Card Player Brasil Digital - 40

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POKER

ESP O RTE E ESTI LO D E VI DA

O poker e a relatividade O que é importante para fazer “notes”?

FA Coroação edorde Holz Um Jovem Rei










SUMÁRIO THE BOOK IS ON THE TABLE

12 Pot-limit Omaha Poker Pot-Limit Omaha Poker Estratégias Para Grandes Jogadas, de Jeff Hwang

CLÁUDIO DAVINO

ESPECIAIS 26. Fedor Holz - A Coroação de Um Jovem Rei Entrevista exclusiva com o maior vencedor do ano

18 PLANO DE VOO Em seu artigo de estreia, “PeixeFeliz” aborda dois dos mais importantes conceitos dentro do poker: valor e blefe.

E MAIS 46. CARD CLUB Clubes de poker

FÁBIO EIJI

32 Einstein já dizia Os principais motivos que influenciam no fracasso de um jogador de poker em potencial.

JOÃO BAUER

chave para ser 40 Acompetitivo João Bauer e Fábio “f1oba” mostram que para ser competitivo é preciso estar bem adaptado.

RAMON SFALSIN

ANOTAÇÕES DOS 48 FAZENDO OPONENTES-Parte II Na segunda parte do artigo sobre notes, “PESCANCO” aborda os aspectos a serem observados no jogo pós-flop.

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a h a m O t i m i L t Po

poker

J e f f H wa n g

s a d a g o j s e d n a r g a r a p estrategias


THE BOOK IS ON THE TABLE

Pot-limit Omaha Poker – Estratégias para grandes jogadas é a sua porta de entrada para a variante do poker que mais ganha popularidade no mundo. Por ter muito mais ação e potes maiores do que o no-limit hold’em, o número de adeptos desta modalidade cresce de forma exponencial. No Brasil, todos os grandes torneios já trazem em sua grade eventos paralelos de pot-limit Omaha. Neste livro, Jeff Hwang apresenta os principais segredos para começar a ser lucrativo no jogo de quatro cartas. Saiba quais são as melhores mãos iniciais, as mãos jogáveis e as não jogáveis, a importância da posição e por que o PLO é chamado de “jogo de draws”. Na parte final do livro, Hwang ainda apresenta conceitos importantes para uma variante ainda mais complexa: o pot-limit Omaha 8-or-better (Hi/Lo). Pot-limit Omaha Poker – Estratégias para grandes jogadas é, definitivamente, o melhor guia para jogadores inexperientes ou iniciantes da modalidade.

CAPÍTULO 4 – MÃOS INICIAIS E JOGO PRÉ-FLOP (p. 181) Que tipos de mãos eu deveria jogar antes do flop, e como deveria jogá-las? Uma das decisões mais importantes que você tomará em uma mão é escolher com quais cartas jogar, já que a sua decisão de entrar no pote antes do flop define o jogo pelo resto da mão. As três perguntas principais são quais mãos jogar, quando jogá-las e como jogá-las antes do flop. MÃOS INICIAIS Nós já sabemos que as melhores mão iniciais no PLO são A-A-K-K e A-A-J-10 double-suited. Rundowns, como A-K-Q-J e J-10-9-8, também são boas. Jogue mãos com quatro cartas que trabalham em conjunto, e não jogue mãos com danglers*. Mas o que isso realmente significa, e com o que mais eu posso jogar? O fato é que se você ficar sentado, esperando por A-A-K-K double-suited e quatro cartas perfeitamente conectadas, você nunca jogará Omaha de maneira efetiva. Além disso, no PLO, há uma variedade maior de mãos jogáveis do que no hold’em. Entretanto, apesar da maioria das mãos iniciais terem valores muito próximos – poucas mãos são mais do que 2-para-1 favori-

tas sobre qualquer outra –, isso só é verdade se o dinheiro estiver todo no pote antes do flop, e se o pote for disputado em heads-up. Na vida real, há uma enorme disparidade entre as mãos que ganham os potes grandes e aquelas que não. Deep-stacked, o cash game de PLO é mais um jogo de implied odds, e toda a mão que você joga deve ser jogada para ganhar potes grandes. Dito isso, já que quase todos os potes são disputados por diversos jogadores, todas as mãos são draws – incluindo as que têm A-A. E para entender que tipos de mãos você quer jogar, é preciso ter uma ideia de o que você está tentando acertar no flop. Em outras palavras, as mãos que você quer jogar são aquelas que se ajustam aos Objetivos das Grandes Jogadas, descritos no Capítulo 1. Isso é, estamos tentando acertar: 1. O nut straight com redraws. 2. O maior full house ou a trinca mais alta com outros draws. 3. Draws fortes para o nut straight, como discutido no Capítulo 3. 4. O nut flush ou nut flush draw. 5. Uma combinação dos itens citados acima.

