Card Player Digital 67: KSOP Online

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POKER

ESPORTE E ESTILO DE VIDA

O CHECK-RAISE E O SLOW PLAY HÁ 12 ANOS

O PENSAMENTO EMOCIONAL NO POKER

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SUMÁRIO VICENZO CAMILOTTI

LOSS E 14 STOP POKER SOBRENATURAL Um dos primeiros jogadores de SNG do Brasil fala sobre o pensamento emocional no poker, um aspecto ainda mais importante na atualidade.

SCOTT CLEMENTS

COMBATE MANO A MANO

20 COM SCOTT CLEMENTS

Relembre as tendências do poker online de 2008 com um dos maiores vencedores da época: Scott “BigRiskky” Clements

CHRISTIAN KRUEL

ESPECIAIS 40. KSOP ONLINE KSOP realizará etapa online no partypoker com premiação garantida de US$ 385

E MAIS 54. CADERNO PPPOKER Fique por dentro de todas as novidades do PPPoker

68. CARDPEDIA

26 ADO“PEDALADA” POKER

Feras do Online

CK fala sobre um jogada muito pouco usada em 2008 e outra muita usada: o check-raise e o slow play.

GABRIEL ALMEIDA

32 OQUEFENÔMENO VEM DE MINAS Relembra a entrevista de uma das grandes revelações do poker nacional em 2008, que hoje se dedica ao Spin and Go: Gabriel “Kafelnikovz” Almeida.

O JOGO DO PRÍNCIPE

62 THE BOOK IS ON THE TABLE Estratégias de Maquiavel aplicadas ao poker.

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Stop Loss e Poker Sobrenatural por Vicenzo Camilotti

Os livros técnicos dizem que é preciso pensar sempre de forma racional. Praticamente nenhum deles menciona (ou acredita) que pensar de maneira emocional ou mesmo “mística” possa acontecer. Afinal, a função do material didático é instruir a sua técnica na teoria e na prática. Não se discute que “pensar emocionalmente” seja um veneno para os seus resultados no poker – o problema é que somos essencialmente “animais emocionais”. Temos a razão, mas somos emotivos. E mais: somos supersticiosos. Se for feita uma pesquisa séria, talvez não haja uma pessoa sequer que deixe de apresentar algum tipo de “superstição” (eu incluso). Apenas para efeito didático, chamo de “superstição” aquilo que tem “explicação sobrenatural”, que não controlamos através da razão. Já que somos supersticiosos e emocionais, quais dos dois sentimentos seriam menos prejudiciais no poker?

Acreditar em sinais, premonições, onda de sorte ou azar, energia cósmica ou destino, pode facilmente distorcer sua percepção da realidade e induzi-lo a cometer uma série de erros na mesa que não ocorreriam se você parasse de dar atenção a fatos que não pode dominar. Mas isso pode ser controlado positivamente… Se você acredita que depois de um determinado tempo perdendo, a tendência é perder mais ainda, pratique o stop loss. Em outras palavras: determine previamente o quanto você pode perder no dia, e PARE caso chegue a esse valor. Haja racionalmente sobre essa superstição e pratique o método correto de saber a hora certa de parar. Quando se está perdendo, tudo conspira para que você perca mais ainda, pois sentimentos destrutivos no poker, como medo, ânsia, raiva, pessimismo, vergonha, rancor ou culpa, afloram rapidamente sem que nós percebamos.

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Conhecer suas próprias limitações é o primeiro passo para a melhoria; mas aceitá-las é útil para o tempo presente. Eu aceito o fato de que aspectos emocionais irão sempre influenciar nas minhas decisões, e que pensar com emoção quando se joga poker é bem ruim. Faço de tudo para mitigar esse efeito destrutivo, mas desaparecer ele nunca irá. Obviamente, ninguém gosta de perder, e o quanto essa derrota momentânea vai influenciar negativamente suas jogadas varia de jogador para jogador. Alguns acabam pensando o quanto são injustiçados (como se a função do poker fosse fazer justiça no mundo), outros se enfurecem, ficam desanimados ou pessimistas demais, ou ainda com muita vontade de recuperar a quantidade perdida, como se hoje fosse o último dia de suas vidas para se jogar poker. Até mesmo Alan Schoonmaker (autor do aclamado “Psicologia do Poker”), maior autoridade em livros que tratam da importância dos fatores emocionais e sua influência no desempenho no poker, e colunista da Card Player, menciona explicitamente na página 168 de seu livro “Seu Maior Inimigo no Poker” (“Your Worst Poker Enemy”), que acreditar em maré de sorte ou de azar é uma insanidade. Friamente pensando, concordo 100% que o embaralhamento das cartas que recebemos seja randômico. Mas não é assim que penso no meu íntimo. Para quê camuflar minhas crenças? Vivemos numa

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sociedade em que quase todo mundo acredita em diversos níveis de sobrenatural. Um simples exemplo disso é a crença na existência de Deus, cuja idéia povoa praticamente todas as religiões e habita a mente de mais de 90% dos seres humanos. Não acho nem um pouco razoável deixar de levar isso em consideração quando se pensa no reflexo sobre o poker. Nossas crenças, conscientemente ou não, influenciam SIM o decorrer de uma sessão de poker. Considero esse aspecto humano da crença no sobrenatural bem positivo, pois gera benefícios ao nosso caráter e nossas ações, desenvolvendo aspectos como a generosidade, a capacidade de reflexão, o auto-conhecimento etc. Por que não aceitá-los e convertê-los ao poker? Stop loss para mim é a técnica perfeita, pois une a “superstição” com o valor “racionalmente estabelecido” para servir de limite de perda do dia/sessão. E “pensar emocionalmente”, o que seria? Definiria como “pensar sem frieza”. Pois bem, em minha opinião, isso gera MUITO mais desvantagens em comparação com a superstição. Assim como xadrez, blackjack, damas, dominó ou gamão, o melhor é raciocinar da forma mais desprovida possível de emoções, por um motivo puramente físico: somos animais. Assim, quando sentimos medo, nosso coração dispara e o sangue migra do cérebro para as extremidades do corpo. Em


