JULHO 2012

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JORNAL CIDADE PAISAGEM A SERVIÇO DE PIQUETE E REGIÃO

Ano XXI - nº 315- Piquete, julho de 2012 - Preço R$1,00 - Distribuição gratuita promocional

Veja nesta edição

Eleições Estive revendo editoriais antigos do JCP. O editorial abaixo foi escrito em julho 2008. Quatro anos se passaram e, salvo melhor juízo, o apelo invocado no mesmo continua atual. Votar ainda é um tiro no escuro. O poder, muito mais que o dinheiro, pois este é consequência daquele, é o maior corruptor da humanidade. Muitos candidatos, só conheceremos, de

verdade, depois de conquistarem o lugar de Prefeito ou Vereador. Já vimos isso e ficamos estupefatos com as consequências. Claro, existem as exceções e torcemos para que elas vençam. Portanto, caros leitores, me desculpem repetir o editorial de 2008. Ele está tão atual...

Eleições: o grande tema dos próximos três meses na tropicália brasileira. Vamos exercer o direito de nossa cidadania, que é o de designar prefeitos e vereadores para dirigirem as células mais importante do conglomerado nacional, as cidades brasileiras. Parece que a nação estaciona: cessam as contratações, trabalhadores são afastados, a justiça eleitoral fica sufocada com as novas exigências, acirramse os ânimos dos candidatos e cabos eleitorais, amigos tornam-se inimigos e, desordenadamente, a sociedade se mobiliza. Pede-se uma campanha “limpa”, sem ataques pessoais, sem ferir a família e aguarda-se esperançosamente que os dirigentes eleitos cumpram o que prometeram na campanha. É difícil acreditar em tudo isso. A impressão é a de que estamos distanciados desse processo em que se muda a forma, mas não se consegue chegar à essência da importância de uma eleição. A verdade prática do conceito de democracia (em que o povo impõe sua vontade) é uma das maiores mentiras, pois quem decide o que vai ser realizado são os dirigentes, de acordo com a cabeça de cada um e do que eles julgam como o mais correto. Desse pro-

cesso, que é o mais importante, o povo não participa. Isto porque ele está desorganizado e não tem força para impor sua vontade. O povo apenas elege. Não governa nada. E, normalmente, elege equivocadamente. A mídia não me deixa mentir. Cantar democracia pelos quatro cantos do país é bonito, faz parte da cidadania e deixa os governantes muito felizes. Tudo acontece do “jeitinho” que eles querem. Praticar democracia, ou seja, deixar vaidades e interesses pessoais à margem do processo ainda é alguma coisa que chega a tangenciar o conceito de utopia. Sabemos que para atingir um estado democrático razoável temos que amargar um longo e angustiante processo. Não obstante, podemos e devemos exigir que nossos candidatos, pelo menos, se atenham a discussões de idéias e não se percam em discutir falhas dos adversários. Isto significa crescer em cima dos erros de terceiros e não de suas próprias qualidades. Mesmo porque o erro é a imperfeição mais presente no ser humano. Portanto, discutir idéias é o mínimo que podemos fazer pela decência da democracia.

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Coluna da Sueli ................................................................................................... 02 Coluna da Dóliitor .............................................................................................. 03 Coluna do Edval ................................................................................................ 03 Coluna da Abigayl ............................................................................................... 05

Candidatos a Prefeito de Piquete

Xeroso

Teca

Hugo

Joaquim

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Neste mês de julho, comemoramos nosso primeiro aniversário. Agradecemos a todos os que contribuíram para o nosso sucesso.