*Cartas que não combinam de nenhuma maneira com as outras da mão. Na mão 10♦J♦J♠3♥, por exemplo, o 3♥ é o dangler, já que não é possível combiná-lo com nenhuma das outras cartas para formar uma sequência ou um flush

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Uma boa mão inicial usa todas as quatro cartas de alguma forma e é ideal que possa acertar o flop de diversas maneiras. Assim, eu dividi as mãos iniciais passíveis de serem jogadas em seis grupos básicos: (1) Cartas altas e Broadway Wrap com Ás como carta alta; (2) Mãos para straights; (3) Mãos com ases suited; (4) Mãos com par; (5) A-A; e (6) Mãos marginais. Então, depois de discriminar as mãos jogáveis em grupos, também classificaremos as várias mãos por qualidade. Essa classificação ajudará a determinar quando e como jogar os diversos tipos de mãos antes do flop. CARTAS ALTAS E BROADWAY WRAP COM ÁS COMO CARTA ALTA Como uma regra geral, qualquer mão consistindo de quatro cartas acima de 10 (incluindo o 10) é jogável e é uma mão com draw premium – especialmente quando suited. Quase quaisquer mãos com cartas acima de 9 se ajustam à estrutura das mãos com draws premium do Capítulo 3, sendo K-J-10-9 a única exceção. Mãos Broadway Wrap com Ás como carta alta – quaisquer mãos com as cartas maiores do que 9 (incluindo o 9) e contendo um Ás – podem formar grandes nut straight draws. Essas mãos são A-KQ-9, A-K-J-9, A-K-10-9, A-Q-J-9 e A-J-10-9. As três primeiras podem acertar no flop um nut straight draw de 16 cartas, enquanto as três últimas podem acertar no flop dois straights draws diferentes de 13 cartas. Quando contêm um Ás, as mãos com grandes Broadway Wraps têm um excelente potencial para uma grande jogada e são mãos com draws premium. Cartas altas também têm a melhor chance de acertarem os dois maiores pares no flop.

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TÍTULO: Pot-limit Omaha Poker – Estratégias para grandes jogadas (Pot-limit Omaha Poker – The Big Play Strategy) AUTOR: Jeff Hwang NÚMERO DE PÁGINAS: 354 PREÇO: R$ 79,00 DISPONÍVEL EM: www.raiseeditora.com


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O O PLANO DE V lar. o c e d r e Aplicação prática de ranges para seu pok Por Cláud io “PeixeFeliz” Dav i no

O Cláudio Davino claudio@pokerlab.com.br fb.com/claudioam

“Cláudio Davino é um dos destaques brasileiros em cash games on-line, especialista em NL200 (Zoom) e instrutor da PokerLAB.”

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lá, leitores da Card Player. É com imensa satisfação que escrevo este meu primeiro artigo, o que representa muito pra mim, já que sou leitor antigo e grande admirador da revista. Nesta edição, vou falar sobre como desenvolver um plano de ação para jogar nossas mãos da forma mais lucrativa possível em todas as streets. Antes mesmo de começar com a aplicação em si, é importante sabermos um ponto muito importante no poker: toda ação que tomamos na mesa deve ter um fundamento pré-estabelecido em nossa cabeça — e apostar não seria diferente. Já ouvi diversas vezes jogadores falando frases do tipo: “Estou apostando para saber onde estou na mão”, “estou apostando por informação” ou motivos bizarros como superstição. Sempre que você se encontrar em uma situação que


você aposta para saber onde está ou para obter informação estará cometendo um erro. A verdade é que no poker devemos basicamente apostar apenas por dois motivos: 1 - Apostar por valor, em que apostamos esperando levar call de uma mão pior. 2 - Apostar por blefe, em que apostamos esperando fazer uma mão melhor que a nossa dar fold. É muito importante frisar que se você não pode identificar quais mãos piores vão pagar uma aposta por valor, então você não deve apostar. Se você estiver querendo apostar por blefe e não souber que

mãos você está representando e também não souber que mãos seu oponente pode dar fold, então não blefe. Utilizando esses princípios como base, separei duas mãos, que joguei nas mesas de Zoom do PokerStars [6-Max $1-$2], para Ilustrar como pensar em ranges pode nos fazer conseguir explorar mais nossos oponentes.

MÃO#1: APOSTANDO POR BLEFE A mesa roda em fold e estou no button (BTN) com J♥9♠. O SB é um jogador NIT (extremamente tight) e o BB é um jogador fraco, tight-passivo. Do BTN, minha mão é “ok” para roubar os blinds contra esses dois. Dou raise para 2 bbs, valor que faz a jogada se tornar lucrativa se eu conseguir roubar os blinds em 57% das vezes. O SB dá fold, mas o BB paga.

