JornalESAS Abril de 2019

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destavezeuvoto.eu

Publicação trimestral l abril 2019 l número L I I I (53)


Projeto Muda na Escola

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rata-se de um projeto de inclusão digital de seniores, através da formação em sala de aula, que acontece em simultâneo em 18 escolas da região norte e centro do país. Vai decorrer todas as terças-feiras das 14:30 às 16:30h na sala Inf 1, da ESAS, durante quatro meses. Tem como objetivos: ajudar os portugueses a serem mais digitais; aumentar o número de portugueses com utilização avançada da internet e reduzir o número de pessoas que nunca utilizou a internet; incentivar os alunos do ensino secundário a serem atores relevantes neste processo de mudança e um elo de ligação à sua comunidade local. A escola pretende assim desenvolver um projeto inovador de cidadania e do voluntariado no âmbito da Autonomia e Flexibilidade Curricular. Para o efeito foi criada uma bolsa de 16 alunos voluntários do ensino secundário, das turmas 10º L, 12º B e 12º E, sob orientação e supervisão do professor coordenador do programa. O projeto Muda na Escola iniciou-se no dia 12 de março, na presença da RTP1.

Miguel Amaro a ser entrevistado para a RTP1

MUDA Movimento pela Utilização Digital Ativa

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Ana Helena Sequeira, profª de Informática Anabela Martins, profª Coordenadora do Projeto.

Dr.ª Elisabete Macieira, Consultora de Marketing, Dr.ª Ana Helena Sequeira profª de Informática, Dr.ª Anabela Martins, profª Coordenadora do Projeto na ESAS e Drº Alexandre Nilo Fonseca, Diretor Executivo do Projeto Muda.

Os mais novos ensinam os mais velhos a tirar partido dos benefícios dos serviços digitais – ESAS


A voz da consciência No âmbito da Semana das Humanidades 2019, Inês Sincero, estudante universitária, regressou à escola onde concluiu o secundário com um desafio. a senda do tema “Línguas Indígenas”, a agora estudante de Ciências da Comunicação, na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, propôs, numa mesa redonda realizada na biblioteca escolar, uma reflexão sobre a língua indígena que vive dentro de cada um de nós - a nossa “voz da consciência”, a que, por vezes, chamamos “amigos imaginários”, que nos compreende, que nos ouve, que conhece os nossos pensamentos e desejos mais profundos. Conversar com esta “entidade”, que nos acompanha em todos os momentos, é um exercício catártico, de desabafo e de partilha, de criatividade e libertação, por mais que aqueles com que convivemos no quotidiano questionem o ato de criar laços com o incorpóreo. “Quem nunca foi apanhado a falar sozinho?”, indagou Inês – a sondagem foi clara, e as histórias de “amigos imaginários” sucederam-se. Com a intenção de explorar a nossa “voz da consciência”, foram abordados temas associados ao mais oculto do psicológico, como os segredos e as mentiras. Aquilo que guardamos no nosso íntimo, numa gaveta visceral (quem sabe desarrumada). No sentido de promover o diálogo com a língua indígena de cada um, Inês sugeriu, em primeiro lugar, que escrevêssemos num papel aquele que consideramos o nosso maior segredo. As respostas foram misturadas e distribuídas, aleatoriamente, por todos os presentes. A tarefa era simples: escrever um texto ou um poema, contar uma história, fazer um desenho, o que de mais imaginativo conseguíssemos, sobre o segredo que nos calhara. Se -

guiu-se uma partilha de ideias e de confidências (embora anónimas), que promoveu o estabelecimento de relações entre as diferentes “vozes da consciência” que assistiam à atividade. Mas estes “amigos imaginários” não conhecem somente os nossos segredos: sabem como, quando e por que razão mentimos; são um juiz que nos compele à avaliação daquilo que dizemos e das consequências que daí poderão advir. Foi nesse contexto que a dinamizadora da mesa redonda propôs o jogo “duas verdades e uma mentira” – “para que cada um descubra se é um bom mentiroso”, disse. Já no final, pediu que atentássemos num envelope que entregara logo no início da atividade. Cada um dos presentes abriu-o, para se deparar com uma folha de papel em branco. E ficou a sugestão: “Com essa folha, façam o que quiserem. Se a quiserem rasgar, rasguem-na. Se quiserem fazer uma surpresa a alguém, façamno. Um desenho, um poema, os vossos pensamentos. Aquilo que a vossa voz da consciência bem entender.”. Ana Mafalda Silva, 12ºG

https://www.marciafernandes.com.br/site/a-voz-da-consciencia-2/

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Refugiados da 2ª guerra mundial

http://visao.sapo.pt/actualidade/portugal/2017-11-12-Tudo-o-que-faltava-saber-sobre-Aristides-de-Sousa-Mendes

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m Junho de 1940, e desobedecendo a ordens recebidas, o cônsul português, em Bordéus, Aristides de Sousa Mendes emitiu muitos vistos permitindo que milhares de pessoas escapassem ao nazismo. Embora a uma escala muito mais pequena, outros diplomatas portugueses também contornaram essas ordens, ajudando muitas pessoas a fugir. Momentos como este mostram-nos que nem sempre nos podemos guiar pelas regras estabelecidas, sobretudo quando estas são contrárias à nossa consciência. Hoje, como há oitenta anos, o drama daqueles que fogem da guerra, da fome ou da falta de futuro continua a colocar-se. O problema não é de fácil resolução. Em causa e para além de questões económicas que têm, com certeza, de ser analisadas, estão em jogo as diferenças culturais, o medo e o preconceito. Seremos nós capazes de ultrapassar isso e de olharmos para os outros como

