Card Player Brasil 129

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POKER

eSporte e eStilo De V

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aNo 11 - N.129

O MITO DO LONGO PRAZO

O

DIT INÉ

APOSTANDO POR VALOR NO RIVER








Diretor Executivo Renato Lins

APROVEITE OS CÓDIGOS QR

Editor Marcelo Souza

Ao longo da revista, você encontrará vários símbolos como esse. São “QR Codes”, uma espécie de código de barras que contém um link para internet. Na CardPlayer Brasil, os QR Codes direcionarão você, por exemplo, aos sites ou blogs dos nossos colunistas e a arquivos em PDF contendo trechos de livros publicados pela Raise Editora. Esses códigos podem ser escaneados em dispositivos móveis, como smartphones e tablets com acesso à internet. Basta instalar um leitor compatível com o sistema operacional de seu aparelho. Se o seu leitor estiver funcionando corretamente, o código acima direcionará você ao nosso portal: www. cardplayer.com.br.

Diretor de Arte Bernardo Benevides Jornalista Diego Scorvo Tradutor Igor Lins Colunistas Fellipe Nunes, Guilherme Chenaud, Alan Schoonmaker, Dusty Schmidt, Ed Miller, Gavin Griffin, Jeff Hwang, John Vorhaus, Jonathan Little, Steve Zolotow Suporte / SAC Heliana de Souza Valdênia Maria Endereço Raise Editora Ltda Rua Stela de Souza, 54 - Sagrada Família Belo Horizonte/MG - CEP: 31030-490 Tel.: (31) 3225-2123 Disponível em: www.cardplayer.com.br www.issuu.com/cardplayerbr Redes Sociais: facebook.com/cardplayerbr twitter.com/cardplayerbr instagram.com/cardplayerbr


CARTA AO LEITOR

A VELHA NOVA GUARDA

Michael Mizrachi se tornou milionário jogando poker. Entre “quebras” e ganhos astronômicos, ele realmente acumulou muita riqueza nos últimos oito anos, quando, segundo ele mesmo, “tomou juízo pensando nos filhos”. Perto de chegar aos 40, ele é dado como certo no Hall da Fama do Poker. Além dos seus três títulos em um dos torneios mais valorizados do mundo, ele ganha consistentemente desde o início dos anos 2000. Em meio a tantos jovens fenômenos que surgem todos os dias no poker, pelo menos nos mixed games, ele não fica nada atrás. Joga com a nova geração (ou melhor). Michael não pertence à velha guarda de jogadores que têm em seus representantes nomes como Phil Hellmuth, Daniel Negreanu e Erik Seidel, mas também não surgiu junto como caras do naipe de Fedor Holz, Adrian Mateos e Dan Colman. Michael é algo entre eles. Uma mistura. Alguém que mesmo estando no meio, conseguiu o respeito das “extremidades”. Michael “The Grinder” Mizrachi é um dos pouco que ainda joga o poker em sua essência em alto nível, aliado isso ao seu feito no Players Championship, ele foi o escolhido da vez para a capa da Card Player Brasil. Aproveitem para conhecer e se divertir um pouco com um dos jogadores mais temidos do mundo.

Marcelo Souza - Editor @MarceloCPBr @MarceloCPBr Marcelo Souza

Boa leitura!


SUMÁRIO GUILHERME CHENAUD

18 O MITO DO LONGO PRAZO Chenaud fala sobre um dos assuntos que mais tomam as rodas de poker no mundo: o longo prazo. Afinal, o que significa isso?

FELLIPE NUNES

ESPECIAIS 42. O REI DOS MIXED GAMES Uma entrevista descontraída com o tricampeão do Players Championship Michael “The Grinde” Mizrachi.

24 POKER NÃO É SOBRE VITÓRIA O fundador do FLOW faz um reflexão sobre que realmente é vencer no poker. Ganhar um torneio ou ter resultados?

E MAIS 60. CINCO ESTRELAS com Phil Hellmuth

JONATHAN LITTLE

POR VALOR 30 APOSTANDO NO RIVER Jon Little analisa uma mão jogada por ele próprio, em que ele aborda conceitos fundamentais para o poker, como ajuste ao adversário e saber extrair valor river.

EQUIPE CARD PLAYER

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PENSE BEM ANTES DE TOMAR DECISÕES

66. THE BOOK IS ON THE TABLE Psicologia do Poker, de Alan Schoomaker

70. DO FUNDO DO BAÚ com Christian Kruel

80. CADERNO PARTYPOKER Aprenda a jogar no partypoker

88. CARDPEDIA Destaques de Julho e Agosto

Entenda a importância de pensar antes de jogar cada mão, mas sem exagerar nos teatros hollywoodianos.

TIMOTHY ADAMS

54 ANÁLISE DE MÃO Timothy Adams analisa uma mão bem interessante que ele jogou contra o fenômeno espanhol Adrián Mateos.

CarDPlaYErBraSil.COM



lobby

UM PASSEIO RÁPIDO PELO MUNDO DO POKER

Fabiano Kovalski fatura € 98 mil no EPT Barcelona (01/09)

Clique para ler a matéria completa.

André Figueiredo vence Evento 28 do EPT Barcelona (03/09)

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Luís Gustavo Teles é campeão do KSOP Brasília (11/09)

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Site elege os cinco melhores jogadores do Brasil (12/09)

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LObby

UM PASSEIO RÁPIDO PELO MUNDO DO POKER

Tom “durrrr” Dwan se envolve em pote de US$ 2,3 milhões em cash game televisionado (25/09)

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Will Kassouf perde patrocínio após ser pego roubando fichas em uma roleta (19/09)

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Brasil encerra WCOOP no topo da classificação (20/09)

Timofey “Trueteller” Kuznetsov assina com o partypoker (18/09)

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O MITO DO

LONGO PRAZO por Guilherme Chenaud

O

longo prazo é uma das expressões mais utilizadas no poker, seja por aqueles que têm uma boa noção do que ela significa, seja por jogadores ainda inexperientes, que fazem pouca ou nenhuma ideia do que estão dizendo.

É muito comum jogadores recém-chegados ao meio, ou que acabaram de ganhar autoestima como jogador, repetirem termos e práticas de jogadores já consagrados. Talvez seja esse o motivo de tanto escutarmos a expressão “o longo prazo chegou”. Será que chegou mesmo? O longo prazo é um estado ideal, uma utopia, a nossa sombra quando caminhamos na praia em um dia de sol. Não iremos jamais alcançá-lo! Mas como toda utopia ele presta um serviço

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incrível: ser uma diretriz, um guia para nossas decisões, um alvo para mirarmos com afinco. O longo prazo serve para descrever o momento em que a matemática opera de forma perfeita e isso acontece apenas quando ela tende ao infinito. Contudo, jamais jogaremos um número infinito de torneios, portanto o longo prazo é um mito, já que não pode se concretizar. Quando jogamos um torneio de poker, estamos trabalhando basicamente com a sorte. Pode parecer triste essa declaração, mas é exatamente dessa forma que vejo. No entanto, à medida que jogamos mais torneios e nos aproximamos do infinito, a sorte vai sendo gradativamente diluída, mas ela nunca chega a zero.