Conhecer suas próprias limitações é o primeiro passo para a melhoria; mas aceitá-las é útil para o tempo presente.

tempos remotos, só tínhamos duas opções diante do perigo: fugir ou atacar. Durante nossa evolução enquanto espécie muitos aspectos se modificaram, mas nesse ponto continuamos iguais aos primeiros seres humanos. Mesmo que você não acredite em instintos, o resultado físico do enfrentamento do perigo é comprovado pela ciência moderna. A mera ameaça de disputar um grande pote pode desencadear em você a mesma reação orgânica dos homens primitivos, justo na hora em que é preciso colocar toda sua capacidade de raciocínio em prática. Como essa reação física pode ser boa, se o sangue está saindo do cérebro? Poker é uma batalha essencialmente intelectual, e o “intelecto” está literalmente grudado ao corpo físico, já que seu bom funcionamento DEPENDE da circulação sangüínea.

A frieza DEVE ser exercitada na “hora H”. Quando você está nos momentos decisivos de uma mão importante, aproveite para treinar o intelecto e permanecer o mais FRIO possível. Acredito que a melhor forma de se treinar o controle das reações diante do “perigo” é enxergando a situação como um momento positivo, uma chance ao crescimento mental e espiritual. É o instante em que precisamos ter a coragem de um lutador treinado, desenvolvida através do exercício da auto-confiança e da aplicação prática dos ensinamentos adquiridos mediante dedicação e estudo. Não tenha vergonha de acreditar em superstições ou de reagir com emoção – é da nossa natureza. Isso não o impede de vencer no poker. Full houses sobrenaturais – e sem stop loss – para todos.

Artigo publicado na edição número 6 (Jan/2008) da Card Player Brasil.

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combate mano a mano com scott clements por Craig Trapscott

Evento: $2.500 FullTilt Poker FTOPS No-Limit Hold’em Event Jogadores: 698 Primeiro Lugar: $418.038 Stacks: BigRiskky - 14.555 Vilão - 8.275 Blinds: 30-60

Vilão aumenta para 180 do cutoff. BigRiskky tem A♥4♥ no button. Craig Tapscott: Ainda está no começo desse grande evento online. Você está pensando em se envolver com uma mão problemática como ás-lixo? Scott “BigRiskky” Clements: Eu sei que ainda restam muitos competidores, e ele provavelmente não entraria na mão contra mim, fora de posição. Eu decido voltar um pequeno reraise.

BigRiskky volta um reraise de 425. O Vilão paga. CT: Você não pode ter gostado desse pagamento. SC: Ele deu um call rápido, o que me leva a crer que tem uma mão e não estava apenas aumentando para ganhar posição. Além disso, tenho certeza de que ele sabe que aqui eu posso dar reraise com quaisquer duas cartas. Flop: Q♣ J♠ 9♦ (pote de 940) Vilão pede mesa. BigRiskky aposta 755. Vilão paga. CT: Ele pagou sua aposta seguinte. Mais uma vez, as coisas não parecem boas até aqui.

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SC: Bem, ele poderia pagar com muitas mãos. Mas eu acho que ele tem algo como K-Q, KJ, A-Q, ou possivelmente um 10 com um par, como J-10 ou 10-9 do mesmo naipe. Ele pagou a aposta do flop rapidamente, mais uma vez indicando ter uma mão. Turn: K♥ (pote de 2.450) CT: Eu não vejo como você pode continuar com essa mão. É um bordo perigoso. SC: Perigoso para mim e muito mais para ele. Eu decido fingir o 10, e continuar meu blefe. Aposto alto, e ele paga imediatamente. Vilão pede mesa, BigRiskky aposta 1.825 e Vilão paga. CT: Estou confuso. Você tinha alguma espécie de leitura sobre esse joga-

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dor para continuar atirando assim? SC: No começo eu pretendia desistir da mão, mas depois me perguntei por que ele pagaria tão rápido com um 10. Será que ele não iria querer induzir mais ação? Na minha cabeça, seu insta-call buscava parar a ação. Fazer calls difíceis com bordos perigosos não é fácil, e requer reflexão. Um pagamento rápido supostamente indica força, e muitas vezes afugentam um possível blefe ou uma aposta pelo valor. River: 8♣ Vilão pede mesa. CT: Como você pode atirar pela terceira vez aqui? SC: Bem, no river, eu avaliei por um período e vi que levei 80% da pilha de fichas dele. Achei que ir de all-in seria provavelmente visto como um blefe, e


ele pensaria que eu estava mostrando fraqueza antes. BigRiskky aposta 4.225. CT: Por que arriscar tanto seu estoque, tão cedo, em um torneio grande? SC: Eu jogo com base na leitura que faço muito mais do que a maioria dos jogadores online. Realmente acreditei que ele não tinha um 10, e que desistiria com a minha aposta no river. Obviamente, a cada nove em dez vezes

eu irei simplesmente descartar A-4 pré-flop. Mas eu queria dar o tom para mostrar que ele não podia aumentar do cut-off toda vez que a mesa rodasse em fold, o que anularia meu button, e muitas jogadas de posição, contra os competidores mais fracos. O Vilão desiste. BigRiskky ganha o pote de 6.100.

Artigo publicado na edição número 6 (Jan/2008) da Card Player Brasil.

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A “Pedalada” do Poker Diferenças entre slowplaying e check-raise por Christian Kruel

Outro dia flagrei-me estudando nosso jogo predileto – coisa que, aliás, não faço há muito tempo – e estava no fórum do Clube do Poker quando encontrei uma discussão interessante sobre slowplaying! Achei curioso, até porque uma característica marcante do meu jogo e da minha agressividade é o slowplaying com check-raise, além do check-raise como blefe ou semi-blefe. Considero essa jogada fortíssima e, acreditem, não tenho visto muita gente tirar proveito desse fundamento.