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Ed. no 315 - julho 2012

JORNAL CIDADE PAISAGEM Foi dada a largada

Carros de som já circulam pelas ruas da cidade com musiquinhas que falam das qualidades dos candidatos ao pleito de outubro. Em seguida virão os panfletos por baixo das portas e nas calçadas, além dos muros pintados com nomes, números e alguns estampando os retratos dos que concorrerão à eleição. Tapinhas nas costas, sorrisos nos rostos antes carrancudos, apertos de mãos, tchauzinhos de dentro dos carros agora com vidros abaixados, onde antes sequer dirigiram à olhar. Tudo bem, pois cada um luta com as armas que tem. Afinal, é a festa da democracia muito sonhada pelos povos e nem sempre vivida por todos. É preciso, porém, que o povo não se iluda com esses detalhes na hora de votar. Procure saber antes o currículo, ou seja, a vida profissional, moral e familiar e quem vai merecer seu voto. Se gosta e tem feito algo pela cidade, mesmo estando fora da política, e se já foi político, aí sim poderá cobrar o que tenha feito por Piquete. Afinal, Piquete é uma cidade pequena e, com certeza, não será tão dificil esta visão. O problema é que ninguém terá na testa o que será e fará depois de eleito. Mas com base em certos dados, como: se tem ajudado nossas instituições carentes ou mesmo participado de eventos esportivos, sociais com sua presença ou se ateve apenas a reclamar e criticar, passando longe das soluções. Não se esqueçam de que de estilingue ele passará a vidraça e, portanto, terá que dizer a que veio. Também é muito importante se ao longo de sua vida adquiriu patrimônio considerável, mostrando ser bom administrador, se empregou o mesmo ou pelo menos parte dele em nossa cidade gerando empregos, melhorando dessa maneira as condições de vida dos piquetenses. Afinal, quem gosta realmente daqui vê nossa cidade como “foco principal” sem se importar com quem a está governando. Nem sempre o mais ilustrado será o melhor administrador, muito embora já tenha ido longe o tempo em que o conhecimento do candidato era dispensável. Estão disponíveis por aí e pela internet diversos cursos para capacitação de quem pretende ocupar um cargo político. Não poderão faltar, isto sim, a ética, a honestidade e a moral que deverão ser inerentes à sua pessoa e com esse conjunto de qualidades é possível ser avaliado em sua vida pessoal e profissional, principalmente se ele (a) aqui reside.

Empenho e vontade de trabalhar para melhoria da cidade, das condições essenciais da vida do piquetense, trazendo para cá o que está faltando sem grandes promessas que não poderá realizar nunca. Aqui, é evidente a situação de nossos jovens sem quaisquer perspectivas de um futuro melhor, sem cursos técnicos que os habilitem para o mercado de trabalho, faculdades gratuitas, fabriquetas etc ou mesmo integração com a Imbel que queiramos ou não, é a nossa única força de trabalho, e os jovens que lá conseguem emprego têm condições de constituir família e gozar de uma vida, senão das melhores, com certa segurança, com plano de saúde, cesta básica e também a possibilidade da compra ou moradia de um imóvel. Temos na cidade diversas empresas que aqui obtêm seus lucros, mas que nada ou quase nada devolvem em termos de melhoria para a cidade. Entre elas a Elektro, agora a Vivo no lugar da Telefônica, as demais de telefonia celular que sequer uma loja ou escritório para atendimento aos clientes tem aqui, o que geraria alguns empregos. A Unimed, que tem os empregados da Imbel e demais associados sem quase nenhum médico para atendê-los tendo os mesmos que se dirigir às cidades vizinhas. O Banco do Brasil, esperança de quem era cliente da Caixa Estadual comprada pelo mesmo, e que nos tem deixado sem dinheiro nos finais de semana e feriados nos caixas eletrônicos. É mole? Infelizmente, os que ocupam lugares de chefia de tais empresas aqui não residem, o que dificulta a resolução desses problemas. Nossos nobres edis, entre eles, o que agora ocupa o lugar do alcaide cassado, poderiam dar mais atenção a tais problemas. O candidato jamais deverá esquecer que o poder é efêmero, emana do povo e a ele pertence. Em Tempo: 1 - Nosso abraço à família que D.Isabel, falecida recentemente, soube tão bem criar e preservar. 2 - Senhores candidatos, vamos respeitar às regras impostas pelo STE para o horário dos carros de som circularem e a altura dos mesmos. 3 - O Senhor “Sabará” solicitou que informasse nesta coluna que o projeto Zico foi cancelado e que o Torneio Interestadual de futebol não se realizará em funçao da falta de apoio da atual administração municipal Suely Villar Torino

JORNAL CIDADE PAISAGEM

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Aciap em ação

Parabéns aos associados aniversariantes do mês de agosto 03 ................................................................................ Liomar Tavares Nsaif (Dowo Modas) 11 ..................................................... Beliza Rebeca Alves da S G Rabelo ( Rabelo Imóveis) 13 .................................................................... Piedade Guimarães Costa (Bazar Tend Tudo) 14 ..................................................... Sueli de Oliveira Paula (Restaurante e Pizzaria Kully) 15 .................................................... Alessandro dos Santos Goulart (Quitanda São Miguel) 16 ............................................. Claudinei de Barros Magalhães (Comercial da Construção) 19 .................................................................... Paulo Sérgio Costa (Paulinho da Imobiliária) 24 ...................................................................... Ronilza Aparecida da Silva (Algodão Doce)