Rua Santos Pousada, 1204 - 4000 – 483 Porto Tel/Fax.: 225 024 938 / Tlm.: 911 710 979 Email: porto.antas@naomaispelo.pt

pessoas como nós? Espero que sim, já que em última análise somos todos seres humanos com aspirações muito idênticas: ter segurança, ter emprego, poder viver com dignidade e em paz. Para honrar a ação de Sousa Mendes e relembrar o papel crucial que Portugal desempenhou no acolhimento aos refugiados durante a II Guerra Mundial, a Câmara Municipal de Almeida criou o Centro de Interpretação, Vilar Formoso, Fronteira da Paz, Memorial aos refugiados e ao Cônsul Aristides de Sousa Mendes. Acreditamos que as histórias de pessoas reais que foram ajudadas por tantos portugueses nos possam servir de exemplo de atuação em circunstâncias semelhantes que encontremos ao longo da vida. Drª Margarida Ramalho , Investigadora associada do Instituto de História Contemporânea


Conquistas da Ciência 150 ANOS DA TABELA PERIÓDICA

ências da Universidade do Porto (FCUP), da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) e do Instituto Superior de Engenharia do P. Porto (ISEP), decorreu a formação de uma Tabela Periódica Humana na praça em frente à Câmara Municipal do Porto, pelas 10:00h. Esta iniciativa ocorreu à mesma hora em muitas outras cidades do país. A Escola Secundária Aurélia de Sousa esteve presente com os alunos do 10ºE, 11ºC e 11ºD, acompanhados das professoras Margarida Macedo, Maria da Luz Carvalheira e Glória Sá. Foi responsável pela formação do grupo dos Gases Nobres da Tabela Periódica. Margarida Macedo, profª de Física e de Química

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estrutura da Tabela Periódica dos elementos químicos, tal como a conhecemos hoje, foi proposta pelo químico russo Dmitri Ivanovich Mendeleiev em 1869, tendo sido uma das mais significativas conquistas da Ciência. Passados 150 anos, a UNESCO e a Assembleia Geral das Nações Unidas proclamaram o ano de 2019 como sendo o Ano Internacional da Tabela Periódica dos elementos químicos, tendo a Sociedade Portuguesa de Química (SPQ) assumido a coordenação das celebrações e criado uma Comissão Nacional. A abertura oficial internacional das comemorações decorreu no dia 29 de Janeiro de 2019. Nesse dia e numa organização conjunta da Faculdade de Ci-


LdC Lugar da Ciência, Clube Ciência Viva Aurélia de Sousa

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m março de 2018, a convite da Associação Atractor (www.atractor.pt), o Agrupamento de Escolas Aurélia de Sousa, através do Lugar da Ciência, aceitou entrar no Projecto Mathemic como Parceiro Associado, um dos parceiros que, em Portugal, “contribuem para a implementação de tarefas/atividades específicas do projeto ou apoiam a disseminação e sustentabilidade do mesmo”. O Projecto Mathemic - Innovative Digital Mathematics for Educators, Young Learners, and Parents to Connect Nonformal and Formal Learning é um projeto Erasmus+ da União Europeia que reúne quatro instituições europeias dedicadas à divulgação Matemática: em Portugal, a Associação Atractor (www.atractor.pt), na Alemanha, o IMAGINARY – Coordenador (www.imaginary.org), na Eslovénia, o Mathema (www.mathema.si) e na Itália, o Curvilinea (https:// www.curvilinea.org/?lang=en). Conta ainda com a parceria de

MATHEMIC uma empresa eslovena – Braggi – na área da informática. “O objetivo do Mathemic é promover o pensamento matemático, através do desenvolvimento, implementação e disseminação de ferramentas educativas adequadas à era digital. O Projeto dá ênfase à utilização eficaz de tecnologias e recursos de aprendizagem digital na educação e na formação, conforme o descrito na Estratégia Europa 2020. O principal objetivo matemático é ligar a aprendizagem não formal e formal da Matemática através de um ambiente digital inovador, englobando materiais educativos não formais dirigidos a quatro áreas matemáticas: visualização espacial, lógica, criptografia e poliedros / simetria.” “Está prevista a realização de quatro produtos: (1) o programa inovativo Mathemic, que conterá histórias, jogos digitais e vídeos desenvolvidos para os diferentes grupos-alvo; (2) o Repositório Mathemic para educadores de Matemática que promove um intercâmbio de boas práticas; (3) o Reposi-

tório Mathemic para os jovens alunos (e seus pais), cujos conteúdos deverão ser inovadores, fáceis de usar, adaptar e incluir; (4) o Manual Inovador Mathemic para educadores. Todos os conteúdos dos Repositórios serão validados e testados nos grupos foco, existentes em cada país”, o grupo foco alunos e o grupo foco educadores. Os alunos que virão a ser envolvidos serão agrupados nos seguintes grupos etários: 4-6, 6-9, 10-14, 15-19+. Está também prevista a realização do MATHEMIC DAY – um evento de 1 dia a realizar no Porto em outubro ou novembro de 2021, com os alunos, que serão convidados com os seus pais e educadores, a assistir a uma apresentação do respetivo repositório, e com os educadores, que tomarão contacto com ambos os repositórios. Carlos Morais, prof. Coordenador do Lugar da Ciência

Rua da Alegria, 930 4000-132 Porto 225 370 005 - 963 020 345 937 085 980

Loja Mercado Bom Sucesso 913 550 552


LdC Lugar da Ciência, Clube Ciência Viva Aurélia de Sousa

Parabéns ! Estudante de Engenharia Informática da FEUP, antigo aluno ESAS. Foi com grande satisfação que recebemos a notícia da atribuição de um prémio internacional a um antigo aluno da escola, um frequentador empenhado e assíduo das atividades Lugar da Ciência, em particular das atividades do Projeto Põe-te a andar robô. “O Miguel Ramalho é estudante do 4.º ano do Mestrado Integrado em Engenharia Informática e Computação (MIEIC) da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), foi o grande vencedor do prémio ‘IBM Q Teach Me Quantum’, iniciativa que desafia à criação de raiz de um curso em Computação Quântica que integre as ferramentas desenvolvidas pela IBM nos últimos anos. ‘Teach Me Quantum’ (Ensina-me Quântica) foi o nome do projeto que valeu o primeiro lugar ao

