JornalESAS, Junho 2012

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Zodíaco Chinês I Holocausto I Henrique Taveira I Moda I Música I Filme |Lugar da Ciência | Biblioteca l Economia

Capa de Maria do Carmo Rola (profª)


Prova do 3.ºciclo Ensino Básico 84 alunos participantes

Os 10 + 1.º Pedro Teixeira

9.º B

91 pontos

2.º Raquel Silva

9.º B

90 pontos

3.º Luís Gigante

9.º D

88 pontos

4.º David Cunha

8.º E

87 pontos

9.º B

87 pontos

6.º Maria Nery

9.º D

86 pontos

7.º Leonor Cid M.

8.º A

85 pontos

Manuel Maia

9.º D

85 pontos

9.º Mara Tribuna

7.º C

84 pontos

10.º Flávio Costa

8.º E

83 pontos

Carolina Pinho

A

Prova do Ensino Secundário 93 alunos participantes s segundas Olimpíadas de Português

realizaram-se na nossa escola no dia 18 de Abril , registando uma forte adesão por parte dos alunos. Assumindo o compromisso da sua realização anual, os professores de Português conseguiram mais do que triplicar a adesão verificada no ano passado.

À semelhança do que acontece há 30 anos com as Olimpíadas de Matemática, foi apresentada uma proposta de realização de Olimpíadas de Língua Portuguesa a nível nacional ao Ministro da Educação e Ciência, proposta essa que teve o melhor acolhimento por parte do Gabinete do Ministro. A entrega de prémios aos três primeiros classificados de cada escalão teve lugar na Noite de Teatro, a 8 de Junho.

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Os 10 + 1.º Henrique Vasc.

10.º D

172 pontos

2.º Joana Costa

11.º C

162 pontos

3.º Catarina Lourenço

10.º A

154 pontos

4.º Ana Rita Fonseca

12.ºH

153 pontos

5.º Ana Neto

11.º C

149 pontos

Gonçalo Pires

11.º D

149 pontos

Rafaela Santana

12.º F

149 pontos

11.º I

148 pontos

Tiago Almeida

11.º I

148 pontos

10.º Núria Fonseca

12.º B

147 pontos

8.º Ana Sofia Silva

JORNALESAS


Carta ao Ministro da Educação Exmo. Senhor Ministro da Educação e Ciência Professor Doutor Nuno Crato É com enorme satisfação que tomamos conhecimento, a partir de diversas declarações públicas nomeadamente as ocorridas na sessão de entrega de prémios das trigésimas Olimpíadas de Matemática, do esforço que está a ser desenvolvido pelo Ministério da Educação para “concentrar o ensino nas matérias essenciais, como a Matemática, a Língua Portuguesa ou a História”. À semelhança do que vem sendo feito, desde há trinta anos, para incentivar o gosto e o conhecimento da Matemática, gostaríamos de propor a organização de Olimpíadas de Língua Portuguesa a nível nacional, para alunos dos diversos graus de escolaridade, com eventual possibilidade de provas internacionais entre os países que integram a CPLP. Convém referir que esta prova se realiza a nível interno na Escola Secundária/3 Aurélia de Sousa, pelo segundo ano consecutivo, com significativa adesão por parte dos alunos. A nossa experiência profissional tem-nos permitido constatar que um número muito significativo de alunos apresenta dificuldades de expressão escrita e oral, repercutindo-se estas dificuldades na compreensão e interpretações de textos, perguntas ou problemas, ou ainda capacidade leitora e consequente gosto pela leitura. Por outro lado, também alguns professores continuam a desvalorizar a má utilização da língua portuguesa, entendendo que erros ou dificuldades nesta matéria são da exclusiva responsabilidade do professor de português. As Olimpíadas de Língua Portuguesa reforçariam a atenção para a importância da língua materna em todo o processo de ensino/ aprendizagem e proporcionariam um maior envolvimento ativo de alunos e professores, e da sociedade em geral. Aumentar o domínio da língua materna equivale a ser capaz de compreender e interpretar melhor, exprimir-se melhor, pensar melhor. Conseguir que todos os professores se empenhem nesta causa será, ainda, uma forma de instituir o domínio da língua como algo que ultrapassa as aulas de português e subjaz a todos os atos de ensino/ aprendizagem, contribuindo definitivamente para o sucesso escolar. Esperamos que esta proposta possa ter o melhor acolhimento junto de V. Exª. e de todos aqueles que, com responsabilidade nesta matéria, acreditam, como Fernando Pessoa, que a nossa “Pátria é a Língua Portuguesa”.

Olimpíadas de Língua Portuguesa Na sequência de uma exposição enviada, no mês de Abril, ao Ministro da Educação e Ciência pelo Grupo de Português e pela Equipa de trabalho da Biblioteca, em que se propunha de forma fundamentada a realização de Olimpíadas de Língua Portuguesa a nível nacional, com possibilidade de alargamento aos países que integram a CPLP – Comunidade de Países de Língua Portuguesa, recebemos, no dia 6 de Junho, da Direção de Serviços e Desenvolvimento Curricular, o seguinte ofício que transcrevemos: “ Em sequência da V/ mensagem, sobre o assunto em epígrafe, enviada para Sua Exª. o Ministro da Educação e Ciência, e de posterior contacto telefónico, vem esta Direção-Geral agradecer a proposta apresentada, a qual consideramos de grande interesse e relevância. Assim, e tendo em vista a organização de Olimpíadas de Língua Portuguesa, gostaríamos de propor uma parceria entre a Direção-Geral da Educação (DGE) e a ES/3 Aurélia de Sousa (ESAS), a qual poderia ser alargada à Associação de Professores de Português (APP). Consideramos igualmente que, numa fase inicial, seria enriquecedor convidar uma escola de um país da CPLP para integrar esta iniciativa, que se poderia estender posteriormente a outras. Para concretização deste propósito, e caso a V/ escola esteja interessada nesta parceria, pensamos que seria muito útil a realização de uma reunião entre representantes da DGE, da ESAS e da APP para apresentação das Olimpíadas de Língua Portuguesa realizadas na ESAS e para reflexão sobre o alargamento a nível nacional desta iniciativa. (…)” Sentimo-nos muito honrados com este convite que valoriza e alarga os efeitos da nossa iniciativa e louvamos a atenção e pronta resposta do Ministério da Educação e Ciência à nossa proposta. Maria Luísa Saraiva (professora/bibliotecária)

A Diretora e Presidente do Conselho Pedagógico—Professores do Departamento de Línguas e Literaturas e Equipa da Biblioteca/Centro

Foto de António Carvalhal (prof.) JUNHO 2012 I NÚMERO

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Concurso Nacional de Leitura Texto de Pedro Gomes (12ºG) e Juliana Silva (12ºH)

Os alunos com o escritor Gonçalo Cadilhe—Da esquerda para a direita : Tiago (9ºB), Joana (7ºB), Adriana (9ºA), Juliana (12ºH), Gonçalo Cadilhe (escritor), Bianca (12ºD) e Pedro (12ºG)

D

epois de passarem a fase inicial, na nossa escola, do

de José Gomes Ferreira, Patagónia Express, de Luís Sepúlveda (para o básico), Nos Passos de Magalhães, de Gonçalo Cadilhe, e

Concurso Nacional de Leitura, os alunos do básico,

Livro, de José Luís Peixoto (para o secundário). Os cinco melho-

Joana Marques, do 7ºB, Adriana Pereira, do 9ºA, e Tiago Macedo, do 9ºB, em conjunto com os alunos do secundário, Bianca Vasconcelos, do 12ºD, Juliana Silva, do 12ºH, e Pedro Gomes, do

res de cada um dos ciclos passariam à prova oral, em que teriam de apresentar a sua opinião sobre um dos livros, seguindo-se uma leitura em voz alta e a apresentação de duas quadras redigi-

12ºG, participaram na fase distrital deste concurso. Esta elimina-

das pelos participantes. A aluna Joana Marques, da turma B do

tória realizou-se na Biblioteca Municipal Almeida Garrett, no dia 24 de Abril. A primeira etapa consistiu numa prova escrita sobre os livros de leitura obrigatória: As Aventuras de João Sem Medo,

7ºano, foi a única, da ESAS, apurada para a fase nacional, tendo contado com o apoio de todo o grupo. 

Desenho de Sara Rodrigues do 10º I

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JORNALESAS


A fase regional realizou-se no Porto, no dia 28 de abril de 2012. O vencedor do escalão B (alunos do 11ºano de escolaridade) foi Alexandre Carvalho Truppel, aluno do 11º E desta Escola – medalha de ouro. A fase nacional ocorreu no Museu da Eletricidade em Lisboa, no dia 9 de junho de 2012. Nesta fase, o Alexandre foi distinguido com uma menção honrosa (alunos classificados do 4º ao 10º lugar). Esta fase nacional das Olimpíadas apura para: Olimpíadas Internacionais 2013 (julho 2013, Dinamarca) e Olimpíadas Iberoamericanas 2013 (setembro 2013, Paraguai). Texto de Graça Bastos (profª de Física)

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Qual é a força do nosso mar? Por Maria Monteiro (10ºC) e Rita Magalhães (10ºD)

D

urante este ano letivo, os Jovens Repórteres Para o Ambiente do Clube Europeu ESAS desenvolveram um

De volta à escola, elaboramos uma reportagem para ser submetida ao concurso dos Jovens Repórteres para o Ambiente

projeto de pesquisa e intervenção sobre a energia das ondas subordinado ao título “A Força do Nosso Mar”.