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Ed. n 304 - agosto 2011

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Carta do Leitor

Senhor Editor Lembremos, Sr. Editor, a origem de nossa cidade – Piquete. A cidade representa um marco civilizatório. Ela reúne e agrega pessoas que se entendem com nível cultural evoluído para dar feição organizada, social, política, e econômica, através da produção de bens e de serviços. Estas pessoas entendidas como cidadãos plenos num espaço de convivência, regulamentado por leis, escolhas de governo próprio e articuladas às demais por um organismo a que chamamos Estado. Este, codificador de um sistema que o define entre os demais. A cidade é aspiração dos humanos interconectados por meios de comunicação real e virtual para participar do tecido administrativo mais amplo, ao qual se vincula. É um meio por excelência dinâmico. Deve ser partilhada entre habitantes que escolham livremente representantes incumbidos de fazê-la funcionar e atingir seus propósitos. Portanto, viver nela implica em ter compromisso: fixar-se nos principais objetivos construtores e mantenedores da vida e do bem comum. Entre eles, a educação, a saúde e os que a estes se conjugam para o bem geral. Ela tem marco de fundação, referências históricas e datas comemorativas para que os conteúdos memorialísticos sejam reforçados e, principalmente, reconhecidos pelo caráter identitário de que são portadores num mapa de significados. Sem deixar de levar em conta a luta pelo poder, o desejo incomensurável de poder. Foi o filósofo Bertrand Russel quem lembrou que Napoleão invejava Carlos Magno e este, invejava Júlio Cesar, que invejava Alexandre, o qual invejava Hércules, que, provavelmente, nunca existiu. Esta referência é usada por João Melão Neto, colunista do Estado, para discutir a Húbris, que na Grécia antiga representava a autoconfiança que acometia os heróis após a realização de seus feitos. Mas também lembrar-lhes, como mortais, o caráter perecível do qual são dotados, embora em seus postos acima do comum dos viventes. Sob o aspecto geral, o que vemos na evolução do tempo no nosso presente? Mostram-se fracassadas as repúblicas, as democracias e as ditaduras – o que colocar no lugar? Eça de Queiroz, teria, por isso, se justificado na condição de anarquista. Como sabemos, a anarquia se coloca contra os governos e a organização do Estado como de direito para legislar e cobrar impostos e serviços. Mas enfim, seria a educação a questão a ser enfrentada? Qual o tipo de educação requerem os novos tempos? Tempos em que, anarquicamente, e de maneira crucial, os abusos se sucedem ameaçando todos e a credibilidade nas coisas pú-

blicas. Esta, se arrasa pelas denúncias, julgamentos e justificativas que se anulam pelos caminhos dos interesses, enquanto o consumismo corre desenfreado. Veja, Sr. Editor, estamos agora até importando feijão preto da China, que afirmam, custa mais barato que o congênere nacional. Afinal, o feijão é alimento de todos, mesmo os de base mais rebaixada das pirâmides de consumo. Usando um lugar comum – será que Deus deixou de ser brasileiro para virar chinês? Na origem, o importante é notar que a cidade (denominada vila), emancipada, tinha na Câmara legislativa seu mais importante órgão decisório. No ato emancipatório, a própria escolha dos intendentes, com funções executivas, depois prefeitos, era da própria Câmara – o que sofria distorções devido aos conluios de classes, pois só votavam os que eram alfabetizados, e poucos o eram. E os alfabetizados – é claro – eram os proprietários, antigos senhores de escravos, e capitalistas, financiadores das obras, que não raro mantinham intocados seus títulos nobiliárquicos, com seus afilhados, agregados, compadres e sequazes de muitos interesses, explícitos ou não. Mas, enfim, dentre esses, alguns se preocupavam muito com a limpeza, o alinhamento das casas, das vias públicas e a proibição de animais soltos pelas ruas. Multava-se. Os cobrados reclamavam das multas. Preocupavam-se também com o desperdício da água, com a higiene e as doenças, o funcionamento dos cemitérios, os transportes carroçáveis ou movidos a vapor – o trem-de-ferro. Fizeram nascer nossas escolas, cujos professores passavam por rigorosos concursos estaduais. Mas, nos faltavam recursos materiais. Instalavam-se escolas apesar da falta de papel, pena e móveis. As câmaras procuravam ser organismos vivos até que a ditadura Vargas alterou a ordem legislativa. Os direitos foram restringidos. (19371945). Retomado o processo democrático republicano, esses direitos voltaram a ser apreciados. Muitas atas se perderam. Nossa cidade requer planejamento em todas as áreas e um corpo de leis atuante para fazê-lo funcionar. E do que o povo gosta? Difícil imaginar que as campanhas eleitorais não contemplem festas populares, e que é o item mais preferido. Mas a festa é efêmera. E os bens permanentes? Nada recebemos gratuitamente, nem agora, nem nunca em nossa história. Tudo foi e é pago na forma de impostos que os governos recebem para aplicá-los para com a própria população pagante. Todos pagam. O governo não nos dá dinheiro nem bens. Nós é que conquistamos o direito de tê-los, mesmo se somente consumimos o mínimo. Dóli de Castro Ferreira