estudante da FEUP e consiste num curso de 10 semanas de nível universitário acessível a qualquer estudante, mesmo sem conhecimentos anteriores na matéria. Miguel Ramalho, também investigador do Laboratório de Inteligência Artificial e Apoio à Decisão (LIAAD) do INESC TEC, criou todo o material de apoio, que pretende ser a ‘porta de entrada’ ao tema da Computação Quântica. Dividido por ‘semanas’ que correspondem a módulos de aprendizagem, o curso começa com a partilha de conceitos e instrumentos gerais da Quântica em geral e segue depois para material mais técnico e específico como os algoritmos, portais, factorização e programação. O curso proposto pelo estudante pretende servir de apoio tanto a docentes que lecionem disciplinas presencialmente, como para autodidatas que pretendam aprender e/ou saber mais sobre o tema.” em http://noticias.up.pt/estudante-feup-vencepremio-internacional-em-computacaoquantica/

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“É bom saber que não estamos limitados aos conteúdos do curso e ver isso reconhecido”. Miguel Ramalho

https://www.facebook.com/sypr8porto/photos/a.132702937404707/153367618671572/? type=1&theater

https://syp.ieee-pt.org/team.html

Miguel Ramalho e a computação quântica


LdC Lugar da Ciência, Clube Ciência Viva Aurélia de Sousa

Computação Quântica: o que é? Computação Quântica é uma abordagem disruptiva que tira partido das características naturais de partículas ao nível atómico/quântico e que, por delegar tarefas à mãe natureza, pode ser usada para resolver problemas que a computação clássica não consegue resolver em tempo útil (problemas que demorariam milhões de anos a ser resolvidos). Os algoritmos quânticos já existem, agora resta termos computadores quânticos suficientemente poderosos, e já se veem no horizonte!” Miguel Ramalho Saber mais:

PÕE-TE A ANDAR ROBÔ

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s atividades deste ano do projeto Põe-te a andar robô / Lugar da Ciência estão a ser vividas com grande intensidade por quatro grupos de alunos, dois do 12º ano e dois do 11º ano, num total de nove alunos. Semana a semana têm novos desafios de programação, novos desafios de controlo dos movimentos do robô. Em março último, o Lugar da Ciência viu aprovados os dois projetos que candidatou à 16ª Edição do Prémio Fundação Ilídio Pinho CIÊNCIA NA ESCOLA 2018/2019. São dois novos projetos na área da Robótica, Programação tangível para robôs, para alunos do 4º ano) e Robô telemóvel vê caras humanas, para alunos do 3º ciclo e secundário. O trabalho a desenvolver pelos alunos em ambos os projetos é o da programação de robôs previamente construídos.

Transportes Luís Sousa, Lda Rua da Cerâmica 226/230 Alfena, Porto, Portugal Ligar 22 969 1357 http://www.tlsousa.pt/


Questões de género

http://www.mun-celoricodebasto.pt/pt/agenda-20150225-171932/cultura/dia-municipal-para-a-igualdade-de-genero

CONSIDERAÇÕES ACERCA DO INQUÉRITO ONLINE SOBRE A DESIGUALDADE DE GÉNERO

Cerca de 77% dos estudantes que responderam ao inquérito considera que há desigualdades de género e 59% admitem mesmo já ter presenciado/vivido uma situação em que sentiram estas desigualdades.

Admitem que, apesar das diferenças biológicas, todos devem ser tratados de igual forma, com os mesmos direitos e deveres; apenas 11,5% entende o contrário.

A grande maioria (91,8%) expressa a sua indignação e descontentamento perante a desigualdade salarial.

A maioria revela que se sente desconfortável a sair à noite, tendo em especial atenção a forma como se veste de modo a evitar atenções indesejadas.

Mais de metade dos inquiridos (57,4%) afirma já ter experienciado e continuar a experienciar situações em que se sentem desconfortáveis, devido a “olhares e piropos” provenientes maioritariamente de indivíduos do sexo masculino de mais idade. Retratam experiências onde foram assediados, na maioria dos casos na rua, mas também em locais de trabalho, escolas e universidades.

Cerca de 88,5% dos inquiridos concordam que têm existido esforços para alterar esta realidade, e 82% entende que as desigualdades têm

No âmbito da orientação sexual e da respetiva discriminação, 98,4% dos inquiridos partilham a opinião de que ninguém deve ser tratado de forma diferente em função da sua orientação sexual e/ou género, descrevendo este tipo de discriminação como não fundamentado e retrógrado e relatando casos de homofobia e desigualdade na vida quotidiana, nomeadamente durante a vida académica.

Uma parte significativa dos inquiridos (55,7%) refere nunca ter presenciado assédio, ao passo que os restantes (44,3%) descrevem episódios (na sua maioria, em plena via pública e por parte de homens mais velhos).

Quando questionados acerca, por fim, da evolução ou degradação desta mentalidade, abordam os papéis representados pela mulher na sociedade há uns anos atrás e refletem sobre as mudanças feitas ao longo dos tempos, reconhecendo que, apesar de ainda não haver igualdade plena entre os géneros, estão a ser feitos esforços e que, com o passar do tempo, as mulheres têm vindo a alcançar muitos direitos e deveres que no passado eram exclusivos apenas dos indivíduos do sexo masculino.

Este inquérito foi realizado a 61 estudantes do ensino secundário e superior.

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diminuído ao longo do tempo, nomeadamente através das campanhas de sensibilização e a nível legislativo. Não obstante, concordam que ainda falta percorrer um longo caminho para se atingir a tão desejada igualdade de género.