(http://www.youtube.com/watch? v=KMit0GgkZc&feature=my_liked_videos&list=LLOmcCR-

Ainda no primeiro período, um grupo representativo de alunos deste Clube foi convidado para participar no Seminário Nacional

jOdny1qbI43cFSLg) e uma notícia, já publicada na anterior edição deste jornal.

JRA apresentando, com sucesso, o seu projeto de trabalho para o ano letivo. A escolha deste tema justificou-se pela consciência

Estando no fim do ano e refletindo sobre o trabalho desenvolvido, apercebemo-nos de que, quando começamos a prestar aten-

da informação vaga que tínhamos sobre este tipo de energia alternativa e por sentirmos que era algo importante para o nosso país e que merecia maior destaque. Propusemo-nos então a

ção ao tema (Energia das Ondas), vemos o quão atual e importante ele é, pois as notícias sobre o mesmo são constantes e relevantes. Assim, agradecemos todas as oportunidades com

procurar informação sobre esse tema, apresentando um projeto

que nos deparamos e que aumentaram a nossa motivação e o

de divulgação a nível nacional. Com o decorrer do ano letivo, os trabalhos de pesquisa prosseguiram (intercalados de outros projetos do mesmo clube) e sur-

nosso conhecimento, não só deste, mas também de outros temas relacionados com o Ambiente. Alguns de nós antevêem-se, num futuro próximo, a realizar pesquisa mais aprofundada

giu-nos a oportunidade de visitar o Departamento de Hidráulica

sobre este tema na FEUP.

da Faculdade de Engenharia do Porto (FEUP), onde nos apercebemos da real importância da investigação nessa área e do protagonismo que tem sido atribuído a Portugal neste tópico. Realizamos duas entrevistas a professores deste departamento

h tt p :// si garra. up .p t/f eu p/u ni d ad es _g e ral. vi su al iz ar? p_unidade=47 – FEUP – Departamento de Hidráulica.

(Doutor Francisco Pinto e Doutor Paulo Santos), que nos informaram sobre o trabalho de pesquisa experimental que tem vindo a ser desenvolvido pela FEUP.

JRA na FEUP

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JORNALESAS


Entrevista ao Professor Doutor Francisco Pinto Secção de Hidráulica da Faculdade de Engenharia da UP Por Beatriz Malafaya (10ºD), Catarina Durán (10ºC), José Chen (12ºB), Maria Miguel (10ºC) e Maria Monteiro (10ºC)

Francisco de Almeida Taveira Pinto, professor catedrático na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, é, desde 2006, o responsável pela Secção de Hidráulica, Recursos Hídricos e Ambiente, departamento pertencente ao ramo da Engenharia Civil. Para além disso, é membro do Conselho do Departamento de Engenharia Civil, participando também no Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental.

JRA: Porque escolheu trabalhar nesta área da Engenharia? Prof. Francisco Pinto: Quando acabei o curso, escolhi esta área de especialização em Hidráulica, depois fiz o doutoramento em Engenharia Costeira e, a partir daí, dediquei-me quase a 100% a esta área do conhecimento.

aproveitamento da energia das ondas, mas da energia do vento em alto mar, financiado pela EDP. Portanto, funciona como uma zona de grandes dimensões, onde se podem testar vários dispositivos. Enfim, o Pelamis foi colocado lá inicialmente, mas depois foi retirado devido a problemas técnicos.

JRA: Neste momento, o que está a fazer no âmbito da energia das ondas? Prof. F.P.: Em relação à energia das ondas estou a orientar uma tese de doutoramento precisamente nesta área, para além de acompanhar alguns estudos que estão a ser efetuados no nosso porto de Leixões.

JRA: A comunicação social noticiou a existência de um projeto de aproveitamento da energia das ondas dirigido pelo município de Peniche. Este projeto lança novas ideias sobre o assunto? Prof F.P.: Esse projeto é precisamente o Waveroller, que vos foi apresentado aqui. O dispositivo é colocado no fundo do mar, é uma espécie de comporta que se desloca ao longo de um eixo. Os ensaios preliminares do sistema foram realizados no Departamento de Hidráulica. Estão em fase de testes no protótipo para verificar a rentabilidade do sistema, no sentido de se colocar não um, mas mais do que um dispositivo. Sabe-se que um desses dispositivos consegue extrair energia, mas um só não é rentável. É preciso colocar vários dispositivos para que se consiga retirar energia em quantidade suficiente para que a instalação do sistema seja rentável. O investimento é elevado, portanto tem de haver um retorno que o compense. Esse sistema está a ser trabalhado e está em curso.

JRA: O que aconteceu ao projeto relacionado com a energia das ondas implementado pela UP há uns anos na Aguçadoura? Prof. F.P.: A Aguçadoura tem uma área criada como zona-piloto, onde as empresas podem instalar e testar dispositivos. Foi definida como área destinada a elevar o potencial em termos de energia e de recursos, onde os grupos interessados podem colocar os seus protótipos. Foi o que aconteceu com o Pelamis e está, neste momento, a acontecer com o Windflow, um outro sistema, não de

Continua na página 10 JUNHO 2012 I NÚMERO

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Rock in Rio: For a Better World Texto de José Chen do 12ºB

JRA no RIR, com os intérpretes Marcelo Jeneci e Mafalda Veiga—maio 2012

Vindos de várias escolas do país, desde Porto a Faro, os Jovens Repórteres do Ambiente colaboraram com a ABAE na missão Rock in Rio 2012.

O

nização do Rock in Rio?, Que práticas sustentáveis adota para s Jovens Repórteres para o Ambiente deixaram a sua marca num dos maiores festivais internacionais, o Rock

preservar o ambiente? e O que faria se fosse dono do Rock in Rio?. As respostas dadas foram muito diversificadas, mas sufi-

in Rio (RIR), através de uma missão organizada pela ABAE—

cientes para que os repórteres pudessem escrever artigos e fazer

Associação Bandeira Azul Europa. O objetivo desta colaboração foi alertar e consciencializar as pessoas para a preservação do

fotorreportagens. Por outro lado, os JRA tiveram contacto com uma das vozes da

ambiente e reparar as ações negativas da sociedade, que acabam

Rádio Renascença, Marta Ventura, para além de terem entrevis-

por destrui-lo.

tado os músicos Marcelo Jeneci e Mafalda Veiga. Através das

Inicialmente, era necessária uma candidatura para a participação do JRA nesta missão, contendo os seguintes documentos: uma carta de motivação explicativa da razão da sua candidatura e uma

várias questões colocadas e das respetivas respostas, os Jovens Repórteres para o Ambiente inquiriram que hábitos sustentáveis tinham os mais famosos e qual era o seu ponto de vista face às

reportagem sobre energia. Os alunos selecionados partiriam para

preocupações ambientais da organização do RIR.

Lisboa, onde ficariam por três dias numa Eco-Escola – que, neste caso, foi o Colégio Valsassina. Todas as atividades, estadia e alimentação foram da responsabilidade da ABAE. Foram ainda

Apesar de todo o trabalho árduo desenvolvido pelos jovens repórteres, estes também dispuseram de algum tempo livre para assistir aos espetáculos que tinham lugar no recinto, como, por

dadas credenciais a estes jovens para que pudessem entrar no

exemplo, os concertos das bandas norte-americanas Linkin Park e

recinto do Rock in Rio durante o fim de semana.

Metallica.

Para cumprir o objetivo a que se propuseram, os JRA entrevistaram vários indivíduos, aos quais se colocaram questões, desta-

Em suma, os JRA conseguiram explorar a dimensão mais ecológica do RIR, que pode, por vezes, passar despercebida. 

cando-se as seguintes: Que preocupações ambientais tem a orga-

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JORNALESAS


Europa: Que futuro? Texto de Rafaela Santana e de Ana Sofia Castro, do 12ºF

ESAS— Dia 10 de maio de 2012

O

Dr. Silva Peneda, licenciado em Economia pela Universidade do Porto, exdeputado do Parlamento Europeu e atual presidente do Conselho Económico e Social Português, esteve presente na conferência Europa: Que futuro?, integrada nas comemorações da Semana da Europa. Destacamos aqui os aspetos mais relevantes desta palestra. Um pouco de História A Europa nasceu com um sonho, o sonho de um sistema em que não houvesse “guerra nunca mais”. Primeiro, os países fixaramse nos instrumentos de guerra, o carvão e o aço, e geriram-nos juntos, formando a CECA, Comunidade Europeia do Carvão e do Aço. Nasceu, então, um projeto de paz, que visava que a Europa crescesse em prosperidade e justiça, aproximando-se do Modelo Social Europeu. As perturbações na Europa O aumento da população idosa veio criar pressão sobre as finanças públicas, surgindo assim um problema demográfico. Também os novos países emergentes provocaram perturbações na Europa. Assim, à paz vieram juntar-se mais objetivos, como a solidariedade. A Europa nasceu no pressuposto de que cada país tem uma posição. Contudo, atualmente, é a Alemanha que toma a maioria das decisões e “é aí que começa o nosso problema”. É também importante mencionar que, durante muito tempo, se gastou muito mais do que aquilo que se tinha. Hoje, temos de assumir isso e resolver a situação, sendo necessárias diversas reformas para que o Projeto Europeu sobreviva. Portugal, um país especial O atual presidente do Conselho Económico e Social Português fez ainda questão de destacar o importante papel que Portugal teve nos Descobrimentos e de sublinhar que, por isso, somos um país especial na Europa, tendo evidenciado a nossa capacidade de interação com os países colonizados. Ainda assim, beneficiou bastante com a entrada neste espaço de integração. Este elogio deve incentivar-nos à mudança, através de um esforço coletivo, por uma união de compromisso. JUNHO 2012 I NÚMERO

