Card Player Brasil 124

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POKER

ESPORTE E ESTILO DE VIDA

ANO 11 - N.124

DE ONDE VEM O SEU LUCRO? ANÁLISE DE MÃOS POR CHRIS MOORMAN

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Vivi Saliba O MAIS BELO DOS OITOS








Diretor Executivo Renato Lins

APROVEITE OS CÓDIGOS QR

Editor Marcelo Souza

Ao longo da revista, você encontrará vários símbolos como esse. São “QR Codes”, uma espécie de código de barras que contém um link para internet. Na CardPlayer Brasil, os QR Codes direcionarão você, por exemplo, aos sites ou blogs dos nossos colunistas e a arquivos em PDF contendo trechos de livros publicados pela Raise Editora. Esses códigos podem ser escaneados em dispositivos móveis, como smartphones e tablets com acesso à internet. Basta instalar um leitor compatível com o sistema operacional de seu aparelho. Se o seu leitor estiver funcionando corretamente, o código acima direcionará você ao nosso portal: www. cardplayer.com.br.

Diretor de Arte Faytter Fabiano Webmaster Bernardo Benevides Jornalista Diego Scorvo Tradutor Igor Lins Colunistas Nacionais Cláudio Davino, Devanir “DC” Campos, Dr. Fabiano, Fabiano “Kovalski1”, Fábio “F1oba”, Felipe Mojave, Fellipe Nunes, Guilherme Chenaud, Ivan ”RoyalSalute” Santana, Ramon Sfalsin, Khatlen Mitzi Guse, Moacir Martinez, Thiago Decano, Vinicius Perri, Yuri Dzivielevski Colunistas Internacionais Alan Schoonmaker, Dusty Schmidt, Ed Miller, Jeff Hwang, John Vorhaus Suporte / SAC Heliana de Souza Endereço Raise Editora Ltda Rua Capivari, 304, Serra CEP 30220-400 - Belo Horizonte - MG Tel.: (31) 3225-2123 Impressão Gráfica Del Rey Operação em bancas: Assessoria Edicase www.edicase.com.br Distribuição Exclusiva em Bancas FC Comercial e Distribuidora S.A Manuseio FG Press www.fgpress.com.br


CARTA AO LEITOR

LUGAR DE MULHER É ONDE ELA QUISER!

Marcelo Souza - Editor @MarceloCPBR @MarceloCPBR Marcelo Souza

Em um esporte com tamanha predominância masculina, é um colírio para os olhos (e uma satisfação) trazer uma mulher em destaque. Em mais de 10 anos de Card Player Brasil e 170 edições publicadas, apenas outras quatro mulheres haviam estampado nossa capa: a brasileira Maridu (2008 e 2015), a norueguesa Annete Obrestad (2007) e as norte-americana Vanessa Rousso (2010) e Vanessa Selbst (2013). Hoje, trazemos a mais nova contratada do 888 Poker: Vivian Saliba. Vivi, como é carinhosamente chamada no meio, teve um ascensão meteórica no poker. Em apenas dois anos como profissional, ganhou respeito nacional e internacional. Em um meio bastante carente de profissionais femininas que jogam em alto nível, Vivi vem para diminuir um pouco esse gap. Muito mais que uma embaixadora do esporte, ela será uma embaixadora das mulheres. Uma voz e um chamado para que cada vez mais o público feminino venha deixar o ambiente do poker — muitas vezes um tanto quanto carregado — mais leve e divertido. Como a fenomenal Vanessa Selbst gosta de dizer (e a própria Vivi corrobora essas palavras): “Que no futuro não falemos em jogadoras mulheres, mas apenas em jogadores de poker”. Boa leitura.


SUMÁRIO FELLIPE NUNES

18 OLHE SEU JOGO DE PERTO O idealizador do FLOW mostra que analisar todas as etapas é primordial para o desenvolvimento do seu jogo.

Blefes JONATHAN LITTLE

no Poker

THE BOOK IS ON THE TABLE

er

ESPECIAIS 42. O MAIS BELO DOS OITOS Entrevista exclusiva com Vivian Saliba, a mais nova embaixadora do 888poker.

24 DE ONDE VEM SEU LUCRO? Jon Little faz uma análise interessante de como é importante escolher seus adversários em uma mesa de poker.

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ELEMENTOS DO POKER

Entenda por que o tilt é um dos elementos mais fascinantes e por quais motivos ele nunca deve ser negligenciado no poker.

E MAIS 30. DO FUNDO DO BAÚ com “André Dexx”

66. CADERNO PARTY POKER Aprenda a jogar no partypoker

74. CARD CLUB CHRIS MOORMAN

Clubes de Poker

54 A BASE DE UMA MÃO

76. CARDPEDIA Resultados online

Ao analisar uma mão de seus torneios online, Moorman mostra porque uma mão bem jogada começa do pré-flop.

FINAL TABLE

60 COM CHRIS MOORMAN O maior vencedor de torneios do poker online analisa duas mãos interessantes do torneio em que ganhou o bracelete da WSOP.

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LOBBY

UM PASSEIO RÁPIDO PELO MUNDO DO POKER

Felipe Mojave fatura R$ 710 mil no Caribbean Poker Party Festival 26/11

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Poker Central anuncia a criação do U.S. Poker Open 22/11

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O.J. Simpson é banido de cassino em Las Vegas 14/11

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Após se classificar em satélite do 888poker, Martí Roca crava ME da WSOP Europa 11/11 ® Alin Ivanov

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LOBBY

UM PASSEIO RÁPIDO PELO MUNDO DO POKER

Valentin Vornicu iguala recorde de vitórias no WSOP Circuit 09/11

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Jogadora Emma Fryer morre WSOP anuncia o retorno do durante viagem para a WSOP Big One for One Drop 07/11 Europa 07/11

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OLHE SEU

JOGO DE PERTO Por Fellipe Nunes

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m geral, pensamos nas estratégias e em nossa maneira de jogar poker de forma mais ampla, a partir de grandes amostragens de dados e leituras que englobam diversos aspectos do jogo ao mesmo tempo. Assim, podemos perder de vista algumas variáveis e maneiras de aplicar diferentes estratégias em momentos distintos — coisas que podem parecer detalhes, mas são muito importantes para a lucratividade. Observando os jogadores do FLOW Poker Team, acredito que um bom caminho para o estudo é planejar a evolução dividindo a análise do jogo por áreas.

Fellipe Nunes

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Fellipe Nunes é um dos principais jogadores de poker do Brasil. Campeão do SCOOP, em 2013, e do BSOP, em 2011, ele possui mais R$ 5 milhões de reais em prêmios na carreira.


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O poker é um jogo que permite inúmeras possibilidades de estudo, várias estratégias e diversas aplicações para elas. Por exemplo, separar o jogo em pré-flop e pós-flop é uma das divisões mais comuns, mas cada um desses dois momentos carrega muitas nuances. Ao focar a atenção em uma delas separadamente, como quem olha o próprio jogo com um microscópio, podemos avaliar melhor aquela área específica e aprender mais sobre ela. Selecionar as situações e variáveis que mais se apresentam no dia a dia e analisá-las com calma pode ser mais efetivo do que sempre olhar o jogo a partir de um panorama mais distante, considerando muitos aspectos de uma só vez. No FLOW, com base nesse raciocínio, buscamos organizar nosso material de estudo em pequenas áreas de conhecimento. Por exemplo, temos conteúdo de análise de jogo na faixa de 10 ou menos big blinds, ora com foco em ranges de shove, ora com foco em range de call em shove. Mesmo nesse momento do torneio, com poucas fichas e ações mais limitadas, ainda há muitos aspectos a considerar.