Questões de género

http://igualdade.cm-abrantes.pt/

Conclusões finais: O caso mais mencionado pelos indivíduos que responderam ao questionário online, anónimo, é o medo de andar na rua, o que dá bastante que pensar. Pois em que condições é que um ser humano tem de se sujeitar a um temor constante, perante simples ações do quotidiano, como andar na rua? Pensar que isto é uma realidade do dia a dia de milhões de pessoas, não só nos faz refletir sobre o assunto como também procurar uma possível justificação para tal acontecimento. Porém não há justificação, e ouvimos todos os dias dizerem que isto é assim e que nunca irá mudar, porque sempre foi deste modo. Não é verdade. Não faz muito tempo desde a época em que esta realidade era bastante mais grave. E foi a partir dessa realidade que se tomaram medidas e se fizeram esforços para atingir a mentalidade que temos atualmente. Não é perfeita mas, assim como tudo, pode ser melhorada se assim o desejarmos, se formos ativos na sociedade e não temermos agir consoante os nossos princípios e opiniões. O hoje que

conhecemos foi feito a partir dos impossíveis de ontem. Por isso apelo a todos que se façam ouvir, que criem uma sociedade mais justa, onde nenhum valor de um indivíduo se possa sobrepor ao de outro; onde sejamos considerados equiparáveis, pois, apesar de tudo, todos temos ossos, pele e sangue nas veias; onde possamos expressar-nos de forma livre e sem receio, pois antes de qualquer designação somos SERES HUMANOS; para que os nossos filhos não tenham que temer andar sozinhos na rua ou vestir uma roupa mais justa; para que se sintam capazes de ser quem são sem serem vítimas de atos recriminatórios e de uma discriminação imensurável; para que possam viver consoante as suas motivações pessoais sem terem de atender a problemas deste tipo, deste GÉNERO e para que, acima de tudo, se sintam IGUAIS apesar das diferenças.

Mafalda Peixoto, 10ºH Disciplina : Cidadania e Desenvolvimento

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http://igualdade.cm-abrantes.pt/


Missão humanitária Muda o mundo da ilha de Soga!

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urante as aulas, os alunos de Cidadania e Desenvolvimento da turma D do 7ºano ficaram a conhecer a realidade cultural da Guiné Bissau, nomeadamente de uma das suas ilhas: Soga. Localizaram no mapa o país. Viram reportagens da realidade económica, social e humana lá vivida e compararam com a realidade portuguesa. Em conjunto, desenvolveu-se um plano de ação para ajudar a Guiné Bissau e decidiu-se realizar, na escola, na parte da tarde, dos dias 11 e 12 de dezembro de 2018, uma feirinha de venda de comida e bebidas, com o objetivo de angariar fundos de apoio à ilha. Pretendeu-se com a atividade, desenvolver o espírito solidário dos alunos, numa perspetiva internacional, levando-os a reconhecer que existem realidades deveras distintas das por eles vividas e que necessitam de pessoas capazes de tomar atitudes para ajudar quem mais precisa. Os esforços despendidos resultaram em setenta e cinco euros que foram entregues à Direção da escola, que por sua vez os fará chegar à associação SOGA. Esta atividade contou com grande entrega e generosidade. Isabel Oliveira, profª de Geografia Cidadania e Desenvolvimento e alunos do 7ºD A associação SOGA nasce de um grupo de voluntários crentes na possibilidade de conferir aos habitantes da ilha de Soga um nível de vida mais digno. Os principais campos de intervenção são: educação, saúde, água e alimentação.

Rua Aurélia de Sousa,49

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A ilha de SOGA faz parte do arquipélago dos Bijagós, constituído por 88 ilhas, que por sua vez pertence à Guiné-Bissau, uma antiga colónia portuguesa situada ao largo da costa ocidental de África.


Projeto eTwinning

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s alunos das turmas A, B e C do 9.º ano de escolaridade da ESAS estão a desenvolver um projeto colaborativo com uma escola da Turquia com o nome Pursaklar anadolu imam hatip lisesi. O nome do projeto, intitulado de “Incredible photojournalism”, tem como objetivo principal recolher fotografias ilustrativas dos contrastes de desenvolvimento económico entre países a vários níveis: regime político, justiça, economia, acesso à saúde, educação, qualidade ambiental, teoria do risco, vulnerabilidades, formas de mitigação e resiliência territorial (...). Os estudantes estão a rentabilizar os conhecimentos adquiridos nas várias disciplinas do seu currículo e, neste momento, encontram-se a selecionar fotografias para serem partilhadas através da plataforma etwinning. Os professores intervenientes esperam que o resultado do projeto dê aos estudantes uma visão construtivista e geoestratégica do momento geopolítico atual e permita algumas formas de atuação integradas nos objetivos do milénio.

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Filipe Santos, prof. de Geografia


Clube Europeu O Parlamento Europeu apoia os direitos humanos através do Prémio Sakharov para a Liberdade de Pensamento, instituído em 1988. Este prémio é atribuído a pessoas que tenham dado uma contribuição excecional para a luta em prol dos direitos humanos em todo o mundo, chamando a atenção para as violações dos direitos humanos e apoiando os laureados e a sua causa.

força. Ao anunciar o laureado deste ano, o Presidente do PE, AntonioTajani, disse: “Através de sua coragem e determinação, colocando sua vida em perigo, o cineasta Oleg Sentsov tornouse um símbolo da luta pela libertação dos prisioneiros políticos mantidos na Rússia e em todo o mundo. Ao atribuir-lhe o Prémio Sakharov, o Parlamento Europeu manifesta a sua solidariedade para com ele e para com a sua causa. Pedimos que ele seja libertado imediatamente. A sua luta lembra-nos que é nosso dever defender os direitos humanos em todos os lugares do mundo e em todas as circunstâncias”. In: http:// www.europarl.europa.eu

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leg Sentsov é um cineasta ucraniano, condenado a 20 anos de prisão por “planear atos terroristas” contra o domínio “de facto” russo na Crimeia. A Amnistia Internacional descreveu o processo judicial como “um julgamento injusto perante um tribunal militar”. Sentsov tornou-se um símbolo para os cerca de 70 cidadãos ucranianos ilegalmente presos e condenados a longas penas de prisão pelas forças de ocupação russas na península da Crimeia. O realizador esteve em greve de fome desde meados de maio (de 2018) até 6 de outubro, data em que decidiu terminar essa forma de protesto por ameaça de ser alimentado à


Clube Europeu . desafios O Multilinguismo é um elemento central da diversidade cultural da União Europeia.