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A Hora das Questões Sobre a possibilidade de um plano Marshall nos dias de hoje, o Dr. Silva Peneda é de opinião de que é possível; todavia, este deve ser aliado ao que já existe, sendo fundamentalmente necessário um plano que não tenha um horizonte de 2 anos, mas sim de 7 ou 8 anos. Temos que refletir acerca do que devemos fazer para criar competitividade e identificar as áreas em que podemos ser competitivos, criando incentivos e apoios às empresas. Por sua vez, quanto à situação de Portugal, o economista referiu que hoje já não estão nas nossas mãos muitas das decisões e sim nas de quem nos empresta dinheiro, o que nos torna mais fracos. Deste modo, devemos trabalhar em equipa, ter em conta a interação das diferentes áreas e formar as pessoas com interesses e entusiasmo para solucionar as questões. Quanto ao regresso à antiga moeda nacional, afirmou que podia ser desastroso: a dívida multiplicar-se-ia e ficaríamos ainda mais pobres. A questão sobre a formação dos “Estados Unidos da Europa” teve uma resposta negativa, visto que não é possível uniformizar políticas. De facto, a Europa só se foi associando através dos interesses comuns, existindo contudo competências muito próprias, que inviabilizam a formação de um Estado soberano, onde apenas um governa. Outros assuntos como a questão grega, a emigração, as eleições em França, as influências das agências de rating, o próprio trajeto profissional do Dr. Silva Peneda foram também abordados ao longo da conferência.

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Sessão Académica Conferência das Nações Unidas Žilina, Eslováquia 20 a 26 de março de 2012

N

o dia 20 de março de 2012, juntamente com os outros membros do Clube Europeu,

apanhei, no aeroporto Sá Carneiro, o primeiro de três aviões da viagem que nos levaria à Eslováquia, a fim de participar na conferência ZAMUN. A viagem decorreu normalmente, tendo sido apenas um pouco cansativa,

pois

durou

cerca

de

18

horas.

Chegamos à estação de comboios de Žilina, onde as famílias de acolhimento nos esperavam, por volta da

Texto de Maria Monteiro, do 10ºC

meia-noite. A minha família tinha dois filhos: um rapaz, de sete anos, e uma rapariga, de catorze. Só na minha imaginação me tinha visto a debater seriamente os assuntos da política internacional da atualidade num grupo de cerca de 100 pessoas como eu. Ao fim de dois dias, conseguimos aprovar propostas de reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Em jeito de balanço, devo referir que vivi durante quatro dias no seio de uma família de acolhimento que me proporcionou o contacto com uma nova cultura e o conhecimento de uma história e de uma gastronomia diferentes. Conheci muitos jovens com interesses semelhantes aos meus, fiz muitos amigos, com alguns dos quais ainda me mantenho em contacto. Aprendi ainda que esquecer o Irão numa votação é extremamente perigoso e também normas de Da esquerda para a direita: Miguel Ramalho (10ºD), Rita Magalhães (10ºD), Maria Monteiro (10ºC) e Henrique Vasconcelos (10ºD)

debate formal. Foi uma experiência muito enriquecedora. 

Continuação da Entrevista ao Dr. Francisco Pinto da pág. 7 JRA: As portas da FEUP estão abertas para que tipo de visitantes? Prof. F.P.: Periodicamente, temos visitas de escolas secundárias. Todos os anos, o Departamento de Engenharia Civil realiza a Semana “Profissão do Engenheiro” em que várias escolas se inscrevem e podem visitar várias áreas e laboratórios. Para além disso, temos visitas de outras faculdades e organismos de outros países. Temos gosto em mostrar este laboratório; não é muito grande, mas também não é muito pequeno: é como se fosse a nossa sala de visitas. JRA: Que países exploram a energia das ondas? Prof. F.P.: Há países que, por terem mais recursos, estão um pouco mais avançados no aproveitamento da energia das ondas. O Reino Unido: a Irlanda, a Escócia e Inglaterra, por terem maior experiência e um historial mais longo de ligação a esta área, são países que estão a trabalhar mais e a tentar aproveitar este recurso. Portugal também tem trabalhado nas últimas duas ou três décadas nesta área. Como recurso disponível na costa portuguesa, a energia das ondas é bastante interessante e Portugal também dedica a esta área bastante tempo em termos de investigação e de projetos nacionais e internacionais. Outros exemplos são a República da Irlanda, a Finlândia, a Suécia, a Dinamarca e a Austrália. São países

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que, por terem um recurso elevado de costa marítima, dedicam também algum esforço em termos financeiros, humanos e de conhecimento. JRA: Tendo em conta a riqueza do mar português, que expetativas tem relativamente à utilização da força do nosso mar? Prof. F.P.: Se fizermos um paralelo com outras tecnologias, nomeadamente com a energia do vento – se pensarmos que, há vinte ou trinta anos, a energia do vento existia, mas não estava a ser aproveitada e que, hoje em dia, já é uma energia perfeitamente instalada e credível, uma tecnologia rentável, a minha perspetiva é que o mesmo possa acontecer com a energia das ondas. Posso dizer que, daqui a 10 ou 20 anos, esta tecnologia talvez atinja os níveis de aplicação, de desenvolvimento e de rentabilidade que hoje existem para a energia do vento. Isto demora… Como expliquei, esta questão da investigação, dos testes em laboratório, dos testes em computador, até chegarmos ao protótipo, é muito demorada… E, mesmo quando chegamos a este ponto, o protótipo tem de produzir energia suficiente e ser seguro. A minha expectativa é que, daqui a dez ou vinte anos, a energia das ondas possa estar no patamar atingido hoje pela energia eólica.

JORNALESAS


Diário de uma viagem Mafalda Freitas (12ºB), Leandro Berenguer (12ºB) e Inês Ferreira (12ºG)

O grupo junto ao palácio de Buckingham

Nas férias da Páscoa, alguns alunos da nossa escola fizeram a mala e levantaram voo rumo à capital inglesa - LONDRES. Viagem que vai ficar na memória de todos como inesquecível. 1º dia: Aeroporto Francisco Sá Carneiro, Aeroporto Gatwick, Bayswater Hostel, Natural History Museum, Armazéns Harrods, Bayswater e Bayswater Hostel. Alunos e professores encontraram-se no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, às 7:00 horas, ansiosos pela tão prometida viagem a Londres. Às 9:00 horas, o voo partiu em direção a Gatwick e chegou ao aeroporto londrino por volta das 11:00. O início da viagem foi marcado por um atraso significativo devido a danos em algumas malas. Só por volta das 13:00 é que todos entraram numa camioneta em direção a Bayswater para descarregar as malas na pousada e almoçar. Iniciamos a descoberta da cidade pelo Museu de História Natural, visto um pouco à pressa, uma vez que chegamos cerca de uma hora antes deste fechar. Maravilhados com todas as reconstituições (desde mamíferos a dinossauros, aos esqueletos dos mesmos, à reconstituição da evolução humana, aos minerais, à famosa Sequóia gigante, entre muitas outras maravilhas da história do nosso planeta) prosseguimos para uma visita mais livre aos famosos armazéns Harrods, os quais são frequentados pela família real e pelas famílias londrinas do mais alto nível. Este primeiro dia, 29 de Março, foi o suficiente para todos nós termos ficado deslumbrados com a multiculturalidade existente, admirados com a maravilhosa arquitetura e com os fantásticos carros, termos conhecido o metro londrino e, por último, termos ficado mais atentos às diferenças de trânsito existentes entre Inglaterra e os restantes países europeus. 2º dia: St.James Park, Buckingham Palace, Trafalgar Square, 10

Downing Street, Big Ben, Westminster Abbey, Convent Garden, The British Museum, Oxford Street, Hard Rock Café, Bayswater Hostel. Viajamos uma vez mais no medro londrino (“underground”) em direção a St. James Park. Depois de apreciarmos a natureza envolvente, seguimos para o Palácio de Buckingham, onde pudemos admirar a fachada do palácio da família real e tirar algumas fotografias com os guardas reais. Percorremos o “The Mall”, passando pelo memorial da Rainha Victoria, pela coluna do Duque de York e pelo Admiralty Arch. Chegados a Trafalgar Square, paramos para descansar, comer algo e visitar a Galeria Nacional. Seguimos pelo Whitehall, passamos pelo nº 10 de Downing Street (onde reside o primeiro ministro inglês) e, finalmente, chegamos à Parliament Square, onde pudemos observar a grandeza do Big Ben, das Casas do Parlamento e da Abadia de Westminster (a qual visitamos por dentro). O destino que se seguia era Convent Garden, conhecido pelo seu comércio e por ser uma zona de entretenimento e de cultura. Assistimos a algumas peças teatrais de rua, passeamos pelas tendinhas, lanchamos e descansamos, e só depois partimos para o Museu Britânico. Aí, estivemos em contacto com a história e com a cultura de todos os continentes. O último destino deste dia foi a famosa Oxford Street, marcada pelas lojas mundialmente conhecidas e pelas lojinhas onde se pode comprar umas lembrançazinhas de Inglaterra, mais especificamente, Londres. Jantamos no Hard Rock Café, onde fomos muito bem servidos e passamos um bom resto de noite, tendo-nos, posteriormente, recolhido à pousada para um merecido descanso. Continua na página 15

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D

Semana da energia urante a “Semana da Energia “, que decorreu entre 28 de maio e 1 de

29 de Maio—1 de Junho 2011-2012

junho, o Lugar da Ciência (LdC) promoveu a realização de algumas palestras, de entre as quais destacamos “A Biotecnologia no desenvolvimento de processos”, orientada pelo Professor Doutor José António Teixeira, da Universidade do Minho. Um público atento e interessado, constituído por alunos do ensino secundário dos cursos científicos, encheu o auditório da escola. O investigador fez a audiência presente “viajar” pelas diferentes áreas de estudo e aplicação da Biotecnologia: a indústria alimentar, a agricultura, a indústria petrolífera, a indústria farmacêutica, entre outras, têm aplicado e utilizado com grande sucesso os conhecimentos da Biotecnologia. Foi uma palestra de inquestionável interesse numa das áreas da ciência que tem conhecido grande desenvolvimento nas últimas décadas.

