. Segundo o Secretário de Saúde, Carlos Ávila, a população, na maio-

problemas a serem resolvidos, que na maioria das vezes se dão por problemas de adaptação ao novo ambiente”, disse o Secretario, que continua aberto a criticas e a elogios. Ainda, segundo Carlos, as criticas feitas a pessoas que podem tentar resolver ou amenizar o problema é de grande valia, pois assim ele pode identificar possíveis situações que podem ser adequadas. “Há alguns dias recebi uma critica a respeito de atraso médico, o que, prontamente, fui averiguar. Realmente, esse atraso ocorreu, porém o profissional, que exerce atividades em várias outras cidades da região, se prontificou a adequar sua agenda, e, como esse profissional é de minha extrema confiança, tenho certeza de que isso não ocorrerá mais vezes” frizou o Secretário. Outro ponto que chama a aten-

ção é a forte presença de usuários de outros municípios, que, devido ao pacto solidário existente entre as Secretarias Municipais de Saúde da região, são atendidos aqui com a mesma qualidade. Sobre isso o Secretario disse: “O pacto solidário é uma troca entre as Secretarias Municipais. Graças a Deus fizemos muitos colegas nesses 4 anos, à frente da Secretaria de Saúde. Assim, atendemos as necessidades dos nossos vizinhos de Roseira, Canas, Arapeí, Silveiras e São José do Barreiro, e eles nos atendem quando necessitamos. É com esse pensamento que conseguimos integrar todo o sistema de saúde.” Em vários casos, pacientes de outras cidades ficam surpresos com a estrutura de saúde de Piquete, pois todas as outras cidades praticamente possuem o mesmo porte e não contam com uma estrutura tão moderna como essa.

venho. Na primeira vez eu fui atendida, agora eu trouxe a minha filha. Um espetáculo o médico, o atendimento, as meninas que atendem, o lugar; maravilhoso, adorei!” A sala de oftalmologia pode ser considerada, segundo relatos de usuários, a maior surpresa de todos, pois, atualmente, conta com equipamentos só existentes para pacientes do SUS, em Hospitais de média complexidade, como o Universitário de Taubaté. Os equipamentos foram adquiridos no ano passado para completar a sala e atender ao pedido do Dr. André, que, hoje em dia, consegue diagnosticar glaucoma devido ao Tonômetro, que afere a pressão intraocular e também consegue atender mais rápido o paciente com o auxilio do autorrefrator, que afere imediatamente os desvios da visão de modo computadorizado. Para finalizar, o secretario falou:

A senhora Lenilda Severina de Lima (foto), de Roseira, veio em busca de oftalmologista para ela e para a filha, pois em Roseira, segundo ela, só existe pronto atendimento em PSF. A pedido dela, foi encaminhada para Piquete, bem como outras pessoas que vieram de transporte coletivo daquela cidade.Perguntado se estava satisfeita com o serviço em Piquete, assim se manifestou: “Muito. É a segunda vez que eu

“Sabemos que ainda temos um longo caminho pela frente, mas graças aos nossos amigos que trabalham na saúde de Piquete e, também, ao apoio incondicional dado pelo Prefeito Otacílio Rodrigues da Silva e de seu Chefe de Gabinete, Joaquim Alves Júnior, conseguimos alcançar uma melhora significativa da saúde de Piquete, e, com certeza, hoje temos um alicerce bem feito para buscarmos maiores objetivos”.


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