Rotas do Encontro Regional Sudeste de Agroecologia

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ROTA 01 Feira da Agricultura Familiar e Urbana da Cidade Administrativa A feira da Agricultura Familiar e Urbana da Cidade Administrativa é realizada semanalmente, às sextas feiras, no túnel do Prédio Gerais, na Cidade Administrativa. Atualmente, 23 empreendimentos familiares e empreendimentos agroindustriais familiares participam da feira.

Região Izidora: Ocupações Vitória, Esperança e Rosa Leão A Ocupação Vitória surgiu em 2013 e faz parte da comunidade Izidora, área do maior conflito fundiário urbano do Brasil. Desde 2014, as Brigadas Populares e a AMAU junto aos moradore(a)s dessa Ocupação buscam fortalecer iniciativas de produção agroecológica, com a realização de oficinas, mutirões e resgate dos saberes tradicionais de agricultura. Hoje, junto às outras ocupações da Izidora Rosa Leão e Esperança - e outros parceiros como a Rede de Intercâmbio, AUÊ!, Agroecologia na Periferia, Escritório de Integração da PUC e Prefeitura de Belo Horizonte, está em construção um projeto para o desenvolvimento e fortalecimento da agroecologia em toda região da Izidora.

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Florestal: Agrofloresta no Sítio das Mangueiras

O Sítio das Mangueiras é um sítio de produção familiar que trabalha com produção e educação em Agroecologia, Sistemas Agroflorestais, Educação Ambiental, Terapias Naturais, Plantas Medicinais, Homeopatia, Radiestesia, Tecnologias Sociais e Permacultura. São realizados cursos, oficinas e encontros com o objetivo de integrar pessoas e instituições diversas que buscam alternativas de manejos e convívio harmonioso com o ambiente.

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Itatiaiuçu: Acampamento Maria da Conceição - MST No dia 8 de março de 2017 foi ocupada as terras do empresário corrupto Eike Batista, um latifúndio improdutivo de 3 mil hectares, onde hoje moram 600 famílias. Essas famílias acampadas hoje trabalham em hortas coletivas, em que a cada semana o trabalho fica dividido para um núcleo. A produção das hortaliças é diversa e de base agroecológica e abastece o acampamento. A ocupação fez parte da Jornada Nacional de Luta das Mulheres e o acampamento recebeu o nome de Maria da Conceição em homenagem a uma militante do movimento. Será realizada uma roda de conversa sobre Mulheres e Reforma Agrária.

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Sete Lagoas: Hortas Urbanas

Por iniciativa dos/as produtores/as das hortas de Sete Lagoas, em parceria com a prefeitura de Sete Lagoas e a Emater, foram criadas associações para produzir alimentos sem agrotóxicos, resolvendo o problema de extrema vulnerabilidade social dos produtores e garantindo alimentos de boa qualidade. Há mais de 30 anos que este projeto é um sucesso, com a produção de cerca de 90 espécies de hortaliças, legumes e ervas medicinais e condimentares, sem veneno, em 7 hortas urbanas pela cidade.

Ribeirão das Neves: Ocupação Tomás Balduíno

A Ocupação Tomás Balduíno, re-existe há 4 anos na região de Areias, em Ribeirão das Neves. 300 família fazem valer o seu direito à moradia e desenvolvem trabalhos de organização e gestão comunitária, com projetos em curso de coleta autogestionada de lixo, saneamento ecológico, horta coletiva e quintais produtivos. Desde 2016, o grupo Agroecologia na Periferia desenvolve trabalhos na comunidade a fim de estimular a formação de novas unidades produtivas e de levar o debate agroecológico para um contexto específico de luta pela terra, construção de autonomia e geração de renda; em uma luta constante pelo direito à “cidade que queremos”.

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Feira do Festival de Arte e Cultura da Reforma Agrária A feira acontecerá na Serraria Souza Pinto. Serão comercializados produtos da reforma agrária, agroecológicos produzidos por assentadas/os, agricultoras/es familiares e urbanas/os de todo o sudeste do Brasil.