Ilustração de Teresa Viegas (profª) para LdC - Solução deste desafio no facebook do Jornalesas—fim de julho

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Solução do desafio Jornalesas XXXII - Desde julho de 2011 o mundo conta com o Sudão do Sul cuja capital é Juba. É o 193º país do Mundo e resultou da partição do Sudão

Ciência semana a semana

Texto de Manuela Montenegro (profª)

JORNALESAS


Energias Renováveis

Uma moda recente ou uma história antiga? Texto e foto Equipa Jornalesas e alunos de Geografia (10ºF)

Este ano comemora-se o Ano Internacional da Energia Sustentável Para Todos e não podíamos deixar passar em branco esta efeméride, conscientes de que a energia e o desenvolvimento andam de mãos dadas.

A

pesquisa científica é feita de avanços e recuos. As descobertas abrem-nos novos horizontes e iludem-nos com os hipotéticos níveis de conforto que auspiciam, mas nem sempre as promessas se concretizam. Acima de tudo, é importante que estejamos atentos à panóplia de soluções que encontramos, pois as investigações trazem frequentemente resultados imprevisíveis. Desta feita, aquilo que à partida seria expectável pelo encadear de raciocínios lógicos, mais ou menos complexos, pode surpreender-nos. Ter ideias preconcebidas pode vir a deturpar as análises dos resultados. Foi com este espírito aberto que ouvimos o professor Rui Morais Sarmento, do Instituto Superior de Engenharia do Porto, que, fazendo uso de uma linguagem simples, mas clara e objetiva, nos explicou, passo a passo, como o uso das fontes de energia “renováveis” impulsionaram o progresso das sociedades. Esquecemo-nos, amiudadamente, que foram elas que suportaram os pequenos e os grandes passos dados pelas civilizações ao longo da história. Mas o professor Rui Sarmento também nos surpreendeu quando, na abordagem que fez ao consumo crescente das energias fósseis (carvão, petróleo, gás natural), deixou a esperança de que a engenharia poderá encontrar soluções para os problemas que hoje nos parecem tão limitadores da qualidade de vida, ou seja, para os nossos receios de que as emissões de dióxido de carbono e de outros GEE (gases de efeito de estufa) destruam de forma irreversível a biodiversidade do planeta, promovendo o seu aquecimento e, desta forma, eliminando os recursos das gerações futuras. Mas as coisas poderão ter outro desfecho, se, por exemplo, descobrirmos formas de gerir os produtos nocivos resultantes da combustão/consumo das energias não renováveis. É óbvio que não poderemos deixar cair o investimento que se tem feito nas energias renováveis nem esquecer as boas práticas ambientais que tanto apregoamos. Mas devemos manter a inquietação e o sentido crítico apurado. Aliás, o fabrico dos painéis solares e de aerogeradores é responsável pela produção

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de grandes quantidades de resíduos difíceis de tratar, nomeadamente os metais pesados. Portanto, há que agir com alguma cautela. Afinal, não são tão inofensivos como chegamos a pensar. Contudo, prevê-se que o futuro seja voraz em consumos energéticos, que precisaremos de mais e mais energia; por isso, não podemos descartar qualquer possibilidade. As palavras do investigador deixaram-nos mais confiantes num futuro em que os avanços da Ciência podem abrir novos caminhos e quiçá suavizar o pesadelo que têm sido as últimas décadas, em que as teorias apresentadas vão maioritariamente no sentido da inevitável incapacidade de gerirmos os resíduos que produzimos. 

Palestra com o professor Rui Sarmento (ISEP)

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2011-2012 ESAS ON TOUR CURSO PROFISSIONAL DE TÉCNICO DE TURISMO: AS VISITAS DE ESTUDO AO SERVIÇO DA CONSTRUÇÃO DE UM PERFIL PROFISSIONAL Texto de Rosa Lídia (Coordenadora do Curso Profissional de Turismo)

As turmas de Turismo na escadaria do museu da cultura castreja—Citânia de Briteiros

A

s atividades letivas e a Formação em Contexto de Trabalho previstas no âmbito do Curso são anualmente complementadas por um Plano de Atividades que inclui Visitas de Estudo “à medida”, plano esse que é destinado a consolidar e a otimizar o Perfil Profissional dos futuros Técnicos de atendimento, receção e acolhimento turísticos formados na ESAS. No final do curso, é esperado que os “alunos de Turismo” (de)tenham um conhecimento efetivo de determinados destinos e tipos de turismo. Nessa medida, os roteiros das visitas de estudo, previamente preparados em sala de aula e, em alguns casos, concebidos pelos próprios alunos, abarcam um vasto leque de destinos e de intenções. Eis alguns exemplos! - A cidade do Porto, respetivos percursos e polos de interesse turístico. No presente

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ano letivo, os alunos de 12º ano realizaram um peddy paper na cidade com os professores de Área de Integração, Educação Física e Operações Técnicas; os alunos do 10º ano visitaram, por seu turno, o Palácio da Bolsa e toda a área envolvente com os professores de Turismo – Informação e Animação Turística e de Português. Numa outra vertente, relacionada com o património cultural da cidade, regista-se a visita à casa da Música, organizada pela professora de Inglês do 12º ano. - A área de inserção geográfica da cidade do Porto, enquanto parte integrante de um eixo que inclui o Norte de Portugal e a Província Espanhola da Galiza, tem motivado a organização de várias visitas de Estudo ao Norte e Portugal e Espanha. No presente ano letivo, a visita dedicada a esta vertente centrou-se na Citânia de Briteiros e Museu da Cultura Castreja e na cidade de Guimarães Capital Europeia da Cultura 2012. A visita foi organizada pelo professor de

Turismo – Informação e Animação Turística e contou com a participação de outros professores. - Os Eixos Prioritários do Turismo: privilegiou-se em 2011-2012 o turismo termal – Eixo Saúde e Bem-estar e os alunos do 12º ano visitaram as Termas da Curia e Luso em roteiro organizado pela professora de Geografia. - A dimensão internacional do Curso concretizou-se na visita à Feira de Turismo de Madrid – a maior da Europa em termos de variedade e número de expositores – com os alunos do 12º ano. Na extensão da feira, foram realizados percursos pedonais e em autocarro pela cidade de Madrid. A organização da visita esteve a cargo da Direção de Curso e contou com a colaboração dos professores de OTET e de Área de Integração.

JORNALESAS


Viagem no Tempo Coordenadora do Departamento das Ciências Sociais e Humanas—Maria João Cerqueira

A identidade da Escola também se forma com "procura de conhecimento" e com muito e salutar convívio. Fomos muitos descobrir Salzedas, Tarouca, Ucanha e, claro... brindar nas caves Murganheira! Diário de uma viagem — continuação da página 11 3º dia: Tower of London à Tower Bridge à St. Paul’s à Tate Gallery à London Eye à Madame Tussauds à Picadilly Circus O primeiro destino deste dia foi a Torre de Londres. Visitamos o seu interior, onde podemos ver a coleção das joias da coroa inglesa. De seguida, atravessamos a famosa Tower Bridge e fizemos um longo passeio pelas margens do rio Tamisa em direção à Tate Gallery, passando pelo The Monument e pela catedral de São Paulo, onde nos foi apresentada uma breve explicação sobre a mesma. Seguimos, então, em direção a uma das grandes atrações de Londres: o “London Eye”, no qual tivemos oportunidade de andar e ter uma vista dinâmica sobre a bonita cidade de Londres. A meio da tarde seguimos para o famoso museu de cera Madame Tussauds. Aqui pudemos observar esculturas de pessoas mundialmente conhecidas, como atores e cantores, e personalidades históricas. Depois de jantarmos, fomos a Picadilly Circus, uma enorme praça onde vive a noite de Londres. Aproveitamos para conviver, tirar fotografias e visitar algumas lojas, passando também pelo Soho e pela Chinatown.

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4ª Dia: Hyde Park à Royal Albert Hall ao Aeroporto No último dia da nossa aventura, madrugamos para fazer uma longa caminhada pelos jardins londrinos – Kensington e Hyde Park –, onde podemos ver palácio de Kensington, no qual residiu a Rainha Victoria, e o memorial ao Principe Alberto (localizado mesmo em frente ao Royal Albert Hall), um monumento fantástico que, sendo um hino ao amor, é simultaneamente evocativo da grandiosidade do império britânico. Já de regresso à pousada almoçamos junto do Speaker Corner e seguimos rumo ao aeroporto. Não queremos deixar de fazer um especial agradecimento aos professores que nos acompanharam nesta visita, nomeadamente à professora Fátima Valério, pois, sem eles, esta viagem não seria possível. Agradecemos também à agência Pinto Lopes Viagens, cujo apoio e logística nos permitiu ver tanto em tão pouco tempo. E, claro, a todos os alunos que participaram nesta descoberta da cidade londrina.