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Conforme avançamos a faixas maiores de fichas, as variáveis vão ficando mais complexas e exigem mais conhecimento básico para serem bem compreendidas. Por isso, sugiro sempre começar pelo mais simples, estudando os momentos em que temos poucas fichas no torneio e memorizando estratégias de base. À medida que ganhamos confiança com a evolução, também nos tornamos mais conscientes das ações na mesa e podemos aplicar novas ideias e formas de jogar. O poker é um jogo que permite inúmeras possibilidades de estudo, várias estratégias e diversas aplicações para elas. Aproveite, busque o seu caminho, estude com atenção cada aspecto do seu jogo e divirta-se com os anos de estudo, descobertas e jogo.


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DE ONDE VEM O SEU LUCRO? Por Jonathan Little

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ecentemente, eu tive a opotunidade de jogar $25-$50 no-limit hold’em no programa de TV Poker Night in America. Foi uma experiência incrível e muito divertida. A mesa era composta de amadores e profissionais, e teve muita ação. No primeiro dia, no meio da filmagem, eu percebi que não estava jogando muitos potes contra os amadores, um erro. Havia dois deles imediatamente à minha esquerda, jogando muitos potes, e imediatamente à minha direita estavam dois profissionais mais sólidos. Minha estratégia padrão em jogos no-limit é jogar de 3-bet a maioria das minhas mãos “jogáveis” contra um aumento de jogadores das posições finais, o que funciona bem, mas aquela configuração da mesa fez com que eu jogasse mais potes contra bons jogadores — e isso era o oposto do que eu queria!

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Depois de perceber meu erro, comecei a dar call nos aumentos do profissionais com a maior parte “jogável” do meu range, o que resultou em muitos potes multi-way, em posição, contra os amadores que pagavam nos blinds. Eventualmente, ganhei mais do que esperava devido à minha vantagem de posição e de range. O simples ajuste de dar call em vez de fazer 3-bets me levou a inúmeras situações lucrativas. Para ganhar dinheiro no poker, basta identificar quem é pior que você e jogar contra eles. Minha estratégia padrão fazia absolutamente o contrário, o que deixou muito dinheiro na mesa. Outro ajuste que fiz foi defender meu big blind com mais frequência do que normalmente faço, claro, quando os amadores abriam raise. Em vez de largar mãos marginais, como Q♦7♠, o que sempre faço contra bons jogadores, eu pagava para jogar heads-up pós-flop. Mesmo jogando fora de posição, tenho certeza que ganharei mais dinheiro no longo prazo.

Também passei o tempo me focando nos tells dos meus oponentes. Uma semana antes do programa, eu pesquisei no YouTube todo o material filmado que havia sobre meus adversários. Eu tomei nota de muitas tendências deles e, no final do estudo, eu tinha informação, mesmo que pouca, de cada jogador. Todos os dias eu revisava minhas anotações para ter certeza que elas ficassem frescas na minha mente. Uma informação em particular que me fez ganhar um bom pote foi sobre um adversário que, quando estava blefando, apostava muito rápido no river. Por trabalhar duro fora das mesas, consegui capitalizar toda a vantagem que tinha contra a mesa. Contra bons jogadores, ter uma estratégia sólida e bem definida lhe fará ganhar dinheiro no longo prazo, mas se os adversários estão cometendo muitos erros, então você deve jogar explorando esses erros, mesmo que para isso você mude completamente sua estratégia. No final, lucrei pouco mais de US$ 15.000 depois de quinze horas de jogo, mesmo perdendo um pote de US$ 30.000 com A-K contra K-K. Boa sorte nas mesas!

Jonathan Little

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Jonathan Little joga profissionalmente há quase 10 anos. Ele tem dois títulos do WPT e já ganhou mais de US$ 6 milhões em torneios ao vivo.


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DO FUNDO DO BAU O poker é um esporte que está em constante evolução. Axiomas não existem, conceitos são criados, paradigmas são quebrados. No entanto, como em qualquer outra área, conhecer o passado é fundamental para planejar o futuro. Nesta seção, o leitor poderá mensurar um pouco dessa evolução e entender como o pensamento sobre o jogo mudou nos últimos anos. É com certo ar de nostalgia que, a cada edição, traremos para vocês os primeiros artigos publicados na Card Player Brasil. O que ainda pode ser aplicado no poker moderno? O que está ultrapassado? Descubram lendo os textos Do Fundo do Baú.

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AUTORIDADE EM POKER

ANO 4 - N.36

mais LAPT LIMA BSOP RIO QUENTE

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Qualidade, Volume e Organização O caminho das pedras para o sucesso financeiro no poker Por André “Dexx”

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O poker é uma indústria que gera novos milionários todos os anos. Mas, infelizmente, pouquíssimos jogadores alcançam essas cifras. Neste artigo, vamos entender por que 99% dos jogadores que querem ser (ou já são) profissionais não alcançam o verdadeiro sucesso financeiro no poker. Este artigo vai ser diferente: será a transcrição de uma conversa que tive no começo do ano com um grande amigo da comunidade do poker. Na época, ele, que já era profissional e jogava NL100 6-max, veio me pedir uma ajuda sobre como se tornar um jogador melhor e mais lucrativo. Então, passamos algum tempo conversando sobre qual seria o caminho das pedras. (Nota: optei por alterar algumas partes da conversa para formatá-la nos padrões da revista. Também troquei o nome do jogador por questões de privacidade). Bob: Dexx, faz tempo que não venho tendo lucros satisfatórios e que estou me sentindo estagnado no jogo. Gostaria de ouvir sua opinião a respeito, já que você é um jogador mais experiente. Queria saber por que estou tendo esses resultados e qual seria o caminho para mudar isso. Dexx: Bob, responde uma coisa: quais são as características dos jogadores mais lucrativos? Bob: Bem, acredito que os mais lucrativos sejam os que jogam melhor. Dexx: Não necessariamente: essa é apenas uma das qualidades! Afinal de contas, de que adianta ser um grande talento no poker se você dedica dez horas ao jogo por semana, abrindo duas mesas simultaneamente? Por outro lado, o volume de jogo é sim muito importante, mas também não adianta nada ter um enorme volume se, em sessenta horas por semana,

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jogando em doze mesas, você tiver uma qualidade horrível. Quando se trata de rentabilidade, tanto a qualidade do jogo quanto o volume são importantes. Bob: E como podemos trabalhar a qualidade do nosso jogo? Dexx: Existem várias formas de estudarmos nosso jogo, desde fóruns de altíssima qualidade até escolas de poker com vídeo -aulas. Coaches também costumam ser ótimos investimentos. Bob: E quanto ao volume? Dexx: Esse é o segundo passo: colocar volume quando tiver uma boa qualidade de jogo. Por falar nisso, em quantas mesas você está jogando atualmente, e quantas horas por semana tem jogado? Bob: Tenho jogado em quatro mesas ao mesmo tempo, durante cerca de vinte e cinco horas por semana. Dexx: Imagine que você, depois de ter estudado e aumentado o nível do seu jogo, em vez de jogar quatro mesas, estivesse jogando oito, com o dobro de horas por semana e uma qualidade ótima? Poderia estar ganhando de três a quatro vezes mais do que ganha hoje, sem contar a experiência de jogo. Sem falar que você subiria de limites mais rapidamente. Bob: Pois é, Dexx, mas eu já tentei. Infelizmente, não fui bem jogando em mais mesas. Do jeito que você fala, até parece fácil! Dexx: Fácil realmente não é. É provável que, se todas as pessoas pen-