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O flop vem 5♠ 2♠ Q♥. Um flop bom para dar continuation bet por blefe, já que faço mãos como A-6 até A-J, K-6 até K-J e T-8 até T-J; e, às vezes, até pares como 3-3, 4-4 e 6-6 desistirem. O BB dá check e aposto 2,75 bbs, no pote de 4,5 bbs, e sou pago. O turn é um A♣. O BB pede mesa novamente e agora tenho que tomar outra decisão: aposto de novo ou desisto da mão? A resposta nessa situação é bem clara: tenho que apostar. Mãos como 10-10, 9-9, 8-8, 7-7 e 66, que deram call no flop, agora têm apenas o terceiro par na mesa. Além disso, qualquer Q-X está agora com o segundo par e com a força muito enfraquecida, mas, ainda assim, não espero que os draws para flush e as Q-X desistam para uma aposta no turn.

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Aposto 7 bbs em um pote de 10 bbs. Uma aposta um pouco mais forte para dar odds piores aos draws e para conseguir fazer o vilão colocar mais dinheiro no pote, já que o A♣, do turn, vai fazer com que eu blefe o river com uma frequência grande. O vilão dá call, e o river é um K♣. Agora que ele deu call, é quase nula a possibilidade de termos alguma mão pior que Q-X e draws para flush no range de call do vilão. A carta do river excelente, visto que todos os draws que não contenham o Ás desistirão (inclusive os flush draws com o Rei, já que será muito difícil pagar três vezes com apenas o segundo par da mesa). Todos os Q-X (exceto A-Q e Q-K) também não pagarão, pois agora têm apenas o terceiro par da mesa. E mesmo alguns Ases, como A-6, A-7, A-8 e A-9 terão dificuldade de pagar, já que só ganham de blefes, uma vez que nosso range de aposta por valor, nessa situação, será provavelmente composto por 2-2,



5-5, A-2, A-5, AJ+ e QQ+. Aposto 15 bbs, em um pote de 24 bbs, e o BB dá fold.

MÃO #2: APOSTANDO POR VALOR Estamos no Cutoff (CO), com K♥K♣. A mesa roda em fold e abro raise para 3 bbs. O BTN e SB dão fold. O BB, um jogador recreativo e calling-station, paga. O flop vem 2♣ 2♥ 3♦, um bordo sem draws para flush e que é excelente para apostar por valor, já que o oponente nos pagará com 4-4 a J-J, e provavelmente pagará com mãos como A-4, A-5, A-3 e também com K-Q, K-J, K-10, Q-J, Q-10, A-Q, A-J, A-10, mãos que muitas vezes dão call no flop também. O oponente dá check. O pote tem 6,5 bbs, e eu aposto 5 bbs. Ele dá call. O turn é um 6♠. Esse é turn excelente, já que as únicas mãos que realmente melhoraram

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muito foram o 6-6 e o 4-5s. É preciso notar que, agora, quando aposto de novo, provavelmente serei pago por 4-4 e 5-5, mãos que conseguiram a broca para a sequência; e por mãos como 77+, que ainda estão com o maior par. Provavelmente, a terceira parte do range que estipulamos para o nosso oponente (K-Q, K-J, K-10, Q-J, Q-10, A-Q, A-J, A-10) dará fold, porque já não têm força o suficiente para suportar mais uma aposta. O oponente pede mesa. O pote tem 16,5 bbs, e eu aposto 12 bbs. Ele paga, e o river é um A♥. E agora? Apostar ou não, com esse bendito Ás no river? A resposta é novamente afirmativa. As únicas mãos que chegam no river e possuem um Ás são A-2s e, esporadicamente, A-4 e A-5. Nosso oponente, por ter tendências de calling-station, dificilmente vai se assustar com esse Ás no river, já que não representamos muitos Ases. Então, ainda serei pago por mãos como J-J, 10-10, 9-9, 8-8 e 7-7. O oponente dá check. Aposto 22 bbs, um preço praticamente irresistível para um jogador recreativo, no pote de 40,5 bbs. Ele paga com 10-10.