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CLUBE DO DESPORTO ESCOLAR Texto de Catarina Cachapuz (Profª coordenadora do Desporto Escolar)

O

Clube do Desporto Escolar da ESAS tem como principal objetivo facultar a participação num conjunto de atividades recreativas, formativas e competitivas que complementem o currículo escolar dos nossos alunos e que, sempre que possível, valorizem abordagens interdisciplinares. Esforçamo-nos também por contribuir para que essa oferta seja capaz de aumentar os níveis de atividade física e de aptidão física, numa ótica de sensibilização para o papel da prevenção na saúde e para a importância da prática desportiva na melhoria da qualidade de vida. Não descuramos igualmente o interesse do intercâmbio de experiências educativas com outras escolas, participando em encontros, com ou sem caráter competitivo, numa ótica de abertura ao exterior. É também no âmbito do Desporto Escolar que é prestado apoio à preparação dos nossos alunos que pretendem realizar os pré-requisitos para admissão à Faculdade de Desporto da UP ou ao ISMAI.

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Ténis

JORNALESAS


Corta Mato ESAS

D

urante este ano letivo, funcionaram nas instalações da escola seis grupos: dança contemporânea, ginástica acrobática, ténis, tiro com arco e com arma de precisão, voleibol e xadrez. Perto de uma centena de alunos participou regularmente nos treinos semanais e nos encontros / competições promovidos pela DREN, ao sábado de manhã. Todos merecem o nosso apreço pela dedicação demonstrada! No entanto, julgamos ser aqui oportuno destacar as medalhas conquistadas pelos grupos de ginástica acrobática e de tiro com arco e de arma de precisão. Este último foi igualmente convidado, pela DREN, para representar a ESAS na “Qualifica@2012 – Feira Educação, Formação, Juventude e Emprego”, que decorreu de 26 a 29 de abril, na Exponor. Para além dos grupos supracitados, foram dinamizadas várias atividades, tais como: corta-mato escolar; participação no Corta-Mato distrital; Viagem à Serra da Estrela com aulas de ski e snowboard; Fim de semana no Campo de Férias do Cadaval; participação no Mandela Day: maior aula do judo do mundo; caminhadas; III Corrida Solidária; aulas abertas de dança, ténis de mesa, badminton, assim como torneios de futebol, voleibol e basquetebol. Nesta última modalidade, e no âmbito do Compal Air – torneio de basquetebol 3x3, a equipa de juvenis masculinos, após apuramento na fase local, que decorreu na ES Rocha Peixoto – Póvoa, sagrou-se campeã da região norte, em encontro disputado a 19 de

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Tiro com arco e de arma de precisão na competição realizada entre 30 escolas a nível da região Norte obteve 8 medalhas

maio, em Vila Real. Terminamos o ano, a 14 de junho, com a participação no espetáculo “Há palavras que nos beijam”, onde todos foram convidados a cirandar pela escola, num percurso em que nos deparamos com poesia, dança, filosofia e ginástica acrobática. (ver página 25). Por fim, uma palavra de apreço para todos os professores, e foram muitos, que acompanharam os nossos jovens, quase sempre ao fim de semana. Para o próximo ano cá estaremos de novo e contamos com a vossa presença! 

Tiro com arco Feira QUALIFICA na EXPONOR

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Desporto

ACRO ESAS Alcança 5 pódios nas finais

O

Grupo de Desporto Escolar de Ginástica Acrobática da ESAS alcançou 5 dos 6 pódios a que concorreu durante a época desportiva 2012, que agora chega ao fim. No somatório das 3 competições realizadas, os ginastas da Escola Secundária Aurélia de Sousa suplantaram os seus mais diretos adversários e venceram nos Pares Mistos e Trios Femininos.

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Pares Mistos - nível 2 1º Márcio Cardinal/Inês Abrunhosa 2º Guilherme Bráz/Bárbara Teixeira 3º José Chen/Sofia Abrunhosa Trios Femininos - nível 1 1º Mafalda Santos/Gabriela Caffi/ Beatriz Araújo 2º Núria Fonseca/Verónica Afonseca/ Inês Abrunhosa

O Grupo pretende agradecer à coreógrafa Úrsula Martins (que muito contribuiu para este sucesso) e à professora Catarina Cachapuz pelo inestimável apoio prestado na última competição.

Trios Femininos - nível 2 7º Mariana Fernandes/Núria Fonseca/ Bárbara Teixeira

Texto e fotos de Lourenço França (prof.) JORNALESAS


Clube de Fotografia ESAS PINHOLE DAY Texto de António Carvalhal (prof.)

Fotografia feita com uma câmara pin-hole CF (Clube de Fotografia).

A

pin-hole ("buraco de alfinete"), ou câmara sem lentes, pode considerar-se a câmara fotográfica mais simples que existe, pois trata-se de uma câmara escura onde é possível registar imagens, quer em película quer em papel fotográfico. Basicamente, o processo é igual ao desenvolvido por Henry Fox Talbot há cerca de 150 anos. Para construir uma pin-hole, basta uma caixa ou lata, totalmente vedada à entrada da luz, cujo interior seja pintado de preto mate, com um pequeno orifício exatamente no centro. O CLUBE DE FOTOGRAFIA da ESAS usa duas "câmaras" PIN-HOLE. Uma feita com uma lata, onde normalmente se sensibiliza a imagem em papel fotográfico, sendo que a outra é basicamente a "caixa" de uma normal câmara de 35mm - com um pequeno furo na tampa frontal, onde se coloca o filme, que se faz rodar de uma forma rudimentar após cada tomada de "exposição"/fotografia.

http://cfesas.no.sapo.pt/index.html

Duas alunas do CF (Clube de Fotografia) usando uma das câmaras pin-hole.

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Os ecos da revolução Colóquio 25 de abril Texto de José Soares (prof.)

Cartaz Comemorativo do 25 de abril Portugal

N

o âmbito das comemorações do Dia da Liberdade, no auditório da ESAS, teve lugar um colóquio subordinado ao tema “25 de Abril - os ecos da revolução”. O colóquio teve a presença de Avelino Gonçalves, ex-Ministro do Trabalho do primeiro governo a seguir à revolução, José Soeiro, ex-deputado e sociólogo, e João Baptista Magalhães, da Associação 25 de Abril, tendo sido moderado pelos alunos Liliana Duarte e Tiago Castilho, do 12º F. O colóquio tinha por objetivo debater os rumos traçados - politica, social e valorativamente pela sociedade portuguesa, partindo da contextualização histórica da revolução e dos seus principais propósitos e avaliando o significado do 25 de abril na atualidade. Os intervenientes fizeram um relato das experiências vividas no período da revolução e recordaram o ambiente sentido pelos cidadãos no período de transição da ditadura para a democracia, sublinhando as principais mudanças estruturais e valorativas. O colóquio terminou com um conjunto de questões levantadas pela assistência, que enchia o auditório e que esteve sempre atenta aos testemunhos, participando ativamente. Como preparação para o colóquio, a turma do 12º F fez uma apresentação intitulada A Era de Abril, retratando os

Painel Comemorativo do 25 de abril Itália

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momentos mais significativos daquele acontecimento.

JORNALESAS


Lucia Natali

25 DE ABRIL EM PORTUGAL Texto de Inês Alves do 11ºG Fotografia de António Catarino

N

o dia 19 de abril, o Coronel Boaventura dos Santos deslocou-se à Escola Secundária/3

Lucia Natali junto ao painel comemorativo do 25 de Abril

Aurélia de Sousa para dar o seu testemunho como “soldado de abril”. Ele foi, como muitos outros portu-

que se sentiu ameaçado, momentos em que sentiu saudade dos que deixou para trás e que não sabia se voltaria a ver. Durante o seu testemunho, leu aos alunos duas cartas

FESTA DELLA LIBERAZIONE Texto de Lucia Natali do 12ºH

que escrevera para a sua mãe, nos quais transparecia a desilusão pela guerra, a angústia face à situação que piorava e a saudade de casa e dos seus. O Coronel Boaventura teve um papel importante na noite de 24 para 25 de abril de 1974, impedindo que, no Porto, as forças apoiantes do regime atentassem

E

O 25 de abril também é italiano!

m Itália, o dia 25 de abril também é feriado nacional. Com efeito, o fim do fascismo italiano coincide com o dia da queda do Estado Novo. Ou seja,

A palestra permitiu aos alunos que tiveram o privilégio

quer o 25 de abril italiano quer o 25 de abril português estão ligados ao fim do fascismo. O “25 di Aprile” deu-se em Itália em 1945. Os "partigiani" (guerrilheiros antifascistas) e as forças

de estar presentes conhecer a versão de um homem

aliadas protagonizaram a libertação da ocupação das

que assistiu à revolução e que a viveu por inteiro.

tropas nazis, pondo fim à ameaça do ressurgimento do fascismo no panorama político italiano. Na verdade, o

algo contra a revolução. Muito modesto, afirmou que o seu papel foi facilitado, pois não houve qualquer tipo de afronta contra os revolucionários.

25 de Abril, sempre!

25 DE ABRIL EM ITÁLIA

gueses, forçado a ir para a guerra colonial e, segundo o seu relato, viveu momentos difíceis, momentos em

fascismo já estava comprometido desde o desembarque dos aliados na Sicília, no verão de 1943. A 25 de julho do mesmo ano, o órgão máximo do fascismo decidira derrubar e prender o "Duce", devido aos seus fracassos militares. Em 1944, o rei Vittorio Emanuele rendeu-se aos Aliados e declarou guerra à Alemanha nazi, que apoiara anteriormente. Entretanto, Hitler ajudou Mussolini a fugir. O fascismo italiano constituiu a República Social Italiana a norte do país. Iniciou-se, assim, um período bastante negro, em que ao movimento de resistência contra os alemães se juntou a guerra civil entre os "partigiani" e os combatentes da República Social. O 25 de abril italiano foi, portanto, o fim tão desejado e esperado de uma história extremamente dramática. O coronel Boaventura dos Santos com a profª de História Mª João Cerqueira

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As pessoas sentiam-se finalmente livres e com vontade de recomeçar.