sassem em como seria a forma mais lucrativa de jogar, chegariam à fórmula “Qualidade + Volume”. Mas se fosse simples assim, não seria tão difícil achar jogadores muito rentáveis. O problema é que existem fases nesse processo que devem ser respeitadas para que não haja estagnação. Isso nos remete a outro fator: a Organização. É preciso traçar metas: não há como querer fazer alguma coisa sem saber onde se quer chegar. Bob: Seja mais específico. Dexx: Cara, temos que planejar todo esse processo, desde metas de mãos, horas de estudo (que vai desde revisar mãos até fazer coaching), tempo de descanso (de pausas entre sessões a descansos de um dia) e alguma atividade física. Enfim, preparar um cronograma mensal de metas. Bob: Seria algo como uma conduta preparatória para ser vencedor? Dexx: Sim. De fato, é uma postura para vencer. Você terá que ser perseverante e superar as barreiras, pois, caso encontre dificuldades e desista de avançar, a lógica diz que seus ganhos vão ser limitados – tanto


pela estagnação da qualidade do seu jogo quanto pelo volume. Então, esta passa a ser uma luta constante para o jogador que quer aumentar a rentabilidade: persistir em aumentar a qualidade do jogo (que está diretamente ligada ao estudo, às horas de jogo e ao descanso) e o volume (que diz respeito ao número de mesas e às horas de jogo). Eu sei que não é fácil aumentar o número de horas e de mesas mantendo uma qualidade boa. Mas, como tudo na vida, se você almeja estar entre os melhores, terá que sair da zona de conforto. Se você está tranquilo jogando quatro mesas, já é hora de aumentar esse número para seis. Se você é um profissional e joga quatro horas por dia, está na hora de aumentar uma sessão extra de duas horas. O importante é sempre dar passos à frente. Bob: Tudo bem. Só que, quando aumentei o número de mesas e de horas,

meu jogo entrou claramente em declínio. Dexx: Como já lhe falei, é importante que isso seja bem planejado, de forma bastante gradual, para minimizar o choque dessa nova realidade. Como na musculação, é importante que você aumente os pesos passo a passo, para que seu corpo se desenvolva sem lesões e tenha um bom desenvolvimento muscular. Todo mundo que malha sabe que o músculo cresce na hora do descanso, não na academia. E esse momento de repouso é muito importante também no poker, pois é quando você vai organizar pensamentos, fixar conceitos e se preparar para o próximo nível. E quando eu falo de descanso, não é apenas parar de jogar e sair de viagem (que, por sinal, é ótimo para o jogo), mas também separar algum tempo para jogar em menos mesas ou fazer um esforço para pensar no poker

de forma diferente – por exemplo, especulando dados estatísticos de que você não tinha se dado conta, acompanhando uma sessão de outro jogador ou experimentando jogadas pouco convencionais, sempre percebendo as fraquezas do field. Bob: Nossa, Dexx, haja disciplina! Pois bem, pessoal, é exatamente como meu amigo falou: disciplina é muito importante. Aprenda a gostar do desafio, e sua vida – dentro e fora do feltro – terá um significado totalmente novo. Agora preciso voltar à minha rotina de grinder! Valeu! ♠ André “Dexx” é instrutor do site tvpokerpro. com e um dos mais respeitados jogadores de cash games online do país.

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THE BOOK IS ON THE TABLE

Elementos do Poker é um livro único no mercado, diferente de tudo o que você já leu. A maioria dos grandes nomes do poker mundial coloca o livro de Tommy Angelo no topo de suas “leituras recomendadas”. Coincidência? Provavelmente, não. Comportamento, estratégia, controle, conhecimento e disciplina: maximize-os através de 144 elementos intrínsecos ao poker em sua mais pura essência. “Todas as minhas boas fases e todas as minhas fases ruins, de cada duração e profundidade, têm uma coisa em comum: elas não existem na sua cabeça. Elas só existiram na minha. Nenhuma delas realmente existe. São construções mentais, como o passado e o futuro.”

CAPÍTULO 1 – ELEMENTOS UNIVERSAIS - O TILT

“Para ganhar no poker, você precisa ser bom em perder.” - eu Nos primeiros anos da minha carreira de jogador de poker, participei quase inteiramente de jogos caseiros, que eram quase totalmente loose e descuidados. A única coisa que eu tinha que fazer para ganhar era jogar tight, o que eu já havia aprendido a fazer. O problema era, eu também havia aprendido a entrar em tilt. Eu era muito bom em entrar em tilt. Conhecia todos os tipos diferentes. Podia entrar em tilt de soltar fumaça, de raiva, de ficar loose demais, tight 36

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demais, agressivo demais, passivo demais, jogar em limites altos demais, por tempo demais, cansado demais, me achando no direito; conhecia o tilt de irritação, de injustiça, frustração, falta de responsabilidade, vingança, de falta de recursos, de excesso de recursos, de vergonha, de distração, de medo, de inveja; tilt de ‘essa-é-a-pior-pizza-que-já-comi’, ‘acabei-de-ver-um-blefe’ e, é claro, os clássicos: tenho-que-ficar-no-zero-a-zero, e tenho-pouco-tempo-para-perder-todo-esse-dinheiro, também conhecido como tilt de demolição.

Eu entrava em tilt, depois via os meus tilts em retrospectiva, e comecei a notar um ciclo, e ciclos dentro de ciclos, e, quando me dei conta, vi toda a minha carreira no poker como uma flutuação incessante entre tight e tilt. Achei que, se algum dia quebrasse no poker, não seria porque o meu melhor jogo não era bom o suficiente para me manter na superfície. Seria porque o meu pior jogo era ruim o suficiente para me afundar. Um grande dia na minha carreira foi quando percebi que no dia seguinte eu entraria em tilt novamente. Não


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havia uma forma rápida de consertar isso. Qualquer vantagem que eu conseguisse seria gradativa. Percebi que se eu pudesse, de alguma forma, fazer intervalos progressivamente maiores entre os meus tilts, e progressivamente os tornasse mais leves do que da vez anterior, eu teria uma chance de me recuperar, e, quando o fizesse, ficaria bem, indefinidamente. Com menos frequência, menos severidade. Menos frequência, menos severidade. Era isso que eu dizia a mim mesmo. Quinze anos e trinta mil horas de poker depois. Nesse tempo, me concentrei, e concentrei os meus pensamentos...

SOBRE O TILT O tilt tem muitas formas e causas, mas somente um efeito. Ele nos faz jogar mal. Nos obriga a fazer coisas

que não faríamos se estivéssemos praticando o nosso melhor jogo. E é assim que quero defini-lo, exatamente dessa maneira. O tilt é qualquer desvio do seu jogo A e atitude mental A, por menor ou mais passageiro que seja. Há duas razões para definir o tilt dessa forma. Uma é a padronização. Todos os jogos A são idênticos. Qualquer um que esteja praticando o seu jogo A está tomando as melhores decisões que sabe tomar, e a mentalidade está o mais certa possível. É isso que é o jogo A. É o nosso melhor jogo. E iremos alcançá-lo. Então, ao definir o tilt de cima para baixo, podemos traçar uma linha para qualquer jogador que divide claramente o seu tilt do seu não tilt. A outra razão é que não estamos simplesmente brincando com as palavras aqui. As estamos utilizando como uma pá para procurar ouro. E ao usar

TÍTULO: ELEMENTOS DO POKER (ELEMENTS OF POKER). AUTOR: TOMMY ANGELO NÚMERO DE PÁGINAS: 214 PREÇO: R$ 69,00 DISPONÍVEL EM: www.raiseeditora.com

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a palavra tilt para nos concentrar no nosso melhor jogo, ao invés do pior, encontramos uma mina: o tilt é um jogo que não é o seu melhor. O tilt é qualquer coisa que não seja o seu máximo. O tilt não é otimizado. Definindo o tilt dessa forma, todos entram em tilt. É só uma questão de ver com que frequência, por quanto tempo, e com quanta força. Então chegamos às três dimensões do tilt: frequência, duração e profundidade. Com que frequência você se desvia do seu jogo A? Por quanto tempo isso dura? E quão longe do seu jogo A você fica? Reveja essas questões. O tilt diz respeito a você. Se você achar que deveria ter tirado um dia de folga, ou jogado em limites diferentes, ou achar que deu um raise ruim, então está tiltado. Só você sabe quando deveria ter feito algo diferente.