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F edor Holz

A Coroação de Um Jovem Rei Por Brian Pempus

O grinder Fedor “CrownUpGuy” Holz precisou de apenas quatro anos para se tornar um dos jogadores mais temidos do poker. Na atual temporada, o jovem possui 21 premiações, cinco títulos e um ganho de US$ 14.658.144. A última façanha do craque aconteceu nos feltros da World Series of Poker. Ao cravar o Evento 67: US$ 111.111 High Roller for One Drop NL Hold’em, ele faturou o seu primeiro bracelete de ouro e US$ 4.981.775. Durante a WSOP, Holz concedeu uma entrevista exclusiva ao jornalista Brian Pempus, da Card Player. Veja como foi o bate-papo:

Brian Pempus: A maioria dos torneios que você joga são high rollers, e em muitos deles você enfrenta os mesmos jogadores. Você pode falar sobre as diferenças de engatar em um torneio em que você não conhece nenhum adversário na sua mesa? Fedor Holz: Eu me divirto mais nesses torneios porque sempre pego novas informações. Cada mesa é diferente e com interações novas. Nos high rollers eu acabo enfrentando alguém que eu já encontrei antes.

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BP: Quais informações você busca primeiro quando se depara com um oponente desconhecido? FH: Na maior parte se ele é agressivo. A maneira como muitos dão um raise diz se eles preferem jogar de forma conservadora. Os europeus tendem a ser mais agressivos que os norte-americanos. Existem muitas informações que você precisa pegar. BP: Quando as pessoas na mesa descobrem quem você é e o que você vem fazendo, elas atuam de maneira diferente? FH: Eu acho que a maioria das pessoas continuam jogando o seu próprio jogo, mas é estranho em alguns momentos. Às vezes elas realmente querem ganhar uma mão contra mim, em outras

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situações não querem me enfrentar. É difícil descobrir a abordagem. BP: O que você diria que é o principal fator de seu sucesso no ano? FH: Eu estou em uma maré incrível (risos). Eu jogo muito, por isso, obviamente é mais provável que eu ganhe torneios em sequência com essa rotina. Eu acho que eu sou um dos profissionais que mais engata nos MTTs ao vivo. E os fields são pequenos, por isso é mais tranquilo do que as pessoas pensam. Mas a fase é ótima e eu me sinto bem com isso. BP: Você já parou para pensar que você precisa aproveitar ao máximo essa fase, uma vez que sequências assim não voltam a acontecer tão cedo?


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FH: Sim, claro. Eu sinto que o poker coloca você nessas fases em que você sempre deseja mais e mais. Agora eu quero me acalmar, jogar menos e me focar em outras coisas. BP: Quando você ganha um torneio e logo em seguida engata em outro, você se sente em uma zona de conforto que ajuda o seu jogo? FH: Eu sinto isso. Às vezes eu nem preciso vencer um torneio. Ficando perto do título já me dá confiança suficiente para ameaçar os meus oponentes. Eles percebem que estou confiante e por isso jogam de outra forma em mãos que estou envolvido. Isso me ajuda a ganhar mais dinheiro. BP: Você acha que atuar em mesas com poucos jogadores é o ponto forte do seu jogo?

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FH: Sim, concordo com isso. Eu jogo muito short-handed no online, em SNGs e cash games 6-Max. Eu uso a internet como um local de treinamento. Vários amigos meus são regulares dos high stakes e é ótimo revisar as mãos que jogamos por lá. BP: Qual o principal ajuste que você faz no seu jogo quando está nos cash games? FH: Ser menos agressivo (risos). Você tem que esperar. Você precisa ser bem conservador do UTG. Muitos jogadores não são pacientes e jogam muitas mãos. BP: Você acha que ainda se beneficia dessa imagem agressiva que as pessoas têm de você? FH: Claro, mas não conte a ninguém (risos).



confira todos os resultados de Holz nos mtts ao vivo nos últimos 12 meses:

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22/08/2015

Super High Roller do EPT Barcelona (€ 50.000)

11ª Posição

US$ 112.663

28/08/2015

High Roller do EPT Barcelona (€ 10.300)

24ª Posição

US$ 36.590

02/09/2015

High Roller do IPC Wien (€ 770)

1ª Posição

US$ 15.433

16/10/2015

Evento 8: Turbo No-Limit Hold’em da WSOP Europa (€ 1.100)

51ª Posição

US$ 2.310

21/10/2015

High Roller da WSOP Europa (€ 25.600)

6ª Posição

US$ 109.613

27/10/2015

IPT Malta (€ 2.200)

2ª Posição

US$ 71.627

07/11/2015

High Roller do APPT Macau (HK$ 250.000)

7ª Posição

US$ 114.691

12/12/2015

Evento 63: € 2.200 do EPT P raga

22ª Posição

US$ 6.400

14/12/2015

Main Event do WPT Five Diamond World Classic (US$ 10.400)

30ª Posição

US$ 31.611

18/12/2015

WPT Alpha8 Las Vegas (US$ 100.000)

1ª Posição

US$ 1.589.219

03/01/2016

WPT Triton Super High Roller (US$ 200.000)

1ª Posição

US$ 3.463.500

08/01/2016

Main Event do PCA (US$ 5.300)