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A Filosofia na e para a cidade Convicção, Tolerância e Diálogo

Filosofia

Texto de Carolina Cruz, nº6, Joana Silva, nº15, Inês Ferreira, nº13 e Ana Rita Gonçalves, nº2 , do 11ºB

H

oje, se formos ao supermercado, ao procurarmos produtos frescos, podemos encontrar ananases de Angola, alhos da China, uvas do Chile ou maçãs da África do Sul. Por outro lado, cada vez mais convivemos com as chamadas “comidas étnicas”. A presença destes produtos, à distância de um passo, só é possível graças às relações comerciais entre as mais diversas sociedades do Mundo, as quais vão implicando progressivamente uma interdependência entre os povos. Tal reflete ainda a existência de processos de mudança social em larga escala que forçaram diferentes partes do Mundo a relacionarem-se umas com as outras. Em relação ao passado, o Mundo em que vivemos hoje em dia tornounos muito mais interdependente das outras pessoas, ainda que estejam a milhares de quilómetros. O incessante caminho da globalização trouxe-nos, hoje, uma maior consciência dos problemas que o Mundo atravessa no início do início do século XXI. O estreitar dos laços entre os povos fez com que tenhamos consciência de que o que fazemos tem consequências na vida dos outros e de que os problemas mundiais têm consequências para nós. O facto de o Mundo “se abrir” mais facilmente ao indivíduo faz com que esse mesmo indivíduo tenha mais oportunidades para reconfigurar a sua vida em comparação com o passado. Antigamente, a tradição e os hábitos exerciam uma influência determinante sobre a vida das pessoas. Fatores como a classe social, o género, a etnia e até mesmo a religião podiam fechar ou abrir determinadas oportunidades. Nascerse filho mais velho de um alfaiate, por exemplo, provavelmente quereria dizer que se iria aprender a profissão do pai e ser-se também alfaiate para o resto da vida. Sob a globalização, estamos perante a emergência de um novo individualismo, no qual as pessoas têm de se constituir a si próprias de modo ativo e construir as suas identidades. A globalização está a obrigar as pessoas a viver de uma forma mais aberta e reflexiva. Isto significa que estamos constantemente a responder ao contexto de mudança à nossa volta e a ajustar-nos a ele. Principalmente devido às relações comerciais e à imigração,

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a necessidade de coexistirem diferentes maneiras de ver o Mundo faz com que cada vez seja mais importante a capacidade de o indivíduo ser capaz de se interrelacionar com o outro. E para que essa relação se estabeleça e perdure, é fundamental a tolerância, não necessariamente segundo uma perspetiva de integração redutora, mas sim de direito à diferença e igualdade de dignidade. Mas uma sociedade evoluída deve tolerar o intolerável? Qual o alcance do tolerável? Apesar de partilharmos a consciência de que ninguém detém a verdade total, temos a noção de que, perante determinada situação ou caso, quer o indivíduo quer a sociedade têm de ter as suas convicções sobre o que é o bem e o que é o mal. E o ter convicções implica lutar por elas, se possível através do modo mais humano de ser humano: o diálogo. Diálogo como forma de manifestar as diferenças, diálogo como forma de construir a cidadania. No entanto, se optássemos por uma tolerância absoluta, teríamos que tolerar mesmo os intolerantes, o que poria em risco a sobrevivência da própria tolerância. Tudo seria mais fácil se fosse possível deduzir matematicamente todos os comportamentos e atitudes que seriam, ou não seriam, aceitáveis. Não sendo isso possível, as sociedades têm de escolher determinados direitos fundamentais, na convicção de que qualquer agressão aos mesmos significa um ataque à tolerância. Essa aproximação da uniformização só é possível através de um consenso de opiniões, livre e dinâmico, só possível num regime político em que vigore a Democracia. É hoje consensual, numa sociedade democrática, que os princípios estruturantes de uma sociedade intolerante são a discriminação (em função do sexo, religião, etnia, etc.), o domínio absoluto sobre o outro e o recurso à violência como forma de fazer valer as suas opiniões. É na Democracia que o Povo decide livremente – única forma de conseguir um consenso mais ou menos duradouro – confiar ao Estado o papel de exercer, de forma legislativa e coerciva, a regulação da sociedade de forma a garantir aqueles que são os direitos fundamentais dos cidadãos.

JORNALESAS


A Filosofia na e para a cidade Espaço Público e Espaço Privado Texto de Ana Sofia Moreira, nº4, Maria Fonseca, nº13, Maria Margarida Martins, nº14 e Rui Lima, nº18, do 11ºF

O

crática e a capacidade argumentativa mantém-se como primordial na vida política atual. Contrariamente ao que ocorria na Grécia antiga, a maior parte da população das sociedades democráticas atuais dá uma enorme importância à sua vida privada e despreza a vida pública. No entanto, e cada vez mais, a crescente influência dos meios de comunicação de massas, a emergência da chamada “sociedade de informação”, contribuiu para modificar as fronteiras tradicionais entre o público e o privado e alargar a esfera do espaço público, de tal modo que alguns temas tradicionalmente do foro privado das famílias (aspetos relacionados com a sexualidade e com a intimidade) são discutidos na “praça pública”. Vivemos numa sociedade global. Com o desenvolvimento da tecnologia e da sociedade de informação, com a democratização de equipamentos informáticos e internet, esbateramse as fronteiras. Cada vez mais existe uma interatividade entre culturas. Neste meio de comunicação e informação, os cidadãos de todo o mundo estão a descobrir também novas formas de debaterem as questões públicas locais ou globais e já mostraram que são capazes de formar importantes correntes de opinião e intervir de forma eficaz na esfera pública. Não somos simples cidadãos nacionais. Somos cidadãos do Mundo.

Filosofia

homem não se realiza como indivíduo isolado, uma vez que a convivência é uma das suas necessidades básicas. A um só tempo, o homem é um ser público e privado, indivíduo que possui uma identidade particular e social. A sua ação supõe sempre um plano individual, que é indissociável da relação com os outros e com a sociedade. Qualquer decisão pessoal é também coletiva, pois afeta a vida na sociedade. A convivência numa sociedade civil tem de ser regulada pelo direito e requer uma organização política do estado. Na Grécia antiga, o espaço privado era o relativo à esfera pessoal ou da família, da conduta privada, distante e protegido do que era público, contrariamente ao espaço público, que representava o espaço de realização do cidadão, enquanto ser livre, onde se incluíam os direitos e deveres civis e políticos. O sujeito é possuidor de razão e de consciência e é por isso responsável pelas suas ações. A consciência é uma construção social, mas faz parte de um plano individual e, por isso, é capaz de se distanciar do social e de avaliá-lo ou criticá-lo. O indivíduo deve ser fiel à sua individualidade, mas não deve ser individualista. Vivemos todos juntos e as nossas ações influenciam os outros e são influenciadas por eles. Idealmente, o espaço privado seria a procura do melhor para o indivíduo, enquanto o espaço público seria a procura do melhor para todos. O equilíbrio entre o espaço público e o privado é aquilo que equilibra, igualmente, as nossas intenções, vontades, sensações e emoções. É o que equilibra as nossas solidões e as nossas exposições. Com o passar do tempo, foram-se alterando substancialmente certos conceitos, a forma como se analisam os problemas, os métodos utilizados, os modos de organização (do trabalho, dos processos ou mesmo da política), bem como o relacionamento em sociedade e em família. Estas diferenças devem-se a diversos fatores, de entre os quais salientamos a explosão demográfica (a forma política implementada na Grécia, nas polis, só foi possível porque eram relativamente poucos os cidadãos livres que participavam na vida política), o crescimento urbano, a industrialização, as descobertas científicas, os recursos tecnológicos, a informatização e o aumento da comunicação. Atualmente, seria impensável um tipo de regime político em que o governo dependesse diretamente de todos os cidadãos. No entanto, foram os gregos que semearam o núcleo normativo básico da atual estruturação institucional demo-

online http://www.issuu.com (pesquisa: jornalesas) JUNHO 2012 I NÚMERO

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A Francisca escreveu-nos... Uma experiência contada na primeira pessoa. Desta vez, foi a Francisca Ferreira que nos escreveu relatando as suas impressões da viagem e da chegada a Presov (cidade da Eslováquia), para onde se deslocou no âmbito do trabalho de mestrado na área de psicologia.