OS MELHORES BARALHOS DO MUNDO

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M A IS B E LO DOS

Oitos Vivian Saliba assina com o 888poker Por Marcelo Souza

Ela tem apenas 24 anos, mas joga poker desde criança. Foi apresentada ao jogo pelo seu pai, Alexandre Saliba, em uma viagem em família. A paixão foi imediata. Na época, ainda um pouco platônica, afinal ela ainda era apenas uma garotinha. Até os 18 anos, uma eternidade. A partir dali, começando naquele torneio freeroll em algum lugar São Paulo, em que ficou em quinto lugar, ninguém mais segurou a paulista Vivian Saliba.

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O belo sorriso e a fala macia escondem a ferocidade de uma jogadora com sede por vitórias. São apenas dois anos jogando como profissional, mas mais de seis anos ganhando dinheiro atrás das cartas. Nesse curto espaço de tempo, ela construiu um sólido currículo. Campeã Paulista de Omaha em 2015, ela teve em 2017 o melhor ano da carreira. Bolhou a mesa final do Championship de pot-limit Omaha da World Series of Poker (WSOP), ficou ITM no Main Event, tanto da WSOP quando da WSOP Europa, e venceu o torneio Ladies do 888 Live Festival na Inglaterra. A recompensa foi muito mais valiosa que apenas os prêmios em dinheiro: um contrato para representar o 888poker como embaixadora do site. Em entrevista exclusiva para a Card Player Brasil, ela contou tudo sobre essa nova fase de sua vida. Marcelo Souza: Vivi, como foi largar uma carreira tão promissora no Direito para jogar poker? Vivian Saliba: Quando eu tinha 22 anos, eu pagava a faculdade de Direito com dinheiro do poker. Naquela época, eu consegui um estágio ótimo, mas quando eu peguei o contrato pra assinar, percebi que não ia conseguir jogar, trabalhar e estudar. Foi naquele o momento em que tomei a decisão. Segui meu coração e pensei: “Vou fazer o que eu gosto! Se já ganho dinheiro com poker sem levar muito a sério...” Larguei a faculdade. Não estava feliz. A partir daquele dia, eu caí de cabeça no poker. MS: E como foi a reação da sua família? VS: Meu pai sempre me apoiou. O poker me aproximou muito dele. Sempre íamos jogar juntos e conversávamos sobre o jogo. Meus irmãos e minha mãe não gostaram.

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Queriam que eu seguisse um caminho tradicional. Eles não entendiam o conceito de ser profissional de poker. Depois de muita conversa, eles abriram suas mentes. Hoje, sentem orgulho de mim. MS: E o que é esse conceito que seus irmão e sua mãe não entendiam? VS: As pessoas precisam entender que é um trabalho como outro qualquer. Você precisa ter muita responsabilidade, seguir uma rotina saudável e de exercícios. Dormir bem e, claro, estudar muito. Fora isso, é preciso ter muita disciplina com suas finanças. Gerenciar o seu bankroll é essencial. Eu tive períodos difíceis. Várias vezes me questionei se eu estava indo pelo caminho certo, se realmente aquilo era para mim. O que me abriu os olhos e tirou minhas dúvidas foi quando resolvi jogar fora do Brasil. MS: Você poderia falar mais sobre isso? VS: No Brasil, é extremamente complicado para um profissional que só joga ao vivo, que era o meu caso. O fato de não termos cassino faz com que os jogos nos clubes não sejam justos para aos jogadores. O rake é muito alto, os impostos são abusivos e existem regras esdrúxulas que eu não concordo. Quando fui para a Flórida, nos Estados Unidos, fiquei encantada, mas ao mesmo tempo frustrada. Nos dois meses que fiquei lá, percebi o quanto os jogos aqui são ruins. Voltei depois para jogar a World Series e a experiência foi única. Conheci muitas pessoas. Profissionais do mundo inteiro. E tudo isso com um orçamento bastante limitado.


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“Eu quero que as pessoas olhem para mim e digam: ‘A Vivi é uma das melhores jogadoras de poker’”.

Mesa final do 8-Game, que teve como campeão Rodrigo Garrido (sentado ao centro).

MS: E agora no Brasil, quais são seus planos? VS: Bem, eu espero que o cenário brasileiro melhore, mas até lá, vou jogar mais online quando estiver por aqui. O 888poker tem torneios ótimos e tem me ajudado a desenvolver meu jogo online. Também quero investir mais em imagem. Há bastante espaço para isso. MS: Falando em suas viagens, pude acompanhar algumas de suas entrevistas para canais internacionais e fiquei impressionado com a sua desenvoltura para falar inglês. O quanto isso é importante para um jogador de poker profissional? VS: Sempre falei inglês. Não falava tão bem quanto hoje, mas tive aulas de inglês desde criança. Conforme comecei a viajar, comecei a praticar, a falar mais. Por falar em inglês, tive acesso ao melhor conteúdo de coaching online

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que existe, o Run It Once, do Phil Galfond. Foi também por causa do inglês que pude trocar ideias e me aproximar de pessoas que são bem sucedidas internacionalmente, dar entrevistas fora do Brasil e, claro, me tornar embaixadora do 888poker. MS: E para você, o que é ser um embaixadora do poker? VS: Ser embaixadora não é ser paga para usar um patch e jogar poker. Na verdade, tem muito trabalho e você é a cara não só do site, mas a cara do esporte. Você é uma porta voz da comunidade. Não me contrataram apenas por ser bonita e por falar inglês. Se fosse esse o caso, eles contratariam uma modelo internacional. Você precisa passar uma mensagem e acho que tenho conseguido isso graças a um conjuntos de habilidades.


MS: O fato de ser uma mulher, e muito bonita, já lhe deixou em situações desconfortáveis com outros homens na mesa, já que o poker, infelizmente, ainda é um esporte em que grande parte dos praticantes são do sexo masculino? VS: Já sofri com o machismo, sim. Quando eu fui Campeã Paulista de Omaha, com uma etapa de antecedência, muitas pessoas me perguntavam: “Nossa, e era um ranking misto? Você jogou com homem também?” Isso já é um preconceito embutido. Esse é o tipo de problema que eu já enfrentei. Já escutei de amigas minhas que tiveram problemas na mesa, com homens se insinuando ou interpretando um gesto de simpatia de maneira errada. Eu, particularmente, nunca tive esses problemas. Sou uma pessoa muito divertida e brincalhona, mas o poker é meu ambiente de trabalho, então sempre fui muito séria nas

mesas. Sempre procuro adotar algumas medidas pra evitar situações desagradáveis. MS: Você acha que os torneios exclusivamente para mulheres podem remediar esse machismo? VS: Eu acho que mulheres no poker é uma coisa boa pro esporte. O ambiente fica mais agradável. É utopia achar que teremos um salão com metade de mulheres e metade de homens, pelo menos por agora, mas acho que os torneios para mulheres trazem, sim, mais mulheres para o poker. Principalmente mulheres que têm interesse, mas que às vezes não encontraram uma abertura para jogar, já que podem se sentir intimidadas em uma mesa cheia de homens. Acho que os torneios desse tipo têm que ter a finalidade de trazer mais mulheres para o poker. Devem ter buy-in acessíveis e um propósito mais de entretenimento.