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O longo prazo é um estado ideal, uma utopia, a nossa sombra quando caminhamos na praia em um dia de sol.” Imaginem o Barcelona jogando contra o União São João de Araras. Um massacre não é mesmo? Agora, pensem num cenário em que eles jogam apenas uma partida de 5 minutos. Seria um jogo bem mais equilibrado, acabando em empate a maioria das vezes, não é verdade? Agora, visualizem um cenário em que eles jogam 30.000 partidas de 5 minutos. Fica claro que o Barcelona vai ganhar mais vezes que o União, apesar de a maioria dos jogos terminar em empate. Essa é a lógica dos torneios de poker. Não caiam na cilada de ficar repetindo isso ou aquilo que dizem por aí só porque foi dito por alguém que você respeita e admira. Formule suas convicções a partir dos fatos que você consegue identificar. Isso faz toda a diferença em qualquer coisa que você faça em sua vida. Não estou dizendo que fulano ou ciclano não sabe o que é o longo prazo, mas posso afirmar que muita gente, que trata do assunto nos breaks de torneios Brasil afora não faz a menor ideia do que está falando. Eles são meros repetidores de ideias alheias e isso não lhes presta nenhum serviço.

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Falar desse assunto, me fez relembrar de uma frase que os jogadores consagrados do ao vivo falavam para jogadores do online, quando ainda havia uma rixa entre eles: “Eu quero ver quem sobreviverá ao teste do tempo”, sendo este, a meu ver, o maior indicador de sucesso de um grande jogador, justamente pelo fato de sua amostragem de jogos aproximar-se do infinito, além das inúmeras experiências e testes que o passar dos anos nos coloca à prova. Hoje, essa rivalidade não existe mais ou perdeu quase que toda sua força, já que os jogadores do online dominaram também o cenário do poker ao vivo e fizeram a velha guarda se render, mas esse seria um assunto para outro post.

GUILHERME CHENAUD Baiano de espírito contestador e alma de filósofo, Chenaud é profissional desde 2008. Especialista em torneios, ele acumula mais de um milhão de reais de lucro na internet. É um dos fundadores do Line Up Poker.





POKER NÃO É

SOBRE VITÓRIA

Por Fellipe Nunes

E

m esportes individuais, a vitória não é a regra. Pelo contrário, a inevitável realidade da derrota é a lei matemática que impera nesses jogos. Você pode pensar que isso é óbvio, mas, na prática, no dia a dia de um profissional de torneios de poker, não parece tão óbvio assim. Podemos criar rituais, nos preparar, estudar e revisar quantos dias quisermos, e em alguns casos encontrar jogadores com uma média de vitórias impressionante, mas temos

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que encarar as estatísticas. Uma delas, por exemplo, é a porcentagem de vezes em que os jogadores excelentes atingem a zona de premiação: em geral, algo em torno de 20%. Podemos até pensar em 30%, mas, ainda assim, zona de premiação não representa necessariamente uma vitória. Isso significa que, em 70% das vezes, um jogador muito bom sequer entra na zona de premiação. Ainda assim, no fundo, o que todo jogador almeja quando entra em um torneio é a


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vitória. O segundo lugar, por melhor que seja, sempre vem com o gosto amargo de não ser o suficiente. Mas a vitória, no poker, é uma exceção distante. Essa realidade não é apenas do nosso tão amado jogo, mas se repete na maioria dos outros jogos individuais. Portanto, para quem quer progredir nesses esportes sem se deixar levar pelo orgulho ou pela frustração, é importante ter objetivos mais sólidos e melhores do que a vitória. Para quem vive da rentabilidade de suas decisões na mesa, focar apenas no primeiro lugar é um luxo descartável. Devemos adotar uma abordagem profissional, mais fria, buscando objetivos plausíveis, tanto financeira quanto tecnicamente.

Deixe um pouco a sede de vitória de lado e foque nos outros 99% dos resultados. Tente evoluir aceitando a realidade do quão distante é vencer torneios. Dizem que o lendário treinador da NFL Vince Lombardi decretou: “Vencer não é tudo, é a única coisa”. Bom, ele podia estar certo sobre seu time e sua situação, mas se um profissional de poker levar esse tipo de pensamento a sério, o melhor que posso dizer é que somos livres para criar nossas ficções, e essa é, certamente, uma delas.

Fellipe Nunes é um dos principais jogadores de poker do Brasil. Campeão do SCOOP, em 2013, e do BSOP, em 2011, ele possui mais R$ 5 milhões de reais em prêmios na carreira.

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FELLIPE NUNES


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Por Jonathan Little

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R

ecentemente, joguei uma mão em um evento de US$ 3.500 WPT que ilustra alguns conceitos chave que você deve dominar se quer se dar bem em no-limit hold’em, como se ajustar às tendências do seu adversário e não ter medo de apostar por valor no river. Logo no início do Dia 1, com blinds 75-150, todo deram fold até mim, no cutoff. Com 30.000 fichas, o stack efetivo, eu dei raise para 400 fichas segurando K♥ Q♦. Até aqui, jogada bem padrão, o que pode mudar de jogador para jogador é fazer um aumento um pouco menor ou um pouco maior. Apenas um cara jogador recreativo (e bem loose) deu call do small blind. O flop veio A♥ Q♠ 9♣ e meu adversário pediu mesa. Neste ponto existem duas boas opções: pedir mesa ou apostar baixo, cerca de 30% do pote. Sabendo que meu adversário é um cara que gosta de dar call com um range bem amplo, tanto pré-flop quanto pós-flop, eu prefio a continuation bet. Há muito valor para extrairmos desse tipo de jogador. Contra bons jogadores, muitas vezes, você deve

considerar pedir mesa com seus Ases fracos, pares do meio e mãos ruins. Jogando assim, você pode sempre dar call turn e river com seu Ás, pagar o turn com suas Damas e dar fold com as mãos ruins que não ganharam equidade. Isso fará com que você jogue de forma mais balanceada e se torne um jogador difícil de explorar. Eu aposto 400 num pote de 950 e ele me paga. O turn é um 4♦ e ele pede mesa novamente. Como no flop, pedir mesa ou apostar pouco são boas jogadas. Contra bons jogadores, quase sempre vou pedir mesa, mas contra caras como ele há sempre espaço para extrairmos valor de pares e draws. No entanto, pedir mesa também pode induzir a blefes, o que me permite dar call facilmente no river. Eu pedi mesa e o river foi um K♠. Ele apostou 400 em um pote de 1.750. Quando não há apostas no turn, a tendência é que jogadores mais fracos façam apostam pequenas no river com suas mãos marginais esperando

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conseguir valor de algum par ou algo do tipo. Então, como meus dois pares se comportam contra mãos marginais que tenham certo valor? É bem provável que ele tenha um Ás fraco. Sabendo disso, eu devo dar raise por valor. Se surpreendentemente meu adversário reaumentar, eu posso dar fold tranquilamente, sabendo que minha leitura provavelmente estava incorreta. Antes de apostar, pense em quanto seu adversário está disposto a pagar com um Ás fraco. Se ele é um cara que gosta de dar call, mas não gosta de correr muitos riscos, algo com 1.100 seria o ideal. No entanto, caso seja um maluco que espere que tudo e todos blefem contra ele, você pode fazer algo como 3.000. Não sabendo nada sobre as tendência do meu oponente no river, eu fiz um valor médio, 2.000 fichas. Depois de pensar por uns três minutos, ele acabou pagando e jogou suas cartas para o muck, resmungando, após ver minha mão.

JONATHAN LITTLE

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Jonathan Little joga profissionalmente há quase 10 anos. Ele tem dois títulos do WPT e já ganhou mais de US$ 6 milhões em torneios ao vivo.

