Turma Augusto Boal

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universidade federal do piaui

arte educacao



turma

Augusto Boal


Universidade Federal do Piaui - UFPI Reitor Profº. Dr. José de Arimatéia Dantas Lopes

VICE REITORA Prof.ª Dr.ª Nadir do Nascimento Nogueira

Coordenador do departamento de artes visuais e musica Profº. Dr. Odailton Aragão Aguiar

Coordenadores do curso Profº. Dr. João Berchmans de Carvalho Sobrinho Profº. Esp. Evaldo Santos Oliveira Profª Esp. Evelaine Martines Brennand


curso de graduacao em arte educacao turma AUGUSTO BOAL Orador

Professora homenageada

LupĂŠrcio Damasceno Barbosa

Maria Izabel Brunacci

Juramentista

Patrono

Madalena Carmina da Silva

Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra

Paraninfos Evelaine Martines Brennand Rodimar Garbin


O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e a Universidade Federal do Piauí (UFPI) tem a honra de convidá-lo para participar da solenidade de conclusão do Curso de Graduação em Arte Educação.

Solenidades Culto ecumenico

Colacao de grau

Data: 18/07/2013 Horário: 14:00h Local: Universidade Federal do Piauí – CCE Campus Universitário Petrônio Portella Bairro Ininga

Data: 19/07/2013 Horário: 18:00h Local: Auditório Noé Mendes Campus Universitário Petrônio Portella Bairro Ininga

Aula da saudade

Confraternizacao

Data: 18/07/2013 Horário: 14:30h Universidade Federal do Piauí – Auditório Profª. Maria Salomé de Oliveira Cabral Campus Universitário Petrônio Portella Bairro Ininga

Data: 19/07/2013 Horário: 22:30h Local: Clube dos Rodoviários Estrada da Usina Santana Bairro Todos os Santos


Homenagem a Augusto Boal Nós formandos do Curso de Arte pela Universidade Federal do Piauí, reconhecendo o diretor de teatro e escritor Augusto Boal como um dos principais expoentes da cena contemporânea da dramaturgia mundial, e a sua arte como um forte instrumento de intervenção e transformação social, que utilizado pedagogicamente pode nos oferecer elementos esclarecedores fundamentais para nossa formação e preparação para a luta no combate a opressão, procuramos prestar-lhe esta merecida homenagem, elegendo seu nome para batismo da nossa turma. Portanto, com muito orgulho, e procurando fazer jus a sua arte e ao seu nome, nos chamamos “Turma Augusto Boal”. Neste sentido, gostaríamos de dizer que, nós, que tivemos a feliz oportunidade de se apropriar dos valorosos conhecimentos transmitidos por Boal (e sua equipe) através das ricas e expressivas experiências com o Teatro do Oprimido, procuramos através da nossa luta manter sempre acesa a mística revolucionária da arte desse grande companheiro; mestre do teatro e da vida. Portanto: “Boal continua em cena e nós continuamos na luta!”


o que e a arte Se é pintura, escultura Processo parte por parte Tipografia, gravura Música, arquitetura ou práxis Jeito e capacidade? O dom da habilidade? Te pergunto: o que é arte? Derivada do latim A palavra em ação Denota habilidade Jeito e aptidão É a expressão do belo? Te pergunto: o que é belo? Arte é contradição Trabalhador na batalha? Garota de nome Leia? O modo de cozinhar? A abelha na colmeia? Multidão na atividade Arte é a capacidade De por em prática uma ideia Porém na atual sociedade

Que vigora o capitalismo A arte é mercadológica Utilizada como prática de machismo Com piadinhas sem graça Incentivando a maldaça Do preconceito e racismo Mas o verdadeiro artista É criador e motivado Um ser crítico, analítico Indutivo e desconfiado E é acima de tudo Provocador de estudo E um sujeito inconformado Fazer arte é provocar Instigar a realidade Uma tarefa coletiva De qualquer comunidade É produção cultural E é praxe social De toda humanidade.