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No entanto, sou contra ranking apenas para mulheres. Acho que em um esporte da mente e competitivo como o poker não pode haver distinção entre jogadores e jogadoras, todos devem ser jogadores de poker. Uma das minhas lutas é que parem de dizer que sou umas das melhores jogadoras entre as mulheres, eu quero que as pessoas olhem para mim e digam: “A Vivi é uma das melhores jogadoras de poker”. MS: E como foi sua entrada para o 888? VS: O primeiro contato que eu tive com o 888 foi há três anos. Eu fiz uma cobertura de um torneio, como repórter, pra eles. Eu me saí muito mal (risos). É muito difícil fazer entrevista. Eu morria de vergonha das câmeras. Você falou da minha desenvoltura, mas isso foi com muito treino. Eu era completamente travada. Nessa época eu falei para mim mesmo: “Meu Deus, que horror. Queimei meu filme” (risos). Mas eles sabem que eu dei o meu melhor. E aí a gente volta a falar daquela coisa de ser embaixadora. Para ser embaixadora de um site você precisa preencher vários pré-requisitos. Naquela época, eu não estava pronta. Quando comecei a me transformar como profissional de poker, comecei a ter os resultados, ter maturidade, a aparecer fora do Brasil... Bem, eles notaram. Joguei o 888 Live aqui em São Paulo, em agosto, depois fui pra Londres, em que ganhei o Ladies e o pacote para a WSOP Europa, em Rozvadov, na República Tcheca, e lá as conversas evoluíram e foi onde assinei contrato. MS: Uma dia você pretende deixar de depender do grind no poker? Quero dizer, continuar tendo o nome ligado ao poker, mas sem a rotina desgastante de ter que ficar jogando. VS: Se você tem a opção de diversificar seus investimentos, você sempre deve optar por isso. No futuro, provavelmente, terei investimentos em outras coisas. Mas

o que eu gosto e o que se encaixa com minha vida, pelo menos nos dias de hoje, é jogar. Jogar muito! Estou com muita sede de crescer. Quero evoluir como jogadora e como pessoa. MS: E seus ídolos no poker? Conheceu alguns em suas viagens? VS: Ah, sim. Joguei com vários profissionais que admiro, pessoas que eu sempre via nas notícias e nos vídeos de treinamento que eu assistia. Em Barcelona, joguei um torneio de 10 mil euros de Omaha com o “Isildur”, o Viktor Blom. Ele é muito tímido e não estava jogando insanamente como joga na internet. No torneio de 25 mil dólares de Omaha da WSOP, eu joguei com Ola “Odd Oddsen” Amundsgaard [capa da edição 80 da Card Player Brasil, “O Homem que Mudou o Poker na Noruega”], que é uma sumidade em Omaha, e com o Justin Bonomo. Ele é muito bom em hold’em, mas no Omaha vi ele fazer algumas coisas bem estranhas. Também joguei com Patrik Antonius, que era minha quedinha quando eu tinha 17 anos. Achava ele lindo (risos). Joguei com tantas pessoas boas e o mais gratificante foi estar lá, jogando contra o melhores do mundo e ainda conseguir resultados. Isso mostra o quanto estou evoluindo. MS: E a Vivi fora das mesa? Tem espaço para algo além do poker? VS: Eu diria que quase o tempo todo eu estou pensando em poker. Sou uma pessoa muito competitiva e ambiciosa, então tenho muito essa vontade de crescer. Mas eu acho que tudo é uma questão de balanceamento. Pra você ter sucesso, você precisa ter sua saúde mental equilibrada — e isso inclui momentos de lazer. Teve épocas que eu só jogava, sete dias na semana, doze horas por dia. Aprendi que é importante você ter a sua cabeça no lugar. No meu

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tempo livre, gosto de ficar com meus amigos. Adoro comer. Adoro cozinhar. Gosto muito de cinema comida, de assistir seriados no Netflix. E não posso esquecer do meu cachorro, o Napoleão. Amo passar o tempo com ele. MS: Para terminar, Vivi, o que você diria para quem está lendo essa entrevista? VS: Eu recebo muitas mensagens de pessoas falando que estão frustradas e que querem largar a vida delas pra jogar poker. Acho legal dizer que você pode ser um jogador recreativo e ser lucrativo mesmo assim. As pessoas têm que saber que ser um profissional de poker não é simplesmente

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ir lá e jogar. Não é fácil. É um caminho difícil. É um meio competitivo. Ninguém é tão mais inteligente que alguém para virar profissional do dia para a noite. Você precisa ter muito preparo, disciplina, empenho e equilíbrio mental. Se você é apaixonado por poker, mas não apresenta esses pré-requisitos, o melhor é jogar de forma recreativa. Eu própria ainda tenho muito para caminhar. Estou muito feliz do jeito que as coisas estão indo. Quando eu assinei com o 888poker foi um momento de afirmação pra mim. Foi um momento que percebi estar no caminho certo. Eu estou na empresa que eu sempre quis entrar e estou pronta pra isso.


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ANÁLISE com Chris Moorman

DE MÃO

Em nossa nova seção, um renomado jogador analisará uma mão jogada por ele próprio, em um torneio ao vivo ou online. Nesta edição, nosso convidado é o britânico Chris Moorman, o jogador que mais ganhou dinheiro em torneios na história do poker online e que também possui um bracelete da WSOP e um título do WPT.

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UTG 3.178

UTG+1 3.350

MP1 3.000 MP2 3.200

Blinds: 25 - 50

A

7

A

SB 2.176

HJ 3.002

7

BB 3.734

Herói (BTN) 2.655

Torneio: $109 regular (Online) Pré-flop: Hero é o BTN com A♥7♥ 6 jogadores dão fold, Hero aumenta para 112, SB dá fold, BB paga mais 62. Flop: K♥ 9♠ 2♥ (2 jogadores – 249) BB pede mesa, Hero aposta 109, BB aumenta para 350, Hero paga mais 241. Turn: K♥ 9♠ 2♥ Q♠ (2 jogadores – 949) BB pede mesa, Hero aposta 493, BB paga 493. River: K♥ 9♠ 2♥ Q♠ 3♦ (2 jogadores – 1.935) BB pede mesa, Hero aposta 1.700 e é all-in, BB dá fold.

CO 3.125

Esta mão é do início de um torneio em que ainda não havia ante. A ação chegou em fold a mim no button. Com 53 big blinds, eu faço um raise padrão de 2,25x com A♥7♥. O small blind desiste e o big blind defende. Mesmo com apenas uma pequena amostra de mãos do meu adversário, parece que ele está jogando bem solto, tendo dado para fold no flop apenas duas de seis vezes que ele viu o flop e talvez ele também esteja jogando agressivo, já que dessas quatro vezes que ele não desistiu, em uma ele deu check-raise.