Aparentemente, ele tinha um Ás e estava com raiva que eu “tive sorte” contra ele. Na verdade, eu investi uma pequena quantidade pré-flop com uma mão que certamente tem vantagem contra três mãos aleatórias, apostei pouco no flop quando a vantagem de range era claramente minha e então coloquei muitas fichas no pote em uma situação que era obviamente favorito. Algumas vezes o poker é bem fácil. Então, o que ele poderia ter feito de diferente? Sinceramente, não muita coisa, além de dar fold no river. Ele pode e deve dar call com Ases decentes e dar fold ou fazer uma 3-bet com Ases ruins. Ele deve dar check-call no flop devido à minha vantagem de range, pedir mesa no turn e apostar por valor no river. Se ele tinha algo com A-10 ou A-J, apostar por valor é bem padrão, no entanto, deve fazer uma aposta maior. Se ele tinha um Ás fraco, tanto apostar quanto dar check-call são opções válidas, no entanto, uma vez que dou raise, ele deve tender ao fold. Como regra geral, quando você se vê diante de um raise no river, você precisa de uma mão forte para dar call. Top pair, principalmente com kickers fracos, não são uma boa escolha para pagar.


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por Equipe Card Player

E

m nossa vida, não são as raras as analogias com o cotidiano. No poker, um jogo com infinitas variáveis e informações incompletas, podemos dizer que as comparações também são válidas. Sim, o poker pode imitar a vida. Quando queremos comprar um carro, não compramos o primeiro que vemos em nossa frente. Não pegamos a primeira oferta. Há todo

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um processo de pesquisa, que envolve preço, marca, cor, acessórios, utilitários, conforto etc. Em média, pessoas normais levam tempo para escolher um carro, comprar um casa ou escolher um colégio para os filhos. Ninguém toma uma decisão importante sem avaliar o todo. O ditado “apressado come cru e quente” se encaixa em diversas situações de nossa vida — e mais ainda no poker.


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Quando sentamos em uma mesa de poker, se você é um bom jogador, seu sucesso depende de quão bem você avalia os spots, as situações. Agir rapidamente pode fazer com que você ignores fatores importantes que podem ser a diferença entre puxar um grande pote e ser eliminado do torneio. Se você é um jogador impulsivo, caso pare para pensar friamente, perceberá que na maioria das vezes você não escolhe a melhor jogada, o que gera arrependimento mais tarde. Veja bem, não estou dizendo que é impossível ganhar jogando rapidamente, mas estou afirmando que é possível ganhar mais caso você pense um pouco mais sobre a mão. Seu conhecimento e seus instintos podem levá-lo a fazer uma jogada boa, mas pensar alguns segundos a mais pode levá-lo a fazer uma jogada melhor. No entanto, isso não quer dizer que você deve levar um minuto para dar fold com 8♦3 do UTG (under the gun). Lembre-

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se que o seu tempo na mesa de poker é também o tempo dos adversários, então tenha cuidado em não ser deselegante e ser aquele cara chato que leva sempre muito tempo para agir. Outra ponto importante a acrescentar: nem sempre seu primeiro instinto ou pensamento estará errado, porém, não custa absolutamente nada, além de um pouco de tempo, avaliar a situação antes de colocar seu torneio em risco. Por fim, lembre-se: em alguns momentos, mesmo em uma situação fácil, você deve pensar um pouco. Por quê? Quando você toma algum tempo para pensar somente em situações difíceis, você dá informações para os seus adversários (mas como eu disse um pouco acima, sem exagerar), e no poker, quanto mais imprevisível, mais dificuldade seus oponentes terão em jogar contra você.





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Tradução e adaptação: Marcelo Souza

Michael “The Grinder” Mizrachi tem 37 anos e é um dos mais premiados jogadores de torneios de poker do mundo. Ele possui quatro braceletes da World Series of Poker (WSOP) e dois títulos do World Poker Tour (WPT). Ele apareceu pro mundo em 2005, quando ganhou o L.A. Poker Classic. Em 2006, ele venceu o Borgata Winter Poker, mesmo ano em que foi o Jogador do Ano da Card Player. Apesar de ter sofrido com a variância do jogo, perder muito dinheiro no mercado e ter feito investimentos ruins, ele sempre conseguiu se recuperar, como fez em 2010, quando ficou em 5º lugar no Main Event e levou US$ 2,3 milhões dólares.

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Mas é em um dos torneios mais difíceis das WSOP, o $50,000 Poker Players Championship, que ele realmente fez história. Foram incríveis três braceletes. Michael venceu o torneio de Mixed Games pela primeira vez em 2010, voltou a vencer em 2012 e agora, em 2018, foi campeão novamente. As três vitórias renderam-lhe US$ 4,2 milhões. Sem esquecer que em 2016, ele terminou na 4ª posição do mesmo torneio. Irmão do meio de uma família de jogadores de poker — Robert Mizrachi, o mais velho e detentor de quatro braceletes; Eric, seu irmão gêmeo e também jogador de poker, e Daniel Jay, o caçula e DJ profissional – e um dos nomes mais temidos da última década, Michael conversou com a Card Player. Card Player: Você sempre falou em entrevistas que você conhece como poucos as downswings do poker. É difícil imaginar esse tipo de cenário para um cara que ganhou mais de US$ 20 milhões nos últimos oito anos...

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Michael Mizrachi: A verdade é as dificuldades que passei foram exclusivamente minha culpa. Quando comecei a ganhar dinheiro com poker, não tinha responsabilidade nenhuma. Eu não tinha controle de bankroll. Ter filhos mudou drasticamente a maneira como enxergo a vida. Antes, eu gostava de comprar carros caros, passagens de primeira classe e me hospedar nos melhores hotéis. Eu chegava a gastar US$ 30 mil por mês com bobagens. Hoje eu só quero o melhor para os meus três filhos (Paul William, Julie Malka e Joseph Mizrachi). CP: Falando em família, você comprou um motorhome (trailler-casa móvel) para ficar mais perto deles. Como foi essa história? MM: Sei que na Wikipédia está assim, mas a história não é essa (risos). Veja bem, eu amo minha família, mas a verdade é que eu sempre sonhei com esse tipo de veículo. Isso foi em 2006, eu tinha 25 anos e acabado de ganhar o WPT LAPC. Eu era um garoto


foto: pokerphotoarchive

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Mizrachi e seus filhos

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Ter filhos mudou drasticamente a maneira como enxergo a vida. (...) Eu chegava a gastar US$ 30 mil por mês com bobagens.” com US$ 1,8 milhão de dólares e pouco juízo na cabeça. Um RV (recreational vechicle) custava “apenas” US$ 178.000. Oras, era apenas 10% do que eu havia ganhado. Por que não? Eu comprei em dinheiro vivo, uma “banheira” de 12 metros. Logo que saí da loja, no primeiro dia, já estraguei toda lataria ao sair arrastando uma placa de trânsito. Eu cheguei a morar nele por algum tempo em Vegas, mas vendi seis meses depois. Vendi por US$ 138.000, um prejuízo de US$ 40.000 em apenas 180 dias. CP: Falando de poker agora, você sempre foi um cara que advogou a favor dos torneios com o shot clock. Como vem sendo a experiência?