Cartas dos nossos alunos

A

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qui estou eu na minha primavera no coração da Europa! A viagem de domingo foi desgastante, mas tenho a dizer-vos que Viena de Áustria é bonita até no aeroporto, rodeada de jardins. De Viena para Kosice (cidade na Eslováquia), a viagem foi uma verdadeira montanha russa! O avião era minúsculo e o piloto devia ser estagiário; portanto, um belo cenário de pessoas aos berros e a vomitar! De Kosice vim para Presov! A chegada foi um choque... A entrada na cidade é o reflexo dos anos intensos de pertença à ex-União Soviética, com estradas arruinadas, possivelmente dos anos setenta, e campos abandonados! Para completar o cenário, cheguei a um hotel que não tem descrição possível... Um elevador dos anos 60, que teve a última revisão nos anos 90… Absolutamente ASSUSTADOR! Corredores largos, frios e deprimentes! A entrada no quarto foi de gritos! Uma casa de banho velha, suja, com uma banheira minúscula (sem cortina), sendo que a torneira do lavatório era a mesma da banheira! Duas camas duras, um armário, um tronco de árvore como bengaleiro, teias de aranha e uma varanda propícia ao suicídio! Ou seja, é mais grave do que uma questão de adaptação! A paisagem envolvente é constituída por bairros altos e degradados rodeados de lindas montanhas. Este ano (ao contrário do ano passado, na Turquia) não houve partilha de quartos com estudantes internacionais! Estou com uma menina portuguesa, muito querida, limpinha, arrumada e faladora como eu! Há a acrescentar mil falhas na organização e uma grande falta de acompanhamento à chegada! A faculdade é uma casa amarela antiga a cair de podre, com um jardim à volta, salas de aulas altas e frias! Ponto fulcral, é ortodoxa! Os santos estão em todos as paredes... Tem uma igreja colada ao edifício e almoçamos sempre no seminário! Praticamente, obrigam-nos a rezar e adorar a comida, que é absolutamente INTRAGÁVEL! É caso para pensar: O FIM DO MUNDO TEM UM NOME – PRESOV! Apesar de tudo isto, descobri o centro de Presov, a terceira maior cidade da Eslováquia, embora se consiga dar a volta em meia hora! Fiquei FASCINADA, é LINDO LINDO! Uma praça pequena com casas coloridas, árvores bonitas, estátuas, flores e um palco com um show de ginástica ao vivo! Quanto aos grupos, não há dúvida de que os Portugueses são não só os mais ANIMADOS como também os mais bem preparados e trabalhadores! E digo-vos que é um orgulho ser da Universidade do Porto, aqui percebe-se realmente a diferença... A acompanhar, estão belgas, lituanas, alemães (frios) e eslovacos (pouco hospitaleiros). Fizemos uma tarde multicultural e, lá está, tivemos à mesa pastéis de nata e vinho do porto! Um vídeo de Portugal, um fado da Mariza e, para acabar em grande, dançamos "Oh malhão"! Aspetos práticos do curso intensivo: aulas das 9 as 18h; criação de um manual comum de diagnóstico para recrutamento de voluntários para áreas especificas: idosos, pessoas com incapacidade e em crise! Desafio: construir um projeto para ser implementado numa instituição durante um ano, com financiamento de 10 000 mil euros. A partir de amanhã, vamos conhecer os contextos e mãos à obra! Eu vou trabalhar sobretudo com idosos e cruzar num programa intergeracional com crianças! Tudo isto num grupo internacional (o meu tem 10 pessoas é o fim da picada - muitas ideias, muitas cabeças a pensar, discussões...) e, claro, eu na liderança, cheia de ansiedade e a querer tudo para ontem! Apesar de um começo atribulado, estou agarrar a primavera e sei que vou crescer imenso com esta experiência! Mil beijinhos no coração Francisca JORNALESAS


Espetáculo na Aurélia Há Palavras que Nos Beijam Há palavras que nos beijam Como se tivessem boca. Palavras de amor, de esperança, De imenso amor, de esperança louca. Palavras nuas que beijas Quando a noite perde o rosto; Palavras que se recusam Aos muros do teu desgosto. De repente coloridas Entre palavras sem cor, Esperadas inesperadas Como a poesia ou o amor. (O nome de quem se ama Letra a letra revelado No mármore distraído No papel abandonado) Palavras que nos transportam Aonde a noite é mais forte, Ao silêncio dos amantes Abraçados contra a morte. Alexandre O'Neill, in 'No Reino da Dinamarca'

Danças tradicionais—professores

Poesia Mariana Barros (11º I)

Alunos (11ºJ) com a professora Catarina Cachapuz

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Pelos caminhos de Portugal Os alunos das turmas F e G do 10ºano Foto de Carmo Oliveira

F

oi, no mínimo, um dia inesquecível aquele que passamos na vila do Luso e que previa uma visita à fábrica

A

Mata Nacional do Buçaco, situada no extremo da Serra do Buçaco, foi mandada plantar pela Ordem dos

de engarrafamento das águas do Luso e uma passagem pelo

Carmelitas Descalços, no primeiro quarto do século XVII. Consi-

antigo Hotel/casino, além de uma caminhada pela serra do Buçaco. Tivemos a possibilidade de observar como um recurso natu-

derada área protegida, possui espécies vegetais do mundo

ral endógeno, neste caso as águas do Luso, dão o mote para a organização e gestão de todo um território cuja dinâmica vive

uma área de 400 hectares, sendo extremamente rica no que diz

inteiro, algumas gigantescas. Encontra-se hoje cercada por um muro de 5750 metros de comprimento e 3 de altura, limitando respeito à flora.

exclusivamente da sua exploração, pois é o único garante do

Apesar das previsões de chuva intensa, numa zona já de si

desenvolvimento económico e sustentável da região. Assim, a população local trabalha na fábrica de engarrafa-

tradicionalmente pluviosa, conseguimos percorrer os belos e misteriosos recantos deste lugar único, com uma riqueza vege-

mento das águas, no hotel das termas, no SPA, nos restau-

tal inigualável. A chegada ao miradouro da Cruz Alta (547 metros) foi para muitos o momento mais apreciado, pela pleni-

rantes ou nas pequenas lojas de lembranças. O turismo sazonal, de Maio a Setembro, associado ao termalismo, está a ser

tude da paisagem que permite vislumbrar, apesar do nevoeiro

combatido por um novo espaço, uma clínica com SPA, que

que nos acompanhou ao longo da subida. Vamos certamente

labora todo o ano. Esta água é um património hídrico que devemos reconhecer e valorizar. A sua excelência permite que “LUSO “ seja a única marca de água do mundo de produto certificado. Considerado um símbolo da portugalidade, é explorada há 160 anos.

recordar os recantos como o Vale dos Fetos, os pontos da Via Sacra e o sumptuoso Palace Hotel do Buçaco, que se conta

Ficou claro para todos que a qualidade excecional deste recurso, que não é mais do que a água da chuva filtrada pelos terrenos da serra do Buçaco, se deve ao bom estado de preservação da Mata, ou seja, é resultado do cuidado que as

Naturais de Portugal. Este lugar foi uma surpresa e uma oportunidade para conhecer mais um pouco do nosso país e perceber que existem alternativas ao tradicional turismo de “sol e praia”.

diferentes gerações têm tido na preservação da natureza. E

Ficámos todos com vontade de repetir esta aventura: foi um desafio e tanto!

assim deve continuar!

entre os 10 mais belos hotéis românticos da Europa de estilo neomanuelino. Pela raridade que representa, a Mata do Buçaco foi um dos lugares nomeados para ser uma das Sete Maravilhas

Alunos das turmas F e G do 10ºano—Serra do Buçaco—com as profs. Carmo Oliveira, Catarina Cachapuz e Julieta Viegas

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JORNALESAS


Ernestina

A

Juliana Silva do 12ºH

história de três gerações de uma família nortenha portuguesa é o tema principal de Ernestina, um romance de José Rentes de Carvalho publica-

do em 2009. “Deus criou o mundo em Vila Nova de Gaia, numa tarde quente de Maio em

Livro

1930” é a afirmação com que se inicia a obra e que nos leva numa viagem pelo início do século XX, alternando entre a vida citadina e a rural. De facto, com um discurso autobiográfico, Rentes de Carvalho apresenta-nos uma perspetiva honesta e crua da vida, ao mesmo tempo que preza a família, o amor e a terra em que cresceu. Através de um relato descontraído e simples, o autor capta a atenção do leitor ao longo do romance, o qual apresenta um final assaz inesperado. 

First Aid Kit

Ana Rita Fonseca do 12ºH

irst Aid Kit é um duo composto por duas irmãs suecas, Johanna e Klara Söderberg. A sua música é inspirada por

Fleet Foxes e Joanna Newson, exibindo um estilo folk. O dueto ficou conhecido quando fez uma cover de Tiger Mountain Peasant Song, dos Fleet Foxes. Mais tarde, assinaram com a Rabid Records e lançaram o seu álbum de estreia, The Big Black & The

Música

F

Blue, em 2010. Depois de fazerem uma tour que percorreu os Estados Unidos, Canadá, Austrália, Nova Zelândia e Europa, as irmãs apresentaram o segundo álbum, The Lion’s Roar, que colheu muitas críticas positivas. Destacam-se os temas Ghost Town, The Lion’a Roar e Emmylou. 

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Noite de Teatro ESAS 2012

Falando com a Francisca (ex – aluna da ESAS) - continuação da pág.24 A geração “à rasca" devia intitular-se de “geração desenrascada”! Qualquer curso não é o fim da linha, é uma das mil ferramentas para fazer muitas coisas!

A

Especialmente no meu curso, o desafio são as PESSOAS,

Noite de Teatro da ESAS, realizada a 8 de junho do corrente ano, teve como espaço a Biblioteca/CRE, utilizada pela primeira vez para o efeito. Por volta das 21 horas e 45 minutos, teve início o espetáculo, constituído por três peças de teatro: História do Sábio Fechado na sua Biblioteca (Manuel António Pina) ─ foi objeto de uma magnífica representação de seis alunos do 9.º D. A peça, com dramaturgia e encenação do Professor José Fernando Ribeiro, foi a prevista homenagem ao escritor que, infelizmente, por razões de saúde, não pôde estar presente.

o COMPORTAMENTO e a INTERVENÇÃO! O mundo precisa de nos ouvir, mas nós temos de sorrir para podermos sobretudo criar as oportunidades.

O que é isso da programa IP HELP? Estás a tirar o mestrado no curso de Psicologia, mas em que especialização?