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UTG+1 3.350

9

K

BB 3.622

249 7

A

SB 2.151

Herói (BTN) 2.543

O flop é K♥ 9♠ 2♥, em que meu range tem uma boa vantagem em equidade. Mãos muito fortes que acertaram em cheio o flop, como A-K, K-K, 9-9, sem posição, provavelmente iriam de 3-bet pré-flop, talvez também um K-Q. Ele também tem muitas mãos que possuem equidade bem ruim nesse bordo e seriam forçadas a desistirem diante de uma continuation bet. Por essa razão, eu aposto 109 em 249 (44% do pote) por valor/proteção. Meu oponente confirma a imagem que tenho dele e faz uma check-raise para 350. Com nut flush draw, a decisão de continuar na mão é bem simples, mas aqui vejo muitas pessoas cometerem um erro primário: ir all-in. Quando fizer isso e for pago, com um draw e uma overcard, você sempre estará em uma situação bem desfavorável.

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HJ 3.002

7

A

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MP2 3.200

2

9

K

MP1 3.000

2

UTG 3.178

CO 3.125

No entanto, pagar em posição é muito melhor e ter a chance de ganhar o pote mesmo quando meu draw não bater. Eu jamais faria uma 3-bet no flop com qualquer mão que esteja no meu range de continuation bet, então mesmo tendo flush draws em meu range, eu também tenho mãos fortes como K-K, K-9 e 9-9, além de alguns straigth draws fracos, o que deixa, no geral, meu range de call protegido. Depois de dar call no flop, o turn traz uma Q♠, o que deixa o bordo com um segundo flush draw. Meu oponente pede mesa. Nesse ponto, posso tanto dar mesa, para ver uma carta grátis e realizar minha equidade ou até mesmo ganhar o pote com meu Ás, ou posso começar a transformar minha mão em um blefe. Não existe certo ou errado aqui, mas se há um chance do seu adversário fazer outro check-raise, apostar seria um


desastre, já que teríamos que dar fold e não realizaríamos nossa equidade. No entanto, nesse tipo de bordo carregado, eu não acredito que ele pedirá mesa com mãos fortes, já que ele espera que peça mesa muitas vezes com grande parte do meu range. Não há razão para apostar com mãos como Q-J, J-J, 10-10, J-9, 10-9 etc. E mesmo mãos mais fortes como K-J e A-K pedirão mesa para controlar o pote nesse tipo de turn. Por essa razão, acredito que o range do meu adversário agora tem muito draws para sequência que acertaram um par, como Q-J e Q-10. Então, decido apostar, com a intenção de blefar no river ou fazer uma aposta por valor caso acerte meu flush.

Quando ele paga no turn, há 1.935 fichas no pote e o stack efetivo restante é de 1.700. O 3 no river não muda nada e eu decido continuar com o meu plano de ir all-in. É verdade que ele pode achar que eu tenho um flush draw que não foi completado, mas muitos combos do tipo têm valor de showdown e mãos como 9♥X♥ e Q♥X♥ não seriam as que eu escolheria para blefar. E ainda há uma porção de mãos que eu apostaria por valor, como trincas, K-Q, K-9, Q-9 e J-10, o que deixa meu range de valor bem balanceado com o de blefes. Ou seja, dar o hero-call aqui é difícil para qualquer jogador.

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TABLE Por Craig Tapscott

Tradução e adaptação: Marcelo Souza

GRANDES CAMPEÕES ANALISAM MÃOS CHAVE QUE LHES LEVARAM A VITÓRIAS NOS PRINCIPAIS TORNEIOS DO MUNDO, SEJA NA INTERNET OU AO VIVO.

CHRIS MOORMAN, O JOGADOR QUE MAIS GANHOU DINHEIRO EM TORNEIOS ONLINE NA HISTÓRIA, CONQUISTA SEU PRIMEIRO BRACELETE DA WORLD SERIES OF POKER. Chris Moorman é o jogador que mais ganhou dinheiro jogando torneios na internet, o primeiro a atingir a marca de US$ 14.000.000 em prêmios. Sua transição para o poker ao vivo foi bem tranquila. Ele já ganhou mais de US$ 5 milhões em torneios ao vivo e conquistou seu primeiro bracelete da WSOP em 2017. Antes disso, ele já tinha destruído no World Poker Tour LA Poker Classic de 2014, quando venceu pela primeira vez um WPT e ainda embolsou US$ 1 milhão.

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Evento

Six Max No-Limit Hold’em da WSOP 2017

Jogadores

959

Buy-in

US$ 3.000

Primeiro Prêmio

US$ 498.682

Colocação


Mão #1 Q

10

K

Q

Tom Middleton 141.000 4

5

K

5

4

5

K

5

Q

10

K

Chris Moorman 270.000

10

Q

10

Mão #1 - Blinds: 1.200-2.400 • Antes: 400 Número de jogadores na mesa: 5

Conceitos chave: Meta-game; tamanho de apostas. Tom Middleton aumenta para 6.000 do UTG. Moorman faz tudo 21.000 do big blind (BB) com Q♣Q♦. Craig Tapscott: Sei que Tom é seu amigo. Qual a sua leitura aqui? Chris Moorman: Como o raise dele foi de 2,5x, eu tendo a defender o BB com menos frequência. Em contrapartida, eu vou fazer uma 3-bet mais vezes, já que minhas odds são piores contra um raise desse tamanho do que contra o mini-raise padrão, que o resto da mesa vem fazendo. Além de fazer uma 3-bet com J-J mais, A-Q e A-K,

eu posso blefar alguns suited conncetors mais baixos, que permitem realizar minha equidade pós-flop até o river, o que não aconteceria se eu apenas pagasse, como também blefar alguns bordos. Middleton paga. CT: Por que dar call com uma mão tão fraca e estando fora de posição? CM: Primeiro, deixe eu lhe dizer que ele deu call com K♠10♠. Acho que é ok pagar aqui, mas essa deve ser a pior mão do seu range para pagar nessa situação. Flop: 10♦ 5♠ 4♠ (pote: 45.200) Moorman aposta 16.000.

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CT: Por que esse tamanho de aposta? CM: Um terço do pote é uma continuation-bet padrão. Tom sabe que eu vou apostar nesse flop com 100% do meu range do 3-bet. Middleton paga. Turn: 5♥ (pote: 77.200) Moorman aposta 27.000 CM: Eu não preciso apostar muito aqui. A dobra do Cinco é muito boa para mim. A maioria das mãos que ele deu call não têm muitos outs contra mim, a não ser que ele tenha uma mão bem específica, como um flush draw. Middleton paga. River: K♥ (pote: 131.200) Moorman vai all-in. CM: Não acho que ele tenha muitos Reis em seu range, a não ser K♠Q♠, K♠J♠ e K♠10♠. Eu sei que eu iria all-in esse river mesmo se tivesse uma mão como 7♦6♦.

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Middleton paga e puxa um pote de 284.400. CT: O que você pensou após o término da mão? CM: Pensando a mão depois, acho que cometi um erro no river. Como eu tenho pouquíssimo blefes em meu range, eu preciso proteger meu range de check. Essa é, na verdade, uma excelente mão para dar check-call no river, já que eu não tenho nenhuma carta bloqueando os flush draws de Tom. O all-in por valor com Q-Q não é tão bom, mas nesse caso, o resultado seria o mesmo. Mas se Tom tivesse J♠Q♠, ele provavelmente iria all-in caso eu pedisse mesa no river. Indo all-in, eu espero que ele me pague com pouquíssimas mãos, como A-10 e J-J, que são bluff catchers e também pediriam mesa no river. Com dois flush draws na mesa, o número de combos que erraram o flush aumenta consideravelmente, assim, Q-Q, sem nenhuma carta de espadas, se torna na mão perfeita para ser transformada em bluff catcher e dar check-call no river.