José Américo v eículos , a g ar antia gar de ótimos ne gócios!

O último dos cururus. Nasci no rio. Os tubos gelificados expelidos por minha mãe misturaram-se ao aguapezal do local e logo os ovos eclodiram em milhares de girinos. No meio daquela negritude toda fiquei aparvalhado, procurei esconderme para evitar os insaciáveis predadores. Após três meses de correria, a metamorfose. A fase de adulto começava. A vida aquática ficava na lembrança. Aquele rio de águas límpidas, caudalosas e piscosas iria servir somente para posteriores reproduções. Na debandada para a terra, meus irmãozinhos espalharam-se por aí. Alguns permaneceram na cidade, perplexos pela luminosidade; outros partiram para as lavouras, atraídos pelas pragas. Nenhum deles teve sorte. O progresso devorou-os. Tornei-me um adulto vistoso, abrutalhado, de pele verrucosa, de um colorido amarelo com tons verdes e abdome amarelo claro com manchas pardas. Peçonhento só no jeitão. Não precisei ir longe. Alí pertinho encontrei o lugar dos meus sonhos. Sendo insetívoro, um belo jardim cuidado, engradado, com muitos coleópteros e artrópodes beijando as flores. Entoquei-me sob a guarita de um cachorro. Local adequado para os notívagos. Numa madrugada qualquer, quando dava umas voltinhas apetitosas pelo jardim, o cão saiu correndo e latindo de sua casinha, foi até a grade. Latiu, latiu, latiu. Outros responderam. Fiquei admirado com a brabeza dele, sem contudo saber o que estava acontecendo. Aí virou-se para o meu lado e veio farejar-me. Farejou-me e repetiu o farejo. Para defender-

me inflei e quase estourei de medo. Calmamente, balançando o rabo, recolheu-se. Acho que tínhamos ficado amigos. Foi a única vez que o vi. Durante o dia ele fica por ali e eu entocado; à noite, vice-versa. Numa linda noite de luar, estava eu no jardim caçando. Os bichinhos voavam e revoavam em volta das luzes, como magnetizados. Cansavam e caíam - aí faziam meu prato predileto. Eram muriçocas, grilos, mariposas, besouros, que enchiam minha gula de prazer. Mal sabiam que eu estava cumprindo minha parte no equilíbrio do ecossistema. Numa outra noite, friorenta e chuvosa, ouvi distante um coaxo chamativo. Uma sapa coaxava amorosa. Fiquei apreensivo, estático. Deixar a delicia do jardim era quase impossível e não atender ao pedido de procriação era um vexame. Então, fui atrás do meu coração. Pulando, às vezes marchando ou engatinhando, corri para o meu destino. Traspassei a grade e me vi na rua. O clarão das lâmpadas dos postes refletia no asfalto molhado. Eu, angustiado pulava - pulava com sofreguidão. De repente, uma luz intensa e veloz misturou-se ao coaxar já próximo, e ... A globalização atropelou o insignificante sapo-cururu. A culpa é do sistema. Desse sistema torpe e poluído que está sem freio há um tempão. Sob os postes enfeitados por lâmpadas incandescentes não há mais sapos catando besouros. Doravante, vamos engolir besouros. Edival da Silva Castro


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Espaço contratado pela coligação Sou + Piquete (PSC-PRTB-PSB-PTN-PRP-PP-PTB-DEM-PDT) - CNPJ 16.373.588/0001-69 - Preço R$500,00 - continua pag 05