A propósito, eu e Raul há anos costumávamos chamar o check-raise de “pedalada” (graças ao Robinho) e, nas viagens, sempre falava para o Raul: “Cara, eu sou sempre o único, ou que mais pedala na minha mesa...”. Ironias à parte, “Depois dizem que os jogadores de Hold´em não praticam esporte, e a gente pedalando o dia inteiro...” hehe Mas, falando sério, vamos analisar aqui o lado técnico-teórico do slowplaying, ou “pedalada”. O check-raise é uma joga-

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da na qual se disfarça uma mão para dar raise na mesma rodada de apostas. Logicamente, é preciso estar fora de posição para aplicá-la, pois você dá check, espera a aposta, e volta um raise! Qual a intenção? Slowplaying – Com o check, você tentou mostrar fraqueza esperando uma bet, para assim aumentar o pote e extrair o máximo possível de fichas, já que está se sentindo confortável o suficiente para fazer isso com sua mão. Semi-blefe ou Blefe Total – quando usamos o check-raise para simular força e, assim, possivelmente, ganharmos uma free-card ou decidirmos o pote ali mesmo, caso sua leitura esteja correta. Slowplaying vs. Check–Raise Slowplaying não é a mesma coisa que check-raising. O primeiro consiste em disfarçar uma mão num round de apostas,

em detrimento de apostar forte no próximo round. Um slowplaying típico é dar check caso não haja apostas, ou apenas call em vez de raise. Em outras palavras, você não dá ação àquela mão além do necessário para continuar no pote, e não demonstra a força da mesma com suas atitudes. Ao executar um check-raise, o que teoricamante (lembrem-se de usar a criatividade, pois o Hold´em de hoje não se limita às teorias do Sklansky) se quer é diminuir o número de oponentes, encerrando o pote como está. Também pode ser um slowplay que, com seu check, induziu o adversário a dar bet – algo que ele não faria, nem pagaria, caso você apostasse. Quando se executa o slowplay, busca-se manter o máximo possível de jogadores no pote, esperando atrair o máximo de apostas. Obviamente, levando em conta que você não está preocupado em ter muitos oponentes no pote ou em lhes permitir ver cartas gratuitas, é necessário ter uma mão extremamente forte – muito mais do que as que se usa o check-raise.

Artigo publicado na edição número 7 (Fev/2008) da Card Player Brasil.

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o fenômeno que vem de minas Relembra a entrevista de uma das grandes revelações do poker nacional em 2008, que hoje se dedica ao Spin and Go: Gabriel “Kafelnikovz” Almeida. por Amúlio Murta

A nova revelação do poker brasileiro vem das montanhas das Minas Gerais. Gabriel Almeida já possui em seu currículo um histórico que fez tremer as estruturas do poker nacional. Jogando há menos de 1 ano, já chegou a diversas mesas finais e faturou, só nos últimos três meses, dois dos maiores torneios realizados no país: a 1ª etapa do BSOP, em São Paulo, e o Federal Poker Weekend 100K, em Brasília. Não bastasse a participação em diversas outras mesas finais grandes em eventos live, o mineiro possui ainda expressivos resultados online – tudo isso em menos de um ano.

Com um desempenho tão significativo, Gabriel, de apenas 19 anos, vem sendo chamado de “fenômeno” pela comunidade do poker. Jogadores consagrados já o consideram uma das maiores promessas do Texas Hold’em nacional. E a CardPlayer Brasil conversou com esse jovem talento. Amúlio Murta: Como era sua vida antes do Poker, Gabriel? É verdade que você tinha um grande futuro como tenista? Gabriel Almeida: Isso mesmo, Murta. Eu joguei tênis a minha vida inteira. Vem daí o meu nick “kafelni-

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kovz”. Quando completei 18 anos estava quase me profissionalizando, mas decidi parar, e foi aí que eu descobri o Hold’em. Como a maioria dos jogadores do país, conheci o grande jogo através da ESPN. Comecei a assistir ao WSOP e foi paixão à primeira vista. Logo depois entrei na Internet e busquei maiores informações. Foi quando descobri os sites para jogar. Comecei com os freerolls do PokerStars. Para mim, poder ganhar algum dinheiro com isso era um sonho. Alguns resultados começaram a aparecer e, vez por outra, via um dinheirinho aqui, outro ali. Então comecei a estudar e me dedicar com mais atenção ao esporte, e acabou dando certo. AM: E jogando ao vivo? Como foi o seu começo no feltro? GA: Eu não tinha bankroll para jogar. Nesse período eu trabalhava e ganhava mais ou menos R$200,00. Na época, descobri um circuito em BH que se chamava CSOP. O buy-in era de R$50,00. Então eu recebia os duzentos reais e já separava os R$50,00

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do CSOP, que eu fazia questão de jogar. Depois descobri os torneios da Federação Mineira e passei a disputá-los também. AM: E como foi que surgiram os primeiros resultados? GA: Bem, no CSOP, já na primeira vez que joguei, fiquei em 7º. Aí, peguei mais algumas mesas finais. Na primeira vez que eu disputei uma etapa do Campeonato Mineiro, organizado pela Federação Mineira de Texas Hold’em (FMTH), eu ganhei, e na seqüência já engatei a etapa mineira do BSOP. AM: Logo em seguida, pela primeira vez, você jogou essa etapa do BSOP. Como foi o torneio? GA: O bacana foi que eu ganhei a etapa do Mineiro no sábado, e no outro final de semana seria realizada a etapa do BSOP em Belo Horizonte. Engatei um satélite para tentar a vaga porque eu não tinha bankroll para jogar o torneio. O satélite foi realizado na segunda-feira. Ganhei e levei a vaga.