Quantas línguas oficiais existem na UE?

O humanista Erasmo de Roterdão, nomeia e serve de ícone a que programa da União Europeia?

“As línguas oficiais atuais da UE são 24: ale-

mão, búlgaro, checo, croata, dinamarquês, eslovaco, esloveno, espanhol, estónio, finlandês, francês, grego, húngaro, inglês, irlandês, italiano, letão, lituano, maltês, neerlandês, polaco, português, romeno e sueco. Enquanto cidadão europeu, pode comunicar com as instituições europeias em qualquer uma das línguas oficiais, tendo direito a receber uma resposta na mesma língua. Todos os documentos legislativos da UE, nomeadamente os regulamentos, são publicados em todas as línguas oficiais, exceto em irlandês (apenas os regulamentos adotados pelo Conselho da UE e pelo Parlamento Europeu são atualmente traduzidos para irlandês). No Parlamento Europeu, os representantes eleitos pelos cidadãos também têm o direito de se expressar em qualquer uma das línguas oficiais da UE.” In: https://europa.eu

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Erasmo de Roterdão foi um humanista Holandês que viveu nos séculos XV e XVI. Ao longo da sua vida preservou sempre a sua liberdade intelectual, tendo vivido e trabalhado em vários locais da Europa para expandir o seu conhecimento. Por este motivo, o seu nome serve de inspiração ao programa ERASMUS, acrónimo do nome oficial em língua inglesa, European Region Action Scheme for the Mobility of University Students - Plano de Ação da União Europeia para a Mobilidade de Estudantes Universitários. Este programa tem como “objetivo central apoiar a criação de um Espaço Europeu de Ensino Superior e reforçar o contributo do ensino superior e do ensino profissional avançado no processo de inovação a nível europeu. Ao participar no programa Erasmus, (…) podes usufruir de períodos de estudo no estrangeiro com duração de 3 a 12 meses, beneficiando do Sistema Europeu de Transferência de Créditos (ECTS)”.

clubeeuropeu@ae-aureliadesousa.com

In: https://sigarra.up.pt


SEMANA DAS HUMANIDADES 2019 2ª feira, 28 janeiro

3ª feira, 29 janeiro

4ª feira, 30 janeiro

10h 30 Conferência de Abertura: “As palavras que já não ouvimos” Professor Virgílio Hipólito Correia (Museu Monográfico de Conímbriga) e “Viver e aprender na Gallaecia há dois mil anos” Professora Teresa Soeiro (U.Porto/FLUP CITCEM)

9h “A Rota do Românico do Vale do Sousa” Pelo Dr. Duarte Pinheiro (Dinamização Turística e Cultural)

10h30 Dramatização da “Apologia de Sócrates”. Pelo Teatro de Formas Animadas de Vila do Conde, com representação de Marcelo Gilaberte Redondo

10h 30 " A influência da língua portuguesa no mercado de trabalho” Pela Drª Sara Simões Dias

Durante o dia: Assaltos Poéticos (para assinalar o Dia do Holocausto)

5ª feira, 31 janeiro Todo o Dia: Dia das Universidades. Organizado pelo Serviço de Psicologia e Orientação Escolar e o Inspiring Future Realização de múltiplas atividades dirigidas aos alunos do secundário

14h 30 Dramatização da “Apologia de Sócrates”. Pelo Teatro de Formas Animadas de Vila do Conde, com representação de Marcelo Gilaberte Redondo (no auditório)

Dia das Universidades. (cont)

6ª feira, 1 fevereiro 9H 30 Mesa redonda com alunos do 8º ano (na Biblioteca)

12:30 Mesa redonda com alunos do secundário provenientes de diversos países da CPLP (na Biblioteca)

15:30 “O rosto da Europa” Palestra pela Dra. Isabel Andrade (Casa Museu Marta Ortigão Sampaio)

15h 30 Mesa redonda “A voz da consciência” Dinamizada por Inês Sincero, aluna universitária e ex-aluna da escola. (na biblioteca)

CONCURSO LITERÁRIO 2019

OUTRAS ATIVIDADES 

Filmes a apresentar no auditório e disponíveis online: Enquanto Esta Língua For Cantada (2012) Anquanto la Lhéngua fur Cantada 2012) Documentário sobre os cantares em mirandês, 51 min. Realização e argumento de João Botelho Levantados do Chão, de Alberto Serra. Documentário sobre José Saramago e o seu percurso literário. Produção: RTP, 2008. (Para assinalar 10 anos do prémio Nobel) Um Sítio onde Pousar a Cabeça, de Ricardo Espírito Santo. Este documentário procura desvendar o "universo Pina" através de uma narrativa audiovisual que abarca a poesia, crónica, a literatura para crianças e o teatro. Manuel António Pina – revela-se na primeira pessoa, e com testemunhos de amigos.

Livro do Desassossego, de João Osório. Documentário sobre Fernando Pessoa e seus heterónimos.

TEMA: Há palavras que nos beijam…” Os concorrentes deverão escolher uma palavra, pela sua musicalidade ou sentido poético, pela sua importância na atualidade, porque está na moda ou porque está em crise de identidade…,pelo que representa para si. Aberto a todos os alunos do 3º ano ao 12º ano, de qualquer estabelecimento de AE Aurélia de Sousa, distribuídos por quatro escalões. 

VAMOS ao Teatro: “Das Línguas” – Teatro Carlos Alberto, de 22 a 26 de janeiro, M/ 12 anos

Brochura “Minha Pátria é a Língua Portuguesa: crónica de uma exposição” – edição da Biblioteca

PPT sobre a Declaração Universal dos Falantes (trabalho desenvolvido nas aulas de inglês)

Curso Profissional de Técnico de Turismo - Logística da Semana: preparação, acompanhamento e cobertura fotográfica de atividades e palestras.

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OUTRAS ATIVIDADES


Praticas “plogging”?