18ª Posição

US$ 32.360

14/01/2016

Evento 101: US$ 2.200 NL Hold’em Turbo do PCA

4ª Posição

US$ 19.700

24/01/2016

AUS$ 100.000 Challenge do Aussie Millions

6ª Posição

US$ 196.901

02/03/2016

Bounty Turbo do L.A. Poker Classic (US$ 1.100)

13ª Posição

US$ 1.130

19/04/2016

High Roller do WPT Seminole (US$ 25.500)

13ª Posição

US$ 58.750

26/04/2016

High Roller do EPT Grand Final (€ 10.300)

4ª Posição

US$ 190.123

29/04/2016

Evento 25: € 1.075 Hiper Turbo do EPT Grand Final

21ª Posição

US$ 2.199

01/05/2016

Super High Roller do EPT Grand Final (€ 50.000)

5ª Posição

US$ 310.892

03/05/2016

Evento 60: € 5.200 NL Hold’em Hiper-Turbo do EPT Grand Final

7ª Posição

US$ 17.743

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05/05/2016

Evento 70: €2.200 NL Hold’em do EPT Grand Final

25ª Posição

US$ 4.918

27/05/2016

High Roller do Aria Casino (US$ 50.000)

7ª Posição

US$ 122.400

29/05/2016

Super High Roller Bowl do Aria Casino (US$ 300.000)

2ª Posição

US$ 3.500.000

03/06/2016

High Roller do Aria Casino (US$ 50.000)

1ª Posição

US$ 637.392

08/06/2016

Evento 10: US$ 1.500 NL Hold’em 6-Handed da WSOP

18ª Posição

US$ 17.380

10/06/2016

High Roller do Aria Casino (US$ 25.000)

1ª Posição

US$ 393.120

14/06/2016

Evento 21: US$ 3.000 NL Hold’em 6-Handed da WSOP

47ª Posição

US$ 8.716

17/06/2016

High Roller do Aria Casino (US$ 25.000)

1ª Posição

US$ 276.012

05/07/2016

Evento 59: US$ 5.000 NL Hold’em da WSOP

39ª Posição

US$ 15.823

07/07/2016

High Roller do Aria Casino (US$ 50.000)

3ª Posição

US$ 407.310

08/07/2016

High Roller for One Drop da WSOP (US$ 111.111)

1ª Posição

US$ 4.981.775

Estatísticas: Vitórias: 7 Top 3: 10 Top 10: 18 Prêmios de 7 dígitos: 4 Prêmios de 6 dígitos: 15 Holz também surpreende os seus oponentes fora dos feltros. Após se despedir da WSOP 2016, ele disse que vai se “aposentar” do poker. “Eu não vou seguir como profissional. Quero experimentar coisas diferentes, e acho que viajar vai me ajudar a fazer isso. Eu dependo muito de ter um tempo para mim mesmo, recarregar as baterias. Eu dedico de 2 mil a 3 mil horas ao esporte da mente por ano, jogando e dando treinamentos. Agora tenho a liberdade para poder jogar apenas 400 horas, e aí vai virar um hobby”, disse o fenômeno.

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EINSTEiN

JÁ DIZIA por Fábio Eiji

Q

uando se fala em poker, um primeiro ponto, importante de ser marcado, é que o “talento” é altamente relativo. O poker é um jogo multidisciplinar e tem diferentes dimensões, como a lógica-matemática, estratégica, além de psicológico (em vários aspectos, como capacidade de concentração, organização e empatia), emocional, entre outros. Isso nos mostra que ter facilidade em uma área pode ajudar, mas não é suficiente. É possível, por exemplo, ser vencedor mesmo conhecendo pouco ou nada dos conceitos matemáticos, mas compensando essa falha com uma enorme capacidade de observação e ajuste aos adversários, característica advinda principalmente da experiência acumulada nos feltros e, talvez, na vida foda deles.

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Ao mesmo tempo, dominar todos os conceitos matemáticos e estratégicos não garante sucesso na carreira de um jogador que tenha dificuldade em controlar seu estado emocional, psicológico e financeiro. Um jogador que convive constantemente com tilts, que se afeta desproporcionalmente a cada bad beat, a cada derrota e que não gerencia corretamente suas perdas está fadado ao fracasso. Visando auxiliar o leitor em início de carreira, compartilharei alguns dos motivos, que penso serem os principais, que influenciam no fracasso de um jogador de poker em potencial.