MM: Sim, eu sempre fui a favor do action clock. A primeira vez que joguei esse tipo de evento foi no WPT, há poucos anos e me saí muito bem, terminando em segundo e em terceiro em dois eventos. Eu não aguento estar na mesa e ver os jogadores levando três ou quatro minutos em uma mão. Eu respeito o fato de querer preparar uma armadilha, bancar o ator de Hollywood, mas não é justo com o resto da mesa. Meu ponto é: você se considera o melhor jogador da mesa? Então por que diabos não toma logo sua decisão e joga duas ou três vezes mais mãos contra os outros jogadores da mesa? Alguns jogadores simplesmente ficam fingindo pensar, quando na verdade estão fazendo teatro ou querendo intimidar

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foto: pokercentral

o adversário. Quando sento à mesa, quero jogar poker, não esperar 10 minutos entre uma mão e outra. Eu lhe garanto uma coisa, uma a cada dez vezes, você já sabe o que fazer com dez segundos. CP: E sobre suas vitórias no US$ 50.000 Poker Players Championship? Deve haver algo que você faça diferente... MM: Eu não quero dar dicas aqui, poise eu

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ainda quero ganhar o quarto título (risos). A verdade é que sou apenas um jogador completo. Não digo que jogo perfeitamente todos os jogos, mas sinto que estou perto. Há muitos jogadores excelentes nesse torneio, mas eles também não são perfeitos. Eu tenho meu estilo e funciona muito bem pra mim. Sou mais acostumado a jogar cash games caros de Mixed Games, mas sei fazer muito bem os ajustes necessários para torneios. É primordial também escolher contra quem jogar. Contra os caras que jogam apenas


mixed, eu consigo ter uma vantagem enorme nos jogos em que as apostas são grandes, o pot-limit Omaha (PLO) e o no-limit hold’em (NLH). Por outro lado, grandes jogadores de PLO e NLH cometem muitos erros nos jogos limit. A soma disso traz os meus resultados. CP: Quem é o oponente mais difícil que você já enfrentou nesses tipos de jogos? MM: Definitivamente, Brian Rast. Campeão duas vezes, ele é um cara completo. Um desses caras que joga bem todos os tipos de jogo. Ele não é o tipo de jogador que você vai querer jogar contra em qualquer variante do poker.

CP: Você tem apenas 37 anos, daqui a três anos estará elegível para o Hall da Fama da Poker. O que você pensa disso? MM: Isso é importante para mim. Não é por ego, mas pelo legado. Eu acho que já sobrevivi ao teste do tempo, já fiz muito pelo poker e tenho uma história única dentro do jogo. Ganhar três vezes o Player Championship é histórico, e quem sabe eu não ganhe de novo nos próximos três anos, certo? Mas não sei se a nomeação será logo quando eu completar 40 anos, mas tenho certeza que um dia estarei lá.

foto: Jamie Thomson

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Jogo Rápido Maior Pote que já perdeu “Contra Daniel Alaei, em uma mesa de cash game NLH. Um pote de US$ 170.000. Eu acertei a sequência nuts no flop, fomos all-in no turn e ele acertou um full no river.” Melhor swap (troca de porcentagens) “Eu sou o mais azarado nisso (risos). Mas acho que foi com Josh Arieh, ganhei US$ 5.000 com ele, há alguns anos na Costa Rica.” Lugares favoritos para jogar “Eu amo Barcelona, mas não há lugar como o lar. Gosto de jogar na Flórida.” Uma dica para iniciantes nos mixed games “Venha até as mesas mais caras do Bellagio ou do Aria que eu ensino vários truques (risos).” Músicas para escutar na mesa “Não gosto de ouvir nada. Gosto de ouvir os jogadores. Se estou em um torneio, gosto de focar na mesa. Não entendo quem joga um torneio de 10 ou 50 mil dólares e fica escutando música. Como você se concentra assim?”

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DATA

TORNEIO

POSIÇÃO

PRÊMIO

Julho 2010

$10,000 Main Event da WSOP

US$ 2.332.992

Fevereiro 2005 Maio 2010 Junho 2012 Junho 2018 Janeiro 2006

$10,000 WPT LA Poker Classic $50,000 The Players Championship $50,000 The Players Championship $50,000 The Players Championship $10,000 WPT Borgata Winter Open

1° 1° 1° 1° 1°

US$ 1.859.909 US$ 1.599.046 US$ 1.451.527 US$ 1.239.126 US$ 1.173.373

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ANÁLISE com Timothy Adams

DE MÃO

Nesta seção, um renomado jogador analisa uma mão jogada por ele próprio, em um torneio ao vivo ou online. Na edição de hoje, o convidado é o norte-americano Timothy Adams, ex-jogador de cash games online e que soma mais de US$ 8,5 milhões de prêmios em torneios.

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A mão aconteceu no PokerStars Championship de Praga, realizado em dezembro do ano passado. O torneio em questão é um Super High Roller de 50 mil euros. O adversário de Timothy é Adrián Mateos, o fenômeno espanhol de 23 anos que se tornou o jogador mais jovem da história a ganhar três braceletes da WSOP, além de acumular mais de US$ 13 milhões em ganhos e ter vencido um título do EPT e um do WPT. Primeiramente, é importante entender a dinâmica da mesa. Restam três jogadores e os dois têm os maiores stacks. O primeiro prêmio é de €555.000, o segundo de €383.600 e o terceiro de €284.000. Os blinds estão em 30.000/60.000 com antes de 10.000. Timothy Adams tem 3.600.000 fichas (60 big blinds) e Adrián Mateos tem 1.700.000 fichas (28 big blinds). A ação começa com Adams entrando de limp do small blind (SB) segurando Q♠6♦. Do big blind (BB), Adrián pede mesa.

Nesse tipo de bordo, eu tenho vantagem de range em relação a ele, então posso apostar com uma frequência bem alta. Mesmo que ele pague, como acontece, existem vários turns em que posso aplicar pressão. Quando ele paga, eu sei que existem poucos A-X em seu range, mas muitos 10-X e 2-X, além de KX que não acertaram par, algumas Q-X que também não parearam e alguns J-X com algum tipo de backdoor. Por fim, também existem algumas combinação de 5-4, 5-3 e 4-3, mãos que podem completar uma sequência. Como eu disse, existem muitas cartas no turn que posso aplicar pressão. Se uma carta de ouros aparecer, eu ganho certa equidade e posso continuar apostando. Qualquer figura me dá um draw para sequência e eu posso escolher apostar algumas vezes. E ainda há a questão do ICM: por ele ter o segundo maior stack, o range de call dele, caso eu resolva apostar nas três streets, tende a ser um pouco mais tight. TURN: 6♣ (pote: 270.00) Adams pede mesa, e Adrián faz o mesmo.

FLOP: A♦10♦2♥ (pote 150.000) Adams aposta 60.000. Adrián paga.

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Eu acabo acertando um par e ganhando algum valor com minha mão. Apesar de poder apostar, na maioria das vezes, acredito que pedir mesa será a melhor opção. RIVER: 3♠ (pote: 270.000) Adams aposta 150.000. Adrián faz tudo 550.000. Aposto cerca de 60% do pote, mas avaliando hoje, eu deveria ter feito uma aposta um pouco menor e, talvez, eu não devesse apostar com esse tipo de mão. A melhor linha provavelmente é o check-call, dessa maneira não me coloco em uma situação ruim quando ele decide blefar, quando ele está segurando seu range de valor ou, simplesmente, deixo que ele tente me blefar. Quando ele dá raise, ele representa algo como 10-3, 3-2 ou um 5-4, que completou a sequência no river, mas não apostou no turn. Claro, ele também pode ter

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alguns A-X que chegaram ao river e agora estão dando raise por valor. Minha mão não é ideal para dar o call, mas o raise dele é bem pequeno. Se ele estiver blefando 29% das vezes, meu call se torna bom. Essa é uma situação, em que eu largaria minha mão quase sempre, mas optei pelo call. Adams paga. Adrián mostra K♥ 4♦, e Adams puxa um pote de 1.370.000 fichas. Esse foi um pote muito importante no 3-handed, que me colocou em uma situação excelente para vencer o torneio. Adrián é um jogador muito agressivo e que escolhe ótimas situações para tirar proveito. Esse é o motivo de ele ter sido um dos melhores jogadores nos últimos anos.


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cinco estrelas Nesta seção, trazemos cinco curiosidades sobre alguma estrela do poker nacional ou internacional. A nossa estrela de hoje é considerada uma das melhores jogadoras em ascensão dos últimos anos e é patrocinada pelo site mais querido pelos jogadores, o partypoker.