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Mão #2 Q

10

Q

Q

Q

Michael Gagliano 4.035.000 5

8

2

8

10

5

10

Q

2

Q

Chris Moorman 2.930.000

10

Q

Q

Mão #2 - Blinds: 30.000-60.000 • Antes: 10.000 Número de jogadores na mesa: 6

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Conceitos chave: 3-bet; Disfarçando a força da sua mão; Range de mãos. CM: No começo da mão, eu sou o segundo em fichas dos seis jogadores restantes. Michael Gagliano e eu temos uma vantagem significativa em fichas. O problema é que ele é o único jogador que pode me eliminar. Eu tenho que ser bem cuidadoso jogando contra ele — e ele sabe disso. Gagliano aumenta do button para 150.000. Moorman faz tudo 505.000 do big blind. Gagliano paga. CT: Você poderia apenas pagar e preparar uma armadilha para ele? CM: Não. Existem muitos blockers no meu range de 3-bet para eu ficar apenas pagando com pré-flop contra o chip leader abrindo do button. CT: Por que esse tamanho de aposta? CM: Eu posso fazer uma 3-bet grande aqui. Dada a situação de ICM (Independent Chip Model), eu estou muito mais polarizado do que o normal. Eu não vou fazer uma 3-bet com 9-9, por exemplo, uma mão que iria de 3-bet 100% das vezes contra um raise do button se estivéssemos com 100 big blinds. CT: O que lhe diz o call dele? CM: Pagar com Q♣10♣ é totalmente normal. Ele tem 65 big blinds e posição contra mim. Flop: Q♦ 10♦ 5♥ (pote: 1.100.000) CM: O flop é muito favorável para a minha mão, mas também é um pouco assustador porque conecta muito bem com o range do

meu adversário. Pré-flop, caso eu tivesse Q-5 e 10-5 suited, e 5-5 ou até mesmo 10-10, eu só pagaria, então, exceto Q-Q, não existem combinações de mãos fortes que eu seguro. Obviamente, eu poderia ter A-A ou K-K, mas mesmo essas mãos não iam ficar confortáveis de ir all-in nesse tipo de flop. Mesmo uma mão muito boa como A♦K♦ está nessa situação. Dificilmente, Gagliani colocaria toda o seu stack nesse flop com um draw pior. Apenas mãos feitas, como Q-10 e 5-5, fariam isso. Por essa razão, eu prefiro pedir mesa, o que faria com todo o meu range nessa situação.

blefar uma mão como K-J. Por essa razão, eu preferi o call novamente.

Moorman pede mesa. Gagliano aposta 525.000. Moorman paga.

CT: O que você acha que passa na cabeça dele?

CT: Por que não dar raise? CM: Uma vez que ele aposta, a melhor jogada é apenas pagar. Isso permite que ele continue blefando em outras streets e também protege a parte fraca do meu range. Turn: 8♣ (pote: 2.150.000) Moorman pede mesa. CM: O turn não muda muita coisa, a não ser que ele tenha J-9 suited. Gagliano aposta 1.050.000 CT: É hora de colocar tudo no pano? CM: Bem, agora tenho uma decisão interessante a tomar. Se eu der call, meu SPR (Stack to Pot Ratio) será de metade do pote no river. Normalmente, com um SPR tão baixo, um bom jogador desiste do blefe no river, mas devida a situação do meu stack e à pressão de uma grande mesa final, essa pode ser uma grande oportunidade para ele

Moorman paga. River: 2♦ (pote: 4.250.000) CT: Essa não é uma carta muito boa, certo? CM: Não é. O river completa um possível flush. Mas, nesse momento, há muitas fichas no pote e ele pode ir all-in por valor com uma trinca pior ou dois pares, então, eu sempre tenho que pagar.

CM: Michael tem que ir all-in ou dar check. Eu tenho alguns flushes no meu range, como A♦K♦, mas eles são tão poucos. Além disso, ele bloqueia par de Damas e par de Dez (ele pode achar que faria uma 3-bet com 10-10), então, raramente ele está perdendo a mão. Minhas mãos mais prováveis nesse ponto são Ases ou Reis, então ele precisar ir all-in. Se ele chegou no river como uma mão como K-J, A-J ou K-9, então ele também tem que blefar essa carta. Para mim, com Ases ou Reis, seria difícil dar o call. Provavelmente, eu daria call com A-A e largaria K-K, já que eu bloquearia mais de seus blefes com Reis (todos os combos de K-J). Moorman pede mesa. Gagliano vai all-in. Moorman dá call. Gagliano mostra Q♣ 10♣, e Moorman puxa um pote de 5.930.000. CM: Acredito que nós dois jogamos bem. E mesmo que tenha sido um grande cooler, a análise é bem interessante, já que levantamos as possibilidades com as diferentes partes do nosso range.

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O partypoker é um dos sites de poker pioneiros no mundo e vem investindo cada vez mais para trazer a melhor experiência para seus jogadores — seja ao vivo ou online.

COMO EU CRIO UMA CONTA? Para começar a sua experiência no partypoker basta acessar o site partypoker.com e clicar no botão “Baixar Gratuitamente”. 1

A partir daí, basta criar sua conta e usufruir de todos os benefícios que só o partypoker pode oferecer.

BÔNUS

O partypoker disponibiliza um bônus único para os jogadores que estão começando a jogar no site. Qualquer valor (até US$ 500) que o usuário colocar em seu primeiro depósito, ele receberá o dobro para poder jogar. Por exemplo, caso você faça um primeiro depósito de $10, o partypoker dá outros $10 para você utilizar nas mesas do site.

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SISTEMA DE RECOMPENSAS

O partypoker oferece um sistema de recompensas exclusivo para seus usuários, que é dividido em quatro categorias: Bronze, Prata, Ouro e Palladium. Para atingir uma categoria, você precisa acumular determinado número de pontos por mês. A cada $1 de rake, você ganha dois pontos. Por exemplo, ao jogar um torneio de $22 — em que $20 vão para a premiação e $2 correspondem à taxa administrativa do site (rake) —, você acumula quatro pontos. Os pontos podem ser trocados por entradas de torneios (tíquetes) ou por dinheiro. BRONZE – 0 ponto/mês Recompensas: tíquetes de até $22 PRATA – 50 pontos/mês Recompensas: tíquetes de até $109 OURO – 750 pontos/mês Recompensas: tíquetes de até $530 e até $100 em dinheiro. PALLADIUM – 2.000 pontos/mês Recompensas: tíquetes de até $1.000 e até $500 em dinheiro.

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MISSÕES

No partypoker, o jogador ainda tem a opção de realizar “Missões”. As missões dão ao usuário objetivos que o desafiam a experimentar novas coisas e aprimorar o próprio jogo. Mas não existem obrigação. É possível completá-las em um ritmo tranquilo. Mas aprimorar as suas habilidades no poker é apenas um dos benefícios aqui. O partypoker dá recompensas extras para cada missão concluída, que incluem tíquetes para torneios, dinheiro, bônus etc. Para escolher uma missão, basta entrar em “Missions”, depois clicar em “Overview” e encontrar uma Missão que você goste. As missões que você pode iniciar terão um ícone “jogar” (play) ao lado. Missões com um ícone de cadeado estão bloqueadas. Para liberá-las é preciso cumprir algum tipo de missão antes. Depois de começar uma missão, o jogador ainda tem a opção de pausar a mesma e começar uma outra.

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TORNEIOS

O partypoker conta com uma das melhores grades de torneio da internet, atendendo jogadores de todos os limites, dos mais baixos até aqueles que gostam apenas de high rollers. MÚLTIPLAS FASES Nos torneios de múltiplas fases, você pode jogar um evento de até US$ 250.000 garantidos. Esses torneios consistem em duas fases. As Fases 1 estão disponíveis ao longo da semana e se você durar 16 níveis, se classifica para a Fase Final, que acontece no domingo. Se for eliminado, basta tentar novamente — você pode jogar a Fase 1 quantas vezes quiser. Caso se classifique e não esteja satisfeito com seu stack, você pode se classificar novamente e levar seu melhor stack para o Fase Final. Com buy-ins entre US$ 5,50 e US$ 109 e torneios de segunda a domingo, eventos de múltiplas fases lhe dão a chance de pagar pouco para tentar ganhar muito dinheiro.