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Região Barreiro: Jardim Produtivo do Cardoso O projeto-piloto Jardins Produtivos: Belo Horizonte cultivando o futuro, desenvolvido em 2008, permitiu implementar um jardim produtivo como uso multifuncional do espaço urbano, dando uma nova utilidade a um terreno desocupado da cidade. O jardim produtivo está localizado na Regional Barreiro e beneficia diretamente dez famílias e seus vizinhos que moram no bairro do Cardoso. Entre os anos de 2009 e 2011, o projeto integrou o programa “Da Semente à Mesa”, cujo objetivo foi estimular a comercialização da produção dos agricultores urbanos vinculados ao Jardim Produtivo. Atualmente possui convênio com a Emater-MG e Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, pelo intermédio Subsecretaria de Segurança alimentar (SUSAN).

ROTA 03 Ibirité: Associação de Agricultores Agroecológicos e Biodinâmicos da Serra da Rola Moça (AABD) A AABD - ROLA MOÇA foi fundada em 2014 por agricultores/as familiares que atuam com agroecologia e economia solidária. Desenvolvem sua produção de hortaliças no Sítio Demétria, na divisa com o Parque Estadual da Serra do Rola Moça, comercializam em feiras livres e realizam mutirões, praticando autogestão e cooperação entre as associadas/os.

Betim: Assentamento 2 de Julho 150 famílias ocuparam um latifúndio improdutivo em Betim, em 1999, em busca de qualidade de vida, dignidade e liberdade. Passados 18 anos, 60 famílias conseguiram ser contempladas com a política de reforma agrária e tiveram acesso à terra, fruto de muita luta e persistência no sonho que compartilhavam. Essas famílias construíram suas casas, produzem seus alimentos agroecológicos e comercializam em feiras, mercados institucionais, banco de alimentos, venda direta às consumidoras/es no assentamento, Grupos de Consumo e entrega de Cestas.

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Santa Bárbara: André do Mato Dentro, Gandarela André é uma comunidade rural localizada na região do Gandarela, no município de Santa Bárbara. Gandarela é a segunda maior área contínua de Mata Atlântica de Minas Gerais e possui os últimos remanescentes preservados de cangas do Quadrilátero Ferrífero, que garantem a riqueza hídrica da região que verte água para os rios São Francisco e Doce. Em André, será visitado um sítio regenerado através de práticas agroflorestais, e será realizada uma roda de conversa com a participação do Movimento de Preservação do Gandarela, o Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM) e agricultoras/es da região, para trocar ideias e experiências sobre a resistência as investidas das mineradoras na região e também sobre as iniciativas e desafios de um fazer diferente.

Região Barreiro: Horta Vila Pinho Um terreno que servia de ponto de drogas e depósito de lixo na Vila Pinho (Barreiro) foi transformado em fonte de sustento de 12 famílias carentes da região. A área de 11 mil metros quadrados, hoje, abriga uma horta comunitária, num projeto da Emater-MG e da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, pelo intermédio Subsecretaria de Segurança alimentar (SUSAN). Os alimentos produzidos são consumidos pelas próprias famílias envolvidas no projeto e o excedente é vendido, sendo o lucro dividido entre os participantes.

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Belo Horizonte: Quem Luta Educa

Belo Horizonte: Bioconstrução no Plug Minas

No Sindieletro, será realizada uma roda de conversa sobre a história do Quem Luta Educa e sobre as privatizações e a entrega do patrimônio público. Também será realizada uma discussão sobre comunicação popular e a importância de construirmos mecanismos alternativos à mídia empresarial. Essa discussão terá a contribuição do Brasil de Fato, que produz o jornal impresso de distribuição gratuita em Minas Gerais, tem página na internet e agora programa de rádio.

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Jaboticatubas: Amanu

O PlugMinas - Centro de Formação e Experimentação Digital é um projeto do Governo de Minas Gerais dedicado à juventude. Desde 2009, jovens de 14 a 24 anos que estudam ou então se formaram na rede pública de ensino de Minas Gerais e que moram em BH ou Região Metropolitana participam de atividades nas áreas do empreendedorismo, moda, novas tecnologias, artes e idiomas. Será realizada uma troca em bioconstrução e manejo de bambu e uma geodésica será montada.