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Phil Hellmuth Phil “The Poker Brat” Hellmuth Jr. tem 54 anos e é um dos poucos profissionais que sobreviveu ao famoso “teste do tempo”. Com 15 braceletes da WSOP, ele é o recordista absoluto no quesito, desde que ganhou o primeiro, em 1989, foram os raros os anos em que ele não levou uma joia para casa. Sua postura falastrona na mesa já lhe rendeu muitos inimigos, mas sua leitura afiada e o estilo de jogo único tornou-lhe também um dos jogadores mais admirados do mundo. Membro do Hall da Fama do Poker, Hellmuth está entre os 20 nomes que mais ganharam dinheiro em torneios de poker, com mais de US$ 21 milhões em prêmios.

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Hellmuth teve sucesso em diversos circuitos do mundo, mas sua “afinidade” com a World Series of Poker é algo impressionante. Ele detém vários recordes da série, o mais notável de todos, o maior número de braceletes conquistados, 15 ao todo, cinco a mais que os segundos colocados. O que muitos não sabem é que ele é também o jogador que mais possui vice-campeonatos da WSOP, são 10 derrotas em heads-up. Outro recorde importante é em relação ao número de ITMs. São 137 premiações, também o jogador que mais premiou.

Em 2008, uma famosa marca de cerveja norte-americana produziu uma edição limitada de latas que estrelavam Phil Hellmuth e uma variedade de frases famosas do jogador, como a lendária: “I can dodge bullets, baby!”, em bom português, “eu posso desviar de balas (ases), baby!”. Em uma entrevista a um canal de televisão, Hellmuth afirmou que mais de 12 milhões de latas foram produzidas.

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Em 1989, Hellmuth derrotou Johnny Chan no heads-up do Main Event da WSOP e se tornou, aos 24 anos, o jogador mais jovem a vencer o torneio. Ele voltou a chegar à mesa final em 2001 e seu recorde só foi batido alguns anos mais tarde, em 2009, quando Joe Cada, com 21 anos e 11 meses, venceu o mesmo evento.

Durante o “Boom do Poker”, logo após Chris Moneymaker vencer o Main Event da WSOP, livros de poker se tornaram febre de consumo. O livro de sua autoria “Play Poker Like The Pros” (Jogue Poker Como os Profissionais) entrou para lista de best-sellers do NY Times. Ele ainda chegou a escrever mais sete livros, um deles falando sobre “tells” no poker ao vivo e uma autobiografia intitulada “The Poker Brat” (“O Pirralho do Poker), apelido pelo qual também é conhecido.

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Com US$ 22,1 milhões ganhos em torneios ao vivo, Hellmuth é o 14º jogador que mais ganhou dinheiro na história do poker. O impressionante é que grande parte dessa quantia foi ganha bem antes dos torneios High Rollers aparecerem, de onde vêm os principais ganhais dos primeiros colocados da lista. E apesar de jogar com frequência estes torneios, ele só conseguiu premiar em cinco eventos com buy-in superior a US$ 100.000.



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THE BOOK IS ON THE TABLE

O poker requer diversas habilidades e estratégias. Para obter sucesso, você deve ser capaz de dominar todas elas e aplicá-las na hora certa. Isso inclui seleção correta de mãos, agressividade seletiva, blefes, semiblefes, entendimento de tells e mensagens, escolha de jogos e leitura de mãos. Não há como vencer fazendo apenas “o que parece natural”. Psicologia do Poker não traz conselhos estratégicos: você terá acesso a esse conhecimento a partir de outras obras. Aqui, o Dr. Schoonmaker dá ênfase aos fatores psicológicos que afetam a sua habilidade e a de seu oponente de jogar de forma correta. Por exemplo, você já parou para pensar por que alguns jogadores parecem extremamente agressivos enquanto outros são passivos? Por que alguns são tight e outros são loose? Já imaginou por que você consegue aprender algumas táticas com facilidade enquanto sente dificuldades em relação a outras? Este livro responderá muitas dessas perguntas. Ele explicará a razão pela qual você e seu oponente jogam deste ou daquele modo. Muitas pessoas sabem jogar, mas não fazem isso da maneira adequada. Simplesmente aprender estratégias não quer dizer que você irá aplicá-las de forma apropriada. O autor também sugere ajustes estratégicos que devem ser feitos para você melhorar seus resultados contra diferentes tipos de oponentes, além de ajustes pessoais que lhe ajudarão a jogar melhor e a aproveitar mais o jogo.

CAPÍTULO 1 – A COISA CERTA VOCÊ tEM “a COiSa CErta”?

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(p. 33)

Tom Wolfe cunhou esse termo para designar as qualidades imateriais que distinguiam os astronautas dos demais pilotos talentosos. Qualquer um que voasse nos jatos mais velozes tinha habilidades incríveis, mas alguns tinham algo a mais.

mediante o teste mais primitivo: sobrevivência. Se você passasse em um teste, provaria que possuía – até o próximo e mais exigente teste, quando tinha que provar de novo. Se você possuisse, continuava a subir os escalões, enquanto os outros provavam que não possuíam, sendo eliminados do programa ou morrendo.

Como ninguém definiu claramente a expressão, eles tinham que provar que possuíam essa qualidade

A sobrevivência é o teste definitivo no nosso pequeno mundo. Todos nós conhecemos excelen-

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tes jogadores que aparentam ter a coisa certa. Eles leem as cartas como mágicos e fazem jogadas milagrosas, mas geralmente estão falidos, enquanto jogadores menos capazes são vencedores consistentes. Qual é a diferença? Os vencedores estão dispostos a fazer o que for necessário para vencer, enquanto os perdedores fazem o que lhes parece confortável e talvez se divirtam demais à mesa. O empenho extremo faz deles ven-


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cedores, mas você provavelmente não gostaria de ter um deles como vizinho ou cunhado. Eis algumas características que a maioria dos vencedores possui. Característica Nº 1: Vencedores sempre precisam de uma vantagem. Essa vantagem pode ser uma mão melhor, um bom draw, posição favorável, habilidade superior, maior concentração e muitas outras coisas. Mas, sem ela, os vencedores não jogam. Eles irão descartar as suas cartas, trocar de lugar, mudar de mesa ou ir para casa (a única exceção se dá quando eles aceitam uma situação sem vantagem por um curto período de tempo, em favor de uma vantagem maior no longo prazo). Característica Nº 2: Vencedores são obcecados com a vitória. Como bem expressou Vince Lombardi: “Vencer não é tudo: é a única coisa”. Jack Straus deu a sua contribuição à nossa mitologia quando falou: “Eu eliminaria minha própria avó se ela jogasse poker comigo”. Essa obsessão os impele a fazer muitas coisas desagradáveis ou pouco naturais que outros se recusam a executar. Talvez a mais difícil e mais importante delas seja “colocar seus egos no bolso”, pois o egoísmo pode nos tornar tolos.

Um dos seus efeitos mais destrutivos é fazer com que nos preocupemos mais com o que as pessoas pensam sobre nós do que com o que realmente podemos realizar. Corremos riscos desnecessários, nos exibimos ou damos informações para parecermos mais agradáveis, mesmo quando sabemos que isso reduz ou destrói a nossa vantagem. Característica Nº 3: Vencedores têm um autocontrole extremo. Sem autocontrole, aquela obsessão pode se tornar autodestrutiva. A vontade de vencer pode fazer com que você se arrisque sem necessidade, continue jogando mesmo depois de ter perdido a vantagem, se recuse a aceitar o fato de que sua mão será derrotada ou que a partida é muito difícil para você, e fazer muitas outras coisas estúpidas. Característica Nº 4: Vencedores são brutalmente realistas. Eles não se enganam a respeito das suas próprias cartas, das outras mãos, das odds e riscos da vitória, das suas habilidades, das habilidades dos demais jogadores, ou qualquer outra coisa. Normalmente, é muito doloroso aceitar a realidade, mas – como eles são obcecados e controlados – pagam esse preço.