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termo inglês vem da junção de duas palavras: ‘Jogging’, que significa corrida, e ‘plucking’, que pode ser traduzida pelo ato de recolher. Pois bem, esta atividade recreativa, que consiste em correr e simultaneamente ir recolhendo lixo do chão, tem vindo a espalhar-se pelo mundo desde 2016 e já chegou a Portugal. Está na hora de emendar as asneiras que andamos a fazer há séculos, porque o planeta não tem capacidade de reagir a tanta negligência. A consciência dos erros leva os mais sensíveis a agir e possivelmente a arrastar outros a cuidar também do ambiente. Para além do equipamento de corrida, devemos levar luvas e um saco do lixo. No final do treino fica uma sensação dupla de felicidade. A ‘modalidade’ também tem tomado força pelos atletas por meio da hashtag #plogging e já é praticada em vários países europeus.

Resultado de uma manhã a correr na praia de Leça. A quantidade de cotonetes e de palhinhas é assustadora.

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Fotos da profª Catarina Cachapuz

O plogging vira moda e o nosso planeta agradece.

ESCOLA SECUNDÁRIA/3 AURÉLIA DE SOUSA Rua Aurélia de Sousa - 4000-099 Porto Telf. 225021773 equipa.jornalesas@gmail.com


Filme

I filme I Fi l m e

Odisseia Espacial

Da autoria de Stanley Kubrick, um dos cineastas mais ilustres de que há memória, o filme pretendia demonstrar a relação do Homem com o vasto universo que o envolve. E apresenta-a de uma forma puramente brutal desde o início ao fim. Ainda me recordo de quando pus os olhos na primeira cena, tinha cerca de dez anos e não entendi absolutamente nada; achei entediante e, sobretudo, verdadeiramente esquisito. Mas é esta esquisitice que compõe a arte de Kubrick e é esta estranheza que ele pretendia capturar. E mal sabia eu o que estava por detrás daquela cena tão críptica, tão hipnotizante, tão estranhamente brilhante. E o mais curioso é

Rua Santos Pousada , 1222 4000-483 Porto Tlf. 225029821

que esta descrição aplica-se a qualquer parte da película. Foi um verdadeiro marco no cinema que atingiu níveis de excelência em diversos atributos. Cinematografia, banda sonora, mensagem transmitida, enredo. Até hoje penso que não vi filme tão claustrofóbico quanto este. Estabeleceu Kubrick como realizador após ter realizado o que é, possivelmente, o melhor filme de ficção científica alguma vez já feito. Mas Kubrick é assim, fez um filme de terror que é considerado um dos melhores do género, um filme de guerra que, por seu turno, também o é. Se já viram, revejam. Se não viram e são amantes da sétima arte, vejam sem pensar duas vezes. É um hino em alto e bom som a estas imagens, numa mera tela, que são capazes de nos transmitir emoções que jamais imaginaríamos. Rafael Morais, 11ºB

17 l Jornalesas

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vão 50 anos. Vão 50 anos de “2001: Odisseia no Espaço”. O próprio título faz referência à obra de Homero e desde logo indicia que será algo épico, algo sublime. E realmente foi e continua a ser. Meio século depois continua como uma das obras cinematográficas mais marcantes de sempre, especialmente no ramo da ficção científica.


L i v r o s I livros I L i v r o s O Grande Gatsby F. Scott Fitzgerald

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Grande Gatsby é um clássico que retrata a sociedade norte-americana na Idade do Jazz e nos Anos 20, marcada por excessos, corrupção, especulação financeira e consumismo. Este livro, escrito por F. Scott Fitzgerald (18961940), é ainda considerado um dos melhores romances norteamericanos de sempre. A obra centra-se na personagem Jay Gatsby que é vista pelos leitores pelos próprios olhos de outra personagem do livro, Nick Carraway, narrador da história. Nick vive numa casa modesta em frente à espetacular mansão de Gatsby, uma personagem envolta em mistério, que dá grandes festas cheias de pessoas e de excessos. Tudo começa quando, certo dia, Gatsby decide convidar Nick para uma das suas grandes festas, fazendo Nick pôr de lado toda a sua desconfiança, para dar lugar a uma grande amizade. Vários rumores correm acerca de Gatsby, mas no desenrolar da ação, acaba por se revelar apenas uma personagem marcada por uma paixão antiga, e decidido a recuperar um passado não tão distante em

termos temporais. A sua grande paixão sempre fora Daisy, com a qual havia namorado na sua juventude. Daisy era agora casada com Tom Buchanan, e tornara-se uma rapariga fútil e interesseira. Assim, na busca de um amor perdido, Gatsby encontra apenas o fim de um sonho. É um livro com um enredo completo, muito bem escrito e marcado por passagens espetaculares, sendo, no entanto, no início um pouco difícil de compreender. Pessoalmente, gostei do enredo; contudo, não consegui adorar nenhuma personagem. Há, apesar de tudo, personagens odiosas, como é o exemplo de Daisy e Tom Buchanan. Daisy é uma rapariga fútil e superficial e ambos arruínam vidas e refugiam-se naquilo que os une: o dinheiro. Em suma, posso dizer que gostei do livro e que recomendo a leitura a todas as gerações. Beatriz Marques Coutinho, 9ºC

O Barqueiro Claire Macfall

18 l Jornalesas l abril 2019 l L I I I

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livro “O Barqueiro”, de Claire Mcfall, é o primeiro de uma trilogia que conta a história de Dylan, uma adolescente solitária que nunca tinha conhecido o seu pai, e que, durante a sua viagem para o conhecer, sofre um acidente de comboio. Ela encontra, então, um rapaz chamado Tristan, que mais tarde descobre ser o barqueiro da vida após a morte, cujo trabalho é guiar almas através do espaço entre a vida e o que vem depois disso e protegê-las das almas perdidas que nunca de lá saíram. Tristan e Dylan formam uma conexão única, que cresce ao longo da sua jornada. Mas será que a conexão sobreviverá às Terras Perdidas? A obra é extremamente original e cativante. Uma mistura perfeita de aventura, humor e romance. Rita Teixeira, 9ºC


Arte l que dizem as telas?