MANTER-SE CONFIANTE NAS DERROTAS Quanto mais estudamos o jogo, mais compreendemos sua mecânica. O poker não trata-se apenas de mãos boas contra mãos ruins. Entender isso é um passo fundamental para não se deixar abalar pelas derrotas, cuja frequência é, sem dúvidas, muito maior que a de vitórias. Ser vencedor no poker é diferente de vencer um torneio, portanto, não estamos falando sobre apanhar menos, mas sobre qual a nossa capacidade de absorver as derrotas, analisá-las, aprender com elas e estar emocionalmente preparados para o próximo desafio. MANTER-SE HUMILDE NAS VITÓRIAS É difícil compreender as verdadeiras manifestações da tão falada variância no

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poker. Em pouco tempo, aprendemos que grandes períodos de perda fazem parte do cotidiano de qualquer jogador profissional, as famosas downswings. Porém, muita gente subestima o outro lado da variância, as upswings. É mais ou menos aquela história: quando perco, é por azar; quando ganho, é por competência. Nem uma coisa, nem outra. Principalmente quando falamos de torneios, é possível vencer mesmo sem a preparação adequada. Por isso que vitórias precoces podem ser muito prejudiciais na carreira de um jogador que não esteja psicologicamente maduro o suficiente para entender os limites de suas habilidades. Qualquer jogador que vencer um torneio certamente teve seus méritos e tem grandes qualidades necessárias para um jogador de poker; porém, como falamos na introdução, algumas qualidades não são garantia de sucesso no longo prazo.

PLANEJAR SUA VIDA FINANCEIRA Esta é a parte mais delicada na vida de um jogador de poker, aliás, na vida de qualquer pessoa. Tenho a impressão de que nós, brasileiros, não somos educados corretamente a cuidar de nossa vida financeira. O poker é um jogo que envolve grandes quantias de dinheiro. Seja para um estudante médio que começa a trabalhar como dealer e ganha muito mais que a média dos empregos em sua idade e


OS MELHORES BARALHOS DO MUNDO


qualificação ou seja pelos (principalmente) jovens jogadores que começam a conquistar as primeiras vitórias nas mesas. Se for online, então. Afinal, os prêmios são em dólares. Além da minha própria experiência, tenho muitos exemplos próximos de jogadores que ganharam muito, mas hoje tem muito pouco ou nada. É muito difícil conter a euforia enquanto se está jogando bem e as coisas dão certo, mas é preciso nunca perder de vista que passar por um período sem vitórias é comum e provavelmente acontecerá com todos. Em um cenário ideal, o jogador que está investindo em sua carreira tem guardado um “colchão” no valor de 1 a 2 anos de seus gastos mensais, para que, caso as coisas não dêem certo no começo, a pressão pela necessidade de pagar as contas não interfiram diretamente em sua maneira de jogar.

O MELHOR PERFIL O que há em comum entre os três itens citados anteriormente? Em nenhum deles as habilidades dentro das mesas foi preponderante, mas a capacidade de gerenciar o dinheiro, os ganhos e o controle emocional foram os fatores que mais apareceram. Como dito na introdução, são muitas as qualidades que fazem parte das características de um bom jogador de poker.

Me sinto seguro em afirmar, contudo, que o jogador que tem maiores chances de sucesso tem como características principais a capacidade de concentração e observação e uma certa maturidade psicológica e emocional. Essas características ajudam a manter uma certa frieza com relação ao jogo de poker, evitando que sejam criados laços emocionais com o torneio ou sessão de cash game em questão e, dessa forma, permitem que melhores decisões sejam tomadas, além de evitar maiores frustrações quando as coisas não dão certo. Nem tudo é relativo, mas o poker é.

Fábio Eiji @fabioeiji www.fabioeiji.com.br

Fábio Eiji já ganhou mais de R$ 3 milhões de reais em prêmios jogando online. Ele possui títulos e mesas finais nas principais séries e torneios regulares do PokerStars.


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A R A P E V A H AC

O V I T I T E P M O C SER r n e João Baue 1oba” Marita Por Fá bio “F

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Q

uem nunca ouviu aquele jogador dizer que só joga poker ao vivo porque não consegue se adaptar ao online? Ou mesmo aquele outro jogador que sente-se à vontade somente nos feltros virtuais. Até aí, tudo normal. Jogadores têm suas preferências, focos e características próprias e, profissionais ou não, têm todo direito de praticarem poker como bem entenderem. Ao mesmo tempo, também vemos muitos jogadores que tentam diminuir um lado ou outro, fazendo críticas inapropriadas, colocando a culpa pelo seu insucesso em diversos motivos e esquecendo-se do principal: a autocrítica. No atual cenário, é preciso reconhecer que existem jogadores excepcionais que navegam com muito sucesso entre online e ao vivo. O que eles fazem de diferente? Fundamentalmente, são muito autocríticos e estão sempre se adaptando às situações que o poker propõe. As diferenças entre essas duas esferas são várias. Adaptar-se do online para o ao vivo exige um bom ajuste no quesito paciência. Paciência porque enquanto no online você pratica poker em várias telas simultaneamente, ao vivo, aquela bad beat tende a ser mais dolorida, afinal não há mais torneios para se jogar. Paciência porque