PREFEITO JOAQUIM Ademilson PP 11.777

VICE - ADRIANA DA PROMOÇÃO SOCIAL

VOTE 14

PTB

Carminha do Bairro S. José - PP 11.222

Janaína do Postinho PP 11.000

Graça do Marton PP 11.111

Quintino PP 11.720

Junhô do Hospital PP 11.333

Dirceu da Marron PTB 14.321

Dú PTB 14.567

Heloizio dos Marins PTB 14.100

Leninha PTB 14.000

Mir Som PTB 14.007

Omar do Escolar PTB 14.333

Paulo Batista PTB 14.222

Professora Ronilza PTB 14.123

Ana Cristina PTB 14.555

Carlos da Saúde DEM 25.199

Magal PTN 19.333

Nei Bodinho PTN 19.444

Bino PTN 19.555

Elaine PSL 17.777

Josy Costa PSL 17.222

Nando PSL 17.444


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Sonho Morto

Mazola PSL 17.555

Boy PSL 17.123

Pedro Enfermeiro PRP 44.333

Terezinha PRP 44.222

Meire do Hospital PRP 44.444

Lei do Cavaco PRTB 28.228

Gegê PRTB 28.666

Gilson da Escola PRTB 28.888

Temos assistido consternados a massacres de populações civis quando se instala a desconfiança contra o Governo de um país. Foi o que vimos recentemente na Tunísia, na Líbia e no Egito. Por outro lado, quando o defenestramento do Governante se dá com a Varney da Pipoca tranquilidade e curiosa rapidez, paira PSL 17.667 a impressão do rito sumário e a inquietação sobre a legalidade e a legitimidade dos procedimentos. Atente-se para o “impeachment” do Presidente do Paraguai. As Forças Armadas de um país são povo e pagas pelo povo. Um Governo jamais poderá usá-las contra o povo. Da mesma forma, nenhuma fração do povo tem o direito de armar-se e Claudinha do Fundo atacar um Governo legal e legitimaSocial - PRP 44.555 mente constituído. Identificada a desconfiança, observadores da ONU – Organização das Nações Unidas – dividiria entre o Poder Legislativo e o Poder Judiciário do país a competência para julgar o Governante. Tudo nos termos da Constituição Vigente. E acompanhariam todo o processo. Declarado o “impeachment”, a Lourdes do Baiano ONU garantiria a integridade da pessoa do Governante, de seus familiares PRTB 28.123 e dos bens considerados lícitos. A substituição será feita na forma da Lei. Da mesma maneira, o Governante considerado inocente permanecerá no poder com todas as garantias. Se houver necessidade de mudança no arcabouço legal para facilitar a resolução de futuros problemas, os observadores serão convidados a permanecer para evitar os casuísmos e Pintado PSB 40.333

Lei Enfermeiro PDT 28.228

O Jornal Cidade Paisagem informa que está à disposição de qualquer candidato que tenha interesse em veicular sua propaganda política neste periódico.

Luiz Cesar Arantes do Jornal - PDT 12.620

aventureirismos. Se, por infelicidade, a afoiteza instalar a luta armada no país, o papel dos observadores será, em primeiro lugar, proteger a população civil. Identificadas as áreas ocupadas por revolucionários armados, a população será evacuada e protegida por instituições internacionais como a Cruz Vermelha e os Médicos sem Fronteira. Não serão permitidos bombardeios nas áreas restritas. Enquanto estiver sendo julgado o Governante, ficará em suspenso a prerrogativa de Comandante das Forças Armadas, as quais permanecerão nos quartéis. O Comandante das Forças Revolucionárias será informado de que, em caso de ataque ao Governo ou à população civil, responderá diante do Tribunal Penal Internacional e seus comandados, diante da Justiça do País. Qualquer país que envie armas ou soldados para conflitos internos deverá receber uma Carta de Repúdio da ONU. A ONU não pode permanecer inerte diante de fatos como os que ocorrem na Síria. Nós todos somos responsáveis pelo sangue das crianças e pela interrupção dos sonhos dos jovens que se aplicavam no estudo e no trabalho para construir uma Pátria maior. O mundo deve criar leis cuidadosas que inviabilizem a volúpia pelo poder. Quem mata o sonho fecha uma estrada. Quem mata o sonhador abre um ferida incurável na pele da humanidade. Abigayl Léa da Silva

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