Acabei jogando o BSOP no outro fim de semana e consegui o 5º lugar, o que me deixou muito feliz. AM: Ainda falando sobre o BSOP. Trata-se de um torneio com o qual você tem uma forte identificação. Na primeira vez em que o disputou, conseguiu fazer uma mesa final; na segunda, o Heads-up, que acabou batendo na trave. Agora, finalmente, veio a redenção com a conquista da 1ª etapa em São Paulo. GA: Aí, sim! O BSOP é um torneio que eu gosto muito. Tem uma estrutura com blinds aumentando a cada 45 minutos, além de a gente começar com 10K em fichas. Isso privilegia a habilidade, você tem mais tempo para falar e trabalhar o seu jogo. Eu gosto muito desse tipo de torneio. AM: Você é um jogador muito novo, que vem conquistando resultados expressivos. Naturalmente, essas conquistas trazem muitas cobranças e rótulos. Você se incomoda em ser

chamado de “fenômeno”, ou não sente o peso desse tipo de colocação? Como você encara toda essa agitação em torno do seu nome? GA: Eu já assimilei bem isso. Não tenho receio com relação a esse tipo de colocação. Na verdade, eu acho até gostoso o que está acontecendo. Curto as pessoas virem falar comigo, me dar os parabéns pelos resultados. Além do que, tem muita gente me procurando pedindo conselhos, me mandando mãos para serem analisadas. Com relação pressão. Meu jogo é bem agressivo e, no Poker, em minha opinião, é importante saber lidar com essas coisas. É preciso ser frio. Então, isso ajuda nesse aspecto. AM: O Texas Hold’em é um esporte que ainda enfrenta certo preconceito no país, e o caminho de quem abraça essa carreira, principalmente no início, é sempre complicado. Você, que é muito jovem, deve ter tido problemas em casa. Como seus pais reagiram quando souberam que você estava

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jogando poker? E agora, como eles estão vendo essa sua decisão? GA: No começo, ninguém gostava (risos). Quando eu cheguei em casa e falei com meu pai: “Tô jogando poker”, eles ficaram loucos, acharam que eu ia perder a casa etc. Mas então comecei a explicar o jogo e, quando os resultados começaram a aparecer, eles passaram a entender. Atualmente a situação está muito tranqüila, meus pais têm me apoiado. Agora meu pai chega me perguntando: “E aí, filhão, quanto você forrou hoje?” (risos). AM: Você começou jogando online e depois migrou para o live, e tem se dado bem nas duas modalidades. Quais as diferenças entre o seu jogo ao vivo e online? Qual você prefere, e por quê? GA: Eu gosto muito das duas. Considero o online um pouco mais duro, muito embora tenha obtido meus melhores resultados no live. Mas me identifico mais com o online, tanto pela comodidade quanto pelo valor da premiação. AM: Do meio do ano passado para

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cá viemos observando seu jogo e percebemos uma grande evolução. Você tem apresentado uma leitura mais apurada da mesa e de seus adversários. Em uma conversa anterior, você me disse que estava praticando até 8 horas por dia. O que você considera que ainda precisa aprimorar no seu jogo? GA: Meu jogo tem evoluído muito, Murta. Desde o começo eu vejo uma grande melhora e os resultados estão comprovando isso. Mesmo estando no estágio em que eu cheguei, tenho muita coisa a melhorar. Como te falei, sou bem realista e não crio falsas ilusões. Meu sonho é chegar entre os “tops” mundiais, mas acho que o caminho para a concretização é longo e muito árduo. Por isso, sei que tenho muita coisa para aprender ainda. AM: Você tem uma relação muito próxima com o Osvaldo Naves, presidente da FMTH. Conte um pouco sobre como nasceu essa amizade. GA: Fiquei conhecendo o Osvaldinho nos torneios da Federação. Comecei a freqüentar a sede da FMTH e a jogar algumas mesas lá. Ele sempre foi


um cara muito bacana, gente finíssima. Sempre me ajudou bastante, me dando muitos toques e dicas quando eu ainda não sabia nada. A amizade nasceu assim. AM: Belo Horizonte é uma cidade onde o Texas Hold’em tem se solidificado, mostrando um crescimento considerável. Como você vê o panorama mineiro? Existe algum jogador da nova geração que tem chamado sua atenção? GA: Aqui em BH, que é onde eu mais jogo, vejo um enorme crescimento do esporte. Vejo também uma evolução no nível dos competidores. O pessoal tem jogado muito duro e existem diversos nomes que eu poderia citar aqui. Mas, se há um nome que eu acho que vai se destacar e vai ficar conhecido em breve é o Caio Pimenta. Ele já tem muitos resultados, mas ainda não é conhecido. Porém, tenho certeza de que isso é só questão de tempo, porque o “moleque” tem futuro! AM: Infelizmente, ainda teremos que esperar um tempo para ver sua estréia no WSOP. Assim, quais são os seus projetos para o futuro? Já passa

pela sua cabeça disputar algum evento internacional? GA: Tenho sim planos de estrear no circuito internacional ainda em 2008. Pretendo disputar uma ou duas etapas do EPT. O WSOP é um sonho, e está nos planos. Mas, por enquanto, vamos ter que esperar dois anos. AM: Gabriel, para encerrar, vamos fazer um bate-bola rápido para que os leitores da Card Player Brasil possam conhecê-lo melhor. Uma comida: sanduíche Uma bebida: milk shake... (risos) Uma mulher: minha mãe Um lugar: Cabo Frio Um hobby: tênis Um jogador: Brasa Um sonho: Las Vegas Uma mão: 7-6 naipadinho... (risos) Texas Hold’em: esporte AM: Valeu, Gabriel, foi um prazer conversar com você. GA: Obrigado, Murta, o prazer foi meu!

Artigo publicado na edição número 8 (Mar/2008) da Card Player Brasil.

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ksop online Premiação garantida será de US$ 385 mil por Marcelo Souza

Como todos os eventos de poker no mundo, o KSOP também foi afetado pela crise da COVID-19. Para não deixar a comunidade sem a série, a King Eventos, detentora da marca, firmou parceria com um dos principais sites de poker online do mundo para a realização de uma etapa online. Entre os dias 01 e 05 de maio, o partypoker receberá primeiro KSOP Online da história. Serão 25 eventos e uma premiação garantida de US$ 385.000, mais de R$ 2 milhões.

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exclusividade latina

premiações especiais

Preocupado em não perder a identidade que tornou o KSOP o circuito favorito de milhares de jogadores, o KSOP Online será exclusivo para competidores da América Latina.