é preciso se adequar a uma dinâmica mais lenta, com menos mãos jogadas por hora, mas não menos interessante. Os jogadores devem aproveitar que estão apenas naquela mesa em específico e tirar o máximo disso, aguçando o foco e exercitando a observação, mesmo quando não estão envolvidos nas ações. Observar constantemente o que os oponentes vêm fazendo na mesa, além de trazer vantagens para a evolução do próprio torneio, é a troca que se faz para evitar o que é muitas vezes relatado por jogadores com foco no online: o tédio pela falta de ação. A presença física dos jogadores em uma mesa de poker deixa o jogo muito mais rico em nuances a serem percebidas do que no poker online, portanto exercitem a observação desde já. A adaptação do jogo ao vivo para o online, em geral, é mais difícil. No online há mais jogadores profissionais, jogadores esses que, muitas vezes, se aperfeiçoam em cada modalidade do poker, por exemplo: heads-up. É normal você abrir o lobby do pokerstars e ver diversos jogadores sentados nas mesas só esperando os fishes (jogadores fracos) sentarem — parecem tubarões esperando a presa. Mesmo o Phil Ivey, que é considerado por muitos o melhor jogador do mundo, teria dificuldade em bater os SNGs de $200 hyper turbo ou as mesas de NL600.

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Portanto, para se inserir no universo online é necessário se especializar, se for multi table o que você procura, jogue só isso. Não fique transitando entre as diversas modalidades. A partir do momento que você dominar um jogo e se tornar lucrativo nele, a procura por outras especialidades passa a ser algo natural. Enquanto ao vivo você está acostumando a lidar com os mesmos oponentes, online, a diversidade de jogadores que enfrentará é gigante. É necessário um aprendizado para lidar com os mais diferentes vilões, estudar cada um deles, fazer notes específicos. É um trabalho de formiguinha, com grandes proporções nos seus resultados. Além disso, online exige um condicionamento para o multabling, ou seja, é necessário que se aprenda a jogar várias telas simultâneas, tomar decisões em um período menor de tempo. O dinheiro das entradas não é tangível, então é fácil esquecer que se está jogando a dinheiro real, principalmente com a facilidade de poder cair de um torneio e se focar em outro. Também são importantes estratégias como blefar menos e jogar mais por valor, utilizadas para abafar o efeito que o jogo online carrega por suas características próprias. Um exemplo claro de uma transição satisfatória é a do Daniel Colman [capa da edição número 85], jogador especializado em heads-up sit-n-go turbo e hyper turbo online, que vem destruindo nos torneios high stakes ao vivo. Ele joga um jogo muito específico online, mas o grau de exigência em conhecer adversários e evoluir o seu jogo pós-flop e short stack faz com que ele desenvolva o seu poker de uma forma geral, tornando-o um jogador completo. A adaptação é algo natural e atributo intrínseco a um bom jogador de poker. A observação, o estudo e a disciplina são fatores essenciais para que ela possa ser bem feita.

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João Bauer @jddnbauer

João Bauer é um dos fundadores do Steal Team. É um dos poucos brasileiros a conquistar um título da principal série de poker online do mundo, o WCOOP. Ele também já chegou à mesa final do LAPT e da WSOP.

Fábio “f1oba” @f1oba

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Ramon Sfalsin @RamonSfalsin www.pescanco.com.br facebook.com/ramonpoker

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Ramon Sfalsin é uma das jovens revelações do poker nacional e um dos poucos a chegar, de forma consecutiva, a duas mesas finais de BSOP. É instrutor da PokerLAB e especialista em satélites online.

a edição anterior, vimos sobre o que vale a pena anotar de seus adversários em situações pré-flop. Nesta edição, falarei sobre o pós-flop. E para entrar nesse assunto é importante entender o conceito de “apostar por valor”. Muitos jogadores cometem o erro de apostar só porque acham que estão ganhando a mão. No entanto, apostar representa força e pode fazer o oponente desistir de todas as mãos fracas que estávamos ganhando. Claramente, não é isso que queremos. Um dos nossos objetivos é sempre manter as piores mãos do oponente no pote, pois são delas que vamos ganhar mais fichas. Portanto, “apostar por valor” é quando no range de call do oponente estão mais mãos que estamos ganhando do que perdendo. Em situações pós-flop, algumas vezes, eu anoto uma mão inteira que o vilão jogou, desde que eu seja capaz de interpretá-la futuramente e ter, rapidamente, informações dos seus padrões, levando em consideração as dicas que mencionarei logo abaixo. Os notes a seguir talvez sejam os mais importantes para suas decisões futuras.