 Trabalho poesia e canção Suor impregnado nas cordas do violão No cabo da inchada e do pincel Na caneta negra e no papel Nova arte nova cultura Algo novo está chegando Rompendo o silêncio A voz de um povo De uma sociedade De uma nação Arte também para questionar, ou desconstruir Pra questionar as estruturas do poder Que oprimi quem quer caminhar Enquanto a industria cultural Se apropria da arte Pra gerar mais capital Manipula, abusa da classe trabalhadora Não devemos nos calar Arte também para questionar. (Produção coletiva da turma de Arte)


Arte tambem para questionar Um povo. Uma história de Brasil que não amou os filhos seus. Da necessidade do tão sonhado direito à terra em séculos de história, de repressão e reorganização dos trabalhado-

res rurais. Quilombos, Canudos, Ligas Camponesas. Nessa história colhemos os frutos e continuamos nas trincheiras da educação e da arte, com gente de toda parte mostrando a unidade que construímos neste país. Sem Terra, Camponeses também ocupam a universidade rompendo as cercas que prendem


o conhecimento expropriado da cultura do próprio povo. O primeiro Curso de Licenciatura Plena em Arte Educação para assentados e assentadas da Reforma Agrária, a turma “Augusto Boal”, resistiu às dificuldades desde 2007 quando tudo começou, a turma diminuiu em quan-

tidade, mas cresceu na persistência de quem ficou. O impulso da mística interior no desejo de cada um vem trazer mais uma conquista à toda classe trabalhadora. A vivência revela os novos valores que desenham a sociedade humana que buscamos, em caminhos de poesia, organização e luta!

Juramento sociedade, Prometo, diante de Deus e diante da pelo ser lo com responsabilidade, respeito e ze ssão, ofi humano. No exercício da minha pr arte viço da dedicando meus con hecimentos a ser e e um ad e da educação construindo uma socied . mundo melhor. Assim o prometo


FOTO da turma


FOTO da turma


Aline Souza dos Santos Amélia dos Santos Souza Ana Carla de Jesus Abreu Ana Lúcia de Oliveira Sousa Ana Paula Gomes Mendes Domingos Barros de Oliveira Elisãngela Gonçalves Elemar Luciano Pereira Bilha Erandir Santos de Almeida

Francisco Alves da Silva Francisco Juliano de Carvalho Francisco Reginaldo da Silva Francisco das Chagas Silva Isabel Soares de Carvalho Itacir Gonçalves Josemar Soares Teixeira José Antônio Pereira de Souza José Raimundo Gaspar Silva (Junior)João


Batista Gonçalves João Paulo Gomes Silva João Ribeiro de Souza (João neto) Lupércio Damasceno Barbosa Madalena Carmina da Silva Maria Marinalva de Araújo Maria Marta Gomes Lima Maria de Lourdes de Carvalho Silva Maria do Socorro Costa

Paulo Inácio dos Santos Percina Santos Sousa Raul Souza de Amorim Raumi Joaquim de Souza Sirlene Ferraz da Luz (Cici) Thiago Barbosa de Oliveira Valdilécia Feitosa Santos Valquíria Nogueira Silva Zilma de Almeida Feitosa


Educadoras e Educadores Agradecemos pela paciência, e pela compreensão de que um país só será bem desenvolvido através de uma educação que valorize as heranças culturais, a diversidade das opiniões e sobre tudo a valorização do ser humano, no processo de socialização do conhecimento!

Educar e educar-se é revolucionário!


Gilvan Santos Rafael Villas-Bôas Francisco Farias Edna Maria Magalhães Viviane Narvaez André Villar Gomez Acácia Ezequiel Francisco Alambert Walter Garcia Patricia Soares Sene Felipe Canova Anderson A. Pereira de Souza José Fernando Peixoto de Azevedo Ana Célia Carvalho Ferreira Angelo Diogo Mazin

Manoel Dourado Bastos Luzia Amélia Silva Marques Maria Izabel Brunacci Elmo Lima Juliana Carla Bastos Evelaine Martines Brennand Miriã Medeiros Silva Maria do Socorro Soares Palonia Soares de Andrade Viviane Faria Juliana Bonassa Anna Maria Pereira Esteves Waldirene Alves L. da Silva Evaldo Santos Oliveira Antonia Mary P. da Silva Jade Percassi

Jonas Rodrigues Moraes Maria Divina Lopes Lucineide Barros Medeiros. Marli Clementino Gonçalves. Rosimary Vieira da Costa Sula da Silva Maria Carvalho Miguel Henrique de A. Stedile Francisco Williams de Assis Soares Gonçalves Francisco A. S. Frazão José Paulino Silva Maria Suely ferreira Gomes Ana Paula Monteiros Moura Marcos Gehrke

“...Quais os sacrifícios necessários aos educadores que ensinam: Que conhecimento não deve ser reproduzido, que a escola deve estar em movimento, Que saber deve desvendar o desconhecido, E que o mundo precisa ser reconstruído? Desejo uma poética escolar, feita de povo, Consciência e multidão. Capaz de inquietar a escola e provocar mudanças na educação”! Diva Lopes


aos nossos familiares Agradecemos à todas as famílias, que carinhosamente, tiveram o amor e a paciência de nos apoiar nesta caminhada. Por segurar todas as “barras” e compreender que o conhecimento é o alimento do ser humano para a construição de dias melhores. Por serem o suporte que nos sustenta em nossos diferentes momentos da vida, e nesse acreditamos, não seriam indiferentes. Agradecemos pelo amor sincero que nos fortalece à cada dia e nos enche de esperanças.