Nível

Fase 1

Fase 1

Fase Final (Domingo)

BUY-IN

Premiação Garantida

Peso Pena (Featherweight)

Segunda a sábado (a cada 2 horas, das 14h às 4h)

Domingo (a cada hora, das 10h às 17h)

Às 18h30

$5,50

$50.000

Peso Médio (Middleweight)

Segunda a sábado (a cada 2 horas, das 14h às 4h)

Domingo (a cada hora, das 10h às 17h)

Às 18h30

$22

$100.000

Peso Pesado (Heavyweight)

Segunda a sábado (a cada 2 horas, das 16h às 2h)

Domingo (a cada 2 horas, das 10h às 16h e também às 16h)

Às 18h30

$109

$250.000

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Torneios PESO PENA (Featherweight)

O partypoker trabalha com três frentes de buy-in em seus torneios regulares, classificadas em: Peso Pena (Featherweight), Peso Médio (Middleweight) e Peso Pesado (Heavyweight). Além dos torneios de múltiplas fases, existem também aqueles de fase única, mais conhecidos pelo público. No Peso Pena, você encontrará mais de 170 torneios com buy-ins de $5,50 a $11. O principal deles é o The Jab, um torneio diário de $5,5 com premiação garantida de $7.500, de segunda a sábado, e de $10.000 aos domingos. Você pode jogar os torneios Peso Pena diariamente entre 10h e meia-noite.

Torneios Peso Médio (Middleweight)

Entre os Pesos Médios são oferecidos mais de 230 torneios semanais, com entradas entre $22 e $55, sendo mais de US$ 850 garantidos pelo partypoker. O The Contender, com buy-in de apenas $22, garante $15.000, de segunda a sábado, e $25 mil aos domingos. Já o The Cournterpunch tem buy-in de $55 e premiação garantida de $7.500. Ele também acontece diariamente. Você pode jogar os torneios Peso Médio todos os dias de 6h às 4h.

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Torneios Peso Pesado (Heavyweight)

Com mais de US$ 1 milhão distribuídos durante a semana, os mais de 60 torneios Peso Pesado do partypoker têm buy-in entre $109 e $215. Carro-chefe da categoria, o Title Fight ocorre aos domingos, às 19h. Com buy-in de $215, o Title Fight tem premiação garantida progressiva. Começando em $300.000 garantidos, toda vez que o garantido for batido, o partypoker aumentará em US$ 25.000 a premiação garantida da próxima semana. O Title Fight ainda possui a melhor estrutura da internet, com stack inicial de 30.000 fichas e subida de blinds a cada 20 minutos. Por quase metade do preço do Title Fight, você pode jogar o Main Event. Com buy-in de $109, o Main Event é jogado também aos domingos, às 19h, e tem premiação garantida de US$ 150.000. Por fim, o Uppercut e o Weigh-In. Enquanto o Uppercut ocorre de segunda a sábado, com buy-in de $109 e garantido de US$ 50.000, o Weigh-In é um torneio diário. Com entrada também de $109, ele tem premiação garantida de US$ 25.000 todos os dias, exceto aos domingos, quando esse valor sobe para US$ 50.000. Os torneios Peso Pesado podem ser jogados diariamente entre 10h e 1h.

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High Rollers

Para quem gosta de jogos ainda mais caros, o partypoker oferece mais de 20 high rollers semanais, que distribuem mais de um milhão de dólares. Os valores das entradas variam entre $530 e $2.600. Confira a grade:

Data*

Buy-in

Garantido

Domingo (15h)

$530

$150.000

Domingo (13h)

$530

$100.000

Domingo (18h)

$530

$25.000

Domingo (15h)

$2.600

$100.000

Segunda-feira, quarta-feira, quinta-feira e sábado (15h)

$530

$50.000

Segunda-feira a Sábado (17h)

$530 (Turbo)

$20.000

Segunda-feira a Sábado (13h)

$530

$20.000

Terça-Feira (15h)

$530

$20.000

Terça-Feira (15h)

$530

$100.000

*Sujeito a alterações

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CARD CLUB

A Card Player Brasil acaba de criar o Card Club, um programa com vantagens únicas que levará as principais marcas de clubes de todo o País a você que nos acompanha em todas as nossas plataformas. Através do Card Club, qualquer clube do Brasil pode se tornar um parceiro da Card Player Brasil, tendo sua marca e seus torneios divulgados nas páginas da principal revista de poker da América Latina, edições impressa e digital; e, claro, nas nossas mídias sociais. Em breve, também em nosso site, uma seção exclusiva para os nossos parceiros. Você, dono de clube, que deseja formar uma parceria com a Card Player Brasil, basta enviar um e-mail para contato@cardplayerbrasil.com e ficar pode dentro dos detalhes de como fazer parte do nosso time.


Seja nosso parceiro e tenha seu clube e seus torneios divulgados em nossa revista e nossas redes sรณcias. Envie um e-mail para contato@cardplayerbrasil.com e saiba como.

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CARD PEDIA FERAS DO ONLINE TOP 10 – RESULTADOS BRASILEIROS EM OUTUBRO

LUIS EDUARDO GARLA

SITE

Torneio (Buy-in)

Data

Nome

Posição

Prêmio

Sunday Million ($215)

22/10

Jesse “ezynow99” Wigan

$144.913

The Title Fight ($215)

22/10

Luis Eduardo “GarlaEdu” Garla

$83.500

The Title Fight ($215)

08/10

Dimitri “Gringenkov” Gringenkov

$83.500

Sunday Million ($215)

08/10

André “AndreBusato” Busato

$77.555

Super Tuesday ($1.050)

10/10

Felipe “Fepoker20” Meister

$69.171

Super Tuesday ($1.050)

10/10

Fernando “Fermorhy” Morhy

$50.791

Sunday Million ($215)

01/10

Vitor “VitinhO Dzi” Dzivielevski

$55.807

Sunday Warm-Up ($215)

22/10

Bruno “great dant” Volkmann

$48.595

Sunday Warm-Up ($215)

15/10

Alisson “heyalisson” Piekazewicz

$48.352

Sunday Special ($300)

08/10

Bruno “jaimewaynes” Volkmann

$46.763

TOP 10 – HIGH STAKES DE OUTUBRO*

VIKTOR BLOM

TOP 5 - VENCEDORES** Site

Jogador

Sessões

Mãos Jogadas

Lucro

Carlo van “Ravenswood13” Ravenswoud

106

7.888

$322.147

Timofey “Trueteller” Kuznetsov

82

6.196

$201.858

“JayP-AA”

120

10.768

$186.354

Viktor “Isildur1” Blom

81

10.204

$157.434

Tom “tjbentham” Bentham

198

11.087

$125.194

Jogador

Sessões

Mãos Jogadas

Prejuízo

Sami “Lrslzk” Kelopuro

142

10.609

$494.941

“RaúlGonzalez”

32

6.586

$304.924

Ronny “1-ronnyr3” Kaiser

42

2.763

$174.588

“Grazvis1”

202

9.371

$140.227

Elior “Crazy Elior” Sion

13

2.393

$123.405

TOP 5 - PERDEDORES** Site

*Fonte: highstakesdb.com

76

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