“A Ponte de D. Maria” – Eduardo Viana, 1925

“Instrumento de Música” Amadeo de Souza Cardoso, 1915 – 1916

cedo, corre uma leve brisa. Pequenas nuances dos raios de sol saúdam um novo dia. A Invicta está preenchida pelos rosas e amarelos que compõem o tímido céu. O movimento, apesar de acanhado, começa a fazer-se sentir. Ao longe, o som grave que impera, anuncia a chegada de um comboio que principia os seus afazeres. O vapor que emana entranha-se em cada detalhe – árvores, folhas, flores, casas são consumidas por uma intensa fumaça. As folhas de tom outonal e caloroso adornam a superfície que os meus pés pisam. O espetáculo de sonoridades, paletas cromáticas e gravuras exibem uma aura pacata e de fleuma que me reconforta, orienta e aconselha – todo o cenário adverte por mim. A luminescência revigora o meu ser. A plenitude orientada pela aragem. transcende-me. Um novo dia desponta, encaro a vida com contentamento, mil oportunidades se erguem. Beatriz Loureiro, 12ºG História A 2018/19

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harmonioso dedilhar de uma guitarra portuguesa inunda a minha alma. Vem-me à memória o eterno Carlos Paredes. A quietude impera no meu interior, a música que ouço domestica o meu ser. O reboliço vivo dos tons quentes transporta-me para uma tarde de verão. Vislumbro o pôr-do-sol e constato o confronto entre o azul límpido do oceano, adornado de múltiplas algas inquietas, e o vermelho incandescente da Estrela que nos conduz. Como é possível tanta serenidade em mim? Batalhas? Essas, naturais, são apenas exteriores. Não me perturbam. Ah, Carlos Paredes, nunca a tua genialidade foi tão eximiamente retratada!

Catarina Loureiro 12º G História A 2018/19 19 l Jornalesas

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Desporto escolar está em ação! Foi assim que tudo aconteceu...

20 l Jornalesas l abril 2019 l L I I I

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Corta-Mato Nacional decorreu na Marinha Grande - dia 23 de fevereiro. Eu fui participar em representação da Coordenação Local do Desporto Escolar Porto (CLDE), no escalão de Infantil B. Talvez não seja pior explicar como cheguei aqui, pois esta é uma longa historia! O Corta-Mato é um dos “Projetos de Continuidade” do Desporto Escolar, ou seja, exige a participação em sucessivas provas. O 1º lugar do Corta-mato do Agrupamento de Escolas, que se realizou na Escola Aurélia de Sousa a 9 de novembro, deu-me a possibilidade de participar no Corta-mato da CLDE Porto, a 8 de fevereiro, no Parque da Cidade. Aqui, fui a 2º das 476 concorrentes e, assim, apurei-me para o Corta-Mato Nacional. Na tarde de sexta-feira, dia 22, parte da comitiva da CLDE Porto concentrou-se nas proximidades do Estádio do Dragão para iniciar a viagem em direção à Marinha Grande. À chegada, encontramos um pavilhão repleto de atividades divertidas para fazermos. Entretanto, assistimos à cerimonia de abertura, onde atuaram vários convidados. Chegou a hora de jantar e relaxar na Escola Secundária Engenheiro Acácio Calazans Duarte que tem um projeto arquitetónico diferente e invulgar. No dia da prova, a alvorada foi bem cedo, às 7:00 h, porque as provas iniciavam-se às 9.30 h. Eu participei na primeira prova, tendo terminado em 14º lugar em 60 atletas. Entretanto decorreram as restantes provas e estivemos a ver e a apoiar os colegas dos diferentes escalões. Terminadas as provas, foi feita a entrega de prémios aos participantes e almoçamos todos juntos. Depois do almoço, organizamos a partida e saímos em direção ao Porto.

Beatriz Hermosa, 7º B 2º lugar no corta-mato da CLDE Porto

Pódio do Corta-Mato da CLDE Porto 8 de fevereiro 2º lugar, Beatriz Hermosa – 7º B


Desporto escolar está em ação! Corta-Mato Nacional

Comitiva de partida para o Corta-mato nacional - 22 de fevereiro Desta participação destaco a possibilidade de interagir com atletas de todo o país e promover a prática desportiva entre os jovens. A par da Natação, o Atletismo é um desporto de que gosto muito e por isso é sempre uma mais valia poder participar

neste tipo de eventos. Na prática desportiva o mais importante é não desistir e querer fazer sempre mais e melhor. Beatriz Hermosa, 7ºB

Tu também podes! Acredita em ti!

Sinto um mau-estar no estômago ou Sinto um mal-estar no estômago?

Resposta: Deve dizer-se «sinto um mal-estar no estômago». O advérbio mal (antónimo de bem) forma com o elemento seguinte, estar, uma unidade vocabular que significa “indisposição, inquietação”. Mau (antónimo de bom) é um adjetivo e serve para classificar um nome : ele tem mau feitio.

21 l Jornalesas

Deve dizer-se:


Mega Sprinter Regional Agrupamento de Escolas Aurélia de Sousa no Mega Sprinter Regional

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22 l Jornalesas l abril 2019 l L I I I

Comitiva do Agrupamento Aurélia de Sousa englobou alunos da EB das Florinhas, da EB23 Augusto Gil e da ES Aurélia de Sousa apurados na sequência da realização das fases turma e Escola desta competição. No dia 20 de março de 2019, deslocou-se para o Estádio Municipal de VNG – Parque da Lavandeira a fim de participar na Fase Regional do Mega Sprinter. Os professores acompanhantes destacam o esforço e dedicação com que os alunos participaram em todas as provas, bem como o ambiente de companheirismo, cordialidade e respeito pelos adversários que mantiveram ao longo

do dia. No final do dia, regressamos às nossas escolas com o maior número de medalhas – 10 - que alguma vez obtivemos nesta competição! Mas, este projeto ainda não acabou! Nos próximos dias 5 e 6 de abril, teremos dois alunos do Agrupamento, Bruna Oliveira e João Barão, respetivamente do 10º C e do 9º C1, integrados na comitiva da CLDE Porto, a disputar as provas de 40 m, na fase nacional do Megasprinter, que vai decorrer em Faro, no Algarve. Catarina Cachapuz e Rita Pacheco profªs Educação Física