Além dos mais de R$ 2 milhões garantidos, o KSOP Online dará ao campeão do Main Event e ao campeão do ranking online (jogador que mais pontuar em toda etapa) um pacote completo para a próxima etapa ao vivo da série, programada incialmente para junho, em São Paulo.

torneio solidário Em meio à crise da COVID-19, Moisés Moraes, presidente da King Eventos, mostrou preocupação com os dealers e colaboradores que estão impossibilitados de trabalhar. Ele anunciou em suas redes sociais que parte do rake gerado será des-

tinado a todos esses funcionários. Com um buy-ins para todos os bolsos, o KSOP Online tem tudo para ser um sucesso — e a Card Player Brasil dissecou a grade de eventos, dia a dia, para você.

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Sexta-feira, 01 de Maio

sábado, 02 de Maio

O torneio de abertura será o “Freeroll de BoasVindas”. Começando às 17:00, o evento terá premiação garantida de US$ 5.000 e buy-in gratuito. Os jogadores podem fazer recompras por US$ 5,50.

A abertura de sábado, às 16:00, será para lá de especial. O “Ladies Event”, exclusivo para mulheres, terá buy-in de US$ 22, premiação garantida de US$ 2.000.

No mesmo horário, o tradicional “Kings WarmUp”, com buy-in de apenas US$ 33 e premiação garantida de US$ 15.000. Às 18:00, hora do Main Event de Pot-Limit Omaha. Também com premiação garantida de US$ 15.000, o PLO terá buy-in de US$ 109. Também será jogado neste primeiro dia o “Progressive KO Open” (US$ 55/US$ 12.500 GTD), às 19:00. Para quem gosta do jogo mais caro, às 19:30 tem o tradicional “High Roller Light”, com buy-in de US$ 215 e premiação garantida de US$ 20.000.

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No mesmo horário, com buy-in de US$ 162, o principal torneio da grade: o primeiro classificatório (Dia 1A) do Main Event. Com premiação garantia de US$ 150.000, mais de R$ 800.00. Completam o dia: “Monster Stack PKO” (US$ 109/US$ 16.500 GTD), “Omaha Hi-Lo” (US$ 109/US$ 2.000 GTD), “Kings Turbo” (US$ 33/ US$ 5.000 GTD) e “King PLO Hyper” (US$ 22/ US$ 2.000 GTD).


domingo, 03 de Maio No domingo, dia dos grandes torneios online na internet, além do Dia 1B do Main Event, que abre o dia às 16:00 e também fecha, com o Dia 1C Turbo, às 21:00, o KSOP reservou quase US$ 70.000 em premiações garantidas, destaque para o “High Roller PKO”, com buy-in de US$ 320 e garantido de 30 mil; e para o Main

Event Light, com premiação garantida de 25 mil e apenas US$ 55 de buy-in. Completam a grade o “Kings Super PKO” (US$ 55/US$ 7.500 GTD), o “Kings PLO Fast” (US$ 55/US$ 15.000 GTD) e “Kings PKO Hyper” (US$ 11/US$ 2.000 GTD).

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segunda, 04 de Maio

terça, 05 de Maio

A segunda começa com o Dia Final do Main Event, às 16:00. O campeão e dono do bracelete será conhecido na madrugada de terça-feira. No mínimo mais US$ 49.500 serão distribuídos através de outros cinco eventos. São eles: “Kings PKO” (US$ 55/US$ 15.000 GTD), “Monster Stack Special” (US$ 55/US$ 10.000 GTD), “Kings Special” (US$ 109/US$ 15.000 GTD), “PLO PKO” (US$ 55/US$ 7.500 GTD) e o “Kings PKO Hyper” (US$ 22/US$ 2.000 GTD).

No encerramento do festival, mais 04 torneios e outros US$ 20.000 garantidos. O “Kings Micro PKO” terá buy-in de apenas US$ 5,5 e premiação garantida de US$ 1.000. Fecham o KSOP Online: “Kings Mega PKO” (US$ 109/ US$ 10.000 GTD), “6-Max Challenge” (US$ 33/US$ 5.000 GTD) e “Kings Finale Hyper” (US$ 55/US$ 5.000 GTD).

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se transforma em Sociedade Anônima A Pay4Fun faz mais um avanço fundamental para a expansão da empresa. Ela passará de uma Sociedade Limitada, conhecida como LTDA, para o formato de Sociedade Anônima, S.A. Perguntado sobre como surgiu a necessidade de modificar a constituição societária da Pay4Fun, Leonardo Baptista, CEO da Pay4Fun, esclareceu: “Foi uma decisão baseada na preparação para uma possível entrada de capital. Sabemos que esse tipo de constituição requer muito mais transparência, organização e controle, por isso nos preparamos internamente e optamos por essa mudança”.

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Crescimento rápido e constante marca a trajetória da Pay4Fun Leonardo Baptista, CEO da Pay4Fun, falou também sobre o crescimento da empresa. “Temos alguns números de avaliação interna que nos dá uma direção considerável sobre o patamar do nosso crescimento ao longo da nossa história. De dezembro de 2018 para cá, em termos de atendimentos diários, tivemos um crescimento de quase 1800% ou seja, 18 vezes o número de atendimentos que tínhamos no final de 2018, diariamente. Esses valores refletem o crescimento em

números de cadastrados do nosso serviço, pois nesse mesmo período tivemos um salto de usuários na ordem de 1400%. Em relação às parcerias, atualmente temos 84 sites integrados a nossa plataforma, sendo que existem muito mais em fase de negociação e integração.” Inicialmente a Pay4Fun S.A terá capital fechado. Mas a empresa está em processo de abertura de uma segunda rodada de investimentos em breve. A médio prazo, a Pay4Fun também considera um IPO.