1. RANGE DE APOSTAS

A maioria dos jogadores têm tendências a passar a vez e controlar o tamanho do pote com mãos de médio valor, principalmente para manter as mãos piores do oponente na rodada. Por exemplo, o flop vem A-6-2, e você viu o jogador dando check behind (pedir mesa logo após o seu oponente fazer o mesmo) com mãos que não são tão fortes nesse flop, como A-4 ou J-J. Nesse caso, é provável que ele tenha tendências de controlar o pote, já que uma aposta mostra força e, consequentemente, iria espantar as mãos fracas que ele poderia estar ganhando (como 5-5 ou K-Q). Outro exemplo seria quando o jogador aposta com K-J no flop J-7-4, mas dá check em um turn que não muda muito a situação, como um Dois. Nesse caso, se o jogador também apostasse no turn, mostraria tanta força que faria o oponente desistir de mãos medianas (9-9 ou 7-8) e até de um Q-J ou Q-T. Se esse tipo de jogador apostar forte no flop e soltar outra aposta forte no turn, em um bordo tipo K-4-3-4, suas mãos tendem a ficar restritas a A-A, A-K ou simplesmente blefes, já que com mãos médias, como K-J, K-T, Q-Q e J-J, ele provavelmente pediria mesa no flop ou no turn para controlar o tamanho do pote e manter as mãos fracas do oponente na rodada.

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Então, aqui, eu anotarei algo como: “Jogador tem tendências de controlar o pote com mãos medianas”. Há jogadores que têm um range pulverizado e que também apostam com mãos médias, seja por não terem ideia do que estão fazendo ou para confundir o adversário e, nesse caso, eu anoto: “Seu range de apostas é desbalanceado”.

2. TAMANHO DAS APOSTAS PÓS-FLOP

Cada jogador tem um padrão diferente no tamanho das apostas pós-flop — principalmente iniciantes e amadores —, mas bons jogadores têm procurado manter um padrão de apostas para confundir seus oponentes, seja blefando ou com um monstro. No geral, todos os tipos de jogadores têm apostado cerca de metade do pote, independente da força da mão, pois esse valor não é um investimento tão alto para blefar e nem fica barato para o oponente pagar. Porém, há jogadores que apostam 2/3 ou 3/4 do pote, principal-

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mente no flop, quando possuem jogos fortes, e 1/3, quando possuem combinações fracas, e vice-versa. Eu tento anotar o que o tamanho das apostas das pessoas no pós-flop significa, levando em consideração todo o contexto dos tópicos anteriores, procurando escrever algo como: “Apostas de 1/3 com mãos médias”, “aposta de 3/4 com uma mão de médio valor no turn”. Em situações pós-flop, prefiro anotar uma mão inteira que o vilão jogou, desde que eu seja capaz de interpretá-la futuramente e ter informações dos padrões do oponente rapidamente.



3. TRA NSFORM AR MÃOS DE VALOR EM BLEFE

Aqui, eu anoto se jogador é capaz de fazer uma raise, com uma mão de valor médio, para o oponente dar fold em mãos que poderiam estar ganhando dele. Por exemplo: o bordo é J-9-3-2-K e o jogador dá raise com Q-J no river. Mesmo tendo somente um segundo par, o raise no river mostra muita força e pode fazer um oponente desistir de diversas mãos para quais o jogador estaria perdendo, como A-K, K-T e até mesmo dois pares. Contra esse tipo de jogador, vou evitar alguma aposta por valor duvidosa para evitar tomar um raise e ficar em uma situação desconfortável,

principalmente no river. Contra eles, faço um notes do tipo: “Capaz de transformar uma mão de valor médio em blefe”. Há jogadores que são extremamente cautelosos e controlam o pote em qualquer circunstância. Um raise desses jogadores, geralmente, indica um monstro ou um blefe puro, principalmente no turn ou no river. É de suma importância manter a atenção na mesa para observar os padrões dos seus oponentes. Se você quer assistir televisão, conversar no Skype ou qualquer outra coisa, tenha em mente que está diminuindo seus lucros. Espero que essas dicas lhe ajudem a maximizar os resultados e melhorar a sua metodologia dentro do jogo.

ções pode anotação, usar abrevia Quando for fazer uma hora de de escrever quanto na facilitar, tanto na hora , crie balho metodologia de tra ler. Adapte-se à melhor : alguns exemplos seus próprios notes. Veja

cb = continuation-bet 3b = 3-bet 4b = 4-bet 5b = 5-bet ch/b = check behind ch/ch = check e check ch/c = check e call ch/r = check e raise r = rainbow fd = flush draw tptk = top par e top Kicker

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