Legenda (da esquerda para a direita) Bruno Nogueira, EBAG – 2º lugar, Lançamento de peso adaptado – juvenis masc.; Filipe Soares, EBAG – 2º lugar, Lançamento de peso adaptado – iniciados masc.; Bruna Oliveira, ESAS – 2º lugar, 40 m – juvenis fem. ; Mario Cortez, ESAS – 3º lugar, salto em comprimento – juvenis masc.; João Barão, ESAS – 2º lugar, salto em comprimento – Iniciados masc e 2º lugar, 40 m – iniciados masc.;Afonso Barros, EBAG – 2º lugar, 1000 m, infantis B, masc.;Tiago Lopes, ESAS – 3º lugar, 40 m, infantis B, masc.; Beatriz Hermosa, ESAS – 2º lugar, 1000 m, infantis B, fem. e Matilde Vicente, EBAG – 3º lugar, 40 m, infantis B, fem.


índice Projeto Muda na Escola

2

A voz da consciência

3

Refugiados da 2ª guerra

4

Tabela Periódica

5

Lugar da Ciência

6

Questões de Género

9

Missão Humanitária

11

Projeto eTwinning

12

Clube Europeu

13

Semana das Humanidades

15

Plogging

16

Odisseia Espacial

17

Livros

18

Arte l que dizem as telas

19

Desporto

20

Deve dizer-se

21

Papos de Anjo

23

Francisca Paixão , 12ºI


FICHA TÉCNICA

Editorial Neste início de primavera a cheirar a verão, tempo de

Coordenadores: Carmo Rola (profª), Julieta Viegas (profª) e Maria João Cerqueira (profª) Colaboradores adjuntos: Francisca Paixão (12ºI) e Rafael Morais (11ºB) Revisão de textos: Maria João Cerqueira (profª)

renascimento e de mudança, impõem-se-nos algumas refle-

Capa: Francisca Paixão (12ºI)

xões.

Paginação e Maquetagem: Julieta Viegas (profª)

Vivemos tempos de mudança na escola e no mundo e importa refletir sobre qual o rumo que queremos dar a essa mudança. Na escola, os desafios passam pela escola inclusiva, pela implementação da educação para a cidadania, não esquecendo nunca que as aprendizagens “tradicionais”, o rigor e a exigência constituem um elemento fundamental na construção da personalidade dos nossos jovens que se querem cidadãos atentos, críticos, interventivos e solidários. E é precisamente esta faceta de mulheres e homens que, partindo da escola olham o mundo, nos faz refletir sobre o que se passou, a nível global, a 15 de março de 2019. Pela primeira vez, jovens de todo o planeta, numa greve única, imperativa e original, uniram-se para dizer às gerações, que estão agora no poder, que não podem mais governar numa lógica egoísta, que a mudança é inadiável e premente, que o futuro passa pelo respeito e pela solidariedade com os que agora se pre-

Equipa redatorial: Ana Helena Sequeira, profª; Ana Mafalda Silva, 12ºG; Anabela Cruz Dias, profª de Português; Barbara Leite, 12ºG; Beatriz Coutinho, 9ºC; Beatriz Hermosa, 7ºB ; Beatriz Loureiro, 12ºG; Catarina Loureiro, 12ºG; Carlos Morais, profº responsável do Lugar da Ciência; Catarina Cachapuz, profª responsável pelo Clube Europeu; Equipa Jornalesas; Fátima Alves, profª de Português; Filipe Santos, prof.; Francisca Paixão, 12ºI; ; Luísa Mascarenhas, profª Biblioteca/CRE; Margarida Macedo, profª; Margarida Ramalho, profª; Isabel Oliveira, profª; Rafael Morais, 11ºB; Rita Pacheco, profª coordenadora do Desporto Escolar; Rita Teixeira, 9ºC; Zaida Braga, Presidente do Conselho Gerall Financiamento: Estrela Branca l Pão quente, pastelaria; Helena Costa l cabeleireiro; Susana Abreu | cabeleireiros, estética e cosmética; UrbanClinic l Estética; TLS transportes; Clínica 24 I dentistas; Brun’s l Pão Quente Neveiros l Gelados artesanais e Escola Secundária/3 Aurélia de Sousa.

param para liderar um mundo cada vez mais desigual, cada vez mais pobre, onde os recursos naturais se esgotam rapidamente e os fenómenos climáticos extremos se repetem assustadoramente. Não há tempo a perder, as guerras que se avizinham não serão mais pelo controle dos poços de petróleo ou pelas minas de ouro, serão pelos bens essenciais, pela água, pela qualidade do ar, pela preservação e produção de alimentos saudáveis que não “danifiquem” a Terra. Nestes últimos vinte anos, não nos apercebemos (ou não o quisemos fazer) do grau de destruição deste planeta que, até prova contrária, é o único onde existe vida e que temos o dever de salvar. Cuidar do nosso planeta azul, alterar práticas, ter a coragem de mudar é este o principal desafio que esta estranha primavera a cheirar a verão nos lança. Zaida Braga Presidente do Conselho Geral ESCOLA SECUNDÁRIA/3 AURÉLIA DE SOUSA Rua Aurélia de Sousa - 4000-099 Porto Telf. 225021773 equipa.jornalesas@gmail.com

1,00 €

abril. 2019 http:// www.issuu.com (pesquisa: jornalesas)

blog da biblioteca http://bibliotecaesas.blogspot.pt/

Os textos para a edição L I I I (53) do Jornalesas foram redigidos segundo as normas do acordo ortográfico


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