Uma enorme gama de novos produtos serão lançados pela empresa A Pay4Fun está cheia de novos produtos e projetos. Várias novidades serão lançadas ainda esse ano. Alguns exemplos são o Pay4Fun Card bandeira MasterCard vinculado a conta virtual, destinado inclusive para quem é desbancarizado ou com restrições. Outras novidades são o Pay4Fun App, Pay4Fun Store que comercializará serviços como Uber, Spotify, Netflix, Prime, e outros, e também o Pay4Fun QR, com pagamentos no ambiente físico através do App diretamente

na carteira virtual da Pay4Fun, entre outras surpresas. Perguntado também sobre as prioridades da Pay4Fun para o futuro, Baptista disse: “Claro que temos metas de crescimento em termos de números, mas o mais importante para a Pay4Fun agora é trabalhar a imagem da marca, nossa consolidação como instituição de pagamentos, e consequentemente aumentar nosso market share e nossa base de clientes e parceiros. Isso sem perder nosso DNA, que é inovar e buscar novos produtos e serviços sempre”.

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O que leva uma empresa passar de LTDA para S.A. O formato jurídico mais comum encontrado nas empresas brasileiras são as Sociedades Limitadas. É normal, à medida que as organizações vão expandindo, surgir a necessidade de se transformar em uma S.A. Além do crescimento, existem vários motivos que levam uma empresa a pensar na transição de Limitada para Sociedade Anônima. Por exemplo, a obrigatoriedade de um Conselho de Administração é um ponto positivo em relação às empresas S.A. Isso garante que qualquer atividade da diretoria seja supervisionada.

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Além disso, uma Sociedade Anônima oferece mais proteção ao patrimônio do acionista, porque há uma maior delimitação das responsabilidades de quem aporta o capital, ou seja, os acionistas, bem como de quem toma as decisões relativas à S.A., os administradores. O acesso ao mercado de investimentos é mais um dos motivos pelos quais empresas mudam de LTDA para S.A. Esta e diversas outros ações fazem com que a Pay4Fun seja o método de pagamento 100% brasileiro que traz segurança aos usuários e credibilidade aos parceiros de diversas partes do mundo.


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07 de Abril de 2020

EDUARDO “ARIELBAINHA” DE CASTRO FALA SOBRE CRAVADA NO PPST DO PPPOKER

Jogadores de duas grandes ligas brasileiras no PPPoker brigaram pelo título de mais um torneio milionário no site. Com a plataforma PPST (PPPoker Super Tournaments), quem investiu R$ 450 teve a chance de disputar uma prize pool de R$ 3.271.950. Ao término de uma longa jornada, o mineiro Eduardo “ArielBainha” de Castro derrotou 7.270 adversários para subir ao topo do pódio. Pela vitória, o jogador do clube FichasNet ganhou R$ 344.717.

CPB: Há quanto tempo conhece o poker? No momento, você joga profissionalmente? Representa algum time?

Com a cravada, “ArielBainha” assumiu a segunda colocação no ranking exclusivo para os torneios com PPST no PPPoker. A disputa vai até o último dia do mês de junho. Ao todo, a classificação vai distribuir R$ 62.000 em prêmios. Além de receber R$ 25.000 para gastar em eventos ao vivo do site ao redor do mundo, o vencedor vai se tornar um embaixador do PPPoker.

CPB: O nickname que você usa é muito engraçado. Tem como falar qual foi a sua inspiração para ele?

Em bate-papo exclusivo, “ArielBainha” revelou os detalhes da maior vitória da sua carreira. Confira:

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EdC: Eu aprendi a jogar poker aos 16 anos e desde então nunca parei de ter contato com o jogo. Não lembro muito bem quando me profissionalizei, mas acredito que foi há uns 8 anos. Atualmente, jogo pro FichasNet Poker Team. Já joguei tanto por conta quanto para alguns backers também.

EdC: Primeiramente, eu sempre gostei da forma como o brasileiro lida com os nicks. Somos muito criativos (risos). Como sempre fui muito fã do Ariel Bahia, me veio essa inspiração no momento que criei minha conta. É muito engraçado porque toda mesa que eu sento alguém comenta sobre isso (risos).


CPB: Como foi a sua jornada no torneio? Você fez buy-in direto ou chegou via satélite? EdC: Eu cheguei a jogar o último classificatório, mas cai logo depois do add-on, então tive que dar o buy-in mesmo. Porém sempre nesses grandes eventos eu puxo algumas vagas, uma vez que tem diversos satélites e o field é bem tranquilo. Particularmente, eu me acho bem acima da média nos satélites e quem tem esse tipo de vantagem não pode deixar de jogá-los. Mesmo que tenha o recurso pra dar buy-in direto, o jogador de poker tem que ficar atento onde tem mais vantagem pra aumentar seus lucros. CPB: Como a pandemia do COVID-19 está afetando a sua rotina? EdC: É claro que eu fico triste e preocupado com a situação que o mundo está passando, mas na realidade para quem joga poker online a rotina não mudou quase nada. Uma coisa ou outra no off poker mesmo, mas no nosso trabalho tudo continua normal. Além disso, pelo fato de praticamente o mundo todo estar em quarentena, os sites estão com um fluxo gigantesco de jogadores recreativos. Para nós profissionais não existe momento melhor do que esse para “grindar”. Eu, por exemplo, estou jogando todos os dias em uma carga maior do que o normal, pois sei que quando isso passar volta tudo ao normal e o field endurece de novo. Sinceramente, não acreditava que depois da Black Friday, em 2011, o movimento dos torneios seria tão bom. Pena que o motivo não seja o ideal, mas, infelizmente, na crise ou você chora ou vende lenço. CPB: Você joga regularmente em outros sites além do PPPoker? EdC: Atualmente, eu dou preferência aos aplicativos mesmo por achar que os adversários em geral são mais fáceis que dos grandes sites. Mas onde tem jogo eu tô lá.