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Agricultura Urbana no Baixo Onça

A associação Amanu é formada por agricultoras/es familiares, artesãs/ãos, produtoras/es artesanais, moradoras/es do campo, povos e comunidades tradicionais, técnicas/os, voluntárias/os, colaboradoras/es e associadas/os de 4 municípios e 20 comunidades rurais de Jaboticatubas. Serão apresentadas as tecnologias desenvolvidas nas propriedades das/ dos agricultoras/es, a Feira Raízes do Campo, o Armazém Raízes do Campo e a Casa Comunitária do Côco Macaúba.

A região do Baixo Onça é uma zona de ocupação recente na capital mineira. Trata-se de uma das mais novas fronteiras de expansão do município. A REDE apoia/desenvolve ações de agricultura urbana na região. Serão visitadas as seguintes experiências:

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2) Quintal agroecológico da Maria José: quintal produtivo manejado por Maria José com apoio de seu marido Josefino. Maria José produz remédios caseiros e cosméticos naturais com as plantas medicinais cultivadas em seu quintal e comercializa seus produtos na comunidade, através de encomendas.

Sabará: Ervanário São Francisco de Assis O Ervanário São Francisco de Assis é uma experiência familiar que desde 1994 trabalha com medicina popular e alimentação natural. Em Sabará, Aparecida Arruda, mais conhecida como Tantinha, mantêm os saberes das raizeiras, o cultivo de hortas urbanas e a manipulação de plantas medicinais, propagando a consciência da preservação e da apropriação social da natureza. Durante a vivência será realizada uma oficina de cosmética natural em que serão produzidos sabonetes naturais para a utilização durante o ERÊ.

Região Centro-Sul: Roots Ativa, Aglomerado da Serra Coletivo de jovens urbanas/os que moram em uma casa coletiva na Vila Nossa Senhora de Fátima no Aglomerado da Serra, maior favela de Minas Gerais. Praticam e difundem a cultura rastafári. Desenvolvem ações/atividades de preservação ambiental e de agricultura urbana na comunidade: gestão comunitária dos resíduos, através de minhocários e compostagem, viveiro de mudas, horta, permacultura, alimentação saudável, e comercialização em feiras e por encomendas.

1) Nascente Fundamental: área que está sendo recuperada pela comunidade e organizações parceiras, através de ações coletivas de estruturação e manutenção do espaço público.

3) Horta Cantinho do Céu: Horta mantida pelo agricultor urbano Geraldo, no Conjunto Paulo VI, nas proximidades da Área de Proteção Ambiental (APA) Capitão Eduardo, área onde está prevista a construção de muitos conjuntos habitacionais. Seu Geraldo cultiva em sua horta há anos e vende seus produtos na comunidade local. 4) Sede do COMUPRA e Casa Comum: O Conselho Comunitário Unidos pelo Ribeiro de Abreu é um movimento originário da década de 80 com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento social, econômico e ambiental do bairro e adjacências. Desde 2007 o COMUPRA está à frente do Movimento “Deixem o Onça Beber Água Limpa”, iniciativa voltada para a requalificação socioambiental do Ribeirão do Onça. A sede do COMUPRA - Casa Comum é o espaço de uma antiga fazenda que foi sede da COPASA e foi cedida ao COMUPRA e seus parceiros para realização de reuniões, formações, encontros, etc.


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FEIRA FESTIVAL

Feira da Agricultura Familiar e Urbana da Cidade Administrativa + Izidora: Ocupações Vitória, Esperança e Rosa Leão

Região Centro-Sul: Aglomerado da Serra - Roots Ativa + Região Barreiro: Jardim Produtivo do Cardoso e Horta Vila Pinho

Sete Lagoas: Hortas Urbanas + Ribeirão das Neves: Ocupação Tomás Balduíno

SETE LAGOAS

JABOTICATUBAS

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Amanu + Serra do Cipó + Casa Comunitária do Coco Macaúba + Armazém Raízes do Campo

Ibirité: Associação de Agricultores Agroecológicos e Biodinâmicos da Serra da Rola Moça (AABD) + Betim: Assentamento 2 de Julho