TÍTULO: PSICOLOGIA DO POKER (THE PSICOLOGY OF POKER) AUTOR: ALAN SCHOONMAKER NÚMERO DE PÁGINAS: 318 PREÇO: R$ 55,00 (EM PROMOÇÃO) DISPONÍVEL EM: www.raiseeditora.com

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DO FUNDO DO BAU O poker é um esporte que está em constante evolução. Axiomas não existem, conceitos são criados, paradigmas são quebrados. No entanto, como em qualquer outra área, conhecer o passado é fundamental para planejar o futuro. Nesta seção, o leitor poderá mensurar um pouco dessa evolução e entender como o pensamento sobre o jogo mudou nos últimos anos. É com certo ar de nostalgia que, a cada edição, traremos para vocês os primeiros artigos publicados na Card Player Brasil. O que ainda pode ser aplicado no poker moderno? O que está ultrapassado? Descubram lendo os textos Do Fundo do Baú.

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AUTORIDADE EM POKER

ANO 4 - N.40

Como Enfrentar uma das Maiores Armadilhas do Poker: o Tilt Por “G3RockLee”

mais WCOOP 2010 BSOP SALVADOR

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christian Kruel

CoLuNA NACIoNAL

sorte: assunto Proibido no Poker? Quebrando tabus à luz de Maquiavel

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m dos maiores tabus do mundo do poker diz respeito à influência da sorte no jogo. Aqui no Brasil, esse tema é ainda mais polêmico, pois qualquer declaração sobre o assunto pode levar as pessoas a acreditarem que poker é um “jogo de azar”, fazendo com que uma atividade legal e saudável possa ser vista como uma contravenção delituosa. O fato é ainda mais alimentado quando vemos vencedores de grandes torneios fazendo jogadas não muito convencionais ou até mesmo ruins, dando a impressão de que “o melhor não venceu” e de que a sorte comandou as ações.

Porém, a influência da sorte ou do acaso não é exclusividade do poker. Acontece com todos os outros esportes. Já falei, em outras ocasiões, do exemplo do surfe, em que numa competição, dentro de um limite de tempo, um atleta mais habilidoso pode ser derrotado pela natureza se não encontrar ondas para surfar. Um parafuso de cinco dólares pode significar a destruição de um carro de Fórmula-1 que custa milhões, causando a perda de um título mundial. Várias bolas na trave podem significar a derrota de um grande time para um pequeno. Enfim... Podemos perceber a influência da sorte não só no esporte, como também em todas as outras áreas da vida. Um dos que escreveram sobre a sorte com maior propriedade foi o italiano Nicolau Maquiavel, historiador e cientista político. Em “O Príncipe”, sua obra mais famosa, ele faz uma perfeita associação entre “Virtù” e “Fortuna”, que aqui chamaremos simplesmente de Virtude e Sorte. Vejamos o que Maquiavel fala sobre a influência da sorte nas coisas humanas e como lidar com elas:

Não ignoro que muitos têm tido e têm a opinião de que as coisas do mundo sejam governadas pela sorte e por Deus, de forma que os homens, com sua prudência, não podem modificar nem evitar de forma alguma; por isso poder-se-ia pensar não convir insistir muito nas coisas, mas deixar-se governar pela sorte. Contudo, para que o nosso livre arbítrio não seja extinto, julgo poder ser verdade que a sorte seja o árbitro da metade das nossas ações, mas que ainda nos deixe governar a outra metade, ou quase. A sorte demonstra o seu poderio onde não existe virtude preparada para resistir e, aí, volta seu ímpeto em direção ao ponto onde sabe não foram construídos diques e anteparos para contê-la. Mas, restringindo-me mais ao particular, digo por que se vê um príncipe hoje em franco e feliz progresso e amanhã em ruína, sem que tenha mudado sua natureza ou as suas qualidades; isso acontece porque o príncipe que se apoia totalmente na sorte arruína-se segundo as variações desta. Isso decorre de ver-se que os homens, naquilo que os conduz ao fim que cada um tem por objetivo, isto é, glórias e riquezas, procedem por formas diversas: um com cautela, o

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outro com ímpeto, um com violência, o outro com astúcia, um com paciência e o outro por forma contrária; e cada um, por esses diversos meios, pode alcançar o objetivo. Dois indivíduos agindo por formas diversas podem alcançar o mesmo efeito, ao passo que de dois que operem igualmente, um alcança o seu fim e o outro não. Por isso, o homem cauteloso, quando é tempo de passar para o ímpeto, não sabe fazê-lo e, em consequência, cai em ruína, dado que se mudasse de natureza de acordo com os tempos e com as coisas, a sua sorte não se modificaria. Concluo, pois, que variando a sorte e permanecendo os homens obstinados nos seus modos de agir, serão felizes enquanto aquela e estes sejam concordes e infelizes quando surgir a discordância. Considero seja melhor ser impetuoso do que dotado de cautela, porque a sorte é mulher e consequentemente se torna necessário, querendo dominá-la, bater-lhe e contrariá-la; e ela mais se deixa vencer por estes do que por aqueles que procedem friamente. A sorte, porém, como mulher, sempre é amiga dos jovens, porque são menos cautelosos, mais afoitos e com maior audácia a dominam”. Podemos tirar várias lições desses recortes de “O Príncipe”. A primeira constatação é a de que a influência da sorte na nossa vida como um todo é muito mais ampla do que imaginamos, e que a nossa liberdade de ação, consequentemente, fica mais restrita a influências externas do que às nossas


christian Kruel próprias decisões. Eu posso estar jogando duas mesas e decidir dar continuation-bets em 80% das vezes nas duas, mas se em uma delas estiver tomando raises nas minhas c-bets, terei que mudar de atitude, independente de gostar disso ou não. A segunda questão diz respeito ao casamento da sorte com a virtude. Dificilmente haverá uma pessoa “100% sorte”. E uma pessoa que seja “100% virtude e 0% sorte” também encontrará dificuldades em se manter sempre no topo. Porém, entre ser 100% sorte e 100% virtude, opte pela virtude, que, no caso do poker, seria a capacidade de domínio de todos os fundamentos do jogo e do metajogo, já que a sorte, como pudemos perceber no próprio texto, muda de tempos em tempos. O recado é claro: aquele que se apoia 100% na sorte, se arruína junto com as variâncias dela.

“A sorte dem onstra o seu e xist e v ir tu d p o d e ri o o n d e e pre parada não se u ímpe to e para resistir m direção ao e , aí , volta p o n t o o n d e sa b e não construídos foram diqu e s e ant e paros para contê-la” . - Maquiave l -

A próxima questão diz respeito às diversas formas de agir para atingir um determinado objetivo. Quem joga “sempre loose-aggressive” ou “sempre tight-aggressive” pode se colocar numa situação de apuros quando precisar mudar de estilo. “Cautela vs. ímpeto”, “agressividade vs. astúcia”, “paciência vs. rapidez”, enfim, é preciso dominar todo o tipo de ação para que a virtude no jogo apareça com maior clareza. A virtù aqui estará no domínio da mudança de atitude: quando trocar de marcha na mesa? A última questão, concordo, fica mais no campo da superstição: a sorte prefere os agressivos aos cautelosos. Porém, como até as superstições carregam em si alguma sabedoria, podemos observar que jogadores agressivos estão sempre atuando com mais fold equity do que jogadores passivos. E isso num torneio pode ser um diferencial incalculável no longo prazo.