CPB: Em torneios com garantidos milionários, o mais comum é ocorrer um acordo na reta final da FT. Como foi essa dinâmica na decisão? Houve alguma negociação? EdC: Durante grande parte do torneio, eu liderei ou estive entre os 3 ou 5 primeiros. Acho que desde uns 800 left. Só que na semifinal as coisas não andaram tão bem e eu fiquei sobrevivendo até formar a mesa final. Quando formou, eu era o último colocado com 20 bbs, o que pra mim é muito tranquilo. O payjump do oitavo pro sétimo era bizarro, então eu coloquei como meta que eu não poderia cair antes disso. Deixei o pessoal se matar enquanto eu ficava assistindo (risos). Mas logo depois disso eu dobrei modestamente. Daí pra frente não enfrentei muitas dificuldades. Acho que pelas premiações gigantescas, o pessoal estava muito duro. Aproveitei bastante e apertei todo mundo, sem exceção. Não chegamos a conversar sobre acordo, e olha que eu faço deal até em torneio de 10 reais se eu achar que vale a pena, mas tudo foi se encaminhando tão naturalmente que quando me dei conta, eu já tinha cravado. CPB: Para finalizar, deixamos esse espaço para você passar a mensagem que desejar. CdC: Gostaria de agradecer a todas as pessoas que, de alguma forma, participaram dessa trajetória. A vida que a gente leva muitas vezes é retratada com um certo glamour, mas quem é do meio ou quem conhece sabe que não é nada disso. Eu, por exemplo, nesse momento estou na mesa final de um torneio de 22 reais. Um dia após ter cravado o PPST. Então só nós ou quem nos acompanha sabe da dificuldade e das lutas que a gente enfrenta. Gostaria também de pedir desculpas para as pessoas que de alguma forma eu errei durante o caminho. Seja por uma palavra mais dura num momento de estresse até algum erro que eu cometi. Além de minha família, namorada, cachorro e amigos, dedico esse prêmio a vocês também! Agora bora trabalhar!

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24 de Abril de 2020

NOVA SÉRIE PPST DO PPPOKER TEM R$ 3 MILHÕES GARANTIDOS

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O encerramento das festividades do quarto aniversário do PPPoker vai ser de tirar o fôlego. Após promover várias promoções, o site vai entregar aos jogadores o presente perfeito: torneios acessíveis com premiações enormes. No retorno da série PPST, em apenas 10 dias, no mínimo R$ 3 milhões vão estar em jogo em onze eventos.

Já o Main Event vai ter uma prize pool milionária. Programado para acontecer no primeiro domingo de maio, o evento tem inscrição de R$ 110 e R$ 1.000.000 garantido. A partir da próxima terça-feira, 28, o PPPoker vai colocar mais de 1.400 vagas para o campeonato em satélites de R$ 15.

O pontapé inicial da competição vai ser na tarde deste sábado, 25, às 16h (de Brasília), em um campeonato de R$ 10 que vai distribuir pelo menos R$ 200.000. O torneio ainda vai permitir reentradas ilimitadas e add-ons também a R$ 10.

A PPST é exclusiva para os jogadores afiliados aos clubes das ligas Brasil 388, Extrema e Principal. Os onze torneios da competição vão distribuir pontos para o ranking PPST. Disputada até o dia 30 de junho, a classificação vai premiar os cinco melhores colocados com mais de R$ 60.000.

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CONFIRA O CRONOGRAMA COMPLETO DA SÉRIE

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25 de Abril de 2020

FUNCIONALIDADE “SUA HISTÓRIA PPPOKER” OFERECE DIVERSAS ESTATÍSTICAS AOS JOGADORES PPPoker”. Com a ferramenta lançada em comemoração aos quatro anos do site, os usuários vão ter a chance de revisitar toda a sua jornada no PPPoker em uma animação repleta de dados. Ao utilizar a funcionalidade, você vai ter a chance de conferir o número total de mãos e horas que passou no PPPoker. Ainda vai ser possível conhecer o dia que você mais jogou, assim como qual o clube que você mais frequentou. Curiosidades como as mãos iniciais que lhe renderam mais e menos potes e as suas melhores jogadas nas modalidades NLH, PLO e OFC também vão estar disponíveis. O melhor de tudo é que você vai ter a oportunidade de compartilhar as suas estatísticas. A “falinha” vai ficar em dia quando você jogar no WhatsApp os números contra aquele jogador que é o seu maior “doador”. O estudo faz toda a diferença no poker. Tanto para os recreativos quanto para os profissionais mais vitoriosos, “enfiar a cabeça” nas estatísticas é fundamental para quem procura ser lucrativo em um jogo em constante evolução. Para que os seus jogadores não fiquem em desvantagem, o PPPoker criou a funcionalidade “Sua História

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Todos que compartilharem as estatísticas nas redes sociais vão ganhar uma moldura de avatar comemorativa para usarem nos feltros do PPPoker. “Sua História PPPoker” está no lobby inicial do aplicativo do PPPoker.


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O JOGO DO PRÍNCIPE ESTRATÉGIAS DE MAQUIAVEL APLICADAS AO POKER

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THE BOOK IS ON THE TABLE

“Nas ações de todos os homens, e em especial dos príncipes, os fins justificam os meios”. Em “O Poker e A Arte da Guerra”, David Apostolico mostra aos jogadores como utilizar as estratégias exploradas no manual militar de Sun Tzu para melhorar o seu jogo em torneios. Agora, ele concentra em outra obra-prima o pensamento tático — O Príncipe, de Maquiavel — e revela a sua aplicação não apenas aos torneios, mas a toda as formas de poker. Durante cinco séculos, as lições de Maquiavel sobre como alcançar e manter o poder têm inspirado governantes e executivos, e esses mesmos princípios podem desenvolver seu jogo. Para Maquiavel, os fins justificam os meios, e a mesa de poker é uma arena perfeita para a aplicação das suas estratégias. Lá não há dilemas morais, todos os jogadores competem em condições de igualdade e têm a mesma meta: vencer. Se você quiser controlar a mesa, conquistar o respeito e a admiração dos oponentes e jogar de maneira confiante e agressiva, esse é o livro para você.

vi. podeR

(p. 75)

Se você possuir virtù e exercer o seu livre arbítrio, será capaz de alcançar o poder à mesa de poker. Embora também possa chegar ao poder por capricho da Fortuna, é muito melhor chegar por mérito próprio. Como alertou Maquiavel, se você tiver obtido o poder por mérito próprio, será muito mais fácil manter a sua posição do que se você tivesse chegado ali em função da Fortuna. Isso não quer dizer que será fácil manter o poder. Manter a sua posição é tão difícil quanto obtê-la. Maquiavel reconheceu a dificuldade de o Príncipe manter o poder. Ele alertou que um líder não deseja sentir o ódio das pessoas. Quando a raiva das pessoas atinge tais proporções, o líder se encontra em uma situação precária. Entretanto, desde que não fosse odiado, Maquiavel não achava que um líder precisava ser amado. Na verdade, ele achava melhor o líder ser temido do que ser amado. Esse delicado equilíbrio entre ser temido, mas

não odiado, proposto por Maquiavel para o Príncipe, também se aplica a quem quiser dominar a mesa de poker.