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SABARÁ

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BELO HORIZONTE FLORESTAL

BELO HORIZONTE

REGIÃO LESTE DE BELO HORIZONTE

ROTA 07 ITATIAIUÇU

Acampamento Maria da Conceição, MST

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SABARÁ

SANTA BÁRBARA

BETIM IBIRITÉ

Bioconstrução com bambu e montagem de uma geodésica no Plug Minas

Agrofloresta no Sítio das Mangueiras

Ervanário São Francisco de Assis

RIBEIRAO DAS NEVES

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JABOTICATUBAS

IBIRITÉ E BETIM

ITATIAIUÇU

SANTA BÁRBARA

Vivência em André do Mato Dentro, Gandarela

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REGIÃO NORDESTE DE BELO HORIZONTE Agricultura Urbana no Baixo Onça: Nascente Fundamental + Quintal agroecológico da Maria José + Horta Cantinho do Céu + Sede do COMUPRA e Casa Comum

... e tantas/os outras/os .

ROTA 02

ESSA HISTÓRIA DE LUTA E RESISTÊNCIA É CONSTRUÍDA POR:

ROTA 09

REGIÃO CENTRO-SUL E BARREIRO DE BELO HORIZONTE

SETE LAGOAS E RIBEIRÃO DAS NEVES

FLORESTAL

NA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE

ROTA 08

REGIÃO NORTE DE BELO HORIZONTE

Quem Luta Educa (QLE) + Sindieletro

AGRICULTURAS & RESISTÊNCIAS

A Região Metropolitana de Belo Horizonte - RMBH - foi criada em 1973, sendo originalmente composta por 14 municípios e 1,7 milhão de habitantes. Hoje, vivem aqui cerca de 5 milhões de pessoas, sendo a terceira mais populosa região metropolitana do Brasil. A delimitação oficial da RMBH constitui uma unidade administrativa e legal de referência para estudos e para formulação de políticas públicas, e não corresponde necessariamente à mancha urbanizada. Os 34 municípios que compõem atualmente a RMBH tem características diferentes em relação às suas funções na região, graus de integração regional e desigualdades dentro e entre os mesmos. Esta estrutura territorial desigual e a dinâmica de expansão urbana sob formas dispersas e fragmentadas de baixa densidade e excessivamente concentrada em Belo Horizonte refletem a atuação conflituosa ou negociada dos principais agentes produtores do espaço na região: as organizações e movimentos sociais, os diferentes setores do Estado e o capital, tendo destaque os setores imobiliário, industrial e minerário. De modo geral, prevalece na região uma visão da agricultura como irrelevante (se comparada a outras questões sociais e ambientais urbanas); como inviável (se comparada a outros usos e ocupações da terra com mais retorno econômico); e incompatível (devido aos impactos ambientais que podem causar ou estar sujeita) neste território. Entretanto, uma significativa trajetória de articulação social e de iniciativas pontuais de políticas públicas relacionadas à agricultura urbana e à agroecologia, especialmente a AMAU (Articulação Metropolitana de Agricultura Urbana) e a R.U.A. Metropolitana (Rede Urbana de Agroecologia da RMBH), têm evidenciado uma grande diversidade de sujeitos e experiências tradicionais e contemporâneas de produção e comercialização de alimentos e outros produtos na região. Parte dessa diversidade de quintais, lajes, hortas comunitárias, chácaras, comunidades quilombolas, assentamentos da reforma agrária e outros espaços produtivos dispersos na região serão visitados nas vivências do ERÊ! Outras práticas de resistência popular, não diretamente ligadas à atividade agrícola, que também serão visitadas, como os movimentos sindicais, de luta pela moradia /reforma urbana, de educação, de luta pela água e contra a mineração, de juventudes e coletivos urbanos de cultura e comunicação, atuam na construção de um território metropolitano mais justo e democrático. Essa caminhada tem possibilitado cada vez mais a aproximação de novos sujeitos e atores sociais envolvidos com a agricultura urbana e agroecologia na RMBH. Além disso, esta trajetória tem explicitado os conflitos socioambientais relacionados às atividades agrícolas e pecuárias na região, assim como a força da agroecologia na reestruturação territorial e na construção de sistemas alimentares justos, sustentáveis e populares na RMBH.


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