O assunto rende pano para mangas e na próxima coluna o abordarei novamente, entrando numa questão um tanto quanto mal discutida no meio do poker: jogar torneios “requer” mais sorte do que jogar cash game? Qual a real influência da sorte no longo prazo? Até lá! ♠

CK é um dos pioneiros do poker no Brasil. Ele também é membro integrante do Full Tilt Red Pro Team.

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mercado de entretenimento online, incluindo apostas esportivas, jogos eletrônicos de habilidade, bingo e diversões eletrônicas, têm crescido e se profissionalizado nos últimos anos. O aumento da capacidade de processamento e oferta de banda larga nos dispositivos móveis são alguns dos fatores pelo qual esse mercado deve dobrar até 2021. “A Pay4Fun surgiu da percepção da necessidade de fornecer um serviço de pagamentos sintonizado com as demandas por segurança, confiabilidade e profissionalismo do crescente mercado brasileiro”, conta Marlon Rupe, cofundador da Pay4Fun, uma instituição de pagamento que se orgulha em ser a primeira carteira eletrônica brasileira direcionada ao setor.

O que são instituições de pagamento e carteiras eletrônicas? Instituição de pagamento é uma pessoa jurídica não-financeira autorizada a integrar o Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB). “As carteiras eletrônicas (e-wallet) – também conhecidas como contas de pagamento pré-pagas – que operam legalmente no Brasil são administradas por instituições de pagamento autorizadas a emitir moeda eletrônica”, explica Marlon. Cabe às instituições de pagamento prover os meios para que seja possível a realização dos chamados “arranjos de pagamento”, que consistem no conjunto de regras e procedimentos de determinado serviço de pagamento ao público.

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Por que utilizar uma instituição de pagamento? No início do poker online no Brasil, era muito difícil depositar e retirar fundos dos sites, pois vários deles não operavam oficialmente no mercado brasileiro. Além disso, algumas operadoras de cartão de crédito não aprovam transações em sites de entretenimento online. Essa realidade acabou por criar a cultura da compra e venda de fichas entre os jogadores, em que os consumidores depositavam fundos nas contas bancárias dos vendedores e estes transferiam de volta as fichas para a conta no site especificada pelo jogador. A segurança para o consumidor neste tipo de operação acaba sendo bem limitada, em que normalmente o risco da operação é assumido pelo comprador, que realiza o depósito antecipado na conta do vendedor com a esperança de que as fichas sejam transferidas para sua conta online. Essa prática é terreno fértil para golpes e não é tão incomum tomar conhecimento de ocorrências desta natureza. Ao utilizar uma empresa brasileira amparada por um mercado regulamentado pelo Banco Central do Brasil (BACEN), o consumidor tem a confiança de que a operação será realizada conforme sua solicitação. Outro ponto a ser observado é que os prazos para retirada dos fundos para a conta bancária – recurso que não está disponível na maior parte dos sites de jogos e entretenimento online – costumam ser muito maiores que

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os prazos para a retirada através das carteiras eletrônicas; neste caso, utilizar uma instituição de pagamento como a Pay4Fun, permite ao jogador direcionar muito mais rapidamente seus fundos para outros sites do segmento e sem realizar operações financeiras internacionais que estão sujeitas a algumas tarifas e IOF. No caso da Pay4Fun, o consumidor também pode contar com atendimento personalizado 24 horas, via chat online. Amparo legal e segurança operacional A promulgação da lei 12.865, em 2013, dispôs sobre os arranjos de pagamento e sobre as instituições de pagamentos integrantes do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB). A lei também estabelece o BACEN como órgão regulador e fiscalizador das instituições de pagamento. A Pay4Fun é uma pessoa jurídica classificada como instituição de pagamento e autorizada a emitir moeda eletrônica, que oferece uma carteira eletrônica para soluções de pagamentos online. Para tal, atua em conformidade às exigências do BACEN, incluindo a implementação de monitoramento de operações e mecanismos de prevenção a lavagem de dinheiro e fraudes, através da utilização de ferramentas robustas utilizadas pelas grandes instituições financeiras e de acordo com a governança e melhores práticas do mercado.


JOGO RÁPIDO: PERGUNTAS E RESPOSTAS As carteiras eletrônicas são confiáveis? Sim, desde que devidamente registradas no Brasil. Uma carteira eletrônica brasileira, como é o caso da Pay4Fun, tem suas atividades regulamentadas pelo Banco Central do Brasil (BACEN). Por que utilizar uma carteira eletrônica? Além de oferecer maior segurança e agilidade nas transações financeiras,

permite ao usuário realizar um único cadastro de seus dados pessoais e bancários e fazer pagamentos online em sites parceiros de forma direta, sem a necessidade de fornecer novamente os seus dados a cada um deles. Com quais moedas a Pay4Fun opera? A conta virtual do cliente é em reais, mas a transferência para os sites parceiros pode ser feita em reais, euros ou dólares americanos. Além disso, receber em reais em sua conta bancária é muito fácil, rápido e sem taxas.

AS VANTAGENS DE UTILIZAR A PAY4FUN:  Empresa brasileira em conformidade com as normas do BACEN;  Segurança, agilidade e confiabilidade;  Isenção de tarifas nas transações de depósitos e saques (por tempo limitado);  Grande variedade de sites parceiros;  Depósitos e saques em reais, utilizando métodos convenientes para os brasileiros;  Suporte 24 horas em português;

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O partypoker é um dos sites de poker pioneiros no mundo e vem investindo cada vez mais para trazer a melhor experiência para seus jogadores — seja ao vivo ou online.

COMO EU CRIO UMA CONTA? Para começar a sua experiência no partypoker basta acessar o site partypoker.com e clicar no botão “Baixar Gratuitamente”. 1

A partir daí, basta criar sua conta e usufruir de todos os benefícios que só o partypoker pode oferecer.

BÔNUS

O partypoker disponibiliza um bônus único para os jogadores que estão começando a jogar no site. Qualquer valor (até US$ 500) que o usuário colocar em seu primeiro depósito, ele receberá o dobro para poder jogar. Por exemplo, caso você faça um primeiro depósito de $10, o partypoker dá outros $10 para você utilizar nas mesas do site.

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SISTEMA DE RECOMPENSAS

O partypoker oferece um sistema de recompensas exclusivo para seus usuários, que é dividido em quatro categorias: Bronze, Prata, Ouro e Palladium. Para atingir uma categoria, você precisa acumular determinado número de pontos por mês. A cada $1 de rake, você ganha dois pontos. Por exemplo, ao jogar um torneio de $22 — em que $20 vão para a premiação e $2 correspondem à taxa administrativa do site (rake) —, você acumula quatro pontos. Os pontos podem ser trocados por entradas de torneios (tíquetes) ou por dinheiro. BRONZE – 0 ponto/mês Recompensas: tíquetes de até $22 PRATA – 50 pontos/mês Recompensas: tíquetes de até $109 OURO – 750 pontos/mês Recompensas: tíquetes de até $530 e até $100 em dinheiro. PALLADIUM – 2.000 pontos/mês Recompensas: tíquetes de até $1.000 e até $500 em dinheiro.