É melhor ser temido do que amado. O seu objetivo à mesa de poker não é ser amado e adorado por todos. Você está ali para ganhar dinheiro, e a única maneira de conseguir isso é tirando-o dos seus oponentes. Você obviamente não espera que eles lhe amem por levar o dinheiro deles. Entretanto, você tampouco quer despertar a ira deles. Fazer isso seria convidá-los a lhe atacar em todas as oportunidades. Embora isso possa fazer com que eles cometam erros, é difícil superar a força coletiva dos ataques deles. É difícil explorar os erros se você encontrar pelo menos dois oponentes agressivos e furio-

sos em todas as mãos que jogar. Qualquer líder que precise despender tempo e esforço para evitar ataques, estará vulnerável. Trata-se de uma energia que seria muito mais bem empregada se fosse utilizada em estratégia e otimização de lucros. É assim que um líder se mantém no poder. Então, como conseguir isso? É bem simples. Mantenha um ambiente amigável e cordial. Essa é a sua mesa. Você é o líder. Elogie os seus oponentes. Encoraja os erros deles. Quando um adversário cometer um erro óbvio pagando quando você claramente tinha a melhor mão, diga que ele fez a coisa certa, e que você teria feito o mesmo. Quando superar você jogando uma mão com a qual jamais deveria ter entrado, não o reprima. Faça-o crer que ele é um oponente difícil e que você não consegue afastá-lo de um

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pote. Fazendo isso, você mantém os seus adversários engajados, acreditando que a sorte deles vai mudar a qualquer momento, desde que continuem agindo como estão agindo. Fazendo o contrário, você cria divergências, e duas coisas ruins podem acontecer: os seus adversários fracos trocarão de mesa ou vão conspirar para lhe atacar. Você quer que eles lhe temam, não que lhe odeiem. Se você conseguir tirá-los de um pote com um blefe, não revele a sua mão. Você não deve dar informações gratuitas ou se exibir para o seu oponente. Deixe-o pensar que deu um ótimo fold. À medida que você conseguir derrotá-los, o respeito deles pelo seu jogo irá aumentar. Eles vão temer o seu jogo e o seu stack. Se você diversificar bem o seu jogo, e empregar virtù e livre arbítrio, os seus adversários ficarão impossibilitados de descobrir o seu jogo. Eles vão duvidar de si mesmos sempre que você estiver no pote. Serão incapazes de controlar o próprio jogo, pois não conseguirão entender o seu. Cometerão erros que você poderá explorar. Irão se mostrar covardes nas mãos que você jogar, dando-lhe vários potes grátis. Além disso, quando for desafiado, você pode ter certeza de que eles têm mãos fortes, então pode evitar perder potes grandes. Manter a linha tênue entre o medo e o ódio requer muito esforço. Qualquer jogador fica naturalmente ressentido com um oponente que leva o seu dinheiro. Por outro lado, você deve evitar ser amigável demais de forma a não perder um importante fator de intimidação. Mantenha os seus adversários à distância, mas permaneça cordial. Deixe que o seu jogo fale por si mesmo. Mantenha uma aura de suspense sobre você. O desconhecido é intimidador. Não se revele, nem revele o seu jogo.

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TÍTULO: O JOGO DO PRÍNCIPE – ESTRATÉGIAS DE MAQUIAVEL APLICADAS AO POKER (MACHIAVELLIAN POKER STRATEGY) AUTOR: DAVID APOSTOLICO NÚMERO DE PÁGINAS: 220 PREÇO: R$ 69,00 DISPONÍVEL EM: www.raiseeditora.com


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Card Pedia - FERAS DO ONLINE

FELIPE BOIANOVSKY Principal nome dos cash games no Brasil em 2016, “Piv” tem 26 anos e também é muito respeitado internacionalmente, tendo seus vídeos de treinamento já publicados no site Run It Once, cujo fundador é ninguém menos que Phil Galfond. No PokerStars, com o nick “lipe piv”, ele foi regular de cash games $2.5/5$ Zoom 6-max, tanto de Omaha quanto Texas Hold’em. De lá para cá, ele acumulou grandes vitórias em torneios, mas seu melhores desempenho ainda foi em 2014, quando venceu o Evento #41 do World Championship of Online Poker (WCOOP) e faturou mais de US$ 130.000.

Nicknames: “lipe piv” (PokerStars) Premiações online até 2016: US$ 346.732 Premiações online até 2020: US$ 2.159.664 Maior premiação online: Evento #41 do WCOOP US$ 133.000 (Setembro/2014) Premiações ao vivo até 2016: US$ 49.703 Premiações ao vivo até 2020: US$ 429.033 Maior premiação ao vivo até 2016: 2º lugar no Evento #54 do EPT Praga – US$ 32.701 (Dezembro/2014) Maior premiação ao vivo até 2020: 1º lugar no Evento #45 do EPT Barcelona – US$ 138.864 (agosto/2019) Melhor posição no ranking do Pocket Fives até 2016: 1.313º (2014) Melhor posição no ranking do Pocket Fives até 2020: 75º (2016) Número de Triple Crowns*: 0

*Quando o jogador vence, em uma mesma semana e com alguns critérios, três torneios em três sites diferentes de poker.

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