Poesia é...brincar com as palvras... Como se brinca com bola, papagaio e pião. Quanto mais se brinca com elas.... mais novas ficam... como a água do rio, que é água sempre


Aos educadoras infantis O espaço da ciranda infantil proporciona vivências coletivas, que despertam na criança uma verdadeira prática de educação, que se configura como espaço de luta e afirmação da identidade sem terra. Agradecemos de forma especial às educadoras infantis que no processo de formação tiveram um papel fundamental, que na ausência das mães souberam retribuir de forma fraterna seu carinho.

Só que bola papagaio e pião, de tanto brincar se gastam. As palavras não: nova como cada dia que é um novo dia. Vamos brincar de poesia? José Paulo Paes


JUVENTUDE A juventude é a semente que renasce Unindo forças com o povo lutador Fazendo estudo, cuidando da natureza É com orgulho que lutamos com amor Você aí não fique parado Segue adiante, pegue flores e canções O que queremos é construir o novo E transformá-los em rosas e canhões O juventude que ousa lutar Constrói o poder popular Não se iluda com a alienação O que queremos é conscientizar Em busca da revolução Você vai se libertar. (Produção coletiva da turma de Arte)


Tempo Quero te fazer um pedido por seres o guardião de todos os segredos e mistérios da vida: Preservai sempre a pureza da inocência escondida no íntimo de cada ser humano; Expande o dom da elegância traçada no andar tímido daqueles que ao longo da vida lutaram tanto para alcançar seus ideais; Olhai por aqueles que não puderam mais prosseguir nos trilhos da vida, mas deixaram boas lembranças apontando as saídas para prosseguir a caminhada; Que em cada manhã no brilho do sol possamos ver um sorriso meio que tímido dos grandes guerreiros, acolhendo-nos sempre; Em cada conquista possa estar as marcas dos grandes lutadores que dedicaram cada traço

da vida por dias melhores; Que suas idéias não sejam esquecidas na correria dos dias, mas sejam a força de nossos passos; Tempo de todas as intimidades, são pedidos simples e sinceros, mas afaga os corações, aquece os corpos frios, sejamos sempre amigos; Que os impasses de todos os dias não nos impeçam de caminhar, mas ao lembrar do sorriso cativando, que embebia à todos, possamos nos sentir abraçados e aquecidos. Querido tempo acolhe estes pedidos e espalhai à todos o brilho da dignidade dos grandes homens e das verdades dos passos.

aos companheiros ADILTON e CARLITO


Honras especiais Nossos fiéis agradecimentos pelos esforços prestados, por acreditarem que o conhecimento rompe barreiras e constrói homens, mulheres e crianças.

Evelaine Martines Brennand e Rodimar Garbim

Marli Clementino e Gilvan Santos

“Enquanto dormiam as consciências nós nos levantamos e dissemos com os passos que era possível vencer...” Ademar Bogo


Homenagem Especial Agradecemos aos companheiros e as companheiras do MST que contribuíram no processo de construção e andamento da Turma Augusto Boal, à todas as famílias dos Assentamentos, às escolas que nos acolheram, às irmãs do Centro de Formação Socopinho. E em especial:

Adilson de Apiaim Ana Chã Ana Emília Claudiomir Gullart Conceição Cosme Carvalho Cosme de Jesus Eunice Francisca Germano Carvalho

Iristhelia Carvalho Irmã Salete João Luís Vieira Ludecilda Maria Marcos Francisco Marcos Guedes Maria Mendes Raimunda Valmiram Cardoso


turma

Augusto Boal Trabalho poesia e canção Suor impregnado nas cordas do violão No cabo da enxada e do pincel Na caneta negra e no papel Nova arte, nova cultura Algo novo está chegando Rompendo o silêncio A voz de um povo De uma sociedade De uma nação

Arte também para questionar, ou desconstruir Pra questionar as estruturas do poder Que oprime quem quer caminhar Enquanto a indústria cultural Se apropria da arte Pra gerar mais capital Manipula, abusa da classe trabalhadora Não devemos nos calar Arte também para questionar

Agradecemos ao SINDICATO DOS RODOVIÁRIOS de TERESINA e ao mandato do vereador GILBERTO da PAIXÃO FONSECA (PT)


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