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MISSÕES

No partypoker, o jogador ainda tem a opção de realizar “Missões”. As missões dão ao usuário objetivos que o desafiam a experimentar novas coisas e aprimorar o próprio jogo. Mas não existem obrigação. É possível completá-las em um ritmo tranquilo. Mas aprimorar as suas habilidades no poker é apenas um dos benefícios aqui. O partypoker dá recompensas extras para cada missão concluída, que incluem tíquetes para torneios, dinheiro, bônus etc. Para escolher uma missão, basta entrar em “Missions”, depois clicar em “Overview” e encontrar uma Missão que você goste. As missões que você pode iniciar terão um ícone “jogar” (play) ao lado. Missões com um ícone de cadeado estão bloqueadas. Para liberá-las é preciso cumprir algum tipo de missão antes. Depois de começar uma missão, o jogador ainda tem a opção de pausar a mesma e começar uma outra.

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TORNEIOS O partypoker conta com uma das melhores grades de torneio da internet, atendendo jogadores de todos os limites, dos mais baixos até aqueles que gostam apenas de high rollers. MÚLTIPLAS FASES Nos torneios de múltiplas fases, você pode jogar um evento de até US$ 250.000 garantidos. Esses torneios consistem em duas fases. As Fases 1 estão disponíveis ao longo da semana e se você durar 16 níveis, se classifica para a Fase Final, que acontece no domingo. Se for eliminado, basta tentar novamente — você pode jogar a Fase 1 quantas vezes quiser. Caso se classifique e não esteja satisfeito com seu stack, você pode se classificar novamente e levar seu melhor stack para o Fase Final. Com buy-ins entre US$ 5,50 e US$ 109 e torneios de segunda a domingo, eventos de múltiplas fases lhe dão a chance de pagar pouco para tentar ganhar muito dinheiro.

nível

Fase 1

Fase 1

Fase Final (Domingo)

BUY-in

P r e m i a ç ão garantida

Peso Pena (Featherweight)

Segunda a sábado (a cada 2 horas, das 14h às 4h)

Domingo (a cada hora, das 10h às 17h)

Às 18h30

$5,50

$50.000

Peso Médio (Middleweight)

Segunda a sábado (a cada 2 horas, das 14h às 4h)

Domingo (a cada hora, das 10h às 17h)

Às 18h30

$22

$100.000

Peso Pesado (Heavyweight)

Segunda a sábado (a cada 2 horas, das 16h às 2h)

Domingo (a cada 2 horas, das 10h às 16h e também às 16h)

Às 18h30

$109

$250.000

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Torneios PESO PENA (Featherweight)

O partypoker trabalha com três frentes de buy-in em seus torneios regulares, classificadas em: Peso Pena (Featherweight), Peso Médio (Middleweight) e Peso Pesado (Heavyweight). Além dos torneios de múltiplas fases, existem também aqueles de fase única, mais conhecidos pelo público. No Peso Pena, você encontrará mais de 170 torneios com buy-ins de $5,50 a $11. O principal deles é o The Jab, um torneio diário de $5,5 com premiação garantida de $7.500, de segunda a sábado, e de $10.000 aos domingos. Você pode jogar os torneios Peso Pena diariamente entre 10h e meia-noite.

Torneios Peso Médio (Middleweight)

Entre os Pesos Médios são oferecidos mais de 230 torneios semanais, com entradas entre $22 e $55, sendo mais de US$ 850 garantidos pelo partypoker. O The Contender, com buy-in de apenas $22, garante $15.000, de segunda a sábado, e $25 mil aos domingos. Já o The Cournterpunch tem buy-in de $55 e premiação garantida de $7.500. Ele também acontece diariamente. Você pode jogar os torneios Peso Médio todos os dias de 6h às 4h.

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Torneios Peso Pesado (Heavyweight)

Com mais de US$ 1 milhão distribuídos durante a semana, os mais de 60 torneios Peso Pesado do partypoker têm buy-in entre $109 e $215. Carro-chefe da categoria, o Title Fight ocorre aos domingos, às 19h. Com buy-in de $215, o Title Fight tem premiação garantida progressiva. Começando em $300.000 garantidos, toda vez que o garantido for batido, o partypoker aumentará em US$ 25.000 a premiação garantida da próxima semana. O Title Fight ainda possui a melhor estrutura da internet, com stack inicial de 30.000 fichas e subida de blinds a cada 20 minutos. Por quase metade do preço do Title Fight, você pode jogar o Main Event. Com buy-in de $109, o Main Event é jogado também aos domingos, às 19h, e tem premiação garantida de US$ 150.000. Por fim, o Uppercut e o Weigh-In. Enquanto o Uppercut ocorre de segunda a sábado, com buy-in de $109 e garantido de US$ 50.000, o Weigh-In é um torneio diário. Com entrada também de $109, ele tem premiação garantida de US$ 25.000 todos os dias, exceto aos domingos, quando esse valor sobe para US$ 50.000. Os torneios Peso Pesado podem ser jogados diariamente entre 10h e 1h.

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High Rollers

Para quem gosta de jogos ainda mais caros, o partypoker oferece mais de 20 high rollers semanais, que distribuem mais de um milhão de dólares. Os valores das entradas variam entre $530 e $2.600. Confira a grade:

Data*

Buy-in

garantido

Domingo (15h)

$530

$150.000

Domingo (13h)

$530

$100.000

Domingo (18h)

$530

$25.000

Domingo (15h)

$2.600

$100.000

Segunda-feira, quarta-feira, quinta-feira e sábado (15h)

$530

$50.000

Segunda-feira a Sábado (17h)

$530 (Turbo)

$20.000

Segunda-feira a Sábado (13h)

$530

$20.000

Terça-Feira (15h)

$530

$20.000

Terça-Feira (15h)

$530

$100.000

*Sujeito a alterações

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CARD PEDIA FERAS DO ONLINE PABLO BRITO

TOP 10 – RESULTADOS BRASILEIROS EM AGOSTO SitE

torneio (Buy-in)

Data

nome

Posição

Prêmio

Bounty Builder High Roller ($530)

26/08

“[IMT]JapA”

$58.964

Bounty Builder High Roller ($530)

05/08

Pablo “pabritz” Brito

$53.591

Thursday Thrill ($1.050)

23/08

Yuri “theNERDguy” Martins

$48.483

Big Bounty Hunter ($1.050)

07/08

Diego “EmilioSurita” Bittar

$36.281

Sunday High Roller ($2.100)

05/08

“frredd”

$34.818

Sunday Bounty Hunter ($1.050)

05/08

Diego “EmilioSurita” Bittar

$33.941

Super Tuesday ($1.050)

28/08

“edu22.sp”

$30.270

Bounty Builder High Roller ($530)

11/08

João “JoaoValli” Valli

$30.127

Bounty Builder High Roller ($530)

15/08

Renan Carlos “Internett93o” Bruschi

$28.515

Battle Royale ($215)

29/08

“Martinhmo 14”

$27.784

CAIO HEY

TOP 10 – RESULTADOS BRASILEIROS EM JULHO SitE

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torneio (Buy-in)

Data

nome

Posição

Prêmio

Sunday Million ($215)

29/07

Caio “caiohey” Hey

$165.250

Sunday Million ($215)

08/07

Bruno “BrunoBoucas” Bouças

$117.883

Sunday Million ($215)

29/07

Luan “Pseudo Fruto” Felipe

$115.963

Sunday Million ($215)

08/07

Reidir “reidir” de Melo

$101.245

Bounty Builder $109

29/07

Felipe “hipowrock” Bozzetti

$37.060

Bounty Builder $109

22/07

Henrique "Zanetti89" Zanetti

$35.621

Sunday Warm-Up ($109)

22/07

Flávio “Freis88” Reis

$35.309

Evento 7 da BOSS ($215)

10/07

João Mathias “EdwardSnowden” Baumgarten

$33.750

Sunday Big Bounty Hunter ($215)

29/07

Pablo “Britz1” Brito

$32.743

Sunday Million ($215)

22/07

João "jricardosc" Fernandes

$27.190

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