O Astrólogo Embasbacado (Vergílio Alberto Vieira) ─ a peça, interpretada por três alunas do 10.ºG, proporcionou momentos de boa disposição e qualidade teatral.

Estou a tirar o mestrado em Intervenção Psicológica,

Os Piratas (Manuel António Pina) ─ esta longa peça, magistralmente representada por nove alunos de Expressão Dramática do 9.ºD, com encenação do Professor José Fernando Ribeiro, foi a outra peça incluída na homenagem ao escritor.

sivo sobre Social Works and Voluntary Activities –

No fim do espetáculo, a Diretora, Dra. Delfina Rodrigues, entregou diplomas e prémios individuais aos atores, aos alunos que participaram na Final Distrital do Concurso Nacional de Leitura e aos vencedores das Segundas Olimpíadas de Língua Portuguesa (Básico e Secundário), a nível de escola. No uso da palavra, agradeceu a todos os que tornaram possível a realização de mais uma noite de teatro e garantiu que o teatro não deixará de ser uma voz da Escola.

Educação e Desenvolvimento Humano. A minha área de especialização é INTERVENÇÃO PRECOCE E DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA. O IP HELP é um programa intenH.E.L.P.: Humanity, Education, Learning, Prosperity. Não tem diretamente a ver com o meu mestrado, mas é da minha área de interesse cientifico e pessoal. Abriram as candidaturas, eu concorri entre 100 pessoas, fiquei nas 6 selecionadas para representar Portugal! O objetivo do programa é promover nos/as estudantes em mobilidade competências profissionais ao nível da supervisão e gestão de projetos de intervenção, nomeadamente no âmbito do voluntariado, através de estratégias pedagógicas diversificadas. 

Noite de Teatro— ESAS 2012—fotografia de António Catarino

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JORNALESAS


MULHER MULHER

Apesar de ser intemporal, a ganga marca, fortemente, esta estação e surge nas mais variadas tonalidades, com especial destaque para o efeito Tie-dye. Os tons neutros, como o branco, assumem um papel importante num look completo ou apenas em algumas peças. Tudo o que tenha pormenores de tachas também marca a estação,da podendo ser observadas, principalA cor primavera/verão 2012 é mente, em slippers e uma em camisas. ContuTangerini Tango: peça que contenha esta cor em é um must-have. do, há uma aposta tons fortes e na sua No entanto, outros tons e combinação,existem sem quaisquer receios. padrões que marcam estas estações, como os tons pastéis, a ganga (sob a forma de Tie-dye) e os tons neutros, como o branco. As peças essenciais são as saias compridas e camisas com transparência.

ganga modelo skinny com duas ou mais dobras na ponta, tornando-as mais curtas. Camisolas de manga curta básicas ou com simples e pequenos detalhes, como bolsos. Para complementar o look, sapatos de vela (gastos) ou mocassins.

HOMEM HOMEM

Para homem, a tendência é o uso e o abuso da cor. Misturas pouco prováveis de tecidos, tons e padrões é o que se destaca nesta primavera/ verão 2012. Em relação a peças, estão muito na moda os calções justos e as calças de ganga modelo skinny, com duas ou mais dobras na ponta, que as tornam mais curtas. Camisolas de manga curta básicas ou com simples e pequenos detalhes, como bolsos. Para complementar homem, a (gastos) tendência é o uso e o oPara look, sapatos de vela ou mocassins. abuso da cor. Misturas pouco prováveis de tecidos, tons e padrões é o que se destaca nesta primavera/ verão 2012 . Em relação a peças, estão muito na moda os calções justos e as calças de

Detalhes do Baile de Finalistas

Patrícia Costa e Pedro Gomes do 12ºG JUNHO 2012 I NÚMERO

XXX III

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Por de Pedro Gomes, Patrícia Costa e Inês Ferreira (12ºG)

A

Casa do Ribeirinho, em Matosi-

servidos nas salas da Casa, acompanhados pela atuação da banda Under the Box

mas de participação no Baile de Finalistas 2012 e a comunicação de quem seria

nhos, serviu de cenário para

of Consciense (fotografias nesta página).

coroado King of the Prom and Queen of

uma das noites mais memoráveis da

Mais tarde, as portas da sala de jantar

the Prom. Protagonistas deste momento

ESAS: a noite do Baile de Finalistas. Os

abriram-se e a escadaria de acesso a essa

foram Pedro Gomes (12ºG) e Catarina

alunos das diferentes turmas do 12º ano da nossa escola, bem como alguns dos

sala foi alvo de atenção pela presença de uma passadeira vermelha, onde todos os

Dias (12ºA). Houve também um brinde por parte de todos os presentes e,

seus professores, vestiram-se formalmente para este acontecimento. O evento teve início às 19h30 e, chegados os convi-

alunos e professores puderam ser fotografados (primeiro grupo de fotografias da página seguinte), tendo-se seguido o

dados, os aperitivos começaram a ser

jantar. Por fim, houve a entrega de diplo-

depois, inaugurou-se a pista de dança, tendo-se seguido longas horas de pura diversão que perduraram até de manhã. 

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JORNALESAS


Agradecimentos: NVSTUDIO; Casa do Ribeirinho; Associação de Estudantes ESAS; professores, finalistas e acompanhantes presentes.

JUNH O 2012 I NÚMERO

XXX III

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Curso Profissional Técnico de Turismo l Desporto Escolar l Clube de fotografia l 25 de abril l Filosofia l Carta l Espetáculo l Teatro l Visita de estudo l Baile de finalistas

2 ªs Olimpíadas de Português ESAS| Olimpíadas de Física 2012 |JRA |Geografia I Economia I História |Londres |Lugar da Ciência l Livro l Música l Matemática l

Editorial

V

ive-se na escola um clima de fim de ciclo. A nova estrutura curricular, a introdução de novas metas na avaliação e na aprendi-

zagem dos nossos alunos do ensino básico, para além de mudanças pontuais no ensino secundário, faz-nos pensar em novas práticas que, a continuarem, exigirão dos professores mudanças significativas no seu entendimento relativo à Educação. Cremos que mais medidas surgirão em breve que comprovarão o que dizemos. Mas é a lógica dos mega agrupamentos, instituída pelo MEC e com aprovação da troika, que mais levanta dúvidas nos professores, funcionários, pais e alunos. A Aurélia de Sousa tem todas as razões para ver a constituição do novo agrupamento com alguma cautela e muitas apreensões. Não por causa da ideia de agrupamento em si, questionável é certo, mas porque nestes anos, a Direção e os seus órgãos pedagógicos foram construindo uma ideia em torno da Escola que merece ser compreendida e mantida, custe o que custar. Não é um fait divers dizer que esta Direção (também ela em fim de ciclo) estava ancorada na legitimidade de quem era consecutivamente eleita pela comunidade escolar. Hoje, embora nomeada, tem essa legitimidade democrática intacta. Os balanços far-se-ão, sem dúvida noutros locais e noutras ocasiões provavelmente mais oportunas, mas esta Direção soube, como poucas, conferir um caráter de rigor, de exigência e de grande humanismo à prática educativa. Seria um erro de enormes proporções deixar que se perca este legado que se construiu durante anos. Não será necessária a constituição de «guardiões do templo», esses sim sem qualquer legitimidade democrática, mas sabemos como é fácil destruir o que levou anos a construir. Também o JornalESAS está a findar mais um ciclo. Este muito importante: os nossos alunos que mais colaboraram na realização do jornal irão para a universidade. Como ninguém, souberam dar o seu melhor e criar opiniões que melhoraram em muito os artigos de opinião, a reportagem, a própria imagem do jornal. Formaram uma verdadeira equipa que vai ser difícil esquecer. Por isso mesmo, a equipa de professores que fazem parte do JornalESAS deseja-lhes o que melhor se pode oferecer numa fase destas: que o seu percurso de vida seja o que eles imaginaram desde o início.

ESCOLA SECUNDÁRIA AURÉLIA DE SOUSA/3 Rua Aurélia de Sousa - 4000-099 Porto Telf. 225021773— equipa.jornalesas@gmail.com

FICHA TÉCNICA Coordenadores: Ana Amaro (Profª) António Catarino (Prof.) Julieta Viegas (Profª) Equipa redatorial Ana Amaro (Profª) Ana Rita Fonseca António Catarino (Prof.) Inês Ferreira José Chen Juliana Silva Julieta Viegas (Profª) Leandro Berenguer Mafalda Freitas Patrícia Costa Pedro Gomes Repórteres Ana Rita Fonseca José Chen Juliana Silva Leandro Berenguer Mafalda Freitas Patrícia Costa Pedro Gomes Publicidade Julieta Viegas (Profª) Tratamento da Informação Ana Amaro (Profª) Julieta Viegas (Profª) Paginação e Maquetagem Julieta Viegas (Profª ) Ana Rita Fonseca Juliana Silva Patrícia Costa Pedro Gomes Revisão de textos Ana Amaro (Profª) António Catarino (Prof.) Ana Rita Fonseca Juliana Silva Mafalda Freitas Consultadoria Técnica António Carvalhal (Prof.) Vítor Sarmento (Prof.) Financiamento Estrela Branca - Pão quente , pastelaria Porto Alto - Pão quente , pastelaria Nota + Centro de explicações Helena Costa - Instituto de beleza Não + Pêlo - Estética Olmar - Artigos de papelaria Cerdiberus—Produtos Alimentares Escola Secundária/3 Aurélia de Sousa

Os textos para a edição XXXIII do Jornalesas foram redigidos segundo as novas normas do acordo ortográfico


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